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e práticas
Conteudista/s
Aparecida Rangel (Conteudista, 2023).
Fernanda Castro (Conteudista, 2023).
Magaly Cabral (Conteudista, 2023).
Marielle Gonçalves (Conteudista, 2023).
Enap, 2023
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário
Módulo 1 – História da Educação Museal
Unidade 1 – Museus e educação pelo mundo........................................................ 5
Referências............................................................................................................ 128
Fica a dica!
https://www.ib.unicamp.br/museu_zoologia/emprestimo_
didatico
https://www.museu-goeldi.br/assuntos/educacao/atividades/
colecao-didatica
https://mhn.museus.gov.br/index.php/viajando-na-historia/
http://museu.pinacoteca.org.br/programas-desenvolvidos/
http://www.cnfcp.gov.br/interna.php?ID_Secao=125
Para os curiosos
Além da pluralidade cada vez maior de públicos, a estrita relação do museu com
a escola também influenciou as transformações da Educação Museal ao longo
da história. Movimentos educacionais, teorias da educação e suas metodologias,
geralmente voltadas para a educação escolar, sempre foram base também para
a elaboração e realização de ações educativas em museus. Podemos dizer que a
história da Educação Museal acompanha o desenvolvimento do museu, da educação
e as próprias transformações da sociedade.
A Educação Museal teve suas ações iniciadas há alguns séculos, e tendo como
referências as ações desenvolvidas antes mesmo da institucionalização de um
setor específico nos museus, o que, no Brasil, ocorreu em 1927. Não são poucos os
exemplos de documentos, eventos e de produção prática em Educação Museal.
O Brasil tem uma atuação destacada nesse cenário, ora tendo influenciado
o desenvolvimento das suas reflexões e da sua produção prática, ora tendo
referenciado o trabalho de organizações, instituições e da produção teórica e prática
internacional.
Seminário de 1952:
http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001274/127439mo.pdf
Seminário de 1954:
http://unesdoc.unesco.org/images/0001/000105/010561mo.pdf
Seminário de 1958:
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001338/133841Fo.pdf
Aponta, ainda, o museu como tendo uma função educativa específica, diferente da
escola e não mais apenas complementar, como era entendida e praticada até então.
Freire foi convidado por Hugues de Varine, então presidente do ICOM, para coordenar
a realização da Mesa Redonda de Santiago. O educador brasileiro trabalhou no Chile
na década de 1960, quando exilado do Brasil, no governo do socialista Salvador
Allende. Suas ideias, disseminadas por toda a América Latina, na ocasião, já eram
bem conhecidas no Chile.
http://www.ibermuseos.org/wp-content/uploads/2018/10/
publicacion-mesa-redonda-vol-ii-pt-es-en.pdf.
Somos uma nação muito jovem em termos de museus, embora hoje já tenhamos
mais de 3.000 instituições museológicas, conforme dados da Plataforma Museusbr.
Por outro lado, apenas cerca de 26% dos 5.560 municípios brasileiros possuem
museus, segundo dados de 2018 do IBGE, o que comprova que a instituição museu
ainda não é uma realidade para todo o território nacional.
Como já citamos, no século XIX, ainda no período imperial, foram criados, em 1855,
o Museu Paulista, de História do Brasil, em São Paulo; e, em 1866, o Museu Goeldi,
de História Natural, em Belém do Pará.
No século XX, já na República, foi criado o Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro,
no bojo das comemorações do centenário da Independência do Brasil, em 1922.
Dois anos depois, após a morte do jornalista, jurista, político e ministro da República
Na virada do século XIX para o XX, os museus já recebiam grupos para visitas e
para ações de complemento à rotina de aprendizagem escolar. Há documentos e
pesquisas que demonstram a realização de visitas dos alunos do colégio Pedro II ao
Museu Nacional e ao Museu Histórico Nacional.
A relação entre museu e escola, tida como uma relação complementar, em que os
ensinamentos escolares recebiam especial ilustração em visitas aos museus, foi a
tônica da Educação Museal por muitas décadas no Brasil. Nesse contexto da relação
museu-escola, um decreto de 1956 fez surgir, em São Paulo, os museus histórico-
pedagógicos, compreendidos como instrumentos de cultura e educação do povo e
como recurso pedagógico a serviço da escola.
Para os curiosos
Visita escolar ao Museu Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro/RJ, cerca de 1940
https://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2011/04/
Musas1.pdf.
Regina Real, no folheto O museu ideal, publicado em 1958 pelo Ministério da Educação
e Cultura, apresenta exemplos, citados pelo americano Duffus, de ações então
consideradas inovadoras: segundo o autor, o museu estava “saindo das prateleiras”,
convidando professores e alunos para realizarem visitas em pequenos grupos,
emprestando coleção de slides, realizando palestras para vendedores, exibições de
arte industrial, produzindo filmes educativos etc., tudo isso ainda antes de 1910.
Bertha Lutz realizou em 1932 uma viagem de 60 dias aos EUA, em que visitou 58
instituições, conhecendo suas propostas educativas, que derivou na obra A função
Educativa dos Museus, publicada somente em 2008. Cientista, educadora e militante
feminista, Lutz retornou com propostas de incluir novos públicos, novas ações e
instituir novas relações entre o museu e a sociedade.
No mesmo ano em que Mendonça apresentou seu texto, José Valladares publicou
Museus para o povo, em que se propõe a chamar a atenção para a necessidade de
democratização da cultura por meio dos museus. Como Lutz, Valladares também
visitou museus estadunidenses e inspirou-se nas suas práticas. A partir dessa
experiência, o autor propõe que os museus estejam a serviço do povo e diz ainda
que o museu não pode se limitar a uma apresentação técnica do acervo que possui,
devendo, antes de tudo, criar mecanismos de atração dos visitantes. Ressalta que o
museu deve servir a especialistas e ao povo.
Curiosidades
Em 1958, foi publicado o livro Recursos educativos dos museus brasileiros, de Guy
de Hollanda, que apresenta dados de um levantamento proposto pelo Governo
Federal e realizado com 145 museus brasileiros, a partir de uma preparação para o
Seminário Regional da Unesco sobre a Função Educativa dos Museus, de 1958.
De acordo com o historiador Paulo Knauss, em texto de 2011, somente no início dos
anos 1980, a Educação Museal ganha nova conceituação, e a relação dos museus
com as escolas é transformada, num cenário em que foi decisivo o novo contexto da
2. registro;
3. exploração;
4. apropriação.
Denise Grinspum, que foi educadora e diretora do Museu Lasar Segall, em São Paulo,
forjou em sua tese de doutorado o termo Educação para o patrimônio, buscando
dar conta de especificidades da educação em museus de artes, que considerou não
serem contempladas pela metodologia proposta por Horta.
Vale ressaltar que o termo Educação em Museus também tem sido utilizado para
designar, de maneira geral, processos educativos que ocorrem em museus, tanto
aqueles realizados pelos próprios museus, quanto os processos de ensino, muitas
vezes ligados às escolas. Uma experiência baseada nesse termo pode ser vista
no livro de Paulette MacManus, Educação em Museus, concebido a partir de uma
participação da autora em uma ação oferecida pela Faculdade de Educação da USP.
Para dar conta de debates e reflexões urgentes e para contribuir com a formação e
a luta política dos educadores, surgiu em 2003, no Rio de Janeiro, a primeira Rede de
Educadores em Museus e Centros Culturais do Brasil, que chegou a organizar, em
2007 e 2009, dois Encontros Nacionais. Essa experiência inspirou o surgimento de
outras Redes de Educadores em Museus (REM’s), em diferentes estados brasileiros,
contabilizando, atualmente, dezenas de grupos que vêm atuando com o poder
público, cobrando e colaborando com as demandas do campo. A ampliação das
Redes, dada a sua capilaridade, foi de grande importância para alavancar o processo
de construção da PNEM, desenvolvida sob a liderança do IBRAM.
O cenário que hoje se apresenta nos coloca muitos desafios. É preciso pensar as
particularidades de cada instituição, relativas ao seu tamanho, à sua disponibilidade
Fica a dica!
https://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2018/06/
Caderno-da-PNEM.pdf
Não são poucos os casos em que um aspecto alimenta o outro. O exemplo da Política
Nacional de Educação Museal é uma demonstração de como esse entrecruzamento
funciona: foi um processo participativo em que os educadores, baseados em suas
práticas, construíram as diretrizes e conceituaram Educação Museal.
Mas a PNEM não foi a primeira política pública desenvolvida na história da Educação
Museal no Brasil. As políticas públicas de museus, no Brasil, são um objeto de
pesquisa que ainda precisa ser amplamente desenvolvido. O próprio campo de
pesquisa em políticas públicas de cultura é tido como recente, contando com seus
primeiros trabalhos realizados entre as décadas de 1970 e 1980.
No caso das políticas públicas específicas de museus, podemos constatar que elas
têm se desenvolvido durante todo o século XX, desde antes do seu principal marco
fundador, que foi a criação, em 1937, do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, órgão público então responsável pelos museus públicos, e da legislação e
política patrimonial com ele instituída.
Curiosidades
Apesar da instabilidade no âmbito das políticas públicas nacionais, que afeta todos
os setores, o campo museal conseguiu avançar graças aos esforços e à pressão dos
atores da área, à participação da sociedade civil e à parceria com o poder público,
ora um aliado e, em outros momentos, nem tanto. O breve panorama, a seguir, nos
Fonte: IPHAN
No cenário das políticas públicas de museus, temos pela primeira vez uma política
elaborada de forma participativa, debatida, sistematizada e continuada, que
ultrapassou os limites de uma gestão presidencial com a criação da Política Nacional
de Museus, que data de 2003. Entre os princípios que orientaram a elaboração
participativa da PNM, publicada em 2007, destaca-se o “desenvolvimento de práticas
e políticas educacionais orientadas para o respeito à diferença e à diversidade
cultural do povo brasileiro”.
PLANO NACIONAL
DIRETRIZES ESTRATÉGIAS AÇÕES
SETORIAL DE MUSEUS
Capacitação: professores
0 3 1
e agentes culturais
Divulgação e Acesso 1 3 8
Economia da Cultura 0 0 2
Editais 1 0 3
Formação de Educadores 1 4 8
Parcerias: Escola e
0 4 4
Educação Básica
Parcerias: Esferas
0 3 3
Pública – Privada
Pesquisa 1 0 2
Total 13 29 37
Fonte: CASTRO, Fernanda. O que museu tem a ver com educação? Educação, cultura e
formação integral: possibilidades e desafios de políticas públicas de Educação Museal na
atualidade. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em
Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. p. 73
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Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Fonte: IBRAM
Veja!
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Política Nacional de Educação Museal – PNEM
Pensar a implementação da PNEM passa por reconhecer que, fora dos grandes
centros urbanos, muitos dos profissionais que atuam com Educação Museal não têm
disponíveis recursos, estrutura básica, equipes, formação específica, apoio do poder
público, de gestores ou de outros setores dos museus para realizar suas atividades.
Mesmo nas grandes instituições persistem conflitos e necessidades, estruturais ou
relacionais, que fazem das diretrizes e dos princípios da PNEM um esteio precioso.
2 Experiências e práticas na
Educação Museal
Unidade 1 – Modalidades educativas
Todos esses fatores, além de muitos outros, como território em que se inserem,
públicos frequentadores, perfis de gestão ou grau de participação social, influenciam
museus e processos museais no que diz respeito à sua prática educativa.
Outro exemplo:
https://www.youtube.com/watch?v=ogLCbHnz0CA.
São diversas as práticas educativas que podem ser desenvolvidas num museu.
Algumas são, na verdade, formas de mediação, que possibilitam a interpretação dos
bens culturais. A proposta aqui é somente destacar alguns exemplos, lembrando
sempre que a diversidade e as possibilidades que existem nos museus são muito
amplas e não devem ser entendidas como limitadas aos exemplos que seguem.
a) Visitas “orientadas”/“guiadas”/“monitoradas”
/“dialógicas”/“mediadas”
O educador museal e pesquisador canadense Michel Allard, em um livro de 1998,
intitulado Educar no museu: um modelo teórico de pedagogia museal, diz que a visita
Fonte: MADP
Falk e Dierking, na pesquisa realizada em 1995, sobre lembranças da experiência
museal, reportaram que esse estudo “reforçou que as visitas de escolas elementares
iniciais foram experiências importantes nas vidas das crianças”. Eles notaram
que determinados assuntos, quando perguntados para visitantes, prontamente
fizeram-nos lembrar suas visitas escolares e que essas memórias permaneceram
persistentes.
Visitas guiadas geralmente não são dialógicas e não necessariamente têm objetivos
pedagógicos, sendo oferecidas por diversos tipos de profissionais, como guias
turísticos, ou mesmo por voluntários e agentes comunitários.
Por fim, podemos considerar que as visitas mediadas se propõem a ser dialógicas e
com fim pedagógico específico, variando de temática e conteúdo, podendo cumprir
um currículo museal ou objetivos pedagógicos predefinidos, mas que respeitam a
diversidade, os conhecimentos e objetivos do público envolvido.
Mas o que importa para o trabalho educativo museal é a forma com que seja
conduzida uma visita: que seja compreendida como uma forma de comunicação,
que permita uma interpretação através de experiência compartilhada, modificação
ou desenvolvimento da mensagem à luz das respostas no momento, sem que o
profissional do museu seja o dono da verdade absoluta, mas alguém que ouve e
dá voz ao visitante. Ou seja, um profissional comprometido com uma educação
dialógica. Daí podermos falar em “visita dialógica”.
Créditos: Divulgação/MHN
Play-circle
Sendo a realização de visitas de grupos escolares ao museu uma das práticas mais
comuns, consequentemente, o trabalho dos professores, realizando encontros, é
muito importante e fundamental. Pesquisas acadêmicas, como as das educadoras
Sibele Cazeli e Denise Grinspum, indicam que a maioria das visitas de um estudante
de escola ao museu se dá através de ações da escola.
Entretanto, deve-se ressaltar que o que se propõe não é um encontro com professores
para ensinar sobre o museu. É muito mais do que isso. É a oportunidade que se tem
de trocar, com os professores, reflexões sobre educação, sobre a instituição museu e,
é claro, sobre o museu onde acontece o encontro. Na verdade, é uma oportunidade
para que o professor amplie sua visão sobre as possibilidades de um museu.
Projetos específicos
Uma programação voltada para crianças, nos finais de semana, deve também levar
em consideração os pais e responsáveis que as levam ao museu. Por isso, a opção
d) Oficinas de férias
Diversos museus desenvolvem essa prática com muito sucesso. Novamente, oferece
a oportunidade de o grupo participante estabelecer um contato mais permanente
com o museu. Entretanto, o importante é que, além de jogos, brincadeiras, atividades
artísticas, contação de histórias etc., a temática do museu esteja presente durante
a oficina de férias: um objeto, uma exposição temporária, um recorte da exposição
de longa duração.
• Museu da República
• Museu Goeldi
Elas também podem ser pensadas como um elemento para a preparação da visita
ou para o seu desdobramento, apresentando o museu ou propondo ações de
extensão.
• Museu da Imigração
• Museu do Amanhã
• Quadrinhos no MIS-SP
A oficina de desenho faz parte do projeto Zona Aberta, que propõe práticas
artístico-pedagógicas nos jardins e demais áreas no entorno do MAM Rio
g) Visita-conferência
Fonte: Acervo do Centro de Pesquisa do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP)
Fonte: https://issuu.com/museudamare/docs/livro_contoselendasdamare
• Casa da Roda
• Museu Goeldi
j) Jogos
Todos nós, adultos ou crianças, gostamos de jogar. Produzir jogos relacionados à
temática do museu é uma forma de o visitante se relacionar de forma lúdica ao
acervo. São exemplos: jogos da memória, quebra-cabeças, jogos dos sete erros,
álbum de figurinhas etc.
Para os curiosos
• Museu do Brincar
• Museu Light
• Museu Vale
Créditos: Nueduc/MHN
“De Mala e Cuia”, biblioteca itinerante que reúne pequena coleção de parte da
Biblioteca Amadeu Amaral. São livros, discos, folhetos, fotografias e recortes
de jornal que podem sair do CNFCP e ficar um tempo com a escola, servindo de
apoio e suporte para os estudos de folclore
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m) Audioguias e videoguias
Trata-se de um recurso bastante caro, pois ainda é produzido de forma limitada no
Brasil, mas de grande utilidade para o visitante individual no museu, podendo ainda
ser editado em várias línguas.
Para os curiosos
Você sabia que agora também é possível fazer visitas online, com
uso do recurso de audioguia?
n) Filmes/vídeos
A utilização de filmes e vídeos no museu, seja como introdução ou complemento a
uma visita, seja como conteúdo, no circuito da exposição, é muito pertinente. Mas
é preciso estar atento à escolha desses materiais, vídeos muito longos podem ser
cansativos.
Essas são ferramentas cada vez mais utilizadas nas instituições e representam um
importante espaço de divulgação do trabalho que está sendo desenvolvido, além de
proporcionarem a possibilidade de realização de ações educativas museais online.
É fundamental que os setores educativos possuam seu espaço dentro do portal
institucional e nele devem constar os objetivos do setor, os projetos em andamento
e as demais informações.
Mas essa não é a única forma de o trabalho educativo dos museus aparecer na rede.
Algumas instituições possuem sites, blogs ou perfis específicos dos seus setores
educativos, como é o caso da Seção de Assistência ao Ensino (SAE) do Museu Nacional,
que, além de um blog, tem perfis no Facebook e no Instagram, e do Museo Thyssen
Bornemisza, que tem um site próprio para o setor educativo. Nesses espaços, além
de ações de divulgação e disponibilização de conteúdos pedagógicos, são realizadas
propostas interativas, em diferentes formatos.
Vale, ainda, dedicar um espaço com caráter lúdico e didático ao público infantojuvenil,
visando aproximar esse segmento, de laços tão estreitos com o mundo virtual, das
Fonte: https://museueducativo.com.br/?landing_page=true
Para os curiosos
Faça uma busca na internet por hashtags e ações educativas online
e veja que os museus já usam esse recurso há algum tempo e que
não ficaram parados na pandemia de covid-19:
• #museuemcasa
• #pessoasessenciaisdosmuseus
• #museunacionalvive
• #museumday/#diainternacionaldosmuseus
• #museuparatodos
Cabe ressaltar que, no Brasil, o acesso à internet não é ainda universal; portanto,
é possível que alguns públicos, de pessoas de baixa renda, em situação de
vulnerabilidade social ou privação de liberdade, não estejam entre as possibilidades
de públicos potenciais desses espaços.
Outra forma de fazer uma visita online, dessa vez num contexto
totalmente online, é utilizar, quando existem, as visitas virtuais,
como da plataforma Google Arte e Cultura. Olha esse Bonde da
História – Religiosidades no Brasil, do Museu Histórico Nacional.
O museu é uma instituição que deve ter em sua missão a previsão da relação com
a sociedade em vários níveis: a relação com o público, com a comunidade em que
se insere, com outras instituições culturais e de pesquisa, com escolas, com órgãos
públicos etc.
Uma forma de realizar ações educativas é a busca por parceiros que permitam o
desenvolvimento da missão educativa do museu.
Patrocínios também são uma forma de parceria e não precisam acontecer somente
em grandes projetos. Às vezes o comércio local, um visitante ou mesmo uma empresa
de pequeno porte podem ter interesse em se envolver com as ações de um museu.
Algumas ações podem contribuir para a relação entre museu e escola e para
estabelecer laços mais estreitos ou permanentes. Deve-se pensar que, apesar de
serem estudantes, os públicos de visitantes escolares representam uma grande
diversidade e podem ser pensadas ações para cada recorte desses públicos, que
podem ser: da Educação Infantil, do Ensino Básico (Ensino Fundamental I, II e Ensino
Médio), do Ensino Profissional ou Técnico (geralmente jovens em busca de uma
formação profissional e inserção no mercado de trabalho), do Ensino de Jovens e
Adultos (estes com grandes dificuldades de frequentar o museu, pois durante o dia
geralmente trabalham e durante a noite, quando os museus em sua maioria estão
fechados, estudam), do Ensino Superior, sendo que, nesse segmento de ensino,
deve-se pensar com especial atenção na formação de professores.
Em termos práticos, algumas ações podem contribuir para uma boa relação museu-
escola. O trabalho começa, antes mesmo da visita, no estabelecimento de parcerias,
na realização de um processo de agendamento atencioso, que busque traçar um
perfil e identificar os anseios do público.
É interessante propor ações que estimulem a visita prévia dos professores ao museu,
sempre que possível, ou mesmo uma visita de educadores à escola, de maneira a
estimular o público antes da visita.
E é claro que recursos são muito bem-vindos, mas com criatividade é possível também
elaborar materiais que colaboram bastante para a visita: reproduções de obras de
arte, jogos de tabuleiro (pode-se propor que os próprios visitantes os elaborem),
gincanas e caças ao tesouro, roteiros e diários de viagem, bonecos que funcionem
Para os curiosos
Magaly:
Nininha:
Fica a Dica!
Por outro lado, também as organizações que já trabalham com esses grupos –
associações, cooperativas, ONGs etc. – não percebem o museu como uma instituição
com potenciais contribuições a oferecer, consideram o museu como uma instituição
Aidar recomenda que, para trabalhar com esses grupos, é preciso primeiro sensibilizar
os profissionais responsáveis pelas organizações que trabalham com eles. A partir
daí, estabelecer parcerias com essas organizações, buscando primeiramente o
conhecimento das especificidades, das necessidades e dos interesses dos grupos
e, em seguida, desenvolvendo ações que criem sentido e utilidade para os grupos
atendidos, ao mesmo tempo que dá visibilidade e relevância ao museu.
Diz a educadora:
Como qualquer outro projeto ou ação educativa, você pode pensar na elaboração de
materiais a partir da formulação de um projeto, nos moldes do que já apresentamos,
e algumas etapas são indispensáveis, como a pesquisa, a produção e a avaliação. Você
pode criar um formulário, inserindo os elementos necessários para a elaboração de
projetos e as ações etc.
Esses materiais podem ter vários objetivos. Podem ser fruto da realização de
atividades como seminários e oficinas, podem ser um conjunto de orientações
para estudo que guiam a visita autônoma, podem ser a base para a realização de
atividades, ou servirem de modelo e referência para pesquisa. Eles podem estar
ligados a projetos, exposições (de longa duração ou temporárias), podem ser
voltados para públicos específicos ou amplos, ter tiragem limitada ou permanente.
Abaixo indicamos alguns exemplos que são disponibilizados por museus de diversas
tipologias:
O Museu Nacional de Belas Artes, que fica na cidade do Rio de Janeiro, possui
algumas publicações que estão disponibilizadas na internet e que são distribuídas
para grupos de visitantes em ações educativas. São guias e livros temáticos, que
abordam possibilidades de visita e experimentação no espaço do museu.
O Museu Nacional de Soares dos Reis, que fica na cidade do Porto, em Portugal,
disponibiliza na internet e na sua recepção Guiões, que propõem roteiros e
experimentações para visitantes de diferentes faixas etárias.
Exposições educativas
Exposições educativas podem ser tanto parte de um projeto maior que se desenvolve
e termina produzindo uma exposição, ou podem ser uma exposição que não deriva
de um projeto educativo, mas centra-se em uma proposta pedagógica.
Outros recursos
O Museu Paulista, na cidade de São Paulo, por meio do seu Serviço de Atividades
Educativas, tem realizado um projeto que visa à elaboração de materiais educativos
acessíveis e, para isso, criou um formulário online a ser respondido pelo seu público,
de maneira a construir essa ação de forma participativa.
Isso também vale para instituições menores, que não possuem em seu organograma
a estrutura de setores, ou equipes grandes e variadas. A questão central é fazer com
que as diversas funções museais sejam cumpridas de forma orgânica e transversal.
A produção do conhecimento e o atendimento ao público com qualidade devem
sempre ser as metas finais da instituição.
A Lei nº 11.904/2009, o Estatuto de Museus, define que toda instituição deve ter
um Plano Museológico – um documento voltado para a gestão institucional –, que
contenha 11 programas:
a) Institucional;
b) de Gestão de Pessoas;
d) de Exposições;
e) Educativo e Cultural;
f) de Pesquisa;
g) Arquitetônico-urbanístico;
h) de Segurança;
i) de Financiamento e Fomento;
j) de Comunicação;
Fica a dica!
Por outro lado, é importante ressaltar que um setor/uma equipe que não conhece
suas atribuições ou não possui suas metas claramente definidas corre o risco de
tornar-se exclusivamente técnico, atrapalhando o processo de reflexão e avaliação
das atividades. Estabelecer diretrizes ou eixos de ação colabora com a organização
do trabalho e a definição das atribuições do setor.
É para esse fim que o Programa Educativo e Cultural se traduz num documento
estratégico, dotando o setor/a equipe de uma política de atuação que possibilitará
o seu desenvolvimento, evitando, inclusive, o seu engessamento quando estiver
passando, por exemplo, por uma troca de chefia, ou uma crise de grandes proporções,
como a vivida com a pandemia de covid-19. O planejamento nos dá mais segurança
para serem feitas as alterações e as adaptações necessárias ao enfrentamento de
situações inesperadas.
Fica a dica!
Vale ressaltar que não existe uma fórmula mágica ou uma receita de bolo para a
elaboração de um PEC – assim como dos demais programas sugeridos para os Planos
Museológicos –, pois os modelos possíveis serão específicos em cada instituição,
respondendo à realidade na qual está inserida.
Além do PEC, convém sistematizar também cada projeto e ação educativa, por meio
da utilização de instrumentos de planejamento, registro e avaliação, que devem ser
apresentados e definidos na política educacional institucional.
Fica a dica!
+ Diagnóstico
Esta é uma etapa importante no processo, pois permitirá uma análise
da situação vigente. Uma observação crítica pode ser um bom caminho;
apontar os projetos que não deram certo e suas possíveis falhas; aqueles
que alcançaram os objetivos esperados; quais são os recursos financeiros
e humanos disponíveis.
+ Autoavaliação
Conhecer os profissionais que fazem parte da equipe, o quantitativo,
a diversidade de formações, a variedade de atividades que exercem, o
tempo em que estão trabalhando na instituição, o acúmulo de experiências
+ Reuniões de planejamento
Os encontros de equipe compõem todo o processo de elaboração do
documento; é preciso que o grupo entenda a importância desse momento,
busque o entrosamento para a reflexão e coloque os objetivos coletivos
acima dos individuais.
+ Definição da estrutura
Roteirizar a construção do programa ajudará a organizá-lo mentalmente,
facilitando a sua materialização. É importante contemplar ações viáveis
para que os objetivos não se percam ao longo do caminho. Assim, é
pertinente definir a missão do setor, os objetivos, as linhas de pesquisa,
os programas de ação. Outro caminho é propor eixos de ação capazes de
contemplar as várias possibilidades de atuação do setor.
+ Avaliação
Um documento orientador não é (e não pode ser) uma ferramenta estática
e rígida. São necessárias uma avaliação constante e a sua adequação a
novas demandas. É interessante estabelecer “prazo de validade”, quando,
então, ele será analisado e, se necessário, reformulado.
• Diagnóstico;
• Sujeitos/públicos;
• Missão educativa;
• Objetivos educacionais;
• Ação educativa;
• Profissionais;
+ Pesquisa
Além da concepção, das primeiras ideias para se criar um projeto
ou ação, a pesquisa é uma das primeiras etapas da sua elaboração.
São muitas as temáticas pertinentes à pesquisa: pesquisa de público
para definir públicos-alvo e seus interesses, pesquisas no acervo,
pesquisas biográficas, pesquisas para escolha de referenciais teóricos
+ Apresentação
Discorrer brevemente sobre o que é o projeto ou a ação, seu
desenvolvimento, e o público a que se destina.
+ Públicos-alvo
A quem se destina o projeto ou a ação? Quais são as audiências esperadas?
Lembre-se de que o público é muito diverso e não existe um “público em
geral”. A ação pode ser destinada a públicos amplos, diversos e/ou ter
foco ou prioridade em alguns públicos específicos.
+ Objetivos
O que você quer com esse projeto ou essa ação? Estabelecer os objetivos
é fundamental para realizar posteriormente a avaliação do projeto ou da
ação. É a partir deles que criamos os indicadores de avaliação. Usamos
verbos no infinitivo e devemos elaborar o objetivo geral e os específicos.
+ Justificativa
Tanto para buscar parceiros quanto para defender institucionalmente
a ideia de um projeto ou uma ação, bem como para fazer o registro
histórico das necessidades ou possibilidades que o projeto ou a ação
apresentam, a justificativa é uma importante etapa da elaboração. Nela
você apresenta a pertinência do projeto ou da ação, dizendo por que ele
precisa ser realizado.
+ Divulgação
Todo projeto ou ação precisa de divulgação para atingir os seus públicos-
alvo. É importante ressaltar que o setor educativo, a equipe ou a
pessoa responsável pelas ações educativas do museu devem procurar,
preferencialmente, dentro ou fora da instituição, os profissionais
adequados para cada função demandante do projeto. Um plano de
divulgação feito por um profissional de comunicação ou com experiência
na área fará toda a diferença para o projeto, além de aliviar as funções
da equipe do educativo, sobrando mais tempo para que esta se dedique
à execução do projeto em si.
+ Cronograma
Pensar cada etapa do projeto, desde a pesquisa até a avaliação, com prazos
e duração das atividades. São exemplos de etapas de um cronograma:
o lançamento de roteiros de visitação temáticos com materiais diversos
que orientem a visitação, produção de folhetos, concepção de oficinas,
pesquisa e elaboração de contação de histórias etc. Algumas dessas
atividades podem se sobrepor na programação de um projeto/uma ação.
Uma boa dica sobre como montar um cronograma é pensá-lo de trás
para frente: pense em quando quer que o evento aconteça e vá incluindo
no cronograma tudo o que é necessário para que ele aconteça, jogando
para trás as datas de início de cada fase de produção e pré-produção.
+ Produtos gerados
Resumo em lista de tudo o que o projeto ou a ação gerará: uma
exposição, uma publicação, um evento etc., conforme apresentado no
desenvolvimento.
+ Registro
Como o projeto será registrado? Com fotos? Relatórios? Entrevistas? Liste
ferramentas e diga onde serão depositados os registros.
Em 2018 foi lançado o Tainacan, uma ferramenta do Wordpress voltada
para a publicação e gestão de coleções digitais, que permite a criação
de bancos de dados e referências. Pode ser utilizado como repositório
Fica a dica!
+ Avaliação
Para cumprir seus objetivos e realizar um trabalho educativo com
qualidade, a etapa da avaliação é imprescindível. Há muitas formas de se
avaliar um projeto ou uma ação.
A avaliação pode ser participativa, utilizando ferramentas como
questionários (impressos ou virtuais), preenchidos logo após as atividades,
ou posteriormente pela internet.
Um profissional da equipe pode ser responsável por fazer um relatório de
avaliação. Produtos como desenhos, vídeos e textos podem ser avaliados
posteriormente à realização da atividade educativa.
O importante é que se criem, anteriormente à execução da atividade
educativa, indicadores de avaliação, como já apresentamos, ligados
aos objetivos do projeto ou da ação. Eles nos dizem se alcançamos
nossos objetivos, quais os pontos positivos e negativos da aplicação das
atividades previstas etc.
Liste as ferramentas de avaliação e não se esqueça de arquivá-las.
Metodologias de avaliação
Para avaliar a aprendizagem em sentido mais amplo, há uma abordagem proposta
pela professora e pesquisadora Eilean Hooper-Greenhill, pelo Conselho de Museus,
Bibliotecas e Arquivos do Reino Unido, intitulada GLO (Generic Learning Outcomes),
ou, traduzido para o português, Resultados Genéricos de Aprendizado, que vem
sendo muito adotada e sofrendo avaliações e revisões. Trata-se de uma avaliação
que propõe a verificação dos seguintes aprendizados:
1. Conhecimento e compreensão;
2. Habilidades;
5. Comportamento.
Eles são úteis principalmente quando lidamos com questões menos tangíveis, mais
difíceis de mensurar. Nesse caso, estabelecemos alguns conceitos que consideramos
importantes, como relacionamento interpessoal (desejamos que ele melhore), ou
autoestima (desejamos que ela seja reforçada), e começamos a listar quais os sinais
que indicam esses conceitos. Assim como sabemos que 38 graus indicam febre,
sabemos que, se a pessoa está mais feliz, mais participativa, com apresentação
• são definidos com base nos objetivos, nos resultados e nas estratégias
de condução do plano de ação;
A autora chama a atenção para o fato de que, em todas as avaliações, são necessários
testes para verificar se os enunciados das questões são adequados, se os resultados
obtidos são satisfatórios, assim como para rever constantemente os indicadores
propostos.
Para refletir
O que é um projeto?
• Acessibilidade: https://youtu.be/32N-W2of4R0
Para os curiosos
Artigos
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& Educação, v. 10, p. 50-56, 1997. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/
comueduc/article/view/36322. Acesso em: 17 mar. 2023.
ALVES, Vânia Maria Siqueira; REIS, Maria Amélia Gomes de Souza Reis. Tecendo
relações entre as reflexões de Paulo Freire e a Mesa-Redonda de Santiago do
Chile,1972. Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Museologia e
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Sites
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