Você está na página 1de 19

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

DE JANEIRO

Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências


Doutorado Profissional em Ensino de Ciências
Campus Nilópolis

(RE) PENSANDO A EXPOSIÇÃO NEUROSENSAÇÕES PARA CRIANÇAS


COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Gabriella Luciano Caetano

Linha de pesquisa 1.1 - Formação de Professores de Ciências.


Projeto de pesquisa 3.1 – Aspectos Inovadores do Ensino de Ciências.

Nilópolis – RJ
2021
RESUMO

Este trabalho busca promover o debate acerca da inclusão social nos museus e centros de
ciências brasileiros através da adaptação e implantação da exposição NeuroSensações
pertencente ao Espaço Ciência InterAtiva (museu de ciências do IFRJ – Campus
Mesquita). Uma vez que ainda é incipiente a inclusão de pessoas com necessidades
especiais nesses espaços, é importante a fomentação de programas voltados para a
acessibilidade desses indivíduos. Nessa perspectiva, este trabalho busca discutir sobre a
inserção de crianças com transtorno do espectro autista nesses espaços de divulgação
científica. Para tanto, contamos com o envolvimento do Espaço Ciência InterAtiva-
Campus Mesquita para o desenvolvimento da exposição científica NeuroSensações
voltado para crianças com TEA. Entendemos que, para o desenvolvimento deste trabalho,
é importante visitar a literatura especializada a respeito do autismo e materiais que podem
ser empregados no viés de inclusão museal. A metodologia proposta para a presente
pesquisa será a abordagem qualitativa com a aplicação de questionários mistos, gravações
de vídeos e imagens, e os dados coletados serão verificados por meio da análise temática.
O produto educacional será um e-book, desenvolvido em conjunto com os responsáveis
e crianças participantes da exposição NeuroSensações e a implantação da exposição na
cidade de Sapucaia uma vez que o local não possui espaços não formais voltados para a
inclusão.

Palavras-chave: Espaço Ciência, Autismo, Divulgação Científica, Inclusão Social,


Impressora 3D.
ABSTRACT

This work promotes the debate of social inclusion in museums and approximations of
users through the adaptation and implementation of the NeuroSensações exhibition
belonging to the Espaço Ciência Interativa (science museum of the IFRJ – Campus
Mesquita). Since it is still incipient to spaces for people with special needs, in addition to
important adjustments, adjustments are included for these accessibility. In this, this
disturbed work looks for the insertion of children with autistic spectrum in these spaces
of scientific divulgation. Therefore, for the scientific development of Espaço
CiênciaAtiva, Campus with the scientific involvement of Espaço NeuroSensações Me has
TEA children. We understand that, for the development of this work, it is important to
visit the specialized literature on autism and materials that can be used in the museum
inclusion bias. The methodology presented to the proposal of qualitative analysis with the
research of half study, the approach of application of videos will be tested as the proposal
of the quantitative analysis and the proposal of the analysis of the environment will be
verified. The educational product will be an e-book, developed together with those
responsible and the children of the NeuroSensações exhibition and the implementation of
Sapucaia since it does not have spaces that are not formed by the participants of the local
city for inclusion.

Keywords: Science Space, Autism, Scientific Dissemination, Social Inclusion, 3D


Printer.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................06
1.1 Justificativa ................................................................................................................06
1.2 A Pergunta da Pesquisa .............................................................................................08
1.3 Hipótese .....................................................................................................................08
1.4 OBJETIVOS ..............................................................................................................09
1.4.1 Objetivo Geral ........................................................................................................09
1.4.2 Objetivos Específicos ..........................................................................................09

2 FUNDAMENTAÇÃ TEÓRICA .............................................................................10


2.1 O Ensino Formal e o Não-Formal .............................................................................10
2.2 O Espaço Ciência InterAtiva Campus Mesquita e a exposição NeuroSensações .....11
2.2.1 A cidade de Sapucaia ............................................................................................. 12
2.3 A inclusão social nos museus e centros de ciências ..................................................13
2.4 A função do mediador nos museus e centros de ciências ..........................................15

3 PERCURSO METODOLÓGICO PROPOSTO ..................................................15


3.1 Instrumentos para a Coleta de Dados ........................................................................16
3.2 Análise do Dados Coletados ......................................................................................16

4 RESULTADOS ESPERADOS ...............................................................................17


4.1 Produto Educacional................................................................................................. 17

5 CRONOGRAMA PROPOSTO ..............................................................................17

REFERÊNCIAS ............................................................................................................18
6

1 INTRODUÇÃO

Os museus e centros de ciências, compõem os espaços não formais de educação, que tem
como um de seus principais objetivos a divulgação da ciência, sendo assim são espaços destinados
ao conhecimento científico para todo o público visitar de forma democrática.

De acordo com Wangensberg (2000; 2005), o público das exposições dos museus e centros
de ciências é heterogêneo, ou seja, de classes sociais, nível cultural e idade distintas. Dentre essa
universalidade de indivíduos que possuem o direito de frequentar os espaços não formais de educação,
encontram-se as crianças com necessidades especiais, seja essa física ou mental. Todavia, ao se
discutir sobre a acessibilidade e inclusão de indivíduos com necessidades especiais nos museus e
centros de ciências no Brasil, observa-se ainda a escassa presença de técnicas destinadas a inclusão e
acessibilidade (CELESTE e SILVEIRA, 2019). Diante disso, as autoras (ibid, 2019) mencionam que
a acessibilidade nesses espaços deve transcender a estrutura física e arquitetônica do local, diante
disso esses locais devem propiciar a interação e exploração ao máximo de todo seu público. Dessa
forma, o presente trabalho traz a discussão acerca da acessibilidade e inclusão, em específico do
público com transtorno do espectro autista (TEA), a fim de trazer contribuições sobre a temática e
colaborar para a inclusão dessas crianças em museus e centros de ciências.

Portanto, este trabalho busca adaptar a exposição que faz parte do acervo fixo do Espaço
Ciência InterAtiva (museu de ciências do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
de Janeiro – Campus Mesquita) denominada NeuroSensações para crianças com transtorno do
espectro autista.

1.1 Justificativa

O presente trabalho surgiu ao ingressar no mestrado e ao cursar a disciplina de Modelos de


Divulgação Científica, na qual pude conhecer acerca da importância da divulgação científica e das
contribuições que o ensino não formal traz para o ensino formal (escola). Nessa mesma ocasião, tive
a oportunidade de observar visitas a exposição NeuroSensações do Espaço Ciência InterAtiva (museu
de ciências do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro- Campus
Mesquita). Em uma dessas observações, o grupo visitante era composto de crianças com TEA.

Observei ao longo da visitação um incômodo por parte das crianças ao, por exemplo,
adentrarem nos ambientes escuros e ao ouvirem sons altos. Diante disso, surgiu o interesse a respeito
da inclusão de crianças com TEA em museus e centros de ciências.

Cabe salientar, que pessoas com transtorno do espectro autista possuem suas peculiaridades,
ou seja, um autista não será como o outro. No mais, esse transtorno, segundo a Organização Pan
Americana da Saúde (OPAS, 2017), “se refere a uma série de condições caracterizadas por algum
7

grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma


gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma
repetitiva”. Além disso, também de acordo com essa organização (ibid, 2017), essas pessoas sofrem
discriminação e têm seus direitos infringidos.

Segundo Barbosa et al. (2015), estudos epidemiológicos apontam para o aumento de casos de
TEA, evidenciando assim a necessidade de buscar ferramentas que incluam esses indivíduos na
sociedade.

Posto isto, deve-se haver a discussão sobre a inclusão social nos museus e centros de ciências,
e esses locais devem proporcionar a aprendizagem para todo tipo de público que receber (PADILLA,
2001). Mas, para que isso ocorra, faz-se necessário, o reconhecimento por parte dos pais e equipe
escolar das contribuições que os museus e centros de ciências podem ocasionar na aprendizagem do
aluno de educação especial (SILVA, 2017).

Com relação a universalidade ao acesso a museus e centros de ciências, em setembro de 2015,


ocorreu na cidade de Nova York, uma assembleia geral da Organização das Nações Unidas, e estados-
membros reconheceram a necessidade de erradicar a pobreza em toda sua complexidade para que se
tenha um desenvolvimento sustentável. Para tal, adotaram a Agenda 2030 como plano de ação, que é
composto por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, e 169 metas para promover a
uma vida digna e inclusiva para todos.

Dentre os 17 ODS destaca-se o ODS 4, que tem como finalidade garantir a educação inclusiva,
igualitária e de qualidade fomentando a oportunidade de aprendizagem para todos ao longo da vida.
Logo, museus e centros de ciências por serem espaços de divulgação científica podem estabelecer
relações com o ODS supracitado.

À vista disso, a autora Jacobucci (2008) menciona em seu trabalho sobre as contribuições que
museus e centros de ciências podem oportunizar ao processo de ensino, podendo ser espaços que
auxiliam a aprendizagem trabalhando em conjunto com a escola.

Nessa perspectiva, o museu é um local aberto à visitação a todo o público e, assim, deve estar
adaptado para receber a heterogeneidade de indivíduos. Contudo, os museus e centros de ciências não
estão, em sua totalidade, plenamente acessíveis e a maioria deles, quando dotada de recursos e
atividades, são direcionadas a um único público, não contando com a presença de recursos e
atividades para receberem toda a diversidade de público deficiente em um mesmo local (NOBERTO
ROCHA et al., 2017 e NORBERTO ROCHA et al., 2020).
8

Dessa maneira, acreditamos que a adaptação de uma exposição para crianças com transtorno
do espectro autista promova a discussão acerca de estratégias de divulgação científica para esse
público-alvo.

1.2 A Pergunta da Pesquisa

O Espaço Ciência InterAtiva Campus Mesquita atende a comunidade interna e externa de todo
estado do Rio de Janeiro e possui uma exposição com acervo fixo preparada para receber o público,
denominada NeuroSensações. A proposta é adaptá-la para alunos com transtorno do espectro autista,
de forma que eles possam interagir com todo o material proposto. Além disso, a equipe deve ser
capacitada para recebê-los de forma a dar todo suporte quando necessário.

Quais metodologias devem ser adaptadas e desenvolvidas pela exposição NeuroSensações do


Espaço Ciência InterAtiva Campus Mesquita para a inclusão de crianças com transtorno do espectro
autista?

1.3 Hipótese

A inclusão social no Brasil ocorre desde a década de 60, e, a partir de então, os termos de
identificação para indivíduos com necessidades especiais têm se modificado (DIAS, 2017). A
primeira publicação com relação ao transtorno do espectro autista, deu-se pela Associação
Psiquiátrica Americana (APA), no ano de 1994, e, dessa forma, notamos o quão esse assunto é recente
e necessita de um olhar atento e sensível, uma vez que se trata de um transtorno em que os indivíduos
possuem suas singularidades.

Com isso, a inclusão no espaço museal deve ser construída de maneira ampla e sólida para
que ao receber esse público existam estratégias que possam ser aplicadas e, desta forma contribuir
para a formação social desse indivíduo com TEA.

Ademais, a autora Aidar (2002) discorre que se faz necessário conhecer o público visitante,
para que as atividades museais sejam de fato inclusivas, e, para isso, segundo a autora, é preciso o
planejamento de ferramentas com a finalidade das barreiras serem sobrepujadas. Outrossim, é
obrigatória a inclusão desse público com a intenção de construir uma familiarização entre o museu e
os visitantes gerando mais oportunidades de conhecimento.

[...] incluir significa entender as potencialidades dos sujeitos frente às suas diversidades e
disponibilizar os recursos para todos os públicos em um mesmo espaço. Desta forma, ao
disponibilizar os recursos para todos os públicos, pessoas com e sem deficiência têm as
mesmas oportunidades de fruição cultural no museu através de experiências multissensoriais.
Assim como as deficiências são diversas, diversos também são os recursos de tecnologia
assistiva que dão conta da multiplicidade dos públicos (SALAZAR, 2019, p. 13-14).
9

Desse modo, o acesso a esses espaços deve ser eclético e com possibilidades de equidade para
todos, transcendendo o acesso físico e tendo um olhar contínuo. Assim, a adaptação de uma exposição
para o público em questão, tendo como base a literatura de apoio, surge não só como uma possível
ferramenta de inclusão, mas também como um ponto de partida acerca da inclusão de crianças com
TEA não apenas em museus e centros de ciências como em toda sociedade.

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo Geral

Promover a educação científica de crianças com transtorno do espectro autista por meio da
adaptação da exposição NeuroSensações do Espaço Ciência InterAtiva localizado no Campus
Mesquita, para atendê-las adequadamente. Para que esta exposição possa ser desenvolvida em outras
cidades.

1.4.2 Objetivos Específicos

 Delimitar os temas a serem desenvolvidos para a exposição junto ao docente de educação especial.

 Desenvolver a prototipagem de materiais para as atividades a serem inseridas na exposição;

 Organizar a exposição e os experimentos para o público-alvo;

 Avaliar os resultados da implantação da exposição NeuroSensações ao público autista.

 Desenvolver um e-book voltado aos mediadores e equipes pedagógicas dos museus e centros de
ciências acerca das atividades inclusivas da exposição NeuroSensações.

 Implantar a exposição NeuroSensações na cidade de Sapucaia-Rio de Janeiro.


10

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O Ensino Formal e o Não Formal

Para uma melhor compreensão acerca da temática que abordaremos e para uma visão
abrangente das questões a serem discutidas ao longo deste trabalho, iniciaremos a discussão aqui
proposta comentando a respeito do ensino não formal e ensino formal.

Ao consultar a literatura, encontramos algumas definições acerca de educação formal e


educação não formal. Conforme Jacobucci (2008), o termo educação formal refere-se à escola, ou
seja, ali a educação é formalizada por leis que regem em todo território nacional. Coadunando para
esse pensamento, Gaspar (2002) acrescenta que esses ambientes possuem uma organização curricular,
uma organização em níveis e graus do curso ofertado e possui certificação e diplomas. Ao falarmos
sobre educação não formal, de acordo com a autora Gohn (2009), estamos nos referindo à “educação
que se desenvolve usualmente extramuros escolares” (ibid, 2009, p. 31). É um ensino prolixo com
menos burocracia e hierarquia e que não precisa, necessariamente, conceder certificados e tem a
possibilidade de variar em sua duração, o que não acontece no ensino formal. Cabe destacar que,
mesmo o ensino não formal tendo peculiaridades, ele se esbarra no ensino formal uma vez que possui
a intenção em ensinar algo (GOHN, 2015).

Além desses dois termos supracitados, o autor Marandino (2008) traz um terceiro termo: a
educação informal que, segundo ele, é compreendida como os espaços do dia a dia em que o
conhecimento é adquirido através das relações pessoais que acontecem no cotidiano.

Diante do exposto, um dos objetos a ser estudado neste trabalho é a educação não formal e
tomaremos como definição a proposta de Gohn (2006) acerca de ensino não formal e ensino formal,
para uma compreensão mais clara e delimitada a respeito da temática:

a educação formal é aquela desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente


demarcados [...] e a educação não-formal é aquela que se aprende “no mundo da vida”, via
os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações
coletivos cotidianos (GOHN, 2006; p. 28).

Nessa perspectiva, Gadotti (2005) relata que a educação não formal possui uma ampla
especificidade, estando associada a muitos conceitos, como o de cidadania e cultura. Segundo o autor,
“A educação não formal é também uma atividade educacional organizada e sistemática, mas levada
a efeito fora do sistema formal” (ibid, 2005, p. 2).

A mais, Jacobucci (2008) disserta que o ensino não formal acontece em espaços não
institucionalizados, porém propicia a educação de forma a auxiliar o ensino formal no processo de
ensino e aprendizagem.
11

Contudo, não é objetivo deste trabalho definir museu e centros de ciências como educação
não formal, em virtude de estarem dentro dos muros de uma instituição de ensino, e integrarem
conteúdos contidos no currículo e, consequentemente, relacionarem-se com a definição de educação
formal.

2.2 O Espaço Ciência InterAtiva- Mesquita e a exposição NeuroSensações

De acordo com Galhardi (2017), a exposição NeuroSensações foi inaugurada em 26 de março


de 2015, sendo uma exposição multidisciplinar que discute sobre assuntos relacionados a
Neurociências, Física e Biologia. Essa exposição faz parte do acervo fixo do Espaço de Ciência
InterAtiva (ECI) do IFRJ localizado na Rua Paulo João Luiz do Nascimento, s/n, Praça no Campus
avançado de Mesquita.

Cabe destacar que o ECI é o primeiro centro de ciências da Baixada Fluminense a elaborar
atividades e ações de divulgação científica e popularização da ciência na área de Ciências no ensino
não formal (PEREIRA, 2014). A exposição contém atividades e experimentos na área interna do
espaço e, na área externa possui o Parque da Ciência. A seguir, é apresentada a visão do salão interno
da exposição do ECI.

Fotografia 1- Visão do salão interno da exposição NeuroSensações do ECI

Fonte: Santos, 2020 p. 26

A exposição está organizada em sete módulos: Visão, Gustação, Sistema Sensorial Somático
(Somatossensorial), Audição, Olfato, Sistema de Memória e Sistema Nervoso. Em cada módulo, é
possível encontrar mais de um experimento, sobretudo todos os módulos têm o objetivo de aproximar
o visitante da ciência por meio da interatividade (RIBEIRO; MENDES,2016). Nesse sentido, os
autores (ibid, 2016), reforçam que a exposição busca familiarizar os visitantes sobre o funcionamento
do sistema nervoso, que representa uma rede de comunicação com todo organismo, e, dessa forma,
permite que tenham a percepção das funções desempenhadas pelo sistema nervoso.

O salão interno possui baixa iluminação para que seja possível desenvolver os experimentos
ali propostos. Dentre os módulos encontrados na exposição, destaca-se um módulo acerca da visão,
12

e, dentre os experimentos contidos neste módulo, há uma sala escura para as atividades voltadas aos
fenômenos ópticos. Tal sala, denominada Teoria das cores, é composta de lâmpadas de LED nas cores
vermelha, azul e verde e consiste na adição (cor azul) e subtração de cores (cor-pigmento) gerando
sombras coloridas (Fotografia 2).

Fotografia 2- Sala escura

Fonte: Adaptado de Espaço Ciência Interativa (Facebook) 1, 2021.

Nesta sala escura, também há uma parede com um painel informático sobre a radiação
eletromagnética, sobre os espectros de luz visível, cores e algumas anomalias da visão como a
hipermetropia e miopia.

Por fim, como já mencionado, os museus e centros de ciências são espaços de divulgação
científica, abertos para a visitação de todos. Diante disso, é importante que esses espaços sejam
acessíveis para a diversidade de indivíduos que podem frequentá-los. E, dentre os visitantes desses
espaços, encontram-se pessoas com necessidades especiais, amparadas por leis que lhes conferem o
direito de se socializarem de terem acesso à educação, o que, também, ocorre através do ensino não
formal.

2.2.1 A Cidade de Sapucaia

Cabe mencionar neste trabalho, a cidade a qual pretende-se implantar a exposição


NeuroSensações após sua validação em Mesquita.

Sapucaia é uma cidade de Estado do Rio de Janeiro. Os habitantes se chamam sapucaienses.


O município se estende por 541,2 km² e contava com 18 228 habitantes no último censo. A densidade
demográfica é de 33,7 habitantes por km² no território do município.

1
FACEBOOK: Espaço Ciência Interativa. Facebook: @cespaçocienciainterativa. Disponível em
https://www.facebook.com/espacocienciainterativa/photos/a.952057781534836/952058258201455. Acessado em 16
set.2021.1
13

Fotografia 3- Cidade de Sapucaia

Fonte: Estação de Sapucaia. Adaptado do Facebook.

Diante disso, e do vínculo com a Prefeitura Municipal de Sapucaia se faz necessário a


discussão junto a administração para que a cidade venha sediar o primeiro espaço não formal para
crianças com TEA em nossa região.

2.3 A inclusão social nos museus e centros de ciências

Diversos autores (ALBAGLI, 1996; CHASSOT, 2006; SANT’ANNA et al., 2006), destacam
sobre a importância da educação em ciências, uma vez que, por meio dela, há a possibilidade de
refletir sobre questões como sociedade, tecnologia e política, contribuindo, dessa forma, para o
desenvolvimento de um cidadão crítico e sensível de seu papel na sociedade. Ademais, a autora Paula
(2017) descreve que os museus e centros de ciências são importantes espaços para a educação em
ciências e formação de um cidadão responsável.

O museu que conhecemos hoje é um local aberto à visitação para todo o tipo de público, porém
essa realidade nem sempre foi assim, uma vez que esses espaços eram destinados apenas para
visitação da alta sociedade no passado (MCMANUS, 1992).

Diante das modificações ocorridas no museu ao longo do tempo, McManus (1992)


desenvolveu uma classificação levando em consideração as características marcantes de cada geração
nos museus. Segundo o autor, existem três grandes gerações: A Primeira Geração (História Natural),
que foi marcada por objetos históricos, nela, os educadores apenas guiavam os visitantes explicando
o valor de cada peça; a Segunda Geração (Ciência e Indústria), na qual se destacou o aumento da
comunicação com o visitante e as exposições eram voltadas para a vida profissional e a evolução da
ciência; por fim, a Terceira Geração (Fenômenos da Natureza e Conceitos Científicos) que tem a
educação do público como seu principal objetivo, sendo introduzidas discussões acerca do impacto
social e do progresso da ciência e da tecnologia.
14

Com essa mudança ao longo do tempo no olhar dos museus, observamos, também, que esses
espaços proporcionaram uma reflexão sobre a inclusão e acessibilidade desses locais para o público
com necessidades especiais, sejam essas físicas ou mentais.

Porém, com toda mudança vêm os desafios a serem enfrentados e, nessa perspectiva, o autor
Souza (2019) comenta que um dos principais desafios dos museus e centros de ciências, atualmente,
é torná-los mais inclusivos. Essa perspectiva de inclusão social vai ao encontro da democratização do
acesso aos espaços de divulgação da ciência de forma igualitária.

Dentre o público de inclusão que pode vir a visitar o museu e os centros de ciências,
encontram-se as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O termo autismo significa
voltar-se para si mesmo e os primeiros estudos a citarem essa denominação foram em 1911 por Eugen
Bleuler, 1943 por Leo Kanner e 1944 pelo autor Hans Asperger. E, a partir da publicação desses
autores, ocorreu a definição dos indivíduos com TEA (DIAS, 2017).

Posteriormente, no ano de 1994, a Associação Psiquiátrica Americana (APA), publicou o


transtorno do espectro autista em seu Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais-
Quarta Geração (DSM-IVTM), que consiste em classificar os transtornos mentais em categorias.
Diante disso, o TEA foi classificado como um Transtorno Geral do Desenvolvimento.

Para os autores Silva, Gaiato e Reveles (2012, p. 11) o autismo é:

é um transtorno global do desenvolvimento infantil que se manifesta antes dos 3 anos de


idade e se prolonga por toda a vida [...] caracteriza-se por um conjunto de sintomas que afeta
áreas da socialização, comunicação e do comportamento, e, dentre elas, a mais comprometida
é a interação social.

Cabe salientar que, ao discutirmos sobre o autismo, não podemos definir que as características
são iguais entre os indivíduos, uma vez que um autista não será igual ao outro, visto que, pelo autismo
ser um espectro cada indivíduo é singular e possui suas próprias peculiaridades (TEODORO et al.,
2016).

Acerca da inclusão dos direitos dos indivíduos com TEA, o Brasil sancionou a Lei 12.764 que
estabelece a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista
(BRASIL, 2012). Porém, apesar de existirem leis sobre a inclusão desses indivíduos na sociedade,
ainda existem muitas instituições que, segundo o autor Teodoro et. al., (2016, p. 132), ”apenas
inserem esses alunos, não se preocupando com o seu desenvolvimento”.

Nesse contexto, ainda cabe mencionar que, de acordo com Silva, Gaiato e Reveles (2012, p.
13), “os cuidados mais efetivos com o autismo têm apenas três décadas e podemos dizer que este
avanço se deve principalmente a coragem de algumas famílias na luta pelo tratamento para seus
15

filhos”. Diante disso, observamos que a inserção de crianças com TEA na sociedade é recente e
necessita de um olhar sensível para que essas crianças tenham uma convivência social que contribua
para a sua evolução.

Além disso, esse processo de inclusão de pessoas com necessidades especiais tem ocorrido de
forma escassa, principalmente, pela ausência de profissionais capacitados, locais adequados e
propostas voltadas para o público em específico.

Assim sendo, é importante a compreensão de que crianças com TEA, percebem o mundo de
forma distinta da nossa, mas ao entender suas percepções e ao compreender suas necessidades, é
possível prepará-la para o mundo (DIAS, 2017). Vygotsky, em sua teoria da defectologia menciona

defeito produz obstáculos e dificuldades no desenvolvimento e rompe o equilíbrio normal,


ele serve de estímulo ao desenvolvimento de caminhos alternativos de adaptação, indiretos,
os quais substituem ou superpõem funções que buscam compensar a deficiência e conduzir
todo o sistema de equilíbrio rompido a uma nova ordem (VYGOSTSKY, 201, p. 869)

Desse modo, ao utilizar a teoria de Vygotsky é possível encontrar uma maneira de criar e/ou
adaptar materiais de mediação para a inclusão de crianças com TEA em espaços de educação não
formal.

2.4 A função do mediador no museu e centros de ciências

Precedendo o caminho metodológico, que pretendemos traçar neste trabalho, é importante


discutirmos sobre a função do mediador, visto que é o grande ator nesses espaços. De acordo com
Paula (2017), a principal função dos mediadores é firmar uma relação direta com os visitantes.

Para os autores Souza (2019) e Carlétti (2016), a função do mediador vai além dessa ponte
entre o conhecimento divulgado e os visitantes, para esses autores os mediadores possuem um papel
fundamental na construção, desenvolvimento e organização das exposições.

Desse modo, os mediadores possuem uma função de relevância nos museus e centros de
ciências, exercendo um papel importante para que a divulgação científica ocorra.

3 PERCURSO METODOLÓGICO PROPOSTO

A pesquisa proposta caracteriza-se com uma abordagem qualitativa na qual as interpretações


dos fenômenos e a concessão de significados são o pilar do processo de investigação (MINAYO,
2013).

Levando em consideração os objetivos específicos, a primeira etapa desta pesquisa será


descritiva e construída a partir de um levantamento bibliográfico, buscando junto à literatura
especializada as propostas de materiais e atividades voltados ao público infantojuvenil com TEA. Os
dados coletados nessa fase subsidiarão o levantamento dos temas, que serão delimitados pelos
16

participantes da pesquisa, para a criação dos materiais a serem desenvolvidos para a exposição
NeuroSensações.

A produção dos materiais ocorrerá por meio da impressora 3D uma vez que, essa ferramenta
cria de forma ágil e relativamente simples o protótipo. Vale mencionar, que essas máquinas,
necessitam de um software específico para desenvolver o protótipo.

Dessa forma, pretende-se realizar a prototipagem dos materiais para que esses sejam inseridos
na exposição para as crianças com TEA, do Espaço de Ciência InterAtiva- Campus Mesquita, e para
o desenvolvimento de um e-book direcionado a mediadores e equipe pedagógica dos museus e centros
de ciências contendo todas as atividades, ações e ferramentas propostas às crianças com TEA no
ambiente não formal (Figura 1).

Figura 1- Fluxograma da Pesquisa

Prototipagem dos materias Organização da exposição Desenvolvimento do e-book


para serem aplicados em NeuroSensações. para mediadores e equipe
crianças com TEA. pedagógica.

Fonte: Desenvolvido pela autora.

3.1 Instrumentos para a Coleta de Dados

A coleta de dados demandará, o levantamento do material a ser desenvolvido para as crianças


com TEA, e isso se dará por meio de análise documental.

A partir da análise documental, será elaborado um questionário misto para ser compartilhado
com professores de educação inclusiva. Esse questionário poderá ser disponibilizado em alguma
plataforma, como Google Forms, com o intuito de delimitar os conteúdos, temas e instrumentos a
serem desenvolvidos na exposição.

Após essa delimitação de temas, ocorrerá a prototipagem dos materiais para a exposição
NeuroSensações voltada para as crianças com TEA. Durante essa etapa, serão realizados
videogravações, diários de bordo e análises fotográficas. Ademais, pretende-se aplicar questionários
misto (perguntas abertas e fechadas), antes e após a exposição, aos responsáveis presentes.

3.2 Análise dos Dados Coletados

A triangulação dos dados coletados, seguirá o percurso metodológico proposto por Fontoura
(2011) e denominada de tematização ou análise temática, essa técnica é empregada em pesquisas
17

qualitativas e consiste em “descobrir os núcleos de sentido que compõem a comunicação e cuja


frequência de aparição signifique alguma coisa para o objetivo analítico escolhido” (FIGUEIRA e
FONTOURA,2016, p. 845).

4 RESULTADOS ESPERADOS

Com a realização dessa pesquisa, pretende-se criar, elaborar e/ou adaptar atividades e
materiais para crianças com TEA, gerando, também, discussões acerca da inclusão social nos espaços
não formais de educação. Ademais, pretende-se construir um e-book que seja disponibilizado em
plataformas como a EduCAPES, por exemplo, para que mediadores, docentes e pesquisadores tenham
acesso ao material produzido. E desta forma, desenvolver na cidade na qual a pesquisadora leciona a
exposição NeuroSensações, uma vez que a cidade possui alunos com TEA e não possui ainda um
espaço não formal de Ciência.

4.1 Produto Educacional

O produto educacional proposto neste trabalho é o e-book, construído a partir da visão dos
docentes de educação especial e validado na exposição NeuroSensações por meio das crianças com
TEA presentes. O objetivo desse material é contribuir para a capacitação dos mediadores e equipes
pedagógicas do museu e centros de ciências orientando-os acerca de atividades e informações sobre
a inclusão de crianças com TEA nos espaços não formais de educação. Espera-se que a leitura do e-
book auxilie no planejamento de atividades inclusivas dentro desses locais.

Ademais, por meio deste e-book será possível implantar na cidade de Sapucaia, interior do
Estado do Rio de Janeiro a exposição. Uma vez que, a pesquisadora trabalha no município supracitado
e no mesmo existem casos de crianças com TEA, sendo possível inserir nessa comunidade a
divulgação científica.

Por fim, cabe mencionar, que no trabalho de mestrado desenvolvemos na cidade uma
exposição itinerante com os alunos das Escolas Municipais e Estaduais do distrito de Anta, onde as
crianças puderam ter contato não só com a exposição que estava sendo apresentada, mas com alunos
de divulgação científica, foi um ambiente de troca e interação a qual constatamos a ida de alunos ao
longo do dia na quadra do distrito, ressaltando a necessidade de levar a cidade projetos como esse.

5 CRONOGRAMA PROPOSTO

2022 2023 2024 2025

Etapas 1º 2º 1º 2º 1º 2º 2º 1º
sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem.
18

Disciplinas do doutorado

Pesquisa bibliográfica

Aprofundamento teórico

Submissão ao CEP

Questionário

Construção da prototipagem da
exposição

Aplicação da exposição

Análise dos dados coletados

Construção do e-book

Qualificação

Conclusões

Redação do trabalho

Revisão da redação final

Produção Acadêmica

Defesa

REFERÊNCIAS

AIDAR, Gabriela. Museus e inclusão social. Ciências & Letras, Porto Alegre: Faculdade Porto-Alegrense de
Educação, Ciências e Letras, n. 31, p. 53-62, 2002.

ALBAGLI, Sarita. Divulgação científica: informação científica para cidadania. Ciência da informação, v. 25,
n. 3, 1996.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos


mentais (DSM-5®) . American Psychiatric Pub, 2013.

BRASIL. Lei 12.764. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista; e altera o § 3o do art. 98 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, 27 de dezembro de
2012.

CARLETTI, Chrystian et al. Mediadores de centros e museus de ciência brasileiros: quem são esses
atores-chave na mediação entre a ciência e o público?. 2016. Tese de Doutorado.

CELESTE, Cláudia; SILVEIRA, Camila. Acessibilidade nos museus brasileiros: tendências da produção
acadêmica.

CHASSOT, Áttico. Alfabetização: Questões e desafios para a educação. 2006.


19

DIAS, Ane Maciel. A inclusão de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (Síndrome de
Asperger): uma proposta para o ensino de Química . 2017. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal
de Pelotas.

FIGUEIRA, S.T.S.; FONTOURA, H.A. O ensino de ciências na Educação de Jovens e Adultos: reflexões
sobre uma proposta pedagógica. Revista de Ensino de Ciências e Matemática. Acta Scientiae. 18(3), 840-
852, 2016.

FONTOURA, HA da. Tematização como proposta de análise de dados na pesquisa qualitativa. Formação de
professores e diversidades culturais: múltiplos olhares em pesquisa. Niterói: Intertexto, v. 1, p. 61-82,
2011.

GADOTTI, Moacir. A questão da educação formal/não-formal. Sion: Institut Internacional des Droits de
1º Enfant, p. 1-11, 2005.

GALHARDI, E. O. Atividades experimentais para os anos iniciais do ensino fundamental: Uma proposta
de adequação dos módulos de óptica da exposição NeuroSensações. Trabalho de Conclusão (Curso de
especialização). Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Educação e Divulgação Científica-IFRJ / Campus
Mesquita,38p, 2017.

GASPAR, Alberto. A educação formal e a educação informal em ciências. Massarani L., Moreira IC, Brito
F. orgs, p. 171-183, 2002.

DA GLÓRIA GOHN, Maria. Educação não formal no campo das artes. Cortez Editora, 2015.

GOHN, Maria Gloria. Educação não-formal e o papel do educador (a) social. Revista Meta: Avaliação, v. 1,
n. 1, p. 28-43, 2009.

JACOBUCCI, Daniela Franco Carvalho. Contribuições dos espaços não-formais de educação para a formação
da cultura científica. Revista em extensão, v. 7, n. 1, 2008.

MARANDINO, Martha. Educação em museus: a mediação em foco. São Paulo: Grupo de Estudo e Pesquisa
em Educação Não-formal e Divulgação em Ciências, 2008.

MCMANUS, P. Topics in Museums and Science Education. Studies in Science Education, 20, p.157-182,
1992.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. In: O desafio
do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 1996. p. 407 p-407 p.

ROCHA, Jessica Norberto et al. Investigating accessibility in Latin American science museums and
centers. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 92, n. 1, 2020.

NORBERTO ROCHA, J.; MASSARANI, L.; GONÇALVES, J.; FERREIRA, F. B.; DE ABREU, W. V.;
MOLENZANI, A. O.; INACIO, L. G. B. Guia de Museus e Centros de Ciências Acessíveis da América Latina
e do Caribe. Rio de Janeiro. 1. ed. Rio de Janeiro: Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, RedPOP.
2017.

ONU, Brasil (2015). Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 Para o Desenvolvimento Sustentável.
https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2015/10/agenda2030-pt-br.pdf. Acessado em 15.mar.2021.

Organização Pan Americana de Saúde (OPAS). Transtorno do Espectro do Espectro Autista. Retirado em
24/11/2019, no World Wide Web: https://www.paho.org/bra/index.php?Itemid=1098. Acessado em
15.mar.2021.
20

PADILLA, Jorge. Conceptos de museos y centros interactivos. Educação para a Ciência: Curso para
Treinamento em Centros e Museus de Ciências. São Paulo: Livraria da Física, p. 113-142, 2001.

PAULA, Lívia de Mascarenhas Para Além do Apertar Botões: a função social dos museus participativos de
ciências. Tese (Doutorado) – Instituto Oswaldo Cruz, Pós-Graduação em Ensino de Biociências e Saúde -
Rio de Janeiro, 2017, 194f.

PEREIRA, G. R. O ensino de ciências nos anos iniciais do ensino fundamental e a formação continuada de
professores: implantação e avaliação do programa formativo de um centro de ciência. 2014. 231f. Tese
(doutorado) - UFRJ, IBBCF, Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas, Biofísica, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2014.

RIBEIRO, S. C. I.; MENDES, M. F. A. Por dentro da exposição NeuroSensações do Espaço Ciência


Interativa (ECI): Uma Análise de suas Potencialidades e Limites. In: Anais eletrônicos do 15º Seminário
Nacional de História da Ciência e da Tecnologia. SC: Florianópolis, Santa Catarina, 16 a 18 de novembro de
2016.

SALASAR, Desirée Nobre. Um museu para todos: manual para programas de acessibilidade. 2019.

SANT’ANA, Débora de Mello Gonçales et al. Reações dos visitantes do museu interdisciplinar de ciências
diante de uma exposição biológica. Educere-Revista da Educação da UNIPAR, v. 6, n. 2, 2006.

SANTOS, Carolina Barbosa dos. A óptica da visão para formação de Professores de ciências: oficinas
temáticas baseadas em uma exposição de Neurociências. 126 p. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-
Graduação Stricto Sensu, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ),
Campus Nilópolis, Nilópolis, RJ, 2020.

SILVA, Ana Beatriz Barbosa; GAIATO, Mayra Bonifácio; REVELES, Leandro Thadeu. Mundo
singular. Entenda o autismo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

SILVA, Jhonathan Junior da. Museus e centros de ciência da região sudeste e educação formal: concepções de
colaboração. 2017.

SOUZA, Karla Cristina Silva. Quintal da Ciência: implementação das atividades a partir da participação da
comunidade local. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo De Meis – Rio de
Janeiro, 2019, 98f.

TEODORO, G. C.; GODINHO, M. C. S.; HACHIMINE, A. H. F. The student inclusion with Autism Spectrum
Disorder in Primary Education. Research, Society and Development, v. 1, n. 2, p. 127-43, 2016.

VIGOTSKI, Lev Semionovitch. A defectologia e o estudo do desenvolvimento e da educação da criança


anormal. Educação e Pesquisa, v. 37, n. 4, p. 863-869, 2011.

WAGENSBERG, Jorge et al. Princípios fundamentais da museologia científica moderna. Alembic , v. 26,
pág. 15-19, 2000.

WAGENSBERG, Jorge. O museu "total", uma ferramenta de mudança social. História, Ciências, Saúde-
Manguinhos , v. 12, p. 309-321, 2005.

Você também pode gostar