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DE JANEIRO
Nilópolis – RJ
2021
RESUMO
Este trabalho busca promover o debate acerca da inclusão social nos museus e centros de
ciências brasileiros através da adaptação e implantação da exposição NeuroSensações
pertencente ao Espaço Ciência InterAtiva (museu de ciências do IFRJ – Campus
Mesquita). Uma vez que ainda é incipiente a inclusão de pessoas com necessidades
especiais nesses espaços, é importante a fomentação de programas voltados para a
acessibilidade desses indivíduos. Nessa perspectiva, este trabalho busca discutir sobre a
inserção de crianças com transtorno do espectro autista nesses espaços de divulgação
científica. Para tanto, contamos com o envolvimento do Espaço Ciência InterAtiva-
Campus Mesquita para o desenvolvimento da exposição científica NeuroSensações
voltado para crianças com TEA. Entendemos que, para o desenvolvimento deste trabalho,
é importante visitar a literatura especializada a respeito do autismo e materiais que podem
ser empregados no viés de inclusão museal. A metodologia proposta para a presente
pesquisa será a abordagem qualitativa com a aplicação de questionários mistos, gravações
de vídeos e imagens, e os dados coletados serão verificados por meio da análise temática.
O produto educacional será um e-book, desenvolvido em conjunto com os responsáveis
e crianças participantes da exposição NeuroSensações e a implantação da exposição na
cidade de Sapucaia uma vez que o local não possui espaços não formais voltados para a
inclusão.
This work promotes the debate of social inclusion in museums and approximations of
users through the adaptation and implementation of the NeuroSensações exhibition
belonging to the Espaço Ciência Interativa (science museum of the IFRJ – Campus
Mesquita). Since it is still incipient to spaces for people with special needs, in addition to
important adjustments, adjustments are included for these accessibility. In this, this
disturbed work looks for the insertion of children with autistic spectrum in these spaces
of scientific divulgation. Therefore, for the scientific development of Espaço
CiênciaAtiva, Campus with the scientific involvement of Espaço NeuroSensações Me has
TEA children. We understand that, for the development of this work, it is important to
visit the specialized literature on autism and materials that can be used in the museum
inclusion bias. The methodology presented to the proposal of qualitative analysis with the
research of half study, the approach of application of videos will be tested as the proposal
of the quantitative analysis and the proposal of the analysis of the environment will be
verified. The educational product will be an e-book, developed together with those
responsible and the children of the NeuroSensações exhibition and the implementation of
Sapucaia since it does not have spaces that are not formed by the participants of the local
city for inclusion.
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................06
1.1 Justificativa ................................................................................................................06
1.2 A Pergunta da Pesquisa .............................................................................................08
1.3 Hipótese .....................................................................................................................08
1.4 OBJETIVOS ..............................................................................................................09
1.4.1 Objetivo Geral ........................................................................................................09
1.4.2 Objetivos Específicos ..........................................................................................09
REFERÊNCIAS ............................................................................................................18
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1 INTRODUÇÃO
Os museus e centros de ciências, compõem os espaços não formais de educação, que tem
como um de seus principais objetivos a divulgação da ciência, sendo assim são espaços destinados
ao conhecimento científico para todo o público visitar de forma democrática.
De acordo com Wangensberg (2000; 2005), o público das exposições dos museus e centros
de ciências é heterogêneo, ou seja, de classes sociais, nível cultural e idade distintas. Dentre essa
universalidade de indivíduos que possuem o direito de frequentar os espaços não formais de educação,
encontram-se as crianças com necessidades especiais, seja essa física ou mental. Todavia, ao se
discutir sobre a acessibilidade e inclusão de indivíduos com necessidades especiais nos museus e
centros de ciências no Brasil, observa-se ainda a escassa presença de técnicas destinadas a inclusão e
acessibilidade (CELESTE e SILVEIRA, 2019). Diante disso, as autoras (ibid, 2019) mencionam que
a acessibilidade nesses espaços deve transcender a estrutura física e arquitetônica do local, diante
disso esses locais devem propiciar a interação e exploração ao máximo de todo seu público. Dessa
forma, o presente trabalho traz a discussão acerca da acessibilidade e inclusão, em específico do
público com transtorno do espectro autista (TEA), a fim de trazer contribuições sobre a temática e
colaborar para a inclusão dessas crianças em museus e centros de ciências.
Portanto, este trabalho busca adaptar a exposição que faz parte do acervo fixo do Espaço
Ciência InterAtiva (museu de ciências do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
de Janeiro – Campus Mesquita) denominada NeuroSensações para crianças com transtorno do
espectro autista.
1.1 Justificativa
Observei ao longo da visitação um incômodo por parte das crianças ao, por exemplo,
adentrarem nos ambientes escuros e ao ouvirem sons altos. Diante disso, surgiu o interesse a respeito
da inclusão de crianças com TEA em museus e centros de ciências.
Cabe salientar, que pessoas com transtorno do espectro autista possuem suas peculiaridades,
ou seja, um autista não será como o outro. No mais, esse transtorno, segundo a Organização Pan
Americana da Saúde (OPAS, 2017), “se refere a uma série de condições caracterizadas por algum
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Segundo Barbosa et al. (2015), estudos epidemiológicos apontam para o aumento de casos de
TEA, evidenciando assim a necessidade de buscar ferramentas que incluam esses indivíduos na
sociedade.
Posto isto, deve-se haver a discussão sobre a inclusão social nos museus e centros de ciências,
e esses locais devem proporcionar a aprendizagem para todo tipo de público que receber (PADILLA,
2001). Mas, para que isso ocorra, faz-se necessário, o reconhecimento por parte dos pais e equipe
escolar das contribuições que os museus e centros de ciências podem ocasionar na aprendizagem do
aluno de educação especial (SILVA, 2017).
Dentre os 17 ODS destaca-se o ODS 4, que tem como finalidade garantir a educação inclusiva,
igualitária e de qualidade fomentando a oportunidade de aprendizagem para todos ao longo da vida.
Logo, museus e centros de ciências por serem espaços de divulgação científica podem estabelecer
relações com o ODS supracitado.
À vista disso, a autora Jacobucci (2008) menciona em seu trabalho sobre as contribuições que
museus e centros de ciências podem oportunizar ao processo de ensino, podendo ser espaços que
auxiliam a aprendizagem trabalhando em conjunto com a escola.
Nessa perspectiva, o museu é um local aberto à visitação a todo o público e, assim, deve estar
adaptado para receber a heterogeneidade de indivíduos. Contudo, os museus e centros de ciências não
estão, em sua totalidade, plenamente acessíveis e a maioria deles, quando dotada de recursos e
atividades, são direcionadas a um único público, não contando com a presença de recursos e
atividades para receberem toda a diversidade de público deficiente em um mesmo local (NOBERTO
ROCHA et al., 2017 e NORBERTO ROCHA et al., 2020).
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Dessa maneira, acreditamos que a adaptação de uma exposição para crianças com transtorno
do espectro autista promova a discussão acerca de estratégias de divulgação científica para esse
público-alvo.
O Espaço Ciência InterAtiva Campus Mesquita atende a comunidade interna e externa de todo
estado do Rio de Janeiro e possui uma exposição com acervo fixo preparada para receber o público,
denominada NeuroSensações. A proposta é adaptá-la para alunos com transtorno do espectro autista,
de forma que eles possam interagir com todo o material proposto. Além disso, a equipe deve ser
capacitada para recebê-los de forma a dar todo suporte quando necessário.
1.3 Hipótese
A inclusão social no Brasil ocorre desde a década de 60, e, a partir de então, os termos de
identificação para indivíduos com necessidades especiais têm se modificado (DIAS, 2017). A
primeira publicação com relação ao transtorno do espectro autista, deu-se pela Associação
Psiquiátrica Americana (APA), no ano de 1994, e, dessa forma, notamos o quão esse assunto é recente
e necessita de um olhar atento e sensível, uma vez que se trata de um transtorno em que os indivíduos
possuem suas singularidades.
Com isso, a inclusão no espaço museal deve ser construída de maneira ampla e sólida para
que ao receber esse público existam estratégias que possam ser aplicadas e, desta forma contribuir
para a formação social desse indivíduo com TEA.
Ademais, a autora Aidar (2002) discorre que se faz necessário conhecer o público visitante,
para que as atividades museais sejam de fato inclusivas, e, para isso, segundo a autora, é preciso o
planejamento de ferramentas com a finalidade das barreiras serem sobrepujadas. Outrossim, é
obrigatória a inclusão desse público com a intenção de construir uma familiarização entre o museu e
os visitantes gerando mais oportunidades de conhecimento.
[...] incluir significa entender as potencialidades dos sujeitos frente às suas diversidades e
disponibilizar os recursos para todos os públicos em um mesmo espaço. Desta forma, ao
disponibilizar os recursos para todos os públicos, pessoas com e sem deficiência têm as
mesmas oportunidades de fruição cultural no museu através de experiências multissensoriais.
Assim como as deficiências são diversas, diversos também são os recursos de tecnologia
assistiva que dão conta da multiplicidade dos públicos (SALAZAR, 2019, p. 13-14).
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Desse modo, o acesso a esses espaços deve ser eclético e com possibilidades de equidade para
todos, transcendendo o acesso físico e tendo um olhar contínuo. Assim, a adaptação de uma exposição
para o público em questão, tendo como base a literatura de apoio, surge não só como uma possível
ferramenta de inclusão, mas também como um ponto de partida acerca da inclusão de crianças com
TEA não apenas em museus e centros de ciências como em toda sociedade.
1.4 Objetivos
Promover a educação científica de crianças com transtorno do espectro autista por meio da
adaptação da exposição NeuroSensações do Espaço Ciência InterAtiva localizado no Campus
Mesquita, para atendê-las adequadamente. Para que esta exposição possa ser desenvolvida em outras
cidades.
Delimitar os temas a serem desenvolvidos para a exposição junto ao docente de educação especial.
Desenvolver um e-book voltado aos mediadores e equipes pedagógicas dos museus e centros de
ciências acerca das atividades inclusivas da exposição NeuroSensações.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para uma melhor compreensão acerca da temática que abordaremos e para uma visão
abrangente das questões a serem discutidas ao longo deste trabalho, iniciaremos a discussão aqui
proposta comentando a respeito do ensino não formal e ensino formal.
Além desses dois termos supracitados, o autor Marandino (2008) traz um terceiro termo: a
educação informal que, segundo ele, é compreendida como os espaços do dia a dia em que o
conhecimento é adquirido através das relações pessoais que acontecem no cotidiano.
Diante do exposto, um dos objetos a ser estudado neste trabalho é a educação não formal e
tomaremos como definição a proposta de Gohn (2006) acerca de ensino não formal e ensino formal,
para uma compreensão mais clara e delimitada a respeito da temática:
Nessa perspectiva, Gadotti (2005) relata que a educação não formal possui uma ampla
especificidade, estando associada a muitos conceitos, como o de cidadania e cultura. Segundo o autor,
“A educação não formal é também uma atividade educacional organizada e sistemática, mas levada
a efeito fora do sistema formal” (ibid, 2005, p. 2).
A mais, Jacobucci (2008) disserta que o ensino não formal acontece em espaços não
institucionalizados, porém propicia a educação de forma a auxiliar o ensino formal no processo de
ensino e aprendizagem.
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Contudo, não é objetivo deste trabalho definir museu e centros de ciências como educação
não formal, em virtude de estarem dentro dos muros de uma instituição de ensino, e integrarem
conteúdos contidos no currículo e, consequentemente, relacionarem-se com a definição de educação
formal.
Cabe destacar que o ECI é o primeiro centro de ciências da Baixada Fluminense a elaborar
atividades e ações de divulgação científica e popularização da ciência na área de Ciências no ensino
não formal (PEREIRA, 2014). A exposição contém atividades e experimentos na área interna do
espaço e, na área externa possui o Parque da Ciência. A seguir, é apresentada a visão do salão interno
da exposição do ECI.
A exposição está organizada em sete módulos: Visão, Gustação, Sistema Sensorial Somático
(Somatossensorial), Audição, Olfato, Sistema de Memória e Sistema Nervoso. Em cada módulo, é
possível encontrar mais de um experimento, sobretudo todos os módulos têm o objetivo de aproximar
o visitante da ciência por meio da interatividade (RIBEIRO; MENDES,2016). Nesse sentido, os
autores (ibid, 2016), reforçam que a exposição busca familiarizar os visitantes sobre o funcionamento
do sistema nervoso, que representa uma rede de comunicação com todo organismo, e, dessa forma,
permite que tenham a percepção das funções desempenhadas pelo sistema nervoso.
O salão interno possui baixa iluminação para que seja possível desenvolver os experimentos
ali propostos. Dentre os módulos encontrados na exposição, destaca-se um módulo acerca da visão,
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e, dentre os experimentos contidos neste módulo, há uma sala escura para as atividades voltadas aos
fenômenos ópticos. Tal sala, denominada Teoria das cores, é composta de lâmpadas de LED nas cores
vermelha, azul e verde e consiste na adição (cor azul) e subtração de cores (cor-pigmento) gerando
sombras coloridas (Fotografia 2).
Nesta sala escura, também há uma parede com um painel informático sobre a radiação
eletromagnética, sobre os espectros de luz visível, cores e algumas anomalias da visão como a
hipermetropia e miopia.
Por fim, como já mencionado, os museus e centros de ciências são espaços de divulgação
científica, abertos para a visitação de todos. Diante disso, é importante que esses espaços sejam
acessíveis para a diversidade de indivíduos que podem frequentá-los. E, dentre os visitantes desses
espaços, encontram-se pessoas com necessidades especiais, amparadas por leis que lhes conferem o
direito de se socializarem de terem acesso à educação, o que, também, ocorre através do ensino não
formal.
1
FACEBOOK: Espaço Ciência Interativa. Facebook: @cespaçocienciainterativa. Disponível em
https://www.facebook.com/espacocienciainterativa/photos/a.952057781534836/952058258201455. Acessado em 16
set.2021.1
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Diversos autores (ALBAGLI, 1996; CHASSOT, 2006; SANT’ANNA et al., 2006), destacam
sobre a importância da educação em ciências, uma vez que, por meio dela, há a possibilidade de
refletir sobre questões como sociedade, tecnologia e política, contribuindo, dessa forma, para o
desenvolvimento de um cidadão crítico e sensível de seu papel na sociedade. Ademais, a autora Paula
(2017) descreve que os museus e centros de ciências são importantes espaços para a educação em
ciências e formação de um cidadão responsável.
O museu que conhecemos hoje é um local aberto à visitação para todo o tipo de público, porém
essa realidade nem sempre foi assim, uma vez que esses espaços eram destinados apenas para
visitação da alta sociedade no passado (MCMANUS, 1992).
Com essa mudança ao longo do tempo no olhar dos museus, observamos, também, que esses
espaços proporcionaram uma reflexão sobre a inclusão e acessibilidade desses locais para o público
com necessidades especiais, sejam essas físicas ou mentais.
Porém, com toda mudança vêm os desafios a serem enfrentados e, nessa perspectiva, o autor
Souza (2019) comenta que um dos principais desafios dos museus e centros de ciências, atualmente,
é torná-los mais inclusivos. Essa perspectiva de inclusão social vai ao encontro da democratização do
acesso aos espaços de divulgação da ciência de forma igualitária.
Dentre o público de inclusão que pode vir a visitar o museu e os centros de ciências,
encontram-se as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O termo autismo significa
voltar-se para si mesmo e os primeiros estudos a citarem essa denominação foram em 1911 por Eugen
Bleuler, 1943 por Leo Kanner e 1944 pelo autor Hans Asperger. E, a partir da publicação desses
autores, ocorreu a definição dos indivíduos com TEA (DIAS, 2017).
Cabe salientar que, ao discutirmos sobre o autismo, não podemos definir que as características
são iguais entre os indivíduos, uma vez que um autista não será igual ao outro, visto que, pelo autismo
ser um espectro cada indivíduo é singular e possui suas próprias peculiaridades (TEODORO et al.,
2016).
Acerca da inclusão dos direitos dos indivíduos com TEA, o Brasil sancionou a Lei 12.764 que
estabelece a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista
(BRASIL, 2012). Porém, apesar de existirem leis sobre a inclusão desses indivíduos na sociedade,
ainda existem muitas instituições que, segundo o autor Teodoro et. al., (2016, p. 132), ”apenas
inserem esses alunos, não se preocupando com o seu desenvolvimento”.
Nesse contexto, ainda cabe mencionar que, de acordo com Silva, Gaiato e Reveles (2012, p.
13), “os cuidados mais efetivos com o autismo têm apenas três décadas e podemos dizer que este
avanço se deve principalmente a coragem de algumas famílias na luta pelo tratamento para seus
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filhos”. Diante disso, observamos que a inserção de crianças com TEA na sociedade é recente e
necessita de um olhar sensível para que essas crianças tenham uma convivência social que contribua
para a sua evolução.
Além disso, esse processo de inclusão de pessoas com necessidades especiais tem ocorrido de
forma escassa, principalmente, pela ausência de profissionais capacitados, locais adequados e
propostas voltadas para o público em específico.
Assim sendo, é importante a compreensão de que crianças com TEA, percebem o mundo de
forma distinta da nossa, mas ao entender suas percepções e ao compreender suas necessidades, é
possível prepará-la para o mundo (DIAS, 2017). Vygotsky, em sua teoria da defectologia menciona
Desse modo, ao utilizar a teoria de Vygotsky é possível encontrar uma maneira de criar e/ou
adaptar materiais de mediação para a inclusão de crianças com TEA em espaços de educação não
formal.
Para os autores Souza (2019) e Carlétti (2016), a função do mediador vai além dessa ponte
entre o conhecimento divulgado e os visitantes, para esses autores os mediadores possuem um papel
fundamental na construção, desenvolvimento e organização das exposições.
Desse modo, os mediadores possuem uma função de relevância nos museus e centros de
ciências, exercendo um papel importante para que a divulgação científica ocorra.
participantes da pesquisa, para a criação dos materiais a serem desenvolvidos para a exposição
NeuroSensações.
A produção dos materiais ocorrerá por meio da impressora 3D uma vez que, essa ferramenta
cria de forma ágil e relativamente simples o protótipo. Vale mencionar, que essas máquinas,
necessitam de um software específico para desenvolver o protótipo.
Dessa forma, pretende-se realizar a prototipagem dos materiais para que esses sejam inseridos
na exposição para as crianças com TEA, do Espaço de Ciência InterAtiva- Campus Mesquita, e para
o desenvolvimento de um e-book direcionado a mediadores e equipe pedagógica dos museus e centros
de ciências contendo todas as atividades, ações e ferramentas propostas às crianças com TEA no
ambiente não formal (Figura 1).
A partir da análise documental, será elaborado um questionário misto para ser compartilhado
com professores de educação inclusiva. Esse questionário poderá ser disponibilizado em alguma
plataforma, como Google Forms, com o intuito de delimitar os conteúdos, temas e instrumentos a
serem desenvolvidos na exposição.
Após essa delimitação de temas, ocorrerá a prototipagem dos materiais para a exposição
NeuroSensações voltada para as crianças com TEA. Durante essa etapa, serão realizados
videogravações, diários de bordo e análises fotográficas. Ademais, pretende-se aplicar questionários
misto (perguntas abertas e fechadas), antes e após a exposição, aos responsáveis presentes.
A triangulação dos dados coletados, seguirá o percurso metodológico proposto por Fontoura
(2011) e denominada de tematização ou análise temática, essa técnica é empregada em pesquisas
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4 RESULTADOS ESPERADOS
Com a realização dessa pesquisa, pretende-se criar, elaborar e/ou adaptar atividades e
materiais para crianças com TEA, gerando, também, discussões acerca da inclusão social nos espaços
não formais de educação. Ademais, pretende-se construir um e-book que seja disponibilizado em
plataformas como a EduCAPES, por exemplo, para que mediadores, docentes e pesquisadores tenham
acesso ao material produzido. E desta forma, desenvolver na cidade na qual a pesquisadora leciona a
exposição NeuroSensações, uma vez que a cidade possui alunos com TEA e não possui ainda um
espaço não formal de Ciência.
O produto educacional proposto neste trabalho é o e-book, construído a partir da visão dos
docentes de educação especial e validado na exposição NeuroSensações por meio das crianças com
TEA presentes. O objetivo desse material é contribuir para a capacitação dos mediadores e equipes
pedagógicas do museu e centros de ciências orientando-os acerca de atividades e informações sobre
a inclusão de crianças com TEA nos espaços não formais de educação. Espera-se que a leitura do e-
book auxilie no planejamento de atividades inclusivas dentro desses locais.
Ademais, por meio deste e-book será possível implantar na cidade de Sapucaia, interior do
Estado do Rio de Janeiro a exposição. Uma vez que, a pesquisadora trabalha no município supracitado
e no mesmo existem casos de crianças com TEA, sendo possível inserir nessa comunidade a
divulgação científica.
Por fim, cabe mencionar, que no trabalho de mestrado desenvolvemos na cidade uma
exposição itinerante com os alunos das Escolas Municipais e Estaduais do distrito de Anta, onde as
crianças puderam ter contato não só com a exposição que estava sendo apresentada, mas com alunos
de divulgação científica, foi um ambiente de troca e interação a qual constatamos a ida de alunos ao
longo do dia na quadra do distrito, ressaltando a necessidade de levar a cidade projetos como esse.
5 CRONOGRAMA PROPOSTO
Etapas 1º 2º 1º 2º 1º 2º 2º 1º
sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem.
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Disciplinas do doutorado
Pesquisa bibliográfica
Aprofundamento teórico
Submissão ao CEP
Questionário
Construção da prototipagem da
exposição
Aplicação da exposição
Construção do e-book
Qualificação
Conclusões
Redação do trabalho
Produção Acadêmica
Defesa
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