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EMENTA:
Pressupostos teórico-metodológicos relacionados à educação não-formal e divulgação
científica. Compreensão e vivência dos aspectos relativos à gestão e organização do
trabalho educativo em espaços não-formais. Planejamento e realizações de intervenções,
por meio de observação e colaboração com educadores no contexto da educação não-
formal.
OBJETIVOS:
OBJETIVO GERAL:
Promover a compreensão da amplitude e diversidade de processos educativos em
ciências que podem ser e têm sido produzidos e vivenciado por crianças, jovens e adultos
na modalidade de educação não-formal, em espaços institucionais de divulgação
científica – como museus, planetários e centros de cultura e ciência – ou em práticas
sociais como clubes e feiras de ciências, exposições itinerantes, peças de teatro e mostras
culturais e artísticas – e sua importância para compreensão e enfretamento de questões
sociocientíficos, como negacionismo científico, racismo ambiental e outras privações de
direitos humanos a grupos minoritários.
OBJETIVO ESPECÍFICO
1. Compreender as distinções entre educação formal, não-formal e informal, e as
reflexões e orientações práticas que essa tipologia pode nos proporcionar como
educadores;
2. Conhecer espaços institucionais e práticas sociais de educação científica não-
formal no Estado da Bahia, e em especial no município de Feira de Santana – a
exemplo do Observatório Antares, do Museu de Zoologia da UEFS, o Centro
Juvenil de Ciência e Cultura, Parque do Saber
3. Analisar os desafios e perspectivas da recontextualização didática do
conhecimento das ciências biológicas em espaços não-formais de educação,
como os museus científicos, centros de ciência e tecnologia, centros de ciência,
cultura e arte, para promoção de letramento científico crítico;
4. Analisar os desafios, limites e possibilidades das exposições em museus e nas
práticas de clubes de ciências em promover discussões sobre temas
sociocientíficos controversos e de importância social, assim como compreensão
das relações CTSA.
5. Investigar os princípios e estratégias de organização do trabalho educativo
desenvolvido nos referidos espaços de educação não-formal em ciências e
biologia;
6. Analisar o papel que os clubes de ciências podem desempenhar no engajamento
de jovens mulheres e homens de diferentes grupos sociais, étnico-raciais com a
ciência como possibilidade de carreira futura
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
AVALIAÇÃO:
Instrumentos:
• Descrição e análise crítica de acervos de museu estudado
• Diagnóstico do modelo de organização do setor/trabalho educacional de museus;
• Proposta de abordagem do acervo das exposições analisadas voltada a
letramento científico crítico
• Acervo e planos de mediação (roteiros de visita) na exposição para Clube de
Ciências Afrofuturista do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC)
Critérios gerais:
• Assiduidade e pontualidade nos encontros e na entrega dos trabalhos solicitados
• Compromisso com o grupo
• Envolvimento intelectual e político com a disciplina
• Responsabilidade social e acuidade conceitual e histórica na produção de
materiais de divulgação científico e educativos
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
• Tipologia das modalidades de educação: formal, não-formal e informal
• Papel dos espaços de educação não-formal para na formação de
educadores em ciências
• Letramento científico crítico, CTSA e questões-sociocientíficas;
• Recontextualização didática do conhecimento científico em discursos
expositivos;
• Aspectos da pedagogia museal e processos de mediação
• Formas de mediação e papel de agentes educadores em espaços não-
formais de educação científica;
• Interfaces entre educação formal e não-formal: Relação Museu – Escola e
Clubes de Ciências
• Clubes de Ciência como ferramenta para construção de identidade
científica
BIBLIOGRÁFIA BÁSICA:
BARZANO, M. A. L.. Educação Não-Formal: apontamentos ao Ensino de Biologia.
Ciência em Tela, v. 1, p. 1-4, 2008.
BRUNO, Adriana. Educação formal, não-formal e informal: da trilogia aos cruzamentos,
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MARANDINO, Martha. Interfaces na relação museu-escola. Cadernos Catarinense de
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MARANDINO, Martha.Transposição ou recontextualização? Sobre a produção de
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MARANDINO, Martha. Museus de Ciências, Coleções e Educação: relações
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
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SOUZA, Esdras Oliveira de; ASSIS, Kleyson Rosário. O afrofuturismo como dispositivo
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Humanas, Serra Talhada, n. 6, pp.64-74. 2019
FADIGAS, Mateus, D.; SEPULVEDA, Claudia. MORAIS, Jacqueline M. de S. SANTOS,
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positivas no ensino de ciências. In; Anais do XII Encontro Nacional de Pesquisa em
Educação em Ciências – XII ENPEC Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
Natal, RN. 2019.
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