Senhor Diretor do Departamento de Trânsito de Fortaleza, No último dia 20, recebi uma multa cometida em 1º de de junho de 2023. A multa foi lavrada no cruzamento da Avenida Washington Soares com a Rua Joaquim Frota, às 15 horas, e se deu pelo fato de ter sido avançado o sinal vermelho. Recordo bem da ocasião e admito que infringi uma norma de trânsito, aliás, trata-se de uma “infração gravíssima”, de acordo com o novo Código de Trânsito. Porém, V.S.ª, já viveu a desagradável situação de cruzar um semáforo, estando atrás de um ônibus de três metros de altura? Pois foi o que aconteceu comigo. Embora aguardasse uma distância razoável do ônibus, sua altura não me permitiria ver se o sinal estava ou não aberto. Como o ônibus não parou nem diminuiu a velocidade, achei que estivesse aberto e segui em frente. Além disso, notei que o motorista que vinha atrás do meu veículo acelerou seu automóvel ao nos aproximarmos do cruzamento, o que me impediu completamente de parar ou esperar que o ônibus se afastasse para poder ver o semáforo, pois, do contrário, corria o sério risco de ter meu carro batido na parte traseira. Por outro lado, será que o ônibus ou o veículo de trás também foram multados? Ou será que o policial de trânsito não teve tempo de anotar a placa dos outros dois veículos, fazendo-me sua única vítima? Terá havido coerência por parte do policial ao lavrar essa multa? Gostaria de lembrar, ainda, que, em mais de vinte anos como motorista, jamais fui multado, o que comprova o quanto minha conduta tem sido correta no trânsito e o quanto essa multa é injusta. Peço a V.S.ª que examine esse caso de uma forma mais ampla, distinguindo, de forma clara, aqueles que realmente merecem ser multados daqueles que merecem ser compreendidos e, portanto, perdoados. Sem mais para o momento, agradeço a compreensão.