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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 6118
Terceira edição
29.04.2014

Válida a partir de
29.05.2014

Versão corrigida
07.08.2014
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Projeto de estruturas de concreto —


Procedimento
Design of concrete structures — Procedure

ICS 91.080.40 ISBN 978-85-07-04941-8

Número de referência
ABNT NBR 6118:2014
238 páginas

© ABNT 2013
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ABNT NBR 6118:2014


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Sumário Página

Prefácio..............................................................................................................................................xvi
Introdução........................................................................................................................................xviii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................3
3.1 Definições de concreto estrutural.....................................................................................3
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3.2 Definições de estados-limites............................................................................................4


3.3 Definição relativa aos envolvidos no processo construtivo...........................................6
4 Simbologia...........................................................................................................................6
4.1 Generalidades......................................................................................................................6
4.2 Símbolos-base.....................................................................................................................6
4.2.1 Generalidades......................................................................................................................6
4.2.2 Letras minúsculas...............................................................................................................6
4.2.3 Letras maiúsculas...............................................................................................................8
4.2.4 Letras gregas.......................................................................................................................9
4.3 Símbolos subscritos.........................................................................................................11
4.3.1 Generalidades....................................................................................................................11
4.3.2 Letras minúsculas.............................................................................................................11
4.3.3 Letras maiúsculas.............................................................................................................12
4.3.4 Números.............................................................................................................................13
5 Requisitos gerais de qualidade da estrutura e avaliação da conformidade do
projeto................................................................................................................................13
5.1 Requisitos de qualidade da estrutura.............................................................................13
5.1.1 Condições gerais..............................................................................................................13
5.1.2 Classificação dos requisitos de qualidade da estrutura...............................................13
5.2 Requisitos de qualidade do projeto................................................................................13
5.2.1 Qualidade da solução adotada........................................................................................13
5.2.2 Condições impostas ao projeto.......................................................................................14
5.2.3 Documentação da solução adotada................................................................................14
5.3 Avaliação da conformidade do projeto...........................................................................14
6 Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto..............................................15
6.1 Exigências de durabilidade..............................................................................................15
6.2 Vida útil de projeto............................................................................................................15
6.3 Mecanismos de envelhecimento e deterioração............................................................15
6.3.1 Generalidades....................................................................................................................15
6.3.2 Mecanismos preponderantes de deterioração relativos ao concreto .........................15
6.3.3 Mecanismos preponderantes de deterioração relativos à armadura...........................16
6.3.4 Mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita......................................16
6.4 Agressividade do ambiente..............................................................................................16
7 Critérios de projeto que visam a durabilidade...............................................................17
7.1 Simbologia específica desta seção.................................................................................17

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PONTES DE CONCRETO ARMADO 1.2 FORÇAS CORTANTES

RODRIGO BISPO – ENG. CIVIL UFMT


Sobre a seção 1 (apoio) LI tem o valor máximo igual
1 LINHAS DE INFLUÊNCIA a 1, de onde se traçam retas até o próximo apoio, cujo
valor é igual a zero, conforme figura abaixo.
Uma linha de influência mostra como um
determinado esforço numa seção varia quando uma carga ❖ EXEMPLO: Força cortante – seção 2
concentrada move sobre a estrutura. A linha de influência
é construída sobre o eixo da estrutura sendo que as
abscissas representam as posições da carga móvel e as
ordenadas representam os respectivos valores do esforço
considerado.

1.1 REAÇÃO DE APOIO

Linha de influência da reação de apoio RA: Sobre


o apoio A a ordenada y da linha de influência é igual à 1
(efeito da carga móvel sobre a seção A - apoio) e é zero
em B. Traça-se uma reta ligando esses dois pontos,
obtendo-se assim a LI dessa reação válida, para qualquer
seção intermediária entre os apoios, conforme figura
abaixo (viga bi apoiada):

❖ EXEMPLO: Reação de apoio RA


sempre existe uma descontinuidade sobre a seção que
está sendo considerada, de valor igual a 1. As cargas
devem ser posicionadas do lado do diagrama da LI que
possui o maior valor positivo ou negativo.

❖ EXEMPLO: Força cortante – seção 6

Isto é:
̅A = 1 → Linha de influência da reação de apoio A
𝐕
̅B = 0 → Linha de influência da reação de apoio B
𝐕

Observe que a reação de apoio em A devido às cargas


móveis é máxima ao se posicionar a primeira carga
Para uma seção em balanço, a LI é constante para o
concentrada P1 sobre a seção 0, que é a posição onde a
esforço cortante:
LI possui as maiores ordenadas (1.180, 1.120 e 1.060
respectivamente). A reação em A é mínima ao se
posicionar as cargas na extremidade direita do gráfico da
LI.

É importante lembrar que o veículo não pode transitar sob


a guia de proteção.

O mesmo é válido para a LI da reação de apoio R B.

1
ENGENHARIA CIVIL - UFMT
Para as reações de apoio, temos:

Figura 1 - à esquerda: LI da reação de apoio carga vertical e à direita:


LI do momento fletor no apoio.

❖ EXEMPLO: LI Vigas Gerber

1.3 MOMENTO FLETOR

Para a LI do momento fletor (vigas bi apoiadas), o


procedimento é o seguinte:

1. Traçam-se semicírculos auxiliares com raio igual


a distância entre os apoios à seção S;
2. Partindo do apoio, onde LI = 0, traçam-se retas
interligando os pontos máximos dos semicírculos
auxiliares traçados;
3. As retas deverão se encontrar exatamente sobre
a seção S, obtendo-se assim o contorno da LI
para o momento fletor (área hachurada).

2
ENGENHARIA CIVIL - UFMT
2 IMPACTO VERTICAL

As ações devido às cargas móveis – tanto as cargas


concentradas P quanto as cargas uniformemente
distribuídas p – calculadas com seus valores
característicos, devem ser majoradas pelos coeficientes
de impacto vertical (CIV), do número de faixas (CNF) e de
impacto adicional (CIA):

Q = P·φ = P·CIV·CNF·CIA

q = p·φ = p·CIV·CNF·CIA

CARGA MÓVEL PADRÃO RODOVIÁRIA: TB-450 (450


kN - P = 75 kN e p = 5 kN/m²)
❖ EXEMPLO: LI Momento fletor – seção 2

Nos passeios, adotar carga uniformemente distribuída de


3 kN/m², na posição mais desfavorável, não devendo ser
ponderada pelos coeficientes de impacto.
2.1 COEFICIENTE DE IMPACTO VERTICAL (CIV)
❖ EXEMPLO: LI Momento fletor – seção 6

2.2 COEFICIENTE DE NÚMERO DE FAIXAS (CNF)

2.3 COEFICIENTE DE IMPACTO ADICIONAL (CIA)

Obs.: Lembrar que o CNF só se aplica se a seção estiver à


Para as cargas permanentes, os esforços são
menos de 5m da extremidade ou de uma junta de
calculados de acordo com a teoria aprendida na disciplina
de estática das estruturas (diagramas de esforço cortante dilatação.
e momento fletor).
3
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3 DIMENSIONAMENTO
3.1 SEÇÃO TRANSVERSAL

ELS – VERIFICAÇÃO FADIGA

onde:

ϕMq e ϕVq são os valores dos esforços devido à carga


móvel, ponderados pelos coeficientes de impacto
3.3 ARMADURA TRANSVERSAL

MODELO I

1. Verificação das tensões de compressão na biela


de concreto:
3.2 COMBINAÇÃO DE AÇÕES
ELU fck fck
τsd ≤ τRd2,I = 0,27 ∙ αV2 ∙ fcd = 0,27 ∙ (1 − )∙
250 1,4
2. Tensão absorvida pela armadura:

τsw = τsd − τc0


3. Tensão devidos aos mecanismos
complementares (em MPa):
2/3
τc0 = 0,6 ∙ fctd = 0,6 ∙ 0,15 ∙ fck

4. Taxa mínima de armadura:


2/3
f
ρw,mín = 0,06 ∙ ck
fywk
5. Taxa de armadura:
1,11 ∙ τsw
ρsw =
fywd
6. Armadura
Asw = ρsw ∙ bw ∙ S
7. Espaçamento
Asw1
S= × 100
Asw

4
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3.4 ARMADURA LONGITUDINAL Armadura dupla (As = Asf + As1 + As2; A’s)

Marcha de cálculo (Seção retangular: x ≤ 1,25·hf) 1 Msd,f Msdw,c ∆Md,w


1. Momento Reduzido AS = [ + + ′ )]
fyd hf ζ ∙ d (d − d
𝑑− 2
Msd
μ=
bw d2 fcd 1 ∆Md,w
A′S =
2. Posição LN (Tabela) fyd (d − d′ )
𝑥 Onde
ξ=
d
Msdw,c = Msd,w∙lim
3. Braço de alavanca (Tabela)
e
𝑧
ζ=
d ∆Md,w = Msd,w − Msd,w∙lim
4. Área de aço (cm²)
4 FADIGA
Msd
AS =
ζ ∙ d ∙ fyd A ruptura por fadiga é devida a uma frequente
repetição de tensões acima de sua resistência e é do tipo
Armadura dupla (ξ > ξlim=0,45) frágil. O estado limite de fadiga deve ser verificado,
comparando-se as tensões e as variações de tensões
Msd,c = μlim bw d2 fcd
efetivas (de utilização) com a resistência média à fadiga
correspondente ao número real n de ciclos e à tensão
∆Md = Msd − Msd,c efetiva mínima σmín.
Armadura:
1 Msd,c ∆Md
AS1 = [ + ]
fyd ζx/d,lim d (d − d′ )
e
1 ∆Md
AS2 =
fyd (d − d′ )

Marcha de cálculo (Seção T: x > 1,25·hf)


Armadura simples (ξ < ξlim)
1. Momento Reduzido
Msd
μ=
bw d2 fcd
Msd = Msd,f + Msd,w A tabela a seguir apresenta os valores limites da
tensão de ruptura no aço devido à fadiga, para diferentes
Onde:
bitolas
hf
Msd,f = (bf − bw ) hf ∙ 0,85 fcd (d − )
2
2. Momento resistido pela nervura
Msd,w = Msd − Msd,f
Msd,w
μsd,w =
bw d2 fcd
Determina-se ξ e ζ na tabela, e então:

Armadura simples (As = Asf + As1)

1 Msd,f Msd,w
AS = [ + ]
fyd 𝑑 − hf ζ∙d
2

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Portanto, a área de aço necessária para os estribos, em
cm²/m é:

Asw,fad = k × Asw

4.2 DETERMINAÇÃO DA TENSÃO NAS


ARMADURAS LONGITUDINAIS

Figura 2 - Resistência máxima à fadiga - Aço CA-50

4.1 ARMADURA TRANSVERSAL

COMBINAÇÃO

V1 = Vgk + ψ1 ∙ φVq,máx CÁLCULO DA POSIÇÃO DA LN (ESTÁDIO II)

V2 = Vgk + ψ1 ∙ φVq,mín 1. HIPÓTESE X < hf


x2
TENSÕES bf + αe As,comp (x − d′ ) = αe As,trac (d − x)
2
V1 1,1(τsd1 − 0,5 ∙ τc0 )
τsd1 = ; σsw1 = ; 2. HIPÓTESE X ≥ hf
bw d ρsw
x2 hf
bw + (bf − bw )hf (x − ) + αe As,comp (x
e 2 2
− d′ ) = αe As,trac (d − x)
V2
τsd2 = ;
bw d 3. MOMENTO NEGATIVO
x2
1,1(τsd2 − 0,5 ∙ τc0 ) bw + αe As,comp (x − d′ ) = αe As,trac (d − x)
σsw2 = ⇔ (τsd2 − 0,5 ∙ τc0 ) > 0; 2
ρsw

Senão, σSW2 = 0; MOMENTO DE INÉRCIA SEÇÃO NO ESTÁDIO II

Onde: bf ∙ x13
III,1 = + αe [As (d − x1 )2 + A′ s (d′ − x1 )2 ]
3
2/3
τc0 = 0,6 ∙ fctd = 0,6 ∙ 0,15 ∙ fck
e
e
bw ∙ x23
1,11 ∙ τsw III,2 = + αe [As (d − x2 )2 + A′ s (d′ − x2 )2 ]
ρsw = 3
fywd
COMBINAÇÃO
CÁLCULO DA FLUTUAÇÃO DE TENSÕES
M1 = Mgk + ψ1 ∙ φMq,máx
∆σsw = σsw1 − σsw2
Se ∆σSW > ∆fsd,fad,mín, a armadura deve ser aumentada M2 = Mgk + ψ1 ∙ φMq,mín
pelo seguinte coeficiente: TENSÕES
∆σsw 1. Momento positivo
k=
fsd,fad,mín
M1 ∙ αe (x1 − d′ )
σs1,sup = ; (compressão)
III,1

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M1 ∙ αe (d − x1 )
σs1,inf = ; (tração)
III,1
2. Momento negativo (seção é retangular)
M2 ∙ αe (d − x2 )
σs2,sup = ; (tração)
III,2
M2 ∙ αe (x2 − d′ )
σs2,inf = ; (compressão)
III,2

CÁLCULO DA FLUTUAÇÃO DE TENSÕES

∆σAs,sup = σs2,sup − σs1,sup

∆σAs,inf = σs1,inf − σs2,inf

Obs.: deve-se considerar o sinal da tensão para o cálculo


da flutuação de tensão (negativo se compressão, positivo
se tração)

Se ∆σAs,sup > ∆fsd,fad,mín ou ∆σAs,inf > ∆fsd,fad,mín, a armadura


deve ser aumentada pelo seguinte coeficiente:

∆σAs
k=
fsd,fad,mín
Portanto, a área de aço necessária para as barras
longitudinais, em cm²/m é:

As,fad = k × As

Com As calculado de acordo com o item 3.4.

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