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a) Produto Interno Bruto e Produto Nacional Bruto

O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma do valor de mercado de todos os


bens e serviços finais produzidos em um país em dado período de tempo,
geralmente anual ou trimestral. O PIB considera apenas os bens produzidos dentro
dos limites geográficos do país ou região, independente da nacionalidade do
produtor, e também são considerados apenas bens e serviços gerados no presente.
Por outro lado, o Produto Nacional Bruto é a soma do valor de mercado de
todos os bens e serviços produzidos em um país em determinado período de tempo,
porém são considerados os rendimentos obtidos por empresas e cidadãos no
exterior e são desconsiderados os rendimentos obtidos por estrangeiros dentro do
país. Essa é a principal diferença entre PIB e PNB, e ela faz com que o PNB de
países em desenvolvimento seja menor que o PIB, dado que as empresas desses
países tendem a enviar os lucros obtidos para seus países de origem.
De acordo com os dados atuais do IBGE o PIB brasileiro do ano de 2020 foi
de 7,4 trilhões de reais e no primeiro trimestre de 2021 foi de 2 trilhões de reais,
indicando um crescimento de –3,8% acumulado em quatro trimestres e um
crescimento de 1,2% quando comparado com os três meses imediatamente
anteriores. Já o PIB per capita, que é o valor do PIB dividido pelo número de
habitantes do país, ficou em 33.593,82 reais para o ano de 2018.

b) Desemprego

Uma pessoa é considerada desempregada caso tenha idade para trabalhar e


não esteja trabalhando, contudo ela precisa estar disponível e tentando encontrar
um emprego. Dada essa definição, existem pessoas que não possuem emprego,
mas não podem ser consideradas desempregadas uma vez que não estejam
procurando emprego, alguns exemplos são: estudantes em período integral, donas
de casa que não trabalham fora, etc., essas pessoas são consideradas fora da força
de trabalho.
A força de trabalho é a soma do número total de trabalhadores, incluindo os
empregados e os desempregados, e a partir dela é possível calcular a taxa de
desemprego como sendo o número de desempregados dividido pela força de
trabalho, assim a taxa de desemprego diz respeito ao percentual da força de
trabalho que está sem emprego.
O desemprego pode ser classificado em vários tipos, dentre os quais se
destacam:
Desemprego sazonal: acontece em determinados períodos do ano em que, por
fatores diversos, ocorrem variações nas ofertas de trabalho.
Desemprego cíclico: geralmente ocorre devido às crises econômicas, esse tipo de
desemprego é involuntário, dado que as pessoas não conseguem um emprego em
função dos ciclos econômicos depressivos.
Desemprego friccional: ocorre devido ao tempo necessário para que os
trabalhadores encontrem um emprego que melhor se adapte às suas preferências e
habilidades.
Desemprego estrutural: ocorre quando o número de empregos disponíveis em
alguns mercados de trabalho é insuficiente para proporcionar emprego a todos que
desejam. Uma das principais causas é a implementação de novas tecnologias que
ocupam o lugar dos trabalhadores.
As causas do desemprego estão associadas a fatores sociais, econômicos e
políticos, o que torna a análise complexa. A crise econômica é o fator que mais
contribui com o desemprego, uma vez que postos de trabalho são fechados e a
maioria das empresas optam por redução de custos dispensando seus
trabalhadores, essas crises podem ser setoriais, afetando mais um setor econômico
do que outro. A falta de qualificação e substituição de mão de obra também são
causas do desemprego, pois as empresas da atualidade buscam inovações
tecnológicas que possam aumentar sua eficiência produtiva, substituindo
trabalhadores menos qualificados por máquinas e optando por trabalhadores
especializados.

c) Inflação

O que é?

É o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços, sendo calculada pelo índice
de preços, comumente chamados de índices de inflação. Dois dos maiores índices de
preços são produzidos pelo IBGE: IPCA( Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e
INPC (Índice nacional de Preços ao Consumidor), ambos servem para medir a variação de
preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população, mostrando se os
preços aumentaram ou diminuíram de um mês para o outro. E eles levam em conta não
apenas os preços de cada produto, mas também o peso que possuem no orçamento das
famílias.

A diferença entre um e outro está no uso da palavra ‘amplo’, pois o IPCA pega a variação
do custo de vida médio de famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos,
enquanto o INPC verifica a variação do custo médio de famílias entre 1 e 5 salários
mínimos.

O IPCA é o índice usado pelo nosso governo como índice de inflação para o Brasil, servindo
então de meta de inflação e alterações nas taxas de juros. Quando tem-se uma variação do
salário o cidadão pode ter perda do poder de compra (reajuste menor que o IPCA),
manutenção do poder de compra(reajuste igual ao IPCA) e aumento do poder de
compra(reajuste maior que o IPCA).

d) Importações e Exportações
Importação é quando um país compra mercadorias de outro país, o que geralmente
acontece para suprir a falta de matéria prima ou mão-de-obra interna. Uma maneira de ter
obter melhores condições de importação é possuir uma moeda forte, pois tendo uma boa
cotação poderá ter uma margem maior de negociação. E como nenhum país consegue
produzir tudo o que precisa para o consumo de sua população todas as economias
precisam importar.

Temos 3 fases:

Administrativa - Autorização do produto a ser importado, gerando a licença de importação.


Cambial - Pagamento ao exportador, quando moeda estrangeira é transferida ao exterior.
Fiscal - Despacho aduaneiro de onde faz-se o recolhimento dos tributos.

Exportação é quando o país vende produtos ou serviços de empresas nacionais para o


exterior. A razão mais forte é, em geral, entrar em novos mercados em busca de expansão.
Temos na exportação uma boa maneira de tentar diminuir o excedente da oferta para tornar
a produção interna mais eficiente.

Temos 2 tipos de exportação:

Direta - Quando o produtor realiza a venda e recebe diretamente do importador.

Indireta - Quando empresas adquirem os produtos para exportá-los.

Apesar do Brasil possuir um considerável mercado interno, o empresariado nacional vem


estando de olho nas exportações já que em geral as empresas acabam melhorando pois ao
se adaptar as demandas externas muitas vezes uma boa quantidade de adequações são
necessárias, tendo um ganho de competitividade. Sem dizer nas melhoras de
sustentabilidade e melhoria da imagem com todos os grupos de interesse. Em geral
beneficiando o país, já que trazem geração e manutenção de empregos e renda, melhor
qualificação de recursos humanos e evolução e crescimento do parque industrial.

e) Taxas de juros.

Em abril de 2021, a produção industrial nacional caiu 1,3% frente a março de 2021 (série
com ajuste sazonal), terceira queda seguida, com perda de 4,4% no período. Já em relação
a abril de 2020, a indústria avançou 34,7%, oitava taxa positiva consecutiva nessa
comparação e a mais elevada da série histórica, iniciada em janeiro de 2002. A indústria
acumula alta de 10,5% no ano, intensificando a alta frente ao último quadrimestre de 2020
(3,5%). O acumulado em doze meses voltou a ficar positivo (1,1%) após 22 taxas negativas.
Na comparação com o mês anterior, o recuo de 1,3% em abril de 2021 foi a terceira queda
seguida da atividade industrial, acumulando queda de 4,4% no período. A produção recuou
em duas das quatro das grandes categorias econômicas e em 18 dos 26 ramos
pesquisados.
Ante abril de 2020, a indústria avançou 34,7% em abril de 2021, sua taxa mais elevada na
série iniciada em janeiro de 2002.

F) Demanda agregada e oferta agregada.


Por definição pela Lei de Say a oferta criaria sua própria demanda. No entanto, a teoria da
oferta agregada keynesianista propõe que a demanda agregada cria a oferta agregada. Isso
define o nível de renda responsável pelo equilíbrio da economia de um país.
Assim, o economista também considera que quando os agentes econômicos estão mais
receosos e a economia adota uma conduta recessiva, o Estado deve aumentar seus gastos.
Um exemplo disso são os investimentos em infraestrutura.
Por definição , a demanda representa a quantidade de produtos ou serviços que os
consumidores gostariam de adquirir por um valor definido.
A oferta agregada é um dos fatores que interferem no desenvolvimento econômico de um
país. Entender como esse conceito se relaciona com a demanda agregada é fundamental
para compreender o funcionamento da macroeconomia.
Oferta agregada Basicamente, a oferta agregada mostra a quantidade de bens e produtos
que as empresas estão dispostas a produzir e vender em função do nível geral de preços.
Esse conceito está relacionado com a demanda agregada em escala macroeconômica.

PARTE 2

1 - Análise Brasil:

A) Produto interno bruto e produto nacional bruto:

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado
ou cidade, geralmente em um ano. Todos os países calculam o seu PIB na sua respectiva
moeda, o PIB do Brasil em 2020 por exemplo foi de 7.4 trilhões. O PIB mede apenas os
bens e serviços finais para evitar uma dupla contagem, ou seja os bens e serviços finais
que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor final, dessa
forma, levam em consideração também os impostos sobre os produtos comercializados, e o
PIB ele indica o fluxo de bens e serviços finais produzidos durante um período.
Já o PNB inclui os rendimentos obtidos pelos cidadãos e pelas empresas no exterior,
mas não inclui os rendimentos obtidos por estrangeiros dentro do país. Os valores utilizados
para constituir o PNB incluem a fabricação de bens materiais, o PNB não inclui o valor dos
serviços realizados para produzir bens materiais, porque o seu valor é incluído no preço do
produto acabado, a fórmula para calcular o PNB é dada por:

Onde PIB é o produto interno bruto e RLEE é a renda líquida enviada ao exterior (RLEE), e
ela se trata da diferença entre valores enviados ao exterior e os valores recebidos do
exterior. E a grande diferença entre PIB e PNB é que o PIB representa somente o que foi
produzido dentro das fronteiras do país, enquanto o PNB inclui valor de bens e serviços
produzidos e realizados pelos cidadãos e pelas empresas de um país no exterior.

B) Desemprego:

O desemprego, de forma simplificada, se refere às pessoas com idade para


trabalhar, que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho.
Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta possuir desemprego, como
por exemplo, um universitário que se dedica exclusivamente aos estudos, uma dona de
casa que não trabalha fora e uma empreendedora que possui seu próprio negócio. De
acordo com a metodologia usada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua - PNAD contínua, o estudante e a dona de casa são pessoas que estão
fora da força de trabalho, já a empreendedora é considerada ocupada.
A PNAD contínua é a nossa pesquisa que mostra quantos desempregados há no
Brasil. Nela, o que é conhecido popularmente como desemprego aparece no conceito de
desocupação. Confira abaixo o gráfico da taxa de desemprego no Brasil.
C) Inflação:

Inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços. Ela é


calculada pelos índices de preços, comumente chamados de índices de inflação. O IBGE
por sua vez produz dois dos mais importantes índices de preços, o IPCA, sendo
considerado oficial pelo governo federal e o INPC. Ambos os índices têm o mesmo
propósito que é medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida
pela população, e os resultados mostra se os preços aumentaram ou diminuíram de um
mês para o outro, os índices, portanto, levam em conta não apenas a variação de preço de
cada item, mas também o peso que ele tem no orçamento das famílias.
Se a variação do salário do cidadão, de uma ano para outro, for menor do que o
IPCA, o cidadão perde o poder de compra, pois os preços sobem mais que a sua renda, se
a inflação e o salário tem a mesma variação, o poder de compra se mantém, e por fim se
há um aumento no salário acima do IPCA o poder de compra aumentará. Veja o gráfico da
inflação ( variação do IPCA ) no ano de 2019/2020 mês a mês.

D) Importações e Exportações:

As exportações e importações são atividades referentes ao comércio internacional


relacionadas, respectivamente, à entrada e saída de produtos de um determinado país. A
exportação refere-se a atividade de venda, enquanto a importação refere-se a atividade de
compra de produtos. As exportações possibilitam o aumento da escala de produção, a
aquisição de conhecimento e o aproveitamento de ganhos com especialização em etapas
das cadeias globais de produtos. As exportações brasileiras atingiram cerca de US$
209,921 bilhões enquanto as importações, cerca de US$ 158, 926 bilhões, em 2020 o Brasil
exportou 61% a menos que em 2019, e registrou importações 9,7% menores no período,
apesar do Brasil ser a nona maior economia mundial, o país aparece na 27° posição entre
os exportadores mundiais de bens, e vem caindo mais ainda nos últimos anos. O Brasil é
campeão em exportar soja, petróleo, minério de ferro, celulose, milho, café e carnes bovinas
e de frango, e os principais consumidores do Brasil são China, Estados Unidos, Países
Baixos, Argentina, Japão, Chile e etc. Veja a seguir dados das exportações do país no ano
de 2019/2020 do produto de carne bovina.

O Brasil é o 29° maior importador do mundo, e os produtos mais importados são


óleos combustíveis de petróleo ou de minerais, adubos ou fertilizantes químicos, demais
produtos da indústria de transformação e etc, e os países o qual o Brasil mais importa são,
China, Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Coreia do Sul, Índia, México, Japão, Itália e
Rússia. No ano de 2019 o Brasil fechou as importações em US $177.347, 9 milhões, veja o
gráfico abaixo, onde verde são as exportações e azul as importações.

E) Taxas de Juros:
O conceito de taxas de juros pode ser entendido como o valor do dinheiro no tempo,
isto é, o preço que os tomadores de empréstimo pagam aos emprestadores para usarem
um dinheiro que não é seu durante um determinado período. A Selic ou taxa selic, é a taxa
básica de juros da economia brasileira, ela basicamente influência em todas as demais
taxas de juros do país, como as cobradas em empréstimos, financiamentos e até retornos
em aplicações financeiras. Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia,
um programa virtual em que os títulos do tesouro nacional são comprados e vendidos
diariamente por instituições financeiras, a taxa Selic está ligada aos juros dos títulos
públicos que o governo oferece neste sistema. E quem decide o valor dessa taxa é o
Copom, o comitê de política monetária do Banco Central, ele se reúne a cada 45 dias para
definir se a taxa Selic aumenta, diminui ou se mantém estável. Hoje a taxa Selic está em
3,5% ao ano, ela foi definida no dia 5 de maio de 2021 pelo Copom, que decidiu subir a taxa
de 2,75% para 3,5%, veja um gráfico com o histórico da taxa Selic.

F) Demanda agregada e oferta agregada:

O modelo de oferta e demanda agregada é um modelo que mostra o que determina


a oferta total ou a demanda total da economia e como a demanda e oferta totais interagem
a nível macroeconômico. Oferta agregada é a quantidade total de produção que as
empresas vão produzir e vender, em outras palavras o PIB real, enquanto a demanda
agregada é o montante total gasto em bens e serviços domésticos em uma economia.
Basicamente a oferta agregada mostra a quantidade de bens e produtos que as
empresas estão dispostas a produzir e vender em função de um nível geral de preços, esse
conceito está relacionado com a demanda agregada que sua por sua vez é definida como
sendo a quantidade de produtos ou serviços que os consumidores gostariam de adquirir por
um valor determinado, apesar disso essa ação nem sempre está relacionada ao consumo.
Em escala macroeconômica, juntas, a oferta agregada e a demanda agregada determinam
fatores como juros, inflação e taxa de desemprego, em resumo, quando o mercado
financeiro está mais otimista, a demanda agregada cresce, fazendo a oferta agregada
também subir. Se a oferta for maior do que a demanda, a tendência é que os preços caiam,
quando a demanda é maior, é provável que os preços se elevem. Assim temos a lei da
oferta e procura, uma das principais leis macroeconômicas, de certa forma, isso determina a
geração de emprego e a inflação de um país.

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