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Sumário
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias��������������������������������� 01
Matemática e suas Tecnologias�������������������������������������������� 37
Ciências da Natureza e suas Tecnologias��������������������������������� 83
Ciências Humanas e suas Tecnologias�����������������������������������168
03 C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
a) (F) O cancioneiro popular brasileiro torna a mensagem
de Carmem Lúcia mais poética, mas não é suficiente
Gramática para que se classifique o discurso como coloquial.
b)(F) Apesar de estar incluído em um discurso de posse de
01 B uma ministra do STF, esse fragmento não expõe ca-
a) (F) Apenas o verbo doar não chama a atenção imediata racterísticas da linguagem jurídica.
do público específico que a campanha busca alcançar, c) (V) Os jogos de palavras e ideias reforçam a intenciona-
ou seja, um público que não costuma oferecer algo lidade poética da ministra Carmem Lúcia. A despeito
sem obter recompensa. de ser um texto em prosa, a linguagem apresentada
b)(V) A campanha pela doação de sangue busca despertar faz uso de metáforas e comparações para estabelecer
o interesse de pessoas que não têm o hábito de ser o sentido do discurso, usando, assim, uma linguagem
solidárias, utilizando, para isso, o verbo ganhar na ter- poética.
ceira pessoa do imperativo, como forma de dirigir ao d)(F) A ministra não utiliza expressões regionais, mas ape-
leitor um convite a receber algo. A utilização das letras nas palavras e expressões que podem ser reconheci-
em tamanho maior na palavra ganhe é uma estratégia das por falantes de língua portuguesa, independente-
para chamar a atenção imediata desse público espe- mente de sua origem.
cífico. e) (F) O discurso da ministra obedece aos padrões da lin-
c) (F) A expressão “dia de folga” pode chamar a atenção guagem formal, fugindo da coloquialidade, caracte-
do público, mas não teria o mesmo efeito de sentido rística comum do discurso falado.
sem estar acompanhada do verbo ganhar.
d)(F) A expressão “quem só pensa em si” refere-se ao pú-
04 A
blico-alvo da campanha, contudo não é usada para
chamar a atenção imediata desse público. Além dis- a) (V) Com o passar do tempo, expressões se modificam
so, a campanha não busca modificar a postura das porque a oralidade permite que trechos e palavras se
pessoas que só pensam em si, pois oferece, inclusive, alterem no uso corrente, o que ocorre em textos e que
uma recompensa em troca da doação de sangue. também aconteceu em algumas canções populares.
e) (F) O advérbio até tem a função de incluir as pessoas que b)(F) O texto cita a influência da cultura negra e de parte
“só pensam em si” entre os possíveis doadores de das línguas crioulas, mas não as coloca como aspecto
sangue, mas não é um recurso utilizado para chamar a central na formação das cantigas populares.
atenção imediata do público na campanha. c) (F) Os termos do tupi-guarani são citados na reporta-
gem, mas não são colocados, em nenhum momento,
como fator complicador para casos de tradução.
02 B
d)(F) A despeito de um dos termos da canção estar ligado
a) (F) A autora registra uma linguagem informal, mas não
à característica de uma localidade, eles não são o foco
apresenta interesse em fazer uso de expressões lin-
das expressões populares para que a alternativa este-
guísticas típicas da Região Sul do país.
ja justificada.
b)(V) O caráter coloquial ocorre no segundo quadro, pelo
fato de o verbo ter, na linguagem formal, dever ser e) (F) Não existem explicações no texto que vinculem a fi-
substituído por haver. xação de expressões populares ou sua estrutura ao
processo de hipérbole.
c) (F) A autora da tira preocupa-se mais com o registro in-
formal da linguagem, como ficou comprovado no uso
da forma verbal ter em vez de haver. 05 E
d)(F) Na tira, não há intenção de fazer o registro de um léxi-
a) (F) O termo capital retoma a palavra Goiânia, mencionada
co específico para comunicar uma situação de perigo.
na frase anterior, portanto não está relacionada ao
Caso isso acontecesse, ter-se-ia o registro de palavras
referencial externo ao texto.
como socorro ou outras de conteúdo similar.
e) (F) A personagem da tirinha consegue expressar, de for- b)(F) Na verdade, o referente aparece anteriormente, quan-
ma bastante direta e objetiva, seu medo em relação à do se menciona a capital Goiânia.
presença do rato, não sendo correto afirmar que há a c) (F) Não é possível se referir a Goiás ou a Santa Genove-
utilização de vocabulário hermético. va como capital, por isso a alternativa está incorreta.
d)(F) O referencial está presente no texto, embora possa d) (F) O autor ressalta a multiplicidade da linguagem e a
ser inferido por conhecimento prévio do leitor. liberdade do falante de utilizar diferentes variantes
e) (V) Ao tratar a cidade de Goiânia, o texto não repete o linguísticas, entretanto condiciona essa liberdade à
nome da cidade para criar dinâmica e evitar a re- adequação contextual, pois exprime que é neces-
petição. O nome da cidade aparece tanto no título sário atentar para a situação comunicativa ao optar
como no corpo do texto, antes do termo capital, no por uma variante.
entanto, o leitor precisa saber que Goiânia é uma ca- e) (F) No texto, a língua é caracterizada como múltipla,
pital para não ter dúvidas de que o texto ainda se re- heterogênea, tal como um guarda-roupa que con-
fere à mesma cidade. tém todo tipo de vestimenta, cabendo ao usuário
optar pela mais adequada para cada ocasião.
06 D 08 A
a) (F) A inversão da ordem direta das frases é um recurso a) (V) O autor discorre sobre os marcadores de gênero
estilístico presente no poema, mas está relacio- no português, destacando que o uso genérico
nada ao estilo, e não a fenômenos como a varia- do gênero masculino é resultante de uma cultura
ção linguística. ultrapassada e reforça preconceitos no tocante aos
b) (F) No poema, símbolo da poesia romântica indianista, papéis sociais atribuídos a homens e mulheres.
são utilizados recursos na tentativa de aproximar a Para o autor, a predominância do gênero mascu-
linguagem do modo de falar dos indígenas, como lino nas construções sintáticas do português acaba
a inversão da ordem direta da frase; no entanto, ocultando o gênero feminino e aprofundando o
esse aspecto não tem relação com a variação lin- machismo manifestado na língua.
guística histórica. b) (F) Ao se referir à primazia do masculino no português,
c) (F) No poema, há tentativa de aproximação com o falar o autor chama a atenção para o fato de que esse
dos indígenas, contudo não há referência a termos aspecto reforça estereótipos e provoca a exclu-
próprios de uma linguagem regional. Além disso, são de pessoas que não se identificam com esse
esse não é um fator associado à variação histórica. gênero, mas não propõe que o uso genérico do
d) (V) A variação linguística histórica está relacionada às masculino seja substituído pelo do feminino. O
mudanças sofridas pela língua ao longo do tempo. que se subentende do texto é que nenhum gênero
No poema, há vocábulos escritos de acordo com a deveria se sobrepor a outro.
ortografia vigente no século XIX, como as palavras c) (F) A crítica feita à regra gramatical de predominância
do gênero masculino em construções do português
frecha (hoje se escreve flecha) e cobarde (hoje se
dirige-se ao que é postulado pela norma-padrão,
escreve covarde). Essa variação entre a forma como
e não pelas demais variantes linguísticas, as quais
determinados vocábulos eram escritos em outras
nem mesmo são referidas no texto.
épocas e a forma como são escritos hoje é diacrônica.
d) (F) Os idiomas latim e alemão são mencionados no
e) (F) O poema é composto em versos rimados, que texto para exemplificar línguas nas quais existe um
podem lembrar a estrutura do cordel, contudo esse gênero neutro, não para falar da ascendência do
aspecto formal não tem relação com a variação lin- português, que de fato apresenta diversas palavras
guística histórica. com origem nessas línguas, sobretudo no latim.
e) (F) Em vez de defender o uso da norma-padrão, o
07 A autor questiona aquilo que é considerado padrão,
a) (V) Ao comparar a língua a um grande guarda-roupa atribuindo essa escolha a comportamentos cultu-
rais ultrapassados e excludentes.
onde há todo tipo de vestimenta, o autor do texto
remete ao caráter diverso da língua, que possibilita 09 D
aos falantes utilizar formas de comunicação distin- a) (F) A expressão “estado de espírito” não é utilizada
tas, devendo estes identificar qual variante é ade- para estereotipar o indígena, mas para desconstruir
quada a cada contexto, assim como se opta por um estereótipo, a ideia de que o indígena é defi-
usar determinada roupa de acordo com a ocasião. nido pela aparência por utilizar elementos como
b) (F) Embora faça referência à diversidade da língua, o cocar de pena, urucum e arco e flecha.
que pressupõe uma grande quantidade de formas b) (F) O uso da palavra diferença entre aspas ocorre com
linguísticas, o texto não objetiva aludir a aspectos o intuito de estabelecer uma contraposição entre
quantitativos da língua. ela e o conceito de identidade, que, para o autor,
c) (F) O autor caracteriza a língua como heterogênea, não se refere a diferenças estáveis e preestabeleci-
uma vez que ressalta a multiplicidade de varian- das, mas a um processo de diferenciação contínuo,
tes linguísticas; contudo, não há no texto a infor- incessante.
mação de que as variantes estão condensadas na c) (F) A expressão “ainda que” é utilizada para enfatizar
gramática normativa. Além disso, deve-se lembrar uma concessão, cujo sentido expressa que, apesar
que a norma-padrão pode ser considerada uma de qualquer esforço contrário, o indígena jamais
dessas variantes. pode deixar de ser indígena.
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
d) (V) O autor contrapõe-se ao significado de “estado d) (F) A preposição até marca um limite, não podendo
transitório” sugerido pelo advérbio ainda no tre- expressar continuidade. Desse modo, entende-se
cho “esse pessoal ainda é índio”, pois, para ele, ser que não houve continuidade quanto ao núcleo de
indígena não é uma etapa ou um estado transitó- interesse dos estudos linguísticos.
rio. Para subverter essa ideia atribuída pelo senso e) (F) O método comparativo, como é informado nos
comum, o autor sugere que o advérbio seja empre- dois últimos períodos do texto, foi predominante
gado em outra sentença, com o objetivo de enfati- nos estudos linguísticos do período renascentista.
zar que os indígenas ainda não foram vencidos nem
o seriam, em um contexto de resistência. 12 E
e) (F) O uso da forma verbal do futuro do pretérito aca-
bar(i)am justifica-se pela intenção do autor de afir- a) (F) O português falado pelos brasileiros em situações
mar que os indígenas não deixaram (pretérito) nem cotidianas se difere da norma-padrão, tendo em
deixarão (futuro) de ser indígenas. vista que é espontâneo, informal. Esse português
é denominado coloquial, conforme apresenta o
10 A texto-base.
b) (F) A norma-padrão serve para homogeneizar a língua,
a) (V) O comportamento atribuído aos vírus no texto é
tido como algo incomum, exótico, extravagante, de maneira que pessoas de diferentes regiões do
que surpreende quando comparado ao padrão Brasil possam se comunicar de forma assertiva e
de comportamento de seres vivos. Ao caracterizar instituições possam utilizar um código acessível a
os vírus como “entidades estranhas”, o autor do todos. O português padrão não sintetiza a diver-
texto ressalta, utilizando pontos de exclamação, os sidade linguística, pois é uma variedade linguís-
aspectos exóticos que esses elementos têm que tica em si, a ser usada em determinadas situações
levam a essa caracterização. sociais que exigem maior formalidade e emprego
b) (F) No texto, não há atribuição de superioridade a das regras da gramática prescritiva.
nenhum ser vivo, apenas a descrição do comporta- c) (F) Não é possível inferir do texto que a norma-padrão
mento dos vírus. O autor demonstra que esse com- potencializa as relações estabelecidas com parentes
portamento é incomum, mas não faz juízo de valor e amigos, mas pode-se afirmar, por exemplo, que
sobre ele. ela favorece as relações profissionais, sendo usada
c) (F) Apesar de ser parte de um texto de divulgação em distintas situações da vida pública, como no
científica, o trecho não apresenta a divulgação de meio político, no campo jornalístico, na escola etc.
nenhuma descoberta científica recente, pois o com- d) (F) A norma-padrão é, muitas vezes, compreendida
portamento dos vírus não é citado como algo desco- como instrumento de ascensão social. Inclusive, o
berto recentemente.
preconceito linguístico, que também é social, ocorre
d) (F) O texto se refere à forma como os vírus se replicam
em decorrência de estigmas sobre determinadas for-
ressaltando justamente a dependência que eles
mas de falar que se distanciam da norma-padrão, a
têm para isso, uma vez que precisam estar em uma
célula para replicar-se. partir da compreensão de que quem usa a norma-pa-
e) (F) Menciona-se que não há um consenso entre os drão teria melhores condições de vida e seria esco-
biólogos sobre a classificação dos vírus como larizado. O texto não faz menção a falantes com alto
seres vivos, entretanto não há referência a infor- nível de educação cultural. Ele explica que a expres-
mações duvidosas nem se percebe um tom de crí- são “norma culta”, como era conhecida antigamente
tica no texto. a norma-padrão, é inadequada, pois não se trata de
uma variedade que demonstra mais cultura, elegân-
11 B cia, e sim de uma de maior alcance.
a) (F) Apesar de ter valor semântico de estabelecer um e) (V) A norma-padrão é uma variedade que apresenta
limite de tempo ou de espaço, a preposição até regras e características distintas das outras varieda-
não é utilizada para delimitar que os estudos des- des linguísticas; ela se vale das regras da gramá-
critivos foram interrompidos no Renascimento, mas tica prescritiva e serve para estabelecer padrões
sim para informar que estes deixaram de ser o cen- sobre algo que é naturalmente heterogêneo: a lín-
tro de interesse dos estudos linguísticos. gua. Nesse sentido, essa é a variante aprendida na
b) (V) A palavra até, quando utilizada como preposição, escola para ser usada em diversos e vastos espaços
indica limite de tempo ou de espaço. Desse modo, da sociedade onde é exigida.
ao informar que as questões relacionadas a defini-
ção e descrição eram o centro dos estudos linguís- 13 C
ticos até o Renascimento, o texto estabelece como
limite de tempo o início desse período, determi- a) (F) A crônica revela as diferenças entre as mulheres
nando que, nessa época, essas questões deixa- dos séculos passados e as atuais, evidenciando
ram de ser o centro, ou seja, houve uma mudança que aquelas, por muito tempo, foram submissas,
quanto ao foco dos estudos linguísticos. enquanto as atuais tornaram-se protagonistas, o
c) (F) O uso da preposição até sugere justamente o con- que demanda adjetivos velozes, produtivos, enig-
trário, delimitando que os estudos descritivos não máticos. Diante disso, de acordo com o texto, o
predominaram no Renascimento, mas sim antes adjetivo boazinha não é adequado para se referir
desse período. às mulheres contemporâneas.
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
b) (F) Ao contrário do que se menciona na alternativa, o b) (F) Não há informações sobre as alterações morfos-
adjetivo boazinha não é desejável porque “as boa- sintáticas, como o aspecto morfológico de uma
zinhas não têm defeitos”, enquanto as mulheres expressão ou seu uso em uma estrutura sintática. A
contemporâneas seriam imperfeitas, complicadas, citação faz uma descrição fisiológica e articulatória
autênticas e persistentes. do som do -r retroflexo.
c) (V) Martha Medeiros revela o sentido pejorativo do c) (V) No discurso de Amadeu Amaral, citado de forma
adjetivo boazinha, relacionando-o aos diminutivos direta pelo filólogo Serafim da Silva, percebe-se
ceguinhas, comportadinhas, queridinhas, que são uma descrição fisiológica e articulatória do som do
associados às mulheres que, de acordo com o texto, -r retroflexo. Observa-se que ele cita que a pronún-
precisavam ser, por força do machismo, previsíveis e cia (prolação) é projetada contra a arcada dentária
submissas. Para as mulheres contemporâneas, esse superior, no qual “a língua leva os bordos laterais
adjetivo soa como uma ofensa, pois elas são referi- mais ou menos até os pequenos molares da arcada
das pelo texto como independentes, dotadas de ati- superior e vira a extremidade para cima, sem tocá-
tudes velozes, protagonistas de suas próprias vidas. -la na abóbada palatal”.
d) (F) Conforme a crônica, “Ser boazinha não tem nada d) (F) Não se trata da relação entre o léxico (conjunto
a ver com ser generosa. Ser boa é bom, ser boazi- de palavras da língua) português e o inglês, mas
nha é péssimo”, ou seja, esse adjetivo teria sentido da proximidade fonética, de som, em relação ao -r
negativo, expressando resignação. retroflexo e o -r do inglês.
e) (F) Na crônica, o adjetivo boazinha não denota afetuo- e) (F) Em nenhum momento são citadas, na fala de Ama-
sidade, mas submissão. Diante disso, não há infor- deu Amaral, as letras do alfabeto que se aproximam
mações de que essa palavra assume, no contexto da variação do -r retroflexo, apenas os movimentos
da crônica, uma incoerência quanto ao ponto de articulatórios feitos para a prolação desse som.
vista textual.
16 C
14 A a) (F) As orações subordinadas adverbias consecutivas é
a) (V) O dialeto em questão é o caipira, comumente falado que expressam consequência, efeito. Elas são intro-
pelos sertanejos do interior de alguns estados. duzidas por conjunções como de modo que. Na
Nesse caso, são usadas expressões como “muié” oração “Quando sobe na balança”, há o emprego
(mulher); “doutô” (doutor); “sinhô” (senhor), que de uma conjunção que denota tempo.
mostram uma redução da pronúncia de sons e a b) (F) A oração subordinada adverbial “Quando sobe
troca de vogais. na balança” equivale a um adjunto adverbial de
tempo. Por exemplo, poderia ser substituída por
b) (F) O dialeto gaúcho é falado principalmente no Rio
depois. Ela não indica proporção em relação ao
Grande do Sul e em algumas partes do Paraná e
fato expresso na oração principal “sempre se arre-
de Santa Catarina. Diferentemente do caipira, esse
pende”, visto que as orações proporcionais são
dialeto é caraterizado por particularidades lexicais, introduzidas por conjunções subordinativas como à
com expressões do tipo “Olhar de revesgueio” proporção que, à medida que, ao passo que.
(Olhar atravessado) e “Te some da minha frente” c) (V) No período “Quando sobe na balança, sempre
(Sai da minha frente). Esse dialeto sofreu influências se arrepende”, a oração subordinada adverbial
do italiano, do espanhol e do alemão. “Quando sobe na balança” aparece antes da ora-
c) (F) Na verdade, o dialeto carioca se caracteriza, entre ção principal e equivale ao adjunto adverbial depois.
outros aspectos, por semelhanças com o português Essa oração exprime uma ideia de momento, tempo.
lusitano, com o s pronunciado como um x e o uso Orações subordinadas adverbiais temporais são
de vogais mais abertas, diferentemente do caipira. inseridas por conjunções subordinativas temporais,
d) (F) O dialeto brasiliense, formado pelo fluxo de migran- como quando, enquanto, logo que, assim que.
tes durante a construção de Brasília, é diferente d) (F) As conjunções que indicam finalidade são para
do caipira. Denominado candango, esse dialeto é que, a fim de que, que. No exemplo, há uma ora-
encontrado principalmente na área metropolitana. ção subordinada adverbial que exprime uma cir-
e) (F) O dialeto amozofônico sofreu forte influência dos cunstância de tempo.
portugueses e é falado principalmente pelos habi- e) (F) As orações subordinadas que indicam causa são
tantes da Bacia Amazônica. Sua principal caracterís- introduzidas por conjunções como porque, visto
tica é o uso do tu, sem características no texto que que, posto que, uma vez que. A oração “Quando
evidenciem relação com o dialeto caipira. sobe na balança” é introduzida por quando, que
indica tempo.
15 C
17 B
a) (F) A partir do discurso de Amadeu Amaral, percebe-
-se a preocupação em descrever as realizações do a) (F) A gíria em questão não diz respeito à variação
ponto de vista fisiológico e articulatório, não a loca- diatópica, pois não ocorre em razão do espaço
lização desses falantes em determinados estados geográfico em que vive o surdo. Inclusive é uma
brasileiros sob um aspecto sociolinguístico. A loca- gíria usada por pessoas de diferentes lugares
lização desses falantes no sul de São Paulo, sul de do Brasil, mas reconhecida em grupos sociais. A
Mato Grosso e norte do Paraná é tratada por meio expressão é associada ao codinome de uma perso-
do discurso do próprio autor. nagem de filme de ação, da franquia James Bond.
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
b) (V) A gíria é uma linguagem peculiar que se origina de c) (V) O neologismo deboísmo é formado pelo sufixo
um grupo social determinado, restrito. Nesse sen- -ismo aliado à locução “de boa”, que, na palavra
tido, o aspecto apresentado no texto diz respeito à formada, é escrita sem espaço. O sufixo forma subs-
variação diastrática da língua de sinais brasileira. tantivos geralmente ligados a práticas e religiões
c) (F) Não é possível inferir, a partir do texto e do uso (batismo, cristianismo etc.), mas, no caso do texto,
da gíria, a escolarização do surdo. Ademais, a gíria designa um estilo de vida no qual a pessoa está nor-
não se relaciona com a escolaridade do usuário de malmente “de boa”, ou seja, sem preocupações.
Libras, podendo ser comunicada por pessoas sem d) (F) A palavra formada não é um advérbio, pois não
ensino formal ou com nível superior de educação. designa circunstância. O neologismo deboísmo
Libras é, geralmente, a língua materna da pessoa. nomeia uma prática, por isso se trata de um subs-
d) (F) A partir do texto e da gíria, não há possibilidades tantivo.
de afirmar a profissão do indivíduo. Ao marcar esta e) (F) A expressão “de boa” é uma locução adjetiva,
opção, percebe-se que houve confusão entre gíria mas o neologismo deboísmo, que se baseia nessa
(linguagem de um determinado grupo social) e jargão locução, passa a ser um substantivo no contexto
(linguagem própria de um grupo de profissionais). do texto.
e) (F) As gírias são geralmente usadas em contextos
informais, de descontração da pessoa. Os contex- 20 B
tos formais exigem expressões que abrangem gru- a) (F) Não há no texto referência à participação de tecno-
pos mais amplos, não restritos. logias ou de meios de comunicação que resultasse
na origem do sotaque popularmente chamado de
18 E caipira por causa da pronúncia do R retroflexo.
a) (F) Nas relações de alternância estabelecidas entre b) (V) Os fatores que, segundo o texto, contribuíram para
duas orações há conjunções coordenadas alternati- a pronúncia do R retroflexo em algumas palavras
vas como ou, ora... ora, já... já, quer... quer. Toda- são de ordem geográfica e cultural, pois considera-
via, o segundo quadrinho da tirinha é iniciado pela -se que essa variante ocorre em lugares específicos
conjunção adversativa mas. do país (“interior de São Paulo, Mato Grosso do
b) (F) As conjunções que exprimem a ideia de explicação Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Santa
são, por exemplo, porque, que, pois (anteposto Catarina”) e que é resultante da fusão cultural que
ao verbo). Nessa tirinha, há a conjunção explicativa aconteceu entre indígenas e portugueses quando
porque, porém, não é ela que interliga a oração do estes chegaram ao Brasil. Como os indígenas tive-
segundo quadrinho com a do primeiro, o que inva- ram dificuldades de pronunciar o R como era pro-
lida uma ideia de justificativa. nunciado pelos colonizadores, surgiu uma nova
c) (F) As conjunções aditivas têm valor de acréscimo, como variante linguística, o R retroflexo.
c) (F) Apesar de se referir a elementos históricos, como
em e, nem, ou pelas locuções correlativas não só...,
a colonização e a participação dos bandeirantes, o
mas (também), tanto... como. Todavia, no segundo
texto não considera variantes de períodos distintos
quadrinho, há o uso de uma conjunção adversativa.
ou de estilo, mas sim a origem de uma variante que
d) (F) As conjunções conclusivas exprimem ideia de
permanece até hoje em regiões específicas.
conclusão relativa à declaração feita na ora-
d) (F) No texto, não são considerados falantes de estra-
ção anterior. Elas são introduzidas, por exem-
tos sociais diferentes, mas sim falantes de regiões
plo, pelas conjunções logo, pois (posposto ao
diferentes, o que caracteriza a variação diatópica.
verbo), portanto, por isso, de modo que. No
e) (F) Embora fatores regionais, de fato, sejam conside-
texto-base, a conjunção mas estabelece uma rela-
rados no texto, este não se refere à faixa etária dos
ção de adversidade.
falantes nem atribui a isso a origem da variante em
e) (V) As orações coordenadas adversativas estabelecem,
questão.
em relação à oração anterior, uma ideia de oposi-
ção, contraste, compensação, ressalva. São introdu-
21 B
zidas pelas conjunções coordenativas adversativas,
como mas, porém, todavia, contudo, no entanto, a) (F) O contexto não é considerado no texto como um
entretanto, senão. A ideia transmitida pelo ratinho aspecto determinante da variação em questão,
Níquel é a de que as estrelas são infinitas, porém tampouco há referência ao grau de formalidade da
podem ser contabilizadas porque os números tam- situação de uso, pois o que se consideram são dife-
bém são infinitos. renças geográficas.
b) (V) Os dois textos remetem à variação vocabular consi-
19 C derando a designação dada a um tipo de alimento,
conhecido em alguns lugares do país como man-
a) (F) A palavra formada não é um verbo, mas um subs- dioca, em outros como aipim e em outros como
tantivo. Portanto, não delimita uma ação. macaxeira. Segundo o texto 1, na Região Sudeste,
b) (F) A palavra formada tem função de substantivo, tanto há predominância do uso do termo mandioca, o
que está acompanhada de um artigo. No texto, não que é confirmado pelo texto 2, o qual acrescenta
há um adjetivo para adeptos de uma atividade. que esse termo se sobressai também no norte do
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Paraná e nas regiões Norte e Centro-Oeste. Ainda d) (F) Na expressão “ela testou positivo”, não há concor-
de acordo com o texto 2, o uso de aipim é mais fre- dância entre o predicativo positivo e a forma verbal
quente no Sul, enquanto no Nordeste esse mesmo testou. Como é informado no texto, o predicativo,
alimento é chamado de macaxeira. nesse caso, não concorda sequer com o sujeito, já
c) (F) Apenas o texto 2 alude a lugares das cinco regiões que a construção provém do inglês, língua na qual
do país; o texto 1 mapeia a variação linguística em os adjetivos não sofrem flexão.
questão apenas na Região Sudeste. e) (F) Na construção em questão, o verbo liga um sujeito
d) (F) Os dois textos não mencionam fatores históricos ao predicativo do sujeito, tal como ocorre com os
nem comparam as designações recebidas pelo ali- verbos de ligação. Assim, não se pode afirmar que
mento em épocas distintas. São considerados ape- o verbo perde o valor semântico de verbo de liga-
nas fatores geográficos. ção nem que esse seja o motivo pelo qual a expres-
e) (F) Os textos não se referem a fatores sociais ou eco- são se distancia do padrão.
nômicos ao analisar a variação linguística, mas sim
24 C
a fatores geográficos.
a) (F) O conectivo que é utilizado com funções diferentes
22 D em algumas ocorrências no poema, funcionando
ora como conjunção integrante (“Fica decretado,
a) (F) A vírgula, nesse contexto, foi usada para separar
por definição, que o homem é um animal”), ora
duas orações coordenadas: “Vestiu os artefatos” e
como pronome relativo (“animal que ama”), e
“beijou o filho com ternura”. Diante disso, ela não ainda como parte de locução conjuntiva compara-
enumera palavras de sentido semelhante, como tiva (“mais belo que a estrela da manhã”).
acontece, por exemplo, em “Beijou o filho, a filha, a b) (F) No último verso da primeira estrofe, o que faz parte
esposa, a mãe...”. da locução conjuntiva comparativa “mais [do] que”
b) (F) A função da vírgula, nesse contexto, não foi o de e exprime, portanto, ideia de comparação, e não
enfatizar expressões. Quando se deseja enfatizar de consecução.
expressões, são utilizados outros artifícios, como c) (V) No verso “e que por isso é belo”, o que tem função
colocá-las entre vírgulas (quando possível). de pronome relativo, pois retoma o termo animal,
c) (F) “Beijou o filho com ternura” não é um aposto expli- da oração anterior; já no verso “muito mais belo
cativo, não esclarece o que foi dito anteriormente que a estrela da manhã”, o que faz parte da locu-
nem está intercalado por vírgulas. Tanto “Vestiu os ção conjuntiva comparativa “mais [do] que”.
artefatos” quanto “beijou o filho com ternura” são d) (F) Na segunda ocorrência, a palavra que faz parte de
orações coordenadas. uma oração adjetiva e introduz uma característica
d) (V) A vírgula foi usada para separar duas orações coor- do termo antecedente (“animal que ama”), porém
denadas assindéticas, isto é, que são independen- na primeira ocorrência isso não acontece, pois o
tes e que não possuem conjunção para conectá-las. que funciona como conjunção integrante e está
Essas orações auxiliam na compreensão dos passos ligando a oração substantiva subjetiva à oração
que a personagem deu antes de sair para o último principal, tendo, portanto, função de sujeito. (“Fica
trabalho sobre a Terra: vestiu os artefatos e beijou o decretado, por definição, que o homem [...]”).
filho com ternura. e) (F) No verso “Decreta-se que nada será obrigado nem
e) (F) As duas orações separadas pela vírgula são coor- proibido”, o que introduz uma oração com função
denadas, isto é, são sintaticamente independentes de sujeito – oração subordinada substantiva sub-
entre si. A segunda oração não completa o sen- jetiva –, complementando uma oração principal
tido da primeira; por isso, não é classificada como formada por uma forma verbal na voz passiva sin-
subordinada, mas sim como coordenada também. tética. Portanto, o conectivo, nesse caso, introduz
um termo com função de sujeito, e não de comple-
mento verbal.
23 C
a) (F) Não é informado no texto que o verbo testar per- 25 C
manece invariável independentemente do sujeito.
Se o sujeito estiver no plural, certamente o verbo a) (F) A campanha não tem por objetivo contrastar direi-
irá para o plural para concordar com este (por tos e deveres das mulheres. O contraponto estabe-
exemplo: elas testaram positivo). lecido no cartaz pelas expressões “elas podem” e
b) (F) Segundo o texto, na expressão em questão, o verbo “você deve” se relaciona à liberdade que as mulhe-
testar não funciona de acordo com as normas sin- res têm de fazer o que quiserem, devendo ter suas
táticas do português justamente por não apresen- escolhas respeitadas.
tar objeto direto, não funcionando, portanto, como b) (F) Não é dos deveres das mulheres que trata a cam-
transitivo direto. panha, e sim do direito delas de agir livremente de
c) (V) Conforme é informado no texto, na expressão “ela acordo com as próprias escolhas.
testou positivo”, o adjetivo positivo funciona como c) (V) Ao contrapor construções verbais iniciadas pelas
predicativo do sujeito, e não como complemento expressões “elas podem” e “você deve”, a cam-
verbal. Nesse caso, o verbo testar, que geralmente panha busca delimitar os direitos das mulheres, de
é utilizado acompanhado de objeto direto, aparece liberdade e igualdade, por exemplo, e o dever que
sem complemento verbal. as demais pessoas têm de respeitar esses direitos
6
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
e apoiar as mulheres no exercício deles. Assim, por e) (F) O poema traz, em um de seus versos, a menção literal
meio da expressão “elas podem”, o cartaz destaca a “tribos inimigas”, mas em contexto de guerra. Essas
que é direito das mulheres “sair à noite”, “sair sozi- tribos inimigas não são vinculadas a questões amoro-
nhas” e “sair com quem elas quiserem”; e com a sas. Com a menção da palavra amor, no último verso,
expressão “você deve”, o cartaz dirige-se ao leitor, o sentimento é explorado em relação à natureza, não
que é o público em geral, para reforçar que ele a uma pessoa; ou seja, o eu lírico afirma ter sentido na
tem o dever de respeitar e apoiar a liberdade das pele o vento que amou.
mulheres.
d) (F) O cartaz não contempla a luta das mulheres por 02 A
ocupar espaços de poder, pois a mensagem cen-
a) (V) No texto, percebe-se que o eu lírico deseja fugir para
tra-se no direito das mulheres de ir e vir livremente.
o campo, pois a vida na cidade não o agrada mais
e) (F) A mensagem do cartaz, de fato, remete à liberdade
e está o tornando infeliz, o que é compatível com o
de ir e vir, contudo não considera todas as pes-
ideal árcade do fugere urbem. É idealizada na canção
soas, mas apenas as mulheres, já que a finalidade a vida no campo como forma de convencer primei-
da campanha é mobilizar a sociedade para a luta ramente a si mesmo sobre a necessidade de mudar
pela equidade de gênero. É responsabilidade do de vida (pois é grande o sofrimento na cidade); mas,
Estado assegurar esse direito, no entanto a expres- ao mesmo tempo, procura-se, com isso, convencer o
são “você deve” é destinada ao leitor, que deve leitor de que essa é a melhor opção.
respeitar e apoiar a liberdade feminina.
b)(F) Embora represente uma oportunidade de escapar da
vida na cidade, esse escapismo não é fútil, pois o eu
Literatura lírico deseja um local que o livre de preocupações e
que lhe proporcione maior qualidade de vida.
01 B
c) (F) O objetivo do texto não é exaltar a natureza para fins
a) (F) Embora o eu lírico descreva-se como forte, ele não estéticos, por isso essa não representa na canção ins-
se compara a fenômenos da natureza, como a chu- piração para o eu poético. Nesse caso, a natureza re-
va e o vento. Nota-se que alguns processos naturais presenta para o eu lírico uma oportunidade de mudar
são mencionados – o eu lírico, por exemplo, diz que a qualidade de vida.
já sentiu nas faces “os silvos fugaces dos ventos”, d)(F) Segundo a concepção expressa no texto, a dificulda-
mencionando, assim, um elemento da natureza expe- de de vida está na cidade, pois ali há muita violência e
rimentado por ele –, mas esses processos não apa- estresse, o que compromete a qualidade de vida.
recem como uma forma de comparar ou descrever
e) (F) O eu lírico não procura riqueza na natureza, pois de-
a força do guerreiro em questão, mas sim de relatar
clara que quer apenas colher o que plantar e viver
suas experiências sensíveis no meio da selva.
longe das preocupações e violências às quais está ex-
b)(V) O eu lírico, ao descrever-se para os interlocutores – posto na cidade.
outros “guerreiros” –, diz descender “da tribo tupi” e
declara: “sou bravo, sou forte”. A caracterização dele
ao longo do poema confirma a sua identidade de va- 03 E
lentia, vivendo em meio à selva, tendo já testemunha- a) (F) Podem-se reconhecer indícios de uma vida perante a
do batalhas entre tribos inimigas e provado das “fa- alta sociedade, no poema, atribuída ao ser amado, so-
digas” da guerra; assim, ele se coloca na posição de bretudo pela menção ao baile e a uma caracterização
guerreiro, cuja trajetória é definida pela força e pela indumentária típica de um contexto das classes mais
valentia. favorecidas, à época; contudo, o objetivo do eu lírico
c) (F) Embora o eu lírico afirme ter já participado de guer- ao fazer menção à caracterização do ser amado e à
ras, ele não chega a descrever suas ações em bata- sua rotina não é narrar o estilo de vida dessa classe.
lha, de modo que não é correto dizer quais foram O que se pretende com o emprego da linguagem ao
os seus “atos cruéis”, e se elas aconteceram, de explorar as emoções do sujeito lírico é expor o amor
fato. O fragmento que mostra a fala do indígena deste em relação ao interlocutor.
limita-se a dizer que já viu “cruas brigas” de tribos b)(F) O eu lírico menciona objetos da rotina da pessoa
inimigas (sem detalhar sua própria participação ali) amada, como o sapato e a luva, mas não compara
e que já participou “da guerra”. essa pessoa a eles; em vez disso, manifesta o desejo
d)(F) As batalhas descritas no poema são explicitamente de se transformar nesses objetos. A opção é incorreta,
vinculadas às tribos indígenas. O eu lírico diz ter par- portanto, já que atribui aos objetos uma função meta-
ticipado das guerras e observado confrontos entre tri- fórica diferente daquela que eles desempenham.
bos, mas não faz qualquer menção ao “homem bran- c) (F) O eu lírico não se dirige aos leitores, mas diretamente
co”. A opção, assim, atribui ao poema informações ao ser amado. Logo, o texto se dá em uma relação de
não presentes nele. Embora se note uma espécie de interlocução entre o “eu” e o “tu”. Além disso, pela
celebração à guerra ou à valentia do guerreiro, isso interpretação do poema, identifica-se uma declaração
não aparece como um elogio às ações de guerra do de amor que descreve os sentimentos atuais do eu
homem branco, sequer mencionado. lírico, e não um conjunto de explicações sobre como
7
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
esse amor surgiu. Logo, a opção é incorreta porque d)(F) No texto 2, evidencia-se que o desmatamento ilegal
interpreta equivocadamente o modo como a matéria avança sobre reservas naturais e indígenas, ameaçan-
amorosa é expressa no texto e quais as intenções do do a sobrevivência desse povo; portanto, não é corre-
eu lírico ao abordar seus sentimentos. to afirmar que, na prática, os indígenas tenham a sua
d)(F) Ao perceber que se trata de uma produção do Ro- cultura preservada desde a colonização, embora esse
mantismo, pode-se identificar como correto o espanto seja um direito garantido pela Constituição.
típico do poeta romântico diante da força da natureza. e) (F) Os indígenas, de fato, são referidos como guerreiros
Contudo, esse tema arquetípico não é mencionado nos dois textos, que consideram sua bravura e sua luta
no texto, e o eu lírico não registra emoções como pela sobrevivência e pela defesa de suas terras; por
medo. Há menção a certos elementos da natureza, isso, não é correto afirmar que eles aceitam pacifica-
como a flor, ou a própria terra, mas eles não contri- mente ceder seus territórios para evitar conflitos.
buem para construir uma relação entre os sentimen-
tos do eu lírico e o espaço que o cerca, que, de todo
modo, parece muito mais urbano do que associado 05 C
ao mundo natural. a) (F) O trecho apresenta ritmo ao ser lido, porém não apre-
e) (V) O enunciado do item pede que o aluno identifique a senta rimas. A seleção dessa alternativa pode ocorrer
intenção do eu lírico ao falar dos próprios sentimen- devido à interpretação equivocada da musicalidade
tos. Esses sentimentos dizem respeito ao desejo do eu do texto.
lírico em relação a determinada pessoa. Ao longo dos b)(F) O trecho apresenta a narração de um bezerro que
versos, esse desejo é manifestado como vontade de nasceu defeituoso e foi morto, ou seja, é um texto nar-
estar perto desse sujeito, o que se expressa quando o rativo. Além disso, a temática do trecho é esse nasci-
eu poético diz querer ser os objetos da rotina da outra mento, e não a própria linguagem.
pessoa (como o sapatinho, a luva ou a camélia); tor-
c) (V) A escrita de Guimarães Rosa, principalmente em
nando-se esses objetos, ele estaria em contato com o
Grande Sertão: Veredas, é constituída como um fluxo
corpo observado, em meio à vida de quem ama. Desse
de pensamentos, já que apresenta interrupções que
modo, os sentimentos do eu lírico são explorados a fim
são reflexões do narrador, como “Povo prascóvio”.
de se fazer uma declaração de amor que, em resumo,
Além disso, há termos que fogem à norma‑padrão,
expressa o desejo dele de estar perto do ser amado.
como o neologismo Nonada.
d)(F) O texto apresenta pontuação excessiva, o que faz par-
04 A te da construção do texto como fluxo de pensamen-
a) (V) No texto 1, os indígenas são representados como tos.
guerreiros, ressaltando-se a sua bravura diante dos e) (F) Algumas orações estão em ordem inversa, como
inimigos. No contexto histórico em que está inseri- “Todo dia isso faço”, o que torna o texto menos obje-
do o Romantismo, esses inimigos podem ser tanto tivo.
as tribos rivais quanto os colonizadores. Esse poema
simboliza, portanto, a coragem do indígena e a sua 06 A
luta por liberdade e independência. Essa representa-
ção idealizada, contudo, é contrastada com a infor- a) (V) O movimento Tropicalista caracteriza-se, entre
mação presente no texto 2, no qual é considerada a outras coisas, por incorporar elementos diversos
pouca valorização dessa figura, sobretudo no Brasil que contribuíam para a formação da cultura bra-
do século XXI, quando sua cultura é desrespeitada e sileira, ressaltando que esta era feita também de
o seu espaço, invadido. Por outro lado, percebe-se, contrastes. Na letra da canção, a referência a ele-
ao relacionar os dois textos, que, embora a realidade mentos como aviões e caminhões, bossa e palhoça –
do indígena brasileiro esteja longe da representação em alusão à modernização e ao desenvolvimento
romântica idealizada, a história desse povo é marca- de parte do país e, ao mesmo tempo, a uma reali-
da por lutas pela sobrevivência, pela liberdade e pela dade precária e de subdesenvolvimento vivida em
preservação da sua cultura e do seu espaço. outra parte – reflete a ideia de multiplicidade cultu-
b)(F) Enquanto se percebe no poema uma visão idealizada ral propagada pelo Tropicalismo.
do indígena, própria do período romântico, quando b) (F) Não é correto afirmar que o culto à cultura estran-
se voltava para a representação de um herói nacional, geira seja uma característica do Tropicalismo,
no texto 2 percebe-se que a realidade do indígena é pois esse movimento propunha, em vez disso,
outra, já que fica evidente o desrespeito à sua história uma incorporação de elementos estrangeiros como
e à sua cultura. forma de evidenciar uma estética moderna e plural.
c) (F) Tanto no texto 1 quanto no texto 2, é ressaltada a histó- Além disso, não há referência a elementos da cul-
ria de luta do povo indígena diante de inimigos que bus- tura estrangeira na letra da canção.
cam a sua escravização e o apagamento da sua cultura. c) (F) Embora o Tropicalismo tenha surgido em um
Embora pareçam impotentes diante do poder daqueles momento em que a censura de produções culturais
que são movidos pelo interesse econômico, não é corre- era uma prática vigente no país, uma linguagem
to dizer que os indígenas não lutam pelos seus direitos e erudita não é uma característica desse movimento
que assistem pacificamente a tudo isso. refletida na letra da canção em questão.
8
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
d) (F) Na letra de Caetano, o moderno e o arcaico são d) (F) O texto não evidencia um processo de elaboração,
apresentados como elementos complementares em vez disso oferece ao leitor a possibilidade de
que compõem a cultura brasileira, mas não há valo- dar sentidos à obra de modo que este se torne
rização de um em detrimento do outro. também um produtor, conforme a proposta dos
e) (F) A letra da canção refere-se a símbolos contrastan- poemas-processos.
tes da cultura do país, portanto não há nela a ideia e) (F) É possível inferir, no poema, uma reflexão sobre
de homogeneidade cultural. sistema de câmbio na acepção econômica e certa
simplicidade na composição visual. No entanto,
07 D não são esses elementos que evidenciam relações
a) (F) Os textos compartilham a temática metalinguística, com a ideia de poema-processo.
no entanto não é esse o aspecto responsável pela
relação da obra de Manuel de Barros com a ver- 09 C
tente modernista de 1922. a) (F) Não há, no poema, exploração de elementos da
b) (F) O texto 2 constrói-se por meio de explicações mitologia greco-romana (clássica). Sabe-se que a
dos significados de frases que o compõem, mas Iara, personagem do folclore brasileiro, é comu-
os sentidos atribuídos são conotativos, dando ao mente referida como uma sereia – as sereias per-
texto um teor poético; já o texto 1 refere-se, com tencem à tradição clássica –, mas essa relação não
desaprovação, ao lirismo que busca no dicionário o é explorada pelo eu lírico.
significado das palavras de forma crítica. b) (F) O poema resgata uma narrativa folclórica, mas não
c) (F) O texto 1 contrapõe-se à ideia de projeto poético defende uma prática social por meio dele.
homogêneo, pois o eu lírico do poema clama por c) (V) A voz narrativa assume uma postura de contador de
um lirismo livre de quaisquer regras, portanto múlti- histórias, como mostra a opção pelo verbo contava
plo, variado. Além disso, o texto 2 não é construído e a presença do modalizador então. Esses elemen-
com a utilização da métrica regular. tos demarcam uma voz narrativa que conta uma his-
d) (V) A obra de Manoel de Barros, como ilustra o texto 2, tória da cultura folclórica brasileira, o que também
aproxima-se da liberdade proclamada pelo Moder- é evidenciado pelo tema central do poema – que
nismo de 1922, especialmente pelo poema de faz referência a uma lenda – e pela expressão de
Manuel Bandeira reproduzido, por alterar a lógica sin- marcas tipicamente orais, simuladas na escrita.
tático-semântica comum da língua portuguesa para d) (F) O texto não explora as origens da história que
criar uma linguagem poética com estilo particular. menciona, apenas conta um enredo, o que está evi-
Assim, ao desobedecer à lógica sintática padrão e à dente nas marcas de discursividade.
métrica tradicional, Manoel de Barros dialoga com o e) (F) O poema não se restringe a um modelo romântico
ideal de liberdade impresso no poema de Bandeira. nem enfatiza a ideia de um desfecho trágico.
e) (F) O texto 2 caracteriza-se pela subversão da estru-
10 B
tura sintática do português, contudo esse não é um
traço estilístico predominante no texto 1. a) (F) O poema trata de práticas financeiras, mas não
recorre à linguagem verbivocovisual (palavra, som
e imagem). Ademais, essa linguagem é predomi-
08 A
nante no Concretismo, não na poesia-práxis.
a) (V) O poema-processo foi um movimento que levou b) (V) A poesia-práxis valoriza a palavra como organismo
o Concretismo ao extremo ao radicalizar a própria vivo e se contrapõe ao formalismo concretista. Na
visualidade. Fundado em 1967, pela iniciativa de poesia-práxis, criada a partir da dissidência de um
Wladimir Dias Pinto, esse tipo de poema prescinde grupo de poetas que compunham o Concretismo,
de palavras e emprega distintos materiais para há uma revalorização da palavra, do verso e do
focalizar o ato de leitura na materialidade. O texto ritmo, os quais podem ser reconhecidos no poema
“Câmbio”, de Iaperi Araújo, evidencia caracterís- “Agiotagem”.
ticas desse movimento ao dispensar letras, cha- c) (F) O termo porcentagio é um neologismo próprio do
mando atenção para os recursos visuais. contexto em que aparece no poema, por isso não é
b) (F) O geometrismo pode ser percebido no poema, válida a ideia de que ele esteja sendo utilizado em
porém neste não há emprego de versos, tendo em um sentido incomum.
vista que o poema-processo se distancia da discursivi- d) (F) A palavra-coisa ou a palavra-objeto é exaltada no
dade, propondo o signo verbal como algo secundário. Concretismo, e não na poesia-práxis, a qual valoriza
c) (F) Ao contrário do que afirma a alternativa, tanto o a palavra-energia: matéria que poderia ser transfor-
poema quanto o movimento denominado poema- mada, utilizada em contexto extralinguístico e pas-
-processo têm como característica o distanciamento sível de manipulação.
da discursividade oral. Nesse sentido, preza-se pelo e) (F) Há, na verdade, uma denúncia à monetização da
caráter visual, submetendo o signo verbal a uma vida. Além disso, a marca racionalista é uma carac-
organização específica. terística da poesia concreta.
9
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
d) (F) O texto narra uma postura paciente por parte de caracterizada muito mais pelo “sentimento”, pelos
Dom Casmurro em vez de mau humor. Na verdade, acontecimentos da vida – o que define uma dimen-
essa postura foi associada equivocadamente a são mais forte de conteúdo –, do que por uma
desinteresse e indiferença. forma prescritiva.
e) (F) Não foi a recusa do rapaz em ler novamente os d) (F) É atribuído o adjetivo mecânico ao trem que atra-
versos que culminou na alcunha, mas sim seu des- vessa a vida do eu lírico, transporte descrito ainda
contentamento com o fato de Dom Casmurro ter como “coisa”, mas essa coisa não permanece como
fechado os olhos durante a leitura dos poemas, máquina, torna-se sentimento. Assim, a poética
fato interpretado pelo rapaz como desinteresse. aponta um caminho contrário ao do funcionamento
mecânico, sugerindo uma diluição desse sistema
15 C material e rígido. A opção é incorreta, portanto,
porque, para o eu lírico, a poesia não diz respeito
a) (F) O poema não evidencia a poesia como elemento ao funcionamento das coisas e máquinas.
ligado a um processo necessariamente subjetivo. Na e) (V) O caminho do trem rumo à vida do eu lírico demons-
verdade, a estética parnasiana faz uma escolha pre- tra que a percepção que este tem da poesia diz res-
cisa ao tratar de temas greco-latinos e utilizar uma peito à transformação da “coisa” em “sentimento”.
técnica expressa pela valorização de um vocabulá- Assim, a alternativa é correta porque o eu lírico tes-
rio rico e de metrificação rigorosa, evidenciando um temunha as “coisas” do mundo e afirma que elas
processo consciente sobre o fazer poético. cruzam dia e noite – ou seja, o passar do tempo de
b) (F) O poema contém partes narrativas, sobretudo con- sua vida – até se transformarem em algo mais, que
siderando-se as duas últimas estrofes. Entretanto, já não pode ser dito “mecânico”, mas “só” (como
esse tipo de sequência textual não é predominante o eu lírico faz questão de frisar) sentimento, ou seja,
no texto nem pode ser considerado um elemento a poesia como as “emoções e sensações” que a
que remete ao Parnasianismo, uma vez que neste alternativa designa.
prevalece a descrição.
c) (V) Uma das características mais difundidas do Parna- 17 E
sianismo é a valorização da cultura clássica e de a) (F) Não há, no poema, contraposição entre os concei-
temas greco-latinos. No soneto de Olavo Bilac, a tos de pessoa jurídica e pessoa física. O que há é o
referência ao enigma da esfinge e à personagem uso da expressão “pessoas físicas” para evidenciar
Édipo, que são elementos da tragédia grega de vivências e comportamentos que formam a subjeti-
Sófocles, revela o apreço do poeta pelos temas vidade do indivíduo.
provenientes da mitologia na Antiguidade Clássica, b) (F) O sujeito poético não utiliza a expressão “pessoa
sobretudo vinculados à cultura helênica. física” com mesmo significado objetivo com o qual
d) (F) O soneto “A esfinge” não é um texto metalinguís- é empregada nos contextos jurídico ou socioeconô-
tico, não contendo, portanto, exposição sobre mico, nos quais a pessoa física geralmente é asso-
forma de produção do trabalho artístico. ciada a um cadastro feito pelo Estado e recebe um
e) (F) A valorização da razão é uma característica do Par- número de identificação. No caso do poema, apre-
nasianismo, opondo-se ao sentimentalismo dos senta-se uma noção subjetiva de “pessoa física”.
c) (F) Uma pessoa física, no sentido literal da expressão,
românticos. A referência a elementos de natureza
tem direitos e deveres. Contudo, esse sentido não
também está presente em algumas produções par-
é o que está presente no texto, no qual a expressão
nasianas. Esses aspectos, contudo, não são obser-
adquire novas conotações.
vados no poema “A esfinge”.
d) (F) No poema, a expressão “pessoas físicas” é res-
significada e não se refere, necessariamente, ao
16 E
cadastro de pessoa física (CPF).
a) (F) O eu lírico não encara a poesia como fracasso, mas e) (V) O poema apresenta uma definição de pessoas físicas
como triunfo, sobretudo ao afirmar que as coisas pautada em aspectos que caracterizam a subjetivi-
materiais da vida, como um “trem-de-ferro”, atra- dade de uma pessoa. Assim, diferentemente do sen-
vessam os dias para se tornarem poesia, “sen- tido com o qual a expressão é utilizada em contextos
timento”. Assim, embora a sua poética seja o jurídicos e socioeconômicos, no caso do poema, as
caminho de algo material rumo ao não material, pessoas são definidas por suas experiências coti-
ao impalpável, não é correto dizer que o eu lírico dianas e por suas atitudes perante a vida. O que as
encare essa “perda de materialidade” como algo caracteriza, portanto, não são dados documentais ou
negativo – pelo contrário. físicos, mas o fato de terem uma crença, serem livres,
b) (F) O trem pode ser visto como um elemento do coti- falarem aquilo que pensam, não quererem ser sem-
diano, que define a poética do eu lírico, mas não há pre as mesmas, estando em constante transformação.
menções explícitas à infância ou relações entre o
trem e essa fase da vida do eu lírico. 18 B
c) (F) O eu lírico não se ocupa de uma busca formal ferre- a) (F) O eu lírico se refere à solidão junto de outras ideias
nha, pois não postula a necessidade de adequação relacionadas ao mar, como rebeldia e desespero,
a um determinado estilo ou a uma métrica perfeita. mas apenas as menciona, sem desenvolver uma
Na verdade, essa poética parece, nos versos, ser ideia de negação sobre a solidão.
11
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
b) (V) O poema se alinha ao Simbolismo não apenas pela e) (V) As metáforas do texto, de fato, dizem respeito à
temática mística, mas também ao optar por termos aproximação das ideias de infância e amanhecer.
que se associam à religiosidade, como pragas, cha- Elas podem ser encontradas nos seguintes trechos
gas, Nirvana, Inferno, Céu, Judas e Cristo. “aurora da minha vida” e “risonha manhã”. O vín-
c) (F) O poema apresenta rimas ABBA ABBA CCD EED, culo entre manhã e infância pode ser explicado por
que conferem musicalidade a ele. seu caráter inicial, começos de uma vida ou de um
d) (F) O eu lírico não desenvolve um tom crítico, tam- dia, além das ideias de nascimento e de alegria às
pouco se refere à realidade; na verdade, existe uma quais esses elementos se vinculam.
tentativa de transcendê-la. A noção de conflito e
confusão criados evidencia um interesse subjetivo 21 B
e lírico, inclusive por meio do título “Alucinação”.
e) (F) O poema apresenta linguagem rebuscada, como a) (F) As didascálias são inscrições cênicas para indicar
pode ser visto nos trechos “ocasos purpurais de como devem ser determinadas cenas e ações.
atroz melancolia” e “da atra mudez”. Esse elemento, presente desde as peças da Gré-
cia Antiga, foi preservado no teatro modernista
19 E de Gianfrancesco Guarnieri. Isso se percebe, por
a) (F) O trecho não apresenta a juventude como a melhor exemplo, em uma pequena descrição do espaço e
época da vida da personagem nem as relações que do movimento para o ator que interpreta a perso-
ela mantém, portanto não há idealização nem da nagem Otávio, que deve deixar o guarda-chuva no
juventude nem das relações humanas; além disso, o canto e começar a tirar os sapatos.
Realismo foi uma escola literária que procurou rom- b) (V) A peça e a encenação Eles não usam black-tie apre-
per com as idealizações do Romantismo. senta temática social ao mostrar as classes menos
b) (F) Apesar de o texto mencionar os aspectos físicos da favorecidas e enfatizar a representação do proleta-
personagem, não há, no trecho, uma valorização riado. Diante disso, a peça de Gianfrancesco Guar-
do físico em oposição aos sentimentos, visto que a nieri se insere em um marco teatral que se ampliou
narrativa, que é psicológica, é centrada na subjeti-
a partir da década de 1950, quando surgiu uma
vidade do narrador.
dramaturgia que tinha preocupações relacionadas
c) (F) O trecho apresenta figuras de linguagem, como a
à representação de determinada camada social
metáfora de atar as pontas da vida e o eufemismo
de tratar a morte como o estudo da geologia dos brasileira.
campos santos. c) (F) De fato, a peça revelou a desigualdade social ao
d) (F) A menção ao dicionário não caracteriza o uso de escolher personagens de uma periferia e operários
metalinguagem, visto que esta se configura nos que lutam por aumento salarial. Ademais, foi ence-
casos em que o código é utilizado para tratar do nada durante o governo de Juscelino Kubitschek, o
próprio código. qual ocorreu entre 1956 e 1961. Todavia, não é pos-
e) (V) O trecho, por ser de um romance em primeira sível afirmar que a peça ilustra interesses financei-
pessoa, explora a subjetividade do narrador-per- ros nas relações amorosas, pois apenas apresenta
sonagem, apresentando seus pensamentos e com- o desejo das personagens Maria e Tião de noivar,
plexidade psicológica, características da escrita sem explicitar uma motivação financeira.
machadiana e da escola realista. d) (F) Ao contrário disso, a peça impactou a crítica con-
servadora ao trazer questões sobre a luta de classes
20 E e o ponto de vista político dos menos favorecidos.
a) (F) As “mágoas de agora” não dizem respeito à infân- Além disso, em nenhum momento da peça há uma
cia do eu lírico, mas definem o seu presente, con- crítica aos documentos jurídicos, mas à forma como
trastando com a infância, lembrada carinhosamente os patrões recusam a lei ou se apoiam nela para
por ele. validar seus interesses. Não é repudiado o movi-
b) (F) O poema traz imagens naturais, como a referência mento sindicalista, mas sim valorizado, já que, no
ao eu lírico entre bananeiras e laranjais, mas não
contexto da peça, a personagem Otávio faz parte
há a equivalência de sua imagem de criança com
dessa associação de trabalhadores que se unem
a de um animal – bichos de qualquer ordem nem
para resolver necessidades comuns.
mesmo são citados no poema.
c) (F) A primavera é citada fazendo referência ao céu, e) (F) A peça apresenta um conflito entre gerações, já que
para vincular-se à “risonha manhã” da infância. a personagem Otávio tem interesses distintos de
A mãe do eu lírico também é lembrada, mas não seu filho, Tião. Porém, não são revelados conflitos
aparece como uma imagem dependente da “pri- relacionados a um tradicionalismo ou arrojo entre
mavera”, o que impossibilita a relação entre os dois essas personagens. A principal diferença entre elas
conceitos. está no fato de que Otávio teria interesses coleti-
d) (F) O eu lírico cita os amores de sua mãe e de sua irmã vos, buscando, por meio da greve, melhores con-
para com ele no momento da infância, mas não faz dições salariais; já o filho teria interesses privados,
qualquer menção a uma namorada ou a um amor evidenciados por seu desejo de se casar com a per-
de juventude. sonagem Maria.
12
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
23 E 25 C
a) (F) As obras associadas à segunda geração modernista a) (F) A poesia surrealista geralmente utiliza de diversas
é que apresentam a preocupação com temas exis- figuras de linguagem para expressar sua natureza
tenciais, como é bem representado nos poemas de onírica e dissociada da razão. Por exemplo, há uso
Carlos Drummond de Andrade. O poema de Raul do recurso de personificação nesse poema para dar
Bopp não revela crises existenciais ou busca por ações humanas ao horizonte e ao Sol.
compreensão do sentido da vida. b) (F) Uma das características do Surrealismo é a espon-
b) (F) Assuntos relacionados à angústia humana são taneidade, a ilogicidade, não o controle racional da
característicos da segunda geração modernista. expressão poética.
Além disso, esses assuntos não são contemplados c) (V) A montagem em que as imagens, planos e cenas se
no poema de Raul Bopp. O contexto da segunda chocam com significados distintos são evidentes no
geração (1930-1945) é propício para tais questões Surrealismo, possibilitando interpretações imprevi-
devido à Segunda Guerra Mundial. síveis, caóticas, potentes. Os campos semeados de
metralhadoras, por exemplo, geram uma imagem
c) (F) A terceira geração modernista é que apresenta
mental de um campo de guerra, referente ao fato
como principal característica a temática social rela-
de que o contexto histórico no momento de produ-
cionada à política e às lutas sociais, embora seja
ção desse poema era a Segunda Guerra Mundial.
possível vê-las representadas também na segunda d) (F) O reconhecimento da cultura popular brasileira
geração. Não há informações no poema de Raul ocorre no Modernismo, não no Surrealismo. Ade-
Bopp que possibilitem essa inferência. Além disso, a mais, o poema não faz referência ao Brasil, mas à
primeira geração é caracterizada pela valorização do Segunda Guerra Mundial.
território, da cultura e da linguagem falada no Brasil. e) (F) A valorização do geometrismo é característica
d) (F) Não é possível inferir, diante da leitura dos versos do Concretismo; e o uso de versos brancos, do
expostos de “Cobra Norato”, que é abordado um Modernismo. Embora o poema se valha de versos
problema social. O texto se vale de elementos da brancos, tendo em vista que Murilo Mendes é da
cultura indígena e não cita quaisquer problemas Segunda Geração de modernistas, o geometrismo
enfrentados pelo povo que cultiva essa cultura. não é um recurso usado.
13
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
14
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
c) (V) O aspecto inusitado da obra é a utilização do grafite b) (F) A postagem apresenta conteúdo com base cien-
para reproduzir a Mona Lisa. Dessa forma, o clássico tífica, citando a fonte das informações, o que vai
de Da Vinci é renovado a partir do uso de uma es- de encontro à ideia de divulgação de fake news;
tética urbana e contemporânea proporcionada pelo contudo, o combate às notícias falsas não é a fina-
grafite. lidade do texto.
d)(F) Embora as proporções da obra original tenham sido c) (V) A postagem de conteúdos científicos nas redes
mantidas, não é correto afirmar que esse é um traço sociais é uma forma de divulgação da ciência e,
que singulariza essa obra entre outras paródias, já como é característico do gênero de divulgação
que, em textos como esse, é comum que a proporção científica, objetiva tornar esse tipo de conteúdo
seja mantida a fim de preservar a relação com a obra acessível ao público em geral utilizando uma lin-
original. guagem mais simples, diferente da que é comum
e) (F) Não é esse o diferencial da paródia, pois esta releitura no meio acadêmico. Com a popularidade das
dá à Mona Lisa um aspecto mais contemporâneo e redes sociais, a veiculação de conteúdos científi-
“descolado”, assim como fizeram outros artistas. cos nesse meio contribui também para a populari-
zação da ciência.
05 A d) (F) Por mais que o texto tenha também uma função
educativa, não tem a intenção de fazer das redes
a) (V) As imagens mostram mulheres e uma mensagem com
sociais espaços de educação formal. Ao contrário
hashtag indicando o pronome possessivo feminino
disso, a ideia da postagem é veicular um conteúdo
delas, após o verbo imperativo compre. Esses ele-
mentos evidenciam o tema abordado pelo texto e a educativo de maneira informal, descontraída, como
intenção sociocomunicativa relacionada ao empreen- possibilitam as redes sociais.
dedorismo e à geração de renda para mulheres. Em e) (F) A postagem não é voltada necessariamente ao
suma, os textos se referem à compra de produtos de público acadêmico, mas ao público em geral. A
empreendedoras. ideia é justamente levar o conhecimento científico
para além da academia.
b)(F) A intenção central do movimento não é a indicação
de redes sociais, embora estas sejam citadas nos tex-
07 C
tos, mas sim a valorização dos negócios femininos
para que mais mulheres possam gerar renda para si e a) (F) A intenção do texto não é demonstrar uma imposi-
para suas famílias. Inclusive, esse é um dos motivos de ção contra os adultos, mas mostrar a perspectiva da
se usar o verbo compre e o pronome próprio femini- criança de que ser grande ou pequeno depende do
no delas. ponto de vista.
c) (F) Não há elementos suficientes no texto para afirmar b) (F) No poema, o eu lírico fala sobre o próprio tama-
que há divulgação de lojas virtuais, nem elementos nho, sem informações que se referem a um mundo
que especifiquem produtos para o público feminino. adulto.
Desse modo, não é adequado fazer tais inferências. c) (V) No poema, uma voz lírica infantil relativiza a ideia
d)(F) Há o incentivo à compra de produtos de empreen- de tamanho. Dessa forma, mesmo sendo conside-
dedoras, e não a conscientização sobre os efeitos do rada pequena perto de pessoas maiores, a criança
consumismo exacerbado. Inclusive, caso essa fosse a ainda seria enxergada como muito grande por uma
intenção, não seria adequado usar o verbo no impe- formiga, segundo o poema.
rativo compre, mas sim expressões que indicassem d) (F) O poema em questão é um texto lúdico, sem o
cuidados ambientais ao se comprar. objetivo de debater o tema do respeito às crian-
e) (F) Embora na primeira obra haja a representação de uma ças de forma aprofundada. Fala-se apenas sobre
mulher negra, na segunda percebe‑se uma diversida- o ponto de vista da criança em relação ao próprio
de de etnias. Diante disso, não é possível afirmar que tamanho.
o objetivo central do movimento seja a divulgação de e) (F) A criança é apresentada pelo próprio ponto de
histórias de negros e negras que trabalham no varejo, vista, como alguém que se enxerga grande em rela-
mas sim o aumento da visibilidade e a importância de ção a alguns seres, como a formiga.
se valorizar o empreendedorismo de mulheres.
08 D
a) (F) O texto indica que a dança proporciona benefícios
06 C ao corpo, no entanto a definição dos músculos não
a) (F) Embora apresente conteúdo simplificado, o texto é o fator destacado no texto.
não tem o propósito de substituir estudos cien- b) (F) No texto, menciona-se que o grupo participante do
tíficos, reduzindo-os a sínteses. Inclusive, o post projeto de dança Próximo Passo se apresentou no
apresenta a origem das informações para que o teatro e participou de uma exposição fotográfica,
leitor possa consultar o conteúdo com mais pro- mas não há referência à probabilidade de pessoas
fundidade. que praticam dança se tornarem artistas.
15
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
c) (F) É possível inferir que a dança proporcione uma d) (V) Os dois verbetes contêm acepções de um mesmo
socialização, já que é uma atividade praticada em vocábulo; porém, enquanto o texto 1 – que é um
grupo, contudo esse aspecto não é um fator des- verbete do dicionário Houaiss – expressa o signifi-
tacado no texto como responsável pela relevância cado literal (denotativo) da palavra, o texto 2 – que
da dança. é um texto literário – explora a conotação e constrói
d) (V) Ao reforçar que a dança “gera benefícios que vão significados poéticos que geram expressividade,
especialmente por meio de figuras de linguagem
além da satisfação do corpo” e mencionar a supe-
como a personificação – “é a irmã da persistência”.
ração proporcionada por essa atividade a pessoas
e) (F) O texto 1 faz uso da norma culta e de uma lingua-
com depressão, o texto ressalta que a importância gem formal, tendo em vista o seu propósito referen-
dessa atividade está relacionada à capacidade dela cial; já o texto 2 caracteriza-se pela informalidade da
de influenciar o estado emocional dos praticantes. linguagem e por acepções subjetivas.
e) (F) O texto destaca a experiência da atuação de um
profissional da dança no projeto Próximo Passo, no 11 C
entanto não apresenta referências ao aumento da a) (F) O autor apenas faz uma pequena introdução ao cri-
procura por profissionais do setor esportivo, mas ao tério utilizado para se definir a arte, sem explorar a
papel da dança na mudança do estado emocional fundo o que ela desperta no espectador além da
dos praticantes. admiração, como fica claro no parágrafo.
b) (F) O autor relativiza o conceito de arte, mas deixa
09 E claro que ela só existe como manifestação humana
e que, portanto, não pode ser ligada a algo natural.
a) (F) A obra junta objetos similares, de uma mesma cate-
Além disso, o texto também não fala da arte como
goria, mas não há nela a fusão deles, apenas a jus-
representação da natureza.
taposição. c) (V) De acordo com o autor, o conceito simples de arte
b) (F) Os talheres reunidos não chegam a ter um formato indica que ela é aquilo que desperta admiração, ou
complexo, pois mantêm ali seus limites e espaços, seja, algo que chama atenção do espectador, como
como em uma coleção. A peça formada também o Davi de Michelangelo. No entanto, como o autor
não confunde as texturas, as quais podem ser facil- aponta em seguida, nem sempre ela atende a essa
mente diferenciadas devido aos diferentes mate- característica, pois há artistas que compõem obras
riais de que são feitas. diferenciadas, que nem sempre despertam esse
c) (F) A peça exibe talheres aparentemente comuns, encanto, mas dúvidas e estranheza, como a obra
de material não especificado e que não pode ser de Duchamp mencionada.
identificado pela fotografia. d) (F) O autor apresenta, a princípio, o sentimento admira-
d) (F) Para confeccionar seu objeto artístico, Bispo do tivo provocado pela arte e que, muitas vezes, é tido
Rosário utiliza talheres descartados que, após como inerente a ela. Nesse sentido, Jorge Coli não
serem recolhidos, adquiriram uma nova funcionali- apresenta uma visão de desconstrução da realidade,
dade. No entanto, esse material não é considerado mas de privilégio das estéticas mais aceitas como arte.
orgânico, pois não possui origem animal ou vegetal. e) (F) O registro em si não pode ser considerado arte,
e) (V) O fator assemblage é determinante na obra de de acordo com o texto. Segundo o autor, ela está
Bispo do Rosário, que recolhe objetos que não ligada, a princípio, à ideia de admiração, algo que
eram originalmente destinados à arte para compor desperta encanto.
uma obra de valor estético. Essa atitude reorganiza
esses itens com uma nova intenção, a de criar uma 12 D
espécie de “objeto-coleção”, transformando os a) (F) Uma sucessão de ações, por si só, não configura
talheres integrados ao conjunto em algo diferente uma sequência textual narrativa.
de sua aplicação original. b) (F) Apesar de conter informações fundamentadas pela
ciência, a linguagem utilizada no texto não contém
10 D elementos formais que caracterizam o discurso cien-
a) (F) Não há divergência nos dois verbetes quanto à tífico, como termos técnicos, dados e definições.
classe gramatical da palavra, sendo esta classificada c) (F) As informações apresentadas no boletim epide-
como substantivo feminino, categorização que, no miológico têm fundamento científico; entretanto,
texto 2, aparece entre parênteses e abreviada (s.f.). no trecho em questão, não há predominâncias de
b) (F) A falta de exemplos no texto 2 não o torna difícil sequências textuais dissertativas.
de ser compreendido, pois na definição é utilizada d) (V) O texto desenvolve-se em tópicos com orientações
uma linguagem clara e simples. Além disso, as para a população sobre as medidas de prevenção
definições apresentadas nos dois verbetes não são da covid-19. Cada tópico inicia com verbos no infi-
idênticas, pois a única acepção do verbete do texto nitivo impessoal, uma das formas utilizadas para
1 cujo sentido se aproxima do texto 2 é a 5. dar à mensagem um valor imperativo. Portanto, há
c) (F) No texto 1, ocorre a linguagem denotativa; no predominância no texto de sequências que carac-
entanto, no texto 2, há predominância de lingua- terizam a tipologia injuntiva, a qual expressa orien-
gem conotativa, tendo em vista a intenção poética. tação, instrução.
16
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
e) (F) O texto elenca ações que contribuem para evitar o a partir de um suporte, uma mídia, seja um livro
contágio da doença, contudo não contém sequências físico ou e-book. Outrossim, não é possível inferir
descritivas, pois não busca caracterizar minunciosa- essa concepção errônea a partir do trecho exposto.
mente cada ação, mas orientar o leitor a praticá-las. d) (F) A literariedade é o conjunto de características
específicas que permitem a concepção de um texto
13 D como literário. No texto-base, não há passagens
a) (F) Embora o recurso visual apresentado no texto que possibilitem a inferência de que a materialidade
tenha suprimido as vogais A e O da chamada prin- livresca reduz os recursos expressivos usados nos
cipal em referência a tais tipos sanguíneos, o texto textos canônicos, mas sim de que esta influencia
verbal na parte inferior do cartaz explicita que há o conteúdo e relaciona-se a ele. Para Borges, por
necessidade de “sangue de todos os tipos”. exemplo, a edição Garnier com as mesmas gravu-
b) (F) A campanha não se dedica a expor problemas ras, notas de rodapé e erratas, igual à que havia na
relacionados à infraestrutura dos hemocentros, por biblioteca de seu pai, fazia parte da narrativa de Cer-
isso não apresenta informações nesse sentido. Seu vantes, como se qualquer outra edição fosse falsa.
apelo se restringe à importância de manter esto- e) (F) Não é possível inferir que a materialidade livresca
ques de todos os tipos de sangue, sem relação com corrompe a originalidade dos grandes clássicos.
quaisquer problemas enfrentados pela instituição Para Borges, é justamente a edição da Garnier que
em outro nível, já que não há texto que comprove havia na biblioteca de seu pai que “torna” Dom Qui-
isso na imagem. xote o verdadeiro livro que ele havia lido na infância.
c) (F) O texto não informa que o sangue apresenta data
de validade e não alerta, portanto, para esse risco
15 E
de perda por perecimento. O que a campanha faz é
tentar evitar que o estoque de sangue, de maneira a) (F) O texto traz referências à astrologia, como a menção
geral, seja insuficiente, por isso o texto diz: “Preci- ao signo de virgem e ao planeta Vênus; contudo,
samos de sangue”. não se atém a esse tema, pois seu principal assunto
d) (V) O anúncio insiste na necessidade de que todos é a personalidade, os anseios e a vida do eu lírico.
doem sangue independentemente do tipo san- b) (F) Não há, no poema, indícios de que o eu lírico se preo-
guíneo, uma vez que se leem no texto frases como cupe com o envelhecimento ou com a morte, visto
“[…] precisa de sangue de todos os tipos” e “Doe que não há informações que afirmem essas ideias.
e salve vidas”. Essa estratégia de sensibilização c) (F) A canção enfatiza a expressividade poética sem recur-
coloca sobre o público a responsabilidade de “sal- sos que apelam para o leitor a fim de influenciá-lo.
var” vidas mediante a doação, e isso é feito por d) (F) Apesar de a canção mencionar “tremores nas
meio do efeito alcançado pelo apagamento de cer- mãos” e a necessidade de se ir ao dentista, não
tas letras, sugerindo a ideia de falta. é correto caracterizá-la como uma denúncia rela-
e) (F) O texto não fala de um desperdício de sangue, cionada a doenças, visto que esse texto poético
apenas trata de uma campanha preocupada em aborda principalmente outros aspectos da perso-
pedir à população que compareça à instituição de nalidade do eu lírico.
doação pela necessidade de manter estoques de e) (V) A exposição da subjetividade do eu lírico está
sangue de todos os tipos. expressa principalmente pelo uso de primeira pessoa
ao manifestar sentimentos, pensamentos e necessi-
14 A
dades. A canção é composta, assim, por informações
a) (V) No fragmento em questão, Jorge Luis Borges con- que definem a identidade de um sujeito.
cebe a materialidade livresca, especificamente a
edição Garnier de Dom Quixote, como algo estrita- 16 E
mente relacionado ao texto de Cervantes. Ele com-
a) (F) Segundo o infográfico, há exemplos de obras de
preende que “a edição Garnier com as mesmas
Guimarães Rosa pouco conhecidas e com nota
gravuras, as mesmas notas de rodapé e as mesmas
alta de avaliação – por exemplo, o segundo lugar,
erratas [...] faziam parte do livro; este era para mim
o verdadeiro Dom Quixote”. Diante disso, o livro a obra No Urubuquaquá, no Pinhém. Dessa forma,
físico se relaciona com as significações simbólicas. a popularidade da obra não é condição para uma
b) (F) Ao contrário do que se diz na alternativa, no frag- avaliação positiva.
mento, Borges transmite a ideia de que ele não b) (F) De acordo com o gráfico, o que acontece é que
conseguia dissociar da história da experiência de obras conhecidas foram mais bem avaliadas, mos-
leitura que teve a edição Garnier do Dom Quixote, trando que há uma correlação entre essas duas
de Miguel de Cervantes; inclusive, ele narra que, ao variáveis, de modo que não existe uma relação
ler outra edição do livro, ela não lhe pareceu ser o entre baixa avaliação com uma maior popularidade.
verdadeiro clássico de Cervantes. c) (F) A obra Antes das Primeiras Estórias apresenta a
c) (F) Essa ideia de que a materialidade livresca é dispen- menor nota entre as demais apresentadas no infográ-
sável para a leitura da história de Cervantes é incor- fico, mas também teve baixo número de avaliações,
reta, tendo em vista que a literatura é apreciada contrariando o que afirma a alternativa.
17
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
e) (F) O texto não menciona uma necessidade de obje- b) (F) O trecho “eu insistia em justificar a economia
tividade e coerência no tratamento do conceito, que administrava seus gestos” pode ter levado a
apenas evidencia a subjetividade dele e a dificul- inferir que o processo de preparo do tomate pela
dade de defini-lo. madrasta simbolizava a difícil situação financeira
familiar, já que ela retalhava o tomate em fatias
21 B finas. Porém, no segundo momento, que remete ao
modo de preparo usado pela mãe, não há indica-
a) (F) O texto comenta o caráter não linear da narrativa ções de questões econômicas.
de Machado, aspecto que é conservado na adapta- c) (F) Na descrição do preparo dos tomates pela madrasta,
ção televisiva, como pode ser constatado no trecho há a recorrência de palavras do campo lexical da vio-
“Carvalho mistura as épocas, edita espaços, como lência, como “retalhava”, “envenenar”, “afiando a
Machado fazia [...]”. Essa “mistura” de épocas pode faca”, “cortava” e “sanguíneo”; enquanto o da mãe é
ser compreendida como os mecanismos de flashback do campo afetivo, como “afago”, “brilho”, “doces”,
do romance e, na série, como as anacronias promovi- “açúcar”. Essas palavras indicam a hostilidade da
das entre épocas distintas, a exemplo da música de madrasta para com os enteados, não o envolvimento
Jimi Hendrix em uma época anterior, já que as perso- criminoso dela com a morte da mãe do narrador.
Ademais, pelo trecho, não é possível confirmar tal
nagens do romance vivem no século XIX.
envolvimento, já que a construção permeia o campo
b) (V) O caráter heterogêneo do tempo nas duas obras
do sugestivo, das possíveis intenções da madrasta.
pode ser compreendido como a multiplicidade de
d) (F) Infere-se o prazer do narrador ao saborear os toma-
épocas que coincidem no texto original e na adap-
tes preparados pela mãe. O trecho “Pousado sobre
tação. O texto confirma essa cronologia heterogê-
a língua, o pequeno barco suscitava um gosto de
nea – ou seja, que não segue um fio condutor linear,
palavra por dizer-se. Há, sim, outras palavras mais
evento após evento – para ambas as obras ao dizer
doces que o açúcar” evidencia esse sentimento
que “Luiz Fernando Carvalho consegue traduzir o
agradável, de contentamento. Porém, em relação
que Machado de Assis fez em seu romance”. às refeições da madrasta, o narrador se expressa
c) (F) O texto menciona um poeta, que está no romance com palavras de valor negativo, associadas à vio-
de Machado e na adaptação da série. Além disso, lência. Diante disso, torna-se incoerente pensar
menciona as digressões irônicas do narrador que ele sentiria prazer ao comer os tomates.
machadiano; porém, apesar das referências tanto e) (F) A mensagem implícita não reforça a tentativa da
à personagem do poeta quanto à ironia típica do madrasta de exercer o papel materno nem a de ter
autor, o texto não vincula essas duas ideias. Por- a simpatia dos enteados, mas a ideia de agressi-
tanto, não é correto afirmar que haja nas obras a vidade, hostilidade, dissimulação, pois o trecho
mesma forma irônica de representar poetas, pois revela a interpretação do narrador acerca das ações
o trecho não indica a personagem sendo alvo da da madrasta, indicando que ela preparava os toma-
ironia machadiana, de modo específico. tes de forma agressiva.
d) (F) A divisão em capítulos está presente no romance,
mas não é explicitada como um elemento narra- 23 E
tivo que se conserva na obra adaptada. Portanto,
mesmo que as duas obras apresentem a mesma a) (F) De acordo com os dados do gráfico, os explora-
divisão de partes, não é correto afirmar essa relação dores iniciantes verificam seus e-mails em 3,9 dias
a partir do texto. na semana, sendo essa a terceira atividade que
e) (F) Uma vez que a referência musical a Jimi Hendrix, mais praticam nas redes, abaixo apenas do acesso
na série, é apontada pelo autor do texto como a redes sociais e da conversa por meio de mensa-
uma anacronia da adaptação audiovisual, não gens instantâneas.
é correto afirmar que a série conserve os mes- b) (F) Os usuários intermediários utilizam a internet para
mos títulos musicais presentes, porventura, no criar/atualizar sites apenas em 3,0 dias por semana,
romance original. Se assim fosse, isso significaria não sendo essa, portanto, a atividade que mais rea-
dizer que as músicas apresentadas na série – como lizam on-line.
a de Jimi Hendrix, indicada no texto da questão – c) (F) Embora os usuários avançados sejam aqueles que
estariam também na obra de Machado, escrita no mais participam de fóruns de discussão, segundo o
século XIX. A coincidência de referências musicais, gráfico, essa não é a atividade mais praticada por
portanto, não se aplica. eles na internet, mas sim a verificação de e-mail, o
que fazem em 6,8 dias na semana.
22 A d) (F) A atividade mais praticada pelos usuários iniciantes
a) (V) A construção textual, principalmente no que diz é acessar as redes sociais. Conversar por mensa-
respeito à escolha de palavras de determinados gens instantâneas é a segunda atividade mais prati-
campos lexicais, demonstra como o tomate serve cada por eles.
de metáforas para carinhos e afetos quando prepa- e) (V) Considerando-se, no gráfico, os números referentes
rado pela mãe; e de violência, frieza e indiferença ao total de exploradores jovens da internet, perce-
quando preparado pela madrasta. Na prosa poé- be-se que o pico está na atividade de acesso a redes
tica, há emoções encobridas e densidade psicoló- sociais, de modo que esse grupo acessa ao menos
gica que trazem à tona saudades e traumas. uma conta em rede social em 5,9 dias por semana.
19
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
20
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
b) (V) A opção define corretamente o MSN, sem restringir o b)(F) Pela notícia, pode-se perceber que é o contrário o
grupo que dele fez uso, e o texto, por sua vez, é focado que geralmente acontece: o Volp é atualizado confor-
na descrição da comunicação dos usuários desse recur- me os usos da língua falada.
so, sem especificar a idade e outros traços dos inter- c) (F) A língua é uma construção social, já que se estabelece
nautas. O MSN era um aplicativo de mensagens para conforme o uso que os falantes fazem ao se comuni-
computador, e sua função principal era a do bate-papo car em determinada sociedade.
em contexto virtual, como se afirma na opção. d)(F) A língua é uma atividade social expressa em contex-
c) (F) A opção é incorreta porque não se tratava do uso de tos comunicativos diversos e, como tal, reflete os usos
expressões somente por adolescentes (essa informa- de determinada comunidade de fala, portanto não se
ção não é expressa no texto) e ainda porque, embora baseia nas criações de entidades oficiais.
o Orkut seja citado e os seus usuários tenham desfru- e) (F) A própria atualização do Volp evidencia que a língua
tado das gírias digitais da época, o ponto principal não pode ser considerada um código fixo, pois está em
do texto é a forma como as pessoas se comunicavam, constante transformação, assim como a sociedade.
especialmente, no MSN.
d) (F) No texto, é mencionada a economia linguística na épo- 05 C
ca do MSN, com suas abreviações. Contudo, não há es-
a) (F) Apesar de a crítica afirmar que o filme é baseado em
pecificações sobre o público-alvo do MSN ser formado
por profissionais preocupados com o ganho de tempo, fatos, o título não se refere diretamente a essa carac-
usufruindo da troca ágil de mensagens abreviadas. terística da trama, relacionando-se, na verdade, com
e) (F) No texto, são descritas palavras e expressões usadas a situação de o namorado ir se mostrando, ao longo
por nativos brasileiros no contexto do aplicativo MSN; da narrativa, diferente do que parecia ser no início do
inclusive, no texto demonstra-se como o português relacionamento.
se transformava por meio das abreviações e mencio- b)(F) A crítica sugere que o título seja um trocadilho com
na-se a presença de expressões importadas de outro a expressão “amor à primeira vista”, que se relacio-
idioma, o inglês. Contudo, essas expressões eram na com um conteúdo de comédias românticas, mas
incorporadas às vivências linguísticas dos internautas deixa claro que o filme em voga não se trata apenas
brasileiros no meio on-line sem que se precisasse ter de uma comédia romântica, e sim de um filme de sus-
um conhecimento avançado do inglês. pense. Além disso, não há características de comédia
romântica desvalorizadas no texto.
03 D
c) (V) O título do filme é uma clara referência à expressão
a) (F) A alternativa é incorreta porque a tirinha não oferece “amor à primeira vista”, pois a obra aborda uma rela-
informações a respeito do conteúdo das possíveis crí- ção que parece perfeita, mas “à segunda vista” vai se
ticas, evidenciando, em vez disso, a falta de ação para mostrando suspeita.
mudar a realidade.
b)(F) A tirinha critica a falta de ação dos internautas que d)(F) O texto não se refere a uma segunda chance dada
fazem críticas sem agir de forma prática para resolver pela personagem feminina ao namorado.
os problemas. Assim, não é ao engajamento digital e) (F) O título do texto não explicita uma necessidade da
propriamente dito que a tira direciona a crítica. personagem principal, mas se refere claramente a
c) (F) O fato de as pessoas criticarem mostra que elas não uma segunda impressão que ela tem de seu namora-
são indiferentes; porém, na tira afirma-se que elas não do na medida em que o conhece melhor.
agem de fato para mudar a realidade. A tirinha, em
vez de validar, critica essa falta de iniciativa.
06 D
d)(V) De fato, a tirinha evidencia que as propostas e críticas
presentes nas redes não são acompanhadas de ações a) (F) O foco da tabela não está na dificuldade de tradu-
concretas que visem a uma mudança da realidade cri- ção. Na verdade, são apresentados falsos cogna-
ticada. tos, que podem confundir o falante.
e) (F) O objetivo principal não é simplesmente consolidar b) (F) A plurissignificação não é o caso das palavras apre-
as redes sociais como meio para divulgar críticas po- sentadas na tabela, porque não são apresentados
líticas, mas criticar a postura daqueles que reclamam vários significados de uma mesma palavra. Cada
nesses ambientes virtuais sem agir sobre o foco da uma está associada a um único significado, e a evi-
crítica concretamente.
dência é dada à similaridade entre elas, que é ape-
nas aparente.
04 A
c) (F) A grafia e a pronúncia de muitas palavras são pare-
a) (V) De acordo com o texto, foram acrescentadas ao Voca- cidas, mas seus significados são diferentes.
bulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) pala-
d) (V) A tabela apresenta uma lista de falsos cognatos,
vras relacionadas a questões em pauta na atualidade,
contrastando palavras nas duas primeiras colunas
como a pandemia de covid-19, a luta feminista e os
avanços das tecnologias da informação e da comuni- e revelando sua tradução correta no português na
cação (TIC). Isso mostra que a língua acompanha as terceira coluna. Nos falsos cognatos, o sentido é
mudanças da sociedade, uma vez que é pautada nos sempre diferente daquele sugerido pela similari-
usos validados pelos falantes. dade de escrita entre as línguas.
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
d) (F) No texto, não são especificados assuntos que seriam b) (F) No texto, são emitidas informações com o objetivo
ou não adequados à arte literária. O autor exprime, de contribuir para o desenvolvimento pessoal do
na verdade, que a literatura pode conter mensagens leitor, contudo esse aspecto não caracteriza a fun-
éticas, políticas, religiosas, sociais etc. com a condi- ção da linguagem predominante no texto, que é a
ção de que a forma estética seja respeitada. conativa.
e) (V) Para Antonio Candido, como é possível deduzir do c) (V) A recorrência de formas pronominais e verbais que
texto, a união entre forma e conteúdo é inerente se referem à segunda pessoa (“Você é”, “sua vida”,
“que você comece”, “que você pare” etc.) eviden-
ao texto literário, pois este necessariamente cons-
cia o receptor da mensagem e indica a predomi-
titui-se de uma mensagem (conteúdo) emitida por
nância, no texto, da função conativa da linguagem,
meio de elementos formais que compõem o plano
a qual se caracteriza pela tentativa de persuadir o
estético (forma). leitor a realizar determinadas ações.
d) (F) O uso de frases de incentivo é comum nesse tipo
16 E de discurso, porém esse uso não tem por objetivo a
a) (F) O autor do texto não emite um juízo próprio, limi- manutenção da comunicação nem caracteriza a fun-
tando-se a relatar opiniões de especialistas apre- ção conativa. Além disso, a busca por manter a comu-
sentadas em evento. nicação é uma marca da função fática da linguagem.
e) (F) A presença de adjetivos de valor positivo também é
b) (F) De certo modo, o termo fake news é definido no
um traço comum em discursos de autoajuda, entre-
texto, mas o que predomina neste é a apresenta-
tanto esse traço não coloca em evidência a men-
ção de opiniões relativas à perda de credibilidade
sagem nem o receptor, portanto não caracteriza a
do jornalismo. função conativa da linguagem.
c) (F) As opiniões apresentadas não são controversas, ou
seja, não divergem uma da outra. Todas procuram 19 D
elencar causas para o problema das fake news.
a) (F) As informações presentes no texto não permitem
d) (F) O texto não corrobora – ou seja, não valida – as opi-
inferir que a gíria seja uma forma comunicativa
niões dos especialistas. Ele simplesmente as expõe específica de pré-adolescentes, ainda que essas
sem emitir juízo de valor. expressões sejam comuns nessa faixa etária.
e) (V) Predomina no texto a função referencial da lingua- b) (F) Apesar de a gíria apresentada no texto ser de uso
gem, que objetiva simplesmente relatar informa- comum nas redes sociais, ambiente de uso da
ções; nesse caso, são informados o tema e as opi- escrita, o texto não explicita o entendimento de
niões apresentadas em evento sem, de fato, emitir que as gírias sejam um tipo de variação de uso
juízo de valor. exclusivo na língua escrita.
c) (F) A gíria em questão contém uma mistura entre
17 B termos em português e o nome próprio de uma
empresa estadunidense, a Disney. Essa construção,
a) (F) O período está exposto na declaração das datas e contudo, não indica que todas as gírias tenham
não apresenta relação direta com as pessoas retra- uma formação semelhante.
tadas, que representam o público-alvo. d) (V) A gíria é uma variante linguística geralmente for-
b) (V) As personalidades expostas na propaganda repre- mada por construções que dispensam o sentido
sentam os grupos indicados para receber a vacina. literal dos termos, gerando novos significados. Para
Assim, a população pode visualizar essas pessoas, compreender a gíria “Tá na Disney”, os falantes
identificar-se com o anúncio e compreender o precisam estar cientes de que as palavras sofreram
público-alvo da vacinação. mudanças de significado e assumiram um sentido
c) (F) A idade não é o único fator a ser considerado, pois as novo; do contrário, pensariam que o sujeito está
gestantes de qualquer idade devem ser vacinadas. literalmente na Disney. Portanto, a gíria requer um
d) (F) O gênero não é um fator considerado para as pessoas consenso entre os falantes sobre o sentido atri-
com mais de 60 anos e de 6 meses a 2 anos de idade. buído às expressões que a constituem.
e) (F) Não se fala em número de pessoas a serem vaci- e) (F) A gíria é uma variante normalmente comparti-
lhada por grupos sociais específicos, que tenham
nadas, mas dos grupos aos quais elas pertencem.
a mesma faixa etária, classe social ou profissão,
O entendimento proporcionado pelo anúncio é de
por exemplo; entretanto, como é possível observar
que todos aqueles que estiverem nos grupos indi-
na contração tá, presente em “tá na Disney”, esse
cados devem ser vacinados. gênero não está associado à variante de prestígio
(norma-padrão).
18 C
a) (F) O texto faz referência à vida do leitor, no entanto 20 E
esse aspecto não caracteriza a função conativa da a) (F) Como é apresentado no texto, o indivíduo nunca
linguagem. Além disso, essa função não está rela- chega à desconstrução, pois ela é um processo
cionada ao realce das emoções do emissor, carac- constante e infinito. Por isso, não é correta, segundo
terística da função emotiva. o texto, a ideia de alguém ser desconstruído.
24
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
b) (F) Na verdade, o que o texto fala sobre aparência é o classe”) e de registro (“concomitantes associações
fato de algumas pessoas apenas aparentarem uma de formalidade”), portanto menciona, respectiva-
desconstrução e não agirem de acordo com a ética mente, as variações linguísticas diatópica, diastrá-
que isso exige. tica e diafásica.
c) (F) O texto não indica regras que uma pessoa em pro- e) (F) O texto alude ao grau de formalidade da lingua-
cesso de desconstrução deve seguir. Na verdade, gem, entretanto não menciona aspectos históricos,
ele critica o fato de as pessoas tentarem aparentar os quais se relacionam à variação histórica.
que são desconstruídas.
d) (F) O texto diz que o processo de desconstrução não 23 D
pode ser concluído e que, por isso, a ideia de “pes-
a) (F) Como gênero textual, os cartuns não se caracte-
soa desconstruída” é inadequada.
rizam apenas pela representação em si, mas pelo
e) (V) O texto indica que a desconstrução é um processo,
efeito de sentido geralmente relacionado a uma
algo que sempre se deve buscar para compreender
melhor o mundo. Porém, afirma que só se pode ser crítica social abrangente. Dessa forma, o assunto
desconstruído na aparência, pois se tenta mostrar não se resume ao romantismo dos mais idosos,
ao mundo a desconstrução, mas, sendo esta um pois o sentido gerado é o de contraste entre as
processo constante, ninguém é plenamente des- relações de diferentes gerações.
construído. b) (F) O objetivo do cartum não é representar o distancia-
mento entre jovens e idosos, mas contrastar dife-
rentes gerações e seus comportamentos.
21 A
c) (F) A diferença entre gerações apresentada não diz
a) (V) Na charge, todas as crianças estão representadas respeito ao uso da tecnologia, mas à forma de rela-
com aparelhos eletrônicos e, quando veem um livro cionamento.
impresso, não sabem do que se trata. A charge, d) (V) O cartum evidencia uma diferença entre a forma
portanto, critica a influência negativa, na visão do
como os jovens se relacionam entre si e a forma
autor, da utilização de aparelhos eletrônicos pelas
como os idosos se relacionam, mostrando que a
crianças e indiretamente indica que elas deveriam
interação entre os jovens ocorre, muitas vezes, por
ler mais livros impressos.
meio da tecnologia.
b) (F) Não há risco real na situação, pois a representação
e) (F) Não se retratam propriamente problemas amoro-
da charge apenas demonstra que as crianças não
sos, mas uma mudança de comportamento obser-
reconhecem um livro impresso.
c) (F) O livro não aparece na charge como um brinquedo. vada entre gerações.
A ideia principal dela é de que as crianças não
reconhecem o livro por não terem o costume de ler 24 D
livros impressos. a) (F) A imagem não apresenta um retrocesso da linhagem
d) (F) Na charge, não há discussão sobre o uso do celu- dos elefantes, tendo em vista que eles não retornam
lar na educação; o que o autor faz é criticar a ideia ao início de sua evolução. A peça publicitária apre-
de que crianças quase não têm contato com livros sentada revela-se predominantemente argumenta-
impressos. tiva, e não expositiva. Conforme diz o enunciado,
e) (F) A discussão se prende à ideia do desconhecimento a imagem não foi utilizada com a intenção de sim-
que as crianças têm dos livros impressos, e não dos plesmente apresentar algo, mas visa convencer seu
aparelhos que não funcionam por meio de energia, público a adotar determinado ponto de vista.
ironizando que esse público não é mais capaz de b) (F) Há, de fato, uma denúncia à caça ilegal; todavia, a
reconhecer esse objeto. peça publicitária não diz respeito aos animais aquá-
ticos e terrestres, mas a determinados mamíferos, os
22 D elefantes. Dessa forma, espera-se que seja perce-
a) (F) Na verdade, a variação diafásica diz respeito ao bida a evolução desses animais: de microrganismo a
contexto de uso da língua. Além disso, o texto não seres aquáticos e, posteriormente, terrestres.
faz referência direta à faixa etária dos falantes, mas c) (F) A principal intenção da peça publicitária não é ape-
a outros fatores que influenciam variações linguísti- nas mostrar a teoria da evolução desses grandes
cas, como aspectos regionais e sociais. mamíferos, haja vista que, ao final da imagem, há
b) (F) O texto não considera a etimologia das palavras uma quebra de expectativa que sugere a matança
escritas com r nem a evolução da ortografia dessas de elefantes para aquisição de marfim.
palavras, portanto não se refere à variação histórica. d) (V) De fato, a peça publicitária em questão tem como
c) (F) No texto, são considerados fatores sociais que principal objetivo criticar a obtenção de marfim das
resultam na variação de pronúncia da letra r, no presas de elefantes para a criação de esculturas e
entanto não há alusão a contextos históricos a qual a comercialização. Esse tipo de caça pode levar à
configure a variação histórica. extinção desses animais, sendo essa ideia defen-
d) (V) O texto considera a pronúncia do r no português dida pelo texto não verbal ao sugerir que a última
referindo-se a aspectos regionais (“mais ‘cen- etapa de evolução desses mamíferos seria uma
tral’ geograficamente”), sociais (“conotações de escultura de marfim.
25
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
e) (F) A peça publicitária não trata de uma mutação que d) (F) O artigo de opinião apresenta que os usuários de trens
faz elefantes nascerem sem presa, mas indica a com deficiência não são respeitados, e não que a priva-
ideia de que o mercado do marfim levará ao fim cidade dos usuários em geral não é prezada.
desses animais, ou seja, à “última etapa de evolu- e) (F) O artigo afirma o contrário: passageiros com deficiên-
ção” deles. Em outras palavras, se isso continuar, cia passam por problemas devido à falta de acessibili-
esses animais não existirão mais na natureza e não dade em estações de trem.
continuarão a sua linhagem evolutiva.
25 A 02 A
a) (V) O infográfico evidencia dois momentos, o antes a) (V) O advérbio luckily, que pode ser traduzido como feliz-
e o depois das vacinas, em um quadro que alude mente, introduz, no contexto da frase, a ideia de que
ao cartão de vacinação. O objetivo é mostrar que o tempo mudou, trazendo uma alteração de circuns-
houve redução significativa do número de pessoas tância em relação ao que foi relatado anteriormente.
contaminadas por poliomielite, sarampo, rubéola e
b)(F) O advérbio luckily introduz a ideia de que o tempo
tétano neonatal após a vacinação, além do fato de
mudou, o que permitirá que boas fotos sejam tiradas
essas doenças serem consideradas eliminadas.
em seguida. Porém, não há como supor que elas fo-
b) (F) De fato, é revelada no infográfico uma melhoria na
ram expostas em algum momento.
qualidade de vida, já que não há mais tantas pes-
soas contaminadas; porém, ele não evidencia a c) (F) Diferentemente do que a alternativa explicita, o ad-
redução do número de hospitalizações, pois não é vérbio luckily indica a chegada de uma circunstância
possível inferir que as pessoas contaminadas esta- mais favorável, e não o enfrentamento de uma situa-
vam ou não em hospitais. Além disso, a numeração ção adversa.
presente no texto se refere à quantidade de pes- d)(F) O advérbio luckily expressa o oposto: a chegada de
soas com a doença. uma situação mais favorável, quando o tempo abriu e
c) (F) De fato, o estímulo a anticorpos contra agentes o céu brilhou.
infecciosos é um impacto das vacinas. Porém, o
e) (F) A ideia de que a colheita seria adiada foi apresentada
texto evidencia o impacto social, não o individual,
nas sentenças anteriores. A frase que começa com o
das vacinas. Também, embora seja possível inferir a
advérbio luckily indica que houve uma mudança no
redução da mortandade, esse benefício da vacina-
ção é sugestivo, não evidente no texto. tempo, o que permitirá o início da colheita.
d) (F) Percebe-se que houve a interrupção da transmissão
de doenças, porque, após a vacinação, revela-se a 03 D
redução da quantidade de pessoas contaminadas.
a) (F) O anúncio apresenta alguns usos do óleo de palma,
Todavia, o corte de gastos com medicamentos não
indicando sua presença no dia a dia, sem, contudo,
é um dos principais benefícios explicitados pelo
tratar dos benefícios do produto.
infográfico. Caso fosse, haveria informações sobre
os valores economizados pelo governo, não o b)(F) A fim de indicar a incidência do óleo de palma no coti-
número de pessoas contaminadas. diano, o anúncio esclarece que esse óleo faz parte da
e) (F) Não há informações sobre valores economizados composição dos batons, que são citados para chamar
com a saúde antes e após as vacinas na América. a atenção do público. Em nenhum momento é citada
Diante disso, não é possível constatar esse benefício uma nova linha de produtos.
no infográfico. Além disso, o gênero revela aspectos c) (F) O anúncio afirma que cerca de metade dos produtos
sociais da vacina, não focalizando os individuais. encontrados nos supermercados contém óleo de pal-
ma. Essa afirmação, no entanto, assume um tom infor-
mativo, e não de denúncia.
English d)(V) A resposta a esta questão se encontra no seguinte
trecho: “Rather than asking consumers to ditch these
01 A useful products, WWF is working to make them more
a) (V) O texto mostra a situação vivida pela autora do ar- environmentally friendly. Manufacturers, retailers and
tigo, que não conseguiu viajar de trem em uma po- consumers should insist on certified sustainable palm
sição segura porque o local destinado às pessoas em oil”. Nele, a ONG responsável pelo anúncio esclarece
cadeiras de rodas estava sendo ocupado para a venda que seu objetivo não é fazer as pessoas deixarem de
de chá e café. Além disso, ela cita uma pesquisa que consumir produtos que contêm óleo de palma, mas
mostra que 40% das estações de trem no Reino Unido sim que elas e outros atores da cadeia de consumo
não são acessíveis a pessoas com deficiência. insistam em usar um óleo de palma sustentável.
b)(F) A crítica do artigo não é sobre a venda de chá e café e) (F) Em nenhum momento o anúncio tenta persuadir os
nos trens, mas ao fato de esses produtos estarem sen- consumidores a deixarem de comprar produtos. Pelo
do vendidos no local destinado a cadeirantes. contrário, ele deixa claro que esse não é seu obje-
c) (F) A autora critica o fato de que o local destinado aos tivo: “Rather than asking consumers to ditch these
cadeirantes estava sendo ocupado para vender pro- useful products, WWF is working to make them more
dutos, e não que o local era pequeno. environmentally friendly”.
26
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
04 D 06 D
a) (F) Embora o livro de Itamar Vieira Júnior apresente a a) (F) De acordo com o texto, oito dos países que par-
sofrida história de duas irmãs (“hardscrabble tale of ticiparam da pesquisa oferecem treinamento em
two sisters”), o papel da mulher na sociedade não é programação para os professores, e a Grécia não
o principal tema dessa obra nem da obra de Djamila é um deles.
Ribeiro, também citada no texto, na qual fala-se sobre b) (F) Na verdade, a pesquisa não menciona a União Euro-
a luta antirracista. peia, além do fato de que apenas 12 países entre
aqueles que participaram da pesquisa possuem a
b) (F) Além de o título do livro de Itamar remeter à questão
disciplina de programação no currículo – “12 coun-
agrária (Torto arado), a história se passa na zona rural
tries responding to the European Schoolnet survey
(“two sisters in a rural district”). Contudo, a obra de
had coding as part of their curriculum”.
Djamila, também citada no texto, não possui esse viés.
c) (F) Não há no texto a informação de quando as crianças
c) (F) Por meio da breve descrição da obra de Itamar, é pos- dinamarquesas começam a estudar programação.
sível inferir que o livro aborda a questão da pobreza
O texto cita Inglaterra, Estônia e Grécia como paí-
(“hardscrabble tale of two sisters”, “legacy of slavery”).
ses em que as crianças passam, obrigatoriamente, a
No entanto, o livro de Djamila não foca esse ponto.
estudar programação no Ensino Fundamental.
d)(V) As duas obras citadas no texto – Torto arado, de d) (V) A informação de que aulas de programação esti-
Itamar Vieira Júnior, e Pequeno manual antirracista, de mulam o raciocínio lógico dos estudantes pode ser
Djamila Ribeiro – tratam do racismo estruturalmente encontrada no seguinte trecho: “The main reason
presente na sociedade brasileira. Enquanto Torto behind coding in the curriculum was that it fosters
arado se passa em um local onde é possível sentir o logical thinking and problem solving skills”. De
legado da escravidão (“where the legacy of slavery acordo com ele, os países apontaram a promo-
remains palpable”), a obra de Djamila Ribeiro aborda ção de habilidades de resolução de problemas e
o racismo sistêmico no país (“a succinct and plainly de raciocínio lógico como as principais razões para
written dissection of systemic racism in Brazil”). ofertarem a disciplina de programação.
e) (F) A obra de Itamar Vieira Júnior realmente se passa no e) (F) O infográfico fala sobre empregabilidade como
Nordeste do Brasil, contudo não é possível afirmar uma das razões para se oferecer a disciplina de pro-
que ela é ambientado no Sertão. Além disso, o livro gramação, mas não explicita a ideia de que ela é
de Djamila não tem como foco a região. garantida aos estudantes sem depender de outros
fatores.
05 A
07 C
a) (V) A expressão “pep squad” remete a um grupo que
anima as partidas disputadas por uma equipe esporti- a) (F) Segundo o texto, o desmatamento na Amazônia
va da escola, como indica o contexto: Jon afirma que diminuiu na última década, porém seu índice per-
sente falta do Ensino Médio (3o quadrinho), conta sua manece preocupante.
experiência (5o quadrinho), veste seu antigo uniforme b) (F) O texto cita a integração da energia e do trans-
e entoa um grito de guerra típico dessas situações (úl- porte na América do Sul. Contudo, ele não men-
timo quadrinho). ciona especificamente a energia eólica.
c) (V) A resposta para essa questão pode ser encon-
b)(F) Na tira, Jon não afirma ter feito parte da companhia
trada no trecho “The areas showing the greatest
de teatro da escola – no último quadrinho, ele parece
deforestation rates are those that have more roads”.
estar fantasiado, mas na verdade está usando seu an-
De acordo com ele, as áreas com maiores índices
tigo uniforme de animador de torcida.
de desmatamento são aquelas que possuem mais
c) (F) Além de a expressão “pep squad“ não indicar presen-
estradas.
ça em festas, em nenhum momento Jon afirma que
d) (F) De acordo com o texto, o Brasil é responsável pela
costumava frequentá-las em sua juventude.
metade do desmatamento na Amazônia. Assim,
d)(F) De acordo com a tira, Jon participava da equipe que não é correto afirmar que o problema é maior na
animava a torcida em jogos de sua época de Ensino Bolívia e no Peru.
Médio, logo ele não era jogador. e) (F) Embora seja um fato que o garimpo contribui para
e) (F) A expressão “pep squad“ remete ao grupo que o desmatamento na Amazônia, ele não é citado no
acompanha a equipe esportiva, e não à equipe em si. texto, assim como o contrabando de animais.
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
d) (V) Segundo o texto, Carcassonne é um jogo em d) (V) De acordo com o texto, o meme teve origem em
que os participantes dispõem no tabuleiro peças 2013, quando, no fórum UKMix, um usuário postou
que representam uma cidade, estrada, mosteiro, um gif da imagem de Nazaré Tedesco aparente-
campo ou uma combinação deles, e os elementos mente confusa acompanhado de uma legenda.
semelhantes devem ser conectados: “and it must e) (F) Embora afirme que Nazaré Tedesco era persona-
be placed adjacent to tiles that have already been gem de Senhora do Destino e tinha uma persona-
played, in such a way that cities are connected to lidade cômica, em nenhum momento o texto diz
cities, roads to roads, etcetera”. que o meme teve início na novela.
e) (F) Em nenhum momento o texto afirma que Carcas-
sonne é um jogo colaborativo. Inclusive, o trecho 15 B
“When that area is complete, that meeple scores a) (F) Embora o eu lírico dê a entender que tinha 3 anos
points for its owner” deixa claro que existe conta- na última vez em que viu o pai (ou seja, há muito
gem de pontos no jogo. tempo), em nenhum momento afirma que gosta
muito dele.
13 D b) (V) O eu lírico afirma que culpa o pai pela coisa mais
a) (F) No segundo quadrinho, Lino afirma que, segundo a cruel que ele fez antes de partir: ter lhe dado o
professora, ele detalhou mais o mapa do que deve- nome “Sue” – “Now, I don't blame him 'cause he
ria. No entanto, no quarto quadrinho, fica claro que run and hid / But the meanest thing that he ever did
esses detalhes são países inventados. Nesse sen- / Was before he left, he went and named me ‘Sue’”.
tido, não foi porque ele fez mais do que a profes- c) (F) Em nenhum momento o eu lírico diz que ele e o pai
sora lhe pediu que ele tirou “C”. são amigos. Além disso, afirma que o pai foi embora
b) (F) No terceiro quadrinho, Lino afirma que, segundo quando ele tinha 3 anos, e não que o conhece há
a professora, ele havia colocado no mapa países três anos.
dos quais ela nunca havia ouvido falar. No quarto d) (F) O eu lírico realmente afirma que, ao ir embora, o
quadrinho, fica claro que não se tratava de falta de pai lhe deixou um velho violão. No entanto, ele não
conhecimento da professora, mas de países inven- diz que lhe é grato por isso.
tados por Lino. e) (F) No trecho “I don't blame him 'cause he run and
c) (F) Em nenhum momento Lino comenta que entregou hid”, o eu lírico deixa claro que não culpa o pai por
o trabalho no dia errado. Além disso, no quarto ter ido embora e se escondido. Apenas revela, no
quadrinho, fica claro que ele não executou a ativi- final da canção, que não o perdoa por ter lhe dado
o nome de Sue.
dade corretamente.
d) (V) A resposta a esta questão pode ser encontrada no
16 D
último quadrinho, quando Lino diz que gosta de
pensar que seu mapa está cinquenta anos à frente a) (F) O cartaz chama a atenção para um comportamento
do tempo dele. Com base nessa afirmação, pode- típico de meninos criados em sociedades patriar-
-se inferir que ele inventou países, criando uma cais, mas vai muito além, ao relacioná-lo à violên-
nova divisão mundial. cia contra a mulher. É nessa conscientização que se
e) (F) Lino entende o conceito de mapa, como mostra a baseia a campanha.
tirinha. O problema é que o mapa entregue por ele b) (F) No cartaz, a frase “Violence against women: let's
para a professora incluía países imaginários. stop it at the start” deixa claro que a campanha é
voltada para a violência contra as mulheres, e não
contra crianças em geral.
14 D
c) (F) Por meio da frase “Violence against women: let's
a) (F) Segundo o texto, a imagem foi postada pela pri- stop it at the start”, o cartaz evidencia que a campa-
meira vez em um fórum, e não em um site de notí- nha não tem como foco os adolescentes, mas sim
cias. Contudo, não há informações de que se trata as mulheres.
de um fórum sobre televisão e cinema. d) (V) A imagem e a chamada do cartaz mostram que
b) (F) O texto esclarece que o meme apresentado teve comportamentos agressivos de meninos em rela-
início com a personagem Nazaré Tedesco, interpre- ção a meninas costumam ser minimizados. Ao
tada pela atriz Renata Sorrah na novela Senhora do mesmo tempo, a frase “Violence against women:
Destino. Contudo, em nenhum momento é citado let's stop it at the start” destaca que, de acordo
um grupo formado por fãs da artista. com a campanha, para acabar com a violência con-
c) (F) O texto afirma que, em uma rede social, existe uma tra a mulher, é preciso combater esses comporta-
página dedicada à postagem de fotos da persona- mentos, educando as crianças.
gem Nazaré Tedesco, de Senhora do Destino. Não e) (F) O cartaz não fala em mulheres com filhos, mas sim
é dito que a página é dedicada à novela nem que o em mulheres no geral. Além disso, a possibilidade
meme teve origem nela. de criação de uma rede de apoio não é citada.
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e) (F) O mapa mostra que grande parte da população dos d) (F) O texto não cita críticos internacionais. Ele também
Estados Unidos utiliza o termo tennis shoes. Isso não não opina sobre o fato de o grupo cantar em inglês,
significa, contudo, que essas pessoas desconheçam limitando-se a motivação para isso a um ponto de
o termo adotado especialmente em parte da Costa vista econômico.
Leste do país: sneakers. e) (F) No texto, Austrália e Canadá são citados como
exemplos de países que podem ser alcançados por
músicas em inglês – não é dito que os integrantes
22 B do grupo tiveram a oportunidade de morar nesses
a) (F) Kunstler realmente se mostra incomodado com a locais.
ironia. No contexto do filme, como o grupo está
sendo acusado de conspiração, a secretária atende 24 D
o telefone do escritório deles dizendo “escritório a) (F) O texto não trata da gastronomia molecular. Ele
da conspiração”. Contudo, ele não baseia seu incô- apenas comenta que o chef Deepanker Khosla tem
modo na seriedade da situação. evitado trabalhar com ela durante a pandemia de
b) (V) Em resposta a Bernadine, que afirma que as coronavírus.
pessoas entendem ironia e gostam de humor (“They b) (F) Segundo o texto, o chef Deepanker Khosla tem
understand irony and appreciate the humor”), preparado alimentos que intensificam a imunidade,
Kunstler responde que não contaria com isso e não remédios que combatem o coronavírus.
(“I wouldn't count on it”), deixando clara sua posição. c) (F) O texto se concentra em um restaurante de Bangcoc,
como indica a primeira palavra que o compõe. A res-
c) (F) No trecho apresentado, Kunstler não afirma que é
peito de Mianmar é mencionado apenas o fato de a
preciso rir um pouco da situação do grupo nem que
equipe do chef Deepanker Khosla ser composta, pri-
ela é absurda.
mordialmente, por pessoas oriundas desse país.
d) (F) Kunstler diz para Bernadine que, se ela acreditar d) (V) Segundo o texto, o chef Deepanker Khosla, que
que a maioria das pessoas é inteligente, vai se comanda a cozinha de um restaurante de alto
decepcionar diariamente – trata-se, assim, de uma padrão de Bangcoc, tem deixado de lado a gas-
frase dirigida a uma pessoa específica, e não de tronomia molecular e se concentrado em alimentos
uma afirmação genérica. mais populares e nutritivos para lidar com a pande-
e) (F) O diálogo deixa claro que, na opinião de Kunstler, mia de coronavírus. Isso é evidenciado pelo uso do
as pessoas têm dificuldade para entender ironia e advérbio instead, que indica uma alternativa.
humor. Assim, esses elementos não poderiam ser e) (F) De acordo com o texto, restaurantes da Tailândia
usados para engajá-las. que trabalham com pratos finos foram obrigados a
fechar as portas e aderir ao sistema de entregas por
conta do coronavírus.
23 C
a) (F) Em nenhum momento o texto afirma que o grupo 25 B
ABBA cantava em inglês para sobreviver ou que a) (F) Embora o texto cite importantes atrações e locais
o número de pessoas que fala sueco vem dimi- de Londres (Tower, Westminster, London Eye), ele
nuindo – em vez disso, ele afirma que esse número não tem como objetivo apresentá-los.
é reduzido (Around 10 million people or so), por- b) (V) O texto aborda as diferentes formas de chegar à
tanto, o mercado consumidor de música em sueco Torre de Londres e também indica a sua localização
é muito pequeno se comparado ao em inglês, sig- logo na introdução (“The Tower is located [...]”). O
nificativamente maior. layout destaca estações de trem e o tempo de che-
b) (F) O texto assinala que o grupo cantava em inglês por gada a partir delas até a torre. O texto ainda men-
uma questão econômica envolvendo potencial de ciona que é possível chegar de barco até a torre
mercado, e não controle de gastos. Além disso, (“You can also travel by river boat”).
ele não trata dos artistas que compõem as canções c) (F) O texto indica o tempo gasto para percorrer a dis-
tância entre a Torre e as três estações de metrô:
interpretadas pelo quarteto sueco.
London Bridge Station, Liverpool Street Station e
c) (V) A resposta a esta questão pode ser encontrada em:
London Charing Cross Station.
“Singing in English opened the major world markets
d) (F) O trecho “You can also travel by river boat” indica
to them – Great Britain, the United States, Australia,
que, além do metrô, é possível chegar à Torre de
Canada and mainland Europe (where English Londres de barco, e não que é possível locomover-
is widely spoken as a second language in many -se de barco pela cidade.
countries)”. De acordo com esse trecho, cantar e) (F) Como indica o primeiro parágrafo (“The Tower is
em inglês abriu, para o grupo ABBA, os principais located [...]”), o texto se concentra apenas na Torre,
mercados mundiais, formados por países que falam mostrando que é possível ir de metrô ao local,
o idioma como primeira ou segunda língua. seguida de caminhada, e barco.
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c) (V) A afirmativa está correta e pode ser verificada no tre- d) (F) O texto não apresenta informações sobre doenças
cho “clubes y organizaciones se hayan propuesto, al que a leitura nas telas traz, apenas informa que ler
igual que con el racismo, combatir de raíz este tipo nas telas é mais incômodo e expõe estratégias para
de discriminación”, ou seja, clubes e organizações melhorar as condições de leitura.
buscam enfrentar esses problemas da mesma forma. e) (F) Não há intenção de desestimular a leitura, uma vez
d) (F) A alternativa está incorreta, visto que não é ver- que o texto se restringe a mostrar estratégias para
dade a afirmação de que o futebol prejudique, de proteger a visão durante a leitura nas telas.
maneira igual, tanto homens como mulheres. Na
verdade, o texto deixa claro que a desigualdade 14 C
afeta muito mais as mulheres. a) (F) Não há citação ao código de trânsito; o cartaz ape-
e) (F) O texto afirma que duas em cada três jogadoras, nas lista situações em que pode haver distração por
ou mulheres que atuam na indústria do futebol, já causa do uso do celular e usa um jogo de palavras
sofreram preconceito, não se restringindo apenas entre o termo rede e o verbo enredar.
àquelas que praticam diretamente o esporte. b) (F) Não há divulgação de dados sobre acidentes no
trânsito; o cartaz apenas busca alertar para os riscos
12 C do uso de celular durante a direção de veículos.
c) (V) O cartaz brinca com as expressões “estar en rede”
a) (F) De acordo com o texto, uma cidade inteligente e “estar enredado”, ou seja, estar on-line e envol-
se caracteriza pelo investimento em tecnologia ver-se em acidentes.
para melhorar a qualidade de vida de seus habi- d) (F) No cartaz, o termo te não é utilizado intencional-
tantes, o que proporciona uma mobilidade susten- mente em substituição ao verbo estar.
tável, diminui os efeitos climáticos e impede riscos e) (F) O trecho “Son las distracciones más comunes” não
ambientais. traz uma hipótese, mas uma afirmação.
b) (F) O texto faz referência ao uso de tecnologias, mas
não menciona que um de seus usos seria a filtra-
15 A
gem da poluição. A ideia explorada é mais ampla e
diz respeito ao desenvolvimento sustentável. a) (V) A narradora apresenta fatos que se referem à sua
c) (V) Na introdução do texto, o autor afirma que uma infância e ao momento em que narra, o que pode
cidade inteligente é aquela que usa a tecnologia ser visto nos trechos: “mi frustración, porque,
para melhorar a qualidade de vida de seus habitan- cuando pasaba por la puerta, ya no podía entrar
libremente” e “Me gusta el barrio”. Para isso, ela
tes − “Una ciudad inteligente es aquella que usa la
utiliza verbos no presente e no pretérito.
tecnología poniendo en el centro a sus habitantes
b) (F) Na verdade, o texto apresenta um sentido com-
para mejorar su calidad de vida.”
pleto e em nenhum momento se refere a partes
d) (F) O texto afirma que a mobilidade urbana susten-
da narrativa ou a outras informações que estejam
tável pode melhorar a qualidade do ar, mas não é
externas ao texto.
correto afirmar, de acordo com o texto, que esse
c) (F) O texto é narrado em primeira pessoa, o que revela
seja o único fator que torne uma cidade inteligente.
um narrador onisciente e que mostra de forma sub-
e) (F) A redução de congestionamentos no trânsito é
jetiva seu estado de espírito e suas impressões em
apontada como uma consequência do planeja-
relação aos fatos narrados, como se vê no trecho
mento urbano, mas não é um fator determinante “Lloré mucho más cuando, después de su muerte,
para que uma cidade seja considerada inteligente. perdimos la casa, al menos por unos años”.
d) (F) A narradora é onisciente, e os elementos e fatos
13 B narrados revelam subjetividade, o que foge à ideia
a) (F) O texto não apresenta a divulgação de pesquisas de um narrador impessoal.
sobre o hábito de leitura em tela; seu caráter cien- e) (F) O trecho descreve os elementos que compõem o
tífico é apoiado no argumento trazido pela opinião ambiente, mas também traz a percepção da narra-
de oftalmologistas. dora em relação a esses elementos.
b) (V) O texto apresenta estratégias para melhorar a lei-
tura em telas de celular e proteger a visão, como 16 D
nos trechos “existen aplicaciones que permiten a) (F) A autora não estabelece nenhum tipo de com-
cambiar el tamaño y fuente de las palabras”, que paração entre as formas de tratamento “tú” e
revela uma forma de forçar menos a visão para a “vos”, apenas faz uma crítica ao fato de os livros
leitura, e “los oftalmólogos recomiendan que se lea de ensino de espanhol não abordarem a dimensão
a unos 30 cm de distancia y al leer desde el celular do voseo sob nenhuma perspectiva, quando esta
se hace esto desde muy cerca”, que informa uma é a forma de tratamento predominante no país.
distância mínima necessária entre os olhos e a tela. Ademais, pelo trecho “Tampoco quiero decir que
c) (F) Embora o texto discorra sobre efeitos negativos da esté mal usar el ‘tú’ en nuestro país”, não se pode
leitura em telas, não há apelo para que os leitores dizer que a autora julga o voseo de mais importân-
leiam apenas em livros de papel. cia que o tuteo.
34
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
b) (F) A autora menciona a ideia de que a língua espa- e) (F) Pelo texto, infere-se que as redes sociais servem
nhola é vista como complexa como forma de intro- apenas como meio utilizado por pessoas precon-
duzir seu argumento principal, sem discordar dela, ceituosas para fomentar o ódio contra pessoas
apresentando, inclusive, o uso de diferentes prono- migrantes, por meio da disseminação de notícias
mes de tratamento como exemplo. falsas, que contribuem para a desinformação.
c) (F) A autora não rejeita as formas de ensino no país, ape-
nas faz uma crítica ao ensino do espanhol desconexo 18 C
com a realidade de seu país, dada a diversidade da a) (F) A expressão se refere ao sucesso de Star Wars, que
língua. Para isso, utiliza como exemplo o ensino de resiste ao tempo, sem apresentar aspectos especí-
pronomes de tratamento que privilegiam as formas tú ficos relativos às obras recentes da franquia.
e usted em detrimento do vos, visto que são aquelas b) (F) A expressão não se refere às produções para tele-
as formas de tratamento mais usuais em seu país. visão O Mandaloriano e A Guerra dos Clones, mas
d) (V) A autora defende que o ensino de língua espa- aos títulos clássicos de Star Wars.
nhola deve ser pautado na reflexão sobre o idioma, c) (V) O trecho “[...] Dave Filoni, conocido de forma popu-
sob uma perspectiva histórica ou dialetal, e utiliza, lar como el ahijado de Lucas, el hombre destinado a
para tanto, o caso das formas de tratamento típicas que La guerra de las galaxias siga siendo el fenómeno
da diversidade linguística de seu país – “he notado que es durante eones” torna válida a ideia de que o
que en los libros para la enseñanza del español no filme é um sucesso que resiste ao tempo, da mesma
se intenta dimensionar el voseo desde ninguna forma que credita parte desse sucesso ao diretor
perspectiva, ya sea histórica o dialectal, porque Dave Filoni. A expressão “eón” (durante eones) sig-
nifica um período indefinido de longa duração.
sería muy interesante si se incluyera en el bloque
d) (F) A expressão não foi utilizada para se referir às
de reflexión sobre la lengua”.
séries de TV O Mandaloriano e A Guerra dos Clo-
e) (F) A autora não atribui responsabilidades explicitamente,
nes. Ainda que elas estejam relacionadas ao diretor
mas tece uma perspectiva crítica sobre a prática dos
Dave Filoni, La guerra de las galaxias se refere aos
professores e a padronização dos materiais didáticos,
filmes que compõem a trilogia clássica de filmes da
que não consideram a diversidade da língua. franquia Star Wars.
e) (F) Trata-se do contrário. Foram os títulos clássicos de
17 D Star Wars que influenciaram o sucesso das séries O
a) (F) Ao dizer “Combatirla requerirá nuevas armas, pero Mandaloriano e A Guerra dos Clones.
diferentes a las que están proponiendo gobiernos,
como el de España”, o autor não considera como 19 C
eficientes os meios utilizados pela Espanha para a) (F) O texto não trata de um preconceito contra secre-
combater a disseminação de notícias falsas que ali- tárias virtuais, mas do estereótipo de que essas
mentam o ódio contra as minorias. secretárias teriam de ser do gênero feminino.
b) (F) O principal debate social promovido no texto está b) (F) A campanha sugere que vozes masculinas e femi-
relacionado à disseminação de notícias falsas, não ninas sejam utilizadas como forma de evitar o este-
à falta de segurança na Espanha. O compartilha- reótipo de assistente do gênero feminino. Essa
mento criminoso de uma fotografia de argelianos, ideia é validada pela hashtag “voces en igualdad”.
dando a entender que essas pessoas eram respon- c) (V) A construção verbal e visual da campanha reforça a
sáveis por atos de violência, é um exemplo utilizado ideia de que é preciso combater estereótipos natu-
ralizados socialmente. O trecho “Cortana, envía un
no texto para expor como pessoas mal-intenciona-
email” corrobora essa ideia, mostrando um exem-
das disseminam mentiras e o ódio contra minorias.
plo de ordem dada a uma assistente do gênero
c) (F) De acordo com o texto, não é a redução do uso das
feminino. O trecho “a veces los estereotipos de
redes sociais que diminuirá a desinformação, mas sim
género están tan cerca que cuesta oírlos”, por sua
a sua utilização de forma consciente, por meio da
vez, salienta que esses estereótipos podem estar
formação de cidadãos críticos que sejam capazes de
muito perto e incutidos na sociedade.
rechaçar e não compartilhar informações mentirosas. d) (F) A campanha denuncia estereótipos naturalizados,
d) (V) O texto trata principalmente da disseminação de revelados por meio da utilização de vozes femininas
notícias falsas na internet como forma de aumentar na maioria dos auxiliares eletrônicos, reproduzindo
a desinformação. De acordo com esse objetivo, é o estereótipo de mulher subserviente. Porém, não
apresentado como exemplo o compartilhamento são expostos casos específicos sobre o assunto.
criminoso de uma fotografia de argelianos, que, e) (F) A questão denunciada na campanha é a utilização
tirada de contexto, responsabilizava-os por atos de de vozes femininas em aplicativos de assistentes
violência. O argumento construído é de que práti- virtuais, posicionando a mulher em uma situação
cas similares, que são comuns, devem ser comba- inferior e de subserviência. Não se trata de inteli-
tidas, pois influenciam significativamente o forta- gência artificial ou de uma resistência ao uso delas,
lecimento de ideais prejudiciais para a sociedade, e o texto não afirma que tais assistentes são formas
destacando-se o ódio contra minorias. dessa tecnologia.
35
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
20 A 23 C
a) (V) A expressão sin embargo é usada para contrapor o a) (F) O estranho final que o filme apresenta é abordado
fato de o pai ter se manifestado naquela noite (Esa como mais uma justificativa para que se mante-
noche habló) com a ideia que o filho tinha de que nham os debates a seu respeito.
seu pai ficava sentado na poltrona talvez pensando b) (F) Mesmo que a história possua um protagonista,
em nada, ou que apenas aceitava o presente com a alegoria a que se relaciona a temática do filme
resignação.
envolve um aspecto coletivo da sociedade.
b) (F) A expressão sin embargo não relaciona uma suposta
c) (V) O texto resenha um filme que versa metaforica-
frieza do pai diante do desespero da esposa. Na
verdade, ela é utilizada para indicar que o pai teria, mente sobre a desigualdade e o desequilíbrio
naquela noite, assumido uma postura diferente da na divisão desproporcional de recursos. As frases
habitual, que era cristalizada na percepção do filho. anteriores à fala do autor ilustram o sistema de pirâ-
c) (F) Os pais não se perderam; essa ideia foi apenas uma mide que classifica as pessoas em diferentes cama-
hipótese irônica criada pelo filho diante do fato de das, cujas primeiras são sempre beneficiadas em
os pais terem chegado em casa depois dele. detrimento das demais.
d) (F) Ainda que os pais demonstrem enfrentar a situação d) (F) O comentário a respeito do debate realizado pelos
de forma diferente, a expressão sin embargo, na espectadores sobre o enredo do filme não se rela-
verdade, refere-se ao fato de o pai ter se posicio- ciona à alegoria citada por David Desola.
nado naquela noite, quando parecia sempre aceitar e) (F) O uso das expressões “los de arriba” e “los de
as coisas com resignação. abajo” está em conformidade com a alegoria apre-
e) (F) O narrador apresenta imprecisão sobre a idade que sentada, mas não a resume objetivamente. Além
tinha na situação relatada, contudo não demonstra disso, “los de arriba” indica a população privile-
um discurso confuso, narrando com clareza a situa- giada, e não a população desfavorecida.
ção adversa vivida por ele e a perspectiva de supera-
ção evidenciada pelo pai. A expressão sin embargo, 24 D
contudo, não é utilizada na construção dessa ideia.
a) (F) Na verdade, o texto sinaliza a ideia errônea de que
21 B os quadrinhos possuem como objetivo único o
a) (F) A palavra solamente não é negada, mas enfatizada rápido entretenimento.
por meio das aspas. b) (F) O público e os profissionais são citados no trecho
b) (V) A autora retoma o termo utilizado anteriormente como aqueles que igualmente atribuem valor a
na declaração do pai para enfatizar que, diante da manifestações artísticas.
pandemia, sentir apenas ansiedade é, de fato, algo c) (F) O texto dá a entender que o público e os profissionais
pelo qual se pode sentir confortado. são responsáveis por atribuir às histórias em quadri-
c) (F) A palavra solamente é um advérbio de caráter nhos a noção de produto simplório e superficial.
excludente que tem como tradução unicamente, d) (V) O autor utiliza o desinteresse das figuras de auto-
somente, apenas. Dessa forma, não se caracteriza ridade espanholas como exemplo para a manuten-
como gíria. ção das ideias negativas a respeito das histórias em
d) (F) Há, de fato, uma versão menos extensa da palavra quadrinhos.
solamente, solo. No entanto, o uso das aspas não e) (F) O valor econômico citado entre parênteses como um
remete a uma interpretação que dialogue com ela. dos fatores que agregam importância às obras de
e) (F) A palavra solamente faz parte do léxico da língua
arte não pertence à argumentação favorável do autor.
espanhola e não pode ser classificada como neo-
logismo.
25 B
22 A a) (F) O adjetivo gran não está sendo usado na tirinha em
a) (V) A expressão ilustra o pensamento de colocar-se no seu sentido de extensão, mas sim em sentido meta-
lugar dos telespectadores, como feito pela rede fórico, representando algo de muito valor.
televisiva, para justificar a criação de um conteúdo b) (V) Na tira, Enriqueta compara o uso de dois adjetivos,
adaptado à nova realidade. um superlativo ao outro. Gran (grande, em portu-
b) (F) Apesar de mencionar a grande dificuldade enfren- guês) está relacionado ao sentimento de tristeza,
tada pelos canais de televisão, a expressão desta- pela falta que a obra faz ao término de sua leitura.
cada não está relacionada diretamente a ela. c) (F) O esforço na fala da personagem verifica a necessi-
c) (F) Ainda que a crise justifique o cenário de instabili-
dade de distinguir o uso dos dois termos, portanto
dade da programação televisiva, a expressão não
não quer aproximá-los em relação à sinonímia.
está atrelada a este fato.
d) (F) A relação entre a pandemia e o congelamento de d) (F) A comparação realizada pela personagem se esta-
produções artísticas serve como introdução para o belece entre dois livros diferentes, o que invalida a
desenvolvimento da expressão em destaque, mas alternativa.
não explica seu objetivo. e) (F) Apesar de haver proximidade, familiaridade entre a
e) (F) O trecho cita a repetição de programas como um personagem e a literatura, a fala de Enriqueta não
fato quase inevitável, não havendo, assim, crítica a tem como objetivo reafirmar esse fato, mas produ-
esse acontecimento. zir uma reflexão sobre um tema específico.
36
Matemática e suas Tecnologias
37
Matemática e suas Tecnologias
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a fração da região
a quantidade de dias de duração da ração como da cabeça correspondente à região que vai das
120 2
sendo = 30 dias. sobrancelhas ao queixo, obtendo .
4 3
d) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e conside- 05 B
rou que o cachorro consome 10 kg de ração em 3
meses, ou seja, 90 dias. Assim, obteve a seguinte a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
1 : 20 e 1 : 25 como sendo as escalas corretas para
regra de três.
a representação do primeiro e do segundo projeto,
Quant . de ração Tempo de duração
10 kg ________ 90 dias 4 90 nessa ordem. Assim, concluiu que o escalímetro
d 36 dias mais adequado para ambos os projetos é o no 1,
4 kg ________ d 10
desconsiderando que o escalímetro no 3 também
Desse modo, concluiu que a pessoa precisaria com- possui as duas escalas consideradas.
prar ração novamente em 36 dias. b) (V) A escala a ser adotada no primeiro projeto deverá
e) (V) Considere d o tempo, em dia, que a quantidade ser de 0,20 cm : 100 cm = 1 : 500. Já no segundo
do novo sabor de ração irá durar. Como o cachorro projeto a escala a ser adotada deverá ser de
consome 10 kg de ração em 4 meses, ou seja, 120 0,25 cm : 100 cm = 1 : 400. Desse modo, constata-se
dias, e o consumo diário dele é constante, tem-se a que, tanto para o primeiro quanto para o segundo
seguinte regra de três. projeto, o escalímetro mais adequado é o no 2.
Quant . de ração Tempo de duração c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
10 kg ________ 120 dias d 4 120 48 dias 1 : 20 e 1 : 25 como sendo as escalas corretas para
4 kg ________ d 10 a representação do primeiro e do segundo projeto,
nessa ordem. Assim, concluiu que o escalímetro
Portanto, a quantidade do novo sabor de ração
mais adequado para ambos os projetos é o no 3,
durará 48 dias, e, dessa forma, a pessoa precisará
sem considerar que o escalímetro no 1 também
comprar ração novamente após esse tempo.
possui as duas escalas consideradas.
d) (F) Possivelmente, o aluno identificou corretamente a
04 B
escala a ser utilizada no primeiro projeto (1 : 500),
a) (F) Possivelmente, o aluno identificou que cada retân- no entanto se equivocou e considerou 1 : 25 como
1 1 sendo a escala a ser adotada no segundo. Desse
gulo representa de do rascunho, ou seja,
1 1 1 3 8 modo, concluiu que os escalímetros mais adequa-
. No entanto, esqueceu-se de multiplicar dos para o primeiro e para o segundo projeto, nessa
3 8 24
ordem, são os no 2 e no 3, desconsiderando que o
essa fração por 2 para obter a fração correspon-
escalímetro no 1 também possui a escala 1 : 25.
dente aos dois retângulos nos quais está com-
preendida a região que vai das sobrancelhas ao e) (F) Possivelmente, o aluno identificou corretamente a
escala a ser utilizada no segundo projeto (1 : 400),
queixo.
no entanto se equivocou e considerou 1 : 20 como
b) (V) Pelo texto, a região na qual está compreendida
sendo a escala a ser adotada no primeiro. Desse
1
a cabeça corresponde a do rascunho do corpo modo, concluiu que os escalímetros mais adequa-
8 dos para o primeiro e para o segundo projeto, nessa
humano. Como essa região está dividida em três ordem, são os no 3 e no 2, desconsiderando que o
retângulos congruentes, conclui-se que cada um escalímetro no 1 também possui a escala 1 : 20.
1 1
desses retângulos representa de do rascu-
1 1 1 3 8 06 D
nho, isto é, . Assim, como a região que
3 8 24 a) (F) Possivelmente, o aluno interpretou equivocada-
vai das sobrancelhas ao queixo equivale a dois des- mente que o valor recebido a mais pelo corretor
ses retângulos, constata-se que ela corresponde a corresponde a 6,25% do valor do imóvel, calcu-
1 1 lando 0,0625V = 5 000 ⇒ V = 80 000.
2 do rascunho do corpo humano.
24 12 b) (F) Possivelmente, o aluno interpretou equivocada-
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a fração do ras- mente que o valor recebido a mais pelo corretor
cunho correspondente à região na qual está com- corresponde a 6,25% do valor do imóvel reduzido
1 em R$ 5 000,00, calculando:
preendida a cabeça, obtendo . 0,0625 ∙ (V – 5 000) = 5 000 ⇒ V – 5 000 = 80 000 ⇒
8
V = 85 000
d) (F) Possivelmente, ao perceber que a região desejada
corresponde a dois retângulos congruentes e que o c) (F) Possivelmente, o aluno percebeu corretamente que
rascunho foi dividido em oito partes iguais, o aluno o valor recebido a mais pelo corretor corresponde a
considerou equivocadamente que a região que vai 6,25% da comissão constante em contrato, fazendo
0,0625C = 5 000 ⇒ C = 80 000, e que a comissão
2 1
das sobrancelhas ao queixo representaria = do corresponde a 6,25% do valor do imóvel, calcu-
rascunho. 8 4 lando 0,625V = 80 000 ⇒ V = 1 280 000, entretanto
38
Matemática e suas Tecnologias
interpretou de modo equivocado que o valor da b) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que a vida útil,
comissão deveria ser retirado do valor encontrado, em número de aula, de um marcador do tipo II é a
obtendo R$ 1 200 000,00. maior e, assim, concluiu que a escola deveria optar
d) (V) O valor que o corretor deveria receber era de 6,25%V, por esse tipo de marcador.
no entanto ele recebeu 6,25% ⋅ (V + 6,25%V) = 6,25%V c) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que um marcador
do tipo III é o que possui o menor preço e, assim,
+ 6,25% ⋅ 6,25%V. Calculando-se a diferença entre o
concluiu que a escola deveria optar por esse tipo
valor que o corretor recebeu e o valor que deveria
de marcador.
receber, encontra-se:
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou o custo por aula
(6,25%V + 6,25% ⋅ 6,25%V) – 6,25%V = 6,25% ⋅ 6,25%V considerando apenas o preço de uma carga e
Portanto, o valor recebido a mais pelo corretor cor- obteve que um marcador do tipo IV é o que pro-
responde a 6,25% da comissão (C) constante em porciona o menor custo, concluindo que a escola
contrato. Dessa forma, obtém-se: deveria optar por esse tipo de marcador.
0,0625C = 5 000 ⇒ C = 80 000 e) (V) Como cada marcador já vem carregado, serão
necessárias 9, 7, 1, 5 e 4 cargas para completar o
0,0625V = C ⇒ 0,0625V = 80 000 ⇒ V = 1 280 000
número máximo de cargas de cada um dos tipos de
e) (F) Possivelmente, o aluno percebeu corretamente marcadores I, II, III, IV e V, respectivamente. Assim, o
que o valor recebido a mais pelo corretor corres- custo por aula de cada tipo de marcador, conside-
ponde a 6,25% da comissão constante em contrato, rando a vida útil do produto, é:
fazendo 0,0625C = 5 000 ⇒ C = 80 000, e que a
comissão corresponde a 6,25% do valor do imóvel, Tipo Custo por aula
calculando 0,625V = 80 000 ⇒ V = 1 280 000, entre-
R $ 6, 00 9 R $ 2, 00 R $ 24, 00
tanto interpretou de modo equivocado que o valor I R $ 0, 40/aula
6 10 60
da comissão deveria ser adicionado ao valor encon-
trado, obtendo R$ 1 360 000,00. R $ 6, 70 7 R $ 2, 70 R $ 25, 60
II R $ 0,40/aula
88 64
07 E
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- R $ 4, 56 1 R $ 3, 00 R $ 7, 56
III R $ 0,42/aula
mente que 1 trilhão corresponde a 103 e, além 92 18
disso, calculou a distância em quilômetro em vez
de em metro, obtendo 100 anos-luz = 100 ∙ 9,46 ∙ R $ 8, 60 5 R $ 3, 20 R $ 24, 60
IV R $ 0,41/aula
103 km = 9,46 ∙ 105 km. 10 6 60
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
R $ 7, 05 4 R $ 3, 60 R $ 21, 45
mente que 1 trilhão corresponde a 106 e, além V R $ 0,39/aula
11 5 55
disso, calculou a distância em quilômetro em vez
de em metro, obtendo 100 anos-luz = 100 ∙ 9,46 ∙ Percebe-se que o tipo de marcador que apresenta
106 km = 9,46 ∙ 108 km. o menor custo por aula é o V e, portanto, esse será
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- o tipo escolhido pela escola.
mente que 1 trilhão corresponde a 109 e, além
disso, calculou a distância em quilômetro em vez 09 D
de em metro, obtendo 100 anos-luz = 100 ∙ 9,46 ∙ a) (F) Possivelmente, o aluno considerou o tempo mínimo
109 km = 9,46 ∙ 1011 km. da missão ao invés do máximo. Assim, contabili-
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou zou 30 dias após a data de embarque e concluiu
a distância em quilômetro em vez de em metro, que sábado, 27 de junho de 2020, seria a data de
obtendo: retorno.
100 anos-luz = 100 ∙ 9,46 ∙ 1012 km = 9,46 ∙ 1014 km b) (F) Possivelmente, o aluno considerou o tempo
e) (V) Como 1 trilhão equivale a 1012, conclui-se que 1 ano- mínimo da missão ao invés do máximo. Além disso,
-luz corresponde a 9,46 ∙ 1012 km. Portanto, a distân- desconsiderou que a data de retorno seria um dia
cia entre a Terra e o novo planeta encontrado é de após o término da missão, obtendo sexta-feira,
100 anos-luz = 100 ∙ 9,46 ∙ 1012 km = 9,46 ∙ 1014 km. Ao 26 de junho de 2020, como a data de retorno.
transformar a distância obtida de km para m, obtém- c) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente o dia
-se 9,46 ∙ 1014 km = 9,46 ∙ 1014 ∙ 103 m = 9,46 ∙ 1017 m. da semana, entretanto calculou o dia do mês con-
siderando que todos os meses têm 30 dias. Assim,
concluiu que sexta-feira, 27 de setembro de 2020,
08 E
seria a data de retorno.
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou o custo por aula de d) (V) O tempo máximo da missão é de 120 dias. Como
cada tipo de marcador considerando a vida útil do o embarque ocorreu no dia 27 de maio, contando-
produto, entretanto desconsiderou a carga já exis- -se 120 dias a partir dessa data, conclui-se que os
tente nele, concluindo que a escola deveria optar astronautas ficariam a bordo durante os 4 últimos
pelo marcador do tipo I. dias de maio, os 30 dias de junho, os 31 dias de
39
Matemática e suas Tecnologias
julho, os 31 dias de agosto e os 24 primeiros dias de d) (F) Possivelmente, o aluno calculou o volume de água,
setembro. Portanto, retornariam no dia 25 de setem- em L, utilizado pelos estudantes durante 3 dias,
bro. Sabendo que os astronautas partiram em uma entretanto não considerou o acréscimo de 10%,
quarta-feira e que o resto da divisão de 120 por 7 obtendo 1 500 ∙ 50 ∙ 3 = 225 000 L. Além disso, ao
(período para ocorrer novamente uma quarta-feira) transformar de L para m3 o volume encontrado, fez
é 1, conclui-se que a missão terminaria em uma quin- 225 000 L = 225 000 ∙ 0,01 m3 = 2 250 m3.
ta-feira. Assim, como o retorno ocorreria no primeiro e) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente o
dia após o término da missão, sexta-feira, 25 de volume de água, em L, utilizado pelos estudantes
setembro de 2020, seria a data de retorno. durante 3 dias, obtendo, com o acréscimo de 10%,
e) (F) Possivelmente, o aluno realizou os cálculos corre- 1 500 ∙ 50 ∙ 3 ∙ 1,10 = 247 500 L, porém, ao transformar
tamente, entretanto desconsiderou que a data de de L para m3 o volume encontrado, fez 247 500 L =
retorno seria um dia após o término da missão, 247 500 ∙ 0,01 m3 = 2 475 m3.
obtendo quinta-feira, 24 de setembro de 2020,
como a data de retorno. 12 C
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou o valor da
10 D área real do terreno em m2 ao relacionar a escala
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- A 1
com as áreas. Assim, calculou maquete Amaquete
4 Amaquete 809 10 4
25 10 6
mente que da população do município não foi 1 809 10 4
5 A maquete 0 , 3236 .
4 809 10 4 25 10 6 25 10 6
infectada pelo sorotipo 4, obtendo 15720 12576.
5 b) (F) Possivelmente, o aluno lembrou que a con-
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calcu- versão de metro para decímetro é feita por
lou a população infectada pelo sorotipo 4 como meio da multiplicação por 10 e considerou
1 1 que a conversão de m2 para dm2 também seria
15720 1834. Assim, considerou que feita dessa forma. Assim, concluiu que a área
5 12
a população não infectada pelo sorotipo 4 é real do terreno será 809 · 105 dm2, calculando
15 720 – 1 834 = 13 886. Amaquete 1 809 10 5
Amaquete 3, 236 .
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a quantidade de 809 10 5
25 10 6
25 10 6
habitantes que não contraiu a dengue, obtendo c) (V) A área real do terreno é de 809 hectares. Sabendo
11 que 1 hectare = 10 000 m2, conclui-se que a área do
15720 14 410 .
12 terreno equivale a 809 · 10 000 = 809 · 104 m2. Como
d) (V) A população infectada pelos sorotipos 1, 2 e 3 cor- a área na maquete deve ser expressa em dm2, é
4 1 1 necessário converter de m2 para dm2 a área obtida,
responde a da população total do muni- multiplicando-se o valor por 100. Logo, a área real do
5 12 15
cípio. Assim, a população total do município é de terreno, em dm2, equivale a 809 · 104 · 100 = 809 · 106.
15 ∙ 1 048 = 15 720 habitantes. A quantidade de habi- Como a escala é de 1 : 5 000, a relação entre as
tantes desse município que foi infectada pelo soro- áreas é expressa por:
2
1 1 Amaquete 1 Amaquete 1
tipo 4 é 15 720 262. Assim, conclui-se que Escala2
5 12 Areal 25 10 6
5000 Areal
a quantidade de habitantes do município que não
Assim, substituindo-se a área real do terreno,
foi infectada pelo sorotipo 4 é 15 720 – 262 = 15 458.
obtém-se:
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a quantidade de
habitantes do município, obtendo 15 720. Amaquete 1 809 10 6 809
Amaquete 32, 36
809 10 25 10 25 10 6
6 6
25
11 C d) (F) Possivelmente, o aluno considerou o valor da área
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou o volume de água, real do terreno em m2 ao relacionar a escala com
em m³, utilizado pelos estudantes durante 1 dia, as áreas. Além disso, não elevou a escala ao qua-
obtendo, com o acréscimo de 10%, 1 500 ∙ 50 ∙ 1,10 ∙ drado, calculando:
0,001 = 82,5 m3. Amaquete 1 809 10 4
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou o volume de água, Amaquete 1618
809 10
4
em m3, utilizado pelos estudantes durante 3 dias, 5000 5000
entretanto não considerou o acréscimo de 10%, e) (F) Possivelmente, o aluno converteu corretamente
obtendo 1 500 ∙ 50 ∙ 3 ∙ 0,001 = 225 m3. de m2 para dm2 a área real do terreno, obtendo
c) (V) O volume do reservatório é equivalente ao volume 809 · 106 dm2. No entanto, relacionou as áreas com
de água necessário para o consumo dos estudan- a escala de modo equivocado, sem elevá-la ao qua-
tes durante 3 dias acrescido de 10%, ou seja, é de drado. Assim, calculou:
1 500 ∙ 50 ∙ 3 ∙ 1,10 = 247 500 L. Ao transformar de L Amaquete 1 809 10 6
para m3 o volume encontrado, obtém-se 247 500 L = Amaquete 161800
809 10
6
247 500 ∙ 0,001 m3 = 247,5 m3. 5000 5000
40
Matemática e suas Tecnologias
41
Matemática e suas Tecnologias
42
Matemática e suas Tecnologias
Embalagem Custo por benefício d) (V) Pela comparação dos resultados obtidos no pri-
meiro e no segundo ensaios, constata-se que a
R $ 10, 00 taxa de multiplicação diária da colônia de bac-
E ≅ R $ 6, 67 / L
1, 5 L térias foi dobrada ao se manter a umidade cons-
R $ 5, 00 tante e quadruplicar a temperatura. Como 4 = 2,
F = R $ 5, 00 / L
1L conclui-se que a taxa de multiplicação (M) é dire-
tamente proporcional à raiz quadrada da tem-
Com base na tabela apresentada, percebe-se que as peratura (T). Já pela comparação dos resultados
embalagens das lojas C e E apresentam o mesmo obtidos no segundo e no terceiro ensaios, cons-
custo por benefício. tata-se que a taxa de multiplicação foi reduzida
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e conside- à metade ao se manter a temperatura constante
rou as lojas em que as embalagens apresentam os 1
menores custos por benefício, obtendo C, E e F. e dobrar a umidade. Como 2 = , conclui-se que a
1
e) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que os pontos do 2
gráfico associados às embalagens das lojas D, E e taxa de multiplicação (M) é inversamente propor-
F estão alinhados e, dessa forma, interpretou que cional à umidade (U). Dessa forma, obtém-se a rela-
apresentam o mesmo custo por benefício.
T
ção M k .
U
19 D
e) (F) Possivelmente, o aluno relacionou corretamente a
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou apenas o índice taxa de multiplicação diária (M) e a temperatura (T),
do mês de junho de 2020, fazendo 1,25x = 1 034 ⇒ no entanto se equivocou e considerou que a taxa
x = 827,2. de multiplicação (M) é inversamente proporcional à
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou apenas o índice T
do mês de junho de 2020 e calculou um acréscimo raiz quadrada da umidade (U), obtendo M k .
U
de 25%, obtendo 1,25 ∙ 1 034 = 1 292,5.
c) (F) Possivelmente, o aluno concluiu equivocadamente 21 C
que o acúmulo do primeiro semestre de 2019 a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao calcular
equivale a 75% do acúmulo do primeiro semestre l 4l
de 2020. Assim, calculou 75% de 3 069, obtendo o comprimento da sexta corda, obtendo l .
5 5
0,75 ∙ 3 069 ≅ 2 301,8. Assim, concluiu que a frequência do som emitido
d) (V) Sendo x o valor acumulado de janeiro a junho de 1 4
3069 pela primeira nota é de 440 176 Hz .
2019, tem-se 1, 25 x 3069 x x 2455, 2 . 2 5
1, 25
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou equivocadamente b) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
125% do acumulado no primeiro semestre de 2020, vocado, que a frequência do som emitido pela
obtendo: 1,25 ⋅ 3 069 ≅ 3 836,3. sexta nota corresponde ao dobro da frequência do
som emitido pela primeira, concluindo que a fre-
1
20 D quência pedida é de 440 220 Hz.
2
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
c) (V) Sendo l o comprimento da oitava corda, o com-
que a taxa de multiplicação diária (M) é diretamente
l 6l
proporcional à raiz quadrada do produto entre a umi- primento da sexta corda é l . Assim, con-
5 5
dade (U) e a temperatura (T), obtendo M k T U . siderando a relação de dependência constatada
b) (F) Possivelmente, o aluno relacionou corretamente a por Pitágoras, conclui-se que a frequência do som
taxa de multiplicação diária (M) e a umidade (U), no 6
entanto considerou, de modo equivocado, que a emitido pela oitava nota é de 440 528 Hz.
5
taxa de multiplicação diária (M) é diretamente pro- Como as notas musicais da sequência seguem a afi-
porcional ao quadrado da temperatura (T), obtendo nação Pitagórica, constata-se que a frequência do
T2 1
Mk . som emitido pela primeira nota é de 528 264 Hz.
U 2
c) (F) Possivelmente, o aluno relacionou corretamente a d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a frequência do
taxa de multiplicação diária (M) e a umidade (U), som emitido pela oitava nota em vez da frequência
no entanto considerou, de modo equivocado, que do som emitido pela primeira. Além disso, consi-
a taxa de multiplicação diária (M) é diretamente derou, de modo equivocado, que a posição da
proporcional à temperatura (T) ao identificar que o nota na sequência é inversamente proporcional à
aumento na temperatura ocasiona um aumento na frequência do som emitido por ela, concluindo que
T 6
taxa de multiplicação, obtendo M k . a frequência da oitava nota é de 440 330 Hz .
U 8
43
Matemática e suas Tecnologias
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e cal- d) (F) Possivelmente, o aluno associou o percentual de
culou a frequência pedida como sendo 6,38%, referente ao IOF, a US$ 6,38. Assim, con-
1 4 cluiu que o valor total pago pela compra seria de
1 440 440 352 Hz. (50 + 6,38) ∙ R$ 5,80 ≅ R$ 327,00.
5 5
e) (F) Possivelmente, o aluno converteu corretamente
22 A
US$ 50,00 em real, no entanto se equivocou no cál-
a) (V) Sabe-se que o volume máximo aproximado de culo da porcentagem ao determinar o valor do acrés-
água presente em um coco é de 500 mL, que equi- cimo relativo ao IOF, fazendo 0,638 ∙ R$ 290,00 =
valem a 500 cm3. Assim, a água de um coco pode R$ 185,02. Assim, concluiu que o valor total pago pela
ser vendida de três formas pela companhia.
compra seria de R$ 290,00 + R$ 185,02 = R$ 475,02.
Forma I: em 4 caixas pequenas, com faturamento
de 4 ⋅ R$ 2,50 = R$ 10,00.
Forma II: em 2 caixas médias, com faturamento 24 D
de 2 ⋅ R$ 4,80 = R$ 9,60. a) (F) Possivelmente, o aluno calculou o crescimento
Forma III: em 1 caixa grande, com faturamento absoluto em vez do crescimento percentual e, além
de 1 ⋅ R$ 7,10 = R$ 7,10. disso, realizou a subtração de forma equivocada,
Dessa forma, conclui-se que a primeira forma gera obtendo 488.
o maior faturamento, com vantagem máxima de
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou o crescimento
R$ 10,00 – R$ 7,10 = R$ 2,90.
absoluto em vez do crescimento percentual, encon-
b) (F) Possivelmente, o aluno concluiu corretamente que
o maior faturamento é gerado pela venda em cai- trando 709 – 321 = 388.
xas de tamanho pequeno, no entanto calculou a c) (F) Possivelmente, o aluno dividiu 709 por 321, encon-
vantagem máxima como sendo a diferença entre trando, aproximadamente, 2,21, e concluiu que o
os dois maiores valores de faturamento, obtendo raio mais extenso já registrado é 221% maior que o
R$ 10,00 – R$ 9,60 = R$ 0,40. anterior.
c) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que o preço da d) (V) Para obter o aumento percentual, deve-se realizar
caixa média é igual à média aritmética entre o uma comparação; assim, calcula-se a razão:
preço dos outros dois tamanhos de caixa, mas que,
em contrapartida, o volume de água presente na
caixa média é menor que a média aritmética entre o 709 321 388
1, 21 121%
volume presente nos outros dois tamanhos. Assim, 321 321
imaginou que o tamanho de caixa que fornece o e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e, para calcu-
maior faturamento é o médio e que a vantagem lar o aumento percentual, fez:
máxima seria de R$ 4,80 – R$ 2,50 = R$ 2,30.
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a vantagem
máxima de forma correta, entretanto se equivocou 709 321 388
0, 55 55%
e obteve o tamanho de caixa que gera o menor 709 709
faturamento em vez da que gera o maior.
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e obteve o 25 C
tamanho de caixa que gera o menor faturamento
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo
em vez do que gera o maior. Além disso, para
equivocado, que o total de médicos da capital
obter a diferença máxima no faturamento, calculou
brasiliense era de 10 196 – 6 662 = 3 534, obtendo
R$ 10,00 – R$ 9,60 = R$ 0,40.
338 3534 3534 100 000 3534 10 5
x
100 000 x 338 338
23 C
a) (F) Possivelmente, o aluno converteu corretamente 05 10 6.
x 10, 5 10 5 1,0
US$ 50,00 em real, no entanto desconsiderou o b) (F) Possivelmente, o aluno considerou o número
acréscimo relativo ao imposto sobre operações de médicos do SUS em vez do número total
financeiras (IOF). de médicos da capital brasiliense, obtendo
b) (F) Possivelmente, o aluno converteu corretamente
338 6662 6662 100 000 6662 10 5
US$ 50,00 em real, no entanto se equivocou no cál- x
culo da porcentagem ao determinar o valor do acrés- 100 000 x 338 338
cimo relativo ao IOF, fazendo 0,00638 ∙ R$ 290,00 = 97 10 6.
x 19, 7 10 5 1,9
R$ 1,85. Assim, concluiu que o valor total pago pela
c) (V) De acordo com o texto, Brasília possui 10 196 médi-
compra seria de R$ 290,00 + R$ 1,85 = R$ 291,85.
cos na proporção de 338 para cada 100 mil habitan-
c) (V) O valor total da compra foi de US$ 50,00. Conver-
tendo para real, segundo a cotação do dólar de tes. Dessa forma, sendo x a quantidade de habitan-
R$ 5,80 no dia da compra, obtém-se 50 ∙ R$ 5,80 = tes de Brasília, obtém-se:
R$ 290,00. O acréscimo relativo ao IOF corresponde 338 10196 10196 100 000 10196 10 5
x
a 6,38% de R$ 290,00, ou seja, 0,0638 ∙ R$ 290,00 ≅ 100 000 x 338 338
R$ 18,50. Portanto, o valor total pago pela compra
foi R$ 290,00 + R$ 18,50 = R$ 308,50. x 30, 2 10 5 3, 02 10 6
44
Matemática e suas Tecnologias
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou a proporção Por fim, fazendo uma rotação de 90° da última figura
de médicos de São Paulo em vez da de Brasília, (na parte inferior e à esquerda), no sentido anti-horá-
obtendo: rio e em torno de seu próprio centro, tem-se:
y
260 10196 10196 100 000 10196 10 5
x
100 000 x 260 260
x 39, 2 10 5 3, 92 10 6
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo
equivocado, que o total de médicos de Bra-
x
sília era de 10 196 + 6 662 = 16 858, obtendo O
338 16858 16858 100 000 16858 10 5
x
100 000 x 338 338
x 49, 9 10 5 4, 99 10 6.
Matemática 2 02 C
a) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e trocou a
01 E posição do destaque central com a posição dos
a) (F) Possivelmente, o aluno realizou as duas reflexões destaques das pontas.
corretamente, porém considerou uma rotação de b) (F) Possivelmente, o aluno não se atentou ao formato
90° em torno do ponto O (interseção dos eixos), do destaque central, desconsiderando que este
além de confundir sentido anti-horário com sentido deveria ter o formato de um quadrado.
horário na transformação 3. c) (V) Como as folhas têm formato quadrangular e são
b) (F) Possivelmente, o aluno realizou as duas reflexões centradas no ponto O, conclui-se que, após a
corretamente, porém considerou uma rotação de dobradura delas, a figura obtida terá a forma de um
90° no sentido anti-horário em torno do ponto O quadrado com um dos vértices no ponto O. Dessa
(interseção dos eixos) na transformação 3. forma, para se retirar o destaque central, deve-se
c) (F) Possivelmente, o aluno realizou as duas reflexões cortar um quadrado com um dos vértices no ponto
corretamente, porém confundiu sentido anti-horá- O. Como os destaques das pontas têm a forma de
rio com sentido horário na transformação 3. triângulos congruentes entre si, constata-se que,
d) (F) Possivelmente, o aluno realizou as duas reflexões
para retirá-los, devem-se cortar triângulos do vér-
corretamente, porém considerou uma rotação de
tice oposto ao vértice O. A figura a seguir ilustra
180° na transformação 3.
o processo descrito e, portanto, é a que melhor
e) (V) Após a primeira transformação (reflexão em torno
do eixo x), tem-se: representa a solução encontrada pela equipe de
y organização.
x
O
03 E
x a) (F) Possivelmente, o aluno não compreendeu o texto
O e, assim, concluiu que a opção mais econômica
seria continuar com o modelo de caixa atual.
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
que o modelo a ser escolhido pela empresa seria
aquele cujo volume é o menor, obtendo o modelo 2.
45
Matemática e suas Tecnologias
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou Desse modo, concluiu que o comprimento da cir-
que o modelo a ser escolhido pela empresa seria cunferência do cano menor em função de R é:
aquele cuja área superficial é a maior, obtendo o C 2r 2 [2R ( 2 1)] 4 R ( 2 1)
modelo 3. b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
d) (F) Possivelmente, após identificar os modelos que C1C3 = 2R + r e C1C2 = C2C3 = R. Além disso, equi-
possuem o mesmo volume do modelo 1 (mode-
vocou-se no desenvolvimento da equação oriunda
los 3, 4 e 5), o aluno calculou a área superficial
da aplicação do Teorema de Pitágoras, obtendo:
do modelo 5 corretamente, obtendo 216 cm2; no
(C1C3)2 = (C1C2)2 + (C2C3)2
entanto, calculou a área dos demais apenas pelo
(2R + r)2 = R2 + R2
produto dois a dois de suas dimensões, esquecen-
do-se de multiplicar o resultado encontrado por 2 e (2R + r)2 = 2R2
obtendo: 2R r R 2
Amodelo 1 = 8 cm ∙ 9 cm + 8 cm ∙ 3 cm + 9 cm ∙ 3 cm = r R 2 2R
123 cm2 r R ( 2 2)
Amodelo 3 = 6 cm ∙ 12 cm + 6 cm ∙ 3 cm + 12 cm ∙ 3 cm = Assim, concluiu que o comprimento da cir-
126 cm2 cunferência do cano menor em função de R é
Amodelo 4 = 6 cm ∙ 9 cm + 6 cm ∙ 4 cm + 9 cm ∙ 4 cm = C 2r 2R ( 2 2).
114 cm2 c) (F) Possivelmente, o aluno considerou corretamente
Assim, concluiu que o modelo de caixa escolhido C1C3 = 2R + 2r e C1C2 = C2C3 = 2R, no entanto se
pela empresa seria o de número 4, pois seria o que equivocou no desenvolvimento da equação oriunda
possui o mesmo volume do modelo atual e a menor da aplicação do Teorema de Pitágoras, obtendo:
área superficial. (C1C3)2 = (C1C2)2 + (C2C3)2
e) (V) O volume do modelo atual de caixa vale Vmodelo 1 = (2R + 2r)2 = (2R)2 + (2R)2
8 cm ∙ 9 cm ∙ 3 cm = 216 cm3. Calculando o volume (2R + 2r)2 = 2 · (2R)2
dos novos modelos propostos, obtém-se:
(2R + 2r)2 = 8R2
Vmodelo 2 = 7 cm ∙ 9 cm ∙ 3 cm = 189 cm3
2R 2r 2R 2
Vmodelo 3 = 6 cm ∙ 12 cm ∙ 3 cm = 216 cm3
Vmodelo 4 = 6 cm ∙ 9 cm ∙ 4 cm = 216 cm3 2r 2R 2 2R
Vmodelo 5 = 6 cm ∙ 6 cm ∙ 6 cm = 216 cm3 r R ( 2 1)
Assim, concluiu que o comprimento da cir-
Portanto, entre os novos modelos propostos, ape- cunferência do cano menor em função de R é
nas os modelos 3, 4 e 5 possuem o mesmo volume
C 2r 2R ( 2 1).
do modelo atual. Assim, para identificar qual deverá
ser o modelo escolhido pela empresa, calcula-se a d) (V) Traçando-se os segmentos C1C2, C1C3 e C2C3 que
área superficial de cada um deles. ligam os centros C1, C2 e C3 de três dos quatro
Amodelo 1 = 2 ∙ (8 cm ∙ 9 cm + 8 cm ∙ 3 cm + 9 cm ∙ 3 cm) = canos, tem-se a figura:
2 ∙ 123 = 246 cm2
Amodelo 3 = 2 ∙ (6 cm ∙ 12 cm + 6 cm ∙ 3 cm + 12 cm ∙ 3 cm) =
C3
2 ∙ 126 = 252 cm2
Amodelo 4 = 2 ∙ (6 cm ∙ 9 cm + 6 cm ∙ 4 cm + 9 cm ∙ 4 cm) =
2 ∙ 114 = 228 cm2
Amodelo 5 = 2 ∙ (6 cm ∙ 6 cm + 6 cm ∙ 6 cm + 6 cm ∙ 6 cm) =
2 ∙ 108 = 216 cm2
C1 C2
Logo, como o modelo 5 possui o mesmo volume
do modelo atual e a menor área superficial, conclui-
-se que esse será o modelo de caixa escolhido pela
empresa. Como o segmento C1C3 passa pelo centro da cir-
cunferência menor, conclui-se que C1C3 = 2R + 2r,
04 D em que r é o raio da circunferência menor. Além
disso, pode-se escrever C1C2 = C2C3 = 2R. O triân-
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
gulo de vértices C1, C2 e C3 é retângulo, e, portanto,
C1C3 = 2R + r. Assim, aplicando o Teorema de Pitá-
pode-se aplicar o Teorema de Pitágoras.
goras, obteve:
(C1C3)2 = (C1C2)2 + (C2C3)2 (C1C3)2 = (C1C2)2 + (C2C3)2
(2R + r)2 = (2R)2 + (2R)2 (2R + 2r)2 = (2R)2 + (2R)2
(2R + r)2 = 2 · (2R)2 (2R + 2r)2 = 2 · (2R)2
(2R + r)2 = 8R2 (2R + 2r)2 = 8R2
2R r 2R 2 2R 2r 2R 2
r 2R 2 2R 2r 2R 2 2R
r 2R ( 2 1) r R ( 2 1)
46
Matemática e suas Tecnologias
Como se deseja encontrar o comprimento da cir- e) (V) A capacidade da embalagem original é de Voriginal =
cunferência do cano menor, de raio r, calcula-se: 6 · 8 · 12 = 576 cm3. Para descobrir qual dos cinco
C 2r 2R ( 2 1) modelos de embalagem possui essa mesma capa-
cidade, calcula-se:
Portanto, o comprimento da circunferência do cano
Vmodelo 1 = a3 = 163 = 4 096 cm3
menor em função de R é C 2r 2R ( 2 1).
Vmodelo 2 = a3 = 183 = 5 832 cm3
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
Vmodelo 3 = a3 = 243 = 13 824 cm3
C1C3 = 2R + r e C1C2 = C2C3 = R. Assim, aplicando o
Vmodelo 4 = πr2h = 3 · 42 · 9 = 432 cm3
Teorema de Pitágoras, encontrou:
(C1C3)2 = (C1C2)2 + (C2C3)2
Vmodelo 5 = πr2h = 3 · 42 · 12 = 576 cm3
Dessa forma, conclui-se que o modelo de emba-
(2R + r)2 = R2 + R2
lagem 5 é o que possui a mesma capacidade da
(2R + r)2 = 2R2 embalagem original e, portanto, esse foi o modelo
2R r R 2 escolhido na votação.
r R 2 2R
r R ( 2 2) 06 C
Desse modo, concluiu que o comprimento da a) (F) Possivelmente, o aluno confundiu as fórmulas da
circunferência do cano menor em função de R é área e do comprimento da circunferência, calculando
2 · 3,14 · 50 = 314 m2.
C 2r 2R ( 2 2).
b) (F) Possivelmente, o aluno confundiu as fórmulas da
área e do comprimento da circunferência, além de
05 E utilizar a medida do diâmetro em vez da do raio.
Assim, calculou 2 · 3,14 · 100 = 628 m2.
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a c) (V) Segundo o texto, a primeira fase de construção do
capacidade da embalagem original, obtendo Voriginal = monumento compreendia uma área circular de 100 m
6 · 8 · 12 = 576 cm3; no entanto, considerou que a de diâmetro, ou seja, de 50 m de raio. Logo, a
raiz cúbica de 576 é 16 e, dessa forma, concluiu que medida dessa área é πr2 = 3,14 · 502 = 3,14 · 2 500 =
o modelo de embalagem 1 é o que possui a mesma 7 850 m2.
capacidade da embalagem original. Assim, consi- d) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a medida do diâme-
derou que o modelo 1 foi o escolhido na votação. tro em vez da do raio ao aplicar a fórmula da área,
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a calculando 3,14 · 1002 = 3,14 ∙ 10 000 = 31 400 m2.
capacidade da embalagem original, obtendo Voriginal = e) (F) Possivelmente, o aluno dobrou, ao invés de dividir
6 · 8 · 12 = 576 cm3; no entanto, considerou que a por 2, a medida do diâmetro para obter o raio. Assim,
raiz cúbica de 576 é 18 e, dessa forma, concluiu que calculou 3,14 · 2002 = 3,14 ∙ 40 000 = 125 600 m2.
o modelo de embalagem 2 é o que possui a mesma
capacidade da embalagem original. Assim, consi- 07 B
derou que o modelo 2 foi o escolhido na votação. a) (F) Possivelmente, o aluno calculou a medida corre-
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a tamente, entretanto se equivocou e converteu de
capacidade da embalagem original, obtendo Voriginal = centímetro para polegada a medida encontrada,
6 · 8 · 12 = 576 cm3; no entanto, considerou que a obtendo x = 75 cm = 30".
b) (V) Convertendo-se de polegada para centímetro a
raiz cúbica de 576 é 24 e, dessa forma, concluiu que
medida da diagonal, obtém-se 50" = 50 ∙ 2,50 =
o modelo de embalagem 3 é o que possui a mesma
125 cm. Sendo x a medida da altura da tela do
capacidade da embalagem original. Assim, consi-
televisor, como o comprimento da tela mede 100
derou que o modelo 3 foi o escolhido na votação. cm, pelo Teorema de Pitágoras, tem-se:
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a x2 + 1002 = 1252 ⇒ x2 + 10 000 = 15 625 ⇒ x2 = 5 625 ⇒
capacidade da embalagem original, obtendo Voriginal = x = 75 cm
6 · 8 · 12 = 576 cm3; no entanto, não considerou c) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
o valor de π na fórmula do cálculo do volume do mente o comprimento do televisor como a hipo-
cilindro e, além disso, utilizou 8 cm como valor do tenusa do triângulo retângulo e, além disso, não
raio, obtendo: converteu de polegada para centímetro a medida
Vmodelo 1 = a3 = 163 = 4 096 cm3 da diagonal. Dessa forma, pelo Teorema de Pitágo-
Vmodelo 2 = a3 = 183 = 5 832 cm3 ras, obteve x2 + 502 = 1002 ⇒ x2 + 2 500 = 10 000 ⇒
47
Matemática e suas Tecnologias
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- para fabricar cada pingente é 3 ∙ 4,5 = 13,5 cm.
mente a altura do televisor como a hipotenusa do Portanto, o custo de fabricação de um pingente é
triângulo retângulo. Dessa forma, pelo Teorema de de 13,5 ∙ R$ 4,20 = R$ 56,70.
Pitágoras, obteve x2 = 1002 + 1252 ⇒ x2 = 10 000 + e) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a fórmula do com-
15 625 ⇒ x2 = 25 625 ⇒ x ≅ 160,1. primento de uma circunferência sem a dividir por 2.
Assim, obteve que o custo de fabricação de um
08 B pingente é de 2 ∙ R$ 56,70 = R$ 113,40.
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou como eixos de
simetria apenas as diagonais que passam pelo cen- 10 A
tro do polígono, obtendo 4.
a) (V) As diagonais que representam eixos de simetria
b) (V) Há 4 eixos de simetria correspondentes às media-
são as diagonais que passam pelo centro do polí-
trizes de dois lados paralelos entre si e 4 eixos de
simetria que correspondem às diagonais que pas- gono regular; no caso do icoságono regular, são
sam pelo centro do polígono, totalizando 8 eixos 20
= 10 diagonais.
de simetria, conforme indicado na figura a seguir. 2
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equi-
F E vocada, que todos os eixos de simetria são diago-
nais, dessa forma calculou o número de eixos de
G D simetria de um icoságono regular e obteve 20.
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equi-
vocada, que a metade do total de diagonais de um
polígono regular é também eixo de simetria, assim
H C 170
obteve = 85.
2
A B d) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equi-
vocada, que os eixos de simetria são as diagonais
que não passam pelo centro do polígono regular,
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a quanti-
dessa forma obteve 170 – 10 = 160.
dade de mediatrizes seria 8 (uma para cada lado)
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equi-
e que a quantidade de diagonais que passam pelo
vocada, que todas as diagonais de um polígono
centro seria 4, totalizando 12 eixos de simetria.
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a quanti- regular são eixos de simetria. Assim, calculou o
dade de mediatrizes seria 8 (uma para cada lado) total de diagonais de um icoságono regular e
e que a quantidade de diagonais que passam pelo n (n 3) 20 17
obteve 170.
centro seria 8 (uma para cada vértice), totalizando 2 2
16 eixos de simetria.
11 B
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a quan-
tidade de eixos de simetria é igual à quanti- a) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o ângulo α
dade de diagonais de um octógono, obtendo seria o suplementar de 135°, ou seja, 45°.
8 (8 3) 8 5 b) (V) Prolongando o segmento DE, no sentido de D, até
20 .
2 2 um ponto H em AB, tem-se:
A
09 D
a) (F) Possivelmente, o aluno confundiu o custo com a 120°
quantidade de fio utilizada, obtendo 3 ∙ 4,5 = R$ 13,50. F
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou o custo de fabri-
cação de apenas uma semicircunferência, fazendo 130°
D
4,5 ∙ R$ 4,20 = R$ 18,90. H
c) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a fórmula do com- E
130° 135°
primento de uma circunferência sem a dividir por
2, fazendo C = 2 ∙ 3 ∙ 1,5 = 9 cm. Além disso, 135°
a 45°
calculou o custo de fabricação de apenas uma B
C
semicircunferência, fazendo 9 ∙ R$ 4,20 = R$ 37,80.
d) (V) O comprimento de uma semicircunferência Da figura, percebe-se que:
de raio r é dado por C = πr. Como o raio das
I. O ângulo interno C do polígono ABCDEF mede
semicircunferências que formam o pingente é
igual a 1,5 cm, o comprimento de cada uma 45°, pois é o suplementar de 135°.
delas é C = 3 ∙ 1,5 = 4,5 cm. Assim, como cada II. Como os segmentos BC e DE são paralelos, o
ângulo de 135° e o ângulo CDH são alternos inter-
pingente é formado por três semicircunferên-
cias côngruas, a quantidade de fio utilizado nos e, portanto, congruentes.
48
Matemática e suas Tecnologias
III. Como os segmentos AB e EF são paralelos, o modo, concluiu que a diferença, em módulo, entre
ângulo de 130° e o ângulo BHD são alternos inter- os números obtidos nas duas transformações é
nos e, portanto, congruentes. |5 821 – 1 285| = |4 536| = 4 536.
Logo, como a soma dos ângulos internos de um
trapézio (quadrilátero) vale 360°, obtém-se: 13 E
α + 130° + 135° + 45° = 360° ⇒ α = 50°
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a soma dos ângu- a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas
los internos de um polígono convexo de 6 lados, calculou a área lateral das embalagens do atual
Si = (6 – 2) · 180° = 720°, desconsiderando que o polí- modelo, obtendo 150 cm2.
gono correspondente é côncavo. Em seguida, obser- b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou o
45 e que D 315, calculou: volume das embalagens do atual modelo, obtendo:
vando que C
Vatual = 3 ∙ 2,52 ⋅ 10 = 187,5 cm3
120° + α + 45° + 315° + 130° + F = 720° ⇒ α + F = 110° c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
Por fim, considerou que F e concluiu que área lateral do novo modelo de embalagem em vez
110 do volume, obtendo 300 cm2.
55 . d) (F) Possivelmente, o aluno concluiu que o volume
2
dobraria, já que a nova embalagem é construída
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o ângulo α
pela junção das superfícies laterais de duas embala-
seria o suplementar de 120°, ou seja, 60°.
gens do atual modelo. Assim, calculou o volume da
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a soma dos ângu-
los internos de um polígono convexo de 6 lados, embalagem do atual modelo e multiplicou por 2 o
Si = (6 – 2) · 180° = 720°, desconsiderando que o resultado obtido, encontrando Vatual = 3 ∙ 2,52 ∙ 10 =
polígono correspondente é côncavo. Em seguida, 187,5 cm3 e Vnovo = 2 ∙ Vatual = 2 ∙ 187,5 = 375 cm3.
45 e que D 315, considerou e) (V) A altura do atual modelo de embalagens não
observou que C sofrerá modificação, portanto, para descobrir o
equivocadamente que F 45 e calculou 120° + α + volume do novo modelo, precisa-se encontrar a
45° + 315° + 130° + 45° = 720° ⇒ α = 65°. medida do raio da base das novas embalagens.
12 B Sendo A a área lateral do atual modelo de embala-
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou que os números gens, tem-se A = 2 ∙ 3 ∙ 2,5 ∙ 10 = 150 cm2. Sabe-se
obtidos nas duas transformações seriam iguais e que, que a área lateral do novo modelo de embalagem
portanto, a diferença entre eles seria igual a zero. será igual ao dobro da área lateral do atual modelo,
ou seja, 300 cm2. Assim, sendo S a área lateral e r o
b) (V) O número obtido na primeira transformação é 1 582, raio do novo modelo de embalagem, tem-se:
visto que as reflexões dos algarismos 1 e 8 têm como
300
resultados os mesmos algarismos 1 e 8, e as refle- S 2 3 r 10 300 60r 300 r 5 cm
60
xões dos algarismos 2 e 5 têm como resultados 5 e
2, respectivamente. Na segunda transformação, o Portanto, o volume do novo modelo de embala-
número obtido é 1 285, pois a rotação de um número gem será Vnovo = πr2h = 3 ∙ 52 ∙ 10 = 750 cm3.
em 180° equivale a reescrever os seus algarismos em
ordem inversa. Portanto, a diferença, em módulo, 14 B
entre os números obtidos nas duas transformações é a) (F) Possivelmente, o aluno acreditou que os ângulos α,
|1 582 – 1 285| = |297| = 297. β, θ e ϕ, nessa ordem, formam uma progressão arit-
c) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente o mética (P.A.). Assim, considerou que a soma entre
resultado da segunda transformação, mas reali- quaisquer dois termos equidistantes é constante,
zou a reflexão dos algarismos do número 5 821 obtendo α + ϕ = β + θ.
isoladamente, de modo a obter o número 2 851 b) (V) Observe a figura a seguir.
como resultado da primeira transformação. Dessa
forma, concluiu que a diferença, em módulo, entre
os números obtidos nas duas transformações é ξ
α λ
|2 851 – 1 285| = |1 566| = 1 566.
d) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente o
resultado da primeira transformação, mas inter-
pretou equivocadamente que o número obtido ϕ
λ δ
na segunda transformação era igual a 5 821. Desse
modo, concluiu que a diferença, em módulo, entre
os números obtidos nas duas transformações é
|1 582 – 5 821| = |–4 239| = 4 239. θ
φ
e) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente o
resultado da segunda transformação, mas inter- b
pretou de modo equivocado que o número obtido
na primeira transformação era igual a 5 821. Desse
49
Matemática e suas Tecnologias
50
Matemática e suas Tecnologias
e) (F) Possivelmente, o aluno obteve o ângulo obtuso do d) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a área
trapézio, no entanto se equivocou e calculou o reple- lateral do tronco de cone, obtendo AT = 4 500 cm2,
mento desse ângulo, obtendo 360° – 135° = 225°. no entanto, ao calcular a quantidade de peças
de cada material, trocou os valores, encontrando
18 C 8 peças do tipo A e 9 peças do tipo B. Assim, con-
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi- cluiu que, usando o material do tipo A, o custo seria
vocado, que o tamanho da aliança corresponde à de R$ 24,00 e, usando o material do tipo B, o custo
medida de sua circunferência interna. seria de R$ 31,50. Dessa forma, constatou que, para
b) (F) Possivelmente, o aluno obteve o diâmetro interno ter o menor custo, deveriam ser compradas 8 peças
de uma aliança de tamanho 14 em vez da medida do material do tipo A.
da circunferência interna dela, obtendo 16,20 mm. e) (V) A área lateral (AL) de um tronco de cone é dada por
c) (V) De acordo com a tabela, uma aliança de tamanho 14 AL = π ∙ g ∙ (R + r), em que g representa a geratriz e
tem 16,20 mm de diâmetro interno. Dessa maneira, R e r representam os raios das bases do tronco de
16, 20 cone. Percebe-se que a medida da geratriz (g) do
o raio interno dela mede = 8,10 mm. Para tronco de cone que dá forma à luminária é igual à
2
obter a medida da circunferência interna da aliança, medida da hipotenusa de um triângulo retângulo
calcula-se: de catetos medindo 18 cm e 24 cm, ou seja:
C = 2πr = 2 ∙ 3,14 ∙ 8,10 ≅ 50,9 mm g2 = 182 + 242 ⇒ g2 = 900 ⇒ g = 30 cm
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi- Dessa forma, a área lateral da luminária é AL = 3 ∙ 30 ∙
vocado, que o tamanho da aliança corresponde ao (34 + 16) = 4 500 cm2. Assim, usando o material do
raio da circunferência interna dela, obtendo C = 2 ∙ 4 500
tipo A, serão necessárias = 9 peças com custo
3,14 ∙ 14 ≅ 87,9 mm. 500
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi- total de 9 ⋅ R$ 3,00 = R$ 27,00 e, usando o material
vocado, que a medida de 16,20 mm corresponde 4 500
do tipo B, serão necessárias = 7, 5 peças. No
ao raio da circunferência interna da aliança em 600
vez de ao diâmetro, obtendo C = 2 ∙ 3,14 ∙ 16,20 ≅ entanto, como são vendidas apenas peças comple-
101,7 mm. tas, deverão ser compradas 8 peças do material do
tipo B com custo total de 8 ⋅ R$ 3,50 = R$ 28,00.
19 E Portanto, para ter o menor custo, deve-se comprar
9 peças do material refletivo do tipo A.
a) (F) Possivelmente, o aluno verificou que o material do
tipo B tem o menor custo por cm2, assim conside-
20 B
rou que esse seria o tipo de material que forneceria
o menor custo. Em seguida, para obter a quanti- a) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
dade de peças necessárias, calculou a área lateral vocado, que há 13 espaçamentos entre os 13 peda-
do tronco de cone, obtendo 4 500 cm2, e dividiu ços da barra de chocolate. Assim, concluiu que o
o resultado encontrado por 600, encontrando 7,5, volume livre gerado por cada um deles seria de
entretanto arredondou o resultado obtido para o 20, 4
≅ 1, 57 cm3 .
menor inteiro mais próximo, obtendo 7. 13
b) (F) Possivelmente, o aluno verificou que o material do b) (V) O volume total de cada caixa é dado por V = Abase ∙ h,
tipo B tem o menor custo por cm2, assim conside- em que h representa a altura dela. Como a base
rou que esse seria o tipo de material que forneceria de um prisma regular é um polígono regular, con-
o menor custo. Em seguida, para obter a quanti- clui-se que a base de cada caixa tem a forma de
dade de peças necessárias, calculou a área lateral um triângulo equilátero, cuja área pode ser calcu-
do tronco de cone, obtendo 4 500 cm2, e dividiu o
l2 3
resultado encontrado por 600, encontrando 7,5, e lada pela fórmula A = , em que l é a medida da
4
concluiu que seriam necessárias 8 peças do mate-
rial do tipo B. aresta da base. Assim, obtém-se:
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a área total do V = Abase ∙ h
tronco de cone em vez da área lateral e, além disso, l2 3
fez R = 24 cm e r = 18 cm, obtendo: V 4
h
AT = π ∙ [R2 + g ∙ (R + r) + r2]
AT = 3 ∙ [242 + 30 ∙ (24 + 18) + 182] 42 3
V 15
AT = 6 480 cm2 4
Assim, concluiu que, usando o material do tipo A,
V 60 3 60 1, 7 102 cm
3
51
Matemática e suas Tecnologias
52
Matemática e suas Tecnologias
V2 = 4 ∙ 5 = 20 cm3. Porém, não percebeu que d) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
esse raciocínio só estaria correto caso as demais vocado, que a árvore de Natal tem o formato de
variáveis se mantivessem constantes. Além disso, um cone oblíquo. Além disso, não percebeu que os
esqueceu-se de subtrair os 5 cm3 de terra presentes pisca-piscas estão conectados por um mesmo fio.
no antigo vaso. e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
d) (V) Indicando com índice 1 as medidas do antigo vaso vocado, que os pisca-piscas estão todos concentra-
e com índice 2 as do novo, o volume de terra de dos na base da árvore de Natal.
cada um deles é:
h 25 B
V (r1 )2 1
1 2 a) (F) Possivelmente, o aluno relacionou os dados numé-
V2 = π ∙ (r2) ∙ h2
2 ricos do texto de modo equivocado, considerando
que, como um hexágono possui 6 lados, o número
Como o novo vaso tem o dobro do diâmetro da
60 3 180
base do antigo, a mesma altura e foi completa- de faces hexagonais seria dado por 30.
mente preenchido, conclui-se que o raio da base 6 6
b) (V) O poliedro convexo que dá forma à estrutura da
do novo vaso é o dobro do raio da base do antigo
molécula tem número de vértices V = 60. De cada
e que h2 = h1, respectivamente. Assim, obtém-se:
um dos vértices partem 3 arestas, já que todos os
V2 = π ∙ (2 ∙ r1)2 ∙ h1 ângulos do poliedro são triedros. Desse modo, como
V2 = 4 ∙ π ∙ (r1)2 ∙ h1 cada aresta liga dois vértices consecutivos, o número
V2 = 4 ∙ (2 ∙ V1) 3 60 180
V2 = 8 ∙ V1 de arestas do poliedro é A 90. Sendo
2 2
Portanto, o volume de terra do novo vaso é oito F5 e F6, respectivamente, as quantidades de faces
vezes o volume de terra do antigo. Assim, para pentagonais e hexagonais do poliedro, pela Rela-
preenchê-lo completamente, foi necessário acres- ção de Euler, obtém-se:
centar sete vezes o volume de terra presente V + F = A + 2 ⇒ 60 + F = 90 + 2 ⇒
no antigo vaso (V2 – V1 = 8V1 – V1 = 7V1), ou seja, F = 92 − 60 = 32 ⇒ F5 + F6 = 32
7 ∙ 5 = 35 cm3. Pela relação entre o número de arestas e o número
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou o volume de terra de lados das faces (polígonos) que compõem o
necessário para preencher o novo vaso desconsi- poliedro, tem-se:
derando o volume de terra existente no antigo e 5F5 + 6F6 = 2A ⇒ 5F5 + 6F6 = 2 ⋅ 90 ⇒ 5F5 + 6F6 = 180
obteve V2 = 8 ∙ 5 = 40 cm3. Assim, tem-se o sistema de equação:
F5 F6 32 F5 F6 32
24 C
5F5 6F6 180 5F5 5F6 F6 180
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
F5 F6 32
vocado, que as luzes pisca-piscas estão apenas ao
redor da base da árvore de Natal. 5 (F5 F6 ) F6 180
b) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que as luzes pisca- A partir da segunda equação, encontra-se:
-piscas estão dispostas ao redor da superfície lateral 5 · 32 + F6 = 180
da árvore de Natal, no entanto não percebeu que os 160 + F6 = 180
pisca-piscas estão conectados por um mesmo fio e F6 = 180 – 160 = 20
que, por esse motivo, a vista superior não pode ser Portanto, o número de faces hexagonais é F6 = 20.
representada por circunferências concêntricas. c) (F) Possivelmente, o aluno calculou o número de faces
c) (V) A vista superior corresponde à projeção ortogonal pentagonais do poliedro em vez de calcular o
dos pisca-piscas no plano horizontal, visto que uma número de faces hexagonais, obtendo 12.
pessoa, ao ver a árvore exatamente de cima, não d) (F) Possivelmente, o aluno obteve o número de arestas
tem noção de profundidade. Dessa forma, como do poliedro (A = 90), mas o relacionou inadequada-
os pisca-piscas estão todos interligados por um mente com o número de lados das faces (polígo-
mesmo fio, que percorre a extensão da árvore em nos), considerando a equação 5F5 + 6F6 = 90. Dessa
sua superfície lateral, a projeção tem o formato de forma, observando que os valores F5 = 6 e F6 = 10
uma espiral, conforme indica a figura a seguir. satisfazem a essa equação, concluiu que há 10 faces
hexagonais na estrutura.
e) (F) Possivelmente, o aluno obteve o número de arestas
do poliedro (A = 90), mas o relacionou equivocada-
mente com o número de lados das faces (polígo-
nos), considerando a equação 5F5 + 6F6 = 90. Dessa
forma, observando que os valores F5 = 12 e F6 = 5
satisfazem a essa equação, concluiu que há 5 faces
hexagonais na estrutura.
53
Matemática e suas Tecnologias
p – 1 = 3
p = 3 + 1 = 4 C 5
Dessa forma, conclui-se que a meta de captação
que garante o atingimento da meta de lucro sem Como inscreveram-se 40 candidatos para a área
superá-la é a III e, portanto, essa foi a meta esco- de Matemática e 5 deles não foram aprovados em
lhida pela empresa. nenhum dos três componentes, tem-se:
d) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e considerou 7 + (12 – x) + 5 + x + y + z + (20 – x – y – z) = 40 – 5
que 125 000 equivale a 504, obtendo: 44 – x = 35
p – 1 = 4 x = 44 – 35
p = 4 + 1 = 5 x=9
Assim, concluiu que a meta de captação escolhida Portanto, 9 candidatos foram aprovados nos três
pela empresa foi a IV. componentes da prova e, consequentemente, para
e) (F) Possivelmente, o aluno identificou que essa é a a segunda fase do concurso.
maior meta de captação e que, portanto, é a que
oferece o maior lucro para a empresa. Desse modo, 03 E
concluiu que a meta de captação V foi a escolhida,
a) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o número
desconsiderando que a empresa decidiu escolher
atual de vagas de carro (40) é menor que o número
aquela que garante o atingimento da meta de lucro
de funcionários que indicou que vai ao trabalho de
sem superá-la.
carro (50), no entanto concluiu que haverá neces-
sidade de ampliação apenas do número de vagas
02 E para carros, desconsiderando a necessidade de
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas sub- ampliação do número de vagas para bicicletas.
traiu o número de candidatos aprovados somente b) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o número
em Conhecimentos Específicos do número de can- atual de vagas para bicicletas (20) é menor que
didatos aprovados somente em Língua Portuguesa, o número de funcionários que indicou que vai
obtendo 7 – 5 = 2 candidatos. ao trabalho de bicicleta (30), no entanto concluiu
b) (F) Possivelmente, o aluno se esqueceu de subtrair do que haverá necessidade de ampliação apenas do
total de candidatos inscritos os 5 candidatos que número de vagas para bicicletas, desconsiderando
não foram aprovados em nenhum dos três compo- a necessidade de ampliação do número de vagas
para carros.
nentes da prova, obtendo:
c) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o número
7 + (12 – x) + 5 + x + y + z + (20 – x – y – z) = 40
atual de vagas para carros (40) é menor que o
44 – x = 40
número de funcionários que indicou que vai ao
x = 44 – 40
trabalho de carro (50), entretanto se confundiu e
x = 4
54
Matemática e suas Tecnologias
considerou o número atual de vagas para motos d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
como sendo o número de funcionários que indicou que o pé da criança mede 28 cm. Além disso, subs-
que vai ao trabalho de moto e vice-versa. Dessa tituiu P por 28 na fórmula utilizada no Brasil em vez
forma, concluiu que haverá necessidade de amplia- de substituir na fórmula da Europa, encontrando
ção do número de vagas para carros e motos. 5 28 28
SB 42.
d) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o número 4
atual de vagas de bicicleta (20) é menor que o e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
número de funcionários que indicou que vai ao que o pé da criança mede 28 cm. Assim, substituiu
trabalho de bicicleta (30), entretanto se confundiu P por 28 na fórmula utilizada na Europa, encon-
e considerou o número atual de vagas para motos 5 28 36
trando SE 44.
como sendo o número de funcionários que indicou 4
que vai ao trabalho de moto e vice-versa. Dessa
forma, concluiu que haverá necessidade de amplia- 05 A
ção do número de vagas para bicicletas e motos. a) (V) Como foi possível identificar que o idioma do livro
e) (V) De acordo com o texto, a pesquisa foi realizada seria inglês, conclui-se que a probabilidade de
com 200 funcionários. De acordo com o gráfico, o livro sorteado ser do gênero fantasia deve ser
3 tomada apenas sob os títulos escritos em inglês.
desses funcionários vão ao trabalho de bici- Como há 5 + 8 + 4 + 3 = 20 livros na lista de desejos
20
5 2 do cliente escritos em inglês, dos quais 4 são do
cleta, vão ao trabalho de carro, e vão ao gênero fantasia, constata-se que a probabilidade
20 20
solicitada vale:
trabalho de moto. Dessa forma, constata-se que
3 4
200 3 10 30 funcionários vão ao trabalho = 0=
, 2 20%
20 20
5 b) (F) Possivelmente, o aluno confundiu a probabilidade
de bicicleta, que 200 5 10 50 funcionários condicional, calculando a probabilidade de o livro
20
2 ser escrito em inglês dado que ele é do gênero fan-
vão ao trabalho de carro e que 200 2 10 20 4
20 tasia, obtendo= 0= , 25 25%.
funcionários vão ao trabalho de moto. Como a 16
empresa disponibiliza atualmente 40 vagas para c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
carros, 30 vagas para motos e 20 vagas para bicicle- probabilidade de se obter um livro de fantasia de
tas, conclui-se que haverá necessidade de amplia- qualquer um dos dois idiomas, desconsiderando a
ção do número de vagas para bicicletas e carros. restrição de o livro ser escrito em inglês e obtendo
16
= 0= , 32 32%.
04 C 50
a) (F) Possivelmente, o aluno compreendeu o d) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e calculou
a probabilidade de o cliente ganhar um livro do
enunciado e substituiu SB por 28, obtendo
gênero fantasia dado que ele está escrito em por-
5P 28
28 5P 84 P 16, 8 17. No entanto, 12
4 tuguês, obtendo = 0= , 4 40%.
30
equivocou-se e considerou que o valor obtido cor-
e) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e calcu-
responderia ao número solicitado.
lou a probabilidade de o cliente ganhar um livro
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e con-
do gênero fantasia escrito em inglês, obtendo
siderou que a criança calça o número 28 na
4
Europa. Assim, substituiu SE por 28, obtendo = 0, 08. Além disso, considerou equivocada-
50
5P 36
28 5P 76 P 15, 2. Em seguida, mente que 0,08 equivale a 80%.
4
substituiu P por 15,2 na fórmula utilizada no Brasil,
5 15, 2 28 06 B
encontrando SB 26 . Por fim, conside-
4 a) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente a
rou que o valor obtido corresponderia ao número natureza dos números que expressam a área do
solicitado. quadrado e a do octógono, entretanto acreditou
c) (V) A expressão que relaciona o número do calçado que, como o raio do círculo é expresso por um
no Brasil ao número correspondente do calçado na número racional, a área também seria expressa por
um número racional.
Europa é:
b) (V) Como o lado do quadrado ABCD mede 9 unidades de
5P 36 ( 5P 28) 8 ( 5P 28)
SE 2 SE SB 2 medida, o número que expressa a sua área é 92 = 81,
4 4 4 que é um número racional. A área do octógono equi-
Portanto, uma criança que calça o número 28 no vale à área do quadrado ABCD subtraída da área de
Brasil calça o número SE = 28 + 2 = 30 na Europa. 2 quadrados de lado 3 unidades de medida, assim
55
Matemática e suas Tecnologias
07 D
08 B
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao obter
a) (F) Possivelmente, o aluno se esqueceu de adicionar a
a abscissa do ponto de interseção dos gráficos,
quantidade de professores que utilizam os três pro-
fazendo:
40t + 200 = 80t + 100 ⇔ 40t = 300 ⇔ t = 7,5 gramas, obtendo:
Além disso, considerou que seria mais vantajoso con- n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) – n(A ∩ B) – n(A ∩ C) –
tratar o DJ A do que o B quando ƒ(t) > g(t) ao invés n(B ∩ C)
de ƒ(t) < g(t). Assim, considerou o intervalo em que n(A ∪ B ∪ C) = 240 + 195 + 162 – 52 – 40 – 33
o gráfico de ƒ está “acima” do gráfico de g (t < 7,5). n(A ∪ B ∪ C) = 472
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao obter b) (V) Como todos os professores usam pelo menos um
a abscissa do ponto de interseção dos gráficos, dos programas, a quantidade de entrevistados é
fazendo: dada por:
40t + 200 = 80t + 100 ⇔ 40t = 300 ⇔ t = 7,5 n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) – n(A ∩ B) – n(A ∩ C) –
Assim, observando que é mais vantajoso contratar n(B ∩ C) + n(A ∩ B ∩ C)
o DJ A do que o B quando ƒ(t) < g(t), considerou o Substituindo os valores apresentados, obtém-se:
intervalo em que t > 7,5. n(A ∪ B ∪ C) = 240 + 195 + 162 – 52 – 40 – 33 + 28
c) (F) Possivelmente, o aluno relacionou os coefi- n(A ∪ B ∪ C) = 500
cientes angulares e lineares das funções de Portanto, 500 professores participaram da pesquisa.
modo equivocado, calculando a abscissa c) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
do ponto de interseção dos gráficos como mente que 240, 195 e 162 correspondem à quanti-
40 200 240 4 dade de professores que utilizam, respectivamente,
t h (1h e 20 min). Além disso,
80 100 180 3 apenas o programa A, apenas o B e apenas o C.
considerou que seria mais vantajoso contratar o DJ Dessa forma, para obter o total de participantes da
A do que o B quando ƒ(t) > g(t) ao invés de ƒ(t) < g(t). pesquisa, somou 240 + 195 + 162, obtendo 597.
Assim, considerou o intervalo em que o gráfico de d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e somou a
ƒ está “acima” do gráfico de g (t < 1 h e 20 min). quantidade de professores que utilizam dois dos
d) (V) De acordo com o gráfico, ƒ e g são funções do três programas e subtraiu a quantidade de profes-
1o grau, e cada DJ cobra um valor fixo acrescido de sores que utilizam os três programas, obtendo:
uma taxa que varia de acordo com o tempo (t), em n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) + n(A ∩ B) + n(A ∩ C) +
hora, de duração da festa. Como essa taxa de varia- n(B ∩ C) – n(A ∩ B ∩ C)
ção, em R$/hora, corresponde ao coeficiente angu- n(A ∪ B ∪ C) = 240 + 195 + 162 + 52 + 40 + 33 – 28
lar da função do 1o grau, tem-se: n(A ∪ B ∪ C) = 694
56
Matemática e suas Tecnologias
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas Assim, o valor máximo da função Q é dado por
somou todos os valores apresentados, obtendo: 50
Qmáx 3 20 50 8 20 400 20 420. Dessa
240 + 195 + 162 + 52 + 40 + 33 + 28 = 750 2
forma, a quantidade máxima de unidades vendidas
09 E em um único dia é 420 000.
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao aplicar o d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que 23 = 32 =
Princípio da Inclusão e Exclusão, obtendo: 3 ∙ 3 = 9 e, além disso, esqueceu-se de adicionar
600 + 570 + 480 – 180 – 240 – 300 – 120 – 60 = 750 20, obtendo:
Dessa forma, concluiu que o percentual de estudan- 50
tes dessa faculdade que responderam à enquete Qmáx 50 9 450
23
foi 50%.
Assim, concluiu que a quantidade máxima de uni-
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao aplicar o
dades vendidas em um único dia é 450 000.
Princípio da Inclusão e Exclusão, fazendo:
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que 23 = 32 =
600 + 570 + 480 – 180 – 240 – 300 – 120 + 60 = 870
3 ∙ 3 = 9, obtendo:
Dessa forma, concluiu que o percentual de estudan-
tes dessa faculdade que responderam à enquete 50
Qmáx 20 50 9 20 450 20 470
foi 58%. 23
c) (F) Possivelmente, o aluno subtraiu da quantidade de Assim, concluiu que a quantidade máxima de uni-
estudantes que optou por pelo menos uma das dades vendidas em um único dia é 470 000.
três plataformas disponíveis os 60 estudantes que
votaram em outras plataformas, ao invés de somar,
11 A
obtendo 1 050 – 60 = 990. Assim, concluiu que a
porcentagem de estudantes da faculdade que res- a) (V) Considere X = {I1, I2, ..., In} o conjunto formado
ponderam à enquete foi 66%. pelos n interruptores do armazém. Cada interrup-
d) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a quanti- tor tem dois possíveis estados: acionado ou des-
dade de estudantes que votou em outras plata- ligado. Dessa forma, existem 2n possibilidades de
formas, obtendo 1 050 participantes, o que corres- os interruptores estarem acionados ou não, o que
ponde ao percentual de 70%. corresponde ao total de subconjuntos de X. Con-
e) (V) Aplicando-se o Princípio da Inclusão e Exclusão, siderando que há 120 maneiras de acionar pelo
obtém-se a quantidade de estudantes que optou menos dois interruptores, devem-se excluir do total
por pelo menos uma das três plataformas disponí- de subconjuntos de X aqueles com menos de 2 ele-
veis como sendo 600 + 570 + 480 – 180 – 240 – 300 + mentos – o conjunto vazio (∅) e os subconjuntos
120 = 1 050. Assim, como 60 estudantes votaram com um único elemento, que totalizam n + 1 sub-
em outras plataformas, conclui-se que a quantidade conjuntos. Assim, tem-se:
de estudantes que responderam à enquete foi 2n – (n + 1) = 120 ⇔ 2n – n – 1 = 120 ⇔ 2n – n = 121
1 050 + 60 = 1 110. O percentual correspondente a Analisando a equação obtida, tem-se uma potência
1110 de 2, de expoente n, subtraída de n, resultando em
essa quantidade é = 0= , 74 74% .
1500 121. A potência de 2 mais próxima de 121 é 128 = 27.
10 C Assim, para n = 7, tem-se 27 – 7 = 121. Desse modo,
conclui-se que a quantidade de interruptores que
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou 23 = 2 ∙ 3 = 6 e,
controlam o sistema de iluminação do armazém é 7.
além disso, esqueceu-se de adicionar 20, obtendo:
b) (F) Possivelmente, o aluno modelou a equação de modo
50
Qmáx 50 6 300 equivocado, obtendo 2n – 1 – n = 120. Assim, fazendo
23 n = 8, obteve 28 – 1 – 8 = 120 e concluiu que existi-
Assim, concluiu que a quantidade máxima de uni- riam 8 interruptores.
dades vendidas em um único dia é 300 000. c) (F) Possivelmente, o aluno modelou a equação de
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou modo equivocado, fazendo 2n = 120 ⇔ n = 60.
23 = 2 ∙ 3 = 6, obtendo:
Assim, concluiu que seriam 60 interruptores.
50 d) (F) Possivelmente, o aluno modelou a equação de
Qmáx 20 50 6 20 300 20 320
23 modo equivocado e, além disso, efetuou as opera-
Assim, concluiu que a quantidade máxima de uni- ções entre os números –1 e 120 inadequadamente,
dades vendidas em um único dia é 320 000. fazendo 2n – 1 – n = 120 ⇔ n = 120 – 1 = 119. Assim,
c) (V) Para que a função Q seja máxima, a função y = 0,1d2 – concluiu que existiriam 119 interruptores.
2d + 7 deve ser mínima. O valor mínimo da função y é: e) (F) Possivelmente, o aluno modelou a equação de modo
( 2)2 4 0,1 7 1, 2 equivocado, fazendo 2n – 1 – n = 120 ⇔ n = 121.
y v 3
4a 4 0 ,1 0, 4 Assim, concluiu que existiriam 121 interruptores.
57
Matemática e suas Tecnologias
58
Matemática e suas Tecnologias
59
Matemática e suas Tecnologias
utilização das bicicletas, o que corresponde a b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou
1530 a partir de qual valor de temperatura na escala
= 25 =, 5 h 25 h e 30 min.
60 Celsius a temperatura equivalente na escala Fah-
e) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente renheit passaria a ser maior, obtendo TF > TC ⇒
o tempo total de 1 530 min, porém, ao calcular 1,8TC + 32 > TC ⇒ 0,8TC > –32 ⇒ TC > –40. Assim,
1530 concluiu que o primeiro valor inteiro seria –39.
= 25, 5 h, associou o resultado a 25 h e 50 min.
60 c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
partir de qual valor de temperatura na escala Cel-
18 E
sius a temperatura equivalente na escala Fahrenheit
a) (F) Possivelmente, o aluno observou que a tarifa inicia
passaria a ser positiva, obtendo:
em R$ 20,00 e tem acréscimos constantes de R$ 2,50,
TF > 0 ⇒ 1,8TC + 32 > 0 ⇒ 1,8TC > –32 ⇒ TC > –17,78
associando-o à função afim V(t) = 20 + 2,50t.
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o gráfico Assim, concluiu que o primeiro valor inteiro seria –17.
deveria ser uma reta crescente (pois as tarifas aumen- d) (V) A medida na escala Fahrenheit será maior que a
tam gradativamente), contínua e que passa pela ori- medida na escala Kelvin quando TF > TK. Pela equação
gem, já que, para t = 0, não haveria cobrança. 9
fornecida, obtém-se TF TC 32 TF 1, 8TC 32
c) (F) Possivelmente, o aluno observou corretamente 5
parte das características da função nos intervalos, e TK = TC + 273. Portanto, tem-se:
mas não notou as diferenças de comprimento dos 1,8TC + 32 > TC + 273
dois últimos (120 min), considerando que todos
0,8TC > 241
os intervalos teriam a mesma duração, ou seja, o
TC > 301,25
mesmo tamanho.
d) (F) Possivelmente, o aluno observou corretamente as Portanto, a primeira medida inteira é TC = 302.
características da função nos intervalos, mas ima- e) (F) Possivelmente, o aluno encontrou corretamente
ginou que ela deveria ser, necessariamente, uma TC > 301,25, no entanto se equivocou e acreditou
linha contínua, desconsiderando os “saltos” relati- que deveria representar essa temperatura na escala
vos aos acréscimos de R$ 2,50. Kelvin, obtendo TC + 273 > 301,25 + 273 = 574,25.
e) (V) Conforme os intervalos de tempo e os valores for- Assim, concluiu que o primeiro valor inteiro seria 575.
necidos na tabela, é possível concluir que a função
V(t) é expressa por: 20 A
20, 00, se t ( 0, 60] a) (V) Sendo t o tempo, em hora, de empacotamento dos
22, 50, se t ( 60, 120] itens de mudança e do respectivo transporte, con-
V( t )
clui-se que o lucro (L) obtido pela empresa em uma
25, 00, se t (120, 240]
27, 50, se t (240, 360] mudança é dado por L(t) = 200t – 640. Para que a
empresa não tenha prejuízo, deve-se ter L(t) ≥ 0.
No gráfico, a função V(t) tem as seguintes caracte-
rísticas. Assim, obtém-se:
60
Matemática e suas Tecnologias
21 C
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou que a quantidade de ações distintas que podem ser realizadas no jogo
seria dada pela quantidade de botões disponíveis, desconsiderando que a combinação de dois ou mais botões gera uma
nova ação.
b) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que podem ser pressionados de 1 a 5 botões ao mesmo tempo. Assim, calculou a
soma 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 e concluiu que o resultado obtido seria a quantidade de ações solicitada.
c) (V) Percebe-se que podem ser pressionados de 1 a 5 botões, simultaneamente. Sendo B = {B1, B2, B3, B4, B5} o conjunto dos
cinco botões disponíveis, o número de ações distintas que podem ser realizadas no jogo equivale à quantidade de sub-
conjuntos do conjunto B com pelo menos um elemento, ou seja, deve-se calcular a quantidade de subconjuntos de um
conjunto com 5 elementos e subtrair uma unidade, referente ao subconjunto vazio, de modo a obter 25 – 1 = 32 – 1 = 31.
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a quantidade de subconjuntos de um conjunto com 5 elementos, obtendo 25 = 32, e
concluiu que o resultado obtido seria a quantidade de ações solicitada.
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equivocado, que a quantidade de ações que podem ser realizadas no
jogo seria dada pelo número de permutações de 5 elementos, obtendo P5 = 5! = 120.
22 A
a) (V) Para atingir o solo, é necessário que as alturas sejam iguais a zero. Assim, tem-se:
H1: −5t2 + 50t + 120 = 0
50 4 900 50 70 20
t 2 (não convém)
2 ( 5) 10 10
50 4 ( 5) 120 4 900
2
23 A
t
a) (V) Sendo P o percentual de carbono-14 ainda presente no fóssil, tem-se P 100% 2 5 730
. Assim, como a datação do fóssil
indica 40 110 anos, o percentual desse isótopo ainda existente nele é:
40110
100% 100%
P 100% 2 5730 100% 27 0, 8%
27 128
128%
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou P 1, 28% 1, 3%.
100
c) (F) Possivelmente, o aluno tentou estimar o percentual por meio de uma proporção, obtendo:
0, 5 P 40110 0, 5
P 3, 5
5730 40110 5730
61
Matemática e suas Tecnologias
62
Matemática e suas Tecnologias
63
Matemática e suas Tecnologias
d) (F) Possivelmente, o aluno identificou que deve- mínima de dias equivale à quantidade de sequên-
ria calcular uma permutação com elementos cias, que é 240. Portanto, conclui-se que o amigo
repetidos, entretanto se equivocou e calculou que indicou corretamente a quantidade de dias foi
25! 25 24 23! o III.
P2523 ,2 25 12 300 , desconsi-
23!2! 23! 2! d) (F) Possivelmente, o aluno considerou corretamente
derando que, entre as 23 medalhas, no mínimo 5 que a quantidade mínima de dias seria equivalente
devem ser de ouro, 4 devem ser de prata e 4 devem à quantidade de sequências aleatórias; no entanto,
ser de bronze. confundiu-se e calculou esta como uma permuta-
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou uma combinação de ção simples de 5 elementos, considerando as músi-
23 elementos tomados 3 a 3 ao identificar que são 23 cas do mesmo artista como um único elemento e
medalhas a serem distribuídas em 3 classes e obteve obtendo 5! = 120 sequências e, consequentemente,
23! 23 22 21 20! 120 dias. Assim, concluiu que o amigo que indicou
C23 , 3 23 11 7 1771. corretamente a quantidade de dias foi o IV.
3!20! 3! 20!
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou corretamente
04 C que a quantidade mínima de dias seria equiva-
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- lente à quantidade de sequências aleatórias;
mente que o aumento do número de alunos matri- no entanto, confundiu-se e calculou esta como
culados no Ensino Médio foi de 30% – 20% = 10%. uma combinação de 6 elementos tomados 2 a 2,
Assim, calculou 10% de 760 + 440 = 1 200, obtendo 6! 6! 6 5 4! 30
obtendo C6 ,2 15
0,1 ∙ 1 200 = 120. 2!( 6 2)! 2!4! 2! 4! 2
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas cal- sequências e, por consequência, 15 dias. Assim,
culou 30% de 440, obtendo 0,3 ∙ 440 = 132. concluiu que o amigo que indicou a quantidade
c) (V) Sabe-se que, em 2022, a escola possuía 760 alunos correta de dias foi o V.
e que 20% deles estavam matriculados no Ensino
Médio, o que corresponde a 0,2 ∙ 760 = 152 alu- 06 B
nos. Em 2023, após a reforma, a escola passou a ter
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calcu-
760 + 440 = 1 200 alunos, dos quais 30% estavam
lou a mediana como sendo a média aritmética
matriculados no Ensino Médio, o que equivale a
entre os valores mais próximos entre si, obtendo
0,3 ∙ 1 200 = 360 alunos. Portanto, de 2022 para
2023, o aumento do número de alunos matricula- 5, 23 5, 67 5, 78 16, 68
5, 56.
dos no Ensino Médio foi de 360 – 152 = 208. 3 3
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas cal- b) (V) Como há uma quantidade par de dados, a mediana
culou 30% de 760, obtendo 0,3 ∙ 760 = 228. será obtida pela média aritmética entre os valores
e) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e apenas cal-
centrais, encontrados após a ordenação dos dados,
culou 30% de 1 200, obtendo 0,3 ∙ 1 200 = 360.
que, no caso da questão, já estão ordenados. Desse
modo, a mediana é:
05 C
5, 78 8,11 13, 89 6, 95
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou corretamente 2 2
que a quantidade mínima de dias seria equivalente
à quantidade de sequências aleatórias; no entanto, c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
equivocou-se e calculou esta como uma permuta- mediana como sendo a diferença entre o maior e o
ção simples de 6 elementos, desconsiderando a menor valor, obtendo:
restrição dada e obtendo 6! = 720 sequências e, 12,30 – 5,23 = 7,07
consequentemente, 720 dias. Assim, concluiu que d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
o amigo que indicou corretamente a quantidade de média dos dados apresentados, obtendo:
dias foi o I. 5, 23 5, 67 5, 78 8,11 10, 57 12, 30 47, 66
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou corretamente 7, 94
6 6
que a quantidade mínima de dias seria equivalente
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
à quantidade de sequências aleatórias; no entanto,
mediana como sendo a média entre o menor e o
equivocou-se e calculou esta como uma permuta-
ção de 6 elementos com repetição de 2, obtendo maior valor, obtendo:
6! 6 5 4 3 2! 5, 23 12, 30 17, 53
P6 , 2 360 sequências e, por con- 8, 77
2! 2! 2 2
sequência, 360 dias. Assim, concluiu que o amigo
que indicou a quantidade correta de dias foi o II. 07 C
c) (V) Como as duas músicas do mesmo artista devem a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
vir seguidas, pode-se entendê-las como um único mente apenas as peças com pontuações repetidas,
elemento. Assim, a quantidade de sequências alea- obtendo:
tórias é dada por 2! · 5! = 2 · 120 = 240. Como a pes- (0 + 0) + (1 + 1) + (2 + 2) + (3 + 3) + (4 + 4) + (5 + 5) +
soa irá ouvir uma sequência por dia, a quantidade (6 + 6) = 2 ∙ (0 + 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6) = 2 ∙ 21 = 42
64
Matemática e suas Tecnologias
b) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou equivocada- que, no mês de agosto, a quantidade de veículos
mente as peças com pontuações repetidas, obtendo: vendidos, em milhar, foi de 174,5 + 59,4 = 233,9.
6 ∙ (0 + 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6) = 6 ∙ 21 = 126 e) (V) Como o aumento no número de carros vendi-
c) (V) Observe a figura a seguir, em que as peças que dos ocorre de forma linear desde junho, o acrés-
compõem um jogo de dominó estão apresentadas. cimo mensal, em milhar, é de 174,5 – 132,8 = 41,7.
Assim, conclui-se que, no mês de agosto, a quan-
tidade de veículos vendidos, em milhar, foi de
174,5 + 41,7 = 216,2.
09 E
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocadamente
que a empresa obteve lucro no período em que o
custo foi decrescente, obtendo o intervalo (9, 15).
b) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou o intervalo
(3, 5), obtendo apenas o intervalo (13, 15].
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e conside-
rou o intervalo em que a empresa obteve prejuízo,
Na figura, aparecem todas as combinações possí-
obtendo [1, 3) ∪ (5, 13).
veis dos pontos de 0 a 6, dois a dois, inclusive com
d) (F) Possivelmente, o aluno acreditou que a empresa
repetição. Percebe-se que cada pontuação aparece
obteve lucro no período em que o faturamento foi
8 vezes, ou seja, a soma dos pontos de todas as
crescente, obtendo o intervalo (1, 4) ∪ (10, 15).
peças de um jogo de dominó é:
e) (V) O lucro ocorre durante o período em que o fatu-
8 ∙ (0 + 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6) = 8 ∙ 21 = 168
ramento supera o custo. Pela análise do gráfico,
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- conclui-se que a empresa obteve lucro no período
mente que mudar a ordem das pontuações gera- representado pelo intervalo (3, 5) ∪ (13, 15].
ria uma nova peça, dessa forma contabilizou duas
vezes as peças com pontuações distintas, obtendo
10 A
8 ∙ 21 + 6 ∙ 21 = 14 ∙ 21 = 294.
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- 6!
a) (V) Há C6 ,3 C3 ,2 C1,1 formas de distribuir os
mente que a soma solicitada seria equivalente à 3!2!
soma dos vinte e oito primeiros termos de uma pro- 6 telespectadores entre as 3 emissoras, de modo
gressão aritmética (P.A.) de primeiro termo a1 = 1 que 3 prefiram a emissora A, 2, a emissora B e 1 pre-
e de razão r = 1, fazendo: fira a emissora C. Assim, a probabilidade solicitada
(1 28) 28 6!
29 14 406 é ⋅ 0,13 ⋅ 0, 52 ⋅ 0, 4 .
2 3!2!
65
Matemática e suas Tecnologias
50 10 30 20 50
32 . Assim, no período considerado pelo gráfico, o preço médio da ação da empresa B é R$ 2,00
5
menor que o preço médio da ação da empresa A.
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a soma dos preços das ações das duas empresas, em vez da média,
obtendo R$ 170,00 para A e R$ 160,00 para B. Assim, calculou a diferença e concluiu que o preço médio da ação da
empresa B é R$ 10,00 menor que o preço médio da ação da empresa A.
c) (F) Possivelmente, o aluno analisou apenas o último mês do período (maio), concluindo que o preço da ação da empresa
B é R$ 20,00 maior que o preço da ação da empresa A.
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a média entre o preço inicial (janeiro) e o preço final (maio) das duas empresas no período
considerado, obtendo R$ 25,00 para A e R$ 50,00 para B. Assim, concluiu que o preço médio da ação da empresa B é
R$ 25,00 maior que o da ação da empresa A.
e) (F) Possivelmente, o aluno analisou apenas o primeiro mês do período (janeiro), concluindo que o preço da ação da
empresa B é R$ 30,00 maior que o preço da ação da empresa A.
12 C
10 2 70 2 90 2 50 2
a) (F) Possivelmente, o aluno esqueceu de um dos valores, obtendo 60 2 300 10 3 litros.
4
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou a mediana, em vez da média. Além disso, inverteu a ordem da subtração, obtendo:
10 2 70 2 90 2 80 2 50 2
70 2 500 10 5 litros
5
10 70 90 80 50
c) (V) A média da produção mensal dessa cooperativa é x 60. Assim, o desvio padrão é:
5
10 2 70 2 90 2 80 2 50 2
60 2 800 20 2 litros
5
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a média de modo equivocado, obtendo 50, e, além disso, equivocou-se quanto à
fórmula do desvio padrão, fazendo:
50 10 50 70 50 90 50 80 50 50 4 500 30 5 litrros
2 2 2 2 2
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou quanto à fórmula do desvio padrão, fazendo:
10 2 50 2 70 2 80 2 90 2 4 60 2 7600 20 19 litros
13 C
17
a) (F) Possivelmente, o aluno encontrou o desvio padrão corretamente, obtendo DP = , no entanto se equivocou ao
36
17
calcular a raiz quadrada de 36, encontrando DP = .
36
x x x 2 x xn x ,
2 2 2
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equivocada, que o desvio padrão é dado por DP 1
17 n
obtendo DP = .
36
x1 x x 2 x xn x , em que x é a média aritmética do conjunto de
2 2 2
2 0 x 3 1 x 1 2 x
2 2 2
DP
2 3 1
2 0 x 3 1 x 1 2 x
2 2 2
DP
6
2 0 3 1 1 2 5
Sabendo que x , conclui-se:
2 3 1 6
2 2 2
5 5 5
2 0 3 1 1 2
6 6 6
DP
6
66
Matemática e suas Tecnologias
25 1 49
2 3 1
36 36 36
DP
6
50 3 49
DP 36 36 36
6
102
102 1 17 17
DP 36
6 36 6 36 6
x1 x x 2 x xn x ,
2 2 2
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equivocada, que o desvio padrão é dado por DP
102 17
=
obtendo DP = .
36 6
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equivocada, que o desvio padrão é dado por DP x1 x x 2 x xn x
2 2 2
17
obtendo DP = .
6
14 B
130 120 10 1
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou a diferença entre as probabilidades como sendo 0, 25 25%. Dessa
300 260 40 4
forma, como a diferença obtida é maior que ou igual a 10 pontos percentuais, concluiu que o resultado do teste brasileiro
e o resultado obtido pelos cientistas em Nova York foram concordantes.
b) (V) Calculando-se a probabilidade de pessoas que se movimentam com e sem energia e sincronia serem assaltadas,
obtém-se:
Tipo de movimento
Probabilidade
corporal
120 2
Com energia e sincronia = = 0, 4 = 40%
300 5
130 1
Sem energia e sincronia = = 0, 5 = 50%
260 2
Dessa forma, a diferença entre as probabilidades é de 50% – 40% = 10%, sendo, portanto, uma diferença significativa.
Logo, o resultado do teste brasileiro e o resultado obtido pelos cientistas em Nova York foram concordantes.
130 120 10
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a diferença entre as probabilidades como sendo 0, 0385 3, 85%.
260 260
Dessa forma, como a diferença obtida é menor que 10 pontos percentuais, concluiu que o resultado do teste brasileiro e
o resultado obtido pelos cientistas em Nova York foram discordantes.
130 120 10
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a diferença entre as probabilidades como sendo 0, 0333 3, 33%.
300 300
Dessa forma, como a diferença obtida é menor que 10 pontos percentuais, concluiu que o resultado do teste brasileiro
e o resultado obtido pelos cientistas em Nova York foram discordantes.
130 120 10
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a diferença entre as probabilidades como sendo 0, 0179 1, 79%.
300 260 560
Dessa forma, como a diferença obtida é menor que 10 pontos percentuais, concluiu que o resultado do teste brasileiro
e o resultado obtido pelos cientistas em Nova York foram discordantes.
15 A
a) (V) A média do número de focos de incêndio dos últimos cinco anos do período registrado no gráfico (2016-2020) é:
5184 5773 1691 10 025 18259 40 932
8186, 4
5 5
O texto informa que, em setembro de 2020, foram registrados 8 106 focos de incêndio no Pantanal. Esse número repre-
8106
senta quase o total correspondente à média de 8 186,4. De fato, calculando-se a razão , obtém-se, aproximada-
8186, 4
mente, 99%.
67
Matemática e suas Tecnologias
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o período d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a probabilidade de
dos últimos 5 anos contemplaria também 2015, selecionar-se um voluntário que não sentiu efeitos
pois 2020 – 5 = 2015. Dessa forma, ao calcular a colaterais, obtendo:
P(S) = 60% ∙ 25% + 70% ∙ 35% + 75% ∙ 40% = 69,5%.
média, somou todos os valores de 2015 a 2020 e
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou, de modo equivo-
dividiu por 5 o resultado encontrado, obtendo
cado, a probabilidade do evento S, obtendo:
9 078. Assim, concluiu que o percentual corres- P(S) = 40% ∙ 25% + 30% ∙ 35% + 25% ∙ 40% = 30,5%
pondente aos 8 106 focos de incêndio registra- Assim, concluiu que a probabilidade solicitada
8106 seria:
dos em setembro de 2020 seria de ≅ 89%.
9078 75% 40% 30
P C | S 0, 984 98, 4%
30, 5% 30, 5
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a média do
período de 2016 a 2020 como a média entre o maior
17 C
e o menor valor nesse intervalo (18 259 e 1 691),
a) (F) Possivelmente, o aluno confundiu média com moda
obtendo 9 975. Assim, concluiu que o percentual e, assim, calculou a moda das pontuações obtidas
correspondente aos 8 106 focos de incêndio regis- nas cinco habilidades, obtendo 5.
8106 b) (F) Possivelmente, o aluno confundiu média com
trados em setembro de 2020 seria de ≅ 81%.
9975 mediana e, assim, calculou a mediana das pontua-
ções obtidas nas cinco habilidades, obtendo 6.
d) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente a c) (V) Pelo gráfico, pode-se verificar que as pontuações
média do período (8 186,4), no entanto se equivo- obtidas nas habilidades de velocidade, passe, dri-
cou ao determinar o percentual correspondente ble, finalização e defesa do jogador são, respecti-
aos 8 106 focos de setembro de 2020, fazendo vamente, 10, 6, 5, 9 e 5. Dessa forma, a pontuação
8 186,4 – 8 106 = 80,4 e associando o resultado a 10 6 5 9 5 35
final dele é 7.
80,4%, que corresponde a, aproximadamente, 80%. 5 5
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a média do período d) (F) Possivelmente, o aluno considerou apenas as pon-
como a média entre os valores de 2016 (5 184) e de tuações correspondentes às linhas primárias do
2020 (18 259), obtendo 11 721,5. Assim, concluiu gráfico, ou seja, 10 e 6. Assim, calculou a pontuação
10 6 16
que o percentual correspondente aos 8 106 focos do jogador como sendo 8.
2 2
de incêndio registrados em setembro de 2020 seria
8106 e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a pontua-
de ≅ 69%. ção final do jogador é igual à pontuação da habili-
11721, 5
dade melhor avaliada, obtendo 10.
16 C
18 C
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou a probabilidade soli-
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou todos os índices
75% 40% 30
citada como sendo 0, 231 23,1%. apresentados no gráfico e, além disso, esqueceu-
60% 70% 130
-se de colocá-los em ordem crescente, obtendo 11
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou a probabilidade como valor mediano.
solicitada como sendo: b) (F) Possivelmente, o aluno identificou os doze menores
índices, no entanto se esqueceu de colocá-los em
40% 40 ordem crescente e, assim, calculou o valor mediano
0, 421 42,1% .
40% 30% 25% 95 como a média aritmética entre os termos centrais
c) (V) Os efeitos colaterais dos fármacos A, B e C não 11, 2 11
11,2 e 11, obtendo 11,1.
foram sentidos por 60%, 70% e 75% dos voluntários 2
que testaram os respectivos medicamentos. Consi- c) (V) Os doze menores índices correspondem aos apre-
derando C o evento em que o voluntário testou o sentados no gráfico com exceção do índice do
último trimestre considerado. Colocando-os em
fármaco C e S o evento em que o voluntário selecio-
ordem crescente, obtém-se a lista:
nado não sentiu efeitos colaterais, a probabilidade
11; 11,2; 11,2; 11,6; 11,6; 11,8; 11,8; 11,8; 12; 12,2;
P C S 12,6; 12,9
pedida é dada por P C | S . Como P(S) =
P S Como a lista possui uma quantidade par de ele-
mentos, o valor mediano é dado pela média aritmé-
60% ∙ 25% + 70% ∙ 35% + 75% ∙ 40% = 69,5%, conclui-
tica entre os elementos centrais (11,8 e 11,8). Dessa
75% 40% 30 11, 8 11, 8 2 11, 8
-se que P C | S 0, 432 43, 2%. forma, o valor mediano é 11, 8.
69, 5% 69, 5 2 2
68
Matemática e suas Tecnologias
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou todos os índices apresentados no gráfico e, além disso, confundiu o valor mediano
11 11, 2 11, 2 11, 6 11, 6 11, 8 11, 8 11, 8 12 12, 2 12, 6 12, 9 13,, 3 155
com o valor médio, obtendo 11, 9.
13 13
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou todos os índices apresentados no gráfico e, além disso, desconsiderou a frequência
deles, obtendo a lista ordenada: 11; 11,2; 11,6; 11,8; 12; 12,2; 12,6; 12,9; 13,3. Assim, concluiu que o valor mediano seria 12.
19 A
a) (V) O projeto I prevê que, de um total de 7 ⋅ 2 = 14 sacadas por prédio, duas serão escolhidas para serem pintadas de
vermelho. Como a cor é a mesma, a ordem de escolha das sacadas é irrelevante. Assim, tem-se uma combinação de
14 elementos tomados 2 a 2.
14! 14 13 12! 14 13
C14 ,2 91
2!12! 2! 12! 2
Contudo, há a restrição de que as sacadas pintadas de vermelho pertençam a andares diferentes. Dessa forma, deve-se
excluir as possibilidades em que as duas sacadas escolhidas são do mesmo andar, que são 7. Logo, o projeto I viabiliza
91 – 7 = 84 possibilidades de se pintar cada prédio. Por outro lado, o projeto II prevê que duas sacadas de um mesmo
andar de cada prédio serão pintadas de vermelho, e as demais de branco. Portanto, há 7 possibilidades de pintura para
cada prédio. Como esse número é menor que a quantidade de prédios do condomínio e, de acordo com o texto, cada
prédio deve apresentar uma pintura diferente, conclui-se que o projeto II é incompatível. Assim, o projeto adequado
aos objetivos do condomínio é o I, com 84 possibilidades.
b) (F) Possivelmente, o aluno concluiu corretamente que o projeto II é incompatível, no entanto calculou o número de possi-
bilidades do projeto I como uma combinação de 14 elementos tomados 2 a 2, desconsiderando a restrição de que as
sacadas pintadas de vermelho pertençam a andares diferentes, e obteve 91 possibilidades.
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e, ao perceber que o número de possibilidade fornecidas pelo projeto II é igual
ao número de andares de cada prédio, concluiu que o projeto II seria o mais adequado aos objetivos do condomínio.
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o projeto II seria o mais adequado e, além disso, confundiu o número de pos-
sibilidades fornecidas por ele com o número de prédios do condomínio.
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o projeto II seria o mais adequado e, além disso, confundiu o número de pos-
sibilidades fornecidas por ele com o número de sacadas de cada prédio.
20 E
a) (F) Possivelmente, o aluno observou apenas que P(B) = 40% e que P(B ∩ S) = 36%. Desse modo, calculou a probabilidade
solicitada como sendo 40% ∙ 36% = 14,4%.
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou P(S) como a média aritmética entre os índices de satisfação, obtendo
80% 90% 40%
P(S) 70% . Em seguida, tendo em vista que P(B) = 40%, calculou a probabilidade solicitada como
3
sendo 40% ∙ 70% = 28%.
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente P(B ∩ S) = 36% e P(S) = 80%, no entanto se equivocou ao relacionar as
duas probabilidades e calculou a probabilidade solicitada como sendo 36% ∙ 80% = 28,8%.
d) (F) Possivelmente, o aluno observou que P(B) = 40% e que 90% dos que optaram pelo tratamento B saem satisfeitos.
Desse modo, calculou a probabilidade solicitada como sendo 40% ∙ 90% = 36%.
e) (V) Considerando a escolha aleatória de um cliente tratado no salão, simbolize por S o evento em que o cliente saiu satis-
feito e por A, B e C os eventos em que o cliente optou pelos tratamentos A, B e C, respectivamente. Desse modo, a
probabilidade de que a moça tratada no salão tenha optado pelo tratamento B, dado que ela saiu satisfeita, é expressa
por P(B|S).
De acordo com os dados do texto e pela tabela, tem-se:
P(A) = 50%
P(B) = 40%
P(C) = 10%
P(S|A) = 80%
P(S|B) = 90%
P(S|C) = 40%
Com essas informações e pela fórmula da probabilidade condicional, são obtidas as seguintes probabilidades:
P(A ∩ S) = P(A) ∙ P(S|A) = 50% ∙ 80% = 40%
P(B ∩ S) = P(B) ∙ P(S|B) = 40% ∙ 90% = 36%
P(C ∩ S) = P(C) ∙ P(S|C) = 10% ∙ 40% = 4%
Logo, conclui-se que P(S) = 40% + 36% + 4% = 80% e que a probabilidade solicitada é:
P(B S) 36% 9
P(B|S) 0, 45 45%
P(S) 80% 20
69
Matemática e suas Tecnologias
70
Matemática e suas Tecnologias
71
Matemática e suas Tecnologias
Dado que cos θ = 0,6, pela Relação Fundamental Aplicando a definição de cosseno ao triângulo
da Trigonometria, obtém-se o valor do sen θ. retângulo obtido, encontra-se:
sen2 θ + cos2 θ = 1 h
cos ( 5) h 140 cos ( 5) 140 0, 99
sen2 θ + (0,6)2 = 1 140
sen2 θ + 0,36 = 1 h 138, 6 cm 1, 386 m
sen2 θ = 1 – 0,36 = 0,64 Como se deseja encontrar a altura em relação ao
sen θ = 0, 64 = 0,8 piso, deve-se acrescentar 2 cm = 0,02 m ao valor
Conclui-se, portanto, que a altura procurada é encontrado. Assim, a altura do totem em relação ao
h = 5 · sen θ = 5 · 0,8 = 4 m. piso é 1,386 m + 0,02 m = 1,406 m. Entre os valores
d) (F) Possivelmente, o aluno interpretou o problema de apresentados, o que mais se aproxima desse valor
forma equivocada, considerando que, como a rampa é 1,41 m.
tem 10 m, o esqueitista, ao percorrer metade desse e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
comprimento (5 m), também estaria a uma altura de
que 1,40 m corresponde à altura do totem em rela-
5 m do chão.
ção à base de aço inoxidável. Assim, para encontrar
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou em relação
a altura do totem em relação ao piso, adicionou
à razão trigonométrica que deveria aplicar e, além
2 cm = 0,02 m a esse valor, obtendo:
disso, utilizou o comprimento total da rampa (10
1,40 m + 0,02 m = 1,42 m
m), obtendo h = 10 · cos θ = 10 · 0,6 = 6 m.
02 D 03 D
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou apenas a altura a) (F) Possivelmente, o aluno identificou o gráfico cor-
do totem em relação à base de aço inoxidável, respondente à função D(t) = 2 · sen (t), no entanto
obtendo h = 1,386 m. Além disso, equivocou-se ao se esqueceu de deslocá-lo 3 unidades para cima
aproximar esse valor para duas casas decimais, con- para obter o gráfico desejado.
siderando 1,38 m como a aproximação. b) (F) Possivelmente, o aluno admitiu equivocadamente
b) (F) Possivelmente, o aluno apenas calculou a altura que D(t) = 3 + 2 · sen (t) = 5 · sen (t) e, assim, consi-
do totem em relação à base de aço inoxidável,
derou o gráfico correspondente a essa função em
obtendo:
vez do correspondente à função D(t) = 3 + 2 · sen (t).
h = 1,386 m ≅ 1,39 m
c) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu quanto ao for-
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
mato dos gráficos das funções seno e cosseno e,
que 1,40 m corresponde à altura do totem em rela-
ção ao piso. assim, considerou o gráfico correspondente à fun-
d) (V) Considerando o corte lateral e baixando o seg- ção D(t) = 3 + 2 · cos (t) em vez do correspondente
mento perpendicular de comprimento h, que cor- à função D(t) = 3 + 2 · sen (t).
responde à altura do totem em relação à base de d) (V) A expressão D(t) = 3 + 2 · sen (t) representa uma fun-
aço inoxidável, tem-se um triângulo retângulo de ção senoidal de valores máximo e mínimo, respecti-
ângulos internos 90°, 85° e 5°. vamente, Dmáx = 3 + 2 = 5 UA e Dmín = 3 – 2 = 1 UA,
de amplitude A = 2 UA e de valor inicial D(0) = 3 UA.
Dessa forma, o gráfico que atende a essas especi-
ficações e que, consequentemente, mostra o com-
portamento de D em função de t é:
D
7
5
140 cm h 4
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 t
–1
85 o
2 cm
e) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e considerou
o gráfico correspondente à função cossenoidal
30 cm D(t) = 2 + 3 · cos (t).
72
Matemática e suas Tecnologias
04 B
a) (F) Possivelmente, o aluno encontrou corretamente t = 3, no entanto associou o resultado obtido ao terceiro mês do ano,
que é março.
t t 6
b) (V) Para a função P atingir o seu menor valor, deve-se ter sen 1 t 3. Como t = 0 corresponde ao
6
6 2 2
mês de janeiro, conclui-se que t = 3 corresponde ao mês de abril. Assim, o mês ideal para o investidor realizar a compra
da ação será abril.
c) (F) Possivelmente, o aluno não compreendeu como resolver o problema e calculou o menor preço, em real, assumido pela
ação ao longo do ano de 2022, obtendo 40 – 35 = 5. Além disso, associou o resultado obtido ao quinto mês do ano,
que é maio.
d) (F) Possivelmente, o aluno não compreendeu como resolver o problema e calculou o menor preço, em real, assumido pela
ação ao longo do ano de 2022, obtendo 40 – 35 = 5. Além disso, lembrando que t = 0 corresponde ao mês de janeiro,
associou o resultado obtido ao mês de junho.
e) (F) Possivelmente, o aluno acreditou que a função P atinge o seu menor valor quando o seno assume valor zero, concluindo
t t 6
que sen 0 t 6. Assim, lembrando que t = 0 corresponde ao mês de janeiro, associou o resultado
6 6
obtido ao mês de julho.
05 A
a) (V) Considere ABC o triângulo de vértices nos faróis A e B e na embarcação em C. Assim, como a soma dos ângulos inter-
ˆ 180 75 45 60. Como 45° < 75°, conclui‑se que o lado oposto ao
nos de um triângulo vale 180°, tem‑se ACB
ângulo de 45° é menor que o lado oposto ao ângulo de 75°. Logo, o farol A está mais próximo ao navio localizado no
ponto C. Sendo x a distância desse farol ao navio, aplica‑se a Lei dos Senos.
AC AB x 600 600 2 600 2 3
x 200 1, 4 1, 7 x 476 m
sen ( 45) sen ( 60) 2 3 3 3
2 2
Portanto, o farol A é o mais próximo ao navio e está a uma distância de 476 m.
b) (F) Possivelmente, o aluno pensou que a menor distância seria igual a 600 sen ( 60) 300 3 300 1, 7 510 m.
600 600 2 1200 3
c) (F) Possivelmente, o aluno pensou que a menor distância seria igual a 600 400 1, 7 680 m.
sen ( 60) 3 3 3
2
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao aplicar a Lei dos Senos, obtendo:
AC AB x 600 600 3 600 2 3
x 300 1, 4 1, 7 x 714 m
sen ( 60) sen ( 45) 3 2 2 2
2 2
e) (F) Possivelmente, o aluno pensou que sen (60°) fosse igual a 0,5 e, ao aplicar a Lei dos Senos, obteve:
AC AB x 600
x 600 2 600 1, 4 x 840 m
sen ( 45) sen ( 60) 2 1
2 2
06 E
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a medida do segmento BC em vez da altura do prédio, obtendo 12 m.
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou equivocadamente a medida h como sendo h = 32 – 20 = 12 m e adicionou ao resultado
obtido a altura do teodolito, encontrando H = 13,5 m.
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a medida h, mas subtraiu, ao invés de adicionar, a altura do teodolito,
obtendo H = h – 1,5 ⇒ H = 14,5 m.
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a medida h, mas não adicionou à altura encontrada a altura do teodo-
lito, considerando H = h = 16 m.
e) (V) Observe a figura a seguir, que ilustra a situação descrita.
73
Matemática e suas Tecnologias
D
08 A
a a) (V) Observe a figura a seguir.
B D C
20 m
h θ
H 4m L2
F E
θ
a 2a L1
A B
C A
1,5 m 20 m 1,5 m 12 m
Sala
74
Matemática e suas Tecnologias
Q
09 D
a) (F) Possivelmente, o aluno interpretou equivocada-
mente que deveria calcular apenas o saldo devedor
após o pagamento da entrada. Além disso, consi-
derou que o valor de todas as prestações seria de x+5
R$ 3 750,00, obtendo:
350 ∙ R$ 3 750,00 = R$ 1 312 500,00
b) (F) Possivelmente, o aluno interpretou equivoca- q
damente que deveria calcular o saldo devedor. P
x+9
Além disso, concluiu que o valor total a ser pago 2
pelo comprador seria de 350 ∙ R$ 3 750,00 =
A partir do cosseno de θ, calcula-se
R$ 1 312 500,00. Assim, como o valor da entrada é de
R$ 150 000,00, concluiu que o saldo devedor seria x9
3 x9
de R$ 1 312 500,00 – R$ 150 000,00 = 1 162 500,00. cos 2 0, 6
c) (F) Possivelmente, o aluno identificou corretamente x5 5 2 ( x 5)
que deveria calcular a soma dos termos de uma 6 x 30 5 x 45 x 15 m
progressão aritmética, porém se equivocou quanto
Logo, as medidas dos lados PQ e PR são, respecti-
a a n 1 , obtendo:
à fórmula e utilizou S 1 n vamente, PQ = x + 5 = 20 m e PR = x + 9 = 24 m.
2
Para obter o seno de θ, pode-se utilizar a Relação
S
a1 a350 351 3750 650 351 772200 Fundamental da Trigonometria.
2 2
Dessa forma, ao somar ao valor da entrada o resul- sen2 cos2 1 sen2 1 0, 62
tado obtido, encontrou R$ 922 200. sen2 0, 64 sen 0, 64
d) (V) Como o valor das 350 prestações decresce linear- sen ' 0, 8
mente, conclui-se que o saldo remanescente equi-
sen " 0, 8 (não convém, pois 0 180)
vale à soma dos termos de uma progressão aritmética
(P.A.) de primeiro termo a1 = 3 750 e de último termo 4
Portanto, sen 0, 8 , e a área do galinheiro
a350 = 650. Sendo S o saldo remanescente, obtém- 5
a a 350 3750 650 350 770 000.
-se S 1 350 (área do triângulo PQR) é de:
2 2
4
Portanto, o valor total pago pelo comprador será 20 24
PQ PR sen 5 384 192 m2 .
R$ 150 000 + R$ 770 000 = R$ 920 000. A
2 2 2
e) (F) Possivelmente, o aluno identificou corretamente
que deveria calcular a soma dos termos de uma c) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente as
progressão aritmética, porém se equivocou quanto medidas x = 15 m, PQ = 20 m e PR = 24 m, no
à fórmula e utilizou S 1 n
a a n 1 , obtendo: entanto substituiu o valor do cosseno de θ na fór-
2 20 24 0, 6
a1 a350 349 3750 650 349 mula da área, calculando A 144 m2 .
S 767800 2
2 2
d) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente as
Dessa forma, ao somar ao valor da entrada o resul-
medidas x = 15 m, PQ = 20 m e PR = 24 m, no
tado obtido, encontrou R$ 917 800.
entanto aplicou a Relação Fundamental da Trigono-
metria equivocadamente, fazendo sen θ = 1 – 0,6 =
10 B 0,4. Assim, calculou a área como:
a) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente as 20 24 0, 4
medidas x = 15 m, PQ = 20 m e PR = 24 m, no A 96 m2
2
entanto, ao aplicar a fórmula da área, substituiu o
valor do cosseno de θ e não realizou a divisão por 2, e) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente as
calculando A = 20 · 24 · 0,6 = 288 m2. medidas x = 15 m, PQ = 20 m e PR = 24 m, no
b) (V) Como os lados PQ e QR têm a mesma medida entanto aplicou a Relação Fundamental da Trigo-
(x + 5), percebe-se que o triângulo PQR é isósceles nometria equivocadamente, além de calcular a raiz
de base PR. Assim, para determinar o comprimento quadrada também de modo equivocado, fazendo
(x) de cada tela de arame, traça-se a altura relativa
sen 1 0, 6 0, 4 0, 2 . Assim, calculou a área
à base PR, de modo a se obterem dois triângu-
los retângulos congruentes, um deles mostrado a 20 24 0, 2
como A 48 m2 .
seguir. 2
75
Matemática e suas Tecnologias
76
Matemática e suas Tecnologias
d 14 A
Em seguida, considerando que cos (30 ) ,
x a) (V) Para determinar a temperatura da substância após
4, 56 uma hora (60 minutos) de aquecimento, substitui-se
concluiu que x 4, 65 m e calculou a exten-
x por 60 na função:
0, 98
são atingida pela escada no resgate do morador do 60 60
T( 60 ) 12 sen 22 sen 600
3o andar como 5,7 + 4,65 = 10,35 m. 6 18
d) (F) Possivelmente, o aluno tentou aproximar as medidas
3
pela figura, observando que, no resgate do mora- Como sen 600° = sen 240° = –sen 60° = − ,
dor do 3o andar, a escada aparenta ter, aproximada- obtém-se: 2
mente, o dobro da extensão observada no resgate 3 1, 73
do morador do 1o andar (5,7 m). Assim, considerou T( 60 ) 22 22 21,1 C
2 2
que a extensão atingida pela escada no resgate do
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o valor do
morador do 3o andar seria de 2 ∙ 5,7 = 11,4 m.
e) (V) Denotando por x a extensão atingida pela escada 2
seno de 600° seria − e, assim, calculou:
no resgate do morador do 3o andar e por d a dis- 2
tância do ponto P até a parede do prédio, ambas 2 1, 41
T( 60 ) 22 22 21, 3 C
medidas em metro, analisa-se a figura. 2 2
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o valor do
1
seno de 600° seria − e, assim, calculou:
2
1
T( 60 ) 22 21, 5 C
2
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o valor do
1
seno de 600° seria e, assim, calculou:
2
x 1
T( 60 ) 22 22, 5 C
2
m e) (F) Possivelmente, o aluno não observou a variação de
5, 7
30° sinal da função seno ao analisar a congruência dos
q
arcos, considerando que o valor do seno de 600°
P d
3 3
seria , ao invés de − , de modo a obter:
Dado que sen θ = 0,6 e que θ < 90°, pela Rela- 2 2
ção Fundamental da Trigonometria, obtém-se
3 1, 73
cos 1 0, 62 0, 8 . Observando o triângulo T( 60 ) 22 22 22, 9 C
retângulo menor, cuja hipotenusa mede 5,7 m, 2 2
obtém-se a medida d:
d 15 B
cos 5, 7 d 0, 8 5, 7 d 4, 56 m
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou em relação à
Analisando o triângulo retângulo maior, cuja hipo- fórmula da soma dos termos da P.G., considerando
tenusa mede x, tem-se : a qn
Sn 1 . Assim, considerando os 11 termos da
d 4, 56 q 1
cos (30 ) x 1 211
x cos (30 ) soma relativa ao estágio 10, obteve 2048.
2 1
Dessa forma, é necessário calcular o valor de cos
(30° + θ) para se obter a medida x. b) (V) Segundo o processo de construção descrito, a par-
cos (30° + θ) = cos 30° ∙ cos θ – sen 30° ∙ sen θ tir do estágio 2, há um acréscimo de 2 quadrados
para cada quadrado acrescentado no estágio ante-
3 rior. Dessa forma, analisando-se a sequência for-
cos (30 ) 0, 8 0, 5 0, 6
2 mada pelo número de quadrados em cada estágio,
1, 7 tem-se:
cos (30 ) 0, 8 0, 3
2 Quadrados 2
1 4
3 8
7 16
15 32
31
cos (30° + θ) ≅ 0,85 ∙ 0,8 – 0,3 Estágio 0 1 2 3 4
cos (30° + θ) ≅ 0,68 – 0,3 = 0,38 Como os acréscimos são potências de 2, pode-se
Portanto, no resgate do morador do 3o andar, a
obter o número de quadrados em cada estágio
escada foi aberta até atingir uma extensão de
a partir da soma dos termos de uma progressão
4, 56
medida= x = 12 m. geométrica (P.G.) de razão q = 2 e primeiro termo
0, 38 a1 = 1, conforme descrito a seguir.
77
Matemática e suas Tecnologias
Estágio 0: 1
Estágio 1: 1 + 2 = 3
Estágio 2: 1 + 2 + 22 = 7
Estágio 3: 1 + 2 + 22 + 23 = 15
Estágio 4: 1 + 2 + 22 + 23 + 24 = 31
Estágio 10: 1 + 2 + 22 + 23 + 24 + + 210
a1 (qn 1)
Sabendo que a soma dos n primeiros termos de uma P.G. é expressa por Sn , conclui-se que o número de
q 1
1 (211 1)
quadrados que compõem o estágio 10 é 1 2 22
2
23 10
211 1 2048 1 2047.
2 1
11 termos
a1 qn1
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou em relação à fórmula da soma dos termos da P.G., considerando Sn .
q 1
1 2111
Assim, considerando os 11 termos da soma relativa ao estágio 10, obteve 210 1024 .
2 1
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a soma 1 + 2 + 22 + 23 + + 210 seria composta por 10 termos, em vez de 11.
1 (210 1)
Assim, calculou 210 1 1024 1 1023.
2 1
a1 qn1
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou em relação à fórmula da soma dos termos da P.G., considerando Sn .
q 1
Além disso, considerando que a soma 1 + 2 + 22 + 23 + + 210 seria composta por 10 termos, em vez de 11, calculou:
1 210 1
29 512
2 1
16 B
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou a meta de 2021 em vez da meta de 2022, obtendo:
a6 a1 5, 2 3, 8 1, 4
a6 a1 5r r r 0, 28
5 5 5
b) (V) Sabe-se que a meta de 2022 foi 6 e que o último resultado total do Ideb observado apresentado na tabela é o de 2017,
em que o Ideb observado total foi 3,8. Dessa forma, o acréscimo médio anual de nota pode ser obtido calculando-se
a razão (r) de uma progressão aritmética de primeiro termo a1 = 3,8 e de último termo a6 = 6,0. Pela fórmula do termo
geral, obtém-se:
a a 6, 0 3, 8 2, 2
a6 a1 5r r 6 1 r 0, 44
5 5 5
Portanto, o acréscimo anual médio de nota para que a meta de 2022 fosse alcançada deveria ser de 0,44.
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que, de 2017 para 2022, há apenas dois períodos, devido à apresentação das notas
do Ideb apenas em anos ímpares. Assim, considerou a1 = 3,8 e a3 = 6,0, obtendo:
a3 a1 6, 0 3, 8 2, 2
a3 a1 2r r r r 1,1
2 2 2
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou o aumento total necessário para que a meta de 2022 fosse atingida em
vez do aumento anual médio. Além disso, considerou a meta de 2021 em vez da de 2022, obtendo 5,2 – 3,8 = 1,4.
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou o aumento total necessário para que a meta de 2022 fosse atingida em
vez do aumento anual médio, obtendo 6,0 – 3,8 = 2,2.
17 A
a) (V) Sabendo que sen 150° = sen 30° e cos 150° = −cos 30°, obtém-se:
x ⋅ cos 150° – y ⋅ sen 150° =
300 ⋅ (–cos 30°) – 100 ⋅ sen 30° =
3 1
300 100
2 2
−150 3 − 50
78
Matemática e suas Tecnologias
300 ⋅ sen 150° + 100 ⋅ cos 150° = e) (F) Possivelmente, o aluno confundiu o valor de cos-
300 ⋅ sen 30° + 100 ⋅ (–cos 30°) = seno 30° com o valor de cosseno 45°, obtendo:
1 3 x ⋅ cos 150° – y ⋅ sen 150° =
300 100 300 ⋅ (–cos 30°) – 100 ⋅ sen 30° =
2 2
2 1
150 − 50 3 300 100
2 2
Portanto, o ponto de localização do novo
centro de distribuição possui coordenadas −150 2 − 50
( 150 3 50, 50 3 150 ). 300 ⋅ sen 150° + 100 ⋅ cos 150° =
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi- 300 ⋅ sen 30° + 100 ⋅ (–cos 30°) =
vocado, que cos 150° = cos 30°, obtendo: 1 2
300 100
x ⋅ cos 150° – y ⋅ sen 150° = 2 2
300 ⋅ cos 30° – 100 ⋅ sen 30° =
150 − 50 2
3 1 Assim, concluiu que o ponto de localização do
300 100
2 2 novo centro de distribuição possui coordenadas
150 3 − 50 ( 150 2 50, 50 2 150 ) .
300 ⋅ sen 150° + 100 ⋅ cos 150° =
300 ⋅ sen 30° + 100 ⋅ cos 30° = 18 E
1 3 a) (F) Possivelmente, o aluno confundiu as definições de
300 100
2 2 progressão aritmética e geométrica e concluiu que
150 + 50 3 a sequência numérica formada pela duração rela-
Assim, concluiu que o ponto de localização do tiva das figuras musicais é uma P.A. e, assim, calcu-
novo centro de distribuição possui coordenadas 1 1
lou a razão como sendo 1 .
2 2
(150 3 50, 50 3 150 ) .
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi- b) (F) Possivelmente, o aluno confundiu as definições de
vocado, que sen 150° = −sen 30°, obtendo: progressão aritmética e geométrica e concluiu que
x ⋅ cos 150° – y ⋅ sen 150° = a sequência numérica formada pela duração rela-
300 ⋅ (–cos 30°) – 100 ⋅ (–sen 30°) = tiva das figuras musicais é uma P.A. e, assim, calcu-
3 1 1 1 1
300 100 lou a razão como sendo .
2 2 2 4 4
79
Matemática e suas Tecnologias
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou, equivocadamente, que tg α = 1 ⇒ α = 30°. Assim, ao multiplicar esse resultado por 2,
obteve 2 ⋅ 30° = 60° como o ângulo de abertura da lâmpada.
d) (V) A situação descrita pode ser representada pelo esquema a seguir.
Lâmpada
a
5m
5m 5m
Balcão
Como a lâmpada está situada exatamente acima do ponto central do balcão, o segmento que a liga ao móvel é per-
10
pendicular à superfície do balcão e o divide em duas partes de = 5 m de comprimento cada. Assim, dois triângulos
2
retângulos são formados e, portanto, pode-se aplicar as razões trigonométricas para descobrir a medida do ângulo α.
Aplicando-se a definição de tangente, obtém-se:
cateto oposto 5m
tg 1 45
cateto adjacente 5 m
Como os dois triângulos retângulos formados no esquema são congruentes, pelo caso L.A.L. (Lado-Ângulo-Lado),
conclui-se que o ângulo de abertura da lâmpada é de 2α = 2 ⋅ 45° = 90°.
5 1
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e fez cos 60. Assim, ao multiplicar esse resultado por 2, obteve
10 2
2 ⋅ 60° = 120° como o ângulo de abertura da lâmpada.
20 A
V
a) (V) De acordo com o texto, o valor mensal da amortização é . Na primeira parcela, o saldo devedor é V, assim o valor
99
V V
da primeira parcela é dado por V i (1 99i). Como o valor amortizado mensalmente é constante, o saldo
99 99
V V
devedor considerado para o cálculo dos juros da última prestação é V 98 . Assim, o valor da última parcela
99 99
V V V
será dado por i (1 i) . Como os valores dos juros e, consequentemente, das parcelas decrescem linear-
99 99 99
mente, pode-se utilizar a fórmula da soma dos termos de uma progressão aritmética para obter o valor total a ser pago
pelo casal, obtendo:
a1
an
n
V V
(1 99i) (1 i) 99
99 99
V (1 99i 1 i) V (2 100i)
Vtotal V (1 50i)
2 2 2
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e utilizou a fórmula para o cálculo do montante em uma operação realizada no
sistema de juros simples, obtendo V ⋅ (1 + 99i).
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao calcular o valor total a ser pago pelo casal, obtendo:
a1
an
n
V V
(1 99i) (1 i) 99
99 99
V (1 99i 1 i) V (2 100i)
Vtotal V (1 100i)
2 2 2
d) (F) Possivelmente, o aluno utilizou equivocadamente a fórmula para o cálculo do montante em uma operação realizada no
sistema de juros compostos, obtendo V ⋅ (1 + i)99.
e) (F) Possivelmente, o aluno utilizou equivocadamente a fórmula para o cálculo do montante em uma operação realizada no
sistema de juros compostos. Além disso, equivocou-se ao utilizar a fórmula, fazendo V ⋅ (1 + i)99 + 1 = V ⋅ (1 + i)100.
80
Matemática e suas Tecnologias
21 A 22 B
a) (V) Analisando a função fornecida, percebe-se que a a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
mente que o 985o brinquedo cadastrado no sistema
t
pressão arterial máxima ocorre quando sen da fábrica seria uma boneca (B) por perceber que a
200 letra B é a que mais se repete na sequência.
t b) (V) A sequência de cadastramento dos brinquedos
assume o seu valor mínimo, ou seja, sen 1, apresenta uma regularidade, que é a repetição
200
do período B, J, P, U, C, J, B. Como o período da
enquanto a pressão arterial mínima ocorre quando
sequência possui 7 elementos, conclui-se que, até
t o 985o cadastramento, ele se repetiu 140 vezes
sen assume o seu valor máximo, ou seja,
200 (quociente inteiro da divisão de 985 por 7) e que o
171o período ficou incompleto, parando no 5o ele-
t mento (resto da divisão de 985 por 7). Assim, como
sen 1. Assim, a pressão sistólica (máxima) do
200 o 5o elemento do período é a letra C, conclui-se
paciente é Pmáx = 74 – 15 ⋅ (–1) = 74 + 15 = 89 mmHg que o 985o brinquedo cadastrado foi um carrinho.
e a pressão diastólica (mínima) é Pmín = 74 – 15 ⋅ 1 = c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao calcular o
resto da divisão de 985 por 7, obtendo 3. Assim,
74 – 15 = 59 mmHg. Dessa forma, de acordo com a
concluiu que o 985o brinquedo cadastrado corres-
tabela, esse paciente apresenta um quadro de hipo- ponderia ao 3o elemento do período da sequência,
tensão. ou seja, patinete (P).
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou d) (F) Possivelmente, o aluno calculou o resto da divisão
que a pressão arterial mínima ocorreria quando de 985 por 5 (quantidade de tipos de brinquedos)
t em vez de por 7, obtendo 0. Assim, concluiu que
sen assumisse o seu valor mínimo, ou seja, o 985o brinquedo cadastrado corresponderia ao
200
último elemento do período da sequência. Entre-
t tanto, considerou equivocadamente que a ordem
sen 1, obtendo Pmín = 74 – 15 ⋅ (–1) = 74 + dos elementos do período seguia a ordem alfabé-
200
tica (B, C, J, P, U) e, assim, concluiu que o 985o brin-
15 = 89 mmHg. Além disso, não calculou o valor
quedo cadastrado seria um urso de pelúcia (U).
de Pmáx e considerou que o paciente apresenta um e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao calcular o
quadro de pré-hipertensão. resto da divisão de 985 por 7, obtendo 6. Assim,
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou concluiu que o 985o brinquedo cadastrado corres-
que o dobro do deslocamento vertical da função ponderia ao 6o elemento do período da sequência,
trigonométrica seria o valor de Pmáx, assim obteve ou seja, jogo de tabuleiro (J).
Pmáx = 2 ⋅ 74 = 148 mmHg. Além disso, não calculou
23 D
o valor de Pmín e considerou que o paciente apre-
senta um quadro de hipertensão estágio 1. a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou
a medida do segmento GJ pelo produto 3 ⋅ 4,
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e cal-
obtendo 12 m.
culou os primeiros instantes para os quais b) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a
t medida do segmento GP (28 m), no entanto consi-
sen assume valores máximo e mínimo, 1
200 derou que cos 120° é igual ao cos 60°, ou seja, .
2
t t
obtendo sen 1 t 100 e Além disso, aplicou a definição de cosseno equivo-
200 200 2
cadamente, obtendo:
t t 3 1
sen 1 t 300. Como 300 > 159 GJ = GP ⋅ cos 120° = 28 ⋅ ⇒ GJ = 14 m
200 200 2 2
e 100 > 99, o aluno considerou que o paciente c) (F) Possivelmente, o aluno encontrou corretamente a
apresenta um quadro de hipertensão estágio 2. medida dos segmentos GP e JP, no entanto con-
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou siderou que a medida do segmento GJ equivale à
que a pressão arterial mínima ocorreria quando diferença entre a medida dos segmentos GP e JP,
respectivamente, obtendo:
t GJ = 28 – 12 = 16 m
sen assumisse o seu valor mínimo, ou seja,
200 d) (V) Como o jogador correu no mesmo instante em
que o goleiro lançou a bola e a encontrou após 4 s,
t
sen 1, obtendo Pmín = 74 – 15 ⋅ (–1) = conclui-se que a bola demorou 4 s para percorrer
200 a trajetória GP. Sabendo que a velocidade média
74 + 15 = 89 mmHg. Além disso, não calculou o é dada pela razão entre a distância percorrida e
valor de Pmáx e considerou que o paciente apre- o tempo necessário para percorrê-la, obtém-se o
senta um quadro de hipertensão sistólica. comprimento dos segmentos GP e JP:
81
Matemática e suas Tecnologias
82
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
83
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
84
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
d) (F) O aluno supôs que o volume da água também b) (F) Possivelmente, o aluno utilizou o valor na variação
diminuiria, tal qual o do vasilhame. Mas sabe-se de temperatura que está relacionado à meta atual
que, devido ao efeito anômalo da água, ela tem um em vez do aumento de temperatura que pode
aumento no volume a temperaturas abaixo de 4 °C. ocorrer até 2030.
e) (F) O aluno pode ter achado que o efeito anômalo da TC TF
água ocorre de tal maneira que o volume dela não
5 9
se altera quando a temperatura cai a menos que
1, 5 TF
4 °C, quando, na verdade, esse volume aumenta. TF 2, 7 F
5 9
09 C c) (F) Possivelmente, o aluno imaginou que a variação
na escala Celsius tem o mesmo valor numérico da
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o trilho
variação na escala Fahrenheit, como ocorre entre as
possui volume e utilizou o coeficiente de dilatação
escalas Celsius e Kelvin.
volumétrica.
d) (V) Aplica-se a relação de variação de temperatura
∆L = L0 ⋅ 3α ⋅ ∆T
1 = 500 ⋅ 3 ⋅ 1,25 ⋅ 10–5 ⋅ ∆T ⇒ ∆T ≅ 53 °C entre as escalas Celsius e Fahrenheit.
b) (F) Possivelmente, o aluno imaginou que a variação do TC TF
comprimento é igual ao raio das circunferências. 5 9
∆L = L0 ⋅ α ⋅ ∆T 3, 2 TF
0,5 = 500 ⋅ 1,25 ⋅ 10–5 ⋅ ∆T ⇒ ∆T = 80 °C 5 9
c) (V) Primeiramente, calcula-se o comprimento da parte 9 3, 2
distorcida do trilho. TF
Distorção 5
∆TF ≅ 5,8 °F
e) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a soma das duas
variações de temperatura apresentadas no texto.
0,5 m 0,5 m 0,5 m 0,5 m TC TF
Trilho
5 9
1, 5 3, 2 TF
TF 8, 5 F
2m 5 9
2 R 2 R 2 R
C 2 R 2 3 0, 5 3 m
2 4 4
11 B
Então, como o trecho distorcido tinha, antes da
dilatação, 2 m, conclui-se que o aumento total do a) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a temperatura de
trilho foi de 3 – 2 = 1 m. Em seguida, aplica-se a ebulição da água em vez da variação de tempera‑
equação da dilatação térmica linear. tura para calcular o calor (Q) fornecido pela panela,
∆L = L0 ⋅ α ⋅ ∆T conforme demonstrado a seguir.
1 = 500 ⋅ 1,25 ⋅ 10–5 ⋅ ∆T Q = m c T + m L
1 Q = (200 g) (1 cal g1 C 1 ) (100 C) + [(200 g) ( 540 cal g1 )]
T 160 C
500 1, 25 10 5
Q = 128 000 cal
d) (F) Possivelmente, o aluno pode ter considerado que Q = 537 600 J
a variação do comprimento seria igual ao compri‑ Para calcular a potência térmica (Ptérmica), conside‑
mento da distorção. rando que 20 minutos correspondem a 1 200 s, fez‑
∆L = L0 ⋅ α ⋅ ∆T -se:
3 = 500 ⋅ 1,25 ⋅ 10–5 ⋅ ∆T ⇒ ∆T = 480 °C Q 537600 J
e) (F) Possivelmente, o aluno somou o comprimento da Ptérmica = = = 448 W
Δt 1200 s
parte distorcida ao comprimento inicial dela em vez
de subtrair essas medidas. Assim, o aluno chega ao valor de eficiência energé‑
∆L = L0 ⋅ α ⋅ ∆T tica (η) por fazer:
3 + 2 = 500 ⋅ 1,25 ⋅ 10–5 ⋅ ∆T ⇒ ∆T = 800 °C 448 W
η= = 89,6%
500 W
10 D De acordo com a tabela, esse valor de eficiência
a) (F) Possivelmente, o aluno inverteu a posição dos energética se encontra na faixa A.
denominadores das variações de temperatura na b) (V) A energia térmica total necessária para evaporar
equação que as relaciona. toda a água é:
TC TF = m c T + m L
Q
9 5 Q = (200 g) (1 cal g1 C 1 ) ( 75 C) + [(200 g) ( 540 cal g1 )]
5 3, 2 Q = 123 000 cal
TF 1, 8 F
9 Q = 516 600 J
85
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Calcula-se, então, a potência térmica (Ptérmica), considerando que 20 minutos correspondem a 1 200 s, conforme demonstrado
a seguir.
Q 516 600 J
Ptérmica = = = 430,5 W
Δt 1200 s
Logo, a eficiência da panela é:
430, 5 W
86,1%
500 W
De acordo com a tabela, esse valor de eficiência energética se encontra na faixa B.
c) (F) Para chegar a esse resultado, provavelmente o aluno utilizou a relação 1 cal = 4,0 J em seus cálculos, obtendo:
Q = m c T + m L Q = 123 000 cal
Q = 492000 J
Q 492000 J
Ptérmica = = = 410 W
t 1200 s
410 W
= = 82%
500 W
De acordo com a tabela, esse valor de eficiência energética se encontra na faixa C.
d) (F) Equivocadamente, o aluno considerou apenas a energia para evaporar a água no cálculo do calor (Q) fornecido pela
panela, conforme descrito a seguir.
Q = m ⋅ L
Q = (200 g) ⋅ (540 cal ⋅ g−1)
Q = 108 000 cal = 453 600 J
Assim, para os valores de potência (Ptérmica) e eficiência (η), obteve-se:
Q 453 600 J
Ptérmica = = = 378 W
Δt 1200 s
378 W
η= = 75,6%
500 W
De acordo com a tabela, esse valor de eficiência energética se encontra na faixa D.
e) (F) Provavelmente, o aluno não converteu o valor do calor (Q) de calorias para joules, considerando Q = 123 000 cal. Assim,
calculou-se a potência (Ptérmica) e a eficiência (η):
Q 123 000 cal
Ptérmica = = = 102,5 cal/s
Δt 1200 s
102,5
η= = 20,5%
500
O aluno não verificou que as unidades de medida das variáveis utilizadas no cálculo não são compatíveis.
De acordo com a tabela, esse valor de eficiência energética se encontra na faixa E.
12 D
a) (F) Provavelmente, o aluno atribuiu o mesmo volume inicial para o tanque e para o leite, obtendo:
Vf,leite = V0,leite (1 + leite T ) Vf,leite = 500 [1 + 1,8 10 4 ( 75 5)] Vf,leite = 506,3 L
86
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
d) (V) As dilatações térmicas do tanque e do leite são cal‑ A partir das expressões para a força peso e o empuxo,
culadas conforme demonstrado a seguir. tem-se:
Vf,leite = V0,leite (1 + leite T ) PA dg V d V
1 1
P mg m
Vf,leite = 500 [1 + 1,8 10 4 ( 75 5)]
Assim, substituindo os respectivos valores numé‑
Vf,leite = 506,3 L ricos, sabendo que 50 L correspondem a 0,05 m³,
Vf,tanque = V0,tanque (1 + tanque T ) faz-se:
kg
Vf,tanque = 550 [1 + 5,4 10 5 ( 75 5)] 1000 3 ( 0, 05 m )
3
PA m 5 3
Vf,tanque = 552,1 L 1 1
P ( 80 kg ) 8 8
Assim, a diferença entre a capacidade do tanque b) (F) Para chegar a esse valor, o aluno considerou que a
e o volume de leite, na temperatura mais alta do razão entre o empuxo e o peso da pessoa é:
processo, é: PA E
∆V = 552,1 – 506,3 = 45,8 L =
P P
e) (F) Possivelmente, o aluno concluiu que o coeficiente
A partir das expressões para a força peso e o empuxo,
de dilatação do material do tanque era linear e, por tem-se:
isso, multiplicou-o por 3, obtendo:
PA d g V d V
Vf,leite = V0,leite (1 + leite T ) P mg m
Vf,leite = 500 [1 + 1,8 10 4 ( 75 5)] Assim, substituindo os respectivos valores numé‑
Vf,leite = 506,3 L ricos, sabendo que 50 L correspondem a 0,05 m³,
faz-se:
Vf,tanque = V0,tanque (1 + tanque T ) kg
1000 3 ( 0, 05 m3 )
Vf,tanque = 550 [1 + 3 5,4 10 5 ( 75 5)] PA m 50 5
Vf,tanque = 556,2 L P (80 kg) 80 8
c) (F) Para chegar a esse valor, possivelmente, o aluno con‑
∆V = 556,2 – 506,3 = 49,9 L
fundiu o peso com o empuxo na equação, calculando:
PA E P P
1
13 C P E E
a) (F) Ao se fechar a válvula A e a torneira D, a massa total A partir das expressões para a força peso e o empuxo,
de água permanece constante, não sendo alterada tem-se:
devido ao aumento da temperatura. PA mg m
1 1
b) (F) Como as dilatações térmicas do sistema de aqueci‑ P dg V d V
mento são desprezíveis nas condições descritas no Assim, substituindo os respectivos valores numé‑
texto, o volume da água permanece constante. ricos, sabendo que 50 L correspondem a 0,05 m³,
c) (V) O aquecimento promove o aumento da tempera‑ faz-se:
tura da água, mas o volume permanece constante, PA (80 kg) 8 3 3
1 1
pois a dilatação térmica do sistema deve ser des‑ P kg 5 5 5
1000 3 ( 0, 05 m )
3
considerada, de acordo com as condições descritas m
no texto. Assim, como não ocorre variação da quan‑ d) (F) Provavelmente, o aluno utilizou a equação de forma
tidade de água, da sua massa e do seu volume, e incompleta, calculando:
a tubulação C é posicionada horizontalmente, o PA P
=
aumento da temperatura resulta no aumento de P E
pressão próximo à torneira D. Portanto, o aumento A partir das expressões para a força peso e o empuxo,
da temperatura da água está associado ao aumento tem-se:
de sua energia interna média. PA mg m
d) (F) O aumento da temperatura da água, nessas con‑
P d g V d V
dições, não altera suas propriedades a ponto de
mudar sua energia potencial química. Assim, substituindo os respectivos valores numéricos,
e) (F) Como não houve variação de massa, a altura do sabendo que 50 L correspondem a 0,05 m³, faz-se:
centro de massa não é alterada, portanto, a energia PA (80 kg) 80 8
potencial gravitacional não aumenta. P kg 50 5
1000 3 ( 0, 05 m )
3
14 A m
a) (V) O peso aparente (PA) é calculado considerando e) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno inverteu equi‑
a ação do empuxo (E) sobre a força peso real (P). vocadamente a equação, calculando a razão entre
Assim, aplica-se a expressão: o peso real e o peso aparente. Dessa forma, tem-se:
PA P E E P P
1
P P P PA P E
87
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
A partir das expressões para a força peso e o empuxo, Então, calcula-se o rendimento do ciclo de Carnot:
tem-se: Tf = 27 + 273 = 300 K
P mg m Tq = 127 + 273 = 400 K
PA m g d g V m d V Tf 300
1 1 0, 25
Assim, substituindo os respectivos valores numé‑ Tq 400
ricos, sabendo que 50 L correspondem a 0,05 m³, Q ⋅ η = Wmáx = 240 ⋅ 0,25 ⇒ Wmáx = 60 J
faz-se: Portanto, a quantidade de energia que não foi
P 80 kg 80 8 aproveitada pela máquina comparada à quanti‑
PA (80 kg) 1000 kg/m3 ( 0, 05 m3 ) 30 3 dade máxima possível teoricamente é dada por
Wmáx – W = 60 – 5 = 55 J.
15 D d) (F) O aluno pode ter calculado o rendimento do ciclo
de Carnot como a razão entre as temperaturas:
a) (F) O efeito estufa “aprisiona” a energia térmica na
atmosfera, diminuindo o fluxo médio de calor da Tf 300
0, 75
Terra para o espaço. Tq 400
b) (F) O efeito estufa dificulta trocas de calor por irradia‑ Q ⋅ η = Wmáx = 240 ⋅ 0,75 ⇒ Wmáx = 180 J
ção, não convecção. Wmáx – W = 180 – 5 = 175 J
c) (F) O efeito estufa dificulta a transmissão de ondas
e) (F) O aluno pode ter calculado o rendimento do ciclo
eletromagnéticas na faixa de frequência do infra‑
de Carnot utilizando a razão entre as temperaturas
vermelho. O que facilita a transmissão de ondas
na escala Celsius:
eletromagnéticas de alta frequência é o aumento
do buraco na camada de ozônio, principalmente Tf 27
1 1 0, 79
para frequências mais altas, acima do espectro visí‑ Tq 127
vel, como a radiação ultravioleta. Q ⋅ η = Wmáx = 240 ⋅ 0,79 ⇒ Wmáx = 189,6 J
d) (V) O efeito estufa ocorre devido à dificuldade que a Wmáx – W = 189,6 – 5 = 184,6 J ≅ 185 J
concentração de alguns gases na atmosfera terres‑
tre impõe na transmissão de calor por irradiação, em 17 C
determinadas faixas de frequência. Nele, ondas ele‑
a) (F) Para encontrar esse valor de corrente elétrica, o
tromagnéticas da região do infravermelho (frequên‑
estudante aplicou a razão entre tensão elétrica e
cia abaixo da visível) próximas à superfície terrestre potência de forma equivocada.
têm dificuldade de serem transmitidas pela atmos‑ b) (F) Provavelmente, o estudante não realizou a con‑
fera, ficando “aprisionadas” em nosso planeta. Sem versão de calorias para joule, ignorando as uni‑
ele, a temperatura média do planeta seria muito dades do Sistema Internacional (SI).
menor. O aumento acelerado da concentração de c) (V) Primeiro, calcula-se o valor da energia térmica
CO2 na atmosfera, devido principalmente a ativida‑ gerada pelo aquecimento do volume de água utili‑
des humanas, tem agravado esse efeito. zando a expressão da calorimetria: ∆Q = m ⋅ c ⋅ ∆T.
e) (F) A principal troca de calor que é dificultada pelo Substituindo os valores fornecidos no texto na
aumento de concentração dos gases do efeito equação e considerando que 1 L de água corres‑
estufa, como o CO2, é a irradiação, não condução. ponde a 1 kg em função da densidade do líquido,
tem-se:
16 C ∆Q = (100 ⋅ 103 g) ⋅ (1 cal ⋅ g–1 ⋅ °C–1) ⋅ (100 °C – 25 °C) =
a) (F) O aluno pode ter calculado apenas o trabalho rea‑ 7,5 ⋅ 106 cal
lizado para elevar a posição. Transformando para joule (SI), tem-se:
W = F ⋅ h = 10 ⋅ 0,5 = 5 J ∆Q = (7,5 ⋅ 106 cal) ⋅ 4 = 3,0 ⋅ 107 J
Após 40 minutos (2 400 s) de operação, calcula-se a
b) (F) O aluno pode ter calculado o rendimento do ciclo
potência (P) gerada por esse aquecimento:
de Carnot como a razão entre as temperaturas na
escala Celsius: Q (3, 0 10 7 J)
P 12500 W 12, 5 kW
T 27 t (2400 s)
f 0, 212
T q 127 Como o sistema alimenta uma rede de tensão (U)
Q ⋅ η = Wmáx = 240 ⋅ 0,212 ⇒ Wmáx ≅ 50,88 J de 880 V, para determinar a corrente gerada (i), uti‑
Wmáx – W = 50,88 – 5 = 45,88 J ≅ 46 J liza-se a expressão P = i ⋅ U. Assim, calcula-se:
c) (V) Primeiramente, calcula-se a quantidade de energia P 12, 5 kW
i i 14, 2 A
fornecida à máquina em 60 segundos: U 880 V
Q = 4 ⋅ 60 = 240 J d) (F) Para encontrar esse valor, as conversões de calo‑
Em seguida, calcula-se o trabalho realizado para ria para joule e de minuto para segundo não foram
elevar a posição em 50 cm: realizadas, ignorando as unidades do Sistema Inter‑
W = F ⋅ h = 10 ⋅ 0,5 = 5 J nacional.
88
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
e) (F) Para encontrar esse valor, a conversão de minuto e) (V) Medindo o volume de água deslocado pela coroa
para segundo não foi realizada, ignorando as uni‑ e comparando-o com o volume de água deslocado
dades do Sistema Internacional. por um bloco de ouro puro de mesma massa, Arqui‑
medes conseguiu comparar as densidades (relação
18 C massa/volume) das duas peças. Como a densidade
é uma propriedade específica da matéria, é possível
a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter con‑ utilizá-la para identificar substâncias ou compostos,
siderado que cada viga se dilata somente 2,5 mm e verificando se são feitos do mesmo material ou não.
somado os comprimentos iniciais das duas.
L
T 20 C
L0
a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno provavel‑
2, 5 10 3 mente desconsiderou a massa do satélite.
T 25 C
1, 25 10 5 8 GM
F 2
b) (F) Esse resultado pode ser obtido caso o aluno consi‑ R
dere a dilatação máxima de 5 mm para as vigas e 6, 7 10 11 6 10 24
some os comprimentos iniciais das duas. F
( 6, 25 10 6 0, 75 10 6 )2
L
T F ≅ 0,82 · 101 = 8,2 ⇒ O.G. = 101
L0
b) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter des‑
5 10 3 considerado que 5,33 é maior que a raiz quadrada
T 50 C
1, 25 10 5 8 de 10.
c) (V) Como o espaçamento entre as vigas é de 10 mm, F ≅ 5,33 · 103 ⇒ O.G. = 103
cada viga só pode se dilatar, no máximo, 5 mm. c) (V) A força de interação gravitacional entre o satélite e a
Assim, a variação máxima de temperatura à qual GM m G MTerra msatélite
Terra é dada por F F .
cada viga deve ser submetida para que se encos‑ R2 (R Terra h)2
tem é:
Nessa equação, G é a constante gravitacional, MTerra
∆L = L0 · α · ∆T
e msatélite são, respectivamente, a massa da Terra e
L a massa do satélite, RTerra é o raio da Terra e h é o
T
L0 raio da órbita do satélite medido a partir da superfí‑
5 10 3 cie da Terra. Assim, substituindo os valores de cada
T 100 C incógnita, tem-se:
1, 25 10 5 4
d) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno supôs que 6, 7 10 11 6 10 24 650
F
cada viga poderia sofrer uma dilatação de 10 mm. ( 6, 25 10 6 0, 75 10 6 )2
L 26130 1013
T F
L0 ( 7 10 6 )2
10 10 3 26130 1013
T 200 C F 533 101 5, 33 10 3 N
1, 25 10 5 4 49 1012
e) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter mul‑ Portanto, como 5,33 é maior que a raiz quadrada de
tiplicado a distância entre as vigas por 2 em vez de 10, a força é da ordem de 103 + 1 = 104.
dividir. d) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter con‑
L vertido as distâncias de metro para quilômetro.
T
L0 6, 7 10 11 6 10 24 650
F
20 10 3 ( 6, 25 10 3 0, 75 10 3 )2
T 400 C
1, 25 10 5 4 F = 5,33 · 109 ⇒ O.G. = 1010
e) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter con‑
19 E vertido as distâncias de metro para quilômetro e as
massas de quilograma para grama.
a) (F) A temperatura não é considerada uma propriedade
específica da matéria, ou seja, não é possível caracteri‑ 6, 7 10 11 6 10 27 650 10 3
F
zar uma substância apenas medindo sua temperatura. ( 6, 25 10 3 0, 75 10 3 )2
b) (F) A massa é considerada uma propriedade geral da F = 5,33 · 1015 ⇒ O.G. = 1016
matéria, não sendo possível utilizá-la para caracte‑
rizar uma substância.
21 C
c) (F) Arquimedes não conseguiria medir o coeficiente
de solubilidade da coroa em determinado solvente a) (F) Aumentar a profundidade do lago não aumenta a
sem danificar a coroa. taxa de evaporação.
d) (F) A massa e o tamanho não são propriedades espe‑ b) (F) Diminuir a área superficial do lago diminui a taxa de
cíficas da matéria, que possibilitam caracterizar um evaporação, e aumentar a profundidade dele não
material. muda a taxa de evaporação.
89
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
90
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
d) (F) Após ter calculado corretamente o peso da viga, o c) (F) Os geradores químicos convertem energia quí‑
aluno pode ter calculado equivocadamente a área mica, liberada durante processos ou reações quí‑
multiplicando p pelo diâmetro. micas, em elétrica, a exemplo de pilhas e baterias
m g 225 10 4 utilizadas em dispositivos eletrônicos.
P P 37, 5 10 4 Pa 3, 75 10 5 Pa
A 32 d) (F) Os geradores térmicos convertem energia térmica,
e) (V) O volume da viga é igual a V = p ∙ r2 ∙ h = 3 ∙ 12 ∙ 30 = obtida a partir da queima de combustíveis fósseis,
90 m3. Com isso, obtém-se a massa: em energia elétrica, como observado nas usinas
m termelétricas.
d m d V 2500 90 m 225 10 3 kg
V e) (F) Os geradores eólicos também convertem energia
Portanto, o peso total da viga é igual a m ∙ g = 225 ∙ cinética em elétrica. Porém, diferentemente do
104 N. Logo, tem-se a pressão exercida no fundo do que acontece nas usinas hidrelétricas, essa energia
lago, em que A é a área circular da base cilíndrica: cinética (ou eólica) está relacionada ao movimento
m g 225 10 4 dos ventos. Tais geradores são comumente encon‑
P P 75 10 4 Pa 7, 5 10 5 Pa
A 3 12 trados em parques eólicos.
25 A 02 A
a) (V) Como ocorre uma compressão muito rápida, pode‑ a) (V) A blindagem eletrostática é um fenômeno físico
-se considerar que o processo é adiabático. Em observado quando o campo elétrico é nulo no inte‑
processos adiabáticos, a troca de calor é nula. Pelo rior de um material condutor em equilíbrio eletros‑
Primeiro Princípio da Termodinâmica, tem-se: tático. Nessa situação, qualquer corpo envolto por
Q = DU + W ⇒ 0 = DU + W ⇒ –W = DU esse tipo de material está protegido da ação de
Como no processo descrito no texto ocorre uma campos elétricos externos, pois os elétrons livres
compressão, considera-se W < 0, o que leva a do condutor se reorganizam de modo a anular o
DU > 0. Portanto, o aumento de temperatura campo elétrico em seu interior. Assim, quanto maior
se deve ao fato de não haver trocas de calor. O a condutividade elétrica de um material, maior a
módulo do trabalho é igual à variação da energia sua capacidade de distribuir as cargas pela super‑
interna do fluido. fície e, consequentemente, de proteger o corpo
b) (F) O atrito não é o principal responsável pelo aumento envolto. Entre os materiais mostrados na tabela,
da temperatura. Caso houvesse atrito intenso, o o que tem maior condutividade e, portanto, maior
motor seria muito ineficiente, sendo impraticável potencial de blindagem eletrostática é a prata.
utilizá-lo.
b) (F) O cobre é um excelente condutor de eletricidade,
c) (F) Como o volume do fluido varia, o trabalho não é nulo.
apresenta grande resistência à corrosão e é maleá‑
d) (F) O processo é adiabático. Logo, não há trocas de
vel. Porém, no que se refere à condutividade elé‑
calor. Além disso, o processo de admissão de com‑
trica, a prata tem melhor desempenho.
bustível é uma etapa anterior à da compressão.
c) (F) O alumínio tende a formar uma superfície de óxido
e) (F) Pelo fato de o processo ser adiabático, o calor tro‑
eletricamente resistente às conexões elétricas, cau‑
cado é nulo. A variação de energia interna do fluido
nesse processo é igual ao valor negativo da varia‑ sando superaquecimento.
ção do trabalho. d) (F) O ferro tem baixa condutividade elétrica, o que o faz
ser pouco eficiente para a blindagem eletrostática.
e) (F) O zinco é o metal que apresenta a menor condu‑
Física 2 tividade elétrica entre os listados na tabela, sendo
assim o de pior desempenho para a blindagem ele‑
01 A trostática.
a) (V) A água represada no reservatório de uma usina
hidrelétrica armazena energia potencial gravita‑ 03 D
cional, que é transformada em energia cinética à
medida que a água vai escoando pelo duto. Essa a) (F) O campo elétrico formado entre o solo e a nuvem
energia cinética está relacionada à energia mecâ‑ não pode ser nulo, pois assim não haveria trans‑
nica que é transferida para as turbinas, capazes porte de cargas.
de acionar o gerador que, por sua vez, converte a b) (F) A rigidez dielétrica de um meio pode ser reduzida
energia mecânica em elétrica. (devido à umidade do ar, por exemplo), mas não
b) (F) Os geradores luminosos transformam a energia a zero. Na formação de um raio, romper a rigidez
proveniente da irradiação solar em energia elétrica dielétrica não significa diminuí‑la, mas fornecer um
por meio do efeito fotovoltaico, a exemplo dos campo elétrico capaz de ionizar o meio e fazê‑lo se
painéis solares. Embora a água no reservatório da comportar como um condutor.
usina fique exposta à energia vinda do Sol, esta não c) (F) O acúmulo de cargas elétricas não ocorre entre o
é responsável por girar a turbina e, consequente‑ solo e a nuvem. Embora esteja relacionado à forma‑
mente, por acionar o gerador. ção dos raios, ocorre na própria nuvem e no solo.
91
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
92
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Assim, como o ângulo de torção é diretamente pro‑ b) (F) Como as cargas passaram da bexiga para a lata,
porcional à força elétrica entre as cargas, o ângulo que estava eletricamente neutra, ambas ficarão
de torção final (α') será 4 vezes o inicial (α). com cargas de mesmo sinal. Assim, não haverá
α' = 4α mais atração entre elas.
c) (F) O contato e a transferência de elétrons entre a
08 D bexiga e a latinha provocarão repulsão entre elas,
e não atração.
a) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a constante
d) (F) A polarização das cargas da lata só ocorre quando
eletrostática.
há uma aproximação sem contato entre a bexiga
q
E= 2 eletrizada e a lata neutra. Após o contato, a carga
d elétrica recebida pela lata se espalha por toda a sua
2 10 2 superfície.
3 10 6
d2 e) (V) O objetivo de cada jogador é atrair a lata para a linha
do seu lado do jogo, pois a bexiga eletrizada pelo
2 10 2
d2 1, 5 10 8 atrito com o cabelo é capaz de atrair a lata eletrica‑
3 10 6 mente neutra. Então, quando há contato entre elas,
d 1, 5 10 8 m parte do excesso de cargas da bexiga é transferida
para a lata, de modo que ambas ficam eletrizadas
b) (F) Possivelmente, ao aplicar a equação do campo elé‑
com cargas elétricas de mesmo sinal, havendo
trico, o aluno elevou ao quadrado a carga elétrica repulsão entre elas. Isso faz com que o jogador que
da esfera. cometeu o equívoco tenha que eletrizar novamente
k q2 a bexiga, o que o desfavorece no jogo.
E 2
d
9 10 9 (2 10 2 )2 10 A
d2 1, 2
3 10 6 a) (V) O tempo necessário para a partícula chegar à placa
é calculado pela seguinte equação:
d = 1, 2 m
FR = m a = q E
c) (F) Possivelmente, o aluno imaginou que obteve o diâ‑ q E
metro do campo e dividiu-o por 2 para obter o raio. a=
m
d 60 60 a t2
r=
= = = 15 m y = y 0 + v 0y t +
2 2 4 2
d) (V) Segundo o texto, para que haja a ruptura dielé‑ q E 2
t
L
trica do ar, deve-se ter um campo elétrico de, no y = = 0 + m
mínimo, 3 ⋅ 106 V/m. Assim, considerando que o 2 2
campo elétrico seja o de uma carga de dimensões 2 m L
t =
desprezíveis, aplica-se a equação do campo elé‑ q E
trico gerado por ela. m L
k q t=
E 2 q E
d
Em uma região de campo elétrico uniforme, sepa‑
9 10 9 2 10 2 rada por uma distância L, o módulo da diferença
3 10 6
d2 de potencial elétrico U é dado por U = E ⋅ L. Logo,
9 10 9 2 10 2 tem-se:
d2 60 E ⋅L = U
3 10 6
U
d = 60 m E=
L
e) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a carga da m ⋅L m ⋅L
t= =
esfera. q ⋅E U
q⋅
9 10 9 L
d2 3 10 3
3 10 6 m
t = L⋅
q ⋅U
d 3 10 m
3
A distância horizontal percorrida é:
09 E m
x v0 t v0 L
a) (F) Para que a força elétrica entre a bexiga e a lata seja q U
nula, as duas precisariam estar neutras, o que não Como v0, m, q e U são constantes, dobrando-se o
ocorre com o contato entre esses objetos. comprimento L, dobra-se a distância horizontal.
93
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b) (F) O aluno pode ter achado que a distância horizontal c) (F) Como a tensão é 127 V e a corrente medida no
seria diretamente proporcional ao quadrado da dis‑ momento da inspeção era de 52 A, o equipamento
tância entre as placas. ligado deve apresentar aproximadamente 6 600 W.
c) (F) O aluno, equivocadamente, considerou que a dis‑ De acordo com a tabela, o secador de cabelo tem
tância horizontal seria inversamente proporcional à 1 000 W de potência, não podendo ser ele o equi‑
distância entre as placas. pamento ligado quando foi realizada a medida.
d) (F) O aluno, equivocadamente, relacionou o campo d) (F) Como a tensão é 127 V e a corrente medida no
elétrico e a diferença de potencial elétrico, con‑ momento da inspeção era de 52 A, o equipamento
forme demonstrado a seguir. ligado deve apresentar aproximadamente 6 600 W.
FR m a q E De acordo com a tabela, a geladeira de 425 L tem
q E 145 W de potência, não podendo ser ela o equipa‑
a mento ligado quando foi realizada a medida.
m
e) (F) Como a tensão é 127 V e a corrente medida no
a t2
y y0 v0y t momento da inspeção era de 52 A, o equipamento
2 ligado deve apresentar aproximadamente 6 600 W.
q E 2 De acordo com a tabela, o ferro de passar roupa
t
L m L m L
y 0 m t2 t tem 1 000 W de potência, não podendo ser ele o
2 2 q E q E equipamento ligado quando foi realizada a medida.
E U L
m L m L m 13 B
t t
q E q U L q U a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno assumiu,
equivocadamente, que a carga elétrica das abóba‑
m das nos dois casos era igual, obtendo:
x v0 t v0
q U kQ A
EA =
e) (F) Provavelmente, o aluno concluiu que a distância rA 2
horizontal seria inversamente proporcional à dis‑ kQB kQB 25kQB
tância entre as placas ao quadrado. EB = 2
EB = 2
=
rB 2rA 4rA 2
11 E 5
a) (F) Transformadores são dispositivos que funcionam kQ A
com corrente elétrica alternada, formando uma EA rA 2 4
= =
tensão elétrica de intensidade e sentido variáveis. EB 25kQ B 25
Assim, gera-se um campo magnético também 4rA 2
variável, ou não uniforme. b) (V) Sendo a densidade de carga elétrica igual, tem-se:
b) (F) Transformadores não funcionam com corrente con‑ QA QB Q QB
tínua. Assim, a corrente elétrica obrigatoriamente = = A2 = Q A = 4QB
4R A 2 4RB2 R A R A 2
varia, pois ocorre diferença de tensão.
c) (F) O campo elétrico é variável, uma vez que há varia‑ 2
ção nas correntes. O campo elétrico de uma esfera condutora eletrica‑
d) (F) A existência de uma tensão indica que há uma mente carregada é:
d.d.p. (diferença de potencial elétrico). Logo, nas kQ
E= 2
bobinas dos transformadores, ocorre a variação de r
potencial elétrico. Considerando as relações entre os raios e as cargas
e) (V) A potência elétrica não varia, pois a quantidade elétricas, calcula-se:
de energia que chega até a subestação deve ser 2r
r = 100 cm; rB = 40 cm ⇒ rB = A
a mesma que sai dela, desprezando-se as perdas A 5
técnicas que ocorrem naturalmente. kQ A 4kQB
EA = ⇒ EA =
rA 2 rA 2
12 A
kQB kQB 25kQB
a) (V) A potência é calculada por P = U ⋅ I = (127 V) ⋅ (52 A) = EB = EB = 2
=
rB2 2rA 4rA 2
6 604 W ≅ 6 600 W. Como o chuveiro elétrico apre‑
senta essa potência, de acordo com a tabela forne‑ 5
cida, conclui-se que ele é o eletrodoméstico que 4kQB
estava ligado no momento da inspeção. EA rA 2 16
b) (F) Como a tensão é 127 V e a corrente medida no = =
EB 25kQ B 25
momento da inspeção era de 52 A, o equipamento
4rA 2
ligado deve apresentar aproximadamente 6 600 W.
De acordo com a tabela, a televisão de 43" tem c) (F) O aluno utilizou a relação entre os raios das esfe‑
263 W de potência, não podendo ser ela o equipa‑ ras, quando o correto seria utilizar a relação entre
mento ligado quando foi realizada a medida. as distâncias de seus centros à esfera de prova.
94
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
QA QB QA QB 14 A
= = = 2
Q A = 4QB
4R A 2
4RB 2
RA 2
RA a) (V) Supondo que cada lâmpada tem resistência R,
2 a resistência equivalente das lâmpadas 5 e 6 é:
kQ R
E= 2 R 5 ,6 = . Assim, para calcular a resistência equiva‑
r 2
lente das lâmpadas 4, 5 e 6, faz-se:
rA
rB = R R2
2 R4
R
kQ A 4kQB R 4 ,5 ,6 2 2
EA = ⇒ EA = R 3R 3
R4
rA 2 rA 2 2 2
kQB kQB 4kQB A resistência equivalente do circuito todo é:
EB = EB = 2
= R R 11 R
rB2 rA rA 2 Req,antes R1 R2,3 R 4 ,5 ,6 R
2 3 6
2
Para calcular a resistência equivalente com a lâm‑
4kQB pada 6 desligada, faz-se:
EA r2 R R
= A =1 R R 2R
EB 4kQ B eq,depois 2 2
rA 2 A relação entre os consumos de energia é:
d) (F) Para encontrar esse resultado, o aluno considerou, U2 1
equivocadamente, que o campo elétrico é inversa‑ t
Edepois Pdepois t Req,depois Req,depois Req,antes
mente proporcional à distância ao centro, obtendo:
Eantes Pantes t U2 1 Req,depois
QA QB QA QB t
= = = 2
Q A = 4QB Req,antes Req,antes
4R A 2 4RB2 RA2 RA
11R
2
Edepois 6 11
kQ 0, 92 92%
E= E 2R 12
r antes
Logo, haverá economia de 8%.
2rA
rB = b) (F) O aluno provavelmente desconsiderou as lâmpa‑
5 das 2 e 3 em seus cálculos:
kQ A 4kQB R
EA = ⇒ EA = R 5 ,6
rA rA 2
R R2
kQB kQB 5kQB R4
EB = EB = = R
rB 2rA 2rA R 4 ,5 ,6 2 2
R 3R 3
R4
5 2 2
R 4R
4kQB Req,antes R1 R2,3 R 4 ,5 ,6 R
3 3
EA rA 8
= = R 3R
EB 5kQB 5 Req,depois R
2 2
2rA
U2 1
e) (F) Provavelmente, o aluno considerou que as distân‑ t
Edepois Pdepois t Req,depois R Req,antes
eq,depois
cias da esfera de prova ao centro fossem as mes‑
Eantes Pantes t U2 1 Req,depois
mas nos dois casos: t
QA QB Q QB Req,antes Req,antes
= = A2 = 2
Q A = 4QB 4R
4R A 2
4RB 2
RA RB
Edepois 3 8
2 89%
Eantes 3R 9
kQ
2
E= 2
r Logo, haveria 11% de economia de energia.
kQ 4kQB c) (F) O aluno pode ter achado que, retirando-se 1 lâm‑
E = 2 A ⇒ EA =
A r r2 pada das 6 iniciais, o consumo de energia cairia
5
kQB kQ kQ para ≅ 83%, e, então, haveria economia de apro‑
EB = ⇒ EB = 2 B = 2 B 6
r2 r r
ximadamente 17%.
4kQB d) (F) O aluno pode ter calculado o consumo de energia
EA 2
= r =4 considerando que 5 lâmpadas das 6 iniciais corres‑
EB kQB
5
r2 pondem a ≅ 83% da energia gasta anteriormente.
6
95
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
e) (F) O aluno pode ter calculado o gasto de energia em c) (V) Escolhendo o modelo A, o consumo de potência
vez da economia desta. elétrica é 300 W menor que utilizando o modelo B.
11 R Assim, para determinar a economia de energia elé‑
Edepois 6 11 trica consumida diariamente, faz-se:
0, 92 92%
Eantes 2R 12 E = 4 h ⋅ 300 W = 1 200 Wh = 1,2 kWh
Como o custo do kWh é de R$ 0,80, para um dia de
15 B uso da máquina de lavar, a economia diária é de:
a) (F) Para a corrente ser considerada nula, equivocada‑ 0,80 ⋅ 1,2 = R$ 0,96. Assim, tem-se:
mente o aluno considerou que, ao ligar a chave, a 1 dia ________ R$ 0,96
corrente deixa de circular pelo lado A. ________ R$ 250,00
b) (V) Considerando a informação do funcionamento do x
circuito com a chave desativada, calcula-se a resis‑ x ≅ 260,4 dias
tência equivalente: Req = 20 + 5 + 15 = 40 Ω. Assim, A partir do dia 261, a economia financeira na conta
para determinar a voltagem da fonte, faz-se: de luz compensará o preço extra pago pelo modelo
U = R ⋅ i A em relação ao B.
U = 40 ⋅ 2 = 80 V d) (F) O aluno, provavelmente, calculou a energia consu‑
Aplicando as leis de Kirchhoff, calculam-se as corren‑ mida considerando apenas 1 h de utilização diária.
tes que circulam nas malhas. Para o lado A, tem-se: Assim, fez:
80 – 20i1 – 5i2 – 15i2 = 0. Para o lado B, a Primeira Lei E = 1 h ⋅ 300 W = 300 Wh = 0,3 kWh
de Kirchhoff determina: 0,80 ⋅ 0,3 = R$ 0,24
80 – 20i1 – 5i2 – 5i3 = 0 1 dia ________ R$ 0,24
i1 = i2 + i3 ________ R$ 250,00
Resolvendo o sistema, encontra-se a corrente total x
do circuito (i1 = 3 A), a corrente que passa pelo lado x ≅ 1 042 dias
A e pelo amperímetro (i2 = 1 A) e a corrente que e) (F) O aluno pode ter dividido a diferença de potência
passa pelo lado B (i3 = 2 A). pelo tempo ao calcular a energia elétrica consumida:
c) (F) Provavelmente, o aluno considerou que abrir a 300 W
chave não interfere na corrente, mas isso não con‑ = E = 75 Wh = 0, 075 kWh
4h
diz com a divisão da malha apresentada.
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que, devido à 0,80 ⋅ 0,075 = R$ 0,06
Lei dos Nós, a corrente medida pelo amperímetro 1 dia ________ R$ 0,06
é a corrente total. ________ R$ 250,00
x
e) (F) O aluno confundiu o amperímetro com o voltíme‑
x ≅ 4 167 dias
tro, considerando que a voltagem da fonte é a cor‑
rente.
17 C
16 C a) (F) Apesar de o sistema de painéis móveis chegar ao
a) (F) Para chegar a esse valor, o aluno utilizou equivoca‑ pico de produção de energia mais cedo que o sis‑
damente a potência do modelo B em seus cálculos. tema de painéis fixos, nenhum dos sistemas atinge
Assim, para determinar o consumo de energia elé‑ o pico de produção durante todo o dia, pois isso
trica nas condições descritas no texto, calculou: também depende da incidência da luz solar, e não
E = 4 h ⋅ 1 800 W = 7 200 Wh = 7,2 kWh só da posição do painel.
Como o custo do kWh é de R$ 0,80 para um dia b) (F) A afirmação não está correta, pois o sistema móvel
de uso da máquina de lavar, tem-se: 0,80 ⋅ 7,2 =
pode se adaptar mais cedo à luz solar, atingindo o
R$ 5,76. Para calcular em quanto tempo a escolha
pico de produção em um tempo menor.
seria mais vantajosa, fez-se:
c) (V) O rendimento depende da inclinação dos raios
1 dia ________ R$ 5,76
solares e da exposição. Por isso, ao acompanhar o
________ R$ 250,00
x movimento solar ao longo do dia, o sistema de pai‑
x ≅ 44 dias néis móveis permite que os raios solares incidam de
b) (F) Para chegar a esse valor, o aluno utilizou equivoca‑ maneira adequada por mais tempo durante o dia,
damente a potência do modelo A em seus cálculos. garantindo que os painéis operem ao máximo por
Assim, para determinar o consumo de energia elé‑ mais tempo.
trica nas condições descritas no texto, calculou: d) (F) De acordo com o gráfico, pode-se inferir que as
E = 4 h ⋅ 1 500 W = 6 000 Wh = 6 kWh
placas solares têm melhor rendimento durante a
0,80 ⋅ 6 = R$ 4,80
tarde. Contudo, esse comportamento é verificado
1 dia ________ R$ 4,80 para ambos os sistemas, não sendo esse um fator
________ R$ 250,00
x determinante para a vantagem de um sistema
x ≅ 53 dias sobre o outro.
96
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
e) (F) O uso de uma tecnologia mais complexa constitui d) (F) Para chegar a esse resultado, provavelmente o
uma desvantagem para o sistema com seguidores estudante desconsiderou a posição de curto-cir‑
solares. Além disso, o texto indica que uma boa cuito e montou duas partes em paralelo e, depois,
iluminação é um dos fatores que garante um bom novamente em paralelo. Como os resistores são
rendimento na conversão de energia solar em ener‑ iguais, pode-se usar as propriedades com n resisto‑
gia elétrica. Portanto, as condições climáticas são res. Assim, tem-se para o sistema em paralelo:
relevantes para os dois tipos de sistema. R
Req =
n
R = 6 kW
18 A
a) (V) O circuito montado pelo consumidor apresenta R = 12 kW
uma posição de curto-circuito entre os pontos da A B
primeira malha. Dessa forma, o único circuito que
deve ser transpassado é o último, de 12 kΩ, con‑
forme representado pelo esquema a seguir. R = 6 kW
Curto-circuito Então, para esse sistema, adotou-se equivocada‑
R = 12 kW mente uma expressão para somar os resistores em
série e em paralelo:
R = 12 kW Req = 6 kΩ + 6 kΩ + 12 kΩ = 24 kΩ
R = 12 kW e) (F) Para chegar a esse resultado, o estudante considerou
A B equivocadamente o circuito equivalente ao do carro.
R = 12 kW 19 D
a) (F) Além de o sentido do campo elétrico ser do lado
R = 12 kW
positivo para o negativo, ou seja, de fora para den‑
Curto-circuito
tro, a força que um campo elétrico aplica em uma
Assim, o valor da resistência equivalente é de 12 kΩ. carga negativa tem sentido contrário ao sentido do
b) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a posição de próprio campo.
curto-circuito e montou duas partes em paralelo e, b) (F) A face da membrana com potencial elétrico nega‑
depois, novamente em paralelo. Como os resisto‑ tivo está na parte mais interior da célula, enquanto
res são iguais, pode-se usar as propriedades com n a face mais exterior está com potencial elétrico
resistores. Assim, tem-se, para o sistema em paralelo: positivo. Logo, o sentido do campo elétrico é de
R fora para dentro.
Req = c) (F) A força que o campo elétrico aplica em uma carga
n
R = 6 kW positiva tem sentido do lado de potencial elétrico
positivo para o de potencial negativo e, portanto,
tem o mesmo sentido desse campo.
R = 12 kW
d) (V) Comparando essa membrana celular a um capaci‑
A B
tor de placas paralelas, o campo elétrico no interior
de suas placas tem sentido da face positiva para
a negativa. Ao se observar a figura, pode-se ver
R = 6 kW
que isso significa do meio exterior para o interior
Então, para esse sistema, o resistor equivalente é da membrana. Assim, quando uma carga negativa
6 k fica sujeita a um campo elétrico, há atuação de uma
descrito por Req 12 k 15 k .
2 força elétrica no mesmo sentido desse campo elé‑
trico, ou seja, de fora para dentro da membrana.
c) (F) Para chegar a esse valor, o estudante desconsiderou
Outros fatores, tais como a difusão e a osmose,
apenas a parte inferior do sistema, resultando em: também possuem influência no deslocamento de
R = 12 kW um íon por uma membrana celular.
e) (F) A força que o campo elétrico aplica em uma carga
R = 12 kW negativa tem sentido do lado de potencial elétrico
R = 12 kW negativo para o de potencial positivo e, portanto,
A B tem sentido contrário ao do campo.
R = 12 kW
20 C
R = 12 kW a) (F) O aluno pode não ter considerado a eficiência das
Curto-circuito placas solares.
Então, para esse sistema, o resistor equivalente é Ec = 600 ⋅ 8 = 4 800 Wh/m²
12 k 1m2 ________ 4 800 Wh
________ 15 600 Wh x 3, 3 m
2
descrito por Req 12 k 18 k.
2 x
97
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b) (F) O aluno pode ter desconsiderado o tempo de utili‑ Substituindo os valores numéricos, tem-se:
zação de cada aparelho. m
4 10 .T 5, 0 A
7
Etotal = Etelevisão + Echuveiro + Egeladeira A
Etotal = 200 + 5 000 + 400 = 5 600 Wh Bfio 2 0,1 m
Ec = 600 ⋅ 25% ⋅ 8 = 1 200 Wh/m² BTerra 30 10 6 T
1m2 ________ 1200 Wh
Bfio 10 6 T
________ 5 600 Wh x 4, 7 m
2
x
BTerra 3 10 6 T
c) (V) O consumo diário de energia elétrica (Etotal) dos Bfio 1
aparelhos citados na tabela é dado pela fórmula: =
BTerra 3
E = P ⋅ ∆t
c) (F) Possivelmente, o estudante considerou a expressão
Etotal = Etelevisão + Echuveiro + Egeladeira
de campo magnético incorreta, utilizando a expres‑
Etotal = 200 ⋅ 5 + 5 000 ⋅ 1 + 400 ⋅ 24 = 15 600 Wh são de solenoide em vez do fio, com o valor do
Assim, considerando uma incidência de energia tamanho do condutor como sendo o raio e N igual
solar de 8 h em 1 m2 de placa e uma eficiência de a uma volta.
25%, a energia captada (Ec) diariamente por elas a N
Bsolenoide 0 i
cada metro quadrado de placa é: L
Ec = 600 ⋅ 25% ⋅ 8 = 1 200 Wh/m² d) (F) Esse valor corresponde à razão entre o campo mag‑
Então, aplicando uma regra de três, tem-se: nético da Terra em relação ao campo associado a
uma espira, e não a um fio, como demonstrado a
1m2 ________ 1200 Wh
seguir.
________ 15 600 Wh x 13 m
2
x i
Bfio 0
d) (F) O aluno desconsiderou o tempo de incidência de 2 d
luz solar nas placas. BTerra 30 10 6 T
Ec = 600 ⋅ 25% = 150 Wh/m² Bfio 0 i
1m2 ________ 150 Wh 2 d
________ 15 600 Wh x 104 m
2
98
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
23 B 25 C
a) (F) Como há variação na tensão, consequentemente há a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter
variação na corrente elétrica. Logo, esta está relacio‑ dividido a tensão pela capacitância equivalente em
nada à transformação, e não ao consumo de energia. vez de multiplicar.
b) (V) A potência diz respeito à transformação de ener‑ V 60
gia elétrica em outra modalidade e, por isso, está Q 17 C
C 3,5
relacionada à quantidade de energia fornecida ou eq
consumida por um circuito elétrico. Portanto, essa b) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter cal‑
grandeza pode ser relacionada ao consumo de culado a capacitância equivalente considerando
energia na situação descrita no texto. todos os capacitores em série e, além disso, ter
c) (F) A resistência é a capacidade de um corpo se opor 7
à passagem de corrente elétrica, mesmo quando esquecido de inverter a fração para obter o valor
de C . 6
existe uma diferença de potencial aplicada e, por eq
P (Força peso)
Portanto, a força magnética é de repulsão e pode Física 3
ser dada por:
Fm = P 01 B
Fm = m · g
a) (F) Possivelmente, o aluno escolheu pontos de interfe‑
Fm 5
= =
m = 0= , 5 kg 500 g rência construtiva, mas não considerou a proximi‑
g 10
dade deles em relação às fontes.
99
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b) (V) A intensidade é máxima nos pontos mais próxi‑ d) (F) No fenômeno mostrado na imagem, as ondas que
mos às fontes em que há interferência construtiva, passam por difração não estão retornando à ori‑
ou seja, nos pontos em que há interseção de duas gem, mas contornando os obstáculos para conti‑
ondas que possuem a mesma fase, o que resulta nuar se propagando, ainda que flexionadas.
em uma onda maior que as duas originárias. e) (F) No exemplo mostrado, não há mudança de meio
c) (F) O aluno equivocadamente escolheu pontos de de propagação, pois as ondas continuam se propa‑
interferência destrutiva, nos quais a intensidade é gando na superfície da água.
mínima.
d) (F) O aluno pode ter considerado que a intensidade 04 E
sonora é máxima nos pontos centrais. a) (F) A difração ocorre quando a onda tem sua trajetória
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou apenas a proxi‑ alterada de modo a contornar os obstáculos com
midade em relação às fontes, sem observar o tipo os quais se depara.
de interferência. b) (F) A reflexão ocorre quando a onda atinge um obstá‑
culo e retorna ao meio de propagação sem alterar
suas características, ou seja, mantendo a frequên‑
02 C cia, a velocidade de propagação e o comprimento
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou a metade da de onda.
profundidade aparente. c) (F) A refração ocorre quando, ao mudar de meio de
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada‑ propagação, a onda sofre alteração em sua veloci‑
mente H · nÁgua = h · nAr. dade de propagação.
d) (F) A polarização ocorre quando um polarizador altera
nAr 1 ou filtra a direção de vibração da onda.
H h 44, 5 34, 20 mm
nÁgua 1, 3 e) (V) O fenômeno físico evidenciado no experimento é
c) (V) A projeção do raio refratado fornece a posição apa‑ a interferência, que ocorre quando duas ou mais
rente do peixe, que está a uma profundidade apa‑ ondas se encontram, tendo suas amplitudes alte‑
radas. Esse fenômeno pode ocorrer de forma cons‑
rente (h) igual a 44,5 mm, conforme visto pela ave.
trutiva (quando os pulsos se somam) ou destrutiva
Essa ilusão de óptica é causada pelo dioptro plano,
(quando os pulsos se anulam mutuamente). Essas
um sistema formado por dois meios transparentes, duas formas estão representadas na figura pelos
de diferentes refringências e separados por uma pontos escuros (interferência construtiva) e claros
superfície plana. Como os raios incidente e refra‑ (interferência destrutiva).
tado formam pequenos ângulos com a reta normal
(N), pode‑se utilizar a equação do dioptro plano 05 C
para calcular a posição real do peixe (H), dada por:
a) (F) A difração ocorre quando uma onda contorna obs‑
nÁgua 1, 3 táculos com os quais se depara.
H h 44, 5 57, 85 mm
nAr 1 b) (F) Dispersão é o fenômeno observado quando a luz
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada‑ branca é decomposta em diversos feixes coloridos,
mente H · nÁgua = h · nAr. como o que ocorre quando a luz solar atravessa um
prisma ou gotas de água na atmosfera.
nAr 1
H h 44, 5 34, 20 mm c) (V) A polarização acontece quando uma onda incide
nÁgua 1, 3 sobre um polarizador, passando a vibrar na mesma
Em seguida, somou o valor de H a 44,5 mm: direção de vibração desse objeto. Assim, algumas
H + 44,50 = 34,20 + 44,50 = 78,70 mm lentes utilizadas em óculos escuros funcionam como
e) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente o polarizadores ao bloquear parte da luz, evitando que
valor de H, mas somou ao final o valor de 44,5 mm. os raios luminosos interfiram na qualidade da visão.
d) (F) No âmbito da óptica, a ressonância pode ser utili‑
zada para modificar a intensidade de feixes lumino‑
03 B sos, mas não é diretamente capaz de atuar como
a) (F) Apesar de passar por uma aparente mudança de filtro bloqueando uma parte da luz.
formato, a onda continua com a mesma frequência e) (F) A interferência acontece quando duas ou mais
quando sofre difração. ondas se encontram e interferem entre si, seja de
b) (V) A difração ocorre quando uma onda encontra forma construtiva (quando os pulsos das ondas se
obstáculos e se flexiona – por meio do espalha‑ somam), seja de forma destrutiva (quando os pul‑
mento – ao contorná‑los ou atravessá‑los. Essa sos se anulam mutuamente).
capacidade de difração de uma onda depende
fundamentalmente do comprimento desta e do 06 D
tamanho do obstáculo. a) (F) O aluno utilizou incorretamente a equação funda‑
c) (F) O fenômeno mostrado na imagem não tem relação mental da ondulatória e obteve o resultado em
com a interferência ou com a fase das ondas, pois giga-hertz:
existe apenas uma fonte de emissão. f = c · λ = 3 · 108 · 650 · 10–9 = 195
100
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b) (F) O aluno utilizou incorretamente a equação funda‑ d) (V) Ao posicionar um observador em um ponto X,
mental da ondulatória e não levou em considera‑ observa-se que o ângulo de incidência e o de refle‑
ção as potências de base 10: xão não são iguais, como mostra a figura a seguir.
650 O N X
f 217
c 3
c) (F) O aluno utilizou λ = 700 · 10–9 m, que é o compri‑ r
mento de onda médio entre os dois valores que i
aparecem no gráfico (600 e 800), na equação funda‑ E
mental da ondulatória:
c = λ · f ⇒ 3 · 108 = 700 · 10–9 f ⇒ f ≅ 428 · 1012 Hz
d) (V) O ponto de máxima sensibilidade ocorre onde
λ = 650 · 10–9 m. Então, utiliza-se a equação funda‑ O'
mental da ondulatória: Isso ocorre porque a posição horizontal da imagem
c = λ · f ⇒ 3 · 108 = 650 · 10–9 f ⇒ f ≅ 461 · 1012 Hz está equivocada.
e) (F) O aluno utilizou o valor de λ = 600 · 10–9 m na equa‑ e) (F) A distância entre a imagem e o espelho deve ser
ção fundamental da ondulatória. igual à distância entre o objeto e o espelho, o que
c = λ · f ⇒ 3 · 108 = 600 · 10–9 f ⇒ f = 500 · 1012 Hz está representado corretamente no esquema.
07 B 09 C
a) (F) No experimento descrito, pode haver uma mudança
a) (F) Um som de frequência 8 kHz no concreto tem com‑
aparente no timbre do som. Porém, quem se des‑
primento de onda dado por:
loca é a fonte sonora, não a observadora.
v 31622 b) (F) A intensidade sonora está relacionada ao nível
v f 3, 95 m 395 cm
f 8 000 sonoro, e não à diferença entre os sons mais agu‑
b) (V) Primeiramente, converte-se as unidades de medi‑ dos ou mais graves percebida pela garota.
das para o Sistema Internacional de Unidades. c) (V) O Efeito Doppler é caracterizado pela alteração apa‑
8 kHz = 8 ⋅ 1 000 Hz = 8 000 Hz rente na frequência e no comprimento de onda cau‑
62,2 cm = 0,622 m sada pelo deslocamento da fonte sonora em relação
Em seguida, aplica-se a equação da velocidade de ao observador. Isso ocorre porque, quando o carrinho
uma onda. se aproxima da garota, o intervalo entre dois pul‑
v = λ ⋅ f sos da onda detectada por ela diminui, deixando o
v = 8 000 ⋅ 0,622 = 4 976 m/s som aparentemente mais agudo. De modo análogo,
Assim, de acordo com a tabela, conclui-se que o quando o carrinho se distancia dela, o intervalo entre
meio é feito de madeira. dois pulsos da onda detectada por ela aumenta, dei‑
c) (F) No osso, um som de frequência 8 kHz tem compri‑ xando o som aparentemente mais grave.
mento de onda dado por: d) (F) A velocidade de propagação do som é constante
desde que o meio de propagação não seja alte‑
v 2 176 rado. Assim, como no experimento descrito o meio
v f 0, 272 m 27, 2 cm
f 8 000 de propagação é sempre o ar, conclui-se que a
d) (F) No poliestireno, um som de frequência 8 kHz tem velocidade do som é constante.
comprimento de onda dado por: e) (F) Com a alteração aparente da frequência, também
há uma alteração aparente do comprimento de
v 1690
v f 0, 211m 21,1 cm onda. Porém, no experimento descrito, quem se
f 8 000 desloca é a fonte sonora, não a observadora.
e) (F) No vidro, um som de frequência 8 kHz tem compri‑
mento de onda dado por: 10 A
v 5 448 a) (V) A velocidade do som é calculada por: v = λ ⋅ f =
v f 0, 681m 68,1 cm (0,068 m) ⋅ (5 000 Hz) = 340 m/s. Assim, tem-se que
f 8 000
a velocidade de propagação do som no ar corres‑
08 D ponde a 340 m/s.
a) (F) A independência dos raios luminosos não foi dire‑ A velocidade da onda é dada pela razão entre o
tamente utilizada na construção do esquema e, d
espaço percorrido e o intervalo de tempo: v = .
portanto, não tem influência na construção do t
campo visual. Assim, a distância entre a fonte do som e a parede
b) (F) A propagação retilínea dos raios de luz está pre‑ (onde ocorre a reflexão) é calculada considerando
sente na construção e foi corretamente retratada que o espaço é o dobro do valor encontrado em
no esquema. d = v ⋅ t, pois, como ocorre a reflexão da onda, ela
c) (F) Como todos os elementos estão em um mesmo vai e volta. Logo, o caminho que o som faz até ser
plano, os raios incidentes e refletidos também refletido pode ser calculado por:
estão no mesmo plano, o que foi abordado corre‑ v t (340 m/s) (0,03 s)
d = 5m
tamente no esquema. 2 2
101
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b) (F) Provavelmente, o aluno desconsiderou a reflexão c) (V) O seno do ângulo limite para reflexão interna total é:
do som e calculou a distância d = v ⋅ t. nar
sen L =
c) (F) O aluno apenas multiplicou o comprimento de nprisma
onda por mil, obtendo: (0,068 m) ⋅ 1 000 = 68 mm.
Assim, a unidade de medida do valor obtido não Quanto maior o índice de refração do prisma,
corresponde à fornecida na alternativa. menor é o seno do ângulo limite. Observando a
d) (F) O aluno apenas dividiu a frequência pelo tempo, figura a seguir, que está rotacionada em relação à
5000 Hz figura do texto, percebe-se que, quanto maior o
obtendo = 166 Hz/s. ângulo α, mais afastado ele está com relação à nor‑
0, 03 s
mal da face B.
e) (F) O aluno calculou apenas a velocidade do som e,
Luz branca
equivocadamente, concluiu que o comprimento da
caverna é 340 m.
11 D A
il
ol
demonstrado a seguir.
An
Vi
Ve ul
e
Az
rd
1 1 1 1 1 1 120
elo
= + = + p' = cm
elh o
ar
f p p' 40 15 p' 11
d
o
Am
Ve nja
a
rm
ar
120
Al
p' 11 0,7
A= = Logo, analisando apenas o raio após ter entrado
p 15 no prisma, quanto maior seu índice de refração,
d) (V) A equação de Gauss para espelhos esféricos asso‑ maior o ângulo de incidência α na face B. A partir
cia a distância do objeto p e a distância da imagem de determinado momento, esse ângulo será maior
p' em relação ao vértice do espelho e à distância que o ângulo limite e ocorrerá a reflexão interna
focal f. Utilizando essa equação, pode-se calcular p', total. Por outro lado, utilizando a Lei de Snell, tem‑
obtendo-se: -se nar sen = nprisma sen r , em que r é o ângulo de
1 1 1 1 1 1 refração para cada frequência. Logo, quanto maior
= + = + p' = 24 cm o índice de refração, menor é o ângulo de refração.
f p p' 40 15 p'
De acordo com a figura rotacionada, o menor
Assim, para calcular o módulo do aumento linear, ângulo de refração implica em um maior ângulo
faz-se: de incidência α na face B, o que contribui para que
p' 24 ocorra reflexão interna total. No que diz respeito
A= = = 1,6
p 15 ao ângulo θ, quanto menor esse ângulo, maior será
o ângulo de refração r, de acordo com a Lei de
e) (F) Provavelmente, o aluno calculou o aumento linear
Snell. Um menor ângulo de refração faz com que os
como a razão entre f e p, obtendo:
raios cheguem com ângulo menor de incidência na
i f 40
A= = = ≅ 2,7 face B, não havendo, consequentemente, reflexão
o p 15 interna total. Já a intensidade luminosa não influen‑
cia a reflexão interna total.
12 C d) (F) Diminuir o índice de refração resulta no efeito con‑
a) (F) A mudança na intensidade não interfere nas condi‑ trário ao desejado. Logo, continuaria não havendo
ções de reflexão interna total do prisma. reflexão interna total.
b) (F) Diminuir o índice de refração ou o ângulo resulta no e) (F) A intensidade da luz não interfere na reflexão
efeito contrário, não levando à reflexão interna total. interna total.
102
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
103
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
104
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
d) (F) Esse valor corresponde ao produto direto entre os e) (V) O tempo (∆t) que separa a chegada da onda P,
valores utilizando a equação de velocidade de pro‑ que é detectada primeiro, da chegada da onda
pagação de uma onda: S é dado pela diferença entre os tempos que
1 essas ondas levam para chegar à estação, ou seja,
v (100 pés) ( 0, 3 m) (8 s) 60 m/s
4 ∆t = tS − tP, em que tP e tS estão relacionados às
Ao converter esse valor para km/h, obtém-se ondas P e S, respectivamente. Assim, sabendo que
216 km/h. a distância (d) que as duas ondas percorrem do
e) (F) Esse valor corresponde ao produto direto entre os foco do terremoto até a estação de detecção é a
valores do tempo de oscilação e 1 pé: (8 s) ⋅ (30 cm) mesma, tem-se:
= 240. Dessa forma, não foi feito o uso correto da d d d
fórmula da velocidade de propagação de uma onda v P t 8 t tP 8
P P
e, portanto, as unidades de medida são incoeren‑
tes com a da alternativa.
d d
v 6 t d
S tS tS
S
6
20 A Portanto, substituindo os valores de tP e tS na equa‑
a) (V) Para que a visão funcione normalmente, o cristalino ção encontrada anteriormente, tem-se:
precisa se acomodar para atingir o foco correto ∆t = tS − tP
para cada distância. Então, com o passar do tempo, d d
os músculos responsáveis por esse movimento de 10
6 8
acomodação podem ficar fracos ou o próprio cris‑
talino pode ficar rígido, resultando na dificuldade 4d 3d
10
em focar objetos, especialmente os que estão mais 24 24
próximos. Esse distúrbio da visão é denominado d
presbiopia. 10 d 240 km
24
b) (F) O defeito descrito na alternativa B dá origem à
hipermetropia. 22 E
c) (F) O defeito descrito na alternativa C se refere ao
estrabismo. a) (F) O fenômeno da interferência é uma prova da natu‑
d) (F) O defeito descrito na alternativa D dá origem à reza ondulatória da luz. O experimento de fenda
miopia. dupla, de Thomas Young, foi o que possibilitou
e) (F) O defeito descrito na alternativa E corresponde ao determinar isso.
astigmatismo. b) (F) O fenômeno da interferência também é observado
em ondas de natureza mecânica, não apenas em
ondas eletromagnéticas.
21 E
c) (F) O padrão gerado pela sobreposição de vale e
a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter crista é destrutivo e, por isso, não gera interferên‑
cometido um equívoco ao definir a diferença de cia construtiva.
tempo entre as chegadas das ondas e, além disso, d) (F) O padrão gerado pela sobreposição de vale e vale
pode ter aproximado o resultado da divisão de 240 é construtivo e, por isso, não gera interferência
por 7 de modo equivocado, obtendo: destrutiva.
∆t = tS + tP e) (V) As ondulações gravitacionais que se propagam no
d d tecido espaço-tempo são detectadas justamente
10
6 8 porque são responsáveis pela deformação desse
tecido. No experimento, é observada uma elon‑
4d 3d
10 gação no comprimento de um dos túneis e um
24 24 encurtamento no comprimento do outro devido a
7d essas deformações. Tais alterações modificam leve‑
10 d 35 km
24 mente a distância percorrida pelas duas partes do
feixe dividido, que se encontram no interferômetro
b) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter calcu‑
e apresentam um padrão de interferência diferente
lado apenas a distância que as ondas S percorrem em
do observado sem a presença de deformações.
10 segundos.
d = v · t = 6 · 10 = 60 km
c) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter calcu‑ 23 C
lado apenas a distância que as ondas P percorrem em a) (F) O fenômeno da absorção está relacionado à par‑
10 segundos. cela da energia luminosa que permanece em um
d = v · t = 8 · 10 = 80 km corpo após o contato com um raio luminoso inci‑
d) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter dente. Comumente, esse efeito está associado à
somado as distâncias que as ondas P e S percorrem luz que incide em meios ópticos opacos.
em 10 segundos. b) (F) O fenômeno da difração está associado à capaci‑
dP = vP · t = 8 · 10 = 80 km dade da luz de contornar ou transpor obstáculos
dS = vS · t = 6 · 10 = 60 km com dimensões comparáveis ao seu comprimento
60 + 80 = 140 km de onda.
105
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
c) (V) Ao atravessar um meio (um prisma ou uma gotícula c) (V) O esquema a seguir ilustra o comportamento de
de água, por exemplo) e ser refratado, um raio de um feixe de luz branca que incide paralelamente ao
luz policromático decompõe-se em suas diferentes eixo óptico da lente.
cores. Esse fenômeno óptico é chamado de dispersão.
d) (F) Ao incidir sobre a superfície de um objeto, um
raio de luz permanece no meio de origem em que
estava se propagando antes de atingir a superfície
apenas se for refletido. Esse fenômeno óptico é Branca
conhecido por reflexão.
e) (F) O fenômeno da polarização ocorre quando a dire‑ fa fv E.O.
ção de vibração de uma onda transversal é selecio‑
nada (filtrada) por meio de um material denomi‑
nado polarizador.
24 B
a) (F) Provavelmente, o aluno calculou a soma dos com‑
Devido ao fato de o vidro ter índice de refração dife‑
primentos de onda e fez a transformação de uni‑
rente para diferentes comprimentos de onda, ao pas‑
dade de forma equivocada: Dl = (8,5 + 6,8) m = sarem pela lente, eles se refratam com ângulos dife‑
15,3 m = 153 cm. rentes com relação à normal N. Isso faz com que, após
b) (V) A velocidade de propagação de uma onda é cal‑ passarem pela lente, os diferentes comprimentos de
culada pela equação v = l ∙ f. Para a frequência de onda cheguem ao seu eixo óptico em posições distin‑
40 Hz, tem-se: tas, caracterizando distâncias focais diferentes.
v som 340 m s1 De acordo com o esquema, quanto maior o índice
E 8, 5 m de refração, menor é a distância focal. Consequente‑
fE 40 s1
mente, quanto maior o comprimento de onda, maior
Para a frequência de 50 Hz, tem-se: a distância focal. Logo, temos: fvermelho > fverde > fazul.
d) (F) O aluno considerou equivocadamente a distância
v som 340 m s1 focal diretamente proporcional ao comprimento de
R 6, 8 m
fR 50 s1 onda.
Portanto, a diferença entre os comprimentos de e) (F) A distância focal para a cor vermelha é a menor, e
não a maior. Além disso, a distância focal da cor
onda é Dl = (8,5 − 6,8) m = 1,7 m = 1,7 ∙ 100 cm =
azul é diferente da distância do verde.
170 cm.
c) (F) Provavelmente, o aluno calculou apenas o compri‑
Física 4
mento de onda associado a 50 Hz e fez a transfor‑
mação da unidade de medida. 01 C
1
v som 340 m s a) (F) Possivelmente, o aluno considerou a energia mecâ‑
R 6, 8 m 680 cm
fR 50 s1 nica total (igual em todos os pontos da trajetória)
em vez da energia cinética.
d) (F) Provavelmente, o aluno calculou apenas o compri‑ b) (F) Possivelmente, o aluno associou que a energia
mento de onda associado a 40 Hz e fez a transfor‑ cinética é maior em todos os pontos da trajetória
mação da unidade de medida. por considerar que o corpo está se movendo cons‑
v som 340 m s1 tantemente com velocidade máxima.
E 8, 5 m 850 cm
fE 40 s1 m v2
c) (V) A energia cinética é dada por EC , em que m é
2
e) (F) Provavelmente, o aluno somou os valores numéri‑ a massa do corpo e v é o módulo de sua velocidade.
cos da frequência, considerou esse resultado igual No ponto mais baixo da trajetória, a velocidade é
à diferença entre os comprimentos de onda e fez a máxima, e, consequentemente, a energia cinética
transformação considerando 1 m = 10 cm equivoca‑ também. Como a energia mecânica total do sistema
damente. é dada por E = EC + EP, a energia potencial (EP) será
mínima quando a energia cinética (EC) for máxima.
25 C Logo, EC > EP no ponto mais baixo da trajetória.
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a veloci‑
a) (F) O aluno considerou equivocadamente que a dis‑ dade do corpo é mínima em todos os pontos da
tância focal não muda com a frequência. trajetória.
b) (F) A distância focal do vermelho é maior que a do azul, e) (F) Possivelmente, o aluno confundiu os conceitos de
mas a do azul é diferente da distância do verde. energia cinética e energia potencial.
106
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
107
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Fat F ∙ cos q
q
F ∙ sen q
Assim, tem-se:
Fat = F ∙ cos q = 1 000 ∙ 0,8 = 800 N
d) (F) Provavelmente, o aluno considerou que o atrito tem a mesma intensidade da força exercida sobre a caixa, ignorando
que são forças aplicadas em sentidos diferentes. Assim, Fat = 1 000 N.
e) (F) Provavelmente, o aluno considerou que o atrito tem intensidade igual à soma das intensidades das duas componentes
da força exercida sobre a caixa. Assim, tem-se:
Fat = F ∙ sen q + F ∙ cos q = 1 000 ∙ 0,6 + 1 000 ∙ 0,8 = 1 400 N
05 D
a) (F) Possivelmente, o aluno utilizou o raio da órbita como sendo o comprimento dela.
s s 10 7
v t 18 horas
t v 540 000
b) (F) Possivelmente, o aluno utilizou o diâmetro da órbita como sendo o comprimento dela.
∆s = 2 ⋅ R = 2 ⋅ 107
s s 2 10 7
v t 37 horas
t v 540 000
c) (F) Possivelmente, o aluno cometeu um equívoco no cálculo do comprimento da circunferência da órbita.
∆s = π ⋅ R = 3 ⋅ 107
s s 3 10 7
v t 55 horas
t v 540 000
d) (V) Primeiramente, calcula-se o comprimento da órbita da sonda Solar Parker.
∆s = 2 ⋅ π ⋅ R
∆s = 2 ⋅ 3 ⋅ 107 = 6 ⋅ 107 km
Em seguida, aplica-se a equação da velocidade para o movimento uniforme.
s s 6 10 7
v t 111 horas
t v 540 000
e) (F) Possivelmente, o aluno converteu a medida da velocidade de km/h para m/s, desconsiderando as outras unidades de
medida.
540 000 km/h = 150 000 m/s
s s 6 10 7
v t 400 horas
t v 150 000
06 E
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o ator e o espelho se movimentam no mesmo sentido.
vr = 2 ⋅ (4 – 3) = 2 m/s
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou a velocidade do ator em relação ao espelho.
vr = 4 + 3 = 7 m/s
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o espelho estava parado.
vr = 2 ⋅ 4 = 8 m/s
d) (F) Possivelmente, o aluno imaginou que a velocidade relativa é dada pelo produto entre a velocidade do ator e a veloci‑
dade do espelho.
vr = 4 ⋅ 3 = 12 m/s
e) (V) Tomando o ator como referencial, o espelho se desloca com velocidade de 4 + 3 = 7 m/s. Portanto, considerando que
a imagem também se desloca com a mesma velocidade, tem-se que a velocidade relativa é o dobro da velocidade do
espelho em relação ao ator.
vr = 2 ⋅ (4 + 3) = 14 m/s
108
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
07 B
a) (F) Possivelmente, ao calcular o módulo do vetor resultante, o aluno não elevou as coordenadas ao quadrado.
AB 5 12 17 4 m
b) (V) Para determinar a soma dos vetores, traça-se um vetor que conecta a origem do primeiro vetor ao final do último vetor,
como mostrado a seguir.
1 µm
1 µm
08 B
a) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a equação da força de resistência em baixas velocidades.
m
f K v K
F kg s2 kg s1
v m
s
b) (V) Faz-se a análise dimensional da equação da força de resistência em altas velocidades.
f
f D v2 D 2
v
[ F]
[D] =
[ v ]2
[m] [a]
[D]
[ v ]2
m
kg
[D] s2
2
m
s
m s2 kg
[D] kg kg m1
s2 m2 m
109
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
c) (F) Possivelmente, o aluno expressou de forma equivo‑ b) (F) Possivelmente, o aluno apenas converteu a varia‑
cada a unidade da aceleração. ção da velocidade de km/h para m/s, desconside‑
m rando a inconsistência na unidade de medida.
F kg s 100
f D v D 2
2
kg s m1 =
100 km/h = m/s 27, 8 m/s
v m
2
3, 6
s c) (F) Possivelmente, o aluno não converteu a variação da
d) (F) Possivelmente, o aluno cometeu um equívoco ao velocidade de km/h para m/s.
definir o fator de proporcionalidade (D). v 100
2 am 58, 8 m/s2
m m t 1, 7
f D v 2 D F v kg 2 kg m3 s4
2
f D v 2 D
F D kg kg m2 s2 300
400 km/h 100 km/h 300 km/h m/s
v m
2
3, 6
v
s am
t
09 C 300
0
a) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a massa do 3, 6
am
automóvel. 1, 7
Fat = µ ⋅ g = 0,35 ⋅ 10 = 3,5 N 300 1 300
am 49 m/s2
b) (F) Possivelmente, o aluno não converteu, de tonelada 3, 6 1, 7 6,12
para quilograma, a massa do automóvel. e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a variação da velo‑
Fat = µ ⋅ N = 0,35 ⋅ 1,2 ⋅ 10 = 4,2 N cidade utilizando a velocidade máxima do carro.
c) (V) Primeiramente, considerando que 1,2 tonelada 400
equivale a 1 200 kg, calcula-se a força peso que atua 400 km/h = m/s
3, 6
no veículo.
P = m ⋅ g v
am
P = 1 200 ⋅ 10 = 12 000 N t
Em seguida, sabendo que a força peso é igual à 400
0
força de reação normal, pois o piso é horizontal, 3, 6
calcula-se a força de atrito cinético entre o veículo am
1, 7
e o piso.
400 1 400
Fat = µ ⋅ N am 65, 4 m/s2
Fat = 0,35 ⋅ 12 000 = 4 200 N 3, 6 1, 7 6,12
d) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou o coefi‑
ciente de atrito entre o piso e o automóvel. 11 C
Fat = N = 12 000 N a) (F) Possivelmente, o aluno não elevou a velocidade
e) (F) Possivelmente, o aluno dividiu a força de reação nor‑ ao quadrado quando aplicou a equação da ener‑
mal pelo coeficiente de atrito em vez de multiplicar. gia cinética.
N 12 000 m v 2 6000 7500
F 34 285 N EC 2, 3 10 7 J
at 0, 35 2 2
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou a quantidade de
10 A
movimento em vez da energia cinética, desconsi‑
a) (V) A aceleração é a taxa que corresponde à variação derando a unidade de medida.
da velocidade em um determinado intervalo de Q = m ⋅ v = 6 000 ⋅ 7 500 = 4,5 ⋅ 107 kg ⋅ m ⋅ s–1
tempo. Então, converte-se a velocidade de km/h c) (V) Primeiramente, converte-se a velocidade de km/h
para m/s e, em seguida, aplica-se a definição de para m/s.
aceleração média. 27000
100 =
27000 km/h = m/s 7500 m/s
100 km/h = m/s 3, 6
3, 6 Em seguida, aplica-se a equação da energia cinética.
v
am m v2
t EC
2
100
0 6000 7500 2
3, 6 EC 16875 10 7 1, 7 1011 J
am
1, 7 2
d) (F) Possivelmente, o aluno não aplicou a divisão por
100 1 100
am 16, 3 m/s2 dois quando usou a equação da energia cinética.
3, 6 1, 7 6,12 EC = 6 000 ⋅ 7 5002 ≅ 3,4 ⋅ 1011 J
110
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
e) (F) Possivelmente, o aluno usou a velocidade em km/h em vez de converter para m/s.
m v 2 6000 27000 2
EC 2, 2 1012 J
2 2
12 B
a) (F) Para chegar a esse valor, provavelmente, o aluno considerou a resultante centrípeta igual à tração, obtendo:
m v2 m v 2 40 62
T RC T T 800 N
r r 1, 8
Assim, para calcular a tração máxima, fez-se:
Tmáx 1, 5 800 Tmáx 1200 N
2T
RC
T = 600 N
Como em cada corda se considera que a tração máxima (Tmáx) seja 50% maior que esse valor, tem-se:
Tmáx = 1,5 600 Tmáx = 900 N
c) (F) Para encontrar esse resultado, o aluno utilizou a expressão da energia cinética em vez da resultante centrípeta em seus
cálculos, obtendo:
m v2 m v 2 m g 40 62 40 10
2T P R C 2T mg T 360 200
2 22 2 4 2
T = 560 N
Assim, para calcular o valor de tração máxima, fez:
Tmáx 1, 5 560 Tmáx 840 N
d) (F) O aluno, possivelmente, não considerou a medida de segurança do pai em optar por uma corda cuja tração máxima
seja 50% maior que a tração a que a corda estaria submetida se a velocidade fosse máxima, obtendo:
m v2 m v 2 m g 40 62 40 10
2T P R C 2T mg T 400 200
r 2r 2 2 1, 8 2
T = 600 N
e) (F) Provavelmente, o aluno equacionou a resultante centrípeta, como demonstrado a seguir, chegando ao valor de tração
máxima que não corresponde à situação descrita no texto.
m v2 m v 2 m g 40 62 40 10
2T P R C 2T mg T 400 200
r 2r 2 2 1, 8 2
T 200 N
Tmáx 1, 5 200 Tmáx 300 N
111
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
13 C 14 B
a) (F) Provavelmente, o aluno apenas calculou o peso do
a) (F) Provavelmente, o aluno calculou o coeficiente de
automóvel, obtendo (1 000 kg) ⋅ (10 m/s2) = 10 000.
atrito considerando apenas 1 pneu e a massa total Esse valor não corresponde à força centrípeta
do carro, obtendo: atuante no automóvel.
v 0 90 km/h 25 m/s m v2
b) (V) A resultante centrípeta é dada por Fcp , em
v 2 v 0 2 2a d 0 252 2a 40, 5 a 7, 7 m/s2 R
que m é a massa (kg), v é a velocidade (m/s) e R é o
4Fat m a 4 N m a 4 m g m a
raio da curva (m). Para converter a unidade de medida
a 7, 7 de velocidade, faz-se v = (64,8 km/h) : 3,6 = 18 m/s.
a 4 g 0, 2
4g 4 10 Assim, para calcular a força centrípeta atuante no
automóvel, tem-se:
b) (F) O aluno pode ter utilizado a distância total percor‑
(1000 kg) ⋅ (18 m/s)2
rida em vez da distância percorrida durante a frena‑ Fcp = = 16200 N
(20 m)
gem, obtendo:
c) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno apenas mul‑
v 0 90 km/h 25 m/s tiplicou o raio da curva pela massa do automóvel,
v 2 v 0 2 2a d 0 252 2a 67, 5 a 4, 6 m/s2 obtendo (20 m) ⋅ (1 000 kg) = 20 000. Esse valor não
m corresponde à força centrípeta atuante no automóvel.
4Fat m a 4 N m a 4 g ma d) (F) O aluno multiplicou a velocidade pela massa e divi‑
4
diu por 2, logo: 64,8 ⋅ 1 000 = 64 800 : 2 = 32 400.
a 4, 6
a g 0, 5 Esse valor não corresponde à força centrípeta
g 10 atuante no automóvel.
c) (V) Para a velocidade de 90 km/h, a distância que o e) (F) Para chegar a esse valor, o aluno multiplicou a velo‑
cidade pela massa, o que não fornece corretamente
automóvel efetivamente freou é:
a medida da força centrípeta atuante no automóvel.
d = 67,5 – 27 = 40,5 m.
Assim, o cálculo da desaceleração do carro nesse 15 B
trecho é descrito a seguir.
a) (F) Provavelmente, o aluno multiplicou a massa pela
v 2 v 0 2 2a d 0 252 2a 40, 5 a 7, 7 m/s2 velocidade ao quadrado e dividiu o resultado pela
Como a força de atrito é a força resultante no tre‑ gravidade, chegando a um valor em kg ⋅ m, con‑
cho, e o peso é distribuído igualmente sobre 4 forme descrito a seguir.
pneus, tem-se: (0,3 kg) ⋅ ( 5 m/s)2
= 0,75 kg ⋅ m
v 0 90 km/h 25 m/s (10 m/s2 )
v 2 v 0 2 2a d O cálculo resultou em uma unidade de medida incom‑
patível com a alternativa e, portanto, o valor não cor‑
0 252 2a 40, 5 a 7, 7 m/s2 responde à altura máxima atingida pela bolinha.
4Fat m a 4 N m a b) (V) Pela conservação da energia mecânica, como
m a 7, 7 nenhuma força dissipativa atua sobre a bolinha, a
4 g ma a g 0, 8 energia do sistema é constante. Assim, tem-se que
4 g 10
d) (F) Para encontrar esse valor, possivelmente, o aluno a energia potencial não muda: Emecânica (ponto inicial) =
Emecânica (ponto máximo).
utilizou a distância de reação em seus cálculos,
obtendo: Então, é possível determinar a altura máxima da
bolinha utilizando como referência a altura máxima
v 0 90 km/h 25 m/s
na qual a velocidade é zero. Calcula-se:
v 2 v 0 2 2ad 0 252 2a 27 a 11, 5 m/s2 EP0 EC0 EPmáx ECmáx
m
4Fat m a 4 N m a 4 g m a mv 20
4 0+ = mgh + 0
a 11, 5 2
a g 1, 2
g 10 v 20 (5 m/s)2
h= = = 1,25 m
e) (F) Para chegar a esse valor, possivelmente, o aluno 2g 2 ⋅(10 m/s2 )
não transformou a velocidade em unidades do SI Portanto, nas condições descritas no texto, a altura
e, assim, obteve o inverso do coeficiente de atrito, máxima atingida pela bolinha é de 1,25 m.
conforme demonstrado a seguir. c) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno apenas divi‑
diu a gravidade pela velocidade inicial, (10 m/s2) :
v 2 v 0 2 2a d 0 90 2 2a 40, 5 a 100 m /s2
(5 m/s) = 2 s–1, obtendo uma unidade de medida
Fat m a N m a m g m a incompatível com a alternativa. Portanto, esse valor
a 100 não corresponde à altura máxima atingida pela
a g g 10 10, 0 bolinha.
112
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
113
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
e) (F) O aluno pode ter confundido o Teorema do Impulso b) (F) As forças de ação e reação atuam em corpos dife‑
com o do Trabalho: rentes, portanto a Terra deve ser analisada como
mv f 2 mvi2 9000 parte do sistema.
I ( 0 55, 62 ) 13, 9 10 6 kg m s1
2 2 2 c) (V) Devido à Terceira Lei de Newton, a força que o
13, 9 10 6 atleta faz sobre a Terra no momento do impulso
Fm
3 tem módulo igual ao que ela exerce nele nesse
Fm 4 637 kN mesmo instante. Pela Segunda Lei de Newton,
F = m ⋅ a. Assim, a aceleração de um corpo sujeito a
uma força resultante de intensidade F tem módulo
20 E
F
a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno provavelmente dado por a = . Quanto maior a massa do corpo,
calculou a frequência considerando que o satélite m
dá uma volta a cada 24 h (24 ⋅ 3 600 = 86 400 s), menor a aceleração dele. Assim, devido ao impulso,
conforme demonstrado a seguir. a aceleração vertical do atleta é muito maior que a
n 1 da Terra. Além disso, a Terra também está sob a
f 1,16 10 5 Hz
t 86400 s influência de diversos outros fatores, como a inte‑
v 2 R f v 2 3 ( 6000 752) 1,16 10 5 ração de outros seres vivos com ela, marés, movi‑
mentações do manto, interações gravitacionais
v 0, 5 km/s
com outros corpos celestes etc.
b) (F) Para encontrar esse valor, o aluno considerou
apenas a altitude do satélite como raio da órbita. d) (F) Devido ao Princípio da Ação e Reação, a força que
Assim, tem-se: o atleta faz na Terra no momento do impulso tem
n 14 módulo igual ao que a Terra faz nele nesse mesmo
f 1, 6 10 4 Hz
t 24 60 60 instante.
v 2 R f v 2 3 ( 752) 1, 6 10 4 e) (F) As forças de ação e reação atuam em corpos dife‑
rentes, não podendo se anular.
v 0, 7 km/s
c) (F) O aluno pode ter, equivocadamente, calculado a
velocidade como o produto da distância ao cen‑ 22 D
tro da Terra pela frequência, conforme descrito a a) (F) Para chegar a esse valor, o estudante considerou a
seguir.
velocidade apenas como a razão direta entre o raio
n 14
f 1, 6 10 4 Hz e o período do movimento, levando à classifica‑
t 24 60 60
ção da turbina como classe 1 para mata ou campo
v R f v ( 6000 752) 1, 6 10 4
aberto.
v 1,1 1 km
R 8m
d) (F) Provavelmente, o aluno não considerou a altitude v 0, 88 m/s
T 9s
do satélite, calculando:
n 14 b) (F) É provável que o estudante tenha realizado os cál‑
f 1, 6 10 4 Hz culos corretamente, chegando ao valor de veloci‑
t 24 60 60
v 2 R f v 2 3 ( 6000 ) 1, 6 10 4 dade aproximada de 5,3 m/s, mas concluiu equivo‑
cadamente que o valor correspondia ao emprego
v 5, 8 km/s da turbina na classe 3 em campo aberto.
e) (V) Como o satélite dá 14 voltas (n) em 1 dia (∆t = 24 h =
c) (F) Provavelmente, o estudante calculou a velocidade
86 400 s), sua frequência é:
de forma equivocada, o que o induziu à conclusão
n 14
f 1, 6 10 4 Hz da classe 2 para o campo aberto.
t 86 400 s
d) (V) A trajetória efetuada pela pá da hélice é do tipo
Logo, sua velocidade escalar é:
circular. Assim, considerando uma volta, calcula-se:
v = 2 R f
2R 2 3 (8, 0 m)
v = 2 3 ( 6000 752) (1, 6 10 4 ) v= v 5,3 m/s
T 9s
v 6, 5 km/s Dessa forma, considerando os valores indicados na
tabela, esse gerador é classificado como classe 3
21 C quando empregado na mata.
a) (F) Segundo o Princípio da Inércia, um corpo tende a e) (F) Provavelmente, o estudante fez o cálculo para a
manter sua velocidade vetorial enquanto não hou‑ velocidade considerando o raio da turbina como a
ver forças atuando nele. Neste caso, ele sobe em altura de instalação da hélice, obtendo:
um movimento desacelerado justamente porque há
uma força (gravitacional) atuando nele. Além disso, a 2R 2 3 ( 50 m)
v v 33, 3 m/s
Terra também obedece ao Princípio da Inércia. T 9s
114
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
23 C
a) (F) O estudante considerou equivocadamente que a queda da esfera possui velocidade constante e, por isso, calculou:
∆S = v ⋅ t = (8 m/s) ⋅ (10 s) = 80 m
b) (F) O estudante calculou a velocidade final da esfera: v = v0 + g ⋅ t = (–8 m/s) + (10 m/s2) ⋅ (10 s) = 92 m/s. No entanto, esse
valor não corresponde à altura do balão quando este foi atingido pelo projétil.
c) (V) No momento em que o projétil atinge o balão (S0 = 0), a esfera possui a mesma velocidade de deslocamento que a do
balão. A partir daí, considera-se como referência o movimento vertical para baixo. Nesse caso, o movimento é acele‑
rado, e a velocidade escalar muda de sinal (V0 = –8 m/s), mas a aceleração permanece positiva. Assim, calcula-se:
1 1 1
S S0 V0 t g t 2 0 ( 8 m/s) (10 s) [(10 m/s2 ) (10 s)2 ] ( 80 m) (1000 m) 420 m
2 2 2
d) (F) Para chegar a esse resultado, o estudante considerou equivocadamente que a velocidade inicial da esfera era nula.
e) (F) O estudante considerou que as velocidades estavam no mesmo sentido, embora estejam em sentido contrário.
24 C
a) (F) O aluno pode ter expressado equivocadamente a função horária da posição no movimento uniformemente variado.
a t 13, 4 2, 5
S v 0 t S 0 16, 75 m
2 2
τ = F ⋅ ∆s = 80 400 ⋅ 16,75 = 1 346 700 J ≅ 1 347 kJ
b) (F) O aluno pode ter utilizado a expressão para a potência instantânea ao calcular o trabalho, utilizando metade da velo‑
cidade final mencionada.
v
F final 80 400 34 2733600 J 2734 kJ
2
c) (V) Considerando que o movimento inicial é na horizontal e que não são consideradas as forças dissipativas, a força F que
provoca o impulso no trem é a força resultante. Logo, a aceleração dele é constante e dada por:
vfinal = 241,2 km/h = 67 m/s
v 67 0
a 13, 4 m/s2
t 5 0
Assim, a intensidade da força F é:
F = m ⋅ a ⇒ F = 6 000 ⋅ 13,4 ⇒ F = 80 400 N
Então, calcula-se a distância percorrida até metade do tempo, ou seja, 2,5 segundos:
a t2 13, 4 2, 52
S v 0 t S 0 41, 875 m
2 2
Em seguida, calcula-se o trabalho realizado pela força F:
τ = F ⋅ ∆S = 80 400 ⋅ 41,875 = 3 366 750 J ≅ 3 367 kJ
d) (F) O aluno pode ter calculado o trabalho até metade da distância percorrida.
S 167, 5
F 80 400 6733500 J 6734 kJ
2 2
e) (F) O aluno pode ter calculado o trabalho realizado em todo o trajeto.
a t2 13, 4 52
S v 0 t S 0 167, 5 m
2 2
τ = F ⋅ ∆S = 80 400 ⋅ 167,5 = 13 467 000 J = 13 467 kJ
25 E
a) (F) Essa seria a trajetória se não houvesse movimento horizontal.
b) (F) Essa seria a trajetória observada pelo balonista se o objeto tivesse velocidades horizontal e vertical constantes, sendo
a primeira não nula e menor que a do balão.
c) (F) Essa seria a trajetória se fosse considerado o empuxo sobre o balão.
d) (F) Essa seria a trajetória se a velocidade vertical do objeto fosse constante.
e) (V) O balão está trafegando inicialmente em MRU, com componente de velocidade apenas na horizontal. Desconside‑
rando o empuxo, o objeto B terá velocidade horizontal igual à do balão. Portanto, após ser solto, as componentes
que atuarão sobre o objeto durante a trajetória são relacionadas à aceleração da gravidade e ao próprio movimento
do balão.
115
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
116
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
117
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
118
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
119
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b) (F) Para chegar a esse valor de massa de água régia, o e) (F) Apesar de a amostra de banana não oferecer risco
aluno considerou que, para remover 1 mol de Au, de contaminação por chumbo, a amostra de acerola
são necessários 4 mol de HCl. Assim, calculou: contém quantidade de Pb2+ acima do limite estabe‑
197 g Au ________ 4 ⋅ 36, 5 g HCl lecido pela OMS e oferece risco de contaminação.
________
10 g x 18 C
x ≅ 7,41 g de HCl a) (F) O aluno, provavelmente, ao ler o texto, identificou
Considerando a água régia uma mistura com pro‑ que, de fato, há uma baixa emissão de óxidos de
porção de 3:1 (3 HNO3:1 HCl), o aluno fez: nitrogênio. Porém, esses não fazem parte do mate‑
36,5 g ________ 3 ⋅ 63 g rial particulado.
________ b) (F) O aluno, possivelmente, associou que o enxofre
7,41 g y
está presente na biomassa e relacionou-o com o
y ≅ 38,3 g material particulado.
c) (F) Para chegar a esse valor de massa de água c) (V) Os materiais particulados são substâncias sólidas e,
régia, o aluno concluiu que, para remover 1 mol por isso, apresentam maior densidade que os gases
de Au, são necessários 4 mol de HCl. Além disso, de exaustão, ficando retidos nos separadores.
considerou equivocadamente que a água régia é d) (F) O aluno, possivelmente, relacionou o “peso” da
uma mistura com proporção de 3:1 (3 HNO3:1 HCl), partícula sólida à sua velocidade de saída. Porém,
com 12 mol de HNO3 na mistura, e calculou: por serem partículas mais densas, ficam retidas.
(4 ⋅ 36,5 g) + (12 ⋅ 63 g) = 902 g. Então, para 10 g de e) (F) O aluno, provavelmente, considerou as cinzas e as
Au, tem-se: partículas não queimadas como gases causadores
197 g Au ________ 902 g do efeito estufa. Contudo, conforme o texto, elas
________ formam os materiais particulados sólidos.
10 g x
x ≅ 45,7 g 19 E
d) (F) Para chegar a esse valor, o aluno calculou as mas‑
a) (F) A levigação é um método de separação granulo‑
sas molares dos ácidos que compõem a água régia
métrica de misturas heterogêneas entre sólidos
(HCl e HNO3), desconsiderando a razão estequio‑
granulares que os separa pela diferença de densi‑
métrica, e somou: 36,5 + 63 = 99,5 g.
dade. O processo consiste em triturar uma substân‑
e) (F) Para chegar a esse valor, o aluno somou as massas
cia sólida até formar um pó fino. A adição de água
molares dos ácidos que compõem a água régia. De
(ou outro líquido) separaria o pó mais grosso (mais
acordo com a reação, há 4 mols de HCl e 1 mol de
denso, que ficaria ao fundo) do pó mais fino (menos
HNO3. Assim, tem-se: (4 ⋅ 36,5) + 63 = 209 g.
denso), que poderia ser arrastado pela água. Esse
17 D processo não permitiria a recuperação dos sais, a
menos que fosse associado a uma outra técnica.
a) (F) Apesar de a amostra de banana não oferecer risco b) (F) Na floculação, um agente floculante é adicionado
de contaminação por chumbo, a amostra de laranja para agregar partículas menores dispersas em um
apresentou concentração de Pb2+ acima do estabe‑ líquido, havendo formação de flocos maiores, que
lecido pela OMS.
decantam. É um método empregado para separar
b) (F) As concentrações de chumbo nas amostras de
misturas heterogêneas de um sólido e um líquido,
laranja e acerola apresentaram valores acima do
não sendo aplicável à separação dos cloretos de
estabelecido pela OMS e, portanto, oferecem risco
bário e de rádio.
de contaminação por esse metal.
c) (F) A decantação é um método de separação de mis‑
c) (F) Apesar de a amostra de manga apresentar concen‑
turas utilizado para separar dois líquidos imiscíveis
tração de chumbo dentro dos limites estabelecidos
ou um sólido de um líquido, o que não é o caso dos
pela OMS, a amostra de acerola contém quan‑
cloretos de bário e rádio, que são sólidos.
tidade de Pb2+ acima do limite estabelecido pela
d) (F) A destilação fracionada é empregada para a sepa‑
OMS e oferece risco de contaminação.
ração de uma mistura homogênea de líquidos com
d) (V) O limite de chumbo em frutas determinado pela
base na diferença de temperatura de ebulição.
OMS compreende a faixa de 0,1 a 0,3 mg/kg do ali‑
Considerando as informações fornecidas no texto,
mento. Considerando que as amostras analisadas
esse método não é o mais adequado para separa‑
correspondem a 50,0 g de fruta, é possível calcular o
limite máximo de chumbo presente nessas amostras. ção dos cloretos de bário e rádio, que são sólidos.
e) (V) Considerando a hipótese de Marie Curie correta,
0,3 mg ________ 1000 g assume-se que o cloreto de rádio é praticamente
x ________ 50 g
insolúvel em água. Como o cloreto de bário é pouco
x = 0,015 ou 1,5 ⋅ 10–2 mg solúvel, é possível separar os dois sólidos por meio
Comparando esse valor aos resultados da análise da cristalização fracionada, aquecendo a mistura
apresentados na tabela, conclui-se que as amostras com os dois sólidos em água e, depois, resfriando-a
de banana (1,2 ⋅ 10–2 mg) e manga (8,0 ⋅ 10–3 mg) são lentamente. O cloreto de rádio, que seria o com‑
as únicas abaixo do valor máximo de Pb2+ estabele‑ posto menos solúvel, precipitaria primeiro, e, em
cido pela OMS. seguida, ocorreria a cristalização do cloreto de bário.
120
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
121
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
c) (F) Selecionando valores de DQO e DBO, no gráfico, b) (V) A decomposição térmica do bicarbonato de sódio
que apresentam relação entre 2,5 e 5,0, como (NaHCO3) é representada pela equação química
600 1000 balanceada: 2 NaHCO3 → Na2CO3 + H2O + CO2.
e , observa-se que eles se encontram na Considerando as massas molares fornecidas, 1 mol
200 300
de NaHCO3 possui 84 g. Pela estequiometria da
faixa indicada como “pode ser biodegradável”,
reação, pode-se concluir que 2 mol, ou 168 g de
ou seja, a tratabilidade irá exigir mais cuidados na
NaHCO3, formam 1 mol de CO2, que equivale a
escolha do processo biológico a ser empregado. 37,0 L, como informa o enunciado. Dessa forma, a
d) (V) De acordo com o gráfico, os efluentes que são con‑ massa de bicarbonato de sódio acrescentada no
siderados mais facilmente biodegradáveis apre‑ bolo (16,8 g) irá liberar 3,7 L de gás carbônico ao
DQO sofrer decomposição.
sentam uma relação entre 0 e 2,5, ou seja, os
DBO 2 ⋅ 84 g NaHCO3 ________ 37 L CO2
processos biológicos apresentam maior eficiência 16, 8 g ________ x
no tratamento. Selecionando valores de DQO e
x = 3,7 L de CO2
200 600
DBO, no gráfico, como e , observa-se que c) (F) O estudante calculou, equivocadamente, a massa
200 400 de gás carbônico liberado na decomposição tér‑
os pontos se encontram na região indicada como mica de 16,8 g de bicarbonato de sódio em vez do
“biodegradável”. volume dessa substância.
e) (F) Selecionando valores de DQO e DBO, no gráfico, d) (F) O estudante não balanceou a equação da decom‑
que apresentam relação maior que 10,0, como posição do bicarbonato de sódio e considerou a
1000 1200 proporção entre o NaHCO3 e o CO2 igual a 1:1.
e , observa-se que se encontram na faixa e) (F) O estudante não balanceou a equação da decom‑
50 100
indicada como “biorrefratário”, ou seja, os proces‑ posição do bicarbonato de sódio e considerou a
proporção entre o NaHCO3 e o CO2 igual a 1:1.
sos biológicos apresentam baixa eficiência.
Além disso, calculou a massa em vez do volume do
gás carbônico produzido na reação.
23 D
a) (F) O aluno concluiu corretamente que o processo pro‑ 25 B
duz hidróxido de alumínio gelatinoso. Contudo, ape‑ a) (F) Para chegar a esse valor, o aluno calculou a razão da
sar de ser uma base, devido à sua baixa solubilidade, quantidade de CO2 emitido por 1 L de etanol em
esse hidróxido não fornece íons OH– suficientes para relação à quantidade emitida na queima de 1 L de
aumentar o valor de pH do meio. 34, 78
gasolina: ≅ 0, 7.
b) (F) O aluno possivelmente inferiu de forma equivocada 49,12
que se formaria um ânion na oxidação do metal,
b) (V) Para determinar o número de mol de CO2 produ‑
porém os metais produzem cátions ao se oxidarem. zido na reação de combustão de 1 L de etanol, é
c) (F) O aluno possivelmente concluiu de forma equivo‑ necessário primeiro calcular a massa desse volume
cada que no ânodo ocorre a redução do processo. utilizando o valor de densidade fornecido no texto:
Contudo, a semirreação de redução ocorre no m = d ∙ V = (0,80 g ∙ mL−1) ∙ (1 000 mL) = 800 g
cátodo. Considerando a relação estequiométrica da reação
d) (V) O ânodo é o eletrodo onde ocorre a semirreação de de combustão do etanol, 1 mol de C2H5OH (46 g) pro‑
oxidação: Al(s) → Al3+(aq) + 3e–. Os íons Al3+ hidro‑ duz 2 mol de CO2. Para determinar o número de mol
lisam, segundo a reação: de CO2 produzido por 800 g de etanol, calcula-se:
Al3+(aq) + 3 H2O(l) → Al(OH)3(s) + 3 H+(aq) 46 g ________ 2 mol
O hidróxido formado é um coloide gelatinoso, e o ________
800 g x
resultado é que as partículas de sujeira sofrem uma
x ≅ 34,78 mol de CO2
aglutinação e “grudam” no hidróxido de alumínio,
Para determinar o número de mol de CO2 produ‑
formando flocos (sólidos de tamanho e densidade zido na reação de combustão de 1 L de gasolina,
maiores) que sedimentam. é necessário antes calcular a massa desse volume.
e) (F) Possivelmente, o aluno não deu atenção ao fato de Para isso, utiliza-se o valor de densidade fornecido
que, se o alumínio é empregado como o ânodo no no texto:
processo de eletrocoagulação, é oxidado, não per‑ m = d ∙ V = (0,70 g ∙ mL−1) ∙ (1 000 mL) = 700 g
manecendo na forma metálica. Considerando a relação estequiométrica da reação
de combustão da gasolina, 1 mol de C8H18 produz
24 B 8 mol de CO2. Para determinar o número de mol de
CO2 produzido por 700 g de gasolina, calcula-se:
a) (F) O estudante calculou, equivocadamente, a massa
114 g ________ 8 mol
de água produzida na decomposição térmica do
________
bicarbonato de sódio em vez do volume de gás 700 g y
carbônico liberado. y ≅ 49,12 mol de CO2
122
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Portanto, a razão entre os números de mols de CO2 b) (F) Apesar de os compostos de química de base apre‑
49,12 sentarem cadeia carbônica aberta e normal, ela
emitidos pela gasolina e pelo etanol é: ≅ 1, 4 .
34, 78 não é considerada heterogênea − pois os átomos
de oxigênio não estão entre carbonos − nem insa‑
c) (F) O valor 2 mol é a quantidade de CO2 emitida por
turada − pois a insaturação não está entre átomos
um mol de etanol, e não a relação entre as quanti‑
de carbono.
dades desse gás emitidas pela queima de 1 L dos
c) (F) Apesar de os compostos de química de base apre‑
combustíveis.
sentarem cadeia carbônica aberta e homogênea,
d) (F) O valor 4 mol é a quantidade de CO2 emitida por
ela não é insaturada − pois não apresenta ligação
um mol de etanol, e não a relação entre as quanti‑
dupla ou tripla entre carbonos − nem ramificada −
dades desse gás emitidas pela queima de 1 L dos
pois não apresenta carbonos terciários.
combustíveis.
e) (F) O valor 8 mol é a quantidade de CO2 emitida por d) (F) Apesar de as cadeias carbônicas do ácido levulínico
um mol de gasolina, e não a relação entre as quan‑ e do ácido adípico serem consideradas homogê‑
tidades desse gás emitidas pela queima de 1 L dos neas e saturadas, não são fechadas − pois não apre‑
combustíveis. sentam ciclos − nem ramificadas − pois não apre‑
sentam carbonos terciários.
e) (F) A cadeia carbônica dos compostos de química de
base não apresenta ciclos, heteroátomos, insatu‑
Química 2 ração entre carbonos nem carbono terciário. Por‑
tanto, não pode ser classificada como fechada,
01 D heterogênea, insaturada e ramificada.
a) (F) A posição relacionada a uma temperatura menor
que 30 °C se refere ao composto mais volátil, que é
o gás liquefeito de petróleo. 03 D
b) (F) A posição relacionada a uma temperatura de 35 C° a) (F) Apesar de o composto representado na alternativa
a 140 °C se refere à gasolina, que é um composto A ter uma configuração trans, os ciclos ligados à
com menor ponto de ebulição do que o diesel, mas platina têm apenas quatro carbonos e quatro hidro‑
menos volátil que o gás liquefeito de petróleo. gênios cada (C4H4N), o que não corresponde à piri‑
c) (F) A posição relacionada a uma temperatura de 150 C° dina (C5H5N).
a 250 °C se refere ao querosene, que é um com‑ b) (F) O composto representado possui configuração cis,
posto com menor ponto de ebulição do que o do e não trans, como devem ser os compostos com
diesel, mas com maior ponto de ebulição do que o atividade comparável à da cisplatina. Além disso,
da gasolina. os ciclos ligados à platina apresentam apenas qua‑
d) (V) Na destilação fracionada, o petróleo é aquecido, os tro carbonos e oito hidrogênios cada (C4H8N), o
componentes com menor ponto de ebulição são que não corresponde à piridina (C5H5N).
coletados no topo da coluna, e os que apresentam c) (F) A estrutura representada na alternativa corres‑
maior ponto de ebulição são retirados no fundo da ponde ao cis-[PtCl2(py)2], que não apresenta confi‑
coluna de fracionamento. Para os hidrocarbonetos, guração trans, como devem ser os compostos que
quanto maior a cadeia carbônica (número de car‑ apresentam atividade comparável à da cisplatina.
bonos), maior o ponto de ebulição. Dessa forma, d) (V) Os complexos tetracoordenados, que são os que
sabendo que cada composto da tabela é retirado apresentam um íon metálico central coordenado por
por uma das posições, tem-se a relação: gás lique‑ quatro ligantes, podem apresentar isomeria geomé‑
feito de petróleo (< 30°); gasolina (35 °C a 140 °C); trica ou isomeria cis‑trans. O texto informa que com‑
querosene (150 °C a 250 °C); óleo diesel (250 °C a postos derivados da piridina em configuração trans
350 °C) e óleos combustíveis (> 350 °C). apresentam atividade comparável à da cisplatina.
e) (F) A posição relacionada a uma temperatura maior que Dessa forma, o composto trans-[PtCl2(py)2] deve
350 °C se refere aos óleos combustíveis, que apre‑ apresentar os ligantes cloro (Cl) e piridina (C5H5N)
sentam ponto de ebulição maior do que o do diesel. conforme representado na figura a seguir, em que
ligantes iguais estão em lados opostos.
Cl
02 A
N+ Pt N+
a) (V) Os compostos de química de base obtidos a
partir do 5-HMF são o ácido levulínico e o ácido Cl
adípico, que apresentam cadeia carbônica aberta trans‑[PtCl2(py)2]
(não apresenta ciclos), homogênea (não apresenta e) (F) Apesar de o composto representado apresentar
heteroátomo entre carbonos), saturada (apresenta configuração trans, os ciclos ligados à platina apre‑
apenas ligação simples entre carbonos) e normal sentam 10 hidrogênios (C5H10N), o que não corres‑
(não ramificada). ponde à piridina (C5H5N).
123
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
04 E HO Álcool
a) (F) Apesar de possuir ligações duplas em sua estru‑ Éster
tura, o aldrin não é considerado um alceno, pois
O O
este composto é constituído apenas por átomos de HO
carbono e de hidrogênio.
Álcool
b) (F) Os fenóis são caracterizados pela presença de uma
hidroxila ligada a um anel aromático, o que não é HO OH
observado na estrutura do aldrin.
Enol Enol
c) (F) A estrutura do aldrin não apresenta átomos de oxi‑ Portanto, essa estrutura não representa o HMF.
gênio entre carbonos, portanto essa substância não b) (F) A estrutura molecular apresentada nessa alterna‑
pode ser classificada como um éter. tiva indica a presença das funções álcool, éster e
d) (F) Os sais orgânicos são derivados da reação de um cetona, conforme representado a seguir.
ácido carboxílico com uma base inorgânica, apre‑ Álcool Éster
sentando um ânion proveniente daquele e um cátion
HO O O
proveniente desta. Além de a estrutura do aldrin não
se encaixar nessa definição, ele é um composto inso‑
lúvel em água.
Cetona
e) (V) Os haletos orgânicos são hidrocarbonetos que tive‑ O
ram um ou mais átomos de hidrogênio substituídos
Portanto, essa estrutura não representa o HMF.
por átomos de halogênios. No caso do aldrin, ocorre
c) (F) A estrutura molecular apresentada nessa alterna‑
a substituição de hidrogênios por átomos de cloro em tiva indica a presença das funções ácido carboxílico
um cicloalceno. Devido à baixa polaridade da molé‑ e éter, conforme representado a seguir.
cula, o aldrin é hidrofóbico e lipossolúvel, fixando‑
‑se com facilidade nos tecidos vivos. Dessa forma, O O
Éter
possui grande capacidade de bioacumulação.
O
HO OH
05 A
Ácido Ácido
a) (V) O ácido acético apresenta a menor acidez entre os carboxílico carboxílico
compostos apresentados, pois é um ácido mono‑
carboxílico que apresenta, ligado à carboxila, um Portanto, essa estrutura não representa o HMF.
grupo metil, com efeito indutivo doador de elé‑ d) (V) De acordo com a descrição do texto, a molécula
trons (empurra elétrons para o grupo carboxila), HMF apresenta os grupos funcionais álcool, éter e
diminuindo a acidez do composto. Sua constante aldeído, conforme representado a seguir.
de dissociação ácida (Ka) equivale a 1,8 · 10–5. O
Éter
b) (F) Possivelmente, o aluno confundiu o álcool benzílico
com o ácido benzoico. O
c) (F) Possivelmente, o aluno associou o tamanho da HO H
fórmula estrutural à característica de ser menos Álcool Aldeído
ácido. Porém, o ácido fórmico, cuja fórmula estru‑ Portanto, essa estrutura representa o HMF.
tural é a representada na alternativa, possui uma e) (F) A estrutura molecular apresentada nessa alterna‑
acidez maior que a do ácido acético. tiva indica a presença das funções álcool e éter,
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a presença conforme representado a seguir.
do cloro diminui a acidez do composto. Porém, o Éter
átomo de cloro, por ser muito eletronegativo, pro‑
O
voca o efeito indutivo receptor de elétrons, o que HO OH
enfraquece a ligação O—H, aumentando a acidez
(Ka = 1,4 · 10–3). Álcool Álcool
e) (F) Possivelmente, o aluno associou o tamanho da Assim, essa estrutura não representa o HMF.
cadeia a uma menor acidez. Porém, a pentan‑2‑ona
é uma cetona, e não um ácido carboxílico. 07 A
a) (V) O isopreno (2-metil-1,3-butadieno) é um hidrocar‑
boneto (terminação em “o”) que apresenta 4 car‑
06 D
bonos na cadeia principal (prefixo “but”), um grupo
a) (F) A estrutura molecular apresentada nessa alterna‑ CH3 (metil) no carbono 2 e ligações duplas nos
tiva indica a presença das funções álcool, éster e carbonos 1 e 3 (dien). Sua fórmula estrutural está
enol, conforme representado a seguir. representada a seguir.
124
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
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Ciências da Natureza e suas Tecnologias
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Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b) (F) O hex-2-eno tem a seguinte estrutura: CH3—CH==CH—CH2—CH2—CH3. Logo, trata-se de um alceno, e não de um
alcano, como descrito no texto.
c) (V) O heptano tem a seguinte estrutura: CH3—CH2—CH2—CH2—CH2—CH2—CH3. De acordo com o texto, o aduto é
formado pela ureia com um alcano que não seja ramificado nem cíclico. Portanto, o heptano atende às condições
necessárias para ser utilizado como hóspede na formação do aduto com a ureia.
d) (F) O ciclopentano é uma molécula cíclica e, de acordo com o texto, alcanos cíclicos não possuem a dimensão crítica nem
a simetria necessária para formar os cristais de aduto.
e) (F) O benzeno não é classificado como um alcano, mas sim como uma substância aromática. Assim, não atende às condi‑
ções necessárias para ser utilizado como hóspede na formação do aduto com a ureia.
15 B
a) (F) O composto representado por (E)-7-C12OAc é um isômero geométrico do composto (Z)-7-C12OAc, pois a letra E
indica que os ligantes maiores estão em lados opostos em relação à dupla-ligação.
b) (V) Conforme descrito no texto, o composto (Z)-7-C12OAc é representado pela estrutura química a seguir.
O
H H
1 3 5 7 8 10 12
O 2 4 6 9 11
Acetato de (Z)-7-dodecenila
O composto (Z)-5-C12OAc, cuja estrutura química é representada a seguir, apresenta os ligantes maiores do mesmo
lado em relação à dupla-ligação (Z) e 12 átomos de carbono, assim como o (Z)-7-C12OAc.
O
H H
1 3 5 6 8 10 12
O 2 4 7 9 11
Acetato de (Z)-5-dodecenila
No entanto, o número 5 na nomenclatura indica a posição da insaturação nessa estrutura, que é diferente em (Z)-7-C12OAc,
que apresenta a insaturação no carbono 7. Dessa forma, os dois compostos apresentam a mesma fórmula molecular, mesmo
grupo funcional e mesmo tipo de cadeia, mas se diferenciam na posição da insaturação. Portanto, as duas substâncias
podem ser consideradas isômeros de posição.
c) (F) O composto representado por (Z)-7-C14OAc não é considerado um isômero do composto acetato de (Z)-7-dodece‑
nila, pois apresenta 14 átomos de carbono em sua estrutura, dois a mais que o (Z)-7-C12OAc.
d) (F) O composto representado por (E)-5-C12OAc, apesar de apresentar a insaturação em posição diferente (carbono 5), é
um isômero geométrico do composto citado, pois a letra E indica que os ligantes maiores estão em lados opostos em
relação à dupla-ligação.
e) (F) O composto representado por (Z)-5-C14OAc não é considerado um isômero do composto acetato de (Z)-7-dodece‑
nila, pois apresenta 14 átomos de carbono em sua estrutura, dois a mais que o (Z)-7-C12OAc.
16 A
a) (V) Observa-se na tabela que, à medida que a cadeia carbônica dos alcoóis aumenta (do metanol, com 1 carbono, ao hep‑
tanol, com 7), a solubilidade em água (polar) diminui. Isso ocorre devido ao aumento da parte hidrofóbica (apolar) das
moléculas. Quanto maior a porção apolar da molécula, menos a água consegue realizar ligações de hidrogênio com a
hidroxila presente nos alcoóis e, consequentemente, menor a solubilidade.
b) (F) Todos os alcoóis listados apresentam apenas uma hidroxila, que é a parte polar e hidrofílica das moléculas. Dessa
forma, não há alteração da parte hidrofílica entre as substâncias.
c) (F) Com o aumento da cadeia carbônica dos alcoóis, aumenta a parte apolar e hidrofóbica das moléculas. Consequente‑
mente, a solubilidade em hexano, que é um hidrocarboneto e apolar, também aumenta.
d) (F) A solubilidade dos alcoóis em água diminui com o aumento da cadeia carbônica, ou seja, da parte hidrofóbica das moléculas.
e) (F) Na série de alcoóis listados, a parte hidrofílica, que é a hidroxila, não é alterada, apenas a parte hidrofóbica.
17 D
a) (F) As estruturas dos produtos formados na reação de ozonização apresentam apenas grupos funcionais característicos de
ácido carboxílico e cetona, não de aldeídos.
b) (F) As cadeias dos compostos formados a partir da ozonização do fenol são insaturadas, uma vez que apresentam ligações
duplas entre carbonos e ligações simples em suas estruturas.
c) (F) Ocorre a redução dos grupos fenólicos, e não a oxidação.
127
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
d) (V) Verifica-se a oxidação de um composto orgânico de um arranjo menos assimétrico, é a única que tem
acordo com o número de ligações que os átomos isomeria geométrica. Porém, o anel aromático não
de carbono realizam com o oxigênio. Quanto maior apresenta esse tipo de isomeria.
o número de ligações, mais oxidado encontra-se o b) (F) O aluno considerou equivocadamente que a dupla
composto. Os dois produtos formados na reação ligação no ciclo indicaria isomeria geométrica (cis‑
de ozonização representada no texto indicam o -trans).
aumento das ligações de carbono com o oxigênio R
e, portanto, confirma-se a oxidação do grupo fenó‑
lico. Além disso, a estrutura de cadeia aberta apre‑ OH
senta um grupo funcional de ácido carboxílico em
cada extremidade. A estrutura de cadeia fechada, O+
HO
por outro lado, apresenta duas carbonilas (C O) R
na cadeia cíclica, caracterizando o grupo funcional
de cetona.
e) (F) Ocorre oxidação dos grupos fenólicos, evidenciada OGL
pelo aumento do número de oxidação do carbono.
HO
Esse tipo de isomeria ocorre em ciclos. Entretanto,
18 C
neste caso, não é necessário haver ligação dupla,
a) (F) Os mesômeros são compostos que apresentam pois o ciclo impede que esse movimento de rota‑
dois carbonos assimétricos iguais. A imagem espe‑ ção dos átomos de carbono ocorra. Qualquer
cular ocorre dentro do mesmo composto, e não em movimento desse tipo causaria o rompimento da
substâncias diferentes. ligação e do ciclo. Por isso, para que a isomeria
b) (F) Os estereoisômeros são compostos que apresen‑ geométrica ocorra em compostos cíclicos, é neces‑
tam os mesmos tipos de ligação entre os átomos, sário que pelo menos dois átomos de carbono que
diferindo apenas na estrutura espacial na qual os compõem o ciclo apresentem dois grupos diferen‑
átomos são distribuídos. O tipo de isomeria que tes ligados a eles.
apresenta heteroátomos em diferentes posições é c) (F) Provavelmente, o aluno concluiu de forma equivo‑
a metameria, ou isomeria de compensação. cada que as várias ligações duplas nos ciclos deno‑
c) (V) Os enantiômeros são compostos que apresentam a tariam a isomeria geométrica. Porém, nos ciclos,
mesma composição, mas a disposição espacial dos essa ligação não é exigida para se ter esse tipo de
átomos é diferente. São imagens especulares um estereoisomeria.
do outro, não podendo ser superpostas, e desviam d) (F) Provavelmente, o aluno confundiu o conceito de
o plano da luz polarizada em direções opostas: o isomeria geométrica com o de isomeria óptica.
isômero dextrogiro gira o plano da luz polarizada Essa estrutura, de acordo com o texto, representa o
para a direita, e o isômero levogiro gira o plano da carbinol, que apresenta carbono quiral.
luz polarizada para a esquerda. e) (V) Para haver isomeria geométrica entre carbonos em
d) (F) Os diastereoisômeros são compostos que apre‑ cadeias alifáticas alcênicas, elas devem possuir liga‑
sentam mais de um carbono assimétrico e não ção dupla entre carbonos (C C) e cada um desses
correspondem à imagem especular um do outro. carbonos deve apresentar ligantes diferentes, con‑
O par de isômeros geométricos (cis-trans) também forme representado a seguir.
são considerados diastereoisômeros, mesmo não A C C X
tendo carbono assimétrico, pois são um par de
estereoisômeros não sobreponíveis. B Y
e) (F) Os isômeros geométricos, ou isômeros cis-trans, A e B precisam ser diferentes;
não são imagens especulares um do outro. Esse X e Y precisam ser diferentes;
tipo de isomeria ocorre quando um dos compostos A e B podem ser iguais a X e Y.
apresenta ligantes iguais do mesmo lado em rela‑ Essas condições são atendidas pela estrutura repre‑
ção à dupla ligação, enquanto o outro apresenta sentada a seguir.
esses ligantes em lados opostos da ligação dupla.
Isômeros geométricos cíclicos podem apresentar R
carbonos assimétricos. Nesses casos, os isômeros
OH
cis, de fato, não têm atividade óptica, já que for‑
mam um composto meso (inativo por compensa‑ O
ção interna). Contudo, o isômero trans pode apre‑ OH
HO
sentar atividade óptica. R
19 E C
a) (F) Possivelmente, o aluno concluiu que, por ser a C OGL
única estrutura química entre as apresentadas que HO H
não possui nenhum grupo ligado aos anéis e ter
128
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
20 C
a) (F) O aluno concluiu equivocadamente que a gasolina que apresenta maior teor molar de aromáticos tem maiores emis‑
sões de VOCs. Contudo, o texto indica que esses compostos diminuem a pressão de vapor da gasolina e, consequen‑
temente, sua volatilidade.
Tolueno Benzeno
b) (F) O aluno provavelmente associou o maior teor de estruturas aromáticas na gasolina à maior emissão de VOCs. Con‑
tudo, o texto indica que esses compostos aromáticos, que têm maior estabilidade, diminuem a pressão de vapor da
gasolina e, consequentemente, sua volatilidade.
Benzeno Naftaleno
c) (V) De acordo com o texto, a gasolina que apresenta maior teor de substâncias aromáticas tem menor pressão de vapor e,
consequentemente, menor emissão de VOCs. Esses compostos são liberados em maior quantidade por gasolinas que
apresentam alta pressão de vapor, ou seja, que possuem alto teor molar de hidrocarbonetos, entre quatro e seis car‑
bonos. Portanto, entre os compostos apresentados, os que aumentam a pressão de vapor da gasolina são o pentano
e o 2-metil-butano, que apresentam moléculas com 5 átomos de carbono.
Pentano 2-metilbutano
CH3 CH2 CH2 CH2 CH3 CH3 CH2 CH CH3
CH3
d) (F) O aluno possivelmente considerou o fato de essas substâncias não serem aromáticas, porém não se atentou ao fato de
que o propano tem apenas três carbonos na sua molécula (CH3 CH2 CH3).
e) (F) O aluno considerou equivocadamente apenas a quantidade de átomos de carbono da cadeia principal, e não o total
desses átomos na molécula, concluindo que as substâncias que não apresentam anéis aromáticos e têm maior quanti‑
dade de átomos de carbono na estrutura liberariam mais VOCs.
3-etilpentano 2-metilexano
CH3 CH2 CH2 CH2 CH3 CH3 CH CH2 CH2 CH2 CH3
CH2 CH3
CH3
21 B
a) (F) O aluno provavelmente concluiu que, devido ao fato de cada carbono fazer 3 ligações sigma, a hibridização seria sp3.
Porém, esse tipo de hibridização ocorre quando o carbono é saturado, ou seja, apresenta 4 ligações sigma.
b) (V) A hibridização do tipo sp2 é produto da combinação de um orbital do tipo s e dois orbitais do tipo p e, consequente‑
mente, o carbono realiza 3 ligações sigma e 1 ligação pi, resultando em uma geometria trigonal plana.
A hibridização sp3 ocorre pela combinação de um orbital do tipo s e três orbitais do tipo p. Nesse caso, o carbono faz
4 ligações sigma, resultando em uma geometria tetraédrica.
C C
sp2 sp3
c) (F) A hibridização sp2 é resultado da combinação de um orbital do tipo s e dois orbitais do tipo p. Assim, o carbono realiza
3 ligações sigma e 1 ligação pi, com geometria trigonal plana.
C C C
sp3 sp2 sp
129
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
A hibridização do tipo sp é resultado da combinação de um orbital do tipo s e um orbital do tipo p. Assim, o carbono
apresenta uma geometria linear.
C C
sp sp
d) (F) Possivelmente, o aluno associou o fato de os carbonos realizarem ligação dupla a uma hibridização sp, que é resultado
da combinação de dois orbitais puros, s e p.
e) (F) Provavelmente, o aluno concluiu que, por cada carbono realizar 3 ligações sigma, a hibridização é do tipo sp3. Con‑
tudo, essa hibridização ocorre quando o carbono é saturado, ou seja, apresenta 4 ligações sigma.
22 A
a) (V) Um álcool secundário (composto em que o carbono ligado ao grupo OH também está ligado a dois outros átomos
de carbono e a apenas um hidrogênio) forma uma cetona ao sofrer oxidação. Na reação indicada no texto-base, o
hexan-3-ol apresenta a hidroxila ligada a um carbono secundário. Dessa forma, a reação de oxidação produzirá uma cetona
(hexan-3-ona) como produto.
H2CrO4,H2SO4 + Cr2(SO4)3
OH O
Hexan-3-ol Hexan-3-ona
23 D
a) (F) A hibridização do átomo de carbono do tipo sp ocorre apenas quando ele realiza duas ligações pi (π) e duas sigma
( C –– ou C ). Como esse tipo de situação não é observado na estrutura da codeína, não se pode afirmar que a
cadeia carbônica dessa molécula apresenta hibridização do tipo sp. Contudo, a cadeia é insaturada, pois apresenta
ligações duplas entre átomos de carbono.
b) (F) A estrutura química da codeína não apresenta o grupo alceno (grupo dos hidrocarbonetos de cadeia carbônica ací‑
clica, insaturados com uma única dupla ligação e homogêneos) e sua fórmula molecular é C18H21NO3.
c) (F) A estrutura química da codeína apresenta átomos de carbono com hibridização do tipo sp3 e três carbonos assimétri‑
cos, ou quirais, ou seja, que possuem quatro ligantes diferentes entre si.
d) (V) Um heteroátomo é um átomo que não é carbono e que se encontra entre dois ou mais átomos de carbono em uma
cadeia carbônica. No caso da molécula de codeína, há três heteroátomos – dois átomos de oxigênio e um de nitrogê‑
nio. Além disso, a estrutura representada possui um anel aromático, portanto se trata de uma cadeia aromática. Assim,
a cadeia é heterogênea e aromática.
e) (F) As funções orgânicas presentes são: éter, identificada pelos átomos de oxigênio, os quais estão ligados a dois átomos
de carbono alifáticos ou aromáticos; álcool, pois há uma hidroxila ligada a um carbono alifático; e amina terciária,
observada pelas três ligações simples a três diferentes átomos de carbono alifáticos.
24 A
a) (V) Na Química Inorgânica, o isomerismo geométrico espacial cis-trans é observado quando dois grupos iguais ocupam posi‑
ções adjacentes (cis) ou opostas (trans) entre si em um complexo. De acordo com a descrição presente no texto 2, para
que o complexo de platina apresente atividade anticancerígena, ele deve apresentar grupos ligantes iguais do mesmo lado
em relação ao íon metálico central (Pt), indicando uma configuração cis.
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o complexo de platina que possui ação anticancerígena seria o complexo com
grupos abandonadores (ligantes iguais) em lados opostos do átomo central, ou seja, com configuração trans. Contudo,
segundo o texto, a atividade anticancerígena é observada em complexos com grupos abandonadores (ligantes iguais)
do mesmo lado na molécula.
c) (F) Possivelmente, o aluno associou o fato de a platina apresentar quatro grupos ligantes à isomeria óptica. Porém, a isome‑
ria óptica ocorre quando a molécula tem um centro quiral ou assimétrico (átomo central com quatro ligantes diferentes
entre si). Além disso, o texto 2 relaciona a atividade anticancerígena ao fato de o complexo apresentar dois grupos ligan‑
tes iguais do mesmo lado (ambos à esquerda ou ambos à direta) na estrutura, indicando uma configuração cis.
130
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
nico. Além disso, o texto 2 relaciona a atividade e) (F) Segundo o texto, a ligação hidrolisável é de um
anticancerígena ao fato de o complexo apresentar grupo éster. Contudo, o polímero representado
dois grupos ligantes iguais do mesmo lado (ambos consiste em um haleto orgânico.
à esquerda ou ambos à direta) na estrutura, indi‑
H H F F
cando uma configuração cis.
e) (F) Tautomeria diz respeito a um tipo de isomeria plana C C C C
observada em compostos orgânicos, na qual existe
um equilíbrio entre diferentes funções orgânicas, H H F F
n
quase sempre contendo grupo oxo (ceto ou aldo) Haleto orgânico
com enol. O complexo de platina apresenta iso‑
meria espacial, ou estereoisomeria, e se trata de Química 3
um composto inorgânico. Além disso, o texto 2
relaciona a atividade anticancerígena ao fato de o 01 D
complexo apresentar dois grupos ligantes iguais do a) (F) O orbital representado corresponde a um subnível s.
mesmo lado (ambos à esquerda ou ambos à direta) Portanto, não condiz com a descrição do elemento
na estrutura, indicando uma configuração cis. mais utilizado como supercondutor.
b) (F) A representação faz referência a um elemento que
25 B possui como subnível mais energético o p1. Assim,
há um elétron desemparelhado.
a) (F) Segundo o texto, a ligação hidrolisável é de um c) (F) A representação faz referência a um elemento que
grupo éster. Contudo, o polímero representado possui como subnível mais energético o p3. Assim,
apresenta a função amina. há três elétrons desemparelhados.
H d) (V) A representação faz referência a um elemento que
possui como subnível mais energético o p4. Assim,
N há dois elétrons desemparelhados, como descrito
N no texto.
Amina
e) (F) O orbital representado corresponde a um subnível d.
H Portanto, não condiz com a descrição do elemento
n
mais utilizado como supercondutor.
b) (V) Segundo o texto, um dos fatores para um polímero
ser classificado como biodegradável é a presença
02 E
de uma ligação hidrolisável de grupos ésteres. O
poliéster representado apresenta esse grupo fun‑ a) (F) As reações de oxirredução são comuns em pilhas
e baterias, mas não alteram a estrutura do núcleo
cional, conforme indicado a seguir.
dos átomos. Portanto, não são caracterizadas como
Éster energia de fonte nuclear.
b) (F) As reações de fissão nuclear que ocorrem nas usi‑
CH3 O CH2CH3 O
nas nucleares funcionam por meio da fissão de
núcleos de átomos pesados. Além disso, as par‑
O CH CH2 C O CH CH2 C
tículas utilizadas para realizar essa quebra são os
n nêutrons, pois os neutrinos são muito leves e inte‑
ragem pouco com os átomos.
c) (F) Segundo o texto, a ligação hidrolisável é de um c) (F) Mesmo que uma usina nuclear atual utilizasse o pro‑
grupo éster. Contudo, o polímero representado cesso de fusão, a energia liberada não seria usada
apresenta a função amida. diretamente na geração de corrente elétrica. Antes
Amida
disso, essa energia seria usada para esquentar a
água de sistema de turbinas, e estas converteriam
H H O O a energia mecânica do fluxo de água em energia
elétrica.
N (CH2)6 N C (CH2)4 C
n d) (F) As reações de fusão nuclear ocorrem em estrelas,
por meio da junção de núcleos de átomos leves, libe‑
d) (F) Segundo o texto, a ligação hidrolisável é de um rando energia. Porém, mesmo com a tecnologia
grupo éster. Contudo, o polímero representado atual, o ser humano ainda não conseguiu construir
apresenta a função tioéter. usinas de fusão nuclear eficientes.
131
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
e) (V) Nas usinas nucleares, ocorre reação de fissão d) (F) Entre os metais apresentados, o chumbo é o menos
nuclear, em que átomos radioativos pesados, como denso, e o tungstênio é o mais denso. Assim, como
urânio e plutônio, são fissionados por meio de um na tabela periódica a densidade aumenta das
bombardeamento de nêutrons. Após a fissão do extremidades para o centro, o tungstênio se encon‑
núcleo atômico, são formados átomos menores, tra mais ao centro do que o chumbo.
e liberados três novos nêutrons, que irão fissionar e) (V) Na tabela periódica, a densidade dos elementos
outros núcleos atômicos, formando uma reação aumenta de cima para baixo e das extremidades
em cadeia e liberando uma grande quantidade de para o centro. Assim, o tungstênio, por ser o mais
energia na forma de calor. Esse calor, por sua vez, denso entre os elementos apresentados e por se
é usado para aquecer o circuito de água primário, encontrar no mesmo período dos outros dois ele‑
que aquece um circuito de água secundário, utili‑ mentos, deve estar localizado mais ao centro da
zado para movimentar uma turbina, gerando ener‑ tabela periódica do que o chumbo e o mercúrio.
gia elétrica.
05 E
03 D
a) (F) A ligação de hidrogênio ocorre entre as moléculas
a) (F) O modelo atômico de Dalton não contemplava os de água, e não entre os átomos, como proposto
conceitos de núcleo, elétrons, eletrosfera e níveis pelo modelo de Johannes Stark.
quânticos. Portanto, não é suficiente para explicar b) (F) A hibridização é um fenômeno em que dois ou
o fenômeno da bioluminescência. mais orbitais de um mesmo átomo podem se mis‑
b) (F) O modelo atômico de Thomson não considerava a turar e formar orbitais híbridos. Esse fenômeno não
existência da eletrosfera e dos níveis energéticos.
envolve atração entre elétrons e núcleos.
Portanto, não é suficiente para explicar o fenômeno
c) (F) No mar de elétrons, devido à alta eletropositividade
da bioluminescência.
dos metais, os elétrons encontram-se livres e com
c) (F) O modelo atômico de Rutherford considerava a exis‑
mínima atração à parte positiva do átomo – o núcleo.
tência da eletrosfera, no entanto não previa a exis‑
d) (F) A movimentação de elétrons pela estrutura do retí‑
tência de níveis de energia. Assim, não é suficiente
culo cristalino ocorre na ligação metálica, e não
para explicar o fenômeno da bioluminescência.
na ligação covalente, que é a ligação que mais se
d) (V) A bioluminescência só pôde ser compreendida a
aproxima do modelo de Johannes Stark.
partir do modelo atômico de Bohr, o qual consi‑
e) (V) A ligação covalente consiste no compartilhamento
derava que a eletrosfera é dividida em sete níveis
energéticos. Cada nível suporta certa quantidade de elétrons entre dois átomos. Os elétrons ligantes
de elétrons, e, enquanto orbitam em torno do são submetidos a um equilíbrio entre forças repulsi‑
núcleo em um desses níveis, eles não recebem vas (repulsão entre elétrons) e forças atrativas (atra‑
nem emitem energia, podendo, porém, receber ção entre elétrons e entre núcleos de dois átomos).
energia de origem externa ao átomo e saltar para O modelo de Stark se aproxima mais do fenômeno
níveis maiores. Quando os elétrons excitados retor‑ da ligação covalente, pois os elétrons de um átomo
nam para seu nível de origem, liberam a energia na são atraídos eletrostaticamente às partes positivas
forma de radiação luminosa. (núcleos) dos dois átomos ligantes.
e) (F) O modelo de Schrödinger é posterior ao modelo
atômico de Bohr e pode ser usado para explicar o 06 D
fenômeno da bioluminescência, porém não são os a) (F) A comprovação da existência do elétron não foi reali‑
prótons que colidem entre si em um mesmo orbital zada por meio de análises de raios X, pois eles são for‑
do átomo, mas sim os elétrons. mados por radiação eletromagnética e não possuem
elétrons em sua constituição. Além disso, o modelo
04 E de Thomson, que comprovou a existência do elé‑
a) (F) Se estivessem em períodos diferentes, o chumbo tron, considerava o átomo contínuo e homogêneo.
deveria estar acima do mercúrio, pois, na tabela b) (F) Os experimentos de Millikan com gotículas de óleo
foram realizados após a comprovação da existência
periódica, a densidade aumenta de cima para
do elétron e tiveram o intuito de determinar a carga
baixo; porém, esses elementos estão no mesmo
deste. O conceito de orbital surgiu após a introdução
período.
dos conceitos da Física Quântica no modelo atômico.
b) (F) Se estivessem em períodos diferentes, o tungstê‑ c) (F) O experimento com partículas alfa foi realizado por
nio deveria estar abaixo do chumbo, pois, na tabela Rutherford, e o conceito de eletrosfera surgiu anos
periódica, a densidade aumenta de cima para após a comprovação da existência do elétron.
baixo; porém, esses elementos estão no mesmo d) (V) J. J. Thomson realizou experimentos com raios
período. catódicos utilizando a ampola de Crookes e obser‑
c) (F) Se estivessem em períodos diferentes, o mercúrio vou que esses raios eram atraídos pelo polo posi‑
deveria estar acima do tungstênio, pois, na tabela tivo de um campo elétrico. Thomson conseguiu
periódica, a densidade aumenta de cima para determinar a relação entre a carga e a massa
baixo; porém, esses elementos estão no mesmo do elétron e demonstrar que os raios catódi‑
período. cos e a matéria eram constituídos por elétrons.
132
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
133
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
134
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b) (V) Substâncias moleculares são aquelas cujos átomos b) (F) As usinas nucleares geram resíduos radioativos que
estão conectados por ligação covalente, havendo for‑ oferecem riscos de contaminação ao ambiente e
mação de moléculas. Entre as substâncias menciona‑ aos seres vivos, necessitando, assim, de descarte e
das no texto que têm a função de manutenção da den‑ armazenamento apropriados.
sidade do leite, a água (H2O) e a sacarose (C12H22O11) c) (F) Para a produção de energia nuclear, o combustível
são substâncias moleculares formadas por átomos de radioativo mais utilizado é o urânio, uma fonte de
ametais. A substância utilizada para aumentar a vida energia que não se renova naturalmente em um
útil do leite é a água oxigenada (H2O2), formada por curto espaço de tempo, como a luz e o calor do
hidrogênio com um ametal, unidos por ligações cova‑ Sol e os ventos. Dessa forma, o urânio não é uma
lentes. fonte inesgotável e, portanto, a energia nuclear é
c) (F) A água e a sacarose são substâncias moleculares, considerada como não renovável.
que juntas com o NaCl (composto iônico), foram d) (V) O processo de geração de energia nuclear emite
usadas na manutenção da densidade. Contudo, uma menor quantidade de gases do efeito estufa,
por exemplo o gás carbônico, produzido na utiliza‑
para a correção da acidez, usou-se apenas o NaOH,
ção de outras fontes de energia, como a queima de
que é uma substância iônica, formada por metal
combustíveis fósseis. Por isso, não contribui direta‑
(Na+) e elementos não metálicos (O e H).
mente para o aquecimento global.
d) (F) A presença do metal sódio (Na) ligado a elementos
e) (F) O custo para produção de energia nas usinas
não metálicos nas substâncias indica que o NaOH
nucleares é relativamente elevado quando compa‑
e o Na3C6H5O7 são compostos iônicos (união de
rado a outras formas de geração de energia elétrica.
metal com ametal). A extração e produção do combustível nuclear, os
e) (F) Apesar de a água oxigenada (H2O2) ser uma subs‑ custos com sistemas de segurança e emergência e
tância molecular, o NaOH é um composto iônico. a destinação correta dos resíduos radioativos são
alguns dos fatores que elevam o custo dessa forma
15 D de produção de energia.
a) (F) Nas equações representadas, não ocorre transfor‑
mação de água líquida em vapor. Possivelmente, 17 E
o aluno supôs que ocorre evaporação da água a) (F) O gráfico mostra a variação na velocidade de corro‑
durante seu bombeamento. são do ferro em função do pH, o qual está relacio‑
b) (F) No funcionamento da bateria, ocorre formação de nado à concentração de íons H+ e OH− presentes
sulfato de chumbo. Ao recarregar a bateria, essa no meio. Logo, é possível relacionar a taxa de cor‑
substância não é removida do sistema, o que ocorre rosão à concentração de íons OH−.
é sua transformação em Pb(s) e íons sulfato, que irão b) (F) A taxa de corrosão é mais intensa em pH mais ácido
reagir novamente quando a bateria for utilizada. (abaixo de 4), observada pela maior inclinação da
c) (F) A energia eólica é utilizada para geração de uma curva nessa faixa de pH. Em pH alcalino, a passiva‑
corrente elétrica, que faz com que as reações da ção do ferro, que é a formação de uma camada de
bateria ocorram no sentido inverso, possibilitando óxido na superfície, reduz, de certa forma, a veloci‑
que seja recarregada. A corrente elétrica irá adi‑ dade de corrosão.
cionar elétrons ao ânodo, para repor os elétrons c) (F) A taxa de corrosão na faixa de pH neutro (pH = 7) é
perdidos na oxidação, possibilitando que a reação constante, o que não indica que não ocorre corro‑
são nessa faixa de pH.
ocorra no sentido inverso.
d) (F) Uma maior quantidade de íons H+ favorece a corro‑
d) (V) No sistema descrito no primeiro texto, a função do
são e, portanto, não ocorre a redução de íons ferro
gerador de ímãs é gerar uma corrente elétrica que
nessas condições, mas a oxidação.
é colocada nos polos da bateria de maneira inversa.
e) (V) Em pH menor que 4, ou seja, com elevadas con‑
Essa corrente força os elétrons a seguirem o fluxo
centrações de íons H+, observa-se que a inclinação
inverso. Assim, as reações são invertidas devido à
da curva é maior, indicando uma maior taxa de cor‑
diferença de potencial, recarregando a bateria. rosão do ferro. Esse fato pode ser explicado pela
e) (F) Ao relacionar o movimento do vento com o movi‑ redução dos íons H+ a hidrogênio gasoso (H2), o
mento das moléculas, o aluno supôs que, aumen‑ que favorece a oxidação do ferro.
tando a energia cinética das moléculas, ocorreria
uma maior quantidade de choques efetivos e, 18 A
consequentemente, o funcionamento da bateria
a) (V) Diferente do que supunha Fermi, ao bombardear
descarregada.
nêutrons no núcleo instável do urânio, ocorre sua
divisão em núcleos menores com liberação de nêu‑
16 D trons e de grande quantidade de energia, processo
a) (F) As usinas nucleares devem ser construídas próximas chamado de fissão nuclear.
a recursos hídricos para possibilitar o resfriamento b) (F) Os nêutrons bombardeados no núcleo do urânio
do reator e a geração de vapor, que movimenta as não são capazes de estabilizá-lo. O que ocorre é
turbinas do gerador elétrico. sua divisão em núcleos menores.
135
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
c) (F) Apesar de o raio do urânio ser relativamente grande, 4f15d16s2, totalizando 58 elétrons. O elemento de
seu núcleo não incorpora os nêutrons bombardea‑ número atômico 58 é o cério (Ce), que, no estado
dos sobre ele para formação de elementos maiores. neutro, apresenta 58 prótons e 58 elétrons.
d) (F) A fusão nuclear ocorre quando núcleos de áto‑ c) (F) O bário possui número atômico igual a 56 e, assim,
mos menores se unem em um núcleo maior, o que o cátion bivalente desse elemento (Ba2+), após a
não ocorre no bombardeamento de nêutrons no perda de 2 elétrons, possui 54 elétrons. Portanto,
núcleo do urânio. sua configuração eletrônica seria igual à do xenô‑
e) (F) O bombeamento de nêutrons no núcleo do urânio nio, e não a representada no texto.
gera a divisão deste em núcleos atômicos meno‑ d) (F) Desconsiderou-se que, após a perda de um elé‑
res e mais leves, e não a formação de isótopos tron, restam 57 elétrons na distribuição eletrônica
desse elemento. descrita no texto, uma quantidade que não corres‑
ponde ao número de elétrons do cátion monova‑
19 B lente do boro.
e) (F) Cátions são átomos que perderam elétrons. Um
a) (F) O NO é um dos principais contribuintes para a
cátion tetravalente, então, perde 4 elétrons. Na
ocorrência do smog fotoquímico, porém não é a
espécie mais oxidada entre as reações representa‑ representação [Xe] 4f15d16s2, o xenônio apresenta
das no texto. 4 elétrons a mais que no seu estado fundamen‑
b) (V) O smog fotoquímico é um fenômeno ambiental tal. Assim, seria um ânion (um átomo que recebeu
que ocorre nos grandes centros urbanos devido elétrons). Contudo, esse elemento, por ser um gás
à alta concentração de poluentes. É caracterizado nobre, não forma ânions em condições normais
pela formação de uma nuvem de fumaça, neblina, devido à alta estabilidade desse grupo.
poluentes gasosos e partículas sólidas. Entre os
principais poluentes estão o NO e NO2, gases que 21 A
reagem com oxigênio, formando ozônio, e que são a) (V) Apesar de a queima de biomassa contribuir para a
responsáveis pela cor característica do smog. Além emissão de gases do efeito estufa, inclusive o CO2,
disso, entre as espécies químicas apresentadas nas a produção desse combustível ocorre a partir de
reações, o óxido em que o nitrogênio é o mais oxi‑ plantas, que, ao realizarem fotossíntese, removem
dado é o NO2, apresentando Nox = +4, enquanto o CO2 atmosférico, promovendo então uma com‑
NO tem Nox = –2. pensação no balanço do gás carbônico lançado à
c) (F) A reação representa a formação de ácido nítrico atmosfera. Portanto, considerando toda a cadeia
(HNO3) e NO, em que o NO é reduzido (diminuição produtiva, entre os combustíveis apresentados, a
do Nox) e o HNO3 é oxidado (aumento do Nox). biomassa é o que menos contribui para a intensifi‑
Apesar de apresentar um alto número de oxida‑ cação do efeito estufa.
ção (Nox = +5), o HNO3 não contribui para o smog b) (F) O querosene é um combustível fóssil derivado do
fotoquímico, mas sim para o fenômeno conhecido petróleo, portanto contribui para o aumento das
como chuva ácida. emissões de CO2 atmosférico.
d) (F) A reação representa a formação de ácido sulfuroso c) (F) Como ocorre com todos os combustíveis fósseis
a partir do óxido ácido SO2. Não é considerada não renováveis, a combustão do óleo diesel contri‑
uma reação de oxirredução, uma vez que não há bui para a elevação das emissões de CO2.
variação de Nox entre as espécies, isto é, nos rea‑ d) (F) O gás natural é um combustível fóssil e, portanto,
gentes e nos produtos. não renovável. Desse modo, seu emprego contribui
e) (F) A reação representa a formação de SO3, óxido para o aumento do gás carbônico na atmosfera.
ácido que contribui para a formação da chuva e) (F) Ao empregar carvão mineral como combustível,
ácida. Apesar de ser a espécie formada mais oxi‑ intensifica-se o problema dos elevados níveis de
dada (Nox = +6), os óxidos de nitrogênio são os CO2 na atmosfera, pois esse também é um com‑
principais contribuintes para a ocorrência de smog bustível de origem fóssil.
fotoquímico, e não os de enxofre.
22 D
20 B a) (F) Como a solubilidade das moléculas orgânicas dimi‑
a) (F) Considerou-se apenas os 4 elétrons distribuídos nui após a adição do sal, a interação dessas molé‑
nos subníveis 4f, 5d e 6s, desconsiderando-se os culas com a água diminui, e não aumenta.
elétrons representados por [Xe]. b) (F) Por apresentarem caráter mais apolar, as moléculas
b) (V) Na distribuição eletrônica de um elemento, é pos‑ orgânicas interagem fracamente com os íons do sal
sível substituir a parte correspondente à configura‑ e com a água, que são polares.
ção eletrônica de um gás nobre de menor número c) (F) A polaridade da solução aumenta com a adição do
atômico pelo símbolo deste entre colchetes. Dessa sal, diminuindo ainda mais a solubilidade das molé‑
forma, a distribuição eletrônica representada por culas orgânicas.
[Xe] 4f15d16s2 corresponde à distribuição dos 54 elé‑ d) (V) Conforme o texto, o efeito de salting-out diminui
trons do xenônio (1s22s22p63s23p64s23d104p65s24d10 a solubilidade das moléculas orgânicas em água.
5p6) mais os 4 elétrons distribuídos nos subníveis Isso ocorre pelo fato de a água (polar) interagir
136
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
preferencialmente com o sal adicionado, liberando as moléculas orgânicas (menos polares). Dessa forma, a interação
da água com as moléculas orgânicas se torna ainda mais fraca e, consequentemente, diminui a solubilidade delas em
meio aquoso, favorecendo a reação entre as espécies apolares presentes no sistema.
e) (F) A polaridade da solução aumenta com a adição do sal, além de as moléculas orgânicas mencionadas no texto não
interagirem com a água por ligação de hidrogênio devido à diferença nas polaridades.
23 B
a) (F) Apesar de a maionese apresentar em sua composição o óleo, que é considerado apolar, a interação com o óleo do
vazamento ocorre por interações do tipo dipolo induzido, e não por ligação de hidrogênio, a qual ocorre entre com‑
postos polares.
b) (V) A emulsão é uma dispersão coloidal que ocorre entre dois líquidos imiscíveis, que, no caso da maionese, são a água
e o óleo. Os compostos apolares presentes na maionese interagem com o óleo do vazamento por interações do tipo
dipolo induzido, facilitando a remoção deste do estômago e do intestino das tartarugas afetadas.
c) (F) A maionese apresenta pH ácido, e não ocorre reação dessa substância com o óleo no processo de limpeza do sistema
digestivo das tartarugas. Ela atua facilitando a solubilização do óleo.
d) (F) Apesar de apresentar água em sua constituição, os compostos polares presentes na maionese não interagem de
maneira eficiente com o óleo do vazamento, que é apolar.
e) (F) A maionese, que é uma emulsão de água e óleo, não apresenta compostos pertencentes à função álcool em sua
constituição.
24 A
a) (V) O período de 1987 a 2022 corresponde a 35 anos, que é o tempo de desintegração (t). Como uma meia-vida (P) do
cobalto-60 é de aproximadamente 5 anos, para determinar a quantidade de períodos (x) de decaimento para essa
amostra, calcula-se:
t 35
t x P x 7 períodos de meia‑vida.
P 5
Por definição, meia-vida corresponde ao tempo necessário para que metade dos núcleos radioativos se desintegre, ou
seja, é o tempo que leva para uma amostra radioativa se reduzir à metade. Portanto, após 7 períodos de meia-vida, a
massa (m) de cobalto-60, que tinha massa inicial (m0) de 160 g, é:
m0 160 g
=
m = = 1, 25
2x 27
Outra forma de determinar a massa desse radioisótopo após o período de desintegração é:
160 g
5 anos
80 g
5 anos
40 g
5 anos
20 g
5 anos
10
0 g
5 anos
5 g
5 anos
2,5 g
5 anos
1,25 g
b) (F) O aluno considerou equivocadamente que, em um período de 35 anos, houve 6 períodos de meia-vida de 5 anos.
160 g
5 anos
80 g
5 anos
40 g
5 anos
20 g
5 anos
10
0 g
5 anos
5 g
5 anos
2,5 g
c) (F) O aluno calculou equivocadamente a massa residual do radioisótopo por relacionar a massa inicial com o tempo total
de desintegração:
m0 160 g
m 4, 57
t 35 anos
d) (F) O aluno calculou equivocadamente a massa residual do radioisótopo por relacionar a massa inicial com a quantidade
de períodos de meia-vida:
m0 160 g
m 22, 85
P 7
e) (F) Como meia-vida é o tempo necessário para a massa do radioisótopo ser reduzida pela metade, o aluno considerou
equivocadamente que a massa inicial é reduzida pela metade independentemente do tempo.
25 E
a) (F) A Teoria Quântica orbital surgiu somente após o modelo de Rutherford-Bohr. O modelo de Bohr trata das órbitas (cama‑
das ou níveis) estacionárias de energia quantizada, não podendo ser diretamente relacionado à construção da tabela de
Charles Janet.
b) (F) O aluno possivelmente entendeu que, por terem sido utilizados nos experimentos de modelo atômico de Bohr, esses
dois elementos seriam a base do sistema periódico.
c) (F) Os elementos da tabela periódica são ordenados segundo seu número atômico (prótons), e não massa atômica.
d) (F) Apesar de o texto e a tabela apresentada indicarem organização baseada na distribuição eletrônica, a ordem dos ele‑
mentos é por número atômico, e não por massas atômicas como propusera Mendeleev.
137
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
138
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
e) (F) Possivelmente, o aluno confundiu os conceitos de e) (F) Provavelmente, para chegar a esse resultado, o
calor e temperatura, considerando que a variação aluno considerou apenas a massa da solução, não
de entalpia corresponde à variação de temperatura. calculando a porcentagem de álcool etílico.
07 B
05 A
a) (F) A neblina não é considerada uma dispersão mole‑
a) (V) A trituração dos alimentos pela mastigação resulta
cular e não pode ser ionizada pela luz do farol.
em um bolo alimentar com maior área superficial,
b) (V) A neblina é uma dispersão coloidal de gotículas de
que é digerido mais rapidamente, diminuindo a
água dispersas no ar, sendo classificada como um
demanda de HCl e, consequentemente, causando
aerossol líquido. A utilização de faróis de neblina
menos sonolência.
é aconselhada, pois a luz é direcionada para baixo,
b) (F) A ingestão de líquidos diminui a concentração do evitando que a neblina seja atravessada, uma vez
bolo alimentar, reduzindo a velocidade da digestão que esta é formada cerca de 30 cm acima do solo.
e favorecendo a sonolência. Quando a luz atravessa a neblina, as gotículas de
c) (F) Baixas temperaturas desaceleram as reações quí‑ água dispersam e espalham a luz (efeito Tyndall),
micas que ocorrem no estômago. Assim, a digestão atrapalhando a visão do motorista.
é mais lenta quando se consome alimentos frios, o c) (F) A neblina não é considerada uma dispersão eletro‑
que favorece a sonolência. lítica, e esse tipo de solução não é capaz de causar
d) (F) Apenas algumas proteínas atuam como catalisado‑ um curto-circuito no farol apenas pela ação da luz.
res biológicos, ou enzimas; portanto, não é correto d) (F) A neblina não é considerada uma dispersão satu‑
afirmar que consumir alimentos ricos em proteínas rada e não apresenta movimento browniano, pois o
resultará em uma digestão mais rápida. soluto está dissolvido, e não disperso, na solução.
e) (F) Um maior consumo de alimentos ácidos causará e) (F) A neblina não é considerada uma dispersão con‑
apenas um deslocamento de equilíbrio químico, o centrada, e as gotículas de água estão dissolvidas,
qual não afeta a velocidade da reação química de e não dispersas, na solução.
digestão.
08 D
06 B a) (F) O aluno pode não compreender a influência da
a) (F) Para encontrar o valor de 55,3% INPM, o aluno cal‑ pressão na solubilidade dos gases, escolhendo a
culou apenas a massa de álcool etílico presente em cidade que possui a maior altitude entre as listadas.
uma solução de 100 mL. Em relação à cidade de Porto Alegre, que é a que
b) (V) A concentração em °GL corresponde à porcen‑ apresenta os menores índices, Brasília tem a maior
tagem, em volume, de álcool etílico na solução. altitude e a maior temperatura média, apresen‑
Dessa forma, em um frasco contendo apenas água tando condições menos favoráveis à solubilidade
e álcool etílico com concentração de 70%, para do oxigênio nas águas dos rios e dos lagos.
cada 100 mL de solução, há 70 mL de álcool e b) (F) O aluno pode não compreender a influência da
30 mL de água. A massa de álcool pode ser calcu‑ temperatura na solubilidade dos gases, escolhendo
lada considerando-se a densidade. Assim, tem-se: a cidade que apresenta a maior temperatura média
entre as listadas. Em relação à cidade de Porto
m Alegre, que é a que apresenta os menores índices,
d= m = 0,79 g mL1 70 mL m = 55,3 g
V Teresina apresenta maior altitude e maior tempera‑
A massa da solução pode ser calculada somando‑ tura média, apresentando condições menos favorá‑
-se a massa de álcool etílico (55,3 g) com a massa veis à solubilidade do oxigênio nas águas dos rios e
de água. Como sua densidade é igual a 1 g ⋅ mL–1, a dos lagos.
massa de 30 mL de solução será igual a 30 g. Assim, c) (F) A cidade de Rio Branco apresenta maior altitude
a massa dos 100 mL de solução será de 85,3 g. Cal‑ e maior temperatura média que a cidade de Porto
culando a porcentagem, em massa, de álcool na Alegre (que é a que apresenta os menores índices),
solução, tem-se: apresentando condições menos favoráveis à solubi‑
lidade do oxigênio nas águas dos rios e dos lagos.
85,3 g ________ 100%
d) (V) A solubilidade de gases em líquidos é diretamente
55,3 g ________ x proporcional à pressão e inversamente proporcional
x = 64,8% à temperatura. Dessa forma, quanto maior a pres‑
Logo, a concentração de 70 °GL corresponde a são e menor a temperatura, maior a quantidade de
64,8% INPM, indicando a porcentagem, em gramas, gás solubilizada. A solubilidade do oxigênio na água
de álcool na solução. decresce com o aumento da altitude, pois este pro‑
c) (F) O aluno considerou equivocadamente que as por‑ move uma diminuição da pressão atmosférica, e o
centagens têm o mesmo valor em massa e em oxigênio, sendo um dos componentes do ar, tem
volume. sua pressão parcial também reduzida. Considerando
d) (F) Provavelmente, o aluno considerou apenas o valor os dados fornecidos na tabela, a cidade que apre‑
da densidade multiplicado por 100. senta menor altitude (consequentemente, maior
139
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
pressão atmosférica) e menor temperatura média é c) (V) De 70 °C para 30 °C, ocorre a precipitação de 200 g
Porto Alegre. Essas condições favorecem a solubili‑ (430 – 230 = 200 g) de cristais. No mesmo intervalo, as
dade do oxigênio nas águas dos rios e dos lagos. solubilidades do gráfico variam da seguinte forma:
e) (F) A cidade de Belo Horizonte apresenta maior altitude
quando a solução é resfriada para 70 °C, tem-se 60 g
e maior temperatura média que a cidade de Porto
de sal para 100 g de água, e quando a solução é
Alegre (que é a que apresenta os menores índices),
apresentando condições menos favoráveis à solubi‑ resfriada à temperatura de 30 °C, tem-se 20 g de
lidade do oxigênio nas águas dos rios e dos lagos. sal em 100 g de água. Assim, a solubilidade varia de
40 g (60 – 20 = 40 g) de sal para 100 g de água.
09 A Como a massa de cristais formada é igual a 200 g
a) (V) Uma forma de verificar se uma mistura se trata de nesse intervalo, tem-se:
um coloide é submeter o sistema a um feixe de luz. 40 g de sal ________ 100 g de água
Embora as partículas coloidais possam ser muito 200 g ________ x
pequenas, mesmo sob um microscópio óptico, elas
x = 500 g de água
são grandes o suficiente para causar a dispersão da
luz. Essa dispersão é conhecida como efeito Tyndall A 30 °C, tem-se:
e permite que o feixe de luz seja visto. Quando um 20 g de sal ________ 100 g de água
feixe de luz atravessa uma solução verdadeira, não é ________
y 500 g
possível observar o caminho que a luz percorre den‑
tro do sistema, pois as partículas são tão pequenas y = 100 g de sal (conteúdo dissolvido)
que não causam espalhamento. Portanto, a massa de soluto é igual a 100 g + 430 g
b) (F) Para visualizar as pequenas partículas dos sistemas = 530 g.
coloidais, é necessário utilizar um ultramicroscópio. O d) (F) O aluno somou a massa de água encontrando
microscópio óptico consegue identificar apenas par‑
como resposta a massa total da solução. Assim,
tículas de suspensões, que são maiores que as partí‑
culas de um sistema coloidal. Já no caso das soluções considerou que, para 70 °C, formam-se 60 g de sal
verdadeiras, as partículas são tão pequenas que não em 100 g de água e que, para 30 °C, formam-se
podem ser visualizadas nem em um ultramicroscópio. 20 g de sal em 100 g de água. Então, calculando
c) (F) O procedimento de filtração utilizando um filtro que a solubilidade varia de 60 – 20 = 40 g de sal
comum é ineficiente em determinar se uma mis‑ para 100 g de água e para 200 g de cristais, obteve:
tura se trata de um coloide, pois as partículas que
40 g de sal ________ 100 g de água
compõem esse tipo de sistema são pequenas o
200 g ________ x
suficiente para atravessar os poros desse material,
sendo retidas apenas em ultrafiltros. Da mesma x = 500 g de água
forma, em soluções verdadeiras, as partículas são A 30 °C, tem-se:
ainda menores que as dos coloides e, portanto,
atravessam os poros dos ultrafiltros. 20 g de sal ________ 100 g de água
y ________ 500 g
d) (F) A sedimentação não ocorre nas soluções, pois elas
são sistemas homogêneos. Já nos sistemas coloi‑ y = 100 g de sal (conteúdo dissolvido)
dais, a sedimentação somente é possível por meio
Dessa forma, a massa de soluto é igual a:
do uso de ultracentrífugas.
100 + 430 = 530 g
e) (F) Possivelmente, associou-se a formação de uma
dispersão coloidal (gema de ovo e vinagre) à veri‑ Por fim, somando-a com os 500 g de água, obtêm-se:
ficação do tipo de sistema. Porém, o processo pro‑ 530 + 500 = 1 030 g de soluto
posto impossibilitaria a identificação do tipo de e) (F)
O aluno confundiu a massa de precipitado com a
sistema inicial. massa de soluto dissolvida. Além disso, classificou
a água como sendo o soluto, e não o solvente, pro‑
10 C
cedendo ao seguinte raciocínio:
a) (F) O aluno considerou corretamente que, quando a Para 70 °C, tem-se:
solução é resfriada para 70 °C, tem-se 60 g de sal
para 100 g de água e que, quando a solução é res‑ 60 g sal ________ 100 g de água
friada à temperatura de 30 °C, tem-se 20 g de sal 230 g ________ x
em 100 g de água. Porém, ao calcular a diferença x ≅ 383 g de água
60 – 20 = 40, concluiu que a solubilidade varia 40 g
de sal para 100 g de água e que esse valor é refe‑ Para 30 °C, tem-se:
rente à massa do soluto. 20 g sal ________ 100 g de água
b) (F) O aluno considerou a diferença da massa cristali‑
430 g ________ x
zada, de 70 °C para 30 °C, que é de 430 – 230 = 200 g.
Contudo, esse valor não corresponde à massa de x ≅ 2 150 g de água
soluto presente na solução. Assim, tem-se 2 150 – 383 = 1 767 g de soluto.
140
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
141
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
142
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
143
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b) (F) Ao se colocarem as cascas das frutas e legumes em c) (F) Apesar de o primeiro gráfico mostrar corretamente
um refrigerador, a velocidade da reação de decom‑ um aumento da entalpia no processo de evapo‑
posição diminui devido à diminuição da temperatura. transpiração, o segundo gráfico mostra que a
c) (V) Cortando as cascas das frutas e legumes em peda‑ entropia permanece constante no processo, o que
ços menores, aumenta-se a superfície de contato não ocorre na passagem de líquido para vapor.
para ação dos microrganismos; assim, aumenta-se d) (F) Apesar de o segundo gráfico mostrar corretamente
a velocidade da reação de decomposição, produ‑ um aumento da entropia no processo de evapo‑
zindo o composto orgânico mais rapidamente.
transpiração, o primeiro gráfico mostra uma dimi‑
d) (F) Os aditivos químicos são substâncias adicionadas
nuição da entalpia, o que não caracteriza a absorção
aos alimentos com intuito de prolongar a conserva‑
de energia na passagem de líquido para vapor.
ção, ou seja, retardar o processo de decomposição.
Logo, o uso de aditivos não acelera o processo de e) (V) No processo de evapotranspiração, ocorre a pas‑
obtenção de um composto orgânico. sagem da água do estado líquido para vapor. Essa
e) (F) Ao manter as cascas de frutas e legumes em um mudança de fase é considerada um processo endo‑
ambiente vedado, limita-se a concentração de térmico, ou seja, acontece com absorção de ener‑
oxigênio, resultando na menor velocidade do pro‑ gia. Nesse caso, a entalpia final (Hf) é maior que
cesso de decomposição e, consequentemente, da a entalpia inicial (Hi). Pelo fato de o vapor ser um
obtenção do composto orgânico. estado mais desordenado que o estado líquido, a
entropia do processo aumenta, sendo a entropia
23 C do vapor (Sf) maior que a entropia do líquido (Si).
144
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Biologia 1 03 C
a) (F) Os centríolos são estruturas celulares que possuem
01 E um papel importante no processo de divisão celular,
a) (F) No Brasil, o uso de células-tronco adultas é per‑ e não participam da síntese de proteínas na célula.
mitido para fins terapêuticos. Já o uso de células‑ b) (F) Os lisossomos são organelas que atuam na diges‑
-tronco embrionárias é regulamentado no país pela tão intracelular, e não na síntese de proteínas.
Lei de Biossegurança (Lei 11.105 de 24 de março de c) (V) Os ribossomos são organelas que realizam a síntese
2005), que permite para fins de pesquisa e terapia de proteínas e que, em células eucarióticas, podem
o uso de células-tronco embrionárias obtidas de ser encontradas livres no citoplasma ou aderidas ao
embriões humanos produzidos por fertilização in retículo endoplasmático granular.
vitro, desde que os embriões sejam inviáveis, este‑ d) (F) As mitocôndrias são organelas responsáveis pela
jam congelados há 3 anos ou mais e haja consenti‑ respiração celular, e não pela síntese de proteínas.
mento dos genitores. e) (F) Os peroxissomos são organelas que atuam na destrui‑
b) (F) A reprogramação de células adultas em células‑ ção de substâncias tóxicas e na oxidação de lipídios,
-tronco embrionárias é uma técnica estudada atual‑ não sendo responsáveis pela síntese de proteínas.
mente e de grande interesse para clonagem tera‑
pêutica, sendo já aplicada em diversas situações. 04 D
c) (F) A clonagem terapêutica não visa a fins reproduti‑ a) (F) Os toxoides são toxinas produzidas por patógenos
vos, mas sim ao tratamento de doenças por meio que afetam tanto a fase M quanto a fase G1 do ciclo
do uso de células-tronco. celular, de acordo com o esquema. A vincristina não
d) (F) A clonagem reprodutiva de plantas e animais é per‑ pode ser classificada como um toxoide, pois ela é
mitida. Esse avanço biotecnológico pode ser uma um alcaloide da vinca que interfere na formação
ferramenta útil para o manejo de espécies ameaça‑ do fuso mitótico, ou seja, afeta apenas a fase M do
das de extinção, ajudando a aumentar o tamanho ciclo celular.
de suas populações tanto em cativeiro quanto em b) (F) A vincristina não atua bloqueando a síntese de
ambiente natural. DNA, processo que ocorre durante a fase S do ciclo
e) (V) A clonagem reprodutiva humana é proibida, pois fere celular. Portanto, não pode ser classificada como
princípios bioéticos fundamentais, como a dignidade antimetabólico.
do indivíduo, direito à identidade, à segurança, à c) (F) De acordo com o esquema, os produtos naturais
igualdade etc. Assim, se um ser humano for conce‑ empregados como agentes quimioterápicos atuam
bido por meio da técnica de clonagem, além de haver na interfase, período do ciclo celular que com‑
riscos quanto à integridade de sua saúde, também preende a síntese de proteínas e de RNA (G1), a
pode ter sua integridade moral comprometida. duplicação do DNA (S) e a duplicação dos centrío‑
los (G2). A vincristina atua interrompendo a mitose
02 D (M); logo, não pode ser enquadrada nessa catego‑
ria de medicamento.
a) (F) O núcleo contém o material genético da célula
d) (V) A vincristina interrompe a fase M (mitose) do ciclo
eucariótica e é onde ocorre a transcrição do DNA
celular ao se ligar aos microtúbulos, proteínas res‑
em RNA mensageiro. As vacinas de RNAm, porém,
ponsáveis pela organização das fibras do fuso mitó‑
não ativam a transcrição de genes humanos, mas
tico durante a metáfase. Assim, ela pode ser classi‑
sim a tradução de proteínas virais nos ribossomos
ficada como um inibidor mitótico.
da célula hospedeira.
e) (F) Os agentes alquilantes se ligam ao DNA, causando
b) (F) A carioteca, também chamada de envoltório
danos no material genético durante a interfase (G1,
nuclear, corresponde à membrana que separa o
S e G2). Já a vincristina inibe as fibras do fuso mitó‑
núcleo do citoplasma, regulando a troca de molé‑
tico durante a divisão celular, sem afetar o DNA da
culas entre esses dois compartimentos na célula
célula.
eucariótica. A tradução da informação genética
ocorre no citoplasma.
c) (F) Os lisossomos são as organelas responsáveis pela 05 E
digestão intracelular, e não pela tradução do RNA a) (F) A tradução consiste na leitura do RNA mensageiro
mensageiro em proteínas. (RNAm) para a síntese de proteínas. Portanto, não
d) (V) Os ribossomos são as organelas responsáveis pela ocorre a tradução do DNA a partir de uma sequên‑
tradução da informação genética, etapa da síntese cia de RNA.
proteica em que uma fita de RNA mensageiro é lida b) (F) Os ribossomos não estão relacionados ao processo
e traduzida em cadeias polipeptídicas. de recombinação genética entre as bactérias. A
e) (F) A membrana plasmática corresponde à bicamada conjugação é um mecanismo de transferência do
lipoproteica das células em que o RNAm encapsu‑ material genético entre duas bactérias, uma doa‑
lado se funde para entrar no meio intracelular. A tra‑ dora e outra receptora. Ela é mediada pelo plasmí‑
dução da informação genética é um processo pos‑ deo, um fragmento circular de DNA que se replica
terior, que ocorre durante a síntese de proteínas. de modo independente do cromossomo da célula.
145
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
c) (F) A transcrição é o processo pelo qual uma molécula d) (F) Com uma lente ocular de 10x e uma lente objetiva
de RNA mensageiro (RNAm) é formada, utilizando de 50x, obtém-se uma ampliação final de 500x.
como molde uma das fitas do DNA. Para que a sín‑ e) (F) Empregando uma lente objetiva de 100x e uma
tese de proteínas se complete, o RNAm formado lente ocular de 10x, a ampliação final é de 1 000x.
precisa ser traduzido em cadeias polipeptídicas,
processo que ocorre no interior dos ribossomos. 08 A
d) (F) A organela que realiza a secreção de substâncias a) (V) O amido é um polissacarídio de reserva energé‑
produzidas no retículo endoplasmático liso é o tica que corresponde de 60% a 80% dos principais
carboidratos (glicídios) presentes nos tubérculos,
complexo golgiense, e não os ribossomos.
como é o caso da batata, tubérculo com função
e) (V) O ribossomo é a organela que realiza a tradução alimentar mencionado no texto. A batata é um
do RNAm em cadeias polipeptídicas, etapa final da relevante alimento utilizado na dieta dos povos da
síntese proteica. Assim, o bloqueio da função dos maioria dos países.
ribossomos é um mecanismo de ação que pode ser b) (F) A celulose é um polissacarídio estrutural presente
utilizado para o desenvolvimento de novos antibióti‑ na parede das células das plantas. Esse tipo de gli‑
cos, pois irá desencadear a morte das células bacte‑ cídio não serve de alimento para seres humanos.
c) (F) A galactose é um carboidrato simples do tipo
rianas, já que estas não conseguirão fabricar as pro‑
monossacarídio, que não pode ser hidrolisado.
teínas necessárias à manutenção do metabolismo. Esse tipo de carboidrato, apesar de ser comum em
alimentos consumidos por humanos, é importante
para a formação dos dissacarídios, mas não é o
06 A
componente majoritário dos tubérculos.
a) (V) A água fornece o meio adequado para as reações d) (F) O glicogênio é um polissacarídio de reserva para
envolvidas nos processos vitais do organismo. Essa animais e outros organismos, como bactérias e fun‑
substância é um poderoso solvente e está relacio‑ gos. Assim, ele é o principal carboidrato com fun‑
nada a praticamente todas as reações do nosso ção de reserva de energia em células animais; nos
corpo, uma vez que essas reações acontecem em vegetais, o amido exerce essa função. Portanto, os
meio aquoso. tubérculos apresentam elevada concentração de
glicídios, majoritariamente, do tipo amido.
b) (F) As enzimas, e não a água, são responsáveis por
e) (F) A quitina é um polissacarídio estrutural presente na
catalisar as reações metabólicas no organismo, ou
parede celular dos fungos e na carapaça de inse‑
seja, aumentam a velocidade em que uma determi‑ tos. Esse tipo de glicídio tem a estrutura química
nada reação ocorre, de modo que o produto dessa semelhante à da celulose e, por isso, não tem valor
reação seja formado em menos tempo. nutricional para os seres humanos.
c) (F) Carboidratos, lipídios e proteínas são macronu‑
trientes presentes nos alimentos e relacionados ao 09 B
fornecimento de energia, utilizada para as funções
a) (F) Há maior chance de o DNA mitocondrial da mulher
vitais do organismo. avaliada ser proveniente da sua mãe, pois é herdado,
d) (F) Certos lipídios fazem parte da composição das na maioria das vezes, pela linhagem materna.
membranas celulares, que são formadas pela asso‑ b) (V) A transmissão de DNA mitocondrial para o novo indi‑
ciação de lipídios e proteínas (lipoproteínas). víduo (zigoto) se dá por meio do progenitor materno
e) (F) Os lipídios é que formam o tecido adiposo e são (mãe) havendo raríssimas exceções de transmissão
responsáveis por proteger os órgãos contra lesões, pelo progenitor masculino, visto que as mitocôndrias
além de manter a temperatura do corpo e ajudar na presentes no gameta masculino (espermatozoide) se
absorção de algumas vitaminas (A, D, E e K). encontram localizadas em seu flagelo, o qual é per‑
dido no momento em que o espermatozoide se liga
às proteínas da zona pelúcida que envolve o ovócito
07 C secundário. Assim, o DNA mitocondrial tem sido uti‑
a) (F) A ampliação final é dada pelo produto entre a lizado para traçar a história evolutiva humana e rotas
ampliação da lente ocular e a da lente objetiva. migratórias. Dessa forma, o filho da mulher avaliada
Nesse caso, como a lente ocular apresenta uma herdou o material genético dela, sendo possível
ampliação de 10x, uma lente ocular de 4x possibili‑ constatar maior chance de homologia.
taria uma ampliação de somente 40x. c) (F) O DNA mitocondrial é transmitido aos descendentes
geralmente pela mãe. Nesse caso, há maior chance
b) (F) Com uma lente ocular de 10x e uma objetiva de 10x,
de a herança ser proveniente da família materna.
se obtém uma ampliação final dada de somente 100x.
d) (F) O DNA mitocondrial é proveniente da linhagem
c) (V) Para obter a ampliação final indicada no texto, materna, sendo baixíssima a probabilidade de ser
devem-se multiplicar os valores das lentes ocular e passado por homens aos seus filhos.
objetiva. O texto informa que o microscópio apre‑ e) (F) A transmissão do DNA mitocondrial de homens
senta uma lente ocular de 10x. Assim, o estudante para seus descendentes praticamente não ocorre,
deve usar uma lente objetiva de 40x, resultando na pois este provém, na maioria das vezes, da linha‑
ampliação final desejada: 400x. gem materna.
146
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
10 E 12 C
a) (F) A respiração celular ocorre na presença de oxigê‑ a) (F) Apesar de atuar na regulação do sistema imunoló‑
nio, mas não libera essa substância. gico, a vitamina A não é absorvida mediante expo‑
sição ao sol, como descrito no texto.
b) (F) Na fermentação alcoólica, as duas moléculas de
b) (F) A vitamina C, apesar de estar relacionada à regu‑
ácido pirúvico produzidas a partir da glicose são lação do sistema imunológico, não é absorvida
convertidas em álcool etílico (também chamado de devido à exposição ao sol, mas sim pela ingestão
etanol), com liberação de duas moléculas de CO2 de alimentos ricos em vitamina C, não tendo rela‑
e a formação de duas moléculas de ATP. Apesar ção direta com a descrição no texto.
de o álcool ser um dos produtos da fermentação c) (V) O estudo indica que a vitamina D atua na regulação
do organismo contra a infecção por coronavírus,
alcoólica, ele não é responsável pelo crescimento
sendo necessária a exposição ao sol para melhor
da massa. absorção dessa vitamina. Além disso, como é um
c) (F) Na fermentação lática, o ácido pirúvico produzido a micronutriente essencial, é importante o consumo
partir da glicose é convertido em ácido lático pela de alimentos ricos em vitamina D, como salmão,
ação bacteriana (lactobacilos). Essa fermentação sardinha, queijo, gema de ovo e bife de fígado.
é muito comum na produção de iogurtes e quei‑ d) (F) A vitamina E atua como antioxidante, retardando o
jos, mas não é o processo responsável pelo cresci‑ envelhecimento e prevenindo doenças degenera‑
tivas, como a doença de Parkinson. Essa vitamina
mento da massa, que é realizado por leveduras, e
não é absorvida mediante exposição ao sol, con‑
não bactérias.
forme descrito no texto.
d) (F) A respiração celular libera gás carbônico, mas, no e) (F) A vitamina K tem ação anti-hemorrágica e pode ser
interior da massa, não há gás oxigênio, necessário encontrada em alimentos como brócolis, alface e
para que a levedura realize esse processo. espinafre. Essa vitamina não é absorvida mediante
e) (V) Na produção de massas, como pães e pizzas, utili‑ exposição ao sol, conforme descrito no texto.
za-se fermento biológico, que se trata de leveduras,
pertencentes ao reino dos fungos. O fungo consome 13 E
o amido (açúcar) presente na massa, convertendo-o a) (F) Os centríolos são estruturas celulares que partici‑
em álcool etílico e gás carbônico, responsável pelo pam do processo de divisão celular, não possuindo
crescimento da massa. Esse processo biológico é relação com a síntese proteica, portanto seu funcio‑
conhecido como fermentação alcoólica. namento não seria prejudicado pela atividade bio‑
lógica apresentada pela proteína descrita no texto.
b) (F) Os lisossomos apresentam a função de digestão
11 D celular, não havendo correlação com o bloqueio da
a) (F) O texto descreve que a enzima atua com maior síntese proteica.
velocidade em pH ácido e degrada proteínas. c) (F) A membrana plasmática delimita e regula a passa‑
Assim, a enzima no frasco não pode ser a catalase, gem de substâncias entre os meios extra e intrace‑
lular, porém não há síntese proteica nessa estrutura.
pois ela atua em pH neutro e degrada peróxido de
d) (F) Os peroxissomos são vesículas que apresentam
hidrogênio. enzimas que decompõem o peróxido de hidrogê‑
b) (F) Os resultados obtidos indicam que a enzima no nio. Nesse caso, a síntese proteica não se relaciona
frasco não pode ser a lipase, pois ela atua em pH diretamente com esta organela.
básico e degrada lipídios. e) (V) O texto esclarece que a substância age na síntese
c) (F) O texto descreve que a enzima atua com maior de proteínas da célula. Assim, nesse caso, a ação
velocidade em pH ácido e degrada proteínas e, dessa biomolécula está diretamente relacionada
assim, não se trata da maltase. Apesar de atuar em aos ribossomos, que são as organelas responsáveis
por esse processo.
pH ácido, a maltase degrada carboidratos.
d) (V) O teste indicou que a enzima atua com maior velo‑
14 B
cidade em meio de pH ácido e degrada proteínas.
A pepsina é uma enzima produzida pelas paredes a) (F) O príon é uma proteína e, consequentemente, não
do estômago, que atua na digestão de alimentos, possui material genético do tipo RNA. Assim, não
catalisando a quebra das ligações peptídicas e é possível a síntese dessas moléculas proteicas por
meio da replicação do RNA.
transformando as moléculas grandes de proteínas
b) (V) Os príons são proteínas e, consequentemente, não
em pequenas cadeias peptídicas. Essa ação catalí‑
têm material genético. Contudo, essas moléculas
tica só ocorre em meio ácido. Portanto, a enzima no proteicas alteradas são produzidas por meio do
frasco é a pepsina. processo normal de síntese proteica, que ocorre
e) (F) O resultado do teste indica que a enzima atua em em duas fases: a transcrição do DNA, que resulta
pH ácido e degrada proteínas. Assim, o conteúdo do na síntese de RNA mensageiro, e a tradução pelos
frasco não pode ser identificado como tripsina, pois ribossomos. Portanto, essas proteínas são produzi‑
ela atua em pH neutro, apesar de degradar proteínas. das de forma alterada devido à mutação do gene.
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18 A 21 D
a) (V) Excretas que não foram filtradas no glomérulo e se a) (F) Osteoide é a matriz óssea orgânica ainda não mine‑
encontram na corrente sanguínea são eliminadas no ralizada, formada a partir de osteoblastos.
túbulo contorcido distal. Como a concentração des‑ b) (F) Os osteócitos são responsáveis pela manutenção
sas excretas é maior no túbulo renal do que na circu‑ da matriz óssea. Formam-se a partir dos osteoblas‑
lação sanguínea, trata-se de um transporte ativo. tos e ficam localizados em lacunas no interior da
b) (F) A filtração glomerular é determinada pela pressão matriz óssea, depositada pelos osteoblastos.
hidrostática da cápsula glomerular; desse modo, c) (F) Os osteoclastos são responsáveis pela reabsorção
não exemplifica um transporte ativo. óssea e pela remodelagem do tecido ósseo.
c) (F) O transporte de água pela alça néfrica ocorre por d) (V) Os osteoblastos são responsáveis pela produção da
osmose. matriz óssea. Eles sintetizam colágeno, que compõe
d) (F) O transporte de água no duto coletor ocorre por
a parte orgânica da matriz óssea e confere elastici‑
osmose pela influência do hormônio ADH.
dade ao osso, e armazenam fosfato de cálcio, que
e) (F) Os dutos coletores se conectam aos ureteres; desse
mineraliza a matriz óssea. Em pessoas afetadas pela
modo, a urina flui sem atravessar membranas, ocor‑
rendo, portanto, transporte por fluxo de massa. patologia descrita no texto, a matriz óssea é sinte‑
tizada de forma incorreta, produzindo moléculas
19 B anormais de colágeno do tipo I e, assim, é mais sus‑
cetível aos processos de reparação. Os osteoclastos
a) (F) O peptidoglicano é um componente da parede celu‑
lar bacteriana. O aumento da concentração livre desse removem as fibras anormais de colágeno, reduzindo
composto no meio de cultura indica rompimento da ainda mais a quantidade de osso. Os osteoblastos,
estrutura (lise celular) por ação do bactericida, não por sua vez, têm dificuldade em sintetizar e transferir
tendo relação com o processo de divisão binária. as moléculas para o exterior da célula.
b) (V) As bactérias morrem por lise, afinal a parede celu‑ e) (F) Osteoprogenitoras são células em repouso ou de
lar desses organismos é composta por peptidogli‑ reserva que, quando estimuladas, podem se trans‑
cano, e a presença desta substância livre no meio formar em osteoblastos.
de cultura indica que houve ruptura da parede celu‑
lar por ação de um antibiótico bactericida.
22 B
c) (F) O peptidoglicano não provém do citoplasma das
bactérias que sofrem lise com o antibiótico, mas a) (F) Os soros promovem imunização passiva, uma vez
sim da parede celular desses organismos. que consistem na inoculação de anticorpos pre‑
d) (F) O peptidoglicano é o componente estrutural da viamente produzidos em outro organismo. Assim,
parede celular de bactérias, portanto o aumento da difere da descoberta de Jenner, que se trata de um
concentração desse composto no meio de cultura mecanismo de prevenção imunizante ativo, que
indica lise dessa estrutura por antibiótico bacteri‑ estimula a produção de anticorpos pelo organismo.
cida, sem relação com a síntese proteica. b) (V) Os resultados do experimento de Jenner possibi‑
e) (F) O peptidoglicano é o componente estrutural da litaram a descoberta das vacinas, que são imuni‑
parede celular de bactérias, portanto o aumento zantes ativos capazes de estimular a produção de
da concentração desse composto indica lise dessa anticorpos por meio da inoculação de antígenos
estrutura por antibiótico bactericida, sem relação mortos ou atenuados.
com a divisão binária. c) (F) Antibióticos são medicamentos utilizados no trata‑
mento de infecções bacterianas e não agem como
20 C imunizantes. O primeiro antibiótico foi produzido
graças aos trabalhos de Alexander Fleming.
a) (F) Queijos são alimentos de origem animal, derivados d) (F) Analgésicos são medicamentos utilizados para alí‑
do leite e ricos em gorduras saturadas, por isso é vio da dor. Os resultados do experimento de Jen‑
importante evitar o seu consumo excessivo. Con‑ ner possibilitaram o desenvolvimento de um pro‑
tudo, as leguminosas constituem uma fonte rica em cesso de imunização.
proteína vegetal e não aumentam o risco de doen‑ e) (F) A pesquisa de Jenner demonstrou que há possibili‑
ças cardiovasculares. dade de imunização, prevenindo o desenvolvimento
b) (F) Os pães produzidos com farinha de trigo refinada da varíola. Portanto, não há relação entre seus resul‑
devem ser evitados. Porém, os cereais integrais, tados e o desenvolvimento de antirretrovirais, que
ricos em fibras e nutrientes, são benéficos para o são fármacos utilizados em tratamentos para retroví‑
sistema cardiovascular. rus, como o HIV.
c) (V) A carne bovina e o leite integral são alimentos de
origem animal, ricos em gorduras saturadas, por
isso deve-se evitar consumi-los em excesso. 23 B
d) (F) Os peixes e as sementes oleaginosas possuem áci‑ a) (F) A hipóxia silenciosa não está relacionada à coagu‑
dos graxos insaturados, benéficos para o organismo. lação sanguínea.
e) (F) A gordura de origem animal é saturada, por isso b) (V) A hipóxia silenciosa consiste na queda perigosa do
deve ser evitada. Os óleos vegetais são fonte de nível de oxigênio no sangue, tornando necessária a
ácidos graxos insaturados e não aumentam o risco utilização de métodos de aporte de oxigênio, que
de doenças cardiovasculares. ajudam a recuperar a saturação desse gás no sangue.
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Ciências da Natureza e suas Tecnologias
d) (F) O texto não descreve condições relacionadas ao c) (F) O parasitismo é uma relação desarmônica em que
parasitismo, que é uma interação interespecífica uma das espécies se beneficia do hospedeiro, cau‑
na qual uma espécie obtém recursos de seu hos‑
sando danos a ele. Essa não é a relação que des‑
pedeiro sem matá-lo, na maioria dos casos. A com‑
petição é a luta por recursos que não existem em creve a interação que beneficia tanto as microalgas,
quantidade suficiente para todos no ambiente. que encontram o ambiente perfeito para sua prolife‑
e) (F) O texto não menciona interações relacionadas ao ração, quanto os humanos, que direcionam o meta‑
mutualismo, que é a associação de duas espécies bolismo desses microrganismos para a redução dos
no qual ambas se beneficiam. Além disso, informa
efeitos negativos dos contaminantes emergentes.
que não há na região espécies capazes de promo‑
ver a predação dos roedores. d) (V) A protocooperação consiste em uma relação eco‑
lógica do tipo harmônica interespecífica na qual
08 E ocorre o benefício mútuo sem obrigatoriedade, ou
a) (F) A nomenclatura do tipo trinomial é considerada seja, a ausência de interação não afeta as duas espé‑
correta para descrever a espécie utilizando a regra cies, porém ambas se beneficiam com a interação. A
de o primeiro nome corresponder ao gênero e o
técnica descrita no texto, que utiliza a biorremedia‑
segundo corresponder à espécie à qual o grupo
pertence, mas o terceiro nome tem o objetivo de ção no tratamento de água, baseia-se nessa relação
descrever a subespécie. ecológica, pois a espécie humana direciona o meta‑
b) (F) A nomenclatura do tipo trinomial é utilizada para bolismo das microalgas para remover ou reduzir a
descrever a espécie utilizando a regra de o primeiro
toxicidade dos contaminantes, ao mesmo tempo
nome corresponder ao gênero, o segundo corres‑
ponder à espécie à qual o grupo pertence e o ter‑ que fornece fatores de crescimento para esses orga‑
ceiro nome ter o objetivo de descrever a subespécie. nismos unicelulares.
c) (F) A nomenclatura proposta por Lineu para designar e) (F) A sociedade é uma relação harmônica em que
espécie é formada por dois nomes como forma de indivíduos de uma mesma espécie se organizam
padronizar o nome dessas espécies. O primeiro
de modo cooperativo, não se aplicando ao trata‑
nome corresponde ao gênero, escrito com a pri‑
meira letra em maiúsculo, e o segundo nome, que mento descrito no texto, que envolve uma relação
corresponde à espécie, é escrito com as letras em interespecífica.
minúsculo.
d) (F) A nomenclatura proposta por Lineu para a classifi‑
10 B
cação de espécie é composta por dois nomes, em
que o primeiro corresponde ao gênero e é escrito a) (F) A amonificação é o processo de conversão do gás
com a primeira letra em maiúsculo, e o segundo nitrogênio em amônia, diferente do proposto pelo
corresponde à espécie e é escrito com as letras texto, que indica a ação de microrganismos que
em minúsculo.
degradam os nitratos, liberando gás nitrogênio
e) (V) A nomenclatura proposta por Lineu como forma de
padronizar o nome de espécies é do tipo binomial, na atmosfera.
em que o primeiro nome corresponde ao gênero b) (V) A desnitrificação ocorre pela redução do nitrato (NO3–)
e é escrito com a primeira letra em maiúsculo, e o do solo, produzindo gás nitrogênio (N2). Portanto,
segundo nome corresponde ao epíteto específico,
essa é a etapa do ciclo do nitrogênio que pode pro‑
nome que caracteriza a espécie, sendo escrito com
as letras em minúsculo. mover o controle do teor de nitrogênio no solo.
c) (F) A nitratação ocorre pela oxidação do nitrito (NO2–) a
09 D nitrato (NO3–), que, em excesso, favorece o processo
a) (F) O comensalismo é uma relação do tipo harmô‑ de eutrofização.
nica na qual uma espécie se aproveita dos restos d) (F) A nitrificação disponibiliza nitrato (NO3–) e nitrito
alimentares de outra, sem causar prejuízo a esta.
(NO2–) no solo. Portanto, esse processo aumenta a
Como o tratamento descrito no texto se trata de
uma interação de benefício mútuo, não pode ser concentração de compostos nitrogenados no solo,
classificada como uma relação de comensalismo. contribuindo para a eutrofização do ecossistema.
b) (F) O inquilinismo é uma relação ecológica do tipo e) (F) A nitrosação é a oxidação da amônia (NH3) ou amô‑
harmônica interespecífica em que uma única espé‑ nio (NH+4 ) a nitrito (NO2–). Assim, aumenta a disponi‑
cie se beneficia utilizando a outra como abrigo e
bilidade desses compostos nitrogenados no solo e,
sem causar prejuízo a esta. Esse tipo de relação não
corresponde à interação que ocorre na técnica de portanto, não é a etapa responsável pelo controle
tratamento de água descrita no texto. do processo de eutrofização.
157
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
11 D 13 D
a) (F) Os remédios não devem ser descartados com mate‑ a) (F) Nas plantas vasculares, a fase de esporófito é a
riais recicláveis, pois a coleta seletiva, o armazena‑ dominante, tendo o gametófito a função de produ‑
mento, o transporte, o tratamento e a destinação ção e fusão dos gametas.
desses medicamentos seguem normas específicas, b) (F) A fase esporofítica, dominante nas plantas pteri‑
não atendidas pela coleta regular de recicláveis. dófitas, favorece a adaptação desses indivíduos ao
b) (F) Os medicamentos não devem ser enterrados para meio terrestre devido à maior variabilidade gené‑
que não haja a contaminação do solo e dos orga‑ tica decorrente da diploidia.
nismos que vivem naquele ambiente, além da pos‑ c) (F) A fase de gametófito, dominante nas briófitas, não
sibilidade de contaminação dos lençóis freáticos. favorece a adaptação dos organismos ao meio
c) (F) Muitos medicamentos não são degradados no devido à pouca variabilidade genética resultante
processo de compostagem e podem contaminar o da haploidia.
ambiente onde os produtos da compostagem são d) (V) A fase esporofítica é dominante em pteridófitas,
utilizados como adubo. que são grupos de plantas mais evoluídos do que
d) (V) O descarte de medicamentos é regulamentado por as briófitas, dando mais chances de variabilidade
órgãos como o CONAMA − Conselho Nacional de genética a esses organismos, tornando-os mais
Meio Ambiente, a ANVISA – Agência Nacional de adaptados ao meio terrestre.
Vigilância Sanitária e o SVS/MS − Serviço de Vigilân‑ e) (F) A alternância de gerações entre as plantas está relacio‑
cia em Saúde/Ministério da Saúde e segue regras nada à evolução desses seres e à adaptação ao meio
para prevenir a contaminação do meio ambiente e terrestre. Além disso, apenas as briófitas apresentam
intoxicações de seres vivos. Esse descarte deve ser a fase de gametófito como fase dominante. Todos
feito em pontos de coleta específicos presentes em os outros grupos de plantas apresentam o esporófito
postos de saúde e farmácias, o que é chamado de como fase mais duradoura do ciclo de vida.
logística reversa.
e) (F) Descartar medicamentos em água corrente ou em 14 A
vasos sanitários pode contaminar a água e, con‑ a) (V) Os tecidos meristemáticos listados no texto são o
sequentemente, os organismos aquáticos. Além câmbio vascular e o felogênio. Eles possibilitam o
disso, diversas substâncias podem se acumular no crescimento secundário da planta, que é verificado
meio ambiente. Mesmo quando o esgoto é tra‑ no crescimento lateral do caule, espessando-o.
tado, as estações de tratamento não conseguem b) (F) A produção de matéria orgânica ocorre nos tecidos
remover completamente os resíduos, e isso pode que realizam fotossíntese, ou seja, nos parênqui‑
ser prejudicial aos seres vivos. mas clorofilianos.
c) (F) As auxinas apresentam transporte polarizado, ou
12 D seja, são produzidas no ápice caulinar, de onde são
a) (F) O texto descreve uma relação harmônica em que distribuídas, sendo que os tecidos meristemáticos
bactérias e células eucarióticas são beneficiadas listados no texto se encontram nas regiões lenho‑
pela interação. Contudo, o comensalismo é uma sas do caule.
relação harmônica interespecífica, geralmente d) (F) O alongamento longitudinal da planta é decor‑
relacionada à alimentação, na qual apenas um dos rente de seu crescimento primário. Entretanto, o
envolvidos é favorecido. texto descreve meristemas relacionados ao cresci‑
b) (F) O esclavagismo é uma relação desarmônica em mento secundário.
que um organismo se beneficia do trabalho de e) (F) Os tecidos de reserva são do tipo parênquimas.
outro. Ao contrário, o texto descreve que a relação No entanto, o câmbio produz tecidos condutores,
entre bactérias e células era harmônica. e o felogênio produz o revestimento secundário
c) (F) O inquilinismo é um tipo de relação ecológica har‑ do vegetal.
mônica entre organismos de diferentes espécies,
na qual apenas uma delas é beneficiada, obtendo 15 A
vantagens em relação à outra espécie associada, a) (V) Segundo o Princípio de Gause, ou Princípio da
como abrigo e defesa, sem lhe causar prejuízo. Exclusão Competitiva, duas espécies de uma
Entretanto, o texto descreve uma relação em que mesma comunidade biológica que exploram nichos
há benefício mútuo entre bactérias e células. ecológicos parecidos não podem coexistir devido
d) (V) No mutualismo, ocorre uma relação ecológica har‑ à pressão evolutiva exercida pela competição por
mônica interespecífica em que as espécies envol‑ recursos menos disponíveis no meio. Depois de um
vidas são beneficiadas pela interação de forma determinado período, a tendência é que uma delas
necessária à sobrevivência. Como o texto descreve desapareça, migre para outro território ou modifi‑
uma relação de mutualismo entre as bactérias e as que seu nicho ecológico.
células, esta é a alternativa correta. b) (F) A espécie invasora não será, obrigatoriamente, a
e) (F) O parasitismo é uma relação interespecífica desar‑ que desaparecerá de um determinado ambiente
mônica em que um organismo obtém recursos na exclusão competitiva.
provenientes de um hospedeiro, prejudicando-o. c) (F) A espécie residente não será, obrigatoriamente, a
Porém, o texto descreve uma relação ecológica em que desaparecerá de um determinado ambiente na
que bactérias e células são beneficiadas. exclusão competitiva.
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Ciências da Natureza e suas Tecnologias
d) (F) A Cuscuta racemosa não realiza fotossíntese e, d) (V) O controle biológico é o uso de predadores ou
por isso, sua sobrevivência depende da sucção da parasitas naturais para controlar pragas, possuindo
seiva elaborada do hibisco, composta de nutrientes a vantagem de reduzir o uso de agrotóxicos nas
orgânicos. Além disso, ela não oferece proteção à plantações de forma sustentável. Portanto, as eta‑
outra espécie. Pelo contrário, a espécie hospedeira
pas descritas no texto se referem à técnica de con‑
sofre apenas prejuízos. Portanto, a relação descrita
no texto não se trata de mutualismo facultativo, em trole biológico.
que ambos os indivíduos se beneficiariam. e) (F) O melhoramento genético é a seleção de organis‑
e) (F) Por não ter pigmento fotossintético (clorofila), a mos domésticos com arranjos de características
Cuscuta racemosa depende da sucção de seiva genéticas específicas a partir de cruzamentos pla‑
elaborada de outras espécies. A extração dos nejados com uma finalidade. Essa técnica se dis‑
nutrientes orgânicos dos vasos condutores envolve tancia da descrita no texto, que emprega espécies
prejuízo para o hibisco. Portanto, a relação descrita
existentes na natureza para controlar pragas.
no texto não se trata de mutualismo obrigatório, na
qual a relação entre os indivíduos envolve benefí‑
cios para ambos e é obrigatória para a sobrevivên‑ 22 E
cia de pelo menos um dos envolvidos. a) (F) O aquecimento da água somente não é capaz de
causar a floração de algas, pois é necessário tam‑
20 E bém haver acúmulo excessivo de nutrientes na água.
a) (F) Ao longo de uma sucessão ecológica, ocorre a b) (F) A poluição térmica não desencadeia o processo de
redução da produtividade primária líquida. Dessa eutrofização, e sim o aporte excessivo de nutrientes.
forma, na faixa inicial de 3 anos (comunidade pio‑ c) (F) Com o aumento da temperatura, ocorre a diminui‑
neira), a produtividade primária líquida será a maior.
ção da concentração de gases dissolvidos na água.
b) (F) Aos 20 anos, a sucessão se encontra em um está‑
gio intermediário. Desse modo, sua produtividade Além disso, a mortandade de peixes é favorecida
primária líquida será maior que nos estágios finais pela baixa concentração de gás oxigênio na água.
da sucessão. d) (F) Com o aumento da temperatura, há o aumento da
c) (F) Em 30 anos, a sucessão estará em um estágio inter‑ taxa metabólica dos organismos, acarretando maio‑
mediário, sendo que a menor produtividade primá‑ res gasto energético e consumo de oxigênio e, con‑
ria líquida ocorre na comunidade clímax. sequentemente, maior sensibilidade aos efeitos dos
d) (F) A faixa de 50 anos constitui um estágio intermediá‑ poluentes.
rio. Nesse caso, a produtividade primária líquida
e) (V) A elevação da temperatura da água causa maior
deverá ser maior que a do próximo estágio, quando
a comunidade atinge o clímax. desprendimento do gás oxigênio do ecossistema
e) (V) A produtividade primária líquida (PPL) é dada pela aquático para a atmosfera, promovendo, então, a
diferença entre a fotossíntese e a respiração da redução da pressão parcial do oxigênio e a morte de
comunidade, sendo que, ao longo de uma suces‑ organismos aeróbicos, como os peixes.
são ecológica, ocorre uma redução dos valores da
PPL. Nesse caso, na faixa de 80 anos, quando a
23 A
imagem representa uma comunidade clímax, com
aumento da altura total das árvores, da biomassa a) (V) Devido ao desmatamento, a ciclagem de nitrogê‑
vegetal e da diversidade de espécies na floresta, nio e fósforo por meio da decomposição de matéria
ocorre a menor PPL. orgânica é prejudicada e, assim, é difícil que novas
plantas consigam surgir e amenizar o processo de
21 D desertificação.
a) (F) Na clonagem, organismos geneticamente idên‑ b) (F) O nitrogênio e o fósforo não são produzidos na
ticos são obtidos a partir do material genético de fotossíntese.
células somáticas, não havendo correlação com o c) (F) O nitrogênio e o fósforo não são degradados pelas
texto, que descreve o uso de inimigos naturais no altas temperaturas do clima da Caatinga, mas dimi‑
controle de pragas. nuem pela falta de matéria orgânica causada pelo
b) (F) A transgenia é um processo de produção de orga‑ desmatamento.
nismos geneticamente modificados que consiste
d) (F) O desmatamento causa a redução, e não a forma‑
na inserção de genes de interesse em uma espécie.
ção, de nitrogênio e fósforo.
Essa técnica se distancia do texto, que menciona o
emprego de espécies naturais com potencial para e) (F) Esses nutrientes são obtidos pelos animais, na
controle de pragas. maioria dos casos, a partir da predação e herbi‑
c) (F) A hibridização é o cruzamento de espécies distin‑ voria, e não retirados diretamente do solo. Assim,
tas, diferindo do processo mencionado no texto, esse fator não é o mais relevante para justificar o
que utiliza espécies naturais existentes para o con‑ baixo teor desses nutrientes no solo dos núcleos de
trole de pragas. desertificação.
160
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04 E 06 B
a) (F) Embora a zika seja uma doença transmitida pela a) (F) As plantas geneticamente modificadas são pro‑
picada do mosquito Aedes aegypti e manifeste duzidas pela tecnologia do DNA recombinante,
alguns dos sintomas apresentados no texto, como desenvolvida no final do século XX. Ou seja, esta
não foi uma contribuição direta dos trabalhos de
febre e dor de cabeça, ainda não se tem aprovada
Mendel, que descreveram padrões hereditários.
uma vacina que possa combater a doença. b) (V) Os trabalhos de Mendel permitiram entender,
b) (F) Apesar de a malária ser transmitida pela picada da mesmo sem conhecimentos sobre o DNA e os cro‑
fêmea de mosquitos do gênero Anopheles e apre‑ mossomos, como funcionava o padrão básico para
sentar sintomatologia semelhante à descrita, trata‑ a transmissão de características ao longo das gera‑
-se de uma protozoose causada pelo parasita do ções, sendo base da fundação da Genética a partir
gênero Plasmodium. do campo da hereditariedade.
c) (F) Apesar de Mendel ter trabalhado com fecundação
c) (F) A dengue, juntamente com a zika, a chikungunya e
de ervilhas de forma bastante meticulosa como
a febre amarela, constitui o grupo de viroses trans‑ parte da metodologia, o processo de autofecunda‑
mitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti. ção não era o foco de seu trabalho. Sua principal
No entanto, dentre essas quatro viroses, só há vacina contribuição foi identificar o padrão de herança
aprovada contra a febre amarela. Portanto, a estraté‑ entre os indivíduos.
gia de preservação da saúde pela vacinação ainda d) (F) O modelo da estrutura do DNA só foi proposto
não é possível para a dengue. posteriormente, na década de 50, pelo trabalho de
Rosalind Franklin e de Watson e Crick.
d) (F) A febre tifoide é uma doença causada pela bactéria
e) (F) A descoberta do DNA como material genético se
Salmonella enterica, que é transmitida pela inges‑ deu apenas na década de 40, após os trabalhos de
tão de alimentos ou água contaminados. Griffith, Avery, MacLeod e McCarty, corroborados
e) (V) A febre amarela é uma doença que é transmitida pela pela pesquisa de Hershey e Chase.
picada de mosquitos. No ciclo urbano, a doença pode
ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e 07 B
Aedes albopictus, enquanto, no ciclo silvestre, os a) (F) Os tipos sanguíneos do sistema ABO são definidos
vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e apenas por um único gene.
Sabethes. Nessa situação, os macacos se tornam b) (V) A herança do sistema ABO é dada por um único
amplificadores da doença, que se agrava pelo des‑ gene, que, conforme descrito no texto, apresenta
três alelos distintos na população: IA, IB e i. Portanto,
matamento do seu hábitat. Assim, é importantís‑
trata-se de um caso de alelos múltiplos, ou poliale‑
simo ações para combater a destruição de florestas.
lia.
Além disso, a febre amarela pode ser controlada c) (F) O sistema ABO é definido por um único gene, com
por meio da vacinação de pessoas e macacos em apenas um locus cromossômico, não constituindo,
áreas de risco. assim, uma situação de ligação gênica.
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Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Como o pai não apresenta histórico familiar de ane‑ d) (F) Anti-helmínticos são remédios para parasitoses de
mia falciforme, dificilmente ele apresenta o alelo vermes como platelmintos e nematódeos. Os gli‑
recessivo S da doença e, provavelmente, é homozi‑ cocorticoides, por sua vez, são descritos no texto
goto dominante AA. Já a mãe manifesta a doença como fármacos que atuam contra uma resposta
e, por isso, apresenta genótipo recessivo SS. Nesse
inflamatória, e não contra parasitas.
caso, o cruzamento genético é:
e) (V) Os glicocorticoides são supressores da resposta
S S imunológica e, sendo assim, podem bloquear a
chamada “tempestade de citocinas”, associada a
A AS AS
uma resposta inflamatória causada por infecções.
A AS AS
18 D
Como resultado, todos os filhos serão heterozigo‑
tos. Contudo, como a doença tem caráter reces‑ a) (F) O genoma representa a informação genética com‑
sivo, nenhum desenvolverá o quadro de anemia pleta do organismo, sendo que gêmeos monozigó‑
falciforme. ticos possuem essencialmente o mesmo genoma.
Já o fenótipo representa as características obser‑
16 D váveis do organismo resultantes da expressão dos
a) (F) Devido à ausência de estrutura celular, os vírus são seus genes sob influência dos fatores ambientais,
considerados parasitas intracelulares obrigatórios sendo que o texto descreve mudanças nas carac‑
por não possuírem metabolismo próprio. terísticas do gêmeo enviado ao espaço.
b) (F) Uma característica essencial dos vírus é que são
b) (F) As diferentes condições ambientais às quais os
organismos que não apresentam estrutura celular,
gêmeos astronautas foram submetidos são capa‑
sendo sua estrutura formada basicamente por pro‑
zes de influenciar seu fenótipo, porém o ambiente
teínas e ácido nucleico.
c) (F) Para expressar seu genoma e sintetizar proteínas, não afeta o genótipo desse modo, sendo que, por
os vírus necessitam das estruturas da célula para‑ serem gêmeos monozigóticos, ambos deverão ter
sitada, tais como ribossomos. Portanto, sem uma o mesmo genótipo.
célula hospedeira, não há síntese independente c) (F) As modificações nas características do astronauta
dessas substâncias. submetido ao espaço representam fenótipos distin‑
d) (V) A evolução é o processo característico dos seres tos do gêmeo que permaneceu na Terra. Além disso,
eucariontes e procariontes, pois, ao longo das gera‑
gêmeos monozigóticos têm o mesmo genoma.
ções, diversos fatores podem promover alterações
d) (V) O genótipo se relaciona com o conjunto de genes
nas frequências gênicas e, consequentemente, nas
características das populações. Os vírus também do organismo. Nesse caso, gêmeos monozigóti‑
passam pelos mesmos mecanismos que possibili‑ cos, independentemente das condições ambien‑
tam a adaptação a variadas condições. tais, apresentam o mesmo genótipo. As mudan‑
e) (F) Diversos vírus, como o HIV e o SARS-CoV-2, pos‑ ças nas características apresentadas pelo gêmeo
suem genoma na forma de RNA, e não de DNA. astronauta que foi à estação espacial são altera‑
Além disso, células procariontes e eucariontes ções em seu fenótipo em função do ambiente.
podem ter também RNA. e) (F) Ambos os irmãos gêmeos apresentam o mesmo
genótipo. As diferenças entre eles quanto às carac‑
17 E
terísticas observáveis mencionadas no texto repre‑
a) (F) O texto e o enunciado apontam que o medicamento
sentam alterações no fenótipo.
é o glicocorticoide, sendo que esse medicamento
não possui ação antibiótica, ou seja, não atua espe‑
cificamente contra infecções bacterianas. 19 B
b) (F) Antirretrovirais são medicamentos que atuam blo‑ a) (F) Provavelmente, o aluno considerou, equivocada‑
queando a transcrição reversa (síntese de DNA por mente, o tipo sanguíneo receptor universal como
uma molécula de RNA), não sendo, portanto, um gli‑ O negativo. A probabilidade de o segundo filho ter
cocorticoide.
1 1
c) (F) Compreende-se por antiparasitários medicamentos tipo sanguíneo O é de e de ser Rh− é de . Assim,
4 4
que atuam sobre infecções do tipo protozooses e
helmintíases, sendo que o texto descreve um glico‑ 1 1 1
calculou: 0, 0625 , ou 6,25%.
corticoide de ação de supressão da resposta imune. 4 4 16
165
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b) (V) Considerando o sistema ABO, o filho primogênito d) (V) O texto e a imagem indicam que a doença é uma
com tipo sanguíneo O é homozigoto recessivo (ii) bacteriose, ou seja, é causada por bactérias. Assim,
e, assim, seu pai A deve ser heterozigoto (IAi) e sua recomenda-se a utilização de antibióticos no trata‑
mãe B deve ser heterozigoto (IBi). Quanto ao fator mento dessa planta, reduzindo as perdas comer‑
Rh, o filho primogênito é Rh negativo (rr) e tanto o ciais causadas pela ação desses microrganismos.
pai como a mãe são Rh positivo e, consequente‑ e) (F) A doença descrita no texto é causada por bactérias,
mente, são heterozigotos (Rr). Assim, o cruzamento e os anti-helmínticos são empregados no tratamento
dos genes do casal fornece os seguintes genótipos: de doenças causadas por parasitas, portanto o uso
desses medicamentos para o tratamento da doença
IAi × IBi IB i
apresentada no texto-base não seria efetivo.
IA IAIB IAi
21 C
i IBi ii
a) (F) O período de latência ocorre quando os sintomas
Rr × Rr R r iniciais manifestados no paciente desaparecem,
porém ele ainda está infectado, podendo ter novas
R RR Rr
recaídas ou fases sintomáticas subsequentes.
r Rr rr b) (F) O período infeccioso ocorre quando o paciente
é capaz de liberar as formas contaminantes do
Os quadros indicam que a probabilidade de o agente causador, sendo possível transmiti-las a
1 outros indivíduos. Logo, esse período não necessa‑
segundo filho ter tipo sanguíneo AB é de e de
4 riamente converge com a fase antes dos sintomas,
3
ser Rh positivo é de . Portanto, para determinar descrita no texto.
4
c) (V) O texto descreve o período de incubação, que se
a probabilidade de o segundo filho ser receptor
universal (tipo sanguíneo AB positivo), calcula-se: refere ao intervalo entre o momento da exposição
1 3 3 do indivíduo ao agente infeccioso até o início dos
0,1875 , que corresponde a 18,75%. primeiros sinais e sintomas clínicos da doença.
4 4 16
d) (F) O “período de transmissão” não é muito preciso,
c) (F) Nesse caso, o aluno considerou, equivocadamente, mas pode ser entendido como o período em que
apenas a probabilidade referente ao sistema ABO, o paciente infectado é capaz de transmitir o pató‑
1 geno da doença. Portanto, não corresponde ao
chegando a = 0, 25, ou 25%.
4 período descrito no texto.
d) (F) Provavelmente, o aluno calculou equivocadamente e) (F) O período convalescente se refere ao estado de
a probabilidade de o segundo filho nascer com o recuperação do paciente após uma condição pato‑
tipo sanguíneo AB positivo ao considerar que os lógica, ou seja, após ter sofrido os sinais e sintomas
genótipos IAi e IBi seriam incluídos na probabilidade de uma doença. Contudo, o período descrito no
de que ele apresentasse o fenótipo AB, obtendo:
texto indica um estágio pré-sintomático.
3 3 9
0, 5625 , ou 56,25%.
4 4 16
e) (F) Nesse caso, o aluno considerou, equivo‑ 22 D
cadamente, apenas a probabilidade refe‑
a) (F) O protozoário causador da malária não tem um
3
rente ao fator Rh, chegando a = 0, 75, hospedeiro intermediário e não é transmitido por
ou 75%. 4
meio de água contaminada. As medidas men‑
cionadas seriam eficientes para doenças como a
20 D esquistossomose.
a) (F) A doença descrita no texto é causada por bactérias. b) (F) O saneamento básico é uma medida eficiente para
No entanto, a utilização de fungicidas é para o tra‑ prevenir doenças transmitidas por meio de água
tamento de doenças causadas por fungos. contaminada, mas isso não ocorre com a malária.
b) (F) A doença descrita no texto é causada por bactérias, Além disso, o uso de sapatos em locais onde há
enquanto a utilização de herbicidas é aplicada no suspeita de contaminação evita o contágio por anci‑
tratamento de ervas daninhas, que competem por lóstomos que provocam a doença conhecida como
nutrientes com as plantas do cultivo. amarelão (ancilostomose), mas não evita a malária.
c) (F) A doença descrita no texto e exemplificada na ima‑
c) (F) A malária não é transmitida por alimentos contami‑
gem é causada por bactérias, portanto a utilização
de inseticidas não seria adequada para o trata‑ nados, mãos ou objetos sujos. A higienização das
mento da bacteriose. Contudo, utilizam-se insetici‑ mãos e dos alimentos e a fervura de roupas íntimas
das para a eliminação de insetos que causam danos e de lençóis são eficientes para prevenir a entero‑
às plantas. biose, ou oxiurose.
166
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
d) (V) A malária é causada por protozoários do gênero d) (V) As heranças pseudoautossômicas possuem locus na
Plasmodium e é transmitida por meio da picada de região homóloga entre os cromossomos X e Y. Ape‑
fêmeas do mosquito Anopheles infectadas. Para pre‑ sar de estarem no par alossômico, essas heranças
venir essa doença, é importante adotar medidas que afetam homens e mulheres na mesma proporção.
e) (F) As heranças influenciadas pelo sexo ocorrem
controlem a população desses mosquitos, como a
quando heranças autossômicas afetam homens e
eliminação de criadouros, e que evitem a picada do mulheres em diferentes proporções. No entanto, o
inseto, como o uso de repelentes, de telas em portas texto evidencia que o gene SHOX não possui locus
e janelas e de mosquiteiros nas camas. entre os pares autossômicos, mas entre os cromos‑
e) (F) Ainda que algumas das medidas citadas, como o somos X e Y.
controle da população de vetores, a proteção de
portas e janelas com telas e o uso de mosquiteiros, 25 A
sejam eficientes para prevenir a malária, a higiene na a) (V) A E. coli causa diarreias e produz as enterotoxinas
produção de caldos de cana-de-açúcar e açaí não é que estimulam a liberação da água do intestino nas
uma medida adotada para controle da malária, e sim fezes; assim, esse organismo é empregado na pes‑
quisa para produção de drogas contra a prisão de
da Doença de Chagas, transmitida por barbeiros.
ventre.
b) (F) A C. tetani, bactéria do tétano, está relacionada a
23 D infecções no sistema nervoso.
a) (F) A aids não é uma endemia tropical, pois atinge c) (F) A H. pylori é responsável por uma infecção gástrica
populações em todos os continentes. Além disso, que prejudica a parede do estômago e não está
possui tratamentos e investimentos em pesquisas e relacionada à liberação de água no intestino.
d) (F) A N. gonorrhoeae, bactéria da gonorreia, está rela‑
na prevenção.
cionada a infecções no sistema urogenital.
b) (F) A gripe não é uma doença endêmica de regiões
e) (F) A M. tuberculosis, bactéria da tuberculose, está
tropicais e recebe atenção de políticas públicas, relacionada a infecções no sistema respiratório.
como as campanhas de vacinação anuais do Minis‑
tério da Saúde.
c) (F) A varíola é uma virose considerada erradicada no
mundo desde a década de 1980, portanto não se
enquadra no conceito de doença negligenciada.
d) (V) A malária é uma doença causada por protozoários
do gênero Plasmodium, transmitida por mosquitos
Anopheles, sendo endêmica de regiões tropicais
e de baixo IDH. No Brasil, é considerada uma das
principais doenças negligenciadas.
e) (F) A fenilcetonúria é uma doença genética hereditá‑
ria e, assim, não se trata de uma doença endêmica
tropical. Além disso, conta com políticas de apoio,
como as informações no rótulo de produtos sobre
o teor de fenilalanina.
24 D
a) (F) As heranças autossômicas possuem locus nos cro‑
mossomos autossômicos, ou seja, entre os pares 1
e 22. No entanto, o texto informa que a herança
possui locus no par alossômico (X e Y).
b) (F) As heranças ligadas ao sexo possuem locus na
região diferencial do cromossomo X e não têm
homologia com o cromossomo Y. Na verdade, o
gene SHOX possui locus tanto no cromossomo X
quanto no Y.
c) (F) As heranças restritas ao sexo possuem locus na
região diferencial do cromossomo Y e não têm
homologia com o cromossomo X. Na verdade, o
gene SHOX possui locus tanto no cromossomo X
quanto no Y.
167
Ciências Humanas e suas Tecnologias
168
Ciências Humanas e suas Tecnologias
169
Ciências Humanas e suas Tecnologias
exercido pelos felás, homens e mulheres comuns uma parte de suas terras para o senhor feudal, e
que participavam da construção de obras públi- não um tipo de serviço imposto na colonização da
cas fundamentais para o desenvolvimento egípcio. América pelos europeus.
d) (V) O texto apresenta uma nova perspectiva histórica e) (F) A servidão coletiva é um regime de trabalho que
para analisar a civilização egípcia ao indicar que o vigorou no modo de produção asiático. No Egito,
desenvolvimento dela não deveria ser creditado ao por exemplo, a população livre era convocada
determinismo geográfico ou a interpretações místi- para trabalhar em obras públicas ou em obras da
cas. Dessa forma, o autor evidencia que a grandiosi- vontade do soberano em troca do uso da terra. O
dade do Egito é consequência do trabalho humano, regime de servidão coletiva possui semelhanças
e não de causas sobrenaturais ou faraônicas. com a mita, por exemplo, por estabelecer essa
e) (F) O fragmento do texto analisado não atribui o pro- relação de troca entre dominantes e dominados.
gresso da civilização egípcia ao lado espiritual dessa No entanto, é incorreto afirmar que a investidura
civilização, e sim indica que o trabalho humano teve era um sistema adotado no contexto da coloniza-
um papel fundamental para a construção da gran- ção hispânica, já que a investidura era a cerimônia
diosidade egípcia. feudal na qual o suserano concedia um feudo a um
vassalo em troca de um juramento de fidelidade.
08 A
09 E
a) (V) O texto evidencia como a encomienda e a mita
foram formas de trabalho empregadas pelos colo- a) (F) Na pólis ateniense, a tarefa de ensinar não se relacio-
nizadores espanhóis com os indígenas do Novo nava com a escola, visto que as escolas não haviam
Mundo. Na encomienda, cada colono recebia auto- sido criadas no século V a.C. Além disso, em Ate-
rização real para controlar e explorar determinada nas, as mulheres eram responsáveis por transmitir o
extensão de terra. Os povos nativos eram obrigados conhecimento sobre as práticas domésticas para as
filhas e por cuidar das crianças no ambiente domés-
a trabalhar nas terras dos encomenderos e deve-
tico. No entanto, para os filhos homens, o ensino
riam pagar tributos a eles e à Coroa espanhola. Já
era ministrado por um filósofo, como um sofista, o
a mita, outra forma de trabalho utilizada pelos colo-
qual era responsável por educar os homens para o
nizadores, era uma modalidade na qual os líderes
desempenho de funções políticas na pólis.
das comunidades indígenas deveriam fornecer um
b) (F) O fragmento explicita que, no modelo democrático
grupo de homens para que trabalhassem na agricul-
da pólis ateniense, as mulheres foram privadas dos
tura, nas minas ou em obras públicas. Esses trabalha-
direitos que possuíam anteriormente. No entanto, é
dores eram explorados e recebiam um pagamento
incorreto afirmar que no século V a.C., período indi-
reduzido em troca dos serviços prestados.
cado no texto, houve o combate ao modelo aristo-
b) (F) A produção coletiva, voltada igualmente para
crático de governo nos lares atenienses; houve, sim,
todos os indivíduos pertencentes a uma mesma a manutenção de valores patriarcais no contexto
comunidade, era o modelo de trabalho empregado democrático.
pelos nativos antes da invasão dos espanhóis. Além c) (F) De acordo com o texto, as tarefas das mulheres
disso, a banalidade era um tributo feudal pago pelo estavam totalmente voltadas para as obrigações
servo para que ele pudesse utilizar os equipamen- domésticas. Portanto, as mulheres não precisavam
tos e as instalações do senhor feudal. Portanto, não conciliar uma jornada de emprego formal com a
condiz com um sistema adotado na colonização da rotina familiar.
América pelos espanhóis. d) (F) O texto revela que as mulheres atenienses eram
c) (F) A corveia era uma obrigação presente no modo de segregadas a um cômodo específico da casa, o
produção feudal e pode ser definida como o paga- gineceu. Esse local ficava afastado das áreas de
mento que os servos deveriam realizar ao senhor convivência comuns, nas quais os homens pode-
feudal por meio da prestação de serviços nas terras riam discutir abertamente sobre os assuntos políti-
ou nas instalações dele. Já o trabalho assalariado cos e gerais. Nesse sentido, o texto não evidencia
consiste em uma relação liberal de produção, na que o matrimônio era essencial para a formação
qual o trabalhador recebe um salário em troca dos da democracia ateniense, mas sim que as mulhe-
serviços prestados descritos em um contrato que res, mesmo casadas, eram excluídas das discussões
prevê o vínculo empregatício. Assim, nenhuma des- políticas e tinham a sua circulação limitada a um
sas formas de trabalho está presente no contexto espaço da casa.
da colonização europeia da América. e) (V) A palavra patriarcal remete a um sistema de domínio
d) (F) Embora relações de trabalho análogas à escravidão predominantemente exercido por figuras masculinas
estejam presentes no sistema de trabalho imposto em posições de poder. Era o caso da Grécia Antiga
pelos colonizadores, é incorreto afirmar que havia do século V a.C., na qual a condição de cidadania
um sistema escravocrata consolidado como regime era restrita aos homens atenienses. Portanto, nesse
de trabalho imposto aos indígenas. Além disso, modelo democrático, as mulheres perderam direitos
a talha era um imposto praticado no feudalismo e funções sociais de poder e passaram a ser relegadas
europeu, no qual os servos eram obrigados a ceder ao âmbito doméstico, como o excerto indica.
170
Ciências Humanas e suas Tecnologias
171
Ciências Humanas e suas Tecnologias
13 C 15 B
a) (F) Embora exista uma menção a técnicas agrícolas uti- a) (F) A venda de indulgências, prática apresentada nos
lizadas pelos nativos no texto de Sahagún, não é textos, contribuiu para que houvesse um choque
possível perceber o interesse dos colonizadores em entre os interesses burgueses dos monarcas abso-
aprender técnicas agrícolas locais, e sim uma tenta- lutistas, os quais desejavam controlar os seus ter-
tiva de comparação dos elementos semelhantes da ritórios e difundir a comercialização de objetos, e
cultura europeia aos das práticas indígenas. os interesses da Igreja, que era contrária ao enri-
b) (F) Apesar de a exploração de metais preciosos ter se quecimento exacerbado. Porém, esse choque não
tornado uma das atividades mais lucrativas da colo- significa desaparecimento do Absolutismo.
nização da América, o monge franciscano não men- b) (V) A prática apresentada nos textos tornou-se um fator
ciona os minérios presentes na América de um ponto determinante para as reformas religiosas ocorridas
de vista econômico, visando ao lucro, mas somente ao longo do século XVI. Isso ocorreu porque movi-
destaca que o trabalho dos indígenas é feito com mentos como o protestantismo, encabeçado por
metais distintos dos que são comuns na Europa. Martinho Lutero, defendiam a superação de estru-
c) (V) No trecho da obra de Sahagún, é possível perceber turas medievais antigas e passaram a criticar a venda
que há uma intenção de comparar os elementos da de indulgências, pois, para Lutero, a salvação não
cultura indígena aos da cultura europeia como uma poderia ocorrer por meio da compra de absolvição.
forma de estabelecer uma compreensão da cultura c) (F) A venda de indulgências demonstrava que nem
indígena para que a dominação dos povos nativos mesmo a Igreja estava livre das práticas econômicas
fosse facilitada, já que o autor considera que os cos- modernas, como a comercialização de produtos no sis-
tumes morais desses povos são extremamente pró- tema capitalista. Assim, é incorreto afirmar que a venda
ximos aos considerados bons costumes europeus. de produtos religiosos, no contexto apresentado,
d) (F) O fragmento não indica que a intenção do autor era uma permanência da lógica de trocas medieval.
era de transformar as práticas e tradições indígenas
d) (F) Com base no texto, é possível compreender que a
em regras a serem seguidas ou de estabelecer nor-
prática de venda de indulgências gerou uma maior
mas sobre esses costumes. Na realidade, o autor
fonte de lucro para as instituições clericais. Logo,
busca estabelecer uma comparação entre a cultura
dos povos ameríndios e a cultura europeia para essa prática não contribuiu para a disseminação do
assegurar novas estratégias de dominação religiosa poder dos senhores feudais no Ocidente.
e cultural sobre os nativos. e) (F) Embora a Igreja lucrasse efetivamente com a venda
e) (F) No texto, o monge Bernardino de Sahagún tenta de indulgências, como o texto 2 indica, desde o final
fazer uma comparação dos costumes e crenças dos da Idade Média, os membros do clero criticavam
nativos com os costumes e tradições da cristandade os valores burgueses, como a busca pela acumula-
ocidental. Ao fazer esse exercício de alteridade, ele ção de capitais e a usura, que era o empréstimo de
não está enaltecendo as crenças indígenas, e sim dinheiro visando ao lucro.
buscando eventuais aproximações que possibilitem
a exploração e conversão dos povos originários. 16 C
a) (F) O animismo primitivo é um elemento cultural que
14 A indica que todas as formas de existência naturais
a) (V) O poema demonstra a perplexidade do autor ao possuem alma ou uma essência espiritual e agem
observar as características das igrejas gregas. Além com uma intenção. Nesse sentido, essa crença se
disso, o poema indica como a cultura romana foi opõe ao catolicismo medieval, uma vez que as ins-
influenciada pelos ritos e pela estética dos gregos. tituições cristãs se preocupavam com o conceito
b) (F) O texto estimula a reflexão sobre o processo de de Deus criador e com a alma e essência humanas
continuação cultural entre gregos e romanos, e não apenas, não estando conectadas, de forma institu-
indica que os romanos herdaram características cional, a todas as outras formas de existência.
genéticas dos gregos ou vice-versa. b) (F) O objetivo da Igreja Católica durante o medievo não
c) (F) O excerto permite refletir sobre o legado dos ele-
era extinguir o poder e a atuação dos senhores feu-
mentos da religião grega para os povos romanos, e
dais, e sim legitimar esse poder, já que esses sujeitos
não indica o surgimento de novas instituições reli-
eram membros da sociedade feudal e contribuíam
giosas na sociedade romana.
d) (F) O fragmento expõe a relação direta entre os elemen- para legitimar a estrutura hierárquica de poder da
tos da cultura grega e a construção cultural de Roma. qual a Igreja tirava sua base de sustentação.
Dessa forma, é possível perceber como essas civiliza- c) (V) Como o texto indica, a ausência estatal abriu
ções mediterrâneas (Grécia e Roma) estavam interli- espaço para que a religião interferisse em diversos
gadas e realizavam diversas trocas culturais. aspectos sociais, fortalecendo suas estruturas reli-
e) (F) O poema descreve as conexões culturais e espe- giosas e de poder político na Idade Média.
cialmente religiosas entre os gregos e romanos, d) (F) O excerto expõe o processo de consolidação da fé
partindo da herança legada pelos primeiros aos cristã no território europeu durante a Idade Média,
segundos. Dessa forma, o poema não aborda o mas não estabelece que a Igreja tinha o papel de
processo de surgimento das pólis gregas. criar hierarquias sociais urbanas.
172
Ciências Humanas e suas Tecnologias
e) (F) O fragmento indica como as instituições eclesiás- c) (F) Após a conquista de Constantinopla pelos turcos,
ticas se fortaleceram devido à ausência de um fica claro, pelo texto-base, que o sultanato não
Estado que regulamentasse a vida social durante a tinha o interesse de preservar os valores do pas-
Idade Média, e não indica que a Igreja foi responsá- sado bizantino. Pelo contrário, a alteração do nome
vel por fundar uma lógica de pensamento pautada da cidade demonstra o interesse em instaurar uma
pelo uso da razão. nova forma de poder sobre a região.
d) (F) Ao tomar a posse do território bizantino, os turcos
17 C não apresentaram interesse em resgatar o pas-
a) (F) Apesar de ser política, a jura de vassalagem, repre- sado grego para essa região, conforme proposto
sentada na iluminura, não era monopolizada pelas pela alternativa. Pelo contrário, o sultanato tinha o
instituições monárquicas ou por reis. Nesse sentido, desejo de renomear esse território para consolidar
as relações de suserania e vassalagem podiam ser a sua dominação sobre a região.
exercidas por outros membros da nobreza fundiária. e) (F) O texto-base não indica que a ação do sultão
b) (F) A cerimônia de vassalagem apresentava um cará- Mehmed de renomear Constantinopla como
ter religioso. Contudo, os elementos religiosos não Istambul revelava projetos de expandir o território
são indicados na iluminura. Além disso, é incorreto muçulmano indefinidamente, como proposto pela
afirmar que a cerimônia de vassalagem é um rito alternativa.
particular ou específico da Igreja Católica, mas sim
um ritual partilhado por membros da Igreja, da 19 E
nobreza e outras testemunhas que estavam presen- a) (F) O texto 1 descreve a utilização de matérias-primas
tes quando o vassalo jurava fidelidade ao suserano. não europeias, como os diamantes, na composi-
c) (V) O evento retratado na imagem é conhecido como ção dos caixões. O texto 2 também revela a pre-
cerimônia de vassalagem. O juramento de fideli- sença de recursos não europeus na composição do
dade era geralmente realizado como parte de uma quadro, como os instrumentos de navegação e os
cerimônia tradicional em que o súdito ou vassalo tapetes persas, por exemplo. Dessa forma, não é
dava a seu senhor uma promessa de lealdade e possível afirmar que a ordem cultural renascentista,
aceitação das consequências caso houvesse uma à qual pertencem ambas as obras, inutilizava pro-
quebra de confiança. Em troca, o senhor prometia dutos estrangeiros em seus produtos artísticos.
proteger e permanecer leal ao seu vassalo. b) (F) Ambos os textos sinalizam a utilização de produtos
d) (F) A cerimônia de vassalagem era um ritual que fir- não europeus nas obras de arte: os instrumentos de
mava a concessão da propriedade de terra de um navegação, os tapetes persas, pedras e metais pre-
nobre a um vassalo que não possuía terras. Nesse ciosos. Porém, essa utilização serve à exaltação da
sentido, esse rito envolvia questões econômicas. cultura europeia, e não das culturas estrangeiras.
Contudo, é incorreto afirmar que esse ritual feudal c) (F) Assim como os europeus utilizavam as matérias-
era sustentado ou mantido pelas corporações de -primas estrangeiras em suas produções artísticas
ofício interessadas, mas antes a própria estrutura sem valorizar a origem desses bens, também é
social medieval o legitimava e propagava. possível afirmar que os lucros obtidos com a pro-
e) (F) A cerimônia de vassalagem foi um produto cultu- dução dessas obras não eram partilhados com as
ral do período medieval. Porém, é incorreto afirmar colônias de origem.
que essa cerimônia era reservada ao repasse da tra- d) (F) Apesar de utilizar produtos estrangeiros ou alheios
dição medieval artística, já que essa não era a finali- ao território europeu, não é possível afirmar que
dade dessa cerimônia, e sim o estabelecimento do esse uso, por si só, correspondia à valoração de uma
laço de fidelidade entre o suserano e o vassalo. perspectiva não europeia. Pelo contrário, a com-
paração entre os textos permite inferir que, ainda
18 A que produtos como o diamante, que é encontrado
a) (V) O fato de o sultão Mehmed ter rebatizado Cons- sobretudo em regiões africanas, fossem utilizados
tantinopla como Istambul representa o desejo de em obras de arte, os indivíduos oriundos desse
renomear culturalmente aquele território para continente, por exemplo, não são, por muitas
dominá-lo. Nesse sentido, a ação do sultão busca vezes, retratados em obras de arte renascentistas,
ressignificar o pertencimento do território a uma como a exposta no texto 2.
nova ordem política, instaurada pelos povos turcos. e) (V) Percebe-se, em um primeiro momento, a riqueza
b) (F) O ato de renomear o território de Constantino- de detalhes em ambas as obras representadas nos
pla para Istambul tinha a finalidade de assegurar textos 1 e 2. No entanto, nesses textos, não há
a dominação simbólica e efetiva da nova ordem referência à origem dos produtos que são apresen-
turca instaurada nesse território. Logo, é incorreto tados. Assim, é possível notar que a cultura renas-
afirmar que, com essa renomeação, os turcos dese- centista foca em uma narrativa excludente, já que
javam garantir a dominação de regiões não domi- apresenta itens estrangeiros, porém os exclui da
nadas por eles. representação artística.
173
Ciências Humanas e suas Tecnologias
174
Ciências Humanas e suas Tecnologias
c) (F) A alternativa é falsa, pois o principal setor amea- c) (F) O recrutamento de mão de obra africana aconteceu
çado pelo fim do tráfico atlântico de pessoas escra- com muita intensidade em séculos anteriores. Porém,
vizadas era o das lavouras de monocultura, que o período retratado no texto compreende um con-
dependiam da escravidão para obter lucros máxi- texto histórico “antiescravista”. Além disso, a mão de
mos e mão de obra abundante. obra especializada não era africana, e sim europeia.
d) (F) A alternativa é incorreta, pois, conforme explicitado d) (F) Apesar de, indiretamente, ações imperialistas indi-
no texto, alguns membros do governo estavam carem as distinções políticas entre países, os obje-
favoráveis à proibição do tráfico enquanto outros tivos principais de dominação europeia giram em
buscavam formas de deixar o acordo internacional. torno de uma busca pela imposição cultural e polí-
e) (F) A alternativa é falsa, pois o texto evidencia as dis- tica, e não da reafirmação da diversidade cultural.
cordâncias entre os governos brasileiro e inglês em e) (F) Não existia interesse real das nações colonizadoras
relação à aceitação do tratado de Bill Aberdeen no em auxiliar os nativos dos territórios colonizados
Brasil. Além disso, a agenda nacional contra o escra- a se desenvolverem intelectualmente. A proposta
vismo foi pressionada pela Inglaterra, que, sentindo “civilizatória” era, na verdade, um artifício narrativo
a necessidade de mercados consumidores, passou utilizado por esses grupos, mas que não represen-
a pressionar os países altamente dependentes da tava o real interesse europeu ou norte-americano
mão de obra escravizada, como era o Brasil. em suas ações colonizadoras, muito mais ligadas à
exploração econômica ou ao domínio político.
24 C
a) (F) A região era foco das potências da época (EUA e História 2
URSS), que travavam uma disputa de influência;
porém, a busca por expansão territorial era mais o 01 C
foco dos países árabes e de Israel do que do país
norte-americano. a) (F) Apesar de serem eventos separados por menos
b) (F) A alternativa B está incorreta, pois o texto aborda a de 10 anos, a poesia não aproxima a Revolta dos
influência americana e soviética e de seus respecti- Alfaiates da Revolução Francesa devido ao recorte
vos modelos socioeconômicos sobre as decisões temporal, mas sim devido à defesa dos ideais ilu-
feitas por outros países na época, o que pode ser ministas de fraternidade, que motivaram ambas as
analisado como uma prática de dominação impe- revoluções.
rialista de países capitalistas, como os EUA, sobre b) (F) A Revolução Francesa foi protagonizada por cam-
os territórios da Península Arábica. poneses e burgueses, mas não teve a participação
c) (V) A alternativa C está correta, pois o texto confirma a direta de escravizados, ao contrário da Revolta dos
presença e a influência dos EUA e da URSS nas polí- Alfaiates, que foi protagonizada por escravizados,
ticas do Oriente Médio que iam além de disputas como o alfaiate Manuel Faustino.
sobre recursos ou territórios. A vitória sobre um dos c) (V) A poesia indica que a Revolta dos Alfaiates foi inspi-
lados implicaria a vitória do capitalismo sobre o rada em ideais vindos da França, os quais defendiam
socialismo na região ou vice-versa. a república e a fraternidade. Em outras palavras, a
d) (F) A alternativa D está incorreta, pois falha em não Revolta dos Alfaiates, assim como a Revolução Fran-
reconhecer o cenário mundial da época (Guerra cesa, teve sua inspiração nos ideais iluministas, que
Fria) como uma das principais influências para a questionavam o absolutismo monárquico.
eclosão da Guerra dos Seis Dias. d) (F) A Revolta dos Alfaiates foi liderada por negros
e) (F) A alternativa E está incorreta, pois restringe o escravizados e pessoas pertencentes às camadas
conflito a questões religiosas, falhando em não mais populares, o que motivou a Coroa portuguesa
reconhecer as influências externas americana e a estabelecer punições mais severas a essas lide-
soviética, que se estendiam por todo o mundo. No ranças. No entanto, não é indicado no texto que
limite, foram os conflitos entre essas duas nações os líderes da Revolução Francesa sofreram esse
que ocasionaram situações como a Guerra dos mesmo tipo de punição.
Seis Dias, comentada no texto. e) (F) Embora existisse, de fato, uma aproximação ideo-
lógica entre a Revolução Francesa e a Revolta dos
25 A Alfaiates, não é correto afirmar que essas revoltas
defendiam o Antigo Regime, mas sim que o cri-
a) (V) O imperialismo do século XIX foi amplamente impul-
ticavam, já que foram movimentos inspirados no
sionado por expedições científicas que tinham obje-
Iluminismo.
tivos simbólicos de “pacificação” e “civilização” do
continente africano, mas, como mostra o texto, ser-
viam a um objetivo principal: plantar as sementes do 02 B
imperialismo europeu na África. a) (F) Em nenhum dos textos, há a perspectiva de denún-
b) (F) Apesar de a divulgação científica dos traços socio- cia das restrições exercidas por sindicatos. Na ver-
culturais africanos ter acontecido, esse era um dade, no período analisado, os trabalhadores se
“meio”, e não um “fim”, ou seja, essa ação servia organizavam nessas associações para realizar suas
aos interesses imperialistas, e não antropológicos. reivindicações.
175
Ciências Humanas e suas Tecnologias
b) (V) Em ambos os textos, os autores apontam para a b) (F) Os colonos que se revoltavam não estavam insatis-
existência, por um longo período, de uma produ- feitos com a inexistência de locais de exportação
ção historiográfica que não considerava a impor- suficientes na colônia, mas com as condições que a
tância da participação dos trabalhadores enquanto exploração colonial impunha sobre a população do
sujeitos históricos ativos nas reivindicações e nas país.
mudanças provocadas pela Revolução de 1930. c) (V) Diferentemente das primeiras revoltas coloniais
c) (F) Em seus textos, os autores defendem que a luta brasileiras, os movimentos revoltosos que surgiram
proletária foi um elemento ativo e importante a partir do século XVIII passaram a exigir autonomia
durante a ocorrência da Revolução de 1930. Entre- política e o fim da submissão ao monarca portu-
tanto, nenhum deles faz algum tipo de nivelamento guês.
dos eventos históricos, nem da luta operária nem d) (F) A fiscalização e a carga tributária impostas sobre a
da disputa política. colônia costumavam estar entre as principais cau-
d) (F) Não há, nos textos, uma análise sobre os impactos sas das revoltas coloniais, desde o início da domi-
que as medidas trabalhistas tiveram para os traba- nação portuguesa, visto que as cobranças feitas
lhadores, mas apenas um destaque para a partici- pela metrópole eram consideradas injustas. Dessa
pação dos operários na Revolução de 1930. forma, a demanda pela desativação de instrumen-
e) (F) Não há, nos textos, a descrição das diferenças entre tos de fiscalização coloniais é uma permanência
as reivindicações das classes sociais envolvidas na dos movimentos revoltosos, e não uma mudança.
Revolução de 1930. e) (F) A intenção dos revoltosos coloniais não era anular
ou interromper as relações com os países europeus,
mas ter autonomia para manter essas relações sem
03 B
a interferência ou mediação portuguesa.
a) (F) O objetivo da Constituição de 1988 não foi repro-
duzir os modelos políticos vivenciados pelos países 05 C
vizinhos, uma vez que eles variavam entre ditaduras
a) (F) A menção do texto às companhias de estradas de
militares e repúblicas, mas possibilitar que o Brasil
ferro não se refere a empresas controladas pelo
se constituísse como uma sociedade mais demo-
Estado, mas a empresas privadas – algumas inter-
crática após alguns anos de governo autoritário.
nacionais – que permitiam a conservação do poder
b) (V) A Constituição de 1988 se destacou por ser uma
nas mãos dos oligarcas.
constituição mais democrática, uma vez que asse-
b) (F) De acordo com o texto, Lima Barreto enxergava a
gurava o estabelecimento de um Estado republi-
imprensa como aliada aos interesses oligárquicos,
cano, presidencialista, garantidor da liberdade,
isto é, um grupo que atuava para manter os fazen-
da propriedade privada e da participação popular,
deiros no poder, não necessariamente estimulando
diferentemente das ações repressivas incorporadas
o exercício da cidadania.
à Constituição anterior.
c) (V) O texto menciona as críticas feitas por Lima Barreto
c) (F) Quando a Constituição de 1988 foi promulgada,
à atuação da imprensa como instrumento para legi-
o Brasil saía de um período marcado por medidas timar e manter o poder nas mãos das oligarquias
fortemente repressivas. Nesse sentido, a Constitui- locais do país.
ção objetivava aliviar as medidas coercitivas ado- d) (F) Lima Barreto não atribui à imprensa o papel de
tadas pelos governos anteriores, sem, no entanto, inserir o capital internacional nas indústrias brasilei-
revogar a atuação de órgãos reguladores. ras, mas descreve que ela tem um papel fundamen-
d) (F) A ideia da Constituição de 1988 é de que as pes- tal na manutenção das oligarquias no poder.
soas consigam participar mais ativamente dos pro- e) (F) Lima Barreto descreve a imprensa, de forma sar-
cessos políticos, e não somente das eleições, exer- cástica, como um grupo moral, já que as práticas
cendo o direito de cidadania com constância, como dela possibilitavam a manutenção dos grupos oli-
apresenta o texto. gárquicos no poder, desconsiderando o bem‑estar
e) (F) Embora a Constituição de 1988 tenha defendido da população.
direitos e a participação ativa da iniciativa popular,
das comunidades indígenas e dos trabalhadores, 06 B
seu texto cria privilégios políticos, fortalecendo
grupos corporativistas e mantendo as desigualda- a) (F) A personagem que representa o presidente Jus-
celino Kubitschek carrega jornais em que estão
des sociais entre os cidadãos brasileiros.
escritos: imprensa oficial e uma pasta na qual
está escrito: agência nacional. Portanto, a ima-
04 C gem indica que o governo de Juscelino carrega a
a) (F) As primeiras indústrias surgiram na Inglaterra entre imprensa oficial, a qual era pertencente ao Estado
o final do século XVIII e o início do século XIX, tendo brasileiro, “debaixo do braço”, buscando manipu-
se tornado alvo de investimento das elites brasilei- lá-la para fazer uma propaganda ufanista e pessoal,
ras algumas décadas mais tarde, em um período e não sustentar os gastos das empresas privadas de
histórico posterior ao apresentado no texto. comunicação.
176
Ciências Humanas e suas Tecnologias
b) (V) No monólogo indicado abaixo da charge, Juscelino buscava exaltar a importância da cultura indígena
Kubitschek critica a oposição afirmando que ela brasileira, ao passo que Frei Vicente, autor do texto 2,
atrapalha o desenvolvimento da sua propaganda é um conquistador português que escrevia a história
político-pessoal. Além disso, a charge revela como das terras recém-descobertas de modo a valorizar o
a gestão JK buscou amordaçar os veículos midiá- protagonismo dos portugueses.
ticos de oposição e exercer um controle sobre a e) (F) Embora o texto 2 busque enaltecer os conquista-
mídia estatal de modo a fazer com que ela promo- dores portugueses, o texto 1 não o faz, e indica
vesse o seu governo. uma visão positiva em relação aos indígenas, res-
c) (F) Ainda que Juscelino Kubitschek tenha sido eleito saltando a capacidade dos indígenas de reagirem
de forma democrática, a charge mostra a oposição à dominação que lhes foi imposta pelos coloniza-
amordaçada pelo governo JK, o que revela como dores. Por isso, é incorreto afirmar que ambos os
a imprensa era censurada durante o seu mandato. textos foram escritos com a finalidade de valorizar
Portanto, é incorreto afirmar que esse governo o passado colonial português.
defendeu a liberdade de imprensa nesse período, e
sim que ele buscou silenciar os opositores políticos. 08 B
d) (F) A charge apresentada indica como a gestão de JK a) (F) O texto não indica que o movimento de dinamiza-
procurou manipular a imprensa pública a seu favor, ção da Região Amazônica foi feito a partir do prota-
e não retirar a credibilidade dos jornais favoráveis gonismo dos governos e comunidades locais, e sim
ao seu governo. Na realidade, a imagem mostra gerido pelos interesses do governo federal, visto
como a gestão JK desvalorizou a mídia de oposição que o plano mencionado no texto foi uma iniciativa
ao seu governo. do governo Vargas. Além disso, o desenvolvimento
e) (F) Como a personagem de JK manifesta na charge, da região serviria não só para beneficiar a população
o interesse prioritário de Juscelino era o de lidar local, mas para expandir a riqueza de todo o Brasil.
com a mídia e com os meios de comunicação para b) (V) Por meio do dispositivo legal apresentado, é pos-
que eles o promovessem, e não institucionalizar os sível perceber que o Plano de Valorização Econô-
sindicatos de jornalistas. mica da Amazônia foi projetado com a finalidade
de expandir e iniciar diversos empreendimentos na
07 D região, de modo a aproveitar o potencial produtivo
a) (F) A alternativa está incorreta, pois, embora o texto 1 da Amazônia. Nesse sentido, o plano possuía um
promova uma crítica relacionada ao processo de caráter intervencionista, com o objetivo de modi-
dominação do Brasil pelos portugueses, o texto 2 ficar a região para potencializar a riqueza que ela
é construído de forma a enaltecer a figura do con- poderia oferecer.
quistador português ao afirmar que eles eram con- c) (F) No texto, o plano apresentado pelo governo var-
siderados seres divinos pelos indígenas. guista incentivou a entrada de novos empreendi-
b) (F) O texto de Oswald de Andrade promove um ques- mentos na Região Amazônica. Nesse sentido, esse
tionamento em relação à narrativa clássica sobre o governo estimulou a entrada de diversos capitais,
descobrimento do Brasil, e não possui o propósito estrangeiros ou nacionais, na Amazônia, e não limi-
de fortalecer a noção de identidade nacional. Além tou a quantidade de empresas públicas nacionais
disso, ainda que o texto 2 reforce o protagonismo nessa região.
lusitano na conquista do território recém-desco- d) (F) O texto legal evidencia a intenção do presidente
berto, o Brasil ainda não era considerado como de ampliar a extração dos recursos naturais amazô-
uma nação no período do descobrimento. nicos, como a produção agrícola e pecuária. Essas
c) (F) A alternativa é incorreta, pois nenhum dos autores atividades, aliadas ao desenvolvimento indus-
está expondo relatos inverídicos sobre o evento pas- trial projetado no plano mencionado, são de alto
sado, e sim cada um deles construiu uma narrativa impacto ambiental. Ademais, o excerto não indica
diferente sobre o descobrimento do Brasil. Além que a preservação ambiental da Amazônia era uma
disso, a busca pela verdade histórica foi superada preocupação desse plano econômico varguista.
pelos estudos históricos, pois o objetivo dos historia- e) (F) Embora os órgãos de propaganda política de Vargas
dores é compreender como cada sujeito interpreta tenham sido construídos para enaltecer o persona-
um determinado evento, como o fato histórico rela- lismo e a centralidade política desse líder, o texto
tado nos textos. não indica que o plano mencionado foi embasado
d) (V) O texto 1 indica que os indígenas não estavam intimi- em um princípio individualista, e sim que o desen-
dados com a presença dos estrangeiros. Já o texto 2 volvimento da Região Amazônica, defendido pelo
apresenta os indígenas como seres que foram paci- plano, serviria não só para beneficiar a população
ficamente conquistados. A diferença na interpreta- local, mas também para expandir a riqueza do Brasil.
ção dos eventos se deve ao cenário cultural em que
cada um dos autores está inserido e aos interesses 09 C
de cada autor em narrar o descobrimento do Brasil a) (F) Os textos indicam as diferentes formas como o
a partir de suas perspectivas. Oswald de Andrade, ideário republicano estava presente nos debates
autor do texto 1, é um expoente do Modernismo e públicos durante o Período Regencial e divergem
177
Ciências Humanas e suas Tecnologias
sobre quais atores políticos o defenderam ou deve- produção açucareira eram mediados e destinados
riam ser os responsáveis por defendê-lo, e não à monarquia instituída. Nesse sentido, é incorreto
apontam para o fato de haver uma preocupação afirmar que a produção açucareira do período colo-
com a formação de uma gestão federal democrá- nial aderiu ao livre mercado, ou seja, a uma forma
tica nesse período. livre para realizar trocas mercadológicas.
b) (F) Os textos expressam que o conceito de República d) (F) A principal mão de obra utilizada nos engenhos
foi debatido durante o Período Regencial, mas não açucareiros era a de escravizados negros oriun-
indicam que o ideal republicano foi adotado como dos do continente africano, e não a dos indígenas.
uma forma de governo oficial no contexto do Brasil Além disso, o fragmento não evidencia os indíge-
Império. Além disso, historicamente, a Regência foi nas como a principal mão de obra nos engenhos.
uma organização política centralizada ao redor da e) (V) O excerto aponta como os engenhos coloniais
monarquia imperial e não buscou aderir ao republi- organizavam os seus métodos de trabalho. Esses
canismo como poder central. métodos possuem semelhanças com as primeiras
c) (V) O texto 2 aponta que o ideal republicano foi algo linhas de produção fabris, nas quais cada etapa da
que esteve presente durante o Período Regencial montagem de um produto dependia da etapa ante-
devido ao surgimento da pluralidade de debates riormente realizada. Além disso, o controle dos tem-
públicos e de grupos políticos. O texto 1 expõe que, pos e procedimentos, proposto por teorias como a
ainda que os monarquistas defendessem o ideal da administração científica de Taylor, já podiam ser
republicano, a verdadeira República só poderia ser observados na produção colonial açucareira, como
constituída por meio de movimentos desvincula- o texto indica.
dos do poder vigente e favoráveis à deposição da
monarquia. Logo, ainda que os textos se diferen- 11 B
ciem em indicar quais atores políticos deveriam viver a) (F) O texto de Celso Furtado destaca a corrente
a experiência republicana, ambos os textos conver- migratória espontânea do Nordeste em direção às
gem para o fato de que o ideário republicano era regiões onde o ouro foi descoberto, o que alterou
debatido por grupos políticos ligados à Regência. as dinâmicas populacionais e de transposição de
d) (F) O texto 1 foi retirado de um jornal do Período recursos financeiros para esses locais. No entanto,
Regencial, conhecido como A Matraca dos Farrou- o texto não indica que a descoberta do ouro gerou
pilhas. Isso mostra como as discussões sobre os um aumento do cultivo de subsistência, ou seja,
sujeitos que deveriam difundir o republicanismo no da produção de alimentos destinados a garantir a
Brasil estavam presentes no debate público. Além sobrevivência da própria pessoa que produz deter-
disso, o texto 2 revela como os três grupos políticos minado cultivo agrícola.
do Período Regencial participavam da cena pública b) (V) O excerto aponta a retomada do crescimento
institucional. econômico brasileiro após a descoberta do ouro
e) (F) O texto 1 indica como o ideário republicano deveria no Brasil. Essa descoberta fez com que a mão de
ser assegurado por grupos políticos não monarquis- obra escravizada fosse deslocada para atender às
tas. Já o texto 2 revela como as alas de poder que demandas da nova região aurífera, o que reforçou
faziam parte do jogo político do Período Regen- o modelo escravista de trabalho. Portanto, os ele-
cial já apresentavam um certo caráter republicano. mentos movimentados pela descoberta do ouro
Dessa forma, nenhum dos textos indica que as alas presentes no texto são a migração e a escravidão.
políticas ligadas ao poder central monarquista lega- c) (F) Embora a vinda de imigrantes estrangeiros por-
lizaram a República no Período Regencial. tugueses no contexto da descoberta do ouro no
Brasil tenha impulsionado o desenvolvimento de
10 E novas tecnologias de transporte, como a constru-
a) (F) Além das longas jornadas de trabalho realizadas pelos ção de navios mais modernos, é incorreto afirmar
escravizados, as condições de trabalho nos engenhos que a descoberta do ouro estimulou a adesão do
eram insalubres. Contudo, o texto não aponta para governo brasileiro à economia de mercado, na qual
essa característica da produção açucareira no Brasil as ideias liberais como a liberdade individual para
Colonial, e sim indica como essa produção era rigi- ganhos pessoais e a mínima intervenção estatal
damente controlada, o que diferenciava o açúcar de foram aplicadas na economia, visto que no Ciclo do
outros cultivos agrícolas desse período. Ouro a porcentagem sobre a circulação e venda do
b) (F) As instalações do engenho contavam com algu- ouro era controlada pelo poder imperial.
mas engenhosidades mecânicas relacionadas à d) (F) A migração populacional que ocorreu das regiões
tração dos moinhos de açúcar. Porém, o texto não brasileiras como o Nordeste para a região do atual
menciona o fato de essas instalações serem caras estado das Minas Gerais, no período do Ciclo do
nem o custo da manutenção delas para o senhor Ouro no Brasil, estimulou a construção de algumas
de engenho. vias de transporte entre essas regiões. Contudo, é
c) (F) No Período Colonial (1530-1822), o governo do incorreto afirmar que a descoberta do ouro trouxe
Brasil era desempenhado por membros da monar- um desenvolvimento industrial para as regiões aurí-
quia portuguesa. Portanto, os lucros oriundos da feras, visto que a implantação de indústrias no Brasil
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e) (F) O autor do texto não comenta os motivos que leva- ao longo da história, como é o caso dos benandanti,
ram os malês a se rebelarem, o que não permite estudados pelo historiador Carlo Ginzburg na obra
afirmar que o texto reconhece a legitimidade da Os andarilhos do bem.
oposição dos revoltosos ao governo. e) (F) O texto não afirma que a Inquisição foi responsá-
vel pela eliminação de práticas consideradas heré-
22 B ticas na colônia brasileira, já que é possível pensar
a) (F) A alternativa é incorreta, pois o texto chama a aten- que elas estavam presentes, de certo modo, no
ção para o fato de que não havia uma valorização cotidiano brasileiro, especialmente em decorrên-
governamental dos povos cabanos, os quais eram cia do processo de miscigenação experimentado
formados por mestiços. Isso, inclusive, foi uma das pela diáspora.
causas da Cabanagem.
24 A
b) (V) A alternativa é correta, pois se percebe, no texto,
que uma pequena elite descendente de portugue- a) (V) Como parte de seu programa de modernização
ses detinha poderes políticos na região enquanto da capital federal, Rodrigues Alves iniciou muitas
as pessoas das camadas populares estavam alijadas obras, construiu prédios públicos e alargou ruas no
de direitos políticos. centro da cidade. Consequentemente, a população
c) (F) A alternativa é incorreta, pois o texto demonstra mais pobre do Rio de Janeiro, que habitava corti-
que os privilégios que os descendentes de portu- ços e outras moradias precárias na região central,
gueses acumulavam eram bastante visíveis e que foi expulsa e forçada a migrar para as periferias da
isso motivou a luta por direitos das camadas mais cidade, ocupando regiões impróprias, como os
populares da sociedade. Assim, é incorreto afirmar morros, em um processo de segregação social que
que o conceito de cidadania era universalizado ficou conhecido como favelização.
entre a população local da região do Grão-Pará. b) (F) O sanitarista Oswaldo Cruz foi encarregado de
d) (F) A alternativa é falsa, pois o texto evidencia como os programas de combate a doenças como a varíola
cabanos uniram-se contra o mandonismo branco e e a febre amarela, que assolavam o Rio de Janeiro,
português na província do Pará. mas, mesmo com as reformas urbanas promovidas
e) (F) A alternativa é incorreta, porque o termo patriota e a campanha de obrigatoriedade da vacinação
estava relacionado ao sentimento de união das contra a varíola – que ocasionou, posteriormente,
classes populares no contexto regional, e não em a Revolta da Vacina –, Oswaldo Cruz não conseguiu
relação ao Brasil como um todo. Além disso, o erradicar as doenças infecciosas da capital, apenas
texto não indica que os cabanos possuíam inten- diminuiu o número de contágios.
c) (F) A população mais pobre do Rio de Janeiro se opôs
ções de se expandir em nível nacional.
à política de vacinação obrigatória contra a varíola
23 C encabeçada por Oswaldo Cruz porque não houve
políticas de conscientização governamental sobre
a) (F) No texto-base, não há nada que indique o surgi- os benefícios da vacinação. Logo, é incorreto afir-
mento de revoltas de escravizados decorrentes da mar que essas políticas foram uma consequência
atuação inquisitorial no Brasil, demonstrada no pro- da estratégia de governo de Rodrigues Alves.
cesso contra a escravizada Paschoa. Desse modo, a d) (F) Embora tenha se pautado em experiências estran-
alternativa extrapola as informações fornecidas no geiras para promover a modernização do Rio de
texto-base. Janeiro, Rodrigues Alves não conseguiu atrair
b) (F) O Brasil é um dos países mais diversos em termos investimentos expressivos de empresas interna-
culturais e religiosos e tem grande parte dessas cionais. A indústria nacional, que era muito inci-
manifestações tradicionais africanas enraizadas na piente no período da gestão dele, concentrava-se
cultura nacional. Portanto, não é correto afirmar, no estado de São Paulo, onde habitavam os gran-
além de a informação não estar confirmada no des fazendeiros que investiram na industrialização
texto, que a ação inquisitorial foi suficientemente como forma de diversificar o patrimônio.
efetiva para destruir a herança africana no Brasil. e) (F) As reformas urbanas feitas por Rodrigues Alves
c) (V) A última sentença do texto-base afirma: “Se não buscaram deixar a cidade do Rio de Janeiro mais
fosse assim, dificilmente a sua vida seria conhe- moderna, tendo como modelo central a Paris da
cida”. A partir disso, é possível perceber como, Belle Époque. Porém, o fenômeno da migração
involuntariamente, a Inquisição deixou como nordestina para trabalhar nas indústrias que se con-
legado diversos documentos que contêm a memó- solidaram na cidade do Rio de Janeiro é posterior
ria de diferentes indivíduos que eram considerados ao governo de Rodrigues Alves, datando, aproxi-
subversivos no contexto de atuação inquisitorial. madamente, da segunda metade do século XX.
d) (F) Não há nada no texto que negue a condenação de
mais de um indivíduo ao mesmo tempo pela Santa 25 A
Inquisição. Portanto, apesar de o texto tratar apenas a) (V) De forma geral, as descrições expressas nos textos 1
do caso de uma escravizada, é incorreto afirmar que e 2 proporcionam uma visão discordante em relação
a Inquisição não promoveu outras formas de perse- à interpretação dos colonizadores. No texto 1, os indí-
guição a grupos com suspeita de práticas hereges genas são associados à figura de boa índole, dotados
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Ciências Humanas e suas Tecnologias
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b) (F) O Sistema de Posicionamento Global, indicado nos e) (V) A cartografia pode ser utilizada como um instru-
textos, foi desenvolvido pelos Estados Unidos para mento político e cultural que visa legitimar a delimi-
atender a objetivos militares durante a Guerra Fria tação e a denominação de territórios, evidenciando
e, só posteriormente, passou a ser expandido para relações de poder. O texto retrata isso ao relatar
fins comerciais, sendo implementado em veículos a retirada da indicação da Palestina do mapa pre-
automotivos e em aparelhos telefônicos. sente em um aplicativo, o que colabora para reco-
c) (F) A descrição do texto 1 se refere ao Sistema de Posi- nhecer a soberania de Israel sobre o território que
cionamento Global, que fornece dados ao aparelho é reivindicado pelos dois povos por motivos históri-
de GPS, indicado no texto 2. Embora, atualmente, cos, culturais e religiosos.
esse sistema seja de grande importância para a pro-
dução de mapas e para os estudos geográficos, ele 09 C
não foi desenvolvido com a finalidade educacional.
a) (F) A técnica à qual os textos se referem é utilizada com
d) (V) Os textos apresentam o funcionamento do Sistema
o objetivo de controlar os processos erosivos provo-
de Posicionamento Global, mais conhecido por sua
cados pela ação da água das chuvas. Dessa forma,
sigla GPS. Esse sistema fornece dados para os apa-
os impactos do intemperismo biológico não serão
relhos de GPS, que foram desenvolvidos durante
minimizados, pois ele é ocasionado especialmente
o período da Guerra Fria para atender a objetivos
pela presença de matéria orgânica dos seres vivos.
políticos e militares do governo estadunidense. b) (F) A técnica referida nos textos não é utilizada a fim de
Atualmente, os aparelhos foram popularizados e monitorar as atividades mineradoras em aglomera-
são utilizados como meio de orientação no coti- dos urbanos, mas para reduzir os efeitos da erosão
diano das pessoas. laminar, que é provocada pela água da chuva e pre-
e) (F) Apesar de ser bastante utilizado nos centros urba- judica a ocupação humana e a agricultura em áreas
nos, os aparelhos de GPS, que funcionam a partir de encostas.
dos dados fornecidos pelo sistema descrito no c) (V) Os textos se referem à utilização do terraceamento,
texto, não foram criados com o objetivo de facilitar uma técnica desenvolvida pelos incas e que consiste
a mobilidade nesses locais. Eles foram desenvolvi- no manejo do solo por meio da construção de ter-
dos inicialmente pelos Estados Unidos para aten- raços, ou seja, degraus ao longo da encosta. Essa
der a objetivos militares. técnica é empregada para reduzir o escoamento
superficial da água a fim de conter o processo de
08 E erosão laminar. Dessa forma, ela ajuda a qualificar a
a) (F) A situação relatada no texto não evidencia a rele- ocupação de áreas de encostas que, especialmente
vância da cartografia para o avanço da tecnolo- em períodos chuvosos, sofrem com os deslizamen-
gia computacional, uma vez que o conhecimento tos de terra.
cartográfico é que vem sendo impulsionado pelo d) (F) Os textos se referem ao terraceamento, que é uma
desenvolvimento tecnológico. Ademais, o texto técnica exemplar no que se trata de uso e ocupa-
revela a relação entre os dados cartográficos e o ção do solo. Entretanto, essa técnica não é capaz
conflito que envolve Israel e Palestina. de reduzir o efeito orográfico sobre a circulação
b) (F) Embora a cartografia possa ser apropriada por de massas de ar, pois não interfere na altitude e na
diversos veículos de comunicação, o texto não dimensão do acidente geográfico, que são respon-
explora essa forma de utilização, uma vez que o sáveis por favorecer a ocorrência de precipitações.
Sindicato de Jornalistas da Palestina – que, no caso, e) (F) A utilização do terraceamento, técnica à qual os
representa um veículo de comunicação – não tem textos fazem referência, é indicada para diminuir os
os dados do aplicativo como fundamentais para o prejuízos causados pela ação das águas pluviais em
funcionamento de seus jornais, já que podem se áreas de encostas e não para combater ou refrear o
utilizar de outras fontes. surgimento de pragas e doenças que trazem prejuí-
c) (F) As empresas transnacionais são organismos ligados zos às lavouras.
ao atual estágio da globalização cujo processo pro-
dutivo transcende os limites territoriais do seu país 10 C
de origem. Apesar de os dados cartográficos serem a) (F) As intervenções de movimentos sociais que atuam
importantes para a instalação de companhias desse na conservação do meio ambiente são responsáveis
tipo, o caso tratado no texto não evidencia a rele- pelo avanço das políticas ambientais. Considerando
vância deles para o surgimento dessas empresas, que o ponto central da crítica presente no texto-
mas como a base cartográfica de uma delas tem -base é ser contra a elaboração de medidas que
fortalecido relações de poder. visam acelerar processos naturais para satisfazer
d) (F) Os dados cartográficos podem ser elementos necessidades humanas, não é correto afirmar que o
estratégicos para o estabelecimento de acordos refreamento das ações de movimentos ambientalis-
comerciais. Embora o caso relatado no texto possa tas é uma solução adequada para essa situação.
acarretar prejuízos econômicos para a Palestina, a b) (F) O texto-base aponta que o problema da escassez
relevância da cartografia para os acordos comer- dos recursos naturais não está relacionado unica-
ciais não é retratada no texto, que foca os conflitos mente ao crescimento populacional. Diante disso,
entre israelenses e palestinos. o controle das taxas de natalidade não representa
185
Ciências Humanas e suas Tecnologias
uma ação efetiva no combate à problemática e) (V) O texto descreve a ocorrência dos solstícios e dos
apresentada, visto que ela é ocasionada pelo con- equinócios, que são fenômenos astronômicos res-
sumo desenfreado dos recursos naturais. Sendo ponsáveis pela ocorrência das estações do ano. Eles
assim, a readequação dos padrões de consumo e ocorrem devido à mudança na inclinação do eixo de
dos modelos produtivos deve ser o foco de uma rotação do planeta Terra em relação ao Sol, a qual
medida efetiva.
promove as diferenças entre a duração dos dias e
c) (V) O texto-base critica medidas que buscam solu-
das noites nas áreas do planeta, conforme é apon-
cionar o problema do esgotamento dos recursos
naturais promovendo uma adequação da natureza tado pelo texto.
às demandas da sociedade. Dessa forma, a crítica
indica a necessidade de se desenvolverem alter- 12 B
nativas ambientalmente sustentáveis, ou seja, que a) (F) As chuvas ácidas são provocadas pela elevação do
ajustem os padrões de consumo à capacidade eco- nível de acidez decorrente do lançamento de poluen-
lógica do planeta. tes que alteram os processos que provocam as pre-
d) (F) No texto-base, é mencionada a necessidade de bus- cipitações. Embora seja mais recorrente em áreas
car alternativas de produção e consumo, porém elas
industriais e urbanas, como é o caso das capitais
não envolvem o resgate dos modos de produção
mencionadas pelo texto, o fenômeno não provoca,
que utilizavam técnicas artesanais. Ao citar a impor-
tância de encontrar meios para combater o esgo- diretamente, a elevação das médias de temperatura,
tamento dos recursos naturais e criticar as medidas especialmente na Região Norte do Brasil.
que buscam manter o ritmo de exploração, o texto b) (V) Ao mencionar o aumento do número de prédios, o
indica que os modos de solucionar o problema uso de concreto e asfalto e a retirada da cobertura
devem estar associados aos desafios atuais, o que vegetal, o texto faz referência a transformações rea-
invalida a proposição apresentada na alternativa. lizadas em áreas urbanas que ampliam a retenção
e) (F) Apesar de o aumento da demanda de alimentos de calor e, consequentemente, provocam a eleva-
ser um dos fatores responsáveis pelo consumo ção das temperaturas médias locais, caracterizando
desenfreado de recursos naturais, a elevação dos
a ocorrência de ilhas de calor. Esse fenômeno está
impostos de fabricação nas indústrias alimentícias
associado à expansão urbana desordenada e já
não é uma medida que contrapõe a problemática
apresentada no texto-base. A crítica presente no afeta há mais tempo cidades como Rio de Janeiro e
texto indica que devem ser desenvolvidas medidas São Paulo, conforme é mencionado no texto.
que adaptem os padrões de consumo da socie- c) (F) A inversão térmica é um fenômeno natural que
dade ao potencial produtivo da natureza. ocorre devido ao menor aquecimento do solo e da
camada de ar mais próxima à superfície terrestre
11 E durante o período de inverno. Em áreas urbanas,
a) (F) Os fenômenos descritos no texto são ocasionados esse fenômeno prejudica a qualidade do ar, pois
por alterações no ângulo de inclinação do eixo de ocasiona um acúmulo de poluentes lançados na
rotação da Terra. Dessa forma, eles estão relaciona- atmosfera. Contudo, ele não é comum nas capitais
dos a fatores externos à atmosfera e influenciam os mencionadas no texto, uma vez que elas se encon-
sistemas atmosféricos em vez de serem influencia- tram em áreas de clima equatorial. Além disso, a
dos por estes.
inversão térmica não tem como consequência o
b) (F) O momento em que a órbita da Terra está mais pró-
aumento das temperaturas médias.
xima do Sol é denominado periélio e não ocasiona
os fenômenos descritos no texto, que são respon- d) (F) O albedo indica a capacidade que diferentes
sáveis pela ocorrência das estações do ano. superfícies possuem de refletir a luz solar. Em
c) (F) A distribuição da massa no planeta Terra não ocorre linhas gerais, superfícies mais claras possuem maior
de forma homogênea. Isso acarreta uma variação albedo, pois refletem mais luz. Em contrapartida,
no campo gravitacional do planeta, ou seja, uma as superfícies mais escuras, comuns nas áreas urba-
alteração da gravidade de acordo com a localiza- nas em razão do concreto e do asfalto, apresentam
ção. Contudo, os fenômenos descritos no texto menor capacidade de reflexão. A luz não refletida
estão associados à mudança do eixo de rotação é absorvida e liberada em forma de calor. Dessa
terrestre, que pode receber a influência gravitacio- forma, a diminuição do albedo, e não a sua eleva-
nal exercida por forças externas ao planeta.
ção, contribui para o aumento das temperaturas.
d) (F) A redução dos gases que formam a camada de
e) (F) O fenômeno de desertificação é compreendido
ozônio é apontada por muitos pesquisadores como
um dos fatores responsáveis pela elevação da tem- pela degradação do solo, da vegetação e dos recur-
peratura terrestre, uma vez que essa camada fun- sos hídricos em áreas áridas e semiáridas. No Bra-
ciona como um filtro solar para o planeta. Todavia, sil, ele ocorre especialmente na Região Nordeste;
a redução dos gases que a compõem não ocasiona sendo assim, não é o responsável pelas alterações
os fenômenos descritos no texto. climáticas das capitais mencionadas no texto.
186
Ciências Humanas e suas Tecnologias
13 C 15 E
a) (F) A deposição de sedimentos decorrentes de dinâ- a) (F) De acordo com o texto, o tratado mencionado tem
micas de rios e lagos constitui o processo de forma- o objetivo de potencializar o aproveitamento hidrelé-
ção de rochas sedimentares, classificação que não trico do Rio Paraná pelo Brasil e pelo Paraguai, e não
contempla o mármore, material rochoso utilizado objetiva ampliar o território brasileiro.
na construção do Taj Mahal. b) (F) O fragmento não expressa que o tratado mencionado
b) (F) O resfriamento do magma dentro da crosta terres- objetiva homogeneizar as relações entre o Brasil e o
tre configura um processo mais lento, que colabora Paraguai, e sim estimular o aproveitamento hidrelé-
para a formação das estruturas cristalinas e para o
trico dos recursos do Rio Paraná, o qual faz divisa
aumento da granulometria da rocha, dando origem
entre o Brasil e o Paraguai.
às rochas ígneas intrusivas ou plutônicas, como o
c) (F) A finalidade do tratado apresentado é estimular
granito, divergindo do processo de formação do
mármore, material presente no monumento indi- o aproveitamento do potencial energético do Rio
cado no fragmento. Paraná, e não promover a alteração nas fronteiras ter-
c) (V) Conforme apontado pelo texto, a estrutura do Taj ritoriais preexistentes nessa região.
Mahal é constituída de mármore. Esse material con- d) (F) A geração de energia estabelece a integração entre
siste em uma rocha metamórfica formada a partir os países da Bacia do Prata, mais precisamente
das transformações físicas e químicas sofridas pelo entre Paraguai e Brasil, o que exclui outros países
calcário em ambientes de altas temperatura e pres- sul-americanos das negociações. Além disso, o
são. Esse tipo de rocha é comumente empregado texto não evidencia a intenção de formar um bloco
em trabalhos artísticos, como esculturas, e na cons- econômico entre esses países.
trução civil. e) (V) A utilização do potencial hidrográfico do Rio Paraná
d) (F) Os evaporitos são rochas sedimentares formadas a representa a consolidação do projeto geopolítico
partir da consolidação de camadas de sais que ocorre brasileiro de aproveitamento dos recursos fronteiriços
após a precipitação em ambientes geralmente lito- do Rio Paraná. Uma evidência disso é o fato de esse
râneos e com elevadas taxas de evaporação. Esse tratado estipular que o Paraguai deve vender o seu
processo, portanto, não corresponde ao de forma- excedente energético ao Brasil até 2023.
ção do mármore, rocha mencionada pelo texto.
e) (F) Em decorrência da grande variação de temperatura
16 B
existente entre os ambientes internos e externos
do planeta, observa-se o rápido resfriamento e soli- a) (F) O texto indica que o objetivo da escala está rela-
dificação do magma após erupções vulcânicas. O cionado ao tamanho e à dimensão de fenômenos
evento provoca a formação das rochas magmáticas estudados. Logo, o texto não expõe a função da
extrusivas ou vulcânicas, geralmente sem estrutura escala de indicar a distância entre locais.
cristalina bem constituída, como o basalto, e não b) (V) A delimitação de uma área é a maneira como o
leva à formação do mármore. pesquisador define a dimensão do seu objeto de
estudo. De acordo com o texto, a escala é uma fer-
14 E
ramenta para isso. Desse modo, dependendo do
a) (F) A inclinação do eixo terrestre não interfere na defini- interesse do pesquisador, ela definirá se a escala
ção do sistema de fuso horário uma vez que ela pro-
será pequena ou grande como meio para delimitar
duz variações de luminosidade no sentido latitudinal.
a área sobre a qual realizará seus estudos.
b) (F) Os fusos horários são consequência tanto da forma
geoide da Terra como do movimento de rotação. c) (F) Na verdade, a escala fornece informações relacio-
Assim, a distância entre o Sol e a Terra não delimita nadas à proporção da representação da realidade
a existência de fusos horários, e sim as diferenças em um plano, com o intuito de definir e dimensio-
entre a forma como a luz solar chega em determi- nar uma área para o estudo de um fenômeno. A
nadas regiões. determinação de coordenadas geográficas está
c) (F) O tamanho dos territórios no sentido latitudinal relacionada a outros elementos cartográficos ou
(norte-sul) não influencia na diferença de horário tecnológicos – o GPS, por exemplo.
entre os países, visto que utilizam-se os meridianos, d) (F) É possível afirmar que todo mapa terá distorções
ou seja, a extensão no sentido oeste-leste, para o em relação à área representada, independente-
cálculo dos fusos horários. mente da escala utilizada. Assim, embora tenha
d) (F) O movimento de translação não é responsável dire-
relação com dimensões, como exposto no frag-
tamente pela variação de luminosidade que resulta
mento, a correção de distorções não é realizada
na diferença de horários entre o Brasil e a Austrália.
No caso, o sistema de fusos horários é organizado pela escala.
em relação ao movimento de rotação. e) (F) A escala para a cartografia, de acordo com o texto, é
e) (V) Brasil e Austrália são países localizados em hemisfé- um meio de dimensionar um fenômeno em estudo.
rios diferentes em relação ao Meridiano de Green- Portanto, não tem a pretensão de aumentar a rea-
wich. Dessa forma, apresentam grande distancia- lidade. Ademais, a escala apresenta as dimensões
mento no sentido leste-oeste, ou seja, longitudinal. reais em uma representação reduzida.
187
Ciências Humanas e suas Tecnologias
188
Ciências Humanas e suas Tecnologias
e) (F) O terraceamento é uma técnica agrícola que contri- d) (F) O Brasil possui reservas e realiza a geração de ener-
bui para conter os processos erosivos causados pelo gia a partir de outras fontes, como por meio de com-
escoamento da água em áreas com maiores decli- bustíveis fósseis, não sendo essa uma questão de
ves, como as regiões montanhosas. Logo, essa téc- incapacidade. Conforme exposto no texto, as ener-
nica evita os processos erosivos, e não os estimula. gias renováveis participam da produção energética,
mas ainda há a atuação de fontes tradicionais.
21 C e) (V) O texto enfatiza que o crescimento da participação
de fontes renováveis na matriz energética do Brasil
a) (F) As monções asiáticas não são originadas de eleva- representa uma produção limpa, com baixa emis-
das taxas de evapotranspiração, visto que consti- são de carbono, alinhada com os compromissos
tuem um deslocamento de massas de ar úmidas até assumidos no Acordo de Paris para a contenção do
a porção continental e que têm origem no Oceano aquecimento global.
Índico. Dessa forma, não há influência direta das
formações vegetais da região. 23 A
b) (F) As correntes marítimas frias colaboram para a redu- a) (V) De acordo com o texto, a cartografia é utilizada
ção das taxas de precipitação nas porções próxi- como instrumento político e cultural, visando legi-
mas ao seu deslocamento, não constituindo um timar a dominação de territórios e as relações de
fator favorável para a ocorrência das chuvas abun- poder, função que se destacou durante as Grandes
dantes mencionadas no texto-base. Navegações.
c) (V) As monções são ventos regionais cuja direção é b) (F) O texto faz referência a uma mudança na denomina-
alterada sazonalmente, ou seja, em épocas especí- ção dada ao continente colonizado e, portanto, não
ficas do ano, em decorrência da variação de aque- representa a constituição de uma cultura enquanto
cimento das superfícies continentais e oceânicas, a conjunto de práticas, hábitos e conhecimentos com-
qual implica a alternância dos sistemas de baixa e partilhados entre um grupo de indivíduos.
alta pressão. Durante o verão, período abordado c) (F) A demarcação de rotas e percursos marítimos cons-
no texto, um sistema de baixa pressão localiza-se tituiu uma importante contribuição da cartografia,
sobre o continente e atrai ventos úmidos origi- principalmente durante os períodos colonialistas.
nados no Oceano Índico. Esses ventos provocam No entanto, no texto, não há menção ao uso do
elevados índices pluviométricos, importantes para conhecimento cartográfico para esse fim.
a manutenção da agricultura regional, mas que d) (F) Os idiomas constituem um conjunto complexo de
geram alagamentos em áreas urbanizadas. símbolos, sons e de normas utilizados como lingua-
gem pelo ser humano e, consequentemente, por
d) (F) As brisas de montanha e vale são ventos que resul-
um povo específico. Dessa forma, a opção pela
tam do rápido resfriamento do ar na montanha
palavra América para denominar o novo continente
durante a noite e não estão relacionadas a eventos
abordado no texto constitui apenas uma adequa-
de intensas precipitações que ocorrem nos países ção, e não um processo histórico de surgimento de
asiáticos mencionados no texto-base. um idioma.
e) (F) Apesar dos efeitos associados ao aquecimento glo- e) (F) O texto enfatiza o uso da cartografia na definição
bal, a ocorrência das monções é um padrão climático dos nomes, pelos “descobridores”, como uma
que se mantém na porção do continente asiático expressão de poder e dominação sobre as terras
mencionada no texto, ou seja, não se trata de um do novo continente. Não há menção sobre o uso
fenômeno recente. Conforme apontado, as monções dos capitais para produção cartográfica.
são um importante fator na manutenção da agricul-
tura regional, desenvolvida ao longo de milênios. 24 A
a) (V) De acordo com o texto-base, as formas de relevo
22 E que hoje são aparentes derivam da ação erosiva
a) (F) Não é mencionado no texto-base que o aumento da que as desgasta, resultando, por exemplo, no deli-
geração de energia renovável no território nacional neado morfológico das serras.
garanta ao país uma posição de liderança na produ- b) (F) O texto-base se refere aos sedimentos para rela-
ção mundial, uma vez que os resultados têm como cioná-los à idade do relevo e afirma que aqueles
não são suficientes para consolidar novas formas
destino o abastecimento da demanda interna.
semelhantes de relevo, ou seja, não é correto afir-
b) (F) As energias eólica e solar não são totalmente isen-
mar que a dispersão de sedimentos é responsável
tas de impactos ambientais, uma vez que provocam por ampliar as estruturas das formas de relevo ori-
alterações nas paisagens e a retirada da cobertura ginadas a partir de dobramentos antigos.
vegetal durante a construção das usinas. Assim, não c) (F) De acordo com o texto-base, a ação endógena
há, no texto, o objetivo explícito de eliminar impac- foi mais importante no início da formação desse
tos ambientais, mas de reduzir esses impactos. relevo, dando origem às estruturas dobradas dos
c) (F) Apesar de a redução de preços para o consumi- cinturões orogenéticos.
dor final ser uma realidade da aplicação da ener- d) (F) As serras e planaltos mencionados no texto têm sua
gia renovável, o texto enfatiza, em detrimento dos origem como resultado da ação erosiva contínua,
financeiros, os objetivos ambientais relacionados a que segue rebaixando tais formas de relevo, não do
essa transformação na matriz energética brasileira. transporte de materiais oriundos de outras áreas.
189
Ciências Humanas e suas Tecnologias
e) (F) O texto-base menciona que a erosão e o conse- e) (F) Os subsídios para promover o desenvolvimento
quente rebaixamento do relevo de planaltos e industrial do Brasil a partir do melhor aproveita-
serras estão ocorrendo desde sua origem, carac- mento dos seus recursos naturais não são capazes
terizando, portanto, um processo que não apre- de neutralizar todos os problemas ambientais exis-
senta interrupções. tentes no país, visto que esses impactos ambientais
podem ser observados nas atividades agrícolas e
25 D no uso doméstico dos recursos.
a) (F) Apesar de as práticas agrícolas indevidas serem
uma das causas para a intensificação da degrada- 02 E
ção ambiental no bioma Caatinga, as áreas des-
tacadas no mapa não indicam a demarcação dos a) (F) A globalização ampliou a dinâmica de integração
territórios de cultivo agrícola, mas as áreas afetadas cultural e de organização econômica e social, como
pela desertificação. o texto indica. Assim, é incorreto afirmar que esse
b) (F) Apesar de o uso indevido de agrotóxico ser uma fenômeno reduziu os fluxos logísticos entre as
das causas da desertificação, não é correto afirmar nações, pois ele foi, na verdade, responsável por
que as áreas destacadas no mapa correspondem, ampliá-los.
necessariamente, às áreas onde esse uso é intenso, b) (F) O texto não indica que a globalização gerou a fle-
já que essa não é a única causa da desertificação. xibilização dos direitos humanos, e sim que esse
c) (F) A ocorrência de chuva ácida é um fenômeno típico fenômeno gerou novas dinâmicas de concentração
de regiões com elevado nível de industrialização, o e de centralização do capital e dos meios de comu-
que não condiz com as áreas destacadas no interior nicação.
da Região Nordeste. c) (F) O processo de globalização, abordado no texto,
d) (V) As regiões destacadas no mapa se referem a áreas ocasionou o aumento da exploração dos recursos
com nível de degradação ambiental muito grave.
naturais e intensificou os impactos ambientais a
Assim, pelo conhecimento relacionado aos tipos
nível global. Assim, é incorreto afirmar que a globa-
de degradação ambiental, verifica-se que as áreas
lização gerou a diminuição desses impactos.
indicam núcleos de desertificação do espaço do
bioma da Caatinga. d) (F) O fenômeno da globalização gerou a dinamicidade
e) (F) As regiões com nível muito alto de degradação da circulação de capitais, como o texto indica.
ambiental configuram núcleos de desertificação, Nesse sentido, a globalização ampliou a propaga-
caracterizados pela baixa ocorrência de chuvas. ção de capitais e de investimentos industriais entre
os países, e não o contrário.
Geografia 2 e) (V) De acordo com o fragmento, a globalização gerou
a “concentração-centralização de capital e o desen-
volvimento dos meios de comunicação”. Nesse
01 C
sentido, com base no texto, é correto afirmar que
a) (F) Para assumir a hegemonia na pauta ambiental por esse fenômeno gerou a monopolização ou a con-
meio do investimento em soluções de baixo car- centração dos interesses socioeconômicos dos paí-
bono, o governo brasileiro precisaria superar, tanto ses desenvolvidos sobre os demais países do globo
no âmbito geopolítico quanto no econômico, a terrestre.
atual centralidade que a União Europeia possui no
campo do desenvolvimento sustentável, por exem-
plo. Além disso, não é defendido no texto que o 03 C
Brasil assuma uma postura hegemônica na pauta a) (F) A variação dos números nas pirâmides etárias indica
ambiental em detrimento de outros países. que a população brasileira está envelhecendo e,
b) (F) O texto indica que o investimento em soluções de por esse motivo, em vez de conter, será preciso
baixo carbono e em energia renovável pode ser aumentar a cobrança de impostos federais entre a
uma forma de impulsionar o setor industrial brasi- parcela da população economicamente ativa.
leiro, mas não aponta que o governo brasileiro vai b) (F) As pirâmides etárias indicam que as taxas de mor-
conseguir liderar a produção mundial se passar a talidade estão diminuindo. Por esse motivo, não
adotar esse tipo de investimento. há indicações de que, a longo prazo, será preciso
c) (V) Segundo o texto, a realização de investimentos investir em estudos científicos para diminuir a mor-
para a implementação de soluções de baixo car- talidade da população.
bono e de energia renovável permitiria o melhor c) (V) Os dados das pirâmides etárias indicam que a popu-
aproveitamento do capital natural do Brasil. Nesse lação brasileira está envelhecendo gradualmente.
sentido, a adoção dessas medidas também fomen- Alinhadas a isso, as taxas de natalidade estão dimi-
taria o desenvolvimento sustentável do país. nuindo, assim como o número de pessoas em idade
d) (F) De acordo com o texto, a realização de inovações economicamente ativa. Por esse motivo, a longo
sustentáveis no setor industrial impulsionaria o prazo, o governo brasileiro precisará investir gran-
desenvolvimento econômico do Brasil, e não redu- des quantias em medidas de assistência à crescente
ziria a participação do agronegócio na balança população economicamente inativa (formada princi-
comercial. palmente por pessoas idosas).
190
Ciências Humanas e suas Tecnologias
d) (F) Os números presentes nas pirâmides etárias indi- b) (V) No texto, apresenta‑se uma dinâmica territorial
cam que as taxas de natalidade têm diminuído com que, no mundo globalizado, é inerente a empre-
o passar do tempo. Dessa forma, se quiser aumen- sas que conseguem transpor as fronteiras de seus
tar o número de indivíduos economicamente ativos, territórios originários, conseguindo se disseminar
o governo deverá estimular o crescimento familiar, pelo espaço mundial. Por terem essa caracterís-
não o combater. tica, essas empresas são denominadas transnacio-
e) (F) Os dados presentes nas pirâmides etárias indicam nais e têm exercido bastante influência no cenário
que o número de pessoas economicamente ativas
mundial, expressando aspectos marcantes do pro-
está diminuindo gradualmente. Para compensar
cesso de globalização.
isso, o governo deverá investir na regularização
c) (F) Embora as instituições financeiras, como bancos e
dos trabalhadores, estimulando o pagamento de
impostos e de taxas públicas. Essas cobranças nem companhias de crédito, sejam agentes importantes
sempre são pagas integralmente por trabalhadores no processo de globalização, elas não possuem a
autônomos informais. mesma lógica territorial apresentada no texto, visto
que estão focadas primariamente na gestão do
04 E capital financeiro, e não na forma como os proces-
sos de produção industrial são realizados.
a) (F) A herança colonial é parte da formação histórica
d) (F) No mundo globalizado, os blocos econômicos exer-
e econômica da Índia, da África do Sul e do Bra-
cem um papel de destaque, visto que representam
sil. Por sua vez, não se verifica o mesmo tipo de
herança colonial na China, já que apenas Macau e a dinâmica do encurtamento das distâncias e do
Hong Kong foram colonizados por europeus. Já a rompimento de fronteiras para as relações econô-
Rússia possui um contexto histórico diferente, visto micas. Contudo, a lógica territorial dos blocos eco-
que integrou um império e, com a chegada dos nômicos não se desenvolve da mesma maneira da
representantes socialistas no poder, passou a com- que é apresentada no texto, uma vez que a ação
por a URSS. desses organismos prioriza o benefício econômico
b) (F) Os países destacados no mapa apresentam estru- de países, e não de uma corporação específica.
turas e regimes políticos diferentes. Países como e) (F) A dinâmica territorial apresentada no texto
Índia, África do Sul e Brasil possuem regimes demonstra a atuação de companhias transnacio-
democráticos, enquanto a Rússia é apontada como nais, que ultrapassam as fronteiras dos seus países
uma autocracia e a China é dirigida por um partido de origem, e não a de agências estatais, que são
único. organizações mantidas pelo próprio Estado.
c) (F) As disputas fronteiriças não constituem a base da
regionalização representada, a qual destaca os paí-
ses-membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China 06 D
e África do Sul). Na realidade, o elemento que une a) (F) O grafite, abordado no texto, é caracterizado por
esses países é o fato de eles serem economias romper com a monocromia da arquitetura urbana.
emergentes que buscam estabelecer uma coopera- Outro traço marcante dessa manifestação artística
ção em diferentes áreas, como ciência, tecnologia e é o fato de ela ressignificar os espaços, dando um
promoção de atividades comerciais. novo aspecto à paisagem. Sendo assim, ela não
d) (F) Os países destacados apresentam grandes dife- conserva padrões arquitetônicos e não é responsá-
renças culturais, históricas, linguísticas e religiosas.
vel por estimular o turismo histórico.
Portanto, não se observa uma identidade cultural
b) (F) O texto se refere ao grafite, uma manifestação
semelhante entre eles.
artística caracterizada pela criticidade. Dessa
e) (V) Os países destacados constituem o BRICS, agrupa-
forma, é incorreto afirmar que o grafite reforça
mento delimitado pelo potencial de crescimento
econômico e de ascensão dos países-membros a ideais do capitalismo, visto que essa manifestação
polos da economia mundial no século XXI. A atua- não está ligada a uma visão política específica e,
ção desse bloco é uma forma de favorecer a ascen- muitas vezes, critica princípios capitalistas. Além
são de economias de países que antigamente eram disso, embora possa ser usado para divulgar pla-
classificados apenas como subdesenvolvidos. nos governamentais, a notoriedade do grafite não
esteve associada a essa função.
05 B c) (F) Apesar de ser uma forma de arte em que as emo-
a) (F) Os organismos intergovernamentais são organiza- ções pessoais são, muitas vezes, representadas, a
ções internacionais que reúnem diferentes países notoriedade do grafite foi impulsionada pelo fato
com o objetivo de buscar algo em comum, como é de promover críticas a diversos aspectos da socie-
o caso da ONU. Apesar de a atuação desses orga- dade. Ademais, o fragmento não indica que o gra-
nismos ultrapassar fronteiras nacionais, diferente- fite rompe com as técnicas artísticas clássicas, visto
mente da lógica territorial apresentada no texto, que muitos artistas podem ressignificá-las por meio
eles não estão baseados em aspectos produtivos. de suas obras de grafite.
191
Ciências Humanas e suas Tecnologias
192
Ciências Humanas e suas Tecnologias
d) (V) Conforme pode ser observado na notícia, a econo- b) (F) O texto indica que o acesso e a utilização de ferra-
mia peruana passou por grandes mudanças após mentas digitais nas atividades rurais vêm crescendo
sua abertura ao mercado global. Esse processo de nos últimos anos. Ainda que algumas dessas tec-
crescimento econômico se deve especialmente nologias busquem garantir a preservação de espé-
ao aumento da exportação de minerais. Além das cies, este não é o objetivo primário dos produtores
mudanças econômicas, as mobilizações populares rurais que as utilizam. Uma evidência disso é o fato
viabilizaram a implementação de programas sociais de que as taxas de desmatamento continuam avan-
que contribuíram para a mudança na estrutura çando no país.
social peruana. c) (F) A concentração fundiária é um problema que afeta
e) (F) Embora muitos países em desenvolvimento tenham principalmente as áreas rurais do Brasil. Apesar de
ampliado os investimentos em inovação tecnoló- as políticas que visam a uma maior democratização
gica, a notícia indica que a mudança na estrutura do acesso à terra, especialmente no campo, terem
social do Peru ocorreu especialmente devido à inser- avançado nos últimos anos, elas não foram conse-
ção da produção do país no mercado global. quência direta da implementação de tecnologias
nas atividades rurais, que é retratada no texto.
10 A d) (V) O texto apresenta uma mudança na realização das
a) (V) A notícia se refere a uma medida do governo atividades do setor agropecuário que foi provocada
estadunidense para restringir as ações de vigi- pela modernização das técnicas e pela ampliação
lância digital no país. Nos últimos anos, a discus- do acesso às novas tecnologias. Essas mudanças
são em torno da segurança de dados particulares têm resultado, principalmente, na elevação da
no ambiente virtual tem sido acentuada devido capacidade produtiva.
às ações de espionagem por parte de agências e) (F) O texto trata da incorporação de tecnologias no
governamentais. Dessa forma, a medida noticiada setor agropecuário, que tem contribuído para o
evidencia uma preocupação com os direitos civis, aumento da produção agrícola. Embora muitas téc-
especialmente com os que tratam da liberdade e nicas monitorem de forma mais clara a influência da
da privacidade dos indivíduos. pluviometria e os dados meteorológicos, elas não
b) (F) Embora a tecnologia venha sendo utilizada, em são capazes de diminuir os índices de chuva.
alguns casos, para acentuar conflitos étnico-raciais,
12 C
essa não é a preocupação evidenciada na notícia.
O texto trata de uma medida governamental para a) (F) Ainda que o texto 1 apresente o processo de recu-
restringir as ações de vigilância a fim de preservar a peração econômica de um país que detém uma
liberdade dos indivíduos. ampla tradição no ocidente, o legado cultural não
c) (F) A disseminação de notícias falsas representa uma é o ponto destacado na relação entre os textos. Ao
das maiores preocupações contemporâneas liga- comparar os casos, é possível observar que a inte-
das ao uso da tecnologia. Porém, o texto não se gração econômica regional dos países é o fator de
refere a esse aspecto. Em vez disso, trata de uma diferença entre eles.
medida que tem o objetivo de impedir a supressão b) (F) A influência da extensão territorial no processo de
das liberdades civis. recuperação de países em crise não é destacada na
d) (F) A intensificação do uso da tecnologia tem alte- relação entre os textos, uma vez que eles demons-
rado o funcionamento das relações interpessoais tram a importância da integração econômica regio-
na atualidade. Entretanto, a preocupação eviden- nal. Esse fato pode ser observado no texto 1 pela
ciada no texto se refere à implementação de uma atuação da União Europeia na recuperação da Grécia.
medida que visa impedir que a tecnologia se torne c) (V) O texto 1 apresenta o processo de recuperação
uma ameaça aos direitos civis. enfrentado pela Grécia após a grave crise econô-
e) (F) O aumento do número de transações comerciais mica que afetou o país, a qual gerou uma elevada
no ambiente virtual e a incorporação de recursos dívida externa, além das altas taxas de desem-
tecnológicos nos estabelecimentos comerciais prego e do descontentamento popular. Já o texto 2
têm influenciado a dinâmica das economias locais. retrata a crise enfrentada pela Venezuela, que
Porém, esse não é o aspecto tratado na notícia, a tem se transformado em um problema humanitá-
qual destaca uma medida que busca garantir o res- rio. Logo, a relação entre os casos apresentados
peito aos direitos civis limitando ações de espiona- demonstra a influência da integração regional no
gem por meio da tecnologia. processo de recuperação de países em crise, uma
vez que o apoio da União Europeia foi fundamental
11 D na recuperação da Grécia, enquanto a Venezuela
tem enfrentado maiores dificuldades por não con-
a) (F) Devido às discussões em torno do uso de agrotóxi- tar com o apoio econômico de muitos países.
cos e de sementes transgênicas, a agricultura orgâ- d) (F) Os textos indicam a influência da integração econô-
nica tem ganhado notoriedade nos últimos anos. mica regional no enfrentamento de crises econômi-
Entretanto, o texto indica uma mudança acarretada cas, destacando a diferença entre os casos da Grécia
pelo uso de novas tecnologias nas atividades agrí- e da Venezuela. Ainda que seja um fator que impul-
colas que, muitas vezes, visam ao aumento da pro- siona muitas economias, o patrimônio ambiental dos
dução, e não à valorização do cultivo orgânico. países não é destacado nos textos.
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194
Ciências Humanas e suas Tecnologias
d) (F) O crescimento da onda de imigrantes venezue- d) (F) O avanço dos cultivos de soja e milho no período
lanos não está associado à execução de progra- analisado está associado ao contexto de moder-
mas que visam atrair trabalhadores ou imigrantes nização da agricultura brasileira. Esse processo
estrangeiros para o Brasil, uma vez que, no período modernizador busca elevar o grau de mecanização
apresentado, o Brasil passou por uma conjuntura para promover ganhos de produtividade, o que
de instabilidade econômica, marcada pela eleva- leva a uma redução da empregabilidade e dos cus-
ção das taxas de desemprego e de desocupação tos com a mão de obra.
da população economicamente ativa. e) (F) A utilização de insumos agrícolas como agrotóxi-
e) (F) A delimitação da fronteira entre Venezuela e Brasil cos, defensivos e fertilizantes também contribuiu
não é recente. Portanto, essa não pode ser consi- para o aumento na produtividade desses grãos
derada a causa da onda migratória venezuelana em observada nos mapas. Logo, é incorreto afirmar
direção ao Brasil nos anos apresentados no gráfico. que houve uma redução na aplicação desses insu-
mos no período indicado.
16 B
a) (F) O texto não faz menção à interferência de outros 18 A
países, sobretudo aqueles fora do contexto sul- a) (V) A oferta de incentivos fiscais, o barateamento dos
-americano, na decisão de saída do Brasil do tratado. custos com mão de obra e a redução da pressão
De acordo com o texto, a ação estaria relacionada à sindical foram elementos que impulsionaram o pro-
perda de efeitos práticos e o envolvimento do país cesso de desconcentração industrial, intensificado a
com o Mercosul. partir da década de 90 no país. Esse processo teve as
b) (V) O texto informa que as nações saíram da Unasul, pequenas e médias cidades de outras regiões como
inclusive o Brasil, devido à perda dos efeitos prá- novas áreas de atração, conforme o texto sinaliza.
ticos do tratado. Ou seja, a organização já não b) (F) Os investimentos em infraestrutura de transporte
no país, mesmo com a demanda, são, em sua maio-
funcionava de modo eficiente, uma vez que outras
ria, concentrados em rodovias. Além disso, o texto
organizações, como o Mercosul, executam papéis
não enfatiza a contribuição da expansão do modal
semelhantes.
ferroviário para as alterações nos movimentos
c) (F) O fortalecimento de laços democráticos não foi migratórios apresentados.
apontado pelo texto como a razão para a saída c) (F) O texto não expõe que a alteração no padrão dos
do Brasil da Unasul, e sim o desgaste de algumas movimentos migratórios foi consequência da popu-
nações em relação aos acordos firmados na Unasul. larização do acesso aos aeroportos. Na realidade, o
d) (F) Existe desigualdade social tanto entre os países da excerto aponta que essa alteração ocorreu devido
Unasul quanto dentro do Brasil. Entretanto, o texto ao esgotamento dos postos de trabalho no eixo
não aponta essas situações como razões para a Centro-Sul e à expansão de atividades econômicas
saída do Brasil da organização. em outras regiões brasileiras.
e) (F) Não há uma busca por unificação comercial com d) (F) Apesar de o texto mencionar a expansão de opor-
outros países por parte do Brasil. Assim, não foi tunidades econômicas em outras regiões do país,
esse o motivo da saída do país da entidade Unasul. acompanhada da redução de postos de trabalho no
Centro-Sul, não é possível afirmar que esse processo
17 A foi consequência da eliminação total das disparida-
des regionais, uma vez que essas desigualdades são
a) (V) Os mapas evidenciam a apropriação de novas áreas
resultado de longos processos históricos presentes
de cultivo de soja e milho, o que permite o avanço na organização do território brasileiro.
das atividades produtivas capitalistas sobre o espaço e) (F) O agronegócio brasileiro, em especial na Região
natural. Dessa forma, a expansão dessas áreas de Centro-Sul, é caracterizado pela elevada produtivi-
produção de grãos sobre os biomas do Cerrado, dade em decorrência da modernização das práticas
Mata de Cocais e Floresta Amazônica corresponde agrícolas. Dessa forma, não se observa redução nos
ao avanço da fronteira agrícola brasileira, processo resultados obtidos que justifique essa alteração nos
de grande relevância para a economia nacional, mas fluxos migratórios e na distribuição populacional.
que contribui para ampliar a degradação ambiental.
b) (F) A evolução observada nos mapas indica que, ao 19 D
longo dos anos, houve um aumento do investi- a) (F) As sociedades estamentais são aquelas em que os
mento de capitais nas áreas indicadas por parte dos grupos sociais são divididos em estamentos, ou
proprietários ou das companhias, as quais expandi- seja, em camadas sociais bem definidas, nas quais a
ram as fronteiras agrícolas locais, e não uma redu- possibilidade de mobilidade social é praticamente
ção de capitais investidos. inexistente. O texto-base não faz referência a esse
c) (F) A expansão das áreas de cultivo de grãos, como a tipo de sociedade.
soja e o milho indicados no mapa, constitui mais b) (F) Embora algumas políticas militaristas no Brasil
um elemento para ampliar, e não atenuar, os confli- tenham sido adeptas do neoliberalismo, não é pos-
tos no espaço agrário brasileiro, pois potencializa o sível afirmar que essas políticas estão descritas no
avanço de forças econômicas sobre o espaço natu- texto, pois há outras e mais marcantes característi-
ral e sobre as pequenas propriedades rurais locais. cas da vertente militarista.
195
Ciências Humanas e suas Tecnologias
c) (F) Ainda que a adesão ao neoliberalismo no Brasil e) (F) Além das pequenas populações, os Tigres Asiáticos
tenha ocorrido com o interesse de promover o cres- constituíam países com quadro clássico de subde-
cimento econômico da nação, o texto não descreve senvolvimento, incluindo o baixo poder de compra
a exaltação de valores nacionais. do mercado consumidor interno. Dessa forma, a
d) (V) O modelo neoliberal tem como proposta superar as elevação do poder de compra constitui uma con-
crises do capitalismo diminuindo a participação do sequência do período de crescimento econômico
mencionado pelo texto, e não uma causa.
Estado na esfera econômica por meio de privatiza-
ções de empresas públicas. Assim, percebe-se que
21 A
o texto descreve essa vertente político-econômica.
a) (V) A charge apresenta um mapa que localiza os terri-
e) (F) A proposta do modelo neoliberal é a de privatizar
tórios ucraniano e russo. Dessa forma, observa-se
as empresas estatais públicas oferecendo-as para
a substituição da península da Crimeia – ao sul da
serem administradas pelo capital internacional, o Ucrânia – pela figura de um urso (símbolo da Rús-
que caracteriza uma diminuição do papel da eco- sia), a qual, embora com traços diferentes, também
nomia nacional. Ou seja, a proposta neoliberal des- foi utilizada para representar uma porção do ter-
crita não está alinhada ao protecionismo. ritório russo, com o objetivo de fazer referência à
ligação étnica entre os povos russo e ucraniano e
20 D ao processo de anexação da Crimeia à Federação
a) (F) Um dos elementos principais para o entendimento Russa, realizado entre os anos de 2013 e 2014.
b) (F) Ao colocar as figuras dos ursos uma de frente para a
do crescimento econômico dos países pertencentes
outra, em uma posição de confronto, a charge pode-
aos Tigres Asiáticos está relacionado com o papel ria expressar uma situação de confronto entre Rús-
do Estado na condução do processo de industria- sia e Ucrânia decorrente da expansão da influência
lização e na instituição das plataformas de exporta- ucraniana mencionada na alternativa, mas isso não
ção por meio do fornecimento de incentivos fiscais se verifica na organização recente das relações geo-
e aplicação dos investimentos estrangeiros em áreas políticas retratadas.
c) (F) A Ucrânia é um país localizado no continente euro-
estratégicas, como infraestrutura e educação.
peu, conforme pode ser observado no mapa pre-
b) (F) Coreia do Sul, Taiwan e Singapura são países com sente na charge. Porém, o país ainda não integra
limitadas extensões territoriais, pouco favoráveis a União Europeia. Portanto, a anexação represen-
ao desenvolvimento de atividades primárias, como tada não configuraria um movimento de aproxi-
agropecuária e extrativismo mineral, cuja produção mação do governo russo com esse bloco, apesar
constituem as commodities. Logo, é correto afirmar do posicionamento próximo dos ursos da charge.
Ao contrário, observam-se tentativas frustradas de
que o crescimento econômico do grupo se deve à
estreitamento de relações.
industrialização promovida por capitais e empre- d) (F) A charge, ao utilizar a figura do urso para repre-
sas internacionais, e não ao aumento de taxas de sentar a Rússia e a Ucrânia, indica a agressividade
exportação de commodities. ucraniana ao lidar com a Rússia, o que pode ser
c) (F) Os Tigres Asiáticos iniciam o seu período de cres- associado ao crescimento econômico ucraniano.
cimento econômico dentro do contexto da Guerra Nesse sentido, a Ucrânia apresenta bons índices de
desenvolvimento humano, assim como bons resul-
Fria, período histórico marcado pela bipolaridade
tados no setor agrícola, industrial e de tecnologia.
e pelo intervencionismo político, econômico e mili- Portanto, ela não pode ser considerada como um
tar dos Estados Unidos e da antiga União Soviética. país subdesenvolvido.
Nesse contexto, o grupo de países mencionados e) (F) Novamente, o posicionamento próximo entre os
no texto obteve investimentos de origem estaduni- ursos apresentados na charge colabora para uma
dense com o objetivo de consolidar o capitalismo e interpretação de que há uma aproximação entre
Ucrânia e o governo russo. Entretanto, a charge
coibir o avanço do socialismo sobre mais áreas do
não aponta para um amplo apoio internacional ao
continente asiático. projeto de reconstrução geopolítica da Rússia, uma
d) (V) O aumento na renda per capita da Coreia do Sul, vez que esse país suscita conflitos com outros paí-
Taiwan e Singapura – que rendeu aos países o ape- ses do Leste Europeu, com a União Europeia e com
lido de Tigres Asiáticos – é resultado do processo os Estados Unidos, por exemplo.
de industrialização que ocorreu com a instalação de
22 C
empresas transnacionais cuja produção de bens de
consumo está orientada para o mercado externo. a) (F) Na visão de Bauman, a globalização traz consequên-
cias negativas para a sociedade, como a diferen-
Esse modelo, denominado plataforma de exporta-
ciação entre as pessoas e a restrição da liberdade
ção, somou-se a iniciativas governamentais, como e autonomia individuais. Portanto, é incorreto dizer
investimentos em educação e infraestrutura, incen- que o texto aponta para a reciprocidade como uma
tivos fiscais e desvalorização cambial. consequência do fenômeno globalizante.
196
Ciências Humanas e suas Tecnologias
b) (F) Segundo o texto, a globalização atinge todos os c) (V) De acordo com o texto-base, a malha de transporte
locais no globo, mas de forma diferente, gerando reflete a relação da sociedade com os espaços e
desigualdades no acesso aos mecanismos integra- exemplifica a forma como esta se apresenta: com
dores que a própria globalização promove. Além suas permanências em relação às desigualdades e
disso, o texto não indica que esse fenômeno oca- à segregação.
siona o acesso à informação. d) (F) Segundo o texto-base, a atual organização do
c) (V) O texto indica como o fenômeno da globalização transporte urbano não garante um modelo de
gera uma maior distinção entre os povos, o que urbanização inclusivo, uma vez que não conecta a
periferia ao centro de maneira eficiente.
contribui para aumentar as desigualdades sociais
e) (F) O texto-base é claro quando explica que o acesso
em âmbito mundial.
ao transporte urbano não abranda as desigualda-
d) (F) Na modernidade líquida, as relações pessoais se
des socioeconômicas entre as diferentes regiões
tornam mais fracas e fluidas, gerando um distancia-
das cidades.
mento dos próximos e uma separação entre as popu-
lações. Logo, na visão de Bauman, a globalização não 25 B
ocasiona integrações completamente estáveis.
a) (F) O liberalismo é uma corrente político-econômica
e) (F) Embora o texto sinalize para os impactos negati- que defende a não intervenção do Estado na
vos trazidos pela globalização, ele não traz a alie- economia, a autorregulação do mercado e a livre
nação cultural como uma das consequências desse concorrência. Dessa forma, a interferência da presi-
fenômeno, e sim a propagação das desigualdades dência dos Estados Unidos nas relações comerciais
socioeconômicas. estabelecidas com a China por meio da imposição
de tarifas, mencionada na notícia, distancia-se dos
23 B princípios mencionados.
b) (V) A notícia aponta a adoção de tarifas sobre os produ-
a) (F) O apoio a movimentos nacionalistas é um tema de tos importados da China, que implicará o aumento
interesse atual da OUA. Assim, o objetivo não é a do preço para os consumidores estadunidenses. No
coibição destes. E, de acordo com texto, a principal caso, ela exemplifica os desdobramentos das medi-
razão para criar a OUA era acabar com o colonia- das protecionistas adotadas pelo então governo
lismo da África, ou seja, eliminar a interferência de estadunidense como mecanismo de proteção e estí-
outras nações nos países africanos. mulo à produção interna diante do crescimento da
b) (V) O texto deixa claro que houve um processo de economia chinesa. Dessa forma, o caso está inse-
negociação entre os políticos regionais para que rido no contexto da recente guerra comercial entre
deixassem suas diferenças de lado e lutassem pelo as duas potências.
c) (F) O mercado financeiro foi diretamente afetado pela
objetivo comum de libertar a África da interferência
instabilidade instaurada pela rivalidade entre as
externa, ou seja, do colonialismo imposto por paí- duas principais potências econômicas mundiais.
ses europeus. Essa instabilidade é evidenciada pelo conflito eco-
c) (F) Ainda há governos autoritários na África, causa de nômico abordado no texto. Portanto, a situação
muitos conflitos no continente. Entretanto, esse constitui um desdobramento, e não uma motivação
não foi o motivo para o surgimento da OUA. para o conflito.
d) (F) Os países africanos buscam uma maior represen- d) (F) O aumento das tarifas alfandegárias adotadas pelos
tatividade no cenário global, contudo esse não foi Estados Unidos, mencionado na notícia, constitui
o objetivo da criação da organização, de acordo uma ação inserida dentro de um contexto de con-
com o texto. flito econômico-comercial, e não como forma de
posicionamento de crítica aos regimes políticos
e) (F) As diferenças sociais na África são marcantes e esse
autoritários.
tema faz parte do interesse atual da OUA. Porém, e) (F) Apesar de os organismos internacionais terem rea-
a razão para a gênese da OUA foi a extirpação do lizado intervenções no caso do conflito econômico
colonialismo. entre Estados Unidos e China, o que constitui o
contexto da notícia, não é correto afirmar que um
24 C ataque a esses organismos tenha sido a causa da
a) (F) De acordo com o texto-base, os fluxos promovidos situação abordada no texto-base.
pelos meios de transportes refletem os contrastes
socioeconômicos entre as regiões centrais e as peri- Filosofia
féricas. Assim, a mobilidade urbana não é, na prá-
tica, reflexo da conexão entre as classes sociais. 01 A
b) (F) A modernização da rede de transporte urbana, a) (V) De acordo com o exposto no texto, a virtude é um
segundo o texto-base, pouco contribui para a ocu- princípio que está no poder dos indivíduos, os quais
pação adequada dos diferentes espaços, uma vez têm a responsabilidade de escolher agir ou não agir
que o mercado imobiliário determina as caracterís- em determinados contextos. Assim, para Aristóteles,
ticas de quem vive em determinados locais. os comportamentos virtuosos são escolhas racionais.
197
Ciências Humanas e suas Tecnologias
b) (F) Segundo Aristóteles, a busca pela virtude é fruto de c) (F) Para o filósofo, o conhecimento parte da experiên-
uma ação racional, e não de uma interpretação par- cia humana no mundo ou deriva da imaginação.
ticular, além de não possuir um caráter passional. Consequentemente defende que é a repetição, ou
c) (F) Aristóteles não afirma que a política é conduzida seja, o costume, que permite transformar nossas
pelo radicalismo cidadão. Para esse filósofo, na experiências em aprendizados, e não os ímpetos
política, assim como em todas as esferas da vida, emocionais aleatórios.
os indivíduos devem agir de acordo com as virtu- d) (V) Segundo Hume, a imaginação humana pode inven-
des, visando ao bem e à justiça. Assim, as ações tar relações e estabelecer conexões entre os con-
egoístas e radicais (vícios) devem ser evitadas. teúdos da mente humana, as ideias e as impressões.
d) (F) Conforme o pensamento aristotélico, a busca pela Esses conteúdos mentais procedentes das vivências
virtude é uma escolha racional, que visa ao bem e à sensoriais contínuas permitem o armazenamento de
felicidade de todos os cidadãos no convívio social. informações na memória e a significação das ideias.
Logo, é incorreto afirmar que o princípio da virtude e) (F) O filósofo não acreditava na existência de abstra-
para Aristóteles é pautado em ideais ininteligíveis ções intelectuais inatas na mente humana. Segundo
ou que não podem ser compreendidos pelos indi- ele, todos os conteúdos da mente humana são for-
víduos. mados a partir de impressões vivenciadas por meio
e) (F) Para Aristóteles, não havia a concepção de dois das experiências.
mundos distintos: o sensível, aquele em que a rea-
lidade é aparente, e o inteligível, aquele que só 04 E
pode ser alcançado pela razão e pela lógica. Essa a) (F) John Locke considera a propriedade privada como
dicotomia era defendida por Platão, e não por Aris- um direito natural, criado e legitimado pelo traba-
tóteles. lho humano, sem que esta possa ser violada. Por
isso, a racionalidade humana cria e estabelece as
02 B condições necessárias para o direito à propriedade
a) (F) No texto, apresenta-se como característica do privada ser garantido.
método desenvolvido por Descartes a realização de b) (F) No texto, o filósofo defende que o estado de liber-
profundos e contínuos exames, mas não se refere ao dade não implica um estado de licenciosidade
compartilhamento de impressões individuais. (indisciplina). Portanto, o autor defende a obediên-
b) (V) O método cartesiano, apresentado no texto, cia às leis da sociedade civil, desde que justas, para
baseia-se na realização de uma série de investiga- a manutenção da paz, não defendendo a impulsivi-
ções metódicas e sistemáticas para alcançar algum dade humana.
c) (F) Segundo John Locke, os direitos à vida, à liberdade
tipo de conhecimento verdadeiro.
e à propriedade privada são direitos naturais do
c) (F) O texto não apresenta indícios de que Descartes
ser humano e, portanto, não podem ser alienados,
defendia a reprodução de argumentos atemporais.
concedidos ou ameaçados por outros. Assim, a
Na verdade, há a ideia de que nunca se deve “acei-
sociedade civil e o Estado foram criados racional-
tar algo como verdadeiro”, sendo necessária a rea-
mente para garantir e preservar esses direitos natu-
lização de estudos metódicos.
rais, e não para impor uma submissão dos cidadãos
d) (F) Entre os gregos antigos, a retórica significava a
a um poder soberano.
“arte de falar bem”. Não há no texto elementos
d) (F) Em suas teorias filosóficas, Locke não defende a
que indiquem que a comunicação eloquente é
predisposição humana à manutenção da coletivi-
necessária para a elaboração de uma verdade, e
dade. Segundo o filósofo, os indivíduos têm direito
sim a constante investigação sobre todas as coisas.
à propriedade, já a coletividade é estabelecida por
e) (F) Não há, no texto, elementos que indiquem que
meio de “contratos sociais”, que objetivam a con-
Descartes defendia a confirmação das crenças cole-
solidação dos direitos individuais naturais.
tivas, mas sim a investigação de evidências e situa-
e) (V) No texto, Locke defende que a racionalidade
ções para chegar a conclusões lógicas.
humana cria normas éticas e estabelece as condi-
ções necessárias para uma convivência pacífica e
03 D igualitária entre as pessoas. Assim, a sociedade civil
a) (F) David Hume defendia que as percepções huma- e o Estado foram criados para garantir direitos, pre-
nas são produzidas por um princípio, ou instinto da servar a paz e evitar que os cidadãos tomem deci-
natureza humana, denominado por ele costume ou sões que prejudiquem uns aos outros.
hábito. Assim, ele não considerava que o conheci-
mento sobre a realidade é proveniente de instintos 05 D
atípicos. a) (F) No texto, apresentam-se elementos que mostram
b) (F) Para Hume, os processos dedutivos psíquicos não que Sherlock Holmes se utiliza de métodos racio-
podem ser verificados no mundo real e, portanto, nais investigativos para solucionar crimes, não
não podem contribuir para a construção de conhe- dependendo, portanto, da ação de agentes divi-
cimentos experienciais. nos, como a providência.
198
Ciências Humanas e suas Tecnologias
b) (F) No excerto, não há indícios de que o método de b) (F) A crítica do autor do texto não se refere à dicoto-
investigação utilizado por Sherlock Holmes envolve mia do idealismo, a qual pressupõe a existência de
a condução de diálogos para chegar a uma deter- um plano material e de um plano ideal. O texto se
minada resposta, como prevê o método socrático refere à divisão dicotômica da ciência, que foi resul-
da maiêutica.
tante de influências do positivismo.
c) (F) Não há, no texto, elementos que indiquem que as
ações do detetive são motivadas pela moral, mas c) (F) Embora o maniqueísmo seja uma concepção que
pela necessidade de solucionar crimes por meio da analisa a realidade de forma dualista, essa dico-
utilização de métodos investigativos. tomia se refere à distinção entre o bem e o mal.
d) (V) A caracterização de Sherlock Holmes no excerto Nesse sentido, a crítica apresentada no texto não
alude à sua racionalidade e à utilização do método trata de um juízo de valor maniqueísta em relação
indiciário, uma das bases da atitude filosófica. Esse às áreas do conhecimento científico, e sim de uma
método investigativo, praticado pela personagem, divisão causada por uma influência positivista.
presume a realização de um percurso metodoló-
d) (F) O neoplatonismo foi uma corrente filosófica que bus-
gico que, como apresentado no texto, envolve
pensar indícios, pistas e vestígios. cou superar a dualidade platônica e deu destaque a
e) (F) No texto, há a caracterização de Sherlock Holmes aspectos religiosos. Contudo, a crítica expressa no
como um detetive que se utiliza de técnicas da ciên- texto não se refere à influência do neoplatonismo
cia forense e do raciocínio lógico para chegar a con- na ciência, mas à do positivismo, que acarretou
clusões em suas investigações, mas não há indícios uma compartimentação do conhecimento científico.
de que ele se utiliza da empatia em seu trabalho. e) (V) O texto expressa uma crítica à divisão dicotômica do
conhecimento científico, que foi influenciada pelo
06 C positivismo e segmentou as ciências em sociais e
a) (F) No texto, a Filosofia é definida como uma disci- naturais. Para o autor, o positivismo científico reforça
plina que cria conceitos. Dessa forma, ela não um caráter mecanicista e tende a hierarquizar o
seria reduzida a uma atividade de analisar posi- conhecimento. Dessa forma, considera a importân-
cionamentos políticos, mas elaborar concepções, cia de superar esses paradigmas no cenário atual.
que não estão dissociadas das orientações políti-
cas de quem as desenvolve.
08 C
b) (F) Embora o texto considere a importância da Filo-
sofia como uma atividade de criação de conceitos, a) (F) O anarquismo é uma teoria política que visa ao
não é indicado no texto que um(a) filósofo(a) deve fim do capitalismo e da autoridade imposta pelo
combater valores tradicionais, uma vez que pode se Estado. No texto de Aristóteles, há uma referên-
utilizar deles para elaborar suas reflexões. cia ao funcionamento de um modelo de governo
c) (V) A definição apresentada no texto indica que a Filo- democrático, em que os cidadãos deliberam sobre
sofia é uma disciplina que promove a criação de
as decisões políticas.
novos conceitos, o que requer a originalidade do(a)
filósofo(a) quando ele(a) propõe suas reflexões. b) (F) A aristocracia é um modelo de governo em que o
Dessa forma, a Filosofia deve revisar e avaliar os poder é exercido por grupos detentores de privilé-
conhecimentos produzidos e refletir sobre a socie- gios. Na forma de governo à qual o texto se refere,
dade contemporânea, com o intuito de propor os magistrados possuem função consultiva e a
novos raciocínios, conceitos e teorias. decisão é tomada pelo povo, o que caracteriza um
d) (F) O texto não considera que a missão da Filosofia con- modelo democrático.
siste em questionar fatos históricos. Ainda que este c) (V) O fragmento do texto de Aristóteles se refere a um
ato seja um importante componente no desenvolvi-
modelo de governo que preza pela participação
mento de reflexões e na elaboração de conceitos,
ele não representa a principal missão da Filosofia. popular. Dessa forma, o texto faz referência a uma
e) (F) A Filosofia não é definida no texto como uma ativi- democracia direta, em que os cidadãos exercem o
dade que busca traduzir teorias científicas. Embora poder absoluto na tomada de decisões.
ela seja um elemento importante na construção das d) (F) A monarquia é uma forma de governo em que o
ciências, os(as) filósofos(as) não têm como missão poder está concentrado nas mãos de uma única
principal a tarefa de esclarecer ou interpretar teo- pessoa e é transferido de maneira hereditária. O
rias científicas. texto expressa uma forma de governo em que a
participação popular é predominante, o que carac-
07 E
teriza uma democracia.
a) (F) Ao criticar a compartimentação dicotômica do
e) (F) A oligarquia é um sistema político em que o poder
saber científico, o autor do texto não está se con-
é concentrado nas mãos de poucas pessoas. Para
trapondo ao empirismo, que se baseia no conheci-
mento advindo da experiência e da observação. A Aristóteles, esta é uma versão corrompida das aristo-
crítica do autor se direciona a um modelo influen- cracias, pois os grupos dominantes buscam interes-
ciado pelo positivismo, que divide as ciências entre ses próprios. Dessa forma, não é correto afirmar que a
sociais e naturais. descrição do texto se refere a essa forma de governo.
199
Ciências Humanas e suas Tecnologias
200
Ciências Humanas e suas Tecnologias
Rousseau, que diverge da ideia de Hobbes ao c) (F) O materialismo é um conjunto de teorias filosófi-
considerar que o ser humano não é mau por natu- cas que se relacionam à importância da matéria na
reza e que as desigualdades foram ocasionadas origem das coisas e da existência. Assim, não pos-
após o estabelecimento da propriedade privada. sui relação direta com o exposto no texto e com as
c) (F) O funcionamento da justiça social não é um ponto ideias de Descartes.
explorado pelos autores nos textos apresentados. d) (V) Ao condicionar a existência ao ato de pensar, Des-
Dessa forma, o que causa uma relação de oposi- cartes evidencia uma importante característica
ção entre eles é a concepção dos autores acerca da das correntes racionalistas da Idade Moderna. De
natureza do ser humano, em um estágio anterior à acordo com o racionalismo, o pensamento deve
constituição de uma sociedade. servir de meio para o conhecimento e para a expli-
d) (F) O conceito de forças produtivas, que está relacio-
cação da realidade.
nado à capacidade de trabalho do ser humano, não
e) (F) O existencialismo foi uma corrente de pensamento
é referenciado nos textos. As ideias apresentadas
filosófico estabelecida entre os séculos XIX e XX
se referem às concepções acerca do ser humano
tendo como objeto de estudo a existência humana.
em seu estado de natureza.
e) (F) As ideias apresentadas nos textos estão relacio- Na medida em que essa corrente está centrada na
nadas ao estado de natureza dos seres humanos. angústia pela ausência de um sentido inerente à
Embora os autores apresentem aspectos ligados existência, ela se afasta da preocupação cartesiana,
às relações humanas, eles não diferem quanto à que, por sua vez, adere à verdade revelada pelo
importância das identidades culturais. pensamento.
13 B 15 C
a) (F) Os experimentos metódicos são elementos estru- a) (F) A expressão “meio-termo” não se relaciona com
turantes da ciência moderna. Eles não são demons- resignação. A atitude de conformação poderia até
trados nos estudos de Aristóteles, que, no texto em configurar-se um vício para Aristóteles, afastando o
destaque, faz referência ao raciocínio por meio da sujeito da felicidade almejada.
dedução. Além disso, o fragmento não indica que b) (F) O texto não afirma que ser especialista em uma área
o método aristotélico contribui para transformar do conhecimento seja sinônimo de felicidade, mas
novos conhecimentos em normas. que alcançá-la pode ser mais viável quando se sabe
b) (V) No texto, Aristóteles se refere ao método dedutivo, aliar virtudes morais ao campo de atuação intelectual.
que estrutura raciocínios a partir de leis universais c) (V) Ao dizer que “encontrando sempre o meio-termo
ou teorias gerais a fim de atribuir informações ou nas diferentes situações vividas, o indivíduo pode
respostas sobre casos particulares. Dessa forma, o vir a conquistar o que suas ações visam”, o texto
raciocínio defendido pelo autor se baseia em sabe- parafraseia Aristóteles, indicando que esse filósofo
res prévios para estabelecer conclusões específicas. defendia que o caminho para alcançar a felicidade
c) (F) O texto de Aristóteles está se referindo ao raciocínio se dava pelo meio-termo, o equilíbrio entre os vícios,
por meio da dedução, que parte de conhecimentos que seriam os extremos, e, portanto, evitáveis.
prévios para explicar casos específicos. O uso de com- d) (F) Segundo Aristóteles, o excesso de virtudes pode ser
parações ilustrativas para explicar fatos complexos
um extremo, ou seja, um vício, que afasta o sujeito
ou de difícil compreensão é chamado de analogia.
da felicidade, visto que, para ele, deve-se procu-
d) (F) O uso de operações sensoriais para analisar fenô-
rar sempre o meio-termo nas diferentes situações.
menos naturais está associado ao método intui-
tivo. Porém, o texto de Aristóteles faz referência e) (F) O que se pode entender do texto a partir da ideia
ao método dedutivo, que se baseia em processos de meio-termo para Aristóteles é que o acúmulo de
gerais para compreender casos particulares. habilidades, por si só, sem o equilíbrio entre a virtude
e) (F) A compreensão de processos gerais a partir de intelectual e a virtude moral, não garante a felicidade.
casos específicos é inerente ao modo de raciocínio
indutivo. Esse modo também é considerado na obra 16 E
de Aristóteles, mas não no texto destacado, que faz a) (F) Apesar de o texto colocar que o outro é importante
referência ao raciocínio por meio da dedução. para a definição da identidade individual, o que
evoca o conceito de interdependência entre as pes-
14 D soas, não está explícito que a liberdade humana está
a) (F) O cinismo foi uma corrente da filosofia helenística condicionada à satisfação dos desejos desse outro.
que considerava a felicidade como resultado de b) (F) Sartre não evidencia uma perda de individualidade,
uma vida simples e desapegada da complexidade mas faz uma reflexão sobre a extensão da liberdade
das regras e dos valores sociais. Esses valores não a partir da individualidade de cada pessoa. Nesse
têm ligação direta com as ideias apresentadas no sentido, cada indivíduo poderá escolher e se res-
texto referentes ao pensamento cartesiano. ponsabilizar pelos compromissos que deseja assu-
b) (F) O empirismo foi um pensamento crítico e contrá- mir durante o convívio social.
rio ao racionalismo e à teoria das ideias inatas. Por c) (F) Para Sartre, o reconhecimento da existência das
isso, é contrário, em sua essência, ao pensamento outras pessoas proporciona uma reflexão sobre o
cartesiano. reconhecimento de si próprio – da própria existência
201
Ciências Humanas e suas Tecnologias
e liberdade –, mas o autor não trata especificamente b) (V) O texto aponta para a defesa da ideia de a econo-
da dependência emocional entre as pessoas como mia ser movimentada pelos interesses individuais, e
causa de decepções e crises existenciais. Pelo con- não impulsionada pelos interesses estatais ou públi-
trário, o filósofo reflete sobre a forma como a com- cos. Segundo o trecho, esses interesses é que con-
pletude de si depende da relação com o outro. tribuem de forma indireta para o crescimento social.
d) (F) O texto não se aprofunda sobre os aspectos do Dessa forma, em sua teoria liberal, Adam Smith pro-
convívio social, não havendo nele informações que move contraposição ao ideal de que o Estado deve-
justifiquem as ideias de obrigatoriedade da con- ria regular as atividades econômicas individuais.
vivência ou irrelevância da vontade particular. Na c) (F) Segundo o texto, o pensador inglês fornece um
verdade, o filósofo trata de uma verdade individual aspecto positivo às atividades econômicas, o que
aliada à liberdade do outro, que é reconhecido por pode incluir o trabalho exercido pelos indivíduos,
ele como uma “liberdade colocada na [sua] frente”. indicando que essas atividades são capazes tanto
e) (V) Segundo Sartre, a conscientização sobre a própria de satisfazer as necessidades individuais como de
identidade deve acontecer a partir da consciência gerar maior valor para a sociedade. Logo, no texto,
sobre a liberdade do outro, por meio do reconhe- não há uma crítica à submissão dos indivíduos a
cimento de uma relação com outras pessoas. Isso qualquer tipo de trabalho.
permitiria a autonomia para refletir e realizar esco- d) (F) O texto não evidencia uma crítica à transforma-
lhas, porém, levando em conta a responsabilidade ção das relações humanas em mercadoria, pois,
dessa autonomia sobre o outro. Nesse sentido, Sar- na visão exposta no texto, há uma valorização das
tre evidencia uma interdependência entre a própria atividades individuais e do potencial delas para o
autonomia e a responsabilidade sobre o outro.
crescimento econômico.
e) (F) No texto, Adam Smith entende o desempenho livre
17 A
de atividades econômicas movidas por interesses
a) (V) Para Félix Guattari, a subjetividade humana deve individuais como uma possibilidade de crescimento
integrar diferentes ecologias, contribuindo para o econômico e de geração de riqueza. Assim, não
desenvolvimento harmonioso do conjunto com- há uma crítica à distinção entre classes, que acaba
posto por elas, resultando em um agente político sendo uma consequência da proposta defendida.
integral. Essa ideia fica evidenciada no trecho “A
refundação do político deverá passar pelas dimen- 19 B
sões estéticas e analíticas que estão implicadas nas
três ecologias”, em que o indivíduo está relacio- a) (F) O texto não aponta que as relações de poder dis-
nado à ecologia da psique; a sociedade, à ecologia ciplinar levam à extenuação, ao enfraquecimento
do social; e o planeta, à ecologia do ambiente. de Estados autoritários. Pelo contrário, Foucault
b) (F) O texto não trata da criação do conceito de soli- entende que a punição do corpo é característica
dariedade, mas da redefinição do agente político do poder soberano. Ou seja, a vigilância fortalece
como um todo, contemplando os aspectos relacio- Estados totalitários.
nados à saúde individual e social das pessoas (eco- b) (V) De acordo com o texto, as formas de poder exis-
logias psicológica e social) e ao ambiente. tentes na sociedade impõem modificações nos
c) (F) As manifestações artísticas expressam a subjetividade modos de agir dos indivíduos a partir da coação de
humana e beneficiam a saúde psicológica dos indiví- seu corpo, transformando-o em corpo passível de
duos, mas o texto não as menciona. Fala-se, na ver- sujeição. Desse modo, incorporam-se característi-
dade, de uma subjetividade pautada na integração cas no corpo por meio do controle disciplinar que
entre individualidade, sociedade e meio ambiente. modela indivíduos.
d) (F) O aspecto psicológico do indivíduo está relacionado c) (F) O texto aponta que o poder disciplinar ocorre de
a uma das ecologias, mas não é tratado de forma maneira calculada, subjetiva, por meio das institui-
centralizada no texto. Nele, trata-se de uma integra- ções disciplinares, e não que esse poder se efetiva
ção entre as ecologias, referentes ao indivíduo, às por meio da punição explícita.
relações sociais e à preservação do meio ambiente. d) (F) O fragmento aponta para como, para Foucault, o
e) (F) A preocupação com a sustentabilidade da indústria poder disciplinar ocasiona uma forma de vigilân-
e do comércio também deve ser parte do pensa- cia minimamente calculada pelos mantenedores
mento ecológico. Porém, esse não é o ponto central do poder. Ou seja, não há indícios, no texto, de
da preocupação do estudioso, explicitada no texto. que esse poder tenha resultado na fixação de nor-
mas éticas em conflitos e guerras.
18 B e) (F) O texto sugere que existe uma forma de poder
a) (F) No texto, Adam Smith apresenta uma proposta disciplinar que é exercida pelas instituições, as
econômica que visa indicar a importância da inter- quais operam mecanismos de coerção para sujei-
ferência natural do mercado, “a mão invisível”, para tar os indivíduos. Portanto, essa forma de poder
a regulação das atividades econômicas. Portanto, é apresentada no texto contribui para a instituciona-
incorreto afirmar que esse pensador critica a inter- lização das hierarquias sociais, e não para a homo-
ferência do mercado financeiro sobre a economia. geneização de hierarquias.
202
Ciências Humanas e suas Tecnologias
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b) (F) Como o texto indica, para Kant, determinado e) (F) Esse mito explora a liberdade de escolha dos indi-
objeto existe a priori. Portanto, esse objeto anali- víduos e a responsabilização por ela como um con-
sado possui características que podem ser inicial- traponto de Platão ao senso comum da época, e
mente determinadas pela razão humana. Assim, o não a existência de conflitos que envolvem paixões
autor não defende a impossibilidade de um objeto individuais.
do conhecimento ser cientificamente estudado.
25 B
A noção de transcendência referida na passagem
advoga as limitações da capacidade de conhecer, e a) (F) O texto não defende a arte como um fenômeno
não da infinitude desse alcance. delimitado pelo essencialismo, ou seja, pela dou-
c) (F) No trecho, o autor indica que não se pode conhecer trina filosófica que defende a primazia da essência
a realidade como ela é em si, já que existe algo que sobre a existência humana. Na realidade, o excerto
questiona o fato de a existência humana não ser
jamais pode ser conhecido a priori nos fenômenos,
considerada arte.
que é a sensação. Isso se contrapõe ao dogmatismo,
b) (V) No texto, a interpretação dos autores acerca da
uma vez que esse conceito filosófico busca consoli-
obra de Foucault sugere que a existência humana
dar verdades absolutas e incontestáveis. também deveria ser transformada em arte, e não
d) (F) A alternativa faz referência ao conceito de arché, apenas os objetos produzidos por artistas espe-
ou seja, a busca dos filósofos pré-socráticos pelo cializados.
elemento que deveria ser o início da origem e da c) (F) A arte, como uma área do conhecimento, já possui
composição do Universo. Desse modo, a alterna- suas metodologias e critérios acadêmicos para rea-
tiva não indica a forma de conhecimento teorizada lizar a avaliação sistemática e científica das manifes-
por Kant no excerto. tações e dos estilos artísticos. Além disso, o texto
e) (F) Para Kant, a razão humana é o elemento que con- não defende que ela deve ser analisada por outras
tribui para que os objetos sejam interpretados por metodologias científicas, mas coloca em questão o
meio das sensações experimentadas pelos indiví- fato de a vida não poder ser transformada em arte.
duos. Além disso, o texto aponta que os conheci- d) (F) O excerto não defende a pretensão de tornar a arte
mentos existentes a priori também são importantes. uma área de estudo determinada pela Filosofia, mas
Logo, o texto não busca anular a fundamentação propõe que as atividades humanas, os fenômenos
cotidianos e a própria vida sejam respeitados como
racional na investigação dos fenômenos.
manifestações artísticas, e não que sejam limitados a
meras fontes de inspiração para as obras de arte.
24 A
e) (F) Ao questionar os parâmetros da classificação artís-
a) (V) O Mito de Er, apresentado no texto-base, eviden- tica, o texto não tem a intenção de propor a exa-
cia a responsabilidade nas escolhas de vida indivi- minação da arte por meio dos critérios acadêmicos
duais. Essa concepção era incomum no tempo de de avaliação estética dos estilos artísticos, mas de
Platão, que expõe essa narrativa com a finalidade ampliar a concepção de arte de modo que a vida
de defender que os indivíduos precisavam apren- seja também uma experiência artística.
der a discernir sobre os resultados bons ou maus de
suas escolhas, buscando o equilíbrio e a justiça no Sociologia
seu agir.
b) (F) A presença do pensamento sobrenatural era 01 E
comum na Grécia Antiga, tendo em vista que as a) (F) Conforme aponta o texto, o Carnaval atual não é
narrativas mitológicas eram passadas de geração totalmente destituído de práticas culturais euro-
a geração. Logo, a apresentação de um mito por peias, que remontam à era medieval. Assim, o
Platão, filósofo grego, não era um contraponto ao abandono de práticas medievais não seria a princi-
senso comum da época. pal característica do Carnaval contemporâneo.
c) (F) A busca pela eternidade era uma questão muito pre- b) (F) A introdução de elementos culturais africanos no
sente nas narrativas mitológicas gregas, o que pode Carnaval não equivale a uma emancipação da cul-
ser observado no mito de Sísifo, indivíduo que enga- tura africana. Pelo contrário, não raro esses elemen-
tos ainda são passíveis de crítica social em função
nou os deuses para driblar a morte. Logo, ainda que
da opressão que a cultura africana sofre no país.
a busca pela eternidade esteja presente em certo
c) (F) A Europa está conectada às origens remotas do
sentido no mito indicado no texto, é incorreto afir-
Carnaval, mas não é influência hegemônica no Car-
mar que esse aspecto seja uma contraposição ao naval contemporâneo.
senso comum presente nos mitos da época. d) (F) Ainda que certos eventos (como os desfiles das
d) (F) A capacidade de produção artística dos indivíduos escolas) sejam de acesso custoso e, nesse sentido,
não é o objetivo do Mito de Er. Além disso, a capa- elitizados, a construção do Carnaval, no geral, se
cidade de os seres humanos produzirem arte já era mantém predominantemente popular. Além disso,
uma realidade no período em que Platão escreveu o texto não ressalta o caráter econômico do Carna-
a obra A República. val contemporâneo.
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e) (V) Como o texto sugere, o Carnaval sofreu diversas nem querem a anarquia. Segundo o discurso, eles
transformações para chegar no que se conhece buscam justiça em resposta às condições de traba-
atualmente, acumulando influência de variados ele- lho precárias a que estão submetidos.
mentos culturais.
04 A
02 B a) (V) Ao sugerir que o trabalho produz o trabalhador
a) (F) Os aspectos formativos da cultura e do seu alcance como uma mercadoria, o autor indica que há uma
enquanto objeto de estudo social demonstram objetificação da força de trabalho, ou seja, dos
que sua base principal são os fenômenos coleti- seres humanos. E, de acordo com o texto, seria essa
vos e gerais – muitas vezes inconscientes –, e não uma consequência da seguinte relação: à medida
as decisões particulares, ou seja, não públicas. O que o mundo das coisas é valorizado, o “mundo do
texto, inclusive, aponta para aspectos do “homem homem” é desvalorizado.
enquanto membro da sociedade”. b) (F) Não há no texto elementos que se refiram direta-
b) (V) Quando Tylor teoriza que o conceito de “cultura” mente à automação das linhas de produção, uma
abarca “o conhecimento, as crenças, a arte, a vez que o autor detém sua análise no aumento da
moral, o direito, os costumes”, entende-se que ela produção feita pelos trabalhadores.
é historicamente constituída, tendo em vista que c) (F) O aumento da margem de lucro, e não sua estabili-
todos esses aspectos da vida humana não são ina-
zação, pode ser considerado uma consequência da
tos, naturais ou fixos, mas se constroem a partir das
lógica de valorização dos bens materiais.
relações humanas ao longo do tempo.
d) (F) Embora se refira à valorização dos objetos e das
c) (F) No texto, o antropólogo britânico Edward Burnett
mercadorias, no excerto o autor não faz referências
Tylor defende a ideia de evolução social da espécie
humana, em que a cultura se desenvolveria de um específicas aos artigos de tecnologia.
modo progressivo e a partir de um conjunto com- e) (F) Apesar de a centralização das decisões de gestão
plexo de categorias que independe da hereditarie- poder, eventualmente, promover a desvalorização
dade biológica ou genética. do trabalhador em relação à produção, no texto
d) (F) Muitos dos hábitos culturais de um indivíduo não há elementos que façam essa relação.
enquanto membro da sociedade não são adqui-
ridos por meio de um processo didático formal. 05 C
Durante o convívio social, hábitos e costumes são
a) (F) Nos dois textos, é priorizada uma análise do caráter
assimilados de modo inconsciente e contribuem
para a estruturação cultural de uma sociedade. social e coletivo da aplicação de políticas afirmati-
e) (F) Para Tylor, a cultura é uma expressão da totalidade vas, e não é feita referência ao reconhecimento de
da vida social do ser humano, caracterizada pela ações governamentais específicas.
manifestação das condutas sociais. Portanto, a cul- b) (F) De acordo com os textos, a adoção de políticas
tura não se constitui unicamente de representações afirmativas não está relacionada necessariamente
artísticas. à concorrência meritocrática, mas à identificação
do coletivo e ao acolhimento de grupos sociais
03 C diversos.
c) (V) Os autores dos textos discorrem sobre como a ado-
a) (F) O texto não versa sobre legislação, e o contexto
ção de políticas públicas afirmativas tem um papel
histórico ilustrado permite deduzir que a legislação
fundamental no combate à desigualdade social no
vigente não protegia o trabalhador. Assim, o que
sistema educacional, uma vez que promove o aco-
gerou a ação dos empregados não seria uma trans-
lhimento de grupos e realidades sociais múltiplas,
gressão prática da lei, mas uma ação protegida por
essa lei. de forma a ampliar a representatividade de iden-
b) (F) A dependência que o patrão tem da mão de obra tidades diversas dentro das instituições de ensino
do operário é uma ferramenta utilizada pelos tra- superior.
balhadores para lutar por melhores condições, não d) (F) Diferentemente do que se afirma na alternativa, em
aquilo que motiva as revoltas. nenhum dos textos se defende a responsabilização
c) (V) O movimento de greve proposto no texto é conse- ou a culpabilização de grupos sociais específicos
quência da falta de condições dignas de trabalho por algum aspecto envolvido nas políticas afirma-
e de vida, pois a personagem relata que os traba- tivas. Na verdade, nos textos apresenta-se a impor-
lhadores estavam a “andar morrendo de fome” e tância destas no combate às desigualdades sociais.
“exaustos”. e) (F) De acordo com os textos, as políticas públicas
d) (F) Em momento algum do texto a personagem mani- adotadas têm como objetivo a inclusão social de
festa preocupação com a ausência de insumos que grupos sociais diversos e sua identificação com o
lhe permitiriam realizar seu trabalho. ambiente; portanto, não há, nos textos, indícios de
e) (F) De acordo com o trecho apresentado, os trabalha- que essas medidas promoveriam silenciamentos
dores não estão reclamando da disciplina no traba- históricos, mas sim a integração da diversidade cul-
lho, uma vez que não se consideram desordeiros tural e social.
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ela mantenha padrões de consumo e seguridade c) (V) Rancière, ao dizer que a democracia é a “ação que
social. Essa perspectiva foi adotada no governo de arranca continuamente dos governos oligárquicos
Franklin Delano Roosevelt, na década de 1930, por o monopólio da vida pública; e da riqueza, a onipo-
meio do programa de recuperação econômica dos tência sobre a vida”, destaca que o sistema demo-
Estados Unidos, o New Deal. No entanto, o texto crático, em teoria, possibilita um rompimento com
indica que o punk surge no contexto de crise polí- estruturas tradicionais de poder político e econô-
tica nos anos 1970, e não no auge do modelo de mico, como os governos oligárquicos e os grandes
estado de bem-estar social. agentes capitalistas.
e) (V) O movimento punk surgiu nos anos 1970, período d) (F) O texto versa sobre uma ruptura com agentes políti-
em que as potências desenvolvidas passaram por cos monopolizadores do poder, mas não menciona
crises econômicas, como a crise do petróleo de a criação de coletivos autônomos de trabalhadores.
1973, e não controlaram a economia de maneira e) (F) O conteúdo do texto não oferece evidências que
a proteger os cidadãos dos impactos gerados por permitam o entendimento de que, para Rancière,
elas. Nesse contexto, uma série de políticas neoli- o sistema democrático seja uma etapa de um pro-
berais foram adotadas por governos como o da pri- cesso revolucionário. Na verdade, entende-se, por
meira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, meio dele, que a democracia colabora com a auto-
a qual promoveu uma gradativa desestatização nomia dos agentes políticos.
da economia da Grã-Bretanha através de privati-
zações, do combate aos direitos trabalhistas e da 15 A
defesa do individualismo. Essas medidas tornaram-
-na uma antimusa da contracultura britânica e do a) (V) Como o texto indica, nas sociedades organizadas
movimento punk que emergiu nos anos 1970. a partir da solidariedade orgânica, os indivíduos
possuem funções especializadas e interdependen-
13 C tes. Logo, nesse tipo de sociedade, a coesão social
a) (F) Ainda que a letra da música retrate as diferentes é consequência da interdependência existente na
etnias que formam a identidade brasileira, é incor- divisão das funções de trabalho.
reto afirmar que a letra da canção enaltece o pro- b) (F) Na sociedade organizada nos moldes da solidarie-
cesso de separação entre os grupos sociais diversos. dade orgânica, os indivíduos não são semelhantes,
b) (F) O texto não se relaciona ao conceito de determi- mas sim diferentes, especializados e interdepen-
nismo, visto que a canção valoriza a importância dentes. Assim, o texto não aponta a semelhança
da pluralidade de costumes e crenças para um entre os indivíduos como uma característica do
povo, e não a importância do meio na determina- conceito de solidariedade orgânica.
ção da cultura. c) (F) Para Durkheim, a solidariedade orgânica é o con-
c) (V) A letra da canção destaca os elementos culturais e ceito que caracteriza a sociedade capitalista, pois
identitários da cultura brasileira ao apresentar a ideia nela há uma ampla divisão de tarefas e funções, o
de miscigenação e etnia. Portanto, a canção está que leva a uma grande interdependência entre os
interligada ao conceito de identidade sociocultural.
indivíduos, conforme o texto indica. Além disso,
d) (F) Embora os elementos da contracultura apareçam
o texto não associa o companheirismo familiar ao
na música de Chico Science, o trecho não se refere
diretamente ao movimento libertário de contesta- conceito de solidariedade orgânica.
ção social que surgiu nos Estados Unidos por volta d) (F) O texto deixa clara a importância da interdepen-
da década de 1960. dência existente na divisão do trabalho para que
e) (F) A canção apresentada não aborda a ideia de domi- exista uma coesão social, que faz com que os indi-
nação ideológica, e sim demonstra a importância víduos necessitem uns dos outros e, portanto, não
da pluralidade étnica para a cultura e identidade sejam totalmente independentes.
brasileiras. e) (F) O conceito de solidariedade orgânica é baseado
nas sociedades industriais, que apresentam uma
14 C maior especialização e divisão do trabalho, como
a) (F) Segundo o texto, o sistema democrático não é uma o texto apresenta. Para Durkheim, as sociedades
forma de governo em que a vida possa ser regu- primitivas estão mais associadas à solidariedade
lada pelo poder econômico. Contudo, o texto não mecânica, na qual não há uma significativa divisão
permite o entendimento de que esse sistema pode social do trabalho.
impedir a formação de classes sociais elitizadas.
b) (F) O sistema democrático deve garantir a igualdade de 16 B
direitos para os cidadãos, sem discriminação, con-
cessão ou exclusividade de privilégios entre classes. a) (F) Como o texto indica, as aptidões e capacidades que
O texto chama a atenção para os ciclos promovidos os escravizados possuíam exerciam uma influência
por esse sistema, que, de acordo com ele, permitem sobre qual função produtiva seria determinada
que o poder não permaneça na mão dos governos para cada um deles. Logo, não há a anulação desse
oligárquicos. Assim, a aristocracia também não deve quesito dentro da lógica produtiva escravista, mas
ser uma classe privilegiada nesse sistema. sim a valorização dele.
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e) (F) O texto não estabelece uma crítica a um modo de c) (F) Segundo o texto, a dominação carismática não é
sociedade que promova o exercício da alteridade, marcada pela satisfação de interesses pessoais,
ou seja, do respeito às diferenças sociais. Na reali- mas sim por forças irracionais que levam determi-
dade, o excerto expõe uma crítica a um molde de nado herói carismático a ser seguido.
sociedade que busca formas técnicas para atingir o d) (F) Os laços de vassalagem são característicos de uma
progresso de uma forma exacerbada. forma de dominação tradicional, como apontado
no texto, em que a relação de dominação se dá
20 D pelo compromisso da fidelidade, e não pela exis-
a) (F) O texto se refere à forma de trabalho mais avançada tência de um herói carismático.
do neoliberalismo tecnológico, que é a exploração e) (F) Para Weber, a forma de poder oriunda de ordens
do trabalhador por si mesmo. Logo, o fragmento e estatutos legais é a dominação legal, e não a
não indica que essa forma de dominação tem a carismática. A dominação carismática, apresentada
finalidade de assegurar a inclusão dos indivíduos no texto, ocorre por meio da capacidade carismá-
no mundo globalizado. tica que uma pessoa tem de mobilizar as massas e
b) (F) O fragmento não evidencia a preocupação com o comandar as pessoas.
ingresso das gerações futuras no mercado de traba-
lho, ainda que esse aspecto esteja presente na socie- 22 D
dade contemporânea. Na realidade, o texto expõe o
a) (F) O movimento Black Lives Matter foi uma organiza-
funcionamento de uma forma de poder que elabora
ção que surgiu em 2013, por meio da atuação de
condições de exploração cada vez mais refinadas,
três ativistas estadunidenses, e não no período da
que levam à normalização da autoexploração.
luta pelos direitos civis, liderada por Martin Luther
c) (F) Na política liberal clássica, o portador da força de
trabalho é explorado pelo detentor dos meios de King Jr. Além disso, o texto não expõe especifica-
produção. Essa característica não está presente no mente a criação do movimento Black Lives Matter.
texto, o qual caracteriza outra forma mais sutil de b) (F) O texto permite relacionar as manifestações antir-
exploração, que provém da psicopolítica neolibe- racistas ocorridas na década de 1960 e em 2020
ral. Além disso, o autor não aponta que a internali- por inúmeros fatores. Embora, na década de 1960,
zação da exploração leva à homogeneização entre o racismo fosse ainda mais visível, com políticas
os indivíduos. públicas legalizando a segregação racial, o ano
d) (V) No trecho selecionado, o autor analisa o fenômeno de 2020 demonstrou que diversas práticas racistas
da autoexploração do trabalhador, que passa a seguem ocorrendo cotidianamente na sociedade,
internalizar as práticas neoliberais contemporâneas e a intensificação das manifestações do movimento
de modo a acreditar que elas conduzem à liber- Black Lives Matter se insere nesse contexto. Logo,
dade. Portanto, o texto expõe como as dinâmicas o excerto não destaca as mudanças nas pautas do
neoliberais exercem um biopoder, ou seja, uma movimento negro ao longo do tempo, e sim evi-
prática de controle e subjugação dos indivíduos de dencia a permanência da luta desse movimento
modo a fazer com que eles internalizem a explora-
contra o racismo.
ção de si mesmos.
c) (F) O texto não traz um juízo de valor sobre o sucesso
e) (F) O texto analisa um tipo de relação social no traba-
lho mais contemporâneo, que está relacionado ao obtido por nenhuma das manifestações, mas ape-
modo como os indivíduos internalizam as práticas nas denuncia a manutenção de práticas racistas
neoliberais de modo a acreditar que elas são bené- na sociedade e a urgência de seguir combatendo
ficas para a sua vida. Logo, essa relação de explo- esse problema. Ele menciona, de fato, a luta contra
ração ocorre de forma mais profunda e sutil do que a segregação racial, que se tornou ilegal após as
nas relações clássicas entre patrões e empregados, manifestações, mas, ao mesmo tempo, indica que
os quais eram subjugados diretamente pelas estru- muitas outras práticas racistas ainda permanecem
turas hierárquicas de poder. na sociedade.
d) (V) Segundo o texto, as manifestações contra a segrega-
21 B ção racial da década de 1960 tornaram-se cada vez
a) (F) O texto aponta para a forma da dominação caris- maiores após o assassinato de Martin Luther King Jr.
mática, e não para o princípio da impessoalidade, Da mesma forma, em 2020, o assassinato de George
que é um conceito básico da forma de dominação Floyd por um policial branco foi o estopim para um
burocrática weberiana, na qual o poder se estabe- novo movimento antirracista representado pelo
lece por meio de uma convenção oficial, como um Black Lives Matter. A semelhança entre os aconteci-
contrato social. mentos escancara a permanência do racismo estru-
b) (V) Como o texto indica, a forma de dominação caris- tural enraizado na sociedade.
mática ocorre por meio da capacidade quase divina e) (F) A reportagem não busca trazer uma comparação
que uma figura política possui para se legitimar no entre as lideranças do movimento da década de 1960
poder. Logo, essa forma de dominação está vincu- e as da atualidade de modo a destacar os líderes
lada a uma devoção que os seguidores de determi- políticos atuais, mas apenas ressalta o papel de
nado líder político possuem em relação a ele. líderes como Martin Luther King Jr. e Malcolm X.
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