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Resoluções das atividades

Sumário
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias��������������������������������� 01
Matemática e suas Tecnologias�������������������������������������������� 37
Ciências da Natureza e suas Tecnologias��������������������������������� 83
Ciências Humanas e suas Tecnologias�����������������������������������168

03 C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
a) (F) O cancioneiro popular brasileiro torna a mensagem
de Carmem Lúcia mais poética, mas não é suficiente
Gramática para que se classifique o discurso como coloquial.
b)(F) Apesar de estar incluído em um discurso de posse de
01 B uma ministra do STF, esse fragmento não expõe ca-
a) (F) Apenas o verbo doar não chama a atenção imediata racterísticas da linguagem jurídica.
do público específico que a campanha busca alcançar, c) (V) Os jogos de palavras e ideias reforçam a intenciona-
ou seja, um público que não costuma oferecer algo lidade poética da ministra Carmem Lúcia. A despeito
sem obter recompensa. de ser um texto em prosa, a linguagem apresentada
b)(V) A campanha pela doação de sangue busca despertar faz uso de metáforas e comparações para estabelecer
o interesse de pessoas que não têm o hábito de ser o sentido do discurso, usando, assim, uma linguagem
solidárias, utilizando, para isso, o verbo ganhar na ter- poética.
ceira pessoa do imperativo, como forma de dirigir ao d)(F) A ministra não utiliza expressões regionais, mas ape-
leitor um convite a receber algo. A utilização das letras nas palavras e expressões que podem ser reconheci-
em tamanho maior na palavra ganhe é uma estratégia das por falantes de língua portuguesa, independente-
para chamar a atenção imediata desse público espe- mente de sua origem.
cífico. e) (F) O discurso da ministra obedece aos padrões da lin-
c) (F) A expressão “dia de folga” pode chamar a atenção guagem formal, fugindo da coloquialidade, caracte-
do público, mas não teria o mesmo efeito de sentido rística comum do discurso falado.
sem estar acompanhada do verbo ganhar.
d)(F) A expressão “quem só pensa em si” refere-se ao pú-
04 A
blico-alvo da campanha, contudo não é usada para
chamar a atenção imediata desse público. Além dis- a) (V) Com o passar do tempo, expressões se modificam
so, a campanha não busca modificar a postura das porque a oralidade permite que trechos e palavras se
pessoas que só pensam em si, pois oferece, inclusive, alterem no uso corrente, o que ocorre em textos e que
uma recompensa em troca da doação de sangue. também aconteceu em algumas canções populares.
e) (F) O advérbio até tem a função de incluir as pessoas que b)(F) O texto cita a influência da cultura negra e de parte
“só pensam em si” entre os possíveis doadores de das línguas crioulas, mas não as coloca como aspecto
sangue, mas não é um recurso utilizado para chamar a central na formação das cantigas populares.
atenção imediata do público na campanha. c) (F) Os termos do tupi-guarani são citados na reporta-
gem, mas não são colocados, em nenhum momento,
como fator complicador para casos de tradução.
02 B
d)(F) A despeito de um dos termos da canção estar ligado
a) (F) A autora registra uma linguagem informal, mas não
à característica de uma localidade, eles não são o foco
apresenta interesse em fazer uso de expressões lin-
das expressões populares para que a alternativa este-
guísticas típicas da Região Sul do país.
ja justificada.
b)(V) O caráter coloquial ocorre no segundo quadro, pelo
fato de o verbo ter, na linguagem formal, dever ser e) (F) Não existem explicações no texto que vinculem a fi-
substituído por haver. xação de expressões populares ou sua estrutura ao
processo de hipérbole.
c) (F) A autora da tira preocupa-se mais com o registro in-
formal da linguagem, como ficou comprovado no uso
da forma verbal ter em vez de haver. 05 E
d)(F) Na tira, não há intenção de fazer o registro de um léxi-
a) (F) O termo capital retoma a palavra Goiânia, mencionada
co específico para comunicar uma situação de perigo.
na frase anterior, portanto não está relacionada ao
Caso isso acontecesse, ter-se-ia o registro de palavras
referencial externo ao texto.
como socorro ou outras de conteúdo similar.
e) (F) A personagem da tirinha consegue expressar, de for- b)(F) Na verdade, o referente aparece anteriormente, quan-
ma bastante direta e objetiva, seu medo em relação à do se menciona a capital Goiânia.
presença do rato, não sendo correto afirmar que há a c) (F) Não é possível se referir a Goiás ou a Santa Genove-
utilização de vocabulário hermético. va como capital, por isso a alternativa está incorreta.

ENEM – Revisão Final 1


Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

d)(F) O referencial está presente no texto, embora possa d) (F) O autor ressalta a multiplicidade da linguagem e a
ser inferido por conhecimento prévio do leitor. liberdade do falante de utilizar diferentes variantes
e) (V) Ao tratar a cidade de Goiânia, o texto não repete o linguísticas, entretanto condiciona essa liberdade à
nome da cidade para criar dinâmica e evitar a re- adequação contextual, pois exprime que é neces-
petição. O nome da cidade aparece tanto no título sário atentar para a situação comunicativa ao optar
como no corpo do texto, antes do termo capital, no por uma variante.
entanto, o leitor precisa saber que Goiânia é uma ca- e) (F) No texto, a língua é caracterizada como múltipla,
pital para não ter dúvidas de que o texto ainda se re- heterogênea, tal como um guarda-roupa que con-
fere à mesma cidade. tém todo tipo de vestimenta, cabendo ao usuário
optar pela mais adequada para cada ocasião.

06 D 08 A
a) (F) A inversão da ordem direta das frases é um recurso a) (V) O autor discorre sobre os marcadores de gênero
estilístico presente no poema, mas está relacio- no português, destacando que o uso genérico
nada ao estilo, e não a fenômenos como a varia- do gênero masculino é resultante de uma cultura
ção linguística. ultrapassada e reforça preconceitos no tocante aos
b) (F) No poema, símbolo da poesia romântica indianista, papéis sociais atribuídos a homens e mulheres.
são utilizados recursos na tentativa de aproximar a Para o autor, a predominância do gênero mascu-
linguagem do modo de falar dos indígenas, como lino nas construções sintáticas do português acaba
a inversão da ordem direta da frase; no entanto, ocultando o gênero feminino e aprofundando o
esse aspecto não tem relação com a variação lin- machismo manifestado na língua.
guística histórica. b) (F) Ao se referir à primazia do masculino no português,
c) (F) No poema, há tentativa de aproximação com o falar o autor chama a atenção para o fato de que esse
dos indígenas, contudo não há referência a termos aspecto reforça estereótipos e provoca a exclu-
próprios de uma linguagem regional. Além disso, são de pessoas que não se identificam com esse
esse não é um fator associado à variação histórica. gênero, mas não propõe que o uso genérico do
d) (V) A variação linguística histórica está relacionada às masculino seja substituído pelo do feminino. O
mudanças sofridas pela língua ao longo do tempo. que se subentende do texto é que nenhum gênero
No poema, há vocábulos escritos de acordo com a deveria se sobrepor a outro.
ortografia vigente no século XIX, como as palavras c) (F) A crítica feita à regra gramatical de predominância
do gênero masculino em construções do português
frecha (hoje se escreve flecha) e cobarde (hoje se
dirige-se ao que é postulado pela norma-padrão,
escreve covarde). Essa variação entre a forma como
e não pelas demais variantes linguísticas, as quais
determinados vocábulos eram escritos em outras
nem mesmo são referidas no texto.
épocas e a forma como são escritos hoje é diacrônica.
d) (F) Os idiomas latim e alemão são mencionados no
e) (F) O poema é composto em versos rimados, que texto para exemplificar línguas nas quais existe um
podem lembrar a estrutura do cordel, contudo esse gênero neutro, não para falar da ascendência do
aspecto formal não tem relação com a variação lin- português, que de fato apresenta diversas palavras
guística histórica. com origem nessas línguas, sobretudo no latim.
e) (F) Em vez de defender o uso da norma-padrão, o
07 A autor questiona aquilo que é considerado padrão,
a) (V) Ao comparar a língua a um grande guarda-roupa atribuindo essa escolha a comportamentos cultu-
rais ultrapassados e excludentes.
onde há todo tipo de vestimenta, o autor do texto
remete ao caráter diverso da língua, que possibilita 09 D
aos falantes utilizar formas de comunicação distin- a) (F) A expressão “estado de espírito” não é utilizada
tas, devendo estes identificar qual variante é ade- para estereotipar o indígena, mas para desconstruir
quada a cada contexto, assim como se opta por um estereótipo, a ideia de que o indígena é defi-
usar determinada roupa de acordo com a ocasião. nido pela aparência por utilizar elementos como
b) (F) Embora faça referência à diversidade da língua, o cocar de pena, urucum e arco e flecha.
que pressupõe uma grande quantidade de formas b) (F) O uso da palavra diferença entre aspas ocorre com
linguísticas, o texto não objetiva aludir a aspectos o intuito de estabelecer uma contraposição entre
quantitativos da língua. ela e o conceito de identidade, que, para o autor,
c) (F) O autor caracteriza a língua como heterogênea, não se refere a diferenças estáveis e preestabeleci-
uma vez que ressalta a multiplicidade de varian- das, mas a um processo de diferenciação contínuo,
tes linguísticas; contudo, não há no texto a infor- incessante.
mação de que as variantes estão condensadas na c) (F) A expressão “ainda que” é utilizada para enfatizar
gramática normativa. Além disso, deve-se lembrar uma concessão, cujo sentido expressa que, apesar
que a norma-padrão pode ser considerada uma de qualquer esforço contrário, o indígena jamais
dessas variantes. pode deixar de ser indígena.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

d) (V) O autor contrapõe-se ao significado de “estado d) (F) A preposição até marca um limite, não podendo
transitório” sugerido pelo advérbio ainda no tre- expressar continuidade. Desse modo, entende-se
cho “esse pessoal ainda é índio”, pois, para ele, ser que não houve continuidade quanto ao núcleo de
indígena não é uma etapa ou um estado transitó- interesse dos estudos linguísticos.
rio. Para subverter essa ideia atribuída pelo senso e) (F) O método comparativo, como é informado nos
comum, o autor sugere que o advérbio seja empre- dois últimos períodos do texto, foi predominante
gado em outra sentença, com o objetivo de enfati- nos estudos linguísticos do período renascentista.
zar que os indígenas ainda não foram vencidos nem
o seriam, em um contexto de resistência. 12 E
e) (F) O uso da forma verbal do futuro do pretérito aca-
bar(i)am justifica-se pela intenção do autor de afir- a) (F) O português falado pelos brasileiros em situações
mar que os indígenas não deixaram (pretérito) nem cotidianas se difere da norma-padrão, tendo em
deixarão (futuro) de ser indígenas. vista que é espontâneo, informal. Esse português
é denominado coloquial, conforme apresenta o
10 A texto-base.
b) (F) A norma-padrão serve para homogeneizar a língua,
a) (V) O comportamento atribuído aos vírus no texto é
tido como algo incomum, exótico, extravagante, de maneira que pessoas de diferentes regiões do
que surpreende quando comparado ao padrão Brasil possam se comunicar de forma assertiva e
de comportamento de seres vivos. Ao caracterizar instituições possam utilizar um código acessível a
os vírus como “entidades estranhas”, o autor do todos. O português padrão não sintetiza a diver-
texto ressalta, utilizando pontos de exclamação, os sidade linguística, pois é uma variedade linguís-
aspectos exóticos que esses elementos têm que tica em si, a ser usada em determinadas situações
levam a essa caracterização. sociais que exigem maior formalidade e emprego
b) (F) No texto, não há atribuição de superioridade a das regras da gramática prescritiva.
nenhum ser vivo, apenas a descrição do comporta- c) (F) Não é possível inferir do texto que a norma-padrão
mento dos vírus. O autor demonstra que esse com- potencializa as relações estabelecidas com parentes
portamento é incomum, mas não faz juízo de valor e amigos, mas pode-se afirmar, por exemplo, que
sobre ele. ela favorece as relações profissionais, sendo usada
c) (F) Apesar de ser parte de um texto de divulgação em distintas situações da vida pública, como no
científica, o trecho não apresenta a divulgação de meio político, no campo jornalístico, na escola etc.
nenhuma descoberta científica recente, pois o com- d) (F) A norma-padrão é, muitas vezes, compreendida
portamento dos vírus não é citado como algo desco- como instrumento de ascensão social. Inclusive, o
berto recentemente.
preconceito linguístico, que também é social, ocorre
d) (F) O texto se refere à forma como os vírus se replicam
em decorrência de estigmas sobre determinadas for-
ressaltando justamente a dependência que eles
mas de falar que se distanciam da norma-padrão, a
têm para isso, uma vez que precisam estar em uma
célula para replicar-se. partir da compreensão de que quem usa a norma-pa-
e) (F) Menciona-se que não há um consenso entre os drão teria melhores condições de vida e seria esco-
biólogos sobre a classificação dos vírus como larizado. O texto não faz menção a falantes com alto
seres vivos, entretanto não há referência a infor- nível de educação cultural. Ele explica que a expres-
mações duvidosas nem se percebe um tom de crí- são “norma culta”, como era conhecida antigamente
tica no texto. a norma-padrão, é inadequada, pois não se trata de
uma variedade que demonstra mais cultura, elegân-
11 B cia, e sim de uma de maior alcance.
a) (F) Apesar de ter valor semântico de estabelecer um e) (V) A norma-padrão é uma variedade que apresenta
limite de tempo ou de espaço, a preposição até regras e características distintas das outras varieda-
não é utilizada para delimitar que os estudos des- des linguísticas; ela se vale das regras da gramá-
critivos foram interrompidos no Renascimento, mas tica prescritiva e serve para estabelecer padrões
sim para informar que estes deixaram de ser o cen- sobre algo que é naturalmente heterogêneo: a lín-
tro de interesse dos estudos linguísticos. gua. Nesse sentido, essa é a variante aprendida na
b) (V) A palavra até, quando utilizada como preposição, escola para ser usada em diversos e vastos espaços
indica limite de tempo ou de espaço. Desse modo, da sociedade onde é exigida.
ao informar que as questões relacionadas a defini-
ção e descrição eram o centro dos estudos linguís- 13 C
ticos até o Renascimento, o texto estabelece como
limite de tempo o início desse período, determi- a) (F) A crônica revela as diferenças entre as mulheres
nando que, nessa época, essas questões deixa- dos séculos passados e as atuais, evidenciando
ram de ser o centro, ou seja, houve uma mudança que aquelas, por muito tempo, foram submissas,
quanto ao foco dos estudos linguísticos. enquanto as atuais tornaram-se protagonistas, o
c) (F) O uso da preposição até sugere justamente o con- que demanda adjetivos velozes, produtivos, enig-
trário, delimitando que os estudos descritivos não máticos. Diante disso, de acordo com o texto, o
predominaram no Renascimento, mas sim antes adjetivo boazinha não é adequado para se referir
desse período. às mulheres contemporâneas.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

b) (F) Ao contrário do que se menciona na alternativa, o b) (F) Não há informações sobre as alterações morfos-
adjetivo boazinha não é desejável porque “as boa- sintáticas, como o aspecto morfológico de uma
zinhas não têm defeitos”, enquanto as mulheres expressão ou seu uso em uma estrutura sintática. A
contemporâneas seriam imperfeitas, complicadas, citação faz uma descrição fisiológica e articulatória
autênticas e persistentes. do som do -r retroflexo.
c) (V) Martha Medeiros revela o sentido pejorativo do c) (V) No discurso de Amadeu Amaral, citado de forma
adjetivo boazinha, relacionando-o aos diminutivos direta pelo filólogo Serafim da Silva, percebe-se
ceguinhas, comportadinhas, queridinhas, que são uma descrição fisiológica e articulatória do som do
associados às mulheres que, de acordo com o texto, -r retroflexo. Observa-se que ele cita que a pronún-
precisavam ser, por força do machismo, previsíveis e cia (prolação) é projetada contra a arcada dentária
submissas. Para as mulheres contemporâneas, esse superior, no qual “a língua leva os bordos laterais
adjetivo soa como uma ofensa, pois elas são referi- mais ou menos até os pequenos molares da arcada
das pelo texto como independentes, dotadas de ati- superior e vira a extremidade para cima, sem tocá-
tudes velozes, protagonistas de suas próprias vidas. -la na abóbada palatal”.
d) (F) Conforme a crônica, “Ser boazinha não tem nada d) (F) Não se trata da relação entre o léxico (conjunto
a ver com ser generosa. Ser boa é bom, ser boazi- de palavras da língua) português e o inglês, mas
nha é péssimo”, ou seja, esse adjetivo teria sentido da proximidade fonética, de som, em relação ao -r
negativo, expressando resignação. retroflexo e o -r do inglês.
e) (F) Na crônica, o adjetivo boazinha não denota afetuo- e) (F) Em nenhum momento são citadas, na fala de Ama-
sidade, mas submissão. Diante disso, não há infor- deu Amaral, as letras do alfabeto que se aproximam
mações de que essa palavra assume, no contexto da variação do -r retroflexo, apenas os movimentos
da crônica, uma incoerência quanto ao ponto de articulatórios feitos para a prolação desse som.
vista textual.
16 C
14 A a) (F) As orações subordinadas adverbias consecutivas é
a) (V) O dialeto em questão é o caipira, comumente falado que expressam consequência, efeito. Elas são intro-
pelos sertanejos do interior de alguns estados. duzidas por conjunções como de modo que. Na
Nesse caso, são usadas expressões como “muié” oração “Quando sobe na balança”, há o emprego
(mulher); “doutô” (doutor); “sinhô” (senhor), que de uma conjunção que denota tempo.
mostram uma redução da pronúncia de sons e a b) (F) A oração subordinada adverbial “Quando sobe
troca de vogais. na balança” equivale a um adjunto adverbial de
tempo. Por exemplo, poderia ser substituída por
b) (F) O dialeto gaúcho é falado principalmente no Rio
depois. Ela não indica proporção em relação ao
Grande do Sul e em algumas partes do Paraná e
fato expresso na oração principal “sempre se arre-
de Santa Catarina. Diferentemente do caipira, esse
pende”, visto que as orações proporcionais são
dialeto é caraterizado por particularidades lexicais, introduzidas por conjunções subordinativas como à
com expressões do tipo “Olhar de revesgueio” proporção que, à medida que, ao passo que.
(Olhar atravessado) e “Te some da minha frente” c) (V) No período “Quando sobe na balança, sempre
(Sai da minha frente). Esse dialeto sofreu influências se arrepende”, a oração subordinada adverbial
do italiano, do espanhol e do alemão. “Quando sobe na balança” aparece antes da ora-
c) (F) Na verdade, o dialeto carioca se caracteriza, entre ção principal e equivale ao adjunto adverbial depois.
outros aspectos, por semelhanças com o português Essa oração exprime uma ideia de momento, tempo.
lusitano, com o s pronunciado como um x e o uso Orações subordinadas adverbiais temporais são
de vogais mais abertas, diferentemente do caipira. inseridas por conjunções subordinativas temporais,
d) (F) O dialeto brasiliense, formado pelo fluxo de migran- como quando, enquanto, logo que, assim que.
tes durante a construção de Brasília, é diferente d) (F) As conjunções que indicam finalidade são para
do caipira. Denominado candango, esse dialeto é que, a fim de que, que. No exemplo, há uma ora-
encontrado principalmente na área metropolitana. ção subordinada adverbial que exprime uma cir-
e) (F) O dialeto amozofônico sofreu forte influência dos cunstância de tempo.
portugueses e é falado principalmente pelos habi- e) (F) As orações subordinadas que indicam causa são
tantes da Bacia Amazônica. Sua principal caracterís- introduzidas por conjunções como porque, visto
tica é o uso do tu, sem características no texto que que, posto que, uma vez que. A oração “Quando
evidenciem relação com o dialeto caipira. sobe na balança” é introduzida por quando, que
indica tempo.
15 C
17 B
a) (F) A partir do discurso de Amadeu Amaral, percebe-
-se a preocupação em descrever as realizações do a) (F) A gíria em questão não diz respeito à variação
ponto de vista fisiológico e articulatório, não a loca- diatópica, pois não ocorre em razão do espaço
lização desses falantes em determinados estados geográfico em que vive o surdo. Inclusive é uma
brasileiros sob um aspecto sociolinguístico. A loca- gíria usada por pessoas de diferentes lugares
lização desses falantes no sul de São Paulo, sul de do Brasil, mas reconhecida em grupos sociais. A
Mato Grosso e norte do Paraná é tratada por meio expressão é associada ao codinome de uma perso-
do discurso do próprio autor. nagem de filme de ação, da franquia James Bond.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

b) (V) A gíria é uma linguagem peculiar que se origina de c) (V) O neologismo deboísmo é formado pelo sufixo
um grupo social determinado, restrito. Nesse sen- -ismo aliado à locução “de boa”, que, na palavra
tido, o aspecto apresentado no texto diz respeito à formada, é escrita sem espaço. O sufixo forma subs-
variação diastrática da língua de sinais brasileira. tantivos geralmente ligados a práticas e religiões
c) (F) Não é possível inferir, a partir do texto e do uso (batismo, cristianismo etc.), mas, no caso do texto,
da gíria, a escolarização do surdo. Ademais, a gíria designa um estilo de vida no qual a pessoa está nor-
não se relaciona com a escolaridade do usuário de malmente “de boa”, ou seja, sem preocupações.
Libras, podendo ser comunicada por pessoas sem d) (F) A palavra formada não é um advérbio, pois não
ensino formal ou com nível superior de educação. designa circunstância. O neologismo deboísmo
Libras é, geralmente, a língua materna da pessoa. nomeia uma prática, por isso se trata de um subs-
d) (F) A partir do texto e da gíria, não há possibilidades tantivo.
de afirmar a profissão do indivíduo. Ao marcar esta e) (F) A expressão “de boa” é uma locução adjetiva,
opção, percebe-se que houve confusão entre gíria mas o neologismo deboísmo, que se baseia nessa
(linguagem de um determinado grupo social) e jargão locução, passa a ser um substantivo no contexto
(linguagem própria de um grupo de profissionais). do texto.
e) (F) As gírias são geralmente usadas em contextos
informais, de descontração da pessoa. Os contex- 20 B
tos formais exigem expressões que abrangem gru- a) (F) Não há no texto referência à participação de tecno-
pos mais amplos, não restritos. logias ou de meios de comunicação que resultasse
na origem do sotaque popularmente chamado de
18 E caipira por causa da pronúncia do R retroflexo.
a) (F) Nas relações de alternância estabelecidas entre b) (V) Os fatores que, segundo o texto, contribuíram para
duas orações há conjunções coordenadas alternati- a pronúncia do R retroflexo em algumas palavras
vas como ou, ora... ora, já... já, quer... quer. Toda- são de ordem geográfica e cultural, pois considera-
via, o segundo quadrinho da tirinha é iniciado pela -se que essa variante ocorre em lugares específicos
conjunção adversativa mas. do país (“interior de São Paulo, Mato Grosso do
b) (F) As conjunções que exprimem a ideia de explicação Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Santa
são, por exemplo, porque, que, pois (anteposto Catarina”) e que é resultante da fusão cultural que
ao verbo). Nessa tirinha, há a conjunção explicativa aconteceu entre indígenas e portugueses quando
porque, porém, não é ela que interliga a oração do estes chegaram ao Brasil. Como os indígenas tive-
segundo quadrinho com a do primeiro, o que inva- ram dificuldades de pronunciar o R como era pro-
lida uma ideia de justificativa. nunciado pelos colonizadores, surgiu uma nova
c) (F) As conjunções aditivas têm valor de acréscimo, como variante linguística, o R retroflexo.
c) (F) Apesar de se referir a elementos históricos, como
em e, nem, ou pelas locuções correlativas não só...,
a colonização e a participação dos bandeirantes, o
mas (também), tanto... como. Todavia, no segundo
texto não considera variantes de períodos distintos
quadrinho, há o uso de uma conjunção adversativa.
ou de estilo, mas sim a origem de uma variante que
d) (F) As conjunções conclusivas exprimem ideia de
permanece até hoje em regiões específicas.
conclusão relativa à declaração feita na ora-
d) (F) No texto, não são considerados falantes de estra-
ção anterior. Elas são introduzidas, por exem-
tos sociais diferentes, mas sim falantes de regiões
plo, pelas conjunções logo, pois (posposto ao
diferentes, o que caracteriza a variação diatópica.
verbo), portanto, por isso, de modo que. No
e) (F) Embora fatores regionais, de fato, sejam conside-
texto-base, a conjunção mas estabelece uma rela-
rados no texto, este não se refere à faixa etária dos
ção de adversidade.
falantes nem atribui a isso a origem da variante em
e) (V) As orações coordenadas adversativas estabelecem,
questão.
em relação à oração anterior, uma ideia de oposi-
ção, contraste, compensação, ressalva. São introdu-
21 B
zidas pelas conjunções coordenativas adversativas,
como mas, porém, todavia, contudo, no entanto, a) (F) O contexto não é considerado no texto como um
entretanto, senão. A ideia transmitida pelo ratinho aspecto determinante da variação em questão,
Níquel é a de que as estrelas são infinitas, porém tampouco há referência ao grau de formalidade da
podem ser contabilizadas porque os números tam- situação de uso, pois o que se consideram são dife-
bém são infinitos. renças geográficas.
b) (V) Os dois textos remetem à variação vocabular consi-
19 C derando a designação dada a um tipo de alimento,
conhecido em alguns lugares do país como man-
a) (F) A palavra formada não é um verbo, mas um subs- dioca, em outros como aipim e em outros como
tantivo. Portanto, não delimita uma ação. macaxeira. Segundo o texto 1, na Região Sudeste,
b) (F) A palavra formada tem função de substantivo, tanto há predominância do uso do termo mandioca, o
que está acompanhada de um artigo. No texto, não que é confirmado pelo texto 2, o qual acrescenta
há um adjetivo para adeptos de uma atividade. que esse termo se sobressai também no norte do

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Paraná e nas regiões Norte e Centro-Oeste. Ainda d) (F) Na expressão “ela testou positivo”, não há concor-
de acordo com o texto 2, o uso de aipim é mais fre- dância entre o predicativo positivo e a forma verbal
quente no Sul, enquanto no Nordeste esse mesmo testou. Como é informado no texto, o predicativo,
alimento é chamado de macaxeira. nesse caso, não concorda sequer com o sujeito, já
c) (F) Apenas o texto 2 alude a lugares das cinco regiões que a construção provém do inglês, língua na qual
do país; o texto 1 mapeia a variação linguística em os adjetivos não sofrem flexão.
questão apenas na Região Sudeste. e) (F) Na construção em questão, o verbo liga um sujeito
d) (F) Os dois textos não mencionam fatores históricos ao predicativo do sujeito, tal como ocorre com os
nem comparam as designações recebidas pelo ali- verbos de ligação. Assim, não se pode afirmar que
mento em épocas distintas. São considerados ape- o verbo perde o valor semântico de verbo de liga-
nas fatores geográficos. ção nem que esse seja o motivo pelo qual a expres-
e) (F) Os textos não se referem a fatores sociais ou eco- são se distancia do padrão.
nômicos ao analisar a variação linguística, mas sim
24 C
a fatores geográficos.
a) (F) O conectivo que é utilizado com funções diferentes
22 D em algumas ocorrências no poema, funcionando
ora como conjunção integrante (“Fica decretado,
a) (F) A vírgula, nesse contexto, foi usada para separar
por definição, que o homem é um animal”), ora
duas orações coordenadas: “Vestiu os artefatos” e
como pronome relativo (“animal que ama”), e
“beijou o filho com ternura”. Diante disso, ela não ainda como parte de locução conjuntiva compara-
enumera palavras de sentido semelhante, como tiva (“mais belo que a estrela da manhã”).
acontece, por exemplo, em “Beijou o filho, a filha, a b) (F) No último verso da primeira estrofe, o que faz parte
esposa, a mãe...”. da locução conjuntiva comparativa “mais [do] que”
b) (F) A função da vírgula, nesse contexto, não foi o de e exprime, portanto, ideia de comparação, e não
enfatizar expressões. Quando se deseja enfatizar de consecução.
expressões, são utilizados outros artifícios, como c) (V) No verso “e que por isso é belo”, o que tem função
colocá-las entre vírgulas (quando possível). de pronome relativo, pois retoma o termo animal,
c) (F) “Beijou o filho com ternura” não é um aposto expli- da oração anterior; já no verso “muito mais belo
cativo, não esclarece o que foi dito anteriormente que a estrela da manhã”, o que faz parte da locu-
nem está intercalado por vírgulas. Tanto “Vestiu os ção conjuntiva comparativa “mais [do] que”.
artefatos” quanto “beijou o filho com ternura” são d) (F) Na segunda ocorrência, a palavra que faz parte de
orações coordenadas. uma oração adjetiva e introduz uma característica
d) (V) A vírgula foi usada para separar duas orações coor- do termo antecedente (“animal que ama”), porém
denadas assindéticas, isto é, que são independen- na primeira ocorrência isso não acontece, pois o
tes e que não possuem conjunção para conectá-las. que funciona como conjunção integrante e está
Essas orações auxiliam na compreensão dos passos ligando a oração substantiva subjetiva à oração
que a personagem deu antes de sair para o último principal, tendo, portanto, função de sujeito. (“Fica
trabalho sobre a Terra: vestiu os artefatos e beijou o decretado, por definição, que o homem [...]”).
filho com ternura. e) (F) No verso “Decreta-se que nada será obrigado nem
e) (F) As duas orações separadas pela vírgula são coor- proibido”, o que introduz uma oração com função
denadas, isto é, são sintaticamente independentes de sujeito – oração subordinada substantiva sub-
entre si. A segunda oração não completa o sen- jetiva –, complementando uma oração principal
tido da primeira; por isso, não é classificada como formada por uma forma verbal na voz passiva sin-
subordinada, mas sim como coordenada também. tética. Portanto, o conectivo, nesse caso, introduz
um termo com função de sujeito, e não de comple-
mento verbal.
23 C
a) (F) Não é informado no texto que o verbo testar per- 25 C
manece invariável independentemente do sujeito.
Se o sujeito estiver no plural, certamente o verbo a) (F) A campanha não tem por objetivo contrastar direi-
irá para o plural para concordar com este (por tos e deveres das mulheres. O contraponto estabe-
exemplo: elas testaram positivo). lecido no cartaz pelas expressões “elas podem” e
b) (F) Segundo o texto, na expressão em questão, o verbo “você deve” se relaciona à liberdade que as mulhe-
testar não funciona de acordo com as normas sin- res têm de fazer o que quiserem, devendo ter suas
táticas do português justamente por não apresen- escolhas respeitadas.
tar objeto direto, não funcionando, portanto, como b) (F) Não é dos deveres das mulheres que trata a cam-
transitivo direto. panha, e sim do direito delas de agir livremente de
c) (V) Conforme é informado no texto, na expressão “ela acordo com as próprias escolhas.
testou positivo”, o adjetivo positivo funciona como c) (V) Ao contrapor construções verbais iniciadas pelas
predicativo do sujeito, e não como complemento expressões “elas podem” e “você deve”, a cam-
verbal. Nesse caso, o verbo testar, que geralmente panha busca delimitar os direitos das mulheres, de
é utilizado acompanhado de objeto direto, aparece liberdade e igualdade, por exemplo, e o dever que
sem complemento verbal. as demais pessoas têm de respeitar esses direitos

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e apoiar as mulheres no exercício deles. Assim, por e) (F) O poema traz, em um de seus versos, a menção literal
meio da expressão “elas podem”, o cartaz destaca a “tribos inimigas”, mas em contexto de guerra. Essas
que é direito das mulheres “sair à noite”, “sair sozi- tribos inimigas não são vinculadas a questões amoro-
nhas” e “sair com quem elas quiserem”; e com a sas. Com a menção da palavra amor, no último verso,
expressão “você deve”, o cartaz dirige-se ao leitor, o sentimento é explorado em relação à natureza, não
que é o público em geral, para reforçar que ele a uma pessoa; ou seja, o eu lírico afirma ter sentido na
tem o dever de respeitar e apoiar a liberdade das pele o vento que amou.
mulheres.
d) (F) O cartaz não contempla a luta das mulheres por 02 A
ocupar espaços de poder, pois a mensagem cen-
a) (V) No texto, percebe-se que o eu lírico deseja fugir para
tra-se no direito das mulheres de ir e vir livremente.
o campo, pois a vida na cidade não o agrada mais
e) (F) A mensagem do cartaz, de fato, remete à liberdade
e está o tornando infeliz, o que é compatível com o
de ir e vir, contudo não considera todas as pes-
ideal árcade do fugere urbem. É idealizada na canção
soas, mas apenas as mulheres, já que a finalidade a vida no campo como forma de convencer primei-
da campanha é mobilizar a sociedade para a luta ramente a si mesmo sobre a necessidade de mudar
pela equidade de gênero. É responsabilidade do de vida (pois é grande o sofrimento na cidade); mas,
Estado assegurar esse direito, no entanto a expres- ao mesmo tempo, procura-se, com isso, convencer o
são “você deve” é destinada ao leitor, que deve leitor de que essa é a melhor opção.
respeitar e apoiar a liberdade feminina.
b)(F) Embora represente uma oportunidade de escapar da
vida na cidade, esse escapismo não é fútil, pois o eu
Literatura lírico deseja um local que o livre de preocupações e
que lhe proporcione maior qualidade de vida.
01 B
c) (F) O objetivo do texto não é exaltar a natureza para fins
a) (F) Embora o eu lírico descreva-se como forte, ele não estéticos, por isso essa não representa na canção ins-
se compara a fenômenos da natureza, como a chu- piração para o eu poético. Nesse caso, a natureza re-
va e o vento. Nota-se que alguns processos naturais presenta para o eu lírico uma oportunidade de mudar
são mencionados – o eu lírico, por exemplo, diz que a qualidade de vida.
já sentiu nas faces “os silvos fugaces dos ventos”, d)(F) Segundo a concepção expressa no texto, a dificulda-
mencionando, assim, um elemento da natureza expe- de de vida está na cidade, pois ali há muita violência e
rimentado por ele –, mas esses processos não apa- estresse, o que compromete a qualidade de vida.
recem como uma forma de comparar ou descrever
e) (F) O eu lírico não procura riqueza na natureza, pois de-
a força do guerreiro em questão, mas sim de relatar
clara que quer apenas colher o que plantar e viver
suas experiências sensíveis no meio da selva.
longe das preocupações e violências às quais está ex-
b)(V) O eu lírico, ao descrever-se para os interlocutores – posto na cidade.
outros “guerreiros” –, diz descender “da tribo tupi” e
declara: “sou bravo, sou forte”. A caracterização dele
ao longo do poema confirma a sua identidade de va- 03 E
lentia, vivendo em meio à selva, tendo já testemunha- a) (F) Podem-se reconhecer indícios de uma vida perante a
do batalhas entre tribos inimigas e provado das “fa- alta sociedade, no poema, atribuída ao ser amado, so-
digas” da guerra; assim, ele se coloca na posição de bretudo pela menção ao baile e a uma caracterização
guerreiro, cuja trajetória é definida pela força e pela indumentária típica de um contexto das classes mais
valentia. favorecidas, à época; contudo, o objetivo do eu lírico
c) (F) Embora o eu lírico afirme ter já participado de guer- ao fazer menção à caracterização do ser amado e à
ras, ele não chega a descrever suas ações em bata- sua rotina não é narrar o estilo de vida dessa classe.
lha, de modo que não é correto dizer quais foram O que se pretende com o emprego da linguagem ao
os seus “atos cruéis”, e se elas aconteceram, de explorar as emoções do sujeito lírico é expor o amor
fato. O fragmento que mostra a fala do indígena deste em relação ao interlocutor.
limita-se a dizer que já viu “cruas brigas” de tribos b)(F) O eu lírico menciona objetos da rotina da pessoa
inimigas (sem detalhar sua própria participação ali) amada, como o sapato e a luva, mas não compara
e que já participou “da guerra”. essa pessoa a eles; em vez disso, manifesta o desejo
d)(F) As batalhas descritas no poema são explicitamente de se transformar nesses objetos. A opção é incorreta,
vinculadas às tribos indígenas. O eu lírico diz ter par- portanto, já que atribui aos objetos uma função meta-
ticipado das guerras e observado confrontos entre tri- fórica diferente daquela que eles desempenham.
bos, mas não faz qualquer menção ao “homem bran- c) (F) O eu lírico não se dirige aos leitores, mas diretamente
co”. A opção, assim, atribui ao poema informações ao ser amado. Logo, o texto se dá em uma relação de
não presentes nele. Embora se note uma espécie de interlocução entre o “eu” e o “tu”. Além disso, pela
celebração à guerra ou à valentia do guerreiro, isso interpretação do poema, identifica-se uma declaração
não aparece como um elogio às ações de guerra do de amor que descreve os sentimentos atuais do eu
homem branco, sequer mencionado. lírico, e não um conjunto de explicações sobre como

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esse amor surgiu. Logo, a opção é incorreta porque d)(F) No texto 2, evidencia-se que o desmatamento ilegal
interpreta equivocadamente o modo como a matéria avança sobre reservas naturais e indígenas, ameaçan-
amorosa é expressa no texto e quais as intenções do do a sobrevivência desse povo; portanto, não é corre-
eu lírico ao abordar seus sentimentos. to afirmar que, na prática, os indígenas tenham a sua
d)(F) Ao perceber que se trata de uma produção do Ro- cultura preservada desde a colonização, embora esse
mantismo, pode-se identificar como correto o espanto seja um direito garantido pela Constituição.
típico do poeta romântico diante da força da natureza. e) (F) Os indígenas, de fato, são referidos como guerreiros
Contudo, esse tema arquetípico não é mencionado nos dois textos, que consideram sua bravura e sua luta
no texto, e o eu lírico não registra emoções como pela sobrevivência e pela defesa de suas terras; por
medo. Há menção a certos elementos da natureza, isso, não é correto afirmar que eles aceitam pacifica-
como a flor, ou a própria terra, mas eles não contri- mente ceder seus territórios para evitar conflitos.
buem para construir uma relação entre os sentimen-
tos do eu lírico e o espaço que o cerca, que, de todo
modo, parece muito mais urbano do que associado 05 C
ao mundo natural. a) (F) O trecho apresenta ritmo ao ser lido, porém não apre-
e) (V) O enunciado do item pede que o aluno identifique a senta rimas. A seleção dessa alternativa pode ocorrer
intenção do eu lírico ao falar dos próprios sentimen- devido à interpretação equivocada da musicalidade
tos. Esses sentimentos dizem respeito ao desejo do eu do texto.
lírico em relação a determinada pessoa. Ao longo dos b)(F) O trecho apresenta a narração de um bezerro que
versos, esse desejo é manifestado como vontade de nasceu defeituoso e foi morto, ou seja, é um texto nar-
estar perto desse sujeito, o que se expressa quando o rativo. Além disso, a temática do trecho é esse nasci-
eu poético diz querer ser os objetos da rotina da outra mento, e não a própria linguagem.
pessoa (como o sapatinho, a luva ou a camélia); tor-
c) (V) A escrita de Guimarães Rosa, principalmente em
nando-se esses objetos, ele estaria em contato com o
Grande Sertão: Veredas, é constituída como um fluxo
corpo observado, em meio à vida de quem ama. Desse
de pensamentos, já que apresenta interrupções que
modo, os sentimentos do eu lírico são explorados a fim
são reflexões do narrador, como “Povo prascóvio”.
de se fazer uma declaração de amor que, em resumo,
Além disso, há termos que fogem à norma‑padrão,
expressa o desejo dele de estar perto do ser amado.
como o neologismo Nonada.
d)(F) O texto apresenta pontuação excessiva, o que faz par-
04 A te da construção do texto como fluxo de pensamen-
a) (V) No texto 1, os indígenas são representados como tos.
guerreiros, ressaltando-se a sua bravura diante dos e) (F) Algumas orações estão em ordem inversa, como
inimigos. No contexto histórico em que está inseri- “Todo dia isso faço”, o que torna o texto menos obje-
do o Romantismo, esses inimigos podem ser tanto tivo.
as tribos rivais quanto os colonizadores. Esse poema
simboliza, portanto, a coragem do indígena e a sua 06 A
luta por liberdade e independência. Essa representa-
ção idealizada, contudo, é contrastada com a infor- a) (V) O movimento Tropicalista caracteriza-se, entre
mação presente no texto 2, no qual é considerada a outras coisas, por incorporar elementos diversos
pouca valorização dessa figura, sobretudo no Brasil que contribuíam para a formação da cultura bra-
do século XXI, quando sua cultura é desrespeitada e sileira, ressaltando que esta era feita também de
o seu espaço, invadido. Por outro lado, percebe-se, contrastes. Na letra da canção, a referência a ele-
ao relacionar os dois textos, que, embora a realidade mentos como aviões e caminhões, bossa e palhoça –
do indígena brasileiro esteja longe da representação em alusão à modernização e ao desenvolvimento
romântica idealizada, a história desse povo é marca- de parte do país e, ao mesmo tempo, a uma reali-
da por lutas pela sobrevivência, pela liberdade e pela dade precária e de subdesenvolvimento vivida em
preservação da sua cultura e do seu espaço. outra parte – reflete a ideia de multiplicidade cultu-
b)(F) Enquanto se percebe no poema uma visão idealizada ral propagada pelo Tropicalismo.
do indígena, própria do período romântico, quando b) (F) Não é correto afirmar que o culto à cultura estran-
se voltava para a representação de um herói nacional, geira seja uma característica do Tropicalismo,
no texto 2 percebe-se que a realidade do indígena é pois esse movimento propunha, em vez disso,
outra, já que fica evidente o desrespeito à sua história uma incorporação de elementos estrangeiros como
e à sua cultura. forma de evidenciar uma estética moderna e plural.
c) (F) Tanto no texto 1 quanto no texto 2, é ressaltada a histó- Além disso, não há referência a elementos da cul-
ria de luta do povo indígena diante de inimigos que bus- tura estrangeira na letra da canção.
cam a sua escravização e o apagamento da sua cultura. c) (F) Embora o Tropicalismo tenha surgido em um
Embora pareçam impotentes diante do poder daqueles momento em que a censura de produções culturais
que são movidos pelo interesse econômico, não é corre- era uma prática vigente no país, uma linguagem
to dizer que os indígenas não lutam pelos seus direitos e erudita não é uma característica desse movimento
que assistem pacificamente a tudo isso. refletida na letra da canção em questão.

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d) (F) Na letra de Caetano, o moderno e o arcaico são d) (F) O texto não evidencia um processo de elaboração,
apresentados como elementos complementares em vez disso oferece ao leitor a possibilidade de
que compõem a cultura brasileira, mas não há valo- dar sentidos à obra de modo que este se torne
rização de um em detrimento do outro. também um produtor, conforme a proposta dos
e) (F) A letra da canção refere-se a símbolos contrastan- poemas-processos.
tes da cultura do país, portanto não há nela a ideia e) (F) É possível inferir, no poema, uma reflexão sobre
de homogeneidade cultural. sistema de câmbio na acepção econômica e certa
simplicidade na composição visual. No entanto,
07 D não são esses elementos que evidenciam relações
a) (F) Os textos compartilham a temática metalinguística, com a ideia de poema-processo.
no entanto não é esse o aspecto responsável pela
relação da obra de Manuel de Barros com a ver- 09 C
tente modernista de 1922. a) (F) Não há, no poema, exploração de elementos da
b) (F) O texto 2 constrói-se por meio de explicações mitologia greco-romana (clássica). Sabe-se que a
dos significados de frases que o compõem, mas Iara, personagem do folclore brasileiro, é comu-
os sentidos atribuídos são conotativos, dando ao mente referida como uma sereia – as sereias per-
texto um teor poético; já o texto 1 refere-se, com tencem à tradição clássica –, mas essa relação não
desaprovação, ao lirismo que busca no dicionário o é explorada pelo eu lírico.
significado das palavras de forma crítica. b) (F) O poema resgata uma narrativa folclórica, mas não
c) (F) O texto 1 contrapõe-se à ideia de projeto poético defende uma prática social por meio dele.
homogêneo, pois o eu lírico do poema clama por c) (V) A voz narrativa assume uma postura de contador de
um lirismo livre de quaisquer regras, portanto múlti- histórias, como mostra a opção pelo verbo contava
plo, variado. Além disso, o texto 2 não é construído e a presença do modalizador então. Esses elemen-
com a utilização da métrica regular. tos demarcam uma voz narrativa que conta uma his-
d) (V) A obra de Manoel de Barros, como ilustra o texto 2, tória da cultura folclórica brasileira, o que também
aproxima-se da liberdade proclamada pelo Moder- é evidenciado pelo tema central do poema – que
nismo de 1922, especialmente pelo poema de faz referência a uma lenda – e pela expressão de
Manuel Bandeira reproduzido, por alterar a lógica sin- marcas tipicamente orais, simuladas na escrita.
tático-semântica comum da língua portuguesa para d) (F) O texto não explora as origens da história que
criar uma linguagem poética com estilo particular. menciona, apenas conta um enredo, o que está evi-
Assim, ao desobedecer à lógica sintática padrão e à dente nas marcas de discursividade.
métrica tradicional, Manoel de Barros dialoga com o e) (F) O poema não se restringe a um modelo romântico
ideal de liberdade impresso no poema de Bandeira. nem enfatiza a ideia de um desfecho trágico.
e) (F) O texto 2 caracteriza-se pela subversão da estru-
10 B
tura sintática do português, contudo esse não é um
traço estilístico predominante no texto 1. a) (F) O poema trata de práticas financeiras, mas não
recorre à linguagem verbivocovisual (palavra, som
e imagem). Ademais, essa linguagem é predomi-
08 A
nante no Concretismo, não na poesia-práxis.
a) (V) O poema-processo foi um movimento que levou b) (V) A poesia-práxis valoriza a palavra como organismo
o Concretismo ao extremo ao radicalizar a própria vivo e se contrapõe ao formalismo concretista. Na
visualidade. Fundado em 1967, pela iniciativa de poesia-práxis, criada a partir da dissidência de um
Wladimir Dias Pinto, esse tipo de poema prescinde grupo de poetas que compunham o Concretismo,
de palavras e emprega distintos materiais para há uma revalorização da palavra, do verso e do
focalizar o ato de leitura na materialidade. O texto ritmo, os quais podem ser reconhecidos no poema
“Câmbio”, de Iaperi Araújo, evidencia caracterís- “Agiotagem”.
ticas desse movimento ao dispensar letras, cha- c) (F) O termo porcentagio é um neologismo próprio do
mando atenção para os recursos visuais. contexto em que aparece no poema, por isso não é
b) (F) O geometrismo pode ser percebido no poema, válida a ideia de que ele esteja sendo utilizado em
porém neste não há emprego de versos, tendo em um sentido incomum.
vista que o poema-processo se distancia da discursivi- d) (F) A palavra-coisa ou a palavra-objeto é exaltada no
dade, propondo o signo verbal como algo secundário. Concretismo, e não na poesia-práxis, a qual valoriza
c) (F) Ao contrário do que afirma a alternativa, tanto o a palavra-energia: matéria que poderia ser transfor-
poema quanto o movimento denominado poema- mada, utilizada em contexto extralinguístico e pas-
-processo têm como característica o distanciamento sível de manipulação.
da discursividade oral. Nesse sentido, preza-se pelo e) (F) Há, na verdade, uma denúncia à monetização da
caráter visual, submetendo o signo verbal a uma vida. Além disso, a marca racionalista é uma carac-
organização específica. terística da poesia concreta.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

11 C mas por meio das palavras de Riobaldo. Assim, o


trecho “vou narrar ao senhor, nesta minha conversa
a) (F) A temática mística está presente no poema e cons-
nossa de relato” evidencia esse aspecto sobre o
titui um traço compartilhado com outras produções
interlocutor, pois remete ao fato de que se trata de
de escritores da Geração de 30; no entanto, o texto
uma conversa desenvolvida em forma de relato.
não contém características futuristas, uma vez que
e) (F) A utilização de inversões da ordem sintática direta
não remete à valorização da tecnologia, da velo- é uma marca da literatura de Guimarães Rosa, no
cidade e do militarismo nem sugere uma ruptura entanto não é a marca composicional requerida no
com o passado. comando da questão, pois essa marca não se rela-
b) (F) O poema tem temática regionalista, mas não se ciona à expressão “conversa [...] de relato”.
caracteriza por um tom ufanista, tendo em vista que
não foca predominantemente o enaltecimento exa- 13 C
gerado do país ou de qualquer outra coisa. Além
a) (F) O animal referenciado no poema é a andorinha, e
disso, o ufanismo não é uma característica da litera-
não há informações que o caracterizam como um
tura de 1930.
animal de estimação.
c) (V) A obra de Jorge de Lima, assim como a de seus
b) (F) Embora o eu lírico afirme que sua canção é “mais
contemporâneos Murilo Mendes e Cecília Meire- triste” que a do passarinho, por aquele ter perdido
les, caracteriza-se por conter um viés espiritualista, sua vida “à toa”, a presença dessa tristeza nos ver-
valorizando temas relacionados ao universo mís- sos não é condenada pelo eu lírico, e não há no
tico, religioso. No poema, esse traço se apresenta texto uma relação direta ou intencional com os
associado à temática regionalista, a qual também é paradigmas do Romantismo.
compartilhada por outros escritores da Geração de c) (V) A linguagem simples do eu lírico e a tematização
30. No texto, o tom de oração e de reverência com de fatos do cotidiano são feitos por meio de uma
que o eu lírico se refere a fenômenos e elementos “conversa” com uma andorinha, que aproxima os
da natureza e a figuras religiosas, personalizando versos do poema da entonação e da escolha voca-
a seca e a enchente, simboliza o misticismo do bular da fala comum. No texto, Bandeira descreve
homem do Nordeste, terra que, segundo o texto, sua vida – e a dispersão dela – de maneira ligeira,
é comandada pela divindade Sol. como a voz de um passarinho.
d) (F) O poema versa sobre a contraposição entre seca d) (F) O emprego de expressões rebuscadas, além de
e enchente no Nordeste, utilizando, para isso, um não acontecer no poema, vai de encontro com a
tom de diálogo, chamamento e agradecimento ao ideia de simplicidade de Manuel Bandeira.
se referir aos elementos e fenômenos da natureza. e) (F) Apesar de afirmar que a andorinha “está dizendo”
Não há indícios de elementos urbanos nem pro- algo, o emprego da personificação sobre o animal
posta de deglutição de elementos culturais estran- não é suficiente para a identificação de uma “poé-
geiros, como proposto pelo pensamento antropo- tica da simplicidade”, além do fato de que o eu
fágico. lírico e a andorinha não interagem de modo que
e) (F) O texto aborda a temática da seca, que é uma ques- esta possa ser considerada uma “conselheira”.
tão social capaz de comover o leitor. No entanto,
não tem um tom academicista; ao contrário disso, o 14 A
tom de oração do texto aproxima-o da oralidade. a) (V) O rapaz entendeu equivocadamente que o nar-
rador o tratou com indiferença, segundo o relato
12 D apresentado. Por causa disso, o rapaz alcunhou o
a) (F) O comando da questão pede que seja considerada narrador-personagem pejorativamente de Dom
a expressão “conversa [...] de relato”. Nesse caso, Casmurro, como fica evidente nos trechos “como
por mais que o uso de termos regionais seja, de eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro
vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a
fato, uma característica de Grande sertão: veredas,
leitura e metesse os versos no bolso” e “No dia
não é esse o aspecto requerido na questão.
seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e aca-
b) (F) O uso de um vocabulário com forte presença de
bou alcunhando-me Dom Casmurro”. Dessa forma,
neologismos é outra característica da obra de Gui-
os trechos indicam que há uma relação entre o
marães Rosa, contudo esse aspecto não é eviden- aborrecimento do rapaz e a atribuição da alcunha.
ciado pela expressão “conversa [...] de relato”. b) (F) Apesar de a personagem Dom Casmurro não estar
c) (F) No trecho lido, assim como em toda a narrativa necessariamente desinteressada nos versos, o enten-
da qual ele faz parte, a composição do texto não dimento do rapaz foi de que havia esse desinteresse
ocorre por meio da utilização de discurso direto; pelo fato de ela ter fechado os olhos no momento
contrariamente a isso, evidencia-se no trecho que da leitura. De qualquer forma, não foi o interesse
a “conversa” ocorrerá sob a forma de um relato. que ocasionou a alcunha de Dom Casmurro.
d) (V) Na obra Grande sertão: veredas, o narrador-per- c) (F) Não houve manifestação de crítica por parte do
sonagem Riobaldo conduz a narrativa referindo-se narrador. Sua postura foi entendida equivocada-
sempre a um interlocutor que o ouve e que tam- mente como de indiferença, por isso o rapaz é
bém emite as próprias opiniões. Estas, contudo, quem se manifestou descontente, a ponto de alcu-
não são apresentadas na forma de discurso direto, nhar o narrador-personagem de Dom Casmurro.

10
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

d) (F) O texto narra uma postura paciente por parte de caracterizada muito mais pelo “sentimento”, pelos
Dom Casmurro em vez de mau humor. Na verdade, acontecimentos da vida – o que define uma dimen-
essa postura foi associada equivocadamente a são mais forte de conteúdo –, do que por uma
desinteresse e indiferença. forma prescritiva.
e) (F) Não foi a recusa do rapaz em ler novamente os d) (F) É atribuído o adjetivo mecânico ao trem que atra-
versos que culminou na alcunha, mas sim seu des- vessa a vida do eu lírico, transporte descrito ainda
contentamento com o fato de Dom Casmurro ter como “coisa”, mas essa coisa não permanece como
fechado os olhos durante a leitura dos poemas, máquina, torna-se sentimento. Assim, a poética
fato interpretado pelo rapaz como desinteresse. aponta um caminho contrário ao do funcionamento
mecânico, sugerindo uma diluição desse sistema
15 C material e rígido. A opção é incorreta, portanto,
porque, para o eu lírico, a poesia não diz respeito
a) (F) O poema não evidencia a poesia como elemento ao funcionamento das coisas e máquinas.
ligado a um processo necessariamente subjetivo. Na e) (V) O caminho do trem rumo à vida do eu lírico demons-
verdade, a estética parnasiana faz uma escolha pre- tra que a percepção que este tem da poesia diz res-
cisa ao tratar de temas greco-latinos e utilizar uma peito à transformação da “coisa” em “sentimento”.
técnica expressa pela valorização de um vocabulá- Assim, a alternativa é correta porque o eu lírico tes-
rio rico e de metrificação rigorosa, evidenciando um temunha as “coisas” do mundo e afirma que elas
processo consciente sobre o fazer poético. cruzam dia e noite – ou seja, o passar do tempo de
b) (F) O poema contém partes narrativas, sobretudo con- sua vida – até se transformarem em algo mais, que
siderando-se as duas últimas estrofes. Entretanto, já não pode ser dito “mecânico”, mas “só” (como
esse tipo de sequência textual não é predominante o eu lírico faz questão de frisar) sentimento, ou seja,
no texto nem pode ser considerado um elemento a poesia como as “emoções e sensações” que a
que remete ao Parnasianismo, uma vez que neste alternativa designa.
prevalece a descrição.
c) (V) Uma das características mais difundidas do Parna- 17 E
sianismo é a valorização da cultura clássica e de a) (F) Não há, no poema, contraposição entre os concei-
temas greco-latinos. No soneto de Olavo Bilac, a tos de pessoa jurídica e pessoa física. O que há é o
referência ao enigma da esfinge e à personagem uso da expressão “pessoas físicas” para evidenciar
Édipo, que são elementos da tragédia grega de vivências e comportamentos que formam a subjeti-
Sófocles, revela o apreço do poeta pelos temas vidade do indivíduo.
provenientes da mitologia na Antiguidade Clássica, b) (F) O sujeito poético não utiliza a expressão “pessoa
sobretudo vinculados à cultura helênica. física” com mesmo significado objetivo com o qual
d) (F) O soneto “A esfinge” não é um texto metalinguís- é empregada nos contextos jurídico ou socioeconô-
tico, não contendo, portanto, exposição sobre mico, nos quais a pessoa física geralmente é asso-
forma de produção do trabalho artístico. ciada a um cadastro feito pelo Estado e recebe um
e) (F) A valorização da razão é uma característica do Par- número de identificação. No caso do poema, apre-
nasianismo, opondo-se ao sentimentalismo dos senta-se uma noção subjetiva de “pessoa física”.
c) (F) Uma pessoa física, no sentido literal da expressão,
românticos. A referência a elementos de natureza
tem direitos e deveres. Contudo, esse sentido não
também está presente em algumas produções par-
é o que está presente no texto, no qual a expressão
nasianas. Esses aspectos, contudo, não são obser-
adquire novas conotações.
vados no poema “A esfinge”.
d) (F) No poema, a expressão “pessoas físicas” é res-
significada e não se refere, necessariamente, ao
16 E
cadastro de pessoa física (CPF).
a) (F) O eu lírico não encara a poesia como fracasso, mas e) (V) O poema apresenta uma definição de pessoas físicas
como triunfo, sobretudo ao afirmar que as coisas pautada em aspectos que caracterizam a subjetivi-
materiais da vida, como um “trem-de-ferro”, atra- dade de uma pessoa. Assim, diferentemente do sen-
vessam os dias para se tornarem poesia, “sen- tido com o qual a expressão é utilizada em contextos
timento”. Assim, embora a sua poética seja o jurídicos e socioeconômicos, no caso do poema, as
caminho de algo material rumo ao não material, pessoas são definidas por suas experiências coti-
ao impalpável, não é correto dizer que o eu lírico dianas e por suas atitudes perante a vida. O que as
encare essa “perda de materialidade” como algo caracteriza, portanto, não são dados documentais ou
negativo – pelo contrário. físicos, mas o fato de terem uma crença, serem livres,
b) (F) O trem pode ser visto como um elemento do coti- falarem aquilo que pensam, não quererem ser sem-
diano, que define a poética do eu lírico, mas não há pre as mesmas, estando em constante transformação.
menções explícitas à infância ou relações entre o
trem e essa fase da vida do eu lírico. 18 B
c) (F) O eu lírico não se ocupa de uma busca formal ferre- a) (F) O eu lírico se refere à solidão junto de outras ideias
nha, pois não postula a necessidade de adequação relacionadas ao mar, como rebeldia e desespero,
a um determinado estilo ou a uma métrica perfeita. mas apenas as menciona, sem desenvolver uma
Na verdade, essa poética parece, nos versos, ser ideia de negação sobre a solidão.

11
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b) (V) O poema se alinha ao Simbolismo não apenas pela e) (V) As metáforas do texto, de fato, dizem respeito à
temática mística, mas também ao optar por termos aproximação das ideias de infância e amanhecer.
que se associam à religiosidade, como pragas, cha- Elas podem ser encontradas nos seguintes trechos
gas, Nirvana, Inferno, Céu, Judas e Cristo. “aurora da minha vida” e “risonha manhã”. O vín-
c) (F) O poema apresenta rimas ABBA ABBA CCD EED, culo entre manhã e infância pode ser explicado por
que conferem musicalidade a ele. seu caráter inicial, começos de uma vida ou de um
d) (F) O eu lírico não desenvolve um tom crítico, tam- dia, além das ideias de nascimento e de alegria às
pouco se refere à realidade; na verdade, existe uma quais esses elementos se vinculam.
tentativa de transcendê-la. A noção de conflito e
confusão criados evidencia um interesse subjetivo 21 B
e lírico, inclusive por meio do título “Alucinação”.
e) (F) O poema apresenta linguagem rebuscada, como a) (F) As didascálias são inscrições cênicas para indicar
pode ser visto nos trechos “ocasos purpurais de como devem ser determinadas cenas e ações.
atroz melancolia” e “da atra mudez”. Esse elemento, presente desde as peças da Gré-
cia Antiga, foi preservado no teatro modernista
19 E de Gianfrancesco Guarnieri. Isso se percebe, por
a) (F) O trecho não apresenta a juventude como a melhor exemplo, em uma pequena descrição do espaço e
época da vida da personagem nem as relações que do movimento para o ator que interpreta a perso-
ela mantém, portanto não há idealização nem da nagem Otávio, que deve deixar o guarda-chuva no
juventude nem das relações humanas; além disso, o canto e começar a tirar os sapatos.
Realismo foi uma escola literária que procurou rom- b) (V) A peça e a encenação Eles não usam black-tie apre-
per com as idealizações do Romantismo. senta temática social ao mostrar as classes menos
b) (F) Apesar de o texto mencionar os aspectos físicos da favorecidas e enfatizar a representação do proleta-
personagem, não há, no trecho, uma valorização riado. Diante disso, a peça de Gianfrancesco Guar-
do físico em oposição aos sentimentos, visto que a nieri se insere em um marco teatral que se ampliou
narrativa, que é psicológica, é centrada na subjeti-
a partir da década de 1950, quando surgiu uma
vidade do narrador.
dramaturgia que tinha preocupações relacionadas
c) (F) O trecho apresenta figuras de linguagem, como a
à representação de determinada camada social
metáfora de atar as pontas da vida e o eufemismo
de tratar a morte como o estudo da geologia dos brasileira.
campos santos. c) (F) De fato, a peça revelou a desigualdade social ao
d) (F) A menção ao dicionário não caracteriza o uso de escolher personagens de uma periferia e operários
metalinguagem, visto que esta se configura nos que lutam por aumento salarial. Ademais, foi ence-
casos em que o código é utilizado para tratar do nada durante o governo de Juscelino Kubitschek, o
próprio código. qual ocorreu entre 1956 e 1961. Todavia, não é pos-
e) (V) O trecho, por ser de um romance em primeira sível afirmar que a peça ilustra interesses financei-
pessoa, explora a subjetividade do narrador-per- ros nas relações amorosas, pois apenas apresenta
sonagem, apresentando seus pensamentos e com- o desejo das personagens Maria e Tião de noivar,
plexidade psicológica, características da escrita sem explicitar uma motivação financeira.
machadiana e da escola realista. d) (F) Ao contrário disso, a peça impactou a crítica con-
servadora ao trazer questões sobre a luta de classes
20 E e o ponto de vista político dos menos favorecidos.
a) (F) As “mágoas de agora” não dizem respeito à infân- Além disso, em nenhum momento da peça há uma
cia do eu lírico, mas definem o seu presente, con- crítica aos documentos jurídicos, mas à forma como
trastando com a infância, lembrada carinhosamente os patrões recusam a lei ou se apoiam nela para
por ele. validar seus interesses. Não é repudiado o movi-
b) (F) O poema traz imagens naturais, como a referência mento sindicalista, mas sim valorizado, já que, no
ao eu lírico entre bananeiras e laranjais, mas não
contexto da peça, a personagem Otávio faz parte
há a equivalência de sua imagem de criança com
dessa associação de trabalhadores que se unem
a de um animal – bichos de qualquer ordem nem
para resolver necessidades comuns.
mesmo são citados no poema.
c) (F) A primavera é citada fazendo referência ao céu, e) (F) A peça apresenta um conflito entre gerações, já que
para vincular-se à “risonha manhã” da infância. a personagem Otávio tem interesses distintos de
A mãe do eu lírico também é lembrada, mas não seu filho, Tião. Porém, não são revelados conflitos
aparece como uma imagem dependente da “pri- relacionados a um tradicionalismo ou arrojo entre
mavera”, o que impossibilita a relação entre os dois essas personagens. A principal diferença entre elas
conceitos. está no fato de que Otávio teria interesses coleti-
d) (F) O eu lírico cita os amores de sua mãe e de sua irmã vos, buscando, por meio da greve, melhores con-
para com ele no momento da infância, mas não faz dições salariais; já o filho teria interesses privados,
qualquer menção a uma namorada ou a um amor evidenciados por seu desejo de se casar com a per-
de juventude. sonagem Maria.

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22 D e) (V) O primitivismo e o resgate das raízes culturais do


país são evidenciados a partir do uso do folclore,
a) (F) O trecho do romance traz a realidade das ruas, da cultura indígena e da referência explícita à lenda
com pessoas que se locomovem para trabalhar, de Cobra Norato. O primitivismo, nesse sentido,
mas não há sinais de que elas estejam envolvidas deve ser associado à ideia de “primeiro”, “inicial”,
em alguma comemoração, mesmo com a presença “ancestral”, “antigo”, não representando algo que
de vozes que cantam. Na verdade, trata-se de um carece de evolução. No poema, há a valorização do
dia comum da rotina, coisa confirmada por frases animismo do homem primitivo e a busca de uma
como “principiava o trabalho” e “fez-se um vaivém síntese da cultura brasileira.
de mercadores”.
b) (F) O único aspecto que coloca lado a lado duas cul- 24 D
turas diferentes – e não de forma comparativa – é a) (F) A doença apresentada no poema é apenas uma
o fato de que pessoas cantavam “fados portugue- das causas de morte das pessoas caracterizadas
ses” e “modinhas brasileiras”. como “Severinas”, ou seja, a doença em si não é o
c) (F) Há a presença de muitos mercadores na cena, con- tema do poema.
tudo os vendedores do trecho não são retratados b) (F) O poema não oferece informações que tornem
como espertos ou malandros. possível o entendimento de que as pessoas consi-
d) (V) A pobreza é um fator dominante na cena relatada, deradas “Severinas” tenham culturas diferentes. Os
confirmada pela menção ao cortiço, moradia de aspectos tratados se referem à estrutura física dos
baixo valor, local em que muitas pessoas habitavam indivíduos e às dificuldades enfrentadas por eles.
ao mesmo tempo. Além disso, a manhã de trabalho c) (F) O poema compara pessoas consideradas seme-
é confirmada pela presença de muitos comercian- lhantes fisicamente e que passam pelas mesmas
tes se locomovendo em meio às mercadorias. dificuldades, portanto não há como afirmar que
e) (F) O fragmento traz diversas menções a alimentos, elas são de diferentes regiões do Brasil.
d) (V) O poema menciona a estrutura corporal das pessoas
como carne fresca, tripas e sardinha, vendidos
caracterizadas como “Severinas” e as dificuldades
pelos mercadores que ali passavam e provavel-
pelas quais elas passam. No contexto da obra de
mente adquiridos e consumidos pelos morado-
Melo Neto, sabe-se que a temática do poema é a
res do cortiço, mas a descrição desses alimentos difícil vida dos sertanejos pernambucanos.
não vem acompanhada de críticas à sua natureza, e) (F) O poema apresenta uma comparação entre pes-
que denunciariam uma condição precária. Apenas soas semelhantes em aspectos físicos e em dificul-
registra-se a presença de certos itens comuns à dades, e não uma comparação entre pessoas que
mesa na época. vivem em regiões urbanas e rurais.

23 E 25 C
a) (F) As obras associadas à segunda geração modernista a) (F) A poesia surrealista geralmente utiliza de diversas
é que apresentam a preocupação com temas exis- figuras de linguagem para expressar sua natureza
tenciais, como é bem representado nos poemas de onírica e dissociada da razão. Por exemplo, há uso
Carlos Drummond de Andrade. O poema de Raul do recurso de personificação nesse poema para dar
Bopp não revela crises existenciais ou busca por ações humanas ao horizonte e ao Sol.
compreensão do sentido da vida. b) (F) Uma das características do Surrealismo é a espon-
b) (F) Assuntos relacionados à angústia humana são taneidade, a ilogicidade, não o controle racional da
característicos da segunda geração modernista. expressão poética.
Além disso, esses assuntos não são contemplados c) (V) A montagem em que as imagens, planos e cenas se
no poema de Raul Bopp. O contexto da segunda chocam com significados distintos são evidentes no
geração (1930-1945) é propício para tais questões Surrealismo, possibilitando interpretações imprevi-
devido à Segunda Guerra Mundial. síveis, caóticas, potentes. Os campos semeados de
metralhadoras, por exemplo, geram uma imagem
c) (F) A terceira geração modernista é que apresenta
mental de um campo de guerra, referente ao fato
como principal característica a temática social rela-
de que o contexto histórico no momento de produ-
cionada à política e às lutas sociais, embora seja
ção desse poema era a Segunda Guerra Mundial.
possível vê-las representadas também na segunda d) (F) O reconhecimento da cultura popular brasileira
geração. Não há informações no poema de Raul ocorre no Modernismo, não no Surrealismo. Ade-
Bopp que possibilitem essa inferência. Além disso, a mais, o poema não faz referência ao Brasil, mas à
primeira geração é caracterizada pela valorização do Segunda Guerra Mundial.
território, da cultura e da linguagem falada no Brasil. e) (F) A valorização do geometrismo é característica
d) (F) Não é possível inferir, diante da leitura dos versos do Concretismo; e o uso de versos brancos, do
expostos de “Cobra Norato”, que é abordado um Modernismo. Embora o poema se valha de versos
problema social. O texto se vale de elementos da brancos, tendo em vista que Murilo Mendes é da
cultura indígena e não cita quaisquer problemas Segunda Geração de modernistas, o geometrismo
enfrentados pelo povo que cultiva essa cultura. não é um recurso usado.

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uma das características marcantes desse processo de


Interpretação Textual 1 manifestação da dança é o aumento da possibilidade
da aprendizagem de movimentos.
01 D e) (F) Há um diálogo entre dança e música, mas o fragmen-
a) (F) Não há propriamente metáfora no texto verbal, mas to em questão não indica que a aprendizagem da
sim a exploração da ambiguidade do verbo vibrar, coreografia acontece por meio do envolvimento das
que se refere tanto à ação da criança de comemorar músicas mais baixadas pelos internautas.
quanto à característica do aparelho.
b)(F) A tipografia utilizada remete ao mundo infantil (há ain- 03 A
da a presença da ilustração), mas dialoga diretamente a) (V) A opção é correta, pois a campanha publicitária é
com os adultos. Isso não quer dizer, no entanto, que voltada para a coleta de donativos vinculados ao
haja uma analogia entre o mundo infantil e o adulto inverno, especificamente agasalhos e outras roupas
(no máximo há intenção de representar o mundo ao desse tipo. Isso se confirma pelo fato de a campanha
adulto pelos olhos da criança), tampouco é correto ser identificada como “Campanha do agasalho”. A
afirmar que isso faça parte da estratégia de convenci- mensagem é amparada emotivamente pela imagem
mento da campanha. das roupas abraçando uma pessoa, o que reforça a
c) (F) O adulto não é representado como vilão, mas sim o necessidade de atitudes solidárias aos que não têm
celular. De todo modo, essa representação não faz condições de comprar proteção contra o frio.
parte do texto verbal da campanha, cuja estratégia é b)(F) A referência ao ano de 2021 e os trechos “Sua roupa
convencer por meio do jogo de palavras. pode abraçar por você” e “Neste inverno, abrace de
d)(V) A ambiguidade está presente no verbo vibrar, que um jeito diferente” se relacionam ao contexto de pan-
se liga tanto à ideia de o aparelho celular vibrar, o demia e às consequentes restrições de contato físico
que acontece quando se recebe alguma notificação, recomendadas nesse período. Isso revela como o tex-
quanto à ideia de o filho vibrar, ou seja, comemorar to busca apresentar estratégias para manutenção de
porque o pai está brincando ou interagindo com ele. ações de caridade. No entanto, não é possível inferir,
a partir do texto, o objetivo de incentivar a suspensão
A ambiguidade, nesse caso, evoca essas duas ideias
de ações de caridade presenciais.
para despertar nos pais a necessidade de prestar
atenção aos filhos, pois muitos adultos acabam des- c) (F) O texto convoca a população civil a participar da cam-
perdiçando bastante tempo nos celulares. panha do agasalho e apresenta orientações sobre
como fazê-lo. A referência à Prefeitura de Campinas
e) (F) O texto verbal não omite a informação mencionada é feita para apresentar os organizadores e apoiado-
na alternativa; na verdade, esse assunto não está em res da campanha. Assim, reconhecido o contexto que
discussão, pois o que se procura é despertar a ideia motiva a referência a um órgão governamental – e
de que o celular pode ser um problema no relaciona- apesar dela –, não é possível inferir que o texto obje-
mento entre pais e filhos. tiva incentivar uma mudança na atuação estatal.
d)(F) O texto da campanha aborda as roupas em bom esta-
02 D do e a necessidade de doá-las, mas ele não se baseia
a) (F) Por meio do trecho do artigo, não é possível afirmar em uma crítica ao consumismo relacionado a vesti-
que os passos usados por quem dança nesse contex- mentas. A ideia de doação de agasalhos, assim, não
to são complexos. Frequentemente, são movimentos é estimulada como uma forma de conter o acúmulo
que não demandam grande flexibilidade ou resistên- de roupas compradas, mas sim de os cidadãos com
cia muscular nem necessitam de conhecimentos apro- melhores condições financeiras oferecerem ajuda aos
fundados em técnicas corporais específicas. que não podem comprar seus próprios agasalhos.
b)(F) O fragmento não traz a informação de que os movi- e) (F) Embora se possa supor que as pessoas com ne-
mentos devam ser executados em duplas ou em gru- cessidades de agasalhos estejam em situação de
pos; inclusive, informa que “[…] um usuário cria um rua – porque essa comunidade, normalmente, não
trecho coreografado de alguma música e posta em pode comprar roupas e encontra-se mais exposta
seu perfil […]”, ou seja, indica que é possível fazer a aos riscos do frio externo –, não é correto limitar o
coreografia sozinho. alcance da campanha a uma atitude de solidarie-
dade em relação a crianças nessa situação, pois o
c) (F) Não há pretensão de diferir da coreografia original; con-
público-alvo das doações não é restrito.
forme o texto, “[…] outros usuários aprendem aquela
sequência coreográfica a partir da observação; estes ou-
tros usuários também postam seus vídeos reproduzindo 04 C
o original, utilizando a mesma trilha sonora […]”.
a) (F) O semblante da Mona Lisa, com seu sorriso e seu
d)(V) O fragmento do artigo trata de uma aprendizagem olhar característicos, foi preservado na produção ar-
da dança por meio de uma cadeia de acontecimentos tística, o que torna a alternativa incorreta.
que se difundem facilmente nas redes sociais próprias b)(F) Os traços da Mona Lisa foram preservados; logo, eles
para esse fim. Assim, ao afirmar que existe uma fun- não são o diferencial da produção, o qual é, na verda-
ção que visa facilitar o “acesso de outros usuários aos de, os materiais de composição da obra – no caso, o
vídeos de conteúdo similar”, pode-se entender que grafite.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

c) (V) O aspecto inusitado da obra é a utilização do grafite b) (F) A postagem apresenta conteúdo com base cien-
para reproduzir a Mona Lisa. Dessa forma, o clássico tífica, citando a fonte das informações, o que vai
de Da Vinci é renovado a partir do uso de uma es- de encontro à ideia de divulgação de fake news;
tética urbana e contemporânea proporcionada pelo contudo, o combate às notícias falsas não é a fina-
grafite. lidade do texto.
d)(F) Embora as proporções da obra original tenham sido c) (V) A postagem de conteúdos científicos nas redes
mantidas, não é correto afirmar que esse é um traço sociais é uma forma de divulgação da ciência e,
que singulariza essa obra entre outras paródias, já como é característico do gênero de divulgação
que, em textos como esse, é comum que a proporção científica, objetiva tornar esse tipo de conteúdo
seja mantida a fim de preservar a relação com a obra acessível ao público em geral utilizando uma lin-
original. guagem mais simples, diferente da que é comum
e) (F) Não é esse o diferencial da paródia, pois esta releitura no meio acadêmico. Com a popularidade das
dá à Mona Lisa um aspecto mais contemporâneo e redes sociais, a veiculação de conteúdos científi-
“descolado”, assim como fizeram outros artistas. cos nesse meio contribui também para a populari-
zação da ciência.
05 A d) (F) Por mais que o texto tenha também uma função
educativa, não tem a intenção de fazer das redes
a) (V) As imagens mostram mulheres e uma mensagem com
sociais espaços de educação formal. Ao contrário
hashtag indicando o pronome possessivo feminino
disso, a ideia da postagem é veicular um conteúdo
delas, após o verbo imperativo compre. Esses ele-
mentos evidenciam o tema abordado pelo texto e a educativo de maneira informal, descontraída, como
intenção sociocomunicativa relacionada ao empreen- possibilitam as redes sociais.
dedorismo e à geração de renda para mulheres. Em e) (F) A postagem não é voltada necessariamente ao
suma, os textos se referem à compra de produtos de público acadêmico, mas ao público em geral. A
empreendedoras. ideia é justamente levar o conhecimento científico
para além da academia.
b)(F) A intenção central do movimento não é a indicação
de redes sociais, embora estas sejam citadas nos tex-
07 C
tos, mas sim a valorização dos negócios femininos
para que mais mulheres possam gerar renda para si e a) (F) A intenção do texto não é demonstrar uma imposi-
para suas famílias. Inclusive, esse é um dos motivos de ção contra os adultos, mas mostrar a perspectiva da
se usar o verbo compre e o pronome próprio femini- criança de que ser grande ou pequeno depende do
no delas. ponto de vista.
c) (F) Não há elementos suficientes no texto para afirmar b) (F) No poema, o eu lírico fala sobre o próprio tama-
que há divulgação de lojas virtuais, nem elementos nho, sem informações que se referem a um mundo
que especifiquem produtos para o público feminino. adulto.
Desse modo, não é adequado fazer tais inferências. c) (V) No poema, uma voz lírica infantil relativiza a ideia
d)(F) Há o incentivo à compra de produtos de empreen- de tamanho. Dessa forma, mesmo sendo conside-
dedoras, e não a conscientização sobre os efeitos do rada pequena perto de pessoas maiores, a criança
consumismo exacerbado. Inclusive, caso essa fosse a ainda seria enxergada como muito grande por uma
intenção, não seria adequado usar o verbo no impe- formiga, segundo o poema.
rativo compre, mas sim expressões que indicassem d) (F) O poema em questão é um texto lúdico, sem o
cuidados ambientais ao se comprar. objetivo de debater o tema do respeito às crian-
e) (F) Embora na primeira obra haja a representação de uma ças de forma aprofundada. Fala-se apenas sobre
mulher negra, na segunda percebe‑se uma diversida- o ponto de vista da criança em relação ao próprio
de de etnias. Diante disso, não é possível afirmar que tamanho.
o objetivo central do movimento seja a divulgação de e) (F) A criança é apresentada pelo próprio ponto de
histórias de negros e negras que trabalham no varejo, vista, como alguém que se enxerga grande em rela-
mas sim o aumento da visibilidade e a importância de ção a alguns seres, como a formiga.
se valorizar o empreendedorismo de mulheres.
08 D
a) (F) O texto indica que a dança proporciona benefícios
06 C ao corpo, no entanto a definição dos músculos não
a) (F) Embora apresente conteúdo simplificado, o texto é o fator destacado no texto.
não tem o propósito de substituir estudos cien- b) (F) No texto, menciona-se que o grupo participante do
tíficos, reduzindo-os a sínteses. Inclusive, o post projeto de dança Próximo Passo se apresentou no
apresenta a origem das informações para que o teatro e participou de uma exposição fotográfica,
leitor possa consultar o conteúdo com mais pro- mas não há referência à probabilidade de pessoas
fundidade. que praticam dança se tornarem artistas.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

c) (F) É possível inferir que a dança proporcione uma d) (V) Os dois verbetes contêm acepções de um mesmo
socialização, já que é uma atividade praticada em vocábulo; porém, enquanto o texto 1 – que é um
grupo, contudo esse aspecto não é um fator des- verbete do dicionário Houaiss – expressa o signifi-
tacado no texto como responsável pela relevância cado literal (denotativo) da palavra, o texto 2 – que
da dança. é um texto literário – explora a conotação e constrói
d) (V) Ao reforçar que a dança “gera benefícios que vão significados poéticos que geram expressividade,
especialmente por meio de figuras de linguagem
além da satisfação do corpo” e mencionar a supe-
como a personificação – “é a irmã da persistência”.
ração proporcionada por essa atividade a pessoas
e) (F) O texto 1 faz uso da norma culta e de uma lingua-
com depressão, o texto ressalta que a importância gem formal, tendo em vista o seu propósito referen-
dessa atividade está relacionada à capacidade dela cial; já o texto 2 caracteriza-se pela informalidade da
de influenciar o estado emocional dos praticantes. linguagem e por acepções subjetivas.
e) (F) O texto destaca a experiência da atuação de um
profissional da dança no projeto Próximo Passo, no 11 C
entanto não apresenta referências ao aumento da a) (F) O autor apenas faz uma pequena introdução ao cri-
procura por profissionais do setor esportivo, mas ao tério utilizado para se definir a arte, sem explorar a
papel da dança na mudança do estado emocional fundo o que ela desperta no espectador além da
dos praticantes. admiração, como fica claro no parágrafo.
b) (F) O autor relativiza o conceito de arte, mas deixa
09 E claro que ela só existe como manifestação humana
e que, portanto, não pode ser ligada a algo natural.
a) (F) A obra junta objetos similares, de uma mesma cate-
Além disso, o texto também não fala da arte como
goria, mas não há nela a fusão deles, apenas a jus-
representação da natureza.
taposição. c) (V) De acordo com o autor, o conceito simples de arte
b) (F) Os talheres reunidos não chegam a ter um formato indica que ela é aquilo que desperta admiração, ou
complexo, pois mantêm ali seus limites e espaços, seja, algo que chama atenção do espectador, como
como em uma coleção. A peça formada também o Davi de Michelangelo. No entanto, como o autor
não confunde as texturas, as quais podem ser facil- aponta em seguida, nem sempre ela atende a essa
mente diferenciadas devido aos diferentes mate- característica, pois há artistas que compõem obras
riais de que são feitas. diferenciadas, que nem sempre despertam esse
c) (F) A peça exibe talheres aparentemente comuns, encanto, mas dúvidas e estranheza, como a obra
de material não especificado e que não pode ser de Duchamp mencionada.
identificado pela fotografia. d) (F) O autor apresenta, a princípio, o sentimento admira-
d) (F) Para confeccionar seu objeto artístico, Bispo do tivo provocado pela arte e que, muitas vezes, é tido
Rosário utiliza talheres descartados que, após como inerente a ela. Nesse sentido, Jorge Coli não
serem recolhidos, adquiriram uma nova funcionali- apresenta uma visão de desconstrução da realidade,
dade. No entanto, esse material não é considerado mas de privilégio das estéticas mais aceitas como arte.
orgânico, pois não possui origem animal ou vegetal. e) (F) O registro em si não pode ser considerado arte,
e) (V) O fator assemblage é determinante na obra de de acordo com o texto. Segundo o autor, ela está
Bispo do Rosário, que recolhe objetos que não ligada, a princípio, à ideia de admiração, algo que
eram originalmente destinados à arte para compor desperta encanto.
uma obra de valor estético. Essa atitude reorganiza
esses itens com uma nova intenção, a de criar uma 12 D
espécie de “objeto-coleção”, transformando os a) (F) Uma sucessão de ações, por si só, não configura
talheres integrados ao conjunto em algo diferente uma sequência textual narrativa.
de sua aplicação original. b) (F) Apesar de conter informações fundamentadas pela
ciência, a linguagem utilizada no texto não contém
10 D elementos formais que caracterizam o discurso cien-
a) (F) Não há divergência nos dois verbetes quanto à tífico, como termos técnicos, dados e definições.
classe gramatical da palavra, sendo esta classificada c) (F) As informações apresentadas no boletim epide-
como substantivo feminino, categorização que, no miológico têm fundamento científico; entretanto,
texto 2, aparece entre parênteses e abreviada (s.f.). no trecho em questão, não há predominâncias de
b) (F) A falta de exemplos no texto 2 não o torna difícil sequências textuais dissertativas.
de ser compreendido, pois na definição é utilizada d) (V) O texto desenvolve-se em tópicos com orientações
uma linguagem clara e simples. Além disso, as para a população sobre as medidas de prevenção
definições apresentadas nos dois verbetes não são da covid-19. Cada tópico inicia com verbos no infi-
idênticas, pois a única acepção do verbete do texto nitivo impessoal, uma das formas utilizadas para
1 cujo sentido se aproxima do texto 2 é a 5. dar à mensagem um valor imperativo. Portanto, há
c) (F) No texto 1, ocorre a linguagem denotativa; no predominância no texto de sequências que carac-
entanto, no texto 2, há predominância de lingua- terizam a tipologia injuntiva, a qual expressa orien-
gem conotativa, tendo em vista a intenção poética. tação, instrução.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

e) (F) O texto elenca ações que contribuem para evitar o a partir de um suporte, uma mídia, seja um livro
contágio da doença, contudo não contém sequências físico ou e-book. Outrossim, não é possível inferir
descritivas, pois não busca caracterizar minunciosa- essa concepção errônea a partir do trecho exposto.
mente cada ação, mas orientar o leitor a praticá-las. d) (F) A literariedade é o conjunto de características
específicas que permitem a concepção de um texto
13 D como literário. No texto-base, não há passagens
a) (F) Embora o recurso visual apresentado no texto que possibilitem a inferência de que a materialidade
tenha suprimido as vogais A e O da chamada prin- livresca reduz os recursos expressivos usados nos
cipal em referência a tais tipos sanguíneos, o texto textos canônicos, mas sim de que esta influencia
verbal na parte inferior do cartaz explicita que há o conteúdo e relaciona-se a ele. Para Borges, por
necessidade de “sangue de todos os tipos”. exemplo, a edição Garnier com as mesmas gravu-
b) (F) A campanha não se dedica a expor problemas ras, notas de rodapé e erratas, igual à que havia na
relacionados à infraestrutura dos hemocentros, por biblioteca de seu pai, fazia parte da narrativa de Cer-
isso não apresenta informações nesse sentido. Seu vantes, como se qualquer outra edição fosse falsa.
apelo se restringe à importância de manter esto- e) (F) Não é possível inferir que a materialidade livresca
ques de todos os tipos de sangue, sem relação com corrompe a originalidade dos grandes clássicos.
quaisquer problemas enfrentados pela instituição Para Borges, é justamente a edição da Garnier que
em outro nível, já que não há texto que comprove havia na biblioteca de seu pai que “torna” Dom Qui-
isso na imagem. xote o verdadeiro livro que ele havia lido na infância.
c) (F) O texto não informa que o sangue apresenta data
de validade e não alerta, portanto, para esse risco
15 E
de perda por perecimento. O que a campanha faz é
tentar evitar que o estoque de sangue, de maneira a) (F) O texto traz referências à astrologia, como a menção
geral, seja insuficiente, por isso o texto diz: “Preci- ao signo de virgem e ao planeta Vênus; contudo,
samos de sangue”. não se atém a esse tema, pois seu principal assunto
d) (V) O anúncio insiste na necessidade de que todos é a personalidade, os anseios e a vida do eu lírico.
doem sangue independentemente do tipo san- b) (F) Não há, no poema, indícios de que o eu lírico se preo-
guíneo, uma vez que se leem no texto frases como cupe com o envelhecimento ou com a morte, visto
“[…] precisa de sangue de todos os tipos” e “Doe que não há informações que afirmem essas ideias.
e salve vidas”. Essa estratégia de sensibilização c) (F) A canção enfatiza a expressividade poética sem recur-
coloca sobre o público a responsabilidade de “sal- sos que apelam para o leitor a fim de influenciá-lo.
var” vidas mediante a doação, e isso é feito por d) (F) Apesar de a canção mencionar “tremores nas
meio do efeito alcançado pelo apagamento de cer- mãos” e a necessidade de se ir ao dentista, não
tas letras, sugerindo a ideia de falta. é correto caracterizá-la como uma denúncia rela-
e) (F) O texto não fala de um desperdício de sangue, cionada a doenças, visto que esse texto poético
apenas trata de uma campanha preocupada em aborda principalmente outros aspectos da perso-
pedir à população que compareça à instituição de nalidade do eu lírico.
doação pela necessidade de manter estoques de e) (V) A exposição da subjetividade do eu lírico está
sangue de todos os tipos. expressa principalmente pelo uso de primeira pessoa
ao manifestar sentimentos, pensamentos e necessi-
14 A
dades. A canção é composta, assim, por informações
a) (V) No fragmento em questão, Jorge Luis Borges con- que definem a identidade de um sujeito.
cebe a materialidade livresca, especificamente a
edição Garnier de Dom Quixote, como algo estrita- 16 E
mente relacionado ao texto de Cervantes. Ele com-
a) (F) Segundo o infográfico, há exemplos de obras de
preende que “a edição Garnier com as mesmas
Guimarães Rosa pouco conhecidas e com nota
gravuras, as mesmas notas de rodapé e as mesmas
alta de avaliação – por exemplo, o segundo lugar,
erratas [...] faziam parte do livro; este era para mim
o verdadeiro Dom Quixote”. Diante disso, o livro a obra No Urubuquaquá, no Pinhém. Dessa forma,
físico se relaciona com as significações simbólicas. a popularidade da obra não é condição para uma
b) (F) Ao contrário do que se diz na alternativa, no frag- avaliação positiva.
mento, Borges transmite a ideia de que ele não b) (F) De acordo com o gráfico, o que acontece é que
conseguia dissociar da história da experiência de obras conhecidas foram mais bem avaliadas, mos-
leitura que teve a edição Garnier do Dom Quixote, trando que há uma correlação entre essas duas
de Miguel de Cervantes; inclusive, ele narra que, ao variáveis, de modo que não existe uma relação
ler outra edição do livro, ela não lhe pareceu ser o entre baixa avaliação com uma maior popularidade.
verdadeiro clássico de Cervantes. c) (F) A obra Antes das Primeiras Estórias apresenta a
c) (F) Essa ideia de que a materialidade livresca é dispen- menor nota entre as demais apresentadas no infográ-
sável para a leitura da história de Cervantes é incor- fico, mas também teve baixo número de avaliações,
reta, tendo em vista que a literatura é apreciada contrariando o que afirma a alternativa.

17
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

d) (F) A obra Sagarana possui o mesmo número de pági- 19 D


nas que Ave, Palavra; no entanto, a nota desta é
a) (F) A potencialidade da mensagem não é a de protes-
inferior à daquela. Não é correto afirmar, portanto,
tar os padrões de beleza, embora essa seja tam-
que a nota é diretamente proporcional ao número
bém uma das características da Body Art. Nessa
de páginas.
tendência artística, geralmente a temática é livre
e) (V) A grande diferença de tamanho entre os círculos que de preconceitos, trazendo questões sobre o culto
representam as duas obras mais bem avaliadas – No ao corpo, à nudez etc. A alternativa torna-se incor-
Urubuquaquá, no Pinhém e Grande Sertão: Veredas reta ao não trazer o elemento central das obras
– evidencia que o número de avaliações entre elas de Johannes Stötter: os animais. Assim, não se
é discrepante, indicando, assim, que uma boa nota trata apenas de focalizar questões humanas, mas
não está relacionada à popularidade da obra. ambientais.
b) (F) Há uma performance artística, em que Johannes
17 C Stötter posiciona modelos para que imitem a forma
a) (F) Embora Tanaka use elementos inusitados na com- de um animal. Não há intenção de reforçar a hierar-
posição dos cenários, os textos não mencionam quia entre o ser humano e o meio ambiente, mas
que esses itens foram retirados do lixo, apenas que justamente a de mostrar o quanto o ser humano se
são objetos domésticos. relaciona à natureza, a ponto de a forma dele, em
b) (F) Os bonecos podem ser entendidos como escultu- determinada posição, assemelhar-se à de animais.
ras muito pequenas, tanto que, de acordo com o c) (F) Em vez de crítica, há uma valorização da forma
versátil do corpo humano, o qual é usado como
texto 2, são selecionados e moldados com o auxílio
suporte artístico e associado à natureza. A alterna-
de uma lupa. Contudo, eles não possuem dimen-
tiva está incorreta também por não trazer um ele-
são “microscópica”, pois são objetos facilmente
mento essencial da obra: os animais.
vistos a olho nu.
d) (V) O processo de criação da obra envolve, primeira-
c) (V) A arte de Tanaka se baseia na criação de cenários em
mente, o posicionamento dos modelos para que
miniatura com pequenos bonecos feitos pelo artista imitem a forma de um animal e a preparação do
e com itens domésticos. Essa técnica é evidenciada fundo para que se faça a pintura corporal de camu-
pelos textos, que mostram o caráter inovador do uso flagem dos modelos. A etapa final é a pintura
de objetos cotidianos deslocados para um novo uso, corporal e o ensaio fotográfico. Johannes Stötter
que resultam em fotografias artísticas. trabalha com tais elementos visando à criação da
d) (F) Os textos não mencionam o uso de alimentos como ilusão de ótica entre a forma humana e a de ani-
base para as peças fotográficas, apenas “objetos mais. Diante disso, é possível inferir uma mensa-
domésticos”. gem que conecta o ser humano com a natureza,
e) (F) O texto 2 fala que o trabalho de Tanaka é publicado tendo em vista que os dois se confundem.
em uma rede social, mas não há informações que e) (F) Não há o estabelecimento de limites entre o corpo
justifiquem que o trabalho desse artista denuncie um e o suporte, tendo em vista que a Body art é a ten-
determinado estilo de vida cultivado nessas redes. dência artística contemporânea que usa o corpo
como tela, como o principal meio de expressão
18 A artística. A pintura ultrapassa o limite do quadro; o
a) (V) O texto fala sobre a dificuldade de localizar precisa corpo passa a ser usado como principal objeto de
e geograficamente a origem de uma mensagem de arte.
e-mail, evidenciando os procedimentos necessá-
rios para isso. 20 B
b) (F) A ocultação dos provedores de e-mail não é evi- a) (F) O texto não apresenta dúvida sobre as definições
denciada no texto. Na verdade, o texto oferece o passadas, apenas questiona o conceito em si com a
entendimento de que o processo de rastreamento intenção de discutir como ele é de difícil definição.
geográfico é difícil e pode envolver procedimentos b) (V) Como se verifica na citação da fala de Kant, o texto
judiciais. recorre a reflexões que mostram que o conceito de
c) (F) Não é intenção do texto evidenciar os riscos a que belo guarda uma contradição em si por sua pro-
os usuários estão expostos, mas evidenciar os pro- funda subjetividade, que, por sua vez, torna a defi-
cedimentos necessários para o acesso a informa- nição dele praticamente impossível.
ções sigilosas, como a localização geográfica do c) (F) O texto revela que uma definição objetiva é muito
remetente. difícil. Isso é apresentado tanto na fala citada, do
d) (F) O autor do texto fala sobre o código-fonte, mas filósofo Kant, como nas palavras do próprio autor.
isso é secundário no texto, que trata principal- Portanto, não há como procurar uma única definição
mente dos procedimentos necessários para desco- objetiva, já que o conceito é abstrato e abrangente.
brir o local de onde veio uma mensagem de e-mail. d) (F) Ao mencionar uma ciência do belo, o texto faz
e) (F) Na verdade, não é dada evidência aos meios utili- apenas um paralelo com os estudos históricos a
zados por criminosos, pois os procedimentos apre- respeito do tema. Contudo, tal ciência não é real,
sentados podem ser feitos por qualquer pessoa. tanto que a expressão está entre aspas.

18
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

e) (F) O texto não menciona uma necessidade de obje- b) (F) O trecho “eu insistia em justificar a economia
tividade e coerência no tratamento do conceito, que administrava seus gestos” pode ter levado a
apenas evidencia a subjetividade dele e a dificul- inferir que o processo de preparo do tomate pela
dade de defini-lo. madrasta simbolizava a difícil situação financeira
familiar, já que ela retalhava o tomate em fatias
21 B finas. Porém, no segundo momento, que remete ao
modo de preparo usado pela mãe, não há indica-
a) (F) O texto comenta o caráter não linear da narrativa ções de questões econômicas.
de Machado, aspecto que é conservado na adapta- c) (F) Na descrição do preparo dos tomates pela madrasta,
ção televisiva, como pode ser constatado no trecho há a recorrência de palavras do campo lexical da vio-
“Carvalho mistura as épocas, edita espaços, como lência, como “retalhava”, “envenenar”, “afiando a
Machado fazia [...]”. Essa “mistura” de épocas pode faca”, “cortava” e “sanguíneo”; enquanto o da mãe é
ser compreendida como os mecanismos de flashback do campo afetivo, como “afago”, “brilho”, “doces”,
do romance e, na série, como as anacronias promovi- “açúcar”. Essas palavras indicam a hostilidade da
das entre épocas distintas, a exemplo da música de madrasta para com os enteados, não o envolvimento
Jimi Hendrix em uma época anterior, já que as perso- criminoso dela com a morte da mãe do narrador.
Ademais, pelo trecho, não é possível confirmar tal
nagens do romance vivem no século XIX.
envolvimento, já que a construção permeia o campo
b) (V) O caráter heterogêneo do tempo nas duas obras
do sugestivo, das possíveis intenções da madrasta.
pode ser compreendido como a multiplicidade de
d) (F) Infere-se o prazer do narrador ao saborear os toma-
épocas que coincidem no texto original e na adap-
tes preparados pela mãe. O trecho “Pousado sobre
tação. O texto confirma essa cronologia heterogê-
a língua, o pequeno barco suscitava um gosto de
nea – ou seja, que não segue um fio condutor linear,
palavra por dizer-se. Há, sim, outras palavras mais
evento após evento – para ambas as obras ao dizer
doces que o açúcar” evidencia esse sentimento
que “Luiz Fernando Carvalho consegue traduzir o
agradável, de contentamento. Porém, em relação
que Machado de Assis fez em seu romance”. às refeições da madrasta, o narrador se expressa
c) (F) O texto menciona um poeta, que está no romance com palavras de valor negativo, associadas à vio-
de Machado e na adaptação da série. Além disso, lência. Diante disso, torna-se incoerente pensar
menciona as digressões irônicas do narrador que ele sentiria prazer ao comer os tomates.
machadiano; porém, apesar das referências tanto e) (F) A mensagem implícita não reforça a tentativa da
à personagem do poeta quanto à ironia típica do madrasta de exercer o papel materno nem a de ter
autor, o texto não vincula essas duas ideias. Por- a simpatia dos enteados, mas a ideia de agressi-
tanto, não é correto afirmar que haja nas obras a vidade, hostilidade, dissimulação, pois o trecho
mesma forma irônica de representar poetas, pois revela a interpretação do narrador acerca das ações
o trecho não indica a personagem sendo alvo da da madrasta, indicando que ela preparava os toma-
ironia machadiana, de modo específico. tes de forma agressiva.
d) (F) A divisão em capítulos está presente no romance,
mas não é explicitada como um elemento narra- 23 E
tivo que se conserva na obra adaptada. Portanto,
mesmo que as duas obras apresentem a mesma a) (F) De acordo com os dados do gráfico, os explora-
divisão de partes, não é correto afirmar essa relação dores iniciantes verificam seus e-mails em 3,9 dias
a partir do texto. na semana, sendo essa a terceira atividade que
e) (F) Uma vez que a referência musical a Jimi Hendrix, mais praticam nas redes, abaixo apenas do acesso
na série, é apontada pelo autor do texto como a redes sociais e da conversa por meio de mensa-
uma anacronia da adaptação audiovisual, não gens instantâneas.
é correto afirmar que a série conserve os mes- b) (F) Os usuários intermediários utilizam a internet para
mos títulos musicais presentes, porventura, no criar/atualizar sites apenas em 3,0 dias por semana,
romance original. Se assim fosse, isso significaria não sendo essa, portanto, a atividade que mais rea-
dizer que as músicas apresentadas na série – como lizam on-line.
a de Jimi Hendrix, indicada no texto da questão – c) (F) Embora os usuários avançados sejam aqueles que
estariam também na obra de Machado, escrita no mais participam de fóruns de discussão, segundo o
século XIX. A coincidência de referências musicais, gráfico, essa não é a atividade mais praticada por
portanto, não se aplica. eles na internet, mas sim a verificação de e-mail, o
que fazem em 6,8 dias na semana.
22 A d) (F) A atividade mais praticada pelos usuários iniciantes
a) (V) A construção textual, principalmente no que diz é acessar as redes sociais. Conversar por mensa-
respeito à escolha de palavras de determinados gens instantâneas é a segunda atividade mais prati-
campos lexicais, demonstra como o tomate serve cada por eles.
de metáforas para carinhos e afetos quando prepa- e) (V) Considerando-se, no gráfico, os números referentes
rado pela mãe; e de violência, frieza e indiferença ao total de exploradores jovens da internet, perce-
quando preparado pela madrasta. Na prosa poé- be-se que o pico está na atividade de acesso a redes
tica, há emoções encobridas e densidade psicoló- sociais, de modo que esse grupo acessa ao menos
gica que trazem à tona saudades e traumas. uma conta em rede social em 5,9 dias por semana.

19
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

24 E e) (F) A primeira estrofe apresenta uma expressão que


visa estabelecer uma conexão com o receptor:
a) (F) O texto não apresenta sequências narrativas ou “Hey, all” (Olá, todos). No entanto, essa caracterís-
descritivas, em que se possa identificar um relato. tica, que marca a função fática da linguagem, não é
As informações do gráfico são diretas e objetivas, predominante no texto.
sem informações sobre essas pessoas além da
declaração de suas ocupações e sexo.
b) (F) O gráfico não tem função opinativa, portanto não Interpretação Textual 2
desenvolve argumentação em favor de determinado
ponto de vista, ainda que as informações apresenta- 01 B
das possam servir de base para interpretações sobre a) (F) Nenhum dos textos relaciona o vaso sanitário com aber-
a distribuição, por sexo, do trabalho no Brasil. tura frontal com a falta de encaixe de cadeiras de banho
c) (F) O texto apresentado não possui sequências tex- usadas para a higiene. Conforme o texto 1, os cadeiran-
tuais ou elementos que representem a função de tes se transferem da cadeira de rodas para os vasos com
explicar o funcionamento de gráficos, de modo que abertura, correndo o risco de se machucarem, porque
ele apenas apresenta um recorte de dados sobre eles não têm o controle do movimento e a sensibilidade.
uma população. b) (V) Por meio do texto 1, é possível levantar hipóteses de
d) (F) O gráfico não apresenta sequências injuntivas ou como, ao se transferir da cadeira de rodas para o vaso
estruturas que definam o objetivo de ensinar algo. sanitário com abertura frontal e vice-versa, a pessoa com
Sua função é apenas mostrar, por meio de dados, deficiência física pode se machucar. Nesse sentido, esse
os nichos profissionais das pessoas entrevistadas, tipo de vaso sanitário não é acessível, tendo em vista
dividindo-as por sexo. que a acessibilidade, segundo a Lei no 10.098, de 19 de
e) (V) O principal objetivo do texto é apresentar dados dezembro de 2000, prevê a possibilidade e a condição
quantitativos sobre a distribuição de pessoas, por de alcance para utilização, com segurança e autonomia
sexo declarado, entre nichos profissionais no Brasil de espaços, mobiliários e equipamentos por parte da
em 2018, representando uma situação ocupacional pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.
daquele ano. A organização dessas informações c) (F) Conforme o texto 1, o vaso sanitário com abertura
permite ver que, em alguns nichos, há predominân- frontal é muito comum em hospitais, clínicas e am-
cia de pessoas de um sexo em relação ao outro. bulatórios; todavia, na atualização de 2015 da NBR
9050, houve a restrição de uso desse em banheiros
25 A acessíveis. Além disso, o fato de esse tipo de vaso ser
a) (V) A função emotiva ou expressiva da linguagem é usado em estabelecimentos de saúde não responde
caracterizada por ser subjetiva e emitir emoções e ao porquê de ele não ser acessível a pessoas com de-
sentimentos. No rap, essa função é marcada princi- ficiência física.
palmente pelo uso da primeira pessoa do singular, d)(F) De fato, esse vaso é desconfortável para cadeirantes,
como nos versos “olha como me olham”, “Pensei tendo em vista que a abertura frontal reduz o ponto
na minha velha [...]”, “Meu olhar é a maior frase de de apoio. A questão do desconforto é, desse modo,
efeito”, “Minha postura é o mais belo refrão” e “O uma explicação plausível para a falta de acessibilida-
que eu fiz na minha área é representatividade”, de desse tipo de vaso. Em razão disso e da falta de
os quais são centralizados no emissor e mostram o segurança ao se usar o aparelho, constata-se que ele
ponto de vista do músico. não facilita, mas sim dificulta a autonomia da pessoa
b) (F) A função referencial é que se caracteriza por apre- com deficiência física.
sentar informações e dados sobre a realidade. e) (F) Ao contrário do que se afirma na alternativa, o vaso
Embora a composição faça referência aos pro- sanitário com abertura frontal facilita a prática da hi-
blemas sociais, ela não apresenta uma linguagem giene prestada por enfermeiros e cuidadores a pa-
objetiva, direta e em terceira pessoa. Há, inclusive, cientes com dificuldade de mobilidade; por isso, é
marcas da linguagem conotativa no rap. “muito comum notar a presença desses vasos em hos-
c) (F) Há uma intenção de estabelecer crítica à postura pitais, clínicas e ambulatórios”. Para essa prática tão
dos fãs diante dos famosos, principalmente na pri- necessária em estabelecimentos de saúde, o vaso em
meira estrofe. Porém, é a função conativa que se
questão é adequado; para banheiros PcD, esse apa-
caracteriza por buscar influenciar o comportamento
relho impede a garantia do direito dessas pessoas a
do receptor, e a função predominante na canção é
conforto, segurança e autonomia.
a emotiva.
d) (F) Nos versos “Meu olhar é a maior frase de efeito”
e “Minha postura é o mais belo refrão”, há a pre- 02 B
sença da figura de linguagem metáfora, que se a) (F) É falado no texto do que podem ser entendidos como
configura como recurso estilístico. No entanto, esse sites, redes sociais e ambientes de bate-papo primiti-
caráter diz respeito à função poética da linguagem vos (como é o caso do MSN), mas as expressões eram
e, visto que a linguagem utilizada na canção é pre- amplamente usufruídas pelos usuários, não só pelos
dominantemente emotiva, não existe uma prioriza- inventores dos recursos, que nem são mencionados
ção do sentido literal. no texto.

20
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

b) (V) A opção define corretamente o MSN, sem restringir o b)(F) Pela notícia, pode-se perceber que é o contrário o
grupo que dele fez uso, e o texto, por sua vez, é focado que geralmente acontece: o Volp é atualizado confor-
na descrição da comunicação dos usuários desse recur- me os usos da língua falada.
so, sem especificar a idade e outros traços dos inter- c) (F) A língua é uma construção social, já que se estabelece
nautas. O MSN era um aplicativo de mensagens para conforme o uso que os falantes fazem ao se comuni-
computador, e sua função principal era a do bate-papo car em determinada sociedade.
em contexto virtual, como se afirma na opção. d)(F) A língua é uma atividade social expressa em contex-
c) (F) A opção é incorreta porque não se tratava do uso de tos comunicativos diversos e, como tal, reflete os usos
expressões somente por adolescentes (essa informa- de determinada comunidade de fala, portanto não se
ção não é expressa no texto) e ainda porque, embora baseia nas criações de entidades oficiais.
o Orkut seja citado e os seus usuários tenham desfru- e) (F) A própria atualização do Volp evidencia que a língua
tado das gírias digitais da época, o ponto principal não pode ser considerada um código fixo, pois está em
do texto é a forma como as pessoas se comunicavam, constante transformação, assim como a sociedade.
especialmente, no MSN.
d) (F) No texto, é mencionada a economia linguística na épo- 05 C
ca do MSN, com suas abreviações. Contudo, não há es-
a) (F) Apesar de a crítica afirmar que o filme é baseado em
pecificações sobre o público-alvo do MSN ser formado
por profissionais preocupados com o ganho de tempo, fatos, o título não se refere diretamente a essa carac-
usufruindo da troca ágil de mensagens abreviadas. terística da trama, relacionando-se, na verdade, com
e) (F) No texto, são descritas palavras e expressões usadas a situação de o namorado ir se mostrando, ao longo
por nativos brasileiros no contexto do aplicativo MSN; da narrativa, diferente do que parecia ser no início do
inclusive, no texto demonstra-se como o português relacionamento.
se transformava por meio das abreviações e mencio- b)(F) A crítica sugere que o título seja um trocadilho com
na-se a presença de expressões importadas de outro a expressão “amor à primeira vista”, que se relacio-
idioma, o inglês. Contudo, essas expressões eram na com um conteúdo de comédias românticas, mas
incorporadas às vivências linguísticas dos internautas deixa claro que o filme em voga não se trata apenas
brasileiros no meio on-line sem que se precisasse ter de uma comédia romântica, e sim de um filme de sus-
um conhecimento avançado do inglês. pense. Além disso, não há características de comédia
romântica desvalorizadas no texto.
03 D
c) (V) O título do filme é uma clara referência à expressão
a) (F) A alternativa é incorreta porque a tirinha não oferece “amor à primeira vista”, pois a obra aborda uma rela-
informações a respeito do conteúdo das possíveis crí- ção que parece perfeita, mas “à segunda vista” vai se
ticas, evidenciando, em vez disso, a falta de ação para mostrando suspeita.
mudar a realidade.
b)(F) A tirinha critica a falta de ação dos internautas que d)(F) O texto não se refere a uma segunda chance dada
fazem críticas sem agir de forma prática para resolver pela personagem feminina ao namorado.
os problemas. Assim, não é ao engajamento digital e) (F) O título do texto não explicita uma necessidade da
propriamente dito que a tira direciona a crítica. personagem principal, mas se refere claramente a
c) (F) O fato de as pessoas criticarem mostra que elas não uma segunda impressão que ela tem de seu namora-
são indiferentes; porém, na tira afirma-se que elas não do na medida em que o conhece melhor.
agem de fato para mudar a realidade. A tirinha, em
vez de validar, critica essa falta de iniciativa.
06 D
d)(V) De fato, a tirinha evidencia que as propostas e críticas
presentes nas redes não são acompanhadas de ações a) (F) O foco da tabela não está na dificuldade de tradu-
concretas que visem a uma mudança da realidade cri- ção. Na verdade, são apresentados falsos cogna-
ticada. tos, que podem confundir o falante.
e) (F) O objetivo principal não é simplesmente consolidar b) (F) A plurissignificação não é o caso das palavras apre-
as redes sociais como meio para divulgar críticas po- sentadas na tabela, porque não são apresentados
líticas, mas criticar a postura daqueles que reclamam vários significados de uma mesma palavra. Cada
nesses ambientes virtuais sem agir sobre o foco da uma está associada a um único significado, e a evi-
crítica concretamente.
dência é dada à similaridade entre elas, que é ape-
nas aparente.
04 A
c) (F) A grafia e a pronúncia de muitas palavras são pare-
a) (V) De acordo com o texto, foram acrescentadas ao Voca- cidas, mas seus significados são diferentes.
bulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) pala-
d) (V) A tabela apresenta uma lista de falsos cognatos,
vras relacionadas a questões em pauta na atualidade,
contrastando palavras nas duas primeiras colunas
como a pandemia de covid-19, a luta feminista e os
avanços das tecnologias da informação e da comuni- e revelando sua tradução correta no português na
cação (TIC). Isso mostra que a língua acompanha as terceira coluna. Nos falsos cognatos, o sentido é
mudanças da sociedade, uma vez que é pautada nos sempre diferente daquele sugerido pela similari-
usos validados pelos falantes. dade de escrita entre as línguas.

21
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

e) (F) De acordo com a tabela, a semelhança de sentido 09 D


entre as duas línguas, muitas vezes, é apenas apa-
a) (F) Na verdade, o ponto de vista da tira indica o contrá-
rente. Na realidade, há diferenças substanciais de
rio, pois nela explora-se o ponto de vista de que o
significado entre muitos vocábulos que têm grafia
professor ensina com foco na inovação e em proje-
e pronúncia parecidas.
tos arrojados que, de acordo com o texto não ver-
bal, não se dirigem ao cotidiano.
07 E
b) (F) A tira sugere que os profissionais recém-formados
a) (F) O que acontece na tirinha é um cômico desenten- têm ideias arrojadas para seus projetos, mas que
dimento, contudo ele é ocasionado pelo vocábulo elas podem ser incompatíveis com o desejo de
rodeios, e não pelo assunto. seus clientes.
b) (F) Não é o tom informal que desencadeia o humor, e c) (F) De acordo com a tira, o que ocorre é, em vez da
sim a incompreensão por parte do garoto. padronização, uma incompatibilidade entre as
c) (F) A interpretação inusitada que gera o humor da tiri- ideias arrojadas do arquiteto e a simplicidade dese-
nha não foi a da garota, que se refere a uma prática jada pelo cliente.
competitiva, mas a do garoto, a qual se refere ao d) (V) A ideia apresentada na tira é de que o aluno chega
ato de ser prolixo. no curso sem conhecimentos aprofundados, pen-
d) (F) O vocábulo rodeios pode significar tanto uma prá- sando em algo simples, e de que a formação amplia
tica competitiva quanto o ato de ser prolixo. O esse horizonte. Contudo, após a formação, o profis-
humor acontece por uma confusão entre esses sen- sional sugere aos clientes projetos mais arrojados,
tidos, o que invalida a ideia de precisão. quando eles desejam algo simples.
e) (V) O vocábulo rodeios pode se referir tanto a uma e) (F) Na verdade, a tira indica a ideia de que a formação
prática competitiva quanto ao ato de ser prolixo. tem grande abrangência técnica e estética, desta-
Na tirinha, o humor foi causado porque a perso- cando, em seguida, uma distorção entre a expec-
nagem Armandinho – o garoto – compreendeu tativa do profissional e a do cliente. Essa distorção
um significado diferente do interpretado pela não se refere a padrões incompatíveis com a forma-
garota, quebrando a expectativa do leitor e provo- ção, mas com a realidade de alguns clientes.
cando o humor.
10 E
08 C
a) (F) Essa resposta é considerada quando se apreende
a) (F) A imagem apresenta um único gênero, o próprio apenas a linguagem não verbal, que mostra baleias;
cartum. Além disso, a união de gêneros textuais desse modo, a linguagem verbal, que não trata
diferentes não é suficiente para marcar o aspecto exclusivamente de baleias, mas de peixes grandes
da intertextualidade. no geral, não é considerada. Ademais, não é possí-
b) (F) Não há citação no cartum, pois não há texto verbal. vel inferir, por meio da propaganda, que as baleias
A citação é um tipo de intertextualidade que acon- são os principais animais ameaçados de extinção.
tece no texto verbal, quando ele cita explícita ou b) (F) O entendimento de que a caça predatória de
indiretamente a fonte original de uma determinada baleias é crime ultrapassa os textos verbal e não
fala cuja autoria é reconhecível. verbal, pois estes não evidenciam os motivos de
c) (V) A paródia pode ser definida como um tipo de inter- 90% dos peixes de grande porte terem desapare-
textualidade, e, nesse caso, a imagem do cartum cido no século XX.
parodia o símbolo da justiça, facilmente reconhe- c) (F) O entendimento possibilitado pelo texto se refere ao
cível e atualizado de forma crítica no cartum. Trata- desaparecimento de peixes grandes no século XX,
-se de uma paródia porque o autor recria um texto mas não indica as causas, ainda que uma delas
imagético já consagrado – o da justiça – de maneira venha a ser a poluição.
cômica, irônica. d) (F) A propaganda especifica que 90% dos peixes de
d) (F) Não há marcas evidentes no cartum que indiquem grande porte desapareceram, mas não generaliza
concepção a partir de uma referência a um texto ampliando a categoria para animais marinhos. Ade-
literário. Para que se confirmasse essa relação, algo mais, o texto verbal e o não verbal não tratam dire-
precisaria estar explícito ou visivelmente sugerido tamente da pesca.
na imagem, com a intenção de resgatar essa fonte e) (V) A referência a um jogo (conhecido originalmente
textual. como Breakout) e a expressão “Isso não é mais
e) (F) O cartum recria um símbolo, que pode ser enten- um jogo: 90% dos peixes de grande porte desa-
dido como um emblema, mas essa atualização não pareceram dos oceanos até metade do século XX”
diz respeito, especificamente, a um símbolo da consolidam a ideia central de que a redução da
nação brasileira. A imagem da justiça não se res- quantidade de peixes grandes tornou-se algo real
tringe aos símbolos do Brasil, sendo um conceito e preocupante, tendo em vista que pode levar e
universal atrelado a uma imagem também universal- já levou várias espécies à extinção. Portanto, essa
mente reconhecida – a da figura feminina de olhos ideia é transmitida a partir da relação entre esses
vendados segurando uma espada e uma balança. dois recursos dessa propaganda.

22
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

11 E b) (F) Os artistas do Modernismo brasileiro não busca-


vam uma expressão rebuscada, erudita ou que
a) (F) Ao contrário do que diz a alternativa, a linguagem diminuísse a cultura nacional. Pelo contrário, o
empregada na canção não é incomum, mas sim- Modernismo valorizou traços simples, opostos aos
ples, popular, que emula traços da oralidade. preceitos formais e ideológicos da poesia chamada
b) (F) O texto apresenta informalidade e tom coloquial, acadêmica, praticada até aquele momento.
mas não gírias ou elementos dialetais específicos c) (F) Na verdade, há uma comparação entre esses ele-
de uma região. mentos, mas isso não acontece pela oposição entre
c) (F) O texto apresenta musicalidade por meio de rimas eles, mas pela atribuição de características das está-
e aliterações. Contudo, não se trata de uma canção tuas ao cacto. Além disso, embora haja uma rela-
folclórica, pois não é oriunda de costumes popula- ção entre estátuas e espaço urbano e entre cacto
res culturais. e Sertão, o poema não apresenta informações que
d) (F) O registro linguístico utilizado na canção não é justifiquem essa associação.
erudito, em seu sentido restrito, uma vez que apre- d) (V) As referências às estátuas das personagens estão
senta expressões comuns da oralidade e lingua- no texto para servir de descrição ao cacto contem-
gem simples e acessível. plado pelo eu lírico. Essa apropriação das imagens
e) (V) A variante presente na canção tem relação com a de personagens da literatura, que funcionam como
forma coloquial de comunicação usada em deter- metáforas descritivas do cacto, é um traço próprio
minados locais, geralmente aqueles que ficam do Modernismo: busca-se subverter as fontes tradi-
longe dos espaços urbanos. Isso pode ser obser- cionais da poesia e da arte e apropriar-se delas de
vado na alternativa a partir das formas “tá” e “faiá”, maneira mais criativa e inovadora.
praticadas na oralidade da fala popular e que reve- e) (F) O poema, de fato, atribui emoções e atitudes huma-
lam diferenças regionais. nas a seres inanimados – tanto ao cacto quanto às
estátuas. Contudo, não é esse o fator que reforça a
12 A expressão modernista, mas a subversão da temá-
tica clássica.
a) (V) Segundo o texto, o fato de a universidade em ques-
tão contar com alunos de mais de 190 países corro-
bora com a ideia de romper as barreiras geográfi- 14 C
cas, ou seja, relacionadas ao alcance de cursos em a) (F) Versos brancos são aqueles sem rima, o que não
universidades de diferentes localidades. ocorre no poema lido.
b) (F) O fato de a universidade em questão utilizar tec- b) (F) A tipologia predominante é a narrativa, caracteri-
nologia open-source, que pode ser utilizada por zada pela sequência de fatos.
qualquer pessoa, não tem relação direta com o de c) (V) A poesia apresenta repetidamente uma oposição
ela contar com alunos de mais de 190 países, pois semântica, o confronto entre céu – símbolo do plano
apenas ajuda este objetivo, mas não é o ponto prin- espiritual – e mar – símbolo do plano material.
cipal dele. d) (F) Na verdade, o poema indica o contrário, como
c) (F) O fato de a universidade ser gratuita auxilia o pode ser identificado nos versos “Sua alma, subiu
acesso a ela, mas a informação de que ela está ao céu, / Seu corpo desceu ao mar”.
e) (F) O único vocábulo possível de ser considerado eru-
presente em 190 países se liga à ideia de romper
dito empregado no poema é ruflaram – flexão do
barreiras, que é um dos principais objetivos da uni-
verbo ruflar, que significa agitar, “fazer tremular”.
versidade mencionada.
d) (F) Embora o texto mencione a participação de 3 000
professores voluntários, essa ideia não está asso- 15 E
ciada à informação de que a universidade conta a) (F) Antonio Candido ressalta a importância da forma para
com alunos de mais de 190 países. Ademais, o fato a composição literária, considerando-a um elemento
de essa Universidade ter alunos de todos esses paí- decisivo. Dessa forma, ele não afirma que o conteúdo
ses está ligado ao objetivo de romper barreiras. deve ser valorizado em detrimento da forma.
e) (F) A universidade cobra taxas de inscrição, mas isso b) (F) O autor considera que o plano estético é decisivo
não está relacionado com o fato de ela ter alunos na construção do texto literário, contudo não reduz
de 190 países. a literatura a elementos puramente estéticos, pois
reconhece a importância da mensagem emitida
quando aliada à estrutura literária.
13 D
c) (F) Antonio Candido não nega que a literatura pode
a) (F) No texto, não há uma hierarquia entre sociedades e exercer uma função social, mas chama a atenção
povos, uma vez que ele não julga a cultura por juí- para o risco de aquela ser reduzida ao conteúdo
zos de valor pautados na superioridade ou inferio- das mensagens de tal função. Para o autor, todas as
ridade relativa. Assim, é igualmente incorreto dizer mensagens podem ser expressas pelo texto literá-
que o Modernismo reconhecia a cultura clássica, da rio, desde que estejam revestidas pela forma esté-
Antiguidade, como superior à do Sertão brasileiro. tica literária.

23
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

d) (F) No texto, não são especificados assuntos que seriam b) (F) No texto, são emitidas informações com o objetivo
ou não adequados à arte literária. O autor exprime, de contribuir para o desenvolvimento pessoal do
na verdade, que a literatura pode conter mensagens leitor, contudo esse aspecto não caracteriza a fun-
éticas, políticas, religiosas, sociais etc. com a condi- ção da linguagem predominante no texto, que é a
ção de que a forma estética seja respeitada. conativa.
e) (V) Para Antonio Candido, como é possível deduzir do c) (V) A recorrência de formas pronominais e verbais que
texto, a união entre forma e conteúdo é inerente se referem à segunda pessoa (“Você é”, “sua vida”,
“que você comece”, “que você pare” etc.) eviden-
ao texto literário, pois este necessariamente cons-
cia o receptor da mensagem e indica a predomi-
titui-se de uma mensagem (conteúdo) emitida por
nância, no texto, da função conativa da linguagem,
meio de elementos formais que compõem o plano
a qual se caracteriza pela tentativa de persuadir o
estético (forma). leitor a realizar determinadas ações.
d) (F) O uso de frases de incentivo é comum nesse tipo
16 E de discurso, porém esse uso não tem por objetivo a
a) (F) O autor do texto não emite um juízo próprio, limi- manutenção da comunicação nem caracteriza a fun-
tando-se a relatar opiniões de especialistas apre- ção conativa. Além disso, a busca por manter a comu-
sentadas em evento. nicação é uma marca da função fática da linguagem.
e) (F) A presença de adjetivos de valor positivo também é
b) (F) De certo modo, o termo fake news é definido no
um traço comum em discursos de autoajuda, entre-
texto, mas o que predomina neste é a apresenta-
tanto esse traço não coloca em evidência a men-
ção de opiniões relativas à perda de credibilidade
sagem nem o receptor, portanto não caracteriza a
do jornalismo. função conativa da linguagem.
c) (F) As opiniões apresentadas não são controversas, ou
seja, não divergem uma da outra. Todas procuram 19 D
elencar causas para o problema das fake news.
a) (F) As informações presentes no texto não permitem
d) (F) O texto não corrobora – ou seja, não valida – as opi-
inferir que a gíria seja uma forma comunicativa
niões dos especialistas. Ele simplesmente as expõe específica de pré-adolescentes, ainda que essas
sem emitir juízo de valor. expressões sejam comuns nessa faixa etária.
e) (V) Predomina no texto a função referencial da lingua- b) (F) Apesar de a gíria apresentada no texto ser de uso
gem, que objetiva simplesmente relatar informa- comum nas redes sociais, ambiente de uso da
ções; nesse caso, são informados o tema e as opi- escrita, o texto não explicita o entendimento de
niões apresentadas em evento sem, de fato, emitir que as gírias sejam um tipo de variação de uso
juízo de valor. exclusivo na língua escrita.
c) (F) A gíria em questão contém uma mistura entre
17 B termos em português e o nome próprio de uma
empresa estadunidense, a Disney. Essa construção,
a) (F) O período está exposto na declaração das datas e contudo, não indica que todas as gírias tenham
não apresenta relação direta com as pessoas retra- uma formação semelhante.
tadas, que representam o público-alvo. d) (V) A gíria é uma variante linguística geralmente for-
b) (V) As personalidades expostas na propaganda repre- mada por construções que dispensam o sentido
sentam os grupos indicados para receber a vacina. literal dos termos, gerando novos significados. Para
Assim, a população pode visualizar essas pessoas, compreender a gíria “Tá na Disney”, os falantes
identificar-se com o anúncio e compreender o precisam estar cientes de que as palavras sofreram
público-alvo da vacinação. mudanças de significado e assumiram um sentido
c) (F) A idade não é o único fator a ser considerado, pois as novo; do contrário, pensariam que o sujeito está
gestantes de qualquer idade devem ser vacinadas. literalmente na Disney. Portanto, a gíria requer um
d) (F) O gênero não é um fator considerado para as pessoas consenso entre os falantes sobre o sentido atri-
com mais de 60 anos e de 6 meses a 2 anos de idade. buído às expressões que a constituem.
e) (F) Não se fala em número de pessoas a serem vaci- e) (F) A gíria é uma variante normalmente comparti-
lhada por grupos sociais específicos, que tenham
nadas, mas dos grupos aos quais elas pertencem.
a mesma faixa etária, classe social ou profissão,
O entendimento proporcionado pelo anúncio é de
por exemplo; entretanto, como é possível observar
que todos aqueles que estiverem nos grupos indi-
na contração tá, presente em “tá na Disney”, esse
cados devem ser vacinados. gênero não está associado à variante de prestígio
(norma-padrão).
18 C
a) (F) O texto faz referência à vida do leitor, no entanto 20 E
esse aspecto não caracteriza a função conativa da a) (F) Como é apresentado no texto, o indivíduo nunca
linguagem. Além disso, essa função não está rela- chega à desconstrução, pois ela é um processo
cionada ao realce das emoções do emissor, carac- constante e infinito. Por isso, não é correta, segundo
terística da função emotiva. o texto, a ideia de alguém ser desconstruído.

24
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

b) (F) Na verdade, o que o texto fala sobre aparência é o classe”) e de registro (“concomitantes associações
fato de algumas pessoas apenas aparentarem uma de formalidade”), portanto menciona, respectiva-
desconstrução e não agirem de acordo com a ética mente, as variações linguísticas diatópica, diastrá-
que isso exige. tica e diafásica.
c) (F) O texto não indica regras que uma pessoa em pro- e) (F) O texto alude ao grau de formalidade da lingua-
cesso de desconstrução deve seguir. Na verdade, gem, entretanto não menciona aspectos históricos,
ele critica o fato de as pessoas tentarem aparentar os quais se relacionam à variação histórica.
que são desconstruídas.
d) (F) O texto diz que o processo de desconstrução não 23 D
pode ser concluído e que, por isso, a ideia de “pes-
a) (F) Como gênero textual, os cartuns não se caracte-
soa desconstruída” é inadequada.
rizam apenas pela representação em si, mas pelo
e) (V) O texto indica que a desconstrução é um processo,
efeito de sentido geralmente relacionado a uma
algo que sempre se deve buscar para compreender
melhor o mundo. Porém, afirma que só se pode ser crítica social abrangente. Dessa forma, o assunto
desconstruído na aparência, pois se tenta mostrar não se resume ao romantismo dos mais idosos,
ao mundo a desconstrução, mas, sendo esta um pois o sentido gerado é o de contraste entre as
processo constante, ninguém é plenamente des- relações de diferentes gerações.
construído. b) (F) O objetivo do cartum não é representar o distancia-
mento entre jovens e idosos, mas contrastar dife-
rentes gerações e seus comportamentos.
21 A
c) (F) A diferença entre gerações apresentada não diz
a) (V) Na charge, todas as crianças estão representadas respeito ao uso da tecnologia, mas à forma de rela-
com aparelhos eletrônicos e, quando veem um livro cionamento.
impresso, não sabem do que se trata. A charge, d) (V) O cartum evidencia uma diferença entre a forma
portanto, critica a influência negativa, na visão do
como os jovens se relacionam entre si e a forma
autor, da utilização de aparelhos eletrônicos pelas
como os idosos se relacionam, mostrando que a
crianças e indiretamente indica que elas deveriam
interação entre os jovens ocorre, muitas vezes, por
ler mais livros impressos.
meio da tecnologia.
b) (F) Não há risco real na situação, pois a representação
e) (F) Não se retratam propriamente problemas amoro-
da charge apenas demonstra que as crianças não
sos, mas uma mudança de comportamento obser-
reconhecem um livro impresso.
c) (F) O livro não aparece na charge como um brinquedo. vada entre gerações.
A ideia principal dela é de que as crianças não
reconhecem o livro por não terem o costume de ler 24 D
livros impressos. a) (F) A imagem não apresenta um retrocesso da linhagem
d) (F) Na charge, não há discussão sobre o uso do celu- dos elefantes, tendo em vista que eles não retornam
lar na educação; o que o autor faz é criticar a ideia ao início de sua evolução. A peça publicitária apre-
de que crianças quase não têm contato com livros sentada revela-se predominantemente argumenta-
impressos. tiva, e não expositiva. Conforme diz o enunciado,
e) (F) A discussão se prende à ideia do desconhecimento a imagem não foi utilizada com a intenção de sim-
que as crianças têm dos livros impressos, e não dos plesmente apresentar algo, mas visa convencer seu
aparelhos que não funcionam por meio de energia, público a adotar determinado ponto de vista.
ironizando que esse público não é mais capaz de b) (F) Há, de fato, uma denúncia à caça ilegal; todavia, a
reconhecer esse objeto. peça publicitária não diz respeito aos animais aquá-
ticos e terrestres, mas a determinados mamíferos, os
22 D elefantes. Dessa forma, espera-se que seja perce-
a) (F) Na verdade, a variação diafásica diz respeito ao bida a evolução desses animais: de microrganismo a
contexto de uso da língua. Além disso, o texto não seres aquáticos e, posteriormente, terrestres.
faz referência direta à faixa etária dos falantes, mas c) (F) A principal intenção da peça publicitária não é ape-
a outros fatores que influenciam variações linguísti- nas mostrar a teoria da evolução desses grandes
cas, como aspectos regionais e sociais. mamíferos, haja vista que, ao final da imagem, há
b) (F) O texto não considera a etimologia das palavras uma quebra de expectativa que sugere a matança
escritas com r nem a evolução da ortografia dessas de elefantes para aquisição de marfim.
palavras, portanto não se refere à variação histórica. d) (V) De fato, a peça publicitária em questão tem como
c) (F) No texto, são considerados fatores sociais que principal objetivo criticar a obtenção de marfim das
resultam na variação de pronúncia da letra r, no presas de elefantes para a criação de esculturas e
entanto não há alusão a contextos históricos a qual a comercialização. Esse tipo de caça pode levar à
configure a variação histórica. extinção desses animais, sendo essa ideia defen-
d) (V) O texto considera a pronúncia do r no português dida pelo texto não verbal ao sugerir que a última
referindo-se a aspectos regionais (“mais ‘cen- etapa de evolução desses mamíferos seria uma
tral’ geograficamente”), sociais (“conotações de escultura de marfim.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

e) (F) A peça publicitária não trata de uma mutação que d) (F) O artigo de opinião apresenta que os usuários de trens
faz elefantes nascerem sem presa, mas indica a com deficiência não são respeitados, e não que a priva-
ideia de que o mercado do marfim levará ao fim cidade dos usuários em geral não é prezada.
desses animais, ou seja, à “última etapa de evolu- e) (F) O artigo afirma o contrário: passageiros com deficiên-
ção” deles. Em outras palavras, se isso continuar, cia passam por problemas devido à falta de acessibili-
esses animais não existirão mais na natureza e não dade em estações de trem.
continuarão a sua linhagem evolutiva.

25 A 02 A
a) (V) O infográfico evidencia dois momentos, o antes a) (V) O advérbio luckily, que pode ser traduzido como feliz-
e o depois das vacinas, em um quadro que alude mente, introduz, no contexto da frase, a ideia de que
ao cartão de vacinação. O objetivo é mostrar que o tempo mudou, trazendo uma alteração de circuns-
houve redução significativa do número de pessoas tância em relação ao que foi relatado anteriormente.
contaminadas por poliomielite, sarampo, rubéola e
b)(F) O advérbio luckily introduz a ideia de que o tempo
tétano neonatal após a vacinação, além do fato de
mudou, o que permitirá que boas fotos sejam tiradas
essas doenças serem consideradas eliminadas.
em seguida. Porém, não há como supor que elas fo-
b) (F) De fato, é revelada no infográfico uma melhoria na
ram expostas em algum momento.
qualidade de vida, já que não há mais tantas pes-
soas contaminadas; porém, ele não evidencia a c) (F) Diferentemente do que a alternativa explicita, o ad-
redução do número de hospitalizações, pois não é vérbio luckily indica a chegada de uma circunstância
possível inferir que as pessoas contaminadas esta- mais favorável, e não o enfrentamento de uma situa-
vam ou não em hospitais. Além disso, a numeração ção adversa.
presente no texto se refere à quantidade de pes- d)(F) O advérbio luckily expressa o oposto: a chegada de
soas com a doença. uma situação mais favorável, quando o tempo abriu e
c) (F) De fato, o estímulo a anticorpos contra agentes o céu brilhou.
infecciosos é um impacto das vacinas. Porém, o
e) (F) A ideia de que a colheita seria adiada foi apresentada
texto evidencia o impacto social, não o individual,
nas sentenças anteriores. A frase que começa com o
das vacinas. Também, embora seja possível inferir a
advérbio luckily indica que houve uma mudança no
redução da mortandade, esse benefício da vacina-
ção é sugestivo, não evidente no texto. tempo, o que permitirá o início da colheita.
d) (F) Percebe-se que houve a interrupção da transmissão
de doenças, porque, após a vacinação, revela-se a 03 D
redução da quantidade de pessoas contaminadas.
a) (F) O anúncio apresenta alguns usos do óleo de palma,
Todavia, o corte de gastos com medicamentos não
indicando sua presença no dia a dia, sem, contudo,
é um dos principais benefícios explicitados pelo
tratar dos benefícios do produto.
infográfico. Caso fosse, haveria informações sobre
os valores economizados pelo governo, não o b)(F) A fim de indicar a incidência do óleo de palma no coti-
número de pessoas contaminadas. diano, o anúncio esclarece que esse óleo faz parte da
e) (F) Não há informações sobre valores economizados composição dos batons, que são citados para chamar
com a saúde antes e após as vacinas na América. a atenção do público. Em nenhum momento é citada
Diante disso, não é possível constatar esse benefício uma nova linha de produtos.
no infográfico. Além disso, o gênero revela aspectos c) (F) O anúncio afirma que cerca de metade dos produtos
sociais da vacina, não focalizando os individuais. encontrados nos supermercados contém óleo de pal-
ma. Essa afirmação, no entanto, assume um tom infor-
mativo, e não de denúncia.
English d)(V) A resposta a esta questão se encontra no seguinte
trecho: “Rather than asking consumers to ditch these
01 A useful products, WWF is working to make them more
a) (V) O texto mostra a situação vivida pela autora do ar- environmentally friendly. Manufacturers, retailers and
tigo, que não conseguiu viajar de trem em uma po- consumers should insist on certified sustainable palm
sição segura porque o local destinado às pessoas em oil”. Nele, a ONG responsável pelo anúncio esclarece
cadeiras de rodas estava sendo ocupado para a venda que seu objetivo não é fazer as pessoas deixarem de
de chá e café. Além disso, ela cita uma pesquisa que consumir produtos que contêm óleo de palma, mas
mostra que 40% das estações de trem no Reino Unido sim que elas e outros atores da cadeia de consumo
não são acessíveis a pessoas com deficiência. insistam em usar um óleo de palma sustentável.
b)(F) A crítica do artigo não é sobre a venda de chá e café e) (F) Em nenhum momento o anúncio tenta persuadir os
nos trens, mas ao fato de esses produtos estarem sen- consumidores a deixarem de comprar produtos. Pelo
do vendidos no local destinado a cadeirantes. contrário, ele deixa claro que esse não é seu obje-
c) (F) A autora critica o fato de que o local destinado aos tivo: “Rather than asking consumers to ditch these
cadeirantes estava sendo ocupado para vender pro- useful products, WWF is working to make them more
dutos, e não que o local era pequeno. ­environmentally friendly”.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

04 D 06 D
a) (F) Embora o livro de Itamar Vieira Júnior apresente a a) (F) De acordo com o texto, oito dos países que par-
sofrida história de duas irmãs (“hardscrabble tale of ticiparam da pesquisa oferecem treinamento em
two sisters”), o papel da mulher na sociedade não é programação para os professores, e a Grécia não
o principal tema dessa obra nem da obra de Djamila é um deles.
Ribeiro, também citada no texto, na qual fala-se sobre b) (F) Na verdade, a pesquisa não menciona a União Euro-
a luta antirracista. peia, além do fato de que apenas 12 países entre
aqueles que participaram da pesquisa possuem a
b) (F) Além de o título do livro de Itamar remeter à questão
disciplina de programação no currículo – “12 coun-
agrária (Torto arado), a história se passa na zona rural
tries responding to the European Schoolnet survey
(“two sisters in a rural district”). Contudo, a obra de
had coding as part of their curriculum”.
Djamila, também citada no texto, não possui esse viés.
c) (F) Não há no texto a informação de quando as crianças
c) (F) Por meio da breve descrição da obra de Itamar, é pos- dinamarquesas começam a estudar programação.
sível inferir que o livro aborda a questão da pobreza
O texto cita Inglaterra, Estônia e Grécia como paí-
(“hardscrabble tale of two sisters”, “legacy of slavery”).
ses em que as crianças passam, obrigatoriamente, a
No entanto, o livro de Djamila não foca esse ponto.
estudar programação no Ensino Fundamental.
d)(V) As duas obras citadas no texto – Torto arado, de d) (V) A informação de que aulas de programação esti-
­Itamar Vieira Júnior, e Pequeno manual antirracista, de mulam o raciocínio lógico dos estudantes pode ser
Djamila Ribeiro – tratam do racismo estruturalmente encontrada no seguinte trecho: “The main reason
presente na sociedade brasileira. Enquanto Torto behind coding in the curriculum was that it fosters
arado se passa em um local onde é possível sentir o logical thinking and problem solving skills”. De
legado da escravidão (“where the legacy of slavery acordo com ele, os países apontaram a promo-
remains palpable”), a obra de Djamila Ribeiro aborda ção de habilidades de resolução de problemas e
o racismo sistêmico no país (“a succinct and plainly de raciocínio lógico como as principais razões para
written dissection of systemic racism in Brazil”). ofertarem a disciplina de programação.
e) (F) A obra de Itamar Vieira Júnior realmente se passa no e) (F) O infográfico fala sobre empregabilidade como
Nordeste do Brasil, contudo não é possível afirmar uma das razões para se oferecer a disciplina de pro-
que ela é ambientado no Sertão. Além disso, o livro gramação, mas não explicita a ideia de que ela é
de ­Djamila não tem como foco a região. garantida aos estudantes sem depender de outros
fatores.
05 A
07 C
a) (V) A expressão “pep squad” remete a um grupo que
anima as partidas disputadas por uma equipe esporti- a) (F) Segundo o texto, o desmatamento na Amazônia
va da escola, como indica o contexto: Jon afirma que diminuiu na última década, porém seu índice per-
sente falta do Ensino Médio (3o quadrinho), conta sua manece preocupante.
experiência (5o quadrinho), veste seu antigo uniforme b) (F) O texto cita a integração da energia e do trans-
e entoa um grito de guerra típico dessas situações (úl- porte na América do Sul. Contudo, ele não men-
timo quadrinho). ciona especificamente a energia eólica.
c) (V) A resposta para essa questão pode ser encon-
b)(F) Na tira, Jon não afirma ter feito parte da companhia
trada no trecho “The areas showing the greatest
de teatro da escola – no último quadrinho, ele parece
­deforestation rates are those that have more roads”.
estar fantasiado, mas na verdade está usando seu an-
De acordo com ele, as áreas com maiores índices
tigo uniforme de animador de torcida.
de desmatamento são aquelas que possuem mais
c) (F) Além de a expressão “pep squad“ não indicar presen-
estradas.
ça em festas, em nenhum momento Jon afirma que
d) (F) De acordo com o texto, o Brasil é responsável pela
costumava frequentá-las em sua juventude.
metade do desmatamento na Amazônia. Assim,
d)(F) De acordo com a tira, Jon participava da equipe que não é correto afirmar que o problema é maior na
animava a torcida em jogos de sua época de Ensino Bolívia e no Peru.
Médio, logo ele não era jogador. e) (F) Embora seja um fato que o garimpo contribui para
e) (F) A expressão “pep squad“ remete ao grupo que o desmatamento na Amazônia, ele não é citado no
acompanha a equipe esportiva, e não à equipe em si. texto, assim como o contrabando de animais.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

08 D d) (F) Por meio do discurso de Chadwick, não fica claro


se o papel era ou não secundário. Além disso, o
a) (F) Segundo o texto, as iranianas passaram a usar o véu
orgulho que ele cita ter adquirido em Howard não
em 1980, um ano após a revolução no país – “Then
tinha a ver com destaque.
came 1980: the year it became obligatory to wear
e) (V) A resposta para essa questão pode ser encon-
the veil at school”.
trada no seguinte trecho: “[…] but I was conflicted
b) (F) De acordo com o texto, as meninas da escola não
because this role seemed to be wrapped up in
gostavam de usar o véu – “We didn't really like to
assumptions about us as Black folk. […] Plus, there
wear the veil”.
was barely a glimpse of positivity or talent in the
c) (F) Não é possível afirmar, a partir do texto, que o véu
character, barely a glimpse of hope”. Nele, além
é uma tradição ancestral iraniana, visto que não
há informações sobre o uso desse item no país ao de comentar que o papel parecia estar fundamen-
longo do tempo. tado em suposições acerca dos negros, Chadwick
d) (V) A ideia de que as meninas da escola não entendiam afirma que faltava talento, positividade e esperança
por que precisavam usar o véu pode ser encontrada à ­personagem.
no trecho “[...] especially since we didn't understand
why we had to [wear the veil]”, cujo texto não verbal 11 B
mostra a reação delas ao serem obrigadas a usar o a) (F) Em geral, as críticas elaboradas por leitores relatam
item na escola. experiências e sensações pessoais, o que não se vê
e) (F) O texto não aborda a função do véu. De qualquer no trecho apresentado.
forma, o segundo quadrinho mostra meninas muito b) (V) Ao apresentar as personagens, o enredo e pontos
parecidas, dando a entender que o uso do acessó- de destaque da obra (banquetes de rosquinha,
rio as homogeneizava. navios voadores) sem dar informações aprofunda-
das sobre o enredo, o texto deixa claro seu objetivo
09 B de despertar o interesse dos leitores. Isso é refor-
a) (F) São comuns em sites especializados os resumos de çado pelas informações que ele traz sobre o públi-
episódios de novelas e séries de TV. O texto, con- co-alvo e os autores do livro.
tudo, apenas apresenta o enredo e suas persona- c) (F) O texto não traz os principais pontos da história.
gens principais. Em vez disso, ele apresenta, entre outras informa-
b) (V) O texto é uma sinopse, pois tem como função apre- ções técnicas, as personagens, o enredo e pontos
sentar o enredo e as principais personagens da de destaque da obra.
série, gerando interesse no público por meio dessa d) (F) A estrutura do texto e os tópicos por ele abordados
divulgação. (apresentação dos autores, por exemplo) deixam
c) (F) O texto se limita a apresentar o enredo e as principais claro que ele não é um extrato da história.
personagens da série, sem a apresentação de opi- e) (F) Em nenhum momento o texto aborda aspectos
niões sobre a obra, sejam elas positivas ou negativas. subjetivos. Pelo contrário, ele apresenta uma série
d) (F) O texto não descrever os melhores momentos da de pontos objetivos em relação à obra: persona-
série, apenas a caracteriza de forma breve e impar- gens, enredo, público-alvo, autores.
cial. Nesse sentido, não há apelo a uma base de fãs
do programa de TV. 12 D
e) (F) Por ser uma sinopse, o texto é imparcial – ou seja, a) (F) Embora o jogo realmente tenha como cenário a
ele não emite opiniões negativas nem positivas em França medieval (“Shape the medieval landscape”),
relação à série, assim como não faz recomendações. ele não é voltado para adultos, podendo ter partici-
pantes a partir de 7 anos.
10 E b) (F) Segundo o texto, os participantes podem delegar a
a) (F) O texto não explicita se Chadwick recusou o papel, seus peões diferentes funções – “[…] the player can
afirma apenas que o ator passou por um conflito then decide to place one of their meeples on one of
pessoal porque a personagem lhe parecia baseada the areas on it: on the city as a knight, on the road
em um ponto de vista preconceituoso. as a robber, on a cloister as a monk, or on the grass
b) (F) Logo no início de seu discurso, Chadwick afirma as a farmer”. Ou seja, não são os participantes que
que o papel não era exatamente estereotipado – assumem papéis distintos.
“The role wasn't necessarily stereotypical”. c) (F) Apesar de poder ser jogado por crianças a partir de
c) (F) Embora afirme que a história de sua personagem era 7 anos, Carcassonne não é um jogo individual. De
a de uma pessoa real (“That's somebody's real story”), acordo com o texto, ele pode ter entre dois e cinco
Chadwick deixa claro que não vê problemas nisso. participantes.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

d) (V) Segundo o texto, Carcassonne é um jogo em d) (V) De acordo com o texto, o meme teve origem em
que os participantes dispõem no tabuleiro peças 2013, quando, no fórum UKMix, um usuário postou
que representam uma cidade, estrada, mosteiro, um gif da imagem de Nazaré Tedesco aparente-
campo ou uma combinação deles, e os elementos mente confusa acompanhado de uma legenda.
semelhantes devem ser conectados: “and it must e) (F) Embora afirme que Nazaré Tedesco era persona-
be placed adjacent to tiles that have already been gem de Senhora do Destino e tinha uma persona-
played, in such a way that cities are connected to lidade cômica, em nenhum momento o texto diz
cities, roads to roads, etcetera”. que o meme teve início na novela.
e) (F) Em nenhum momento o texto afirma que Carcas-
sonne é um jogo colaborativo. Inclusive, o trecho 15 B
“When that area is complete, that meeple scores a) (F) Embora o eu lírico dê a entender que tinha 3 anos
points for its owner” deixa claro que existe conta- na última vez em que viu o pai (ou seja, há muito
gem de pontos no jogo. tempo), em nenhum momento afirma que gosta
muito dele.
13 D b) (V) O eu lírico afirma que culpa o pai pela coisa mais
a) (F) No segundo quadrinho, Lino afirma que, segundo a cruel que ele fez antes de partir: ter lhe dado o
professora, ele detalhou mais o mapa do que deve- nome “Sue” – “Now, I don't blame him 'cause he
ria. No entanto, no quarto quadrinho, fica claro que run and hid / But the meanest thing that he ever did
esses detalhes são países inventados. Nesse sen- / Was before he left, he went and named me ‘Sue’”.
tido, não foi porque ele fez mais do que a profes- c) (F) Em nenhum momento o eu lírico diz que ele e o pai
sora lhe pediu que ele tirou “C”. são amigos. Além disso, afirma que o pai foi embora
b) (F) No terceiro quadrinho, Lino afirma que, segundo quando ele tinha 3 anos, e não que o conhece há
a professora, ele havia colocado no mapa países três anos.
dos quais ela nunca havia ouvido falar. No quarto d) (F) O eu lírico realmente afirma que, ao ir embora, o
quadrinho, fica claro que não se tratava de falta de pai lhe deixou um velho violão. No entanto, ele não
conhecimento da professora, mas de países inven- diz que lhe é grato por isso.
tados por Lino. e) (F) No trecho “I don't blame him 'cause he run and
c) (F) Em nenhum momento Lino comenta que entregou hid”, o eu lírico deixa claro que não culpa o pai por
o trabalho no dia errado. Além disso, no quarto ter ido embora e se escondido. Apenas revela, no
quadrinho, fica claro que ele não executou a ativi- final da canção, que não o perdoa por ter lhe dado
o nome de Sue.
dade corretamente.
d) (V) A resposta a esta questão pode ser encontrada no
16 D
último quadrinho, quando Lino diz que gosta de
pensar que seu mapa está cinquenta anos à frente a) (F) O cartaz chama a atenção para um comportamento
do tempo dele. Com base nessa afirmação, pode- típico de meninos criados em sociedades patriar-
-se inferir que ele inventou países, criando uma cais, mas vai muito além, ao relacioná-lo à violên-
nova divisão mundial. cia contra a mulher. É nessa conscientização que se
e) (F) Lino entende o conceito de mapa, como mostra a baseia a campanha.
tirinha. O problema é que o mapa entregue por ele b) (F) No cartaz, a frase “Violence against women: let's
para a professora incluía países imaginários. stop it at the start” deixa claro que a campanha é
voltada para a violência contra as mulheres, e não
contra crianças em geral.
14 D
c) (F) Por meio da frase “Violence against women: let's
a) (F) Segundo o texto, a imagem foi postada pela pri- stop it at the start”, o cartaz evidencia que a campa-
meira vez em um fórum, e não em um site de notí- nha não tem como foco os adolescentes, mas sim
cias. Contudo, não há informações de que se trata as mulheres.
de um fórum sobre televisão e cinema. d) (V) A imagem e a chamada do cartaz mostram que
b) (F) O texto esclarece que o meme apresentado teve comportamentos agressivos de meninos em rela-
início com a personagem Nazaré Tedesco, interpre- ção a meninas costumam ser minimizados. Ao
tada pela atriz Renata Sorrah na novela Senhora do mesmo tempo, a frase “Violence against women:
Destino. Contudo, em nenhum momento é citado let's stop it at the start” destaca que, de acordo
um grupo formado por fãs da artista. com a campanha, para acabar com a violência con-
c) (F) O texto afirma que, em uma rede social, existe uma tra a mulher, é preciso combater esses comporta-
página dedicada à postagem de fotos da persona- mentos, educando as crianças.
gem Nazaré Tedesco, de Senhora do Destino. Não e) (F) O cartaz não fala em mulheres com filhos, mas sim
é dito que a página é dedicada à novela nem que o em mulheres no geral. Além disso, a possibilidade
meme teve origem nela. de criação de uma rede de apoio não é citada.

29
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

17 C d) (F) No item 2, Adams comenta que a pessoa que quer


deixar a Terra pode contatar algum amigo na Casa
a) (F) Em nenhum momento é dito no texto que o gênio
Branca (sede do governo estadunidense) para que
não conseguiu realizar um dos desejos. Por essa
razão, é possível inferir que ele realizou todos. interceda em seu favor. Ele não menciona a con-
b) (F) Considerando que as três amigas estavam presas quista de emprego para a obtenção de privilégios.
em uma ilha deserta, duas delas fizeram um pedido e) (F) No item 4, Adams afirma que o interessado em dei-
coerente, e não simples: voltar para casa. xar o planeta pode telefonar para o Papa, e não o
c) (V) O humor reside na decisão da terceira amiga, que visitar. Ele também não cita a influência do líder reli-
não só permanece na ilha deserta, como também gioso em agências espaciais.
chama de volta as outras duas que tinham ido para
a casa. Trata-se de um desfecho que, por ser inusi- 20 E
tado e inesperado, gera humor. a) (F) O texto recomenda que o visitante imprima o
d) (F) O texto não afirma que as amigas começaram a ter bilhete – “We recommend printing your e-tickets
alucinações. De fato, gênios, lâmpadas mágicas e
out at home before you visit the Tower or even
ilhas desertas são elementos comuns na contextua-
arrive in France”.
lização de piadas.
e) (F) Gênios e lâmpadas mágicas, além de ilhas deser- b) (F) O texto não afirma que o bilhete estará no local para
tas, são elementos muito comuns em piadas. Eles ser retirado. Pelo contrário, ele deixa claro que é
possibilitam a contextualização do texto, mas não preciso imprimi-lo com antecedência ou mostrá-lo
garantem o humor. no smartphone.
c) (F) O texto recomenda a impressão do bilhete (“We
18 C recommend printing your e-tickets”) e oferece,
a) (F) De acordo com o texto, namaste é uma maneira também, a possibilidade de mostrá-lo no smart-
respeitosa de cumprimentar alguém – “[...] namaste phone (“You can also show your e-ticket on your
is basically a respectful way of saying hello and also smartphone”). São de duas opções distintas.
goodbye”. d) (F) Tanto a impressão do bilhete como sua apresenta-
b) (F) Segundo o texto, o significado da palavra namaste ção no smartphone são possibilidades expressas
costuma ser reforçado por uma leve inclinação da pelo uso, respectivamente, do verbo recommend e
cabeça – “This meaning is often reinforced by a do modal can.
small bow of the head”. e) (V) O texto recomenda que o visitante imprima o
c) (V) O texto informa, logo no começo, que namaste bilhete e deixa claro que, se optar por esse cami-
tem origem no sânscrito (“Originally a Sanskrit nho, ele deve obrigatoriamente fazer a impressão
word, namaste is composed […]”). Mais adiante, em uma folha de papel A4 que não tenha sido
ele afirma que a palavra foi incorporada à língua usada antes (essa obrigatoriedade é expressa pelo
inglesa (“Today, namaste has been adopted into uso do modal must).
the English language”).
d) (F) O texto afirma que a palavra namaste, cujo sig- 21 A
nificado é realmente “eu me curvo a você”, tem a) (V) Ao escrever, com letras maiúsculas, “TENNIS SHOES?
origem no sânscrito – “Originally a Sanskrit word, ALL OF YOU SAY TENNIS SHOES?”, Elizabeth Minkel
namaste is composed […]”. mostra a surpresa que sentiu ao ver o mapa apresen-
e) (F) De acordo com o texto, com a aquisição da pala- tado, o qual aponta que a maioria da população dos
vra namaste pela língua inglesa, a grafia continua a Estados Unidos usa a expressão tennis shoes, em vez
mesma, mas o significado mudou – ele deixou de de sneakers, para se referir ao objeto tênis. Muito pro-
ser “eu me curvo a você” para se tornar “eu me vavelmente, Elizabeth mora na Costa Leste do país e
curvo ao divino em você”. não tinha notado, até então, a predileção pelo termo.
b) (F) O trecho “Never in my life I been so caught off-guard
19 A by a ‘regionalisms for certain terms’ map” indica que
a) (V) No item 5, Adams afirma que a pessoa que quer Elizabeth não só sabia que a língua inglesa pode
deixar a Terra pode chamar um disco voador que variar de região para região como também já tinha
esteja passando – “If all these attempts fail, flag tido contato com outros mapas do tipo.
down a passing flying saucer […]”. c) (F) Segundo o mapa, no Havaí, eles realmente utilizam
b) (F) No item 1, Adams sugere que o interessado em o termo shoes. Contudo, ao tratar de variação lin-
deixar a Terra contate a NASA pelo telefone. Ele guística, não é possível afirmar que um termo seja
não menciona nenhum programa de formação de correto em detrimento de outros.
astronautas. d) (F) O mapa deixa claro que a maioria dos estaduniden-
c) (F) No item 3, Adams sugere que a pessoa interessada ses fala tennis shoes. Além disso, dado o espanto
em deixar o planeta telefone para o Kremlin (sede presente no texto escrito por Elizabeth em letras
do governo russo) com o intuito de conseguir ajuda maiúsculas, é possível inferir que ela não utiliza esse
para contatar a NASA. Ele não menciona o pro- termo em seu dia a dia – provavelmente, ela usa
grama espacial do país. sneakers.

30
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

e) (F) O mapa mostra que grande parte da população dos d) (F) O texto não cita críticos internacionais. Ele também
Estados Unidos utiliza o termo tennis shoes. Isso não não opina sobre o fato de o grupo cantar em inglês,
significa, contudo, que essas pessoas desconheçam limitando-se a motivação para isso a um ponto de
o termo adotado especialmente em parte da Costa vista econômico.
Leste do país: sneakers. e) (F) No texto, Austrália e Canadá são citados como
exemplos de países que podem ser alcançados por
músicas em inglês – não é dito que os integrantes
22 B do grupo tiveram a oportunidade de morar nesses
a) (F) Kunstler realmente se mostra incomodado com a locais.
ironia. No contexto do filme, como o grupo está
sendo acusado de conspiração, a secretária atende 24 D
o telefone do escritório deles dizendo “escritório a) (F) O texto não trata da gastronomia molecular. Ele
da conspiração”. Contudo, ele não baseia seu incô- apenas comenta que o chef Deepanker Khosla tem
modo na seriedade da situação. evitado trabalhar com ela durante a pandemia de
b) (V) Em resposta a Bernadine, que afirma que as coronavírus.
pessoas entendem ironia e gostam de humor (“They b) (F) Segundo o texto, o chef Deepanker Khosla tem
understand irony and appreciate the humor”), preparado alimentos que intensificam a imunidade,
Kunstler responde que não contaria com isso e não remédios que combatem o coronavírus.
(“I wouldn't count on it”), deixando clara sua posição. c) (F) O texto se concentra em um restaurante de Bangcoc,
como indica a primeira palavra que o compõe. A res-
c) (F) No trecho apresentado, Kunstler não afirma que é
peito de Mianmar é mencionado apenas o fato de a
preciso rir um pouco da situação do grupo nem que
equipe do chef Deepanker Khosla ser composta, pri-
ela é absurda.
mordialmente, por pessoas oriundas desse país.
d) (F) Kunstler diz para Bernadine que, se ela acreditar d) (V) Segundo o texto, o chef Deepanker Khosla, que
que a maioria das pessoas é inteligente, vai se comanda a cozinha de um restaurante de alto
decepcionar diariamente – trata-se, assim, de uma padrão de Bangcoc, tem deixado de lado a gas-
frase dirigida a uma pessoa específica, e não de tronomia molecular e se concentrado em alimentos
uma afirmação genérica. mais populares e nutritivos para lidar com a pande-
e) (F) O diálogo deixa claro que, na opinião de Kunstler, mia de coronavírus. Isso é evidenciado pelo uso do
as pessoas têm dificuldade para entender ironia e advérbio instead, que indica uma alternativa.
humor. Assim, esses elementos não poderiam ser e) (F) De acordo com o texto, restaurantes da Tailândia
usados para engajá-las. que trabalham com pratos finos foram obrigados a
fechar as portas e aderir ao sistema de entregas por
conta do coronavírus.
23 C
a) (F) Em nenhum momento o texto afirma que o grupo 25 B
ABBA cantava em inglês para sobreviver ou que a) (F) Embora o texto cite importantes atrações e locais
o número de pessoas que fala sueco vem dimi- de Londres (Tower, Westminster, London Eye), ele
nuindo – em vez disso, ele afirma que esse número não tem como objetivo apresentá-los.
é reduzido (Around 10 million people or so), por- b) (V) O texto aborda as diferentes formas de chegar à
tanto, o mercado consumidor de música em sueco Torre de Londres e também indica a sua localização
é muito pequeno se comparado ao em inglês, sig- logo na introdução (“The Tower is located [...]”). O
nificativamente maior. layout destaca estações de trem e o tempo de che-
b) (F) O texto assinala que o grupo cantava em inglês por gada a partir delas até a torre. O texto ainda men-
uma questão econômica envolvendo potencial de ciona que é possível chegar de barco até a torre
mercado, e não controle de gastos. Além disso, (“You can also travel by river boat”).
ele não trata dos artistas que compõem as canções c) (F) O texto indica o tempo gasto para percorrer a dis-
tância entre a Torre e as três estações de metrô:
interpretadas pelo quarteto sueco.
London Bridge Station, Liverpool Street Station e
c) (V) A resposta a esta questão pode ser encontrada em:
London Charing Cross Station.
“Singing in English opened the major world markets
d) (F) O trecho “You can also travel by river boat” indica
to them – Great Britain, the United States, Australia,
que, além do metrô, é possível chegar à Torre de
Canada and mainland Europe (where English Londres de barco, e não que é possível locomover-
is widely spoken as a second language in many -se de barco pela cidade.
countries)”. De acordo com esse trecho, cantar e) (F) Como indica o primeiro parágrafo (“The Tower is
em inglês abriu, para o grupo ABBA, os principais located [...]”), o texto se concentra apenas na Torre,
mercados mundiais, formados por países que falam mostrando que é possível ir de metrô ao local,
o idioma como primeira ou segunda língua. seguida de caminhada, e barco.

31
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

d)(F) A expressão analisada se relaciona à natureza do cho-


Español ro ouvido, não sendo um recurso anafórico.
01 C e) (F) A expressão não é adversativa, mas denota a forma
como o choro ouvido se iniciou, repentinamente.
a) (F) As recompensas oferecidas à criança são uma forma
de argumentar e fazê-la compreender os motivos pe-
los quais a mãe precisa se ausentar para ir trabalhar, 04 D
não sendo vistas na música como uma moeda de tro- a) (F) A menção à indústria, à agricultura e às gerações fu-
ca negativa.
turas é realizada com o objetivo de cobrar do leitor
b)(F) O tema da solidão não é levantado na música; ele a economia da água, para que o uso desse bem seja
pode ser uma possível interpretação do leitor para a sustentável e compartilhado.
criança que não tem a mãe por perto por conta do
b)(F) A mensagem transmitida não trata de um perigo ime-
trabalho, mas não está posto como o alvo da crítica
diato, mas da necessidade de agir agora para que as
da canção.
gerações futuras não sofram com a escassez de água
c) (V) Na última estrofe do trecho, há repetições do verbo potável.
trabalhar no gerúndio, seguidas de condições adver-
sas do trabalho no campo, como a dureza, a tristeza, a c) (F) Ainda que botellas seja, de fato, uma palavra-chave
falta de pagamento e a doença. na peça, a ilustração não tem como objetivo principal
auxiliar na compreensão dessa palavra em especial;
d)(F) A letra da canção tem como foco a figura materna,
esse recurso serve de meio para impactar o sentido
não mencionando de maneira explícita ou implícita a
global da mensagem.
figura paterna.
e) (F) Mesmo que a figura fantasiosa do diabo branco apare- d)(V) Ao inserir a imagem da garrafa junto à mensagem, a
ça como uma punição para o menino que não dorme, peça ajuda o leitor a visualizar e mensurar a quanti-
não há na música críticas à crença nessa personagem. dade de água que é utilizada em um banho rápido.
Dessa forma, articulam-se as linguagens verbal e não
verbal na construção do sentido principal da peça.
02 C
e) (F) O contexto em que estão inseridas estas palavras não
a) (F) A referência ao prazer diário diz respeito ao ato de
permite a inferência desses elementos como objetos
beber café, e não à fruta. Ao utilizar o coco, a empresa
personificados, isto é, dotados de características ou
pretende se aproximar da concepção que o público
habilidades humanas.
possui de paraíso.
b)(F) O cartaz apresenta a ideia de que o novo sabor de
café é fresco, saudável, saboroso e exótico. Não há 05 B
uma relação direta ao possível fato de os clientes se a) (F) Apesar de, efetivamente, se tratar de uma expressão
sentirem saudáveis após provarem o café, trata-se de de uso informal, esse aspecto não é suficiente para o
uma extrapolação da interpretação. entendimento do sentido pleno da expressão.
c) (V) A ideia da publicidade é associar o novo sabor da b)(V) Para a compreensão completa do sentido da frase, é
marca do café à imagem que as pessoas têm do pa- importante considerar o contexto prévio no qual ela
raíso, geralmente vinculado à ideia de natureza. No era utilizada: que namorados costumavam se encon-
cartaz, essa imagem é criada em um contexto natural,
trar na hora de comprar pão. Por isso, o sentido pleno
com o coco e as folhas de palha de coqueiro.
da frase só é entendido quando se considera seu sen-
d)(F) O cartaz busca, de fato, a associação do novo sabor tido conotativo.
à ideia de paraíso, mas não há menção ao fato de a
c) (F) Na verdade, para entender completamente o sentido
matéria-prima do produto ser natural.
da frase, deve-se considerar o contexto e concentrar-
e) (F) No cartaz, não há indicação de que o café pode ficar -se no sentido figurativo desta.
mais saboroso pelo fato de mudar o objeto em que
essa bebida é servida. d)(F) A frase não tem sentido persuasivo, ou seja, de con-
vencimento, dada sua natureza interrogativa.
03 B e) (F) Os termos ilustrados na estampa servem a um objeti-
vo estético da camiseta, não havendo ênfase neles.
a) (F) Ao longo do poema, a motivação para a tristeza não
tem foco, pois o poema versa sobre a permanência e
a intensidade do choro ouvido. 06 B
b)(V) A expressão “de pronto” indica a forma como se dá o a) (F) Não há crítica à filosofia na tira. Na verdade, Enri-
choro, podendo ser traduzida ao português como “de queta se refere a essa ciência para dizer que sua
repente” ou “repentinamente”. mãe valoriza os significados filosóficos da obra.
c) (F) A intensidade pode ser inferida pela abundância do b) (V) Ao parafrasear o livro por meio do trecho “para los
choro nos versos que seguem, no entanto, a expres- grandes, a veces, lo esencial es invisible a los ojos”,
são em questão mostra que o choro se iniciou repen- Enriqueta critica o fato de que os adultos tendem a
tinamente. dificultar e tornar as coisas mais complexas.

32
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

c) (F) O livro O Pequeno Príncipe figura na tira como ele- 09 A


mento interdiscursivo e intertextual que contribui
diretamente no efeito de sentido da tira, e Enri- a) (V) O texto revela, no trecho “Los geólogos trabajan
para comprender la historia de nuestro planeta”,
queta não apresenta críticas sobre ele.
que a geologia trabalha para compreender a histó-
d) (F) Enriqueta vê a leitura como uma prática habitual
ria do nosso planeta.
de seu cotidiano, e isso se torna evidente quando
b) (F) Pelo texto, infere-se que o estudo produzido por
ela diz “a mí me gusta por la historia nomás”, reve-
outras áreas de conhecimento contribui com a geo-
lando que essa prática não precisa de critérios
logia, mas isso não valida a afirmação de que esta
para análises.
ciência está em vantagem em relação a outras.
e) (F) Não é feita na tirinha menção a tecnologias e a
c) (F) O texto diz que “Un buen geólogo tiene que
implicações delas na leitura.
saber un poco de todo: de física, química, geo-
grafía, matemáticas, biología, ingeniería y muchos,
07 D
muchos campos más”. Nesse sentido, pelo texto,
a) (F) No trecho “sino que a veces uno empieza, como entende-se que é a geologia que se beneficia de
quien dice, se pica, y ya no puede parar”, entende- informações oferecidas por outras áreas.
-se que a narradora, ao cortar a cebola, permite-se d) (F) O texto afirma que “La geología es el estudio de
chorar. Por isso, é incorreto dizer que o ato de cor- la Tierra, de los materiales de que está hecha”,
tar cebolas representa inibição pessoal. sem apresentar informações relacionadas a como
b) (F) O texto dá a entender que a personagem se apro- as inovações advindas da geologia alteram o coti-
veita do ato de cortar cebolas como pretexto para diano das pessoas.
liberar as emoções. O contexto não indica que isso e) (F) O texto não afirma que a geologia é responsável
se trata de uma prática religiosa. pelas descobertas dessas maravilhas, mas que elas
c) (F) O texto não tem como objetivo criticar ou explorar não seriam possíveis sem diversos tipos de forma-
estereótipos femininos. Ele apenas apresenta um tre- ções minerais (estas bellezas no serían posibles sin
cho em que o ato de chorar é relacionado proposi- todo tipo de rocas y formaciones minerales).
talmente ao ato de cortar cebolas, pretexto utilizado
pela narradora para liberar as emoções contidas. 10 A
d) (V) O ato de cortar a cebola permite à narradora a a) (V) Ao dizer que “el racismo puede definirse como cual-
liberação de sua sensibilidade (sino que a veces quier acción, práctica o creencia que refleje la cos-
uno empieza [...] y ya no puede parar). Todo o frag- movisión racial: la idea de que los humanos pueden
mento é metafórico, característica comum da obra dividirse en entidades biológicas separadas”, enten-
de Esquivel, e visa criar metáforas a partir de ele- de-se que o racismo é a consequência de ações, prá-
mentos da culinária. ticas ou crenças que separam as pessoas.
e) (F) A narradora demonstra apreço à culinária, como b) (F) O texto não constrói um raciocínio sobre o racismo
pode ser visto no trecho “La cebolla tiene que estar em seu aspecto individual, mas menciona que a
finamente picada”, que revela cuidado e técnica ao ideia de raça já foi considerada como elemento dis-
manipular o alimento. tintivo de populações e relacionado à cultura cole-
tivamente (la “raza” ha sido considerada elemento
08 C distintivo de unas poblaciones a otras).
a) (F) A mensagem do cartaz não explicita especifica- c) (F) O texto, na verdade, informa que a ideia de raça
mente que as crianças ciganas devem lutar pelos como conceito biológico não tem fundamento
seus sonhos, como um incentivo. Na verdade, científico e que não passa de uma invenção cultural:
existe a ideia de que todas as crianças deveriam ter “Desde finales del siglo XX, la noción de raza bioló-
a oportunidade de realizar seus sonhos (todos los gica ha sido reconocida como una invención cultu-
niños deberían poder cumplir sus sueños). ral, completamente sin fundamento científico”.
b) (F) O cartaz não afirma que as crianças não têm acesso d) (F) O texto não versa sobre um fato específico, como
um marco. Além disso, a ideia de tolerância racial
à educação. Na verdade, ele chama atenção para a
é incoerente com a desconstrução do conceito de
evasão escolar das crianças ciganas.
“raça” feito no texto.
c) (V) O cartaz é uma campanha de conscientização sobre
e) (F) O texto não aborda a criminalização do racismo. A
o alto índice de evasão escolar entre crianças ciga-
principal reflexão apresentada nele é sobre o racismo
nas. O texto indica que, para elas, realizar sonhos é
como consequência de crenças segregativas.
mais difícil, porque muitas não concluem a educa-
ção básica.
11 C
d) (F) O cartaz não afirma que as crianças chegam a con-
cluir a formação. Na verdade, existe a ideia de que a) (F) O texto afirma que os clubes e as organizações se
elas não recebem assistência devida para garantir a propuseram a combater o preconceito contra mulhe-
conclusão da etapa básica (la secundaria). res no futebol assim como o racismo, conforme se
e) (F) O cartaz diz que 6 em cada dez crianças ciganas percebe na expressão “al igual que con el racismo”.
deixam a escola antes de concluir o ensino básico b) (F) O texto não apresenta nenhuma avaliação a esse
(6 de cada 10 dejan los estudios antes de terminar respeito, mas afirma que o preconceito continua
la secundaria), porém não afirma que elas são obri- existindo, mesmo que os clubes e as organizações
gadas a deixar a escola. combatam esse tipo de discriminação.

33
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

c) (V) A afirmativa está correta e pode ser verificada no tre- d) (F) O texto não apresenta informações sobre doenças
cho “clubes y organizaciones se hayan propuesto, al que a leitura nas telas traz, apenas informa que ler
igual que con el racismo, combatir de raíz este tipo nas telas é mais incômodo e expõe estratégias para
de discriminación”, ou seja, clubes e organizações melhorar as condições de leitura.
buscam enfrentar esses problemas da mesma forma. e) (F) Não há intenção de desestimular a leitura, uma vez
d) (F) A alternativa está incorreta, visto que não é ver- que o texto se restringe a mostrar estratégias para
dade a afirmação de que o futebol prejudique, de proteger a visão durante a leitura nas telas.
maneira igual, tanto homens como mulheres. Na
verdade, o texto deixa claro que a desigualdade 14 C
afeta muito mais as mulheres. a) (F) Não há citação ao código de trânsito; o cartaz ape-
e) (F) O texto afirma que duas em cada três jogadoras, nas lista situações em que pode haver distração por
ou mulheres que atuam na indústria do futebol, já causa do uso do celular e usa um jogo de palavras
sofreram preconceito, não se restringindo apenas entre o termo rede e o verbo enredar.
àquelas que praticam diretamente o esporte. b) (F) Não há divulgação de dados sobre acidentes no
trânsito; o cartaz apenas busca alertar para os riscos
12 C do uso de celular durante a direção de veículos.
c) (V) O cartaz brinca com as expressões “estar en rede”
a) (F) De acordo com o texto, uma cidade inteligente e “estar enredado”, ou seja, estar on-line e envol-
se caracteriza pelo investimento em tecnologia ver-se em acidentes.
para melhorar a qualidade de vida de seus habi- d) (F) No cartaz, o termo te não é utilizado intencional-
tantes, o que proporciona uma mobilidade susten- mente em substituição ao verbo estar.
tável, diminui os efeitos climáticos e impede riscos e) (F) O trecho “Son las distracciones más comunes” não
ambientais. traz uma hipótese, mas uma afirmação.
b) (F) O texto faz referência ao uso de tecnologias, mas
não menciona que um de seus usos seria a filtra-
15 A
gem da poluição. A ideia explorada é mais ampla e
diz respeito ao desenvolvimento sustentável. a) (V) A narradora apresenta fatos que se referem à sua
c) (V) Na introdução do texto, o autor afirma que uma infância e ao momento em que narra, o que pode
cidade inteligente é aquela que usa a tecnologia ser visto nos trechos: “mi frustración, porque,
para melhorar a qualidade de vida de seus habitan- cuando pasaba por la puerta, ya no podía entrar
libremente” e “Me gusta el barrio”. Para isso, ela
tes − “Una ciudad inteligente es aquella que usa la
utiliza verbos no presente e no pretérito.
tecnología poniendo en el centro a sus habitantes
b) (F) Na verdade, o texto apresenta um sentido com-
para mejorar su calidad de vida.”
pleto e em nenhum momento se refere a partes
d) (F) O texto afirma que a mobilidade urbana susten-
da narrativa ou a outras informações que estejam
tável pode melhorar a qualidade do ar, mas não é
externas ao texto.
correto afirmar, de acordo com o texto, que esse
c) (F) O texto é narrado em primeira pessoa, o que revela
seja o único fator que torne uma cidade inteligente.
um narrador onisciente e que mostra de forma sub-
e) (F) A redução de congestionamentos no trânsito é
jetiva seu estado de espírito e suas impressões em
apontada como uma consequência do planeja-
relação aos fatos narrados, como se vê no trecho
mento urbano, mas não é um fator determinante “Lloré mucho más cuando, después de su muerte,
para que uma cidade seja considerada inteligente. perdimos la casa, al menos por unos años”.
d) (F) A narradora é onisciente, e os elementos e fatos
13 B narrados revelam subjetividade, o que foge à ideia
a) (F) O texto não apresenta a divulgação de pesquisas de um narrador impessoal.
sobre o hábito de leitura em tela; seu caráter cien- e) (F) O trecho descreve os elementos que compõem o
tífico é apoiado no argumento trazido pela opinião ambiente, mas também traz a percepção da narra-
de oftalmologistas. dora em relação a esses elementos.
b) (V) O texto apresenta estratégias para melhorar a lei-
tura em telas de celular e proteger a visão, como 16 D
nos trechos “existen aplicaciones que permiten a) (F) A autora não estabelece nenhum tipo de com-
cambiar el tamaño y fuente de las palabras”, que paração entre as formas de tratamento “tú” e
revela uma forma de forçar menos a visão para a “vos”, apenas faz uma crítica ao fato de os livros
leitura, e “los oftalmólogos recomiendan que se lea de ensino de espanhol não abordarem a dimensão
a unos 30 cm de distancia y al leer desde el celular do voseo sob nenhuma perspectiva, quando esta
se hace esto desde muy cerca”, que informa uma é a forma de tratamento predominante no país.
distância mínima necessária entre os olhos e a tela. Ademais, pelo trecho “Tampoco quiero decir que
c) (F) Embora o texto discorra sobre efeitos negativos da esté mal usar el ‘tú’ en nuestro país”, não se pode
leitura em telas, não há apelo para que os leitores dizer que a autora julga o voseo de mais importân-
leiam apenas em livros de papel. cia que o tuteo.

34
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

b) (F) A autora menciona a ideia de que a língua espa- e) (F) Pelo texto, infere-se que as redes sociais servem
nhola é vista como complexa como forma de intro- apenas como meio utilizado por pessoas precon-
duzir seu argumento principal, sem discordar dela, ceituosas para fomentar o ódio contra pessoas
apresentando, inclusive, o uso de diferentes prono- migrantes, por meio da disseminação de notícias
mes de tratamento como exemplo. falsas, que contribuem para a desinformação.
c) (F) A autora não rejeita as formas de ensino no país, ape-
nas faz uma crítica ao ensino do espanhol desconexo 18 C
com a realidade de seu país, dada a diversidade da a) (F) A expressão se refere ao sucesso de Star Wars, que
língua. Para isso, utiliza como exemplo o ensino de resiste ao tempo, sem apresentar aspectos especí-
pronomes de tratamento que privilegiam as formas tú ficos relativos às obras recentes da franquia.
e usted em detrimento do vos, visto que são aquelas b) (F) A expressão não se refere às produções para tele-
as formas de tratamento mais usuais em seu país. visão O Mandaloriano e A Guerra dos Clones, mas
d) (V) A autora defende que o ensino de língua espa- aos títulos clássicos de Star Wars.
nhola deve ser pautado na reflexão sobre o idioma, c) (V) O trecho “[...] Dave Filoni, conocido de forma popu-
sob uma perspectiva histórica ou dialetal, e utiliza, lar como el ahijado de Lucas, el hombre destinado a
para tanto, o caso das formas de tratamento típicas que La guerra de las galaxias siga siendo el fenómeno
da diversidade linguística de seu país – “he notado que es durante eones” torna válida a ideia de que o
que en los libros para la enseñanza del español no filme é um sucesso que resiste ao tempo, da mesma
se intenta dimensionar el voseo desde ninguna forma que credita parte desse sucesso ao diretor
perspectiva, ya sea histórica o dialectal, porque Dave Filoni. A expressão “eón” (durante eones) sig-
nifica um período indefinido de longa duração.
sería muy interesante si se incluyera en el bloque
d) (F) A expressão não foi utilizada para se referir às
de reflexión sobre la lengua”.
séries de TV O Mandaloriano e A Guerra dos Clo-
e) (F) A autora não atribui responsabilidades explicitamente,
nes. Ainda que elas estejam relacionadas ao diretor
mas tece uma perspectiva crítica sobre a prática dos
Dave Filoni, La guerra de las galaxias se refere aos
professores e a padronização dos materiais didáticos,
filmes que compõem a trilogia clássica de filmes da
que não consideram a diversidade da língua. franquia Star Wars.
e) (F) Trata-se do contrário. Foram os títulos clássicos de
17 D Star Wars que influenciaram o sucesso das séries O
a) (F) Ao dizer “Combatirla requerirá nuevas armas, pero Mandaloriano e A Guerra dos Clones.
diferentes a las que están proponiendo gobiernos,
como el de España”, o autor não considera como 19 C
eficientes os meios utilizados pela Espanha para a) (F) O texto não trata de um preconceito contra secre-
combater a disseminação de notícias falsas que ali- tárias virtuais, mas do estereótipo de que essas
mentam o ódio contra as minorias. secretárias teriam de ser do gênero feminino.
b) (F) O principal debate social promovido no texto está b) (F) A campanha sugere que vozes masculinas e femi-
relacionado à disseminação de notícias falsas, não ninas sejam utilizadas como forma de evitar o este-
à falta de segurança na Espanha. O compartilha- reótipo de assistente do gênero feminino. Essa
mento criminoso de uma fotografia de argelianos, ideia é validada pela hashtag “voces en igualdad”.
dando a entender que essas pessoas eram respon- c) (V) A construção verbal e visual da campanha reforça a
sáveis por atos de violência, é um exemplo utilizado ideia de que é preciso combater estereótipos natu-
ralizados socialmente. O trecho “Cortana, envía un
no texto para expor como pessoas mal-intenciona-
email” corrobora essa ideia, mostrando um exem-
das disseminam mentiras e o ódio contra minorias.
plo de ordem dada a uma assistente do gênero
c) (F) De acordo com o texto, não é a redução do uso das
feminino. O trecho “a veces los estereotipos de
redes sociais que diminuirá a desinformação, mas sim
género están tan cerca que cuesta oírlos”, por sua
a sua utilização de forma consciente, por meio da
vez, salienta que esses estereótipos podem estar
formação de cidadãos críticos que sejam capazes de
muito perto e incutidos na sociedade.
rechaçar e não compartilhar informações mentirosas. d) (F) A campanha denuncia estereótipos naturalizados,
d) (V) O texto trata principalmente da disseminação de revelados por meio da utilização de vozes femininas
notícias falsas na internet como forma de aumentar na maioria dos auxiliares eletrônicos, reproduzindo
a desinformação. De acordo com esse objetivo, é o estereótipo de mulher subserviente. Porém, não
apresentado como exemplo o compartilhamento são expostos casos específicos sobre o assunto.
criminoso de uma fotografia de argelianos, que, e) (F) A questão denunciada na campanha é a utilização
tirada de contexto, responsabilizava-os por atos de de vozes femininas em aplicativos de assistentes
violência. O argumento construído é de que práti- virtuais, posicionando a mulher em uma situação
cas similares, que são comuns, devem ser comba- inferior e de subserviência. Não se trata de inteli-
tidas, pois influenciam significativamente o forta- gência artificial ou de uma resistência ao uso delas,
lecimento de ideais prejudiciais para a sociedade, e o texto não afirma que tais assistentes são formas
destacando-se o ódio contra minorias. dessa tecnologia.

35
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

20 A 23 C
a) (V) A expressão sin embargo é usada para contrapor o a) (F) O estranho final que o filme apresenta é abordado
fato de o pai ter se manifestado naquela noite (Esa como mais uma justificativa para que se mante-
noche habló) com a ideia que o filho tinha de que nham os debates a seu respeito.
seu pai ficava sentado na poltrona talvez pensando b) (F) Mesmo que a história possua um protagonista,
em nada, ou que apenas aceitava o presente com a alegoria a que se relaciona a temática do filme
resignação.
envolve um aspecto coletivo da sociedade.
b) (F) A expressão sin embargo não relaciona uma suposta
c) (V) O texto resenha um filme que versa metaforica-
frieza do pai diante do desespero da esposa. Na
verdade, ela é utilizada para indicar que o pai teria, mente sobre a desigualdade e o desequilíbrio
naquela noite, assumido uma postura diferente da na divisão desproporcional de recursos. As frases
habitual, que era cristalizada na percepção do filho. anteriores à fala do autor ilustram o sistema de pirâ-
c) (F) Os pais não se perderam; essa ideia foi apenas uma mide que classifica as pessoas em diferentes cama-
hipótese irônica criada pelo filho diante do fato de das, cujas primeiras são sempre beneficiadas em
os pais terem chegado em casa depois dele. detrimento das demais.
d) (F) Ainda que os pais demonstrem enfrentar a situação d) (F) O comentário a respeito do debate realizado pelos
de forma diferente, a expressão sin embargo, na espectadores sobre o enredo do filme não se rela-
verdade, refere-se ao fato de o pai ter se posicio- ciona à alegoria citada por David Desola.
nado naquela noite, quando parecia sempre aceitar e) (F) O uso das expressões “los de arriba” e “los de
as coisas com resignação. abajo” está em conformidade com a alegoria apre-
e) (F) O narrador apresenta imprecisão sobre a idade que sentada, mas não a resume objetivamente. Além
tinha na situação relatada, contudo não demonstra disso, “los de arriba” indica a população privile-
um discurso confuso, narrando com clareza a situa- giada, e não a população desfavorecida.
ção adversa vivida por ele e a perspectiva de supera-
ção evidenciada pelo pai. A expressão sin embargo, 24 D
contudo, não é utilizada na construção dessa ideia.
a) (F) Na verdade, o texto sinaliza a ideia errônea de que
21 B os quadrinhos possuem como objetivo único o
a) (F) A palavra solamente não é negada, mas enfatizada rápido entretenimento.
por meio das aspas. b) (F) O público e os profissionais são citados no trecho
b) (V) A autora retoma o termo utilizado anteriormente como aqueles que igualmente atribuem valor a
na declaração do pai para enfatizar que, diante da manifestações artísticas.
pandemia, sentir apenas ansiedade é, de fato, algo c) (F) O texto dá a entender que o público e os profissionais
pelo qual se pode sentir confortado. são responsáveis por atribuir às histórias em quadri-
c) (F) A palavra solamente é um advérbio de caráter nhos a noção de produto simplório e superficial.
excludente que tem como tradução unicamente, d) (V) O autor utiliza o desinteresse das figuras de auto-
somente, apenas. Dessa forma, não se caracteriza ridade espanholas como exemplo para a manuten-
como gíria. ção das ideias negativas a respeito das histórias em
d) (F) Há, de fato, uma versão menos extensa da palavra quadrinhos.
solamente, solo. No entanto, o uso das aspas não e) (F) O valor econômico citado entre parênteses como um
remete a uma interpretação que dialogue com ela. dos fatores que agregam importância às obras de
e) (F) A palavra solamente faz parte do léxico da língua
arte não pertence à argumentação favorável do autor.
espanhola e não pode ser classificada como neo-
logismo.
25 B
22 A a) (F) O adjetivo gran não está sendo usado na tirinha em
a) (V) A expressão ilustra o pensamento de colocar-se no seu sentido de extensão, mas sim em sentido meta-
lugar dos telespectadores, como feito pela rede fórico, representando algo de muito valor.
televisiva, para justificar a criação de um conteúdo b) (V) Na tira, Enriqueta compara o uso de dois adjetivos,
adaptado à nova realidade. um superlativo ao outro. Gran (grande, em portu-
b) (F) Apesar de mencionar a grande dificuldade enfren- guês) está relacionado ao sentimento de tristeza,
tada pelos canais de televisão, a expressão desta- pela falta que a obra faz ao término de sua leitura.
cada não está relacionada diretamente a ela. c) (F) O esforço na fala da personagem verifica a necessi-
c) (F) Ainda que a crise justifique o cenário de instabili-
dade de distinguir o uso dos dois termos, portanto
dade da programação televisiva, a expressão não
não quer aproximá-los em relação à sinonímia.
está atrelada a este fato.
d) (F) A relação entre a pandemia e o congelamento de d) (F) A comparação realizada pela personagem se esta-
produções artísticas serve como introdução para o belece entre dois livros diferentes, o que invalida a
desenvolvimento da expressão em destaque, mas alternativa.
não explica seu objetivo. e) (F) Apesar de haver proximidade, familiaridade entre a
e) (F) O trecho cita a repetição de programas como um personagem e a literatura, a fala de Enriqueta não
fato quase inevitável, não havendo, assim, crítica a tem como objetivo reafirmar esse fato, mas produ-
esse acontecimento. zir uma reflexão sobre um tema específico.

36
Matemática e suas Tecnologias

b) (V) Considere A e E os gastos com alimentação e com


Matemática e suas Tecnologias educação, respectivamente. Sendo X as despesas
com lazer, pelas informações dadas no texto, tem-se:
Matemática 1
3 4
(I) X A  A  X
4 3
01 B 1
(II) E   X
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente 3
o volume da cisterna na maquete (960 cm3), no Como a despesa mensal total (Y) da pessoa é dada
entanto não realizou as conversões necessárias por Y = 1 200 + A + E + X, obtém-se:
para se obter a escala, encontrando: 4 1
Y  1200   X   X  X
Vmaquete 960 cm3 1 1 3 3
= E 3= 3 = 3= 8
Vreal 960 000 L 1000 10 Y  1200   X
3
b) (V) O volume da cisterna construída pelos alunos 3Y = 3 600 + 8X
na maquete é de Vmaquete = 3 · 52 · 12,8 = 960 cm3. 8X – 3Y + 3 600 = 0
Pelo texto, sabe-se que o volume real da cis- Portanto, a expressão solicitada é 8X – 3Y + 3 600 = 0.
terna é de 960 000 L. Como 1 L equivale a 1 dm3 c) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
e 1 dm3 corresponde a 1 000 cm3, conclui-se que vocado, que os custos com educação correspon-
o volume real da cisterna, em cm3, é 960 000 000. dem ao triplo dos gastos com lazer, obtendo a rela-
Calculando a razão entre o volume da cisterna na 4 16
ção Y  1200   X  3 X  X  Y  1200   X 
maquete e o volume real da cisterna, obtém-se 3 3
Vmaquete 960 cm3 1 3Y = 3 600 + 16X ⇒ 16X – 3Y + 3 600 = 0.
= = . Assim, como d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
Vreal 960 000 000 cm3 1000 000
se trata de volume, conclui-se que a escala (E) uti- que os gastos com alimentação e com educação
lizada para a construção da cisterna na maquete 3
eram, respectivamente, A   X e E = 3X. Com
equivale à raiz cúbica da razão obtida, ou seja, isso, obteve a relação: 4
1 1 3 19
=E =
3 . Y  1200   X  3 X  X  Y  1200   X 
1000 000 100 4 4
c) (F) Possivelmente, o aluno apenas calculou a razão 4 Y  4 800  19 X  19 X  4 Y  4 800  0
entre o volume da cisterna na maquete e o volume e) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
real da cisterna. Além disso, não realizou as conver- 3
mente A   X e, assim, obteve a relação:
960 cm3 1 4
=
sões necessárias, obtendo E = .
960 000 L 1000 3 1 25
Y  1200   X   X  X  Y  1200  X 
4 3 12
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao con-
12 Y  14 400  25 X  25 X  12 Y  14 40
00  0
verter a capacidade real da cisterna de L para
cm 3, encontrando 960 000 L = 96 000 000 cm3. Além
disso, calculou a escala (E) como sendo a razão 03 E
entre o volume da cisterna na maquete e o volume a) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e considerou
real da cisterna, esquecendo de extrair a raiz cúbica que o cachorro consome 10 kg de ração em 30 dias.
960 cm3 1 Assim, obteve a seguinte regra de três.
=e obtendo E = .
96000 000 cm3 100 000 Quant . de ração
________
Tempo de duração
10 kg 30 dias 4  30
d  12 dias
e) (F) Possivelmente, o aluno apenas calculou a razão ________ 10
4 kg d
entre o volume da cisterna na maquete e o volume
real da cisterna para obter a escala (E), encontrando Desse modo, concluiu que a pessoa precisaria com-
Vmaquete prar ração novamente em 12 dias.
960 cm3 1
= E = = . b) (F) Possivelmente, o aluno montou a regra de três con-
Vreal 960 000 000 cm3 1000 000
siderando o tempo de duração da ração em mês,
obtendo:
02 B Quant . de ração Tempo de duração
10 kg ________ 4 meses  d  4  4  1, 6 mês
a) (F) Possivelmente, o aluno encontrou corretamente a
4 kg ________ d 10
4 1
relação Y  1200   X   X  X , no entanto se equi-
3 3 No entanto, equivocou-se e considerou que 1,6
vocou ao reduzir os termos semelhantes, obtendo mês equivale a 16 dias. Desse modo, concluiu que
5 a pessoa precisaria comprar ração novamente em
Y  1200   X  3 Y  3600  5 X  5 X  3 Y  3600  0. 16 dias.
3

37
Matemática e suas Tecnologias

c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a fração da região
a quantidade de dias de duração da ração como da cabeça correspondente à região que vai das
120 2
sendo = 30 dias. sobrancelhas ao queixo, obtendo .
4 3
d) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e conside- 05 B
rou que o cachorro consome 10 kg de ração em 3
meses, ou seja, 90 dias. Assim, obteve a seguinte a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
1 : 20 e 1 : 25 como sendo as escalas corretas para
regra de três.
a representação do primeiro e do segundo projeto,
Quant . de ração Tempo de duração
10 kg ________ 90 dias 4  90 nessa ordem. Assim, concluiu que o escalímetro
d  36 dias mais adequado para ambos os projetos é o no 1,
4 kg ________ d 10
desconsiderando que o escalímetro no 3 também
Desse modo, concluiu que a pessoa precisaria com- possui as duas escalas consideradas.
prar ração novamente em 36 dias. b) (V) A escala a ser adotada no primeiro projeto deverá
e) (V) Considere d o tempo, em dia, que a quantidade ser de 0,20 cm : 100 cm = 1 : 500. Já no segundo
do novo sabor de ração irá durar. Como o cachorro projeto a escala a ser adotada deverá ser de
consome 10 kg de ração em 4 meses, ou seja, 120 0,25 cm : 100 cm = 1 : 400. Desse modo, constata-se
dias, e o consumo diário dele é constante, tem-se a que, tanto para o primeiro quanto para o segundo
seguinte regra de três. projeto, o escalímetro mais adequado é o no 2.
Quant . de ração Tempo de duração c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
10 kg ________ 120 dias  d  4  120  48 dias 1 : 20 e 1 : 25 como sendo as escalas corretas para
4 kg ________ d 10 a representação do primeiro e do segundo projeto,
nessa ordem. Assim, concluiu que o escalímetro
Portanto, a quantidade do novo sabor de ração
mais adequado para ambos os projetos é o no 3,
durará 48 dias, e, dessa forma, a pessoa precisará
sem considerar que o escalímetro no 1 também
comprar ração novamente após esse tempo.
possui as duas escalas consideradas.
d) (F) Possivelmente, o aluno identificou corretamente a
04 B
escala a ser utilizada no primeiro projeto (1 : 500),
a) (F) Possivelmente, o aluno identificou que cada retân- no entanto se equivocou e considerou 1 : 25 como
1 1 sendo a escala a ser adotada no segundo. Desse
gulo representa de do rascunho, ou seja,
1 1 1 3 8 modo, concluiu que os escalímetros mais adequa-
  . No entanto, esqueceu-se de multiplicar dos para o primeiro e para o segundo projeto, nessa
3 8 24
ordem, são os no 2 e no 3, desconsiderando que o
essa fração por 2 para obter a fração correspon-
escalímetro no 1 também possui a escala 1 : 25.
dente aos dois retângulos nos quais está com-
preendida a região que vai das sobrancelhas ao e) (F) Possivelmente, o aluno identificou corretamente a
escala a ser utilizada no segundo projeto (1 : 400),
queixo.
no entanto se equivocou e considerou 1 : 20 como
b) (V) Pelo texto, a região na qual está compreendida
sendo a escala a ser adotada no primeiro. Desse
1
a cabeça corresponde a do rascunho do corpo modo, concluiu que os escalímetros mais adequa-
8 dos para o primeiro e para o segundo projeto, nessa
humano. Como essa região está dividida em três ordem, são os no 3 e no 2, desconsiderando que o
retângulos congruentes, conclui-se que cada um escalímetro no 1 também possui a escala 1 : 20.
1 1
desses retângulos representa de do rascu-
1 1 1 3 8 06 D
nho, isto é,   . Assim, como a região que
3 8 24 a) (F) Possivelmente, o aluno interpretou equivocada-
vai das sobrancelhas ao queixo equivale a dois des- mente que o valor recebido a mais pelo corretor
ses retângulos, constata-se que ela corresponde a corresponde a 6,25% do valor do imóvel, calcu-
1 1 lando 0,0625V = 5 000 ⇒ V = 80 000.
2  do rascunho do corpo humano.
24 12 b) (F) Possivelmente, o aluno interpretou equivocada-
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a fração do ras- mente que o valor recebido a mais pelo corretor
cunho correspondente à região na qual está com- corresponde a 6,25% do valor do imóvel reduzido
1 em R$ 5 000,00, calculando:
preendida a cabeça, obtendo . 0,0625 ∙ (V – 5 000) = 5 000 ⇒ V – 5 000 = 80 000 ⇒
8
V = 85 000
d) (F) Possivelmente, ao perceber que a região desejada
corresponde a dois retângulos congruentes e que o c) (F) Possivelmente, o aluno percebeu corretamente que
rascunho foi dividido em oito partes iguais, o aluno o valor recebido a mais pelo corretor corresponde a
considerou equivocadamente que a região que vai 6,25% da comissão constante em contrato, fazendo
0,0625C = 5 000 ⇒ C = 80 000, e que a comissão
2 1
das sobrancelhas ao queixo representaria = do corresponde a 6,25% do valor do imóvel, calcu-
rascunho. 8 4 lando 0,625V = 80 000 ⇒ V = 1 280 000, entretanto

38
Matemática e suas Tecnologias

interpretou de modo equivocado que o valor da b) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que a vida útil,
comissão deveria ser retirado do valor encontrado, em número de aula, de um marcador do tipo II é a
obtendo R$ 1 200 000,00. maior e, assim, concluiu que a escola deveria optar
d) (V) O valor que o corretor deveria receber era de 6,25%V, por esse tipo de marcador.
no entanto ele recebeu 6,25% ⋅ (V + 6,25%V) = 6,25%V c) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que um marcador
do tipo III é o que possui o menor preço e, assim,
+ 6,25% ⋅ 6,25%V. Calculando-se a diferença entre o
concluiu que a escola deveria optar por esse tipo
valor que o corretor recebeu e o valor que deveria
de marcador.
receber, encontra-se:
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou o custo por aula
(6,25%V + 6,25% ⋅ 6,25%V) – 6,25%V = 6,25% ⋅ 6,25%V considerando apenas o preço de uma carga e
Portanto, o valor recebido a mais pelo corretor cor- obteve que um marcador do tipo IV é o que pro-
responde a 6,25% da comissão (C) constante em porciona o menor custo, concluindo que a escola
contrato. Dessa forma, obtém-se: deveria optar por esse tipo de marcador.
0,0625C = 5 000 ⇒ C = 80 000 e) (V) Como cada marcador já vem carregado, serão
necessárias 9, 7, 1, 5 e 4 cargas para completar o
0,0625V = C ⇒ 0,0625V = 80 000 ⇒ V = 1 280 000
número máximo de cargas de cada um dos tipos de
e) (F) Possivelmente, o aluno percebeu corretamente marcadores I, II, III, IV e V, respectivamente. Assim, o
que o valor recebido a mais pelo corretor corres- custo por aula de cada tipo de marcador, conside-
ponde a 6,25% da comissão constante em contrato, rando a vida útil do produto, é:
fazendo 0,0625C = 5 000 ⇒ C = 80 000, e que a
comissão corresponde a 6,25% do valor do imóvel, Tipo Custo por aula
calculando 0,625V = 80 000 ⇒ V = 1 280 000, entre-
R $ 6, 00  9  R $ 2, 00 R $ 24, 00
tanto interpretou de modo equivocado que o valor I   R $ 0, 40/aula
6  10 60
da comissão deveria ser adicionado ao valor encon-
trado, obtendo R$ 1 360 000,00. R $ 6, 70  7  R $ 2, 70 R $ 25, 60
II   R $ 0,40/aula
88 64
07 E
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- R $ 4, 56  1 R $ 3, 00 R $ 7, 56
III   R $ 0,42/aula
mente que 1 trilhão corresponde a 103 e, além 92 18
disso, calculou a distância em quilômetro em vez
de em metro, obtendo 100 anos-luz = 100 ∙ 9,46 ∙ R $ 8, 60  5  R $ 3, 20 R $ 24, 60
IV   R $ 0,41/aula
103 km = 9,46 ∙ 105 km. 10  6 60
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
R $ 7, 05  4  R $ 3, 60 R $ 21, 45
mente que 1 trilhão corresponde a 106 e, além V   R $ 0,39/aula
11 5 55
disso, calculou a distância em quilômetro em vez
de em metro, obtendo 100 anos-luz = 100 ∙ 9,46 ∙ Percebe-se que o tipo de marcador que apresenta
106 km = 9,46 ∙ 108 km. o menor custo por aula é o V e, portanto, esse será
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- o tipo escolhido pela escola.
mente que 1 trilhão corresponde a 109 e, além
disso, calculou a distância em quilômetro em vez 09 D
de em metro, obtendo 100 anos-luz = 100 ∙ 9,46 ∙ a) (F) Possivelmente, o aluno considerou o tempo mínimo
109 km = 9,46 ∙ 1011 km. da missão ao invés do máximo. Assim, contabili-
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou zou 30 dias após a data de embarque e concluiu
a distância em quilômetro em vez de em metro, que sábado, 27 de junho de 2020, seria a data de
obtendo: retorno.
100 anos-luz = 100 ∙ 9,46 ∙ 1012 km = 9,46 ∙ 1014 km b) (F) Possivelmente, o aluno considerou o tempo
e) (V) Como 1 trilhão equivale a 1012, conclui-se que 1 ano- mínimo da missão ao invés do máximo. Além disso,
-luz corresponde a 9,46 ∙ 1012 km. Portanto, a distân- desconsiderou que a data de retorno seria um dia
cia entre a Terra e o novo planeta encontrado é de após o término da missão, obtendo sexta-feira,
100 anos-luz = 100 ∙ 9,46 ∙ 1012 km = 9,46 ∙ 1014 km. Ao 26 de junho de 2020, como a data de retorno.
transformar a distância obtida de km para m, obtém- c) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente o dia
-se 9,46 ∙ 1014 km = 9,46 ∙ 1014 ∙ 103 m = 9,46 ∙ 1017 m. da semana, entretanto calculou o dia do mês con-
siderando que todos os meses têm 30 dias. Assim,
concluiu que sexta-feira, 27 de setembro de 2020,
08 E
seria a data de retorno.
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou o custo por aula de d) (V) O tempo máximo da missão é de 120 dias. Como
cada tipo de marcador considerando a vida útil do o embarque ocorreu no dia 27 de maio, contando-
produto, entretanto desconsiderou a carga já exis- -se 120 dias a partir dessa data, conclui-se que os
tente nele, concluindo que a escola deveria optar astronautas ficariam a bordo durante os 4 últimos
pelo marcador do tipo I. dias de maio, os 30 dias de junho, os 31 dias de

39
Matemática e suas Tecnologias

julho, os 31 dias de agosto e os 24 primeiros dias de d) (F) Possivelmente, o aluno calculou o volume de água,
setembro. Portanto, retornariam no dia 25 de setem- em L, utilizado pelos estudantes durante 3 dias,
bro. Sabendo que os astronautas partiram em uma entretanto não considerou o acréscimo de 10%,
quarta-feira e que o resto da divisão de 120 por 7 obtendo 1 500 ∙ 50 ∙ 3 = 225 000 L. Além disso, ao
(período para ocorrer novamente uma quarta-feira) transformar de L para m3 o volume encontrado, fez
é 1, conclui-se que a missão terminaria em uma quin- 225 000 L = 225 000 ∙ 0,01 m3 = 2 250 m3.
ta-feira. Assim, como o retorno ocorreria no primeiro e) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente o
dia após o término da missão, sexta-feira, 25 de volume de água, em L, utilizado pelos estudantes
setembro de 2020, seria a data de retorno. durante 3 dias, obtendo, com o acréscimo de 10%,
e) (F) Possivelmente, o aluno realizou os cálculos corre- 1 500 ∙ 50 ∙ 3 ∙ 1,10 = 247 500 L, porém, ao transformar
tamente, entretanto desconsiderou que a data de de L para m3 o volume encontrado, fez 247 500 L =
retorno seria um dia após o término da missão, 247 500 ∙ 0,01 m3 = 2 475 m3.
obtendo quinta-feira, 24 de setembro de 2020,
como a data de retorno. 12 C
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou o valor da
10 D área real do terreno em m2 ao relacionar a escala
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- A 1
com as áreas. Assim, calculou maquete   Amaquete 
4 Amaquete 809  10 4
25  10 6
mente que da população do município não foi 1 809  10 4

5   A maquete   0 , 3236 .
4 809  10 4 25  10 6 25  10 6
infectada pelo sorotipo 4, obtendo  15720  12576.
5 b) (F) Possivelmente, o aluno lembrou que a con-
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calcu- versão de metro para decímetro é feita por
lou a população infectada pelo sorotipo 4 como meio da multiplicação por 10 e considerou
1 1  que a conversão de m2 para dm2 também seria
    15720  1834. Assim, considerou que feita dessa forma. Assim, concluiu que a área
 5 12 
a população não infectada pelo sorotipo 4 é real do terreno será 809 · 105 dm2, calculando
15 720 – 1 834 = 13 886. Amaquete 1 809  10 5
  Amaquete   3, 236 .
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a quantidade de 809  10 5
25  10 6
25  10 6
habitantes que não contraiu a dengue, obtendo c) (V) A área real do terreno é de 809 hectares. Sabendo
11 que 1 hectare = 10 000 m2, conclui-se que a área do
 15720  14 410 .
12 terreno equivale a 809 · 10 000 = 809 · 104 m2. Como
d) (V) A população infectada pelos sorotipos 1, 2 e 3 cor- a área na maquete deve ser expressa em dm2, é
4 1 1 necessário converter de m2 para dm2 a área obtida,
responde a   da população total do muni- multiplicando-se o valor por 100. Logo, a área real do
5 12 15
cípio. Assim, a população total do município é de terreno, em dm2, equivale a 809 · 104 · 100 = 809 · 106.
15 ∙ 1 048 = 15 720 habitantes. A quantidade de habi- Como a escala é de 1 : 5 000, a relação entre as
tantes desse município que foi infectada pelo soro- áreas é expressa por:
2
1 1 Amaquete  1  Amaquete 1
tipo 4 é   15 720  262. Assim, conclui-se que  Escala2     
5 12 Areal 25  10 6
 5000  Areal
a quantidade de habitantes do município que não
Assim, substituindo-se a área real do terreno,
foi infectada pelo sorotipo 4 é 15 720 – 262 = 15 458.
obtém-se:
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a quantidade de
habitantes do município, obtendo 15 720. Amaquete 1 809  10 6 809
  Amaquete    32, 36
809  10 25  10 25  10 6
6 6
25
11 C d) (F) Possivelmente, o aluno considerou o valor da área
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou o volume de água, real do terreno em m2 ao relacionar a escala com
em m³, utilizado pelos estudantes durante 1 dia, as áreas. Além disso, não elevou a escala ao qua-
obtendo, com o acréscimo de 10%, 1 500 ∙ 50 ∙ 1,10 ∙ drado, calculando:
0,001 = 82,5 m3. Amaquete 1 809  10 4
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou o volume de água,   Amaquete   1618
809  10
4
em m3, utilizado pelos estudantes durante 3 dias, 5000 5000
entretanto não considerou o acréscimo de 10%, e) (F) Possivelmente, o aluno converteu corretamente
obtendo 1 500 ∙ 50 ∙ 3 ∙ 0,001 = 225 m3. de m2 para dm2 a área real do terreno, obtendo
c) (V) O volume do reservatório é equivalente ao volume 809 · 106 dm2. No entanto, relacionou as áreas com
de água necessário para o consumo dos estudan- a escala de modo equivocado, sem elevá-la ao qua-
tes durante 3 dias acrescido de 10%, ou seja, é de drado. Assim, calculou:
1 500 ∙ 50 ∙ 3 ∙ 1,10 = 247 500 L. Ao transformar de L Amaquete 1 809  10 6
para m3 o volume encontrado, obtém-se 247 500 L =   Amaquete   161800
809  10
6
247 500 ∙ 0,001 m3 = 247,5 m3. 5000 5000

40
Matemática e suas Tecnologias

13 B b) (F) Possivelmente, o aluno concluiu corretamente


que os encontros ocorrem a cada 3 horas, totali-
a) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que o aumento zando 6 encontros ao longo do dia. No entanto,
percentual nos tipos de carne caprino, ovino e para determinar o horário do último encontro,
suíno foi o mesmo e, portanto, descartou esses três subtraiu 3 horas do horário final do expediente
tipos. No entanto, se equivocou ao comparar as (meia-noite), obtendo 21h.
1 1 1 1
frações e , considerando > , tendo em c) (V) Como o m.m.c.(60, 90) = 180, então os dois ôni-
17 20 20 17 bus se encontram no terminal a cada 180 minutos
vista que 20 > 17. Desse modo, concluiu que o tipo (3 horas). De 5h até 0h (meia-noite), há um intervalo
de carne fresca bovino dianteiro é o que apresenta de 19 horas. Como os encontros ocorrem a cada
a menor variação percentual do preço mínimo para 3 horas, tem-se:
o máximo. 19 3
b) (V) Para obter o tipo de carne fresca que apresenta a (1) 6
menor variação percentual do preço mínimo para o O quociente da divisão indica o número de encon-
máximo, deve-se calcular a variação de cada tipo. tros ao longo do dia, portanto há diariamente
Tipo Variação
6 encontros. Assim, a partir da saída às 5h, passam-
-se 6 · 3 = 18 horas até o sexto encontro. Logo, o
18  17 1 último encontro ocorre às 5h + 18h = 23h.
Bovino dianteiro   0, 06  6%
17 17
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que os encon-
21  20 1 tros ocorrem a cada 60 + 90 = 150 minutos. Além
Bovino traseiro   0, 05  5%
20 20 disso, para determinar o horário do último encon-
20  18 2 tro, subtraiu 150 minutos (2,5 horas) do horário final
Caprino   0, 11  11%
18 18 do expediente (meia-noite), obtendo 21h30min.
20  18 2 e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que os encon-
Ovino   0, 11  11% tros ocorrem a cada 60 + 90 = 150 minutos. Assim,
18 18
procedendo corretamente com o restante do
15  13, 5 1, 5 raciocínio, concluiu que seriam 7 encontros, com o
Suíno   0, 11  11%
13, 5 13, 5 último ocorrendo às 22h30min.
Com base na tabela, percebe-se que o tipo de
carne fresca bovino traseiro é o que apresenta a 15 C
menor variação percentual do preço mínimo para a) (F) Possivelmente, o aluno interpretou o texto de
o máximo. modo equivocado, considerando que cada filho
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou o 1
mais novo também recebeu da quantia dividida
tipo de carne fresca que apresenta a maior variação 3
percentual do preço mínimo para o máximo. Além pelo pai. Assim, calculou:
disso, acreditou que o tipo seria o caprino, pois
considerou que o aumento absoluto desse tipo de  1 1 2
    Q  180   Q  180  Q  R$ 270, 00 .
carne é o maior, desconsiderando que o tipo ovino  3 3  3
apresenta o mesmo aumento absoluto. 5
b) (F) Possivelmente, o aluno obteve a fração de , entre-
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou o 9
tipo de carne fresca que apresenta a maior variação 5
tanto calculou de R$ 180,00, obtendo R$ 100,00,
percentual do preço mínimo para o máximo. Além 9
disso, acreditou que o tipo seria o ovino, pois consi- e somou o valor obtido com os R$ 180,00, encon-
derou que o aumento absoluto desse tipo de carne trando R$ 280,00.
é o maior, desconsiderando que o tipo caprino 1
c) (V) Como o filho mais velho recebeu da quantia e
apresenta o mesmo aumento absoluto. 3
e) (F) Possivelmente, o aluno, ao perceber que a carne 1
cada um dos outros filhos mais novos recebeu do
que apresenta o menor preço mínimo é a do tipo 3
suíno, acreditou que esse é o tipo que apresenta a 2 
menor variação percentual do preço mínimo para o valor restante  da quantia , então cada filho mais
 3 
máximo.
1 2 2
novo recebeu   da quantia. Desse modo,
3 3 9
14 C somando as quantias recebidas pelo filho mais
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou o m.m.c. equivo- 1 2 5
velho e por um dos mais novos, tem-se   da
cadamente, considerando m.m.c.(60, 90) = 540. 3 9 9
Assim, procedendo corretamente com o restante quantia, o que corresponde a R$ 180,00. Conside-
do raciocínio, concluiu que haveria 2 encontros, rando Q a quantia, em real, dividida pelo pai entre
com o último ocorrendo às 23h. os quatro filhos, tem-se:

41
Matemática e suas Tecnologias

e) (F) Possivelmente, o aluno obteve a capacidade


5 9
 Q  180  Q   180  Q  R$ 324, 00 máxima real da piscina (160 m3), mas não conside-
9 5
rou que ela está com apenas 90% dessa capaci-
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que, como 2 filhos dade, concluindo, assim, que a quantidade de cloro
receberam um total de R$ 180,00, o valor total que que deverá ser utilizada é 4 · 160 = 640 g.
caberia aos 4 seria o dobro de R$ 180,00, ou seja,
R$ 360,00. 17 C
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que cada filho a) (F) Possivelmente, o aluno converteu equivocada-
mente 30 mm em 0,3 cm. Assim, concluiu que o
1 1  1
mais novo recebeu de  ou seja,  da quantia volume de resíduos sólidos encontrados na amos-
3 3  9 tra é V = 0,3 cm ∙ 4 cm ∙ 3 cm = 3,6 cm3 = 3,6 mL.
dividida pelo pai. Assim, calculou: Dessa forma, concluiu que o percentual de polui-
1 1 4 3, 6 mL
    Q  180   Q  180  Q  R$ 405, 00 . ção da amostra é de = 0=
600 mL
, 006 0, 6% e que,
3 9 9
portanto, o nível de poluição do rio é não poluído.
16 D b) (F) Possivelmente, o aluno converteu equivocada-
a) (F) Possivelmente, o aluno obteve a escala linear corre- mente 30 mm em 0,3 cm. Assim, concluiu que o
tamente (1 cm : 2 m), mas se equivocou ao montar volume de resíduos sólidos encontrados na amos-
tra é V = 0,3 cm ∙ 4 cm ∙ 3 cm = 3,6 cm3. Além disso,
1cm 20 cm3
a proporção, fazendo = ⇒ V = 40 m3. concluiu que o resultado obtido corresponde ao
2m V m3
percentual de poluição do rio e que, portanto, o
Assim, considerando que a piscina está com 90% de nível de poluição é leve.
sua capacidade máxima, calculou 90% · 40 = 36 m3 e c) (V) Como 30 mm = 3 cm, o volume de resíduos sólidos
concluiu que a quantidade de cloro que deverá ser encontrados na amostra é V = 3 cm ∙ 4 cm ∙ 3 cm =
utilizada é 4 · 36 = 144 g. 36 cm3 = 36 mL. Dessa forma, o percentual de
b) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a escala inade- 36 mL
poluição desse rio é de = 0= , 06 6%, o que
quadamente, montando a proporção como 600 mL
7, 5 cm2 20 cm3 corresponde ao nível de poluição médio.
  V  80 m3. Assim, considerando
30 m2 V m3 d) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
mente que o percentual de resíduos sólidos da
que a piscina está com 90% de sua capacidade
amostra é de 3 ∙ 4 = 12% e, desse modo, concluiu
máxima, calculou 90% · 80 = 72 m3 e concluiu que
que o nível de poluição do rio é alto.
a quantidade de cloro que deverá ser utilizada é
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
4 · 72 = 288 g. mente que o nível de poluição do rio é determinado
c) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a escala ina- de acordo com a altura atingida pelos resíduos sóli-
dequadamente, montando a proporção como dos. Como a altura atingida foi de 30 mm, concluiu
7, 5 cm2 20 cm3 que o nível de poluição do rio é crítico.
  V  80 m3 . Além disso, não
30 m2 V m3
considerou que a piscina está com apenas 90% de sua 18 C
capacidade máxima, concluindo, assim, que a quanti- a) (F) Possivelmente, o aluno interpretou equivocada-
dade de cloro que deverá ser utilizada é 4 · 80 = 320 g. mente que, por custarem o mesmo valor, as emba-
d) (V) A área do pátio, na planta baixa, é de 2,5 · 3 = 7,5 cm2, lagens das lojas A e B têm o mesmo custo por
correspondendo a 30 m2 nas dimensões reais. Rela- benefício.
cionando a área com a escala (E), tem-se: b) (F) Possivelmente, o aluno interpretou equivocadamente
que, por terem o mesmo volume, as embalagens das
A planta 7, 5 cm2 1 cm2 1 cm
E2     E lojas B e C têm o mesmo custo por benefício.
Areal 30 m2 4 m2 2m c) (V) Calculando-se o custo por benefício de cada emba-
Como, na maquete, a capacidade máxima da pis- lagem, obtém-se:
cina é de 20 mL = 20 cm3, obtém-se a capacidade
Embalagem Custo por benefício
real correspondente por meio da proporção:
R $ 30, 00
Vmaquete 1 cm3 20 cm3 A = R $ 15, 00 / L
E3     Vreal  160 m3 2L
Vreal 8 m3 Vreal
R $ 30, 00
B = R $ 10, 00 / L
A quantidade de cloro a ser aplicada corresponde 3L
a 4 g por m3 de água (pois 1 000 L = 1 m3). Assim,
R $ 20, 00
como a piscina está com apenas 90% de sua C ≅ R $ 6, 67 / L
3L
capacidade máxima (90% de 160 m3 = 144 m3), a
R $ 15, 00
quantidade de cloro que deverá ser utilizada é D = R $ 7, 50 / L
2L
4 · 144 = 576 g.

42
Matemática e suas Tecnologias

Embalagem Custo por benefício d) (V) Pela comparação dos resultados obtidos no pri-
meiro e no segundo ensaios, constata-se que a
R $ 10, 00 taxa de multiplicação diária da colônia de bac-
E ≅ R $ 6, 67 / L
1, 5 L térias foi dobrada ao se manter a umidade cons-
R $ 5, 00 tante e quadruplicar a temperatura. Como 4 = 2,
F = R $ 5, 00 / L
1L conclui-se que a taxa de multiplicação (M) é dire-
tamente proporcional à raiz quadrada da tem-
Com base na tabela apresentada, percebe-se que as peratura (T). Já pela comparação dos resultados
embalagens das lojas C e E apresentam o mesmo obtidos no segundo e no terceiro ensaios, cons-
custo por benefício. tata-se que a taxa de multiplicação foi reduzida
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e conside- à metade ao se manter a temperatura constante
rou as lojas em que as embalagens apresentam os 1
menores custos por benefício, obtendo C, E e F. e dobrar a umidade. Como 2 = , conclui-se que a
1
e) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que os pontos do 2
gráfico associados às embalagens das lojas D, E e taxa de multiplicação (M) é inversamente propor-
F estão alinhados e, dessa forma, interpretou que cional à umidade (U). Dessa forma, obtém-se a rela-
apresentam o mesmo custo por benefício.
T
ção M  k  .
U
19 D
e) (F) Possivelmente, o aluno relacionou corretamente a
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou apenas o índice taxa de multiplicação diária (M) e a temperatura (T),
do mês de junho de 2020, fazendo 1,25x = 1 034 ⇒ no entanto se equivocou e considerou que a taxa
x = 827,2. de multiplicação (M) é inversamente proporcional à
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou apenas o índice T
do mês de junho de 2020 e calculou um acréscimo raiz quadrada da umidade (U), obtendo M  k  .
U
de 25%, obtendo 1,25 ∙ 1 034 = 1 292,5.
c) (F) Possivelmente, o aluno concluiu equivocadamente 21 C
que o acúmulo do primeiro semestre de 2019 a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao calcular
equivale a 75% do acúmulo do primeiro semestre l 4l
de 2020. Assim, calculou 75% de 3 069, obtendo o comprimento da sexta corda, obtendo l   .
5 5
0,75 ∙ 3 069 ≅ 2 301,8. Assim, concluiu que a frequência do som emitido
d) (V) Sendo x o valor acumulado de janeiro a junho de 1 4 
3069 pela primeira nota é de    440   176 Hz .
2019, tem-se 1, 25 x  3069  x   x  2455, 2 . 2 5 
1, 25
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou equivocadamente b) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
125% do acumulado no primeiro semestre de 2020, vocado, que a frequência do som emitido pela
obtendo: 1,25 ⋅ 3 069 ≅ 3 836,3. sexta nota corresponde ao dobro da frequência do
som emitido pela primeira, concluindo que a fre-
1
20 D quência pedida é de  440  220 Hz.
2
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
c) (V) Sendo l o comprimento da oitava corda, o com-
que a taxa de multiplicação diária (M) é diretamente
l 6l
proporcional à raiz quadrada do produto entre a umi- primento da sexta corda é l   . Assim, con-
5 5
dade (U) e a temperatura (T), obtendo M  k  T  U . siderando a relação de dependência constatada
b) (F) Possivelmente, o aluno relacionou corretamente a por Pitágoras, conclui-se que a frequência do som
taxa de multiplicação diária (M) e a umidade (U), no 6
entanto considerou, de modo equivocado, que a emitido pela oitava nota é de  440  528 Hz.
5
taxa de multiplicação diária (M) é diretamente pro- Como as notas musicais da sequência seguem a afi-
porcional ao quadrado da temperatura (T), obtendo nação Pitagórica, constata-se que a frequência do
T2 1
Mk . som emitido pela primeira nota é de  528  264 Hz.
U 2
c) (F) Possivelmente, o aluno relacionou corretamente a d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a frequência do
taxa de multiplicação diária (M) e a umidade (U), som emitido pela oitava nota em vez da frequência
no entanto considerou, de modo equivocado, que do som emitido pela primeira. Além disso, consi-
a taxa de multiplicação diária (M) é diretamente derou, de modo equivocado, que a posição da
proporcional à temperatura (T) ao identificar que o nota na sequência é inversamente proporcional à
aumento na temperatura ocasiona um aumento na frequência do som emitido por ela, concluindo que
T 6
taxa de multiplicação, obtendo M  k  . a frequência da oitava nota é de  440  330 Hz .
U 8

43
Matemática e suas Tecnologias

e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e cal- d) (F) Possivelmente, o aluno associou o percentual de
culou a frequência pedida como sendo 6,38%, referente ao IOF, a US$ 6,38. Assim, con-
 1 4 cluiu que o valor total pago pela compra seria de
 1   440   440  352 Hz. (50 + 6,38) ∙ R$ 5,80 ≅ R$ 327,00.
 5 5
e) (F) Possivelmente, o aluno converteu corretamente
22 A
US$ 50,00 em real, no entanto se equivocou no cál-
a) (V) Sabe-se que o volume máximo aproximado de culo da porcentagem ao determinar o valor do acrés-
água presente em um coco é de 500 mL, que equi- cimo relativo ao IOF, fazendo 0,638 ∙ R$ 290,00 =
valem a 500 cm3. Assim, a água de um coco pode R$ 185,02. Assim, concluiu que o valor total pago pela
ser vendida de três formas pela companhia.
compra seria de R$ 290,00 + R$ 185,02 = R$ 475,02.
  Forma I: em 4 caixas pequenas, com faturamento
de 4 ⋅ R$ 2,50 = R$ 10,00.
  Forma II: em 2 caixas médias, com faturamento 24 D
de 2 ⋅ R$ 4,80 = R$ 9,60. a) (F) Possivelmente, o aluno calculou o crescimento
  Forma III: em 1 caixa grande, com faturamento absoluto em vez do crescimento percentual e, além
de 1 ⋅ R$ 7,10 = R$ 7,10. disso, realizou a subtração de forma equivocada,
Dessa forma, conclui-se que a primeira forma gera obtendo 488.
o maior faturamento, com vantagem máxima de
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou o crescimento
R$ 10,00 – R$ 7,10 = R$ 2,90.
absoluto em vez do crescimento percentual, encon-
b) (F) Possivelmente, o aluno concluiu corretamente que
o maior faturamento é gerado pela venda em cai- trando 709 – 321 = 388.
xas de tamanho pequeno, no entanto calculou a c) (F) Possivelmente, o aluno dividiu 709 por 321, encon-
vantagem máxima como sendo a diferença entre trando, aproximadamente, 2,21, e concluiu que o
os dois maiores valores de faturamento, obtendo raio mais extenso já registrado é 221% maior que o
R$ 10,00 – R$ 9,60 = R$ 0,40. anterior.
c) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que o preço da d) (V) Para obter o aumento percentual, deve-se realizar
caixa média é igual à média aritmética entre o uma comparação; assim, calcula-se a razão:
preço dos outros dois tamanhos de caixa, mas que,
em contrapartida, o volume de água presente na
caixa média é menor que a média aritmética entre o 709  321 388
  1, 21  121%
volume presente nos outros dois tamanhos. Assim, 321 321
imaginou que o tamanho de caixa que fornece o e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e, para calcu-
maior faturamento é o médio e que a vantagem lar o aumento percentual, fez:
máxima seria de R$ 4,80 – R$ 2,50 = R$ 2,30.
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a vantagem
máxima de forma correta, entretanto se equivocou 709  321 388
  0, 55  55%
e obteve o tamanho de caixa que gera o menor 709 709
faturamento em vez da que gera o maior.
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e obteve o 25 C
tamanho de caixa que gera o menor faturamento
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo
em vez do que gera o maior. Além disso, para
equivocado, que o total de médicos da capital
obter a diferença máxima no faturamento, calculou
brasiliense era de 10 196 – 6 662 = 3 534, obtendo
R$ 10,00 – R$ 9,60 = R$ 0,40.
338 3534 3534  100 000 3534  10 5
 x  
100 000 x 338 338
23 C
a) (F) Possivelmente, o aluno converteu corretamente 05  10 6.
x  10, 5  10 5  1,0
US$ 50,00 em real, no entanto desconsiderou o b) (F) Possivelmente, o aluno considerou o número
acréscimo relativo ao imposto sobre operações de médicos do SUS em vez do número total
financeiras (IOF). de médicos da capital brasiliense, obtendo
b) (F) Possivelmente, o aluno converteu corretamente
338 6662 6662  100 000 6662  10 5
US$ 50,00 em real, no entanto se equivocou no cál-  x  
culo da porcentagem ao determinar o valor do acrés- 100 000 x 338 338
cimo relativo ao IOF, fazendo 0,00638 ∙ R$ 290,00 = 97  10 6.
x  19, 7  10 5  1,9
R$ 1,85. Assim, concluiu que o valor total pago pela
c) (V) De acordo com o texto, Brasília possui 10 196 médi-
compra seria de R$ 290,00 + R$ 1,85 = R$ 291,85.
cos na proporção de 338 para cada 100 mil habitan-
c) (V) O valor total da compra foi de US$ 50,00. Conver-
tendo para real, segundo a cotação do dólar de tes. Dessa forma, sendo x a quantidade de habitan-
R$ 5,80 no dia da compra, obtém-se 50 ∙ R$ 5,80 = tes de Brasília, obtém-se:
R$ 290,00. O acréscimo relativo ao IOF corresponde 338 10196 10196  100 000 10196  10 5
 x  
a 6,38% de R$ 290,00, ou seja, 0,0638 ∙ R$ 290,00 ≅ 100 000 x 338 338
R$ 18,50. Portanto, o valor total pago pela compra
foi R$ 290,00 + R$ 18,50 = R$ 308,50. x  30, 2  10 5  3, 02  10 6

44
Matemática e suas Tecnologias

d) (F) Possivelmente, o aluno considerou a proporção Por fim, fazendo uma rotação de 90° da última figura
de médicos de São Paulo em vez da de Brasília, (na parte inferior e à esquerda), no sentido anti-horá-
obtendo: rio e em torno de seu próprio centro, tem-se:
y
260 10196 10196  100 000 10196  10 5
 x  
100 000 x 260 260
x  39, 2  10 5  3, 92  10 6
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo
equivocado, que o total de médicos de Bra-
x
sília era de 10 196 + 6 662 = 16 858, obtendo O
338 16858 16858  100 000 16858  10 5
 x  
100 000 x 338 338
x  49, 9  10 5  4, 99  10 6.

Matemática 2 02 C
a) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e trocou a
01 E posição do destaque central com a posição dos
a) (F) Possivelmente, o aluno realizou as duas reflexões destaques das pontas.
corretamente, porém considerou uma rotação de b) (F) Possivelmente, o aluno não se atentou ao formato
90° em torno do ponto O (interseção dos eixos), do destaque central, desconsiderando que este
além de confundir sentido anti-horário com sentido deveria ter o formato de um quadrado.
horário na transformação 3. c) (V) Como as folhas têm formato quadrangular e são
b) (F) Possivelmente, o aluno realizou as duas reflexões centradas no ponto O, conclui-se que, após a
corretamente, porém considerou uma rotação de dobradura delas, a figura obtida terá a forma de um
90° no sentido anti-horário em torno do ponto O quadrado com um dos vértices no ponto O. Dessa
(interseção dos eixos) na transformação 3. forma, para se retirar o destaque central, deve-se
c) (F) Possivelmente, o aluno realizou as duas reflexões cortar um quadrado com um dos vértices no ponto
corretamente, porém confundiu sentido anti-horá- O. Como os destaques das pontas têm a forma de
rio com sentido horário na transformação 3. triângulos congruentes entre si, constata-se que,
d) (F) Possivelmente, o aluno realizou as duas reflexões
para retirá-los, devem-se cortar triângulos do vér-
corretamente, porém considerou uma rotação de
tice oposto ao vértice O. A figura a seguir ilustra
180° na transformação 3.
o processo descrito e, portanto, é a que melhor
e) (V) Após a primeira transformação (reflexão em torno
do eixo x), tem-se: representa a solução encontrada pela equipe de
y organização.

x
O

d) (F) Possivelmente, o aluno não se atentou ao formato


do destaque central e, além disso, desconsiderou
que o ponto O deveria ser o centro da folha e, con-
Em seguida, após a segunda transformação (reflexão sequentemente, do destaque central.
em torno do eixo y), encontra-se: e) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou que o ponto
y
O deveria ser o centro da folha e, consequente-
mente, do destaque central.
C

03 E
x a) (F) Possivelmente, o aluno não compreendeu o texto
O e, assim, concluiu que a opção mais econômica
seria continuar com o modelo de caixa atual.
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
que o modelo a ser escolhido pela empresa seria
aquele cujo volume é o menor, obtendo o modelo 2.

45
Matemática e suas Tecnologias

c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou Desse modo, concluiu que o comprimento da cir-
que o modelo a ser escolhido pela empresa seria cunferência do cano menor em função de R é:
aquele cuja área superficial é a maior, obtendo o C  2r  2  [2R  ( 2  1)]  4 R ( 2  1)
modelo 3. b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
d) (F) Possivelmente, após identificar os modelos que C1C3 = 2R + r e C1C2 = C2C3 = R. Além disso, equi-
possuem o mesmo volume do modelo 1 (mode-
vocou-se no desenvolvimento da equação oriunda
los 3, 4 e 5), o aluno calculou a área superficial
da aplicação do Teorema de Pitágoras, obtendo:
do modelo 5 corretamente, obtendo 216 cm2; no
(C1C3)2 = (C1C2)2 + (C2C3)2
entanto, calculou a área dos demais apenas pelo
(2R + r)2 = R2 + R2
produto dois a dois de suas dimensões, esquecen-
do-se de multiplicar o resultado encontrado por 2 e (2R + r)2 = 2R2
obtendo: 2R  r  R 2
Amodelo 1 = 8 cm ∙ 9 cm + 8 cm ∙ 3 cm + 9 cm ∙ 3 cm = r  R 2  2R
123 cm2 r  R  ( 2  2)
Amodelo 3 = 6 cm ∙ 12 cm + 6 cm ∙ 3 cm + 12 cm ∙ 3 cm = Assim, concluiu que o comprimento da cir-
126 cm2 cunferência do cano menor em função de R é
Amodelo 4 = 6 cm ∙ 9 cm + 6 cm ∙ 4 cm + 9 cm ∙ 4 cm = C  2r  2R  ( 2  2).
114 cm2 c) (F) Possivelmente, o aluno considerou corretamente
Assim, concluiu que o modelo de caixa escolhido C1C3 = 2R + 2r e C1C2 = C2C3 = 2R, no entanto se
pela empresa seria o de número 4, pois seria o que equivocou no desenvolvimento da equação oriunda
possui o mesmo volume do modelo atual e a menor da aplicação do Teorema de Pitágoras, obtendo:
área superficial. (C1C3)2 = (C1C2)2 + (C2C3)2
e) (V) O volume do modelo atual de caixa vale Vmodelo 1 = (2R + 2r)2 = (2R)2 + (2R)2
8 cm ∙ 9 cm ∙ 3 cm = 216 cm3. Calculando o volume (2R + 2r)2 = 2 · (2R)2
dos novos modelos propostos, obtém-se:
(2R + 2r)2 = 8R2
Vmodelo 2 = 7 cm ∙ 9 cm ∙ 3 cm = 189 cm3
2R  2r  2R 2
Vmodelo 3 = 6 cm ∙ 12 cm ∙ 3 cm = 216 cm3
Vmodelo 4 = 6 cm ∙ 9 cm ∙ 4 cm = 216 cm3 2r  2R 2  2R
Vmodelo 5 = 6 cm ∙ 6 cm ∙ 6 cm = 216 cm3 r  R  ( 2  1)
Assim, concluiu que o comprimento da cir-
Portanto, entre os novos modelos propostos, ape- cunferência do cano menor em função de R é
nas os modelos 3, 4 e 5 possuem o mesmo volume
C  2r  2R  ( 2  1).
do modelo atual. Assim, para identificar qual deverá
ser o modelo escolhido pela empresa, calcula-se a d) (V) Traçando-se os segmentos C1C2, C1C3 e C2C3 que
área superficial de cada um deles. ligam os centros C1, C2 e C3 de três dos quatro
Amodelo 1 = 2 ∙ (8 cm ∙ 9 cm + 8 cm ∙ 3 cm + 9 cm ∙ 3 cm) = canos, tem-se a figura:
2 ∙ 123 = 246 cm2
Amodelo 3 = 2 ∙ (6 cm ∙ 12 cm + 6 cm ∙ 3 cm + 12 cm ∙ 3 cm) =
C3
2 ∙ 126 = 252 cm2
Amodelo 4 = 2 ∙ (6 cm ∙ 9 cm + 6 cm ∙ 4 cm + 9 cm ∙ 4 cm) =
2 ∙ 114 = 228 cm2
Amodelo 5 = 2 ∙ (6 cm ∙ 6 cm + 6 cm ∙ 6 cm + 6 cm ∙ 6 cm) =
2 ∙ 108 = 216 cm2
C1 C2
Logo, como o modelo 5 possui o mesmo volume
do modelo atual e a menor área superficial, conclui-
-se que esse será o modelo de caixa escolhido pela
empresa. Como o segmento C1C3 passa pelo centro da cir-
cunferência menor, conclui-se que C1C3 = 2R + 2r,
04 D em que r é o raio da circunferência menor. Além
disso, pode-se escrever C1C2 = C2C3 = 2R. O triân-
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
gulo de vértices C1, C2 e C3 é retângulo, e, portanto,
C1C3 = 2R + r. Assim, aplicando o Teorema de Pitá-
pode-se aplicar o Teorema de Pitágoras.
goras, obteve:
(C1C3)2 = (C1C2)2 + (C2C3)2 (C1C3)2 = (C1C2)2 + (C2C3)2
(2R + r)2 = (2R)2 + (2R)2 (2R + 2r)2 = (2R)2 + (2R)2
(2R + r)2 = 2 · (2R)2 (2R + 2r)2 = 2 · (2R)2
(2R + r)2 = 8R2 (2R + 2r)2 = 8R2
2R  r  2R 2 2R  2r  2R 2
r  2R 2  2R 2r  2R 2  2R
r  2R  ( 2  1) r  R  ( 2  1)

46
Matemática e suas Tecnologias

Como se deseja encontrar o comprimento da cir- e) (V) A capacidade da embalagem original é de Voriginal =
cunferência do cano menor, de raio r, calcula-se: 6 · 8 · 12 = 576 cm3. Para descobrir qual dos cinco
C  2r  2R  ( 2  1) modelos de embalagem possui essa mesma capa-
cidade, calcula-se:

Portanto, o comprimento da circunferência do cano
Vmodelo 1 = a3 = 163 = 4 096 cm3
menor em função de R é C  2r  2R  ( 2  1).
 Vmodelo 2 = a3 = 183 = 5 832 cm3
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
 Vmodelo 3 = a3 = 243 = 13 824 cm3
C1C3 = 2R + r e C1C2 = C2C3 = R. Assim, aplicando o
 Vmodelo 4 = πr2h = 3 · 42 · 9 = 432 cm3
Teorema de Pitágoras, encontrou:
(C1C3)2 = (C1C2)2 + (C2C3)2
 Vmodelo 5 = πr2h = 3 · 42 · 12 = 576 cm3
Dessa forma, conclui-se que o modelo de emba-
(2R + r)2 = R2 + R2
lagem 5 é o que possui a mesma capacidade da
(2R + r)2 = 2R2 embalagem original e, portanto, esse foi o modelo
2R  r  R 2 escolhido na votação.
r  R 2  2R
r  R  ( 2  2) 06 C
Desse modo, concluiu que o comprimento da a) (F) Possivelmente, o aluno confundiu as fórmulas da
circunferência do cano menor em função de R é área e do comprimento da circunferência, calculando
2 · 3,14 · 50 = 314 m2.
C  2r  2R ( 2  2).
b) (F) Possivelmente, o aluno confundiu as fórmulas da
área e do comprimento da circunferência, além de
05 E utilizar a medida do diâmetro em vez da do raio.
Assim, calculou 2 · 3,14 · 100 = 628 m2.
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a c) (V) Segundo o texto, a primeira fase de construção do
capacidade da embalagem original, obtendo Voriginal = monumento compreendia uma área circular de 100 m
6 · 8 · 12 = 576 cm3; no entanto, considerou que a de diâmetro, ou seja, de 50 m de raio. Logo, a
raiz cúbica de 576 é 16 e, dessa forma, concluiu que medida dessa área é πr2 = 3,14 · 502 = 3,14 · 2 500 =
o modelo de embalagem 1 é o que possui a mesma 7 850 m2.
capacidade da embalagem original. Assim, consi- d) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a medida do diâme-
derou que o modelo 1 foi o escolhido na votação. tro em vez da do raio ao aplicar a fórmula da área,
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a calculando 3,14 · 1002 = 3,14 ∙ 10 000 = 31 400 m2.
capacidade da embalagem original, obtendo Voriginal = e) (F) Possivelmente, o aluno dobrou, ao invés de dividir
6 · 8 · 12 = 576 cm3; no entanto, considerou que a por 2, a medida do diâmetro para obter o raio. Assim,
raiz cúbica de 576 é 18 e, dessa forma, concluiu que calculou 3,14 · 2002 = 3,14 ∙ 40 000 = 125 600 m2.
o modelo de embalagem 2 é o que possui a mesma
capacidade da embalagem original. Assim, consi- 07 B
derou que o modelo 2 foi o escolhido na votação. a) (F) Possivelmente, o aluno calculou a medida corre-
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a tamente, entretanto se equivocou e converteu de
capacidade da embalagem original, obtendo Voriginal = centímetro para polegada a medida encontrada,
6 · 8 · 12 = 576 cm3; no entanto, considerou que a obtendo x = 75 cm = 30".
b) (V) Convertendo-se de polegada para centímetro a
raiz cúbica de 576 é 24 e, dessa forma, concluiu que
medida da diagonal, obtém-se 50" = 50 ∙ 2,50 =
o modelo de embalagem 3 é o que possui a mesma
125 cm. Sendo x a medida da altura da tela do
capacidade da embalagem original. Assim, consi-
televisor, como o comprimento da tela mede 100
derou que o modelo 3 foi o escolhido na votação. cm, pelo Teorema de Pitágoras, tem-se:
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a x2 + 1002 = 1252 ⇒ x2 + 10 000 = 15 625 ⇒ x2 = 5 625 ⇒
capacidade da embalagem original, obtendo Voriginal = x = 75 cm
6 · 8 · 12 = 576 cm3; no entanto, não considerou c) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
o valor de π na fórmula do cálculo do volume do mente o comprimento do televisor como a hipo-
cilindro e, além disso, utilizou 8 cm como valor do tenusa do triângulo retângulo e, além disso, não
raio, obtendo: converteu de polegada para centímetro a medida
 Vmodelo 1 = a3 = 163 = 4 096 cm3 da diagonal. Dessa forma, pelo Teorema de Pitágo-
 Vmodelo 2 = a3 = 183 = 5 832 cm3 ras, obteve x2 + 502 = 1002 ⇒ x2 + 2 500 = 10 000 ⇒

 Vmodelo 3 = a3 = 243 = 13 824 cm3 x2 = 7 500 ⇒ x ≅ 86,6 cm.

 Vmodelo 4 = r2h = 82 · 9 = 576 cm3 d) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-

 Vmodelo 5 = r2h = 82 · 12 = 768 cm3


mente a altura do televisor como a hipotenusa do
triângulo retângulo e, além disso, não converteu de
Assim, concluiu que o modelo de embalagem 4 é polegada para centímetro a medida da diagonal.
o que possui a mesma capacidade da embalagem Dessa forma, pelo Teorema de Pitágoras, obteve
original e que, portanto, esse foi o modelo esco- x2 = 502 + 1002 ⇒ x2 = 2 500 + 10 000 ⇒ x2 = 12 500 ⇒
lhido na votação. x ≅ 111,8 cm.

47
Matemática e suas Tecnologias

e) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- para fabricar cada pingente é 3 ∙ 4,5 = 13,5 cm.
mente a altura do televisor como a hipotenusa do Portanto, o custo de fabricação de um pingente é
triângulo retângulo. Dessa forma, pelo Teorema de de 13,5 ∙ R$ 4,20 = R$ 56,70.
Pitágoras, obteve x2 = 1002 + 1252 ⇒ x2 = 10 000 + e) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a fórmula do com-
15 625 ⇒ x2 = 25 625 ⇒ x ≅ 160,1. primento de uma circunferência sem a dividir por 2.
Assim, obteve que o custo de fabricação de um
08 B pingente é de 2 ∙ R$ 56,70 = R$ 113,40.
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou como eixos de
simetria apenas as diagonais que passam pelo cen- 10 A
tro do polígono, obtendo 4.
a) (V) As diagonais que representam eixos de simetria
b) (V) Há 4 eixos de simetria correspondentes às media-
são as diagonais que passam pelo centro do polí-
trizes de dois lados paralelos entre si e 4 eixos de
simetria que correspondem às diagonais que pas- gono regular; no caso do icoságono regular, são
sam pelo centro do polígono, totalizando 8 eixos 20
= 10 diagonais.
de simetria, conforme indicado na figura a seguir. 2
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equi-
F E vocada, que todos os eixos de simetria são diago-
nais, dessa forma calculou o número de eixos de
G D simetria de um icoságono regular e obteve 20.
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equi-
vocada, que a metade do total de diagonais de um
polígono regular é também eixo de simetria, assim
H C 170
obteve = 85.
2
A B d) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equi-
vocada, que os eixos de simetria são as diagonais
que não passam pelo centro do polígono regular,
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a quanti-
dessa forma obteve 170 – 10 = 160.
dade de mediatrizes seria 8 (uma para cada lado)
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equi-
e que a quantidade de diagonais que passam pelo
vocada, que todas as diagonais de um polígono
centro seria 4, totalizando 12 eixos de simetria.
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a quanti- regular são eixos de simetria. Assim, calculou o
dade de mediatrizes seria 8 (uma para cada lado) total de diagonais de um icoságono regular e
e que a quantidade de diagonais que passam pelo n  (n  3) 20  17
obteve   170.
centro seria 8 (uma para cada vértice), totalizando 2 2
16 eixos de simetria.
11 B
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a quan-
tidade de eixos de simetria é igual à quanti- a) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o ângulo α
dade de diagonais de um octógono, obtendo seria o suplementar de 135°, ou seja, 45°.
8  (8  3) 8  5 b) (V) Prolongando o segmento DE, no sentido de D, até
  20 .
2 2 um ponto H em AB, tem-se:

A
09 D
a) (F) Possivelmente, o aluno confundiu o custo com a 120°
quantidade de fio utilizada, obtendo 3 ∙ 4,5 = R$ 13,50. F
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou o custo de fabri-
cação de apenas uma semicircunferência, fazendo 130°
D
4,5 ∙ R$ 4,20 = R$ 18,90. H
c) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a fórmula do com- E
130° 135°
primento de uma circunferência sem a dividir por
2, fazendo C = 2 ∙ 3 ∙ 1,5 = 9 cm. Além disso, 135°
a 45°
calculou o custo de fabricação de apenas uma B
C
semicircunferência, fazendo 9 ∙ R$ 4,20 = R$ 37,80.
d) (V) O comprimento de uma semicircunferência Da figura, percebe-se que:
de raio r é dado por C = πr. Como o raio das
I. O ângulo interno C  do polígono ABCDEF mede
semicircunferências que formam o pingente é
igual a 1,5 cm, o comprimento de cada uma 45°, pois é o suplementar de 135°.
delas é C = 3 ∙ 1,5 = 4,5 cm. Assim, como cada II. Como os segmentos BC e DE são paralelos, o
ângulo de 135° e o ângulo CDH são alternos inter-
pingente é formado por três semicircunferên-
cias côngruas, a quantidade de fio utilizado nos e, portanto, congruentes.

48
Matemática e suas Tecnologias

III. Como os segmentos AB e EF são paralelos, o modo, concluiu que a diferença, em módulo, entre
ângulo de 130° e o ângulo BHD  são alternos inter- os números obtidos nas duas transformações é
nos e, portanto, congruentes. |5 821 – 1 285| = |4 536| = 4 536.
Logo, como a soma dos ângulos internos de um
trapézio (quadrilátero) vale 360°, obtém-se: 13 E
α + 130° + 135° + 45° = 360° ⇒ α = 50°
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a soma dos ângu- a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas
los internos de um polígono convexo de 6 lados, calculou a área lateral das embalagens do atual
Si = (6 – 2) · 180° = 720°, desconsiderando que o polí- modelo, obtendo 150 cm2.
gono correspondente é côncavo. Em seguida, obser- b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou o
  45 e que D  315, calculou: volume das embalagens do atual modelo, obtendo:
vando que C
Vatual = 3 ∙ 2,52 ⋅ 10 = 187,5 cm3
120° + α + 45° + 315° + 130° + F = 720° ⇒ α + F = 110° c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
Por fim, considerou que F   e concluiu que área lateral do novo modelo de embalagem em vez
110 do volume, obtendo 300 cm2.
  55 . d) (F) Possivelmente, o aluno concluiu que o volume
2
dobraria, já que a nova embalagem é construída
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o ângulo α
pela junção das superfícies laterais de duas embala-
seria o suplementar de 120°, ou seja, 60°.
gens do atual modelo. Assim, calculou o volume da
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a soma dos ângu-
los internos de um polígono convexo de 6 lados, embalagem do atual modelo e multiplicou por 2 o
Si = (6 – 2) · 180° = 720°, desconsiderando que o resultado obtido, encontrando Vatual = 3 ∙ 2,52 ∙ 10 =
polígono correspondente é côncavo. Em seguida, 187,5 cm3 e Vnovo = 2 ∙ Vatual = 2 ∙ 187,5 = 375 cm3.
  45 e que D   315, considerou e) (V) A altura do atual modelo de embalagens não
observou que C sofrerá modificação, portanto, para descobrir o
equivocadamente que F  45 e calculou 120° + α + volume do novo modelo, precisa-se encontrar a
45° + 315° + 130° + 45° = 720° ⇒ α = 65°. medida do raio da base das novas embalagens.
12 B Sendo A a área lateral do atual modelo de embala-
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou que os números gens, tem-se A = 2 ∙ 3 ∙ 2,5 ∙ 10 = 150 cm2. Sabe-se
obtidos nas duas transformações seriam iguais e que, que a área lateral do novo modelo de embalagem
portanto, a diferença entre eles seria igual a zero. será igual ao dobro da área lateral do atual modelo,
ou seja, 300 cm2. Assim, sendo S a área lateral e r o
b) (V) O número obtido na primeira transformação é 1 582, raio do novo modelo de embalagem, tem-se:
visto que as reflexões dos algarismos 1 e 8 têm como
300
resultados os mesmos algarismos 1 e 8, e as refle- S  2  3  r  10  300  60r  300  r   5 cm
60
xões dos algarismos 2 e 5 têm como resultados 5 e
2, respectivamente. Na segunda transformação, o Portanto, o volume do novo modelo de embala-
número obtido é 1 285, pois a rotação de um número gem será Vnovo = πr2h = 3 ∙ 52 ∙ 10 = 750 cm3.
em 180° equivale a reescrever os seus algarismos em
ordem inversa. Portanto, a diferença, em módulo, 14 B
entre os números obtidos nas duas transformações é a) (F) Possivelmente, o aluno acreditou que os ângulos α,
|1 582 – 1 285| = |297| = 297. β, θ e ϕ, nessa ordem, formam uma progressão arit-
c) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente o mética (P.A.). Assim, considerou que a soma entre
resultado da segunda transformação, mas reali- quaisquer dois termos equidistantes é constante,
zou a reflexão dos algarismos do número 5 821 obtendo α + ϕ = β + θ.
isoladamente, de modo a obter o número 2 851 b) (V) Observe a figura a seguir.
como resultado da primeira transformação. Dessa
forma, concluiu que a diferença, em módulo, entre
os números obtidos nas duas transformações é ξ
α λ
|2 851 – 1 285| = |1 566| = 1 566.
d) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente o
resultado da primeira transformação, mas inter-
pretou equivocadamente que o número obtido ϕ
λ δ
na segunda transformação era igual a 5 821. Desse
modo, concluiu que a diferença, em módulo, entre
os números obtidos nas duas transformações é
|1 582 – 5 821| = |–4 239| = 4 239. θ
φ
e) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente o
resultado da segunda transformação, mas inter- b
pretou de modo equivocado que o número obtido
na primeira transformação era igual a 5 821. Desse

49
Matemática e suas Tecnologias

Considerando as relações entre os ângulos corres- 16 A


pondentes, alternos internos e suplementares, con-
clui-se que: a) (V) Pela figura, pode-se identificar 4 pares de triângulos
congruentes, pelo caso A.L.A. (Ângulo-Lado-Ângulo):
    (I, II), (I, V), (II, V) e (VI, VIII). Dessa forma, cada estudante
       
  possuía inicialmente, no mínimo, 4 opções distintas
 
 para atingir o objetivo.
    
  180     180   b) (F) Possivelmente, o aluno identificou que há 4 pares
de triângulos congruentes, entretanto se equivocou
Observando que λ + ϕ + δ = 180° e realizando as e considerou que a quantidade de opções solicitada
substituições necessárias, obtém-se: seria dada pela combinação de 4 elementos tomados
λ + ϕ + δ = 180° ⇒ (180° – α) + ϕ + (θ + β) = 180° ⇒ 4! 4  3
α=β+θ+ϕ 2 a 2, obtendo C4 ,2    6.
2!2! 2
c) (F) Possivelmente, o aluno associou a relação entre os
c) (F) Possivelmente, o aluno identificou que há 4 pares de
ângulos com a soma dos ângulos internos de um
triângulos congruentes, entretanto se equivocou e
triângulo, obtendo α + β + θ + ϕ = 180°.
d) (F) Possivelmente, o aluno associou a relação entre os considerou que a quantidade de opções solicitada
ângulos com a soma dos ângulos externos de um seria o dobro da quantidade identificada, obtendo
triângulo, obtendo α + β + θ + ϕ = 360°. 2 ∙ 4 = 8.
e) (F) Possivelmente, o aluno, ao considerar os cinco d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o par (III, VIII)
gomos, associou a relação entre os ângulos com a também seria um par de triângulos congruentes,
soma dos ângulos internos de um pentágono con- totalizando 5 pares. Além disso, considerou que a
vexo, obtendo α + β + θ + ϕ = 540°. quantidade de opções solicitada seria o dobro da
quantidade de pares identificada, obtendo 2 ∙ 5 = 10.
15 A e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
vocado, que a quantidade de opções solicitada
a) (V) No processo de pulverização, o volume do medica-
seria dada pela combinação de 8 elementos toma-
mento se conserva, então o volume do comprimido
8! 8  7
cúbico original é igual à soma dos volumes dos mil dos 2 a 2, obtendo C8 ,2    28 .
grãos cúbicos finais. Sendo A a medida da aresta 2!6! 2
do cubo original e a a medida da aresta dos grãos 17 D
cúbicos, tem-se A³ = 1 000a³ ⇒ A = 10a. Portanto,
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou a medida do
obtém-se:
ângulo agudo do trapézio em vez da medida do
  Área da superfície de contato na versão antiga:
ângulo obtuso, obtendo 45°.
6A2 = 6 ∙ (10a)2 = 600a2
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou a medida de um
  Área da superfície de contato na nova versão:
ângulo interno do quadrado em vez da medida do
1 000 · 6a2 = 6 000a2
Dessa forma, a área da superfície de contato na nova 360 o
ângulo obtuso do trapézio, obtendo = 90°.
versão do medicamento equivale a 10 vezes a área 4
da superfície de contato na versão antiga, o que c) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
ocasiona uma velocidade de reação equivalente a vocado, que a medida do ângulo agudo do trapé-
10 vezes a antiga, pois foi considerado que a relação zio vale 60°; assim, concluiu que o ângulo obtuso
entre as grandezas é de proporcionalidade direta. mede 180° – 60° = 120°.
b) (F) Possivelmente, o aluno encontrou corretamente d) (V) Sendo x a medida do ângulo agudo de cada um
que a velocidade de reação na nova versão equi- dos trapézios que dá forma às peças e y a medida
vale a 10 vezes a velocidade de reação na versão do ângulo obtuso, tem-se a seguinte representa-
anterior, no entanto acreditou que deveria elevar ção gráfica.
esse resultado ao quadrado, já que a velocidade é
diretamente proporcional à área.
c) (F) Possivelmente, o aluno encontrou corretamente
que a área da superfície de contato na versão antiga
é 600 vezes a área de uma face do grão cúbico, no
entanto se confundiu e associou esse resultado à
resposta correta.
d) (F) Possivelmente, o aluno acreditou equivocada-
x
mente que, por haver mil cubos na nova versão e x y yx
apenas um na versão antiga, a velocidade de rea-
Como a medida do ângulo interno de um qua-
ção na nova versão seria equivalente a 1 000 vezes a o
velocidade de reação na versão antiga. drado vale 360 = 90°, tem-se 2x = 90° ⇒ x = 45°.
e) (F) Possivelmente, o aluno encontrou corretamente 4
que a área da superfície de contato na nova versão Sabendo que a soma dos ângulos internos de um
é 6 000 vezes a área de uma face do grão cúbico, no trapézio (quadrilátero) vale 360°, conclui-se:
entanto se confundiu e associou esse resultado à 2x + 2y = 360° ⇒ x + y = 180° ⇒ y = 180° – x ⇒
resposta correta. y = 180° – 45° ⇒ y = 135°

50
Matemática e suas Tecnologias

e) (F) Possivelmente, o aluno obteve o ângulo obtuso do d) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a área
trapézio, no entanto se equivocou e calculou o reple- lateral do tronco de cone, obtendo AT = 4 500 cm2,
mento desse ângulo, obtendo 360° – 135° = 225°. no entanto, ao calcular a quantidade de peças
de cada material, trocou os valores, encontrando
18 C 8 peças do tipo A e 9 peças do tipo B. Assim, con-
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi- cluiu que, usando o material do tipo A, o custo seria
vocado, que o tamanho da aliança corresponde à de R$ 24,00 e, usando o material do tipo B, o custo
medida de sua circunferência interna. seria de R$ 31,50. Dessa forma, constatou que, para
b) (F) Possivelmente, o aluno obteve o diâmetro interno ter o menor custo, deveriam ser compradas 8 peças
de uma aliança de tamanho 14 em vez da medida do material do tipo A.
da circunferência interna dela, obtendo 16,20 mm. e) (V) A área lateral (AL) de um tronco de cone é dada por
c) (V) De acordo com a tabela, uma aliança de tamanho 14 AL = π ∙ g ∙ (R + r), em que g representa a geratriz e
tem 16,20 mm de diâmetro interno. Dessa maneira, R e r representam os raios das bases do tronco de
16, 20 cone. Percebe-se que a medida da geratriz (g) do
o raio interno dela mede = 8,10 mm. Para tronco de cone que dá forma à luminária é igual à
2
obter a medida da circunferência interna da aliança, medida da hipotenusa de um triângulo retângulo
calcula-se: de catetos medindo 18 cm e 24 cm, ou seja:
C = 2πr = 2 ∙ 3,14 ∙ 8,10 ≅ 50,9 mm g2 = 182 + 242 ⇒ g2 = 900 ⇒ g = 30 cm
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi- Dessa forma, a área lateral da luminária é AL = 3 ∙ 30 ∙
vocado, que o tamanho da aliança corresponde ao (34 + 16) = 4 500 cm2. Assim, usando o material do
raio da circunferência interna dela, obtendo C = 2 ∙ 4 500
tipo A, serão necessárias = 9 peças com custo
3,14 ∙ 14 ≅ 87,9 mm. 500
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi- total de 9 ⋅ R$ 3,00 = R$ 27,00 e, usando o material
vocado, que a medida de 16,20 mm corresponde 4 500
do tipo B, serão necessárias = 7, 5 peças. No
ao raio da circunferência interna da aliança em 600
vez de ao diâmetro, obtendo C = 2 ∙ 3,14 ∙ 16,20 ≅ entanto, como são vendidas apenas peças comple-
101,7 mm. tas, deverão ser compradas 8 peças do material do
tipo B com custo total de 8 ⋅ R$ 3,50 = R$ 28,00.
19 E Portanto, para ter o menor custo, deve-se comprar
9 peças do material refletivo do tipo A.
a) (F) Possivelmente, o aluno verificou que o material do
tipo B tem o menor custo por cm2, assim conside-
20 B
rou que esse seria o tipo de material que forneceria
o menor custo. Em seguida, para obter a quanti- a) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
dade de peças necessárias, calculou a área lateral vocado, que há 13 espaçamentos entre os 13 peda-
do tronco de cone, obtendo 4 500 cm2, e dividiu ços da barra de chocolate. Assim, concluiu que o
o resultado encontrado por 600, encontrando 7,5, volume livre gerado por cada um deles seria de
entretanto arredondou o resultado obtido para o 20, 4
≅ 1, 57 cm3 .
menor inteiro mais próximo, obtendo 7. 13
b) (F) Possivelmente, o aluno verificou que o material do b) (V) O volume total de cada caixa é dado por V = Abase ∙ h,
tipo B tem o menor custo por cm2, assim conside- em que h representa a altura dela. Como a base
rou que esse seria o tipo de material que forneceria de um prisma regular é um polígono regular, con-
o menor custo. Em seguida, para obter a quanti- clui-se que a base de cada caixa tem a forma de
dade de peças necessárias, calculou a área lateral um triângulo equilátero, cuja área pode ser calcu-
do tronco de cone, obtendo 4 500 cm2, e dividiu o
l2 3
resultado encontrado por 600, encontrando 7,5, e lada pela fórmula A = , em que l é a medida da
4
concluiu que seriam necessárias 8 peças do mate-
rial do tipo B. aresta da base. Assim, obtém-se:
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a área total do V = Abase ∙ h
tronco de cone em vez da área lateral e, além disso, l2 3
fez R = 24 cm e r = 18 cm, obtendo: V  4
h
AT = π ∙ [R2 + g ∙ (R + r) + r2]
AT = 3 ∙ [242 + 30 ∙ (24 + 18) + 182] 42 3
V  15
AT = 6 480 cm2 4
Assim, concluiu que, usando o material do tipo A,
V  60 3  60  1, 7  102 cm
3

seriam necessárias 13 peças com custo total de


R$ 39,00 e, usando o material do tipo B, seriam Conforme as normas da empresa, o volume livre
necessárias 11 peças, com custo total de R$ 38,50. 1
deve equivaler a do volume total da caixa. Assim,
Dessa forma, constatou que, para ter o menor 5
custo, deveriam ser compradas 11 peças do mate- 1
tem-se Vlivre   102  20, 4 cm3. Percebe-se que os
rial do tipo B. 5

51
Matemática e suas Tecnologias

espaçamentos se dão entre dois pedaços adjacen- 24


tes, de modo que o último pedaço não conta com terá = 8 lados. Assim, calculou o número de
3
um espaçamento posterior – para 13 pedaços, há diagonais de um polígono de 8 lados, obtendo
12 espaçamentos. Com isso, o volume livre gerado 8  (8  3) 8  5 40
20, 4    20 .
por cada espaçamento é de = 1, 7 cm3 . 2 2 2
12
b) (F) Possivelmente, o aluno, ao lembrar que o polígono
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi- mais simples (triângulo) possui 3 lados, considerou
vocado, que o volume livre gerado por cada espa- que o maior polígono possível de ser construído
çamento seria equivalente ao volume ocupado por 24
cada pedaço de chocolate. Assim, calculou o volume terá = 8 lados. Além disso, esqueceu-se do
3
total da caixa, obtendo 102 cm3, e dividiu o resultado denominador 2 ao utilizar a fórmula para o cálculo
obtido por 25 (12 + 13), encontrando 4,08 cm3. do número de diagonais de um polígono, obtendo
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou o volume total 8 ∙ (8 – 3) = 8 ∙ 5 = 40.
da caixa, obtendo 102 cm3, no entanto se equivo- c) (F) Possivelmente, o aluno, ao perceber que para
cou e, para obter o volume livre gerado por cada formar um lado de um polígono são necessários
espaçamento, dividiu 102 por 13, encontrando 2 pinos, considerou que o maior polígono possível
102 24
≅ 7, 85 cm3 . de ser construído terá = 12 lados. Assim, cal-
13 2
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou o volume total culou o número de diagonais de um polígono de
da caixa, obtendo 102 cm3, no entanto se equivo- 12  (12  3) 12  9
12 lados, obtendo   6  9  54.
cou e, para obter o volume livre gerado por cada 2 2
espaçamento, dividiu 102 por 12, encontrando d) (V) O maior polígono regular possível de ser cons-
102 truído em um geoplano de 24 pinos é o tetra-
= 8, 5 cm3 .
12 coságono (polígono de 24 lados), que possui
24  (24  3) 24  21
21 C   12  21  252 diagonais.
2 2
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o compri-
mento máximo da terceira peça corresponderia à e) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o maior
média aritmética entre as medidas das outras duas polígono possível de ser construído em um geo-
40  30 plano de 24 pinos é o tetracoságono, porém se
peças, ou seja,  35 cm. esqueceu do denominador 2 ao utilizar a fórmula
2
para o cálculo do número de diagonais de um polí-
b) (F) Possivelmente, o aluno associou, equivocada- gono, obtendo 24 ∙ (24 – 3) = 24 ∙ 21 = 504.
mente, a situação ao Teorema de Pitágoras, cal-
culando a medida da hipotenusa de um triângulo
23 D
retângulo com catetos de 40 cm e 30 cm.
c) (V) De acordo com a desigualdade triangular, a medida a) (F) Possivelmente, o aluno constatou, de modo equi-
de qualquer lado de um triângulo deve ser menor vocado, que o volume de terra presente no novo
que a soma entre as medidas dos outros dois lados. vaso é igual ao dobro do volume de terra presente
Logo, o comprimento da terceira peça da moldura no antigo, obtendo V2 = 2 ∙ 5 = 10 cm3. Além disso,
deverá ser menor que 30 + 40 = 70 cm. Como essa esqueceu-se de subtrair os 5 cm3 de terra presentes
medida deve ser um número inteiro, ela poderá ser, no antigo vaso.
no máximo, igual a 69 cm. b) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o volume
d) (F) Possivelmente, o aluno confundiu a condição de do vaso é diretamente proporcional ao quadrado
existência do triângulo, considerando que a medida do diâmetro da base dele, no entanto, ao verificar
de cada lado deve ser menor ou igual à soma entre que o diâmetro da base do novo vaso é igual ao
as medidas dos outros dois. Assim, concluiu que dobro do diâmetro da base do antigo, concluiu
que o volume de terra do novo vaso é igual ao
o comprimento máximo da terceira peça seria
quádruplo do volume de terra do antigo, obtendo
30 + 40 = 70 cm.
V2 = 4 ∙ 5 = 20 cm3. Porém, não percebeu que esse
e) (F) Possivelmente, o aluno confundiu a condição de
raciocínio só estaria correto caso as demais variá-
existência do triângulo, considerando que a medida
veis se mantivessem constantes. Em seguida, sub-
de cada lado deve ser maior que a soma entre as
traiu o volume de terra presente no antigo vaso e
medidas dos outros dois. Além disso, considerou
encontrou V2 – V1 = 20 – 5 = 15 cm3.
que o comprimento máximo da terceira peça seria
c) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o volume
a primeira medida inteira maior que 70 cm.
do vaso é diretamente proporcional ao quadrado
do diâmetro da base dele, no entanto, ao verificar
22 D que o diâmetro da base do novo vaso é igual ao
a) (F) Possivelmente, o aluno, ao lembrar que o polígono dobro do diâmetro da base do antigo, concluiu
mais simples (triângulo) possui 3 lados, considerou que o volume de terra do novo vaso é igual ao
que o maior polígono possível de ser construído quádruplo do volume de terra do antigo, obtendo

52
Matemática e suas Tecnologias

V2 = 4 ∙ 5 = 20 cm3. Porém, não percebeu que d) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
esse raciocínio só estaria correto caso as demais vocado, que a árvore de Natal tem o formato de
variáveis se mantivessem constantes. Além disso, um cone oblíquo. Além disso, não percebeu que os
esqueceu-se de subtrair os 5 cm3 de terra presentes pisca-piscas estão conectados por um mesmo fio.
no antigo vaso. e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
d) (V) Indicando com índice 1 as medidas do antigo vaso vocado, que os pisca-piscas estão todos concentra-
e com índice 2 as do novo, o volume de terra de dos na base da árvore de Natal.
cada um deles é:
h 25 B
V    (r1 )2  1
1 2 a) (F) Possivelmente, o aluno relacionou os dados numé-
V2 = π ∙ (r2) ∙ h2
2 ricos do texto de modo equivocado, considerando
que, como um hexágono possui 6 lados, o número
Como o novo vaso tem o dobro do diâmetro da
60  3 180
base do antigo, a mesma altura e foi completa- de faces hexagonais seria dado por   30.
mente preenchido, conclui-se que o raio da base 6 6
b) (V) O poliedro convexo que dá forma à estrutura da
do novo vaso é o dobro do raio da base do antigo
molécula tem número de vértices V = 60. De cada
e que h2 = h1, respectivamente. Assim, obtém-se:
um dos vértices partem 3 arestas, já que todos os
V2 = π ∙ (2 ∙ r1)2 ∙ h1 ângulos do poliedro são triedros. Desse modo, como
V2 = 4 ∙ π ∙ (r1)2 ∙ h1 cada aresta liga dois vértices consecutivos, o número
V2 = 4 ∙ (2 ∙ V1) 3  60 180
V2 = 8 ∙ V1 de arestas do poliedro é A    90. Sendo
2 2
Portanto, o volume de terra do novo vaso é oito F5 e F6, respectivamente, as quantidades de faces
vezes o volume de terra do antigo. Assim, para pentagonais e hexagonais do poliedro, pela Rela-
preenchê-lo completamente, foi necessário acres- ção de Euler, obtém-se:
centar sete vezes o volume de terra presente V + F = A + 2 ⇒ 60 + F = 90 + 2 ⇒
no antigo vaso (V2 – V1 = 8V1 – V1 = 7V1), ou seja, F = 92 − 60 = 32 ⇒ F5 + F6 = 32
7 ∙ 5 = 35 cm3. Pela relação entre o número de arestas e o número
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou o volume de terra de lados das faces (polígonos) que compõem o
necessário para preencher o novo vaso desconsi- poliedro, tem-se:
derando o volume de terra existente no antigo e 5F5 + 6F6 = 2A ⇒ 5F5 + 6F6 = 2 ⋅ 90 ⇒ 5F5 + 6F6 = 180
obteve V2 = 8 ∙ 5 = 40 cm3. Assim, tem-se o sistema de equação:
F5  F6  32 F5  F6  32
24 C   
5F5  6F6  180 5F5  5F6  F6  180
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
F5  F6  32
vocado, que as luzes pisca-piscas estão apenas ao 
redor da base da árvore de Natal. 5  (F5  F6 )  F6  180
b) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que as luzes pisca- A partir da segunda equação, encontra-se:
-piscas estão dispostas ao redor da superfície lateral 5 · 32 + F6 = 180
da árvore de Natal, no entanto não percebeu que os 160 + F6 = 180
pisca-piscas estão conectados por um mesmo fio e F6 = 180 – 160 = 20
que, por esse motivo, a vista superior não pode ser Portanto, o número de faces hexagonais é F6 = 20.
representada por circunferências concêntricas. c) (F) Possivelmente, o aluno calculou o número de faces
c) (V) A vista superior corresponde à projeção ortogonal pentagonais do poliedro em vez de calcular o
dos pisca-piscas no plano horizontal, visto que uma número de faces hexagonais, obtendo 12.
pessoa, ao ver a árvore exatamente de cima, não d) (F) Possivelmente, o aluno obteve o número de arestas
tem noção de profundidade. Dessa forma, como do poliedro (A = 90), mas o relacionou inadequada-
os pisca-piscas estão todos interligados por um mente com o número de lados das faces (polígo-
mesmo fio, que percorre a extensão da árvore em nos), considerando a equação 5F5 + 6F6 = 90. Dessa
sua superfície lateral, a projeção tem o formato de forma, observando que os valores F5 = 6 e F6 = 10
uma espiral, conforme indica a figura a seguir. satisfazem a essa equação, concluiu que há 10 faces
hexagonais na estrutura.
e) (F) Possivelmente, o aluno obteve o número de arestas
do poliedro (A = 90), mas o relacionou equivocada-
mente com o número de lados das faces (polígo-
nos), considerando a equação 5F5 + 6F6 = 90. Dessa
forma, observando que os valores F5 = 12 e F6 = 5
satisfazem a essa equação, concluiu que há 5 faces
hexagonais na estrutura.

53
Matemática e suas Tecnologias

c) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e apenas sub-


Matemática 3 traiu o número de candidatos aprovados somente
em Língua Portuguesa do número de candidatos
01 C aprovados em Língua Portuguesa e Conhecimen-
a) (F) Possivelmente, o aluno obteve a equação p – 1 = 3, tos Específicos, obtendo 12 – 7 = 5 candidatos.
no entanto se equivocou e encontrou p = 3 – 1 = 2. d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas sub-
Assim, concluiu que a meta de captação escolhida traiu o número de candidatos aprovados somente
pela empresa foi a I. em Conhecimentos Específicos do número de can-
b) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e calculou didatos aprovados em Língua Portuguesa e Conhe-
o valor de p – 1 em vez de calcular o valor de p, cimentos Específicos, obtendo 12 – 5 = 7 candida-
obtendo p – 1 = 3. Assim, concluiu que a meta de tos.
captação escolhida pela empresa foi a II. e) (V) A situação descrita pode ser representada pelo
c) (V) De acordo com o texto, a expressão do lucro é seguinte diagrama, em que A, B e C representam,
L(p) = 50p – 1 – S, em que p representa a quanti- respectivamente, os conjuntos dos candidatos
dade mensal de contratos fechados por funcioná- aprovados em Língua Portuguesa, em Legislação e
em Conhecimentos Específicos.
rio e S, a folha de pagamento mensal da empresa.
Como há 20 funcionários e cada um deles recebe A B
R$ 1 250,00 de salário, conclui-se que a folha de
pagamento dessa empresa vale S = 20 · R$ 1 250,00 =
R$ 25 000,00. Assim, tem-se L(p) = 50p – 1 – 25 000. y
7 20 – x – y – z
Para que o lucro da empresa seja de R$ 100 000,00,
deve-se ter L(p) = 100 000, ou seja: x
50p – 1 – 25 000 = 100 000 12 – x z
50p – 1 = 100 000 + 25 000
50p – 1 = 125 000
50p – 1 = 503 5

p – 1 = 3
p = 3 + 1 = 4 C 5
Dessa forma, conclui-se que a meta de captação
que garante o atingimento da meta de lucro sem Como inscreveram-se 40 candidatos para a área
superá-la é a III e, portanto, essa foi a meta esco- de Matemática e 5 deles não foram aprovados em
lhida pela empresa. nenhum dos três componentes, tem-se:
d) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e considerou 7 + (12 – x) + 5 + x + y + z + (20 – x – y – z) = 40 – 5
que 125 000 equivale a 504, obtendo: 44 – x = 35
p – 1 = 4 x = 44 – 35
p = 4 + 1 = 5 x=9
Assim, concluiu que a meta de captação escolhida Portanto, 9 candidatos foram aprovados nos três
pela empresa foi a IV. componentes da prova e, consequentemente, para
e) (F) Possivelmente, o aluno identificou que essa é a a segunda fase do concurso.
maior meta de captação e que, portanto, é a que
oferece o maior lucro para a empresa. Desse modo, 03 E
concluiu que a meta de captação V foi a escolhida,
a) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o número
desconsiderando que a empresa decidiu escolher
atual de vagas de carro (40) é menor que o número
aquela que garante o atingimento da meta de lucro
de funcionários que indicou que vai ao trabalho de
sem superá-la.
carro (50), no entanto concluiu que haverá neces-
sidade de ampliação apenas do número de vagas
02 E para carros, desconsiderando a necessidade de
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas sub- ampliação do número de vagas para bicicletas.
traiu o número de candidatos aprovados somente b) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o número
em Conhecimentos Específicos do número de can- atual de vagas para bicicletas (20) é menor que
didatos aprovados somente em Língua Portuguesa, o número de funcionários que indicou que vai
obtendo 7 – 5 = 2 candidatos. ao trabalho de bicicleta (30), no entanto concluiu
b) (F) Possivelmente, o aluno se esqueceu de subtrair do que haverá necessidade de ampliação apenas do
total de candidatos inscritos os 5 candidatos que número de vagas para bicicletas, desconsiderando
não foram aprovados em nenhum dos três compo- a necessidade de ampliação do número de vagas
para carros.
nentes da prova, obtendo:
c) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o número
7 + (12 – x) + 5 + x + y + z + (20 – x – y – z) = 40
atual de vagas para carros (40) é menor que o
44 – x = 40
número de funcionários que indicou que vai ao
x = 44 – 40
trabalho de carro (50), entretanto se confundiu e
x = 4

54
Matemática e suas Tecnologias

considerou o número atual de vagas para motos d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
como sendo o número de funcionários que indicou que o pé da criança mede 28 cm. Além disso, subs-
que vai ao trabalho de moto e vice-versa. Dessa tituiu P por 28 na fórmula utilizada no Brasil em vez
forma, concluiu que haverá necessidade de amplia- de substituir na fórmula da Europa, encontrando
ção do número de vagas para carros e motos. 5  28  28
SB   42.
d) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o número 4
atual de vagas de bicicleta (20) é menor que o e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
número de funcionários que indicou que vai ao que o pé da criança mede 28 cm. Assim, substituiu
trabalho de bicicleta (30), entretanto se confundiu P por 28 na fórmula utilizada na Europa, encon-
e considerou o número atual de vagas para motos 5  28  36
trando SE   44.
como sendo o número de funcionários que indicou 4
que vai ao trabalho de moto e vice-versa. Dessa
forma, concluiu que haverá necessidade de amplia- 05 A
ção do número de vagas para bicicletas e motos. a) (V) Como foi possível identificar que o idioma do livro
e) (V) De acordo com o texto, a pesquisa foi realizada seria inglês, conclui-se que a probabilidade de
com 200 funcionários. De acordo com o gráfico, o livro sorteado ser do gênero fantasia deve ser
3 tomada apenas sob os títulos escritos em inglês.
desses funcionários vão ao trabalho de bici- Como há 5 + 8 + 4 + 3 = 20 livros na lista de desejos
20
5 2 do cliente escritos em inglês, dos quais 4 são do
cleta, vão ao trabalho de carro, e vão ao gênero fantasia, constata-se que a probabilidade
20 20
solicitada vale:
trabalho de moto. Dessa forma, constata-se que
3 4
 200  3  10  30 funcionários vão ao trabalho = 0=
, 2 20%
20 20
5 b) (F) Possivelmente, o aluno confundiu a probabilidade
de bicicleta, que  200  5  10  50 funcionários condicional, calculando a probabilidade de o livro
20
2 ser escrito em inglês dado que ele é do gênero fan-
vão ao trabalho de carro e que  200  2  10  20 4
20 tasia, obtendo= 0= , 25 25%.
funcionários vão ao trabalho de moto. Como a 16
empresa disponibiliza atualmente 40 vagas para c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
carros, 30 vagas para motos e 20 vagas para bicicle- probabilidade de se obter um livro de fantasia de
tas, conclui-se que haverá necessidade de amplia- qualquer um dos dois idiomas, desconsiderando a
ção do número de vagas para bicicletas e carros. restrição de o livro ser escrito em inglês e obtendo
16
= 0= , 32 32%.
04 C 50
a) (F) Possivelmente, o aluno compreendeu o d) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e calculou
a probabilidade de o cliente ganhar um livro do
enunciado e substituiu SB por 28, obtendo
gênero fantasia dado que ele está escrito em por-
5P  28
28   5P  84  P  16, 8  17. No entanto, 12
4 tuguês, obtendo = 0= , 4 40%.
30
equivocou-se e considerou que o valor obtido cor-
e) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e calcu-
responderia ao número solicitado.
lou a probabilidade de o cliente ganhar um livro
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e con-
do gênero fantasia escrito em inglês, obtendo
siderou que a criança calça o número 28 na
4
Europa. Assim, substituiu SE por 28, obtendo = 0, 08. Além disso, considerou equivocada-
50
5P  36
28   5P  76  P  15, 2. Em seguida, mente que 0,08 equivale a 80%.
4
substituiu P por 15,2 na fórmula utilizada no Brasil,
5  15, 2  28 06 B
encontrando SB   26 . Por fim, conside-
4 a) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente a
rou que o valor obtido corresponderia ao número natureza dos números que expressam a área do
solicitado. quadrado e a do octógono, entretanto acreditou
c) (V) A expressão que relaciona o número do calçado que, como o raio do círculo é expresso por um
no Brasil ao número correspondente do calçado na número racional, a área também seria expressa por
um número racional.
Europa é:
b) (V) Como o lado do quadrado ABCD mede 9 unidades de
5P  36 ( 5P  28)  8 ( 5P  28)
SE     2  SE  SB  2 medida, o número que expressa a sua área é 92 = 81,
4 4 4 que é um número racional. A área do octógono equi-
Portanto, uma criança que calça o número 28 no vale à área do quadrado ABCD subtraída da área de
Brasil calça o número SE = 28 + 2 = 30 na Europa. 2 quadrados de lado 3 unidades de medida, assim

55
Matemática e suas Tecnologias

o número que expressa a sua área é 81 – 18 = 63,


Coeficiente Coeficiente
que é um número inteiro. Por fim, a área do círculo Função Lei de formação
angular linear
é expressa por πr2. Considerando que o raio do cír-
culo é um número racional e que o produto entre ƒ mƒ = 40 nƒ = ƒ(0) = 200 ƒ(t) = 40t + 200
um número racional e um número irracional é um g mg = 80 ng = g(0) = 100 g(t) = 80t + 100
número irracional, conclui-se que a área do círculo é
expressa por um número irracional. Calculando o valor de t para o qual as funções se
c) (F) Possivelmente, o aluno observou que as medidas igualam (abscissa do ponto de interseção dos gráfi-
indicadas no texto são expressas por números racio- cos), obtém-se:
nais e, assim, concluiu que as áreas de todas as figu-
ƒ(t) = g(t) ⇔ 40t + 200 = 80t + 100 ⇔ 40t = 100 ⇔ t = 2,5
ras seriam também expressas por números racionais.
É mais vantajoso contratar o DJ A do que o B se
d) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente a
o valor cobrado pelo primeiro for menor que o
natureza do número que expressa a área do qua-
cobrado pelo segundo, ou seja, quando ocorre
drado ABCD como sendo um número inteiro e a do
ƒ(t) < g(t). Analisando novamente o gráfico, per-
número que expressa a área do círculo como sendo
cebe-se que, quando t > 2,5 (“à direita” do ponto
um número irracional, entretanto, ao observar que
de interseção dos gráficos), tem-se exatamente os
o lado HG mede 3 2 unidades de medida, que
valores das funções para os quais ƒ(t) < g(t), pois o
é uma medida irracional, acreditou que a área do
gráfico de ƒ está “abaixo” do gráfico de g. Portanto,
octógono é expressa por um número irracional.
conclui-se que é mais vantajoso contratar o DJ A do
e) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente a natu-
que o B quando t > 2,5, ou seja, quando o tempo de
reza do número que expressa a área do quadrado
duração da festa for maior que 2 horas e 30 minutos.
ABCD como sendo um número racional e a do
e) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente a abs-
número que expressa a área do círculo como sendo
cissa do ponto de interseção dos gráficos (t = 2,5),
um número irracional, entretanto, ao observar que
entretanto considerou que seria mais vantajoso con-
o lado HG mede 3 2 unidades de medida, que é
tratar o DJ A do que o B quando ƒ(t) > g(t) ao invés
uma medida irracional, acreditou que a área do
de ƒ(t) < g(t). Assim, considerou o intervalo em que o
octógono seria expressa por um número irracional.
gráfico de ƒ está “acima” do gráfico de g (t < 2,5).

07 D
08 B
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao obter
a) (F) Possivelmente, o aluno se esqueceu de adicionar a
a abscissa do ponto de interseção dos gráficos,
quantidade de professores que utilizam os três pro-
fazendo:
40t + 200 = 80t + 100 ⇔ 40t = 300 ⇔ t = 7,5 gramas, obtendo:
Além disso, considerou que seria mais vantajoso con- n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) – n(A ∩ B) – n(A ∩ C) –
tratar o DJ A do que o B quando ƒ(t) > g(t) ao invés n(B ∩ C)
de ƒ(t) < g(t). Assim, considerou o intervalo em que n(A ∪ B ∪ C) = 240 + 195 + 162 – 52 – 40 – 33
o gráfico de ƒ está “acima” do gráfico de g (t < 7,5). n(A ∪ B ∪ C) = 472
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao obter b) (V) Como todos os professores usam pelo menos um
a abscissa do ponto de interseção dos gráficos, dos programas, a quantidade de entrevistados é
fazendo: dada por:
40t + 200 = 80t + 100 ⇔ 40t = 300 ⇔ t = 7,5 n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) – n(A ∩ B) – n(A ∩ C) –
Assim, observando que é mais vantajoso contratar n(B ∩ C) + n(A ∩ B ∩ C)
o DJ A do que o B quando ƒ(t) < g(t), considerou o Substituindo os valores apresentados, obtém-se:
intervalo em que t > 7,5. n(A ∪ B ∪ C) = 240 + 195 + 162 – 52 – 40 – 33 + 28
c) (F) Possivelmente, o aluno relacionou os coefi- n(A ∪ B ∪ C) = 500
cientes angulares e lineares das funções de Portanto, 500 professores participaram da pesquisa.
modo equivocado, calculando a abscissa c) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
do ponto de interseção dos gráficos como mente que 240, 195 e 162 correspondem à quanti-
40  200 240 4 dade de professores que utilizam, respectivamente,
t   h (1h e 20 min). Além disso,
80  100 180 3 apenas o programa A, apenas o B e apenas o C.
considerou que seria mais vantajoso contratar o DJ Dessa forma, para obter o total de participantes da
A do que o B quando ƒ(t) > g(t) ao invés de ƒ(t) < g(t). pesquisa, somou 240 + 195 + 162, obtendo 597.
Assim, considerou o intervalo em que o gráfico de d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e somou a
ƒ está “acima” do gráfico de g (t < 1 h e 20 min). quantidade de professores que utilizam dois dos
d) (V) De acordo com o gráfico, ƒ e g são funções do três programas e subtraiu a quantidade de profes-
1o grau, e cada DJ cobra um valor fixo acrescido de sores que utilizam os três programas, obtendo:
uma taxa que varia de acordo com o tempo (t), em n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) + n(A ∩ B) + n(A ∩ C) +
hora, de duração da festa. Como essa taxa de varia- n(B ∩ C) – n(A ∩ B ∩ C)
ção, em R$/hora, corresponde ao coeficiente angu- n(A ∪ B ∪ C) = 240 + 195 + 162 + 52 + 40 + 33 – 28
lar da função do 1o grau, tem-se: n(A ∪ B ∪ C) = 694

56
Matemática e suas Tecnologias

e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas Assim, o valor máximo da função Q é dado por
somou todos os valores apresentados, obtendo: 50
Qmáx  3  20  50  8  20  400  20  420. Dessa
240 + 195 + 162 + 52 + 40 + 33 + 28 = 750 2
forma, a quantidade máxima de unidades vendidas
09 E em um único dia é 420 000.
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao aplicar o d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que 23 = 32 =
Princípio da Inclusão e Exclusão, obtendo: 3 ∙ 3 = 9 e, além disso, esqueceu-se de adicionar
600 + 570 + 480 – 180 – 240 – 300 – 120 – 60 = 750 20, obtendo:
Dessa forma, concluiu que o percentual de estudan- 50
tes dessa faculdade que responderam à enquete Qmáx   50  9  450
23
foi 50%.
Assim, concluiu que a quantidade máxima de uni-
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao aplicar o
dades vendidas em um único dia é 450 000.
Princípio da Inclusão e Exclusão, fazendo:
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que 23 = 32 =
600 + 570 + 480 – 180 – 240 – 300 – 120 + 60 = 870
3 ∙ 3 = 9, obtendo:
Dessa forma, concluiu que o percentual de estudan-
tes dessa faculdade que responderam à enquete 50
Qmáx   20  50  9  20  450  20  470
foi 58%. 23
c) (F) Possivelmente, o aluno subtraiu da quantidade de Assim, concluiu que a quantidade máxima de uni-
estudantes que optou por pelo menos uma das dades vendidas em um único dia é 470 000.
três plataformas disponíveis os 60 estudantes que
votaram em outras plataformas, ao invés de somar,
11 A
obtendo 1 050 – 60 = 990. Assim, concluiu que a
porcentagem de estudantes da faculdade que res- a) (V) Considere X = {I1, I2, ..., In} o conjunto formado
ponderam à enquete foi 66%. pelos n interruptores do armazém. Cada interrup-
d) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a quanti- tor tem dois possíveis estados: acionado ou des-
dade de estudantes que votou em outras plata- ligado. Dessa forma, existem 2n possibilidades de
formas, obtendo 1 050 participantes, o que corres- os interruptores estarem acionados ou não, o que
ponde ao percentual de 70%. corresponde ao total de subconjuntos de X. Con-
e) (V) Aplicando-se o Princípio da Inclusão e Exclusão, siderando que há 120 maneiras de acionar pelo
obtém-se a quantidade de estudantes que optou menos dois interruptores, devem-se excluir do total
por pelo menos uma das três plataformas disponí- de subconjuntos de X aqueles com menos de 2 ele-
veis como sendo 600 + 570 + 480 – 180 – 240 – 300 + mentos – o conjunto vazio (∅) e os subconjuntos
120 = 1 050. Assim, como 60 estudantes votaram com um único elemento, que totalizam n + 1 sub-
em outras plataformas, conclui-se que a quantidade conjuntos. Assim, tem-se:
de estudantes que responderam à enquete foi 2n – (n + 1) = 120 ⇔ 2n – n – 1 = 120 ⇔ 2n – n = 121
1 050 + 60 = 1 110. O percentual correspondente a Analisando a equação obtida, tem-se uma potência
1110 de 2, de expoente n, subtraída de n, resultando em
essa quantidade é = 0= , 74 74% .
1500 121. A potência de 2 mais próxima de 121 é 128 = 27.
10 C Assim, para n = 7, tem-se 27 – 7 = 121. Desse modo,
conclui-se que a quantidade de interruptores que
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou 23 = 2 ∙ 3 = 6 e,
controlam o sistema de iluminação do armazém é 7.
além disso, esqueceu-se de adicionar 20, obtendo:
b) (F) Possivelmente, o aluno modelou a equação de modo
50
Qmáx   50  6  300 equivocado, obtendo 2n – 1 – n = 120. Assim, fazendo
23 n = 8, obteve 28 – 1 – 8 = 120 e concluiu que existi-
Assim, concluiu que a quantidade máxima de uni- riam 8 interruptores.
dades vendidas em um único dia é 300 000. c) (F) Possivelmente, o aluno modelou a equação de
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou modo equivocado, fazendo 2n = 120 ⇔ n = 60.
23 = 2 ∙ 3 = 6, obtendo:
Assim, concluiu que seriam 60 interruptores.
50 d) (F) Possivelmente, o aluno modelou a equação de
Qmáx   20  50  6  20  300  20  320
23 modo equivocado e, além disso, efetuou as opera-
Assim, concluiu que a quantidade máxima de uni- ções entre os números –1 e 120 inadequadamente,
dades vendidas em um único dia é 320 000. fazendo 2n – 1 – n = 120 ⇔ n = 120 – 1 = 119. Assim,
c) (V) Para que a função Q seja máxima, a função y = 0,1d2 – concluiu que existiriam 119 interruptores.
2d + 7 deve ser mínima. O valor mínimo da função y é: e) (F) Possivelmente, o aluno modelou a equação de modo
 ( 2)2  4  0,1 7 1, 2 equivocado, fazendo 2n – 1 – n = 120 ⇔ n = 121.
y v      3
4a 4  0 ,1 0, 4 Assim, concluiu que existiriam 121 interruptores.

57
Matemática e suas Tecnologias

12 B d) (F) Possivelmente, o aluno obteve a taxa de variação


corretamente, no entanto tomou como base o ano
a) (F) Possivelmente, o aluno encontrou a quantidade de de 2019. Além disso, confundiu-se e considerou
pastéis vendidas no segundo mês, no entanto se Q(2019) = 972, obtendo Q(A) = 3 619 ∙ (A – 2019) + 972.
equivocou e subtraiu 4 unidades dessa quantidade, e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
obtendo 48 – 4 = 44. que a função seria da forma Q(A) = m ∙ (A – 2019) –
b) (V) Sendo p o preço inicial, em real, de um pastel e Q(2018), obtendo Q(A) = 3 619 ∙ (A – 2019) – 972.
q a quantidade de pastéis vendidos no primeiro
mês, tem-se p ∙ q = 312. Com o aumento no 14 D
preço dos ingredientes, o preço (p) de cada pas-
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
tel sofreu um acréscimo de R$ 0,50, passando a ser
vocado, que o número de pessoas a entrarem em
p + 0,5, e a quantidade (q) de pastéis vendidos sofreu contato com uma notícia falsa será reduzido em
uma redução de 4 unidades, tornando-se q – 4. 4 vezes, considerando o novo número de pessoas a
Como a arrecadação mensal permaneceu inalte- receberem a notícia a cada retransmissão.
rada, conclui-se: b) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
(p + 0,5) ∙ (q – 4) = 312 vocado, que o número de pessoas a entrar em con-
pq – 4p + 0,5q – 2 = 312 tato com uma notícia falsa será reduzido em 5 vezes,
Como pq = 312, obtém-se: considerando o antigo número de pessoas que rece-
–4p + 0,5q – 2 = 0 biam a notícia a cada retransmissão.
q = 8p + 4 c) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
Multiplicando-se a equação obtida por p, encon- vocado, que a quantidade de pessoas que entra-
tra-se: vam em contato com a notícia, antes da campanha,
pq = 8p2 + 4p era de T = N0 ∙ 5n e que, com o sucesso da campa-
312 = 8p2 + 4p nha, passará a ser de T = N0 ∙ 4n. Assim, concluiu
2p2 + p – 78 = 0 ⇒ p = –6,5 ou p = 6 que a medida reduzirá o número de pessoas em
Como p representa o preço inicial do pastel, con- N0  4n 4
contato com a notícia a  .
clui-se que p = –6,5 não convém e que, portanto, N0  5n 5
p = 6 reais. Assim, a quantidade de pastéis vendi- d) (V) Considere N0 o número de pessoas que recebem
dos no primeiro mês foi de q = 8 ∙ 6 + 4 = 48 + 4 = 52 uma notícia falsa diretamente da fonte. De acordo
e, no segundo mês, foi de 52 – 4 = 48. com o texto, constata-se que, antes da campanha,
c) (F) Possivelmente, o aluno encontrou a quantidade de cada uma dessas pessoas transmitiria a notícia,
pastéis vendidos no primeiro mês em vez da quan- exponencialmente, para 5 novas pessoas, ou seja, o
tidade vendida no segundo, obtendo 52. total de pessoas que entravam em contato com a
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a notícia era dado por T = N0 ∙ 5n, em que n representa
quantidade de pastéis vendidos no primeiro mês, o número de gerações de retransmissão da notícia.
no entanto, ao invés de subtrair, adicionou 4 uni- Com o sucesso da campanha, cada uma dessas pes-
dades a essa quantidade para obter a quantidade soas transmitirá a notícia, exponencialmente, para
vendida no segundo mês, obtendo 52 + 4 = 56. apenas 4 novas pessoas, assim o total de pessoas
e) (F) Possivelmente, o aluno compreendeu o texto de que entrarão em contato com a notícia passará a ser
modo equivocado e dividiu por 4 o valor arreca- dado por T = N0 ∙ 4n. Dessa forma, a medida reduzirá
312 o número de pessoas em contato com a notícia a:
dado em cada mês, obtendo = 78 e conside- n
4 N0  4n 4n  4 
  
rando ser essa a resposta correta. N0  5n 5n  5 

13 B e) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente a


quantidade de pessoas que entravam em contato
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
com a notícia antes da campanha e com o sucesso
que a função seria da forma Q(A) = m ∙ (A – 2018) –
dela, no entanto calculou a razão inversa, encon-
Q(2018), obtendo Q(A) = 3 619 ∙ (A – 2018) – 972. n
b) (V) Considerando o crescimento linear de 2018 N0  5n 5n  5 
trando    .
para 2019, a função que relaciona a quantidade N0  4n 4n  4 
de casos de dengue (Q) e o ano (A) é da forma 15 E
Q(A) = m ∙ (A – 2018) + Q(2018), em que m é a
a) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que o ponto (1, 3)
4 591 972
taxa de variação. Como m   3619 e pertence ao gráfico, no entanto acreditou que a abs-
2019  2018 cissa desse ponto seria equivalente à massa do corpo.
Q(2018) = 972, conclui-se que Q(A) = 3 619 ∙ (A – 2018) b) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que o ponto (1, 3)
+ 972. pertence ao gráfico, no entanto acreditou que a
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi- massa do corpo seria dada pelo módulo da dife-
vocado, que a taxa de variação seria de 4 591 casos, rença entre as coordenadas desse ponto, obtendo
obtendo Q(A) = 4 591 ∙ (A – 2018) + 972. m = |1 – 3| = |–2| = 2 kg.

58
Matemática e suas Tecnologias

c) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou o denomi- I0 = 20 ∙ I0 ∙ 10–kx


nador 2 presente na fórmula fornecida para obten- 20 = 10kx
ção da energia cinética, encontrando 3 = m ⋅ 12 ⇒ log 20 = log 10kx
m = 3 kg. log 2 + log 10 = kx
d) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que o ponto (1, 3) 0,3 + 1 = kx
pertence ao gráfico, no entanto acreditou que a 1, 3
massa do corpo seria dada pela soma das coorde- x = k
nadas desse ponto, obtendo m = 1 + 3 = 4 kg.
e) (V) Percebe-se que o ponto (1, 3) pertence ao gráfico, 1, 3
x  104 mm
ou seja, para a velocidade de 1 m/s, tem-se a ener- 1, 25  10 2
gia cinética de 3 J. Substituindo na fórmula forne- e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
cida para obtenção da energia cinética, encontra-se que a intensidade emitida é 80 ∙ I0 e que a intensi-
m  1² dade transmitida é I0, obtendo:
3  m  6 kg.
2 I0 = 80 ∙ I0 ∙ 10–kx
16 B 80 = 10kx
log 80 = log 10kx
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
3 ∙ log 2 + log 10 = kx
que a intensidade da luz transmitida (I) é 120% da
3 ∙ 0,3 + 1 = kx
intensidade da luz emitida (I0) e, além disso, esque-
ceu-se do sinal negativo do expoente –kx, obtendo: 1, 9
x=
1,2 ∙ I0 = I0 ∙ 10kx k

log 1,2 = log 10kx 1, 9
x  152 mm
2 ∙ log 2 + log 3 – log 10 = kx 1, 25  10 2
2 ∙ 0,3 + 0,48 – 1 = kx
0, 08 17 D
x=
k a) (F) Possivelmente, o aluno modelou equivocadamente
0, 08 o valor pago (V), em real, em função do tempo (t),
x  6, 4 mm
1, 25  10 2 em minuto, considerando V(t) = 2,5t. Assim, calcu-
b) (V) Como 20% da intensidade da luz emitida (I0) foi lou V(t) = 360 ⇔ 2,5t = 360 ⇔ t = 144 min. Além
absorvida, conclui-se que 100% – 20% = 80% dela foi disso, contabilizou apenas 30 min como tempo de
transmitida. Assim, pela Lei de Lambert, obtém-se: bônus, em vez de 90 min. Assim, obteve o tempo
0,8 ∙ I0 = I0 ∙ 10–kx total de 174 min, que corresponde a 2 h e 54 min.
0,8 = 10–kx b) (F) Possivelmente, o aluno modelou equivocadamente
log 0,8 = log 10–kx o valor pago (V), em real, em função do tempo (t),
 23  em minuto, considerando V(t) = 2,5t. Assim, calcu-
log    kx lou V(t) = 360 ⇔ 2,5t = 360 ⇔ t = 144 min. Assim,

 10  acrescentando-se os 90 min de tempo de bônus,
3 ∙ log 2 – log 10 = –kx obteve o tempo total de 234 min, que corresponde
3 ∙ 0,3 – 1 = –kx a 3 h e 54 min.
0,9 – 1 = –kx c) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente o
–0,1 = –kx tempo de 1 440 min relativo à recarga de R$ 360,00,
0 ,1 porém contabilizou apenas 30 min como tempo
x = k de bônus, em vez de 90 min. Assim, obteve o
tempo total de 1 470 min, que corresponde a
0 ,1 10 1  10 2 10
x 2
   x  8 mm 24 h e 30 min.
1, 25  10 1, 25 1, 25 d) (V) O valor do aluguel de uma bicicleta é de R$ 2,50 por
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou 10 min. Logo, para um tempo de t min, paga-se um
que a intensidade da luz transmitida (I) é 20% da t
intensidade da luz emitida (I0), obtendo: valor (V), em real, dado por V( t )  2, 50   0, 25 t .
10
0,2 ∙ I0 = I0 ∙ 10–kx
Como o valor da recarga foi de R$ 360,00, calcula-se
log 0,2 = log 10–kx
o tempo (t), em minuto, disponível para a utilização
log 2 – log 10 = –kx
das bicicletas:
0,3 – 1 = –kx
360
0, 7 V( t )  360  0, 25 t  360  t   t  1440
x= 0, 25
k
Além disso, há o bônus de 30 min a cada R$ 120,00
0, 7 de recarga. Logo, ao recarregar R$ 360,00, o cliente
x  56 mm
1, 25  10 2 360
receberá, ainda, um bônus de  30  90 min.
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou 120
que a intensidade emitida é 20 ∙ I0 e que a intensi- Somando 1 440 min ao bônus de 90 min, obtém-se
dade transmitida é I0, obtendo: o tempo total máximo de 1 530 min para a

59
Matemática e suas Tecnologias

utilização das bicicletas, o que corresponde a b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou
1530 a partir de qual valor de temperatura na escala
= 25 =, 5 h 25 h e 30 min.
60 Celsius a temperatura equivalente na escala Fah-
e) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente renheit passaria a ser maior, obtendo TF > TC ⇒
o tempo total de 1 530 min, porém, ao calcular 1,8TC + 32 > TC ⇒ 0,8TC > –32 ⇒ TC > –40. Assim,
1530 concluiu que o primeiro valor inteiro seria –39.
= 25, 5 h, associou o resultado a 25 h e 50 min.
60 c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
partir de qual valor de temperatura na escala Cel-
18 E
sius a temperatura equivalente na escala Fahrenheit
a) (F) Possivelmente, o aluno observou que a tarifa inicia
passaria a ser positiva, obtendo:
em R$ 20,00 e tem acréscimos constantes de R$ 2,50,
TF > 0 ⇒ 1,8TC + 32 > 0 ⇒ 1,8TC > –32 ⇒ TC > –17,78
associando-o à função afim V(t) = 20 + 2,50t.
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o gráfico Assim, concluiu que o primeiro valor inteiro seria –17.
deveria ser uma reta crescente (pois as tarifas aumen- d) (V) A medida na escala Fahrenheit será maior que a
tam gradativamente), contínua e que passa pela ori- medida na escala Kelvin quando TF > TK. Pela equação
gem, já que, para t = 0, não haveria cobrança. 9
fornecida, obtém-se TF  TC  32  TF  1, 8TC  32
c) (F) Possivelmente, o aluno observou corretamente 5
parte das características da função nos intervalos, e TK = TC + 273. Portanto, tem-se:
mas não notou as diferenças de comprimento dos 1,8TC + 32 > TC + 273
dois últimos (120 min), considerando que todos
0,8TC > 241
os intervalos teriam a mesma duração, ou seja, o
TC > 301,25
mesmo tamanho.
d) (F) Possivelmente, o aluno observou corretamente as Portanto, a primeira medida inteira é TC = 302.
características da função nos intervalos, mas ima- e) (F) Possivelmente, o aluno encontrou corretamente
ginou que ela deveria ser, necessariamente, uma TC > 301,25, no entanto se equivocou e acreditou
linha contínua, desconsiderando os “saltos” relati- que deveria representar essa temperatura na escala
vos aos acréscimos de R$ 2,50. Kelvin, obtendo TC + 273 > 301,25 + 273 = 574,25.
e) (V) Conforme os intervalos de tempo e os valores for- Assim, concluiu que o primeiro valor inteiro seria 575.
necidos na tabela, é possível concluir que a função
V(t) é expressa por: 20 A
20, 00, se t  ( 0, 60] a) (V) Sendo t o tempo, em hora, de empacotamento dos
22, 50, se t  ( 60, 120] itens de mudança e do respectivo transporte, con-

V( t )  
clui-se que o lucro (L) obtido pela empresa em uma
25, 00, se t  (120, 240]
27, 50, se t  (240, 360] mudança é dado por L(t) = 200t – 640. Para que a

empresa não tenha prejuízo, deve-se ter L(t) ≥ 0.
No gráfico, a função V(t) tem as seguintes caracte-
rísticas. Assim, obtém-se:

 A tarifa é constante dentro dos quatro interva-


los de tempo, correspondendo, em cada um
200 t  640  0  200 t  640 
640
t  3, 2 h  3 h e 12 min.
deles, a um segmento de reta paralelo ao eixo 200
horizontal. Portanto, o tempo mínimo de contrato necessário é
 A tarifa cobrada no primeiro intervalo é de
R$ 20,00 (um pouco mais distante da origem,
de 3 h e 12 min.
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente
no eixo vertical) e aumenta R$ 2,50 para cada o tempo mínimo, em hora, de empacotamento
intervalo seguinte, atingindo seu valor máximo
dos itens de mudança e do respectivo transporte,
em R$ 27,50 no tempo limite de 360 min.
obtendo 3,2 h, no entanto associou esse resultado
 Os dois primeiros intervalos têm comprimento
de 60 min, enquanto os dois últimos têm com-
ao tempo de 3 h e 20 min.
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao realizar a
primento de 120 min; desse modo os dois últi-
divisão de 640 por 200, obtendo 3,4 h = 3 h e 24 min.
mos intervalos devem ter o dobro do tamanho
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao resolver a
dos dois primeiros.
inequação 200t – 640 ≥ 0, obtendo:
19 D 200t – 640 ≥ 0 ⇒ 2t – 6,4 ≥ 0 ⇒ t ≥ 6,4 – 2 ⇒
t ≥ 4,4 h = 4 h e 24 min
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
partir de qual valor de temperatura na escala Celsius e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao resolver a
a temperatura equivalente na escala Kelvin passaria inequação 200t – 640 ≥ 0, obtendo:
a ser positiva, obtendo TK > 0 ⇒ TC + 273 > 0 ⇒ 200t – 640 ≥ 0 ⇒ 2t – 6,4 ≥ 0 ⇒ t ≥ 6,4 – 2 ⇒ t ≥ 4,4 h
TC > –273. Assim, concluiu que o primeiro valor Além disso, associou o resultado obtido ao tempo
inteiro seria –272. de 4 h e 40 min.

60
Matemática e suas Tecnologias

21 C
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou que a quantidade de ações distintas que podem ser realizadas no jogo
seria dada pela quantidade de botões disponíveis, desconsiderando que a combinação de dois ou mais botões gera uma
nova ação.
b) (F) Possivelmente, o aluno percebeu que podem ser pressionados de 1 a 5 botões ao mesmo tempo. Assim, calculou a
soma 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 e concluiu que o resultado obtido seria a quantidade de ações solicitada.
c) (V) Percebe-se que podem ser pressionados de 1 a 5 botões, simultaneamente. Sendo B = {B1, B2, B3, B4, B5} o conjunto dos
cinco botões disponíveis, o número de ações distintas que podem ser realizadas no jogo equivale à quantidade de sub-
conjuntos do conjunto B com pelo menos um elemento, ou seja, deve-se calcular a quantidade de subconjuntos de um
conjunto com 5 elementos e subtrair uma unidade, referente ao subconjunto vazio, de modo a obter 25 – 1 = 32 – 1 = 31.
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a quantidade de subconjuntos de um conjunto com 5 elementos, obtendo 25 = 32, e
concluiu que o resultado obtido seria a quantidade de ações solicitada.
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equivocado, que a quantidade de ações que podem ser realizadas no
jogo seria dada pelo número de permutações de 5 elementos, obtendo P5 = 5! = 120.

22 A
a) (V) Para atingir o solo, é necessário que as alturas sejam iguais a zero. Assim, tem-se:
 H1: −5t2 + 50t + 120 = 0
 50  4 900 50  70 20
t     2 (não convém)
 2  ( 5) 10 10
   50  4  ( 5)  120  4 900  
2

 50  4 900 50  70 120


t  2  ( 5)

10

10
 12

 H2: −5t2 + 25t + 120 = 0
 25  3025 25  55 30
t     3 (não convém)
 2  ( 5) 10 10
   252  4  ( 5)  120  3025  
 25  3025 25  55 80
t  2  ( 5)

10

10
8

Assim, a diferença, em módulo, entre os tempos que os projéteis demandaram para atingir o alvo é |12 – 8| = 4 s.
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou os tempos necessários para cada projétil atingir a altura de partida novamente,
obtendo:
t  0 (não convém)
H1 : 5t 2  50 t  120  120  5t 2  50 t  0  5 t  ( t  10 )  
t  10 s
t  0 (não convém)
H2 : 5t 2  25t  120  120  5t 2  25t  0  5t  ( t  5)  
t  5 s
Desse modo, o aluno concluiu que a diferença, em módulo, entre os tempos seria de |10 – 5| = 5 s.
c) (F) Possivelmente, o aluno não interpretou adequadamente o texto da questão e marcou a alternativa que indica o tempo
do projétil que chega mais rápido ao alvo.
d) (F) Possivelmente, o aluno não interpretou adequadamente o texto da questão e marcou a alternativa que indica o tempo
do projétil que demora mais para chegar ao alvo.
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a soma entre os tempos em vez de calcular a diferença, obtendo
8 + 12 = 20 s.

23 A
t

a) (V) Sendo P o percentual de carbono-14 ainda presente no fóssil, tem-se P  100%  2 5 730
. Assim, como a datação do fóssil
indica 40 110 anos, o percentual desse isótopo ainda existente nele é:
40110
 100% 100%
P  100%  2 5730  100%  27    0, 8%
27 128
128%
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou P   1, 28%  1, 3%.
100
c) (F) Possivelmente, o aluno tentou estimar o percentual por meio de uma proporção, obtendo:
0, 5 P 40110  0, 5
 P   3, 5
5730 40110 5730

61
Matemática e suas Tecnologias

Além disso, associou o resultado obtido ao percen- 25 E


tual de 3,5%.
a) (F) Possivelmente, o aluno aplicou, de modo equivo-
40110
d) (F) Possivelmente, o aluno realizou a divisão =7 cado, a propriedade do logaritmo do quociente e a
5730
do logaritmo da potência, obtendo:
e associou o resultado obtido ao percentual de 7%.
M = log A + log 3t + log 1,62
e) (F) Possivelmente, o aluno tentou estimar o percentual
M = log A + log 3t + 0,22
por meio de uma proporção inversa, obtendo:
Assim, substituindo o valor da amplitude (A) na
0, 5 P 5730  0, 5 expressão encontrada, obteve:
 P   7,1%
40110 5730 40110 M = log 1 + log 3t + 0,22
M = 0 + log 3t + 0,22
24 A M = log 3t + 0,22
a) (V) Como cada pé de alface é vendido por R$ 2,50, o b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
valor (y) recebido pelo produtor é dado pela rela- que log ba = log ab, obtendo:
ção y = 2,5x, em que x é o número de pés de alface M = log A + log 3t – log 1,62
vendidos. A relação encontrada é uma função do M = log A + log 3t – 0,22
1o grau, cujo gráfico é uma reta. Assim, para deter- Assim, substituindo o valor da amplitude (A) na
minar o seu gráfico, basta encontrar dois pontos expressão encontrada, obteve:
pertencentes a ele. Note que, se o produtor não M = log 1 + log 3t – 0,22
vender nenhum pé de alface (x = 0), o valor rece- M = 0 + log 3t – 0,22
bido por ele será y = 2,5 ⋅ 0 = 0, portanto o ponto M = log 3t – 0,22
(0, 0) pertence ao gráfico. Além disso, se o produtor
c) (F) Possivelmente, o aluno aplicou corretamente as
vender 2 pés de alface (x = 2), o valor recebido por
propriedades dos logaritmos, entretanto se equi-
ele será y = 2,5 ⋅ 2 = 5, portanto o ponto (2, 5) per-
vocou e considerou que log 1 = 1, obtendo:
tence ao gráfico. Assim, o gráfico que melhor rela-
M = log 1 + 3 ⋅ log t – 0,22
ciona o valor (y) recebido pelo produtor em função
da quantidade (x) de pés de alface vendidos é: M = 1 + 3 ⋅ log t – 0,22
M = 3 ⋅ log t + 0,78
y
d) (F) Possivelmente, o aluno aplicou, de modo equivo-
cado, a propriedade do logaritmo do quociente,
encontrando:
M = log A + 3 ⋅ log t + log 1,62
5 M = log A + 3 ⋅ log t + 0,22
Assim, substituindo o valor da amplitude (A) na
expressão encontrada, obteve:
M = log 1 + 3 ⋅ log t + 0,22
2 x
M = 0 + 3 ⋅ log t + 0,22
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou M = 3 ⋅ log t + 0,22
que o gráfico que melhor atende às expectativas e) (V) Aplicando-se as propriedades dos logaritmos, a
do produtor seria aquele que informasse a quanti- relação dada pode ser expressa por:
dade de pés de alface vendidos em função do valor M = log At3 – log 1,62
recebido por ele. M = log A + log t3 – log 1,62
c) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o ponto (2, 5)
pertence ao gráfico, no entanto se equivocou ao mar-  162 
M  log A  3  log t  log  
cá-lo no plano cartesiano, marcando o ponto (5, 2).  100 
Além disso, acreditou que o gráfico corresponderia M = log A + 3 ⋅ log t – (log 162 – log 100)
a uma reta decrescente, desconsiderando que as M = log A + 3 ⋅ log t – (log 162 – 2)
grandezas envolvidas no problema são diretamente M = log A + 3 ⋅ log t – [log (2 ⋅ 34) – 2]
proporcionais. M = log A + 3 ⋅ log t – [log 2 + log 34 – 2]
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou M = log A + 3 ⋅ log t – [log 2 + 4 ⋅ log 3 – 2]
que a relação existente entre as grandezas envolvi-
M = log A + 3 ⋅ log t – [0,3 + 4 ⋅ 0,48 – 2]
das no problema seria uma função da forma y = ax,
M = log A + 3 ⋅ log t – 0,22
com a > 1. Além disso, acreditou que o ponto (5, 2)
pertenceria ao gráfico. Substituindo o valor da amplitude (A) na expressão
e) (F) Possivelmente, o aluno identificou que o ponto (2, 5) encontrada, obtém-se:
pertence ao gráfico, no entanto considerou que a M = log 1 + 3 ⋅ log t – 0,22
relação existente entre as grandezas envolvidas no M = 0 + 3 ⋅ log t – 0,22
problema seria uma função da forma y = ax, com a > 1. M = 3 ⋅ log t – 0,22

62
Matemática e suas Tecnologias

Por fim, a mediana de um conjunto de dados é o


Matemática 4 elemento central. Como se tem um conjunto de
dados com uma quantidade par de elementos, a
01 D mediana é dada pela média entre os dois elemen-
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou que os modelos tos centrais, obtidos após a organização em rol, ou
de sapatos da coleção primavera-verão deveriam 17  17 2  17
ficar sempre juntos, mas não contabilizou as permu- seja, Md    17.
2 2
tações que poderiam ocorrer entre eles, obtendo d) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
apenas 3! = 6 outdoors diferentes. mente que a moda, a média e a mediana formam,
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou com nessa ordem, uma sequência crescente. Dessa
a restrição dada e calculou uma combina- forma, ao obter a moda igual a 17, concluiu que a
ção de 5 elementos tomados 3 a 3, obtendo alternativa correta seria aquela cujo primeiro valor
5! 5! 5  4  3! 20 fosse 17 e cujos valores seguintes fossem maiores
C 5 ,3      10 outdoors
3!( 5  3)! 3!2! 3! 2! 2 que 17.
diferentes. e) (F) Possivelmente, o aluno calculou as medidas corre-
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou com a restrição tamente, no entanto trocou a ordem entre os valo-
dada e calculou uma permutação de 5 elementos res da média (16) e da mediana (17).
5! 5  4  3!
com repetição de 3, obtendo P5 ,3    20
outdoors diferentes. 3! 3! 03 B
d) (V) Considere M1, M2, M3, M4 e M5 os cinco novos a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
modelos de sapatos da fábrica, sendo M1, M2 e que as 10 medalhas deveriam ser alocadas em ape-
M3 os modelos que fazem parte da coleção prima- nas uma classe (ou 10 de ouro, ou 10 de prata, ou
vera-verão. Como os outdoors serão produzidos 10 de bronze). Nesse caso, contabilizou apenas 3
de modo que os modelos de sapatos da coleção formas distintas.
primavera-verão fiquem sempre juntos, pode-se b) (V) O aumento no quadro de medalhas brasileiro entre
entender o bloco (M1, M2, M3) como um único ele- os Jogos Olímpicos de Verão de 2016 e de 2020 foi
mento. Assim, a quantidade de permutações dos de 21 – 19 = 2 medalhas. Considerando que esse
elementos do conjunto {(M1, M2, M3), M4, M5} é aumento se manterá constante, o saldo brasileiro nos
P3 = 3! = 6. No entanto, pode-se permutar os três Jogos Olímpicos de Verão de 2024 será de 21 + 2 =
modelos da coleção primavera-verão dentro do 23 medalhas. Estabelecendo que, entre essas meda-
bloco (M1, M2, M3) de P3 = 3! = 6 formas distintas.
lhas, no mínimo 5 sejam de ouro, 4 sejam de prata e
Dessa forma, a quantidade de outdoors diferentes
4 sejam de bronze, há uma liberdade para a escolha
que poderão ser produzidos de acordo com a pro-
das 23 – 5 – 4 – 4 = 10 medalhas restantes. Como há
posta de marketing é:
três classificações (ouro, prata e bronze), tem-se o
P3 · P3 = 6 · 6 = 36
seguinte esquema como uma distribuição possível
e) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a restrição
para essas 10 medalhas.
de que os modelos de sapatos da coleção prima-
vera-verão deveriam ficar sempre juntos e, assim, Ouro Prata Bronze
calculou uma permutação simples de 5 elementos,
obtendo 5! = 120 outdoors diferentes.

02 C Nota-se que todas as distribuições de medalhas


podem ser representadas utilizando esquemas com
a) (F) Possivelmente, o aluno não se atentou à ordem de
exatamente 10 bolinhas e 2 tracinhos. Dessa forma,
apresentação das medidas e, ao obter a média (16),
o número de distribuições possíveis é equivalente
considerou que a alternativa correta seria aquela
ao número de modos distintos como se pode orga-
cujo primeiro valor fosse 16.
nizar 10 bolinhas e 2 tracinhos, que corresponde a
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou a moda correta-
uma permutação de 12 elementos com repetição de
mente, obtendo 17; entretanto, equivocou-se e
considerou que a média e a mediana seriam iguais 2 (10 bolinhas e 2 tracinhos), ou seja:
entre si pelo fato de o conjunto de dados possuir 12! 12  11 10!
P1210 , 2    6  11  66
uma quantidade par de elementos. Assim, calculou 10 !2! 10! 2!
a média, obtendo 16, e concluiu que a mediana Portanto, há 66 formas distintas de as 23 medalhas
também seria 16. serem distribuídas, sendo no mínimo 5 de ouro,
c) (V) A moda de um conjunto de dados é o elemento de 4 de prata e 4 de bronze.
maior recorrência, nesse caso Mo = 17. A média, c) (F) Possivelmente, o aluno calculou uma combinação
por sua vez, é a razão entre a soma de todos os de 10 elementos tomados 3 a 3 ao identificar que
elementos do conjunto e a quantidade desses ele-
são 10 medalhas a serem distribuídas em 3 classes
mentos, ou seja:
12  10  17  17  19  21 96 10! 10  9  8  7!
Me    16 e obteve C10 , 3    5  3  8  120 .
3!7! 3! 7!
6 6

63
Matemática e suas Tecnologias

d) (F) Possivelmente, o aluno identificou que deve- mínima de dias equivale à quantidade de sequên-
ria calcular uma permutação com elementos cias, que é 240. Portanto, conclui-se que o amigo
repetidos, entretanto se equivocou e calculou que indicou corretamente a quantidade de dias foi
25! 25  24  23! o III.
P2523 ,2    25  12  300 , desconsi-
23!2! 23! 2! d) (F) Possivelmente, o aluno considerou corretamente
derando que, entre as 23 medalhas, no mínimo 5 que a quantidade mínima de dias seria equivalente
devem ser de ouro, 4 devem ser de prata e 4 devem à quantidade de sequências aleatórias; no entanto,
ser de bronze. confundiu-se e calculou esta como uma permuta-
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou uma combinação de ção simples de 5 elementos, considerando as músi-
23 elementos tomados 3 a 3 ao identificar que são 23 cas do mesmo artista como um único elemento e
medalhas a serem distribuídas em 3 classes e obteve obtendo 5! = 120 sequências e, consequentemente,
23! 23  22  21 20! 120 dias. Assim, concluiu que o amigo que indicou
C23 , 3    23  11 7  1771. corretamente a quantidade de dias foi o IV.
3!20! 3! 20!
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou corretamente
04 C que a quantidade mínima de dias seria equiva-
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- lente à quantidade de sequências aleatórias;
mente que o aumento do número de alunos matri- no entanto, confundiu-se e calculou esta como
culados no Ensino Médio foi de 30% – 20% = 10%. uma combinação de 6 elementos tomados 2 a 2,
Assim, calculou 10% de 760 + 440 = 1 200, obtendo 6! 6! 6  5  4! 30
obtendo C6 ,2      15
0,1 ∙ 1 200 = 120. 2!( 6  2)! 2!4! 2! 4! 2
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas cal- sequências e, por consequência, 15 dias. Assim,
culou 30% de 440, obtendo 0,3 ∙ 440 = 132. concluiu que o amigo que indicou a quantidade
c) (V) Sabe-se que, em 2022, a escola possuía 760 alunos correta de dias foi o V.
e que 20% deles estavam matriculados no Ensino
Médio, o que corresponde a 0,2 ∙ 760 = 152 alu- 06 B
nos. Em 2023, após a reforma, a escola passou a ter
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calcu-
760 + 440 = 1 200 alunos, dos quais 30% estavam
lou a mediana como sendo a média aritmética
matriculados no Ensino Médio, o que equivale a
entre os valores mais próximos entre si, obtendo
0,3 ∙ 1 200 = 360 alunos. Portanto, de 2022 para
2023, o aumento do número de alunos matricula- 5, 23  5, 67  5, 78 16, 68
  5, 56.
dos no Ensino Médio foi de 360 – 152 = 208. 3 3
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas cal- b) (V) Como há uma quantidade par de dados, a mediana
culou 30% de 760, obtendo 0,3 ∙ 760 = 228. será obtida pela média aritmética entre os valores
e) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e apenas cal-
centrais, encontrados após a ordenação dos dados,
culou 30% de 1 200, obtendo 0,3 ∙ 1 200 = 360.
que, no caso da questão, já estão ordenados. Desse
modo, a mediana é:
05 C
5, 78  8,11  13, 89  6, 95
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou corretamente 2 2
que a quantidade mínima de dias seria equivalente
à quantidade de sequências aleatórias; no entanto, c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
equivocou-se e calculou esta como uma permuta- mediana como sendo a diferença entre o maior e o
ção simples de 6 elementos, desconsiderando a menor valor, obtendo:
restrição dada e obtendo 6! = 720 sequências e, 12,30 – 5,23 = 7,07
consequentemente, 720 dias. Assim, concluiu que d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
o amigo que indicou corretamente a quantidade de média dos dados apresentados, obtendo:
dias foi o I. 5, 23  5, 67  5, 78  8,11 10, 57  12, 30 47, 66
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou corretamente   7, 94
6 6
que a quantidade mínima de dias seria equivalente
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
à quantidade de sequências aleatórias; no entanto,
mediana como sendo a média entre o menor e o
equivocou-se e calculou esta como uma permuta-
ção de 6 elementos com repetição de 2, obtendo maior valor, obtendo:
6! 6  5  4  3  2! 5, 23  12, 30 17, 53
P6 , 2    360 sequências e, por con-   8, 77
2! 2! 2 2
sequência, 360 dias. Assim, concluiu que o amigo
que indicou a quantidade correta de dias foi o II. 07 C
c) (V) Como as duas músicas do mesmo artista devem a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
vir seguidas, pode-se entendê-las como um único mente apenas as peças com pontuações repetidas,
elemento. Assim, a quantidade de sequências alea- obtendo:
tórias é dada por 2! · 5! = 2 · 120 = 240. Como a pes- (0 + 0) + (1 + 1) + (2 + 2) + (3 + 3) + (4 + 4) + (5 + 5) +
soa irá ouvir uma sequência por dia, a quantidade (6 + 6) = 2 ∙ (0 + 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6) = 2 ∙ 21 = 42

64
Matemática e suas Tecnologias

b) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou equivocada- que, no mês de agosto, a quantidade de veículos
mente as peças com pontuações repetidas, obtendo: vendidos, em milhar, foi de 174,5 + 59,4 = 233,9.
6 ∙ (0 + 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6) = 6 ∙ 21 = 126 e) (V) Como o aumento no número de carros vendi-
c) (V) Observe a figura a seguir, em que as peças que dos ocorre de forma linear desde junho, o acrés-
compõem um jogo de dominó estão apresentadas. cimo mensal, em milhar, é de 174,5 – 132,8 = 41,7.
Assim, conclui-se que, no mês de agosto, a quan-
tidade de veículos vendidos, em milhar, foi de
174,5 + 41,7 = 216,2.

09 E
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocadamente
que a empresa obteve lucro no período em que o
custo foi decrescente, obtendo o intervalo (9, 15).
b) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou o intervalo
(3, 5), obtendo apenas o intervalo (13, 15].
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e conside-
rou o intervalo em que a empresa obteve prejuízo,
Na figura, aparecem todas as combinações possí-
obtendo [1, 3) ∪ (5, 13).
veis dos pontos de 0 a 6, dois a dois, inclusive com
d) (F) Possivelmente, o aluno acreditou que a empresa
repetição. Percebe-se que cada pontuação aparece
obteve lucro no período em que o faturamento foi
8 vezes, ou seja, a soma dos pontos de todas as
crescente, obtendo o intervalo (1, 4) ∪ (10, 15).
peças de um jogo de dominó é:
e) (V) O lucro ocorre durante o período em que o fatu-
8 ∙ (0 + 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6) = 8 ∙ 21 = 168
ramento supera o custo. Pela análise do gráfico,
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- conclui-se que a empresa obteve lucro no período
mente que mudar a ordem das pontuações gera- representado pelo intervalo (3, 5) ∪ (13, 15].
ria uma nova peça, dessa forma contabilizou duas
vezes as peças com pontuações distintas, obtendo
10 A
8 ∙ 21 + 6 ∙ 21 = 14 ∙ 21 = 294.
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- 6!
a) (V) Há C6 ,3  C3 ,2  C1,1 formas de distribuir os
mente que a soma solicitada seria equivalente à 3!2!
soma dos vinte e oito primeiros termos de uma pro- 6 telespectadores entre as 3 emissoras, de modo
gressão aritmética (P.A.) de primeiro termo a1 = 1 que 3 prefiram a emissora A, 2, a emissora B e 1 pre-
e de razão r = 1, fazendo: fira a emissora C. Assim, a probabilidade solicitada
(1 28)  28 6!
 29  14  406 é ⋅ 0,13 ⋅ 0, 52 ⋅ 0, 4 .
2 3!2!

08 E b) (F) Possivelmente, o aluno acreditou que o espaço


a) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o cresci- amostral seria composto de 6! possibilidades.
mento ocorre de forma linear desde abril e, além Assim, estimou que a probabilidade solicitada seria
disso, calculou o acréscimo mensal, em milhar, 1 6! 1
  0,13  0, 52  0, 4   0,13  0, 52  0, 4.
como sendo 174,5 – 55,7 = 118,8. Assim, concluiu 6! 3!2! 3!2!
que, no mês de agosto, a quantidade de veículos
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que há 6! for-
vendidos, em milhar, foi de 174,5 + 118,8 = 293,3.
mas de distribuir os 6 telespectadores entre as
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o cresci-
3 emissoras, de modo que 3 prefiram a emissora A,
mento ocorre de forma linear desde abril e, além
2, a emissora B e 1 prefira a emissora C. Assim,
disso, calculou o acréscimo mensal, em milhar, concluiu que a probabilidade solicitada seria
132, 8  55, 7 188, 5 6! ∙ 0,13 ∙ 0,52 ∙ 0,4.
como sendo   94, 3. Assim,
2 2 d) (F) Possivelmente, o aluno acreditou que há apenas
concluiu que, no mês de agosto, a quantidade de veí- 6 formas de distribuir os 6 telespectadores entre as
culos vendidos, em milhar, foi de 174,5 + 94,3 = 268,8. 3 emissoras. Assim, estimou que a probabilidade
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o cresci- solicitada seria 6 ∙ 0,13 ∙ 0,52 ∙ 0,4.
mento ocorre de forma linear desde abril e, além e) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou as várias for-
disso, calculou o acréscimo mensal, em milhar, mas de distribuir os 6 telespectadores entre as 3 emis-
como 132,8 – 55,7 = 77,1. Assim, concluiu que, no soras e, dessa forma, estimou a probabilidade de uma
mês de agosto, a quantidade de veículos vendidos, única forma de distribuição, que é 0,13 ∙ 0,52 ∙ 0,4.
em milhar, foi de 174,5 + 77,1 = 251,6.
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o cresci- 11 A
mento ocorre de forma linear desde abril e, além a) (V) A média entre os preços da ação da empresa
disso, calculou o acréscimo mensal, em milhar, 20  40  30  50  30
174, 5  55, 7 118, 8 A é  34, enquanto a
como   59, 4. Assim, concluiu 5
2 2 média entre os preços da ação da empresa B é

65
Matemática e suas Tecnologias

50  10  30  20  50
 32 . Assim, no período considerado pelo gráfico, o preço médio da ação da empresa B é R$ 2,00
5
menor que o preço médio da ação da empresa A.
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a soma dos preços das ações das duas empresas, em vez da média,
obtendo R$ 170,00 para A e R$ 160,00 para B. Assim, calculou a diferença e concluiu que o preço médio da ação da
empresa B é R$ 10,00 menor que o preço médio da ação da empresa A.
c) (F) Possivelmente, o aluno analisou apenas o último mês do período (maio), concluindo que o preço da ação da empresa
B é R$ 20,00 maior que o preço da ação da empresa A.
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a média entre o preço inicial (janeiro) e o preço final (maio) das duas empresas no período
considerado, obtendo R$ 25,00 para A e R$ 50,00 para B. Assim, concluiu que o preço médio da ação da empresa B é
R$ 25,00 maior que o da ação da empresa A.
e) (F) Possivelmente, o aluno analisou apenas o primeiro mês do período (janeiro), concluindo que o preço da ação da
empresa B é R$ 30,00 maior que o preço da ação da empresa A.

12 C
10 2  70 2  90 2  50 2
a) (F) Possivelmente, o aluno esqueceu de um dos valores, obtendo    60 2  300  10 3 litros.
4
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou a mediana, em vez da média. Além disso, inverteu a ordem da subtração, obtendo:
10 2  70 2  90 2  80 2  50 2
  70 2   500  10 5 litros
5
10  70  90  80  50
c) (V) A média da produção mensal dessa cooperativa é x   60. Assim, o desvio padrão é:
5
10 2  70 2  90 2  80 2  50 2
  60 2  800  20 2 litros
5
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a média de modo equivocado, obtendo 50, e, além disso, equivocou-se quanto à
fórmula do desvio padrão, fazendo:
 50  10    50  70    50  90    50  80    50  50   4 500  30 5 litrros
2 2 2 2 2


e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou quanto à fórmula do desvio padrão, fazendo:
  10 2  50 2  70 2  80 2  90 2  4  60 2  7600  20 19 litros

13 C
17
a) (F) Possivelmente, o aluno encontrou o desvio padrão corretamente, obtendo DP = , no entanto se equivocou ao
36
17
calcular a raiz quadrada de 36, encontrando DP = .
36
 x  x    x 2  x      xn  x  ,
2 2 2

b) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equivocada, que o desvio padrão é dado por DP  1
17 n
obtendo DP = .
36
 x1  x    x 2  x      xn  x  , em que x é a média aritmética do conjunto de
2 2 2

c) (V) O desvio padrão é dado por DP 


n
dados, n é o número de elementos do conjunto de dados, e x1, x2, ..., xn são os elementos que o compõem. Assim,
obtém-se:

2   0  x   3  1 x   1  2  x 
2 2 2

DP 
2  3 1

2   0  x   3  1 x   1  2  x 
2 2 2

DP 
6
2  0  3  1 1 2 5
Sabendo que x   , conclui-se:
2  3 1 6
2 2 2
 5  5  5
2   0    3   1   1  2  
 6  6  6
DP 
6

66
Matemática e suas Tecnologias

 25   1  49 
2     3     1  
 36   36   36 
DP 
6
50 3 49
 
DP  36 36 36
6
102
102 1 17 17
DP  36    
6 36 6 36 6

 x1  x    x 2  x      xn  x  ,
2 2 2
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equivocada, que o desvio padrão é dado por DP 
102 17
=
obtendo DP = .
36 6
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de forma equivocada, que o desvio padrão é dado por DP   x1  x    x 2  x      xn  x 
2 2 2

17
obtendo DP = .
6
14 B
130  120 10 1
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou a diferença entre as probabilidades como sendo    0, 25  25%. Dessa
300  260 40 4
forma, como a diferença obtida é maior que ou igual a 10 pontos percentuais, concluiu que o resultado do teste brasileiro
e o resultado obtido pelos cientistas em Nova York foram concordantes.
b) (V) Calculando-se a probabilidade de pessoas que se movimentam com e sem energia e sincronia serem assaltadas,
obtém-se:
Tipo de movimento
Probabilidade
corporal

120 2
Com energia e sincronia = = 0, 4 = 40%
300 5

130 1
Sem energia e sincronia = = 0, 5 = 50%
260 2

Dessa forma, a diferença entre as probabilidades é de 50% – 40% = 10%, sendo, portanto, uma diferença significativa.
Logo, o resultado do teste brasileiro e o resultado obtido pelos cientistas em Nova York foram concordantes.
130  120 10
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a diferença entre as probabilidades como sendo   0, 0385  3, 85%.
260 260
Dessa forma, como a diferença obtida é menor que 10 pontos percentuais, concluiu que o resultado do teste brasileiro e
o resultado obtido pelos cientistas em Nova York foram discordantes.
130  120 10
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a diferença entre as probabilidades como sendo   0, 0333  3, 33%.
300 300
Dessa forma, como a diferença obtida é menor que 10 pontos percentuais, concluiu que o resultado do teste brasileiro
e o resultado obtido pelos cientistas em Nova York foram discordantes.
130  120 10
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a diferença entre as probabilidades como sendo   0, 0179  1, 79%.
300  260 560
Dessa forma, como a diferença obtida é menor que 10 pontos percentuais, concluiu que o resultado do teste brasileiro
e o resultado obtido pelos cientistas em Nova York foram discordantes.

15 A
a) (V) A média do número de focos de incêndio dos últimos cinco anos do período registrado no gráfico (2016-2020) é:
5184  5773  1691 10 025  18259 40 932
  8186, 4
5 5
O texto informa que, em setembro de 2020, foram registrados 8 106 focos de incêndio no Pantanal. Esse número repre-
8106
senta quase o total correspondente à média de 8 186,4. De fato, calculando-se a razão , obtém-se, aproximada-
8186, 4
mente, 99%.

67
Matemática e suas Tecnologias

b) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o período d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a probabilidade de
dos últimos 5 anos contemplaria também 2015, selecionar-se um voluntário que não sentiu efeitos
pois 2020 – 5 = 2015. Dessa forma, ao calcular a colaterais, obtendo:
P(S) = 60% ∙ 25% + 70% ∙ 35% + 75% ∙ 40% = 69,5%.
média, somou todos os valores de 2015 a 2020 e
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou, de modo equivo-
dividiu por 5 o resultado encontrado, obtendo
cado, a probabilidade do evento S, obtendo:
9 078. Assim, concluiu que o percentual corres- P(S) = 40% ∙ 25% + 30% ∙ 35% + 25% ∙ 40% = 30,5%
pondente aos 8 106 focos de incêndio registra- Assim, concluiu que a probabilidade solicitada
8106 seria:
dos em setembro de 2020 seria de ≅ 89%.
9078 75%  40% 30
P C | S    0, 984  98, 4%
30, 5% 30, 5
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a média do
período de 2016 a 2020 como a média entre o maior
17 C
e o menor valor nesse intervalo (18 259 e 1 691),
a) (F) Possivelmente, o aluno confundiu média com moda
obtendo 9 975. Assim, concluiu que o percentual e, assim, calculou a moda das pontuações obtidas
correspondente aos 8 106 focos de incêndio regis- nas cinco habilidades, obtendo 5.
8106 b) (F) Possivelmente, o aluno confundiu média com
trados em setembro de 2020 seria de ≅ 81%.
9975 mediana e, assim, calculou a mediana das pontua-
ções obtidas nas cinco habilidades, obtendo 6.
d) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente a c) (V) Pelo gráfico, pode-se verificar que as pontuações
média do período (8 186,4), no entanto se equivo- obtidas nas habilidades de velocidade, passe, dri-
cou ao determinar o percentual correspondente ble, finalização e defesa do jogador são, respecti-
aos 8 106 focos de setembro de 2020, fazendo vamente, 10, 6, 5, 9 e 5. Dessa forma, a pontuação
8 186,4 – 8 106 = 80,4 e associando o resultado a 10  6  5  9  5 35
final dele é   7.
80,4%, que corresponde a, aproximadamente, 80%. 5 5
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a média do período d) (F) Possivelmente, o aluno considerou apenas as pon-
como a média entre os valores de 2016 (5 184) e de tuações correspondentes às linhas primárias do
2020 (18 259), obtendo 11 721,5. Assim, concluiu gráfico, ou seja, 10 e 6. Assim, calculou a pontuação
10  6 16
que o percentual correspondente aos 8 106 focos do jogador como sendo   8.
2 2
de incêndio registrados em setembro de 2020 seria
8106 e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a pontua-
de ≅ 69%. ção final do jogador é igual à pontuação da habili-
11721, 5
dade melhor avaliada, obtendo 10.
16 C
18 C
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou a probabilidade soli-
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou todos os índices
75%  40% 30
citada como sendo   0, 231  23,1%. apresentados no gráfico e, além disso, esqueceu-
60%  70% 130
-se de colocá-los em ordem crescente, obtendo 11
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou a probabilidade como valor mediano.
solicitada como sendo: b) (F) Possivelmente, o aluno identificou os doze menores
índices, no entanto se esqueceu de colocá-los em
40% 40 ordem crescente e, assim, calculou o valor mediano
  0, 421  42,1% .
40%  30%  25% 95 como a média aritmética entre os termos centrais
c) (V) Os efeitos colaterais dos fármacos A, B e C não 11, 2  11
11,2 e 11, obtendo  11,1.
foram sentidos por 60%, 70% e 75% dos voluntários 2
que testaram os respectivos medicamentos. Consi- c) (V) Os doze menores índices correspondem aos apre-
derando C o evento em que o voluntário testou o sentados no gráfico com exceção do índice do
último trimestre considerado. Colocando-os em
fármaco C e S o evento em que o voluntário selecio-
ordem crescente, obtém-se a lista:
nado não sentiu efeitos colaterais, a probabilidade
11; 11,2; 11,2; 11,6; 11,6; 11,8; 11,8; 11,8; 12; 12,2;
P C  S 12,6; 12,9
pedida é dada por P  C | S   . Como P(S) =
P S  Como a lista possui uma quantidade par de ele-
mentos, o valor mediano é dado pela média aritmé-
60% ∙ 25% + 70% ∙ 35% + 75% ∙ 40% = 69,5%, conclui-
tica entre os elementos centrais (11,8 e 11,8). Dessa
75%  40% 30 11, 8  11, 8 2  11, 8
-se que P  C | S     0, 432  43, 2%. forma, o valor mediano é   11, 8.
69, 5% 69, 5 2 2

68
Matemática e suas Tecnologias

d) (F) Possivelmente, o aluno considerou todos os índices apresentados no gráfico e, além disso, confundiu o valor mediano
11  11, 2  11, 2  11, 6  11, 6  11, 8  11, 8  11, 8  12  12, 2  12, 6  12, 9  13,, 3 155
com o valor médio, obtendo   11, 9.
13 13
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou todos os índices apresentados no gráfico e, além disso, desconsiderou a frequência
deles, obtendo a lista ordenada: 11; 11,2; 11,6; 11,8; 12; 12,2; 12,6; 12,9; 13,3. Assim, concluiu que o valor mediano seria 12.

19 A
a) (V) O projeto I prevê que, de um total de 7 ⋅ 2 = 14 sacadas por prédio, duas serão escolhidas para serem pintadas de
vermelho. Como a cor é a mesma, a ordem de escolha das sacadas é irrelevante. Assim, tem-se uma combinação de
14 elementos tomados 2 a 2.
14! 14  13  12! 14  13
C14 ,2     91
2!12! 2! 12! 2
Contudo, há a restrição de que as sacadas pintadas de vermelho pertençam a andares diferentes. Dessa forma, deve-se
excluir as possibilidades em que as duas sacadas escolhidas são do mesmo andar, que são 7. Logo, o projeto I viabiliza
91 – 7 = 84 possibilidades de se pintar cada prédio. Por outro lado, o projeto II prevê que duas sacadas de um mesmo
andar de cada prédio serão pintadas de vermelho, e as demais de branco. Portanto, há 7 possibilidades de pintura para
cada prédio. Como esse número é menor que a quantidade de prédios do condomínio e, de acordo com o texto, cada
prédio deve apresentar uma pintura diferente, conclui-se que o projeto II é incompatível. Assim, o projeto adequado
aos objetivos do condomínio é o I, com 84 possibilidades.
b) (F) Possivelmente, o aluno concluiu corretamente que o projeto II é incompatível, no entanto calculou o número de possi-
bilidades do projeto I como uma combinação de 14 elementos tomados 2 a 2, desconsiderando a restrição de que as
sacadas pintadas de vermelho pertençam a andares diferentes, e obteve 91 possibilidades.
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e, ao perceber que o número de possibilidade fornecidas pelo projeto II é igual
ao número de andares de cada prédio, concluiu que o projeto II seria o mais adequado aos objetivos do condomínio.
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o projeto II seria o mais adequado e, além disso, confundiu o número de pos-
sibilidades fornecidas por ele com o número de prédios do condomínio.
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o projeto II seria o mais adequado e, além disso, confundiu o número de pos-
sibilidades fornecidas por ele com o número de sacadas de cada prédio.

20 E
a) (F) Possivelmente, o aluno observou apenas que P(B) = 40% e que P(B ∩ S) = 36%. Desse modo, calculou a probabilidade
solicitada como sendo 40% ∙ 36% = 14,4%.
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou P(S) como a média aritmética entre os índices de satisfação, obtendo
80%  90%  40%
P(S)   70% . Em seguida, tendo em vista que P(B) = 40%, calculou a probabilidade solicitada como
3
sendo 40% ∙ 70% = 28%.
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente P(B ∩ S) = 36% e P(S) = 80%, no entanto se equivocou ao relacionar as
duas probabilidades e calculou a probabilidade solicitada como sendo 36% ∙ 80% = 28,8%.
d) (F) Possivelmente, o aluno observou que P(B) = 40% e que 90% dos que optaram pelo tratamento B saem satisfeitos.
Desse modo, calculou a probabilidade solicitada como sendo 40% ∙ 90% = 36%.
e) (V) Considerando a escolha aleatória de um cliente tratado no salão, simbolize por S o evento em que o cliente saiu satis-
feito e por A, B e C os eventos em que o cliente optou pelos tratamentos A, B e C, respectivamente. Desse modo, a
probabilidade de que a moça tratada no salão tenha optado pelo tratamento B, dado que ela saiu satisfeita, é expressa
por P(B|S).
De acordo com os dados do texto e pela tabela, tem-se:
P(A) = 50%
P(B) = 40%
P(C) = 10%
P(S|A) = 80%
P(S|B) = 90%
P(S|C) = 40%
Com essas informações e pela fórmula da probabilidade condicional, são obtidas as seguintes probabilidades:
P(A ∩ S) = P(A) ∙ P(S|A) = 50% ∙ 80% = 40%
P(B ∩ S) = P(B) ∙ P(S|B) = 40% ∙ 90% = 36%
P(C ∩ S) = P(C) ∙ P(S|C) = 10% ∙ 40% = 4%
Logo, conclui-se que P(S) = 40% + 36% + 4% = 80% e que a probabilidade solicitada é:
P(B  S) 36% 9
P(B|S)     0, 45  45%
P(S) 80% 20

69
Matemática e suas Tecnologias

21 D 100% – 73,10% = 26,90% têm renda superior a esse


valor. Assim, há 0,731 ⋅ 1 000 = 731 famílias com
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou
renda de até R$ 5 724,00 e 0,269 ∙ 1 000 = 269 famí-
a probabilidade de o jogador ganhar o prêmio
de 100 moedas nos dois baús abertos, obtendo lias com renda superior a R$ 5 724,00. Dessa forma,
2 1 2 1 pelo Princípio Fundamental da Contagem, há
   . 731 ∙ 269 = 196 639 maneiras distintas de se com-
9 8 72 36
por a presidência dessa comissão. Aproximando
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a para a centena mais próxima, obtém-se 196 600.
probabilidade de o jogador ganhar o prêmio total b) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente
de 100 moedas, considerando a soma das premia- que 269 famílias da comissão têm renda superior
ções. Assim, concluiu que, para a ocorrência desse a R$ 5 724,00, no entanto, para obter o número
evento, o jogador precisaria abrir dois baús que for- de maneiras distintas de se compor a presidência
necem o prêmio de 50 moedas, com probabilidade da comissão, multiplicou 269 por 1 000, obtendo
3 2 6 1 269 000.
de    .
9 8 72 12 c) (F) Possivelmente, o aluno calculou uma combinação
c) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou que, para de 1 000 elementos tomados 2 a 2, desconsiderando
a segunda abertura, um baú já havia sido aberto a restrição para a formação da presidência, e obteve
e que, portanto, haveria apenas oito disponí- 1000! 1000  999  998!
veis, assim obteve a probabilidade como sendo C1000 ,2    500  999  499500.
2!998! 2!998!
7 2 14
  . d) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente
9 9 81 que 731 famílias da comissão têm renda de até
d) (V) Para ganhar o prêmio de 100 moedas somente no R$ 5 724,00, no entanto, para obter o número de
segundo baú aberto, o jogador não pode abrir um maneiras distintas de se compor a presidência
baú que fornece essa premiação na primeira aber- da comissão, multiplicou 731 por 1 000, obtendo
tura, assim o primeiro baú aberto deverá fornecer 731 000.
premiação de 25 ou 50 moedas. A probabilidade e) (F) Possivelmente, o aluno calculou um arranjo de 1 000
7 elementos tomados 2 a 2, desconsiderando a res-
de ocorrência desse evento é de , dado que, entre
9 trição para a formação da presidência, e obteve
os 9 baús, há 4 baús que fornecem o prêmio de
25 moedas e 3 que fornecem o prêmio de 50 moe- 1000! 1000  999  998!
A1000 ,2    1000  999  999000.
das. A probabilidade de o segundo baú aberto forne- 998! 998!
2 1
cer premiação de 100 moedas é de = , visto que
8 4 23 C
1 dos 9 baús já foi aberto e que há 2 que fornecem o a) (F) Possivelmente, o aluno identificou a quantidade de
prêmio de 100 moedas. Portanto, a probabilidade trimestres em que o índice de desemprego foi igual
de o jogador ganhar o prêmio de 100 moedas a 12%, obtendo apenas o 2o tri 2019.
7 1 7 b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e identificou
somente no segundo baú aberto é de   .
9 4 36 a quantidade de trimestres em que o índice de
desemprego apresentou redução em relação ao
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que havia a
trimestre imediatamente anterior e que, ao mesmo
mesma quantidade de baús para cada premiação,
ou seja, 3. Assim, ao calcular a probabilidade de o tempo, atingiu percentuais maiores ou iguais a
jogador ganhar o prêmio de 100 moedas somente 12%, obtendo o 2o tri 2018 e o 2o tri 2019, totali-
no segundo baú aberto, obteve: zando 2 trimestres.
c) (V) Os trimestres em que o índice de desemprego
6 3 18 1 apresentou redução em relação ao trimestre ime-
  
9 8 72 4 diatamente anterior e, ao mesmo tempo, atingiu
índices menores que 12% foram o 4o tri 2017, o
22 A 3o tri 2018, o 4o tri 2018, o 3o tri 2019 e o 4o tri 2019,
a) (V) De acordo com o regulamento da comissão, con- totalizando 5 trimestres.
clui-se que o número de membros aptos a compor d) (F) Possivelmente, o aluno identificou a quantidade de
a presidência corresponde ao número de famílias trimestres em que o índice de desemprego atingiu
inscritas na comissão. Desse modo, para calcular percentuais menores ou iguais a 12%, obtendo o
a quantidade de maneiras de se compor a presi- 4o tri 2017, o 3o tri 2018, o 4o tri 2018, o 2o tri 2019,
dência, considera-se apenas a quantidade de famí- o 3o tri 2019 e o 4o tri 2019, totalizando 6 trimestres.
lias em cada faixa de renda. Como a distribuição e) (F) Possivelmente, o aluno identificou apenas a quan-
de renda da comissão de moradores se aproxima tidade de trimestres em que o índice de desem-
da distribuição obtida com a pesquisa POF para a prego apresentou redução em relação ao trimestre
população brasileira de 2017 e 2018, conclui-se que imediatamente anterior, obtendo o 4o tri 2017, o
23,90% + 18,60% + 30,60% = 73,10% das famílias da 2o tri 2018, o 3o tri 2018, o 4o tri 2018, o 2o tri 2019,
comissão têm renda de até R$ 5 724,00, enquanto o 3o tri 2019 e o 4o tri 2019, totalizando 7 trimestres.

70
Matemática e suas Tecnologias

24 A c) (V) Considere os seguintes eventos.


D: ser uma pessoa daltônica
a) (V) A moda é o termo de maior frequência em um con-
F: ser uma pessoa do sexo feminino
junto de dados, enquanto a mediana de um con-
M: ser uma pessoa do sexo masculino
junto de dados com uma quantidade par de termos
De acordo com o texto, tem-se as probabilidades:
é dada pela média aritmética entre os dois termos
P(D|F) = 0,5%
centrais, encontrados após a organização em rol
P(D|M) = 8,5%
dos dados. Dessa forma, constata-se que Mo = 63
P(F) = P(M) = 50%
62  63 125
e Md    62, 5 . Assim, o módulo da Aplicando-se o Teorema da Probabilidade Total,
2 2
obtém-se:
diferença entre a mediana e a moda das idades dos P(D) = P(D|F) ⋅ P(F) + P(D|M) ⋅ P(M)
oito últimos presidentes é |62,5 – 63| = |–0,5| = 0,5. P(D) = 0,5% ⋅ 50% + 8,5% ⋅ 50%
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou a mediana correta- P(D) = 0,25% + 4,25%
mente, entretanto confundiu a moda com a média, P(D) = 4,50%
obtendo: Portanto, a probabilidade de uma pessoa selecio-
63  75  63  57  63  62  40  54 477 nada ao acaso apresentar daltonismo é de 4,50%.
Mo    59, 6
8 8 d) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
Dessa forma, concluiu que o módulo da diferença vocado, que a probabilidade solicitada seria dada
entre a mediana e a moda das idades dos oito últi- pela soma entre a probabilidade de uma pessoa do
mos presidentes é |62,5 – 59,6| = |2,9| = 2,9. sexo masculino ser daltônica e a probabilidade de
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a moda corre- uma pessoa do sexo feminino ser daltônica, encon-
tamente, entretanto calculou a mediana como a trando P(D) = 8,5% + 0,5% = 9%.
média dos dois termos centrais sem ordenar o con- e) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi-
57  63 120 vocado, que a probabilidade solicitada seria dada
junto de dados, obtendo Md    60.
2 2 pela razão entre a probabilidade de uma pessoa do
Dessa forma, concluiu que o módulo da diferença sexo masculino ser daltônica e a probabilidade de
entre a mediana e a moda das idades dos oito últi- uma pessoa do sexo feminino ser daltônica. Além
mos presidentes é |60 – 63| = |–3| = 3. disso, equivocou-se ao calcular a razão, obtendo
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a moda corre- 8, 5%
=P(D) = 17%.
tamente, entretanto confundiu a mediana com a 0, 5%
média, obtendo:
63  75  63  57  63  62  40  54 477 Matemática 5
Md    59, 6
8 8
Dessa forma, concluiu que o módulo da diferença 01 C
entre a mediana e a moda das idades dos oito últi- a) (F) Possivelmente, o aluno aplicou a Relação Funda-
mos presidentes é |59,6 – 63| = |–3,4| = 3,4. mental da Trigonometria de forma equivocada, cal-
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a mediana corre- culando:
tamente, entretanto considerou, de modo equivo- sen θ + cos θ = 1
cado, que a moda é dada pela média aritmética sen θ + 0,6 = 1
entre os termos de menor e maior valor, obtendo sen θ = 1 – 0,6 = 0,4
40  75 115 Assim, concluiu que a altura procurada seria h = 5 ·
Mo    57, 5 . Dessa forma, concluiu
2 2 sen θ = 5 · 0,4 = 2 m.
que o módulo da diferença entre a mediana e a b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou em relação à
moda das idades dos oito últimos presidentes é razão trigonométrica que deveria aplicar, obtendo:
|62,5 – 57,5| = |5| = 5. h = 5 · cos θ = 5 · 0,6 = 3 m
c) (V) A figura a seguir ilustra o momento em que o
25 C esqueitista se encontra na posição correspondente
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou a probabilidade de  10 
à metade do comprimento da rampa   5 m .
uma pessoa selecionada ao acaso ser do sexo femi-  2 
nino e daltônica, simultaneamente, e considerou, de
modo equivocado, o resultado obtido como a pro- 5m
babilidade solicitada. Assim, obteve P(D) = 0,5% ⋅
50% = 0,25%. 5m
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou a probabilidade de h
θ Chão
uma pessoa selecionada ao acaso ser do sexo mas-
culino e daltônica, simultaneamente, e considerou, Observando o triângulo retângulo formado, tem-se:
de modo equivocado, o resultado obtido como a
probabilidade solicitada. Assim, obteve P(D) = 8,5% ⋅ h
sen    h  5  sen 
50% = 4,25%. 5

71
Matemática e suas Tecnologias

Dado que cos θ = 0,6, pela Relação Fundamental Aplicando a definição de cosseno ao triângulo
da Trigonometria, obtém-se o valor do sen θ. retângulo obtido, encontra-se:
sen2 θ + cos2 θ = 1 h
cos ( 5)   h  140  cos ( 5)  140  0, 99 
sen2 θ + (0,6)2 = 1 140
sen2 θ + 0,36 = 1 h  138, 6 cm  1, 386 m
sen2 θ = 1 – 0,36 = 0,64 Como se deseja encontrar a altura em relação ao
sen θ = 0, 64 = 0,8 piso, deve-se acrescentar 2 cm = 0,02 m ao valor
Conclui-se, portanto, que a altura procurada é encontrado. Assim, a altura do totem em relação ao
h = 5 · sen θ = 5 · 0,8 = 4 m. piso é 1,386 m + 0,02 m = 1,406 m. Entre os valores
d) (F) Possivelmente, o aluno interpretou o problema de apresentados, o que mais se aproxima desse valor
forma equivocada, considerando que, como a rampa é 1,41 m.
tem 10 m, o esqueitista, ao percorrer metade desse e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
comprimento (5 m), também estaria a uma altura de
que 1,40 m corresponde à altura do totem em rela-
5 m do chão.
ção à base de aço inoxidável. Assim, para encontrar
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou em relação
a altura do totem em relação ao piso, adicionou
à razão trigonométrica que deveria aplicar e, além
2 cm = 0,02 m a esse valor, obtendo:
disso, utilizou o comprimento total da rampa (10
1,40 m + 0,02 m = 1,42 m
m), obtendo h = 10 · cos θ = 10 · 0,6 = 6 m.

02 D 03 D
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou apenas a altura a) (F) Possivelmente, o aluno identificou o gráfico cor-
do totem em relação à base de aço inoxidável, respondente à função D(t) = 2 · sen (t), no entanto
obtendo h = 1,386 m. Além disso, equivocou-se ao se esqueceu de deslocá-lo 3 unidades para cima
aproximar esse valor para duas casas decimais, con- para obter o gráfico desejado.
siderando 1,38 m como a aproximação. b) (F) Possivelmente, o aluno admitiu equivocadamente
b) (F) Possivelmente, o aluno apenas calculou a altura que D(t) = 3 + 2 · sen (t) = 5 · sen (t) e, assim, consi-
do totem em relação à base de aço inoxidável,
derou o gráfico correspondente a essa função em
obtendo:
vez do correspondente à função D(t) = 3 + 2 · sen (t).
h = 1,386 m ≅ 1,39 m
c) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu quanto ao for-
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou
mato dos gráficos das funções seno e cosseno e,
que 1,40 m corresponde à altura do totem em rela-
ção ao piso. assim, considerou o gráfico correspondente à fun-
d) (V) Considerando o corte lateral e baixando o seg- ção D(t) = 3 + 2 · cos (t) em vez do correspondente
mento perpendicular de comprimento h, que cor- à função D(t) = 3 + 2 · sen (t).
responde à altura do totem em relação à base de d) (V) A expressão D(t) = 3 + 2 · sen (t) representa uma fun-
aço inoxidável, tem-se um triângulo retângulo de ção senoidal de valores máximo e mínimo, respecti-
ângulos internos 90°, 85° e 5°. vamente, Dmáx = 3 + 2 = 5 UA e Dmín = 3 – 2 = 1 UA,
de amplitude A = 2 UA e de valor inicial D(0) = 3 UA.
Dessa forma, o gráfico que atende a essas especi-
ficações e que, consequentemente, mostra o com-
portamento de D em função de t é:
D
7

5
140 cm h 4

1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 t
–1
85 o

2 cm
e) (F) Possivelmente, o aluno se confundiu e considerou
o gráfico correspondente à função cossenoidal
30 cm D(t) = 2 + 3 · cos (t).

72
Matemática e suas Tecnologias

04 B
a) (F) Possivelmente, o aluno encontrou corretamente t = 3, no entanto associou o resultado obtido ao terceiro mês do ano,
que é março.
 t  t  6
b) (V) Para a função P atingir o seu menor valor, deve-se ter sen    1   t  3. Como t = 0 corresponde ao
6
  6 2 2
mês de janeiro, conclui-se que t = 3 corresponde ao mês de abril. Assim, o mês ideal para o investidor realizar a compra
da ação será abril.
c) (F) Possivelmente, o aluno não compreendeu como resolver o problema e calculou o menor preço, em real, assumido pela
ação ao longo do ano de 2022, obtendo 40 – 35 = 5. Além disso, associou o resultado obtido ao quinto mês do ano,
que é maio.
d) (F) Possivelmente, o aluno não compreendeu como resolver o problema e calculou o menor preço, em real, assumido pela
ação ao longo do ano de 2022, obtendo 40 – 35 = 5. Além disso, lembrando que t = 0 corresponde ao mês de janeiro,
associou o resultado obtido ao mês de junho.
e) (F) Possivelmente, o aluno acreditou que a função P atinge o seu menor valor quando o seno assume valor zero, concluindo
 t  t 6
que sen    0  t  6. Assim, lembrando que t = 0 corresponde ao mês de janeiro, associou o resultado
6 6 
obtido ao mês de julho.

05 A
a) (V) Considere ABC o triângulo de vértices nos faróis A e B e na embarcação em C. Assim, como a soma dos ângulos inter-
ˆ  180  75  45  60. Como 45° < 75°, conclui‑se que o lado oposto ao
nos de um triângulo vale 180°, tem‑se ACB
ângulo de 45° é menor que o lado oposto ao ângulo de 75°. Logo, o farol A está mais próximo ao navio localizado no
ponto C. Sendo x a distância desse farol ao navio, aplica‑se a Lei dos Senos.
AC AB x 600 600 2 600  2  3
   x   200  1, 4  1, 7  x  476 m
sen ( 45) sen ( 60) 2 3 3 3
2 2
Portanto, o farol A é o mais próximo ao navio e está a uma distância de 476 m.
b) (F) Possivelmente, o aluno pensou que a menor distância seria igual a 600  sen ( 60)  300 3  300  1, 7  510 m.
600 600 2 1200  3
c) (F) Possivelmente, o aluno pensou que a menor distância seria igual a   600    400  1, 7  680 m.
sen ( 60) 3 3 3
2
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao aplicar a Lei dos Senos, obtendo:
AC AB x 600 600 3 600  2  3
   x   300  1, 4  1, 7  x  714 m
sen ( 60) sen ( 45) 3 2 2 2
2 2
e) (F) Possivelmente, o aluno pensou que sen (60°) fosse igual a 0,5 e, ao aplicar a Lei dos Senos, obteve:
AC AB x 600
    x  600 2  600  1, 4  x  840 m
sen ( 45) sen ( 60) 2 1
2 2

06 E
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a medida do segmento BC em vez da altura do prédio, obtendo 12 m.
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou equivocadamente a medida h como sendo h = 32 – 20 = 12 m e adicionou ao resultado
obtido a altura do teodolito, encontrando H = 13,5 m.
c) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a medida h, mas subtraiu, ao invés de adicionar, a altura do teodolito,
obtendo H = h – 1,5 ⇒ H = 14,5 m.
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a medida h, mas não adicionou à altura encontrada a altura do teodo-
lito, considerando H = h = 16 m.
e) (V) Observe a figura a seguir, que ilustra a situação descrita.

73
Matemática e suas Tecnologias

D
08 A
a a) (V) Observe a figura a seguir.
B D C
20 m
h θ
H 4m L2

F E
θ
a 2a L1
A B
C A
1,5 m 20 m 1,5 m 12 m
Sala

Aplicando o Teorema do Ângulo Externo no triân-


gulo ABD, obtém-se:
  BAD
CBD   BDA
  2    BDA
  BDA
  .

Assim, o triângulo ABD é isósceles e, portanto,


BD = 20 m. Aplicando a definição de seno e a de 3m
cosseno no triângulo retângulo BCD, tem-se:
Aplicando-se a definição de secante no
h
sen 2  triângulo retângulo CDE e a de cosse-
20
cante no triângulo retângulo AEF, obtém-se:
12 3
cos 2   cos 2 
L2
20 5 sec    L 2  4  sec 
Pela Relação Fundamental da Trigonometria, cons- 4
tata-se: L1
sen2 2α + cos2 2α = 1 cossec    L1  3  cossec 
3
h2 9
 1 Desse modo, como L = L1 + L2, obtém-se L = L1 + L2
400 25
= 3 ∙ cossec θ + 4 ∙ sec θ.
h2 + 144 = 400 b) (F) Possivelmente, o aluno aplicou a definição de
h2 = 256
seno no triângulo retângulo AEF e a de cos-
h = 16 m
Somando a altura do teodolito, conclui-se que a seno no triângulo retângulo CDE, encontrando
altura do prédio é H = h + 1,5 = 16 + 1,5 = 17,5 m. 3 3 4 4
sen    L1  e cos    L 2  .
L1 sen  L2 cos 
07 D Entretanto, efetuou a soma entre as medidas do
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- segmento L1 e do segmento L2 de modo equivo-
mente a equação a2 + a4 = 2 ∙ (a3 + a5) e, além disso,
cado, obtendo L = 3 ∙ cos θ + 4 ∙ sen θ.
equivocou-se durante os cálculos, fazendo a2 + a4 =
2 ∙ (a3 + a5) ⇒ a1q + a1q3 = 2 ∙ (a1q2 + a1q4) ⇒ c) (F) Possivelmente, o aluno aplicou a definição de
1 cotangente no triângulo retângulo AEF e a de
1 = 2 ∙ (q + q) ⇒ 1 = 4q ⇒ q = .
4 tangente no triângulo retângulo CDE, encon-
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada- AF DC
mente a equação a2 + a4 = 2 ∙ (a3 + a5), obtendo trando cot g    AF  3  cot g  e tg    DC  4  t
3 4
1
q= . DC
2 tg    DC  4  tg , entretanto se equivocou ao consi-
4
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
derar que L = AF + DC, obtendo L = 3 ∙ cotg θ +
mente a equação a3 + a5 = a2 + a4, obtendo q = 1.
d) (V) Nota-se que a razão entre a quantidade de gulo- 4 ∙ tg θ.
seimas resgatadas pela quarta criança e a pela ter- d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas cal-
ceira corresponde à razão da progressão geomé- culou o valor de L1. Para isso, aplicou a definição
trica (P.G.) descrita no texto. Dessa forma, sendo de cossecante no triângulo retângulo AEF, obtendo
an a quantidade de guloseimas resgatadas pela
L
enésima criança e q a razão da P.G., tem-se: cossec   1  L1  3  cossec .
a3 + a5 = 2 ∙ (a2 + a4) ⇒ a1q2 + a1q4 = 2 ∙ (a1q + a1q3) ⇒ 3
a1q2 ∙ (1 + q2) = 2a1q ∙ (1 + q2) ⇒ q = 2 e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e apenas cal-
Portanto, a razão solicitada é 2. culou o valor de L2. Para isso, aplicou a definição
e) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente q = 2,
de secante no triângulo retângulo CDE, obtendo
no entanto considerou que, para obter a razão
solicitada, deveria elevar ao quadrado esse resul- L
sec   2  L 2  4  sec .
tado, fazendo q2 = 22 = 4. 4

74
Matemática e suas Tecnologias

Q
09 D
a) (F) Possivelmente, o aluno interpretou equivocada-
mente que deveria calcular apenas o saldo devedor
após o pagamento da entrada. Além disso, consi-
derou que o valor de todas as prestações seria de x+5

R$ 3 750,00, obtendo:
350 ∙ R$ 3 750,00 = R$ 1 312 500,00
b) (F) Possivelmente, o aluno interpretou equivoca- q
damente que deveria calcular o saldo devedor. P
x+9
Além disso, concluiu que o valor total a ser pago 2
pelo comprador seria de 350 ∙ R$ 3 750,00 =
A partir do cosseno de θ, calcula-se
R$ 1 312 500,00. Assim, como o valor da entrada é de
R$ 150 000,00, concluiu que o saldo devedor seria x9
3 x9
de R$ 1 312 500,00 – R$ 150 000,00 = 1 162 500,00. cos   2  0, 6   
c) (F) Possivelmente, o aluno identificou corretamente x5 5 2  ( x  5)
que deveria calcular a soma dos termos de uma 6 x  30  5 x  45  x  15 m
progressão aritmética, porém se equivocou quanto
Logo, as medidas dos lados PQ e PR são, respecti-
a  a   n  1 , obtendo:
à fórmula e utilizou S  1 n vamente, PQ = x + 5 = 20 m e PR = x + 9 = 24 m.
2
Para obter o seno de θ, pode-se utilizar a Relação
S
a1  a350   351   3750  650   351  772200 Fundamental da Trigonometria.
2 2
Dessa forma, ao somar ao valor da entrada o resul- sen2   cos2   1  sen2   1 0, 62 
tado obtido, encontrou R$ 922 200. sen2   0, 64  sen    0, 64 
d) (V) Como o valor das 350 prestações decresce linear- sen '  0, 8
mente, conclui-se que o saldo remanescente equi- 
sen "  0, 8 (não convém, pois 0    180)
vale à soma dos termos de uma progressão aritmética
(P.A.) de primeiro termo a1 = 3 750 e de último termo 4
Portanto, sen   0, 8  , e a área do galinheiro
a350 = 650. Sendo S o saldo remanescente, obtém- 5
a  a   350   3750  650   350  770 000.
-se S  1 350 (área do triângulo PQR) é de:
2 2
4
Portanto, o valor total pago pelo comprador será 20  24 
PQ  PR  sen  5  384  192 m2 .
R$ 150 000 + R$ 770 000 = R$ 920 000. A 
2 2 2
e) (F) Possivelmente, o aluno identificou corretamente
que deveria calcular a soma dos termos de uma c) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente as
progressão aritmética, porém se equivocou quanto medidas x = 15 m, PQ = 20 m e PR = 24 m, no
à fórmula e utilizou S  1 n
a  a   n  1 , obtendo: entanto substituiu o valor do cosseno de θ na fór-
2 20  24  0, 6
 a1  a350   349  3750  650   349 mula da área, calculando A   144 m2 .
S   767800 2
2 2
d) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente as
Dessa forma, ao somar ao valor da entrada o resul-
medidas x = 15 m, PQ = 20 m e PR = 24 m, no
tado obtido, encontrou R$ 917 800.
entanto aplicou a Relação Fundamental da Trigono-
metria equivocadamente, fazendo sen θ = 1 – 0,6 =
10 B 0,4. Assim, calculou a área como:
a) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente as 20  24  0, 4
medidas x = 15 m, PQ = 20 m e PR = 24 m, no A  96 m2
2
entanto, ao aplicar a fórmula da área, substituiu o
valor do cosseno de θ e não realizou a divisão por 2, e) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente as
calculando A = 20 · 24 · 0,6 = 288 m2. medidas x = 15 m, PQ = 20 m e PR = 24 m, no
b) (V) Como os lados PQ e QR têm a mesma medida entanto aplicou a Relação Fundamental da Trigo-
(x + 5), percebe-se que o triângulo PQR é isósceles nometria equivocadamente, além de calcular a raiz
de base PR. Assim, para determinar o comprimento quadrada também de modo equivocado, fazendo
(x) de cada tela de arame, traça-se a altura relativa
sen   1 0, 6  0, 4  0, 2 . Assim, calculou a área
à base PR, de modo a se obterem dois triângu-
los retângulos congruentes, um deles mostrado a 20  24  0, 2
como A   48 m2 .
seguir. 2

75
Matemática e suas Tecnologias

11 C b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao obter a


posição final do casal A, fazendo 4 810° = 13 ⋅ 360° +
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
130°. Assim, concluiu que a posição final do casal
quantidade de pares de coelhos bebês gerados no
A pertence ao quadrante II e que a do casal B per-
6o mês, de modo a obter 8.
tence ao III (60° + 130° = 190°).
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a
c) (V) As 12 poltronas dividem a circunferência em 12 par-
quantidade de pares de coelhos adultos existentes
no 6o mês, obtendo 8 + 5 = 13. 360
tes iguais, cada uma correspondente a  30.
c) (V) Pode-se separar os coelhos adultos em dois tipos: 12
os recém-adultos, que ainda não possuem capaci- Percebe-se que a posição inicial do casal A corres-
dade de gerar coelhos bebês, e os adultos repro- ponde ao ângulo de 60° e que a do casal B corres-
dutores, que geram coelhos bebês a cada mês. A ponde ao ângulo de 120°. Assim, após a realização
tabela a seguir resume a situação descrita. do passeio, a posição dos casais A e B serão, res-
pectivamente, 60° + 4 810° = 4 870° e 120° + 4 810° =
Tempo após Quantidade de 4 930°. Para identificar a que quadrante cada posi-
Total de pares
a compra pares de coelhos
de coelhos ção pertence, deve-se reduzir os ângulos obtidos à
(em mês) bebês gerados
primeira determinação positiva, obtendo:
1 par de coelhos
0 0 4 870° = 13 ∙ 360° + 190°
recém-adultos
4 930° = 13 ∙ 360° + 250°
1 par de coelhos adul-
1 1 Dessa forma, conclui-se que, após a realização do
tos reprodutores
passeio, tanto o casal A quanto o B se localizarão
1 par de coelhos adul-
tos reprodutores no quadrante III.
2 1 d) (F) Possivelmente, o aluno identificou corretamente
1 par de coelhos
recém-adultos que a posição final do casal A pertence ao qua-
2 pares de coelhos drante III, entretanto considerou que a posição final
adultos reprodutores do casal B pertenceria ao quadrante seguinte (IV).
3 2 e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao obter a
1 par de coelhos
recém-adultos posição final do casal B, fazendo 4 810° = 80 ⋅ 60° +
3 pares de coelhos 10°. Assim, concluiu que a posição final do casal B
adultos reprodutores pertence ao quadrante I e que a do casal A per-
4 3
2 pares de coelhos tence ao quadrante anterior (IV).
recém-adultos
5 pares de coelhos 13 E
adultos reprodutores a) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente cos
5 5
3 pares de coelhos
(30° + θ) = 0,38, no entanto se equivocou ao cal-
recém-adultos
cular a distância (d) do ponto P até a parede do
8 pares de coelhos prédio, considerando d = 0,6 ∙ 5,7 = 3,42 m. Assim,
adultos reprodutores
6 8 concluiu que a extensão da escada, no resgate do
5 pares de coelhos
recém-adultos 3, 42
morador do 3o andar, seria de= x = 9 m.
0, 38
Portanto, um semestre após a compra, terão sido
b) (F) Possivelmente, o aluno supôs que o ângulo 30° + θ
gerados 0 + 1 + 1 + 2 + 3 + 5 + 8 = 20 pares de
seria equivalente a 60°. Dessa forma, obtendo cor-
coelhos.
retamente a distância (d) do ponto P até a parede
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou
do prédio (4,56 m), calculou a extensão (x) atingida
a quantidade de pares de coelhos existentes no
pela escada no resgate do morador do 3o andar
6o mês, obtendo 8 + 5 + 8 = 21.
d 4, 56
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou a como cos 60   x   9,12 m.
quantidade de coelhos gerados um semestre após x 0, 5
a compra, obtendo 2 ∙ 20 = 40. c) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente a dis-
tância (d) do ponto P até a parede do prédio (4,56 m),
12 C no entanto se equivocou ao calcular o valor de cos
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e, em vez de (30° + θ), invertendo o sinal negativo da fórmula do
somar 4 810° a 60°, somou 4 810° a 600°, obtendo cosseno da soma e fazendo:
5 410°. Dessa forma, concluiu que, após a rea- cos (30° + θ) = cos 30° ∙ cos θ + sen 30° ∙ sen θ
lização do passeio, o casal A estaria na posição
3
de 10° (5 410° = 15 ∙ 360° + 10°). Para determinar a cos (30  )   0, 8  0, 5  0, 6
2
posição do casal B, verificou que os casais A e B
estão separados por 60° e, assim, somou 60° a 10°, 1, 7
cos (30  )   0, 8  0, 3
obtendo 70°. Dessa forma, concluiu que as posi- 2
ções finais dos casais A e B são, respectivamente, cos (30° + θ) = 0,85 ∙ 0,8 + 0,3
10° e 70°, ambas pertencentes ao quadrante I. cos (30° + θ) = 0,68 + 0,3 = 0,98

76
Matemática e suas Tecnologias

d 14 A
Em seguida, considerando que cos (30  )  ,
x a) (V) Para determinar a temperatura da substância após
4, 56 uma hora (60 minutos) de aquecimento, substitui-se
concluiu que x   4, 65 m e calculou a exten-
x por 60 na função:
0, 98
são atingida pela escada no resgate do morador do 60  60  
T( 60 )  12   sen    22  sen 600
3o andar como 5,7 + 4,65 = 10,35 m. 6  18 
d) (F) Possivelmente, o aluno tentou aproximar as medidas
3
pela figura, observando que, no resgate do mora- Como sen 600° = sen 240° = –sen 60° = − ,
dor do 3o andar, a escada aparenta ter, aproximada- obtém-se: 2
mente, o dobro da extensão observada no resgate 3 1, 73
do morador do 1o andar (5,7 m). Assim, considerou T( 60 )  22  22   21,1 C
2 2
que a extensão atingida pela escada no resgate do
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o valor do
morador do 3o andar seria de 2 ∙ 5,7 = 11,4 m.
e) (V) Denotando por x a extensão atingida pela escada 2
seno de 600° seria − e, assim, calculou:
no resgate do morador do 3o andar e por d a dis- 2
tância do ponto P até a parede do prédio, ambas 2 1, 41
T( 60 )  22   22   21, 3 C
medidas em metro, analisa-se a figura. 2 2
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o valor do
1
seno de 600° seria − e, assim, calculou:
2
1
T( 60 )  22   21, 5 C
2
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o valor do
1
seno de 600° seria e, assim, calculou:
2
x 1
T( 60 )  22   22, 5 C
2
m e) (F) Possivelmente, o aluno não observou a variação de
5, 7
30° sinal da função seno ao analisar a congruência dos
q
arcos, considerando que o valor do seno de 600°
P d
3 3
seria , ao invés de − , de modo a obter:
Dado que sen θ = 0,6 e que θ < 90°, pela Rela- 2 2
ção Fundamental da Trigonometria, obtém-se
3 1, 73
cos   1 0, 62  0, 8 . Observando o triângulo T( 60 )  22   22   22, 9 C
retângulo menor, cuja hipotenusa mede 5,7 m, 2 2
obtém-se a medida d:
d 15 B
cos   5, 7  d  0, 8  5, 7  d  4, 56 m
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou em relação à
Analisando o triângulo retângulo maior, cuja hipo- fórmula da soma dos termos da P.G., considerando
tenusa mede x, tem-se : a  qn
Sn  1 . Assim, considerando os 11 termos da
d 4, 56 q 1
cos (30  )  x 1 211
x cos (30  ) soma relativa ao estágio 10, obteve  2048.
2 1
Dessa forma, é necessário calcular o valor de cos
(30° + θ) para se obter a medida x. b) (V) Segundo o processo de construção descrito, a par-
cos (30° + θ) = cos 30° ∙ cos θ – sen 30° ∙ sen θ tir do estágio 2, há um acréscimo de 2 quadrados
para cada quadrado acrescentado no estágio ante-
3 rior. Dessa forma, analisando-se a sequência for-
cos (30  )   0, 8  0, 5  0, 6
2 mada pelo número de quadrados em cada estágio,
1, 7 tem-se:
cos (30  )   0, 8  0, 3
2 Quadrados 2
1  4
 3  8
 7  16
 15  32
 31  
cos (30° + θ) ≅ 0,85 ∙ 0,8 – 0,3 Estágio 0 1 2 3 4
cos (30° + θ) ≅ 0,68 – 0,3 = 0,38 Como os acréscimos são potências de 2, pode-se
Portanto, no resgate do morador do 3o andar, a
obter o número de quadrados em cada estágio
escada foi aberta até atingir uma extensão de
a partir da soma dos termos de uma progressão
4, 56
medida= x = 12 m. geométrica (P.G.) de razão q = 2 e primeiro termo
0, 38 a1 = 1, conforme descrito a seguir.

77
Matemática e suas Tecnologias

Estágio 0: 1
Estágio 1: 1 + 2 = 3
Estágio 2: 1 + 2 + 22 = 7
Estágio 3: 1 + 2 + 22 + 23 = 15
Estágio 4: 1 + 2 + 22 + 23 + 24 = 31
 
Estágio 10: 1 + 2 + 22 + 23 + 24 +  + 210

a1  (qn  1)
Sabendo que a soma dos n primeiros termos de uma P.G. é expressa por Sn  , conclui-se que o número de
q 1
1 (211  1)

quadrados que compõem o estágio 10 é 1 2  22
    2
23 10
  211  1  2048  1  2047.
2 1
11 termos
a1  qn1
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou em relação à fórmula da soma dos termos da P.G., considerando Sn  .
q 1
1 2111
Assim, considerando os 11 termos da soma relativa ao estágio 10, obteve  210  1024 .
2 1

d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a soma 1 + 2 + 22 + 23 +  + 210 seria composta por 10 termos, em vez de 11.
1 (210  1)
Assim, calculou  210  1  1024  1  1023.
2 1
a1  qn1
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou em relação à fórmula da soma dos termos da P.G., considerando Sn  .
q 1
Além disso, considerando que a soma 1 + 2 + 22 + 23 +  + 210 seria composta por 10 termos, em vez de 11, calculou:
1 210 1
 29  512
2  1

16 B
a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou a meta de 2021 em vez da meta de 2022, obtendo:
a6  a1 5, 2  3, 8 1, 4
a6  a1  5r  r     r  0, 28
5 5 5
b) (V) Sabe-se que a meta de 2022 foi 6 e que o último resultado total do Ideb observado apresentado na tabela é o de 2017,
em que o Ideb observado total foi 3,8. Dessa forma, o acréscimo médio anual de nota pode ser obtido calculando-se
a razão (r) de uma progressão aritmética de primeiro termo a1 = 3,8 e de último termo a6 = 6,0. Pela fórmula do termo
geral, obtém-se:
a  a 6, 0  3, 8 2, 2
a6  a1  5r  r  6 1    r  0, 44
5 5 5
Portanto, o acréscimo anual médio de nota para que a meta de 2022 fosse alcançada deveria ser de 0,44.
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que, de 2017 para 2022, há apenas dois períodos, devido à apresentação das notas
do Ideb apenas em anos ímpares. Assim, considerou a1 = 3,8 e a3 = 6,0, obtendo:
a3  a1 6, 0  3, 8 2, 2
a3  a1  2r  r  r    r  1,1
2 2 2
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou o aumento total necessário para que a meta de 2022 fosse atingida em
vez do aumento anual médio. Além disso, considerou a meta de 2021 em vez da de 2022, obtendo 5,2 – 3,8 = 1,4.
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou o aumento total necessário para que a meta de 2022 fosse atingida em
vez do aumento anual médio, obtendo 6,0 – 3,8 = 2,2.

17 A
a) (V) Sabendo que sen 150° = sen 30° e cos 150° = −cos 30°, obtém-se:
x ⋅ cos 150° – y ⋅ sen 150° =
300 ⋅ (–cos 30°) – 100 ⋅ sen 30° =
3 1
300   100  
2 2

−150 3 − 50

78
Matemática e suas Tecnologias

300 ⋅ sen 150° + 100 ⋅ cos 150° = e) (F) Possivelmente, o aluno confundiu o valor de cos-
300 ⋅ sen 30° + 100 ⋅ (–cos 30°) = seno 30° com o valor de cosseno 45°, obtendo:
1 3 x ⋅ cos 150° – y ⋅ sen 150° =
300   100   300 ⋅ (–cos 30°) – 100 ⋅ sen 30° =
2 2
2 1
150 − 50 3 300   100  
2 2
Portanto, o ponto de localização do novo
centro de distribuição possui coordenadas −150 2 − 50
( 150 3  50,  50 3  150 ). 300 ⋅ sen 150° + 100 ⋅ cos 150° =
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi- 300 ⋅ sen 30° + 100 ⋅ (–cos 30°) =
vocado, que cos 150° = cos 30°, obtendo: 1 2
300   100  
x ⋅ cos 150° – y ⋅ sen 150° = 2 2
300 ⋅ cos 30° – 100 ⋅ sen 30° =
150 − 50 2
3 1 Assim, concluiu que o ponto de localização do
300   100  
2 2 novo centro de distribuição possui coordenadas
150 3 − 50 ( 150 2  50,  50 2  150 ) .
300 ⋅ sen 150° + 100 ⋅ cos 150° =
300 ⋅ sen 30° + 100 ⋅ cos 30° = 18 E
1 3 a) (F) Possivelmente, o aluno confundiu as definições de
300   100  
2 2 progressão aritmética e geométrica e concluiu que
150 + 50 3 a sequência numérica formada pela duração rela-
Assim, concluiu que o ponto de localização do tiva das figuras musicais é uma P.A. e, assim, calcu-
novo centro de distribuição possui coordenadas 1 1
lou a razão como sendo 1  .
2 2
(150 3  50, 50 3  150 ) .
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou, de modo equi- b) (F) Possivelmente, o aluno confundiu as definições de
vocado, que sen 150° = −sen 30°, obtendo: progressão aritmética e geométrica e concluiu que
x ⋅ cos 150° – y ⋅ sen 150° = a sequência numérica formada pela duração rela-
300 ⋅ (–cos 30°) – 100 ⋅ (–sen 30°) = tiva das figuras musicais é uma P.A. e, assim, calcu-
3 1 1 1 1
300   100   lou a razão como sendo   .
2 2 2 4 4

150 3  50 c) (F) Possivelmente, o aluno compreendeu correta-


mente que se trata de uma progressão geométrica,
300 ⋅ sen 150° + 100 ⋅ cos 150° =
no entanto considerou, de modo equivocado, que
300 ⋅ (–sen 30°) + 100 ⋅ (–cos 30°) =
a razão corresponderia à média geométrica entre
1 3 as durações da primeira e da última figura musical,
300   100  
2 2
1 1 1
obtendo 1   .
−150 − 50 3 64 64 8
Assim, concluiu que o ponto de localização do
d) (F) Possivelmente, o aluno compreendeu correta-
novo centro de distribuição possui coordenadas
mente que se trata de uma progressão geométrica,
( 150 3  50,  50 3  150 ). no entanto se confundiu e calculou a razão como se
d) (F) Possivelmente, o aluno confundiu os valores de 1 1 1
seno e cosseno de 30°, obtendo: fosse uma progressão aritmética, obtendo   .
2 4 4
x ⋅ cos 150° – y ⋅ sen 150° =
300 ⋅ (–cos 30°) – 100 ⋅ sen 30° = e) (V) Cada termo da sequência numérica formada pela
duração relativa das figuras musicais, a partir do
1 3
300   100   segundo, corresponde ao termo anterior dividido
2 2 por 2, assim a sequência numérica formada trata-se
−150 − 50 3 de uma progressão geométrica de razão .
1
300 ⋅ sen 150° + 100 ⋅ cos 150° = 2
300 ⋅ sen 30° + 100 ⋅ (–cos 30°) =
3 1 19 D
300   100   a) (F) Possivelmente, o aluno considerou, equivocada-
2 2
mente, que tg α = 1 ⇒ α = 30° e, além disso, esque-
150 3 − 50 ceu-se de multiplicar por 2 o resultado encontrado.
Assim, concluiu que o ponto de localização do b) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente α = 45°,
novo centro de distribuição possui coordenadas no entanto se esqueceu de multiplicar esse resultado
( −50 3 − 150, 150 3 − 50 ) . por 2.

79
Matemática e suas Tecnologias

c) (F) Possivelmente, o aluno considerou, equivocadamente, que tg α = 1 ⇒ α = 30°. Assim, ao multiplicar esse resultado por 2,
obteve 2 ⋅ 30° = 60° como o ângulo de abertura da lâmpada.
d) (V) A situação descrita pode ser representada pelo esquema a seguir.
Lâmpada

a
5m

5m 5m
Balcão


Como a lâmpada está situada exatamente acima do ponto central do balcão, o segmento que a liga ao móvel é per-
10
pendicular à superfície do balcão e o divide em duas partes de = 5 m de comprimento cada. Assim, dois triângulos
2
retângulos são formados e, portanto, pode-se aplicar as razões trigonométricas para descobrir a medida do ângulo α.
Aplicando-se a definição de tangente, obtém-se:
cateto oposto 5m
tg     1    45
cateto adjacente 5 m

Como os dois triângulos retângulos formados no esquema são congruentes, pelo caso L.A.L. (Lado-Ângulo-Lado),
conclui-se que o ângulo de abertura da lâmpada é de 2α = 2 ⋅ 45° = 90°.
5 1
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e fez cos       60. Assim, ao multiplicar esse resultado por 2, obteve
10 2
2 ⋅ 60° = 120° como o ângulo de abertura da lâmpada.

20 A
V
a) (V) De acordo com o texto, o valor mensal da amortização é . Na primeira parcela, o saldo devedor é V, assim o valor
99
V V
da primeira parcela é dado por  V i   (1 99i). Como o valor amortizado mensalmente é constante, o saldo
99 99
V V
devedor considerado para o cálculo dos juros da última prestação é V  98   . Assim, o valor da última parcela
99 99
V  V  V
será dado por    i   (1 i) . Como os valores dos juros e, consequentemente, das parcelas decrescem linear-
99  99  99
mente, pode-se utilizar a fórmula da soma dos termos de uma progressão aritmética para obter o valor total a ser pago
pelo casal, obtendo:
  a1

  an
  n
  V  V   
   (1 99i)    (1 i)   99
  99   99 
  V  (1 99i  1 i) V  (2  100i)

Vtotal    V  (1 50i)
2 2 2
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e utilizou a fórmula para o cálculo do montante em uma operação realizada no
sistema de juros simples, obtendo V ⋅ (1 + 99i).
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao calcular o valor total a ser pago pelo casal, obtendo:
  a1

  an
  n
  V  V   
   (1 99i)    (1 i)   99
  99   99 
  V  (1 99i  1 i) V  (2  100i)

Vtotal    V  (1 100i)
2 2 2
d) (F) Possivelmente, o aluno utilizou equivocadamente a fórmula para o cálculo do montante em uma operação realizada no
sistema de juros compostos, obtendo V ⋅ (1 + i)99.
e) (F) Possivelmente, o aluno utilizou equivocadamente a fórmula para o cálculo do montante em uma operação realizada no
sistema de juros compostos. Além disso, equivocou-se ao utilizar a fórmula, fazendo V ⋅ (1 + i)99 + 1 = V ⋅ (1 + i)100.

80
Matemática e suas Tecnologias

21 A 22 B
a) (V) Analisando a função fornecida, percebe-se que a a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada-
mente que o 985o brinquedo cadastrado no sistema
 t 
pressão arterial máxima ocorre quando sen   da fábrica seria uma boneca (B) por perceber que a
 200  letra B é a que mais se repete na sequência.
 t  b) (V) A sequência de cadastramento dos brinquedos
assume o seu valor mínimo, ou seja, sen    1, apresenta uma regularidade, que é a repetição
 200 
do período B, J, P, U, C, J, B. Como o período da
enquanto a pressão arterial mínima ocorre quando
sequência possui 7 elementos, conclui-se que, até
 t  o 985o cadastramento, ele se repetiu 140 vezes
sen   assume o seu valor máximo, ou seja,
 200  (quociente inteiro da divisão de 985 por 7) e que o
171o período ficou incompleto, parando no 5o ele-
 t  mento (resto da divisão de 985 por 7). Assim, como
sen    1. Assim, a pressão sistólica (máxima) do
 200  o 5o elemento do período é a letra C, conclui-se
paciente é Pmáx = 74 – 15 ⋅ (–1) = 74 + 15 = 89 mmHg que o 985o brinquedo cadastrado foi um carrinho.
e a pressão diastólica (mínima) é Pmín = 74 – 15 ⋅ 1 = c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao calcular o
resto da divisão de 985 por 7, obtendo 3. Assim,
74 – 15 = 59 mmHg. Dessa forma, de acordo com a
concluiu que o 985o brinquedo cadastrado corres-
tabela, esse paciente apresenta um quadro de hipo- ponderia ao 3o elemento do período da sequência,
tensão. ou seja, patinete (P).
b) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou d) (F) Possivelmente, o aluno calculou o resto da divisão
que a pressão arterial mínima ocorreria quando de 985 por 5 (quantidade de tipos de brinquedos)
 t  em vez de por 7, obtendo 0. Assim, concluiu que
sen   assumisse o seu valor mínimo, ou seja, o 985o brinquedo cadastrado corresponderia ao
 200 
último elemento do período da sequência. Entre-
 t  tanto, considerou equivocadamente que a ordem
sen    1, obtendo Pmín = 74 – 15 ⋅ (–1) = 74 + dos elementos do período seguia a ordem alfabé-
 200 
tica (B, C, J, P, U) e, assim, concluiu que o 985o brin-
15 = 89 mmHg. Além disso, não calculou o valor
quedo cadastrado seria um urso de pelúcia (U).
de Pmáx e considerou que o paciente apresenta um e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou ao calcular o
quadro de pré-hipertensão. resto da divisão de 985 por 7, obtendo 6. Assim,
c) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou concluiu que o 985o brinquedo cadastrado corres-
que o dobro do deslocamento vertical da função ponderia ao 6o elemento do período da sequência,
trigonométrica seria o valor de Pmáx, assim obteve ou seja, jogo de tabuleiro (J).
Pmáx = 2 ⋅ 74 = 148 mmHg. Além disso, não calculou
23 D
o valor de Pmín e considerou que o paciente apre-
senta um quadro de hipertensão estágio 1. a) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou
a medida do segmento GJ pelo produto 3 ⋅ 4,
d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e cal-
obtendo 12 m.
culou os primeiros instantes para os quais b) (F) Possivelmente, o aluno calculou corretamente a
 t  medida do segmento GP (28 m), no entanto consi-
sen   assume valores máximo e mínimo, 1
 200  derou que cos 120° é igual ao cos 60°, ou seja, .
2
 t  t 
obtendo sen    1   t  100 e Além disso, aplicou a definição de cosseno equivo-
 200  200 2
cadamente, obtendo:
 t  t   3 1
sen    1    t  300. Como 300 > 159 GJ = GP ⋅ cos 120° = 28 ⋅ ⇒ GJ = 14 m
 200  200 2 2
e 100 > 99, o aluno considerou que o paciente c) (F) Possivelmente, o aluno encontrou corretamente a
apresenta um quadro de hipertensão estágio 2. medida dos segmentos GP e JP, no entanto con-
e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e considerou siderou que a medida do segmento GJ equivale à
que a pressão arterial mínima ocorreria quando diferença entre a medida dos segmentos GP e JP,
respectivamente, obtendo:
 t  GJ = 28 – 12 = 16 m
sen   assumisse o seu valor mínimo, ou seja,
 200  d) (V) Como o jogador correu no mesmo instante em
que o goleiro lançou a bola e a encontrou após 4 s,
 t 
sen    1, obtendo Pmín = 74 – 15 ⋅ (–1) = conclui-se que a bola demorou 4 s para percorrer
 200  a trajetória GP. Sabendo que a velocidade média
74 + 15 = 89 mmHg. Além disso, não calculou o é dada pela razão entre a distância percorrida e
valor de Pmáx e considerou que o paciente apre- o tempo necessário para percorrê-la, obtém-se o
senta um quadro de hipertensão sistólica. comprimento dos segmentos GP e JP:

81
Matemática e suas Tecnologias

distância percorrida GP c) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a fórmula da soma


vm   7 m/s   GP  28 m
tempo 4s dos n primeiros termos de uma progressão aritmé-

tica para calcular a soma entre os valores das 8 pri-
distância percorrida JP
vm   3 m/s   JP  12 m meiras parcelas, entretanto considerou o valor do
tempo 4s
termo a9 em vez do a8, fazendo:
Assim, aplicando a Lei dos Cossenos no triângulo (a1  a8 )  8 (a1  450 )  8
S8    4 500 
GJP, obtém-se: 2 2
(GP)2 = (GJ)2 + (JP)2 – 2 ⋅ GJ ⋅ JP ⋅ cos 120° (a1  450 )  4  4 500  a1  450  1125  a1  675
 1 d) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e conside-
282  (GJ)2  122  2  GJ  12    
 2 rou que a última parcela (a9) teria valor correspon-
784 = (GJ)2 + 144 + 12 ⋅ GJ dente a 10% do valor da primeira (a1), calculando
(GJ)2 + 12 ⋅ GJ – 640 = 0 ⇒ GJ = 20 ou GJ = –32 10
a9   a1  a1  10a9  10  450  4 500.
Como GJ representa uma distância, conclui-se que 100
GP = −32 não convém e que, portanto, GJ = 20 m. e) (F) Possivelmente, o aluno se equivocou e calculou o
Logo, a distância entre o goleiro e o jogador no valor total da dívida, obtendo S9 = S8 + a9 = 4 500 +
momento do lançamento da bola era de 20 m. 450 = 4 950.
e) (F) Possivelmente, o aluno encontrou corretamente a
medida dos segmentos GP e JP, entretanto tentou 25 B
obter a distância GJ pelo Teorema de Pitágoras,
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou a amplitude da
fazendo: função periódica P, obtendo |−12,5| = 12,5, e con-
GJ2  122  282  GJ2  144  784  GJ  640  25 . cluiu que esse seria o menor tamanho populacional
do grupo de roedores.
b) (V) A função que modela o tamanho populacional do
24 B
grupo de roedores é uma função trigonométrica,
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivo-
cujos valores extremos estão associados aos valo-
cadamente que o valor da última parcela (a9)
res extremos da função cos (0,5πt). Nota-se que
equivaleria a 10% da dívida total (S9), obtendo o valor mínimo da função periódica P ocorrerá
10 quando cos (0,5πt) for máximo, ou seja, igual a 1.
a9   S9  S9  10a9  10  450  4 500 . Assim,
100 Assim, conclui-se que o menor tamanho popula-
pela fórmula da soma dos n primeiros ter- cional que o grupo de roedores atingirá ao longo
mos de uma progressão aritmética, encontrou dos anos é de P(t) = 45,3 – 12,5 ⋅ 1 = 45,3 − 12,5 =
(a  a )  9 (a1  450 )  9 32,8 mil indivíduos.
S9  1 9   4 500 
2 2 c) (F) Possivelmente, o aluno calculou o período da função
2  4 500 0, 5 
a1  450   1000  a1  1000  450  550 . pela razão invertida, encontrando p   0, 25 .
9 2
b) (V) Sendo S8 a soma entre os valores de todas Dessa forma, para obter o menor tamanho popula-
as parcelas anteriores à última, tem-se cional, substituiu t por 0,25, de modo a obter:
10 P(t) = 45,3 – 12,5 ⋅ cos (0,5π ⋅ 0,25)
 S8  450  S8  4 500 . Note que a sequência P(t) = 45,3 – 12,5 ⋅ cos (0,125π)
100
formada pelos valores das nove parcelas é uma pro- P(t) = 45,3 – 12,5 ⋅ cos 22,5°
P(t) = 45,3 – 12,5 ⋅ 0,92
gressão aritmética decrescente, cujo nono termo
P(t) = 45,3 – 11,5
é a9 = 450. Sabendo que S9 = S8 + a9, obtém-se
P(t) = 33,8 mil
S9 = 4 500 + 450 = 4 950. Assim, pela fórmula da
d) (F) Possivelmente, o aluno concluiu, de modo equi-
soma dos n primeiros termos de uma progressão
vocado, que o valor mínimo da função P ocorreria
aritmética, encontra-se:
quando cos (0,5πt) = 0, obtendo P(t) = 45,3 – 12,5 ⋅ 0 =
(a1  a9 )  9 (a1  450 )  9 45,3 mil.
S9    4 950 
2 2 e) (F) Possivelmente, o aluno concluiu equivocadamente
(a1  450 )  9  9900  a1  450  1100  a1  650 que o valor mínimo da função P ocorreria quando
Portanto, o valor da primeira parcela ficou em cos (0,5πt) = −1, obtendo P(t) = 45,3 – 12,5 ⋅ (−1) =
R$ 650,00. 45,3 + 12,5 = 57,8 mil.

82
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (F) O aluno pode ter se confundido e associado a


Ciências da Natureza e suas Tecnologias pausa prolongada ao momento da recalibragem.
Além disso, ele pode ter considerado que a pres‑
são aumenta durante a recalibragem dos pneus.
Física 1
c) (F) O aluno possivelmente associou de forma correta
01 C a pausa prolongada, o resfriamento dos pneus
e a diminuição de temperatura representada no
a) (F) O frio é uma sensação decorrente da perda de gráfico, mas se equivocou ao desconsiderar que a
calor, logo ele não pode ser transmitido por irra‑
pressão diminui proporcionalmente à temperatura.
diação como o calor, que corresponde à energia
d) (F) O aluno pode não ter considerado o sentido cor‑
térmica transferida entre dois corpos de diferentes
reto da curva linear que conecta os estados inicial e
temperaturas.
final.
b) (F) Na situação apresentada, as vestimentas dificultam
e) (V) Como o formato dos pneus não sofre alterações
a perda de energia térmica, e não a produzem.
perceptíveis, o volume ocupado pelo gás é cons‑
c) (V) Os casacos e as luvas citados no texto são bons iso‑
tante, ou seja, o gás sofre uma transformação iso‑
lantes térmicos, pois possuem baixa condutividade
volumétrica. Além disso, durante a pausa prolon‑
térmica. Sendo assim, eles agem como barreiras à
gada, a temperatura do gás no interior dos pneus
irradiação emitida pelo corpo, dificultando a perda
diminui, o que ocasiona a redução da pressão. De
de calor devido à diferença de temperatura entre o
acordo com a Lei de Charles para a transformação
corpo e o ambiente frio do shopping.
isovolumétrica, sabe-se que essas reduções ocor‑
d) (F) A temperatura interna do corpo humano é regu‑
rem de forma proporcional. Portanto, no gráfico
lada por um conjunto de mecanismos fisiológicos
que compõem o chamado sistema de termorregu‑ P × T, o volume é representado pela inclinação da
lação. Como esse sistema é uma característica do curva, ao longo da qual a pressão e a temperatura
próprio corpo, o uso de casacos e luvas térmicas diminuem proporcionalmente.
não interfere na tolerância fisiológica corporal.
e) (F) A transmissão espontânea de calor ocorre do 04 C
objeto de maior temperatura para o de menor tem‑ a) (F) Possivelmente, o aluno considerou apenas os 100 g
peratura. Sabe‑se que a temperatura corporal nor‑ de batata‑doce citados no texto.
mal (em torno de 37 °C) é maior que a do ambiente Q = m · c · ΔT
temático. Portanto, o calor é transmitido espon‑ 136 = m · 1 · (100 – 20) ⇒ m = 1,7 g ⇒ 1,7 mL
taneamente do corpo para o ambiente, e não do b) (F) O aluno pode ter considerado que a água foi
ambiente para o corpo. esquentada de 0 °C a 100 °C.
Q = m · c · ΔT
02 C 1 360 = m · 1 · 100 ⇒ m = 13,6 g ⇒ 13,6 mL
a) (F) A maior parte da radiação gama emitida pelo Sol é c) (V) Sabendo que 100 g de batata‑doce fornecem
desviada pelo campo magnético da Terra. 136 cal, tem‑se que 1 kg (1 000 g) fornece 1 360 cal.
b) (F) A radiação ultravioleta possui pouca capacidade de Assim, calcula‑se a quantidade de água que essa
aquecimento. Essa característica é associada princi‑ quantia de energia conseguirá esquentar de 20 °C
palmente à radiação infravermelha. a 100 °C.
c) (V) O excesso de gases poluentes presentes na atmos‑ Q = m · c · ΔT
fera terrestre absorve parte considerável da radia‑ 1 360 = m · 1 · (100 – 20) ⇒ m = 17 g
ção térmica que é refletida pela superfície do pla‑ Dessa forma, como a densidade da água é de
neta, provocando um agravamento do efeito estufa 1 g · mL–1, 17 g de água equivalem a 17 mL.
e, consequentemente, o aquecimento global. d) (F) O aluno pode ter considerado que a água sofreria
d) (F) A radiação refletida pelo campo magnético da uma variação de temperatura de 20 °C.
Terra é, principalmente, a ionizante, que tem pouca Q = m · c · ΔT
capacidade de aquecimento quando comparada à 1 360 = m · 1 · 20 ⇒ m = 68 g ⇒ 68 mL
radiação não ionizante. e) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a variação
e) (F) Ainda que esteja associada ao agravamento da de temperatura na equação do calor sensível.
poluição, a produção industrial pouco contribui Q = m · c
para o calor excessivo produzido pela atividade 1 360 = m · 1 ⇒ m = 1 360 g ⇒ 1 360 mL
humana.
05 A
03 E
a) (V) Sendo Q1 a energia recebida da fonte quente e Q2
a) (F) O aluno pode ter considerado corretamente que a energia dissipada para o meio externo, o rendi‑
a pressão no interior dos pneus diminui, mas se mento (η) do motor do veículo é dado por:
equivocou ao desconsiderar que a temperatura
Q  Q2
também diminui e que a transformação é isovolu‑  1
métrica. Q1

83
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Substituindo os valores fornecidos, tem-se: 07 B


20  Q 2 a) (F) O aluno utilizou o rendimento da gasolina na
0, 95 
20 estrada, obtendo:
|Q2| = 1 kWh 0, 75  0, 001 kg
0, 75 g/cm3   0, 75 kg/L
b) (F) Possivelmente, o aluno equivocou-se ao definir a 0, 001 L

fórmula do rendimento, fazendo: 10 000 · 0,75 = 7 500 kcal/L
Q1  Q 2 7500 kcal/L
 ≅ 664 kcal/km
Q2 11, 3 km/L

Substituindo os valores fornecidos, obteve: b) (V) Calcula-se a densidade da gasolina em kg/L,
sabendo que 1 cm³ = 1 mL = 0,001 L e 1 g = 0,001 kg:
20  Q 2
0, 95  0, 75  0, 001 kg
Q2 0, 75 g/cm3   0, 75 kg/L
0, 001 L
0,95 ∙ |Q2| = 20 – |Q2| Agora, calcula-se o poder calorífico da gasolina:
0,95 ∙ |Q2| + |Q2| = 20 10 000 · 0,75 = 7 500 kcal/L
Assim, obtém-se a quantidade de energia consu‑
1,95 ∙ |Q2| = 20 mida por quilômetro rodado, sabendo que o rendi‑
20 mento é de 10 km/L utilizando gasolina:
Q2   10
1, 95 7500 kcal/L
= 750 kcal/km
10 km/L
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que 95% equi‑
valem a 0,095 em vez de 0,95: c) (F) O aluno utilizou o rendimento do etanol para calcu‑
lar, fazendo:
Q1  Q 2
 0, 75  0, 001 kg
Q1 0, 75 g/cm3   0, 75 kg/L
0, 001 L
20  Q 2 10 000 · 0,75 = 7 500 kcal/L
0, 095  7500 kcal/L
20 ≅ 1 071 kcal/km
|Q2| = 18,1 kWh ≅ 18 kWh. 7 km/L

d) (F) Possivelmente, o aluno calculou o trabalho útil rea‑ d) (F) O aluno cometeu um equívoco ao calcular o poder
lizado pelo motor: calorífico, obtendo:
0, 75  0, 001 kg
τ = |Q1| − |Q2| = 20 − 1 = 19 kWh 0, 75 g/cm3   0, 75 kg/L
0, 001 L
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que toda a
10 000
energia fornecida pela fonte quente (20 kWh) é dis‑ ≅ 13333 kcal/L
sipada. 0, 75
13333 kcal/L
06 C ≅ 1333 kcal/km
10 km/L

a) (F) O aluno considerou o processo como uma expan‑
e) (F) O aluno cometeu um equívoco ao calcular a densi‑
são adiabática. dade da gasolina em kg/L, fazendo:
b) (F) O aluno deduziu que a pressão do álcool no interior 0, 75  0, 01 kg
0, 75 g/cm3   7, 5 kg/L
do frasco é maior que a pressão atmosférica e que, 0, 001 L
quando essa substância é retirada de dentro desse 10 000 · 7,5 = 75 000 kcal/L
75000 kcal/L
objeto, a pressão e a temperatura dela diminuem, = 7500 kcal/km
10 km/L
como se comporta um gás ideal.
c) (V) A energia cinética média das moléculas do álcool
08 B
aumenta quando essas absorvem energia térmica
da mão; assim, ele evapora sem precisar atingir a a) (F) O aluno pensou que, como a variação de tempera‑
tura é a mesma, a variação de volume do interior do
temperatura de 80 °C.
vasilhame e da água também seria.
d) (F) O aluno deduziu que ocorreu uma reação química b) (V) Devido ao efeito anômalo da água, o volume dela
endotérmica entre o álcool e a pele da mão, pos‑ aumenta ao atingir temperaturas menores que
sibilitando a evaporação do álcool a uma tempera‑ 4 °C, enquanto o do vasilhame diminui com a dimi‑
tura menor que 80 °C. Porém, o que ocorre é uma nuição da temperatura.
c) (F) O aluno concluiu que o volume de água iria dimi‑
transformação física.
nuir com a diminuição de temperatura e considerou
e) (F) O aluno deduziu que a evaporação do álcool só é que não haveria alteração do volume do interior do
possível ao atingir 80 °C. vasilhame.

84
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (F) O aluno supôs que o volume da água também b) (F) Possivelmente, o aluno utilizou o valor na variação
diminuiria, tal qual o do vasilhame. Mas sabe-se de temperatura que está relacionado à meta atual
que, devido ao efeito anômalo da água, ela tem um em vez do aumento de temperatura que pode
aumento no volume a temperaturas abaixo de 4 °C. ocorrer até 2030.
e) (F) O aluno pode ter achado que o efeito anômalo da TC TF

água ocorre de tal maneira que o volume dela não
5 9
se altera quando a temperatura cai a menos que
1, 5 TF
4 °C, quando, na verdade, esse volume aumenta.   TF  2, 7 F
5 9
09 C c) (F) Possivelmente, o aluno imaginou que a variação
na escala Celsius tem o mesmo valor numérico da
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o trilho
variação na escala Fahrenheit, como ocorre entre as
possui volume e utilizou o coeficiente de dilatação
escalas Celsius e Kelvin.
volumétrica.
d) (V) Aplica-se a relação de variação de temperatura
∆L = L0 ⋅ 3α ⋅ ∆T
1 = 500 ⋅ 3 ⋅ 1,25 ⋅ 10–5 ⋅ ∆T ⇒ ∆T ≅ 53 °C entre as escalas Celsius e Fahrenheit.
b) (F) Possivelmente, o aluno imaginou que a variação do TC TF

comprimento é igual ao raio das circunferências. 5 9
∆L = L0 ⋅ α ⋅ ∆T 3, 2 TF

0,5 = 500 ⋅ 1,25 ⋅ 10–5 ⋅ ∆T ⇒ ∆T = 80 °C 5 9
c) (V) Primeiramente, calcula-se o comprimento da parte 9  3, 2
distorcida do trilho. TF 
Distorção 5
∆TF ≅ 5,8 °F
e) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a soma das duas
variações de temperatura apresentadas no texto.
0,5 m 0,5 m 0,5 m 0,5 m TC TF
Trilho 
5 9
1, 5  3, 2 TF
  TF  8, 5 F
2m 5 9
2   R 2   R 2   R
C    2    R  2  3  0, 5  3 m
2 4 4
11 B
Então, como o trecho distorcido tinha, antes da
dilatação, 2 m, conclui-se que o aumento total do a) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a temperatura de
trilho foi de 3 – 2 = 1 m. Em seguida, aplica-se a ebulição da água em vez da variação de tempera‑
equação da dilatação térmica linear. tura para calcular o calor (Q) fornecido pela panela,
∆L = L0 ⋅ α ⋅ ∆T conforme demonstrado a seguir.
1 = 500 ⋅ 1,25 ⋅ 10–5 ⋅ ∆T Q = m  c  T + m  L
1 Q = (200 g)  (1 cal  g1  C 1 )  (100 C) + [(200 g)  ( 540 cal  g1 )]
T   160 C
500  1, 25  10 5
Q = 128 000 cal
d) (F) Possivelmente, o aluno pode ter considerado que Q = 537 600 J
a variação do comprimento seria igual ao compri‑ Para calcular a potência térmica (Ptérmica), conside‑
mento da distorção. rando que 20 minutos correspondem a 1 200 s, fez‑
∆L = L0 ⋅ α ⋅ ∆T -se:
3 = 500 ⋅ 1,25 ⋅ 10–5 ⋅ ∆T ⇒ ∆T = 480 °C Q 537600 J
e) (F) Possivelmente, o aluno somou o comprimento da Ptérmica = = = 448 W
Δt 1200 s
parte distorcida ao comprimento inicial dela em vez
de subtrair essas medidas. Assim, o aluno chega ao valor de eficiência energé‑
∆L = L0 ⋅ α ⋅ ∆T tica (η) por fazer:
3 + 2 = 500 ⋅ 1,25 ⋅ 10–5 ⋅ ∆T ⇒ ∆T = 800 °C 448 W
η= = 89,6%
500 W
10 D De acordo com a tabela, esse valor de eficiência
a) (F) Possivelmente, o aluno inverteu a posição dos energética se encontra na faixa A.
denominadores das variações de temperatura na b) (V) A energia térmica total necessária para evaporar
equação que as relaciona. toda a água é:
TC TF = m  c  T + m  L
Q

9 5 Q = (200 g)  (1 cal  g1  C 1 )  ( 75 C) + [(200 g)  ( 540 cal  g1 )]
5  3, 2 Q = 123 000 cal
TF   1, 8 F
9 Q = 516 600 J

85
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Calcula-se, então, a potência térmica (Ptérmica), considerando que 20 minutos correspondem a 1 200 s, conforme demonstrado
a seguir.
Q 516 600 J
Ptérmica = = = 430,5 W
Δt 1200 s
Logo, a eficiência da panela é:
430, 5 W
  86,1%
500 W
De acordo com a tabela, esse valor de eficiência energética se encontra na faixa B.
c) (F) Para chegar a esse resultado, provavelmente o aluno utilizou a relação 1 cal = 4,0 J em seus cálculos, obtendo:
Q = m  c  T + m  L  Q = 123 000 cal
Q = 492000 J
Q 492000 J
Ptérmica = = = 410 W
t 1200 s
410 W
= = 82%
500 W
De acordo com a tabela, esse valor de eficiência energética se encontra na faixa C.
d) (F) Equivocadamente, o aluno considerou apenas a energia para evaporar a água no cálculo do calor (Q) fornecido pela
panela, conforme descrito a seguir.
Q = m ⋅ L
Q = (200 g) ⋅ (540 cal ⋅ g−1)
Q = 108 000 cal = 453 600 J
Assim, para os valores de potência (Ptérmica) e eficiência (η), obteve-se:
Q 453 600 J
Ptérmica = = = 378 W
Δt 1200 s
378 W
η= = 75,6%
500 W
De acordo com a tabela, esse valor de eficiência energética se encontra na faixa D.
e) (F) Provavelmente, o aluno não converteu o valor do calor (Q) de calorias para joules, considerando Q = 123 000 cal. Assim,
calculou-se a potência (Ptérmica) e a eficiência (η):
Q 123 000 cal
Ptérmica = = = 102,5 cal/s
Δt 1200 s
102,5
η= = 20,5%
500
O aluno não verificou que as unidades de medida das variáveis utilizadas no cálculo não são compatíveis.
De acordo com a tabela, esse valor de eficiência energética se encontra na faixa E.

12 D
a) (F) Provavelmente, o aluno atribuiu o mesmo volume inicial para o tanque e para o leite, obtendo:
Vf,leite = V0,leite  (1 + leite  T )  Vf,leite = 500  [1 + 1,8  10 4  ( 75  5)]  Vf,leite = 506,3 L

Vf,tanque = V0,tanque  (1 +  tanque  T )  Vf,tanque = 500  [1 + 5,4  10 5  ( 75  5)]  Vf,tanque = 501,9 L


∆V = 506,3 – 501,9 = 4,4 L
Dessa forma, o aluno desconsiderou que, seguindo esse raciocínio, o volume do leite é maior que o do tanque.
b) (F) O aluno, equivocadamente, calculou apenas a variação de volume do leite, obtendo:
Vf,leite = V0,leite  (1 + leite  T )  Vf,leite = 500  [1 + 1,8  10 4  ( 75  5)]  Vf,leite = 506,3 L
∆V = 506,3 – 500 = 6,3 L
c) (F) O aluno pode não ter considerado a variação do volume do tanque, obtendo:
Vf,leite = V0,leite  (1 + leite  T )
Vf,leite = 500  [1 + 1,8  10 4  ( 75  5)]
Vf,leite = 506,3 L
∆V = 550 – 506,3 = 43,7 L

86
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (V) As dilatações térmicas do tanque e do leite são cal‑ A partir das expressões para a força peso e o empuxo,
culadas conforme demonstrado a seguir. tem-se:
Vf,leite = V0,leite  (1 + leite  T ) PA dg V d V
 1  1
P mg m
Vf,leite = 500  [1 + 1,8  10 4  ( 75  5)]
Assim, substituindo os respectivos valores numé‑
Vf,leite = 506,3 L ricos, sabendo que 50 L correspondem a 0,05 m³,
Vf,tanque = V0,tanque  (1 +  tanque  T ) faz-se:
 kg 
Vf,tanque = 550  [1 + 5,4  10 5  ( 75  5)]  1000 3   ( 0, 05 m )
3
PA  m  5 3
Vf,tanque = 552,1 L  1  1 
P ( 80 kg ) 8 8
Assim, a diferença entre a capacidade do tanque b) (F) Para chegar a esse valor, o aluno considerou que a
e o volume de leite, na temperatura mais alta do razão entre o empuxo e o peso da pessoa é:
processo, é: PA E
∆V = 552,1 – 506,3 = 45,8 L =
P P
e) (F) Possivelmente, o aluno concluiu que o coeficiente
A partir das expressões para a força peso e o empuxo,
de dilatação do material do tanque era linear e, por tem-se:
isso, multiplicou-o por 3, obtendo:
PA d  g  V d  V
 
Vf,leite = V0,leite  (1 + leite  T ) P mg m
Vf,leite = 500  [1 + 1,8  10 4  ( 75  5)] Assim, substituindo os respectivos valores numé‑
Vf,leite = 506,3 L ricos, sabendo que 50 L correspondem a 0,05 m³,
faz-se:
Vf,tanque = V0,tanque  (1 +  tanque  T )  kg 
1000 3   ( 0, 05 m3 )
Vf,tanque = 550  [1 + 3  5,4  10 5  ( 75  5)] PA  m  50 5
  
Vf,tanque = 556,2 L P (80 kg) 80 8
c) (F) Para chegar a esse valor, possivelmente, o aluno con‑
∆V = 556,2 – 506,3 = 49,9 L
fundiu o peso com o empuxo na equação, calculando:
PA E  P P
  1
13 C P E E
a) (F) Ao se fechar a válvula A e a torneira D, a massa total A partir das expressões para a força peso e o empuxo,
de água permanece constante, não sendo alterada tem-se:
devido ao aumento da temperatura. PA mg m
 1  1
b) (F) Como as dilatações térmicas do sistema de aqueci‑ P dg V d V
mento são desprezíveis nas condições descritas no Assim, substituindo os respectivos valores numé‑
texto, o volume da água permanece constante. ricos, sabendo que 50 L correspondem a 0,05 m³,
c) (V) O aquecimento promove o aumento da tempera‑ faz-se:
tura da água, mas o volume permanece constante, PA (80 kg) 8 3 3
 1  1   
pois a dilatação térmica do sistema deve ser des‑ P  kg  5 5 5
 1000 3   ( 0, 05 m )
3
considerada, de acordo com as condições descritas  m 
no texto. Assim, como não ocorre variação da quan‑ d) (F) Provavelmente, o aluno utilizou a equação de forma
tidade de água, da sua massa e do seu volume, e incompleta, calculando:
a tubulação C é posicionada horizontalmente, o PA P
=
aumento da temperatura resulta no aumento de P E
pressão próximo à torneira D. Portanto, o aumento A partir das expressões para a força peso e o empuxo,
da temperatura da água está associado ao aumento tem-se:
de sua energia interna média. PA mg m
d) (F) O aumento da temperatura da água, nessas con‑  
P d  g  V d V
dições, não altera suas propriedades a ponto de
mudar sua energia potencial química. Assim, substituindo os respectivos valores numéricos,
e) (F) Como não houve variação de massa, a altura do sabendo que 50 L correspondem a 0,05 m³, faz-se:
centro de massa não é alterada, portanto, a energia PA (80 kg) 80 8
  
potencial gravitacional não aumenta. P  kg  50 5
 1000 3   ( 0, 05 m )
3

14 A  m 
a) (V) O peso aparente (PA) é calculado considerando e) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno inverteu equi‑
a ação do empuxo (E) sobre a força peso real (P). vocadamente a equação, calculando a razão entre
Assim, aplica-se a expressão: o peso real e o peso aparente. Dessa forma, tem-se:
PA P  E E P P
  1 
P P P PA P  E

87
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

A partir das expressões para a força peso e o empuxo, Então, calcula-se o rendimento do ciclo de Carnot:
tem-se: Tf = 27 + 273 = 300 K
P mg m Tq = 127 + 273 = 400 K
 
PA m  g  d  g  V m  d V Tf 300
  1  1  0, 25
Assim, substituindo os respectivos valores numé‑ Tq 400
ricos, sabendo que 50 L correspondem a 0,05 m³, Q ⋅ η = Wmáx = 240 ⋅ 0,25 ⇒ Wmáx = 60 J
faz-se: Portanto, a quantidade de energia que não foi
P 80 kg 80 8 aproveitada pela máquina comparada à quanti‑
  
PA (80 kg)  1000 kg/m3   ( 0, 05 m3 ) 30 3 dade máxima possível teoricamente é dada por

Wmáx – W = 60 – 5 = 55 J.
15 D d) (F) O aluno pode ter calculado o rendimento do ciclo
de Carnot como a razão entre as temperaturas:
a) (F) O efeito estufa “aprisiona” a energia térmica na
atmosfera, diminuindo o fluxo médio de calor da Tf 300
   0, 75
Terra para o espaço. Tq 400
b) (F) O efeito estufa dificulta trocas de calor por irradia‑ Q ⋅ η = Wmáx = 240 ⋅ 0,75 ⇒ Wmáx = 180 J
ção, não convecção. Wmáx – W = 180 – 5 = 175 J
c) (F) O efeito estufa dificulta a transmissão de ondas
e) (F) O aluno pode ter calculado o rendimento do ciclo
eletromagnéticas na faixa de frequência do infra‑
de Carnot utilizando a razão entre as temperaturas
vermelho. O que facilita a transmissão de ondas
na escala Celsius:
eletromagnéticas de alta frequência é o aumento
do buraco na camada de ozônio, principalmente Tf 27
  1  1  0, 79
para frequências mais altas, acima do espectro visí‑ Tq 127
vel, como a radiação ultravioleta. Q ⋅ η = Wmáx = 240 ⋅ 0,79 ⇒ Wmáx = 189,6 J
d) (V) O efeito estufa ocorre devido à dificuldade que a Wmáx – W = 189,6 – 5 = 184,6 J ≅ 185 J
concentração de alguns gases na atmosfera terres‑
tre impõe na transmissão de calor por irradiação, em 17 C
determinadas faixas de frequência. Nele, ondas ele‑
a) (F) Para encontrar esse valor de corrente elétrica, o
tromagnéticas da região do infravermelho (frequên‑
estudante aplicou a razão entre tensão elétrica e
cia abaixo da visível) próximas à superfície terrestre potência de forma equivocada.
têm dificuldade de serem transmitidas pela atmos‑ b) (F) Provavelmente, o estudante não realizou a con‑
fera, ficando “aprisionadas” em nosso planeta. Sem versão de calorias para joule, ignorando as uni‑
ele, a temperatura média do planeta seria muito dades do Sistema Internacional (SI).
menor. O aumento acelerado da concentração de c) (V) Primeiro, calcula-se o valor da energia térmica
CO2 na atmosfera, devido principalmente a ativida‑ gerada pelo aquecimento do volume de água utili‑
des humanas, tem agravado esse efeito. zando a expressão da calorimetria: ∆Q = m ⋅ c ⋅ ∆T.
e) (F) A principal troca de calor que é dificultada pelo Substituindo os valores fornecidos no texto na
aumento de concentração dos gases do efeito equação e considerando que 1 L de água corres‑
estufa, como o CO2, é a irradiação, não condução. ponde a 1 kg em função da densidade do líquido,
tem-se:
16 C ∆Q = (100 ⋅ 103 g) ⋅ (1 cal ⋅ g–1 ⋅ °C–1) ⋅ (100 °C – 25 °C) =
a) (F) O aluno pode ter calculado apenas o trabalho rea‑ 7,5 ⋅ 106 cal
lizado para elevar a posição. Transformando para joule (SI), tem-se:
W = F ⋅ h = 10 ⋅ 0,5 = 5 J ∆Q = (7,5 ⋅ 106 cal) ⋅ 4 = 3,0 ⋅ 107 J
Após 40 minutos (2 400 s) de operação, calcula-se a
b) (F) O aluno pode ter calculado o rendimento do ciclo
potência (P) gerada por esse aquecimento:
de Carnot como a razão entre as temperaturas na
escala Celsius: Q (3, 0  10 7 J)
P    12500 W  12, 5 kW
T 27 t (2400 s)
 f   0, 212
T q 127 Como o sistema alimenta uma rede de tensão (U)
Q ⋅ η = Wmáx = 240 ⋅ 0,212 ⇒ Wmáx ≅ 50,88 J de 880 V, para determinar a corrente gerada (i), uti‑
Wmáx – W = 50,88 – 5 = 45,88 J ≅ 46 J liza-se a expressão P = i ⋅ U. Assim, calcula-se:
c) (V) Primeiramente, calcula-se a quantidade de energia P 12, 5 kW
i   i  14, 2 A
fornecida à máquina em 60 segundos: U 880 V
Q = 4 ⋅ 60 = 240 J d) (F) Para encontrar esse valor, as conversões de calo‑
Em seguida, calcula-se o trabalho realizado para ria para joule e de minuto para segundo não foram
elevar a posição em 50 cm: realizadas, ignorando as unidades do Sistema Inter‑
W = F ⋅ h = 10 ⋅ 0,5 = 5 J nacional.

88
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

e) (F) Para encontrar esse valor, a conversão de minuto e) (V) Medindo o volume de água deslocado pela coroa
para segundo não foi realizada, ignorando as uni‑ e comparando-o com o volume de água deslocado
dades do Sistema Internacional. por um bloco de ouro puro de mesma massa, Arqui‑
medes conseguiu comparar as densidades (relação
18 C massa/volume) das duas peças. Como a densidade
é uma propriedade específica da matéria, é possível
a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter con‑ utilizá-la para identificar substâncias ou compostos,
siderado que cada viga se dilata somente 2,5 mm e verificando se são feitos do mesmo material ou não.
somado os comprimentos iniciais das duas.
L
T  20 C
 L0
a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno provavel‑
2, 5  10 3 mente desconsiderou a massa do satélite.
T   25 C
1, 25  10 5  8 GM
F 2
b) (F) Esse resultado pode ser obtido caso o aluno consi‑ R
dere a dilatação máxima de 5 mm para as vigas e 6, 7  10 11  6  10 24
some os comprimentos iniciais das duas. F
( 6, 25  10 6  0, 75  10 6 )2
L
T  F ≅ 0,82 · 101 = 8,2 ⇒ O.G. = 101
 L0
b) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter des‑
5  10 3 considerado que 5,33 é maior que a raiz quadrada
T   50 C
1, 25  10 5  8 de 10.
c) (V) Como o espaçamento entre as vigas é de 10 mm, F ≅ 5,33 · 103 ⇒ O.G. = 103
cada viga só pode se dilatar, no máximo, 5 mm. c) (V) A força de interação gravitacional entre o satélite e a
Assim, a variação máxima de temperatura à qual GM  m G  MTerra  msatélite
Terra é dada por F  F  .
cada viga deve ser submetida para que se encos‑ R2 (R Terra  h)2
tem é:
Nessa equação, G é a constante gravitacional, MTerra
∆L = L0 · α · ∆T
e msatélite são, respectivamente, a massa da Terra e
L a massa do satélite, RTerra é o raio da Terra e h é o
T 
 L0 raio da órbita do satélite medido a partir da superfí‑

5  10 3 cie da Terra. Assim, substituindo os valores de cada
T   100 C incógnita, tem-se:
1, 25  10 5  4
d) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno supôs que 6, 7  10 11  6  10 24  650
F
cada viga poderia sofrer uma dilatação de 10 mm. ( 6, 25  10 6  0, 75  10 6 )2
L 26130  1013
T  F
 L0 ( 7  10 6 )2

10  10 3 26130  1013
T   200 C F  533  101  5, 33  10 3 N
1, 25  10 5  4 49  1012
e) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter mul‑ Portanto, como 5,33 é maior que a raiz quadrada de
tiplicado a distância entre as vigas por 2 em vez de 10, a força é da ordem de 103 + 1 = 104.
dividir. d) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter con‑
L vertido as distâncias de metro para quilômetro.
T 
 L0 6, 7  10 11  6  10 24  650
F
20  10 3 ( 6, 25  10 3  0, 75  10 3 )2
T   400 C
1, 25  10 5  4 F = 5,33 · 109 ⇒ O.G. = 1010
e) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter con‑
19 E vertido as distâncias de metro para quilômetro e as
massas de quilograma para grama.
a) (F) A temperatura não é considerada uma propriedade
específica da matéria, ou seja, não é possível caracteri‑ 6, 7  10 11  6  10 27  650  10 3
F
zar uma substância apenas medindo sua temperatura. ( 6, 25  10 3  0, 75  10 3 )2
b) (F) A massa é considerada uma propriedade geral da F = 5,33 · 1015 ⇒ O.G. = 1016
matéria, não sendo possível utilizá-la para caracte‑
rizar uma substância.
21 C
c) (F) Arquimedes não conseguiria medir o coeficiente
de solubilidade da coroa em determinado solvente a) (F) Aumentar a profundidade do lago não aumenta a
sem danificar a coroa. taxa de evaporação.
d) (F) A massa e o tamanho não são propriedades espe‑ b) (F) Diminuir a área superficial do lago diminui a taxa de
cíficas da matéria, que possibilitam caracterizar um evaporação, e aumentar a profundidade dele não
material. muda a taxa de evaporação.

89
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c) (V) Para aumentar o resfriamento de um ambiente pelo 23 C


método descrito, deve-se aumentar a taxa de evapo‑
a) (F) Ao converter de cal/s para J/s, o aluno pode ter
ração da água. Em um lago, em local aberto, quanto
dividido o valor do fluxo de energia térmica por
menor a umidade relativa do ar, maior será a taxa
4 em vez de multiplicar:
de evaporação. Outro ponto importante é a área
0, 024
superficial. O processo de evaporação é diferente  J/s  6  10 3 J/s
4
do de vaporização. No processo de evaporação, as
moléculas de água ganham determinada energia b) (F) O aluno pode não ter convertido de cal/s para J/s:
cinética e conseguem se libertar das interações com Q m  c  T 4  10 3  180  2
      0, 024 cal/s
as outras moléculas de água que ainda estão essen‑ t t 60
cialmente no estado líquido. Logo, aumentar a área c) (V) Cálculo do fluxo de energia térmica por unidade
superficial aumenta a quantidade média de molécu‑ de tempo para aquecer o componente em 2 °C em
las que “escapam” a cada segundo. 1 minuto:
d) (F) Aumentar a profundidade do lago não aumenta a Q m  c  T 4  10 3 kg  180 cal  kg1  C 1  2 C
   
taxa de evaporação, e aumentar a umidade relativa t t 60 s
do ar diminui a taxa de evaporação.
  0, 024 call/s
e) (F) Os dois fatores mencionados contribuem para dimi‑
Como 1 cal = 4 J, tem-se:
nuir a taxa de evaporação, ou seja, também contri‑
  0, 024  4 J/s  0, 096 J/s  9, 6  10 2 J/s
buem para a diminuição da taxa de resfriamento.
Para que o componente não tenha sua temperatura
22 A alterada, o fluxo médio de calor dissipado com o
a) (V) Até o bloco chegar à água, o peso é igual à tra‑ auxílio da pasta térmica deve ser igual ao fluxo de
ção (em módulo): P = T. Quando o bloco começa energia térmica que aquece o componente.
a entrar na água, há também a atuação do d) (F) O aluno pode ter calculado apenas a quantidade
empuxo. Como a velocidade precisa ser cons‑ de calor, em caloria, necessária para aquecer o
tante, a força resultante deve ser nula. Com isso: componente em 2 °C e considerado que esse seria
P = T + E ⇒ T = P – E. Como E = d · g · V, em que d o fluxo médio de calor:
equivale à densidade do bloco, g à velocidade da Q  m  c  T  4  10 3  180  2  1, 44 cal

gravidade e V ao volume do bloco submerso, pode‑ e) (F) O aluno pode não ter transformado a massa de g
-se escrever T = P – dgVsub = P – dgAx = P – dgAvt. para kg e considerado a quantidade de calor, em
Logo, a partir do momento que ele começa a entrar joule, para aquecer o componente em 2 °C como
na água, a tração diminui linearmente com o tempo sendo o fluxo médio de calor dissipado:
em uma função do tipo T = a – bt, até que o bloco Q  m  c  T  4  180  2  1440 cal 
esteja totalmente submerso na água. A partir desse
Q  1440  4 J  5, 76  10 3 J
instante, a tração é dada por: T = P – dgVbloco. Como
a velocidade é constante, o módulo da potência
 T  x 24 E
útil é dado por Ptração  P    T  v.
t t a) (F) Ao considerar o diâmetro em vez do raio, o aluno
Tem-se que P, v, A, g e d são constantes. Por‑ obteve equivocadamente m = 9 ∙ 105 kg. Em
tanto, no primeiro trecho, a potência é dada por seguida, calculou a pressão da seguinte maneira:
P = T ⋅ v = constante. No segundo trecho, P é dado por m 9  10 5
P = Tv = Pv – dgAv2t. No terceiro trecho, P é dado P   P  1, 5  10 5 Pa
A 3  2
por P = Tv = Pv – dgVblocov. Portanto, o gráfico que
melhor representa esses trechos é o da alternativa A. b) (F) Após ter obtido m ∙ g = 225 ∙ 104 N, o aluno pode ter
b) (F) Foi considerado equivocadamente que a força de calculado a pressão equivocadamente da seguinte
tração na corda e a potência seriam constantes. maneira:
c) (F) Foram considerados apenas os casos em que o m  g 225  10 4
P  2 2  P  2, 5  10 5 Pa
bloco estava completamente fora da água e, depois, A 3 1
completamente submerso. c) (F) Possivelmente, o aluno pode ter considerado o diâ‑
d) (F) Foi considerado equivocadamente que o bloco metro em vez do raio e obtido V = 360 m3. Conse‑
já estivesse, no instante inicial, começando a sub‑
quentemente, obteve m = 9 ∙ 105 kg. Em seguida,
mergir.
pode ter dividido a massa pela área (calculada cor‑
e) (F) Foram considerados apenas os trechos em que o
retamente):
bloco está fora da água e começa a submergir, sem
considerar o trecho em que ele está totalmente m 9  10 5
P   P  3  10 5 Pa
submerso. A 3  12

90
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (F) Após ter calculado corretamente o peso da viga, o c) (F) Os geradores químicos convertem energia quí‑
aluno pode ter calculado equivocadamente a área mica, liberada durante processos ou reações quí‑
multiplicando p pelo diâmetro. micas, em elétrica, a exemplo de pilhas e baterias
m  g 225  10 4 utilizadas em dispositivos eletrônicos.
P   P  37, 5  10 4 Pa  3, 75  10 5 Pa
A 32 d) (F) Os geradores térmicos convertem energia térmica,
e) (V) O volume da viga é igual a V = p ∙ r2 ∙ h = 3 ∙ 12 ∙ 30 = obtida a partir da queima de combustíveis fósseis,
90 m3. Com isso, obtém-se a massa: em energia elétrica, como observado nas usinas
m termelétricas.
d   m  d  V  2500  90  m  225  10 3 kg
V e) (F) Os geradores eólicos também convertem energia
Portanto, o peso total da viga é igual a m ∙ g = 225 ∙ cinética em elétrica. Porém, diferentemente do
104 N. Logo, tem-se a pressão exercida no fundo do que acontece nas usinas hidrelétricas, essa energia
lago, em que A é a área circular da base cilíndrica: cinética (ou eólica) está relacionada ao movimento
m  g 225  10 4 dos ventos. Tais geradores são comumente encon‑
P   P  75  10 4 Pa  7, 5  10 5 Pa
A 3  12 trados em parques eólicos.

25 A 02 A
a) (V) Como ocorre uma compressão muito rápida, pode‑ a) (V) A blindagem eletrostática é um fenômeno físico
-se considerar que o processo é adiabático. Em observado quando o campo elétrico é nulo no inte‑
processos adiabáticos, a troca de calor é nula. Pelo rior de um material condutor em equilíbrio eletros‑
Primeiro Princípio da Termodinâmica, tem-se: tático. Nessa situação, qualquer corpo envolto por
Q = DU + W ⇒ 0 = DU + W ⇒ –W = DU esse tipo de material está protegido da ação de
Como no processo descrito no texto ocorre uma campos elétricos externos, pois os elétrons livres
compressão, considera-se W < 0, o que leva a do condutor se reorganizam de modo a anular o
DU > 0. Portanto, o aumento de temperatura campo elétrico em seu interior. Assim, quanto maior
se deve ao fato de não haver trocas de calor. O a condutividade elétrica de um material, maior a
módulo do trabalho é igual à variação da energia sua capacidade de distribuir as cargas pela super‑
interna do fluido. fície e, consequentemente, de proteger o corpo
b) (F) O atrito não é o principal responsável pelo aumento envolto. Entre os materiais mostrados na tabela,
da temperatura. Caso houvesse atrito intenso, o o que tem maior condutividade e, portanto, maior
motor seria muito ineficiente, sendo impraticável potencial de blindagem eletrostática é a prata.
utilizá-lo.
b) (F) O cobre é um excelente condutor de eletricidade,
c) (F) Como o volume do fluido varia, o trabalho não é nulo.
apresenta grande resistência à corrosão e é maleá‑
d) (F) O processo é adiabático. Logo, não há trocas de
vel. Porém, no que se refere à condutividade elé‑
calor. Além disso, o processo de admissão de com‑
trica, a prata tem melhor desempenho.
bustível é uma etapa anterior à da compressão.
c) (F) O alumínio tende a formar uma superfície de óxido
e) (F) Pelo fato de o processo ser adiabático, o calor tro‑
eletricamente resistente às conexões elétricas, cau‑
cado é nulo. A variação de energia interna do fluido
nesse processo é igual ao valor negativo da varia‑ sando superaquecimento.
ção do trabalho. d) (F) O ferro tem baixa condutividade elétrica, o que o faz
ser pouco eficiente para a blindagem eletrostática.
e) (F) O zinco é o metal que apresenta a menor condu‑
Física 2 tividade elétrica entre os listados na tabela, sendo
assim o de pior desempenho para a blindagem ele‑
01 A trostática.
a) (V) A água represada no reservatório de uma usina
hidrelétrica armazena energia potencial gravita‑ 03 D
cional, que é transformada em energia cinética à
medida que a água vai escoando pelo duto. Essa a) (F) O campo elétrico formado entre o solo e a nuvem
energia cinética está relacionada à energia mecâ‑ não pode ser nulo, pois assim não haveria trans‑
nica que é transferida para as turbinas, capazes porte de cargas.
de acionar o gerador que, por sua vez, converte a b) (F) A rigidez dielétrica de um meio pode ser reduzida
energia mecânica em elétrica. (devido à umidade do ar, por exemplo), mas não
b) (F) Os geradores luminosos transformam a energia a zero. Na formação de um raio, romper a rigidez
proveniente da irradiação solar em energia elétrica dielétrica não significa diminuí‑la, mas fornecer um
por meio do efeito fotovoltaico, a exemplo dos campo elétrico capaz de ionizar o meio e fazê‑lo se
painéis solares. Embora a água no reservatório da comportar como um condutor.
usina fique exposta à energia vinda do Sol, esta não c) (F) O acúmulo de cargas elétricas não ocorre entre o
é responsável por girar a turbina e, consequente‑ solo e a nuvem. Embora esteja relacionado à forma‑
mente, por acionar o gerador. ção dos raios, ocorre na própria nuvem e no solo.

91
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (V) Para a maior parte dos raios nuvem‑solo, o acúmulo 06 C


de cargas negativas na parte inferior da nuvem
induz cargas positivas no solo. Esse efeito é res‑ a) (F) Ao se adicionarem receptores elétricos, a demanda
ponsável por gerar uma diferença de potencial elé‑ por energia aumenta, aumentando a corrente elé‑
trico entre a nuvem carregada e as proximidades trica e fazendo com que o disjuntor desarme mais
do solo, capaz de romper a rigidez dielétrica do ar facilmente.
e ionizá‑lo. Dessa forma, as cargas elétricas come‑ b) (F) A adição de capacitores não alteraria a corrente
çam a se mover em direção ao solo, produzindo a elétrica do circuito, eles apenas armazenariam
descarga elétrica associada ao raio. determinada quantidade de carga.
e) (F) A maior parte das cargas elétricas se move pelo c) (V) De acordo com a 1a Lei de Ohm (V = R ⋅ i), a resis‑
canal que é gerado por uma fraca descarga lumi‑ tência e a corrente elétrica são inversamente pro‑
nosa chamada de “líder escalonado”. Ao se move‑ porcionais quando se tem uma tensão constante.
rem pelo canal, essas cargas percorrem o caminho O que ocorre em uma residência é que, quanto
de menor resistência (zigue‑zague) em vez daquele mais aparelhos são associados em paralelo,
que poderia apresentar maior resistência (retilíneo). menor será a resistência equivalente, fazendo
com que a corrente gerada seja maior. Então, um
04 A aumento da resistência equivalente do circuito
a) (V) No gráfico, é possível observar que o potencial de pode ser uma alternativa para que a corrente elé‑
repouso é negativo. Momentos depois do estímulo, trica nele diminua e o disjuntor pare de desarmar.
o final da fase 1 está associado a um ponto acima d) (F) O disjuntor desarma por causa da alta corrente elé‑
do tracejado de potencial de membrana nulo, indi‑ trica no circuito. Assim, um disjuntor que suporte uma
cando que a diferença de potencial elétrico entre menor corrente elétrica irá desarmar mais facilmente.
os meios intracelular e extracelular é positiva. e) (F) Já que a demanda de energia está dentro do con‑
b) (F) De acordo com o gráfico, o final da fase 2 está em tratado pela concessionária de energia elétrica, não
um ponto que coincide com o tracejado de poten‑ há problema de consumo. Então, a energia gerada
cial de membrana nulo, indicando que a diferença pelos painéis fotovoltaicos não resolveria o pro‑
de potencial elétrico entre os meios intracelular e blema da residência.
extracelular é nula.
c) (F) De acordo com o gráfico, o final da fase 3 está 07 E
abaixo do tracejado de potencial de membrana a) (F) Possivelmente, o aluno dobrou a distância em vez
nulo, indicando que a diferença de potencial elé‑ das cargas.
trico entre os meios intracelular e extracelular é K  q1  q2 1 K  q1  q2 F0 
negativa. F'   F'     ' 
(2  d)2 4 d 4 4
d) (F) De acordo com o gráfico, o final da fase 4 está abaixo b) (F) Possivelmente, o aluno imaginou que o valor das
do tracejado de potencial de membrana nulo, indi‑ cargas é inversamente proporcional ao módulo da
cando que a diferença de potencial elétrico entre os força elétrica entre elas.
meios intracelular e extracelular é negativa. 1 F 1
e) (F) De acordo com o gráfico, toda a fase 5 está no F   0
0 q 2 2q
mesmo nível do potencial de repouso, indicando
que a diferença de potencial elétrico entre os meios F 
F'  0  ' 
intracelular e extracelular é negativa. 2 2
c) (F) Possivelmente, o aluno que marcou essa alternativa
05 A também dobrou a distância entre as cargas.
a) (V) Com uma alta tensão, pode-se utilizar uma baixa K  2q1  2q2 K  q1  q2
F2   F2  4   F0  '  
corrente elétrica, o que diminui a potência dissi‑ (2  d)2 4  d2
pada nos cabos pelo efeito Joule, fenômeno de d) (F) Possivelmente, o aluno dobrou o valor de apenas
conversão de energia elétrica em calor. uma das cargas.
b) (F) Quanto maior o valor da corrente elétrica utilizada K  2q1  q2 K  q1  q2
no transporte de energia, maior a perda pelo efeito F'   2  2F0  '  2
d 2
d2
Joule. e) (V) Primeiramente, determina-se a força elétrica inicial (F0).
c) (F) Quanto maior a resistência elétrica de um fio, maior
K  q1  q2
a dificuldade de transmitir energia por ele. Normal‑ F 
0 d2
mente, utilizam-se cabos grossos para transmitir
Em seguida, calcula-se a força elétrica final (F'), ou
energia, que possuem menor resistência do que os
seja, após o sistema ficar em equilíbrio com as car‑
fios comuns.
gas dobradas.
d) (F) A capacitância é uma grandeza associada ao arma‑
K  2q1  2q2
zenamento de energia, e não à transmissão desta. F' 
e) (F) A potência dissipada está diretamente relacionada d2
à perda de energia. Assim, quanto maior for essa K  q1  q2
F'  4   F'  4F0
potência, maior será a perda. d2

92
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Assim, como o ângulo de torção é diretamente pro‑ b) (F) Como as cargas passaram da bexiga para a lata,
porcional à força elétrica entre as cargas, o ângulo que estava eletricamente neutra, ambas ficarão
de torção final (α') será 4 vezes o inicial (α). com cargas de mesmo sinal. Assim, não haverá
α' = 4α mais atração entre elas.
c) (F) O contato e a transferência de elétrons entre a
08 D bexiga e a latinha provocarão repulsão entre elas,
e não atração.
a) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a constante
d) (F) A polarização das cargas da lata só ocorre quando
eletrostática.
há uma aproximação sem contato entre a bexiga
q
E= 2 eletrizada e a lata neutra. Após o contato, a carga
d elétrica recebida pela lata se espalha por toda a sua
2  10 2 superfície.
3  10 6 
d2 e) (V) O objetivo de cada jogador é atrair a lata para a linha
do seu lado do jogo, pois a bexiga eletrizada pelo
2  10 2
d2   1, 5  10 8 atrito com o cabelo é capaz de atrair a lata eletrica‑
3  10 6 mente neutra. Então, quando há contato entre elas,
d  1, 5  10 8 m parte do excesso de cargas da bexiga é transferida

para a lata, de modo que ambas ficam eletrizadas
b) (F) Possivelmente, ao aplicar a equação do campo elé‑
com cargas elétricas de mesmo sinal, havendo
trico, o aluno elevou ao quadrado a carga elétrica repulsão entre elas. Isso faz com que o jogador que
da esfera. cometeu o equívoco tenha que eletrizar novamente
k  q2 a bexiga, o que o desfavorece no jogo.
E 2
d
9  10 9  (2  10 2 )2 10 A
d2   1, 2
3  10 6 a) (V) O tempo necessário para a partícula chegar à placa
é calculado pela seguinte equação:
d = 1, 2 m
FR = m  a = q  E
c) (F) Possivelmente, o aluno imaginou que obteve o diâ‑ q E
metro do campo e dividiu-o por 2 para obter o raio. a=
m
d 60 60 a  t2
r=
= = = 15 m y = y 0 + v 0y  t +
2 2 4 2
d) (V) Segundo o texto, para que haja a ruptura dielé‑ q E 2
t
L
trica do ar, deve-se ter um campo elétrico de, no y = = 0 + m
mínimo, 3 ⋅ 106 V/m. Assim, considerando que o 2 2
campo elétrico seja o de uma carga de dimensões 2 m L
t =
desprezíveis, aplica-se a equação do campo elé‑ q E
trico gerado por ela. m L
k q t=
E 2 q E
d

Em uma região de campo elétrico uniforme, sepa‑
9  10 9  2  10 2 rada por uma distância L, o módulo da diferença
3  10 6 
d2 de potencial elétrico U é dado por U = E ⋅ L. Logo,
9  10 9  2  10 2 tem-se:
d2   60 E ⋅L = U
3  10 6
U
d = 60 m E=
L
e) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a carga da m ⋅L m ⋅L
t= =
esfera. q ⋅E U
q⋅
9  10 9 L
d2   3  10 3
3  10 6 m
t = L⋅
q ⋅U
d  3  10 m
3

A distância horizontal percorrida é:
09 E m
x  v0  t  v0 L 
a) (F) Para que a força elétrica entre a bexiga e a lata seja q U
nula, as duas precisariam estar neutras, o que não Como v0, m, q e U são constantes, dobrando-se o
ocorre com o contato entre esses objetos. comprimento L, dobra-se a distância horizontal.

93
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (F) O aluno pode ter achado que a distância horizontal c) (F) Como a tensão é 127 V e a corrente medida no
seria diretamente proporcional ao quadrado da dis‑ momento da inspeção era de 52 A, o equipamento
tância entre as placas. ligado deve apresentar aproximadamente 6 600 W.
c) (F) O aluno, equivocadamente, considerou que a dis‑ De acordo com a tabela, o secador de cabelo tem
tância horizontal seria inversamente proporcional à 1 000 W de potência, não podendo ser ele o equi‑
distância entre as placas. pamento ligado quando foi realizada a medida.
d) (F) O aluno, equivocadamente, relacionou o campo d) (F) Como a tensão é 127 V e a corrente medida no
elétrico e a diferença de potencial elétrico, con‑ momento da inspeção era de 52 A, o equipamento
forme demonstrado a seguir. ligado deve apresentar aproximadamente 6 600 W.
FR  m  a  q  E De acordo com a tabela, a geladeira de 425 L tem
q E 145 W de potência, não podendo ser ela o equipa‑
a mento ligado quando foi realizada a medida.
m
e) (F) Como a tensão é 127 V e a corrente medida no
a  t2
y  y0  v0y  t  momento da inspeção era de 52 A, o equipamento
2 ligado deve apresentar aproximadamente 6 600 W.
q E 2 De acordo com a tabela, o ferro de passar roupa
t
L m L m L
y   0  m  t2  t tem 1 000 W de potência, não podendo ser ele o
2 2 q E q E equipamento ligado quando foi realizada a medida.
E  U L
m L m L m 13 B
t  t
q E q  U L q U a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno assumiu,
equivocadamente, que a carga elétrica das abóba‑
m das nos dois casos era igual, obtendo:
x  v0  t  v0 
q U kQ A
EA =
e) (F) Provavelmente, o aluno concluiu que a distância rA 2
horizontal seria inversamente proporcional à dis‑ kQB kQB 25kQB
tância entre as placas ao quadrado. EB = 2
 EB = 2
=
rB  2rA  4rA 2
 
11 E  5 
a) (F) Transformadores são dispositivos que funcionam kQ A
com corrente elétrica alternada, formando uma EA rA 2 4
= =
tensão elétrica de intensidade e sentido variáveis. EB 25kQ B 25
Assim, gera-se um campo magnético também 4rA 2
variável, ou não uniforme. b) (V) Sendo a densidade de carga elétrica igual, tem-se:
b) (F) Transformadores não funcionam com corrente con‑ QA QB Q QB
tínua. Assim, a corrente elétrica obrigatoriamente = =  A2 =  Q A = 4QB
4R A 2 4RB2 R A  R A 2
varia, pois ocorre diferença de tensão.  
c) (F) O campo elétrico é variável, uma vez que há varia‑  2 
ção nas correntes. O campo elétrico de uma esfera condutora eletrica‑
d) (F) A existência de uma tensão indica que há uma mente carregada é:
d.d.p. (diferença de potencial elétrico). Logo, nas kQ
E= 2
bobinas dos transformadores, ocorre a variação de r
potencial elétrico. Considerando as relações entre os raios e as cargas
e) (V) A potência elétrica não varia, pois a quantidade elétricas, calcula-se:
de energia que chega até a subestação deve ser 2r
r = 100 cm; rB = 40 cm ⇒ rB = A
a mesma que sai dela, desprezando-se as perdas A 5
técnicas que ocorrem naturalmente. kQ A 4kQB
EA = ⇒ EA =
rA 2 rA 2
12 A
kQB kQB 25kQB
a) (V) A potência é calculada por P = U ⋅ I = (127 V) ⋅ (52 A) = EB =  EB = 2
=
rB2  2rA  4rA 2
6 604 W ≅ 6 600 W. Como o chuveiro elétrico apre‑  
senta essa potência, de acordo com a tabela forne‑  5 
cida, conclui-se que ele é o eletrodoméstico que 4kQB
estava ligado no momento da inspeção. EA rA 2 16
b) (F) Como a tensão é 127 V e a corrente medida no = =
EB 25kQ B 25
momento da inspeção era de 52 A, o equipamento
4rA 2
ligado deve apresentar aproximadamente 6 600 W.
De acordo com a tabela, a televisão de 43" tem c) (F) O aluno utilizou a relação entre os raios das esfe‑
263 W de potência, não podendo ser ela o equipa‑ ras, quando o correto seria utilizar a relação entre
mento ligado quando foi realizada a medida. as distâncias de seus centros à esfera de prova.

94
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

QA QB QA QB 14 A
= =  = 2
 Q A = 4QB
4R A 2
4RB 2
RA 2
 RA  a) (V) Supondo que cada lâmpada tem resistência R,
 
 2  a resistência equivalente das lâmpadas 5 e 6 é:
kQ R
E= 2 R 5 ,6 = . Assim, para calcular a resistência equiva‑
r 2
lente das lâmpadas 4, 5 e 6, faz-se:
rA
rB = R R2
2  R4
R
kQ A 4kQB R 4 ,5 ,6  2  2 
EA = ⇒ EA = R 3R 3
 R4
rA 2 rA 2 2 2
kQB kQB 4kQB A resistência equivalente do circuito todo é:
EB =  EB = 2
= R R 11 R
rB2  rA  rA 2 Req,antes  R1  R2,3  R 4 ,5 ,6  R   
  2 3 6
2
Para calcular a resistência equivalente com a lâm‑
4kQB pada 6 desligada, faz-se:
EA r2 R R
= A =1 R R  2R
EB 4kQ B eq,depois 2 2
rA 2 A relação entre os consumos de energia é:
d) (F) Para encontrar esse resultado, o aluno considerou,  U2   1 
equivocadamente, que o campo elétrico é inversa‑    t  
Edepois Pdepois  t  Req,depois   Req,depois  Req,antes
mente proporcional à distância ao centro, obtendo:    
Eantes Pantes  t  U2   1  Req,depois
QA QB QA QB    t  
= =  = 2
 Q A = 4QB  Req,antes   Req,antes 
4R A 2 4RB2 RA2  RA 
   11R 
 2   
Edepois 6  11
kQ    0, 92  92%
E= E 2R 12
r antes
Logo, haverá economia de 8%.
2rA
rB = b) (F) O aluno provavelmente desconsiderou as lâmpa‑
5 das 2 e 3 em seus cálculos:
kQ A 4kQB R
EA = ⇒ EA = R 5 ,6 
rA rA 2
R R2
kQB kQB 5kQB  R4
EB =  EB = = R
rB  2rA  2rA R 4 ,5 ,6  2  2 
R 3R 3
   R4
 5  2 2
R 4R
4kQB Req,antes  R1  R2,3  R 4 ,5 ,6  R  
3 3
EA rA 8
= = R 3R
EB 5kQB 5 Req,depois  R  
2 2
2rA
 U2   1 
e) (F) Provavelmente, o aluno considerou que as distân‑    t  
Edepois Pdepois  t  Req,depois  R Req,antes

eq,depois 
cias da esfera de prova ao centro fossem as mes‑   
Eantes Pantes  t  U2   1  Req,depois
mas nos dois casos:    t  
QA QB Q QB  Req,antes   Req,antes 
= =  A2 = 2
 Q A = 4QB 4R
4R A 2
4RB 2
RA  RB   
Edepois 3  8
 
 2     89%
Eantes 3R 9
kQ  
 2 
E= 2
r Logo, haveria 11% de economia de energia.
kQ 4kQB c) (F) O aluno pode ter achado que, retirando-se 1 lâm‑
E = 2 A ⇒ EA =
A r r2 pada das 6 iniciais, o consumo de energia cairia
5
kQB kQ kQ para ≅ 83%, e, então, haveria economia de apro‑
EB = ⇒ EB = 2 B = 2 B 6
r2 r r
ximadamente 17%.
4kQB d) (F) O aluno pode ter calculado o consumo de energia
EA 2
= r =4 considerando que 5 lâmpadas das 6 iniciais corres‑
EB kQB
5
r2 pondem a ≅ 83% da energia gasta anteriormente.
6

95
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

e) (F) O aluno pode ter calculado o gasto de energia em c) (V) Escolhendo o modelo A, o consumo de potência
vez da economia desta. elétrica é 300 W menor que utilizando o modelo B.
 11 R  Assim, para determinar a economia de energia elé‑
Edepois  6  11 trica consumida diariamente, faz-se:
   0, 92  92%
Eantes 2R 12 E = 4 h ⋅ 300 W = 1 200 Wh = 1,2 kWh
Como o custo do kWh é de R$ 0,80, para um dia de
15 B uso da máquina de lavar, a economia diária é de:
a) (F) Para a corrente ser considerada nula, equivocada‑ 0,80 ⋅ 1,2 = R$ 0,96. Assim, tem-se:
mente o aluno considerou que, ao ligar a chave, a 1 dia ________ R$ 0,96
corrente deixa de circular pelo lado A. ________ R$ 250,00
b) (V) Considerando a informação do funcionamento do x
circuito com a chave desativada, calcula-se a resis‑ x ≅ 260,4 dias
tência equivalente: Req = 20 + 5 + 15 = 40 Ω. Assim, A partir do dia 261, a economia financeira na conta
para determinar a voltagem da fonte, faz-se: de luz compensará o preço extra pago pelo modelo
U = R ⋅ i A em relação ao B.
U = 40 ⋅ 2 = 80 V d) (F) O aluno, provavelmente, calculou a energia consu‑
Aplicando as leis de Kirchhoff, calculam-se as corren‑ mida considerando apenas 1 h de utilização diária.
tes que circulam nas malhas. Para o lado A, tem-se: Assim, fez:
80 – 20i1 – 5i2 – 15i2 = 0. Para o lado B, a Primeira Lei E = 1 h ⋅ 300 W = 300 Wh = 0,3 kWh
de Kirchhoff determina: 0,80 ⋅ 0,3 = R$ 0,24
80 – 20i1 – 5i2 – 5i3 = 0 1 dia ________ R$ 0,24
i1 = i2 + i3 ________ R$ 250,00
Resolvendo o sistema, encontra-se a corrente total x
do circuito (i1 = 3 A), a corrente que passa pelo lado x ≅ 1 042 dias
A e pelo amperímetro (i2 = 1 A) e a corrente que e) (F) O aluno pode ter dividido a diferença de potência
passa pelo lado B (i3 = 2 A). pelo tempo ao calcular a energia elétrica consumida:
c) (F) Provavelmente, o aluno considerou que abrir a 300 W
chave não interfere na corrente, mas isso não con‑ = E = 75 Wh = 0, 075 kWh
4h
diz com a divisão da malha apresentada.
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que, devido à 0,80 ⋅ 0,075 = R$ 0,06
Lei dos Nós, a corrente medida pelo amperímetro 1 dia ________ R$ 0,06
é a corrente total. ________ R$ 250,00
x
e) (F) O aluno confundiu o amperímetro com o voltíme‑
x ≅ 4 167 dias
tro, considerando que a voltagem da fonte é a cor‑
rente.
17 C
16 C a) (F) Apesar de o sistema de painéis móveis chegar ao
a) (F) Para chegar a esse valor, o aluno utilizou equivoca‑ pico de produção de energia mais cedo que o sis‑
damente a potência do modelo B em seus cálculos. tema de painéis fixos, nenhum dos sistemas atinge
Assim, para determinar o consumo de energia elé‑ o pico de produção durante todo o dia, pois isso
trica nas condições descritas no texto, calculou: também depende da incidência da luz solar, e não
E = 4 h ⋅ 1 800 W = 7 200 Wh = 7,2 kWh só da posição do painel.
Como o custo do kWh é de R$ 0,80 para um dia b) (F) A afirmação não está correta, pois o sistema móvel
de uso da máquina de lavar, tem-se: 0,80 ⋅ 7,2 =
pode se adaptar mais cedo à luz solar, atingindo o
R$ 5,76. Para calcular em quanto tempo a escolha
pico de produção em um tempo menor.
seria mais vantajosa, fez-se:
c) (V) O rendimento depende da inclinação dos raios
1 dia ________ R$ 5,76
solares e da exposição. Por isso, ao acompanhar o
________ R$ 250,00
x movimento solar ao longo do dia, o sistema de pai‑
x ≅ 44 dias néis móveis permite que os raios solares incidam de
b) (F) Para chegar a esse valor, o aluno utilizou equivoca‑ maneira adequada por mais tempo durante o dia,
damente a potência do modelo A em seus cálculos. garantindo que os painéis operem ao máximo por
Assim, para determinar o consumo de energia elé‑ mais tempo.
trica nas condições descritas no texto, calculou: d) (F) De acordo com o gráfico, pode-se inferir que as
E = 4 h ⋅ 1 500 W = 6 000 Wh = 6 kWh
placas solares têm melhor rendimento durante a
0,80 ⋅ 6 = R$ 4,80
tarde. Contudo, esse comportamento é verificado
1 dia ________ R$ 4,80 para ambos os sistemas, não sendo esse um fator
________ R$ 250,00
x determinante para a vantagem de um sistema
x ≅ 53 dias sobre o outro.

96
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

e) (F) O uso de uma tecnologia mais complexa constitui d) (F) Para chegar a esse resultado, provavelmente o
uma desvantagem para o sistema com seguidores estudante desconsiderou a posição de curto-cir‑
solares. Além disso, o texto indica que uma boa cuito e montou duas partes em paralelo e, depois,
iluminação é um dos fatores que garante um bom novamente em paralelo. Como os resistores são
rendimento na conversão de energia solar em ener‑ iguais, pode-se usar as propriedades com n resisto‑
gia elétrica. Portanto, as condições climáticas são res. Assim, tem-se para o sistema em paralelo:
relevantes para os dois tipos de sistema. R
Req =
n
R = 6 kW
18 A
a) (V) O circuito montado pelo consumidor apresenta R = 12 kW
uma posição de curto-circuito entre os pontos da A B
primeira malha. Dessa forma, o único circuito que
deve ser transpassado é o último, de 12 kΩ, con‑
forme representado pelo esquema a seguir. R = 6 kW
Curto-circuito Então, para esse sistema, adotou-se equivocada‑
R = 12 kW mente uma expressão para somar os resistores em
série e em paralelo:
R = 12 kW Req = 6 kΩ + 6 kΩ + 12 kΩ = 24 kΩ
R = 12 kW e) (F) Para chegar a esse resultado, o estudante considerou
A B equivocadamente o circuito equivalente ao do carro.

R = 12 kW 19 D
a) (F) Além de o sentido do campo elétrico ser do lado
R = 12 kW
positivo para o negativo, ou seja, de fora para den‑
Curto-circuito
tro, a força que um campo elétrico aplica em uma
Assim, o valor da resistência equivalente é de 12 kΩ. carga negativa tem sentido contrário ao sentido do
b) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a posição de próprio campo.
curto-circuito e montou duas partes em paralelo e, b) (F) A face da membrana com potencial elétrico nega‑
depois, novamente em paralelo. Como os resisto‑ tivo está na parte mais interior da célula, enquanto
res são iguais, pode-se usar as propriedades com n a face mais exterior está com potencial elétrico
resistores. Assim, tem-se, para o sistema em paralelo: positivo. Logo, o sentido do campo elétrico é de
R fora para dentro.
Req = c) (F) A força que o campo elétrico aplica em uma carga
n
R = 6 kW positiva tem sentido do lado de potencial elétrico
positivo para o de potencial negativo e, portanto,
tem o mesmo sentido desse campo.
R = 12 kW
d) (V) Comparando essa membrana celular a um capaci‑
A B
tor de placas paralelas, o campo elétrico no interior
de suas placas tem sentido da face positiva para
a negativa. Ao se observar a figura, pode-se ver
R = 6 kW
que isso significa do meio exterior para o interior
Então, para esse sistema, o resistor equivalente é da membrana. Assim, quando uma carga negativa
6 k fica sujeita a um campo elétrico, há atuação de uma
descrito por Req   12 k  15 k .
2 força elétrica no mesmo sentido desse campo elé‑
trico, ou seja, de fora para dentro da membrana.
c) (F) Para chegar a esse valor, o estudante desconsiderou
Outros fatores, tais como a difusão e a osmose,
apenas a parte inferior do sistema, resultando em: também possuem influência no deslocamento de
R = 12 kW um íon por uma membrana celular.
e) (F) A força que o campo elétrico aplica em uma carga
R = 12 kW negativa tem sentido do lado de potencial elétrico
R = 12 kW negativo para o de potencial positivo e, portanto,
A B tem sentido contrário ao do campo.

R = 12 kW
20 C
R = 12 kW a) (F) O aluno pode não ter considerado a eficiência das
Curto-circuito placas solares.
Então, para esse sistema, o resistor equivalente é Ec = 600 ⋅ 8 = 4 800 Wh/m²
12 k 1m2 ________ 4 800 Wh
________ 15 600 Wh  x  3, 3 m
2
descrito por Req   12 k  18 k.
2 x

97
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (F) O aluno pode ter desconsiderado o tempo de utili‑ Substituindo os valores numéricos, tem-se:
zação de cada aparelho.  m
 4   10 .T    5, 0 A 
7
Etotal = Etelevisão + Echuveiro + Egeladeira  A
Etotal = 200 + 5 000 + 400 = 5 600 Wh Bfio 2   0,1 m

Ec = 600 ⋅ 25% ⋅ 8 = 1 200 Wh/m² BTerra 30 10 6  T

1m2 ________ 1200 Wh
Bfio 10 6 T
________ 5 600 Wh  x  4, 7 m
2

x 
BTerra 3 10 6 T

c) (V) O consumo diário de energia elétrica (Etotal) dos Bfio 1
aparelhos citados na tabela é dado pela fórmula: =
BTerra 3

E = P ⋅ ∆t
c) (F) Possivelmente, o estudante considerou a expressão
Etotal = Etelevisão + Echuveiro + Egeladeira
de campo magnético incorreta, utilizando a expres‑
Etotal = 200 ⋅ 5 + 5 000 ⋅ 1 + 400 ⋅ 24 = 15 600 Wh são de solenoide em vez do fio, com o valor do
Assim, considerando uma incidência de energia tamanho do condutor como sendo o raio e N igual
solar de 8 h em 1 m2 de placa e uma eficiência de a uma volta.
25%, a energia captada (Ec) diariamente por elas a N
Bsolenoide   0   i
cada metro quadrado de placa é: L
Ec = 600 ⋅ 25% ⋅ 8 = 1 200 Wh/m² d) (F) Esse valor corresponde à razão entre o campo mag‑
Então, aplicando uma regra de três, tem-se: nético da Terra em relação ao campo associado a
uma espira, e não a um fio, como demonstrado a
1m2 ________ 1200 Wh
seguir.
________ 15 600 Wh  x  13 m
2

x  i
Bfio  0
d) (F) O aluno desconsiderou o tempo de incidência de 2 d
luz solar nas placas. BTerra 30 10 6 T

Ec = 600 ⋅ 25% = 150 Wh/m² Bfio 0  i
1m2 ________ 150 Wh 2  d
________ 15 600 Wh  x  104 m
2

x e) (F) Provavelmente, para chegar a esse valor, o estu‑


dante utilizou a expressão para o campo magnético
e) (F) O aluno pode ter considerado que os aparelhos do fio de forma equivocada.
ficam ligados durante todo o dia.
Etotal = Etelevisão + Echuveiro + Egeladeira 22 C
Etotal = (200 + 5 000 + 400) ⋅ 24 = 134 400 Wh a) (F) Mantendo-se os outros parâmetros constantes,
Ec = 600 ⋅ 25% ⋅ 8 = 1 200 Wh/m² como a intensidade da corrente elétrica, a permea‑
bilidade magnética da barra e a densidade linear
1m2 ________ 1200 Wh
________  x  112 m2 de voltas, o diâmetro da barra de ferro não irá
x 134 400 Wh
influenciar a intensidade do campo magnético.
b) (F) Aumentar a distância d entre os fios diminui a den‑
21 B sidade linear de voltas do solenoide, o que diminui
a intensidade do campo magnético.
a) (F) Para chegar a esse resultado, provavelmente, o c) (V) A intensidade do campo magnético em um sole‑
estudante utilizou a equação do campo magnético noide ideal é dada por B = µ ⋅ n ⋅ i, em que n é a
de uma espira, o raio da espira como a distância d, densidade linear de voltas. Ao se aumentar a cor‑
e não a do campo magnético de um fio. rente elétrica, aumenta-se a intensidade do campo
 i magnético. Como foi mencionado que a placa de
Bespira  0
2R metal está próxima de uma das extremidades da

barra de ferro e que se pode aproximar a intensi‑
b) (V) A razão entre o campo magnético gerado pelo fio
dade do campo magnético nessas extremidades
e o campo magnético da Terra depende do valor
para o campo magnético no interior do solenoide,
do campo magnético gerado pelo fio. Para isso, quanto maior a corrente elétrica, maior será a inten‑
calcula-se: sidade do campo magnético nessas regiões.
0  i d) (F) Diminuir o número de voltas sem alterar a distância d
Bfio  entre elas não alterará a densidade n de voltas por
2  d
comprimento.
0  i e) (F) Quanto menor a permeabilidade magnética do
Bfio 2 d
 6
material onde o fio está enrolado, menor a intensi‑
B Terra ( 30 10  T) dade do campo magnético gerado.

98
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

23 B 25 C
a) (F) Como há variação na tensão, consequentemente há a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter
variação na corrente elétrica. Logo, esta está relacio‑ dividido a tensão pela capacitância equivalente em
nada à transformação, e não ao consumo de energia. vez de multiplicar.
b) (V) A potência diz respeito à transformação de ener‑ V 60
gia elétrica em outra modalidade e, por isso, está Q   17 C
C 3,5
relacionada à quantidade de energia fornecida ou eq

consumida por um circuito elétrico. Portanto, essa b) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter cal‑
grandeza pode ser relacionada ao consumo de culado a capacitância equivalente considerando
energia na situação descrita no texto. todos os capacitores em série e, além disso, ter
c) (F) A resistência é a capacidade de um corpo se opor 7
à passagem de corrente elétrica, mesmo quando esquecido de inverter a fração para obter o valor
de C . 6
existe uma diferença de potencial aplicada e, por eq

isso, depende do material do qual os condutores 1 1 1 1 1 1 3  1 2 7


são constituídos. Contudo, essa variável não diz      Ceq   F
respeito ao consumo. Ceq 6 2 6 3 6 6
d) (F) A impedância é a capacidade de um circuito de resis‑ 7
Q  V  Ceq  60   70 C
tir ao fluxo de uma determinada corrente elétrica 6
quando submetido a uma tensão. Portanto, essa
c) (V) Primeiramente, calcula-se a capacitância equiva‑
grandeza diz respeito à indutância e à capacitância,
lente (C1) dos capacitores que estão associados em
não estando relacionada ao consumo de energia.
e) (F) A capacitância corresponde à capacidade de arma‑ série na parte superior do circuito.
zenar energia em equipamentos ou dispositivos 1 1 1 62
   C1   1, 5 F
elétricos (capacitores), relacionando a carga à dife‑ C 6 2 62
1
rença de potencial. Assim, essa grandeza escalar
Em seguida, calcula-se a capacitância equivalente
não pode ser relacionada ao consumo de energia.
(C2) dos capacitores que estão associados em série
na parte inferior do circuito.
24 E
1 1 1 63
a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter    C2   2 F
C2 6 3 63
cometido um equívoco ao converter a massa de
quilograma para grama, supondo que 1 quilograma Determina-se, então, a capacitância equivalente
tem 10 gramas. total do circuito (Ceq), em que C1 e C2 estão em
0,5 kg = 0,5 · 10 g = 5 g paralelo.
b) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter Ceq = C1 + C2 = 1,5 + 2 = 3,5 µF
cometido um equívoco ao converter a massa de Por fim, calcula-se a carga total do circuito.
quilograma para grama, supondo que 1 quilo‑ Q
grama tem 100 gramas, além de ter confundido os V  Q  V  Ceq  60  3, 5  210 C
Ceq
conceitos de atração e repulsão.
0,5 kg = 0,5 · 100 g = 50 g d) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter tro‑
c) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter cado a forma de calcular a capacitância dos capaci‑
cometido um equívoco ao converter a massa de tores que estão em paralelo e em série.
quilograma para grama, supondo que 1 quilograma C1 = 6 + 2 = 8 µF
tem 100 gramas.
C2 = 6 + 3 = 9 µF
0,5 kg = 0,5 · 100 g = 50 g
d) (F) Para chegar a essa conclusão, o aluno pode ter con‑ 1 1 1 8  9 72
   C1   F
fundido os conceitos de atração e repulsão. C eq 8 9 8  9 17
e) (V) Para que o magneto fique em equilíbrio estável, 72
como mostra a figura a seguir, é necessário que a Q  V  Ceq  60   254 C
17
força magnética (Fm) tenha a mesma intensidade da
força peso (P), mas sentido oposto. e) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter
Fm (Força magnética)
somado a capacitância dos capacitores para encon‑
trar a capacitância equivalente do circuito.
Ceq = 6 + 2 + 6 + 3 = 17 µF
Q = V · Ceq = 60 · 17 = 1 020 µC

P (Força peso)
Portanto, a força magnética é de repulsão e pode Física 3
ser dada por:
Fm = P 01 B
Fm = m · g
a) (F) Possivelmente, o aluno escolheu pontos de interfe‑
Fm 5
= =
m = 0= , 5 kg 500 g rência construtiva, mas não considerou a proximi‑
g 10
dade deles em relação às fontes.

99
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (V) A intensidade é máxima nos pontos mais próxi‑ d) (F) No fenômeno mostrado na imagem, as ondas que
mos às fontes em que há interferência construtiva, passam por difração não estão retornando à ori‑
ou seja, nos pontos em que há interseção de duas gem, mas contornando os obstáculos para conti‑
ondas que possuem a mesma fase, o que resulta nuar se propagando, ainda que flexionadas.
em uma onda maior que as duas originárias. e) (F) No exemplo mostrado, não há mudança de meio
c) (F) O aluno equivocadamente escolheu pontos de de propagação, pois as ondas continuam se propa‑
interferência destrutiva, nos quais a intensidade é gando na superfície da água.
mínima.
d) (F) O aluno pode ter considerado que a intensidade 04 E
sonora é máxima nos pontos centrais. a) (F) A difração ocorre quando a onda tem sua trajetória
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou apenas a proxi‑ alterada de modo a contornar os obstáculos com
midade em relação às fontes, sem observar o tipo os quais se depara.
de interferência. b) (F) A reflexão ocorre quando a onda atinge um obstá‑
culo e retorna ao meio de propagação sem alterar
suas características, ou seja, mantendo a frequên‑
02 C cia, a velocidade de propagação e o comprimento
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou a metade da de onda.
profundidade aparente. c) (F) A refração ocorre quando, ao mudar de meio de
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada‑ propagação, a onda sofre alteração em sua veloci‑
mente H · nÁgua = h · nAr. dade de propagação.
d) (F) A polarização ocorre quando um polarizador altera
nAr 1 ou filtra a direção de vibração da onda.
H  h  44, 5  34, 20 mm
nÁgua 1, 3 e) (V) O fenômeno físico evidenciado no experimento é
c) (V) A projeção do raio refratado fornece a posição apa‑ a interferência, que ocorre quando duas ou mais
rente do peixe, que está a uma profundidade apa‑ ondas se encontram, tendo suas amplitudes alte‑
radas. Esse fenômeno pode ocorrer de forma cons‑
rente (h) igual a 44,5 mm, conforme visto pela ave.
trutiva (quando os pulsos se somam) ou destrutiva
Essa ilusão de óptica é causada pelo dioptro plano,
(quando os pulsos se anulam mutuamente). Essas
um sistema formado por dois meios transparentes, duas formas estão representadas na figura pelos
de diferentes refringências e separados por uma pontos escuros (interferência construtiva) e claros
superfície plana. Como os raios incidente e refra‑ (interferência destrutiva).
tado formam pequenos ângulos com a reta normal
(N), pode‑se utilizar a equação do dioptro plano 05 C
para calcular a posição real do peixe (H), dada por:
a) (F) A difração ocorre quando uma onda contorna obs‑
nÁgua 1, 3 táculos com os quais se depara.
H  h  44, 5  57, 85 mm
nAr 1 b) (F) Dispersão é o fenômeno observado quando a luz
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou equivocada‑ branca é decomposta em diversos feixes coloridos,
mente H · nÁgua = h · nAr. como o que ocorre quando a luz solar atravessa um
prisma ou gotas de água na atmosfera.
nAr 1
H  h  44, 5  34, 20 mm c) (V) A polarização acontece quando uma onda incide
nÁgua 1, 3 sobre um polarizador, passando a vibrar na mesma
Em seguida, somou o valor de H a 44,5 mm: direção de vibração desse objeto. Assim, algumas
H + 44,50 = 34,20 + 44,50 = 78,70 mm lentes utilizadas em óculos escuros funcionam como
e) (F) Possivelmente, o aluno obteve corretamente o polarizadores ao bloquear parte da luz, evitando que
valor de H, mas somou ao final o valor de 44,5 mm. os raios luminosos interfiram na qualidade da visão.
d) (F) No âmbito da óptica, a ressonância pode ser utili‑
zada para modificar a intensidade de feixes lumino‑
03 B sos, mas não é diretamente capaz de atuar como
a) (F) Apesar de passar por uma aparente mudança de filtro bloqueando uma parte da luz.
formato, a onda continua com a mesma frequência e) (F) A interferência acontece quando duas ou mais
quando sofre difração. ondas se encontram e interferem entre si, seja de
b) (V) A difração ocorre quando uma onda encontra forma construtiva (quando os pulsos das ondas se
obstáculos e se flexiona – por meio do espalha‑ somam), seja de forma destrutiva (quando os pul‑
mento – ao contorná‑los ou atravessá‑los. Essa sos se anulam mutuamente).
capacidade de difração de uma onda depende
fundamentalmente do comprimento desta e do 06 D
tamanho do obstáculo. a) (F) O aluno utilizou incorretamente a equação funda‑
c) (F) O fenômeno mostrado na imagem não tem relação mental da ondulatória e obteve o resultado em
com a interferência ou com a fase das ondas, pois giga-hertz:
existe apenas uma fonte de emissão. f = c · λ = 3 · 108 · 650 · 10–9 = 195

100
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (F) O aluno utilizou incorretamente a equação funda‑ d) (V) Ao posicionar um observador em um ponto X,
mental da ondulatória e não levou em considera‑ observa-se que o ângulo de incidência e o de refle‑
ção as potências de base 10: xão não são iguais, como mostra a figura a seguir.
 650 O N X
f   217
c 3
c) (F) O aluno utilizou λ = 700 · 10–9 m, que é o compri‑ r
mento de onda médio entre os dois valores que i
aparecem no gráfico (600 e 800), na equação funda‑ E
mental da ondulatória:
c = λ · f ⇒ 3 · 108 = 700 · 10–9 f ⇒ f ≅ 428 · 1012 Hz
d) (V) O ponto de máxima sensibilidade ocorre onde
λ = 650 · 10–9 m. Então, utiliza-se a equação funda‑ O'
mental da ondulatória: Isso ocorre porque a posição horizontal da imagem
c = λ · f ⇒ 3 · 108 = 650 · 10–9 f ⇒ f ≅ 461 · 1012 Hz está equivocada.
e) (F) O aluno utilizou o valor de λ = 600 · 10–9 m na equa‑ e) (F) A distância entre a imagem e o espelho deve ser
ção fundamental da ondulatória. igual à distância entre o objeto e o espelho, o que
c = λ · f ⇒ 3 · 108 = 600 · 10–9 f ⇒ f = 500 · 1012 Hz está representado corretamente no esquema.

07 B 09 C
a) (F) No experimento descrito, pode haver uma mudança
a) (F) Um som de frequência 8 kHz no concreto tem com‑
aparente no timbre do som. Porém, quem se des‑
primento de onda dado por:
loca é a fonte sonora, não a observadora.
v 31622 b) (F) A intensidade sonora está relacionada ao nível
v  f      3, 95 m  395 cm
f 8 000 sonoro, e não à diferença entre os sons mais agu‑
b) (V) Primeiramente, converte-se as unidades de medi‑ dos ou mais graves percebida pela garota.
das para o Sistema Internacional de Unidades. c) (V) O Efeito Doppler é caracterizado pela alteração apa‑
8 kHz = 8 ⋅ 1 000 Hz = 8 000 Hz rente na frequência e no comprimento de onda cau‑
62,2 cm = 0,622 m sada pelo deslocamento da fonte sonora em relação
Em seguida, aplica-se a equação da velocidade de ao observador. Isso ocorre porque, quando o carrinho
uma onda. se aproxima da garota, o intervalo entre dois pul‑
v = λ ⋅ f sos da onda detectada por ela diminui, deixando o
v = 8 000 ⋅ 0,622 = 4 976 m/s som aparentemente mais agudo. De modo análogo,
Assim, de acordo com a tabela, conclui-se que o quando o carrinho se distancia dela, o intervalo entre
meio é feito de madeira. dois pulsos da onda detectada por ela aumenta, dei‑
c) (F) No osso, um som de frequência 8 kHz tem compri‑ xando o som aparentemente mais grave.
mento de onda dado por: d) (F) A velocidade de propagação do som é constante
desde que o meio de propagação não seja alte‑
v 2 176 rado. Assim, como no experimento descrito o meio
v  f      0, 272 m  27, 2 cm
f 8 000 de propagação é sempre o ar, conclui-se que a
d) (F) No poliestireno, um som de frequência 8 kHz tem velocidade do som é constante.
comprimento de onda dado por: e) (F) Com a alteração aparente da frequência, também
há uma alteração aparente do comprimento de
v 1690
v  f      0, 211m  21,1 cm onda. Porém, no experimento descrito, quem se
f 8 000 desloca é a fonte sonora, não a observadora.
e) (F) No vidro, um som de frequência 8 kHz tem compri‑
mento de onda dado por: 10 A
v 5 448 a) (V) A velocidade do som é calculada por: v = λ ⋅ f =
v  f      0, 681m  68,1 cm (0,068 m) ⋅ (5 000 Hz) = 340 m/s. Assim, tem-se que
f 8 000
a velocidade de propagação do som no ar corres‑
08 D ponde a 340 m/s.
a) (F) A independência dos raios luminosos não foi dire‑ A velocidade da onda é dada pela razão entre o
tamente utilizada na construção do esquema e, d
espaço percorrido e o intervalo de tempo: v = .
portanto, não tem influência na construção do t
campo visual. Assim, a distância entre a fonte do som e a parede
b) (F) A propagação retilínea dos raios de luz está pre‑ (onde ocorre a reflexão) é calculada considerando
sente na construção e foi corretamente retratada que o espaço é o dobro do valor encontrado em
no esquema. d = v ⋅ t, pois, como ocorre a reflexão da onda, ela
c) (F) Como todos os elementos estão em um mesmo vai e volta. Logo, o caminho que o som faz até ser
plano, os raios incidentes e refletidos também refletido pode ser calculado por:
estão no mesmo plano, o que foi abordado corre‑ v  t (340 m/s)  (0,03 s)
d =  5m
tamente no esquema. 2 2

101
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (F) Provavelmente, o aluno desconsiderou a reflexão c) (V) O seno do ângulo limite para reflexão interna total é:
do som e calculou a distância d = v ⋅ t. nar
sen L =
c) (F) O aluno apenas multiplicou o comprimento de nprisma
onda por mil, obtendo: (0,068 m) ⋅ 1 000 = 68 mm.
Assim, a unidade de medida do valor obtido não Quanto maior o índice de refração do prisma,
corresponde à fornecida na alternativa. menor é o seno do ângulo limite. Observando a
d) (F) O aluno apenas dividiu a frequência pelo tempo, figura a seguir, que está rotacionada em relação à
5000 Hz figura do texto, percebe-se que, quanto maior o
obtendo = 166 Hz/s. ângulo α, mais afastado ele está com relação à nor‑
0, 03 s
mal da face B.
e) (F) O aluno calculou apenas a velocidade do som e,

Luz branca
equivocadamente, concluiu que o comprimento da
caverna é 340 m.

11 D A

a) (F) Provavelmente, o aluno calculou o aumento linear q


por meio da razão entre p e f, conforme descrito a
seguir. r
p 15
A= = ≅ 0,4 a
f 40
b) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter,
equivocadamente, calculado o aumento linear
como a razão entre p' e f, obtendo: B
1 1 1 1 1 1
= +  = +  p' =  24 cm
f p p' 40 15 p'

i p'   24 
A= =  = = 0,6
o f 40
c) (F) Possivelmente, o aluno assumiu que o foco de um
espelho esférico côncavo é negativo, conforme
a
et

il
ol

demonstrado a seguir.
An
Vi

Ve ul
e
Az
rd

1 1 1 1 1 1 120
elo

= +  = +  p' =  cm
elh o
ar

f p p' 40 15 p' 11
d
o
Am

Ve nja


a
rm
ar

 120 
Al

  
p'  11   0,7
A=  = Logo, analisando apenas o raio após ter entrado
p 15 no prisma, quanto maior seu índice de refração,

d) (V) A equação de Gauss para espelhos esféricos asso‑ maior o ângulo de incidência α na face B. A partir
cia a distância do objeto p e a distância da imagem de determinado momento, esse ângulo será maior
p' em relação ao vértice do espelho e à distância que o ângulo limite e ocorrerá a reflexão interna
focal f. Utilizando essa equação, pode-se calcular p', total. Por outro lado, utilizando a Lei de Snell, tem‑
obtendo-se: -se nar  sen  = nprisma  sen r , em que r é o ângulo de
1 1 1 1 1 1 refração para cada frequência. Logo, quanto maior
= +  = +  p' =  24 cm o índice de refração, menor é o ângulo de refração.
f p p' 40 15 p'
De acordo com a figura rotacionada, o menor
Assim, para calcular o módulo do aumento linear, ângulo de refração implica em um maior ângulo
faz-se: de incidência α na face B, o que contribui para que
p'   24  ocorra reflexão interna total. No que diz respeito
A=  = = 1,6
p 15 ao ângulo θ, quanto menor esse ângulo, maior será

o ângulo de refração r, de acordo com a Lei de
e) (F) Provavelmente, o aluno calculou o aumento linear
Snell. Um menor ângulo de refração faz com que os
como a razão entre f e p, obtendo:
raios cheguem com ângulo menor de incidência na
i f 40
A= = = ≅ 2,7 face B, não havendo, consequentemente, reflexão
o p 15 interna total. Já a intensidade luminosa não influen‑
cia a reflexão interna total.
12 C d) (F) Diminuir o índice de refração resulta no efeito con‑
a) (F) A mudança na intensidade não interfere nas condi‑ trário ao desejado. Logo, continuaria não havendo
ções de reflexão interna total do prisma. reflexão interna total.
b) (F) Diminuir o índice de refração ou o ângulo resulta no e) (F) A intensidade da luz não interfere na reflexão
efeito contrário, não levando à reflexão interna total. interna total.

102
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

13 A d) (F) Possivelmente, o aluno assumiu que a distância


entre a lente e a placa de LEDs é de 12,5 m e calcu‑
a) (V) De acordo com o texto, a polarização ocorre ape‑
lou apenas o aumento linear transversal.
nas em ondas transversais. Nesse sentido, uma
p' 2, 5 1
onda em uma corda é um exemplo de onda trans‑ A= = =
versal, pois, quando a corda é movimentada no p 12, 5 5
sentido vertical (para cima e para baixo), uma onda e) (F) O aluno equivocadamente pode ter considerado
se propaga pela corda na direção horizontal (da apenas o aumento linear transversal (A):
esquerda para a direita). Nesse caso, cada ponto p' 2, 5 1
= =
A =
ao longo da corda realiza um movimento vertical, p 10 4

perpendicular ao movimento da onda. Portanto,
uma onda em uma corda é uma onda transversal e
pode ser polarizada. 15 E
b) (F) As ondas longitudinais, que possuem direção de a) (F) Apesar de as implicações negativas da radiação
propagação paralela à direção de vibração, como eletromagnética para a saúde serem um tema
as ondas de som, não podem ser polarizadas. controverso, a estratégia não é completamente
c) (F) As ondas longitudinais incluem vibrações na pressão ineficiente. Existe a possibilidade de bloquear a
e velocidade de uma partícula propagada em um refração e a difração de ondas, de acordo com os
meio elástico. Nesse tipo de onda, o deslocamento valores de índice de refração e dimensão do objeto
do meio é paralelo à propagação da onda. Portanto, a ser contornado.
uma onda de pressão em um elástico é longitudinal b) (F) Nem todas as frequências de ondas eletromagné‑
e não pode ser classificada como polarizada.
ticas sofrerão reflexões promovidas pela barreira
d) (F) Nas ondas longitudinais, as partículas materiais que
física. A faixa associada a radiações de alta frequên‑
transmitem a onda oscilam paralelamente à direção
cia não será bloqueada pelo papel de parede.
de propagação da própria onda. Portanto, ondas de
c) (F) A polarização ocorreria se o papel de parede fosse
compressão em uma mola são ondas mecânicas lon‑
um polarizador, selecionando apenas uma direção
gitudinais e não podem ser polarizadas.
e) (F) Ondas sísmicas, originadas por terremotos e explo‑ de oscilação para a onda eletromagnética. Con‑
sões, são longitudinais, logo, não ocorre polarização. tudo, conforme descrito no texto, a estratégia de
bloqueio se baseia em uma barreira física. Portanto,
a polarização não é o fenômeno básico para a apli‑
14 C
cação do papel de parede.
a) (F) O aluno pode ter considerado que a distância entre d) (F) O texto relata que as extensões de bloqueio são
a lente e a placa de LEDs é de 12,5 + 2,5 = 15 m.
eficientes apenas para ondas eletromagnéticas
p' 2, 5 1
= = aplicadas para a comunicação, ou seja, para ondas
p 15 6 de baixa frequência. Assim, radiações como raios X,
2
A'  1  1 raios gama e ultravioleta não serão bloqueadas
  
A  6  36 pelo papel de parede.
b) (F) O aluno pode ter considerado que a distância entre e) (V) De acordo com o fabricante, o sistema baseia-se
a lente e a placa de LEDs é de 12,5 m. em uma barreira física. Portanto, as extensões de
p' 2, 5 1 bloqueio são efetivas apenas para ondas eletro‑
= = magnéticas aplicadas para a comunicação, ou seja,
p 12, 5 5
2
para ondas de baixa frequência. Pela equação fun‑
A'  1  1 damental da Ondulatória, um baixo valor de fre‑
  
A  5  25 quência implica um alto comprimento de onda.
c) (V) A distância entre a placa e a lente é: p = 12,5 m –
2,5 m = 10 m. Assim, o módulo do aumento linear
16 C
transversal (A) é:
p' 2, 5 1 a) (F) Provavelmente, o aluno não realizou as transfor‑
= =
A = mações das unidades de velocidade e de compri‑
p 10 4
mento de onda. Assim, calculou:
Logo, cada uma das duas dimensões da imagem da v
v = f  f =
1 
placa (comprimento e altura) é da original. Por‑
4 1  21
f= T= = = 7  10 –5 s
tanto, considerando-se as duas dimensões, tem-se: T v 3  10 5
2

A'  1  1 Portanto, o aluno concluiu equivocadamente que a
  
A  4  16 potência de 10–5 corresponde à ordem de grandeza.

103
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (F) Para chegar a esse resultado, provavelmente, o 18 A


aluno calculou a frequência utilizando a unidade do
comprimento de onda em cm, conforme demons‑ a) (V) Na situação descrita no texto, é utilizado um espe‑
trado a seguir. lho convexo, que é capaz de aumentar o campo de
visão. Para esse tipo de espelho esférico, a imagem
1  21
f T   7  10 8 s é virtual, ou seja, encontra-se atrás do espelho.
T v 3  10 8 b) (F) O espelho côncavo é um espelho esférico utilizado
Como o coeficiente da notação científica é 7 (valor em aplicações em que o objeto se situa próximo
acima de 3,16), a ordem de grandeza para esse ao espelho, conferindo maior nitidez à imagem for‑
valor de frequência é: 10–8 + 1 = 10–7. mada. Como resultado, a imagem é virtual, direta
c) (V) O texto indica que a transição do átomo de hidro‑ e ampliada. Portanto, esse tipo de espelho não é
gênio irradia uma onda de rádio e, por isso, trata‑ capaz de aumentar o campo de visão.
-se de onda eletromagnética. Utilizando a equação c) (F) O espelho é convexo, mas, para esse tipo de espe‑
fundamental da ondulatória, tem-se: lho, a formação da imagem é virtual (constituída
v pelo prolongamento dos raios incidentes), direta
v  f  f 
 (mesma direção do objeto) e reduzida (menor que
Considerando λ = 21 cm = 0,21 m e c = 3 ⋅ 105 km/s o objeto). Portanto, espelhos convexos não resul‑
= 3 ⋅ 108 m/s, calcula-se: tam em imagens reais.
1  0, 21 d) (F) A utilização de um espelho côncavo e a formação
f T   7  10 10 s
T v 3  10 8
de uma imagem real não atendem ao objetivo da
Como 7 é maior que a média geométrica entre o situação descrita no texto, que é aumentar o campo
número 1 e o número 10, que são os dois extremos de visão.
que o número que multiplica o fator de 10 pode ter e) (F) Espelhos planos não aumentam o campo de visão.
( 1 10  3,16 ), a ordem de grandeza (em segundos)
19 C
é 10–10 + 1 = 10–9.
d) (F) O aluno calculou corretamente o valor da frequên‑ a) (F) O estudante provavelmente fez os cálculos correta‑
cia (f = 7 ⋅ 10–10 s), mas considerou equivocadamente mente, mas não realizou a transformação de 15 m/s
que o expoente de 10–10 equivale à ordem de gran‑ para km/h.
deza pedida. b) (F) Para chegar a esse valor, realizou-se uma operação
e) (F) Para chegar a esse valor, o aluno calculou correta‑ direta entre o comprimento de 100 pés, sem reali‑
mente o valor da frequência (f = 7 ⋅ 10–10 s) e consi‑ zar a transformação necessária de pés para metros,
derou que 7 > 3,16. Contudo, fez: 10–10 – 1 = 10–11. e o período 8 s de oscilação:
 1 
17 A v  (100 m)     12, 5 m/s
8s
a) (V) A explicação proposta no texto para se medir
Para converter o valor da velocidade para km/h,
a altura da pirâmide utiliza uma semelhança de
faz-se: (12,5 m/s) ⋅ 3,6 = 45 km/h. Nesse caso, as
triângulos delimitados pelas alturas da pirâmide e
da estaca e suas respectivas sombras. Tal relação unidades de medida não estão corretas.
baseia-se no fato de os raios de luz vindos do Sol c) (V) A velocidade de propagação de uma onda v pode
se propagarem em linha reta, gerando os triângulos ser calculada pelo produto da frequência e do com‑
imaginários mostrados na figura. primento de onda por meio da equação: v = λ ⋅ ƒ.
b) (F) A reversibilidade dos raios de luz não é um fator O comprimento de onda pode ser obtido pela des‑
que foi utilizado na construção do argumento men‑ crição do problema, em que um quarto de onda
cionado no texto. Não é utilizada essa hipótese corresponde a 100 pés. Assim, calcula-se o compri‑
nessa construção matemática. mento de onda:
c) (F) Raios de luz podem se propagar por alguns meios 1
λ = 100 pés
materiais, como o ar, a água, o vidro. Entretanto, 4
não se propagam em outros, como pedras, madeira Como 1 pé = 30 cm, tem-se:
etc., que são considerados meios opacos.
d) (F) O fato de o tamanho da sombra da estaca ser muito   4  100  0, 3 = 120 m
menor que o da pirâmide não é, necessariamente, A frequência é, então, calculada pelo inverso do
o argumento utilizado nessa explicação. O tama‑ tempo de uma oscilação:
nho das sombras poderia, inclusive, ser parecido, 1
sem que houvesse qualquer contraponto à dedu‑ f=
8s
ção da altura da pirâmide.
Portanto, para determinar a velocidade da onda:
e) (F) O fato de o ângulo de incidência ser igual ao de
reflexão é um dos princípios da Óptica Geométrica.  1 
v  (120 m)     15 m/s
Entretanto, esse princípio não foi utilizado na expli‑ 8 s 
cação proposta para a medida da altura da pirâmide, Transformando para km/h, obtém-se:
pois não foram considerados os raios refletidos. v = (15 m/s) ⋅ 3,6 = 54 km/h.

104
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (F) Esse valor corresponde ao produto direto entre os e) (V) O tempo (∆t) que separa a chegada da onda P,
valores utilizando a equação de velocidade de pro‑ que é detectada primeiro, da chegada da onda
pagação de uma onda: S é dado pela diferença entre os tempos que
1 essas ondas levam para chegar à estação, ou seja,
v   (100 pés)  ( 0, 3 m)  (8 s)  60 m/s
4 ∆t = tS − tP, em que tP e tS estão relacionados às
Ao converter esse valor para km/h, obtém-se ondas P e S, respectivamente. Assim, sabendo que
216 km/h. a distância (d) que as duas ondas percorrem do
e) (F) Esse valor corresponde ao produto direto entre os foco do terremoto até a estação de detecção é a
valores do tempo de oscilação e 1 pé: (8 s) ⋅ (30 cm) mesma, tem-se:
= 240. Dessa forma, não foi feito o uso correto da  d d d
fórmula da velocidade de propagação de uma onda  v P  t  8  t  tP  8
 P P
e, portanto, as unidades de medida são incoeren‑ 
tes com a da alternativa.
d d
v   6   t  d
 S tS tS
S
6

20 A Portanto, substituindo os valores de tP e tS na equa‑
a) (V) Para que a visão funcione normalmente, o cristalino ção encontrada anteriormente, tem-se:
precisa se acomodar para atingir o foco correto ∆t = tS − tP
para cada distância. Então, com o passar do tempo, d d
os músculos responsáveis por esse movimento de 10 

6 8
acomodação podem ficar fracos ou o próprio cris‑
talino pode ficar rígido, resultando na dificuldade 4d 3d
10  
em focar objetos, especialmente os que estão mais 24 24
próximos. Esse distúrbio da visão é denominado d
presbiopia. 10   d  240 km
24
b) (F) O defeito descrito na alternativa B dá origem à
hipermetropia. 22 E
c) (F) O defeito descrito na alternativa C se refere ao
estrabismo. a) (F) O fenômeno da interferência é uma prova da natu‑
d) (F) O defeito descrito na alternativa D dá origem à reza ondulatória da luz. O experimento de fenda
miopia. dupla, de Thomas Young, foi o que possibilitou
e) (F) O defeito descrito na alternativa E corresponde ao determinar isso.
astigmatismo. b) (F) O fenômeno da interferência também é observado
em ondas de natureza mecânica, não apenas em
ondas eletromagnéticas.
21 E
c) (F) O padrão gerado pela sobreposição de vale e
a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter crista é destrutivo e, por isso, não gera interferên‑
cometido um equívoco ao definir a diferença de cia construtiva.
tempo entre as chegadas das ondas e, além disso, d) (F) O padrão gerado pela sobreposição de vale e vale
pode ter aproximado o resultado da divisão de 240 é construtivo e, por isso, não gera interferência
por 7 de modo equivocado, obtendo: destrutiva.
∆t = tS + tP e) (V) As ondulações gravitacionais que se propagam no
d d tecido espaço-tempo são detectadas justamente
10  
6 8 porque são responsáveis pela deformação desse

tecido. No experimento, é observada uma elon‑
4d 3d
10   gação no comprimento de um dos túneis e um
24 24 encurtamento no comprimento do outro devido a
7d essas deformações. Tais alterações modificam leve‑
10   d  35 km
24 mente a distância percorrida pelas duas partes do

feixe dividido, que se encontram no interferômetro
b) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter calcu‑
e apresentam um padrão de interferência diferente
lado apenas a distância que as ondas S percorrem em
do observado sem a presença de deformações.
10 segundos.
d = v · t = 6 · 10 = 60 km
c) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter calcu‑ 23 C
lado apenas a distância que as ondas P percorrem em a) (F) O fenômeno da absorção está relacionado à par‑
10 segundos. cela da energia luminosa que permanece em um
d = v · t = 8 · 10 = 80 km corpo após o contato com um raio luminoso inci‑
d) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno pode ter dente. Comumente, esse efeito está associado à
somado as distâncias que as ondas P e S percorrem luz que incide em meios ópticos opacos.
em 10 segundos. b) (F) O fenômeno da difração está associado à capaci‑
dP = vP · t = 8 · 10 = 80 km dade da luz de contornar ou transpor obstáculos
dS = vS · t = 6 · 10 = 60 km com dimensões comparáveis ao seu comprimento
60 + 80 = 140 km de onda.

105
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c) (V) Ao atravessar um meio (um prisma ou uma gotícula c) (V) O esquema a seguir ilustra o comportamento de
de água, por exemplo) e ser refratado, um raio de um feixe de luz branca que incide paralelamente ao
luz policromático decompõe-se em suas diferentes eixo óptico da lente.
cores. Esse fenômeno óptico é chamado de dispersão.
d) (F) Ao incidir sobre a superfície de um objeto, um
raio de luz permanece no meio de origem em que
estava se propagando antes de atingir a superfície
apenas se for refletido. Esse fenômeno óptico é Branca
conhecido por reflexão.
e) (F) O fenômeno da polarização ocorre quando a dire‑ fa fv E.O.
ção de vibração de uma onda transversal é selecio‑
nada (filtrada) por meio de um material denomi‑
nado polarizador.

24 B

a) (F) Provavelmente, o aluno calculou a soma dos com‑
Devido ao fato de o vidro ter índice de refração dife‑
primentos de onda e fez a transformação de uni‑
rente para diferentes comprimentos de onda, ao pas‑
dade de forma equivocada: Dl = (8,5 + 6,8) m = sarem pela lente, eles se refratam com ângulos dife‑
15,3 m = 153 cm. rentes com relação à normal N. Isso faz com que, após
b) (V) A velocidade de propagação de uma onda é cal‑ passarem pela lente, os diferentes comprimentos de
culada pela equação v = l ∙ f. Para a frequência de onda cheguem ao seu eixo óptico em posições distin‑
40 Hz, tem-se: tas, caracterizando distâncias focais diferentes.
v som 340 m  s1 De acordo com o esquema, quanto maior o índice
E    8, 5 m de refração, menor é a distância focal. Consequente‑
fE 40 s1
mente, quanto maior o comprimento de onda, maior
Para a frequência de 50 Hz, tem-se: a distância focal. Logo, temos: fvermelho > fverde > fazul.
d) (F) O aluno considerou equivocadamente a distância
v som 340 m  s1 focal diretamente proporcional ao comprimento de
R    6, 8 m
fR 50 s1 onda.

Portanto, a diferença entre os comprimentos de e) (F) A distância focal para a cor vermelha é a menor, e
não a maior. Além disso, a distância focal da cor
onda é Dl = (8,5 − 6,8) m = 1,7 m = 1,7 ∙ 100 cm =
azul é diferente da distância do verde.
170 cm.
c) (F) Provavelmente, o aluno calculou apenas o compri‑
Física 4
mento de onda associado a 50 Hz e fez a transfor‑
mação da unidade de medida. 01 C
1
v som 340 m  s a) (F) Possivelmente, o aluno considerou a energia mecâ‑
R    6, 8 m  680 cm
fR 50 s1 nica total (igual em todos os pontos da trajetória)

em vez da energia cinética.
d) (F) Provavelmente, o aluno calculou apenas o compri‑ b) (F) Possivelmente, o aluno associou que a energia
mento de onda associado a 40 Hz e fez a transfor‑ cinética é maior em todos os pontos da trajetória
mação da unidade de medida. por considerar que o corpo está se movendo cons‑
v som 340 m  s1 tantemente com velocidade máxima.
E    8, 5 m  850 cm
fE 40 s1 m  v2
c) (V) A energia cinética é dada por EC  , em que m é
2
e) (F) Provavelmente, o aluno somou os valores numéri‑ a massa do corpo e v é o módulo de sua velocidade.
cos da frequência, considerou esse resultado igual No ponto mais baixo da trajetória, a velocidade é
à diferença entre os comprimentos de onda e fez a máxima, e, consequentemente, a energia cinética
transformação considerando 1 m = 10 cm equivoca‑ também. Como a energia mecânica total do sistema
damente. é dada por E = EC + EP, a energia potencial (EP) será
mínima quando a energia cinética (EC) for máxima.
25 C Logo, EC > EP no ponto mais baixo da trajetória.
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a veloci‑
a) (F) O aluno considerou equivocadamente que a dis‑ dade do corpo é mínima em todos os pontos da
tância focal não muda com a frequência. trajetória.
b) (F) A distância focal do vermelho é maior que a do azul, e) (F) Possivelmente, o aluno confundiu os conceitos de
mas a do azul é diferente da distância do verde. energia cinética e energia potencial.

106
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

02 B Assim, o cateto vertical (cv) do triângulo retângulo


formado é:
a) (F) Possivelmente, o aluno não considerou o radical na
equação do período de oscilação: cv = d0 – vA · t
cv = 900 – 300 · 2 = 300 m
m 2 6
T  2   6   0, 06 s Já o cateto horizontal (ch) é:
k 200 100
b) (V) Primeiro, calcula-se a constante elástica da mola (k). ch = vB · t
Na posição de equilíbrio, a força peso (P) é igual à ch = 200 · 2 = 400 m
força elástica restauradora (FEL): Assim, aplicando o Teorema de Pitágoras, tem‑se:
P = FEL d2 = cv2 + ch2
m ∙ g = k ∙ x
d2 = 3002 + 4002 ⇒ d = 500 m
mg c) (F) Possivelmente, o aluno calculou a distância entre os
k
x aviões caso eles estivessem no mesmo sentido.
2  10 20 dA = vA · t
k   = 200 N/m
0,1 0,1 dA = 300 · 2 = 600 m
Em seguida, determina-se o período de oscilação:
dB = vb · t
m
T = 2  dB = 200 · 2 = 400 m
k
900 – 600 + 400 = 700 m
2 6 6 d) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a distância
T = 2 3    T = 0,6 s
200 100 10 inicial entre os aviões.
c) (F) Possivelmente, o aluno não converteu a unidade cv = vA · t
de comprimento da elongação (de centímetro para cv = 300 · 2 = 600 m
metro) ao calcular a constante elástica da mola: ch = vB · t
2  10 2 ch = 200 · 2 = 400 m
k  2 N/m  T  6  6 s
10 2 d2 = cv2 + ch2
d) (F) Possivelmente, ao calcular o período de oscilação, d2 = 6002 + 4002 ⇒ d ≅ 721 m
o aluno utilizou a massa em gramas e não conside‑ e) (F) Possivelmente, o aluno trocou o módulo da veloci‑
rou o radical na equação: dade dos aviões.
m 2000 cv = d0 – vA · t
T  2   6  6  10  60 s
k 200 cv = 900 – 200 · 2 = 500 m
e) (F) Possivelmente, o aluno definiu incorretamente a ch = vB · t
equação do período de oscilação:
ch = 300 · 2 = 600 m
k 200
T = 2   6   600 s d2 = cv2 + ch2
m 2
d2 = 5002 + 6002 ⇒ d ≅ 781 m
03 B
a) (F) Possivelmente, o aluno calculou a distância entre os 04 C
aviões caso eles estivessem em sentidos opostos. a) (F) Provavelmente, o aluno considerou que não haveria
dA = vA · t atrito por não haver movimento, já que o enunciado
dA = 300 · 2 = 600 m informa que a caixa fica “na iminência de escorre‑
gar”. Portanto, Fat = 0 N.
dB = vB · t
b) (F) Provavelmente, o aluno considerou que a inten‑
dB = 200 · 2 = 400 m
sidade da força de atrito é igual à intensidade da
600 + 400 – 900 = 100 m componente vertical da força exercida pela prati‑
b) (V) A figura a seguir ilustra as posições dos aviões cante sobre a caixa. Nesse caso, tem-se:
2 segundos após o instante descrito. Fat = F ∙ sen q = 1 000 ∙ 0,6 = 600 N
B c) (V) Na iminência de movimento, a intensidade da força
de atrito estático é máxima. Nessa circunstância,
d
seu valor coincide com a intensidade da compo‑
d0 = 900 m A nente horizontal da força exercida pela praticante
sobre a caixa, que tem mesma direção e mesmo
sentido do movimento iminente, como mostrado
no esquema a seguir.

107
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Fat F ∙ cos q
q

F ∙ sen q
Assim, tem-se:
Fat = F ∙ cos q = 1 000 ∙ 0,8 = 800 N
d) (F) Provavelmente, o aluno considerou que o atrito tem a mesma intensidade da força exercida sobre a caixa, ignorando
que são forças aplicadas em sentidos diferentes. Assim, Fat = 1 000 N.
e) (F) Provavelmente, o aluno considerou que o atrito tem intensidade igual à soma das intensidades das duas componentes
da força exercida sobre a caixa. Assim, tem-se:
Fat = F ∙ sen q + F ∙ cos q = 1 000 ∙ 0,6 + 1 000 ∙ 0,8 = 1 400 N

05 D
a) (F) Possivelmente, o aluno utilizou o raio da órbita como sendo o comprimento dela.
s s 10 7
v  t    18 horas
t v 540 000
b) (F) Possivelmente, o aluno utilizou o diâmetro da órbita como sendo o comprimento dela.
∆s = 2 ⋅ R = 2 ⋅ 107
s s 2  10 7
v  t    37 horas
t v 540 000
c) (F) Possivelmente, o aluno cometeu um equívoco no cálculo do comprimento da circunferência da órbita.
∆s = π ⋅ R = 3 ⋅ 107
s s 3  10 7
v  t    55 horas
t v 540 000
d) (V) Primeiramente, calcula-se o comprimento da órbita da sonda Solar Parker.
∆s = 2 ⋅ π ⋅ R
∆s = 2 ⋅ 3 ⋅ 107 = 6 ⋅ 107 km
Em seguida, aplica-se a equação da velocidade para o movimento uniforme.
s s 6  10 7
v  t    111 horas
t v 540 000
e) (F) Possivelmente, o aluno converteu a medida da velocidade de km/h para m/s, desconsiderando as outras unidades de
medida.
540 000 km/h = 150 000 m/s
s s 6  10 7
v  t    400 horas
t v 150 000

06 E
a) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o ator e o espelho se movimentam no mesmo sentido.
vr = 2 ⋅ (4 – 3) = 2 m/s
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou a velocidade do ator em relação ao espelho.
vr = 4 + 3 = 7 m/s
c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o espelho estava parado.
vr = 2 ⋅ 4 = 8 m/s
d) (F) Possivelmente, o aluno imaginou que a velocidade relativa é dada pelo produto entre a velocidade do ator e a veloci‑
dade do espelho.
vr = 4 ⋅ 3 = 12 m/s
e) (V) Tomando o ator como referencial, o espelho se desloca com velocidade de 4 + 3 = 7 m/s. Portanto, considerando que
a imagem também se desloca com a mesma velocidade, tem-se que a velocidade relativa é o dobro da velocidade do
espelho em relação ao ator.
vr = 2 ⋅ (4 + 3) = 14 m/s

108
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

07 B
a) (F) Possivelmente, ao calcular o módulo do vetor resultante, o aluno não elevou as coordenadas ao quadrado.

AB  5  12  17  4 m

b) (V) Para determinar a soma dos vetores, traça-se um vetor que conecta a origem do primeiro vetor ao final do último vetor,
como mostrado a seguir.

1 µm

1 µm

Então, calcula-se o módulo do vetor resultante.



AB  52  122  169  13 m

c) (F) Possivelmente, o aluno apenas somou o módulo das componentes horizontal e vertical do vetor resultante.

AB  5  12  17 m

d) (F) Possivelmente, o aluno somou as medidas de cada vetor da imagem.

AB  2  2  5  2  2 2  3  3 2  3  5  3  2 2  23  8 2  34 m

e) (F) Possivelmente, o aluno não extraiu a raiz quadrada ao calcular o módulo do vetor resultante.

AB  52  14 2  169 m

08 B
a) (F) Possivelmente, o aluno utilizou a equação da força de resistência em baixas velocidades.
m
f  K  v  K  
F  kg  s2  kg  s1
v m
s
b) (V) Faz-se a análise dimensional da equação da força de resistência em altas velocidades.
f
f  D  v2  D  2
v
[ F]
[D] =
[ v ]2
[m]  [a]
[D] 
[ v ]2
m
kg 
[D]  s2
2
m
 
 
s
m s2 kg
[D]  kg     kg  m1
s2 m2 m

109
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c) (F) Possivelmente, o aluno expressou de forma equivo‑ b) (F) Possivelmente, o aluno apenas converteu a varia‑
cada a unidade da aceleração. ção da velocidade de km/h para m/s, desconside‑
m rando a inconsistência na unidade de medida.
F kg  s 100
f  D  v  D  2 
2
 kg  s  m1 =
100 km/h = m/s 27, 8 m/s
v  m 
2
3, 6
 
s c) (F) Possivelmente, o aluno não converteu a variação da
d) (F) Possivelmente, o aluno cometeu um equívoco ao velocidade de km/h para m/s.
definir o fator de proporcionalidade (D). v 100
2 am    58, 8 m/s2
m m t 1, 7
f  D  v 2  D  F   v   kg  2     kg  m3  s4
2

s s d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a aceleração caso


e) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a unidade o veículo variasse a velocidade 100 km/h para
da aceleração. 400 km/h em 1,7 segundo.

f  D  v 2  D 
F  D  kg  kg  m2  s2 300
  400 km/h  100 km/h  300 km/h  m/s
v m
2
3, 6
  v
s am 
t
09 C 300
0
a) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou a massa do 3, 6
am 
automóvel. 1, 7
Fat = µ ⋅ g = 0,35 ⋅ 10 = 3,5 N 300 1 300
am     49 m/s2
b) (F) Possivelmente, o aluno não converteu, de tonelada 3, 6 1, 7 6,12
para quilograma, a massa do automóvel. e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a variação da velo‑
Fat = µ ⋅ N = 0,35 ⋅ 1,2 ⋅ 10 = 4,2 N cidade utilizando a velocidade máxima do carro.
c) (V) Primeiramente, considerando que 1,2 tonelada 400
equivale a 1 200 kg, calcula-se a força peso que atua 400 km/h = m/s
3, 6
no veículo.
P = m ⋅ g v
am 
P = 1 200 ⋅ 10 = 12 000 N t
Em seguida, sabendo que a força peso é igual à 400
0
força de reação normal, pois o piso é horizontal, 3, 6
calcula-se a força de atrito cinético entre o veículo am 
1, 7
e o piso.
400 1 400
Fat = µ ⋅ N am     65, 4 m/s2
Fat = 0,35 ⋅ 12 000 = 4 200 N 3, 6 1, 7 6,12
d) (F) Possivelmente, o aluno desconsiderou o coefi‑
ciente de atrito entre o piso e o automóvel. 11 C
Fat = N = 12 000 N a) (F) Possivelmente, o aluno não elevou a velocidade
e) (F) Possivelmente, o aluno dividiu a força de reação nor‑ ao quadrado quando aplicou a equação da ener‑
mal pelo coeficiente de atrito em vez de multiplicar. gia cinética.
N 12 000 m  v 2 6000  7500
F    34 285 N EC    2, 3  10 7 J
at  0, 35 2 2
b) (F) Possivelmente, o aluno calculou a quantidade de
10 A
movimento em vez da energia cinética, desconsi‑
a) (V) A aceleração é a taxa que corresponde à variação derando a unidade de medida.
da velocidade em um determinado intervalo de Q = m ⋅ v = 6 000 ⋅ 7 500 = 4,5 ⋅ 107 kg ⋅ m ⋅ s–1
tempo. Então, converte-se a velocidade de km/h c) (V) Primeiramente, converte-se a velocidade de km/h
para m/s e, em seguida, aplica-se a definição de para m/s.
aceleração média. 27000
100 =
27000 km/h = m/s 7500 m/s
100 km/h = m/s 3, 6
3, 6 Em seguida, aplica-se a equação da energia cinética.
v
am  m  v2
t EC 
2
100
0 6000  7500 2
3, 6 EC   16875  10 7  1, 7  1011 J
am 
1, 7 2
d) (F) Possivelmente, o aluno não aplicou a divisão por
100 1 100
am     16, 3 m/s2 dois quando usou a equação da energia cinética.
3, 6 1, 7 6,12 EC = 6 000 ⋅ 7 5002 ≅ 3,4 ⋅ 1011 J

110
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

e) (F) Possivelmente, o aluno usou a velocidade em km/h em vez de converter para m/s.
m  v 2 6000  27000 2
EC    2, 2  1012 J
2 2

12 B
a) (F) Para chegar a esse valor, provavelmente, o aluno considerou a resultante centrípeta igual à tração, obtendo:
m  v2 m  v 2 40  62
T  RC  T  T   800 N
r r 1, 8
Assim, para calcular a tração máxima, fez-se:
Tmáx  1, 5  800  Tmáx  1200 N

b) (V) A figura a seguir ilustra as forças no ponto mais baixo da trajetória.

2T

RC

Assim, para se calcular a tração em cada corda, faz-se:


m  v2 m  v2 m  g 40  62 40  10
2T  P  RC  2T  r
 mg  T 
2r

2

2  1, 8

2
 400  200

T = 600 N
Como em cada corda se considera que a tração máxima (Tmáx) seja 50% maior que esse valor, tem-se:
Tmáx = 1,5  600  Tmáx = 900 N
c) (F) Para encontrar esse resultado, o aluno utilizou a expressão da energia cinética em vez da resultante centrípeta em seus
cálculos, obtendo:
m  v2 m  v 2 m  g 40  62 40  10
2T  P  R C  2T   mg  T      360  200
2 22 2 4 2
T = 560 N
Assim, para calcular o valor de tração máxima, fez:
Tmáx  1, 5  560  Tmáx  840 N
d) (F) O aluno, possivelmente, não considerou a medida de segurança do pai em optar por uma corda cuja tração máxima
seja 50% maior que a tração a que a corda estaria submetida se a velocidade fosse máxima, obtendo:
m  v2 m  v 2 m  g 40  62 40  10
2T  P  R C  2T   mg  T      400  200
r 2r 2 2  1, 8 2

T = 600 N
e) (F) Provavelmente, o aluno equacionou a resultante centrípeta, como demonstrado a seguir, chegando ao valor de tração
máxima que não corresponde à situação descrita no texto.
m  v2 m  v 2 m  g 40  62 40  10
2T  P  R C  2T   mg  T      400  200
r 2r 2 2  1, 8 2
T  200 N
Tmáx  1, 5  200  Tmáx  300 N

111
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

13 C 14 B
a) (F) Provavelmente, o aluno apenas calculou o peso do
a) (F) Provavelmente, o aluno calculou o coeficiente de
automóvel, obtendo (1 000 kg) ⋅ (10 m/s2) = 10 000.
atrito considerando apenas 1 pneu e a massa total Esse valor não corresponde à força centrípeta
do carro, obtendo: atuante no automóvel.
v 0  90 km/h  25 m/s m  v2
b) (V) A resultante centrípeta é dada por Fcp  , em
v 2  v 0 2  2a  d  0  252  2a  40, 5  a  7, 7 m/s2 R
que m é a massa (kg), v é a velocidade (m/s) e R é o
4Fat  m  a  4    N  m  a  4  m  g  m  a 
raio da curva (m). Para converter a unidade de medida
a 7, 7 de velocidade, faz-se v = (64,8 km/h) : 3,6 = 18 m/s.
a  4  g      0, 2
4g 4  10 Assim, para calcular a força centrípeta atuante no
automóvel, tem-se:
b) (F) O aluno pode ter utilizado a distância total percor‑
(1000 kg) ⋅ (18 m/s)2
rida em vez da distância percorrida durante a frena‑ Fcp = = 16200 N
(20 m)
gem, obtendo:
c) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno apenas mul‑
v 0  90 km/h  25 m/s tiplicou o raio da curva pela massa do automóvel,
v 2  v 0 2  2a  d  0  252  2a  67, 5  a  4, 6 m/s2 obtendo (20 m) ⋅ (1 000 kg) = 20 000. Esse valor não
m corresponde à força centrípeta atuante no automóvel.
4Fat  m  a  4    N  m  a  4   g  ma  d) (F) O aluno multiplicou a velocidade pela massa e divi‑
4
diu por 2, logo: 64,8 ⋅ 1 000 = 64 800 : 2 = 32 400.
a 4, 6
a   g      0, 5 Esse valor não corresponde à força centrípeta
g 10 atuante no automóvel.
c) (V) Para a velocidade de 90 km/h, a distância que o e) (F) Para chegar a esse valor, o aluno multiplicou a velo‑
cidade pela massa, o que não fornece corretamente
automóvel efetivamente freou é:
a medida da força centrípeta atuante no automóvel.
d = 67,5 – 27 = 40,5 m.
Assim, o cálculo da desaceleração do carro nesse 15 B
trecho é descrito a seguir.
a) (F) Provavelmente, o aluno multiplicou a massa pela
v 2  v 0 2  2a  d  0  252  2a  40, 5  a  7, 7 m/s2 velocidade ao quadrado e dividiu o resultado pela
Como a força de atrito é a força resultante no tre‑ gravidade, chegando a um valor em kg ⋅ m, con‑
cho, e o peso é distribuído igualmente sobre 4 forme descrito a seguir.
pneus, tem-se: (0,3 kg) ⋅ ( 5 m/s)2
= 0,75 kg ⋅ m
v 0  90 km/h  25 m/s (10 m/s2 )
v 2  v 0 2  2a  d  O cálculo resultou em uma unidade de medida incom‑
patível com a alternativa e, portanto, o valor não cor‑
0  252  2a  40, 5  a  7, 7 m/s2 responde à altura máxima atingida pela bolinha.
4Fat  m  a  4    N  m  a  b) (V) Pela conservação da energia mecânica, como
m a 7, 7 nenhuma força dissipativa atua sobre a bolinha, a
4   g  ma  a   g      0, 8 energia do sistema é constante. Assim, tem-se que
4 g 10
d) (F) Para encontrar esse valor, possivelmente, o aluno a energia potencial não muda: Emecânica (ponto inicial) =
Emecânica (ponto máximo).
utilizou a distância de reação em seus cálculos,
obtendo: Então, é possível determinar a altura máxima da
bolinha utilizando como referência a altura máxima
v 0  90 km/h  25 m/s
na qual a velocidade é zero. Calcula-se:
v 2  v 0 2  2ad  0  252  2a  27  a  11, 5 m/s2 EP0  EC0  EPmáx  ECmáx
m
4Fat  m  a  4    N  m  a  4   g  m  a  mv 20
4 0+ = mgh + 0
a 11, 5 2
a   g      1, 2
g 10 v 20 (5 m/s)2
h= = = 1,25 m
e) (F) Para chegar a esse valor, possivelmente, o aluno 2g 2 ⋅(10 m/s2 )
não transformou a velocidade em unidades do SI Portanto, nas condições descritas no texto, a altura
e, assim, obteve o inverso do coeficiente de atrito, máxima atingida pela bolinha é de 1,25 m.
conforme demonstrado a seguir. c) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno apenas divi‑
diu a gravidade pela velocidade inicial, (10 m/s2) :
v 2  v 0 2  2a  d  0  90 2  2a  40, 5  a  100 m /s2
(5 m/s) = 2 s–1, obtendo uma unidade de medida
Fat  m  a    N  m  a    m  g  m  a  incompatível com a alternativa. Portanto, esse valor
a 100 não corresponde à altura máxima atingida pela
a    g    g  10  10, 0 bolinha.

112
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (F) Para encontrar esse valor, o aluno apenas multipli‑ 70 ⋅ 46


cou a massa pela gravidade: (0,3 kg) ⋅ (10 m/s2) = m= = 32,2 kg
100
3 kg ⋅ m ⋅ s–2. O cálculo resultou em uma unidade de
medida incompatível com a alternativa. Portanto, m  v 2 (32, 2 kg)  (3 m/s)2
Fc    2070 N
esse valor não corresponde à altura máxima atin‑ R ( 0,14 m)
gida pela bolinha. Logo, para determinar a força total do golpe (FG),
e) (F) O aluno apenas calculou a energia cinética inicial faz-se FG = 1 066 + 2 070 = 3 136 N.
e chegou a um valor em J, que não corresponde à c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que, no giro
medida da altura, conforme demonstrado a seguir. do quadril, todo o corpo realizou o movimento
mv 20 0,3 ⋅ 52 de rotação. Dessa forma, utilizou a massa total do
Ec = = = 3,75 J atleta para encontrar a força centrípeta.
2 2
d) (F) Provavelmente, o aluno calculou a força associada
Esse valor não corresponde à altura máxima atin‑ ao movimento linear usando de maneira equivo‑
gida pela bolinha. cada a massa total do atleta. Contudo, o corpo
permanece imóvel, e apenas o braço se move. Por‑
16 B tanto, é preciso considerar a massa do braço em
vez da massa do atleta.
a) (F) Há energia potencial gravitacional no ponto mais
e) (F) O aluno possivelmente utilizou a massa total para o
alto da parábola.
cálculo das forças.
b) (V) Instantes antes de deixar o solo, o avião com a tri‑
pulação e os passageiros tem sua energia mecânica
19 B
exclusivamente composta pela energia cinética,
pois possui determinada velocidade. No vértice, a a) (F) O aluno provavelmente calculou a média das velo‑
velocidade do corpo possui componente horizon‑ cidades e dividiu o valor encontrado pelo intervalo
tal, e a energia mecânica é, então, composta pelas de tempo para calcular a aceleração. Assim, para
calcular a força média, multiplicou o valor obtido
energias potencial gravitacional e cinética.
para a aceleração pela massa, conforme demons‑
c) (F) A energia potencial gravitacional no solo é nula e
trado a seguir.
há energia potencial gravitacional no vértice. v1  v 2 200  0
d) (F) No vértice, há velocidade com componente hori‑ vm   vm   vm  100 km/h  27, 8 m/s
2 2
zontal. Logo, há energia cinética. 27, 8
e) (F) A energia potencial gravitacional no solo é nula. a  9, 3 m/s2
3
Fm  m  a  Fm  9000  9, 3  Fm  83, 7 kN  84 kN
17 E b) (V) Pelo Teorema do Impulso, tem-se:
a) (F) O gráfico indica que Ben Jonhson atinge a veloci‑ I = ∆Q = mvf – mvi
dade de 43 km/h antes de Usain Bolt. A força média é dada pela razão entre o impulso e
b) (F) O gráfico indica que os primeiros 30 m da prova o intervalo de tempo:
constituem a fase de aceleração para os três atle‑ I mv f  mvi
Fm   Fm 
tas. Portanto, esse fato não seria determinante para  t t
uma vitória de Bolt. Considerando vi = 200 km/h ≅ 55,6 m/s, calcula-se:
c) (F) De fato, Bolt inicia sua desaceleração depois de
( 9000  0 )  ( 9000  55, 6)
seus competidores, mas não é por isso que ele ven‑ Fm 
3
ceria a corrida, e sim porque ele mantém uma velo‑
cidade superior durante grande parte da prova. |Fm| = 166 800 N ≅ 167 kN
d) (F) No momento final da prova, Bolt chega a uma velo‑ c) (F) Para chegar a esse valor, provavelmente, o aluno
cidade inferior à de Carl Lewis e equivalente à de calculou a variação da quantidade de movimento,
Ben Johnson. conforme demonstrado a seguir:
I  Q  mv f  mvi
e) (V) O gráfico indica que Bolt é o único a alcançar a
marca de 44 km/h e a manter por pelo menos 20 m. vi  200 km / h  55, 6 m/s
1
I  9000  0  9000  55, 6  500 400 kg  m  s
18 B d) (F) O aluno não realizou a transformação de unidade
a) (F) Para chegar a esse valor, o aluno calculou apenas de medida necessária, utilizando a velocidade em
a força centrípeta, associando de maneira equi‑ km/h em seu cálculos:
vocada a inércia ao movimento uniformemente I  Q  mv f  mvi
variado. Assim, desconsiderou a força do movi‑ I mv f  mvi
mento do braço. Fm   Fm 
t t
b) (V) Para a força associada ao movimento linear, calcu‑ 9000  0  9000  200
la-se: Fm 
3
F = m ⋅ a = 13 ⋅ 82 = 1 066 N
Fm  600 kN
Calculando a força centrípeta:

113
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

e) (F) O aluno pode ter confundido o Teorema do Impulso b) (F) As forças de ação e reação atuam em corpos dife‑
com o do Trabalho: rentes, portanto a Terra deve ser analisada como
mv f 2 mvi2 9000 parte do sistema.
I    ( 0  55, 62 )  13, 9  10 6 kg  m  s1
2 2 2 c) (V) Devido à Terceira Lei de Newton, a força que o
13, 9  10 6 atleta faz sobre a Terra no momento do impulso
Fm 
3 tem módulo igual ao que ela exerce nele nesse
Fm  4 637 kN mesmo instante. Pela Segunda Lei de Newton,

F = m ⋅ a. Assim, a aceleração de um corpo sujeito a
uma força resultante de intensidade F tem módulo
20 E
F
a) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno provavelmente dado por a = . Quanto maior a massa do corpo,
calculou a frequência considerando que o satélite m
dá uma volta a cada 24 h (24 ⋅ 3 600 = 86 400 s), menor a aceleração dele. Assim, devido ao impulso,
conforme demonstrado a seguir. a aceleração vertical do atleta é muito maior que a
n 1 da Terra. Além disso, a Terra também está sob a
f   1,16  10 5 Hz
t 86400 s influência de diversos outros fatores, como a inte‑
v  2  R  f  v  2  3  ( 6000  752)  1,16  10 5 ração de outros seres vivos com ela, marés, movi‑
mentações do manto, interações gravitacionais
v  0, 5 km/s
com outros corpos celestes etc.
b) (F) Para encontrar esse valor, o aluno considerou
apenas a altitude do satélite como raio da órbita. d) (F) Devido ao Princípio da Ação e Reação, a força que
Assim, tem-se: o atleta faz na Terra no momento do impulso tem
n 14 módulo igual ao que a Terra faz nele nesse mesmo
f   1, 6  10 4 Hz
t 24  60  60 instante.
v  2  R  f  v  2  3  ( 752)  1, 6  10 4 e) (F) As forças de ação e reação atuam em corpos dife‑
rentes, não podendo se anular.
v  0, 7 km/s
c) (F) O aluno pode ter, equivocadamente, calculado a
velocidade como o produto da distância ao cen‑ 22 D
tro da Terra pela frequência, conforme descrito a a) (F) Para chegar a esse valor, o estudante considerou a
seguir.
velocidade apenas como a razão direta entre o raio
n 14
f   1, 6  10 4 Hz e o período do movimento, levando à classifica‑
t 24  60  60
ção da turbina como classe 1 para mata ou campo
v  R  f  v  ( 6000  752)  1, 6  10 4
aberto.
v  1,1 1 km
R 8m
d) (F) Provavelmente, o aluno não considerou a altitude v   0, 88 m/s
T 9s
do satélite, calculando:
n 14 b) (F) É provável que o estudante tenha realizado os cál‑
f   1, 6  10 4 Hz culos corretamente, chegando ao valor de veloci‑
t 24  60  60
v  2  R  f  v  2  3  ( 6000 )  1, 6  10 4 dade aproximada de 5,3 m/s, mas concluiu equivo‑
cadamente que o valor correspondia ao emprego
v  5, 8 km/s da turbina na classe 3 em campo aberto.
e) (V) Como o satélite dá 14 voltas (n) em 1 dia (∆t = 24 h =
c) (F) Provavelmente, o estudante calculou a velocidade
86 400 s), sua frequência é:
de forma equivocada, o que o induziu à conclusão
n 14
f   1, 6  10 4 Hz da classe 2 para o campo aberto.
t 86 400 s
d) (V) A trajetória efetuada pela pá da hélice é do tipo
Logo, sua velocidade escalar é:
circular. Assim, considerando uma volta, calcula-se:
v = 2  R  f
2R 2  3  (8, 0 m)
v = 2  3  ( 6000  752)  (1, 6  10 4 ) v=   v  5,3 m/s
T 9s
v  6, 5 km/s Dessa forma, considerando os valores indicados na
tabela, esse gerador é classificado como classe 3
21 C quando empregado na mata.
a) (F) Segundo o Princípio da Inércia, um corpo tende a e) (F) Provavelmente, o estudante fez o cálculo para a
manter sua velocidade vetorial enquanto não hou‑ velocidade considerando o raio da turbina como a
ver forças atuando nele. Neste caso, ele sobe em altura de instalação da hélice, obtendo:
um movimento desacelerado justamente porque há
uma força (gravitacional) atuando nele. Além disso, a 2R 2  3  ( 50 m)
v    v  33, 3 m/s
Terra também obedece ao Princípio da Inércia. T 9s

114
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

23 C
a) (F) O estudante considerou equivocadamente que a queda da esfera possui velocidade constante e, por isso, calculou:
∆S = v ⋅ t = (8 m/s) ⋅ (10 s) = 80 m
b) (F) O estudante calculou a velocidade final da esfera: v = v0 + g ⋅ t = (–8 m/s) + (10 m/s2) ⋅ (10 s) = 92 m/s. No entanto, esse
valor não corresponde à altura do balão quando este foi atingido pelo projétil.
c) (V) No momento em que o projétil atinge o balão (S0 = 0), a esfera possui a mesma velocidade de deslocamento que a do
balão. A partir daí, considera-se como referência o movimento vertical para baixo. Nesse caso, o movimento é acele‑
rado, e a velocidade escalar muda de sinal (V0 = –8 m/s), mas a aceleração permanece positiva. Assim, calcula-se:
1 1 1
S  S0  V0  t  g  t 2  0  ( 8 m/s)  (10 s)   [(10 m/s2 )  (10 s)2 ]  ( 80 m)   (1000 m)  420 m
2 2 2
d) (F) Para chegar a esse resultado, o estudante considerou equivocadamente que a velocidade inicial da esfera era nula.
e) (F) O estudante considerou que as velocidades estavam no mesmo sentido, embora estejam em sentido contrário.

24 C
a) (F) O aluno pode ter expressado equivocadamente a função horária da posição no movimento uniformemente variado.
a t 13, 4  2, 5
S  v 0  t   S  0   16, 75 m
2 2
τ = F ⋅ ∆s = 80 400 ⋅ 16,75 = 1 346 700 J ≅ 1 347 kJ
b) (F) O aluno pode ter utilizado a expressão para a potência instantânea ao calcular o trabalho, utilizando metade da velo‑
cidade final mencionada.
v
  F  final  80 400  34  2733600 J  2734 kJ
2
c) (V) Considerando que o movimento inicial é na horizontal e que não são consideradas as forças dissipativas, a força F que
provoca o impulso no trem é a força resultante. Logo, a aceleração dele é constante e dada por:
vfinal = 241,2 km/h = 67 m/s
v 67  0
a   13, 4 m/s2
 t 5  0
Assim, a intensidade da força F é:
F = m ⋅ a ⇒ F = 6 000 ⋅ 13,4 ⇒ F = 80 400 N
Então, calcula-se a distância percorrida até metade do tempo, ou seja, 2,5 segundos:
a  t2 13, 4  2, 52
S  v 0  t   S  0   41, 875 m
2 2
Em seguida, calcula-se o trabalho realizado pela força F:
τ = F ⋅ ∆S = 80 400 ⋅ 41,875 = 3 366 750 J ≅ 3 367 kJ
d) (F) O aluno pode ter calculado o trabalho até metade da distância percorrida.
S 167, 5
  F  80 400   6733500 J  6734 kJ
2 2
e) (F) O aluno pode ter calculado o trabalho realizado em todo o trajeto.
a  t2 13, 4  52
S  v 0  t   S  0   167, 5 m
2 2
τ = F ⋅ ∆S = 80 400 ⋅ 167,5 = 13 467 000 J = 13 467 kJ

25 E
a) (F) Essa seria a trajetória se não houvesse movimento horizontal.
b) (F) Essa seria a trajetória observada pelo balonista se o objeto tivesse velocidades horizontal e vertical constantes, sendo
a primeira não nula e menor que a do balão.
c) (F) Essa seria a trajetória se fosse considerado o empuxo sobre o balão.
d) (F) Essa seria a trajetória se a velocidade vertical do objeto fosse constante.
e) (V) O balão está trafegando inicialmente em MRU, com componente de velocidade apenas na horizontal. Desconside‑
rando o empuxo, o objeto B terá velocidade horizontal igual à do balão. Portanto, após ser solto, as componentes
que atuarão sobre o objeto durante a trajetória são relacionadas à aceleração da gravidade e ao próprio movimento
do balão.

115
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c) (F) Na equação Ca2CO3 + H2SO4 → Ca2SO4 + H2CO3, a


Química 1 fórmula do carbonato de cálcio (CaCO3) e a do sulfato
de cálcio (CaSO4) estão representadas incorretamente.
01 A
d)(F) Na equação Ca(CO3)2 + H2SO4 → CaSO4 + 2 HCO3, a
a) (V) A concentração de íons H+ está relacionada ao grau
fórmula do carbonato de cálcio (CaCO3) e a do ácido
de ionização e à força de um ácido. Quanto maior
carbônico (H2CO3) estão representadas incorreta‑
o grau de ionização, mais forte é o ácido e maior
mente.
a concentração de H+. Assim, dos ácidos listados
na tabela, o HCl é o mais forte, já que é um dos e) (F) Na equação Ca(CO3)2 + H2SO3 → CaSO3 + 2 HCO3, a
três hidrácidos considerados fortes (HCl, HBr e HI). fórmula do carbonato de cálcio (CaCO3) e a do ácido
Portanto, o efluente que apresentar HCl na mesma carbônico (H2CO3) estão representadas incorreta‑
concentração dos demais ácidos causará o maior mente. Além disso, a reação mostra, como reagente,
impacto ambiental. ácido sulfuroso (H2SO3) em vez de ácido sulfúrico
b) (F) O H2S é um hidrácido considerado fraco, logo, se (H2SO4) e sulfito de cálcio (CaSO3) em vez de sulfato
estiver na mesma concentração do HCl, apresen‑ de cálcio (CaSO4).
tará menor concentração de íons H+.
c) (F) O HNO2 é um oxiácido fraco, uma vez que a subtra‑
04 B
ção do número de oxigênios pelo de hidrogênios é
igual a 1 (2 – 1 = 1). a) (F) Possivelmente, o aluno inverteu os valores de y e z
d) (F) O H3PO4 é um oxiácido fraco, uma vez que a subtra‑ (y = 3,5 e z = 14,0 + 4,0 = 18,0).
ção do número de oxigênios pelo de hidrogênios é b) (V) A equação que representa a reação entre o ferro
igual a 1 (4 – 3 = 1). da palha de aço e o oxigênio do ar é 2 Fe + O2
e) (F) O H2CO3 é um oxiácido fraco, uma vez que a sub‑ → 2 FeO. Então, de acordo com a Lei de Lavoi‑
tração do número de oxigênios pelo de hidrogê‑ sier, a soma das massas de ferro e gás oxigê‑
nios é igual a 1 (3 – 2 = 1). nio é igual à massa de óxido de ferro II formada
(10,5 + x = 13,5 ⇒ x = 3,0). Já o valor de y corres‑
ponde à massa de FeO formada a partir de 14,0 g
02 A
de Fe e 4,0 g de O2, ou seja, y = 14,0 + 4,0 = 18,0.
a) (V) Para produção do alumínio metálico (Al), que é Assim, o valor de z é a relação entre a massa de
uma substância pura simples (formada por apenas ferro e a de gás oxigênio, que será a mesma do
um elemento), utiliza-se, como matéria-prima, a experimento 1, já que a reação é a mesma e a pro‑
bauxita, que é uma rocha formada pela mistura de porção entre os reagentes não se altera (z = 3,5).
minerais.
c) (F) O aluno deve ter considerado o valor de x como
b) (F) O produto obtido é o alumínio metálico, que é uma
m
substância simples, e não composta. a subtração entre os valores de mFe e Fe no
c) (F) A matéria-prima utilizada (bauxita) é uma mistura, mO
e não uma substância pura. Além disso, o produto experimento 1 (x = 13,5 – 3,5 = 10,0). Já o valor
obtido é o alumínio metálico, que é uma substância de y pode ter sido obtido pela subtração entre
simples, e não uma mistura. mFe e mO no experimento 2 (y = 14,0 – 4,0 = 10,0).
d) (F) A matéria-prima utilizada (bauxita) é uma rocha for‑ d) (F) Possivelmente, o aluno considerou o valor de x como
mada por uma mistura, portanto não é uma subs‑ sendo a soma entre mFe e mFeO no experimento 1
tância pura. (x = 10,5 + 13,5 = 24,0). Já o valor de y pode ter sido
e) (F) A matéria-prima utilizada (bauxita) é uma rocha obtido pela subtração entre mFe e mO (y = 14,0 − 4,0
formada por uma mistura, portanto não é uma = 10,0). E, por fim, o valor de z pode ter sido obtido
substância pura. Além disso, o produto obtido é o pela soma entre mFe e mO no experimento 2 (z = 14,0
alumínio metálico, que é uma substância simples, e + 4,0 = 18,0).
não composta. e) (F) O aluno deve ter considerado o valor de x como a
soma entre mFe e mFeO no experimento 1 (x = 10,5
03 A + 13,5 = 24,0). Já o valor de z pode ter sido obtido
pela subtração entre mFe e mO no experimento 2
a) (V) O sal formado na reação de dupla troca entre o carbo‑
(z = 14,0 − 4,0 = 10,0).
nato de cálcio (CaCO3) e o ácido sulfúrico (H2SO4) é o
sulfato de cálcio (CaSO4), que é o principal constituinte
do gesso. Portanto, a equação balanceada dessa rea‑ 05 D
ção é: a) (F) A filtração é um método de separação de misturas
CaCO3 + H2SO4 → CaSO4 + H2CO3 sólido-líquido ou sólido-gás e não é capaz de sepa‑
b)(F) A equação CaCO3 + H2SO3 → CaSO3 + H2CO3 repre‑ rar íons de metais pesados presentes na água.
senta a reação entre o carbonato de cálcio (CaCO3) b) (F) Como os cátions dos metais pesados estão solu‑
e o ácido sulfuroso (H2SO3) em vez de ácido sulfúrico bilizados na água, não é possível separá-los por
(H2SO4), formando sulfito de cálcio (CaSO3) em vez de decantação, que é um método usado para separar
sulfato de cálcio (CaSO4). misturas sólido-líquido ou de líquidos imiscíveis.

116
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c) (F) A radiação ultravioleta é uma forma de remoção de 08 B


microrganismos da água. Portanto, não é viável a
separação de metais pesados por esse método. a) (F) A gasolina é formada por uma mistura entre hidro‑
d) (V) A precipitação química é um método de separação carbonetos e etanol. A solução de cloreto de sódio,
no qual compostos químicos interagem com os por sua vez, é uma mistura entre água e NaCl.
cátions dos metais, formando compostos insolúveis Assim, as substâncias adicionadas não podem ser
em água, que podem ser separados dela com mais consideradas substâncias puras. Por fim, o sistema
facilidade do que os cátions. formado por essas misturas é heterogêneo.
e) (F) A separação magnética é utilizada para separar b) (V) O teste da proveta é realizado para verificar se
compostos com propriedades magnéticas. Como o teor de etanol adicionado à gasolina está de
os íons de metais pesados dispersos na água acordo com o limite estabelecido pela Agência
não possuem propriedades magnéticas, eles não Nacional de Petróleo (ANP). Nesse teste, adiciona‑
podem ser atraídos por um ímã. -se uma solução de cloreto de sódio à amostra de
gasolina. Após a mistura e o repouso do sistema,
06 A mede-se o volume da fase aquosa, que é referente
a) (V) A técnica descrita no texto para obtenção de mel se à quantidade de etanol presente na amostra anali‑
trata da centrifugação, que é um processo de sepa‑ sada. A solução de cloreto de sódio é uma mistura
ração sólido-líquido baseado na rotação para acele‑ homogênea entre água e NaCl, e a gasolina é uma
rar o processo de decantação. mistura homogênea formada por hidrocarbonetos
b) (F) A decantação é a separação sólido-líquido pela e pelo etanol adicionado. Ao se combinarem essas
ação gravitacional. Contudo, ao se utilizar um pro‑ duas misturas homogêneas, é formado um sistema
cesso de rotação para acelerar a decantação, a téc‑ heterogêneo bifásico, constituído de duas misturas
nica passa a ser chamada de centrifugação. homogêneas insolúveis entre si (mistura dos hidro‑
c) (F) A destilação é um processo de separação baseado carbonetos apolares da gasolina e solução aquosa
na diferença do ponto de ebulição que é apli‑ de NaCl mais o álcool extraído da gasolina).
cado em separações de componentes de misturas c) (F) Tanto a gasolina quanto a solução de cloreto de
homogêneas. sódio 10% são misturas homogêneas que apresen‑
d) (F) A filtração é utilizada na separação sólido-líquido tam uma única fase.
quando se retém a fase sólida, separando-a com‑ d) (F) A gasolina e a solução de cloreto de sódio são clas‑
pletamente da fase líquida por meio de filtros.
sificadas como misturas homogêneas por serem
e) (F) A flotação é um processo de separação em que se
constituídas por mais de uma substância pura.
borbulha ar em uma mistura, fazendo com que uma
Além disso, o sistema formado por essas misturas
das fases seja arrastada para a superfície.
é heterogêneo.
07 C e) (F) Tanto a gasolina quanto a solução de cloreto de
sódio 10% são misturas homogêneas (apresentam
a) (F) As forças que unem as moléculas dos componentes
uma única fase), não podendo ser classificadas
não são determinantes na aplicação da destilação
como substâncias puras nem como misturas hete‑
na separação de misturas. É possível empregar a
técnica de destilação para separar componentes rogêneas.
que possuam o mesmo tipo de força intermole‑
cular, como no caso da separação de uma mistura 09 A
constituída por metilbenzeno e dimetilbenzeno. a) (V) Segundo o texto, o amarelamento ocorre devido à
b) (F) O fato de dois ou mais componentes possuírem a formação de uma substância de Nox zero, como é
mesma solubilidade em água não impede o uso da o caso da espécie química I2, que é uma substância
destilação. simples e, por isso, tem Nox = 0.
c) (V) A técnica de destilação, utilizada no funcionamento b) (F) No composto KIO2, o Nox do iodo é igual a +3,
do sistema apresentado, é baseada na diferença portanto, não pode ser o produto da oxidação, o
entre os pontos de ebulição dos componentes da qual apresenta Nox = 0.
amostra, uma vez que, dessa forma, haverá vapo‑
c) (F) O iodo tem Nox = +1 no KIO. Apesar de, nesse
rização de apenas um dos componentes (o mais
caso, o número de oxidação do iodo aumentar de
volátil), permitindo, então, a separação deste.
–1 a +1, evidenciando a oxidação da espécie quí‑
d) (F) É possível usar a técnica da destilação em mistu‑
ras de mesmo estado físico (desde que não sejam mica, o texto indica que o amarelamento da solu‑
azeótropos), como na separação de água e acetona ção é resultado da formação de uma substância de
(líquido-líquido) e na separação de gases da atmos‑ Nox = 0.
fera (gás-gás). d) (F) O iodo no KIO3 tem Nox = +5, e não Nox = 0. Por
e) (F) A água do mar é uma mistura homogênea (solução) isso, esse composto não pode ser o produto da
na qual sais estão solubilizados em água. Por outro oxidação que causa o amarelamento da solução de
lado, a decantação, que é a técnica baseada na dife‑ iodeto de potássio.
rença de densidade, é utilizada em sistemas hetero‑ e) (F) No composto KIO4, o iodo tem Nox = +7, e não o
gêneos: líquido-líquido, sólido-líquido e sólido-gás. Nox = 0 descrito no texto.

117
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

10 A b) (F) Entre as três teorias representadas no esquema,


a teoria de Lewis é a mais recente e a primeira a
a) (V) Pelo método algébrico, é possível encontrar os
relacionar a classificação em ácidos e bases com
coeficientes da equação balanceada. Para isso,
a doação e recepção de elétrons. A teoria de
primeiramente, atribui-se uma incógnita para cada
Arrhenius é baseada na liberação de íons H+ e OH–,
coeficiente, conforme demonstrado a seguir.
e a de Brönsted-Lowry, na transferência de íons H+,
a N2O5(g) + b H2O(g) → c HNO3(g)
não havendo relação direta com os elétrons.
Em seguida, montam-se as equações para cada c) (F) A dependência de solventes para classificação das
elemento químico presente na equação, conforme substâncias diminuiu à medida que novas teorias
demonstrado a seguir. foram surgindo. A teoria de Arrhenius está asso‑
Nitrogênio: 2a = c ciada à presença da água como solvente para
Oxigênio: 5a + 1b = 3c classificar as substâncias como ácidos e bases. Na
Hidrogênio: 2b = c teoria de Brönsted-Lowry, o solvente não fica res‑
Para resolver, atribui-se, aleatoriamente, um valor trito apenas à água, e a classificação de Lewis inde‑
para uma das três incógnitas. Nesse caso, conside‑ pende de solventes.
rando a = 1, tem-se:
d) (V) A ordem cronológica das teorias ácido-base é:
Nitrogênio: 2 = c
Arrhenius (1887), Brönsted-Lowry (1923) e Lewis
Oxigênio: 5 + 1b = 3c
(1938). Ou seja, a de Arrhenius é a mais antiga, e
Hidrogênio: 2b = c
a de Lewis a mais recente das três. Ao longo dos
Como c = 2, ele é substituído na equação do
anos, as teorias foram incorporando novos concei‑
hidrogênio, e encontra-se o valor de b, conforme
tos que abrangessem um número maior de subs‑
demonstrado a seguir.
tâncias e fenômenos na classificação em ácidos e
Hidrogênio: 2b = 2
bases. Dessa forma, a teoria de Lewis abrange um
Assim, b = 1. Calcula-se, então, o valor de c utili‑
número maior de substâncias, além de englobar
zando a equação correspondente ao oxigênio.
as teorias anteriores, que podem ser consideradas
Oxigênio: 5 + 1 = 3c
casos específicos dessa teoria.
c=2
e) (F) Nas teorias de Arrhenius e Brönsted-Lowry, a classi‑
Dessa maneira, os valores encontrados são a = 1,
ficação das substâncias em ácidos e bases depende
b = 1 e c = 2. Substituindo-os na equação química
da presença do hidrogênio na substância. No
inicial, chega-se à equação química balanceada
entanto, a teoria de Lewis relaciona a classificação à
1 N2O5(g) + 1 H2O(g) → 2 HNO3(g).
transferência de elétrons, não havendo dependên‑
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou os coeficientes
cia da presença desse elemento nas substâncias.
por meio da quantidade de reagentes e produtos.
Como são dois reagentes, considerou o coeficiente
2 para N2O5(g) e H2O(g) e 1 para o único produto da 12 D
equação química. a) (F) O texto menciona que as substâncias liberam e
c) (F) Para chegar a essa reação, o aluno somou a quanti‑ ganham flogisto e, por isso, o aluno pode ter con‑
dade de átomos de nitrogênio, oxigênio e hidrogê‑ cluído, equivocadamente, que ele se refere ao
nio presentes na equação química não balanceada ganho e perda de massa ou à diferença de massa
e considerou-as como coeficientes nessa mesma entre as substâncias. Contudo, essa teoria serviu
ordem, que é a ordem em que os elementos apa‑ para explicar o conceito atual de oxidação e redu‑
recem (primeiro aparecem N e O em N2O5(g), e ção, ou seja, reações em que ocorre transferência
depois H em 1 H2O(g)). de elétrons entre as substâncias.
d) (F) O aluno somou a quantidade de átomos presentes b) (F) Possivelmente, o aluno relacionou o nome flogisto
na reação não balanceada e dividiu pela quanti‑ e a característica deste de emitir luz e calor com a
dade de substâncias. luminosidade.
e) (F) O aluno somou a quantidade de átomos de cada c) (F) Possivelmente, o aluno considerou que, por liberar
substância e considerou-a como coeficiente da luz e calor, haveria alteração no estado físico das
equação. substâncias.
d) (V) Hoje, a teoria do flogisto faz parte da história da
11 D Ciência, e a teoria aceita é que, em reações de
a) (F) As novas teorias ácido-base que surgiam propu‑ oxidação e redução, ocorre, obrigatoriamente,
nham novos conceitos que não invalidavam as a transferência de elétrons entre as substâncias
anteriores, mas as tornavam casos específicos envolvidas. Na primeira, ao ser liberado, o flogisto
das teorias mais abrangentes. Dessa forma, uma deve ser absorvido por outro material. Essa ideia se
substância classificada como ácido de acordo aplica à teoria atual, em que, para que uma subs‑
com a teoria de Arrhenius também é um ácido de tância seja oxidada, outra precisa ser reduzida.
Brönsted-Lowry e de Lewis. No entanto, nem todo e) (F) Possivelmente, por estar relacionado à queima e
ácido de Lewis é considerado ácido nas teorias à emissão de calor, o flogisto foi confundido com
anteriores, por estas serem mais restritas. o processo de combustão.

118
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

13 C e) (F) O NaCl é um sal produzido a partir da reação do


a) (F) Provavelmente, o aluno considerou que, como 1 mL HCl com o hidróxido de sódio, NaOH. O sódio é
um metal alcalino, ou seja, localiza-se no grupo 1
de solução produz 10 mL de O2, 20 mL produzem
(família 1A), formando cátion monovalente (Na+).
200 mL de oxigênio molecular.
Portanto, o hidróxido formado com essa espécie é
b) (F) Possivelmente, o aluno multiplicou a concentração
uma base forte, com alto grau de dissociação.
considerada eficaz (0,5%) pelo volume de oxigênio
liberado (10 mL) e pelo volume de solução (20 mL), 15 B
obtendo: 0,5 ⋅ 10 ⋅ 20 = 100 mL.
c) (V) A solução eficiente no combate ao vírus deve apre‑ a) (F) Em equilíbrios heterogêneos, a água líquida não
sentar concentração de 0,5% de H2O2. O texto participa da expressão da constante. Logo, sua alte‑
ração não influencia o equilíbrio. Portanto, já que,
informa que a relação entre “porcentagens e volu‑
para diminuir a dureza da água, é necessário precipi‑
mes” é proporcional. Assim, faz-se:
tar os carbonatos de cálcio e magnésio, aumentar a
3% ________ 10 mL quantidade de água não é um método eficiente.
0,5% ________ x b) (V) De acordo com o Princípio de Le Chatelier, o
x = 1,66 volumes aumento da concentração de uma espécie desloca
Desse modo, cada 1 mL da solução com concen‑ o equilíbrio no sentido contrário, a fim de diminuir
tração de 0,5% de H2O2 liberará 1,66 mL de oxigê‑ a perturbação e restabelecer o equilíbrio da rea‑
nio molecular. Logo, 20 mL da solução produzem ção. Nesse caso, o aumento da concentração de
33,2 mL de oxigênio molecular. hidróxido de cálcio será responsável pelo desloca‑
mento do equilíbrio para a direita, resultando em
1 mL ________ 1,66 mL uma maior formação dos carbonatos de magnésio
20 mL ________ y e cálcio (substâncias insolúveis), o que diminuirá as
y = 33,2 mL quantidades de íons Ca2+ e Mg2+ livres e, conse‑
d) (F) Para chegar a esse valor, o aluno possivelmente quentemente, reduzirá a dureza da água.
encontrou a relação correta de “porcentagens e c) (F) A diminuição dos bicarbonatos de cálcio e magné‑
volumes”. Porém, o valor corresponde a 1 mL da sio desloca o equilíbrio no mesmo sentido, ou seja,
solução, ou seja, o aluno não multiplicou pelos para a esquerda. Contudo, para diminuir a dureza da
20 mL de solução. água, é necessário precipitar os carbonatos de cálcio
e) (F) O aluno possivelmente considerou que, como 1 mL e magnésio, deslocando o equilíbrio para a direita.
de solução produz 10 mL de O2, 20 mL produzem d) (F) De acordo com o Princípio de Le Chatelier, a dimi‑
200 mL de oxigênio molecular. Além disso, inferiu nuição da concentração de uma substância des‑
que deveria retirar desse valor a concentração de loca o equilíbrio no sentido de sua formação. A
0,5%, chegando a 0,25 mL. diminuição de Ca(OH)2 desloca o equilíbrio para a
esquerda, a fim de formar mais desse hidróxido, de
14 A modo que haja, consequentemente, o aumento de
a) (V) O AlCl3 é um sal formado a partir da reação de neu‑ Ca(HCO3)2 e Mg(HCO3)2, o que provoca o aumento
tralização entre o hidróxido de alumínio, Al(OH)3, e da dureza da água.
o ácido clorídrico, HCl. A reação de neutralização e) (F) Em equilíbrios heterogêneos, substâncias sólidas
é: Al(OH)3 + 3 HCl → AlCl3 + 3 H2O. não participam da expressão da constante. Logo,
O alumínio está localizado no grupo 3 (família 3A), o aumento do teor de carbonatos dos metais alca‑
formando um cátion trivalente (Al3+) que, quando linos terrosos não influencia o deslocamento do
ligado ao OH–, forma uma base com baixo grau equilíbrio. Na verdade, para diminuir a dureza da
de dissociação, diferente dos metais alcalinos e da água, é necessário precipitar os carbonatos dos
maioria dos metais alcalinos terrosos. metais alcalinoterrosos CaCO3 e MgCO3, deslo‑
b) (F) O CaCl2 é um sal formado a partir da reação entre cando o equilíbrio para a direita.
o hidróxido de cálcio, Ca(OH)2, e o HCl. O cálcio é
um metal alcalino terroso, ou seja, está localizado no 16 A
grupo 2 (família 2A), formando cátion bivalente (Ca2+). a) (V) De acordo com a reação balanceada, para remover
Portanto, o hidróxido formado com essa espécie é 1 mol de Au, são necessários 4 mols de HCl. Assim,
uma base forte, com alto grau de dissociação. calcula-se:
c) (F) O KCl é um sal formado a partir de uma reação
197 g Au ________ 4 ⋅ 36, 5 g HCl
entre o hidróxido de potássio, KOH, e o HCl. O
________
potássio é um metal alcalino, ou seja, localiza-se no 10 g x
grupo 1 (família 1A), formando cátion monovalente x ≅ 7,41 g de HCl
(K+). Portanto, o hidróxido formado com essa espé‑ Como é necessário 1 mol de HNO3 para remover
cie é uma base forte, com alto grau de dissociação. 1 mol de Au, fez-se:
d) (F) O LiCl é um sal formado a partir de uma reação 197 g Au ________ 63 g HNO3
entre o hidróxido de lítio, LiOH, e o HCl. O lítio ________
é um metal alcalino, ou seja, localiza-se no grupo 10 g y
1 (família 1A), formando cátion monovalente (Li+). y ≅ 3,19 g de HNO3
Portanto, o hidróxido formado com essa espécie é Por fim, somam-se as massas dos ácidos que for‑
uma base forte, com alto grau de dissociação. mam a água régia: 7,41 + 3,19 = 10,6 g.

119
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (F) Para chegar a esse valor de massa de água régia, o e) (F) Apesar de a amostra de banana não oferecer risco
aluno considerou que, para remover 1 mol de Au, de contaminação por chumbo, a amostra de acerola
são necessários 4 mol de HCl. Assim, calculou: contém quantidade de Pb2+ acima do limite estabe‑
197 g Au ________ 4 ⋅ 36, 5 g HCl lecido pela OMS e oferece risco de contaminação.
________
10 g x 18 C
x ≅ 7,41 g de HCl a) (F) O aluno, provavelmente, ao ler o texto, identificou
Considerando a água régia uma mistura com pro‑ que, de fato, há uma baixa emissão de óxidos de
porção de 3:1 (3 HNO3:1 HCl), o aluno fez: nitrogênio. Porém, esses não fazem parte do mate‑
36,5 g ________ 3 ⋅ 63 g rial particulado.
________ b) (F) O aluno, possivelmente, associou que o enxofre
7,41 g y
está presente na biomassa e relacionou-o com o
y ≅ 38,3 g material particulado.
c) (F) Para chegar a esse valor de massa de água c) (V) Os materiais particulados são substâncias sólidas e,
régia, o aluno concluiu que, para remover 1 mol por isso, apresentam maior densidade que os gases
de Au, são necessários 4 mol de HCl. Além disso, de exaustão, ficando retidos nos separadores.
considerou equivocadamente que a água régia é d) (F) O aluno, possivelmente, relacionou o “peso” da
uma mistura com proporção de 3:1 (3 HNO3:1 HCl), partícula sólida à sua velocidade de saída. Porém,
com 12 mol de HNO3 na mistura, e calculou: por serem partículas mais densas, ficam retidas.
(4 ⋅ 36,5 g) + (12 ⋅ 63 g) = 902 g. Então, para 10 g de e) (F) O aluno, provavelmente, considerou as cinzas e as
Au, tem-se: partículas não queimadas como gases causadores
197 g Au ________ 902 g do efeito estufa. Contudo, conforme o texto, elas
________ formam os materiais particulados sólidos.
10 g x
x ≅ 45,7 g 19 E
d) (F) Para chegar a esse valor, o aluno calculou as mas‑
a) (F) A levigação é um método de separação granulo‑
sas molares dos ácidos que compõem a água régia
métrica de misturas heterogêneas entre sólidos
(HCl e HNO3), desconsiderando a razão estequio‑
granulares que os separa pela diferença de densi‑
métrica, e somou: 36,5 + 63 = 99,5 g.
dade. O processo consiste em triturar uma substân‑
e) (F) Para chegar a esse valor, o aluno somou as massas
cia sólida até formar um pó fino. A adição de água
molares dos ácidos que compõem a água régia. De
(ou outro líquido) separaria o pó mais grosso (mais
acordo com a reação, há 4 mols de HCl e 1 mol de
denso, que ficaria ao fundo) do pó mais fino (menos
HNO3. Assim, tem-se: (4 ⋅ 36,5) + 63 = 209 g.
denso), que poderia ser arrastado pela água. Esse
17 D processo não permitiria a recuperação dos sais, a
menos que fosse associado a uma outra técnica.
a) (F) Apesar de a amostra de banana não oferecer risco b) (F) Na floculação, um agente floculante é adicionado
de contaminação por chumbo, a amostra de laranja para agregar partículas menores dispersas em um
apresentou concentração de Pb2+ acima do estabe‑ líquido, havendo formação de flocos maiores, que
lecido pela OMS.
decantam. É um método empregado para separar
b) (F) As concentrações de chumbo nas amostras de
misturas heterogêneas de um sólido e um líquido,
laranja e acerola apresentaram valores acima do
não sendo aplicável à separação dos cloretos de
estabelecido pela OMS e, portanto, oferecem risco
bário e de rádio.
de contaminação por esse metal.
c) (F) A decantação é um método de separação de mis‑
c) (F) Apesar de a amostra de manga apresentar concen‑
turas utilizado para separar dois líquidos imiscíveis
tração de chumbo dentro dos limites estabelecidos
ou um sólido de um líquido, o que não é o caso dos
pela OMS, a amostra de acerola contém quan‑
cloretos de bário e rádio, que são sólidos.
tidade de Pb2+ acima do limite estabelecido pela
d) (F) A destilação fracionada é empregada para a sepa‑
OMS e oferece risco de contaminação.
ração de uma mistura homogênea de líquidos com
d) (V) O limite de chumbo em frutas determinado pela
base na diferença de temperatura de ebulição.
OMS compreende a faixa de 0,1 a 0,3 mg/kg do ali‑
Considerando as informações fornecidas no texto,
mento. Considerando que as amostras analisadas
esse método não é o mais adequado para separa‑
correspondem a 50,0 g de fruta, é possível calcular o
limite máximo de chumbo presente nessas amostras. ção dos cloretos de bário e rádio, que são sólidos.
e) (V) Considerando a hipótese de Marie Curie correta,
0,3 mg ________ 1000 g assume-se que o cloreto de rádio é praticamente
x ________ 50 g
insolúvel em água. Como o cloreto de bário é pouco
x = 0,015 ou 1,5 ⋅ 10–2 mg solúvel, é possível separar os dois sólidos por meio
Comparando esse valor aos resultados da análise da cristalização fracionada, aquecendo a mistura
apresentados na tabela, conclui-se que as amostras com os dois sólidos em água e, depois, resfriando-a
de banana (1,2 ⋅ 10–2 mg) e manga (8,0 ⋅ 10–3 mg) são lentamente. O cloreto de rádio, que seria o com‑
as únicas abaixo do valor máximo de Pb2+ estabele‑ posto menos solúvel, precipitaria primeiro, e, em
cido pela OMS. seguida, ocorreria a cristalização do cloreto de bário.

120
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

20 D Considerando a relação estequiométrica da reação,


calculou:
a) (F) Na etapa de filtração, a água passa por filtros for‑ 0,078 kg –––––– 0,199 kg
mados por camadas de areia grossa, areia fina, cas‑ x –––––– 1,5 kg
calho, pedregulho e carvão. Esses materiais têm o x ≅ 0,59 kg
potencial de reter flocos que não decantaram, além Para calcular a pureza do minério, fez:
de remover por completo outros resíduos menores massa da substância 0, 59 kg
p%    0, 59  100%  59%
que são insolúveis em água. Contudo, esse não é massa da amostra 1 kg

um processo que possibilita o uso da água com ele‑
c) (F) Para chegar a esse resultado, o estudante conside‑
vada concentração de sais. rou equivocadamente a relação entre a massa e a
b) (F) A etapa de coagulação permite a remoção de par‑ quantidade de mol, calculando:
tículas insolúveis de impurezas presentes na água 1 mol Al(OH)3 –––––– 1 mol Na[Al(OH)4]
que são pequenas e leves demais para sedimentar. x –––––– 1,5 kg
Assim, para tornar essas partículas mais pesadas, é x = 1,5 kg
adicionado sulfato de alumínio à água captada, um Para determinar a pureza do minério, fez:
coagulante insolúvel que promove a união desses massa da substância 1 kg
p% = =  0,67  100% = 67%
elementos. Portanto, nessa etapa não é possível massa da amostra 1,5 kg
remover sais dissolvidos na água. d) (F) Para encontrar esse valor de pureza do minério,
c) (F) A etapa de desinfecção tem como objetivo a elimi‑ o estudante considerou, equivocadamente, que a
nação ou inativação de microrganismos patogêni‑ massa de Na[Al(OH)4] é obtida a partir de 1,5 kg
cos, não promovendo a remoção dos sais dissolvi‑ de hidróxido de alumínio e três átomos de Al no
dos em água. cálculo da massa de Al(OH)3.
d) (V) A osmose reversa pode ser utilizada como um MAl(OH)3 = 3  27 + 3  (16 + 1)= 132 g  mol1

método de dessalinização da água. Quando duas Considerando a relação estequiométrica 1 mol
soluções de concentrações diferentes são separa‑ Al(OH)3 : 1 mol Na[Al(OH)4], calculou:
das por uma membrana semipermeável, o solvente 0,132 kg –––––– 0,118 kg
passa naturalmente da solução menos concentrada 1,5 kg –––––– x
para a mais concentrada. No entanto, se for apli‑ x ≅ 1,3 kg
cada uma pressão superior à pressão osmótica, é Assim, para calcular a pureza do minério, fez:
possível inverter o fluxo do solvente, fazendo com massa da substância 1 kg
p% = =  0,77  100% = 77%
que este passe para a solução menos concentrada. massa da amostra 1,3 kg
Utilizando esse processo, é possível transformar a e) (V) Primeiro, calculam-se as massas molares (M) das
água com elevada concentração de sais em água espécies químicas:
potável, ou seja, própria ao consumo. M = 27 + 3  (16 + 1) = 78 g  mol1
e) (F) A difusão facilitada é um processo que ocorre nas Al(OH)3
células quando moléculas de soluto se difundem M = 23 + 27 + 4  (16 + 1) = 118 g  mol1
Na[Al(OH)4 ]
através da membrana plasmática com o auxílio de Como a relação estequiométrica é de 1 mol Al(OH)3:
proteínas da membrana, ou seja, não é um pro‑ 1 mol Na[Al(OH)4], calcula-se a massa de Al(OH)3
cesso utilizado na dessalinização da água. que reage:
0,078 kg –––––– 0,118 kg
21 E x –––––– 1,5 kg
x ≅ 0,99 kg
a) (F) Para encontrar esse valor de pureza do minério, o Para determinar a pureza do minério, calcula-se:
estudante considerou, equivocadamente, a massa
massa da substância 0,99 kg
de Na[Al(OH)4] obtida a partir de 1,5 kg de Al. Con‑ p%    0, 99 100%  99%
massa da amostra 1 kg
siderando a relação estequiométrica da reação, cal‑
culou:
0,078 kg –––––– 0,118 kg 22 D
1,5 kg –––––– x a) (F) Como indicado no gráfico, os valores de DQO e
x ≅ 2,3 kg DBO são positivos e, portanto, a relação entre os
Para calcular a pureza do minério, fez: dois parâmetros não apresenta valores menores
que 0.
massa da substância 1 kg
p% = =  0,44  100% = 44% b) (F) Selecionando valores de DQO e DBO, no gráfico,
massa da amostra 2,3 kg que apresentam relação entre 5,0 e 10,0, como

b) (F) Para encontrar esse valor de pureza do minério, 600 1 000
e , observa-se que eles se encontram na
o estudante considerou, equivocadamente, qua‑ 100 200
tro átomos de Al na massa molar de Na[Al(OH)4], faixa indicada como “biorrefratário”, ou seja, os
obtendo MNA[Al(OH) ] = 199 g · mol–1.
4
processos biológicos apresentam baixa eficiência.

121
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c) (F) Selecionando valores de DQO e DBO, no gráfico, b) (V) A decomposição térmica do bicarbonato de sódio
que apresentam relação entre 2,5 e 5,0, como (NaHCO3) é representada pela equação química
600 1000 balanceada: 2 NaHCO3 → Na2CO3 + H2O + CO2.
e , observa-se que eles se encontram na Considerando as massas molares fornecidas, 1 mol
200 300
de NaHCO3 possui 84 g. Pela estequiometria da
faixa indicada como “pode ser biodegradável”,
reação, pode-se concluir que 2 mol, ou 168 g de
ou seja, a tratabilidade irá exigir mais cuidados na
NaHCO3, formam 1 mol de CO2, que equivale a
escolha do processo biológico a ser empregado. 37,0 L, como informa o enunciado. Dessa forma, a
d) (V) De acordo com o gráfico, os efluentes que são con‑ massa de bicarbonato de sódio acrescentada no
siderados mais facilmente biodegradáveis apre‑ bolo (16,8 g) irá liberar 3,7 L de gás carbônico ao
DQO sofrer decomposição.
sentam uma relação entre 0 e 2,5, ou seja, os
DBO 2 ⋅ 84 g NaHCO3 ________ 37 L CO2
processos biológicos apresentam maior eficiência 16, 8 g ________ x
no tratamento. Selecionando valores de DQO e
x = 3,7 L de CO2
200 600
DBO, no gráfico, como e , observa-se que c) (F) O estudante calculou, equivocadamente, a massa
200 400 de gás carbônico liberado na decomposição tér‑
os pontos se encontram na região indicada como mica de 16,8 g de bicarbonato de sódio em vez do
“biodegradável”. volume dessa substância.
e) (F) Selecionando valores de DQO e DBO, no gráfico, d) (F) O estudante não balanceou a equação da decom‑
que apresentam relação maior que 10,0, como posição do bicarbonato de sódio e considerou a
1000 1200 proporção entre o NaHCO3 e o CO2 igual a 1:1.
e , observa-se que se encontram na faixa e) (F) O estudante não balanceou a equação da decom‑
50 100
indicada como “biorrefratário”, ou seja, os proces‑ posição do bicarbonato de sódio e considerou a
proporção entre o NaHCO3 e o CO2 igual a 1:1.
sos biológicos apresentam baixa eficiência.
Além disso, calculou a massa em vez do volume do
gás carbônico produzido na reação.
23 D
a) (F) O aluno concluiu corretamente que o processo pro‑ 25 B
duz hidróxido de alumínio gelatinoso. Contudo, ape‑ a) (F) Para chegar a esse valor, o aluno calculou a razão da
sar de ser uma base, devido à sua baixa solubilidade, quantidade de CO2 emitido por 1 L de etanol em
esse hidróxido não fornece íons OH– suficientes para relação à quantidade emitida na queima de 1 L de
aumentar o valor de pH do meio. 34, 78
gasolina: ≅ 0, 7.
b) (F) O aluno possivelmente inferiu de forma equivocada 49,12
que se formaria um ânion na oxidação do metal,
b) (V) Para determinar o número de mol de CO2 produ‑
porém os metais produzem cátions ao se oxidarem. zido na reação de combustão de 1 L de etanol, é
c) (F) O aluno possivelmente concluiu de forma equivo‑ necessário primeiro calcular a massa desse volume
cada que no ânodo ocorre a redução do processo. utilizando o valor de densidade fornecido no texto:
Contudo, a semirreação de redução ocorre no m = d ∙ V = (0,80 g ∙ mL−1) ∙ (1 000 mL) = 800 g
cátodo. Considerando a relação estequiométrica da reação
d) (V) O ânodo é o eletrodo onde ocorre a semirreação de de combustão do etanol, 1 mol de C2H5OH (46 g) pro‑
oxidação: Al(s) → Al3+(aq) + 3e–. Os íons Al3+ hidro‑ duz 2 mol de CO2. Para determinar o número de mol
lisam, segundo a reação: de CO2 produzido por 800 g de etanol, calcula-se:
Al3+(aq) + 3 H2O(l) → Al(OH)3(s) + 3 H+(aq) 46 g ________ 2 mol
O hidróxido formado é um coloide gelatinoso, e o ________
800 g x
resultado é que as partículas de sujeira sofrem uma
x ≅ 34,78 mol de CO2
aglutinação e “grudam” no hidróxido de alumínio,
Para determinar o número de mol de CO2 produ‑
formando flocos (sólidos de tamanho e densidade zido na reação de combustão de 1 L de gasolina,
maiores) que sedimentam. é necessário antes calcular a massa desse volume.
e) (F) Possivelmente, o aluno não deu atenção ao fato de Para isso, utiliza-se o valor de densidade fornecido
que, se o alumínio é empregado como o ânodo no no texto:
processo de eletrocoagulação, é oxidado, não per‑ m = d ∙ V = (0,70 g ∙ mL−1) ∙ (1 000 mL) = 700 g
manecendo na forma metálica. Considerando a relação estequiométrica da reação
de combustão da gasolina, 1 mol de C8H18 produz
24 B 8 mol de CO2. Para determinar o número de mol de
CO2 produzido por 700 g de gasolina, calcula-se:
a) (F) O estudante calculou, equivocadamente, a massa
114 g ________ 8 mol
de água produzida na decomposição térmica do
________
bicarbonato de sódio em vez do volume de gás 700 g y
carbônico liberado. y ≅ 49,12 mol de CO2

122
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Portanto, a razão entre os números de mols de CO2 b) (F) Apesar de os compostos de química de base apre‑
49,12 sentarem cadeia carbônica aberta e normal, ela
emitidos pela gasolina e pelo etanol é: ≅ 1, 4 .
34, 78 não é considerada heterogênea − pois os átomos
de oxigênio não estão entre carbonos − nem insa‑
c) (F) O valor 2 mol é a quantidade de CO2 emitida por
turada − pois a insaturação não está entre átomos
um mol de etanol, e não a relação entre as quanti‑
de carbono.
dades desse gás emitidas pela queima de 1 L dos
c) (F) Apesar de os compostos de química de base apre‑
combustíveis.
sentarem cadeia carbônica aberta e homogênea,
d) (F) O valor 4 mol é a quantidade de CO2 emitida por
ela não é insaturada − pois não apresenta ligação
um mol de etanol, e não a relação entre as quanti‑
dupla ou tripla entre carbonos − nem ramificada −
dades desse gás emitidas pela queima de 1 L dos
pois não apresenta carbonos terciários.
combustíveis.
e) (F) O valor 8 mol é a quantidade de CO2 emitida por d) (F) Apesar de as cadeias carbônicas do ácido levulínico
um mol de gasolina, e não a relação entre as quan‑ e do ácido adípico serem consideradas homogê‑
tidades desse gás emitidas pela queima de 1 L dos neas e saturadas, não são fechadas − pois não apre‑
combustíveis. sentam ciclos − nem ramificadas − pois não apre‑
sentam carbonos terciários.
e) (F) A cadeia carbônica dos compostos de química de
base não apresenta ciclos, heteroátomos, insatu‑
Química 2 ração entre carbonos nem carbono terciário. Por‑
tanto, não pode ser classificada como fechada,
01 D heterogênea, insaturada e ramificada.
a) (F) A posição relacionada a uma temperatura menor
que 30 °C se refere ao composto mais volátil, que é
o gás liquefeito de petróleo. 03 D
b) (F) A posição relacionada a uma temperatura de 35 C° a) (F) Apesar de o composto representado na alternativa
a 140 °C se refere à gasolina, que é um composto A ter uma configuração trans, os ciclos ligados à
com menor ponto de ebulição do que o diesel, mas platina têm apenas quatro carbonos e quatro hidro‑
menos volátil que o gás liquefeito de petróleo. gênios cada (C4H4N), o que não corresponde à piri‑
c) (F) A posição relacionada a uma temperatura de 150 C° dina (C5H5N).
a 250 °C se refere ao querosene, que é um com‑ b) (F) O composto representado possui configuração cis,
posto com menor ponto de ebulição do que o do e não trans, como devem ser os compostos com
diesel, mas com maior ponto de ebulição do que o atividade comparável à da cisplatina. Além disso,
da gasolina. os ciclos ligados à platina apresentam apenas qua‑
d) (V) Na destilação fracionada, o petróleo é aquecido, os tro carbonos e oito hidrogênios cada (C4H8N), o
componentes com menor ponto de ebulição são que não corresponde à piridina (C5H5N).
coletados no topo da coluna, e os que apresentam c) (F) A estrutura representada na alternativa corres‑
maior ponto de ebulição são retirados no fundo da ponde ao cis-[PtCl2(py)2], que não apresenta confi‑
coluna de fracionamento. Para os hidrocarbonetos, guração trans, como devem ser os compostos que
quanto maior a cadeia carbônica (número de car‑ apresentam atividade comparável à da cisplatina.
bonos), maior o ponto de ebulição. Dessa forma, d) (V) Os complexos tetracoordenados, que são os que
sabendo que cada composto da tabela é retirado apresentam um íon metálico central coordenado por
por uma das posições, tem-se a relação: gás lique‑ quatro ligantes, podem apresentar isomeria geomé‑
feito de petróleo (< 30°); gasolina (35 °C a 140 °C); trica ou isomeria cis‑trans. O texto informa que com‑
querosene (150 °C a 250 °C); óleo diesel (250 °C a postos derivados da piridina em configuração trans
350 °C) e óleos combustíveis (> 350 °C). apresentam atividade comparável à da cisplatina.
e) (F) A posição relacionada a uma temperatura maior que Dessa forma, o composto trans-[PtCl2(py)2] deve
350 °C se refere aos óleos combustíveis, que apre‑ apresentar os ligantes cloro (Cl) e piridina (C5H5N)
sentam ponto de ebulição maior do que o do diesel. conforme representado na figura a seguir, em que
ligantes iguais estão em lados opostos.
Cl

02 A
N+ Pt N+
a) (V) Os compostos de química de base obtidos a
partir do 5-HMF são o ácido levulínico e o ácido Cl
adípico, que apresentam cadeia carbônica aberta trans‑[PtCl2(py)2]
(não apresenta ciclos), homogênea (não apresenta e) (F) Apesar de o composto representado apresentar
heteroátomo entre carbonos), saturada (apresenta configuração trans, os ciclos ligados à platina apre‑
apenas ligação simples entre carbonos) e normal sentam 10 hidrogênios (C5H10N), o que não corres‑
(não ramificada). ponde à piridina (C5H5N).

123
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

04 E HO Álcool
a) (F) Apesar de possuir ligações duplas em sua estru‑ Éster
tura, o aldrin não é considerado um alceno, pois
O O
este composto é constituído apenas por átomos de HO
carbono e de hidrogênio.
Álcool
b) (F) Os fenóis são caracterizados pela presença de uma
hidroxila ligada a um anel aromático, o que não é HO OH
observado na estrutura do aldrin.
Enol Enol
c) (F) A estrutura do aldrin não apresenta átomos de oxi‑ Portanto, essa estrutura não representa o HMF.
gênio entre carbonos, portanto essa substância não b) (F) A estrutura molecular apresentada nessa alterna‑
pode ser classificada como um éter. tiva indica a presença das funções álcool, éster e
d) (F) Os sais orgânicos são derivados da reação de um cetona, conforme representado a seguir.
ácido carboxílico com uma base inorgânica, apre‑ Álcool Éster
sentando um ânion proveniente daquele e um cátion
HO O O
proveniente desta. Além de a estrutura do aldrin não
se encaixar nessa definição, ele é um composto inso‑
lúvel em água.
Cetona
e) (V) Os haletos orgânicos são hidrocarbonetos que tive‑ O

ram um ou mais átomos de hidrogênio substituídos
Portanto, essa estrutura não representa o HMF.
por átomos de halogênios. No caso do aldrin, ocorre
c) (F) A estrutura molecular apresentada nessa alterna‑
a substituição de hidrogênios por átomos de cloro em tiva indica a presença das funções ácido carboxílico
um cicloalceno. Devido à baixa polaridade da molé‑ e éter, conforme representado a seguir.
cula, o aldrin é hidrofóbico e lipossolúvel, fixando‑
‑se com facilidade nos tecidos vivos. Dessa forma, O O
Éter
possui grande capacidade de bioacumulação.
O
HO OH
05 A
Ácido Ácido
a) (V) O ácido acético apresenta a menor acidez entre os carboxílico carboxílico
compostos apresentados, pois é um ácido mono‑
carboxílico que apresenta, ligado à carboxila, um Portanto, essa estrutura não representa o HMF.
grupo metil, com efeito indutivo doador de elé‑ d) (V) De acordo com a descrição do texto, a molécula
trons (empurra elétrons para o grupo carboxila), HMF apresenta os grupos funcionais álcool, éter e
diminuindo a acidez do composto. Sua constante aldeído, conforme representado a seguir.
de dissociação ácida (Ka) equivale a 1,8 · 10–5. O
Éter
b) (F) Possivelmente, o aluno confundiu o álcool benzílico
com o ácido benzoico. O
c) (F) Possivelmente, o aluno associou o tamanho da HO H
fórmula estrutural à característica de ser menos Álcool Aldeído
ácido. Porém, o ácido fórmico, cuja fórmula estru‑ Portanto, essa estrutura representa o HMF.
tural é a representada na alternativa, possui uma e) (F) A estrutura molecular apresentada nessa alterna‑
acidez maior que a do ácido acético. tiva indica a presença das funções álcool e éter,
d) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a presença conforme representado a seguir.
do cloro diminui a acidez do composto. Porém, o Éter
átomo de cloro, por ser muito eletronegativo, pro‑
O
voca o efeito indutivo receptor de elétrons, o que HO OH
enfraquece a ligação O—H, aumentando a acidez
(Ka = 1,4 · 10–3). Álcool Álcool

e) (F) Possivelmente, o aluno associou o tamanho da Assim, essa estrutura não representa o HMF.
cadeia a uma menor acidez. Porém, a pentan‑2‑ona
é uma cetona, e não um ácido carboxílico. 07 A
a) (V) O isopreno (2-metil-1,3-butadieno) é um hidrocar‑
boneto (terminação em “o”) que apresenta 4 car‑
06 D
bonos na cadeia principal (prefixo “but”), um grupo
a) (F) A estrutura molecular apresentada nessa alterna‑ CH3 (metil) no carbono 2 e ligações duplas nos
tiva indica a presença das funções álcool, éster e carbonos 1 e 3 (dien). Sua fórmula estrutural está
enol, conforme representado a seguir. representada a seguir.

124
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

H3C CH2 mas não se trata de aminobenzeno, pois o grupo


amina não está diretamente ligado ao radical ben‑
C C ou
zeno. As estruturas que formam a molécula do
H2C H aspartame são dois aminoácidos (fenilalanina e
ácido aspártico) e um álcool.
b) (F) O composto não representa o isopreno, pois
apresenta 5 carbonos na cadeia principal, sendo
10 E
denominado 2-metil-1,3-pentadieno.
c) (F) O composto não apresenta cadeia ramificada e tem a) (F) O tricloromonofluormetano (CFC-11) não é classifi‑
como nome oficial o 1,3-butadieno. cado como anidrido, classe de produtos químicos
d) (F) O composto apresenta o grupo etil, e não o metil, que é originada da desidratação de ácidos carboxí‑
como ramificação, sendo denominado 2-etil-1,3- licos e apresentam átomos de oxigênio em sua com‑
-butadieno. posição. O CFC-11 atua como catalisador, mas na
e) (F) O composto apresenta dois grupos metil, sendo conversão do ozônio em gás oxigênio, não em água.
denominado 2,3-dimetil-1,3-butadieno. b) (F) Os cloretos de ácido são derivados de ácidos car‑
boxílicos que apresentam átomos de oxigênio em
08 E sua estrutura, o que não é o caso do tricloromo‑
nofluormetano, que apresenta fórmula CCl3F. O
a) (F) Ambas as cadeias envolvidas na reação são linea‑
CFC-11 libera átomos de cloro que catalisam a
res. Assim, não houve alteração no sentido de for‑
transformação do ozônio em gás oxigênio, e não
mação de ramificações.
em átomos de oxigênio.
b) (F) Na reação descrita, a quantidade de carbonos
c) (F) Os cloretos de ácido são derivados de ácidos carbo‑
secundários não é alterada, uma vez que o número
de carbonos permanece o mesmo e não são forma‑ xílicos que apresentam átomos de oxigênio em sua
das ramificações na cadeia. estrutura, o que não é o caso do tricloromonofluor‑
c) (F) O texto diz que a formação do ácido trans se dá metano, que apresenta fórmula CCl3F. O CFC-11
pela transformação dos óleos vegetais poli-insatu‑ libera um átomo de cloro que atua como catalisador
rados. Por outro lado, no produto formado, obser‑ na decomposição do ozônio em gás oxigênio.
va-se a diminuição nas insaturações. d) (F) Apesar de o tricloromonofluormetano ser um haleto
d) (F) Após o processo de hidrogenação, a cadeia carbô‑ orgânico, sua fórmula é CCl3F e não funciona como
nica permanece homogênea, ou seja, sem heteroá‑ inibidor na transformação do oxigênio em ozônio.
tomos na cadeia principal. Em vez disso, libera um átomo de cloro que catalisa
e) (V) Observando a reação, nota-se que houve uma a conversão do ozônio em gás oxigênio.
diminuição no número de ligações duplas, ou seja, e) (V) O CFC-11 é o tricloromonofluormetano, de fórmula
reduziu-se o número de insaturações na cadeia. CCl3F, classificado como um haleto orgânico. Os hale‑
tos orgânicos são compostos derivados de hidrocar‑
09 D bonetos pela substituição de átomos de hidrogênio
a) (F) A fenilalanina é um aminoácido aromático, mas o por átomos de halogênios (elementos do grupo 17
ácido aspártico também é um aminoácido, e, apesar da tabela periódica). Assim como em outros compos‑
de o metanol ser um álcool, tem-se um éster metí‑ tos classificados como clorofluorcarbonos (CFCs), as
lico na estrutura do aspartame. moléculas gasosas chegam à estratosfera e sofrem a
b) (F) As estruturas dos aminoácidos, além de ácidos car‑ ação da radiação ultravioleta, liberando radicais livres
boxílicos, apresentam grupos funcionais de aminas, de cloro que atuam como catalisadores na conversão
e não de amidas. Além disso, apesar de o meta‑ do ozônio em gás oxigênio.
nol ser um álcool, a ligação entre os aminoácidos
ocorre entre os grupos amina de uma molécula 11 C
com o grupo ácido carboxílico da outra molécula. a) (F) Apesar de o butano e o propano serem compostos
c) (F) As estruturas dos aminoácidos apresentam grupos alifáticos (não possuem anel aromático), são clas‑
funcionais de ácidos carboxílicos, mas também sificados como alcanos, pois não há presença de
apresentam grupos amina. Além disso, há forma‑ insaturações em suas estruturas.
ção de um éster, e não um éter, na reação do grupo b) (F) Tanto o propano quanto o butano são compostos
ácido carboxílico do aminoácido com o álcool. acíclicos pela ausência de ciclos em suas fórmu‑
d) (V) Quimicamente, o aspartame é uma molécula las estruturais. No entanto, não podem ser clas‑
sificados como alcadienos, pois não apresentam
composta por dois aminoácidos (L-fenilalanina e
nenhuma insaturação entre os átomos de carbono.
L-aspártico), sendo que a fenilalanina se encontra
c) (V) O GLP, ou gás de cozinha, é composto, basica‑
metilada no grupo carboxílico, formando um éster mente, por butano (CH3CH2CH2CH3) e propano
metílico (metanol) por meio da substituição do (CH3CH2CH3). Ambas as substâncias são classifica‑
hidrogênio do grupo hidroxila (OH) do ácido car‑ das como alcanos, pois são hidrocarbonetos que
boxílico pelo radical metila. apresentam apenas carbonos saturados (ligados
e) (F) Conforme o texto, os constituintes do aspartame por ligações simples). Além disso, a cadeia de
são fenilalanina, ácido aspártico e metanol. A estru‑ ambos é aberta, pois não há presença de ciclos em
tura da fenilalanina apresenta um anel aromático, suas fórmulas estruturais.

125
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (F) O propano e o butano são classificados como 13 D


hidrocarbonetos. Porém, não são considerados
a) (F) Os fármacos não apresentam o grupo funcional
aromáticos, pois não apresentam ligações duplas
alternadas em uma estrutura cíclica.
característico de um éster em
e) (F) O propano e o butano não apresentam ligação
tripla, para serem considerados alcinos, nem car‑
suas estruturas, que têm em comum apenas as
bonos terciários ou quaternários, para a cadeia ser funções orgânicas éter e amina. Além disso, éte‑
classificada como ramificada. res são insolúveis em água e solúveis em solventes
apolares, não podendo ser relacionados ao caráter
12 D hidrossolúvel das moléculas orgânicas. No caso da
a) (F) Hexadecanoato de octila é a nomenclatura correta nimesulida e do propranolol, as moléculas apre‑
para o palmitato II, cuja estrutura é representada a sentam baixa solubilidade em água e, por isso, são
lipossolúveis.
seguir.
b) (F) Os dois fármacos não possuem moléculas com a
função orgânica amida (átomo de nitrogênio ligado
diretamente a um grupo acila) em sua estrutura.
Além disso, as moléculas apresentadas são insolú‑
veis em água (lipossolúveis).
Hexadecanoato Grupo octila c) (F) Apesar de as moléculas dos dois fármacos apresen‑
(16 carbonos) tarem o grupo funcional da amina (R — N̈H — R'),
Palmitato II a nimesulida não possui grupo funcional do álcool
Contudo, o emoliente que apresenta maior dificul‑ em sua estrutura. Além disso, a solubilidade em
água de moléculas que possuem o grupo amina
dade de espalhamento é composto pelo palmitato I.
em sua estrutura está relacionada ao tamanho da
b) (F) A nomenclatura octanoato de hexadecila consiste cadeia carbônica. Apesar de realizarem ligações
em uma forma equivocada de nomear a substân‑ de hidrogênio com esse solvente, quanto maior o
cia II, pois não atende às regras da IUPAC, que número de carbonos, menor a solubilidade dessas
define que o nome deve iniciar pela parte principal moléculas com amina em água. Como as moléculas
da molécula, que é a carbonila. Além disso, como de propranolol e de nimesulida têm um alto peso
mencionado anteriormente, essa nomenclatura se molecular, são pouco solúveis em água em meio
refere ao palmitato II, enquanto o emoliente que neutro.
confere maior dificuldade de espalhamento é com‑ d) (V) As estruturas das moléculas do propranolol e da
posto pelo palmitato I. nimesulida apresentam a função éter (R — C —
O — R') e anéis aromáticos, que possuem caráter
c) (F) A nomenclatura hexadecanoato de dimetila não
lipofílico (apolar), o que justifica a baixa solubili‑
se refere ao palmitato I, pois o radical presente na dade desses fármacos em água. Além disso, as
estrutura é o isopropil, e não dois grupos metil iso‑ duas cadeias carbônicas têm alto peso molecular,
lados. fator que contribui para a insolubilidade em água
d) (V) De acordo com o texto, como o palmitato I, cuja de muitas funções orgânicas, como as aminas e
estrutura é representada a seguir, possui uma os alcoóis. Os éteres são pouco solúveis em água
cadeia carbônica ramificada, ele é um dos compo‑ quando a cadeia carbônica é pequena, e total‑
nentes do creme que apresentou maior dificuldade mente insolúveis quando a cadeia carbônica é
de espalhamento. longa. Portanto, as moléculas de propranolol e
nimesulida são pouco solúveis em água em meio
neutro e, por isso, são consideradas lipossolúveis.
e) (F) As duas moléculas são lipossolúveis e a presença
de anéis aromáticos contribui para essa caracterís‑
tica. Contudo, as aminas são capazes de realizar
ligações de hidrogênio com a água, por isso não
Hexadecanoato Grupo isopropila justificam a baixa solubilidade das moléculas orgâ‑
(16 carbonos) nicas dos fármacos. Além disso, as duas moléculas
Palmitato I apresentam aminas secundárias (R — N̈H — R'),
Na nomenclatura de um éster, a parte carbonílica é pois possuem dois hidrogênios substituídos.
a parte principal. Portanto, de acordo com a IUPAC,
a nomenclatura correta do palmitato I é hexadeca‑ 14 C
noato de isopropila. a) (F) O 2,2,4,4-tetrametil-pentano apresenta uma estru‑
e) (F) A nomenclatura isopropanoato de hexadecila não tura com muitos radicais metil e, segundo o texto,
corresponde ao palmitato I, pois não se inicia con‑ alcanos altamente ramificados não possuem a
siderando a parte principal da molécula, que é a dimensão crítica nem a simetria necessária para
carbonila. formar os cristais de aduto.

126
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (F) O hex-2-eno tem a seguinte estrutura: CH3—CH==CH—CH2—CH2—CH3. Logo, trata-se de um alceno, e não de um
alcano, como descrito no texto.
c) (V) O heptano tem a seguinte estrutura: CH3—CH2—CH2—CH2—CH2—CH2—CH3. De acordo com o texto, o aduto é
formado pela ureia com um alcano que não seja ramificado nem cíclico. Portanto, o heptano atende às condições
necessárias para ser utilizado como hóspede na formação do aduto com a ureia.
d) (F) O ciclopentano é uma molécula cíclica e, de acordo com o texto, alcanos cíclicos não possuem a dimensão crítica nem
a simetria necessária para formar os cristais de aduto.
e) (F) O benzeno não é classificado como um alcano, mas sim como uma substância aromática. Assim, não atende às condi‑
ções necessárias para ser utilizado como hóspede na formação do aduto com a ureia.

15 B
a) (F) O composto representado por (E)-7-C12OAc é um isômero geométrico do composto (Z)-7-C12OAc, pois a letra E
indica que os ligantes maiores estão em lados opostos em relação à dupla-ligação.
b) (V) Conforme descrito no texto, o composto (Z)-7-C12OAc é representado pela estrutura química a seguir.
O
H H
1 3 5 7 8 10 12

O 2 4 6 9 11
Acetato de (Z)-7-dodecenila

O composto (Z)-5-C12OAc, cuja estrutura química é representada a seguir, apresenta os ligantes maiores do mesmo
lado em relação à dupla-ligação (Z) e 12 átomos de carbono, assim como o (Z)-7-C12OAc.
O
H H
1 3 5 6 8 10 12

O 2 4 7 9 11

Acetato de (Z)-5-dodecenila

No entanto, o número 5 na nomenclatura indica a posição da insaturação nessa estrutura, que é diferente em (Z)-7-C12OAc,
que apresenta a insaturação no carbono 7. Dessa forma, os dois compostos apresentam a mesma fórmula molecular, mesmo
grupo funcional e mesmo tipo de cadeia, mas se diferenciam na posição da insaturação. Portanto, as duas substâncias
podem ser consideradas isômeros de posição.
c) (F) O composto representado por (Z)-7-C14OAc não é considerado um isômero do composto acetato de (Z)-7-dodece‑
nila, pois apresenta 14 átomos de carbono em sua estrutura, dois a mais que o (Z)-7-C12OAc.
d) (F) O composto representado por (E)-5-C12OAc, apesar de apresentar a insaturação em posição diferente (carbono 5), é
um isômero geométrico do composto citado, pois a letra E indica que os ligantes maiores estão em lados opostos em
relação à dupla-ligação.
e) (F) O composto representado por (Z)-5-C14OAc não é considerado um isômero do composto acetato de (Z)-7-dodece‑
nila, pois apresenta 14 átomos de carbono em sua estrutura, dois a mais que o (Z)-7-C12OAc.

16 A
a) (V) Observa-se na tabela que, à medida que a cadeia carbônica dos alcoóis aumenta (do metanol, com 1 carbono, ao hep‑
tanol, com 7), a solubilidade em água (polar) diminui. Isso ocorre devido ao aumento da parte hidrofóbica (apolar) das
moléculas. Quanto maior a porção apolar da molécula, menos a água consegue realizar ligações de hidrogênio com a
hidroxila presente nos alcoóis e, consequentemente, menor a solubilidade.
b) (F) Todos os alcoóis listados apresentam apenas uma hidroxila, que é a parte polar e hidrofílica das moléculas. Dessa
forma, não há alteração da parte hidrofílica entre as substâncias.
c) (F) Com o aumento da cadeia carbônica dos alcoóis, aumenta a parte apolar e hidrofóbica das moléculas. Consequente‑
mente, a solubilidade em hexano, que é um hidrocarboneto e apolar, também aumenta.
d) (F) A solubilidade dos alcoóis em água diminui com o aumento da cadeia carbônica, ou seja, da parte hidrofóbica das moléculas.
e) (F) Na série de alcoóis listados, a parte hidrofílica, que é a hidroxila, não é alterada, apenas a parte hidrofóbica.

17 D
a) (F) As estruturas dos produtos formados na reação de ozonização apresentam apenas grupos funcionais característicos de
ácido carboxílico e cetona, não de aldeídos.
b) (F) As cadeias dos compostos formados a partir da ozonização do fenol são insaturadas, uma vez que apresentam ligações
duplas entre carbonos e ligações simples em suas estruturas.
c) (F) Ocorre a redução dos grupos fenólicos, e não a oxidação.

127
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (V) Verifica-se a oxidação de um composto orgânico de um arranjo menos assimétrico, é a única que tem
acordo com o número de ligações que os átomos isomeria geométrica. Porém, o anel aromático não
de carbono realizam com o oxigênio. Quanto maior apresenta esse tipo de isomeria.
o número de ligações, mais oxidado encontra-se o b) (F) O aluno considerou equivocadamente que a dupla
composto. Os dois produtos formados na reação ligação no ciclo indicaria isomeria geométrica (cis‑
de ozonização representada no texto indicam o -trans).
aumento das ligações de carbono com o oxigênio R
e, portanto, confirma-se a oxidação do grupo fenó‑
lico. Além disso, a estrutura de cadeia aberta apre‑ OH
senta um grupo funcional de ácido carboxílico em
cada extremidade. A estrutura de cadeia fechada, O+
HO
por outro lado, apresenta duas carbonilas (C O) R
na cadeia cíclica, caracterizando o grupo funcional
de cetona.
e) (F) Ocorre oxidação dos grupos fenólicos, evidenciada OGL
pelo aumento do número de oxidação do carbono.
HO
Esse tipo de isomeria ocorre em ciclos. Entretanto,
18 C
neste caso, não é necessário haver ligação dupla,
a) (F) Os mesômeros são compostos que apresentam pois o ciclo impede que esse movimento de rota‑
dois carbonos assimétricos iguais. A imagem espe‑ ção dos átomos de carbono ocorra. Qualquer
cular ocorre dentro do mesmo composto, e não em movimento desse tipo causaria o rompimento da
substâncias diferentes. ligação e do ciclo. Por isso, para que a isomeria
b) (F) Os estereoisômeros são compostos que apresen‑ geométrica ocorra em compostos cíclicos, é neces‑
tam os mesmos tipos de ligação entre os átomos, sário que pelo menos dois átomos de carbono que
diferindo apenas na estrutura espacial na qual os compõem o ciclo apresentem dois grupos diferen‑
átomos são distribuídos. O tipo de isomeria que tes ligados a eles.
apresenta heteroátomos em diferentes posições é c) (F) Provavelmente, o aluno concluiu de forma equivo‑
a metameria, ou isomeria de compensação. cada que as várias ligações duplas nos ciclos deno‑
c) (V) Os enantiômeros são compostos que apresentam a tariam a isomeria geométrica. Porém, nos ciclos,
mesma composição, mas a disposição espacial dos essa ligação não é exigida para se ter esse tipo de
átomos é diferente. São imagens especulares um estereoisomeria.
do outro, não podendo ser superpostas, e desviam d) (F) Provavelmente, o aluno confundiu o conceito de
o plano da luz polarizada em direções opostas: o isomeria geométrica com o de isomeria óptica.
isômero dextrogiro gira o plano da luz polarizada Essa estrutura, de acordo com o texto, representa o
para a direita, e o isômero levogiro gira o plano da carbinol, que apresenta carbono quiral.
luz polarizada para a esquerda. e) (V) Para haver isomeria geométrica entre carbonos em
d) (F) Os diastereoisômeros são compostos que apre‑ cadeias alifáticas alcênicas, elas devem possuir liga‑
sentam mais de um carbono assimétrico e não ção dupla entre carbonos (C C) e cada um desses
correspondem à imagem especular um do outro. carbonos deve apresentar ligantes diferentes, con‑
O par de isômeros geométricos (cis-trans) também forme representado a seguir.
são considerados diastereoisômeros, mesmo não A C C X
tendo carbono assimétrico, pois são um par de
estereoisômeros não sobreponíveis. B Y
e) (F) Os isômeros geométricos, ou isômeros cis-trans, A e B precisam ser diferentes;
não são imagens especulares um do outro. Esse X e Y precisam ser diferentes;
tipo de isomeria ocorre quando um dos compostos A e B podem ser iguais a X e Y.
apresenta ligantes iguais do mesmo lado em rela‑ Essas condições são atendidas pela estrutura repre‑
ção à dupla ligação, enquanto o outro apresenta sentada a seguir.
esses ligantes em lados opostos da ligação dupla.
Isômeros geométricos cíclicos podem apresentar R
carbonos assimétricos. Nesses casos, os isômeros
OH
cis, de fato, não têm atividade óptica, já que for‑
mam um composto meso (inativo por compensa‑ O
ção interna). Contudo, o isômero trans pode apre‑ OH
HO
sentar atividade óptica. R

19 E C
a) (F) Possivelmente, o aluno concluiu que, por ser a C OGL
única estrutura química entre as apresentadas que HO H
não possui nenhum grupo ligado aos anéis e ter

128
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

20 C
a) (F) O aluno concluiu equivocadamente que a gasolina que apresenta maior teor molar de aromáticos tem maiores emis‑
sões de VOCs. Contudo, o texto indica que esses compostos diminuem a pressão de vapor da gasolina e, consequen‑
temente, sua volatilidade.

Tolueno Benzeno
b) (F) O aluno provavelmente associou o maior teor de estruturas aromáticas na gasolina à maior emissão de VOCs. Con‑
tudo, o texto indica que esses compostos aromáticos, que têm maior estabilidade, diminuem a pressão de vapor da
gasolina e, consequentemente, sua volatilidade.
Benzeno Naftaleno

c) (V) De acordo com o texto, a gasolina que apresenta maior teor de substâncias aromáticas tem menor pressão de vapor e,
consequentemente, menor emissão de VOCs. Esses compostos são liberados em maior quantidade por gasolinas que
apresentam alta pressão de vapor, ou seja, que possuem alto teor molar de hidrocarbonetos, entre quatro e seis car‑
bonos. Portanto, entre os compostos apresentados, os que aumentam a pressão de vapor da gasolina são o pentano
e o 2-metil-butano, que apresentam moléculas com 5 átomos de carbono.
Pentano 2-metilbutano
CH3 CH2 CH2 CH2 CH3 CH3 CH2 CH CH3
CH3
d) (F) O aluno possivelmente considerou o fato de essas substâncias não serem aromáticas, porém não se atentou ao fato de
que o propano tem apenas três carbonos na sua molécula (CH3  CH2  CH3).
e) (F) O aluno considerou equivocadamente apenas a quantidade de átomos de carbono da cadeia principal, e não o total
desses átomos na molécula, concluindo que as substâncias que não apresentam anéis aromáticos e têm maior quanti‑
dade de átomos de carbono na estrutura liberariam mais VOCs.
3-etilpentano 2-metilexano
CH3 CH2 CH2 CH2 CH3 CH3 CH CH2 CH2 CH2 CH3
CH2 CH3
CH3

21 B
a) (F) O aluno provavelmente concluiu que, devido ao fato de cada carbono fazer 3 ligações sigma, a hibridização seria sp3.
Porém, esse tipo de hibridização ocorre quando o carbono é saturado, ou seja, apresenta 4 ligações sigma.
b) (V) A hibridização do tipo sp2 é produto da combinação de um orbital do tipo s e dois orbitais do tipo p e, consequente‑
mente, o carbono realiza 3 ligações sigma e 1 ligação pi, resultando em uma geometria trigonal plana.
A hibridização sp3 ocorre pela combinação de um orbital do tipo s e três orbitais do tipo p. Nesse caso, o carbono faz
4 ligações sigma, resultando em uma geometria tetraédrica.

C C
sp2 sp3

c) (F) A hibridização sp2 é resultado da combinação de um orbital do tipo s e dois orbitais do tipo p. Assim, o carbono realiza
3 ligações sigma e 1 ligação pi, com geometria trigonal plana.

C C C
sp3 sp2 sp

129
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

A hibridização do tipo sp é resultado da combinação de um orbital do tipo s e um orbital do tipo p. Assim, o carbono
apresenta uma geometria linear.
C C
sp sp

d) (F) Possivelmente, o aluno associou o fato de os carbonos realizarem ligação dupla a uma hibridização sp, que é resultado
da combinação de dois orbitais puros, s e p.
e) (F) Provavelmente, o aluno concluiu que, por cada carbono realizar 3 ligações sigma, a hibridização é do tipo sp3. Con‑
tudo, essa hibridização ocorre quando o carbono é saturado, ou seja, apresenta 4 ligações sigma.

22 A
a) (V) Um álcool secundário (composto em que o carbono ligado ao grupo OH também está ligado a dois outros átomos
de carbono e a apenas um hidrogênio) forma uma cetona ao sofrer oxidação. Na reação indicada no texto-base, o
hexan-3-ol apresenta a hidroxila ligada a um carbono secundário. Dessa forma, a reação de oxidação produzirá uma cetona
(hexan-3-ona) como produto.

H2CrO4,H2SO4 + Cr2(SO4)3

OH O
Hexan-3-ol Hexan-3-ona

b) (F) Na oxidação de um álcool secundário, há formação de uma cetona, e não de um éter.


c) (F) A estrutura representada pertence à função éster, que não é produto da oxidação do hexan-3-ol.
d) (F) A oxidação de alcoóis primários produz um ácido carboxílico. No entanto, o hexan-3-ol é um álcool secundário.
e) (F) A estrutura representada pertence à função aldeído, que não é produto da oxidação do hexan-3-ol.

23 D
a) (F) A hibridização do átomo de carbono do tipo sp ocorre apenas quando ele realiza duas ligações pi (π) e duas sigma
( C –– ou C ). Como esse tipo de situação não é observado na estrutura da codeína, não se pode afirmar que a
cadeia carbônica dessa molécula apresenta hibridização do tipo sp. Contudo, a cadeia é insaturada, pois apresenta
ligações duplas entre átomos de carbono.
b) (F) A estrutura química da codeína não apresenta o grupo alceno (grupo dos hidrocarbonetos de cadeia carbônica ací‑
clica, insaturados com uma única dupla ligação e homogêneos) e sua fórmula molecular é C18H21NO3.
c) (F) A estrutura química da codeína apresenta átomos de carbono com hibridização do tipo sp3 e três carbonos assimétri‑
cos, ou quirais, ou seja, que possuem quatro ligantes diferentes entre si.
d) (V) Um heteroátomo é um átomo que não é carbono e que se encontra entre dois ou mais átomos de carbono em uma
cadeia carbônica. No caso da molécula de codeína, há três heteroátomos – dois átomos de oxigênio e um de nitrogê‑
nio. Além disso, a estrutura representada possui um anel aromático, portanto se trata de uma cadeia aromática. Assim,
a cadeia é heterogênea e aromática.
e) (F) As funções orgânicas presentes são: éter, identificada pelos átomos de oxigênio, os quais estão ligados a dois átomos
de carbono alifáticos ou aromáticos; álcool, pois há uma hidroxila ligada a um carbono alifático; e amina terciária,
observada pelas três ligações simples a três diferentes átomos de carbono alifáticos.

24 A
a) (V) Na Química Inorgânica, o isomerismo geométrico espacial cis-trans é observado quando dois grupos iguais ocupam posi‑
ções adjacentes (cis) ou opostas (trans) entre si em um complexo. De acordo com a descrição presente no texto 2, para
que o complexo de platina apresente atividade anticancerígena, ele deve apresentar grupos ligantes iguais do mesmo lado
em relação ao íon metálico central (Pt), indicando uma configuração cis.
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou que o complexo de platina que possui ação anticancerígena seria o complexo com
grupos abandonadores (ligantes iguais) em lados opostos do átomo central, ou seja, com configuração trans. Contudo,
segundo o texto, a atividade anticancerígena é observada em complexos com grupos abandonadores (ligantes iguais)
do mesmo lado na molécula.
c) (F) Possivelmente, o aluno associou o fato de a platina apresentar quatro grupos ligantes à isomeria óptica. Porém, a isome‑
ria óptica ocorre quando a molécula tem um centro quiral ou assimétrico (átomo central com quatro ligantes diferentes
entre si). Além disso, o texto 2 relaciona a atividade anticancerígena ao fato de o complexo apresentar dois grupos ligan‑
tes iguais do mesmo lado (ambos à esquerda ou ambos à direta) na estrutura, indicando uma configuração cis.

130
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (F) Metameria é um tipo específico de isomeria em


compostos orgânicos, na qual os isômeros dife‑ S S
rem entre si pela posição de um heteroátomo na S S
cadeia carbônica, o que não se aplica ao complexo Tioéter
de platina, que se trata de um composto inorgâ‑ n

nico. Além disso, o texto 2 relaciona a atividade e) (F) Segundo o texto, a ligação hidrolisável é de um
anticancerígena ao fato de o complexo apresentar grupo éster. Contudo, o polímero representado
dois grupos ligantes iguais do mesmo lado (ambos consiste em um haleto orgânico.
à esquerda ou ambos à direta) na estrutura, indi‑
H H F F
cando uma configuração cis.
e) (F) Tautomeria diz respeito a um tipo de isomeria plana C C C C
observada em compostos orgânicos, na qual existe
um equilíbrio entre diferentes funções orgânicas, H H F F
n
quase sempre contendo grupo oxo (ceto ou aldo) Haleto orgânico
com enol. O complexo de platina apresenta iso‑
meria espacial, ou estereoisomeria, e se trata de Química 3
um composto inorgânico. Além disso, o texto 2
relaciona a atividade anticancerígena ao fato de o 01 D
complexo apresentar dois grupos ligantes iguais do a) (F) O orbital representado corresponde a um subnível s.
mesmo lado (ambos à esquerda ou ambos à direta) Portanto, não condiz com a descrição do elemento
na estrutura, indicando uma configuração cis. mais utilizado como supercondutor.
b) (F) A representação faz referência a um elemento que
25 B possui como subnível mais energético o p1. Assim,
há um elétron desemparelhado.
a) (F) Segundo o texto, a ligação hidrolisável é de um c) (F) A representação faz referência a um elemento que
grupo éster. Contudo, o polímero representado possui como subnível mais energético o p3. Assim,
apresenta a função amina. há três elétrons desemparelhados.
H d) (V) A representação faz referência a um elemento que
possui como subnível mais energético o p4. Assim,
N há dois elétrons desemparelhados, como descrito
N no texto.
Amina
e) (F) O orbital representado corresponde a um subnível d.
H Portanto, não condiz com a descrição do elemento
n
mais utilizado como supercondutor.
b) (V) Segundo o texto, um dos fatores para um polímero
ser classificado como biodegradável é a presença
02 E
de uma ligação hidrolisável de grupos ésteres. O
poliéster representado apresenta esse grupo fun‑ a) (F) As reações de oxirredução são comuns em pilhas
e baterias, mas não alteram a estrutura do núcleo
cional, conforme indicado a seguir.
dos átomos. Portanto, não são caracterizadas como
Éster energia de fonte nuclear.
b) (F) As reações de fissão nuclear que ocorrem nas usi‑
CH3 O CH2CH3 O
nas nucleares funcionam por meio da fissão de
núcleos de átomos pesados. Além disso, as par‑
O CH CH2 C O CH CH2 C
tículas utilizadas para realizar essa quebra são os
n nêutrons, pois os neutrinos são muito leves e inte‑
ragem pouco com os átomos.
c) (F) Segundo o texto, a ligação hidrolisável é de um c) (F) Mesmo que uma usina nuclear atual utilizasse o pro‑
grupo éster. Contudo, o polímero representado cesso de fusão, a energia liberada não seria usada
apresenta a função amida. diretamente na geração de corrente elétrica. Antes
Amida
disso, essa energia seria usada para esquentar a
água de sistema de turbinas, e estas converteriam
H H O O a energia mecânica do fluxo de água em energia
elétrica.
N (CH2)6 N C (CH2)4 C
n d) (F) As reações de fusão nuclear ocorrem em estrelas,
por meio da junção de núcleos de átomos leves, libe‑
d) (F) Segundo o texto, a ligação hidrolisável é de um rando energia. Porém, mesmo com a tecnologia
grupo éster. Contudo, o polímero representado atual, o ser humano ainda não conseguiu construir
apresenta a função tioéter. usinas de fusão nuclear eficientes.

131
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

e) (V) Nas usinas nucleares, ocorre reação de fissão d) (F) Entre os metais apresentados, o chumbo é o menos
nuclear, em que átomos radioativos pesados, como denso, e o tungstênio é o mais denso. Assim, como
urânio e plutônio, são fissionados por meio de um na tabela periódica a densidade aumenta das
bombardeamento de nêutrons. Após a fissão do extremidades para o centro, o tungstênio se encon‑
núcleo atômico, são formados átomos menores, tra mais ao centro do que o chumbo.
e liberados três novos nêutrons, que irão fissionar e) (V) Na tabela periódica, a densidade dos elementos
outros núcleos atômicos, formando uma reação aumenta de cima para baixo e das extremidades
em cadeia e liberando uma grande quantidade de para o centro. Assim, o tungstênio, por ser o mais
energia na forma de calor. Esse calor, por sua vez, denso entre os elementos apresentados e por se
é usado para aquecer o circuito de água primário, encontrar no mesmo período dos outros dois ele‑
que aquece um circuito de água secundário, utili‑ mentos, deve estar localizado mais ao centro da
zado para movimentar uma turbina, gerando ener‑ tabela periódica do que o chumbo e o mercúrio.
gia elétrica.
05 E
03 D
a) (F) A ligação de hidrogênio ocorre entre as moléculas
a) (F) O modelo atômico de Dalton não contemplava os de água, e não entre os átomos, como proposto
conceitos de núcleo, elétrons, eletrosfera e níveis pelo modelo de Johannes Stark.
quânticos. Portanto, não é suficiente para explicar b) (F) A hibridização é um fenômeno em que dois ou
o fenômeno da bioluminescência. mais orbitais de um mesmo átomo podem se mis‑
b) (F) O modelo atômico de Thomson não considerava a turar e formar orbitais híbridos. Esse fenômeno não
existência da eletrosfera e dos níveis energéticos.
envolve atração entre elétrons e núcleos.
Portanto, não é suficiente para explicar o fenômeno
c) (F) No mar de elétrons, devido à alta eletropositividade
da bioluminescência.
dos metais, os elétrons encontram-se livres e com
c) (F) O modelo atômico de Rutherford considerava a exis‑
mínima atração à parte positiva do átomo – o núcleo.
tência da eletrosfera, no entanto não previa a exis‑
d) (F) A movimentação de elétrons pela estrutura do retí‑
tência de níveis de energia. Assim, não é suficiente
culo cristalino ocorre na ligação metálica, e não
para explicar o fenômeno da bioluminescência.
na ligação covalente, que é a ligação que mais se
d) (V) A bioluminescência só pôde ser compreendida a
aproxima do modelo de Johannes Stark.
partir do modelo atômico de Bohr, o qual consi‑
e) (V) A ligação covalente consiste no compartilhamento
derava que a eletrosfera é dividida em sete níveis
energéticos. Cada nível suporta certa quantidade de elétrons entre dois átomos. Os elétrons ligantes
de elétrons, e, enquanto orbitam em torno do são submetidos a um equilíbrio entre forças repulsi‑
núcleo em um desses níveis, eles não recebem vas (repulsão entre elétrons) e forças atrativas (atra‑
nem emitem energia, podendo, porém, receber ção entre elétrons e entre núcleos de dois átomos).
energia de origem externa ao átomo e saltar para O modelo de Stark se aproxima mais do fenômeno
níveis maiores. Quando os elétrons excitados retor‑ da ligação covalente, pois os elétrons de um átomo
nam para seu nível de origem, liberam a energia na são atraídos eletrostaticamente às partes positivas
forma de radiação luminosa. (núcleos) dos dois átomos ligantes.
e) (F) O modelo de Schrödinger é posterior ao modelo
atômico de Bohr e pode ser usado para explicar o 06 D
fenômeno da bioluminescência, porém não são os a) (F) A comprovação da existência do elétron não foi reali‑
prótons que colidem entre si em um mesmo orbital zada por meio de análises de raios X, pois eles são for‑
do átomo, mas sim os elétrons. mados por radiação eletromagnética e não possuem
elétrons em sua constituição. Além disso, o modelo
04 E de Thomson, que comprovou a existência do elé‑
a) (F) Se estivessem em períodos diferentes, o chumbo tron, considerava o átomo contínuo e homogêneo.
deveria estar acima do mercúrio, pois, na tabela b) (F) Os experimentos de Millikan com gotículas de óleo
foram realizados após a comprovação da existência
periódica, a densidade aumenta de cima para
do elétron e tiveram o intuito de determinar a carga
baixo; porém, esses elementos estão no mesmo
deste. O conceito de orbital surgiu após a introdução
período.
dos conceitos da Física Quântica no modelo atômico.
b) (F) Se estivessem em períodos diferentes, o tungstê‑ c) (F) O experimento com partículas alfa foi realizado por
nio deveria estar abaixo do chumbo, pois, na tabela Rutherford, e o conceito de eletrosfera surgiu anos
periódica, a densidade aumenta de cima para após a comprovação da existência do elétron.
baixo; porém, esses elementos estão no mesmo d) (V) J. J. Thomson realizou experimentos com raios
período. catódicos utilizando a ampola de Crookes e obser‑
c) (F) Se estivessem em períodos diferentes, o mercúrio vou que esses raios eram atraídos pelo polo posi‑
deveria estar acima do tungstênio, pois, na tabela tivo de um campo elétrico. Thomson conseguiu
periódica, a densidade aumenta de cima para determinar a relação entre a carga e a massa
baixo; porém, esses elementos estão no mesmo do elétron e demonstrar que os raios catódi‑
período. cos e a matéria eram constituídos por elétrons.

132
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Dessa forma, ele propôs seu modelo atômico 08 E


considerando o átomo divisível, composto por
uma massa de carga positiva e por elétrons distri‑ a) (F) Possivelmente, concluiu-se, de forma equivocada,
buídos de forma homogênea em sua extensão. que um menor raio está associado a um menor valor
e) (F) O conceito de níveis de energia foi proposto por para a carga positiva. Ao contrário, quanto maior a
Bohr após análises de espectros de hidrogênio e quantidade de elétrons perdidos pelo cátion, maior
estudos da Física Quântica, sendo elaborado anos a redução do raio iônico. Portanto, entre os cátions
após Thomson comprovar a existência do elétron. apresentados, o Cr2+ é o que possui maior raio.
b) (F) É provável que o aluno tenha considerado que um
07 D valor de carga intermediário estaria associado à
a) (F) Para a haste se mover no sentido horário, os dois redução do raio iônico. O Cr3+ perdeu três elétrons
materiais devem ser repelidos pelo campo mag‑ e, portanto, não apresenta maior redução do raio
nético do ímã. Assim, o aluno considerou que as iônico em relação aos outros íons de Cr.
duas amostras respondem ao campo magnético. c) (F) A espécie Cr4+ perdeu 4 elétrons, aumentando sig‑
Contudo, a prata é diamagnética, ou seja, não res‑ nificativamente a atração núcleo-elétrons e, conse‑
ponde ao campo magnético. Além disso, o titânio quentemente, apresenta redução do raio iônico em
é atraído, e não repelido, pelo ímã, girando a haste relação aos íons com menor carga. Contudo, como
em sentido anti-horário.
não tem maior carga positiva entre os cátions men‑
b) (F) Nesse caso, equivocadamente, o aluno conside‑
cionados, não é o menor íon de Cr e, portanto, não
rou que as duas amostras são paramagnéticas.
é potencialmente cancerígeno.
Para isso, a distribuição eletrônica da prata deve‑
d) (F) Como o Cr5+ não apresenta maior carga positiva
ria ser 1s22s22p63s23p64s23d104p65s24d9. Contudo,
entre os cátions mencionados nas alternativas, não
a prata é diamagnética, pois o subnível d é mais
é o menor íon de Cr e, portanto, não é potencial‑
estável quando todos os elétrons preenchem seus
orbitais, de maneira que sua distribuição correta é mente cancerígeno.
1s22s22p63s23p64s23d104p65s14d10. e) (V) Ao perder elétrons, a força atrativa que o núcleo
c) (F) O aluno considerou corretamente que a prata é um exerce sobre os elétrons aumenta e, consequen‑
material diamagnético, ou seja, não interage com temente, ocorre uma contração da eletrosfera,
o campo produzido pelo ímã. Contudo, equivoca‑ reduzindo o tamanho do raio em relação à espécie
damente, considerou que o titânio causaria uma neutra (estado fundamental). Assim, quanto maior
repulsão do campo externo por ser paramagnético. a carga positiva, menor o tamanho do raio iônico.
Na realidade, o material paramagnético é atraído O Cr6+ perdeu 6 elétrons, aumentando a atração
pelo campo magnético, fazendo com que a haste núcleo-elétrons significativamente. Portanto, o
se movimente em sentido anti-horário. raio iônico desse íon hexavalente é o menor entre
d) (V) A prata possui a configuração eletrônica as outras espécies iônicas de Cr mencionadas nas
1s22s22p63s23p64s23d104p65s14d10 e, assim, tem os alternativas, apresentando elevada toxicidade e
orbitais do subnível mais energético (d) totalmente potencial cancerígeno em sistemas biológicos.
preenchidos, ou seja, sem elétrons desemparelha‑
dos. Dessa forma, a prata é um material diamagné‑ 09 C
tico, o qual não responde ao campo magnético do a) (F) Os elementos agrupados em tríades por Döberei‑
ímã. Consequentemente, no experimento 1, a haste
ner estão organizados na mesma coluna na classi‑
não se movimentará. O titânio, por sua vez, possui
ficação periódica atual e apresentam raios atômi‑
caráter paramagnético, com configuração eletrônica
1s22s22p63s23p64s23d2. Assim, no subnível mais ener‑ cos crescentes à medida que o número atômico
gético (d), existem dois elétrons desemparelhados. aumenta.
Portanto, a amostra do experimento 2 é paramag‑ b) (F) Na classificação periódica atual, os elementos
nética, capaz de ser atraída pelo campo magnético organizados em tríades por Döbereiner se encon‑
produzido pelo ímã. Consequentemente, a haste sai tram no mesmo grupo ou família e não apresentam
da situação de equilíbrio e se movimenta em sentido números atômicos consecutivos, o que ocorre com
anti-horário, considerando o ponto de rotação. os elementos no mesmo período.
e) (F) O aluno considerou que a prata é uma espécie c) (V) Na classificação dos elementos, Döbereiner agru‑
paramagnética ao fazer a distribuição eletrônica pava aqueles com propriedades e reatividade
como 1s22s22p63s23p64s23d104p65s24d9. De fato, semelhantes em tríades, que eram formadas por
considerando-se essa distribuição, haveria um elementos representativos da mesma família
elétron desemparelhado no subnível de maior (grupo), como cloro, bromo e iodo. Na classificação
energia (d). Porém, sabe-se que o subnível d é mais
periódica atual, os elementos com propriedades
estável quando todos os elétrons preenchem seus
químicas semelhantes são agrupados na mesma
orbitais, de maneira que a distribuição correta é
1s22s22p63s23p64s23d104p65s14d10. Assim, a prata é família ou grupo e apresentam o mesmo número
diamagnética, e não paramagnética. Além disso, de elétrons de valência.
o aluno considerou que o titânio é uma espécie d) (F) Os elementos que apresentam mesmo número
diamagnética, provavelmente não se atentando de camadas eletrônicas estão organizados no
à Regra de Hund, que determina que o preenchi‑ mesmo período na tabela periódica atual, o que
mento de dois elétrons seja feito primeiramente não é o caso dos elementos organizados em tría‑
em orbitais diferentes. des por Döbereiner.

133
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

e) (F) Elementos que apresentam átomos com o mesmo 12 B


número de nêutrons no núcleo são isótonos, que
não apresentam organização definida na tabela a) (F) A semirreação Fe3+(aq) + 3e– → Fe(s) representa a
periódica atual. redução de íons férricos, e não a oxidação do ferro,
como indica o texto.
10 C b) (V) No experimento, ocorre a oxidação do Fe(s) presente
a) (F) Isômeros são substâncias que apresentam a mesma na tampinha de garrafa e, consequentemente, acon‑
fórmula molecular e diferentes distribuições dos áto‑ tece a formação de íons ferrosos, Fe2+. A equação
mos na molécula, o que não é o caso do carbono-12 que representa essa semirreação é Fe(s) → Fe2+(aq)
e do carbono-14, que representam o mesmo ele‑ + 2e−, que ocorre com o aumento do Nox do ferro
mento com números atômicos diferentes. de 0 para +2. O experimento envolve um processo
b) (F) Alótropos são substâncias que são formadas pelo corrosivo, no qual a oxidação do ferro é represen‑
mesmo elemento químico, mas que apresentam tada pela semirreação anódica do processo, e a
diferentes estruturas ou arranjos atômicos. Apesar redução do oxigênio, pela semirreação catódica.
de serem o mesmo elemento, o carbono-12 e o c) (F) A semirreação Fe2+(aq) + 2e– → Fe(s) representa
carbono-14 são átomos que apresentam diferentes a redução dos íons ferrosos, e não a oxidação do
massas atômicas. ferro, como indica o texto.
c) (V) O carbono-14 é um isótopo radioativo do carbono
d) (F) A semirreação O2(g) + 2 H2O(l) + 4e– → 4 OH–(aq)
que apresenta número de massa 14, ou seja, apre‑
mostra a redução do oxigênio, não havendo forma‑
senta 2 nêutrons a mais que o carbono-12, que é o
ção de íons ferrosos, como indica o texto.
isótopo mais estável e mais abundante no planeta.
d) (F) Isóbaros são átomos de elementos diferentes que e) (F) A semirreação 4 OH−(aq) → O2(g) + 2 H2O(l) + 4e–
apresentam mesmo número de massa, o que não é mostra a oxidação do oxigênio, não havendo for‑
o caso do carbono-12 e do carbono-14, que apre‑ mação de íons ferrosos, como indica o texto.
sentam o mesmo número atômico por serem do
mesmo elemento. 13 A
e) (F) Isótonos são átomos que apresentam o mesmo a) (V) As manchas lipofílicas, ou seja, de natureza apo‑
número de nêutrons, o que não é o caso do car‑ lar, apresentam maior interação com os solventes
bono-12 e do carbono-14, que apresentam diferen‑ orgânicos da lavagem a seco do que com a água,
tes números de nêutrons. uma vez que tais compostos também são apolares.
Entre moléculas apolares, ocorre interação do tipo
11 E forças de London, ou dipolo induzido.
a) (F) O nitrogênio não apresenta propriedades seme‑ b) (F) A remoção de manchas de natureza polar ocorre de
lhantes ao criptônio. A distribuição eletrônica desse maneira mais eficiente por meio da lavagem tradi‑
elemento, 1s2 2s2 2p3, indica que ele pertence a um cional, que utiliza água, uma vez que essa se trata
grupo distinto na tabela periódica. Como não é um de um solvente polar e, portanto, interage com
gás nobre, não tem baixa reatividade e não pode facilidade com as moléculas de mesma polaridade.
ser utilizado no processo mencionado no texto. c) (F) A lavagem a seco utiliza solventes orgânicos e apola‑
b) (F) O xenônio é um gás nobre de configuração ele‑ res, como o tetracloroeteno, molécula apolar devido
trônica [Kr] 4d10 5s2 5p6, porém o átomo desse ele‑ à sua geometria e momento de dipolo igual a zero.
mento apresenta menor energia de ionização que Desse modo, esse tipo de lavagem é mais eficiente
o criptônio, já que possui maior raio atômico.
na remoção de moléculas de mesma polaridade.
c) (F) O oxigênio apresenta elevada energia de ionização.
d) (F) As forças do tipo dipolo permanente, ou dipolo-di‑
Contudo, a distribuição eletrônica desse elemento,
polo, ocorrem nas moléculas polares, sendo mais
1s2 2s2 2p4, indica que ele não pertence ao grupo
comum na lavagem que utiliza água como solvente.
dos gases nobres, não apresentando propriedades
semelhantes às do criptônio. Portanto, o elemento Por outro lado, as espécies apolares interagem com
oxigênio não pode ser utilizado no processo men‑ os solventes da lavagem a seco por meio de intera‑
cionado no texto. ções do tipo dipolo induzido.
d) (F) O radônio é um gás nobre de configuração eletrô‑ e) (F) As sujeiras que apresentam baixa solubilidade em
nica [Xe] 4f14 5d10 6s2 6p6, porém apresenta maior solventes orgânicos são aquelas de natureza polar,
raio atômico e, consequentemente, menor energia as quais interagem com facilidade com a água.
de ionização que o criptônio.
14 B
e) (V) O neônio tem distribuição eletrônica [He] 2s2 2p6 e,
portanto, é um gás nobre. Além disso, apresenta a) (F) Possivelmente, o aluno considerou o citrato de
maior energia de ionização que o criptônio devido sódio uma substância molecular devido à fórmula
ao seu menor raio atômico. Quanto menor a distân‑ química desse composto apresentar C, H e O.
cia entre o núcleo positivo e os elétrons negativa‑ Contudo, apesar de ser um sal derivado do ácido
mente carregados do átomo, maior a energia neces‑ cítrico, que é uma substância molecular, os íons Na+
sária para remover esses elétrons da eletrosfera. e C6H5O7– unem-se por meio de ligação iônica.

134
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (V) Substâncias moleculares são aquelas cujos átomos b) (F) As usinas nucleares geram resíduos radioativos que
estão conectados por ligação covalente, havendo for‑ oferecem riscos de contaminação ao ambiente e
mação de moléculas. Entre as substâncias menciona‑ aos seres vivos, necessitando, assim, de descarte e
das no texto que têm a função de manutenção da den‑ armazenamento apropriados.
sidade do leite, a água (H2O) e a sacarose (C12H22O11) c) (F) Para a produção de energia nuclear, o combustível
são substâncias moleculares formadas por átomos de radioativo mais utilizado é o urânio, uma fonte de
ametais. A substância utilizada para aumentar a vida energia que não se renova naturalmente em um
útil do leite é a água oxigenada (H2O2), formada por curto espaço de tempo, como a luz e o calor do
hidrogênio com um ametal, unidos por ligações cova‑ Sol e os ventos. Dessa forma, o urânio não é uma
lentes. fonte inesgotável e, portanto, a energia nuclear é
c) (F) A água e a sacarose são substâncias moleculares, considerada como não renovável.
que juntas com o NaCl (composto iônico), foram d) (V) O processo de geração de energia nuclear emite
usadas na manutenção da densidade. Contudo, uma menor quantidade de gases do efeito estufa,
por exemplo o gás carbônico, produzido na utiliza‑
para a correção da acidez, usou-se apenas o NaOH,
ção de outras fontes de energia, como a queima de
que é uma substância iônica, formada por metal
combustíveis fósseis. Por isso, não contribui direta‑
(Na+) e elementos não metálicos (O e H).
mente para o aquecimento global.
d) (F) A presença do metal sódio (Na) ligado a elementos
e) (F) O custo para produção de energia nas usinas
não metálicos nas substâncias indica que o NaOH
nucleares é relativamente elevado quando compa‑
e o Na3C6H5O7 são compostos iônicos (união de
rado a outras formas de geração de energia elétrica.
metal com ametal). A extração e produção do combustível nuclear, os
e) (F) Apesar de a água oxigenada (H2O2) ser uma subs‑ custos com sistemas de segurança e emergência e
tância molecular, o NaOH é um composto iônico. a destinação correta dos resíduos radioativos são
alguns dos fatores que elevam o custo dessa forma
15 D de produção de energia.
a) (F) Nas equações representadas, não ocorre transfor‑
mação de água líquida em vapor. Possivelmente, 17 E
o aluno supôs que ocorre evaporação da água a) (F) O gráfico mostra a variação na velocidade de corro‑
durante seu bombeamento. são do ferro em função do pH, o qual está relacio‑
b) (F) No funcionamento da bateria, ocorre formação de nado à concentração de íons H+ e OH− presentes
sulfato de chumbo. Ao recarregar a bateria, essa no meio. Logo, é possível relacionar a taxa de cor‑
substância não é removida do sistema, o que ocorre rosão à concentração de íons OH−.
é sua transformação em Pb(s) e íons sulfato, que irão b) (F) A taxa de corrosão é mais intensa em pH mais ácido
reagir novamente quando a bateria for utilizada. (abaixo de 4), observada pela maior inclinação da
c) (F) A energia eólica é utilizada para geração de uma curva nessa faixa de pH. Em pH alcalino, a passiva‑
corrente elétrica, que faz com que as reações da ção do ferro, que é a formação de uma camada de
bateria ocorram no sentido inverso, possibilitando óxido na superfície, reduz, de certa forma, a veloci‑
que seja recarregada. A corrente elétrica irá adi‑ dade de corrosão.
cionar elétrons ao ânodo, para repor os elétrons c) (F) A taxa de corrosão na faixa de pH neutro (pH = 7) é
perdidos na oxidação, possibilitando que a reação constante, o que não indica que não ocorre corro‑
são nessa faixa de pH.
ocorra no sentido inverso.
d) (F) Uma maior quantidade de íons H+ favorece a corro‑
d) (V) No sistema descrito no primeiro texto, a função do
são e, portanto, não ocorre a redução de íons ferro
gerador de ímãs é gerar uma corrente elétrica que
nessas condições, mas a oxidação.
é colocada nos polos da bateria de maneira inversa.
e) (V) Em pH menor que 4, ou seja, com elevadas con‑
Essa corrente força os elétrons a seguirem o fluxo
centrações de íons H+, observa-se que a inclinação
inverso. Assim, as reações são invertidas devido à
da curva é maior, indicando uma maior taxa de cor‑
diferença de potencial, recarregando a bateria. rosão do ferro. Esse fato pode ser explicado pela
e) (F) Ao relacionar o movimento do vento com o movi‑ redução dos íons H+ a hidrogênio gasoso (H2), o
mento das moléculas, o aluno supôs que, aumen‑ que favorece a oxidação do ferro.
tando a energia cinética das moléculas, ocorreria
uma maior quantidade de choques efetivos e, 18 A
consequentemente, o funcionamento da bateria
a) (V) Diferente do que supunha Fermi, ao bombardear
descarregada.
nêutrons no núcleo instável do urânio, ocorre sua
divisão em núcleos menores com liberação de nêu‑
16 D trons e de grande quantidade de energia, processo
a) (F) As usinas nucleares devem ser construídas próximas chamado de fissão nuclear.
a recursos hídricos para possibilitar o resfriamento b) (F) Os nêutrons bombardeados no núcleo do urânio
do reator e a geração de vapor, que movimenta as não são capazes de estabilizá-lo. O que ocorre é
turbinas do gerador elétrico. sua divisão em núcleos menores.

135
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c) (F) Apesar de o raio do urânio ser relativamente grande, 4f15d16s2, totalizando 58 elétrons. O elemento de
seu núcleo não incorpora os nêutrons bombardea‑ número atômico 58 é o cério (Ce), que, no estado
dos sobre ele para formação de elementos maiores. neutro, apresenta 58 prótons e 58 elétrons.
d) (F) A fusão nuclear ocorre quando núcleos de áto‑ c) (F) O bário possui número atômico igual a 56 e, assim,
mos menores se unem em um núcleo maior, o que o cátion bivalente desse elemento (Ba2+), após a
não ocorre no bombardeamento de nêutrons no perda de 2 elétrons, possui 54 elétrons. Portanto,
núcleo do urânio. sua configuração eletrônica seria igual à do xenô‑
e) (F) O bombeamento de nêutrons no núcleo do urânio nio, e não a representada no texto.
gera a divisão deste em núcleos atômicos meno‑ d) (F) Desconsiderou-se que, após a perda de um elé‑
res e mais leves, e não a formação de isótopos tron, restam 57 elétrons na distribuição eletrônica
desse elemento. descrita no texto, uma quantidade que não corres‑
ponde ao número de elétrons do cátion monova‑
19 B lente do boro.
e) (F) Cátions são átomos que perderam elétrons. Um
a) (F) O NO é um dos principais contribuintes para a
cátion tetravalente, então, perde 4 elétrons. Na
ocorrência do smog fotoquímico, porém não é a
espécie mais oxidada entre as reações representa‑ representação [Xe] 4f15d16s2, o xenônio apresenta
das no texto. 4 elétrons a mais que no seu estado fundamen‑
b) (V) O smog fotoquímico é um fenômeno ambiental tal. Assim, seria um ânion (um átomo que recebeu
que ocorre nos grandes centros urbanos devido elétrons). Contudo, esse elemento, por ser um gás
à alta concentração de poluentes. É caracterizado nobre, não forma ânions em condições normais
pela formação de uma nuvem de fumaça, neblina, devido à alta estabilidade desse grupo.
poluentes gasosos e partículas sólidas. Entre os
principais poluentes estão o NO e NO2, gases que 21 A
reagem com oxigênio, formando ozônio, e que são a) (V) Apesar de a queima de biomassa contribuir para a
responsáveis pela cor característica do smog. Além emissão de gases do efeito estufa, inclusive o CO2,
disso, entre as espécies químicas apresentadas nas a produção desse combustível ocorre a partir de
reações, o óxido em que o nitrogênio é o mais oxi‑ plantas, que, ao realizarem fotossíntese, removem
dado é o NO2, apresentando Nox = +4, enquanto o CO2 atmosférico, promovendo então uma com‑
NO tem Nox = –2. pensação no balanço do gás carbônico lançado à
c) (F) A reação representa a formação de ácido nítrico atmosfera. Portanto, considerando toda a cadeia
(HNO3) e NO, em que o NO é reduzido (diminuição produtiva, entre os combustíveis apresentados, a
do Nox) e o HNO3 é oxidado (aumento do Nox). biomassa é o que menos contribui para a intensifi‑
Apesar de apresentar um alto número de oxida‑ cação do efeito estufa.
ção (Nox = +5), o HNO3 não contribui para o smog b) (F) O querosene é um combustível fóssil derivado do
fotoquímico, mas sim para o fenômeno conhecido petróleo, portanto contribui para o aumento das
como chuva ácida. emissões de CO2 atmosférico.
d) (F) A reação representa a formação de ácido sulfuroso c) (F) Como ocorre com todos os combustíveis fósseis
a partir do óxido ácido SO2. Não é considerada não renováveis, a combustão do óleo diesel contri‑
uma reação de oxirredução, uma vez que não há bui para a elevação das emissões de CO2.
variação de Nox entre as espécies, isto é, nos rea‑ d) (F) O gás natural é um combustível fóssil e, portanto,
gentes e nos produtos. não renovável. Desse modo, seu emprego contribui
e) (F) A reação representa a formação de SO3, óxido para o aumento do gás carbônico na atmosfera.
ácido que contribui para a formação da chuva e) (F) Ao empregar carvão mineral como combustível,
ácida. Apesar de ser a espécie formada mais oxi‑ intensifica-se o problema dos elevados níveis de
dada (Nox = +6), os óxidos de nitrogênio são os CO2 na atmosfera, pois esse também é um com‑
principais contribuintes para a ocorrência de smog bustível de origem fóssil.
fotoquímico, e não os de enxofre.
22 D
20 B a) (F) Como a solubilidade das moléculas orgânicas dimi‑
a) (F) Considerou-se apenas os 4 elétrons distribuídos nui após a adição do sal, a interação dessas molé‑
nos subníveis 4f, 5d e 6s, desconsiderando-se os culas com a água diminui, e não aumenta.
elétrons representados por [Xe]. b) (F) Por apresentarem caráter mais apolar, as moléculas
b) (V) Na distribuição eletrônica de um elemento, é pos‑ orgânicas interagem fracamente com os íons do sal
sível substituir a parte correspondente à configura‑ e com a água, que são polares.
ção eletrônica de um gás nobre de menor número c) (F) A polaridade da solução aumenta com a adição do
atômico pelo símbolo deste entre colchetes. Dessa sal, diminuindo ainda mais a solubilidade das molé‑
forma, a distribuição eletrônica representada por culas orgânicas.
[Xe] 4f15d16s2 corresponde à distribuição dos 54 elé‑ d) (V) Conforme o texto, o efeito de salting-out diminui
trons do xenônio (1s22s22p63s23p64s23d104p65s24d10 a solubilidade das moléculas orgânicas em água.
5p6) mais os 4 elétrons distribuídos nos subníveis Isso ocorre pelo fato de a água (polar) interagir

136
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

preferencialmente com o sal adicionado, liberando as moléculas orgânicas (menos polares). Dessa forma, a interação
da água com as moléculas orgânicas se torna ainda mais fraca e, consequentemente, diminui a solubilidade delas em
meio aquoso, favorecendo a reação entre as espécies apolares presentes no sistema.
e) (F) A polaridade da solução aumenta com a adição do sal, além de as moléculas orgânicas mencionadas no texto não
interagirem com a água por ligação de hidrogênio devido à diferença nas polaridades.

23 B
a) (F) Apesar de a maionese apresentar em sua composição o óleo, que é considerado apolar, a interação com o óleo do
vazamento ocorre por interações do tipo dipolo induzido, e não por ligação de hidrogênio, a qual ocorre entre com‑
postos polares.
b) (V) A emulsão é uma dispersão coloidal que ocorre entre dois líquidos imiscíveis, que, no caso da maionese, são a água
e o óleo. Os compostos apolares presentes na maionese interagem com o óleo do vazamento por interações do tipo
dipolo induzido, facilitando a remoção deste do estômago e do intestino das tartarugas afetadas.
c) (F) A maionese apresenta pH ácido, e não ocorre reação dessa substância com o óleo no processo de limpeza do sistema
digestivo das tartarugas. Ela atua facilitando a solubilização do óleo.
d) (F) Apesar de apresentar água em sua constituição, os compostos polares presentes na maionese não interagem de
maneira eficiente com o óleo do vazamento, que é apolar.
e) (F) A maionese, que é uma emulsão de água e óleo, não apresenta compostos pertencentes à função álcool em sua
constituição.

24 A
a) (V) O período de 1987 a 2022 corresponde a 35 anos, que é o tempo de desintegração (t). Como uma meia-vida (P) do
cobalto-60 é de aproximadamente 5 anos, para determinar a quantidade de períodos (x) de decaimento para essa
amostra, calcula-se:
t 35
t  x P  x    7 períodos de meia‑vida.
P 5
Por definição, meia-vida corresponde ao tempo necessário para que metade dos núcleos radioativos se desintegre, ou
seja, é o tempo que leva para uma amostra radioativa se reduzir à metade. Portanto, após 7 períodos de meia-vida, a
massa (m) de cobalto-60, que tinha massa inicial (m0) de 160 g, é:
m0 160 g
=
m = = 1, 25
2x 27
Outra forma de determinar a massa desse radioisótopo após o período de desintegração é:
160 g 
5 anos
 80 g 
5 anos
 40 g 
5 anos
 20 g 
5 anos
10
0 g 
5 anos
 5 g 
5 anos
 2,5 g 
5 anos
1,25 g

b) (F) O aluno considerou equivocadamente que, em um período de 35 anos, houve 6 períodos de meia-vida de 5 anos.
160 g 
5 anos
 80 g 
5 anos
 40 g 
5 anos
 20 g 
5 anos
10
0 g 
5 anos
 5 g 
5 anos
 2,5 g

c) (F) O aluno calculou equivocadamente a massa residual do radioisótopo por relacionar a massa inicial com o tempo total
de desintegração:
m0 160 g
m    4, 57
t 35 anos
d) (F) O aluno calculou equivocadamente a massa residual do radioisótopo por relacionar a massa inicial com a quantidade
de períodos de meia-vida:
m0 160 g
m    22, 85
P 7
e) (F) Como meia-vida é o tempo necessário para a massa do radioisótopo ser reduzida pela metade, o aluno considerou
equivocadamente que a massa inicial é reduzida pela metade independentemente do tempo.

25 E
a) (F) A Teoria Quântica orbital surgiu somente após o modelo de Rutherford-Bohr. O modelo de Bohr trata das órbitas (cama‑
das ou níveis) estacionárias de energia quantizada, não podendo ser diretamente relacionado à construção da tabela de
Charles Janet.
b) (F) O aluno possivelmente entendeu que, por terem sido utilizados nos experimentos de modelo atômico de Bohr, esses
dois elementos seriam a base do sistema periódico.
c) (F) Os elementos da tabela periódica são ordenados segundo seu número atômico (prótons), e não massa atômica.
d) (F) Apesar de o texto e a tabela apresentada indicarem organização baseada na distribuição eletrônica, a ordem dos ele‑
mentos é por número atômico, e não por massas atômicas como propusera Mendeleev.

137
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

e) (V) Desde 1913, a organização da tabela periódica 03 B


segue a ordem crescente de número atômico pro‑
posta por Henry Moseley. Essa forma de organizar a) (F) Possivelmente, o aluno cometeu um equívoco ao
os elementos é observada na tabela de Charles calcular a concentração máxima de ácido benzoico
Janet, em que se destacam suas configurações ele‑ no refrigerante.
trônicas (s, p, d e f). 100
 0, 2 g  L1
500
Química 4 0, 2 g  L1
 1, 6  10 3 mol  L1
122 g  mol1
01 B
a) (F) A ionização é o fenômeno químico caracterizado b) (V) O ácido benzoico é formado por uma carboxila
por uma reação entre moléculas de uma substância ligada a um anel aromático e tem fórmula mole‑
e a água em que são produzidos os íons (cátions cular C7H6O2. Como o teor máximo permitido
e ânions). Portanto, apesar de os fragmentos apre‑ dessa substância em refrigerantes é de 500 mg por
sentarem cargas elétricas negativas, a ionização 100 mL, a massa em 1 L (1 000 mL) deve ser de até
não descreve o deslocamento citado na etapa IV 5 g (5 000 mg), ou seja, concentração de 5 g · L–1.
do exame de DNA. Assim, como a massa molar desse ácido é de
b) (V) Na etapa IV do exame de DNA ocorre a anaforese, 122 g ⋅ mol–1 (7 · 12 + 6 · 1 + 2 · 16 = 122), tem‑se:
fenômeno em que partículas coloidais eletricamente 5 g  L1
 0, 04 mol  L1  4  10 2 mol  L1
negativas são atraídas pelo elétrodo positivo. 122 g  mol1
c) (F) A cataforese é o fenômeno que ocorre quando as
partículas coloidais carregadas positivamente são c) (F) Possivelmente, o aluno confundiu a função ácido
atraídas pelo elétrodo negativo (cátodo). carboxílico (—COOH) com aldeído (—CHO),
d) (F) O efeito Tyndall é causado pela interação entre um encontrando a fórmula estrutural C7H6O e a massa
feixe de luz e partículas coloidais, o que torna pos‑ molar de 106 g · mol–1.
sível observar o trajeto da luz na dispersão. Esse 5 g  L1
 4, 7  10 2 mol  L1
efeito não está relacionado ao deslocamento dos 106 g  mol1

fragmentos de DNA em direção ao elétrodo posi‑
tivo. d) (F) Possivelmente, o aluno confundiu o ácido benzoico
e) (F) O movimento browniano consiste no movimento (C7H6O2) com o ácido acético (C2H4O2), encon‑
aleatório das partículas coloidais resultante das trando uma massa molar de 60 g · mol–1.
colisões entre elas e as moléculas de água. Já o 5 g  L1
 8  10 2 mol  L1
deslocamento descrito na etapa IV não é aleatório, 60 g  mol1

pois ocorre no sentido do elétrodo positivo.
e) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a massa
molar do ácido benzoico é igual à soma da massa
02 A molar dos elementos do composto.
a) (V) As amostras A e D podem ser consideradas solu‑ 1 + 16 + 12 = 29 g · mol–1
ções verdadeiras, pois não há partículas sólidas reti‑ 5 g  L1
das por um ultrafiltro.  0,17 mol  L1  1, 7  10 1 mol  L1
29 g  mol1
b) (F) Como as amostras B e C possuem partículas filtráveis
por ultrafiltro, não podem ser classificadas como dis‑
persão homogênea. 04 C
c) (F) As amostras A e D podem ser consideradas solu‑ a) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a energia
ções verdadeiras. As partículas do disperso devem
liberada em uma reação química depende apenas
possuir um tamanho inferior a 1 mm. Dessa forma,
do estado final dela, ou seja, dos produtos.
qualquer partícula maior que 1 mm também seria
b) (F) Possivelmente, o aluno considerou que a energia
retida pelo ultrafiltro.
liberada em uma reação química depende apenas
d) (F) A amostra C é classificada como dispersão coloi‑
do estado inicial dela, ou seja, dos reagentes.
dal, pois suas partículas sólidas não são visíveis a
olho nu, mas podem ser retidas por um ultrafiltro. c) (V) De acordo com a Lei de Hess, a variação de ental‑
Já a amostra B possui partículas visíveis a olho nu, o pia, ou seja, a quantidade de calor liberado ou
que poderia caracterizá-la como uma mistura hete‑ absorvido, depende apenas dos estados inicial
rogênea. Portanto, constata-se que o efeito Tyndall e final da reação. Esse fato contraria a ideia de
ocorre na amostra C, mas pode não ocorrer na calórico, pois apresenta uma variação de entalpia
amostra B, pois o meio desse tipo de mistura pode mesmo sem haver dois corpos com temperaturas
ser opaco. diferentes.
e) (F) As amostras A e D podem ser consideradas solu‑ d) (F) Possivelmente, o aluno interpretou equivocada‑
ções verdadeiras, pois suas partículas sólidas não mente a Lei de Hess, considerando que a variação
podem ser retidas em ultrafiltro. Assim, não será de entalpia de uma reação depende diretamente
observado o movimento browniano de partículas. da quantidade de etapas que a compõem.

138
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

e) (F) Possivelmente, o aluno confundiu os conceitos de e) (F) Provavelmente, para chegar a esse resultado, o
calor e temperatura, considerando que a variação aluno considerou apenas a massa da solução, não
de entalpia corresponde à variação de temperatura. calculando a porcentagem de álcool etílico.

07 B
05 A
a) (F) A neblina não é considerada uma dispersão mole‑
a) (V) A trituração dos alimentos pela mastigação resulta
cular e não pode ser ionizada pela luz do farol.
em um bolo alimentar com maior área superficial,
b) (V) A neblina é uma dispersão coloidal de gotículas de
que é digerido mais rapidamente, diminuindo a
água dispersas no ar, sendo classificada como um
demanda de HCl e, consequentemente, causando
aerossol líquido. A utilização de faróis de neblina
menos sonolência.
é aconselhada, pois a luz é direcionada para baixo,
b) (F) A ingestão de líquidos diminui a concentração do evitando que a neblina seja atravessada, uma vez
bolo alimentar, reduzindo a velocidade da digestão que esta é formada cerca de 30 cm acima do solo.
e favorecendo a sonolência. Quando a luz atravessa a neblina, as gotículas de
c) (F) Baixas temperaturas desaceleram as reações quí‑ água dispersam e espalham a luz (efeito Tyndall),
micas que ocorrem no estômago. Assim, a digestão atrapalhando a visão do motorista.
é mais lenta quando se consome alimentos frios, o c) (F) A neblina não é considerada uma dispersão eletro‑
que favorece a sonolência. lítica, e esse tipo de solução não é capaz de causar
d) (F) Apenas algumas proteínas atuam como catalisado‑ um curto-circuito no farol apenas pela ação da luz.
res biológicos, ou enzimas; portanto, não é correto d) (F) A neblina não é considerada uma dispersão satu‑
afirmar que consumir alimentos ricos em proteínas rada e não apresenta movimento browniano, pois o
resultará em uma digestão mais rápida. soluto está dissolvido, e não disperso, na solução.
e) (F) Um maior consumo de alimentos ácidos causará e) (F) A neblina não é considerada uma dispersão con‑
apenas um deslocamento de equilíbrio químico, o centrada, e as gotículas de água estão dissolvidas,
qual não afeta a velocidade da reação química de e não dispersas, na solução.
digestão.
08 D
06 B a) (F) O aluno pode não compreender a influência da
a) (F) Para encontrar o valor de 55,3% INPM, o aluno cal‑ pressão na solubilidade dos gases, escolhendo a
culou apenas a massa de álcool etílico presente em cidade que possui a maior altitude entre as listadas.
uma solução de 100 mL. Em relação à cidade de Porto Alegre, que é a que
b) (V) A concentração em °GL corresponde à porcen‑ apresenta os menores índices, Brasília tem a maior
tagem, em volume, de álcool etílico na solução. altitude e a maior temperatura média, apresen‑
Dessa forma, em um frasco contendo apenas água tando condições menos favoráveis à solubilidade
e álcool etílico com concentração de 70%, para do oxigênio nas águas dos rios e dos lagos.
cada 100 mL de solução, há 70 mL de álcool e b) (F) O aluno pode não compreender a influência da
30 mL de água. A massa de álcool pode ser calcu‑ temperatura na solubilidade dos gases, escolhendo
lada considerando-se a densidade. Assim, tem-se: a cidade que apresenta a maior temperatura média
entre as listadas. Em relação à cidade de Porto
m Alegre, que é a que apresenta os menores índices,
d=  m = 0,79 g  mL1  70 mL  m = 55,3 g
V Teresina apresenta maior altitude e maior tempera‑
A massa da solução pode ser calculada somando‑ tura média, apresentando condições menos favorá‑
-se a massa de álcool etílico (55,3 g) com a massa veis à solubilidade do oxigênio nas águas dos rios e
de água. Como sua densidade é igual a 1 g ⋅ mL–1, a dos lagos.
massa de 30 mL de solução será igual a 30 g. Assim, c) (F) A cidade de Rio Branco apresenta maior altitude
a massa dos 100 mL de solução será de 85,3 g. Cal‑ e maior temperatura média que a cidade de Porto
culando a porcentagem, em massa, de álcool na Alegre (que é a que apresenta os menores índices),
solução, tem-se: apresentando condições menos favoráveis à solubi‑
lidade do oxigênio nas águas dos rios e dos lagos.
85,3 g ________ 100%
d) (V) A solubilidade de gases em líquidos é diretamente
55,3 g ________ x proporcional à pressão e inversamente proporcional
x = 64,8% à temperatura. Dessa forma, quanto maior a pres‑
Logo, a concentração de 70 °GL corresponde a são e menor a temperatura, maior a quantidade de
64,8% INPM, indicando a porcentagem, em gramas, gás solubilizada. A solubilidade do oxigênio na água
de álcool na solução. decresce com o aumento da altitude, pois este pro‑
c) (F) O aluno considerou equivocadamente que as por‑ move uma diminuição da pressão atmosférica, e o
centagens têm o mesmo valor em massa e em oxigênio, sendo um dos componentes do ar, tem
volume. sua pressão parcial também reduzida. Considerando
d) (F) Provavelmente, o aluno considerou apenas o valor os dados fornecidos na tabela, a cidade que apre‑
da densidade multiplicado por 100. senta menor altitude (consequentemente, maior

139
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

pressão atmosférica) e menor temperatura média é c) (V) De 70 °C para 30 °C, ocorre a precipitação de 200 g
Porto Alegre. Essas condições favorecem a solubili‑ (430 – 230 = 200 g) de cristais. No mesmo intervalo, as
dade do oxigênio nas águas dos rios e dos lagos. solubilidades do gráfico variam da seguinte forma:
e) (F) A cidade de Belo Horizonte apresenta maior altitude
quando a solução é resfriada para 70 °C, tem-se 60 g
e maior temperatura média que a cidade de Porto
de sal para 100 g de água, e quando a solução é
Alegre (que é a que apresenta os menores índices),
apresentando condições menos favoráveis à solubi‑ resfriada à temperatura de 30 °C, tem-se 20 g de
lidade do oxigênio nas águas dos rios e dos lagos. sal em 100 g de água. Assim, a solubilidade varia de
40 g (60 – 20 = 40 g) de sal para 100 g de água.
09 A Como a massa de cristais formada é igual a 200 g
a) (V) Uma forma de verificar se uma mistura se trata de nesse intervalo, tem-se:
um coloide é submeter o sistema a um feixe de luz. 40 g de sal ________ 100 g de água
Embora as partículas coloidais possam ser muito 200 g ________ x
pequenas, mesmo sob um microscópio óptico, elas
x = 500 g de água
são grandes o suficiente para causar a dispersão da
luz. Essa dispersão é conhecida como efeito Tyndall A 30 °C, tem-se:
e permite que o feixe de luz seja visto. Quando um 20 g de sal ________ 100 g de água
feixe de luz atravessa uma solução verdadeira, não é ________
y 500 g
possível observar o caminho que a luz percorre den‑
tro do sistema, pois as partículas são tão pequenas y = 100 g de sal (conteúdo dissolvido)
que não causam espalhamento. Portanto, a massa de soluto é igual a 100 g + 430 g
b) (F) Para visualizar as pequenas partículas dos sistemas = 530 g.
coloidais, é necessário utilizar um ultramicroscópio. O d) (F) O aluno somou a massa de água encontrando
microscópio óptico consegue identificar apenas par‑
como resposta a massa total da solução. Assim,
tículas de suspensões, que são maiores que as partí‑
culas de um sistema coloidal. Já no caso das soluções considerou que, para 70 °C, formam-se 60 g de sal
verdadeiras, as partículas são tão pequenas que não em 100 g de água e que, para 30 °C, formam-se
podem ser visualizadas nem em um ultramicroscópio. 20 g de sal em 100 g de água. Então, calculando
c) (F) O procedimento de filtração utilizando um filtro que a solubilidade varia de 60 – 20 = 40 g de sal
comum é ineficiente em determinar se uma mis‑ para 100 g de água e para 200 g de cristais, obteve:
tura se trata de um coloide, pois as partículas que
40 g de sal ________ 100 g de água
compõem esse tipo de sistema são pequenas o
200 g ________ x
suficiente para atravessar os poros desse material,
sendo retidas apenas em ultrafiltros. Da mesma x = 500 g de água
forma, em soluções verdadeiras, as partículas são A 30 °C, tem-se:
ainda menores que as dos coloides e, portanto,
atravessam os poros dos ultrafiltros. 20 g de sal ________ 100 g de água
y ________ 500 g
d) (F) A sedimentação não ocorre nas soluções, pois elas
são sistemas homogêneos. Já nos sistemas coloi‑ y = 100 g de sal (conteúdo dissolvido)
dais, a sedimentação somente é possível por meio
Dessa forma, a massa de soluto é igual a:
do uso de ultracentrífugas.
100 + 430 = 530 g
e) (F) Possivelmente, associou-se a formação de uma
dispersão coloidal (gema de ovo e vinagre) à veri‑ Por fim, somando-a com os 500 g de água, obtêm-se:
ficação do tipo de sistema. Porém, o processo pro‑ 530 + 500 = 1 030 g de soluto
posto impossibilitaria a identificação do tipo de e) (F)
O aluno confundiu a massa de precipitado com a
sistema inicial. massa de soluto dissolvida. Além disso, classificou
a água como sendo o soluto, e não o solvente, pro‑
10 C
cedendo ao seguinte raciocínio:
a) (F) O aluno considerou corretamente que, quando a Para 70 °C, tem-se:
solução é resfriada para 70 °C, tem-se 60 g de sal
para 100 g de água e que, quando a solução é res‑ 60 g sal ________ 100 g de água
friada à temperatura de 30 °C, tem-se 20 g de sal 230 g ________ x
em 100 g de água. Porém, ao calcular a diferença x ≅ 383 g de água
60 – 20 = 40, concluiu que a solubilidade varia 40 g
de sal para 100 g de água e que esse valor é refe‑ Para 30 °C, tem-se:
rente à massa do soluto. 20 g sal ________ 100 g de água
b) (F) O aluno considerou a diferença da massa cristali‑
430 g ________ x
zada, de 70 °C para 30 °C, que é de 430 – 230 = 200 g.
Contudo, esse valor não corresponde à massa de x ≅ 2 150 g de água
soluto presente na solução. Assim, tem-se 2 150 – 383 = 1 767 g de soluto.

140
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

11 A A equação de dissociação do Mg(OH)2 pode ser


representada pela seguinte equação.
a) (V) A constante de congelamento (Kc) é calculada por
Mg(OH)2(aq)  Mg2+(aq) + 2OH–(aq)
meio da equação ∆Tc = Kc ⋅ m ⋅ i, em que ∆Tc repre‑
De acordo com a proporção estequiométrica, para
senta a variação de temperatura, m é a molalidade
cada mol de Mg(OH)2 são formados 2 mol de OH–.
do soluto e i é o fator de van't Hoff. Esse fator de
correção, por sua vez, está relacionado à quan‑ Considerando um grau de dissociação de 100%,
tidade de partículas dissociadas, calculado por a concentração de íons OH– é de 2,8 ⋅ 10–3 mol/L.
i = 1 + α ⋅ (q – 1), em que α é o grau de dissociação Considerando o grau de dissociação igual a 4%,
do composto e q é o número total de íons libera‑ pelo fato de o hidróxido de magnésio ser uma base
dos. Assim, para o NaCl, tem-se: fraca, a concentração de OH– na suspensão é de,
NaCl(s) → Na+(aq) + Cl–(aq) aproximadamente, 1,1 ⋅ 10–4 mol/L, conforme calcu‑
Considerando a dissociação completa do sal lado a seguir.
(α = 100%) e que foram liberados dois íons (2 mol 0,04 ⋅ 2,8 ⋅ 10–3 mol/L ≅ 1,1⋅10–4 mol/L de OH–
de partículas) a partir de 1 mol de NaCl, calcula-se: d) (F) O estudante calculou apenas a concentração de
i = 1 + α ⋅ (q – 1) Mg(OH)2 em mol/L na suspensão, não conside‑
i = 1 + [1 ⋅ (2 – 1)] rando a proporção estequiométrica dos íons OH–
i = 2 nem o grau de dissociação da base.
Considerando o experimento realizado com a mola‑ e) (F) O estudante calculou a concentração em mol/L de
lidade 4 mol/kg, o gráfico indica que ∆Tc = 15 °C. íons OH– na suspensão, no entanto não considerou
Assim, reordenando a equação e substituindo os o grau de dissociação de 4% da base.
dados, calcula-se o fator de congelamento empí‑
rico da água, conforme demonstrado a seguir.
Tc 15 C 13 B
Kc = =  1,9 C  kg  mol1
m  i (4 mol/kg)  2 a) (F) O estudante calculou a concentração final da solu‑
ção utilizando a concentração mínima (2,0%), e não a
b) (F) Para chegar a esse resultado, possivelmente, o
aluno considerou as molalidades 3 e 4, que pos‑ concentração máxima aconselhada de água sanitária.
suem uma diferença de temperatura de congela‑ b) (V) Para calcular a concentração da solução obtida, uti‑
mento de 5 °C, e, então, dividiu o valor obtido pelo liza-se os valores de concentração, volume inicial e
fator de van't Hoff. volume final. Substitui-se esses valores na fórmula
c) (F) Possivelmente, o aluno não considerou o fator de Ci ⋅ Vi = Cf ⋅ Vf para obter a concentração final da
van't Hoff no cálculo da constante crioscópica. solução. A concentração inicial, considerando a
d) (F) O aluno considerou as molalidades 3 e 4, que pos‑ concentração máxima recomendada para a água
suem uma diferença de temperatura de congela‑ sanitária, é de 2,5% v/v. O volume inicial é a medida
mento de 5 °C. da metade de um copinho de café de 50 mL, ou
e) (F) Para chegar a esse resultado, o aluno, equivocada‑
seja, 25 mL. Como é recomendado completar o
mente, multiplicou o fator de van't Hoff pela varia‑
ção de temperatura e, então, dividiu o resultado volume para 1 L, esse será o volume final da solu‑
pela molalidade. ção. Assim, tem-se:
2,5% ⋅ 25 mL = Cf ⋅ 1 000 mL
12 C Cf = 0,0625%
a) (F) O estudante considerou apenas o número de mols c) (F) O estudante calculou a concentração final da solu‑
de Mg(OH)2 presente em 15 mL da suspensão e ção utilizando a concentração mínima (2,0%), e não
não a concentração de íons OH−. a concentração máxima aconselhada de água sani‑
b) (F) O estudante calculou o grau de dissociação de tária, além de considerar o volume total do copinho
4% considerando a concentração em mol/L de de café, e não a metade de seu volume.
Mg(OH)2, e não a concentração de íons OH–, que, d) (F) O estudante calculou a concentração final da solu‑
pela estequiometria da equação de dissociação, é ção considerando o volume total do copinho de
o dobro da concentração de Mg(OH)2. café, e não a metade de seu volume.
c) (V) A massa molar do Mg(OH)2 é de 58 g/mol (24 + 2 ⋅ e) (F) O estudante calculou a concentração final da solu‑
(16 + 1) = 58 g). Transformando a massa de 1,2 mg
ção considerando o dobro do volume total do copi‑
para mol, tem-se:
nho de café, e não a metade de seu volume.
1,2  10 3 g
n=  2,1 10 5 mol
58 g/mol
14 E
Cada 15,0 mL do produto contém 2,1 ⋅ 10–5 mol de
Mg(OH)2. Logo, a concentração em mol/L é calcu‑ a) (F) O sinal negativo indica liberação de energia, ou
lada conforme descrito a seguir. seja, um processo exotérmico, que não é o caso da
________ 2,1 10 5 mol sublimação da água, que ocorre com absorção de
15 mL energia. A variação de –51 kJ é observada na ressu‑
1000 mL ________ x blimação da água (passagem do estado de vapor
x = 1,4 ⋅ 10–3 mol/L de Mg(OH)2 para o sólido).

141
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (F) O sinal negativo indica liberação de energia, ou 16 B


seja, um processo exotérmico, que não é o caso da
a) (F) O KCN é um sal obtido por neutralização entre um
sublimação da água. A variação de –44 kJ ocorre na
ácido fraco (HCN) e uma base forte (KOH). Por‑
condensação da água (passagem do vapor para o
tanto, os íons K+ não sofrerão hidrólise, e os íons
líquido).
CN– reagirão com a água, produzindo o ácido HCN
c) (F) A variação de +7 kJ é observada na fusão da água,
e os íons OH–. Assim, haverá a presença de íons
ou seja, na passagem do estado sólido (III) para o
livres K+ e OH– tornando a solução básica e fazendo
líquido (II).
com que o licor de pétalas de violeta adquira colo‑
d) (F) A variação de +44 kJ é observada na vaporização
ração verde.
da água, ou seja, na passagem do estado líquido
b) (V) O NH4Cl é um sal obtido por neutralização entre
(II) para o vapor (I).
um ácido forte (HCl) e uma base fraca (NH4OH).
e) (V) No diagrama, I, II e III se referem, respectivamente,
Portanto, os íons NH+4 sofrerão hidrólise, produ‑
aos estados vapor (mais energético), líquido e
zindo a base NH4OH e íons H+, mas os íons Cl– não
sólido (menos energético). A sublimação da água
sofrerão hidrólise. Assim, haverá a presença de íons
ocorre na passagem do sólido (III) para o vapor (I)
livres H+ e Cl– tornando a solução ácida e fazendo
e é um processo endotérmico, ou seja, absorve
com que o licor de pétalas de violeta adquira colo‑
energia e apresenta variação de entalpia (∆H) posi‑
ração vermelha.
tiva. Assim, a ∆H da sublimação da água pode ser
c) (F) O NaNO3 é um sal obtido por neutralização entre
calculada como a diferença das entalpias do vapor
um ácido forte (HNO3) e uma base forte (NaOH).
(estado final) e do sólido (estado inicial).
Portanto, nenhum dos dois íons formados em solu‑
H (kJ)
ção sofrerá hidrólise. Assim, a solução permanecerá
I
–242 neutra e não modificará a coloração do licor de
∆Hsublimação = +51 kJ
pétalas de violeta.
d) (F) O CaSO4 é um sal obtido por neutralização entre
um ácido forte (H2SO4) e uma base forte (Ca(OH)2).
Portanto, nenhum dos dois íons formados em solu‑
II ção sofrerá hidrólise. Assim, a solução permanecerá
–286
III neutra e não modificará a coloração do licor de
–293
pétalas de violeta.
e) (F) O BaCO3 é um sal obtido por neutralização entre
∆H = Hf – Hi
um ácido fraco (H2CO3) e uma base forte (Ba(OH)2).
∆H = HI – HIII
Portanto, os íons Ba2+ não sofrerão hidrólise, e os
∆H = –242 – (–293)

íons CO32– reagirão com a água, produzindo o ácido
∆H = +51 kJ

H2CO3 e os íons OH–. Assim, haverá a presença de
íons livres Ba2+ e OH– tornando a solução básica
15 D
e fazendo com que o licor de pétalas de violeta
a) (F) Devido à presença de matéria orgânica e à proli‑ adquira coloração verde.
feração de microrganismos no lixo, prensá-lo para
posterior utilização não seria a técnica mais ade‑ 17 C
quada à destinação dos resíduos. a) (F) O gráfico representa as velocidades de síntese e de
b) (F) A combustão do lixo a céu aberto não é uma prá‑ decomposição crescentes, não havendo um ponto
tica adequada, pois pode produzir gases tóxicos e no qual se igualam, que representaria o equilíbrio
poluir o ar. químico descrito no texto.
c) (F) Não são todos os tipos de resíduos que podem b) (F) O gráfico representa as velocidades de síntese e
ser tratados com ácidos fortes, e os produtos obti‑ de decomposição decrescentes, não havendo um
dos nem sempre podem ser utilizados como com‑ ponto no qual se igualam, que representaria o
bustíveis. equilíbrio químico descrito no texto.
d) (V) Os aterros sanitários dispõem de técnicas mais c) (V) Ao atingir uma situação de equilíbrio químico, as
seguras para a população e para o ambiente do velocidades da reação direta e inversa se igualam.
que os lixões a céu aberto. O solo é impermea‑ O gráfico representa a diminuição da velocidade
bilizado para evitar sua contaminação, além de de síntese e o aumento da velocidade de decom‑
posição até o momento em que ficam iguais, o que
possibilitar a coleta do gás metano, produzido na
caracteriza que o equilíbrio foi atingido.
decomposição anaeróbia da matéria orgânica, o
d) (F) O gráfico mostra a variação das velocidades de
qual pode ser posteriormente utilizado na geração síntese e de decomposição constantes, mas não
de energia, tornando o processo mais sustentável. iguais, o que não caracteriza a situação de equilí‑
e) (F) Os resíduos sólidos presentes em lixões apresen‑ brio químico.
tam grande quantidade de matéria orgânica e são e) (F) O gráfico mostra a variação das velocidades de
propícios à proliferação de microrganismos pato‑ síntese e de decomposição até ficarem constantes,
gênicos, o que não torna adequada a sua utilização no entanto não se igualam. Portanto, o gráfico não
como matéria-prima para a construção civil. representa o equilíbrio químico descrito no texto.

142
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

18 D b) (F) Possivelmente, o estudante considerou a variação


de entalpia independente das reações. Contudo, o
a) (F) O estudante considerou equivocadamente que a valor de ∆H é dependente da reação, pois diferen‑
carga líquida da solução será positiva ao perder tes reações apresentam diferentes valores de ∆H.
íons H+. c) (F) O estudante concluiu que a variação de entalpia não
b) (F) A estrutura I apresenta ligações duplas entre carbo‑ altera por não haver mudança no valor de ∆H entre
nos e, por isso, é classificada como cadeia insaturada. o processo que ocorre em uma etapa e o que ocorre
c) (F) A forma protonada da fenolftaleína é representada em duas etapas. Porém, o valor de ∆H depende dos
pela estrutura I, ou seja, em meio ácido. estados físicos dos compostos e do processo com‑
d) (V) A cor de um indicador ácido-base muda devido pleto, ou seja, dos estados final e inicial.
à alteração na estrutura molecular causada pelo d) (F) Provavelmente, o estudante considerou que, se ∆H
próton, de acordo com as concentrações dos é igual, há uma igualdade entre os processos. É ver‑
íons H+ no meio reacional em que está inserido. dade que ∆H é igual, porém o trabalho e as reações
Em meio fortemente alcalino, a molécula de químicas são diferentes.
fenolftaleína é desprotonada. Como observado nas e) (F) O estudante concluiu, equivocadamente, que a
estruturas apresentadas, um próton (H+) é removido Lei das Proporções Múltiplas se aplica ao exemplo
do grupo fenólico da estrutura I, favorecendo a for‑ dado, pois os termos da equação se cancelam e a
mação da estrutura II. equação final é igual. Porém, essa lei não se aplica
e) (F) É provável que o estudante tenha considerado diretamente ao cálculo de ∆H.
equivocadamente que a carga negativa da estru‑
tura II é proveniente dos íons OH–. 21 C
a) (F) Para calcular a porcentagem, provavelmente, o
19 D estudante considerou apenas a massa de vitamina
a) (F) Para encontrar esse resultado, possivelmente, o B12 indicada na tabela para o ovo, que é referente
estudante não realizou a transformação necessária a 100 g do alimento.
do volume de 5,0 L para mL ao calcular a quanti‑ b) (F) Para encontrar essa porcentagem, o estudante
dade de energia liberada. considerou apenas a massa de salmão presente em
b) (F) Provavelmente, o estudante não transformou o 70 g do alimento.
volume de 5,0 L para mL e utilizou a massa, e não o c) (V) De acordo com os dados da tabela, a massa de
volume, no cálculo da energia liberada. vitamina B12 presente em 60 g de ovo é:
c) (F) Possivelmente, o estudante concluiu que a variação 100 g –––––– 1,1 mcg
de energia independe da quantidade de combus‑ 60 g –––––– x
x = 0,66 mcg
tível utilizada e, assim, considerou a mesma quanti‑
Calculando a massa de vitamina B12 presente em
dade de energia liberada para 1 mol de etanol.
70 g de salmão, tem-se:
d) (V) O texto informa que 1 mol de etanol equivale a
100 g –––––– 2,8 mcg
58,4 cm3, ou 58,4 mL. Após a combustão com‑
70 g –––––– y
pleta desse volume, há liberação de 1 235 kJ de y = 1,96 mcg
energia. Assim, para 5,0 L de etanol, ou 5 000 mL, Somando as massas de vitamina B12 do ovo e do
a energia liberada é de, aproximadamente, salmão, tem-se 2,62 mcg ingeridas.
1,06 ⋅ 105 kJ, conforme calculado a seguir. Como a quantidade recomendada de ingestão diá‑
58,4 mL –––––– 1 235 kJ ria é de 2,4 mcg, calcula-se a porcentagem:
5 000 mL –––––– x 2,4 mcg –––––– 100%
x ≅ 105 736 ou 1,06 ⋅ 105 kJ 2,62 mcg –––––– z
e) (F) Para encontrar esse resultado, ao calcular a quan‑ z ≅ 109%
tidade de energia liberada, o estudante, equivoca‑ d) (F) Para calcular a porcentagem, o estudante conside‑
damente, considerou a massa de 1 mol de etanol, e rou apenas a massa de vitamina B12 indicada na
não o volume. tabela para o salmão, que é referente a 100 g do
alimento.
20 A e) (F) Provavelmente, o estudante considerou a soma das
massas de vitamina B12 indicadas na tabela para o
a) (V) A Lei de Hess estabelece que o valor da variação
ovo e para o salmão no cálculo da porcentagem.
de entalpia (∆H) depende apenas dos estados ini‑
ciais e finais, não sendo influenciado pelo processo.
Dessa forma, ∆H é uma função de estado, ou seja, 22 C
não depende das etapas envolvidas, e sim do pro‑ a) (F) Deixar as cascas de frutas e legumes imersas em
cesso completo. Assim, o processo e a quantidade água restringe o acesso de microrganismos ao oxi‑
de etapas não importam para o valor de ∆H, que gênio necessário para que ocorra o processo de
é igual à soma das etapas individuais. Portanto, a decomposição. Dessa forma, essa prática torna o
variação de entalpia é uma função de estado. processo mais lento, e não mais rápido.

143
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (F) Ao se colocarem as cascas das frutas e legumes em c) (F) Apesar de o primeiro gráfico mostrar corretamente
um refrigerador, a velocidade da reação de decom‑ um aumento da entalpia no processo de evapo‑
posição diminui devido à diminuição da temperatura. transpiração, o segundo gráfico mostra que a
c) (V) Cortando as cascas das frutas e legumes em peda‑ entropia permanece constante no processo, o que
ços menores, aumenta-se a superfície de contato não ocorre na passagem de líquido para vapor.
para ação dos microrganismos; assim, aumenta-se d) (F) Apesar de o segundo gráfico mostrar corretamente
a velocidade da reação de decomposição, produ‑ um aumento da entropia no processo de evapo‑
zindo o composto orgânico mais rapidamente.
transpiração, o primeiro gráfico mostra uma dimi‑
d) (F) Os aditivos químicos são substâncias adicionadas
nuição da entalpia, o que não caracteriza a absorção
aos alimentos com intuito de prolongar a conserva‑
de energia na passagem de líquido para vapor.
ção, ou seja, retardar o processo de decomposição.
Logo, o uso de aditivos não acelera o processo de e) (V) No processo de evapotranspiração, ocorre a pas‑
obtenção de um composto orgânico. sagem da água do estado líquido para vapor. Essa
e) (F) Ao manter as cascas de frutas e legumes em um mudança de fase é considerada um processo endo‑
ambiente vedado, limita-se a concentração de térmico, ou seja, acontece com absorção de ener‑
oxigênio, resultando na menor velocidade do pro‑ gia. Nesse caso, a entalpia final (Hf) é maior que
cesso de decomposição e, consequentemente, da a entalpia inicial (Hi). Pelo fato de o vapor ser um
obtenção do composto orgânico. estado mais desordenado que o estado líquido, a
entropia do processo aumenta, sendo a entropia
23 C do vapor (Sf) maior que a entropia do líquido (Si).

a) (F) Possivelmente, o aluno utilizou regra de três com


25 D
os valores invertidos nos cálculos, chegando a uma
unidade de medida incoerente. a) (F) De acordo com o texto, são produzidos CO2 e
150 L ________ 100% H2O, indicando que a reação de combustão é com‑
________ pleta. Contudo, a combustão não é espontânea.
13% x
Os materiais que podem sofrer combustão espon‑
x ≅ 8,7 tânea são chamados de pirofóricos, que têm uma
b) (F) O aluno pode ter considerado equivocadamente
temperatura de autoignição menor que a tempera‑
a porcentagem de biodiesel na mistura igual ao
tura ambiente, por isso basta o contato com ar ou
volume.
c) (V) Como informado no texto, a mistura B13 apresenta água para que a combustão seja provocada. Não
13% v/v de biodiesel e 87% v/v de diesel convencio‑ é o caso do acetileno, que necessita ser aquecido
nal. Assim, calcula-se: 150 L · 0,13 = 19,5 L. Portanto, a uma temperatura de ignição elevada (450 °C) no
nos 150 L da mistura adicionada no ônibus, 19,5 L maçarico para que ocorra a combustão desse gás.
correspondem ao biodiesel. b) (F) A reação de combustão é completa, pois produz
d) (F) O aluno pode ter confundido as quantidades de água e gás carbônico. Reações de combustão
biodiesel e diesel convencional, além de ter inver‑ incompleta ocorrem quando não existe oxigênio
tido os valores ao calcular a porcentagem por regra suficiente para consumir todo o combustível e
de três, chegando a uma unidade de medida incoe‑ produz-se monóxido de carbono (CO) e água ou
rente com os cálculos. fuligem (formada basicamente por carbono). Além
150 L ________ 100% disso, a reação não é de decomposição, pois apre‑
________
87% x senta dois reagentes (o gás combustível e O2).
x = 58 L c) (F) A reação descrita no texto é de combustão com‑
e) (F) O aluno pode ter confundido as quantidades de pleta, produzindo CO2 e H2O, e necessita de igni‑
biodiesel e diesel convencional, além de ter con‑ ção para ocorrer. Contudo, o processo é exotér‑
siderado a porcentagem de diesel convencional mico, pois ocorre com liberação de energia (calor).
igual ao volume. d) (V) De acordo com o texto, são produzidos CO2 e
H2O, indicando que a reação de combustão é
24 E completa, que ocorre quando há oxigênio sufi‑
ciente para consumir todo o combustível. Nesse
a) (F) No processo de evapotranspiração, ocorre o
aumento tanto da entalpia como da entropia, o caso, o oxigênio atua como comburente na rea‑
oposto do indicado nos gráficos representados. ção, que ocorre com liberação de energia (calor)
b) (F) Apesar de o primeiro gráfico mostrar corretamente e, portanto, é exotérmica.
um aumento da entalpia no processo de evapo‑ e) (F) A reação de combustão ocorre mediante a queima
transpiração, o gráfico de entropia mostra a dimi‑ do combustível, que é oxidado em um processo
nuição desta, o que não ocorre na passagem de exotérmico. Contudo, o texto indica que a combus‑
líquido para vapor. tão do acetileno é completa.

144
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Biologia 1 03 C
a) (F) Os centríolos são estruturas celulares que possuem
01 E um papel importante no processo de divisão celular,
a) (F) No Brasil, o uso de células-tronco adultas é per‑ e não participam da síntese de proteínas na célula.
mitido para fins terapêuticos. Já o uso de células‑ b) (F) Os lisossomos são organelas que atuam na diges‑
-tronco embrionárias é regulamentado no país pela tão intracelular, e não na síntese de proteínas.
Lei de Biossegurança (Lei 11.105 de 24 de março de c) (V) Os ribossomos são organelas que realizam a síntese
2005), que permite para fins de pesquisa e terapia de proteínas e que, em células eucarióticas, podem
o uso de células-tronco embrionárias obtidas de ser encontradas livres no citoplasma ou aderidas ao
embriões humanos produzidos por fertilização in retículo endoplasmático granular.
vitro, desde que os embriões sejam inviáveis, este‑ d) (F) As mitocôndrias são organelas responsáveis pela
jam congelados há 3 anos ou mais e haja consenti‑ respiração celular, e não pela síntese de proteínas.
mento dos genitores. e) (F) Os peroxissomos são organelas que atuam na destrui‑
b) (F) A reprogramação de células adultas em células‑ ção de substâncias tóxicas e na oxidação de lipídios,
-tronco embrionárias é uma técnica estudada atual‑ não sendo responsáveis pela síntese de proteínas.
mente e de grande interesse para clonagem tera‑
pêutica, sendo já aplicada em diversas situações. 04 D
c) (F) A clonagem terapêutica não visa a fins reproduti‑ a) (F) Os toxoides são toxinas produzidas por patógenos
vos, mas sim ao tratamento de doenças por meio que afetam tanto a fase M quanto a fase G1 do ciclo
do uso de células-tronco. celular, de acordo com o esquema. A vincristina não
d) (F) A clonagem reprodutiva de plantas e animais é per‑ pode ser classificada como um toxoide, pois ela é
mitida. Esse avanço biotecnológico pode ser uma um alcaloide da vinca que interfere na formação
ferramenta útil para o manejo de espécies ameaça‑ do fuso mitótico, ou seja, afeta apenas a fase M do
das de extinção, ajudando a aumentar o tamanho ciclo celular.
de suas populações tanto em cativeiro quanto em b) (F) A vincristina não atua bloqueando a síntese de
ambiente natural. DNA, processo que ocorre durante a fase S do ciclo
e) (V) A clonagem reprodutiva humana é proibida, pois fere celular. Portanto, não pode ser classificada como
princípios bioéticos fundamentais, como a dignidade antimetabólico.
do indivíduo, direito à identidade, à segurança, à c) (F) De acordo com o esquema, os produtos naturais
igualdade etc. Assim, se um ser humano for conce‑ empregados como agentes quimioterápicos atuam
bido por meio da técnica de clonagem, além de haver na interfase, período do ciclo celular que com‑
riscos quanto à integridade de sua saúde, também preende a síntese de proteínas e de RNA (G1), a
pode ter sua integridade moral comprometida. duplicação do DNA (S) e a duplicação dos centrío‑
los (G2). A vincristina atua interrompendo a mitose
02 D (M); logo, não pode ser enquadrada nessa catego‑
ria de medicamento.
a) (F) O núcleo contém o material genético da célula
d) (V) A vincristina interrompe a fase M (mitose) do ciclo
eucariótica e é onde ocorre a transcrição do DNA
celular ao se ligar aos microtúbulos, proteínas res‑
em RNA mensageiro. As vacinas de RNAm, porém,
ponsáveis pela organização das fibras do fuso mitó‑
não ativam a transcrição de genes humanos, mas
tico durante a metáfase. Assim, ela pode ser classi‑
sim a tradução de proteínas virais nos ribossomos
ficada como um inibidor mitótico.
da célula hospedeira.
e) (F) Os agentes alquilantes se ligam ao DNA, causando
b) (F) A carioteca, também chamada de envoltório
danos no material genético durante a interfase (G1,
nuclear, corresponde à membrana que separa o
S e G2). Já a vincristina inibe as fibras do fuso mitó‑
núcleo do citoplasma, regulando a troca de molé‑
tico durante a divisão celular, sem afetar o DNA da
culas entre esses dois compartimentos na célula
célula.
eucariótica. A tradução da informação genética
ocorre no citoplasma.
c) (F) Os lisossomos são as organelas responsáveis pela 05 E
digestão intracelular, e não pela tradução do RNA a) (F) A tradução consiste na leitura do RNA mensageiro
mensageiro em proteínas. (RNAm) para a síntese de proteínas. Portanto, não
d) (V) Os ribossomos são as organelas responsáveis pela ocorre a tradução do DNA a partir de uma sequên‑
tradução da informação genética, etapa da síntese cia de RNA.
proteica em que uma fita de RNA mensageiro é lida b) (F) Os ribossomos não estão relacionados ao processo
e traduzida em cadeias polipeptídicas. de recombinação genética entre as bactérias. A
e) (F) A membrana plasmática corresponde à bicamada conjugação é um mecanismo de transferência do
lipoproteica das células em que o RNAm encapsu‑ material genético entre duas bactérias, uma doa‑
lado se funde para entrar no meio intracelular. A tra‑ dora e outra receptora. Ela é mediada pelo plasmí‑
dução da informação genética é um processo pos‑ deo, um fragmento circular de DNA que se replica
terior, que ocorre durante a síntese de proteínas. de modo independente do cromossomo da célula.

145
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c) (F) A transcrição é o processo pelo qual uma molécula d) (F) Com uma lente ocular de 10x e uma lente objetiva
de RNA mensageiro (RNAm) é formada, utilizando de 50x, obtém-se uma ampliação final de 500x.
como molde uma das fitas do DNA. Para que a sín‑ e) (F) Empregando uma lente objetiva de 100x e uma
tese de proteínas se complete, o RNAm formado lente ocular de 10x, a ampliação final é de 1 000x.
precisa ser traduzido em cadeias polipeptídicas,
processo que ocorre no interior dos ribossomos. 08 A
d) (F) A organela que realiza a secreção de substâncias a) (V) O amido é um polissacarídio de reserva energé‑
produzidas no retículo endoplasmático liso é o tica que corresponde de 60% a 80% dos principais
carboidratos (glicídios) presentes nos tubérculos,
complexo golgiense, e não os ribossomos.
como é o caso da batata, tubérculo com função
e) (V) O ribossomo é a organela que realiza a tradução alimentar mencionado no texto. A batata é um
do RNAm em cadeias polipeptídicas, etapa final da relevante alimento utilizado na dieta dos povos da
síntese proteica. Assim, o bloqueio da função dos maioria dos países.
ribossomos é um mecanismo de ação que pode ser b) (F) A celulose é um polissacarídio estrutural presente
utilizado para o desenvolvimento de novos antibióti‑ na parede das células das plantas. Esse tipo de gli‑
cos, pois irá desencadear a morte das células bacte‑ cídio não serve de alimento para seres humanos.
c) (F) A galactose é um carboidrato simples do tipo
rianas, já que estas não conseguirão fabricar as pro‑
monossacarídio, que não pode ser hidrolisado.
teínas necessárias à manutenção do metabolismo. Esse tipo de carboidrato, apesar de ser comum em
alimentos consumidos por humanos, é importante
para a formação dos dissacarídios, mas não é o
06 A
componente majoritário dos tubérculos.
a) (V) A água fornece o meio adequado para as reações d) (F) O glicogênio é um polissacarídio de reserva para
envolvidas nos processos vitais do organismo. Essa animais e outros organismos, como bactérias e fun‑
substância é um poderoso solvente e está relacio‑ gos. Assim, ele é o principal carboidrato com fun‑
nada a praticamente todas as reações do nosso ção de reserva de energia em células animais; nos
corpo, uma vez que essas reações acontecem em vegetais, o amido exerce essa função. Portanto, os
meio aquoso. tubérculos apresentam elevada concentração de
glicídios, majoritariamente, do tipo amido.
b) (F) As enzimas, e não a água, são responsáveis por
e) (F) A quitina é um polissacarídio estrutural presente na
catalisar as reações metabólicas no organismo, ou
parede celular dos fungos e na carapaça de inse‑
seja, aumentam a velocidade em que uma determi‑ tos. Esse tipo de glicídio tem a estrutura química
nada reação ocorre, de modo que o produto dessa semelhante à da celulose e, por isso, não tem valor
reação seja formado em menos tempo. nutricional para os seres humanos.
c) (F) Carboidratos, lipídios e proteínas são macronu‑
trientes presentes nos alimentos e relacionados ao 09 B
fornecimento de energia, utilizada para as funções
a) (F) Há maior chance de o DNA mitocondrial da mulher
vitais do organismo. avaliada ser proveniente da sua mãe, pois é herdado,
d) (F) Certos lipídios fazem parte da composição das na maioria das vezes, pela linhagem materna.
membranas celulares, que são formadas pela asso‑ b) (V) A transmissão de DNA mitocondrial para o novo indi‑
ciação de lipídios e proteínas (lipoproteínas). víduo (zigoto) se dá por meio do progenitor materno
e) (F) Os lipídios é que formam o tecido adiposo e são (mãe) havendo raríssimas exceções de transmissão
responsáveis por proteger os órgãos contra lesões, pelo progenitor masculino, visto que as mitocôndrias
além de manter a temperatura do corpo e ajudar na presentes no gameta masculino (espermatozoide) se
absorção de algumas vitaminas (A, D, E e K). encontram localizadas em seu flagelo, o qual é per‑
dido no momento em que o espermatozoide se liga
às proteínas da zona pelúcida que envolve o ovócito
07 C secundário. Assim, o DNA mitocondrial tem sido uti‑
a) (F) A ampliação final é dada pelo produto entre a lizado para traçar a história evolutiva humana e rotas
ampliação da lente ocular e a da lente objetiva. migratórias. Dessa forma, o filho da mulher avaliada
Nesse caso, como a lente ocular apresenta uma herdou o material genético dela, sendo possível
ampliação de 10x, uma lente ocular de 4x possibili‑ constatar maior chance de homologia.
taria uma ampliação de somente 40x. c) (F) O DNA mitocondrial é transmitido aos descendentes
geralmente pela mãe. Nesse caso, há maior chance
b) (F) Com uma lente ocular de 10x e uma objetiva de 10x,
de a herança ser proveniente da família materna.
se obtém uma ampliação final dada de somente 100x.
d) (F) O DNA mitocondrial é proveniente da linhagem
c) (V) Para obter a ampliação final indicada no texto, materna, sendo baixíssima a probabilidade de ser
devem-se multiplicar os valores das lentes ocular e passado por homens aos seus filhos.
objetiva. O texto informa que o microscópio apre‑ e) (F) A transmissão do DNA mitocondrial de homens
senta uma lente ocular de 10x. Assim, o estudante para seus descendentes praticamente não ocorre,
deve usar uma lente objetiva de 40x, resultando na pois este provém, na maioria das vezes, da linha‑
ampliação final desejada: 400x. gem materna.

146
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

10 E 12 C
a) (F) A respiração celular ocorre na presença de oxigê‑ a) (F) Apesar de atuar na regulação do sistema imunoló‑
nio, mas não libera essa substância. gico, a vitamina A não é absorvida mediante expo‑
sição ao sol, como descrito no texto.
b) (F) Na fermentação alcoólica, as duas moléculas de
b) (F) A vitamina C, apesar de estar relacionada à regu‑
ácido pirúvico produzidas a partir da glicose são lação do sistema imunológico, não é absorvida
convertidas em álcool etílico (também chamado de devido à exposição ao sol, mas sim pela ingestão
etanol), com liberação de duas moléculas de CO2 de alimentos ricos em vitamina C, não tendo rela‑
e a formação de duas moléculas de ATP. Apesar ção direta com a descrição no texto.
de o álcool ser um dos produtos da fermentação c) (V) O estudo indica que a vitamina D atua na regulação
do organismo contra a infecção por coronavírus,
alcoólica, ele não é responsável pelo crescimento
sendo necessária a exposição ao sol para melhor
da massa. absorção dessa vitamina. Além disso, como é um
c) (F) Na fermentação lática, o ácido pirúvico produzido a micronutriente essencial, é importante o consumo
partir da glicose é convertido em ácido lático pela de alimentos ricos em vitamina D, como salmão,
ação bacteriana (lactobacilos). Essa fermentação sardinha, queijo, gema de ovo e bife de fígado.
é muito comum na produção de iogurtes e quei‑ d) (F) A vitamina E atua como antioxidante, retardando o
jos, mas não é o processo responsável pelo cresci‑ envelhecimento e prevenindo doenças degenera‑
tivas, como a doença de Parkinson. Essa vitamina
mento da massa, que é realizado por leveduras, e
não é absorvida mediante exposição ao sol, con‑
não bactérias.
forme descrito no texto.
d) (F) A respiração celular libera gás carbônico, mas, no e) (F) A vitamina K tem ação anti-hemorrágica e pode ser
interior da massa, não há gás oxigênio, necessário encontrada em alimentos como brócolis, alface e
para que a levedura realize esse processo. espinafre. Essa vitamina não é absorvida mediante
e) (V) Na produção de massas, como pães e pizzas, utili‑ exposição ao sol, conforme descrito no texto.
za-se fermento biológico, que se trata de leveduras,
pertencentes ao reino dos fungos. O fungo consome 13 E
o amido (açúcar) presente na massa, convertendo-o a) (F) Os centríolos são estruturas celulares que partici‑
em álcool etílico e gás carbônico, responsável pelo pam do processo de divisão celular, não possuindo
crescimento da massa. Esse processo biológico é relação com a síntese proteica, portanto seu funcio‑
conhecido como fermentação alcoólica. namento não seria prejudicado pela atividade bio‑
lógica apresentada pela proteína descrita no texto.
b) (F) Os lisossomos apresentam a função de digestão
11 D celular, não havendo correlação com o bloqueio da
a) (F) O texto descreve que a enzima atua com maior síntese proteica.
velocidade em pH ácido e degrada proteínas. c) (F) A membrana plasmática delimita e regula a passa‑
Assim, a enzima no frasco não pode ser a catalase, gem de substâncias entre os meios extra e intrace‑
lular, porém não há síntese proteica nessa estrutura.
pois ela atua em pH neutro e degrada peróxido de
d) (F) Os peroxissomos são vesículas que apresentam
hidrogênio. enzimas que decompõem o peróxido de hidrogê‑
b) (F) Os resultados obtidos indicam que a enzima no nio. Nesse caso, a síntese proteica não se relaciona
frasco não pode ser a lipase, pois ela atua em pH diretamente com esta organela.
básico e degrada lipídios. e) (V) O texto esclarece que a substância age na síntese
c) (F) O texto descreve que a enzima atua com maior de proteínas da célula. Assim, nesse caso, a ação
velocidade em pH ácido e degrada proteínas e, dessa biomolécula está diretamente relacionada
assim, não se trata da maltase. Apesar de atuar em aos ribossomos, que são as organelas responsáveis
por esse processo.
pH ácido, a maltase degrada carboidratos.
d) (V) O teste indicou que a enzima atua com maior velo‑
14 B
cidade em meio de pH ácido e degrada proteínas.
A pepsina é uma enzima produzida pelas paredes a) (F) O príon é uma proteína e, consequentemente, não
do estômago, que atua na digestão de alimentos, possui material genético do tipo RNA. Assim, não
catalisando a quebra das ligações peptídicas e é possível a síntese dessas moléculas proteicas por
meio da replicação do RNA.
transformando as moléculas grandes de proteínas
b) (V) Os príons são proteínas e, consequentemente, não
em pequenas cadeias peptídicas. Essa ação catalí‑
têm material genético. Contudo, essas moléculas
tica só ocorre em meio ácido. Portanto, a enzima no proteicas alteradas são produzidas por meio do
frasco é a pepsina. processo normal de síntese proteica, que ocorre
e) (F) O resultado do teste indica que a enzima atua em em duas fases: a transcrição do DNA, que resulta
pH ácido e degrada proteínas. Assim, o conteúdo do na síntese de RNA mensageiro, e a tradução pelos
frasco não pode ser identificado como tripsina, pois ribossomos. Portanto, essas proteínas são produzi‑
ela atua em pH neutro, apesar de degradar proteínas. das de forma alterada devido à mutação do gene.

147
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c) (F) O príon é uma proteína e, portanto, não possui 17 A


material genético que possa sofrer mutação decor‑ a) (V) O texto menciona que as iPS são células pluripoten‑
rente do consumo de carne bovina. tes, ou seja, são capazes de dar origem às células
d) (F) O príon é uma proteína e, por isso, não possui dos tecidos do organismo, sendo essa a caracterís‑
material genético que possa ser transportado de tica de interesse buscada pela pesquisa com células‑
-tronco embrionárias.
um príon normal a um príon alterado. b) (F) As células-tronco são capazes de originar outros
e) (F) O príon é uma proteína e a sua síntese ocorre por tipos celulares de tecidos permanentes. Para isso,
meio da transcrição do DNA em RNA mensageiro, estas expressarão genes específicos de acordo com
seguida de tradução pelos ribossomos. o tecido que irão compor.
c) (F) Durante o processo em que a célula sofre modifica‑
15 A ções para dar origem a outros tecidos (diferenciação
a) (V) De acordo com o texto, quanto menor a célula, celular), ocorrem modificações na expressão dos
genes, podendo ser ativados ou inativados. Porém,
maior a relação superfície/volume e, consequen‑ a informação do genoma tende a ser mantida, não
temente, melhor será sua nutrição. Assim, o pes‑ havendo alteração nas sequências do DNA como
quisador encontrará bactérias com capacidade de parte da fisiologia do processo de diferenciação.
nutrição mais eficiente em linhagens com menor d) (F) As iPS, assim como as células-tronco embrioná‑
rias, ao serem consideradas células pluripotentes,
diâmetro celular médio: a linhagem I, com diâmetro podem se diferenciar em qualquer tecido perma‑
de 0,5 mm. nente do organismo.
b) (F) A linhagem II apresenta um diâmetro celular médio e) (F) As mutações são alterações aleatórias no material
maior que o da linhagem I e, portanto, tem uma nutri‑ genético e, dessa forma, não constituem parte do
processo de transformação das células-tronco em
ção menos eficiente. outros tecidos do organismo.
c) (F) A linhagem III apresenta um diâmetro celular médio
maior do que os das linhagens I e II; desse modo, sua 18 B
nutrição é menos eficiente que a dessas linhagens. a) (F) A timina é uma base nitrogenada e, assim como
d) (F) A linhagem IV apresenta um diâmetro celular médio as outras bases nitrogenadas, não é afetada pelo
maior que os das linhagens I, II e III, sendo assim, campo elétrico produzido no gel.
b) (V) De acordo com o esquema representado, os frag‑
deve apresentar nutrição menos eficiente do que a
mentos se afastam do polo negativo e se deslocam
dessas três linhagens. em direção ao polo positivo. Portanto, o constituinte
e) (F) A linhagem V apresenta o maior diâmetro celular dos fragmentos que possibilita esse movimento
médio. Nesse caso, de acordo com a relação super‑ deve ser um composto de carga negativa, que, no
caso do DNA, trata-se do ânion fosfato (PO43–).
fície/volume, essa é a linhagem que deve apresen‑
c) (F) A guanina é uma base nitrogenada e não possui
tar a nutrição menos eficiente. carga elétrica, portanto não é afetada pelo campo
elétrico no gel.
16 A d) (F) A adenina é uma base nitrogenada, que não é afe‑
tada pelo campo elétrico no gel, pois não possui
a) (V) As DNA ligases catalisam as ligações fosfodiéster, que carga significativa.
são ligações covalentes entre um fosfato e uma pen‑ e) (F) A desoxirribose é a pentose (carboidrato) cons‑
tose de nucleotídios de uma mesma fita de DNA. tituinte do DNA e não apresenta a carga elétrica
b) (F) As bases nitrogenadas de um mesmo segmento necessária para sofrer a influência do campo elé‑
trico no gel.
não interagem entre si, estando, na verdade, liga‑
das às pentoses. 19 B
c) (F) As DNA ligases catalisam as ligações fosfodiéster
a) (F) A analogia do texto se refere às enzimas, que são
entre nucleotídios de uma mesma fita de DNA. Já um tipo de proteína, e não de lipídio.
as bases nitrogenadas de segmentos opostos são b) (V) A analogia descrita no texto se refere ao papel
unidas por ligações de hidrogênio. desempenhado pelas enzimas, que aceleram rea‑
ções químicas que ocorrem no organismo ou em
d) (F) Os fosfatos interagem somente com as pentoses de
processos industriais, funcionando como catalisa‑
nucleotídios de um mesmo segmento, não havendo dores biológicos. As enzimas são moléculas orgâ‑
interação com segmentos opostos. nicas de natureza proteica.
e) (F) As pentoses e as bases nitrogenadas de um mesmo c) (F) A analogia do texto se refere às enzimas, que são
nucleotídio, apesar de interagirem por ligações um tipo de proteína, e não de vitamina.
d) (F) A analogia do texto se refere às enzimas, que são
covalentes, não estabelecem correlação com as um tipo de proteína, e não de carboidrato.
DNA ligases, pois estas se relacionam com as liga‑ e) (F) A analogia do texto se refere às enzimas, que são
ções fosfodiéster entre fosfatos e pentoses. um tipo de proteína, e não de ácido nucleico.

148
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

20 E d) (F) Ao afetar as interações intermoleculares, o calor


afeta a conformação da proteína desde a estru‑
a) (F) A correção de erros nas bases nitrogenadas do
DNA mitocondrial não está relacionada ao desen‑ tura secundária até a quaternária, que é dada pela
volvimento de organismos transgênicos. união de subunidades terciárias.
b) (F) A mitocôndria apresenta genes específicos rela‑ e) (F) As proteínas possuem apenas estrutura primária,
cionados à respiração celular, no entanto nenhum secundária, terciária e quaternária; não há outro nível
desses está ligado à etapa da glicólise, que ocorre de organização.
ainda no citoplasma.
c) (F) Predominantemente, o DNA mitocondrial é her‑
23 C
dado apenas da mãe. Assim, muito raramente
existe fragmento de DNA mitocondrial paterno, a) (F) A isoleucina é codificada pelos códons AUU, AUC
pois as mitocôndrias ficam na porção intermediária e AUA. O códon AUC está presente na cadeia de
do espermatozoide, parte que é eliminada quando RNAm apresentada, mas não é o sexto da sequên‑
este entra no ovócito. cia, e sim o quarto. Quando os códons dessa
d) (F) A edição de DNA mitocondrial não está relacio‑ sequência são identificados corretamente, os
nada à eliminação de íntrons; além disso, essas códons AUU e AUA não estão presentes nela.
partes do DNA não causam danos ao funciona‑ b) (F) Os códons UUA, UUG, CUU, CUC, CUA e CUG cor‑
mento da célula. respondem à leucina. O códon UUG está presente
e) (V) O texto descreve a técnica de edição do DNA
na cadeia de RNAm apresentada, mas é o sétimo
mitocondrial, que consiste na substituição de
da sequência.
bases nitrogenadas. Uma das possibilidades pro‑
c) (V) No código genético, há 3 códons de parada, que
porcionadas pelo uso dessa técnica é o tratamento
sinalizam o fim da tradução: UAG, UAA e UGA.
de doenças causadas por mutações no DNA mito‑
condrial. Portanto, o sexto códon da sequência represen‑
tada corresponde a um códon de parada, ou seja,
nenhum aminoácido é codificado, e a produção da
21 C
proteína é finalizada.
a) (F) Diversas vitaminas atuam estimulando o sistema
d) (F) Os códons UAU e UAC correspondem à tirosina. O
imune, porém a ação da vitamina K no combate
códon UAU está presente na cadeia de RNAm apre‑
aos efeitos descritos está no papel de coagulação
sentada, mas corresponde ao oitavo da sequência.
sanguínea.
e) (F) Para determinar quais são os códons da sequência,
b) (F) A formação do colágeno está relacionada à vita‑
mina C. é preciso agrupar as bases nitrogenadas em trincas.
c) (V) A vitamina K é necessária para a produção dos Quando os códons dessa sequência são identifica‑
fatores de coagulação; nesse caso, a administração dos corretamente, observa-se que os códons GUU,
dessa vitamina combate os quadros de sangramen‑ GUC, GUA e GUG, que correspondem à valina, não
tos internos provocados pelo envenenamento. estão presentes.
d) (F) A vitamina K não tem função de supressão imuno‑
lógica; essa é uma característica de medicamentos 24 B
como os corticoides.
a) (F) O processo descrito é a fermentação alcoólica, na
e) (F) A hematopoiese é o processo de diferenciação e
qual não há liberação de gás oxigênio, que é resul‑
produção de células sanguíneas, sendo as vitaminas
tante de processo de fotossíntese.
fundamentais para esse processo as do complexo B.
b) (V) Os fermentos biológicos são leveduras. No experi‑
mento descrito no texto, esses organismos micros‑
22 A
cópicos consomem o açúcar disponível, realizando
a) (V) O calor afeta as interações intermoleculares entre a fermentação alcoólica − um processo biológico
os radicais dos aminoácidos da proteína, ocorrendo
no qual açúcares como glicose, frutose e sacarose
a perda da forma tridimensional. Assim, a desna‑
são convertidos em energia celular, com produção
turação proteica não altera as ligações peptídicas
de etanol e dióxido de carbono como resíduos
entre os aminoácidos, portanto a estrutura primária
metabólicos.
da proteína não é afetada sensivelmente pelo calor.
b) (F) A estrutura secundária advém das interações inter‑ c) (F) O experimento descreve o emprego de fermento
moleculares entre os aminoácidos da proteína, que biológico em um processo de fermentação alcoó‑
podem ser afetadas por fatores físico-químicos, lica. O ácido láctico é produzido na fermentação
como o calor. láctica e não é um composto volátil nas condições
c) (F) A estrutura terciária corresponde à conformação tri‑ ambientes. O ácido acético é produzido na fermen‑
dimensional das proteínas, que depende das inte‑ tação acética, que é realizada por bactérias que oxi‑
rações intermoleculares, sensíveis ao calor. dam o etanol.

149
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (F) O gás oxigênio não é liberado por organismos hete‑ 02 E


rotróficos, como os presentes no fermento bioló‑
gico, e sim resultante da fotossíntese, realizada por a) (F) A aterosclerose apresenta ligação com o aneurisma
organismos autotróficos. Além disso, as leveduras da aorta, que consiste em uma dilatação anormal
do fermento biológico de massas realizam fermen‑ dessa artéria. A aorta é responsável por levar o
tação alcoólica; desse modo, não podem produzir o sangue para várias partes do corpo. A diminuição
ácido acético, pois este é resultante do processo de do fluxo sanguíneo para o cérebro aconteceria se
fermentação acética, realizada por bactérias. ocorresse um aneurisma cerebral, ou seja, uma dila‑
e) (F) O ácido láctico é produzido na fermentação láctica, tação anormal de uma artéria do cérebro.
que não é realizada por fungos, e sim por bactérias b) (F) O infarto do miocárdio refere‑se a um bloqueio ou
lácticas. a uma diminuição do fluxo sanguíneo para o cora‑
ção, e não para o cérebro.
25 C c) (F) Apesar de a doença de Alzheimer ser uma doença
a) (F) O termo duplicação nesse contexto é referente que afeta o cérebro, ela não é causada pela diminui‑
ao processo de obtenção de uma cópia de uma ção do fluxo sanguíneo para esse órgão, e sim devido
molécula de DNA. Desse modo, não há correlação ao acúmulo anormal das proteínas amiloide e tau.
entre o emprego das vacinas de RNA mensageiro d) (F) A doença arterial coronariana (DAC) tem ligação com
(RNAm) e o processo de duplicação, pois esses a aterosclerose, uma vez que a sua causa comum é o
imunizantes não utilizam DNA. acúmulo de placas em artérias; porém, na DAC são
b) (F) A replicação se refere ao processo de duplicação obstruídas as artérias coronárias, que irrigam o mús‑
do material genético do DNA; por isso, não é o culo do coração. Portanto, trata‑se de um quadro
mecanismo de ação dessas vacinas, que empregam em que há diminuição ou bloqueio do fluxo sanguí‑
somente o RNAm. neo para o coração, e não para o cérebro.
c) (V) No fluxo da informação genética, a tradução ocorre e) (V) Quando há um depósito de placas de gordura em
quando a instrução da molécula de RNAm é empre‑ artérias, como a carótida, pode ocorrer a obstrução
gada na síntese de proteínas, o que corresponde dessas, diminuindo ou interrompendo o fluxo de
ao processo descrito no texto. sangue para o cérebro. Assim, pode acontecer um
d) (F) A transcrição corresponde à síntese de uma molé‑ acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico (con‑
cula de RNAm a partir de um trecho do DNA. Por‑ dição em que o gás oxigênio não consegue ter
tanto, não há relação entre o processo de transcri‑ livre passagem para as células cerebrais), deixando
ção e a vacina descrita no texto, já que esta introduz sequelas ou até causando a morte da pessoa.
o RNAm na célula para a tradução proteica.
e) (F) O termo transdução se refere a processos de recom‑
binação gênica entre bactérias por meio do emprego 03 C
de vírus como carregadores do material genético. a) (F) Os condroblastos e condroclastos são células do
Não há, portanto, relação com as vacinas de RNAm. tecido cartilaginoso, e não do tecido ósseo.
b) (F) Os adipócitos são células do tecido adiposo, e a
medula óssea é um tecido que fica no interior dos
Biologia 2 ossos e é responsável pela produção de células
sanguíneas.
01 C c) (V) Os osteoblastos secretam a matriz óssea, promo‑
vendo a neoformação óssea, enquanto os osteoclas‑
a) (F) Os antibióticos apresentam efeito bactericida, ou
tos provocam o desgaste do tecido ósseo, levando
seja, matam as bactérias. O uso dessas substân‑
à reabsorção óssea. A atuação desses tipos celulares
cias não interfere na produção de anticorpos pelo
possibilita o remodelamento da arcada dentária.
organismo.
d) (F) Os condrócitos são células do tecido cartilaginoso;
b) (F) Os antibióticos não atuam contra os vírus e, por‑
já o colágeno é uma proteína, e não um tipo de
tanto, não diminuem a resposta imune do orga‑
célula.
nismo contra esses microrganismos.
e) (F) Os osteócitos são os osteoblastos maduros, e o
c) (V) O uso indiscriminado de antibióticos favorece a
periósteo é uma membrana fibrosa que envolve
seleção de cepas de bactérias cada vez mais resis‑
os ossos.
tentes a eles, tornando mais difícil combater infec‑
ções bacterianas.
d) (F) A ocorrência de infecções oportunistas está rela‑ 04 C
cionada à supressão do sistema imunitário de um a) (F) A gastrite pode ser decorrente do uso indiscrimi‑
organismo, e não ao uso indevido de antibióticos. nado e abusivo de chás emagrecedores; porém,
e) (F) O uso indiscriminado de antibióticos não reduz a esse problema de saúde não está relacionado ao
resposta imune inata contra patógenos, que é um sistema excretor.
mecanismo de defesa inespecífico do organismo. b) (F) A cirrose hepática consiste na inflamação crônica do
Os antibióticos agem sobre as bactérias patogêni‑ fígado e pode ser decorrente do uso indiscriminado e
cas, auxiliando o sistema imune no combate desses abusivo de chás emagrecedores; porém, esse órgão
microrganismos. pertence ao sistema digestório, e não ao excretor.

150
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c) (V) Os rins são órgãos do sistema excretor que reali‑ 06 E


zam a filtragem do sangue, removendo substâncias
a) (F) Para realizar o experimento esquematizado na
tóxicas, que são eliminadas pela urina. Quando os
figura, Miller construiu um sistema que simulava
rins perdem a capacidade de fazer essa função,
a atmosfera primitiva da Terra, formado por uma
devido a lesões ou à atividade metabólica exces‑ mistura de gases (amônia, metano, hidrogênio e
siva, ocorre o que é chamado de insuficiência vapor-d'água) submetida a descargas elétricas.
renal. O acúmulo de substâncias tóxicas no sangue Como resultado, houve a formação de uma mis‑
decorrente da insuficiência renal pode causar vários tura composta por aminoácidos. Portanto, não se
danos ao organismo, inclusive lesões neurológicas. produziu a mistura de gases, eles eram reagentes
d) (F) As infecções urinárias ocorrem devido à prolifera‑ nesse sistema.
ção excessiva de bactérias patogênicas na uretra; b) (F) Apesar de amônia e água serem compostos inorgâ‑
porém, essa condição não é agravada pelo uso de nicos, a amônia não é um dos produtos formados
chás emagrecedores. Na verdade, o aumento da no sistema representado na imagem, participando
micção desencadeado pela ingestão de substâncias da reação química como um reagente.
diuréticas contribuiria para a eliminação de even‑ c) (F) No experimento, Miller aqueceu água para formar
tuais bactérias patogênicas presentes na uretra. vapor-d'água e, assim, promover as condições da
e) (F) A diabetes é uma doença caracterizada pela eleva‑ atmosfera primitiva da Terra, propostas por Oparin.
ção da glicose no sangue (hiperglicemia), que pode d) (F) O modelo experimental de Miller submeteu uma
ocorrer devido à deficiência de insulina decorrente mistura de gases a descargas elétricas, ou seja, não
produziu esses elementos em seu sistema.
da destruição de células pancreáticas. Esse pro‑
e) (V) Miller obteve como produto em seu experimento
blema de saúde não está relacionado ao sistema
uma mistura de água e aminoácidos – substâncias
excretor nem ao uso indiscriminado e abusivo de
orgânicas – a partir das quatro substâncias iniciais,
chás emagrecedores. preconizadas por Oparin, submetidas a descargas
elétricas em um sistema que simulava as condições
05 A da atmosfera primitiva terrestre.
a) (V) A natureza atua selecionando os indivíduos que
possuem as características mais vantajosas para a 07 B
sobrevivência em determinado ambiente, permi‑ a) (F) Em relação à evolução, as migrações são fatores
tindo que esses seres transmitam seus genes para evolutivos que podem alterar as frequências gêni‑
a próxima geração. No exemplo em questão, os cas, pois possibilitam o fluxo gênico entre popula‑
espécimes de Amphisbaenia que possuíam corpo ções anteriormente isoladas. Porém, o tamanho da
mais alongado e cilíndrico (portanto, com mem‑ população não está relacionado com a ocorrência
bros reduzidos ou ausentes) eram os que sobrevi‑ desse evento.
viam com maior facilidade nos hábitats formados b) (V) A deriva gênica ocorre quando eventos aleató‑
por túneis, de forma que essas características foram rios são responsáveis pela alteração na frequência
transmitidas aos descendentes por pressão seletiva gênica de uma população, quebrando, assim, o
exercida pelo meio. equilíbrio. Desse modo, tende a ocorrer em peque‑
b) (F) A seleção natural é o mecanismo por meio do qual nas populações, pois, com o número de indivíduos
os organismos com as características mais van‑ reduzido, determinados alelos podem ser elimina‑
tajosas conseguem sobreviver em determinado dos ou ter sua frequência aumentada ao acaso, sem
ambiente e se reproduzir, repassando seus genes necessidade de seleção natural. Assim, esse fator
para as gerações futuras. Esse mecanismo é movido evolutivo não ocorre em populações suficiente‑
por pressões seletivas do ambiente, e não partem mente grandes, sendo este, portanto, um requisito
da necessidade de sobrevivência dos seres vivos. necessário ao equilíbrio.
c) (F) A seleção natural é um mecanismo movido por c) (F) A seleção natural pode ser entendida como o
pressões seletivas do ambiente, e não parte da aumento da taxa reprodutiva em função de uma
intenção ou do desejo das espécies de se tornarem mudança de origem genética que traz vantagens para
mais aptas ao ambiente. a sobrevivência. Esse fator evolutivo não depende do
d) (F) A seleção artificial é o mecanismo no qual o ser tamanho da população para se manifestar.
humano é o agente seletivo, o que é diferente da d) (F) A sucessão ecológica é a dinâmica da composi‑
seleção natural e das pressões seletivas exercidas ção de espécies de uma comunidade ao longo do
pelo meio ambiente, que são os fatores que expli‑ tempo, não sendo, portanto, um conceito aplicado
cam as mudanças ocorridas no grupo de répteis à Genética das populações, que estuda o equilíbrio
em questão. de Hardy-Weinberg.
e) (F) As mudanças naturais que ocorrem nos seres vivos e) (F) A convergência evolutiva é uma evidência na qual
ao longo do tempo são fruto de mecanismos organismos de origens distintas apresentam estru‑
como a seleção natural, e nesses processos não há turas análogas adaptadas a uma mesma função,
aperfeiçoamento intencional do código genético não sendo um fator evolutivo relacionado ao tama‑
dos indivíduos. nho populacional.

151
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

08 D c) (F) As mutações podem ocorrer nos insetos e possibi‑


litam o surgimento de novas características neles.
a) (F) O tecido conjuntivo é que tem função de preencher
Porém, o objetivo do emprego do sistema é evitar
os espaços intracelulares do corpo.
b) (F) O suor está relacionado à termorregulação e à eli‑ que mutações relacionadas à resistência aos pesti‑
minação de substâncias do organismo, não desem‑ cidas sejam selecionadas a partir do uso indevido
penhando um papel de proteção. dos agrotóxicos.
c) (F) O tecido epitelial de revestimento é responsável d) (F) Para a Biologia evolutiva, as adaptações ao ambiente
por revestir o corpo e as superfícies dos órgãos. são promovidas por fatores evolutivos, como a sele‑
Assim, pode-se indicar a absorção de substâncias ção natural, e não por algum tipo de indução.
como uma das suas importantes funções. Contudo, e) (F) Os agrotóxicos são produtos utilizados no combate
o suor está relacionado à secreção, e não à absor‑ a pragas nas plantações, diferente dos fertilizantes,
ção de substâncias. que têm a função de fornecer nutrientes essenciais
d) (V) O suor é produzido pelas glândulas sudoríparas, para o crescimento das plantas.
atuando na termorregulação do organismo e na eli‑
minação de substâncias. As glândulas, por sua vez,
são estruturas formadas por tecido epitelial e apre‑ 11 C
sentam como característica principal a propriedade a) (F) Quando a presença de um único alelo epistático é
secretora. suficiente para causar a inibição do fenótipo, ocorre
e) (F) Apesar de a percepção sensorial ou de estímulos a epistasia dominante, que não é o fenômeno
ser uma das funções básicas do tecido epitelial, ela genético abordado no texto.
não está relacionada com a termorregulação do
b) (F) Quando ocorre uma interação gênica em que os
organismo e não foi citada no texto-base.
genes de um certo locus inibem o efeito dos genes
de outro locus, ocorre a interação gênica epistática,
09 B
que não é o fenômeno genético abordado no texto.
a) (F) Diferentes tecidos do corpo apresentam variadas c) (V) Como exposto no texto, a anemia falciforme se trata
taxas de proliferação celular. O texto aponta que de um caso de pleiotropia, que é o fenômeno no
os quimioterápicos atingem células com a divisão qual um único par de alelos condiciona ou influencia
celular aumentada. Contudo, as células diferencia‑
mais de uma característica do indivíduo (fenótipo).
das do tecido adiposo, em geral, não sofrem divi‑
d) (F) Quando vários pares de alelos somam ou acumu‑
sões celulares.
b) (V) Os tecidos epiteliais se caracterizam pela rápida lam seus efeitos, permitindo uma série de fenótipos
proliferação celular, pois estão em constante diferentes entre si, ocorre a poligenia, que não é o
reposição de células expostas a danos externos. fenômeno genético abordado no texto.
Desse modo, esses tecidos são muito suscetíveis e) (F) Quando dois ou mais genes interagem para expres‑
ao desenvolvimento de reações adversas (tóxicas sar uma característica, e um alelo de um gene não
ou por hipersensibilidade) advindas do tratamento inibe a ação de outro alelo de outro gene, ou seja,
com quimioterápicos. não há supressão gênica interalélica, ocorre a inte‑
c) (F) O tecido muscular é altamente diferenciado e, nor‑ ração gênica não epistática, que não é o fenômeno
malmente, não sofre divisões celulares. genético abordado no texto.
d) (F) Os neurônios, que compõem o sistema nervoso,
apresentam células altamente diferenciadas e, nor‑
malmente, não têm capacidade de sofrer divisão 12 D
celular. Assim, as células do sistema nervoso não a) (F) O texto se refere a alterações no sistema nervoso
exibem rápida proliferação celular e, por isso, não do animal, não diretamente relacionadas ao seu sis‑
são afetadas pela ação dos quimioterápicos. tema respiratório.
e) (F) A proliferação celular do tecido ósseo é relativa‑ b) (F) O texto se refere a alterações no sistema nervoso
mente lenta se comparada à de outros tecidos, como do animal, não diretamente relacionadas ao seu sis‑
o epitelial. Portanto, o tecido ósseo não é o tecido
tema imunitário.
com maior probabilidade de ser afetado pelos qui‑
c) (F) O texto se refere a alterações no sistema nervoso
mioterápicos em relação à função de divisão celular.
do animal, não diretamente relacionadas ao seu sis‑
tema digestório.
10 A
d) (V) A coordenação, a movimentação dos olhos e a
a) (V) O uso inadequado de agrotóxicos pode atuar na detecção de odores são processos relacionados à
seleção de pragas resistentes. Desse modo, ao
atuação do sistema nervoso. Alterações nesses pro‑
fornecer as informações necessárias para que os
cessos levam à conclusão de que a seleção artificial
produtores utilizem os defensivos agrícolas correta‑
mente, o sistema atua na prevenção do surgimento pela qual os cães passaram afetou, também, o sis‑
de organismos resistentes aos agrotóxicos. tema nervoso desses animais, moldando-os para as
b) (F) As mutações são alterações aleatórias no DNA, e funções que eles desempenham para o ser humano.
diversos fatores ambientais podem levar células a e) (F) O texto se refere a alterações no sistema nervoso
sofrer mutações. Contudo, esse não é o objetivo do do animal, não diretamente relacionadas ao seu sis‑
emprego da ferramenta que o texto descreve. tema ósseo.

152
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

13 E d) (V) Ao serem produzidos nos testículos, os esperma‑


tozoides são armazenados no epidídimo e, poste‑
a) (F) O bulbo olfativo está relacionado à olfação e fun‑ riormente, são levados à uretra através dos dutos
ciona por mecanismos de quimiorrecepção. deferentes. A cisão desses dutos, promovida pela
b) (F) As papilas gustativas são as estruturas sensoriais da vasectomia, atua exclusivamente impedindo a libe‑
língua relacionadas ao paladar que funcionam por ração dos espermatozoides.
mecanismos de quimiorrecepção. e) (F) A produção de gametas masculinos (espermato‑
c) (F) Cones e bastonetes são células da retina associadas zoides) ocorre no epitélio estratificado germinativo
à visão que funcionam por meio de fotorreceptores. dos testículos, que não são afetados pela vasecto‑
d) (F) As células ciliadas da traqueia têm a função de mia. Na verdade, o que ocorre é uma obstrução do
garantir a movimentação do muco e a retirada das duto deferente, impedindo a sua liberação, porém
impurezas, não sendo encontrados mecanorrecep‑ a produção é mantida.
tores associados a esse tipo celular.
e) (V) Terminações nervosas são encontradas nas estrutu‑ 16 D
ras dos folículos pilosos, estando relacionadas à per‑ a) (F) O tecido liso (não estriado) apresenta contração
cepção de sensações mecânicas aplicadas contra o lenta e involuntária, ao contrário dos músculos
pelo e atuando, portanto, como mecanorreceptores. mencionados no texto, bíceps e tríceps, que têm
contração rápida e voluntária.
14 E b) (F) O tecido cardíaco apresenta contração rápida e
independe do sistema nervoso central para a sua
a) (F) O texto menciona um processo de engenharia contração, enquanto os músculos mencionados no
genética para a síntese de proteínas virais por bac‑ texto, bíceps e tríceps, têm contração voluntária.
térias modificadas geneticamente. Nesse caso, o c) (F) O texto descreve a ação do anabolizante direta‑
valor dessas proteínas está relacionado a processos mente nos músculos bíceps e tríceps, que têm
imunológicos, e não a processos alimentares. contração rápida e voluntária, diferente dos tecidos
b) (F) Em termos gerais, os antibióticos são grupos de musculares liso e cardíaco, que apresentam contra‑
medicamentos que atuam sobre infecções bacte‑ ção independente da vontade do indivíduo.
rianas. Por outro lado, no texto, o objetivo da tec‑ d) (V) O texto descreve a ação direta do anabolizante
nologia é produzir imunogênicos antivirais. nos músculos bíceps e tríceps, que apresentam
c) (F) Apesar de haver a possibilidade de a biotecnolo‑ contração voluntária. Portanto, as fibras mus‑
gia ser empregada na produção de combustíveis, culares são estriadas esqueléticas, com contra‑
ção voluntária e, de acordo com a sua estrutura,
o texto descreve uma síntese transgênica de antí‑
podem ser lentas ou rápidas.
genos virais, nesse caso, relacionada à produção
e) (F) O texto descreve a ação do anabolizante direta‑
de imunizantes contra doenças provocadas por mente nos bíceps e nos tríceps, que são classifica‑
esses seres. dos como tecidos musculares estriados esquelé‑
d) (F) Os hormônios são substâncias químicas que pro‑ ticos. Entretanto, o tecido muscular não estriado,
movem respostas endócrinas nos tecidos-alvo, e já também conhecido como músculo liso, não corres‑
existe a síntese dessas substâncias por organismos ponde ao tipo de tecido muscular pertencente aos
transgênicos. Contudo, o texto descreve a síntese músculos citados no texto.
de antígenos virais.
e) (V) As vacinas atuam induzindo uma resposta imunoló‑ 17 D
gica após terem sido administrados no organismo a) (F) Ao contrário do que dispõe a alternativa, uma das
os antígenos do agente causador da doença. No propriedades do tecido adiposo é o isolamento
processo especificado no texto, a síntese de antíge‑ térmico, auxiliando a manutenção da temperatura
nos virais por meio da tecnologia do DNA recombi‑ corporal.
nante poderia ser utilizada na produção de vacinas. b) (F) O texto descreve a presença de tecido adiposo em
regiões que não são reduzidas com a diminuição
da ingestão calórica, ou seja, não são empregadas
15 D diretamente como reserva energética do organismo;
a) (F) Os componentes do sêmen são produzidos em caso contrário, apresentariam redução para suprir a
diversas glândulas, como a vesícula seminal e a demanda de calorias em situações de baixa ingestão.
próstata, que não são afetadas pela vasectomia. c) (F) Devido à alta especialização, o tecido adiposo tem
Portanto, a produção do sêmen é mantida. uma baixa taxa de proliferação celular, com reduzida
capacidade mitótica.
b) (F) A testosterona é sintetizada pelas células inters‑
d) (V) O tecido adiposo apresenta a propriedade de absor‑
ticiais dos testículos e, então, liberada na circula‑
ção de impactos mecânicos, sendo utilizado em
ção sanguínea, não havendo relação com os dutos várias regiões com esta finalidade, como nas mãos,
deferentes. nos pés e no globo ocular, mencionados no texto.
c) (F) Na ejaculação, ocorre a liberação do sêmen. Após e) (F) As vitaminas hidrossolúveis não são armazenadas
a vasectomia, a uretra continua recebendo secre‑ no organismo. Além disso, as vitaminas que inte‑
ções das glândulas que produzem sêmen, porém ragem com os lipídios do tecido adiposo são as
este não terá espermatozoides. lipossolúveis.

153
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

18 A 21 D
a) (V) Excretas que não foram filtradas no glomérulo e se a) (F) Osteoide é a matriz óssea orgânica ainda não mine‑
encontram na corrente sanguínea são eliminadas no ralizada, formada a partir de osteoblastos.
túbulo contorcido distal. Como a concentração des‑ b) (F) Os osteócitos são responsáveis pela manutenção
sas excretas é maior no túbulo renal do que na circu‑ da matriz óssea. Formam-se a partir dos osteoblas‑
lação sanguínea, trata-se de um transporte ativo. tos e ficam localizados em lacunas no interior da
b) (F) A filtração glomerular é determinada pela pressão matriz óssea, depositada pelos osteoblastos.
hidrostática da cápsula glomerular; desse modo, c) (F) Os osteoclastos são responsáveis pela reabsorção
não exemplifica um transporte ativo. óssea e pela remodelagem do tecido ósseo.
c) (F) O transporte de água pela alça néfrica ocorre por d) (V) Os osteoblastos são responsáveis pela produção da
osmose. matriz óssea. Eles sintetizam colágeno, que compõe
d) (F) O transporte de água no duto coletor ocorre por
a parte orgânica da matriz óssea e confere elastici‑
osmose pela influência do hormônio ADH.
dade ao osso, e armazenam fosfato de cálcio, que
e) (F) Os dutos coletores se conectam aos ureteres; desse
mineraliza a matriz óssea. Em pessoas afetadas pela
modo, a urina flui sem atravessar membranas, ocor‑
rendo, portanto, transporte por fluxo de massa. patologia descrita no texto, a matriz óssea é sinte‑
tizada de forma incorreta, produzindo moléculas
19 B anormais de colágeno do tipo I e, assim, é mais sus‑
cetível aos processos de reparação. Os osteoclastos
a) (F) O peptidoglicano é um componente da parede celu‑
lar bacteriana. O aumento da concentração livre desse removem as fibras anormais de colágeno, reduzindo
composto no meio de cultura indica rompimento da ainda mais a quantidade de osso. Os osteoblastos,
estrutura (lise celular) por ação do bactericida, não por sua vez, têm dificuldade em sintetizar e transferir
tendo relação com o processo de divisão binária. as moléculas para o exterior da célula.
b) (V) As bactérias morrem por lise, afinal a parede celu‑ e) (F) Osteoprogenitoras são células em repouso ou de
lar desses organismos é composta por peptidogli‑ reserva que, quando estimuladas, podem se trans‑
cano, e a presença desta substância livre no meio formar em osteoblastos.
de cultura indica que houve ruptura da parede celu‑
lar por ação de um antibiótico bactericida.
22 B
c) (F) O peptidoglicano não provém do citoplasma das
bactérias que sofrem lise com o antibiótico, mas a) (F) Os soros promovem imunização passiva, uma vez
sim da parede celular desses organismos. que consistem na inoculação de anticorpos pre‑
d) (F) O peptidoglicano é o componente estrutural da viamente produzidos em outro organismo. Assim,
parede celular de bactérias, portanto o aumento da difere da descoberta de Jenner, que se trata de um
concentração desse composto no meio de cultura mecanismo de prevenção imunizante ativo, que
indica lise dessa estrutura por antibiótico bacteri‑ estimula a produção de anticorpos pelo organismo.
cida, sem relação com a síntese proteica. b) (V) Os resultados do experimento de Jenner possibi‑
e) (F) O peptidoglicano é o componente estrutural da litaram a descoberta das vacinas, que são imuni‑
parede celular de bactérias, portanto o aumento zantes ativos capazes de estimular a produção de
da concentração desse composto indica lise dessa anticorpos por meio da inoculação de antígenos
estrutura por antibiótico bactericida, sem relação mortos ou atenuados.
com a divisão binária. c) (F) Antibióticos são medicamentos utilizados no trata‑
mento de infecções bacterianas e não agem como
20 C imunizantes. O primeiro antibiótico foi produzido
graças aos trabalhos de Alexander Fleming.
a) (F) Queijos são alimentos de origem animal, derivados d) (F) Analgésicos são medicamentos utilizados para alí‑
do leite e ricos em gorduras saturadas, por isso é vio da dor. Os resultados do experimento de Jen‑
importante evitar o seu consumo excessivo. Con‑ ner possibilitaram o desenvolvimento de um pro‑
tudo, as leguminosas constituem uma fonte rica em cesso de imunização.
proteína vegetal e não aumentam o risco de doen‑ e) (F) A pesquisa de Jenner demonstrou que há possibili‑
ças cardiovasculares. dade de imunização, prevenindo o desenvolvimento
b) (F) Os pães produzidos com farinha de trigo refinada da varíola. Portanto, não há relação entre seus resul‑
devem ser evitados. Porém, os cereais integrais, tados e o desenvolvimento de antirretrovirais, que
ricos em fibras e nutrientes, são benéficos para o são fármacos utilizados em tratamentos para retroví‑
sistema cardiovascular. rus, como o HIV.
c) (V) A carne bovina e o leite integral são alimentos de
origem animal, ricos em gorduras saturadas, por
isso deve-se evitar consumi-los em excesso. 23 B
d) (F) Os peixes e as sementes oleaginosas possuem áci‑ a) (F) A hipóxia silenciosa não está relacionada à coagu‑
dos graxos insaturados, benéficos para o organismo. lação sanguínea.
e) (F) A gordura de origem animal é saturada, por isso b) (V) A hipóxia silenciosa consiste na queda perigosa do
deve ser evitada. Os óleos vegetais são fonte de nível de oxigênio no sangue, tornando necessária a
ácidos graxos insaturados e não aumentam o risco utilização de métodos de aporte de oxigênio, que
de doenças cardiovasculares. ajudam a recuperar a saturação desse gás no sangue.

154
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c) (F) O aumento do nível de gás carbônico no sangue


está relacionado a uma intoxicação ou a uma falha
Biologia 3
nas trocas gasosas, não sendo um sintoma relatado
01 C
de hipóxia silenciosa.
d) (F) A queda do nível de gás carbônico está relacionada a) (F) Os Pampas, ou campos sulinos, apresentam vege‑
à boa ventilação pulmonar e à eficiência nas trocas tação predominante de gramíneas, diferentemente
gasosas e não indica agravamento do quadro de da descrição do texto, que aborda uma árvore (Zizi-
phus joazeiro).
pacientes.
b) (F) O Pantanal é um bioma caracterizado por planí‑
e) (F) A hipóxia silenciosa leva à redução do nível de gás
cies inundáveis. O texto descreve uma planta com
oxigênio no sangue do paciente, e não ao aumento.
diversas adaptações para clima seco.
c) (V) O texto menciona que a árvore (Ziziphus joazeiro)
24 C apresenta espinhos, folhas coriáceas e raízes pro‑
fundas, algumas das adaptações para clima seco,
a) (F) Ao analisar a descrição do método científico utili‑ o que a caracteriza como uma planta adaptada ao
zado por Harvey, é possível entender que a conclu‑ bioma da Caatinga.
são da pesquisa identifica a pulsação sanguínea, e d) (F) A Amazônia é uma floresta úmida de alta
não as doenças do coração. pluviosidade, o que diverge das carac‑
b) (F) A trombose venosa consiste na formação de trom‑ terísticas da planta descrita no texto
bos nas veias, obstruindo a passagem da corrente (Ziziphus joazeiro), que apresenta adaptações para
sanguínea. Esse processo não tem relação com o clima seco.
método descrito por Harvey, que se refere à pulsa‑ e) (F) A Mata Atlântica corresponde à floresta úmida
ção sanguínea. situada no litoral brasileiro. Desse modo, as adap‑
c) (V) De acordo com o texto, o método científico utili‑ tações para clima seco, descritas no texto, não são
zado por Harvey tinha como objetivo entender típicas desse bioma.
o processo da pulsação sanguínea, que corres‑
ponde às variações de pressão sanguínea na artéria 02 D
durante os batimentos cardíacos. a) (F) A introdução do peixe‑leão pode levar à redução
d) (F) A respiração pulmonar foi estudada por outro cien‑ das populações de espécies nativas de peixes tanto
tista, que identificou que ocorrem trocas gasosas por predação quanto por competição. Dessa forma,
do sangue com os pulmões para garantir o bom a introdução dessa espécie no ambiente possui o
funcionamento do organismo. Assim, não há rela‑ potencial de reduzir os recursos pesqueiros locais.
ção entre a respiração pulmonar e as conclusões de b) (F) Como dito no texto, o peixe‑leão é um predador
Harvey. agressivo que se reproduz rapidamente. Quando
e) (F) A coagulação sanguínea se baseia em mudanças está em um ambiente sem seus predadores natu‑
físicas e químicas do sangue, ocorrendo devido a rais, esse animal tem potencial para aumentar con‑
uma série de reações que acontecem entre pro‑ sideravelmente sua população, podendo competir
com espécies nativas que ocupam o mesmo nicho
teínas chamadas de fatores de coagulação. Esse
ecológico que ele. Dessa forma, pode haver um
processo não corresponde ao método descrito por
aumento, e não diminuição, da competição interes‑
Harvey em sua pesquisa.
pecífica.
c) (F) Competição e predação são exemplos de relações
25 E ecológicas desarmônicas. Ambas tendem a aumen‑
a) (F) As lipases são enzimas que digerem lipídios, e sua tar no ambiente de introdução de uma espécie
atividade não afeta diretamente a regulação dos invasora como o peixe‑leão.
níveis de pH. d) (V) A introdução do peixe‑leão pode levar à redução das
b) (F) A tripsina atua na digestão de proteínas e, do populações de espécies nativas tanto por predação,
no caso dessa espécie invasora passar a se alimen‑
mesmo modo que as outras enzimas citadas, não
tar de forma intensa das espécies de peixes locais,
atua diretamente sobre o pH do quimo.
quanto por competição, no caso de o peixe‑leão pas‑
c) (F) A insulina é o hormônio que atua na regulação da
sar a ocupar o mesmo nicho que as espécies locais,
glicemia do sangue e possui função endócrina, e
competindo pelos mesmos recursos que elas.
não digestiva. e) (F) A introdução de espécies invasoras tem o poten‑
d) (F) A amilase é uma enzima produzida pelo pâncreas cial de levar à redução da diversidade de espécies
e pelas glândulas salivares que atua na digestão do da região, seja por aumento da predação, seja por
amido e do glicogênio. aumento da competição interespecífica com os
e) (V) A secreção produzida pelo pâncreas é rica em íons peixes locais. Como ambos os cenários são possí‑
bicarbonato (HCO3–) e atua como um tampão, ele‑ veis no caso da introdução do peixe‑leão, não deve
vando o pH do quimo para valores neutros ou leve‑ haver uma ampliação da diversidade de espécies
mente alcalinos. da região.

155
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

03 C d) (V) O etileno é um hormônio vegetal que atua estimu‑


lando o amadurecimento dos frutos. Desse modo, a
a) (F) O acúmulo de pesticidas nas cadeias tróficas causa inibição desse hormônio pela ação do 1-MCP retarda‑
danos ao meio ambiente, porém esse acúmulo não ria esse processo, aumentando a validade dos frutos.
é o fator responsável pela fragmentação de hábitat e) (F) A dormência das sementes é estimulada pela ação
descrita no texto. de hormônios como o ácido abscísico, não havendo
b) (F) Embora a emissão de gases do efeito estufa seja atuação do etileno nesse processo.
maior com o aumento do desmatamento, esse
fator não é responsável pelo processo de fragmen‑
tação de hábitat citado no texto. 06 A
c) (V) O fator explorado no texto que contribui com o a) (V) O aumento dos níveis de níquel e arsênio indicam
processo de extinção dos primatas é o desmata‑ risco no consumo de peixes devido à bioacumu‑
mento. A fragmentação de hábitats, causada pelo lação, em que essas espécies químicas metálicas
desmatamento, interfere no modo de vida desses se acumulam no organismo dos peixes, principal‑
animais, que, restritos a uma área de vida menor, mente os que estão localizados no final da cadeia
passam a ter dificuldade em encontrar alimentos e alimentar aquática. Portanto, ao consumir a carne
parceiros sexuais, além de ficarem mais expostos desses peixes, os humanos podem ingerir elevada
ao contato com os seres humanos. quantidade de substâncias nocivas, que podem
d) (F) A poluição por resíduos sólidos gera impactos no causar doenças crônicas ou agudas.
ambiente e nos seres vivos, mas não relacionados à b) (F) A eutrofização consiste no aumento de compostos
fragmentação de hábitat tratada no texto. orgânicos no meio aquático, ocasionando o acúmulo
e) (F) A introdução de espécies exóticas é uma das causas de nutrientes, como nitrogênio e fósforo. Níquel e
de perda de biodiversidade, porém não é respon‑ arsênio são substâncias metálicas e inorgânicas e
sável pela fragmentação de hábitat mencionada não contribuem para o processo de eutrofização.
no texto. c) (F) A bioprospecção consiste no uso de microrganis‑
mos que tenham potencial econômico com o obje‑
04 A tivo de desenvolver um produto comercial. Essa
prática do melhoramento de cultivos não está rela‑
a) (V) A formação das nuvens que compõem os rios voa‑
cionada à contaminação por metais pesados.
dores ocorre devido à evapotranspiração da Flo‑
d) (F) A biomagnificação consiste na transferência de uma
resta Amazônica. Portanto, o desmatamento dessa
substância química ao longo da cadeia alimentar, de
região impacta negativamente esse processo.
um nível trófico inferior para um superior, atingindo
b) (F) A formação dos rios voadores é observada na
elevadas concentrações no último nível trófico. Além
Região Norte do país, e não nos campos sulinos
disso, níquel e arsênio são substâncias inorgânicas.
(Pampas). e) (F) A biorremediação é um processo de utilização de
c) (F) A eutrofização é um desequilíbrio observado nos microrganismos, como fungos, plantas e algas,
ecossistemas aquáticos decorrente do aporte para remediar contaminações no ambiente. Por‑
excessivo de nutrientes; portanto, não tem relação tanto, esse processo não se aplica à contaminação
direta com a redução da quantidade de vapor‑ da água do rio por níquel e arsênio.
-d’água na atmosfera.
d) (F) A redução das emissões de carbono, ou seja, de
07 C
gases do efeito estufa, como o metano e o gás
carbônico, contribui para a manutenção de um a) (F) As condições indicadas no texto fornecem alta
ambiente equilibrado; logo, não é uma causa de capacidade de suporte, mas não são mencionadas
desequilíbrio ambiental. interações relacionadas à competição, que é a dis‑
e) (F) A impermeabilização do solo pode ser uma conse‑ puta por recursos existentes no ambiente.
quência das secas prolongadas, e não a causa da b) (F) Apesar de a alta capacidade de suporte ser indi‑
redução da umidade relativa do ar. cada no texto, não são mencionadas condições
que levam a interações de parasitismo.
c) (V) De acordo com o texto, o aumento da população
05 D
de castores foi favorecido pela abundância de flo‑
a) (F) A abscisão foliar (queda das folhas) ocorre quando restas, que contribui para a alta capacidade de
há redução de auxinas e aumento de etileno nas suporte. A capacidade de suporte de uma região é a
folhas. Portanto, o bloqueio da atuação do etileno população máxima de uma dada espécie que pode
pelo 1-MCP teria o efeito oposto à abscisão foliar. ser sustentada indefinidamente, incluindo mudan‑
b) (F) A germinação do embrião ocorre pela ação de hor‑ ças sazonais e aleatórias, sem qualquer degradação
mônios como as auxinas e giberelinas; a inibição do da base de recursos naturais, que diminuiria esta
etileno não influencia esse processo. população máxima no futuro. Além disso, o texto
c) (F) Os hormônios empregados no crescimento de fru‑ menciona que não há animais na região que exer‑
tos são as giberelinas; o etileno não é empregado çam efeitos de predação prejudiciais ao aumento
com essa finalidade. da taxa de crescimento da população de roedores.

156
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (F) O texto não descreve condições relacionadas ao c) (F) O parasitismo é uma relação desarmônica em que
parasitismo, que é uma interação interespecífica uma das espécies se beneficia do hospedeiro, cau‑
na qual uma espécie obtém recursos de seu hos‑
sando danos a ele. Essa não é a relação que des‑
pedeiro sem matá-lo, na maioria dos casos. A com‑
petição é a luta por recursos que não existem em creve a interação que beneficia tanto as microalgas,
quantidade suficiente para todos no ambiente. que encontram o ambiente perfeito para sua prolife‑
e) (F) O texto não menciona interações relacionadas ao ração, quanto os humanos, que direcionam o meta‑
mutualismo, que é a associação de duas espécies bolismo desses microrganismos para a redução dos
no qual ambas se beneficiam. Além disso, informa
efeitos negativos dos contaminantes emergentes.
que não há na região espécies capazes de promo‑
ver a predação dos roedores. d) (V) A protocooperação consiste em uma relação eco‑
lógica do tipo harmônica interespecífica na qual
08 E ocorre o benefício mútuo sem obrigatoriedade, ou
a) (F) A nomenclatura do tipo trinomial é considerada seja, a ausência de interação não afeta as duas espé‑
correta para descrever a espécie utilizando a regra cies, porém ambas se beneficiam com a interação. A
de o primeiro nome corresponder ao gênero e o
técnica descrita no texto, que utiliza a biorremedia‑
segundo corresponder à espécie à qual o grupo
pertence, mas o terceiro nome tem o objetivo de ção no tratamento de água, baseia-se nessa relação
descrever a subespécie. ecológica, pois a espécie humana direciona o meta‑
b) (F) A nomenclatura do tipo trinomial é utilizada para bolismo das microalgas para remover ou reduzir a
descrever a espécie utilizando a regra de o primeiro
toxicidade dos contaminantes, ao mesmo tempo
nome corresponder ao gênero, o segundo corres‑
ponder à espécie à qual o grupo pertence e o ter‑ que fornece fatores de crescimento para esses orga‑
ceiro nome ter o objetivo de descrever a subespécie. nismos unicelulares.
c) (F) A nomenclatura proposta por Lineu para designar e) (F) A sociedade é uma relação harmônica em que
espécie é formada por dois nomes como forma de indivíduos de uma mesma espécie se organizam
padronizar o nome dessas espécies. O primeiro
de modo cooperativo, não se aplicando ao trata‑
nome corresponde ao gênero, escrito com a pri‑
meira letra em maiúsculo, e o segundo nome, que mento descrito no texto, que envolve uma relação
corresponde à espécie, é escrito com as letras em interespecífica.
minúsculo.
d) (F) A nomenclatura proposta por Lineu para a classifi‑
10 B
cação de espécie é composta por dois nomes, em
que o primeiro corresponde ao gênero e é escrito a) (F) A amonificação é o processo de conversão do gás
com a primeira letra em maiúsculo, e o segundo nitrogênio em amônia, diferente do proposto pelo
corresponde à espécie e é escrito com as letras texto, que indica a ação de microrganismos que
em minúsculo.
degradam os nitratos, liberando gás nitrogênio
e) (V) A nomenclatura proposta por Lineu como forma de
padronizar o nome de espécies é do tipo binomial, na atmosfera.
em que o primeiro nome corresponde ao gênero b) (V) A desnitrificação ocorre pela redução do nitrato (NO3–)
e é escrito com a primeira letra em maiúsculo, e o do solo, produzindo gás nitrogênio (N2). Portanto,
segundo nome corresponde ao epíteto específico,
essa é a etapa do ciclo do nitrogênio que pode pro‑
nome que caracteriza a espécie, sendo escrito com
as letras em minúsculo. mover o controle do teor de nitrogênio no solo.
c) (F) A nitratação ocorre pela oxidação do nitrito (NO2–) a
09 D nitrato (NO3–), que, em excesso, favorece o processo
a) (F) O comensalismo é uma relação do tipo harmô‑ de eutrofização.
nica na qual uma espécie se aproveita dos restos d) (F) A nitrificação disponibiliza nitrato (NO3–) e nitrito
alimentares de outra, sem causar prejuízo a esta.
(NO2–) no solo. Portanto, esse processo aumenta a
Como o tratamento descrito no texto se trata de
uma interação de benefício mútuo, não pode ser concentração de compostos nitrogenados no solo,
classificada como uma relação de comensalismo. contribuindo para a eutrofização do ecossistema.
b) (F) O inquilinismo é uma relação ecológica do tipo e) (F) A nitrosação é a oxidação da amônia (NH3) ou amô‑
harmônica interespecífica em que uma única espé‑ nio (NH+4 ) a nitrito (NO2–). Assim, aumenta a disponi‑
cie se beneficia utilizando a outra como abrigo e
bilidade desses compostos nitrogenados no solo e,
sem causar prejuízo a esta. Esse tipo de relação não
corresponde à interação que ocorre na técnica de portanto, não é a etapa responsável pelo controle
tratamento de água descrita no texto. do processo de eutrofização.

157
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

11 D 13 D
a) (F) Os remédios não devem ser descartados com mate‑ a) (F) Nas plantas vasculares, a fase de esporófito é a
riais recicláveis, pois a coleta seletiva, o armazena‑ dominante, tendo o gametófito a função de produ‑
mento, o transporte, o tratamento e a destinação ção e fusão dos gametas.
desses medicamentos seguem normas específicas, b) (F) A fase esporofítica, dominante nas plantas pteri‑
não atendidas pela coleta regular de recicláveis. dófitas, favorece a adaptação desses indivíduos ao
b) (F) Os medicamentos não devem ser enterrados para meio terrestre devido à maior variabilidade gené‑
que não haja a contaminação do solo e dos orga‑ tica decorrente da diploidia.
nismos que vivem naquele ambiente, além da pos‑ c) (F) A fase de gametófito, dominante nas briófitas, não
sibilidade de contaminação dos lençóis freáticos. favorece a adaptação dos organismos ao meio
c) (F) Muitos medicamentos não são degradados no devido à pouca variabilidade genética resultante
processo de compostagem e podem contaminar o da haploidia.
ambiente onde os produtos da compostagem são d) (V) A fase esporofítica é dominante em pteridófitas,
utilizados como adubo. que são grupos de plantas mais evoluídos do que
d) (V) O descarte de medicamentos é regulamentado por as briófitas, dando mais chances de variabilidade
órgãos como o CONAMA − Conselho Nacional de genética a esses organismos, tornando-os mais
Meio Ambiente, a ANVISA – Agência Nacional de adaptados ao meio terrestre.
Vigilância Sanitária e o SVS/MS − Serviço de Vigilân‑ e) (F) A alternância de gerações entre as plantas está relacio‑
cia em Saúde/Ministério da Saúde e segue regras nada à evolução desses seres e à adaptação ao meio
para prevenir a contaminação do meio ambiente e terrestre. Além disso, apenas as briófitas apresentam
intoxicações de seres vivos. Esse descarte deve ser a fase de gametófito como fase dominante. Todos
feito em pontos de coleta específicos presentes em os outros grupos de plantas apresentam o esporófito
postos de saúde e farmácias, o que é chamado de como fase mais duradoura do ciclo de vida.
logística reversa.
e) (F) Descartar medicamentos em água corrente ou em 14 A
vasos sanitários pode contaminar a água e, con‑ a) (V) Os tecidos meristemáticos listados no texto são o
sequentemente, os organismos aquáticos. Além câmbio vascular e o felogênio. Eles possibilitam o
disso, diversas substâncias podem se acumular no crescimento secundário da planta, que é verificado
meio ambiente. Mesmo quando o esgoto é tra‑ no crescimento lateral do caule, espessando-o.
tado, as estações de tratamento não conseguem b) (F) A produção de matéria orgânica ocorre nos tecidos
remover completamente os resíduos, e isso pode que realizam fotossíntese, ou seja, nos parênqui‑
ser prejudicial aos seres vivos. mas clorofilianos.
c) (F) As auxinas apresentam transporte polarizado, ou
12 D seja, são produzidas no ápice caulinar, de onde são
a) (F) O texto descreve uma relação harmônica em que distribuídas, sendo que os tecidos meristemáticos
bactérias e células eucarióticas são beneficiadas listados no texto se encontram nas regiões lenho‑
pela interação. Contudo, o comensalismo é uma sas do caule.
relação harmônica interespecífica, geralmente d) (F) O alongamento longitudinal da planta é decor‑
relacionada à alimentação, na qual apenas um dos rente de seu crescimento primário. Entretanto, o
envolvidos é favorecido. texto descreve meristemas relacionados ao cresci‑
b) (F) O esclavagismo é uma relação desarmônica em mento secundário.
que um organismo se beneficia do trabalho de e) (F) Os tecidos de reserva são do tipo parênquimas.
outro. Ao contrário, o texto descreve que a relação No entanto, o câmbio produz tecidos condutores,
entre bactérias e células era harmônica. e o felogênio produz o revestimento secundário
c) (F) O inquilinismo é um tipo de relação ecológica har‑ do vegetal.
mônica entre organismos de diferentes espécies,
na qual apenas uma delas é beneficiada, obtendo 15 A
vantagens em relação à outra espécie associada, a) (V) Segundo o Princípio de Gause, ou Princípio da
como abrigo e defesa, sem lhe causar prejuízo. Exclusão Competitiva, duas espécies de uma
Entretanto, o texto descreve uma relação em que mesma comunidade biológica que exploram nichos
há benefício mútuo entre bactérias e células. ecológicos parecidos não podem coexistir devido
d) (V) No mutualismo, ocorre uma relação ecológica har‑ à pressão evolutiva exercida pela competição por
mônica interespecífica em que as espécies envol‑ recursos menos disponíveis no meio. Depois de um
vidas são beneficiadas pela interação de forma determinado período, a tendência é que uma delas
necessária à sobrevivência. Como o texto descreve desapareça, migre para outro território ou modifi‑
uma relação de mutualismo entre as bactérias e as que seu nicho ecológico.
células, esta é a alternativa correta. b) (F) A espécie invasora não será, obrigatoriamente, a
e) (F) O parasitismo é uma relação interespecífica desar‑ que desaparecerá de um determinado ambiente
mônica em que um organismo obtém recursos na exclusão competitiva.
provenientes de um hospedeiro, prejudicando-o. c) (F) A espécie residente não será, obrigatoriamente, a
Porém, o texto descreve uma relação ecológica em que desaparecerá de um determinado ambiente na
que bactérias e células são beneficiadas. exclusão competitiva.

158
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (F) Segundo o Princípio de Gause, a disputa por recur‑ 18 C


sos não possibilita que duas espécies ocupem o
mesmo nicho ecológico em um determinado ecos‑ a) (F) Apesar de ser considerado a savana brasileira, o
sistema sem haver prejuízo para elas. Cerrado tem vegetação bem plana e abundante,
e) (F) A disputa por recursos afeta, inicialmente, as duas temperaturas elevadas (21 ºC a 27 ºC) e estações
populações, mas a tendência é que, depois de um de chuva (1 200 a 1 800 mm/ano) e de seca intensa.
tempo, uma prevaleça sobre a outra. Além disso, é caracterizado por solos profundos,
bastante ácidos e pobres em minerais.
b) (F) O Pantanal é um bioma caracterizado pela alter‑
16 A
nância de períodos de muita chuva e períodos de
a) (V) A eutrofização ocorre devido ao excesso de seca, chegando a ocorrer inundações de algumas
nutrientes despejado na água, causando floração regiões. Além disso, o solo é principalmente argi‑
descontrolada de algas e aumento da demanda loso e arenoso.
bioquímica do oxigênio resultante da decomposi‑ c) (V) A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e
ção da matéria orgânica proveniente da morte de ocorre em regiões de solo raso e pedregoso e clima
organismos. Os principais nutrientes relacionados semiárido, com temperaturas elevadas (média de
a esse processo são espécies químicas à base de 27 °C) e chuvas escassas (500 a 700 mm/ano). A vege‑
nitrogênio (nitratos, por exemplo) provenientes do tação é adaptada ao restrito e irregular fornecimento
esgoto doméstico e dos fertilizantes agrícolas. sazonal de água, uma limitação para seu contínuo
b) (F) A lixiviação se relaciona com a redução de nutrien‑ desenvolvimento. Vários são os mecanismos adota‑
tes pela lavagem do solo descampado. Contudo, o dos pelos vegetais para resistir aos meses de seca,
texto aborda um outro problema: a entrada exces‑ sendo alguns desses a caducifolia e o mecanismo de
siva de nitrogênio nos ecossistemas. fechamento estomático.
c) (F) O texto não menciona o emprego de pesticidas.
d) (F) O bioma Floresta de Cocais, ou Mata de Cocais, é
Na verdade, os insumos agrícolas que são mencio‑
considerado uma zona de transição entre as flores‑
nados indiretamente no texto são os fertilizantes
tas úmidas encontradas na Bacia Amazônica e as
nitrogenados.
terras semiáridas que ocorrem na Região Nordeste.
d) (F) A acidificação dos oceanos é provocada pelo aumento
O clima dessa zona apresenta temperaturas eleva‑
do teor de gás carbônico, que interage com a água e
das, com média de 26 °C, pluviosidade entre 1 500
forma ácido carbônico. Portanto, esse fenômeno não
e 2 200 mm/ano e lençol freático pouco profundo, o
está diretamente vinculado ao ciclo do nitrogênio.
que deixa o solo úmido ao longo de todo o ano.
e) (F) A erosão do solo pode ocorrer em função do des‑
e) (F) A Floresta de Araucárias é um bioma de clima subtro‑
matamento, porém o texto aborda especificamente
pical, com pluviosidade em torno de 1 400 mm/ano
o desequilíbrio do nitrogênio, não sendo, portanto,
e estações do ano bem definidas, com temperatu‑
uma causa de erosão.
ras que vão de moderadas a baixas no inverno e
que são relativamente quentes no verão.
17 C
a) (F) O esclerênquima é um tecido composto por células 19 B
com paredes secundárias espessas e lignificadas.
Portanto, esse tecido não está relacionado à ausên‑ a) (F) A Cuscuta racemosa não realiza fotossíntese, por‑
cia de ramificações. tanto necessita da sucção de seiva elaborada com
b) (F) O floema constitui o tecido de condução de maté‑ nutrientes orgânicos para sua sobrevivência. A
ria orgânica. Contudo, os caules do tipo estipe não seiva bruta é composta apenas por água e nutrien‑
possuem ramificações devido à ausência de gemas tes inorgânicos, insuficientes para a sobrevivência
laterais fora do tufo superior central. de espécie não fotossintetizante.
c) (V) As ramificações que emergem dos nós nos cau‑ b) (V) A Cuscuta racemosa é uma espécie holoparasita
les são originadas a partir de estruturas chamadas que, por não ter clorofila, não realiza fotossíntese.
gemas, que possuem os tecidos meristemáticos, Assim, o cipó-chumbo depende da sucção de seiva
células do crescimento vegetal capazes de se dife‑ elaborada de outras espécies. Para isso, estruturas
renciar em tecidos permanentes. Portanto, a ausên‑ muito finas desse tipo de cipó penetram no caule
cia de gemas laterais no caule estipe determina a da planta parasitada, atingindo os tecidos conduto‑
ausência de ramificações. res (floemas) e absorvendo os nutrientes orgânicos
d) (F) Os parênquimas são tecidos do sistema funda‑ solúveis provenientes do processo fotossintético do
mental do vegetal que apresentam diversas fun‑ vegetal parasitado. Portanto, na relação ecológica
ções, como preenchimento, assimilação e reserva, entre as duas espécies vegetais, o cipó-chumbo se
estando presentes ao longo do caule estipe. Desse instala e causa prejuízo a seu hospedeiro (hibisco),
modo, esses tecidos não estão relacionados com a fundamental para a sobrevivência do parasita.
ausência de ramificações. c) (F) A Cuscuta racemosa não oferece proteção à outra
e) (F) O xilema constitui o tecido de condução de água e espécie, trazendo apenas prejuízos, portanto não
sais minerais no organismo vegetal e está presente se trata de mutualismo facultativo, no qual os par‑
no caule estipe. Portanto, esse tecido não está rela‑ ticipantes da interação podem viver de maneira
cionado à ausência de ramificações. independente.

159
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (F) A Cuscuta racemosa não realiza fotossíntese e, d) (V) O controle biológico é o uso de predadores ou
por isso, sua sobrevivência depende da sucção da parasitas naturais para controlar pragas, possuindo
seiva elaborada do hibisco, composta de nutrientes a vantagem de reduzir o uso de agrotóxicos nas
orgânicos. Além disso, ela não oferece proteção à plantações de forma sustentável. Portanto, as eta‑
outra espécie. Pelo contrário, a espécie hospedeira
pas descritas no texto se referem à técnica de con‑
sofre apenas prejuízos. Portanto, a relação descrita
no texto não se trata de mutualismo facultativo, em trole biológico.
que ambos os indivíduos se beneficiariam. e) (F) O melhoramento genético é a seleção de organis‑
e) (F) Por não ter pigmento fotossintético (clorofila), a mos domésticos com arranjos de características
Cuscuta racemosa depende da sucção de seiva genéticas específicas a partir de cruzamentos pla‑
elaborada de outras espécies. A extração dos nejados com uma finalidade. Essa técnica se dis‑
nutrientes orgânicos dos vasos condutores envolve tancia da descrita no texto, que emprega espécies
prejuízo para o hibisco. Portanto, a relação descrita
existentes na natureza para controlar pragas.
no texto não se trata de mutualismo obrigatório, na
qual a relação entre os indivíduos envolve benefí‑
cios para ambos e é obrigatória para a sobrevivên‑ 22 E
cia de pelo menos um dos envolvidos. a) (F) O aquecimento da água somente não é capaz de
causar a floração de algas, pois é necessário tam‑
20 E bém haver acúmulo excessivo de nutrientes na água.
a) (F) Ao longo de uma sucessão ecológica, ocorre a b) (F) A poluição térmica não desencadeia o processo de
redução da produtividade primária líquida. Dessa eutrofização, e sim o aporte excessivo de nutrientes.
forma, na faixa inicial de 3 anos (comunidade pio‑ c) (F) Com o aumento da temperatura, ocorre a diminui‑
neira), a produtividade primária líquida será a maior.
ção da concentração de gases dissolvidos na água.
b) (F) Aos 20 anos, a sucessão se encontra em um está‑
gio intermediário. Desse modo, sua produtividade Além disso, a mortandade de peixes é favorecida
primária líquida será maior que nos estágios finais pela baixa concentração de gás oxigênio na água.
da sucessão. d) (F) Com o aumento da temperatura, há o aumento da
c) (F) Em 30 anos, a sucessão estará em um estágio inter‑ taxa metabólica dos organismos, acarretando maio‑
mediário, sendo que a menor produtividade primá‑ res gasto energético e consumo de oxigênio e, con‑
ria líquida ocorre na comunidade clímax. sequentemente, maior sensibilidade aos efeitos dos
d) (F) A faixa de 50 anos constitui um estágio intermediá‑ poluentes.
rio. Nesse caso, a produtividade primária líquida
e) (V) A elevação da temperatura da água causa maior
deverá ser maior que a do próximo estágio, quando
a comunidade atinge o clímax. desprendimento do gás oxigênio do ecossistema
e) (V) A produtividade primária líquida (PPL) é dada pela aquático para a atmosfera, promovendo, então, a
diferença entre a fotossíntese e a respiração da redução da pressão parcial do oxigênio e a morte de
comunidade, sendo que, ao longo de uma suces‑ organismos aeróbicos, como os peixes.
são ecológica, ocorre uma redução dos valores da
PPL. Nesse caso, na faixa de 80 anos, quando a
23 A
imagem representa uma comunidade clímax, com
aumento da altura total das árvores, da biomassa a) (V) Devido ao desmatamento, a ciclagem de nitrogê‑
vegetal e da diversidade de espécies na floresta, nio e fósforo por meio da decomposição de matéria
ocorre a menor PPL. orgânica é prejudicada e, assim, é difícil que novas
plantas consigam surgir e amenizar o processo de
21 D desertificação.
a) (F) Na clonagem, organismos geneticamente idên‑ b) (F) O nitrogênio e o fósforo não são produzidos na
ticos são obtidos a partir do material genético de fotossíntese.
células somáticas, não havendo correlação com o c) (F) O nitrogênio e o fósforo não são degradados pelas
texto, que descreve o uso de inimigos naturais no altas temperaturas do clima da Caatinga, mas dimi‑
controle de pragas. nuem pela falta de matéria orgânica causada pelo
b) (F) A transgenia é um processo de produção de orga‑ desmatamento.
nismos geneticamente modificados que consiste
d) (F) O desmatamento causa a redução, e não a forma‑
na inserção de genes de interesse em uma espécie.
ção, de nitrogênio e fósforo.
Essa técnica se distancia do texto, que menciona o
emprego de espécies naturais com potencial para e) (F) Esses nutrientes são obtidos pelos animais, na
controle de pragas. maioria dos casos, a partir da predação e herbi‑
c) (F) A hibridização é o cruzamento de espécies distin‑ voria, e não retirados diretamente do solo. Assim,
tas, diferindo do processo mencionado no texto, esse fator não é o mais relevante para justificar o
que utiliza espécies naturais existentes para o con‑ baixo teor desses nutrientes no solo dos núcleos de
trole de pragas. desertificação.

160
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

24 D b) (F) Embora a dengue seja transmitida por mosquitos


e as medidas de prevenção incluam ações de com‑
a) (F) A taxa de crescimento de uma população é cal‑
bate ao inseto, os seus vetores são mosquitos do
culada pela relação TC = (TN + TI) – (TM + TE).
gênero Aedes.
Assim, a população I apresenta taxa de crescimento
TC = (22 +10) – (30 +12) = –10, valor inferior a 1, c) (F) A hanseníase é também uma doença negligen‑
indicando redução da população. ciada, porém não é transmitida por mosquitos,
b) (F) A população II apresenta taxa de crescimento como a malária. Trata-se de uma doença transmi‑
TC = (52 + 22) – (43 + 20) = 11, valor superior a 1, tida por meio do contato com secreções das vias
indicando crescimento da população. respiratórias de uma pessoa contaminada pela bac‑
c) (F) A taxa de crescimento de uma população é calcu‑ téria Mycobacterium leprae.
lada pela relação TC = (TN + TI) – (TM + TE). Assim, d) (F) A leishmaniose é uma doença negligenciada trans‑
a população III apresenta taxa de crescimento mitida pelo mosquito-palha (família Psychodidae), e
TC = (6 + 16) – (17 + 13) = –14. O valor encontrado é não por mosquitos do gênero Anopheles. Embora
inferior a 1, indicando redução da população. medidas preventivas para o controle de mosquitos
d) (V) A população IV apresenta taxa de crescimento sejam válidas para a prevenção da leishmaniose,
TC = (23 + 15) – (19 + 19) = 0. Esse resultado indica que outras ações que ajudam a prevenir a doença é evitar
a população possui tamanho constante, pois a quan‑ o acúmulo de lixo, que serve de criadouros do mos‑
tidade de nascimentos e de entrada de indivíduos quito-palha, e vacinar os cães contra a enfermidade,
por imigração é contrabalanceada pela taxa de mor‑ já que esses animais podem atuar como reservató‑
talidade e pela saída de indivíduos por emigração.
rios naturais do protozoário.
e) (F) A taxa de crescimento da população V é calculada
e) (F) A tripanossomíase ou doença de Chagas, apesar
por: TC = (18 + 12) – (7 + 13) = 10, valor superior a
de também ser uma doença negligenciada, é trans‑
1, indicando crescimento da população.
mitida pelas fezes do inseto barbeiro, e não pela
25 B picada de mosquitos. As medidas de prevenção
contra a doença de Chagas incluem tanto o com‑
a) (F) A adaptação das folhas mencionada no texto é a
bate ao vetor quanto cuidados com a conservação
modificação destas em espinhos, não havendo
de moradias, já que que o barbeiro pode se instalar
reserva de amido nessa estrutura, pois se trata de
uma redução do limbo para evitar a perda de água. nas paredes de casas de pau a pique, sapê etc.
b) (V) As folhas das plantas promovem sua transpira‑
ção. Portanto, as folhas modificadas em espinhos, 02 A
encontradas nos cactos, são adaptações para a a) (V) Antenas são estruturas que, assim como os olhos,
escassez de água, pois, com a redução da área da possuem função sensorial, auxiliando na percepção
folha, há uma menor taxa de transpiração. do ambiente. Dessa forma, a presença de antenas
c) (F) A modificação em espinhos está relacionada com longas pode compensar a falta de visão de insetos
a redução da perda de água na folha. Além disso,
que vivem em ambientes sem iluminação.
ao reduzir a quantidade de estômatos, limitam-se
b) (F) Asas membranosas estão presentes em alguns gru‑
também as trocas gasosas.
pos de insetos e dão a esses organismos a capaci‑
d) (F) A fotossíntese nos cactos é realizada principal‑
mente pelo caule do tipo cladódio, sendo que a dade de voar. Essas estruturas não possuem função
redução da área da folha que ocorre pela modifica‑ sensorial.
ção desta em espinho reduz a absorção de luz por c) (F) Quelíceras são apêndices que auxiliam, por exemplo,
esta estrutura. na captura de presas. Essas estruturas não possuem
e) (F) O nitrogênio atmosférico não é assimilado pelos função sensorial e são encontradas em aracnídeos,
vegetais: a fixação do nitrogênio pelas plantas e não em insetos.
ocorre a partir da absorção de nitrato do solo. d) (F) O exoesqueleto dos insetos confere rigidez ao
corpo e auxilia no controle hídrico, mas não possui
Biologia 4 função sensorial.
e) (F) Forcípulas são apêndices modificados que possuem
01 A uma glândula produtora de veneno utilizadas para
captura de presas ou defesa contra predadores.
a) (V) A malária é causada pelo protozoário do gênero
Essas estruturas não possuem função sensorial e são
Plasmodium, que é transmitido ao ser humano
encontradas em quilópodes, e não em insetos.
por meio da picada de fêmeas do mosquito Ano-
pheles. O uso de telas mosquiteiras e repelentes
são importantes medidas de prevenção nas áreas 03 C
de incidência da doença. Recentemente, a vacina a) (F) Possivelmente, o aluno calculou a quantidade de
MosquirixTM foi recomendada pela OMS para apli‑ frutos doces sem sementes (50), desconsiderando
cação em crianças na África Subsaariana e em os frutos amargos sem sementes (150).
outras regiões com alta incidência do Plasmodium b) (F) Possivelmente, o aluno calculou a quantidade de
falciparum, espécie que causa a forma mais agres‑ frutos amargos sem sementes (150), desconside‑
siva de malária. rando os frutos doces sem sementes (50).

161
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c) (V) De acordo com a Segunda Lei de Mendel, a segunda 05 C


geração, obtida a partir do cruzamento entre indiví‑
a) (F) A sífilis congênita ocorre pela transmissão da bacté‑
duos duplo-heterozigotos (AaBb), segue a propor‑ ria Treponema pallidum da mãe para o bebê e, por
ção fenotípica 9:3:3:1. Logo, entre 800 indivíduos, a isso, não tem correlação com a infecção pelo HPV.
seguinte proporção de fenótipos será obtida: 450 b) (F) A forma de hepatite viral crônica mais comum é a
plantas que originam frutos amargos com sementes hepatite B, causada pelo vírus HBV. Assim, a vaci‑
(A_B_); 150 plantas que originam frutos doces com nação contra o HPV não apresenta correlação com
sementes (aaA_); 150 plantas que originam frutos essa doença.
c) (V) A infecção pelo HPV (papilomavírus humano) geral‑
amargos sem sementes (A_bb); e 50 plantas que ori‑
mente está associada ao surgimento de verrugas
ginam frutos doces sem sementes (aabb). Assim, o genitais (condiloma acuminado) e ao maior risco de
total de plantas sem sementes será 150 + 50, totali‑ desenvolvimento de câncer do colo uterino, o que
zando 200 plantas com frutos sem sementes. justifica a campanha de vacinação como forma de
d) (F) Possivelmente, o aluno calculou a quantidade de prevenção desse tipo de câncer nas mulheres.
plantas que originam frutos amargos com semen‑ d) (F) O linfogranuloma venéreo é uma IST (infecção
tes (450). sexualmente transmissível) transmitida pela bacté‑
ria Chlamydia trachomatis, não havendo, portanto,
e) (F) Possivelmente, o aluno calculou a quantidade de
correlação com a vacinação contra o HPV.
plantas que geram frutos com sementes (450 + 150 e) (F) A imunodeficiência adquirida é a principal caracte‑
= 600) em vez de plantas que geram frutos sem rística da aids, que é causada pelo vírus HIV. Dessa
sementes. forma, não é prevenida pela vacinação contra o HPV.

04 E 06 B
a) (F) Embora a zika seja uma doença transmitida pela a) (F) As plantas geneticamente modificadas são pro‑
picada do mosquito Aedes aegypti e manifeste duzidas pela tecnologia do DNA recombinante,
alguns dos sintomas apresentados no texto, como desenvolvida no final do século XX. Ou seja, esta
não foi uma contribuição direta dos trabalhos de
febre e dor de cabeça, ainda não se tem aprovada
Mendel, que descreveram padrões hereditários.
uma vacina que possa combater a doença. b) (V) Os trabalhos de Mendel permitiram entender,
b) (F) Apesar de a malária ser transmitida pela picada da mesmo sem conhecimentos sobre o DNA e os cro‑
fêmea de mosquitos do gênero Anopheles e apre‑ mossomos, como funcionava o padrão básico para
sentar sintomatologia semelhante à descrita, trata‑ a transmissão de características ao longo das gera‑
-se de uma protozoose causada pelo parasita do ções, sendo base da fundação da Genética a partir
gênero Plasmodium. do campo da hereditariedade.
c) (F) Apesar de Mendel ter trabalhado com fecundação
c) (F) A dengue, juntamente com a zika, a chikungunya e
de ervilhas de forma bastante meticulosa como
a febre amarela, constitui o grupo de viroses trans‑ parte da metodologia, o processo de autofecunda‑
mitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti. ção não era o foco de seu trabalho. Sua principal
No entanto, dentre essas quatro viroses, só há vacina contribuição foi identificar o padrão de herança
aprovada contra a febre amarela. Portanto, a estraté‑ entre os indivíduos.
gia de preservação da saúde pela vacinação ainda d) (F) O modelo da estrutura do DNA só foi proposto
não é possível para a dengue. posteriormente, na década de 50, pelo trabalho de
Rosalind Franklin e de Watson e Crick.
d) (F) A febre tifoide é uma doença causada pela bactéria
e) (F) A descoberta do DNA como material genético se
Salmonella enterica, que é transmitida pela inges‑ deu apenas na década de 40, após os trabalhos de
tão de alimentos ou água contaminados. Griffith, Avery, MacLeod e McCarty, corroborados
e) (V) A febre amarela é uma doença que é transmitida pela pela pesquisa de Hershey e Chase.
picada de mosquitos. No ciclo urbano, a doença pode
ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e 07 B
Aedes albopictus, enquanto, no ciclo silvestre, os a) (F) Os tipos sanguíneos do sistema ABO são definidos
vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e apenas por um único gene.
Sabethes. Nessa situação, os macacos se tornam b) (V) A herança do sistema ABO é dada por um único
amplificadores da doença, que se agrava pelo des‑ gene, que, conforme descrito no texto, apresenta
três alelos distintos na população: IA, IB e i. Portanto,
matamento do seu hábitat. Assim, é importantís‑
trata-se de um caso de alelos múltiplos, ou poliale‑
simo ações para combater a destruição de florestas.
lia.
Além disso, a febre amarela pode ser controlada c) (F) O sistema ABO é definido por um único gene, com
por meio da vacinação de pessoas e macacos em apenas um locus cromossômico, não constituindo,
áreas de risco. assim, uma situação de ligação gênica.

162
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (F) As heranças ligadas ao sexo afetam homens e 2


q = 0,09
mulheres em proporções distintas, pois possuem
locus no cromossomo X. Por outro lado, os tipos q = 0,3
sanguíneos do sistema ABO ocorrem nas mesmas Para calcular a frequência do alelo dominante, usa‑
proporções, independentemente do sexo, e são -se a relação p + q = 1.
definidos por um gene de locus em um par autos‑ p + 0,3 = 1
sômico. p = 1 – 0,3
e) (F) As heranças do DNA mitocondrial são aquelas trans‑ p = 0,7
mitidas somente pela linhagem materna, diferentes Para obter a frequência de indivíduos normais por‑
do padrão descrito no texto para o sistema ABO. tadores do alelo, ou seja, aqueles que são hetero‑
zigotos, aplica-se o termo 2pq, conforme demons‑
08 E trado a seguir.
2 ⋅ 0,7 ⋅ 0,3 = 0,42
a) (F) O objetivo do soro, aplicado após o parto, é destruir
Portanto, o percentual de indivíduos normais dessa
as hemácias do bebê que passaram para a circula‑
ção materna, evitando a sensibilização do sistema população que são portadores do alelo relacio‑
imunológico da mãe, o qual estimulará a produção nado à miopia condicionada é de 42%.
de anticorpos para a próxima gestação. Esse soro e) (F) Ao se aplicar o teorema de Hardy-Weinberg, é pos‑
deve, portanto, conter anticorpos que neutralizem sível calcular também a porcentagem de 49%, que
as hemácias que contêm o antígeno Rh. corresponde à frequência de indivíduos homozigo‑
b) (F) O soro que previne a eritroblastose fetal ao eliminar tos dominantes. Porém, esse valor não se refere ao
as células do bebê circulantes na corrente sanguínea percentual de heterozigotos dessa população.
da mãe deve conter anticorpos, e não antígenos.
c) (F) Na situação descrita no texto, para prevenir a eritro‑ 10 A
blastose fetal, é necessário aplicar na mãe anticor‑ a) (V) As aves aquáticas possuem glândulas que secretam
pos que neutralizem as hemácias que passaram do uma substância oleosa (cera ou cerídeos), que atua
bebê para a circulação materna, e não antígenos. na impermeabilização de suas penas, formando a
d) (F) Na prevenção da eritroblastose fetal, são emprega‑ camada protetora citada no texto. Como os cerídeos
dos anticorpos que destroem as hemácias do bebê são compostos de natureza lipídica e, portanto, são
(Rh+) que passaram para a circulação sanguínea da lipossolúveis, podem ser removidos pelo contato
mãe. Um soro contendo anticorpos anti-B afetaria com o óleo do vazamento.
as hemácias da mãe, e não as hemácias Rh+, não b) (F) Os glicídios (ou carboidratos) são compostos, geral‑
atuando, assim, na prevenção da eritroblastose fetal mente, solúveis em água e, portanto, não poderiam
em uma segunda gravidez. ser componentes da camada protetora impermeabi‑
e) (V) Para evitar a eritroblastose fetal em uma segunda lizante.
gravidez, é necessário que, logo após o parto do c) (F) As lipoproteínas são complexas estruturas de lipídios
primeiro filho, seja injetado um soro com anticor‑ associados a proteínas que atuam principalmente
pos anti-Rh. Assim, esses anticorpos neutralizam as no transporte de lipídios no sangue; portanto, não
possíveis hemácias do primeiro bebê que passaram atuam na formação da película impermeabilizante
para o sangue materno, evitando que ocorra a sensi‑ encontrada na superfície das aves.
bilização do sistema imunológico da mãe. d) (F) Os nucleotídios são os constituintes básicos dos áci‑
dos nucleicos (DNA e RNA) e não possuem proprie‑
09 D dade impermeabilizante.
a) (F) Para calcular o percentual corretamente, é neces‑ e) (F) Os polipeptídios são polímeros compostos por ami‑
sário aplicar o teorema de Hardy-Weinberg. Dessa noácidos que constituem as proteínas. A camada
forma, conclui-se que a frequência do alelo reces‑ protetora descrita no texto atua impermeabilizando
sivo é de 3%. Portanto, esse valor não se refere ao as penas das aves e é solubilizada pelo óleo. Por‑
percentual de indivíduos heterozigotos. tanto, trata-se de uma substância de natureza lipí‑
b) (F) Ao se aplicar o teorema de Hardy-Weinberg, calcu‑ dica, e não proteica.
la-se a frequência do alelo dominante, que corres‑
ponde a um percentual de 7%. Porém, esse valor 11 C
não se trata do percentual de heterozigotos dessa a) (F) O padrão de herança ligado ao sexo não é um caso
população. estudado por Mendel, pois as heranças mendelia‑
c) (F) De acordo com o texto, 9% corresponde à frequên‑ nas ocorrem em cromossomos autossômicos.
cia de indivíduos homozigotos recessivos, e não à b) (F) O crossing-over, ou permutação, permite que frag‑
de heterozigotos. mentos cromossômicos sejam trocados entre as
d) (V) De acordo com o texto, a população se encontra cromátides de pares homólogos. Assim, sua ausên‑
em equilíbrio e com frequência de homozigotos cia não interfere na segregação independente.
recessivos de 9%. Isso, em valores decimais, cor‑ c) (V) Para que a segregação independente possa ocor‑
responde a 0,09. Aplicando o teorema de Hardy‑ rer, é necessário que os genes estudados possuam
-Weinberg, esse valor corresponde ao termo q2 na loci em cromossomos de pares homólogos distin‑
equação p2 + 2pq + q2 = 1. Assim, calcula-se: tos, pois, dessa forma, serão transmitidos indepen‑
q2 = 0,09 dentemente à prole.

163
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (F) As mutações gênicas são alterações em nível mole‑ 14 D


cular nos nucleotídios do DNA e produzem a variabi‑
lidade, porém não são a causa da segregação inde‑ a) (F) O recebimento de anticorpos prontos para o com‑
pendente, pois esta se relaciona com o padrão de bate rápido e eficiente ao vírus SARS-CoV-2 ocorre
distribuição dos genes nos pares cromossômicos. por meio da aplicação de um soro contendo esses
e) (F) Para que as proporções da geração F2 (9:3:3:1) anticorpos.
ocorram, é necessário que ambos os genitores pro‑ b) (F) Eosinófilos são células do sistema de defesa que
duzam os gametas com arranjos distintos (AB, Ab, atuam na resposta do organismo a reações alérgi‑
aB e ab) em uma mesma proporção. cas e infecções por parasitas, não sendo o alvo das
ações de vacinação contra o vírus SARS-CoV-2.
12 B c) (F) Os linfócitos T não são os responsáveis pela produ‑
a) (F) Lavar bem os alimentos é uma importante medida ção de anticorpos. A sua verdadeira ação é sinalizar
profilática para as doenças mencionadas no texto. para os linfócitos B produzirem anticorpos que irão
Entretanto, evitar comer carne mal passada não combater o vírus atenuado presente na vacina.
previne essas doenças, mas é uma ação preventiva d) (V) A aplicação da vacina leva ao processo de imuniza‑
relevante para a teníase. ção por ocasionar o contato entre antígenos e célu‑
b) (V) Lavar bem as mãos e ingerir somente água potável las de defesa do corpo. Os linfócitos T e B atuam no
são medidas básicas de higiene de grande impor‑
reconhecimento desses antígenos e desencadeiam
tância para prevenir hepatite A, diarreias viral e bac‑
uma resposta imunológica.
teriana, cólera, amebíase, giardíase e ascaridíase,
e) (F) Ao receber o vírus ou seus derivados, o sistema
pois elas são doenças transmitidas por água conta‑
imunitário produz macrófagos, que irão capturar o
minada e por via fecal-oral.
vírus e ativar os linfócitos T e os linfócitos B, sendo
c) (F) Ainda que ingerir água filtrada seja importante para
evitar doenças transmitidas via água contaminada, estas as células de defesa responsáveis pela produ‑
não nadar em lagoas infestadas de caramujos é ção de anticorpos. Por outro lado, a inativação dos
relevante para prevenir a esquistossomose, doença linfócitos T e B deixaria o organismo com a imuni‑
não mencionada no texto. dade prejudicada.
d) (F) As vacinas são importantes para a prevenção de
diversas doenças, mas não são todas as doenças 15 E
mencionadas no texto que são prevenidas por vaci‑ a) (F) Esse valor é obtido por considerar tanto a mãe
nas. Além disso, não consumir alimentos enlatados quanto o pai heterozigotos para a doença e que esta
quando a lata estiver estufada é eficiente para evi‑ tem caráter recessivo. Contudo, se a mãe apresenta
tar o botulismo, não mencionado no texto. a anomalia genética, ela tem apenas alelos recessi‑
e) (F) Não andar descalço é uma medida voltada para vos (SS). Por outro lado, o pai, sem históricos na famí‑
prevenir a ancilostomose, ou amarelão. Além disso, lia, é considerado homozigoto dominante (AA).
as telas em portas e janelas dificultam a entrada de b) (F) Esse valor é obtido por considerar que a mãe trans‑
insetos vetores de doenças, mas não são eficientes
mitirá, obrigatoriamente, o alelo S para os seus
contra as doenças mencionadas no texto.
descendentes e que o pai é heterozigoto para a
doença (AS), com probabilidade de 50% de trans‑
13 B
mitir o alelo S para seus filhos. Contudo, se ele não
a) (F) O teste de PCR-RT atua sobre nucleotídios. Nesse
tem histórico familiar da doença, admite-se que se
caso, não possui interação com as glicoproteínas
trata de um indivíduo homozigoto dominante (AA).
virais.
c) (F) Esse valor é obtido ao se considerar que a doença
b) (V) No teste de PCR-RT, o genoma viral é amplificado
tem caráter dominante e que a mãe homozigota SS
pelos reagentes, permitindo a sua detecção. Dessa
transmitirá o gene para todos os seus filhos.
forma, o teste aponta a presença do RNA viral, que
d) (F) Como o pai não tem histórico familiar da doença,
é o material genético do SARS-CoV-2.
c) (F) O teste de PCR-RT detecta a presença do genoma pode-se considerá-lo homozigoto dominante (AA),
viral, e não de anticorpos. O exame que detecta ou seja, a chance de ele carregar o gene recessivo S
anticorpos é o teste sorológico. é muito baixa, apesar de existir.
d) (F) Os lipídios do envelope viral são provenientes da e) (V) De acordo com o texto, a anemia falciforme é resul‑
membrana plasmática da célula hospedeira, e não tado da união de dois alelos S. Assim, pessoas com
há exames para a sua detecção. o genótipo AS não apresentam a anomalia gené‑
e) (F) As proteínas do capsídeo não são identificadas no tica. Dessa forma, a doença tem caráter recessivo,
teste de PCR, pois este detecta o genoma viral, que, não sendo manifestada em indivíduos que apresen‑
no caso do SARS-CoV-2, é constituído por RNA. tem o alelo dominante A.

164
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Como o pai não apresenta histórico familiar de ane‑ d) (F) Anti-helmínticos são remédios para parasitoses de
mia falciforme, dificilmente ele apresenta o alelo vermes como platelmintos e nematódeos. Os gli‑
recessivo S da doença e, provavelmente, é homozi‑ cocorticoides, por sua vez, são descritos no texto
goto dominante AA. Já a mãe manifesta a doença como fármacos que atuam contra uma resposta
e, por isso, apresenta genótipo recessivo SS. Nesse
inflamatória, e não contra parasitas.
caso, o cruzamento genético é:
e) (V) Os glicocorticoides são supressores da resposta
S S imunológica e, sendo assim, podem bloquear a
chamada “tempestade de citocinas”, associada a
A AS AS
uma resposta inflamatória causada por infecções.
A AS AS
18 D
Como resultado, todos os filhos serão heterozigo‑
tos. Contudo, como a doença tem caráter reces‑ a) (F) O genoma representa a informação genética com‑
sivo, nenhum desenvolverá o quadro de anemia pleta do organismo, sendo que gêmeos monozigó‑
falciforme. ticos possuem essencialmente o mesmo genoma.
Já o fenótipo representa as características obser‑
16 D váveis do organismo resultantes da expressão dos
a) (F) Devido à ausência de estrutura celular, os vírus são seus genes sob influência dos fatores ambientais,
considerados parasitas intracelulares obrigatórios sendo que o texto descreve mudanças nas carac‑
por não possuírem metabolismo próprio. terísticas do gêmeo enviado ao espaço.
b) (F) Uma característica essencial dos vírus é que são
b) (F) As diferentes condições ambientais às quais os
organismos que não apresentam estrutura celular,
gêmeos astronautas foram submetidos são capa‑
sendo sua estrutura formada basicamente por pro‑
zes de influenciar seu fenótipo, porém o ambiente
teínas e ácido nucleico.
c) (F) Para expressar seu genoma e sintetizar proteínas, não afeta o genótipo desse modo, sendo que, por
os vírus necessitam das estruturas da célula para‑ serem gêmeos monozigóticos, ambos deverão ter
sitada, tais como ribossomos. Portanto, sem uma o mesmo genótipo.
célula hospedeira, não há síntese independente c) (F) As modificações nas características do astronauta
dessas substâncias. submetido ao espaço representam fenótipos distin‑
d) (V) A evolução é o processo característico dos seres tos do gêmeo que permaneceu na Terra. Além disso,
eucariontes e procariontes, pois, ao longo das gera‑
gêmeos monozigóticos têm o mesmo genoma.
ções, diversos fatores podem promover alterações
d) (V) O genótipo se relaciona com o conjunto de genes
nas frequências gênicas e, consequentemente, nas
características das populações. Os vírus também do organismo. Nesse caso, gêmeos monozigóti‑
passam pelos mesmos mecanismos que possibili‑ cos, independentemente das condições ambien‑
tam a adaptação a variadas condições. tais, apresentam o mesmo genótipo. As mudan‑
e) (F) Diversos vírus, como o HIV e o SARS-CoV-2, pos‑ ças nas características apresentadas pelo gêmeo
suem genoma na forma de RNA, e não de DNA. astronauta que foi à estação espacial são altera‑
Além disso, células procariontes e eucariontes ções em seu fenótipo em função do ambiente.
podem ter também RNA. e) (F) Ambos os irmãos gêmeos apresentam o mesmo
genótipo. As diferenças entre eles quanto às carac‑
17 E
terísticas observáveis mencionadas no texto repre‑
a) (F) O texto e o enunciado apontam que o medicamento
sentam alterações no fenótipo.
é o glicocorticoide, sendo que esse medicamento
não possui ação antibiótica, ou seja, não atua espe‑
cificamente contra infecções bacterianas. 19 B
b) (F) Antirretrovirais são medicamentos que atuam blo‑ a) (F) Provavelmente, o aluno considerou, equivocada‑
queando a transcrição reversa (síntese de DNA por mente, o tipo sanguíneo receptor universal como
uma molécula de RNA), não sendo, portanto, um gli‑ O negativo. A probabilidade de o segundo filho ter
cocorticoide.
1 1
c) (F) Compreende-se por antiparasitários medicamentos tipo sanguíneo O é de e de ser Rh− é de . Assim,
4 4
que atuam sobre infecções do tipo protozooses e
helmintíases, sendo que o texto descreve um glico‑ 1 1 1
calculou:    0, 0625 , ou 6,25%.
corticoide de ação de supressão da resposta imune. 4 4 16

165
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b) (V) Considerando o sistema ABO, o filho primogênito d) (V) O texto e a imagem indicam que a doença é uma
com tipo sanguíneo O é homozigoto recessivo (ii) bacteriose, ou seja, é causada por bactérias. Assim,
e, assim, seu pai A deve ser heterozigoto (IAi) e sua recomenda-se a utilização de antibióticos no trata‑
mãe B deve ser heterozigoto (IBi). Quanto ao fator mento dessa planta, reduzindo as perdas comer‑
Rh, o filho primogênito é Rh negativo (rr) e tanto o ciais causadas pela ação desses microrganismos.
pai como a mãe são Rh positivo e, consequente‑ e) (F) A doença descrita no texto é causada por bactérias,
mente, são heterozigotos (Rr). Assim, o cruzamento e os anti-helmínticos são empregados no tratamento
dos genes do casal fornece os seguintes genótipos: de doenças causadas por parasitas, portanto o uso
desses medicamentos para o tratamento da doença
IAi × IBi IB i
apresentada no texto-base não seria efetivo.
IA IAIB IAi
21 C
i IBi ii
a) (F) O período de latência ocorre quando os sintomas
Rr × Rr R r iniciais manifestados no paciente desaparecem,
porém ele ainda está infectado, podendo ter novas
R RR Rr
recaídas ou fases sintomáticas subsequentes.
r Rr rr b) (F) O período infeccioso ocorre quando o paciente
é capaz de liberar as formas contaminantes do
Os quadros indicam que a probabilidade de o agente causador, sendo possível transmiti-las a
1 outros indivíduos. Logo, esse período não necessa‑
segundo filho ter tipo sanguíneo AB é de e de
4 riamente converge com a fase antes dos sintomas,
3
ser Rh positivo é de . Portanto, para determinar descrita no texto.
4
c) (V) O texto descreve o período de incubação, que se
a probabilidade de o segundo filho ser receptor
universal (tipo sanguíneo AB positivo), calcula-se: refere ao intervalo entre o momento da exposição
1 3 3 do indivíduo ao agente infeccioso até o início dos
   0,1875 , que corresponde a 18,75%. primeiros sinais e sintomas clínicos da doença.
4 4 16
d) (F) O “período de transmissão” não é muito preciso,
c) (F) Nesse caso, o aluno considerou, equivocadamente, mas pode ser entendido como o período em que
apenas a probabilidade referente ao sistema ABO, o paciente infectado é capaz de transmitir o pató‑
1 geno da doença. Portanto, não corresponde ao
chegando a = 0, 25, ou 25%.
4 período descrito no texto.
d) (F) Provavelmente, o aluno calculou equivocadamente e) (F) O período convalescente se refere ao estado de
a probabilidade de o segundo filho nascer com o recuperação do paciente após uma condição pato‑
tipo sanguíneo AB positivo ao considerar que os lógica, ou seja, após ter sofrido os sinais e sintomas
genótipos IAi e IBi seriam incluídos na probabilidade de uma doença. Contudo, o período descrito no
de que ele apresentasse o fenótipo AB, obtendo:
texto indica um estágio pré-sintomático.
3 3 9
   0, 5625 , ou 56,25%.
4 4 16
e) (F) Nesse caso, o aluno considerou, equivo‑ 22 D
cadamente, apenas a probabilidade refe‑
a) (F) O protozoário causador da malária não tem um
3
rente ao fator Rh, chegando a = 0, 75, hospedeiro intermediário e não é transmitido por
ou 75%. 4
meio de água contaminada. As medidas men‑
cionadas seriam eficientes para doenças como a
20 D esquistossomose.
a) (F) A doença descrita no texto é causada por bactérias. b) (F) O saneamento básico é uma medida eficiente para
No entanto, a utilização de fungicidas é para o tra‑ prevenir doenças transmitidas por meio de água
tamento de doenças causadas por fungos. contaminada, mas isso não ocorre com a malária.
b) (F) A doença descrita no texto é causada por bactérias, Além disso, o uso de sapatos em locais onde há
enquanto a utilização de herbicidas é aplicada no suspeita de contaminação evita o contágio por anci‑
tratamento de ervas daninhas, que competem por lóstomos que provocam a doença conhecida como
nutrientes com as plantas do cultivo. amarelão (ancilostomose), mas não evita a malária.
c) (F) A doença descrita no texto e exemplificada na ima‑
c) (F) A malária não é transmitida por alimentos contami‑
gem é causada por bactérias, portanto a utilização
de inseticidas não seria adequada para o trata‑ nados, mãos ou objetos sujos. A higienização das
mento da bacteriose. Contudo, utilizam-se insetici‑ mãos e dos alimentos e a fervura de roupas íntimas
das para a eliminação de insetos que causam danos e de lençóis são eficientes para prevenir a entero‑
às plantas. biose, ou oxiurose.

166
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d) (V) A malária é causada por protozoários do gênero d) (V) As heranças pseudoautossômicas possuem locus na
Plasmodium e é transmitida por meio da picada de região homóloga entre os cromossomos X e Y. Ape‑
fêmeas do mosquito Anopheles infectadas. Para pre‑ sar de estarem no par alossômico, essas heranças
venir essa doença, é importante adotar medidas que afetam homens e mulheres na mesma proporção.
e) (F) As heranças influenciadas pelo sexo ocorrem
controlem a população desses mosquitos, como a
quando heranças autossômicas afetam homens e
eliminação de criadouros, e que evitem a picada do mulheres em diferentes proporções. No entanto, o
inseto, como o uso de repelentes, de telas em portas texto evidencia que o gene SHOX não possui locus
e janelas e de mosquiteiros nas camas. entre os pares autossômicos, mas entre os cromos‑
e) (F) Ainda que algumas das medidas citadas, como o somos X e Y.
controle da população de vetores, a proteção de
portas e janelas com telas e o uso de mosquiteiros, 25 A
sejam eficientes para prevenir a malária, a higiene na a) (V) A E. coli causa diarreias e produz as enterotoxinas
produção de caldos de cana-de-açúcar e açaí não é que estimulam a liberação da água do intestino nas
uma medida adotada para controle da malária, e sim fezes; assim, esse organismo é empregado na pes‑
quisa para produção de drogas contra a prisão de
da Doença de Chagas, transmitida por barbeiros.
ventre.
b) (F) A C. tetani, bactéria do tétano, está relacionada a
23 D infecções no sistema nervoso.
a) (F) A aids não é uma endemia tropical, pois atinge c) (F) A H. pylori é responsável por uma infecção gástrica
populações em todos os continentes. Além disso, que prejudica a parede do estômago e não está
possui tratamentos e investimentos em pesquisas e relacionada à liberação de água no intestino.
d) (F) A N. gonorrhoeae, bactéria da gonorreia, está rela‑
na prevenção.
cionada a infecções no sistema urogenital.
b) (F) A gripe não é uma doença endêmica de regiões
e) (F) A M. tuberculosis, bactéria da tuberculose, está
tropicais e recebe atenção de políticas públicas, relacionada a infecções no sistema respiratório.
como as campanhas de vacinação anuais do Minis‑
tério da Saúde.
c) (F) A varíola é uma virose considerada erradicada no
mundo desde a década de 1980, portanto não se
enquadra no conceito de doença negligenciada.
d) (V) A malária é uma doença causada por protozoários
do gênero Plasmodium, transmitida por mosquitos
Anopheles, sendo endêmica de regiões tropicais
e de baixo IDH. No Brasil, é considerada uma das
principais doenças negligenciadas.
e) (F) A fenilcetonúria é uma doença genética hereditá‑
ria e, assim, não se trata de uma doença endêmica
tropical. Além disso, conta com políticas de apoio,
como as informações no rótulo de produtos sobre
o teor de fenilalanina.

24 D
a) (F) As heranças autossômicas possuem locus nos cro‑
mossomos autossômicos, ou seja, entre os pares 1
e 22. No entanto, o texto informa que a herança
possui locus no par alossômico (X e Y).
b) (F) As heranças ligadas ao sexo possuem locus na
região diferencial do cromossomo X e não têm
homologia com o cromossomo Y. Na verdade, o
gene SHOX possui locus tanto no cromossomo X
quanto no Y.
c) (F) As heranças restritas ao sexo possuem locus na
região diferencial do cromossomo Y e não têm
homologia com o cromossomo X. Na verdade, o
gene SHOX possui locus tanto no cromossomo X
quanto no Y.

167
Ciências Humanas e suas Tecnologias

e os estrangeiros da participação política. Apesar


Ciências Humanas e suas Tecnologias disso, tal fator não é destacado no texto.
c) (V) Diferentemente de outras sociedades da Antigui-
dade – como a Grécia –, a Península Itálica era
História 1
comandada por um poder forte e centralizador
situado em Roma. Essa centralização de poder
01 E fazia com que o mundo romano fosse liderado de
a) (F) Embora o nome carimbó seja formado por palavras maneira unificada.
que vêm do tupi, o reconhecimento dessa mani- d) (F) Tendo um governo forte e centralizador, Roma não
festação cultural como patrimônio imaterial não é era conhecida por dar autonomia às regiões anexa-
consequência do fato de que o seu nome contribui das, embora permitisse que os indivíduos de algu-
para difundir palavras de origem tupi na sociedade mas cidades tivessem acesso à cidadania e a certa
brasileira. liberdade cultural.
b) (F) O carimbó é, de fato, uma festividade que reúne e) (F) Apesar de alguns indivíduos de cidades anexadas a
costumes típicos de várias sociedades que habi- Roma terem recebido cidadania e, portanto, parti-
taram o Brasil. No entanto, não se pode afirmar cipado das decisões políticas, os aliados contribuí-
que essa manifestação foi reconhecida como patri- ram, principalmente, com o envio de homens para
mônio imaterial por resgatar costumes que foram o exército, e não com a participação no governo.
extintos, visto que o próprio carimbó é uma festivi-
dade praticada atualmente. 03 B
c) (F) Apesar de o texto associar o nascimento do carimbó
a) (F) Embora as reformas de Clístenes tenham permitido
aos agricultores paraenses, a festividade não foi
a participação cidadã daqueles que não possuíam
reconhecida pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio
propriedades, não é correto afirmar que houve uma
Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio
facilitação do acesso às propriedades, pois estas
por promover o enaltecimento dos trabalhadores
seguiram concentradas nas mãos de pessoas mais
rurais e das atividades agrícolas, e sim por estimu-
abastadas.
lar a propagação de elementos típicos de diversos
b) (V) Ao contrário da democracia contemporânea, em
grupos étnicos que ajudaram a formar a identidade
que se estimula a participação de todas as pes-
e a cultura paraenses.
soas a partir de determinada idade, em Atenas
d) (F) Embora o texto indique que o carimbó foi influen- havia alguns critérios de exclusão da condição de
ciado por rituais de dança vindos de Portugal, não cidadão. O texto apresenta como exemplo disso o
é afirmado que o carimbó foi consequência da con- gênero, a origem e a condição social, já que mulhe-
versão dos indígenas a elementos religiosos portu- res, estrangeiros e escravizados não eram conside-
gueses. Além disso, o reconhecimento dessa prática rados cidadãos, uma vez que compunham classes
como patrimônio cultural decorre da importância da sociais consideradas hierarquicamente inferiores.
tradição do carimbó para as comunidades que pre- c) (F) De fato, sociedades democráticas costumam pos-
servam a prática dessa manifestação cultural. sibilitar um maior espaço para o diálogo e para as
e) (V) De acordo com o texto, o carimbó reúne elemen- disputas entre projetos destoantes. Entretanto, isso
tos típicos dos indígenas, dos africanos e dos euro- não é uma característica exclusiva da democracia
peus colonizadores, principais grupos que atuaram ateniense ou que a difere da experiência democrá-
na composição étnico-social do Brasil. Assim, o tica atual.
carimbó foi reconhecido como patrimônio imaterial d) (F) De acordo com o texto, as opiniões contrárias ou
por reunir elementos típicos de todos esses grupos críticas eram admitidas na democracia ateniense,
e por ser uma importante manifestação cultural havendo espaço para o amplo debate, desde que
difundida pelas comunidades paraenses. os critérios de cidadania fossem cumpridos.
e) (F) No texto, menciona-se que Clístenes eliminou o
02 C critério de renda para definir as classes políticas,
mas isso não significa que houve maior igualdade
a) (F) Embora a existência de algumas assembleias inter-
civil entre os diferentes grupos sociais, visto que
nas em Roma possa ser vista como uma forma de
diversos grupos, citados no texto, eram excluídos
estimular a participação política democrática, não
da participação política.
se pode ignorar que as decisões políticas, em
geral, respeitavam as vontades das elites. Além
disso, o conceito de democracia nasceu em Atenas, 04 A
não sendo um diferencial da organização política a) (V) A invenção da imprensa permitiu que pessoas
romana durante a Antiguidade. comuns lessem e estudassem textos religiosos por
b) (F) Assim como Roma privilegiava as decisões políticas conta própria em vez de acatar o que lhes diziam as
de alguns grupos em detrimento de outros, várias autoridades eclesiásticas. Para remediar a situação,
cidades da Antiguidade também o faziam, como a a Igreja Católica tomou medidas como as citadas
pólis grega, que excluía as mulheres, os escravizados no texto, a exemplo da criação do Índice Católico

168
Ciências Humanas e suas Tecnologias

de Livros Proibidos. Já algumas igrejas protestan- 06 C


tes, como a da Suécia, impulsionaram campanhas
de alfabetização, uma vez que defendiam maior a) (F) Embora a depredação de monumentos públicos
autonomia interpretativa entre seus fiéis. seja considerada como um ato de vandalismo, a
destruição do monumento mencionado foi reali-
b) (F) Os primeiros óculos surgiram ainda antes de Cristo
zada com o objetivo político de promover o esque-
e foram se desenvolvendo ao longo da Idade
cimento do governo de Saddam Hussein após a
Média e da Idade Moderna. Entretanto, seu aper-
derrubada do regime político dele. Portanto, tam-
feiçoamento não foi responsável por compensar
bém é incorreto afirmar que essa ação pontual,
carências educacionais nem por causar a situação
ocorrida no Iraque, teve a finalidade de propagar
descrita no texto.
atos desconexos de vandalismo nos demais países
c) (F) Embora a Igreja Católica tenha perdido parte do mundo árabe, e sim que ela objetivou destruir
de seu controle sobre as escolas durante a Idade simbolicamente o poder anteriormente instituído
Moderna, principalmente após o surgimento de no Iraque.
movimentos protestantes, esse ambiente ainda foi
b) (F) O texto não indica que houve um processo de
predominantemente ocupado por nobres e bur-
negação das diferenças existentes entre os esta-
gueses. Além disso, embora o termo escola remeta
dunidenses e os iraquianos. Na verdade, esse frag-
ao ócio entre os gregos, nesse período a palavra se
mento expõe as lutas políticas pela memória, nas
refere ao ambiente de pesquisa, estudo e ensino.
quais os estadunidenses e os iraquianos se confron-
d) (F) A ampulheta surgiu no século VIII, durante a Idade taram simbolicamente para definir qual desses gru-
Média, e não foi responsável por enfraquecer o pos foi o protagonista na derrubada da estátua e,
controle da Igreja sobre o tempo nem por causar a consequentemente, na destruição do regime dita-
situação descrita no texto. torial de Hussein.
e) (F) Os moinhos foram inventados muitos séculos antes c) (V) O texto indica a luta política entre estadunidenses e
do período apresentado no texto, e seu desenvol- iraquianos para definir qual bandeira deveria cobrir
vimento não foi responsável por diminuir a carga de a face de Saddam Hussein, representada pela está-
trabalho dos camponeses nem por causar a situa- tua. Logo, essa disputa revela as reivindicações e
ção descrita no texto. divergências em relação ao modo como a destrui-
ção desse monumento deveria ser lembrada.
05 D d) (F) O excerto não expõe a prática de atentados ou
a) (F) No texto, demonstra-se como a propaganda foi uti- destruições de monumentos por grupos extremis-
lizada como arma política para gerar a coesão das tas cujo objetivo é impor a violência sobre a popu-
massas a favor dos ideais do governo do presidente lação urbana. Na realidade, o texto aponta como
Woodrow Wilson, e não como um instrumento para o governo estadunidense desejava assumir o con-
destruir a crença na liberdade da mídia. trole da região de Bagdá e destituir o governo de
b) (F) Apesar de levantar a bandeira da paz, defendida Saddam Hussein.
pela população estadunidense até o início da Pri- e) (F) O fragmento não aponta para a valorização de regi-
meira Guerra Mundial, Woodrow Wilson e seu mes ditatoriais por parte da mídia estadunidense,
governo estavam comprometidos com a guerra e, e sim sinaliza o desejo de um veículo midiático ira-
por isso, precisavam de mecanismos para conven- quiano em propagar o protagonismo desse povo
cer a população a apoiá-los nas ações beligerantes. no processo da derrubada do poder de Hussein.
c) (F) O texto de Chomsky não apresenta como a pro-
paganda pode estimular o governo a interferir em 07 D
questões políticas externas, mas sim como este a) (F) O excerto revela que a grandiosidade egípcia era
pode utilizar as propagandas para assegurar o fruto do trabalho humano desenvolvido pelos felás,
apoio popular. e não de causas místicas. Além disso, o zoroas-
d) (V) No texto, Chomsky descreve como Woodrow Wil- trismo era a religião relacionada aos povos persas,
son conseguiu montar uma comissão governa- e não aos egípcios.
mental de propaganda nos Estados Unidos para b) (F) No texto, o autor se opõe à perspectiva conven-
transformar uma população pacifista em belicosa, cional de que o Egito era uma dádiva da natureza.
defensora de ataques aos alemães. Assim, é possí- Nesse sentido, o fragmento indica que o desenvol-
vel observar como a propaganda foi usada, sobre- vimento da civilização egípcia ultrapassa determi-
tudo em períodos de guerra, para gerar coesão nismos geográficos consolidados.
social a favor de determinados interesses políticos. c) (F) O Egito Antigo era formado por um Estado organi-
e) (F) No texto, há exposição de como o governo Wil- zado, com uma complexa divisão social do trabalho e
son utilizou a propaganda para estimular o ódio da das funções sociais. No entanto, embora o Egito tenha
população estadunidense aos alemães, e não para sido uma sociedade estamental, o texto não indica
determinar as regras de comportamento social da que a estratificação social era a causa do desenvol-
população. vimento dessa civilização, e sim o trabalho humano,

169
Ciências Humanas e suas Tecnologias

exercido pelos felás, homens e mulheres comuns uma parte de suas terras para o senhor feudal, e
que participavam da construção de obras públi- não um tipo de serviço imposto na colonização da
cas fundamentais para o desenvolvimento egípcio. América pelos europeus.
d) (V) O texto apresenta uma nova perspectiva histórica e) (F) A servidão coletiva é um regime de trabalho que
para analisar a civilização egípcia ao indicar que o vigorou no modo de produção asiático. No Egito,
desenvolvimento dela não deveria ser creditado ao por exemplo, a população livre era convocada
determinismo geográfico ou a interpretações místi- para trabalhar em obras públicas ou em obras da
cas. Dessa forma, o autor evidencia que a grandiosi- vontade do soberano em troca do uso da terra. O
dade do Egito é consequência do trabalho humano, regime de servidão coletiva possui semelhanças
e não de causas sobrenaturais ou faraônicas. com a mita, por exemplo, por estabelecer essa
e) (F) O fragmento do texto analisado não atribui o pro- relação de troca entre dominantes e dominados.
gresso da civilização egípcia ao lado espiritual dessa No entanto, é incorreto afirmar que a investidura
civilização, e sim indica que o trabalho humano teve era um sistema adotado no contexto da coloniza-
um papel fundamental para a construção da gran- ção hispânica, já que a investidura era a cerimônia
diosidade egípcia. feudal na qual o suserano concedia um feudo a um
vassalo em troca de um juramento de fidelidade.
08 A
09 E
a) (V) O texto evidencia como a encomienda e a mita
foram formas de trabalho empregadas pelos colo- a) (F) Na pólis ateniense, a tarefa de ensinar não se relacio-
nizadores espanhóis com os indígenas do Novo nava com a escola, visto que as escolas não haviam
Mundo. Na encomienda, cada colono recebia auto- sido criadas no século V a.C. Além disso, em Ate-
rização real para controlar e explorar determinada nas, as mulheres eram responsáveis por transmitir o
extensão de terra. Os povos nativos eram obrigados conhecimento sobre as práticas domésticas para as
filhas e por cuidar das crianças no ambiente domés-
a trabalhar nas terras dos encomenderos e deve-
tico. No entanto, para os filhos homens, o ensino
riam pagar tributos a eles e à Coroa espanhola. Já
era ministrado por um filósofo, como um sofista, o
a mita, outra forma de trabalho utilizada pelos colo-
qual era responsável por educar os homens para o
nizadores, era uma modalidade na qual os líderes
desempenho de funções políticas na pólis.
das comunidades indígenas deveriam fornecer um
b) (F) O fragmento explicita que, no modelo democrático
grupo de homens para que trabalhassem na agricul-
da pólis ateniense, as mulheres foram privadas dos
tura, nas minas ou em obras públicas. Esses trabalha-
direitos que possuíam anteriormente. No entanto, é
dores eram explorados e recebiam um pagamento
incorreto afirmar que no século V a.C., período indi-
reduzido em troca dos serviços prestados.
cado no texto, houve o combate ao modelo aristo-
b) (F) A produção coletiva, voltada igualmente para
crático de governo nos lares atenienses; houve, sim,
todos os indivíduos pertencentes a uma mesma a manutenção de valores patriarcais no contexto
comunidade, era o modelo de trabalho empregado democrático.
pelos nativos antes da invasão dos espanhóis. Além c) (F) De acordo com o texto, as tarefas das mulheres
disso, a banalidade era um tributo feudal pago pelo estavam totalmente voltadas para as obrigações
servo para que ele pudesse utilizar os equipamen- domésticas. Portanto, as mulheres não precisavam
tos e as instalações do senhor feudal. Portanto, não conciliar uma jornada de emprego formal com a
condiz com um sistema adotado na colonização da rotina familiar.
América pelos espanhóis. d) (F) O texto revela que as mulheres atenienses eram
c) (F) A corveia era uma obrigação presente no modo de segregadas a um cômodo específico da casa, o
produção feudal e pode ser definida como o paga- gineceu. Esse local ficava afastado das áreas de
mento que os servos deveriam realizar ao senhor convivência comuns, nas quais os homens pode-
feudal por meio da prestação de serviços nas terras riam discutir abertamente sobre os assuntos políti-
ou nas instalações dele. Já o trabalho assalariado cos e gerais. Nesse sentido, o texto não evidencia
consiste em uma relação liberal de produção, na que o matrimônio era essencial para a formação
qual o trabalhador recebe um salário em troca dos da democracia ateniense, mas sim que as mulhe-
serviços prestados descritos em um contrato que res, mesmo casadas, eram excluídas das discussões
prevê o vínculo empregatício. Assim, nenhuma des- políticas e tinham a sua circulação limitada a um
sas formas de trabalho está presente no contexto espaço da casa.
da colonização europeia da América. e) (V) A palavra patriarcal remete a um sistema de domínio
d) (F) Embora relações de trabalho análogas à escravidão predominantemente exercido por figuras masculinas
estejam presentes no sistema de trabalho imposto em posições de poder. Era o caso da Grécia Antiga
pelos colonizadores, é incorreto afirmar que havia do século V a.C., na qual a condição de cidadania
um sistema escravocrata consolidado como regime era restrita aos homens atenienses. Portanto, nesse
de trabalho imposto aos indígenas. Além disso, modelo democrático, as mulheres perderam direitos
a talha era um imposto praticado no feudalismo e funções sociais de poder e passaram a ser relegadas
europeu, no qual os servos eram obrigados a ceder ao âmbito doméstico, como o excerto indica.

170
Ciências Humanas e suas Tecnologias

10 E c) (F) Com o advento da Primeira Revolução Industrial,


os produtos feitos por máquinas e em série eram
a) (F) O conflito entre Estados Unidos e China é asso-
muito mais competitivos do que produtos confec-
ciado, no texto, à Guerra Fria, que ocorreu com
cionados à mão e de escala artesanal. Dessa forma,
maior intensidade na segunda metade do século
essa Revolução ampliou gradativamente as possibi-
XX. Embora, nesse período, os investimentos no
lidades de consumo dos indivíduos.
sistema de transporte metroviário tenham avançado
d) (F) Os produtos artesanais eram aqueles confeccio-
em muitos países, eles não foram o foco do desen-
nados por operadores de teares manuais, os quais
volvimento tecnológico acarretado pelo conflito.
foram mencionados no texto. O advento da Pri-
b) (F) No texto, é feita uma associação entre o conflito atual
meira Revolução Industrial promoveu o aumento
dos Estados Unidos com a China e a Guerra Fria.
de produtos maquinofaturados, não de artesanais.
Embora o mercado petrolífero tenha ganhado força
e) (V) Conforme o texto indica, a Primeira Revolução
no período em que esse conflito ocorreu, especial-
mente devido ao aumento do uso de automóveis, Industrial fez com que os trabalhadores manuais
esse mercado não foi o foco dos avanços tecnológi- não conseguissem mais competir com as novas
cos decorrentes dos países envolvidos na disputa. tecnologias. Dessa forma, os indivíduos que se
c) (F) As preocupações relacionadas à proteção ambien- ocupavam com serviços artesanais tiveram que
tal ganharam notoriedade internacional sobretudo se adaptar à nova realidade, transformando-se de
a partir da década de 1970, quando as primeiras artesãos em operários. Nesse contexto, pequenos
conferências com foco no assunto foram realizadas. comércios de artesãos não conseguiram manter o
Entretanto, esse não foi o foco que impulsionou a preço de suas produções e tiveram que se adaptar
Guerra Fria, o conflito do passado ao qual o texto à nova lógica produtiva, diversificando a sua capa-
se refere. Dessa forma, os avanços tecnológicos cidade de atuação.
não estavam associados à proteção ambiental, mas
ao progresso dos meios de exploração do espaço. 12 D
d) (F) Ao longo do século XX, o processo de moderniza- a) (F) A partir da imagem, é possível perceber que os
ção da produção agrícola mundial foi acelerado. instrumentos de medição de tempo eram meto-
Entretanto, o texto associa o conflito atual entre dicamente estudados pelo clérigo, o qual utili-
Estados Unidos e China à disputa tecnológica da zava experimentos matemáticos para garantir a
Guerra Fria, uma disputa em que os países envolvi- precisão do tempo mensurado. Portanto, é incor-
dos desenvolveram uma série de tecnologias dire- reto afirmar que o desenvolvimento de invenções
cionadas à exploração espacial. técnicas no medievo era resultado de teorias
e) (V) O texto associa o conflito atual entre Estados Unidos especulativas sobre o real, e sim que houve um
e China à Guerra Fria, que ocorreu entre estaduni- embasamento em evidências as quais validavam a
denses e soviéticos após a Segunda Guerra Mundial construção dessas ferramentas.
e perdurou por décadas. No texto, é possível obser- b) (F) O relógio mecânico, o qual é mostrado na ilumi-
var que o avanço da internet está no foco da disputa nura, tornou possível o controle do tempo de traba-
tecnológica da atualidade. Porém, durante a Guerra lho fabril após o Período Medieval, e não durante
Fria, os avanços da tecnologia estavam focados na esse período. Além disso, o desenvolvimento
corrida espacial entre os países rivais. industrial da Europa ocorreu por volta do século
XVIII, e não no medievo.
11 E c) (F) Na Idade Média, o desenvolvimento técnico e
a) (F) A Primeira Revolução Industrial, fenômeno mencio- racional e a religião eram interligados. Observa-se
nado no texto, promoveu o crescimento desorde- esse aspecto na imagem, pois a personagem cle-
nado das cidades devido à migração de trabalhado- rical está passivamente sentada enquanto recebe
res rurais para os centros urbanos, o que gerou uma instruções divinas sobre como conduzir os experi-
série de problemas nas cidades, como o desenvolvi- mentos na sala. Portanto, é incorreto afirmar que,
mento de submoradias e a propagação de doenças para as instituições clericais medievais, o desenvol-
em vilas operárias. Nesse sentido, o aumento da vimento de novas invenções no medievo fosse fruto
população urbana está mais associado a um aspecto da autonomia criativa dos indivíduos.
“destrutivo”, como mencionado no texto-base. d) (V) A cultura medieval compreendia a sabedoria
b) (F) A promulgação da primeira legislação trabalhista na humana como um dom divino, o qual possibilitava
Europa ocorreu em 1802. Conhecida como Moral and que os homens interpretassem a natureza. Na ilu-
Health Act, essa lei fixou garantias importantes como minura, esse aspecto é visível, pois a figura celestial
a duração máxima da jornada de trabalho infantil em é central na imagem e é ela quem ensina o religioso
12 horas, além de proibir o trabalho noturno. Além a lidar com os procedimentos técnicos do experi-
disso, ela foi fruto dos movimentos revolucionários da mento realizado por ele.
Primeira Revolução Industrial. Portanto, é incorreto e) (F) A iluminura revela como a Igreja, no Período Medie-
afirmar que a Primeira Revolução Industrial conservou val, desempenhou um papel essencial para a pro-
garantias trabalhistas preestabelecidas; pelo contrá- pagação do conhecimento intelectual, e não para a
rio, estimulou a criação delas. veiculação de costumes contrários à teologia cristã.

171
Ciências Humanas e suas Tecnologias

13 C 15 B
a) (F) Embora exista uma menção a técnicas agrícolas uti- a) (F) A venda de indulgências, prática apresentada nos
lizadas pelos nativos no texto de Sahagún, não é textos, contribuiu para que houvesse um choque
possível perceber o interesse dos colonizadores em entre os interesses burgueses dos monarcas abso-
aprender técnicas agrícolas locais, e sim uma tenta- lutistas, os quais desejavam controlar os seus ter-
tiva de comparação dos elementos semelhantes da ritórios e difundir a comercialização de objetos, e
cultura europeia aos das práticas indígenas. os interesses da Igreja, que era contrária ao enri-
b) (F) Apesar de a exploração de metais preciosos ter se quecimento exacerbado. Porém, esse choque não
tornado uma das atividades mais lucrativas da colo- significa desaparecimento do Absolutismo.
nização da América, o monge franciscano não men- b) (V) A prática apresentada nos textos tornou-se um fator
ciona os minérios presentes na América de um ponto determinante para as reformas religiosas ocorridas
de vista econômico, visando ao lucro, mas somente ao longo do século XVI. Isso ocorreu porque movi-
destaca que o trabalho dos indígenas é feito com mentos como o protestantismo, encabeçado por
metais distintos dos que são comuns na Europa. Martinho Lutero, defendiam a superação de estru-
c) (V) No trecho da obra de Sahagún, é possível perceber turas medievais antigas e passaram a criticar a venda
que há uma intenção de comparar os elementos da de indulgências, pois, para Lutero, a salvação não
cultura indígena aos da cultura europeia como uma poderia ocorrer por meio da compra de absolvição.
forma de estabelecer uma compreensão da cultura c) (F) A venda de indulgências demonstrava que nem
indígena para que a dominação dos povos nativos mesmo a Igreja estava livre das práticas econômicas
fosse facilitada, já que o autor considera que os cos- modernas, como a comercialização de produtos no sis-
tumes morais desses povos são extremamente pró- tema capitalista. Assim, é incorreto afirmar que a venda
ximos aos considerados bons costumes europeus. de produtos religiosos, no contexto apresentado,
d) (F) O fragmento não indica que a intenção do autor era uma permanência da lógica de trocas medieval.
era de transformar as práticas e tradições indígenas
d) (F) Com base no texto, é possível compreender que a
em regras a serem seguidas ou de estabelecer nor-
prática de venda de indulgências gerou uma maior
mas sobre esses costumes. Na realidade, o autor
fonte de lucro para as instituições clericais. Logo,
busca estabelecer uma comparação entre a cultura
dos povos ameríndios e a cultura europeia para essa prática não contribuiu para a disseminação do
assegurar novas estratégias de dominação religiosa poder dos senhores feudais no Ocidente.
e cultural sobre os nativos. e) (F) Embora a Igreja lucrasse efetivamente com a venda
e) (F) No texto, o monge Bernardino de Sahagún tenta de indulgências, como o texto 2 indica, desde o final
fazer uma comparação dos costumes e crenças dos da Idade Média, os membros do clero criticavam
nativos com os costumes e tradições da cristandade os valores burgueses, como a busca pela acumula-
ocidental. Ao fazer esse exercício de alteridade, ele ção de capitais e a usura, que era o empréstimo de
não está enaltecendo as crenças indígenas, e sim dinheiro visando ao lucro.
buscando eventuais aproximações que possibilitem
a exploração e conversão dos povos originários. 16 C
a) (F) O animismo primitivo é um elemento cultural que
14 A indica que todas as formas de existência naturais
a) (V) O poema demonstra a perplexidade do autor ao possuem alma ou uma essência espiritual e agem
observar as características das igrejas gregas. Além com uma intenção. Nesse sentido, essa crença se
disso, o poema indica como a cultura romana foi opõe ao catolicismo medieval, uma vez que as ins-
influenciada pelos ritos e pela estética dos gregos. tituições cristãs se preocupavam com o conceito
b) (F) O texto estimula a reflexão sobre o processo de de Deus criador e com a alma e essência humanas
continuação cultural entre gregos e romanos, e não apenas, não estando conectadas, de forma institu-
indica que os romanos herdaram características cional, a todas as outras formas de existência.
genéticas dos gregos ou vice-versa. b) (F) O objetivo da Igreja Católica durante o medievo não
c) (F) O excerto permite refletir sobre o legado dos ele-
era extinguir o poder e a atuação dos senhores feu-
mentos da religião grega para os povos romanos, e
dais, e sim legitimar esse poder, já que esses sujeitos
não indica o surgimento de novas instituições reli-
eram membros da sociedade feudal e contribuíam
giosas na sociedade romana.
d) (F) O fragmento expõe a relação direta entre os elemen- para legitimar a estrutura hierárquica de poder da
tos da cultura grega e a construção cultural de Roma. qual a Igreja tirava sua base de sustentação.
Dessa forma, é possível perceber como essas civiliza- c) (V) Como o texto indica, a ausência estatal abriu
ções mediterrâneas (Grécia e Roma) estavam interli- espaço para que a religião interferisse em diversos
gadas e realizavam diversas trocas culturais. aspectos sociais, fortalecendo suas estruturas reli-
e) (F) O poema descreve as conexões culturais e espe- giosas e de poder político na Idade Média.
cialmente religiosas entre os gregos e romanos, d) (F) O excerto expõe o processo de consolidação da fé
partindo da herança legada pelos primeiros aos cristã no território europeu durante a Idade Média,
segundos. Dessa forma, o poema não aborda o mas não estabelece que a Igreja tinha o papel de
processo de surgimento das pólis gregas. criar hierarquias sociais urbanas.

172
Ciências Humanas e suas Tecnologias

e) (F) O fragmento indica como as instituições eclesiás- c) (F) Após a conquista de Constantinopla pelos turcos,
ticas se fortaleceram devido à ausência de um fica claro, pelo texto-base, que o sultanato não
Estado que regulamentasse a vida social durante a tinha o interesse de preservar os valores do pas-
Idade Média, e não indica que a Igreja foi responsá- sado bizantino. Pelo contrário, a alteração do nome
vel por fundar uma lógica de pensamento pautada da cidade demonstra o interesse em instaurar uma
pelo uso da razão. nova forma de poder sobre a região.
d) (F) Ao tomar a posse do território bizantino, os turcos
17 C não apresentaram interesse em resgatar o pas-
a) (F) Apesar de ser política, a jura de vassalagem, repre- sado grego para essa região, conforme proposto
sentada na iluminura, não era monopolizada pelas pela alternativa. Pelo contrário, o sultanato tinha o
instituições monárquicas ou por reis. Nesse sentido, desejo de renomear esse território para consolidar
as relações de suserania e vassalagem podiam ser a sua dominação sobre a região.
exercidas por outros membros da nobreza fundiária. e) (F) O texto-base não indica que a ação do sultão
b) (F) A cerimônia de vassalagem apresentava um cará- Mehmed de renomear Constantinopla como
ter religioso. Contudo, os elementos religiosos não Istambul revelava projetos de expandir o território
são indicados na iluminura. Além disso, é incorreto muçulmano indefinidamente, como proposto pela
afirmar que a cerimônia de vassalagem é um rito alternativa.
particular ou específico da Igreja Católica, mas sim
um ritual partilhado por membros da Igreja, da 19 E
nobreza e outras testemunhas que estavam presen- a) (F) O texto 1 descreve a utilização de matérias-primas
tes quando o vassalo jurava fidelidade ao suserano. não europeias, como os diamantes, na composi-
c) (V) O evento retratado na imagem é conhecido como ção dos caixões. O texto 2 também revela a pre-
cerimônia de vassalagem. O juramento de fideli- sença de recursos não europeus na composição do
dade era geralmente realizado como parte de uma quadro, como os instrumentos de navegação e os
cerimônia tradicional em que o súdito ou vassalo tapetes persas, por exemplo. Dessa forma, não é
dava a seu senhor uma promessa de lealdade e possível afirmar que a ordem cultural renascentista,
aceitação das consequências caso houvesse uma à qual pertencem ambas as obras, inutilizava pro-
quebra de confiança. Em troca, o senhor prometia dutos estrangeiros em seus produtos artísticos.
proteger e permanecer leal ao seu vassalo. b) (F) Ambos os textos sinalizam a utilização de produtos
d) (F) A cerimônia de vassalagem era um ritual que fir- não europeus nas obras de arte: os instrumentos de
mava a concessão da propriedade de terra de um navegação, os tapetes persas, pedras e metais pre-
nobre a um vassalo que não possuía terras. Nesse ciosos. Porém, essa utilização serve à exaltação da
sentido, esse rito envolvia questões econômicas. cultura europeia, e não das culturas estrangeiras.
Contudo, é incorreto afirmar que esse ritual feudal c) (F) Assim como os europeus utilizavam as matérias-
era sustentado ou mantido pelas corporações de -primas estrangeiras em suas produções artísticas
ofício interessadas, mas antes a própria estrutura sem valorizar a origem desses bens, também é
social medieval o legitimava e propagava. possível afirmar que os lucros obtidos com a pro-
e) (F) A cerimônia de vassalagem foi um produto cultu- dução dessas obras não eram partilhados com as
ral do período medieval. Porém, é incorreto afirmar colônias de origem.
que essa cerimônia era reservada ao repasse da tra- d) (F) Apesar de utilizar produtos estrangeiros ou alheios
dição medieval artística, já que essa não era a finali- ao território europeu, não é possível afirmar que
dade dessa cerimônia, e sim o estabelecimento do esse uso, por si só, correspondia à valoração de uma
laço de fidelidade entre o suserano e o vassalo. perspectiva não europeia. Pelo contrário, a com-
paração entre os textos permite inferir que, ainda
18 A que produtos como o diamante, que é encontrado
a) (V) O fato de o sultão Mehmed ter rebatizado Cons- sobretudo em regiões africanas, fossem utilizados
tantinopla como Istambul representa o desejo de em obras de arte, os indivíduos oriundos desse
renomear culturalmente aquele território para continente, por exemplo, não são, por muitas
dominá-lo. Nesse sentido, a ação do sultão busca vezes, retratados em obras de arte renascentistas,
ressignificar o pertencimento do território a uma como a exposta no texto 2.
nova ordem política, instaurada pelos povos turcos. e) (V) Percebe-se, em um primeiro momento, a riqueza
b) (F) O ato de renomear o território de Constantino- de detalhes em ambas as obras representadas nos
pla para Istambul tinha a finalidade de assegurar textos 1 e 2. No entanto, nesses textos, não há
a dominação simbólica e efetiva da nova ordem referência à origem dos produtos que são apresen-
turca instaurada nesse território. Logo, é incorreto tados. Assim, é possível notar que a cultura renas-
afirmar que, com essa renomeação, os turcos dese- centista foca em uma narrativa excludente, já que
javam garantir a dominação de regiões não domi- apresenta itens estrangeiros, porém os exclui da
nadas por eles. representação artística.

173
Ciências Humanas e suas Tecnologias

20 A d) (F) Os textos estimulam uma associação crítica entre


História e Arte, mas não contribuem para enaltecer
a) (V) O fragmento do texto revela que os movimentos
o vínculo entre ciência histórica e religião.
feministas da década de 1960 são fruto da inserção e) (F) O texto escrito por Walter Benjamim apropriou-se
das mulheres no mercado de trabalho e nos siste- do quadro Angelus Novus para estabelecer um
mas de ensino. Portanto, o acesso ao trabalho e à paralelo com a ciência histórica. Ou seja, não houve
educação, fator que inseriu as mulheres no espaço apropriação artística dos fatos históricos, e sim da
público, foi fundamental para o desenrolar das obra de arte pelo escritor. Isso pode ser perce-
lutas por igualdade de gênero. bido por meio da comparação entre os textos, que
b) (F) O texto evidencia justamente o oposto do que a indica que o texto do autor se inspira no quadro
alternativa aponta, já que há uma maior partici- para atender a seus objetivos.
pação das mulheres no mercado de trabalho e na
educação e, paulatinamente, por meio dos movi- 22 E
mentos feministas, houve a possibilidade de con-
a) (F) Apesar de as diferenças culturais dentro do conti-
quista de mais direitos.
nente africano existirem, esse ponto não é retra-
c) (F) O texto indica como a inserção das mulheres no
tado em ambos os textos e não é o ponto focal de
ensino superior foi fundamental para o engaja-
discordância entre eles.
mento delas nos movimentos que reivindicavam
b) (F) Em nenhum dos dois trechos apresentados é pos-
pautas feministas. Porém, o texto não estabelece a
sível ver a análise do povo africano por sua própria
relação entre poder aquisitivo feminino e a inserção
ótica; ou seja, não é possível perceber que as pes-
das mulheres em universidades particulares.
soas nativas do continente é que buscam a união
d) (F) O movimento de mulheres levantava bandeiras que
com outros. Na verdade, os textos evidenciam análi-
se sobrepunham à divisão bipolar da Guerra Fria.
ses externas sobre a cultura e a identidade africanas.
Na realidade, o texto evidencia como a inserção
c) (F) Apesar de historicamente ser possível afirmar que os
das mulheres no mercado de trabalho assalariado,
continentes estrangeiros dependem ou depende-
que atende a uma lógica capitalista de produção,
ram dos recursos naturais e humanos da África, esse
contribuiu para a organização política feminista.
ponto não é retratado em nenhum dos dois trechos
Ainda assim, não é possível afirmar que houve esfa-
apresentados no item, portanto não pode ser consi-
celamento dos valores patriarcais.
derado o principal ponto de discordância entre eles.
e) (F) Embora o texto apresente a introdução das mulhe- d) (F) O registro histórico presente em ambos os textos é
res no mercado de trabalho como um elemento realizado por estrangeiros, e naqueles não há indícios
que contribuiu para a emancipação delas, ele não que indiquem que o povo africano deve refutar o seu
expõe a natureza desse emprego nem a igualdade passado histórico. Na realidade, essa discordância
de funções e de salários entre homens e mulheres. entre os textos está relacionada ao modo como os
africanos e a África são encarados pelos estrangeiros.
21 A e) (V) É possível perceber que os dois textos têm em
a) (V) O fragmento no texto 2, retirado da obra de Wal- comum a análise da cultura africana em compara-
ter Benjamim, expõe uma crítica aberta à noção ção com outras. No entanto, as formas com que os
mecanicista de progresso, como se ele fosse algo textos apresentam isso são discordantes: o primeiro
essencialmente positivo. Portanto, no texto, o autor desvaloriza a cultura africana ao colocar a cultura
questiona a noção de que o progresso, por si só, não dominante como padrão a ser seguido; o segundo,
asseguraria o desenvolvimento próspero da huma- ao estabelecer uma comparação (“a África tem his-
nidade. Além disso, oferece uma reflexão acerca tória como qualquer outra parte da Terra”), afirma
do próprio desenvolvimento da História, que não que a cultura africana é digna de valorização como
necessariamente é uma seta reta e progressiva. qualquer outra cultura; ou seja, as formas de com-
b) (F) O materialismo é uma corrente de pensamento que paração dos textos são opostas e discordantes.
destaca a materialidade das relações socioeconô-
micas como a força que move a História. Logo, o 23 B
texto não contribui para o apagamento da influência a) (F) A alternativa é falsa, pois entende-se que a Ingla-
dessa corrente filosófica, embora haja alguns contra- terra atuou, de maneira bastante aguda, na legis-
pontos entre as visões do autor e dessa teoria. lação brasileira e pressionou, de forma enfática, a
c) (F) A comparação entre os textos permite inferir que aplicação dos próprios interesses sobre o Brasil.
o autor se apropriou da obra Angelus Novus para b) (V) O texto mostra que o Estado brasileiro tomava
construir uma interpretação sobre a ciência his- medidas até contraditórias pelo fim do tráfico e da
tórica. Esse exercício evidencia como uma obra escravidão de forma geral, o que também se via na
pode ser interpretada de maneira diferente a sociedade, uma vez que, enquanto a elite urbana
depender da subjetividade do historiador. Logo, era intelectualizada e contrária à escravidão, a elite
esse tipo de uso de fontes documentais é, na ver- latifundiária via com receio a libertação de sua prin-
dade, bastante pertinente. cipal fonte de riqueza.

174
Ciências Humanas e suas Tecnologias

c) (F) A alternativa é falsa, pois o principal setor amea- c) (F) O recrutamento de mão de obra africana aconteceu
çado pelo fim do tráfico atlântico de pessoas escra- com muita intensidade em séculos anteriores. Porém,
vizadas era o das lavouras de monocultura, que o período retratado no texto compreende um con-
dependiam da escravidão para obter lucros máxi- texto histórico “antiescravista”. Além disso, a mão de
mos e mão de obra abundante. obra especializada não era africana, e sim europeia.
d) (F) A alternativa é incorreta, pois, conforme explicitado d) (F) Apesar de, indiretamente, ações imperialistas indi-
no texto, alguns membros do governo estavam carem as distinções políticas entre países, os obje-
favoráveis à proibição do tráfico enquanto outros tivos principais de dominação europeia giram em
buscavam formas de deixar o acordo internacional. torno de uma busca pela imposição cultural e polí-
e) (F) A alternativa é falsa, pois o texto evidencia as dis- tica, e não da reafirmação da diversidade cultural.
cordâncias entre os governos brasileiro e inglês em e) (F) Não existia interesse real das nações colonizadoras
relação à aceitação do tratado de Bill Aberdeen no em auxiliar os nativos dos territórios colonizados
Brasil. Além disso, a agenda nacional contra o escra- a se desenvolverem intelectualmente. A proposta
vismo foi pressionada pela Inglaterra, que, sentindo “civilizatória” era, na verdade, um artifício narrativo
a necessidade de mercados consumidores, passou utilizado por esses grupos, mas que não represen-
a pressionar os países altamente dependentes da tava o real interesse europeu ou norte-americano
mão de obra escravizada, como era o Brasil. em suas ações colonizadoras, muito mais ligadas à
exploração econômica ou ao domínio político.
24 C
a) (F) A região era foco das potências da época (EUA e História 2
URSS), que travavam uma disputa de influência;
porém, a busca por expansão territorial era mais o 01 C
foco dos países árabes e de Israel do que do país
norte-americano. a) (F) Apesar de serem eventos separados por menos
b) (F) A alternativa B está incorreta, pois o texto aborda a de 10 anos, a poesia não aproxima a Revolta dos
influência americana e soviética e de seus respecti- Alfaiates da Revolução Francesa devido ao recorte
vos modelos socioeconômicos sobre as decisões temporal, mas sim devido à defesa dos ideais ilu-
feitas por outros países na época, o que pode ser ministas de fraternidade, que motivaram ambas as
analisado como uma prática de dominação impe- revoluções.
rialista de países capitalistas, como os EUA, sobre b) (F) A Revolução Francesa foi protagonizada por cam-
os territórios da Península Arábica. poneses e burgueses, mas não teve a participação
c) (V) A alternativa C está correta, pois o texto confirma a direta de escravizados, ao contrário da Revolta dos
presença e a influência dos EUA e da URSS nas polí- Alfaiates, que foi protagonizada por escravizados,
ticas do Oriente Médio que iam além de disputas como o alfaiate Manuel Faustino.
sobre recursos ou territórios. A vitória sobre um dos c) (V) A poesia indica que a Revolta dos Alfaiates foi inspi-
lados implicaria a vitória do capitalismo sobre o rada em ideais vindos da França, os quais defendiam
socialismo na região ou vice-versa. a república e a fraternidade. Em outras palavras, a
d) (F) A alternativa D está incorreta, pois falha em não Revolta dos Alfaiates, assim como a Revolução Fran-
reconhecer o cenário mundial da época (Guerra cesa, teve sua inspiração nos ideais iluministas, que
Fria) como uma das principais influências para a questionavam o absolutismo monárquico.
eclosão da Guerra dos Seis Dias. d) (F) A Revolta dos Alfaiates foi liderada por negros
e) (F) A alternativa E está incorreta, pois restringe o escravizados e pessoas pertencentes às camadas
conflito a questões religiosas, falhando em não mais populares, o que motivou a Coroa portuguesa
reconhecer as influências externas americana e a estabelecer punições mais severas a essas lide-
soviética, que se estendiam por todo o mundo. No ranças. No entanto, não é indicado no texto que
limite, foram os conflitos entre essas duas nações os líderes da Revolução Francesa sofreram esse
que ocasionaram situações como a Guerra dos mesmo tipo de punição.
Seis Dias, comentada no texto. e) (F) Embora existisse, de fato, uma aproximação ideo-
lógica entre a Revolução Francesa e a Revolta dos
25 A Alfaiates, não é correto afirmar que essas revoltas
defendiam o Antigo Regime, mas sim que o cri-
a) (V) O imperialismo do século XIX foi amplamente impul-
ticavam, já que foram movimentos inspirados no
sionado por expedições científicas que tinham obje-
Iluminismo.
tivos simbólicos de “pacificação” e “civilização” do
continente africano, mas, como mostra o texto, ser-
viam a um objetivo principal: plantar as sementes do 02 B
imperialismo europeu na África. a) (F) Em nenhum dos textos, há a perspectiva de denún-
b) (F) Apesar de a divulgação científica dos traços socio- cia das restrições exercidas por sindicatos. Na ver-
culturais africanos ter acontecido, esse era um dade, no período analisado, os trabalhadores se
“meio”, e não um “fim”, ou seja, essa ação servia organizavam nessas associações para realizar suas
aos interesses imperialistas, e não antropológicos. reivindicações.

175
Ciências Humanas e suas Tecnologias

b) (V) Em ambos os textos, os autores apontam para a b) (F) Os colonos que se revoltavam não estavam insatis-
existência, por um longo período, de uma produ- feitos com a inexistência de locais de exportação
ção historiográfica que não considerava a impor- suficientes na colônia, mas com as condições que a
tância da participação dos trabalhadores enquanto exploração colonial impunha sobre a população do
sujeitos históricos ativos nas reivindicações e nas país.
mudanças provocadas pela Revolução de 1930. c) (V) Diferentemente das primeiras revoltas coloniais
c) (F) Em seus textos, os autores defendem que a luta brasileiras, os movimentos revoltosos que surgiram
proletária foi um elemento ativo e importante a partir do século XVIII passaram a exigir autonomia
durante a ocorrência da Revolução de 1930. Entre- política e o fim da submissão ao monarca portu-
tanto, nenhum deles faz algum tipo de nivelamento guês.
dos eventos históricos, nem da luta operária nem d) (F) A fiscalização e a carga tributária impostas sobre a
da disputa política. colônia costumavam estar entre as principais cau-
d) (F) Não há, nos textos, uma análise sobre os impactos sas das revoltas coloniais, desde o início da domi-
que as medidas trabalhistas tiveram para os traba- nação portuguesa, visto que as cobranças feitas
lhadores, mas apenas um destaque para a partici- pela metrópole eram consideradas injustas. Dessa
pação dos operários na Revolução de 1930. forma, a demanda pela desativação de instrumen-
e) (F) Não há, nos textos, a descrição das diferenças entre tos de fiscalização coloniais é uma permanência
as reivindicações das classes sociais envolvidas na dos movimentos revoltosos, e não uma mudança.
Revolução de 1930. e) (F) A intenção dos revoltosos coloniais não era anular
ou interromper as relações com os países europeus,
mas ter autonomia para manter essas relações sem
03 B
a interferência ou mediação portuguesa.
a) (F) O objetivo da Constituição de 1988 não foi repro-
duzir os modelos políticos vivenciados pelos países 05 C
vizinhos, uma vez que eles variavam entre ditaduras
a) (F) A menção do texto às companhias de estradas de
militares e repúblicas, mas possibilitar que o Brasil
ferro não se refere a empresas controladas pelo
se constituísse como uma sociedade mais demo-
Estado, mas a empresas privadas – algumas inter-
crática após alguns anos de governo autoritário.
nacionais – que permitiam a conservação do poder
b) (V) A Constituição de 1988 se destacou por ser uma
nas mãos dos oligarcas.
constituição mais democrática, uma vez que asse-
b) (F) De acordo com o texto, Lima Barreto enxergava a
gurava o estabelecimento de um Estado republi-
imprensa como aliada aos interesses oligárquicos,
cano, presidencialista, garantidor da liberdade,
isto é, um grupo que atuava para manter os fazen-
da propriedade privada e da participação popular,
deiros no poder, não necessariamente estimulando
diferentemente das ações repressivas incorporadas
o exercício da cidadania.
à Constituição anterior.
c) (V) O texto menciona as críticas feitas por Lima Barreto
c) (F) Quando a Constituição de 1988 foi promulgada,
à atuação da imprensa como instrumento para legi-
o Brasil saía de um período marcado por medidas timar e manter o poder nas mãos das oligarquias
fortemente repressivas. Nesse sentido, a Constitui- locais do país.
ção objetivava aliviar as medidas coercitivas ado- d) (F) Lima Barreto não atribui à imprensa o papel de
tadas pelos governos anteriores, sem, no entanto, inserir o capital internacional nas indústrias brasilei-
revogar a atuação de órgãos reguladores. ras, mas descreve que ela tem um papel fundamen-
d) (F) A ideia da Constituição de 1988 é de que as pes- tal na manutenção das oligarquias no poder.
soas consigam participar mais ativamente dos pro- e) (F) Lima Barreto descreve a imprensa, de forma sar-
cessos políticos, e não somente das eleições, exer- cástica, como um grupo moral, já que as práticas
cendo o direito de cidadania com constância, como dela possibilitavam a manutenção dos grupos oli-
apresenta o texto. gárquicos no poder, desconsiderando o bem‑estar
e) (F) Embora a Constituição de 1988 tenha defendido da população.
direitos e a participação ativa da iniciativa popular,
das comunidades indígenas e dos trabalhadores, 06 B
seu texto cria privilégios políticos, fortalecendo
grupos corporativistas e mantendo as desigualda- a) (F) A personagem que representa o presidente Jus-
celino Kubitschek carrega jornais em que estão
des sociais entre os cidadãos brasileiros.
escritos: imprensa oficial e uma pasta na qual
está escrito: agência nacional. Portanto, a ima-
04 C gem indica que o governo de Juscelino carrega a
a) (F) As primeiras indústrias surgiram na Inglaterra entre imprensa oficial, a qual era pertencente ao Estado
o final do século XVIII e o início do século XIX, tendo brasileiro, “debaixo do braço”, buscando manipu-
se tornado alvo de investimento das elites brasilei- lá-la para fazer uma propaganda ufanista e pessoal,
ras algumas décadas mais tarde, em um período e não sustentar os gastos das empresas privadas de
histórico posterior ao apresentado no texto. comunicação.

176
Ciências Humanas e suas Tecnologias

b) (V) No monólogo indicado abaixo da charge, Juscelino buscava exaltar a importância da cultura indígena
Kubitschek critica a oposição afirmando que ela brasileira, ao passo que Frei Vicente, autor do texto 2,
atrapalha o desenvolvimento da sua propaganda é um conquistador português que escrevia a história
político-pessoal. Além disso, a charge revela como das terras recém-descobertas de modo a valorizar o
a gestão JK buscou amordaçar os veículos midiá- protagonismo dos portugueses.
ticos de oposição e exercer um controle sobre a e) (F) Embora o texto 2 busque enaltecer os conquista-
mídia estatal de modo a fazer com que ela promo- dores portugueses, o texto 1 não o faz, e indica
vesse o seu governo. uma visão positiva em relação aos indígenas, res-
c) (F) Ainda que Juscelino Kubitschek tenha sido eleito saltando a capacidade dos indígenas de reagirem
de forma democrática, a charge mostra a oposição à dominação que lhes foi imposta pelos coloniza-
amordaçada pelo governo JK, o que revela como dores. Por isso, é incorreto afirmar que ambos os
a imprensa era censurada durante o seu mandato. textos foram escritos com a finalidade de valorizar
Portanto, é incorreto afirmar que esse governo o passado colonial português.
defendeu a liberdade de imprensa nesse período, e
sim que ele buscou silenciar os opositores políticos. 08 B
d) (F) A charge apresentada indica como a gestão de JK a) (F) O texto não indica que o movimento de dinamiza-
procurou manipular a imprensa pública a seu favor, ção da Região Amazônica foi feito a partir do prota-
e não retirar a credibilidade dos jornais favoráveis gonismo dos governos e comunidades locais, e sim
ao seu governo. Na realidade, a imagem mostra gerido pelos interesses do governo federal, visto
como a gestão JK desvalorizou a mídia de oposição que o plano mencionado no texto foi uma iniciativa
ao seu governo. do governo Vargas. Além disso, o desenvolvimento
e) (F) Como a personagem de JK manifesta na charge, da região serviria não só para beneficiar a população
o interesse prioritário de Juscelino era o de lidar local, mas para expandir a riqueza de todo o Brasil.
com a mídia e com os meios de comunicação para b) (V) Por meio do dispositivo legal apresentado, é pos-
que eles o promovessem, e não institucionalizar os sível perceber que o Plano de Valorização Econô-
sindicatos de jornalistas. mica da Amazônia foi projetado com a finalidade
de expandir e iniciar diversos empreendimentos na
07 D região, de modo a aproveitar o potencial produtivo
a) (F) A alternativa está incorreta, pois, embora o texto 1 da Amazônia. Nesse sentido, o plano possuía um
promova uma crítica relacionada ao processo de caráter intervencionista, com o objetivo de modi-
dominação do Brasil pelos portugueses, o texto 2 ficar a região para potencializar a riqueza que ela
é construído de forma a enaltecer a figura do con- poderia oferecer.
quistador português ao afirmar que eles eram con- c) (F) No texto, o plano apresentado pelo governo var-
siderados seres divinos pelos indígenas. guista incentivou a entrada de novos empreendi-
b) (F) O texto de Oswald de Andrade promove um ques- mentos na Região Amazônica. Nesse sentido, esse
tionamento em relação à narrativa clássica sobre o governo estimulou a entrada de diversos capitais,
descobrimento do Brasil, e não possui o propósito estrangeiros ou nacionais, na Amazônia, e não limi-
de fortalecer a noção de identidade nacional. Além tou a quantidade de empresas públicas nacionais
disso, ainda que o texto 2 reforce o protagonismo nessa região.
lusitano na conquista do território recém-desco- d) (F) O texto legal evidencia a intenção do presidente
berto, o Brasil ainda não era considerado como de ampliar a extração dos recursos naturais amazô-
uma nação no período do descobrimento. nicos, como a produção agrícola e pecuária. Essas
c) (F) A alternativa é incorreta, pois nenhum dos autores atividades, aliadas ao desenvolvimento indus-
está expondo relatos inverídicos sobre o evento pas- trial projetado no plano mencionado, são de alto
sado, e sim cada um deles construiu uma narrativa impacto ambiental. Ademais, o excerto não indica
diferente sobre o descobrimento do Brasil. Além que a preservação ambiental da Amazônia era uma
disso, a busca pela verdade histórica foi superada preocupação desse plano econômico varguista.
pelos estudos históricos, pois o objetivo dos historia- e) (F) Embora os órgãos de propaganda política de Vargas
dores é compreender como cada sujeito interpreta tenham sido construídos para enaltecer o persona-
um determinado evento, como o fato histórico rela- lismo e a centralidade política desse líder, o texto
tado nos textos. não indica que o plano mencionado foi embasado
d) (V) O texto 1 indica que os indígenas não estavam intimi- em um princípio individualista, e sim que o desen-
dados com a presença dos estrangeiros. Já o texto 2 volvimento da Região Amazônica, defendido pelo
apresenta os indígenas como seres que foram paci- plano, serviria não só para beneficiar a população
ficamente conquistados. A diferença na interpreta- local, mas também para expandir a riqueza do Brasil.
ção dos eventos se deve ao cenário cultural em que
cada um dos autores está inserido e aos interesses 09 C
de cada autor em narrar o descobrimento do Brasil a) (F) Os textos indicam as diferentes formas como o
a partir de suas perspectivas. Oswald de Andrade, ideário republicano estava presente nos debates
autor do texto 1, é um expoente do Modernismo e públicos durante o Período Regencial e divergem

177
Ciências Humanas e suas Tecnologias

sobre quais atores políticos o defenderam ou deve- produção açucareira eram mediados e destinados
riam ser os responsáveis por defendê-lo, e não à monarquia instituída. Nesse sentido, é incorreto
apontam para o fato de haver uma preocupação afirmar que a produção açucareira do período colo-
com a formação de uma gestão federal democrá- nial aderiu ao livre mercado, ou seja, a uma forma
tica nesse período. livre para realizar trocas mercadológicas.
b) (F) Os textos expressam que o conceito de República d) (F) A principal mão de obra utilizada nos engenhos
foi debatido durante o Período Regencial, mas não açucareiros era a de escravizados negros oriun-
indicam que o ideal republicano foi adotado como dos do continente africano, e não a dos indígenas.
uma forma de governo oficial no contexto do Brasil Além disso, o fragmento não evidencia os indíge-
Império. Além disso, historicamente, a Regência foi nas como a principal mão de obra nos engenhos.
uma organização política centralizada ao redor da e) (V) O excerto aponta como os engenhos coloniais
monarquia imperial e não buscou aderir ao republi- organizavam os seus métodos de trabalho. Esses
canismo como poder central. métodos possuem semelhanças com as primeiras
c) (V) O texto 2 aponta que o ideal republicano foi algo linhas de produção fabris, nas quais cada etapa da
que esteve presente durante o Período Regencial montagem de um produto dependia da etapa ante-
devido ao surgimento da pluralidade de debates riormente realizada. Além disso, o controle dos tem-
públicos e de grupos políticos. O texto 1 expõe que, pos e procedimentos, proposto por teorias como a
ainda que os monarquistas defendessem o ideal da administração científica de Taylor, já podiam ser
republicano, a verdadeira República só poderia ser observados na produção colonial açucareira, como
constituída por meio de movimentos desvincula- o texto indica.
dos do poder vigente e favoráveis à deposição da
monarquia. Logo, ainda que os textos se diferen- 11 B
ciem em indicar quais atores políticos deveriam viver a) (F) O texto de Celso Furtado destaca a corrente
a experiência republicana, ambos os textos conver- migratória espontânea do Nordeste em direção às
gem para o fato de que o ideário republicano era regiões onde o ouro foi descoberto, o que alterou
debatido por grupos políticos ligados à Regência. as dinâmicas populacionais e de transposição de
d) (F) O texto 1 foi retirado de um jornal do Período recursos financeiros para esses locais. No entanto,
Regencial, conhecido como A Matraca dos Farrou- o texto não indica que a descoberta do ouro gerou
pilhas. Isso mostra como as discussões sobre os um aumento do cultivo de subsistência, ou seja,
sujeitos que deveriam difundir o republicanismo no da produção de alimentos destinados a garantir a
Brasil estavam presentes no debate público. Além sobrevivência da própria pessoa que produz deter-
disso, o texto 2 revela como os três grupos políticos minado cultivo agrícola.
do Período Regencial participavam da cena pública b) (V) O excerto aponta a retomada do crescimento
institucional. econômico brasileiro após a descoberta do ouro
e) (F) O texto 1 indica como o ideário republicano deveria no Brasil. Essa descoberta fez com que a mão de
ser assegurado por grupos políticos não monarquis- obra escravizada fosse deslocada para atender às
tas. Já o texto 2 revela como as alas de poder que demandas da nova região aurífera, o que reforçou
faziam parte do jogo político do Período Regen- o modelo escravista de trabalho. Portanto, os ele-
cial já apresentavam um certo caráter republicano. mentos movimentados pela descoberta do ouro
Dessa forma, nenhum dos textos indica que as alas presentes no texto são a migração e a escravidão.
políticas ligadas ao poder central monarquista lega- c) (F) Embora a vinda de imigrantes estrangeiros por-
lizaram a República no Período Regencial. tugueses no contexto da descoberta do ouro no
Brasil tenha impulsionado o desenvolvimento de
10 E novas tecnologias de transporte, como a constru-
a) (F) Além das longas jornadas de trabalho realizadas pelos ção de navios mais modernos, é incorreto afirmar
escravizados, as condições de trabalho nos engenhos que a descoberta do ouro estimulou a adesão do
eram insalubres. Contudo, o texto não aponta para governo brasileiro à economia de mercado, na qual
essa característica da produção açucareira no Brasil as ideias liberais como a liberdade individual para
Colonial, e sim indica como essa produção era rigi- ganhos pessoais e a mínima intervenção estatal
damente controlada, o que diferenciava o açúcar de foram aplicadas na economia, visto que no Ciclo do
outros cultivos agrícolas desse período. Ouro a porcentagem sobre a circulação e venda do
b) (F) As instalações do engenho contavam com algu- ouro era controlada pelo poder imperial.
mas engenhosidades mecânicas relacionadas à d) (F) A migração populacional que ocorreu das regiões
tração dos moinhos de açúcar. Porém, o texto não brasileiras como o Nordeste para a região do atual
menciona o fato de essas instalações serem caras estado das Minas Gerais, no período do Ciclo do
nem o custo da manutenção delas para o senhor Ouro no Brasil, estimulou a construção de algumas
de engenho. vias de transporte entre essas regiões. Contudo, é
c) (F) No Período Colonial (1530-1822), o governo do incorreto afirmar que a descoberta do ouro trouxe
Brasil era desempenhado por membros da monar- um desenvolvimento industrial para as regiões aurí-
quia portuguesa. Portanto, os lucros oriundos da feras, visto que a implantação de indústrias no Brasil

178
Ciências Humanas e suas Tecnologias

ocorreu efetivamente em um período posterior, ao c) (F) No contexto da independência do Brasil, as duas


final do século XIX e início do XX, influenciada pela nações ibéricas oficiais eram Portugal e Espanha.
crise da cafeicultura no Brasil. Dessa forma, a alternativa está incorreta porque o
e) (F) O ouro proporcionou a emergência de vilas, fre- texto-base não busca analisar as relações diplomá-
guesias e agrupamentos urbanos diversos. Além ticas entre as potências ibéricas, e sim as restrições
disso, o surgimento do ouro fez emergir novos esti- impostas pela Grã-Bretanha a países como o Brasil
los arquitetônicos específicos do período, como o e Portugal.
barroco e rococó brasileiros. No entanto, o texto d) (F) No período contemplado pelo texto-base, o Bra-
não aborda o surgimento dessas tendências. sil já havia se tornado independente de Portugal.
Assim, nem Portugal nem Grã-Bretanha pretendiam
12 C retornar à situação colonial do recém-liberto país.
a) (F) O texto critica a existência de monumentos e obras A seleção da alternativa provavelmente decorre da
públicas que prestam homenagem a governantes incompreensão temporal do contexto do item, ou
autoritários e ditatoriais. Portanto, o fragmento não da leitura equivocada do texto-base.
critica a existência de patrimônios culturais imate- e) (V) Como o texto indica, a Grã-Bretanha executou uma
riais, ou seja, bens culturais que não são elementos série de pressões sobre o Brasil, que acabara de se
concretos, como edificações. tornar independente, para acabar com o comércio
b) (F) Embora o Departamento de Imprensa e Propa- e com o contrabando de sujeitos escravizados pelo
ganda (DIP) tenha atuado como um órgão difusor da Oceano Atlântico. Essas pressões foram responsá-
propaganda favorável a Getúlio Vargas, o autor não veis por promover uma maior aproximação entre
faz uma argumentação que destaca isso, e sim pro- Portugal e Brasil, já que os governos de ambos os
cura refletir sobre a manutenção de homenagens em países concordavam, na prática, com a manutenção
locais e instituições públicas a um governo ditatorial. do tráfico transatlântico de escravizados.
c) (V) Segundo o texto, o autor busca compreender como
Getúlio Vargas continua sendo valorizado nas pes- 14 E
quisas acadêmicas, mesmo após ter agido de forma
a) (F) O texto apresentado foi dirigido a um membro da
não democrática, por exemplo, contra as oposições
Igreja Católica – prior dos Carmelitas Descalços,
políticas ao seu governo. Nesse sentido, o autor
conforme destacado. Assim, o texto não indica que
indica que a produção de memória sobre o var-
o bilhete carregava uma mensagem anticlerical.
guismo ainda é repleta de contradições ideológicas.
b) (F) O texto-base destaca o protagonismo popular no
d) (F) O autor menciona a existência de produções aca-
movimento e nas decisões tomadas pelos integran-
dêmicas sobre o Estado Novo e sobre a Era Vargas
tes da Conjuração Baiana. Esse princípio é oposto
de uma maneira geral. Porém, critica o fato de que
ao monarquismo, uma vez que o monarquismo
essas pesquisas tendem a fazer uma abordagem
dá centralidade de poder ao rei ou à rainha, que
elogiosa e parcial sobre a gestão do governante.
não são eleitos democraticamente para o governo.
Além disso, o fragmento não defende o estudo
Dessa forma, a alternativa está incorreta.
sobre o populismo.
c) (F) O fragmento não relaciona a Conjuração Baiana ao
e) (F) O autor menciona que países estrangeiros tendem
processo de Independência norte-americano. Além
a condenar a existência de lugares de memória
disso, os ideais de liberdade, igualdade e fraterni-
destinados a homenagear governantes autoritários
dade, expostos no texto, influenciaram diversas
e líderes ditatoriais. No entanto, não é possível afir-
revoluções, como a Conjuração Baiana. Logo, eles
mar que ele é favorável à participação política dos
não ficaram restritos ao processo de Independência
cidadãos estrangeiros na elaboração da memória
dos Estados Unidos.
nacional brasileira.
d) (F) O haitianismo foi um movimento iniciado por parte
dos senhores de escravizados, caracterizado por
13 E um crescente medo de uma insurreição dos escra-
a) (F) O texto não indica que houve a consolidação de vizados aos moldes da Revolução do Haiti. Dessa
um pacto colonial entre o Brasil e a Grã-Bretanha forma, como não há nada no documento que indi-
durante o processo da Independência do Brasil. que que a Conjuração Baiana foi fundamentada a
Na realidade, segundo o fragmento, a “poderosa partir de valores escravagistas, já que essa revolta
rainha dos mares” tentava impor a sua superio- pregava a liberdade e a igualdade entre os indiví-
ridade hierárquica para restringir a comercializa- duos, a alternativa está incorreta.
ção de escravizados africanos, mas não firmou um e) (V) O texto indica que deveriam ser exaltados os princí-
pacto de exclusividade comercial com o Brasil. pios de igualdade, liberdade e fraternidade popular
b) (F) O contrabando não foi o elemento responsável na Bahia republicana. Nesse sentido, como esses
pelos conflitos entre Portugal e Brasil, já que o princípios mencionados foram o lema da Revolução
texto indica que ambos os países compartilhavam a Francesa, é correto associar a influência dessa expe-
mesma visão escravocrata. riência revolucionária na Conjuração Baiana.

179
Ciências Humanas e suas Tecnologias

15 A c) (F) A população não se revoltou devido a uma


cobrança exagerada de tributos destinados à área
a) (V) O texto indica que, durante a conjuntura polí-
da saúde, mas sim em decorrência da obrigatorie-
tica do Segundo Reinado, dois partidos políticos
dade da vacinação, aliada aos desmandos governa-
com correntes ideológicas aparentemente distintas
mentais. Ainda que a vacinação da população fosse
(conservadores e liberais, ou Saquaremas e Luzias,
importante, a obrigatoriedade foi considerada pela
respectivamente) disputavam o poder político. No
população mais pobre como uma violação aos
entanto, como o fragmento aponta, esses partidos,
na prática, agiam conforme interesses semelhantes. direitos individuais.
Além disso, eles defendiam pautas elitistas, e não d) (F) O fragmento indica que duas das causas que con-
causas das camadas populares. tribuiram para o desencadeamento da Revolta da
b) (F) O texto não indica que a pauta da abolição era rei- Vacina foram a implementação de reformas urba-
vindicada pelos partidos políticos mencionados, já nísticas na cidade do Rio de Janeiro e o processo
que a base econômica do Brasil era pautada pelo de obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, e
trabalho escravo. Além disso, o excerto não indica não a preocupação das elites com as condições de
que esses partidos defendiam a formação de uma vida da periferia.
Constituição, mas sim que eles apresentavam pau- e) (V) O projeto de modernização do Rio de Janeiro, imple-
tas ideológicas semelhantes, ainda que se posicio- mentado pelo prefeito Pereira Passos e pelo presi-
nassem como distintos entre si. dente Rodrigues Alves, não levou em consideração
c) (F) Como o fragmento indica, havia mais de um par- as necessidades da população menos privilegiada.
tido político durante o Segundo Reinado no Brasil, Com o alargamento de ruas e avenidas e a constru-
os liberais e os conservadores. Logo, não é correto ção de prédios mais modernos no centro, muitas
afirmar que esse período se caracterizava pelo pre- pessoas foram despejadas de suas casas e expulsas
domínio do unipartidarismo. Além disso, apesar para regiões periféricas da cidade. Esse conjunto
de ambos os partidos defenderem os interesses de ações, aliado à Lei da Vacina Obrigatória – que
da elite e serem majoritariamente escravocratas, a foi considerada invasiva pela população – gerou
pauta abolicionista existia no cenário político, ainda um conflito civil de proporções enormes em 1904.
que isso não esteja indicado no texto.
d) (F) Embora o conceito de democracia seja aplicado 17 B
a diversas realidades históricas, não se pode falar
a) (F) O texto apresenta a importância da lei 10.639/03
em democracia no Segundo Reinado, já que o
para o estudo e reconhecimento da pluralidade étni-
próprio valor democrático não era, ainda, reconhe-
cido como um valor prioritário no Brasil. E, embora co-racial do Brasil. Porém, o excerto não indica que a
o positivismo, corrente ideológica que defende a população afro-brasileira desconhece as suas raízes
ordem e o progresso da sociedade, tenha chegado históricas.
ao Brasil no período do Segundo Reinado, essa b) (V) Como o fragmento indica, a referida lei contribuiu
doutrina obteve mais prestígio no início da Primeira para a inclusão da história dos povos africanos e
República, e não no contexto exposto no texto. afro-brasileiros, que por muitas vezes foram mar-
e) (F) Embora, na prática, liberais e conservadores fossem ginalizados em conteúdos escolares, nos currículos
ideologicamente semelhantes, nenhum desses par- estudantis. Isso contribui para a valorização da plu-
tidos defendia a instauração de uma ditadura no ralidade étnica do Brasil.
Brasil. Além disso, entre eles, os liberais apresen- c) (F) O objetivo da legislação mencionada consiste em
tavam as pautas mais progressistas, como a defesa ampliar o conhecimento dos estudantes sobre os
da autonomia federativa dos estados brasileiros. Ou valores e a cultura de povos africanos e afro-brasi-
seja, essa pauta não era a tônica de toda a conjun- leiros. Portanto, essa lei não contribui para a valo-
tura política. rização da cultura eurocêntrica na construção do
povo brasileiro.
16 E d) (F) A legislação mencionada não possui a finalidade
a) (F) O excerto não indica que uma das causas da direta de garantir a igualdade de acesso dos povos
Revolta da Vacina foi a burocratização do acesso afrodescendentes ao ensino público, tendo em
popular aos serviços governamentais, e sim que vista que a Constituição Federal de 1988 possui
esse conflito teve o seu estopim devido à obriga- artigos que já estabelecem essa garantia aos bra-
toriedade da vacinação e ao projeto de moderni- sileiros, bem como à população afrodescendente
zação da cidade, o qual desprivilegiou a população que nasceu em território nacional.
mais pobre. e) (F) O texto mostra como a legislação indicada inclui
b) (F) O excerto não indica que governantes divergiam no currículo dos estabelecimentos de ensino a
no que diz respeito ao atendimento das demandas obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura
populares. O que se percebe, pelo texto, é que os Afro-Brasileira. Assim, a questão do livre acesso às
interesses do povo não foram levados em conta no produções culturais afrodescendentes em geral não
projeto de modernização urbana. é a finalidade desse aparato legislativo.

180
Ciências Humanas e suas Tecnologias

18 D industrialização mostra uma tentativa de ruptura gra-


dativa com o passado colonial e o estímulo à incor-
a) (F) Não podem ser encontrados, no panfleto, ele-
poração de novas atividades produtivas no país.
mentos que indiquem que os paulistas defendiam
as ideias do governo central de Getúlio Vargas.
20 E
Na verdade, a ideia promovida pelos paulistas na
charge é a de independência do Estado de São a) (F) Apesar de o movimento também adotar a reprodu-
Paulo, uma vez que o avanço e o progresso deste ção de gêneros musicais consagrados, não é esse
estariam sendo impedidos pelo governo varguista. o fator que contribui para a ruptura sociocultural, já
b) (F) O panfleto não apresenta nenhum elemento que que este é percebido em movimentos anteriores ao
se relaciona diretamente às eleições nacionais. tropicalismo.
b) (F) A estética regionalista nas composições musicais
Esse aspecto era importante tópico de atrito entre
é um elemento presente na proposta tropicalista.
os paulistas e o governo nacional, mas o que está
Porém, não é isso que fornece o caráter de ruptura
representado no cartaz é a ideia da nação como
a esse movimento.
obstáculo ao progresso de São Paulo.
c) (F) A interpretação/leitura de temas universais era algo
c) (F) O desejo representado no cartaz é de rompimento
apropriado pelos tropicalistas, porém não é esse o
com o Estado brasileiro em benefício da população
fator que faz com que esse movimento seja consi-
e do crescimento econômico paulistas, sendo a unifi- derado de ruptura sociocultural, já que esses temas
cação retratada como objeto de atraso e retrocesso. sempre foram aplicados em obras de correntes artís-
d) (V) O panfleto retrata o Brasil como um obstáculo à ticas anteriores.
máquina paulista, sendo o país identificado com o d) (F) O movimento da Tropicália buscou romper com os
carro de boi, e São Paulo, com o carro motorizado. tradicionalismos estéticos e políticos da década de
Nesse sentido, a imagem indica a intenção separa- 1960 no Brasil a partir de inovações nas letras das
tista que os membros das oligarquias paulistas der- canções e na própria forma de os artistas se porta-
rotadas na Revolução de 1930 pelas forças getulistas rem, como pode ser percebido no texto 1. Logo, é
tinham em relação ao governo central do Brasil. incorreto afirmar que a intenção desses artistas con-
e) (F) Apesar do desejo dos revolucionários partidários sistia em buscar a massificação dos costumes sociais.
da Revolução de 1932 de promover uma nova e) (V) O texto 2 apresenta um resumo importante para
constituinte, esse não é o tema do cartaz em ques- se entender o motivo de o movimento tropicalista
tão. Além disso, não há menção ou associação da ser considerado de ruptura sociocultural: a mistura
obra à oligarquia reinante no país, sendo esse um de gêneros musicais considerados antagonistas
modelo igualmente combatido pelos paulistas e e a apropriação de elementos culturais nacionais e
por Getúlio Vargas. estrangeiros refletem o caráter experimentalista da
corrente artística.
19 E
21 C
a) (F) A alternativa é incorreta, pois o texto afirma que o
sistema de produção industrial se constituiu como a) (F) O texto afirma que a polícia “repeliu” a Revolta dos
uma forma de estímulo à superação da tradição Malês, o que indica que os escravizados deveriam
colonial. Além disso, o excerto não menciona dire- ser institucionalmente combatidos. Dessa forma,
tamente o acordo conhecido como pacto colonial. não é possível compreender que o texto constrói
b) (F) A alternativa é incorreta, pois a industrialização bra- uma visão que “valoriza a revolta dos escravizados
conta a opressão militar”.
sileira precisava do aporte financeiro das elites, que
b) (F) O texto utiliza termos como bárbaros e furiosos para
estavam relacionadas com o latifúndio e a mono-
caracterizar a atuação dos malês em sua revolta, o
cultura. Assim, não se pode dizer que houve uma
que permite concluir que não construiu uma imagem
substituição integral do latifúndio.
de “grandeza” da atitude de sacrifício no confronto.
c) (F) A alternativa é incorreta, pois o estímulo à indústria
c) (V) De acordo com o texto, “O Chefe de Polícia assu-
implicaria a diminuição da relevância da agricultura miu então o comando e os repeliu em Água de
a longo prazo e, consequentemente, da exporta- Meninos”. Nesse trecho, o uso da palavra repeliu
ção de itens agrícolas. indica a posição do autor: em consonância com as
d) (F) A alternativa é incorreta, pois o Brasil dispunha de forças policiais oficiais. Ademais, a caracterização
grande oferta da mão de obra ligada à terra devido dos integrantes do movimento como “bárbaros” e
ao sistema escravista. Além disso, a questão da “furiosos” também indica uma visão de crítica ao
industrialização do país funcionou como uma chave movimento de revolta.
para a superação da condição de inferioridade d) (F) Apesar de considerar a atitude policial correta e de
brasileira em relação a ser um país exclusivamente enaltecê-la, o autor não necessariamente reconhece
exportador de mercadorias agrícolas. que foi uma batalha fácil, comentando, inclusive, o
e) (V) A alternativa é verdadeira, pois o texto afirma que o insucesso de um dos comandantes ao informar que
Brasil estava em uma posição subalternizada diante “Logo no primeiro combate, o capitão Francisco
da dinâmica internacional da produção por exportar Teles Carvalhal, comandante da Cavalaria, foi ferido,
apenas produtos agrícolas. Mover-se em direção à sendo obrigado a retirar-se”.

181
Ciências Humanas e suas Tecnologias

e) (F) O autor do texto não comenta os motivos que leva- ao longo da história, como é o caso dos benandanti,
ram os malês a se rebelarem, o que não permite estudados pelo historiador Carlo Ginzburg na obra
afirmar que o texto reconhece a legitimidade da Os andarilhos do bem.
oposição dos revoltosos ao governo. e) (F) O texto não afirma que a Inquisição foi responsá-
vel pela eliminação de práticas consideradas heré-
22 B ticas na colônia brasileira, já que é possível pensar
a) (F) A alternativa é incorreta, pois o texto chama a aten- que elas estavam presentes, de certo modo, no
ção para o fato de que não havia uma valorização cotidiano brasileiro, especialmente em decorrên-
governamental dos povos cabanos, os quais eram cia do processo de miscigenação experimentado
formados por mestiços. Isso, inclusive, foi uma das pela diáspora.
causas da Cabanagem.
24 A
b) (V) A alternativa é correta, pois se percebe, no texto,
que uma pequena elite descendente de portugue- a) (V) Como parte de seu programa de modernização
ses detinha poderes políticos na região enquanto da capital federal, Rodrigues Alves iniciou muitas
as pessoas das camadas populares estavam alijadas obras, construiu prédios públicos e alargou ruas no
de direitos políticos. centro da cidade. Consequentemente, a população
c) (F) A alternativa é incorreta, pois o texto demonstra mais pobre do Rio de Janeiro, que habitava corti-
que os privilégios que os descendentes de portu- ços e outras moradias precárias na região central,
gueses acumulavam eram bastante visíveis e que foi expulsa e forçada a migrar para as periferias da
isso motivou a luta por direitos das camadas mais cidade, ocupando regiões impróprias, como os
populares da sociedade. Assim, é incorreto afirmar morros, em um processo de segregação social que
que o conceito de cidadania era universalizado ficou conhecido como favelização.
entre a população local da região do Grão-Pará. b) (F) O sanitarista Oswaldo Cruz foi encarregado de
d) (F) A alternativa é falsa, pois o texto evidencia como os programas de combate a doenças como a varíola
cabanos uniram-se contra o mandonismo branco e e a febre amarela, que assolavam o Rio de Janeiro,
português na província do Pará. mas, mesmo com as reformas urbanas promovidas
e) (F) A alternativa é incorreta, porque o termo patriota e a campanha de obrigatoriedade da vacinação
estava relacionado ao sentimento de união das contra a varíola – que ocasionou, posteriormente,
classes populares no contexto regional, e não em a Revolta da Vacina –, Oswaldo Cruz não conseguiu
relação ao Brasil como um todo. Além disso, o erradicar as doenças infecciosas da capital, apenas
texto não indica que os cabanos possuíam inten- diminuiu o número de contágios.
c) (F) A população mais pobre do Rio de Janeiro se opôs
ções de se expandir em nível nacional.
à política de vacinação obrigatória contra a varíola
23 C encabeçada por Oswaldo Cruz porque não houve
políticas de conscientização governamental sobre
a) (F) No texto-base, não há nada que indique o surgi- os benefícios da vacinação. Logo, é incorreto afir-
mento de revoltas de escravizados decorrentes da mar que essas políticas foram uma consequência
atuação inquisitorial no Brasil, demonstrada no pro- da estratégia de governo de Rodrigues Alves.
cesso contra a escravizada Paschoa. Desse modo, a d) (F) Embora tenha se pautado em experiências estran-
alternativa extrapola as informações fornecidas no geiras para promover a modernização do Rio de
texto-base. Janeiro, Rodrigues Alves não conseguiu atrair
b) (F) O Brasil é um dos países mais diversos em termos investimentos expressivos de empresas interna-
culturais e religiosos e tem grande parte dessas cionais. A indústria nacional, que era muito inci-
manifestações tradicionais africanas enraizadas na piente no período da gestão dele, concentrava-se
cultura nacional. Portanto, não é correto afirmar, no estado de São Paulo, onde habitavam os gran-
além de a informação não estar confirmada no des fazendeiros que investiram na industrialização
texto, que a ação inquisitorial foi suficientemente como forma de diversificar o patrimônio.
efetiva para destruir a herança africana no Brasil. e) (F) As reformas urbanas feitas por Rodrigues Alves
c) (V) A última sentença do texto-base afirma: “Se não buscaram deixar a cidade do Rio de Janeiro mais
fosse assim, dificilmente a sua vida seria conhe- moderna, tendo como modelo central a Paris da
cida”. A partir disso, é possível perceber como, Belle Époque. Porém, o fenômeno da migração
involuntariamente, a Inquisição deixou como nordestina para trabalhar nas indústrias que se con-
legado diversos documentos que contêm a memó- solidaram na cidade do Rio de Janeiro é posterior
ria de diferentes indivíduos que eram considerados ao governo de Rodrigues Alves, datando, aproxi-
subversivos no contexto de atuação inquisitorial. madamente, da segunda metade do século XX.
d) (F) Não há nada no texto que negue a condenação de
mais de um indivíduo ao mesmo tempo pela Santa 25 A
Inquisição. Portanto, apesar de o texto tratar apenas a) (V) De forma geral, as descrições expressas nos textos 1
do caso de uma escravizada, é incorreto afirmar que e 2 proporcionam uma visão discordante em relação
a Inquisição não promoveu outras formas de perse- à interpretação dos colonizadores. No texto 1, os indí-
guição a grupos com suspeita de práticas hereges genas são associados à figura de boa índole, dotados

182
Ciências Humanas e suas Tecnologias

de boas qualidades. Já o texto 2 indica a ferocidade e 02 C


o canibalismo dos indígenas, que podem ser interpre-
tados pejorativamente pelos europeus como caracte- a) (F) A memorização de continentes conhecidos por meio
rísticas de uma selvageria dos povos bárbaros. do desenvolvimento de representações cartográficas
b) (F) Não há nada no texto 2 que indique uma inten- já era realizada pelos gregos desde o século VI a.C.,
ção de catequese dos indígenas, ao contrário do não estando relacionada ao contexto ou ao período
texto 1, que indica explicitamente a possibilidade histórico apresentado no texto.
de ações eclesiais sobre os grupos nativos do terri- b) (F) No período apresentado no texto, durante o Renas-
tório que viria a ser o Brasil. cimento, os livros e mapas manuscritos não eram
c) (F) Ambos os excertos indicam que os indígenas pos- mais tão populares, uma vez que coincide com a
suíam vigor físico. Além disso, o texto 2 indica que época em que a máquina de imprensa foi criada e
eles eram ferozes e selvagens, o que contribui para utilizada para espalhar cópias impressas de vários
o enaltecimento de atributos físicos. Contudo, o textos.
texto 2 não indica que a força física dos indígenas c) (V) No texto-base, relaciona-se o avanço da cartogra-
deve ser utilizada para o trabalho na colônia. fia durante o Renascimento (séculos XV e XVI) ao
d) (F) No texto 2, não há um pedido explícito ou uma surgimento das relações capitalistas. Ao se referir
menção sobre uma possível ação lusitana em ter- à “intensificação do comércio entre Oriente e Oci-
ras brasileiras, especialmente contra os indígenas. dente”, o autor remete à expansão do mercanti-
Essa sugestão aparece no texto 1, que buscava, de lismo europeu, período de conquista de novas ter-
forma geral, apresentar uma nova terra, indicando ras e do aumento da necessidade de mapas mais
as potencialidades e os benefícios que esse lugar precisos, atualizados e acessíveis.
poderia trazer à Coroa portuguesa. d) (F) Na verdade, o período em destaque no texto foi
e) (F) Não é correto afirmar que ambas as fontes indicam marcado pelo avanço do racionalismo, pela supera-
um questionamento da eficiência do processo de ção de antigos medos medievais e pela busca por
catequese dos grupos nativos de indígenas do Bra- territórios desconhecidos além-mar.
sil, uma vez que o texto 1 aponta para os benefícios e) (F) Embora o avanço nas pesquisas científicas possibi-
que os ensinamentos cristãos trariam à colonização lite o desenvolvimento das representações carto-
dos indígenas.
gráficas, não há, no texto, nenhuma relação entre
esses pontos.
Geografia 1
03 C
01 A a) (F) O conjunto de técnicas que coleta, organiza e
a) (V) Como categoria de análise geográfica, o lugar é um apresenta os dados espaciais é chamado de geo-
conceito que leva em consideração os sentimentos processamento. Esse tratamento de informações
que uma pessoa tem em relação a um local. Assim, não é apresentado no excerto.
geralmente, a ideia de lugar possui uma dimensão b) (F) A representação do espaço em um plano bidimen-
afetiva, pois costuma ser o local onde os indivíduos sional por meio de símbolos é realizada em mapas
convivem e estabelecem vínculos identitários. geográficos que podem ser distorcidos depen-
Nesse sentido, a concepção de pátria abordada no dendo da sua intenção. Os dados de latitude e de
poema expressa um vínculo afetivo do eu lírico em longitude não servem para distorcer representações,
relação à sua pátria ao afirmar que a ama. mas para facilitar a localização de pontos específicos
b) (F) No poema apresentado, não há indicativos de no planeta.
que o vínculo que o eu lírico possui com a pátria c) (V) No texto, o autor aborda os conceitos geográficos
expressa uma dimensão econômica, visto que não de latitude e longitude, que são linhas imaginárias
são abordados temas relacionados ao dinheiro ou traçadas na terra para localizar um ponto com exa-
ao poder aquisitivo. tidão. Esse sistema de linhas possibilita a divisão da
c) (F) A forma de integração do eu lírico com o lugar, Terra em fusos horários e a determinação das dis-
expressa no poema, não está relacionada ao urba- tâncias entre os locais.
nismo ou ao planejamento urbano, e sim à relação d) (F) A decodificação das relações sociais no espaço não
afetiva que ele estabelece com a sua pátria, a qual está associada aos conceitos de latitude e de longi-
é dotada de significados. tude, e sim ao modo como a cultura ou as relações
d) (F) Embora o poema explore o fato de o eu lírico sociais ocorrem em determinado espaço geográ-
viver no exterior, não há no texto elementos que fico.
indiquem que ele teve o poder de escolher o local e) (F) A utilização do sistema de linhas de latitude e de
onde iria residir. longitude permite indicar a localização de qualquer
e) (F) O poema não expressa a ligação do indivíduo com lugar na superfície terrestre. Entretanto, não serve
os aspectos físicos da sua pátria, mas evidencia a para calcular a distância entre elementos à deriva
relação nostálgica do eu lírico em relação ao lugar. no espaço e a Terra.

183
Ciências Humanas e suas Tecnologias

04 E e) (F) No texto, observa‑se que a ocorrência de fenôme-


nos impulsionados pelas mudanças climáticas pode
a) (F) A arenização é o processo de formação de areais
ameaçar a conservação de pinturas rupestres, que,
em regiões que são embasadas por arenitos e
embora sejam registros históricos, não são consi-
estão submetidas a condições climáticas mais úmi-
das. Assim, esse processo não ocorre em regiões deradas monumentos. Além disso, apesar do risco
desérticas, como o Saara. que correm, elas continuam sendo valorizadas,
b) (F) A laterização é consequência da lixiviação dos especialmente por historiadores e arqueólogos.
solos, processo que provoca o aumento da con-
centração relativa de óxidos hidratados de ferro ou 06 A
alumínio neles. A laterização ocorre geralmente em a) (V) O Determinismo Ambiental surgiu no século XIX
áreas tropicais, nas quais o intemperismo químico é e teve como principal defensor o geógrafo ale-
mais intenso devido aos maiores índices pluviomé- mão Friedrich Ratzel, que desenvolveu a Teoria do
tricos, e não nas áreas semiáridas do Sahel. Espaço Vital. Essa teoria contribuiu para o desen-
c) (F) A eutrofização é um processo de degradação de volvimento de estratégias imperialistas e de domi-
ambientes aquáticos, que ocorre devido ao acú- nação territorial, pois indicava a necessidade que as
mulo de matéria orgânica nos corpos-d'água. Esse nações desenvolvidas tinham de recursos que con-
processo é comum em sistemas aquáticos com solidassem o seu poder. Assim, o texto retrata uma
pouca movimentação, como lagos e represas, e estratégia de expansão do território no processo de
não em regiões como a indicada no texto. colonização que se associa diretamente a essa cor-
c) (F) A compactação é a redução da porosidade do solo
rente do pensamento geográfico.
quando ele é submetido ao aumento de pressão.
b) (F) A Geografia Humanista é uma corrente do pensa-
Esse processo está associado à manipulação dos
mento geográfico que prioriza a experiência dos
solos por meio do pisoteio de animais ou do uso de
indivíduos em relação ao espaço e aborda princi-
maquinário, que não foram mencionados no texto.
palmente os conceitos de lugar e espaço vivido,
e) (V) De acordo com o texto, a interferência antrópica na
enquanto a estratégia mencionada no texto está
região de Paga, no sul do deserto do Saara, contribui
associada ao conceito de espaço vital, que não é
para o empobrecimento dos solos nesse local, que
explorado por essa corrente.
já possui um clima predominantemente semiárido.
c) (F) A Geografia Crítica possui origens marxistas e pro-
Nesse sentido, as ações antrópicas indicadas no texto
põe uma criticidade à análise dos aspectos socioes-
também contribuem para o avanço da desertificação.
paciais, considerando as contradições presentes no
espaço geográfico. No entanto, o texto menciona
05 C uma estratégia que contribui para o fortalecimento
a) (F) Embora a intensificação das mudanças climáticas das relações de dominação, algo que é combatido
realmente ameace a continuidade de muitas espé- nos estudos relacionados a essa corrente.
cies, seja pelo aumento da temperatura ou pela d) (F) O Método Regional é uma corrente que busca
ocorrência de fenômenos extremos, esse aspecto diferenciar as áreas pela integração dos fenôme-
não é destacado no texto. nos que ocorrem na superfície terrestre. Contudo,
b) (F) Embora o ciclone ao qual o texto se refere tenha a estratégia retratada no texto não é justificada
destruído uma grande extensão de área florestal por essa diferenciação, mas por uma concepção
local, não há, no texto, indícios de que a ocorrência de que as nações mais desenvolvidas teriam a
desse fenômeno impeça a perpetuação de gêneros necessidade de consolidar o poder delas por meio
arbóreos. do domínio de territórios.
c) (V) No texto, indica‑se que a ocorrência de um ciclone e) (F) A Nova Geografia, também chamada de Geografia
na Austrália degradou uma área que abrigava Teorético-Quantitativa, busca compreender a orga-
diversas pinturas rupestres, que representam nização e o padrão espacial por meio do positi-
um importante patrimônio cultural, visto que são vismo lógico e de técnicas estatísticas. No entanto,
registros deixados por sociedades pré‑históricas.
essa corrente não justifica a estratégia mencionada
Ainda de acordo com as informações apresentadas
no texto, que está associada ao conceito de espaço
no texto, a intensificação das mudanças climáticas
vital, inerente ao Determinismo Ambiental.
pode provocar uma maior incidência desses even-
tos naturais, o que compromete a conservação de
07 D
diversos patrimônios culturais desse tipo.
d) (F) O texto apresenta o impacto das mudanças climá- a) (F) Os textos apresentam o funcionamento do Sistema
ticas, decorrentes do aquecimento global, sobre de Posicionamento Global (GPS, em inglês), que foi
registros rupestres que compõem o patrimônio desenvolvido inicialmente pelo governo estaduni-
cultural e histórico do país. Apesar da perda, não dense no contexto da Guerra Fria. Atualmente, esse
há, no texto, indícios de que tal processo seja res- sistema é muito relevante no mapeamento de áreas
ponsável por interromper o compartilhamento de de vulnerabilidade ambiental, porém ele não foi
práticas da cultura local. criado para atender a objetivos de ordem ambiental.

184
Ciências Humanas e suas Tecnologias

b) (F) O Sistema de Posicionamento Global, indicado nos e) (V) A cartografia pode ser utilizada como um instru-
textos, foi desenvolvido pelos Estados Unidos para mento político e cultural que visa legitimar a delimi-
atender a objetivos militares durante a Guerra Fria tação e a denominação de territórios, evidenciando
e, só posteriormente, passou a ser expandido para relações de poder. O texto retrata isso ao relatar
fins comerciais, sendo implementado em veículos a retirada da indicação da Palestina do mapa pre-
automotivos e em aparelhos telefônicos. sente em um aplicativo, o que colabora para reco-
c) (F) A descrição do texto 1 se refere ao Sistema de Posi- nhecer a soberania de Israel sobre o território que
cionamento Global, que fornece dados ao aparelho é reivindicado pelos dois povos por motivos históri-
de GPS, indicado no texto 2. Embora, atualmente, cos, culturais e religiosos.
esse sistema seja de grande importância para a pro-
dução de mapas e para os estudos geográficos, ele 09 C
não foi desenvolvido com a finalidade educacional.
a) (F) A técnica à qual os textos se referem é utilizada com
d) (V) Os textos apresentam o funcionamento do Sistema
o objetivo de controlar os processos erosivos provo-
de Posicionamento Global, mais conhecido por sua
cados pela ação da água das chuvas. Dessa forma,
sigla GPS. Esse sistema fornece dados para os apa-
os impactos do intemperismo biológico não serão
relhos de GPS, que foram desenvolvidos durante
minimizados, pois ele é ocasionado especialmente
o período da Guerra Fria para atender a objetivos
pela presença de matéria orgânica dos seres vivos.
políticos e militares do governo estadunidense. b) (F) A técnica referida nos textos não é utilizada a fim de
Atualmente, os aparelhos foram popularizados e monitorar as atividades mineradoras em aglomera-
são utilizados como meio de orientação no coti- dos urbanos, mas para reduzir os efeitos da erosão
diano das pessoas. laminar, que é provocada pela água da chuva e pre-
e) (F) Apesar de ser bastante utilizado nos centros urba- judica a ocupação humana e a agricultura em áreas
nos, os aparelhos de GPS, que funcionam a partir de encostas.
dos dados fornecidos pelo sistema descrito no c) (V) Os textos se referem à utilização do terraceamento,
texto, não foram criados com o objetivo de facilitar uma técnica desenvolvida pelos incas e que consiste
a mobilidade nesses locais. Eles foram desenvolvi- no manejo do solo por meio da construção de ter-
dos inicialmente pelos Estados Unidos para aten- raços, ou seja, degraus ao longo da encosta. Essa
der a objetivos militares. técnica é empregada para reduzir o escoamento
superficial da água a fim de conter o processo de
08 E erosão laminar. Dessa forma, ela ajuda a qualificar a
a) (F) A situação relatada no texto não evidencia a rele- ocupação de áreas de encostas que, especialmente
vância da cartografia para o avanço da tecnolo- em períodos chuvosos, sofrem com os deslizamen-
gia computacional, uma vez que o conhecimento tos de terra.
cartográfico é que vem sendo impulsionado pelo d) (F) Os textos se referem ao terraceamento, que é uma
desenvolvimento tecnológico. Ademais, o texto técnica exemplar no que se trata de uso e ocupa-
revela a relação entre os dados cartográficos e o ção do solo. Entretanto, essa técnica não é capaz
conflito que envolve Israel e Palestina. de reduzir o efeito orográfico sobre a circulação
b) (F) Embora a cartografia possa ser apropriada por de massas de ar, pois não interfere na altitude e na
diversos veículos de comunicação, o texto não dimensão do acidente geográfico, que são respon-
explora essa forma de utilização, uma vez que o sáveis por favorecer a ocorrência de precipitações.
Sindicato de Jornalistas da Palestina – que, no caso, e) (F) A utilização do terraceamento, técnica à qual os
representa um veículo de comunicação – não tem textos fazem referência, é indicada para diminuir os
os dados do aplicativo como fundamentais para o prejuízos causados pela ação das águas pluviais em
funcionamento de seus jornais, já que podem se áreas de encostas e não para combater ou refrear o
utilizar de outras fontes. surgimento de pragas e doenças que trazem prejuí-
c) (F) As empresas transnacionais são organismos ligados zos às lavouras.
ao atual estágio da globalização cujo processo pro-
dutivo transcende os limites territoriais do seu país 10 C
de origem. Apesar de os dados cartográficos serem a) (F) As intervenções de movimentos sociais que atuam
importantes para a instalação de companhias desse na conservação do meio ambiente são responsáveis
tipo, o caso tratado no texto não evidencia a rele- pelo avanço das políticas ambientais. Considerando
vância deles para o surgimento dessas empresas, que o ponto central da crítica presente no texto-
mas como a base cartográfica de uma delas tem -base é ser contra a elaboração de medidas que
fortalecido relações de poder. visam acelerar processos naturais para satisfazer
d) (F) Os dados cartográficos podem ser elementos necessidades humanas, não é correto afirmar que o
estratégicos para o estabelecimento de acordos refreamento das ações de movimentos ambientalis-
comerciais. Embora o caso relatado no texto possa tas é uma solução adequada para essa situação.
acarretar prejuízos econômicos para a Palestina, a b) (F) O texto-base aponta que o problema da escassez
relevância da cartografia para os acordos comer- dos recursos naturais não está relacionado unica-
ciais não é retratada no texto, que foca os conflitos mente ao crescimento populacional. Diante disso,
entre israelenses e palestinos. o controle das taxas de natalidade não representa

185
Ciências Humanas e suas Tecnologias

uma ação efetiva no combate à problemática e) (V) O texto descreve a ocorrência dos solstícios e dos
apresentada, visto que ela é ocasionada pelo con- equinócios, que são fenômenos astronômicos res-
sumo desenfreado dos recursos naturais. Sendo ponsáveis pela ocorrência das estações do ano. Eles
assim, a readequação dos padrões de consumo e ocorrem devido à mudança na inclinação do eixo de
dos modelos produtivos deve ser o foco de uma rotação do planeta Terra em relação ao Sol, a qual
medida efetiva.
promove as diferenças entre a duração dos dias e
c) (V) O texto-base critica medidas que buscam solu-
das noites nas áreas do planeta, conforme é apon-
cionar o problema do esgotamento dos recursos
naturais promovendo uma adequação da natureza tado pelo texto.
às demandas da sociedade. Dessa forma, a crítica
indica a necessidade de se desenvolverem alter- 12 B
nativas ambientalmente sustentáveis, ou seja, que a) (F) As chuvas ácidas são provocadas pela elevação do
ajustem os padrões de consumo à capacidade eco- nível de acidez decorrente do lançamento de poluen-
lógica do planeta. tes que alteram os processos que provocam as pre-
d) (F) No texto-base, é mencionada a necessidade de bus- cipitações. Embora seja mais recorrente em áreas
car alternativas de produção e consumo, porém elas
industriais e urbanas, como é o caso das capitais
não envolvem o resgate dos modos de produção
mencionadas pelo texto, o fenômeno não provoca,
que utilizavam técnicas artesanais. Ao citar a impor-
tância de encontrar meios para combater o esgo- diretamente, a elevação das médias de temperatura,
tamento dos recursos naturais e criticar as medidas especialmente na Região Norte do Brasil.
que buscam manter o ritmo de exploração, o texto b) (V) Ao mencionar o aumento do número de prédios, o
indica que os modos de solucionar o problema uso de concreto e asfalto e a retirada da cobertura
devem estar associados aos desafios atuais, o que vegetal, o texto faz referência a transformações rea-
invalida a proposição apresentada na alternativa. lizadas em áreas urbanas que ampliam a retenção
e) (F) Apesar de o aumento da demanda de alimentos de calor e, consequentemente, provocam a eleva-
ser um dos fatores responsáveis pelo consumo ção das temperaturas médias locais, caracterizando
desenfreado de recursos naturais, a elevação dos
a ocorrência de ilhas de calor. Esse fenômeno está
impostos de fabricação nas indústrias alimentícias
associado à expansão urbana desordenada e já
não é uma medida que contrapõe a problemática
apresentada no texto-base. A crítica presente no afeta há mais tempo cidades como Rio de Janeiro e
texto indica que devem ser desenvolvidas medidas São Paulo, conforme é mencionado no texto.
que adaptem os padrões de consumo da socie- c) (F) A inversão térmica é um fenômeno natural que
dade ao potencial produtivo da natureza. ocorre devido ao menor aquecimento do solo e da
camada de ar mais próxima à superfície terrestre
11 E durante o período de inverno. Em áreas urbanas,
a) (F) Os fenômenos descritos no texto são ocasionados esse fenômeno prejudica a qualidade do ar, pois
por alterações no ângulo de inclinação do eixo de ocasiona um acúmulo de poluentes lançados na
rotação da Terra. Dessa forma, eles estão relaciona- atmosfera. Contudo, ele não é comum nas capitais
dos a fatores externos à atmosfera e influenciam os mencionadas no texto, uma vez que elas se encon-
sistemas atmosféricos em vez de serem influencia- tram em áreas de clima equatorial. Além disso, a
dos por estes.
inversão térmica não tem como consequência o
b) (F) O momento em que a órbita da Terra está mais pró-
aumento das temperaturas médias.
xima do Sol é denominado periélio e não ocasiona
os fenômenos descritos no texto, que são respon- d) (F) O albedo indica a capacidade que diferentes
sáveis pela ocorrência das estações do ano. superfícies possuem de refletir a luz solar. Em
c) (F) A distribuição da massa no planeta Terra não ocorre linhas gerais, superfícies mais claras possuem maior
de forma homogênea. Isso acarreta uma variação albedo, pois refletem mais luz. Em contrapartida,
no campo gravitacional do planeta, ou seja, uma as superfícies mais escuras, comuns nas áreas urba-
alteração da gravidade de acordo com a localiza- nas em razão do concreto e do asfalto, apresentam
ção. Contudo, os fenômenos descritos no texto menor capacidade de reflexão. A luz não refletida
estão associados à mudança do eixo de rotação é absorvida e liberada em forma de calor. Dessa
terrestre, que pode receber a influência gravitacio- forma, a diminuição do albedo, e não a sua eleva-
nal exercida por forças externas ao planeta.
ção, contribui para o aumento das temperaturas.
d) (F) A redução dos gases que formam a camada de
e) (F) O fenômeno de desertificação é compreendido
ozônio é apontada por muitos pesquisadores como
um dos fatores responsáveis pela elevação da tem- pela degradação do solo, da vegetação e dos recur-
peratura terrestre, uma vez que essa camada fun- sos hídricos em áreas áridas e semiáridas. No Bra-
ciona como um filtro solar para o planeta. Todavia, sil, ele ocorre especialmente na Região Nordeste;
a redução dos gases que a compõem não ocasiona sendo assim, não é o responsável pelas alterações
os fenômenos descritos no texto. climáticas das capitais mencionadas no texto.

186
Ciências Humanas e suas Tecnologias

13 C 15 E
a) (F) A deposição de sedimentos decorrentes de dinâ- a) (F) De acordo com o texto, o tratado mencionado tem
micas de rios e lagos constitui o processo de forma- o objetivo de potencializar o aproveitamento hidrelé-
ção de rochas sedimentares, classificação que não trico do Rio Paraná pelo Brasil e pelo Paraguai, e não
contempla o mármore, material rochoso utilizado objetiva ampliar o território brasileiro.
na construção do Taj Mahal. b) (F) O fragmento não expressa que o tratado mencionado
b) (F) O resfriamento do magma dentro da crosta terres- objetiva homogeneizar as relações entre o Brasil e o
tre configura um processo mais lento, que colabora Paraguai, e sim estimular o aproveitamento hidrelé-
para a formação das estruturas cristalinas e para o
trico dos recursos do Rio Paraná, o qual faz divisa
aumento da granulometria da rocha, dando origem
entre o Brasil e o Paraguai.
às rochas ígneas intrusivas ou plutônicas, como o
c) (F) A finalidade do tratado apresentado é estimular
granito, divergindo do processo de formação do
mármore, material presente no monumento indi- o aproveitamento do potencial energético do Rio
cado no fragmento. Paraná, e não promover a alteração nas fronteiras ter-
c) (V) Conforme apontado pelo texto, a estrutura do Taj ritoriais preexistentes nessa região.
Mahal é constituída de mármore. Esse material con- d) (F) A geração de energia estabelece a integração entre
siste em uma rocha metamórfica formada a partir os países da Bacia do Prata, mais precisamente
das transformações físicas e químicas sofridas pelo entre Paraguai e Brasil, o que exclui outros países
calcário em ambientes de altas temperatura e pres- sul-americanos das negociações. Além disso, o
são. Esse tipo de rocha é comumente empregado texto não evidencia a intenção de formar um bloco
em trabalhos artísticos, como esculturas, e na cons- econômico entre esses países.
trução civil. e) (V) A utilização do potencial hidrográfico do Rio Paraná
d) (F) Os evaporitos são rochas sedimentares formadas a representa a consolidação do projeto geopolítico
partir da consolidação de camadas de sais que ocorre brasileiro de aproveitamento dos recursos fronteiriços
após a precipitação em ambientes geralmente lito- do Rio Paraná. Uma evidência disso é o fato de esse
râneos e com elevadas taxas de evaporação. Esse tratado estipular que o Paraguai deve vender o seu
processo, portanto, não corresponde ao de forma- excedente energético ao Brasil até 2023.
ção do mármore, rocha mencionada pelo texto.
e) (F) Em decorrência da grande variação de temperatura
16 B
existente entre os ambientes internos e externos
do planeta, observa-se o rápido resfriamento e soli- a) (F) O texto indica que o objetivo da escala está rela-
dificação do magma após erupções vulcânicas. O cionado ao tamanho e à dimensão de fenômenos
evento provoca a formação das rochas magmáticas estudados. Logo, o texto não expõe a função da
extrusivas ou vulcânicas, geralmente sem estrutura escala de indicar a distância entre locais.
cristalina bem constituída, como o basalto, e não b) (V) A delimitação de uma área é a maneira como o
leva à formação do mármore. pesquisador define a dimensão do seu objeto de
estudo. De acordo com o texto, a escala é uma fer-
14 E
ramenta para isso. Desse modo, dependendo do
a) (F) A inclinação do eixo terrestre não interfere na defini- interesse do pesquisador, ela definirá se a escala
ção do sistema de fuso horário uma vez que ela pro-
será pequena ou grande como meio para delimitar
duz variações de luminosidade no sentido latitudinal.
a área sobre a qual realizará seus estudos.
b) (F) Os fusos horários são consequência tanto da forma
geoide da Terra como do movimento de rotação. c) (F) Na verdade, a escala fornece informações relacio-
Assim, a distância entre o Sol e a Terra não delimita nadas à proporção da representação da realidade
a existência de fusos horários, e sim as diferenças em um plano, com o intuito de definir e dimensio-
entre a forma como a luz solar chega em determi- nar uma área para o estudo de um fenômeno. A
nadas regiões. determinação de coordenadas geográficas está
c) (F) O tamanho dos territórios no sentido latitudinal relacionada a outros elementos cartográficos ou
(norte-sul) não influencia na diferença de horário tecnológicos – o GPS, por exemplo.
entre os países, visto que utilizam-se os meridianos, d) (F) É possível afirmar que todo mapa terá distorções
ou seja, a extensão no sentido oeste-leste, para o em relação à área representada, independente-
cálculo dos fusos horários. mente da escala utilizada. Assim, embora tenha
d) (F) O movimento de translação não é responsável dire-
relação com dimensões, como exposto no frag-
tamente pela variação de luminosidade que resulta
mento, a correção de distorções não é realizada
na diferença de horários entre o Brasil e a Austrália.
No caso, o sistema de fusos horários é organizado pela escala.
em relação ao movimento de rotação. e) (F) A escala para a cartografia, de acordo com o texto, é
e) (V) Brasil e Austrália são países localizados em hemisfé- um meio de dimensionar um fenômeno em estudo.
rios diferentes em relação ao Meridiano de Green- Portanto, não tem a pretensão de aumentar a rea-
wich. Dessa forma, apresentam grande distancia- lidade. Ademais, a escala apresenta as dimensões
mento no sentido leste-oeste, ou seja, longitudinal. reais em uma representação reduzida.

187
Ciências Humanas e suas Tecnologias

17 E b) (F) Apesar de analisar o contexto da criação da pro-


jeção mencionada, a utilização do planisférico de
a) (F) Esse tipo de classificação remete a um padrão de Mercator por expedições marítimas empreendidas
drenagem dos rios, não a um tipo de rio. durante os séculos XV e XVI não compreende o cen-
b) (F) Na verdade, os rios efêmeros se formam apenas tro da crítica apresentada pelo texto, uma vez que
quando há ocorrência de chuvas torrenciais e desa- o conhecimento e as representações cartográficas
parecem após estas cessarem. são, até os dias atuais, empregadas e apropriadas
c) (F) Os rios intermitentes são temporários e desapare- para fins de navegação e deslocamentos gerais.
cem nos períodos de seca, visto que são alimen- c) (F) A projeção de Mercator insere-se no contexto his-
tados geralmente pela ocorrência de chuvas e por tórico dos processos de colonização dos séculos XV
águas subterrâneas. Nesse sentido, a alternativa e XVI e constitui, conforme apontado pelo texto,
está incorreta. uma ferramenta de reforço a uma ideologia que
d) (F) Esse tipo de classificação se refere à morfologia do valoriza não as colônias, e sim as metrópoles euro-
rio (não a seu tipo), o qual desenvolve seu percurso peias, colocando-as como as civilizações dominan-
formando meandros. tes do ponto de vista econômico, científico e social.
e) (V) Os rios perenes são alimentados durante todo o d) (F) O conhecimento astronômico constitui uma das
ano por águas superficiais e/ou subterrâneas. As bases metodológicas para a confecção da proje-
características informadas no texto-base são ade- ção cartográfica de Mercator, muito desenvolvido
quadas para descrever esse tipo de rio conside- e difundido desde a era grega da Cartografia, se
rando sua forma de ocorrência. estendendo até o período Renascentista. Dessa
forma, não há elementos no texto que evidenciem
18 A críticas a esse aspecto da representação elaborada
a) (V) O mapa utiliza transformações cartográficas espaciais por Mercator.
cuja modificação da superfície ocorre proporcional- e) (V) O texto demonstra que as críticas feitas à projeção
mente em função de uma variável. Ele trata do PIB dos de Mercator estão associadas à sua contribuição
países, portanto, da riqueza econômica das nações, para o estabelecimento de uma visão ideologizada
de modo que as dimensões espaciais são distorcidas do mundo, ou seja, que promove a valorização das
proporcionalmente em relação a essa riqueza. Tal fato metrópoles europeias, no momento em que posi-
caracteriza o mapa como uma anamorfose. ciona o continente europeu na porção central do
b) (F) O mapa apresentado faz uma representação pro- planisfério e deforma as regiões localizadas nas
porcional da economia de alguns países refletindo médias e altas latitudes. Isso colabora para a cons-
quantidade por meio de uma deformação dos res- trução de um discurso e de uma imagem de supe-
pectivos territórios no mapa. Não são identificáveis rioridade eurocêntrica.
no mapa delimitações que representem agrupa-
mentos econômicos, como o Mercosul. 20 D
c) (F) As projeções conformes apresentam ângulos idên- a) (F) O plantio direto é uma técnica agrícola que esti-
ticos aos do globo terrestre. Portanto, nesse tipo mula o cultivo de plantas de forma direta, ou seja,
de projeção, os continentes e ilhas são representa- sobre os resíduos vegetais do plantio anterior. Esse
dos sem distorções, ainda que haja alterações no tipo de prática contribui para a preservação dos
tamanho das suas áreas. Dessa forma, não se trata solos, e não para o desgaste deles, já que esses
do tipo de anamorfose indicada no mapa. restos de vegetais atuam como uma camada que
d) (F) O mapa não trata explicitamente da quantidade de protege os solos da ação do vento e das chuvas.
habitantes dos países. Na realidade, há uma trans- b) (F) O pousio é uma técnica utilizada para conservar
formação das extensões territoriais de acordo com a terra que consiste em manter uma determinada
a economia. área sem cultivo por um certo período para restau-
e) (F) O mapa apresentado não é uma representação rar os nutrientes perdidos com o cultivo anterior.
dinâmica, pois não mostra a evolução econômica Assim, essa técnica contribui para a preservação
dos países no decorrer do ano de 2016 e não tem dos solos, e não para a erosão deles.
o objetivo de homogeneizar dados. Na verdade, c) (F) A rotação de culturas é uma técnica que promove
é uma representação estática com base em uma a alternância, em uma mesma área, de diferentes
transformação do espaço, que está representado culturas agrícolas por um determinado período.
de modo proporcional ao PIB dos países. Essa técnica tem como finalidade a conservação
dos solos, e não a deterioração evidenciada no
19 E texto-base.
a) (F) Conforme apontado pelo texto, a projeção de Mer- d) (V) A compactação do solo é um processo que advém
cator promove a distorção das áreas. Além disso, de ações humanas, na medida em que o solo sofre
essa projeção prioriza a preservação dos ângulos grandes pressões, devido, por exemplo, ao tráfego
e a manutenção dos contornos ou formas dos con- de tratores e máquinas agrícolas. Essa pressão
tinentes. Por esses motivos, a projeção de Merca- pode tornar o solo pouco poroso e, consequente-
tor é classificada como uma projeção do tipo con- mente, há menor infiltração de água nele e acelera-
forme, e não equivalente. ção do processo erosivo.

188
Ciências Humanas e suas Tecnologias

e) (F) O terraceamento é uma técnica agrícola que contri- d) (F) O Brasil possui reservas e realiza a geração de ener-
bui para conter os processos erosivos causados pelo gia a partir de outras fontes, como por meio de com-
escoamento da água em áreas com maiores decli- bustíveis fósseis, não sendo essa uma questão de
ves, como as regiões montanhosas. Logo, essa téc- incapacidade. Conforme exposto no texto, as ener-
nica evita os processos erosivos, e não os estimula. gias renováveis participam da produção energética,
mas ainda há a atuação de fontes tradicionais.
21 C e) (V) O texto enfatiza que o crescimento da participação
de fontes renováveis na matriz energética do Brasil
a) (F) As monções asiáticas não são originadas de eleva- representa uma produção limpa, com baixa emis-
das taxas de evapotranspiração, visto que consti- são de carbono, alinhada com os compromissos
tuem um deslocamento de massas de ar úmidas até assumidos no Acordo de Paris para a contenção do
a porção continental e que têm origem no Oceano aquecimento global.
Índico. Dessa forma, não há influência direta das
formações vegetais da região. 23 A
b) (F) As correntes marítimas frias colaboram para a redu- a) (V) De acordo com o texto, a cartografia é utilizada
ção das taxas de precipitação nas porções próxi- como instrumento político e cultural, visando legi-
mas ao seu deslocamento, não constituindo um timar a dominação de territórios e as relações de
fator favorável para a ocorrência das chuvas abun- poder, função que se destacou durante as Grandes
dantes mencionadas no texto-base. Navegações.
c) (V) As monções são ventos regionais cuja direção é b) (F) O texto faz referência a uma mudança na denomina-
alterada sazonalmente, ou seja, em épocas especí- ção dada ao continente colonizado e, portanto, não
ficas do ano, em decorrência da variação de aque- representa a constituição de uma cultura enquanto
cimento das superfícies continentais e oceânicas, a conjunto de práticas, hábitos e conhecimentos com-
qual implica a alternância dos sistemas de baixa e partilhados entre um grupo de indivíduos.
alta pressão. Durante o verão, período abordado c) (F) A demarcação de rotas e percursos marítimos cons-
no texto, um sistema de baixa pressão localiza-se tituiu uma importante contribuição da cartografia,
sobre o continente e atrai ventos úmidos origi- principalmente durante os períodos colonialistas.
nados no Oceano Índico. Esses ventos provocam No entanto, no texto, não há menção ao uso do
elevados índices pluviométricos, importantes para conhecimento cartográfico para esse fim.
a manutenção da agricultura regional, mas que d) (F) Os idiomas constituem um conjunto complexo de
geram alagamentos em áreas urbanizadas. símbolos, sons e de normas utilizados como lingua-
gem pelo ser humano e, consequentemente, por
d) (F) As brisas de montanha e vale são ventos que resul-
um povo específico. Dessa forma, a opção pela
tam do rápido resfriamento do ar na montanha
palavra América para denominar o novo continente
durante a noite e não estão relacionadas a eventos
abordado no texto constitui apenas uma adequa-
de intensas precipitações que ocorrem nos países ção, e não um processo histórico de surgimento de
asiáticos mencionados no texto-base. um idioma.
e) (F) Apesar dos efeitos associados ao aquecimento glo- e) (F) O texto enfatiza o uso da cartografia na definição
bal, a ocorrência das monções é um padrão climático dos nomes, pelos “descobridores”, como uma
que se mantém na porção do continente asiático expressão de poder e dominação sobre as terras
mencionada no texto, ou seja, não se trata de um do novo continente. Não há menção sobre o uso
fenômeno recente. Conforme apontado, as monções dos capitais para produção cartográfica.
são um importante fator na manutenção da agricul-
tura regional, desenvolvida ao longo de milênios. 24 A
a) (V) De acordo com o texto-base, as formas de relevo
22 E que hoje são aparentes derivam da ação erosiva
a) (F) Não é mencionado no texto-base que o aumento da que as desgasta, resultando, por exemplo, no deli-
geração de energia renovável no território nacional neado morfológico das serras.
garanta ao país uma posição de liderança na produ- b) (F) O texto-base se refere aos sedimentos para rela-
ção mundial, uma vez que os resultados têm como cioná-los à idade do relevo e afirma que aqueles
não são suficientes para consolidar novas formas
destino o abastecimento da demanda interna.
semelhantes de relevo, ou seja, não é correto afir-
b) (F) As energias eólica e solar não são totalmente isen-
mar que a dispersão de sedimentos é responsável
tas de impactos ambientais, uma vez que provocam por ampliar as estruturas das formas de relevo ori-
alterações nas paisagens e a retirada da cobertura ginadas a partir de dobramentos antigos.
vegetal durante a construção das usinas. Assim, não c) (F) De acordo com o texto-base, a ação endógena
há, no texto, o objetivo explícito de eliminar impac- foi mais importante no início da formação desse
tos ambientais, mas de reduzir esses impactos. relevo, dando origem às estruturas dobradas dos
c) (F) Apesar de a redução de preços para o consumi- cinturões orogenéticos.
dor final ser uma realidade da aplicação da ener- d) (F) As serras e planaltos mencionados no texto têm sua
gia renovável, o texto enfatiza, em detrimento dos origem como resultado da ação erosiva contínua,
financeiros, os objetivos ambientais relacionados a que segue rebaixando tais formas de relevo, não do
essa transformação na matriz energética brasileira. transporte de materiais oriundos de outras áreas.

189
Ciências Humanas e suas Tecnologias

e) (F) O texto-base menciona que a erosão e o conse- e) (F) Os subsídios para promover o desenvolvimento
quente rebaixamento do relevo de planaltos e industrial do Brasil a partir do melhor aproveita-
serras estão ocorrendo desde sua origem, carac- mento dos seus recursos naturais não são capazes
terizando, portanto, um processo que não apre- de neutralizar todos os problemas ambientais exis-
senta interrupções. tentes no país, visto que esses impactos ambientais
podem ser observados nas atividades agrícolas e
25 D no uso doméstico dos recursos.
a) (F) Apesar de as práticas agrícolas indevidas serem
uma das causas para a intensificação da degrada- 02 E
ção ambiental no bioma Caatinga, as áreas des-
tacadas no mapa não indicam a demarcação dos a) (F) A globalização ampliou a dinâmica de integração
territórios de cultivo agrícola, mas as áreas afetadas cultural e de organização econômica e social, como
pela desertificação. o texto indica. Assim, é incorreto afirmar que esse
b) (F) Apesar de o uso indevido de agrotóxico ser uma fenômeno reduziu os fluxos logísticos entre as
das causas da desertificação, não é correto afirmar nações, pois ele foi, na verdade, responsável por
que as áreas destacadas no mapa correspondem, ampliá-los.
necessariamente, às áreas onde esse uso é intenso, b) (F) O texto não indica que a globalização gerou a fle-
já que essa não é a única causa da desertificação. xibilização dos direitos humanos, e sim que esse
c) (F) A ocorrência de chuva ácida é um fenômeno típico fenômeno gerou novas dinâmicas de concentração
de regiões com elevado nível de industrialização, o e de centralização do capital e dos meios de comu-
que não condiz com as áreas destacadas no interior nicação.
da Região Nordeste. c) (F) O processo de globalização, abordado no texto,
d) (V) As regiões destacadas no mapa se referem a áreas ocasionou o aumento da exploração dos recursos
com nível de degradação ambiental muito grave.
naturais e intensificou os impactos ambientais a
Assim, pelo conhecimento relacionado aos tipos
nível global. Assim, é incorreto afirmar que a globa-
de degradação ambiental, verifica-se que as áreas
lização gerou a diminuição desses impactos.
indicam núcleos de desertificação do espaço do
bioma da Caatinga. d) (F) O fenômeno da globalização gerou a dinamicidade
e) (F) As regiões com nível muito alto de degradação da circulação de capitais, como o texto indica.
ambiental configuram núcleos de desertificação, Nesse sentido, a globalização ampliou a propaga-
caracterizados pela baixa ocorrência de chuvas. ção de capitais e de investimentos industriais entre
os países, e não o contrário.
Geografia 2 e) (V) De acordo com o fragmento, a globalização gerou
a “concentração-centralização de capital e o desen-
volvimento dos meios de comunicação”. Nesse
01 C
sentido, com base no texto, é correto afirmar que
a) (F) Para assumir a hegemonia na pauta ambiental por esse fenômeno gerou a monopolização ou a con-
meio do investimento em soluções de baixo car- centração dos interesses socioeconômicos dos paí-
bono, o governo brasileiro precisaria superar, tanto ses desenvolvidos sobre os demais países do globo
no âmbito geopolítico quanto no econômico, a terrestre.
atual centralidade que a União Europeia possui no
campo do desenvolvimento sustentável, por exem-
plo. Além disso, não é defendido no texto que o 03 C
Brasil assuma uma postura hegemônica na pauta a) (F) A variação dos números nas pirâmides etárias indica
ambiental em detrimento de outros países. que a população brasileira está envelhecendo e,
b) (F) O texto indica que o investimento em soluções de por esse motivo, em vez de conter, será preciso
baixo carbono e em energia renovável pode ser aumentar a cobrança de impostos federais entre a
uma forma de impulsionar o setor industrial brasi- parcela da população economicamente ativa.
leiro, mas não aponta que o governo brasileiro vai b) (F) As pirâmides etárias indicam que as taxas de mor-
conseguir liderar a produção mundial se passar a talidade estão diminuindo. Por esse motivo, não
adotar esse tipo de investimento. há indicações de que, a longo prazo, será preciso
c) (V) Segundo o texto, a realização de investimentos investir em estudos científicos para diminuir a mor-
para a implementação de soluções de baixo car- talidade da população.
bono e de energia renovável permitiria o melhor c) (V) Os dados das pirâmides etárias indicam que a popu-
aproveitamento do capital natural do Brasil. Nesse lação brasileira está envelhecendo gradualmente.
sentido, a adoção dessas medidas também fomen- Alinhadas a isso, as taxas de natalidade estão dimi-
taria o desenvolvimento sustentável do país. nuindo, assim como o número de pessoas em idade
d) (F) De acordo com o texto, a realização de inovações economicamente ativa. Por esse motivo, a longo
sustentáveis no setor industrial impulsionaria o prazo, o governo brasileiro precisará investir gran-
desenvolvimento econômico do Brasil, e não redu- des quantias em medidas de assistência à crescente
ziria a participação do agronegócio na balança população economicamente inativa (formada princi-
comercial. palmente por pessoas idosas).

190
Ciências Humanas e suas Tecnologias

d) (F) Os números presentes nas pirâmides etárias indi- b) (V) No texto, apresenta‑se uma dinâmica territorial
cam que as taxas de natalidade têm diminuído com que, no mundo globalizado, é inerente a empre-
o passar do tempo. Dessa forma, se quiser aumen- sas que conseguem transpor as fronteiras de seus
tar o número de indivíduos economicamente ativos, territórios originários, conseguindo se disseminar
o governo deverá estimular o crescimento familiar, pelo espaço mundial. Por terem essa caracterís-
não o combater. tica, essas empresas são denominadas transnacio-
e) (F) Os dados presentes nas pirâmides etárias indicam nais e têm exercido bastante influência no cenário
que o número de pessoas economicamente ativas
mundial, expressando aspectos marcantes do pro-
está diminuindo gradualmente. Para compensar
cesso de globalização.
isso, o governo deverá investir na regularização
c) (F) Embora as instituições financeiras, como bancos e
dos trabalhadores, estimulando o pagamento de
impostos e de taxas públicas. Essas cobranças nem companhias de crédito, sejam agentes importantes
sempre são pagas integralmente por trabalhadores no processo de globalização, elas não possuem a
autônomos informais. mesma lógica territorial apresentada no texto, visto
que estão focadas primariamente na gestão do
04 E capital financeiro, e não na forma como os proces-
sos de produção industrial são realizados.
a) (F) A herança colonial é parte da formação histórica
d) (F) No mundo globalizado, os blocos econômicos exer-
e econômica da Índia, da África do Sul e do Bra-
cem um papel de destaque, visto que representam
sil. Por sua vez, não se verifica o mesmo tipo de
herança colonial na China, já que apenas Macau e a dinâmica do encurtamento das distâncias e do
Hong Kong foram colonizados por europeus. Já a rompimento de fronteiras para as relações econô-
Rússia possui um contexto histórico diferente, visto micas. Contudo, a lógica territorial dos blocos eco-
que integrou um império e, com a chegada dos nômicos não se desenvolve da mesma maneira da
representantes socialistas no poder, passou a com- que é apresentada no texto, uma vez que a ação
por a URSS. desses organismos prioriza o benefício econômico
b) (F) Os países destacados no mapa apresentam estru- de países, e não de uma corporação específica.
turas e regimes políticos diferentes. Países como e) (F) A dinâmica territorial apresentada no texto
Índia, África do Sul e Brasil possuem regimes demonstra a atuação de companhias transnacio-
democráticos, enquanto a Rússia é apontada como nais, que ultrapassam as fronteiras dos seus países
uma autocracia e a China é dirigida por um partido de origem, e não a de agências estatais, que são
único. organizações mantidas pelo próprio Estado.
c) (F) As disputas fronteiriças não constituem a base da
regionalização representada, a qual destaca os paí-
ses-membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China 06 D
e África do Sul). Na realidade, o elemento que une a) (F) O grafite, abordado no texto, é caracterizado por
esses países é o fato de eles serem economias romper com a monocromia da arquitetura urbana.
emergentes que buscam estabelecer uma coopera- Outro traço marcante dessa manifestação artística
ção em diferentes áreas, como ciência, tecnologia e é o fato de ela ressignificar os espaços, dando um
promoção de atividades comerciais. novo aspecto à paisagem. Sendo assim, ela não
d) (F) Os países destacados apresentam grandes dife- conserva padrões arquitetônicos e não é responsá-
renças culturais, históricas, linguísticas e religiosas.
vel por estimular o turismo histórico.
Portanto, não se observa uma identidade cultural
b) (F) O texto se refere ao grafite, uma manifestação
semelhante entre eles.
artística caracterizada pela criticidade. Dessa
e) (V) Os países destacados constituem o BRICS, agrupa-
forma, é incorreto afirmar que o grafite reforça
mento delimitado pelo potencial de crescimento
econômico e de ascensão dos países-membros a ideais do capitalismo, visto que essa manifestação
polos da economia mundial no século XXI. A atua- não está ligada a uma visão política específica e,
ção desse bloco é uma forma de favorecer a ascen- muitas vezes, critica princípios capitalistas. Além
são de economias de países que antigamente eram disso, embora possa ser usado para divulgar pla-
classificados apenas como subdesenvolvidos. nos governamentais, a notoriedade do grafite não
esteve associada a essa função.
05 B c) (F) Apesar de ser uma forma de arte em que as emo-
a) (F) Os organismos intergovernamentais são organiza- ções pessoais são, muitas vezes, representadas, a
ções internacionais que reúnem diferentes países notoriedade do grafite foi impulsionada pelo fato
com o objetivo de buscar algo em comum, como é de promover críticas a diversos aspectos da socie-
o caso da ONU. Apesar de a atuação desses orga- dade. Ademais, o fragmento não indica que o gra-
nismos ultrapassar fronteiras nacionais, diferente- fite rompe com as técnicas artísticas clássicas, visto
mente da lógica territorial apresentada no texto, que muitos artistas podem ressignificá-las por meio
eles não estão baseados em aspectos produtivos. de suas obras de grafite.

191
Ciências Humanas e suas Tecnologias

d) (V) O texto apresenta o grafite como uma manifesta- 08 E


ção artística associada aos espaços urbanos e que
a) (F) O mapa apresenta o percentual de pessoas com
exerce uma função no dia a dia dos transeuntes.
acesso à internet por país. A partir desses dados, é
Essa manifestação artística ganhou notoriedade
possível observar uma relação entre eles e o desen-
por expressar aspectos do cotidiano popular, espe-
cialmente das cidades, e por possuir um caráter de volvimento econômico desses países, o que não
contestação, promovendo críticas à sociedade, aos está diretamente associado ao potencial bélico,
sistemas políticos e aos problemas da vida urbana. uma vez que muitos países com elevado poderio
e) (F) No texto, a arte do grafite é apresentada como algo militar apresentam baixos índices de acesso.
que chama a atenção dos habitantes da cidade e res- b) (F) As informações apresentadas no mapa não permi-
significa os espaços. Entretanto, embora alguns pro- tem estabelecer uma associação proporcional entre
dutos tenham inspiração nessa manifestação artística, os dados sobre o acesso à internet em cada país e o
ela não ganhou notoriedade por criar modelos de nível de estabilidade política deles. Os dados indi-
consumo nem por reunir recursos tecnológicos. cam que os maiores percentuais de habitantes com
acesso à internet estão em países mais desenvolvi-
07 C dos economicamente.
c) (F) Os dados apresentados no mapa indicam o percen-
a) (F) No cartaz, é divulgada a edição de 1991 do censo
tual de habitantes com acesso à internet nos países
demográfico, que tem o objetivo de coletar dados
do globo. A partir desses dados, é possível consta-
sobre a população brasileira a fim de compreender a
tar a relação que eles possuem com o desenvolvi-
realidade socioeconômica do país. Apesar de algu-
mento econômico dos países. Embora a produção
mas dessas informações evidenciarem aspectos da
energética seja um fator importante, ela não pode
cultura nacional, a catalogação dos patrimônios cul-
ser identificada nos dados apresentados.
turais não faz parte dos objetivos da pesquisa.
d) (F) A relação entre acesso à internet e concentração
b) (F) A divulgação do cartaz se refere ao censo demo-
demográfica não está presente no mapa, uma vez
gráfico realizado em escala nacional pelo IBGE a
que países com elevado contingente populacio-
fim de coletar dados sobre a população, os quais
nal, como a China e a Índia, não aparecem com os
são posteriormente analisados e utilizados para o
maiores percentuais de habitantes que utilizam os
desenvolvimento de diversas políticas públicas.
recursos digitais.
Embora sejam coletadas informações referentes às
e) (V) Os países indicados no mapa como detento-
condições de renda dos habitantes, a pesquisa não
res dos maiores percentuais de habitantes com
é realizada com o intuito de controlar o poder aqui-
acesso à internet se destacam pelo aspecto eco-
sitivo da população.
nômico, seja por apresentarem um elevado Pro-
c) (V) O cartaz divulga a realização de uma edição do censo
duto Interno Bruto (PIB) ou por possuírem altos
demográfico brasileiro, que é a principal fonte de
índices de renda média por pessoa. Dessa forma,
informações sobre as características e as condições
o acesso à internet reforça as desigualdades eco-
de vida da população do país, uma vez que coleta
dados das pessoas residentes em todos os municí- nômicas em escala internacional, uma vez que paí-
pios do território nacional. O censo tem o objetivo ses menos desenvolvidos apresentam percentuais
de retratar as características socioeconômicas dos mais baixos.
habitantes do país, viabilizando a construção de polí-
ticas públicas adequadas às realidades traçadas e que 09 D
possam atender às suas demandas. a) (F) Ao tratar da mudança no cenário econômico do
d) (F) Devido à elevada dimensão do território brasi- Peru, a notícia considera que a inserção do país na
leiro e ao processo de desenvolvimento desigual, economia mundial é um elemento que contribui
as regiões do país apresentam grandes diferen- para isso. Logo, o aumento de tributos para o setor
ças entre si. Dessa forma, o censo demográfico, industrial não foi uma ação implementada pelo país
divulgado no cartaz, corresponde a um impor- nesse processo.
tante recurso para o planejamento estratégico do b) (F) Com o crescimento da economia peruana, ocorreu
governo, pois permite o levantamento de informa- uma intensa mobilização popular para que fossem
ções inerentes à realidade de cada região. Diante implementados programas de assistência social a
disso, em vez de estabelecer um planejamento fim de beneficiar as populações mais carentes. No
homogêneo, o censo propicia o desenvolvimento entanto, essa ação ocorreu após o processo de
de políticas específicas para cada região. crescimento econômico ocasionado pela abertura
e) (F) Algumas informações coletadas pelo censo demo- do país ao mercado global de commodities.
gráfico, divulgado pelo cartaz, permitem uma com- c) (F) A notícia indica que a economia peruana foi impul-
preensão do perfil do eleitor brasileiro; porém, a sionada após a abertura do país para o mercado
pesquisa não almeja estimular a participação popu- externo. Portanto, não é correto afirmar que a ela-
lar nos processos eleitorais, uma vez que concentra boração de programas de contenção econômica foi
seus objetivos no levantamento de dados. o fator que transformou a estrutura social peruana.

192
Ciências Humanas e suas Tecnologias

d) (V) Conforme pode ser observado na notícia, a econo- b) (F) O texto indica que o acesso e a utilização de ferra-
mia peruana passou por grandes mudanças após mentas digitais nas atividades rurais vêm crescendo
sua abertura ao mercado global. Esse processo de nos últimos anos. Ainda que algumas dessas tec-
crescimento econômico se deve especialmente nologias busquem garantir a preservação de espé-
ao aumento da exportação de minerais. Além das cies, este não é o objetivo primário dos produtores
mudanças econômicas, as mobilizações populares rurais que as utilizam. Uma evidência disso é o fato
viabilizaram a implementação de programas sociais de que as taxas de desmatamento continuam avan-
que contribuíram para a mudança na estrutura çando no país.
social peruana. c) (F) A concentração fundiária é um problema que afeta
e) (F) Embora muitos países em desenvolvimento tenham principalmente as áreas rurais do Brasil. Apesar de
ampliado os investimentos em inovação tecnoló- as políticas que visam a uma maior democratização
gica, a notícia indica que a mudança na estrutura do acesso à terra, especialmente no campo, terem
social do Peru ocorreu especialmente devido à inser- avançado nos últimos anos, elas não foram conse-
ção da produção do país no mercado global. quência direta da implementação de tecnologias
nas atividades rurais, que é retratada no texto.
10 A d) (V) O texto apresenta uma mudança na realização das
a) (V) A notícia se refere a uma medida do governo atividades do setor agropecuário que foi provocada
estadunidense para restringir as ações de vigi- pela modernização das técnicas e pela ampliação
lância digital no país. Nos últimos anos, a discus- do acesso às novas tecnologias. Essas mudanças
são em torno da segurança de dados particulares têm resultado, principalmente, na elevação da
no ambiente virtual tem sido acentuada devido capacidade produtiva.
às ações de espionagem por parte de agências e) (F) O texto trata da incorporação de tecnologias no
governamentais. Dessa forma, a medida noticiada setor agropecuário, que tem contribuído para o
evidencia uma preocupação com os direitos civis, aumento da produção agrícola. Embora muitas téc-
especialmente com os que tratam da liberdade e nicas monitorem de forma mais clara a influência da
da privacidade dos indivíduos. pluviometria e os dados meteorológicos, elas não
b) (F) Embora a tecnologia venha sendo utilizada, em são capazes de diminuir os índices de chuva.
alguns casos, para acentuar conflitos étnico-raciais,
12 C
essa não é a preocupação evidenciada na notícia.
O texto trata de uma medida governamental para a) (F) Ainda que o texto 1 apresente o processo de recu-
restringir as ações de vigilância a fim de preservar a peração econômica de um país que detém uma
liberdade dos indivíduos. ampla tradição no ocidente, o legado cultural não
c) (F) A disseminação de notícias falsas representa uma é o ponto destacado na relação entre os textos. Ao
das maiores preocupações contemporâneas liga- comparar os casos, é possível observar que a inte-
das ao uso da tecnologia. Porém, o texto não se gração econômica regional dos países é o fator de
refere a esse aspecto. Em vez disso, trata de uma diferença entre eles.
medida que tem o objetivo de impedir a supressão b) (F) A influência da extensão territorial no processo de
das liberdades civis. recuperação de países em crise não é destacada na
d) (F) A intensificação do uso da tecnologia tem alte- relação entre os textos, uma vez que eles demons-
rado o funcionamento das relações interpessoais tram a importância da integração econômica regio-
na atualidade. Entretanto, a preocupação eviden- nal. Esse fato pode ser observado no texto 1 pela
ciada no texto se refere à implementação de uma atuação da União Europeia na recuperação da Grécia.
medida que visa impedir que a tecnologia se torne c) (V) O texto 1 apresenta o processo de recuperação
uma ameaça aos direitos civis. enfrentado pela Grécia após a grave crise econô-
e) (F) O aumento do número de transações comerciais mica que afetou o país, a qual gerou uma elevada
no ambiente virtual e a incorporação de recursos dívida externa, além das altas taxas de desem-
tecnológicos nos estabelecimentos comerciais prego e do descontentamento popular. Já o texto 2
têm influenciado a dinâmica das economias locais. retrata a crise enfrentada pela Venezuela, que
Porém, esse não é o aspecto tratado na notícia, a tem se transformado em um problema humanitá-
qual destaca uma medida que busca garantir o res- rio. Logo, a relação entre os casos apresentados
peito aos direitos civis limitando ações de espiona- demonstra a influência da integração regional no
gem por meio da tecnologia. processo de recuperação de países em crise, uma
vez que o apoio da União Europeia foi fundamental
11 D na recuperação da Grécia, enquanto a Venezuela
tem enfrentado maiores dificuldades por não con-
a) (F) Devido às discussões em torno do uso de agrotóxi- tar com o apoio econômico de muitos países.
cos e de sementes transgênicas, a agricultura orgâ- d) (F) Os textos indicam a influência da integração econô-
nica tem ganhado notoriedade nos últimos anos. mica regional no enfrentamento de crises econômi-
Entretanto, o texto indica uma mudança acarretada cas, destacando a diferença entre os casos da Grécia
pelo uso de novas tecnologias nas atividades agrí- e da Venezuela. Ainda que seja um fator que impul-
colas que, muitas vezes, visam ao aumento da pro- siona muitas economias, o patrimônio ambiental dos
dução, e não à valorização do cultivo orgânico. países não é destacado nos textos.

193
Ciências Humanas e suas Tecnologias

e) (F) A relação entre os textos demonstra o papel dos 14 D


blocos econômicos na recuperação de países em
a) (F) A adoção de um sistema monetário comum, que
crise, indicando, assim, a influência da integração
prevê a implementação de uma moeda única entre
econômica regional nesse processo. Embora a os países envolvidos, é uma característica da União
diversidade industrial de um país seja um fator de Europeia. O texto se refere a acordos que envolvem
importância para a economia e possa auxiliar na países da América do Norte, e nenhum deles possuía
recuperação de crises, esse não é o ponto retra- a função de padronizar a moeda utilizada nos países.
tado nos textos. b) (F) O USMCA, novo acordo ao qual o texto se refere,
substituiu o Nafta – que envolvia Canadá, Estados
13 D Unidos e México – com o objetivo de criar uma zona
a) (F) O texto indica uma tendência de redução das de livre comércio entre eles. O tratado previa a redu-
ção de tarifas alfandegárias para facilitar as relações
taxas de crescimento das metrópoles em bene-
comerciais, mas não tinha a função de organizar a
fício das cidades menores, sobretudo as cidades forma com que os países iriam gerar empregos.
metropolitanas. Esse fenômeno é impulsionado c) (F) O novo acordo, tratado no texto, envolveu Canadá,
tanto pelo processo de desconcentração indus- Estados Unidos e México e foi uma renovação de um
trial, como pelo processo de busca da população tratado que existia entre esses países. No entanto,
por uma melhor qualidade de vida, e não pela embora existissem pontos conflituosos na relação
ampliação das taxas de natalidade. entre eles, especialmente no que se refere às migra-
b) (F) A revitalização de espaços públicos está associada ções, o Nafta não tinha o objetivo de fiscalizar confli-
ao conjunto de medidas que visam à recuperação tos, uma vez que não havia disputas bélicas.
das infraestruturas e serviços em condições precá- d) (V) O texto se refere ao USMCA, um acordo que envol-
rias. Ainda que essas medidas possam servir como veu Canadá, Estados Unidos e México. Esse novo
atrativo para que a população se estabeleça em acordo substituiu o Nafta, que envolvia os mesmos
países e tinha a função de facilitar e intensificar a
novos espaços distantes dos grandes centros urba-
circulação de mercadorias a fim de estabelecer uma
nos, o texto não indica que a revitalização de espa-
zona de livre comércio entre os países envolvidos.
ços públicos seja a causa desse fenômeno, e sim e) (F) A imigração é uma questão problemática entre os
que as cidades de médio porte já oferecem uma países citados no texto, pois os Estados Unidos são
vida cultural e serviços próximos aos das grandes conhecidos pela implementação de políticas rígi-
cidades, o que leva a essa mudança na concentra- das de controle migratório, o que acaba afetando
ção populacional observada atualmente. a relação dele com os outros dois países. Ademais,
c) (F) A construção de prédios residenciais é uma ten- embora os acordos mencionados no texto visem a
dência crescente nas áreas urbanas, especialmente uma maior circulação de produtos, a regularização
nas metrópoles, e está associada ao processo de de migrantes não está prevista.
verticalização, que ocorre devido ao aumento da
demanda em relação ao solo urbano por razões 15 C
econômicas e sociais. Esse processo visa concen- a) (F) As tensões internas entre a população venezuelana,
trar um maior número de habitantes no mesmo o então presidente da Venezuela e os demais seto-
espaço; dessa forma, não acarreta a diminuição res do governo, aliadas à crise gerada pela desva-
do crescimento populacional em uma metrópole, lorização econômica do petróleo, ocasionaram a
assim como é indicado no texto. perda de empregos locais e a sensação de insta-
bilidade no povo venezuelano. Logo, a presença
d) (V) Segundo o texto, é possível observar que a popu-
de conflitos militares não é a causa direta da onda
lação tem se deslocado dos grandes centros urba- migratória de venezuelanos ao Brasil, e sim o apro-
nos, como a cidade de São Paulo, em direção à fundamento das tensões políticas e sociais.
região metropolitana. Essa alteração no processo b) (F) As mudanças climáticas e os processos de degra-
de concentração populacional está associada à dação ambiental implicaram ameaças às popula-
dispersão espacial das atividades produtivas, que ções e economias de diversos países, o que gerou
antes eram concentradas nas metrópoles e, com o aumento de fluxos migratórios, criando um
o tempo, foram redistribuídas entre outras cida- contingente de refugiados ambientais. Apesar da
des. Esse processo de desconcentração industrial, atualidade da temática, o território venezuelano
aliado a outros fatores, contribuiu para a redução não foi afetado por esse tipo de impacto. Logo, as
dos fatores de atração populacional nos grandes mudanças climáticas globais não são a causa dos
centros urbanos. fluxos migratórios da Venezuela para o Brasil.
c) (V) A imigração venezuelana para o Brasil é resultado
e) (F) A tendência demográfica indicada no fragmento
do cenário de crise política e econômica que o país
se refere ao processo de crescimento das cidades
enfrenta desde 2013 e que provocou o aumento
médias junto a uma desconcentração populacional do desemprego e o agravamento da violência e de
nos grandes centros urbanos, como a cidade de São casos de desabastecimento de remédios e alimen-
Paulo. Diante disso, a redução do índice de desem- tos. Por essas razões, houve o crescimento das solici-
prego poderia causar o efeito oposto, uma vez que tações de residência temporária pelos venezuelanos,
áreas que apresentam tais indicadores tendem a ser os quais buscam segurança e melhor qualidade de
polos de atração para a população desempregada. vida em países vizinhos, como o Brasil e a Colômbia.

194
Ciências Humanas e suas Tecnologias

d) (F) O crescimento da onda de imigrantes venezue- d) (F) O avanço dos cultivos de soja e milho no período
lanos não está associado à execução de progra- analisado está associado ao contexto de moder-
mas que visam atrair trabalhadores ou imigrantes nização da agricultura brasileira. Esse processo
estrangeiros para o Brasil, uma vez que, no período modernizador busca elevar o grau de mecanização
apresentado, o Brasil passou por uma conjuntura para promover ganhos de produtividade, o que
de instabilidade econômica, marcada pela eleva- leva a uma redução da empregabilidade e dos cus-
ção das taxas de desemprego e de desocupação tos com a mão de obra.
da população economicamente ativa. e) (F) A utilização de insumos agrícolas como agrotóxi-
e) (F) A delimitação da fronteira entre Venezuela e Brasil cos, defensivos e fertilizantes também contribuiu
não é recente. Portanto, essa não pode ser consi- para o aumento na produtividade desses grãos
derada a causa da onda migratória venezuelana em observada nos mapas. Logo, é incorreto afirmar
direção ao Brasil nos anos apresentados no gráfico. que houve uma redução na aplicação desses insu-
mos no período indicado.
16 B
a) (F) O texto não faz menção à interferência de outros 18 A
países, sobretudo aqueles fora do contexto sul- a) (V) A oferta de incentivos fiscais, o barateamento dos
-americano, na decisão de saída do Brasil do tratado. custos com mão de obra e a redução da pressão
De acordo com o texto, a ação estaria relacionada à sindical foram elementos que impulsionaram o pro-
perda de efeitos práticos e o envolvimento do país cesso de desconcentração industrial, intensificado a
com o Mercosul. partir da década de 90 no país. Esse processo teve as
b) (V) O texto informa que as nações saíram da Unasul, pequenas e médias cidades de outras regiões como
inclusive o Brasil, devido à perda dos efeitos prá- novas áreas de atração, conforme o texto sinaliza.
ticos do tratado. Ou seja, a organização já não b) (F) Os investimentos em infraestrutura de transporte
no país, mesmo com a demanda, são, em sua maio-
funcionava de modo eficiente, uma vez que outras
ria, concentrados em rodovias. Além disso, o texto
organizações, como o Mercosul, executam papéis
não enfatiza a contribuição da expansão do modal
semelhantes.
ferroviário para as alterações nos movimentos
c) (F) O fortalecimento de laços democráticos não foi migratórios apresentados.
apontado pelo texto como a razão para a saída c) (F) O texto não expõe que a alteração no padrão dos
do Brasil da Unasul, e sim o desgaste de algumas movimentos migratórios foi consequência da popu-
nações em relação aos acordos firmados na Unasul. larização do acesso aos aeroportos. Na realidade, o
d) (F) Existe desigualdade social tanto entre os países da excerto aponta que essa alteração ocorreu devido
Unasul quanto dentro do Brasil. Entretanto, o texto ao esgotamento dos postos de trabalho no eixo
não aponta essas situações como razões para a Centro-Sul e à expansão de atividades econômicas
saída do Brasil da organização. em outras regiões brasileiras.
e) (F) Não há uma busca por unificação comercial com d) (F) Apesar de o texto mencionar a expansão de opor-
outros países por parte do Brasil. Assim, não foi tunidades econômicas em outras regiões do país,
esse o motivo da saída do país da entidade Unasul. acompanhada da redução de postos de trabalho no
Centro-Sul, não é possível afirmar que esse processo
17 A foi consequência da eliminação total das disparida-
des regionais, uma vez que essas desigualdades são
a) (V) Os mapas evidenciam a apropriação de novas áreas
resultado de longos processos históricos presentes
de cultivo de soja e milho, o que permite o avanço na organização do território brasileiro.
das atividades produtivas capitalistas sobre o espaço e) (F) O agronegócio brasileiro, em especial na Região
natural. Dessa forma, a expansão dessas áreas de Centro-Sul, é caracterizado pela elevada produtivi-
produção de grãos sobre os biomas do Cerrado, dade em decorrência da modernização das práticas
Mata de Cocais e Floresta Amazônica corresponde agrícolas. Dessa forma, não se observa redução nos
ao avanço da fronteira agrícola brasileira, processo resultados obtidos que justifique essa alteração nos
de grande relevância para a economia nacional, mas fluxos migratórios e na distribuição populacional.
que contribui para ampliar a degradação ambiental.
b) (F) A evolução observada nos mapas indica que, ao 19 D
longo dos anos, houve um aumento do investi- a) (F) As sociedades estamentais são aquelas em que os
mento de capitais nas áreas indicadas por parte dos grupos sociais são divididos em estamentos, ou
proprietários ou das companhias, as quais expandi- seja, em camadas sociais bem definidas, nas quais a
ram as fronteiras agrícolas locais, e não uma redu- possibilidade de mobilidade social é praticamente
ção de capitais investidos. inexistente. O texto-base não faz referência a esse
c) (F) A expansão das áreas de cultivo de grãos, como a tipo de sociedade.
soja e o milho indicados no mapa, constitui mais b) (F) Embora algumas políticas militaristas no Brasil
um elemento para ampliar, e não atenuar, os confli- tenham sido adeptas do neoliberalismo, não é pos-
tos no espaço agrário brasileiro, pois potencializa o sível afirmar que essas políticas estão descritas no
avanço de forças econômicas sobre o espaço natu- texto, pois há outras e mais marcantes característi-
ral e sobre as pequenas propriedades rurais locais. cas da vertente militarista.

195
Ciências Humanas e suas Tecnologias

c) (F) Ainda que a adesão ao neoliberalismo no Brasil e) (F) Além das pequenas populações, os Tigres Asiáticos
tenha ocorrido com o interesse de promover o cres- constituíam países com quadro clássico de subde-
cimento econômico da nação, o texto não descreve senvolvimento, incluindo o baixo poder de compra
a exaltação de valores nacionais. do mercado consumidor interno. Dessa forma, a
d) (V) O modelo neoliberal tem como proposta superar as elevação do poder de compra constitui uma con-
crises do capitalismo diminuindo a participação do sequência do período de crescimento econômico
mencionado pelo texto, e não uma causa.
Estado na esfera econômica por meio de privatiza-
ções de empresas públicas. Assim, percebe-se que
21 A
o texto descreve essa vertente político-econômica.
a) (V) A charge apresenta um mapa que localiza os terri-
e) (F) A proposta do modelo neoliberal é a de privatizar
tórios ucraniano e russo. Dessa forma, observa-se
as empresas estatais públicas oferecendo-as para
a substituição da península da Crimeia – ao sul da
serem administradas pelo capital internacional, o Ucrânia – pela figura de um urso (símbolo da Rús-
que caracteriza uma diminuição do papel da eco- sia), a qual, embora com traços diferentes, também
nomia nacional. Ou seja, a proposta neoliberal des- foi utilizada para representar uma porção do ter-
crita não está alinhada ao protecionismo. ritório russo, com o objetivo de fazer referência à
ligação étnica entre os povos russo e ucraniano e
20 D ao processo de anexação da Crimeia à Federação
a) (F) Um dos elementos principais para o entendimento Russa, realizado entre os anos de 2013 e 2014.
b) (F) Ao colocar as figuras dos ursos uma de frente para a
do crescimento econômico dos países pertencentes
outra, em uma posição de confronto, a charge pode-
aos Tigres Asiáticos está relacionado com o papel ria expressar uma situação de confronto entre Rús-
do Estado na condução do processo de industria- sia e Ucrânia decorrente da expansão da influência
lização e na instituição das plataformas de exporta- ucraniana mencionada na alternativa, mas isso não
ção por meio do fornecimento de incentivos fiscais se verifica na organização recente das relações geo-
e aplicação dos investimentos estrangeiros em áreas políticas retratadas.
c) (F) A Ucrânia é um país localizado no continente euro-
estratégicas, como infraestrutura e educação.
peu, conforme pode ser observado no mapa pre-
b) (F) Coreia do Sul, Taiwan e Singapura são países com sente na charge. Porém, o país ainda não integra
limitadas extensões territoriais, pouco favoráveis a União Europeia. Portanto, a anexação represen-
ao desenvolvimento de atividades primárias, como tada não configuraria um movimento de aproxi-
agropecuária e extrativismo mineral, cuja produção mação do governo russo com esse bloco, apesar
constituem as commodities. Logo, é correto afirmar do posicionamento próximo dos ursos da charge.
Ao contrário, observam-se tentativas frustradas de
que o crescimento econômico do grupo se deve à
estreitamento de relações.
industrialização promovida por capitais e empre- d) (F) A charge, ao utilizar a figura do urso para repre-
sas internacionais, e não ao aumento de taxas de sentar a Rússia e a Ucrânia, indica a agressividade
exportação de commodities. ucraniana ao lidar com a Rússia, o que pode ser
c) (F) Os Tigres Asiáticos iniciam o seu período de cres- associado ao crescimento econômico ucraniano.
cimento econômico dentro do contexto da Guerra Nesse sentido, a Ucrânia apresenta bons índices de
desenvolvimento humano, assim como bons resul-
Fria, período histórico marcado pela bipolaridade
tados no setor agrícola, industrial e de tecnologia.
e pelo intervencionismo político, econômico e mili- Portanto, ela não pode ser considerada como um
tar dos Estados Unidos e da antiga União Soviética. país subdesenvolvido.
Nesse contexto, o grupo de países mencionados e) (F) Novamente, o posicionamento próximo entre os
no texto obteve investimentos de origem estaduni- ursos apresentados na charge colabora para uma
dense com o objetivo de consolidar o capitalismo e interpretação de que há uma aproximação entre
Ucrânia e o governo russo. Entretanto, a charge
coibir o avanço do socialismo sobre mais áreas do
não aponta para um amplo apoio internacional ao
continente asiático. projeto de reconstrução geopolítica da Rússia, uma
d) (V) O aumento na renda per capita da Coreia do Sul, vez que esse país suscita conflitos com outros paí-
Taiwan e Singapura – que rendeu aos países o ape- ses do Leste Europeu, com a União Europeia e com
lido de Tigres Asiáticos – é resultado do processo os Estados Unidos, por exemplo.
de industrialização que ocorreu com a instalação de
22 C
empresas transnacionais cuja produção de bens de
consumo está orientada para o mercado externo. a) (F) Na visão de Bauman, a globalização traz consequên-
cias negativas para a sociedade, como a diferen-
Esse modelo, denominado plataforma de exporta-
ciação entre as pessoas e a restrição da liberdade
ção, somou-se a iniciativas governamentais, como e autonomia individuais. Portanto, é incorreto dizer
investimentos em educação e infraestrutura, incen- que o texto aponta para a reciprocidade como uma
tivos fiscais e desvalorização cambial. consequência do fenômeno globalizante.

196
Ciências Humanas e suas Tecnologias

b) (F) Segundo o texto, a globalização atinge todos os c) (V) De acordo com o texto-base, a malha de transporte
locais no globo, mas de forma diferente, gerando reflete a relação da sociedade com os espaços e
desigualdades no acesso aos mecanismos integra- exemplifica a forma como esta se apresenta: com
dores que a própria globalização promove. Além suas permanências em relação às desigualdades e
disso, o texto não indica que esse fenômeno oca- à segregação.
siona o acesso à informação. d) (F) Segundo o texto-base, a atual organização do
c) (V) O texto indica como o fenômeno da globalização transporte urbano não garante um modelo de
gera uma maior distinção entre os povos, o que urbanização inclusivo, uma vez que não conecta a
periferia ao centro de maneira eficiente.
contribui para aumentar as desigualdades sociais
e) (F) O texto-base é claro quando explica que o acesso
em âmbito mundial.
ao transporte urbano não abranda as desigualda-
d) (F) Na modernidade líquida, as relações pessoais se
des socioeconômicas entre as diferentes regiões
tornam mais fracas e fluidas, gerando um distancia-
das cidades.
mento dos próximos e uma separação entre as popu-
lações. Logo, na visão de Bauman, a globalização não 25 B
ocasiona integrações completamente estáveis.
a) (F) O liberalismo é uma corrente político-econômica
e) (F) Embora o texto sinalize para os impactos negati- que defende a não intervenção do Estado na
vos trazidos pela globalização, ele não traz a alie- economia, a autorregulação do mercado e a livre
nação cultural como uma das consequências desse concorrência. Dessa forma, a interferência da presi-
fenômeno, e sim a propagação das desigualdades dência dos Estados Unidos nas relações comerciais
socioeconômicas. estabelecidas com a China por meio da imposição
de tarifas, mencionada na notícia, distancia-se dos
23 B princípios mencionados.
b) (V) A notícia aponta a adoção de tarifas sobre os produ-
a) (F) O apoio a movimentos nacionalistas é um tema de tos importados da China, que implicará o aumento
interesse atual da OUA. Assim, o objetivo não é a do preço para os consumidores estadunidenses. No
coibição destes. E, de acordo com texto, a principal caso, ela exemplifica os desdobramentos das medi-
razão para criar a OUA era acabar com o colonia- das protecionistas adotadas pelo então governo
lismo da África, ou seja, eliminar a interferência de estadunidense como mecanismo de proteção e estí-
outras nações nos países africanos. mulo à produção interna diante do crescimento da
b) (V) O texto deixa claro que houve um processo de economia chinesa. Dessa forma, o caso está inse-
negociação entre os políticos regionais para que rido no contexto da recente guerra comercial entre
deixassem suas diferenças de lado e lutassem pelo as duas potências.
c) (F) O mercado financeiro foi diretamente afetado pela
objetivo comum de libertar a África da interferência
instabilidade instaurada pela rivalidade entre as
externa, ou seja, do colonialismo imposto por paí- duas principais potências econômicas mundiais.
ses europeus. Essa instabilidade é evidenciada pelo conflito eco-
c) (F) Ainda há governos autoritários na África, causa de nômico abordado no texto. Portanto, a situação
muitos conflitos no continente. Entretanto, esse constitui um desdobramento, e não uma motivação
não foi o motivo para o surgimento da OUA. para o conflito.
d) (F) Os países africanos buscam uma maior represen- d) (F) O aumento das tarifas alfandegárias adotadas pelos
tatividade no cenário global, contudo esse não foi Estados Unidos, mencionado na notícia, constitui
o objetivo da criação da organização, de acordo uma ação inserida dentro de um contexto de con-
com o texto. flito econômico-comercial, e não como forma de
posicionamento de crítica aos regimes políticos
e) (F) As diferenças sociais na África são marcantes e esse
autoritários.
tema faz parte do interesse atual da OUA. Porém, e) (F) Apesar de os organismos internacionais terem rea-
a razão para a gênese da OUA foi a extirpação do lizado intervenções no caso do conflito econômico
colonialismo. entre Estados Unidos e China, o que constitui o
contexto da notícia, não é correto afirmar que um
24 C ataque a esses organismos tenha sido a causa da
a) (F) De acordo com o texto-base, os fluxos promovidos situação abordada no texto-base.
pelos meios de transportes refletem os contrastes
socioeconômicos entre as regiões centrais e as peri- Filosofia
féricas. Assim, a mobilidade urbana não é, na prá-
tica, reflexo da conexão entre as classes sociais. 01 A
b) (F) A modernização da rede de transporte urbana, a) (V) De acordo com o exposto no texto, a virtude é um
segundo o texto-base, pouco contribui para a ocu- princípio que está no poder dos indivíduos, os quais
pação adequada dos diferentes espaços, uma vez têm a responsabilidade de escolher agir ou não agir
que o mercado imobiliário determina as caracterís- em determinados contextos. Assim, para Aristóteles,
ticas de quem vive em determinados locais. os comportamentos virtuosos são escolhas racionais.

197
Ciências Humanas e suas Tecnologias

b) (F) Segundo Aristóteles, a busca pela virtude é fruto de c) (F) Para o filósofo, o conhecimento parte da experiên-
uma ação racional, e não de uma interpretação par- cia humana no mundo ou deriva da imaginação.
ticular, além de não possuir um caráter passional. Consequentemente defende que é a repetição, ou
c) (F) Aristóteles não afirma que a política é conduzida seja, o costume, que permite transformar nossas
pelo radicalismo cidadão. Para esse filósofo, na experiências em aprendizados, e não os ímpetos
política, assim como em todas as esferas da vida, emocionais aleatórios.
os indivíduos devem agir de acordo com as virtu- d) (V) Segundo Hume, a imaginação humana pode inven-
des, visando ao bem e à justiça. Assim, as ações tar relações e estabelecer conexões entre os con-
egoístas e radicais (vícios) devem ser evitadas. teúdos da mente humana, as ideias e as impressões.
d) (F) Conforme o pensamento aristotélico, a busca pela Esses conteúdos mentais procedentes das vivências
virtude é uma escolha racional, que visa ao bem e à sensoriais contínuas permitem o armazenamento de
felicidade de todos os cidadãos no convívio social. informações na memória e a significação das ideias.
Logo, é incorreto afirmar que o princípio da virtude e) (F) O filósofo não acreditava na existência de abstra-
para Aristóteles é pautado em ideais ininteligíveis ções intelectuais inatas na mente humana. Segundo
ou que não podem ser compreendidos pelos indi- ele, todos os conteúdos da mente humana são for-
víduos. mados a partir de impressões vivenciadas por meio
e) (F) Para Aristóteles, não havia a concepção de dois das experiências.
mundos distintos: o sensível, aquele em que a rea-
lidade é aparente, e o inteligível, aquele que só 04 E
pode ser alcançado pela razão e pela lógica. Essa a) (F) John Locke considera a propriedade privada como
dicotomia era defendida por Platão, e não por Aris- um direito natural, criado e legitimado pelo traba-
tóteles. lho humano, sem que esta possa ser violada. Por
isso, a racionalidade humana cria e estabelece as
02 B condições necessárias para o direito à propriedade
a) (F) No texto, apresenta-se como característica do privada ser garantido.
método desenvolvido por Descartes a realização de b) (F) No texto, o filósofo defende que o estado de liber-
profundos e contínuos exames, mas não se refere ao dade não implica um estado de licenciosidade
compartilhamento de impressões individuais. (indisciplina). Portanto, o autor defende a obediên-
b) (V) O método cartesiano, apresentado no texto, cia às leis da sociedade civil, desde que justas, para
baseia-se na realização de uma série de investiga- a manutenção da paz, não defendendo a impulsivi-
ções metódicas e sistemáticas para alcançar algum dade humana.
c) (F) Segundo John Locke, os direitos à vida, à liberdade
tipo de conhecimento verdadeiro.
e à propriedade privada são direitos naturais do
c) (F) O texto não apresenta indícios de que Descartes
ser humano e, portanto, não podem ser alienados,
defendia a reprodução de argumentos atemporais.
concedidos ou ameaçados por outros. Assim, a
Na verdade, há a ideia de que nunca se deve “acei-
sociedade civil e o Estado foram criados racional-
tar algo como verdadeiro”, sendo necessária a rea-
mente para garantir e preservar esses direitos natu-
lização de estudos metódicos.
rais, e não para impor uma submissão dos cidadãos
d) (F) Entre os gregos antigos, a retórica significava a
a um poder soberano.
“arte de falar bem”. Não há no texto elementos
d) (F) Em suas teorias filosóficas, Locke não defende a
que indiquem que a comunicação eloquente é
predisposição humana à manutenção da coletivi-
necessária para a elaboração de uma verdade, e
dade. Segundo o filósofo, os indivíduos têm direito
sim a constante investigação sobre todas as coisas.
à propriedade, já a coletividade é estabelecida por
e) (F) Não há, no texto, elementos que indiquem que
meio de “contratos sociais”, que objetivam a con-
Descartes defendia a confirmação das crenças cole-
solidação dos direitos individuais naturais.
tivas, mas sim a investigação de evidências e situa-
e) (V) No texto, Locke defende que a racionalidade
ções para chegar a conclusões lógicas.
humana cria normas éticas e estabelece as condi-
ções necessárias para uma convivência pacífica e
03 D igualitária entre as pessoas. Assim, a sociedade civil
a) (F) David Hume defendia que as percepções huma- e o Estado foram criados para garantir direitos, pre-
nas são produzidas por um princípio, ou instinto da servar a paz e evitar que os cidadãos tomem deci-
natureza humana, denominado por ele costume ou sões que prejudiquem uns aos outros.
hábito. Assim, ele não considerava que o conheci-
mento sobre a realidade é proveniente de instintos 05 D
atípicos. a) (F) No texto, apresentam-se elementos que mostram
b) (F) Para Hume, os processos dedutivos psíquicos não que Sherlock Holmes se utiliza de métodos racio-
podem ser verificados no mundo real e, portanto, nais investigativos para solucionar crimes, não
não podem contribuir para a construção de conhe- dependendo, portanto, da ação de agentes divi-
cimentos experienciais. nos, como a providência.

198
Ciências Humanas e suas Tecnologias

b) (F) No excerto, não há indícios de que o método de b) (F) A crítica do autor do texto não se refere à dicoto-
investigação utilizado por Sherlock Holmes envolve mia do idealismo, a qual pressupõe a existência de
a condução de diálogos para chegar a uma deter- um plano material e de um plano ideal. O texto se
minada resposta, como prevê o método socrático refere à divisão dicotômica da ciência, que foi resul-
da maiêutica.
tante de influências do positivismo.
c) (F) Não há, no texto, elementos que indiquem que as
ações do detetive são motivadas pela moral, mas c) (F) Embora o maniqueísmo seja uma concepção que
pela necessidade de solucionar crimes por meio da analisa a realidade de forma dualista, essa dico-
utilização de métodos investigativos. tomia se refere à distinção entre o bem e o mal.
d) (V) A caracterização de Sherlock Holmes no excerto Nesse sentido, a crítica apresentada no texto não
alude à sua racionalidade e à utilização do método trata de um juízo de valor maniqueísta em relação
indiciário, uma das bases da atitude filosófica. Esse às áreas do conhecimento científico, e sim de uma
método investigativo, praticado pela personagem, divisão causada por uma influência positivista.
presume a realização de um percurso metodoló-
d) (F) O neoplatonismo foi uma corrente filosófica que bus-
gico que, como apresentado no texto, envolve
pensar indícios, pistas e vestígios. cou superar a dualidade platônica e deu destaque a
e) (F) No texto, há a caracterização de Sherlock Holmes aspectos religiosos. Contudo, a crítica expressa no
como um detetive que se utiliza de técnicas da ciên- texto não se refere à influência do neoplatonismo
cia forense e do raciocínio lógico para chegar a con- na ciência, mas à do positivismo, que acarretou
clusões em suas investigações, mas não há indícios uma compartimentação do conhecimento científico.
de que ele se utiliza da empatia em seu trabalho. e) (V) O texto expressa uma crítica à divisão dicotômica do
conhecimento científico, que foi influenciada pelo
06 C positivismo e segmentou as ciências em sociais e
a) (F) No texto, a Filosofia é definida como uma disci- naturais. Para o autor, o positivismo científico reforça
plina que cria conceitos. Dessa forma, ela não um caráter mecanicista e tende a hierarquizar o
seria reduzida a uma atividade de analisar posi- conhecimento. Dessa forma, considera a importân-
cionamentos políticos, mas elaborar concepções, cia de superar esses paradigmas no cenário atual.
que não estão dissociadas das orientações políti-
cas de quem as desenvolve.
08 C
b) (F) Embora o texto considere a importância da Filo-
sofia como uma atividade de criação de conceitos, a) (F) O anarquismo é uma teoria política que visa ao
não é indicado no texto que um(a) filósofo(a) deve fim do capitalismo e da autoridade imposta pelo
combater valores tradicionais, uma vez que pode se Estado. No texto de Aristóteles, há uma referên-
utilizar deles para elaborar suas reflexões. cia ao funcionamento de um modelo de governo
c) (V) A definição apresentada no texto indica que a Filo- democrático, em que os cidadãos deliberam sobre
sofia é uma disciplina que promove a criação de
as decisões políticas.
novos conceitos, o que requer a originalidade do(a)
filósofo(a) quando ele(a) propõe suas reflexões. b) (F) A aristocracia é um modelo de governo em que o
Dessa forma, a Filosofia deve revisar e avaliar os poder é exercido por grupos detentores de privilé-
conhecimentos produzidos e refletir sobre a socie- gios. Na forma de governo à qual o texto se refere,
dade contemporânea, com o intuito de propor os magistrados possuem função consultiva e a
novos raciocínios, conceitos e teorias. decisão é tomada pelo povo, o que caracteriza um
d) (F) O texto não considera que a missão da Filosofia con- modelo democrático.
siste em questionar fatos históricos. Ainda que este c) (V) O fragmento do texto de Aristóteles se refere a um
ato seja um importante componente no desenvolvi-
modelo de governo que preza pela participação
mento de reflexões e na elaboração de conceitos,
ele não representa a principal missão da Filosofia. popular. Dessa forma, o texto faz referência a uma
e) (F) A Filosofia não é definida no texto como uma ativi- democracia direta, em que os cidadãos exercem o
dade que busca traduzir teorias científicas. Embora poder absoluto na tomada de decisões.
ela seja um elemento importante na construção das d) (F) A monarquia é uma forma de governo em que o
ciências, os(as) filósofos(as) não têm como missão poder está concentrado nas mãos de uma única
principal a tarefa de esclarecer ou interpretar teo- pessoa e é transferido de maneira hereditária. O
rias científicas. texto expressa uma forma de governo em que a
participação popular é predominante, o que carac-
07 E
teriza uma democracia.
a) (F) Ao criticar a compartimentação dicotômica do
e) (F) A oligarquia é um sistema político em que o poder
saber científico, o autor do texto não está se con-
é concentrado nas mãos de poucas pessoas. Para
trapondo ao empirismo, que se baseia no conheci-
mento advindo da experiência e da observação. A Aristóteles, esta é uma versão corrompida das aristo-
crítica do autor se direciona a um modelo influen- cracias, pois os grupos dominantes buscam interes-
ciado pelo positivismo, que divide as ciências entre ses próprios. Dessa forma, não é correto afirmar que a
sociais e naturais. descrição do texto se refere a essa forma de governo.

199
Ciências Humanas e suas Tecnologias

09 C d) (F) Platão direciona sua crítica aos sofistas, um grupo


de pensadores que valorizava as habilidades argu-
a) (F) A tradição oral consiste no saber cultural que é
mentativas nos debates. Esse grupo não era carac-
transmitido oralmente ao longo das gerações.
terizado por valorizar representações mitológicas
Entretanto, esse não é o aspecto que fundamenta a
em seus discursos públicos. Em vez disso, valori-
concepção apresentada no texto, pois o autor des-
taca o papel da argumentação na construção de um zavam o cotidiano da época, a fim de despertar a
processo comunicativo baseado no diálogo, e não atenção e persuadir seus ouvintes e debatedores.
somente na transmissão de conhecimentos ao longo e) (F) Os sofistas, grupo de pensadores criticados por
das gerações. Platão no trecho, não ficaram conhecidos por divul-
b) (F) Apesar de destacar que a argumentação é cercada gar ideologias que iam de encontro à democracia
pela racionalidade, o autor do texto não considera ateniense. Eles eram criticados por valorizarem o
que a ação comunicativa está fundamentada no uso de técnicas de oratória em vez de argumentos
saber científico. A concepção apresentada indica válidos como forma de vencer discussões.
que o diálogo deve fundamentar a comunicação
entre os indivíduos; porém, embora os argumentos 11 E
tenham pretensões de validez, eles não estão res- a) (F) A concepção apresentada no texto é inerente ao
tritos aos conhecimentos acadêmicos. utilitarismo, uma corrente filosófica que tem como
c) (V) O texto apresenta a concepção de Jürgen Habermas
base o princípio da utilidade. Embora o fortaleci-
sobre o papel da argumentação na ação comuni-
mento de sistemas produtivos que movimentam a
cativa. Para o autor, o exercício da argumentação
economia seja uma ideia que possa ser defendida
permitia que os indivíduos dialogassem de forma
pelo utilitarismo, este não é o ponto abordado no
racional, tornando possível o estabelecimento de
uma ética do discurso, e esse tipo de ação comuni- texto, o qual se refere aos impactos negativos oca-
cativa poderia fundamentar uma sociedade. sionados quando o Estado não se preocupa com o
d) (F) A concepção apresentada no texto não repre- desenvolvimento humano.
senta uma ação comunicativa que se fundamenta b) (F) O texto apresenta a concepção de um dos principais
na autoridade moral dos indivíduos. Ao analisar o representantes do utilitarismo. Para Stuart Mill, as
papel da argumentação no processo comunicativo, ações do Estado não deveriam estar fundamentadas
o autor demonstra que este está fundamentado no em modelos autoritários, uma vez que considerava
diálogo racional. necessário proporcionar liberdade aos cidadãos.
e) (F) No texto, Jürgen Habermas considera o papel da c) (F) No texto, é apresentada uma concepção sobre o
argumentação em uma ação comunicativa que Estado que aponta para a importância de este rea-
esteja fundamentada no diálogo racional entre lizar ações em prol do desenvolvimento dos cida-
os indivíduos. Embora o autor seja apontado por dãos. Apesar do engajamento político estar aliado a
alguns pesquisadores como um defensor da demo- esse processo, o foco do autor não está no papel do
cracia burguesa, ele não defende um processo de Estado como desenvolvedor de critérios jurídicos.
comunicação baseado no poderio econômico dos d) (F) Para que haja um desenvolvimento sustentável, os
indivíduos, uma vez que o exercício da argumenta- impactos ambientais provocados pela expansão
ção ultrapassa essas questões. das áreas urbanas devem ser considerados pelos
entes estatais. Porém, a concepção apresentada no
10 A
texto não se refere a esse aspecto da sustentabili-
a) (V) A crítica de Platão é direcionada aos sofistas, um dade, mas ao desenvolvimento dos cidadãos.
grupo de pensadores da Grécia Antiga reconhe- e) (V) O autor do texto se baseia em um princípio utilita-
cido por ensinar técnicas argumentativas como rista e apresenta as consequências de ações esta-
instrumentos para vencer discussões. Esses pensa- tais que desconsideram os indivíduos. Diante disso,
dores foram criticados por Platão, pois ele conside- é possível afirmar que, para que o Estado possa
rava que os sofistas priorizavam as habilidades de progredir de maneira sustentável, deve-se investir
argumentação e não se importavam com a veraci- no desenvolvimento dos cidadãos.
dade das ideias defendidas.
b) (F) Na crítica apresentada no trecho, Platão está se 12 B
referindo aos sofistas, um grupo de pensadores a) (F) Embora os textos abordem concepções acerca
caracterizado por ensinar a arte da argumentação da natureza humana, eles não fazem referência ao
como meio para vencer debates. Dessa forma, não papel de práticas religiosas na vida dos indivíduos.
é certo afirmar que eles eram favoráveis a práticas Em vez disso, os autores consideram as relações
de censura nas discussões filosóficas. entre os seres humanos no estado de natureza para
c) (F) A utilização de práticas religiosas como forma entender o desenvolvimento da sociedade.
de dominação não era algo que caracterizava os b) (V) Os textos apresentam duas visões diferentes acerca
sofistas, grupo de pensadores criticado por Platão do ser humano no estado de natureza. No texto 1,
no trecho. Esse grupo era conhecido por ensinar Thomas Hobbes destaca o estado de guerra, que,
às pessoas técnicas de argumentação para que para ele, representa o caráter da natureza humana.
pudessem vencer discussões. O texto 2 apresenta a visão de Jean-Jacques

200
Ciências Humanas e suas Tecnologias

Rousseau, que diverge da ideia de Hobbes ao c) (F) O materialismo é um conjunto de teorias filosófi-
considerar que o ser humano não é mau por natu- cas que se relacionam à importância da matéria na
reza e que as desigualdades foram ocasionadas origem das coisas e da existência. Assim, não pos-
após o estabelecimento da propriedade privada. sui relação direta com o exposto no texto e com as
c) (F) O funcionamento da justiça social não é um ponto ideias de Descartes.
explorado pelos autores nos textos apresentados. d) (V) Ao condicionar a existência ao ato de pensar, Des-
Dessa forma, o que causa uma relação de oposi- cartes evidencia uma importante característica
ção entre eles é a concepção dos autores acerca da das correntes racionalistas da Idade Moderna. De
natureza do ser humano, em um estágio anterior à acordo com o racionalismo, o pensamento deve
constituição de uma sociedade. servir de meio para o conhecimento e para a expli-
d) (F) O conceito de forças produtivas, que está relacio-
cação da realidade.
nado à capacidade de trabalho do ser humano, não
e) (F) O existencialismo foi uma corrente de pensamento
é referenciado nos textos. As ideias apresentadas
filosófico estabelecida entre os séculos XIX e XX
se referem às concepções acerca do ser humano
tendo como objeto de estudo a existência humana.
em seu estado de natureza.
e) (F) As ideias apresentadas nos textos estão relacio- Na medida em que essa corrente está centrada na
nadas ao estado de natureza dos seres humanos. angústia pela ausência de um sentido inerente à
Embora os autores apresentem aspectos ligados existência, ela se afasta da preocupação cartesiana,
às relações humanas, eles não diferem quanto à que, por sua vez, adere à verdade revelada pelo
importância das identidades culturais. pensamento.

13 B 15 C
a) (F) Os experimentos metódicos são elementos estru- a) (F) A expressão “meio-termo” não se relaciona com
turantes da ciência moderna. Eles não são demons- resignação. A atitude de conformação poderia até
trados nos estudos de Aristóteles, que, no texto em configurar-se um vício para Aristóteles, afastando o
destaque, faz referência ao raciocínio por meio da sujeito da felicidade almejada.
dedução. Além disso, o fragmento não indica que b) (F) O texto não afirma que ser especialista em uma área
o método aristotélico contribui para transformar do conhecimento seja sinônimo de felicidade, mas
novos conhecimentos em normas. que alcançá-la pode ser mais viável quando se sabe
b) (V) No texto, Aristóteles se refere ao método dedutivo, aliar virtudes morais ao campo de atuação intelectual.
que estrutura raciocínios a partir de leis universais c) (V) Ao dizer que “encontrando sempre o meio-termo
ou teorias gerais a fim de atribuir informações ou nas diferentes situações vividas, o indivíduo pode
respostas sobre casos particulares. Dessa forma, o vir a conquistar o que suas ações visam”, o texto
raciocínio defendido pelo autor se baseia em sabe- parafraseia Aristóteles, indicando que esse filósofo
res prévios para estabelecer conclusões específicas. defendia que o caminho para alcançar a felicidade
c) (F) O texto de Aristóteles está se referindo ao raciocínio se dava pelo meio-termo, o equilíbrio entre os vícios,
por meio da dedução, que parte de conhecimentos que seriam os extremos, e, portanto, evitáveis.
prévios para explicar casos específicos. O uso de com- d) (F) Segundo Aristóteles, o excesso de virtudes pode ser
parações ilustrativas para explicar fatos complexos
um extremo, ou seja, um vício, que afasta o sujeito
ou de difícil compreensão é chamado de analogia.
da felicidade, visto que, para ele, deve-se procu-
d) (F) O uso de operações sensoriais para analisar fenô-
rar sempre o meio-termo nas diferentes situações.
menos naturais está associado ao método intui-
tivo. Porém, o texto de Aristóteles faz referência e) (F) O que se pode entender do texto a partir da ideia
ao método dedutivo, que se baseia em processos de meio-termo para Aristóteles é que o acúmulo de
gerais para compreender casos particulares. habilidades, por si só, sem o equilíbrio entre a virtude
e) (F) A compreensão de processos gerais a partir de intelectual e a virtude moral, não garante a felicidade.
casos específicos é inerente ao modo de raciocínio
indutivo. Esse modo também é considerado na obra 16 E
de Aristóteles, mas não no texto destacado, que faz a) (F) Apesar de o texto colocar que o outro é importante
referência ao raciocínio por meio da dedução. para a definição da identidade individual, o que
evoca o conceito de interdependência entre as pes-
14 D soas, não está explícito que a liberdade humana está
a) (F) O cinismo foi uma corrente da filosofia helenística condicionada à satisfação dos desejos desse outro.
que considerava a felicidade como resultado de b) (F) Sartre não evidencia uma perda de individualidade,
uma vida simples e desapegada da complexidade mas faz uma reflexão sobre a extensão da liberdade
das regras e dos valores sociais. Esses valores não a partir da individualidade de cada pessoa. Nesse
têm ligação direta com as ideias apresentadas no sentido, cada indivíduo poderá escolher e se res-
texto referentes ao pensamento cartesiano. ponsabilizar pelos compromissos que deseja assu-
b) (F) O empirismo foi um pensamento crítico e contrá- mir durante o convívio social.
rio ao racionalismo e à teoria das ideias inatas. Por c) (F) Para Sartre, o reconhecimento da existência das
isso, é contrário, em sua essência, ao pensamento outras pessoas proporciona uma reflexão sobre o
cartesiano. reconhecimento de si próprio – da própria existência

201
Ciências Humanas e suas Tecnologias

e liberdade –, mas o autor não trata especificamente b) (V) O texto aponta para a defesa da ideia de a econo-
da dependência emocional entre as pessoas como mia ser movimentada pelos interesses individuais, e
causa de decepções e crises existenciais. Pelo con- não impulsionada pelos interesses estatais ou públi-
trário, o filósofo reflete sobre a forma como a com- cos. Segundo o trecho, esses interesses é que con-
pletude de si depende da relação com o outro. tribuem de forma indireta para o crescimento social.
d) (F) O texto não se aprofunda sobre os aspectos do Dessa forma, em sua teoria liberal, Adam Smith pro-
convívio social, não havendo nele informações que move contraposição ao ideal de que o Estado deve-
justifiquem as ideias de obrigatoriedade da con- ria regular as atividades econômicas individuais.
vivência ou irrelevância da vontade particular. Na c) (F) Segundo o texto, o pensador inglês fornece um
verdade, o filósofo trata de uma verdade individual aspecto positivo às atividades econômicas, o que
aliada à liberdade do outro, que é reconhecido por pode incluir o trabalho exercido pelos indivíduos,
ele como uma “liberdade colocada na [sua] frente”. indicando que essas atividades são capazes tanto
e) (V) Segundo Sartre, a conscientização sobre a própria de satisfazer as necessidades individuais como de
identidade deve acontecer a partir da consciência gerar maior valor para a sociedade. Logo, no texto,
sobre a liberdade do outro, por meio do reconhe- não há uma crítica à submissão dos indivíduos a
cimento de uma relação com outras pessoas. Isso qualquer tipo de trabalho.
permitiria a autonomia para refletir e realizar esco- d) (F) O texto não evidencia uma crítica à transforma-
lhas, porém, levando em conta a responsabilidade ção das relações humanas em mercadoria, pois,
dessa autonomia sobre o outro. Nesse sentido, Sar- na visão exposta no texto, há uma valorização das
tre evidencia uma interdependência entre a própria atividades individuais e do potencial delas para o
autonomia e a responsabilidade sobre o outro.
crescimento econômico.
e) (F) No texto, Adam Smith entende o desempenho livre
17 A
de atividades econômicas movidas por interesses
a) (V) Para Félix Guattari, a subjetividade humana deve individuais como uma possibilidade de crescimento
integrar diferentes ecologias, contribuindo para o econômico e de geração de riqueza. Assim, não
desenvolvimento harmonioso do conjunto com- há uma crítica à distinção entre classes, que acaba
posto por elas, resultando em um agente político sendo uma consequência da proposta defendida.
integral. Essa ideia fica evidenciada no trecho “A
refundação do político deverá passar pelas dimen- 19 B
sões estéticas e analíticas que estão implicadas nas
três ecologias”, em que o indivíduo está relacio- a) (F) O texto não aponta que as relações de poder dis-
nado à ecologia da psique; a sociedade, à ecologia ciplinar levam à extenuação, ao enfraquecimento
do social; e o planeta, à ecologia do ambiente. de Estados autoritários. Pelo contrário, Foucault
b) (F) O texto não trata da criação do conceito de soli- entende que a punição do corpo é característica
dariedade, mas da redefinição do agente político do poder soberano. Ou seja, a vigilância fortalece
como um todo, contemplando os aspectos relacio- Estados totalitários.
nados à saúde individual e social das pessoas (eco- b) (V) De acordo com o texto, as formas de poder exis-
logias psicológica e social) e ao ambiente. tentes na sociedade impõem modificações nos
c) (F) As manifestações artísticas expressam a subjetividade modos de agir dos indivíduos a partir da coação de
humana e beneficiam a saúde psicológica dos indiví- seu corpo, transformando-o em corpo passível de
duos, mas o texto não as menciona. Fala-se, na ver- sujeição. Desse modo, incorporam-se característi-
dade, de uma subjetividade pautada na integração cas no corpo por meio do controle disciplinar que
entre individualidade, sociedade e meio ambiente. modela indivíduos.
d) (F) O aspecto psicológico do indivíduo está relacionado c) (F) O texto aponta que o poder disciplinar ocorre de
a uma das ecologias, mas não é tratado de forma maneira calculada, subjetiva, por meio das institui-
centralizada no texto. Nele, trata-se de uma integra- ções disciplinares, e não que esse poder se efetiva
ção entre as ecologias, referentes ao indivíduo, às por meio da punição explícita.
relações sociais e à preservação do meio ambiente. d) (F) O fragmento aponta para como, para Foucault, o
e) (F) A preocupação com a sustentabilidade da indústria poder disciplinar ocasiona uma forma de vigilân-
e do comércio também deve ser parte do pensa- cia minimamente calculada pelos mantenedores
mento ecológico. Porém, esse não é o ponto central do poder. Ou seja, não há indícios, no texto, de
da preocupação do estudioso, explicitada no texto. que esse poder tenha resultado na fixação de nor-
mas éticas em conflitos e guerras.
18 B e) (F) O texto sugere que existe uma forma de poder
a) (F) No texto, Adam Smith apresenta uma proposta disciplinar que é exercida pelas instituições, as
econômica que visa indicar a importância da inter- quais operam mecanismos de coerção para sujei-
ferência natural do mercado, “a mão invisível”, para tar os indivíduos. Portanto, essa forma de poder
a regulação das atividades econômicas. Portanto, é apresentada no texto contribui para a instituciona-
incorreto afirmar que esse pensador critica a inter- lização das hierarquias sociais, e não para a homo-
ferência do mercado financeiro sobre a economia. geneização de hierarquias.

202
Ciências Humanas e suas Tecnologias

20 B e) (F) Conforme o texto aponta, a indústria cultural dimi-


nui a complexidade das produções artísticas para
a) (F) Na filosofia existencialista, a liberdade e a respon-
transformá-las em um produto a ser consumido
sabilidade para tomar decisões são sempre ques-
em larga escala. Contudo, embora essa produção
tionadas pelos indivíduos. Assim, o existencialismo
possa estar associada a políticas de estado neolibe-
possui uma relação com a argumentação individual.
rais, o texto não indica que esse tipo de produção
Contudo, essa argumentação deve levar os sujeitos
tenha o objetivo de formar indivíduos com a crença
a tomarem decisões racionais sobre as suas esco-
neoliberal.
lhas, e não a negá-las.
b) (V) O poema possui uma aproximação com a filoso-
22 B
fia existencialista a partir do momento em que o
eu lírico faz uma reflexão sobre o seu processo a) (F) O método da punição explícita contra crimes
existencial. Para o existencialismo, a angústia está cometidos para que ela sirva como exemplo para
relacionada não somente às escolhas pessoais, a sociedade é, segundo Foucault, uma estratégia
mas ao modo como elas se relacionam com a incompatível com os dias atuais, em que o controle
sociedade, ou seja, para essa corrente de pen- sobre o indivíduo opera de forma mais sutil, por
meio da vigilância total e da autovigilância.
samento, os seres humanos vivem em estado de
b) (V) O pan-óptico é uma elaboração arquitetônica
angústia existencial.
proposta pelo filósofo Jeremy Bentham, em que
c) (F) De acordo com a filosofia existencialista, a exis-
os observadores de uma prisão veem todos os
tência humana não é determinista, ou seja, a cons-
prisioneiros, sem que estes os vejam. Foucault se
ciência e a responsabilidade humana sobre os
apropria desse princípio para analisar a sociedade
próprios atos é que são características da filosofia contemporânea que, como o texto indica, funciona
existencialista, e não a previsibilidade do destino. como um pan-óptico. Nela, embora as estruturas
d) (F) Na filosofia existencialista de Sartre, os seres huma- de poder sejam mais visíveis, essa visibilidade con-
nos são responsáveis pelas ações que os definem tribui para a redução da privacidade dos indivíduos,
como sujeitos e não podem ser definidos pela que passam a ser constantemente vigiados.
sociedade ou pelo meio em que vivem. Além disso, c) (F) A capacidade de exercício de poder por meio da
embora o poema aponte para a negação do eu lírico vigilância, conforme indicado no texto, é possível
em relação à posição de herói histórico, essa carac- com a existência de hierarquias, ou seja, com a
terística não é estudada pela filosofia existencialista. existência de diferenças entre os sujeitos que têm o
e) (F) Para Sartre, a existência precede a essência. Esse poder de observar e os que são observados.
ponto pode ser observado no poema quando o d) (F) Na apropriação da arquitetura do pan-óptico
eu lírico demonstra ter consciência de que existe empreendida por Foucault, quanto mais o indiví-
no mundo e de que não teria o mesmo destino de duo se expõe, mais torna-se objeto da vigilância,
grandes personagens históricas, como Napoleão passível de ser controlado. Logo, com base nos ele-
Bonaparte. Além disso, o desprezo por si próprio mentos expostos no texto, embora o exercício da
não é uma característica do existencialismo. liberdade de expressão seja percebido nas socie-
dades contemporâneas, essa liberdade é restrita,
21 D vigiada por mecanismos de poder.
e) (F) Como se observa no texto, a vigilância proposta no
a) (F) A forma de produção cultural abordada, segundo o
pan-óptico representa uma mudança da perspec-
texto, condiciona os indivíduos a cultivarem deter-
tiva de controle; ou seja, nas sociedades contempo-
minadas necessidades psicológicas que só podem
râneas, em vez de o controle ser exercido de uma
ser atendidas e satisfeitas por produtos culturais do
capitalismo. Logo, a liberdade e a complexidade forma disciplinar externa, por meio das instituições,
de interpretações humanas sobre determinada como as escolas, ele passa a ser exercido por meio
obra não são o objetivo da indústria cultural. da autovigilância. Assim, pode-se compreender
b) (F) De acordo com o texto, a indústria cultural padroniza que essas novas formas de controle social contri-
o modo como os espectadores consomem determi- buem para o aumento das angústias individuais, e
nada obra artística, o que leva a uma redução da não o contrário.
capacidade crítica e da autonomia dos indivíduos de
interpretar determinada obra, como um filme. 23 A
c) (F) De acordo com o texto, a relação dos consumido- a) (V) O fragmento indica a noção de transcendência para
res com o produto da indústria cultural é de aliena- Kant. Para ele, o conhecimento transcendental de
ção, e não de capacidade de utilizar a criatividade um objeto, por exemplo, é algo que ultrapassa as
e a imaginação de forma autônoma. experiências metódicas e científicas, mas que pode
d) (V) Segundo o texto, a produção cultural pós-moderna ser compreendido tanto por meio da razão como
gera um grande processo de alienação em seus das sensações humanas experimentadas pelos
consumidores, fazendo com que eles dependam indivíduos. A afirmação de que as realidades têm
das obras produzidas pela indústria cultural e atro- graus de manifestação epistemológica refere-se à
fiem seu pensamento crítico e sua imaginação. finitude da possibilidade de conhecer.

203
Ciências Humanas e suas Tecnologias

b) (F) Como o texto indica, para Kant, determinado e) (F) Esse mito explora a liberdade de escolha dos indi-
objeto existe a priori. Portanto, esse objeto anali- víduos e a responsabilização por ela como um con-
sado possui características que podem ser inicial- traponto de Platão ao senso comum da época, e
mente determinadas pela razão humana. Assim, o não a existência de conflitos que envolvem paixões
autor não defende a impossibilidade de um objeto individuais.
do conhecimento ser cientificamente estudado.
25 B
A noção de transcendência referida na passagem
advoga as limitações da capacidade de conhecer, e a) (F) O texto não defende a arte como um fenômeno
não da infinitude desse alcance. delimitado pelo essencialismo, ou seja, pela dou-
c) (F) No trecho, o autor indica que não se pode conhecer trina filosófica que defende a primazia da essência
a realidade como ela é em si, já que existe algo que sobre a existência humana. Na realidade, o excerto
questiona o fato de a existência humana não ser
jamais pode ser conhecido a priori nos fenômenos,
considerada arte.
que é a sensação. Isso se contrapõe ao dogmatismo,
b) (V) No texto, a interpretação dos autores acerca da
uma vez que esse conceito filosófico busca consoli-
obra de Foucault sugere que a existência humana
dar verdades absolutas e incontestáveis. também deveria ser transformada em arte, e não
d) (F) A alternativa faz referência ao conceito de arché, apenas os objetos produzidos por artistas espe-
ou seja, a busca dos filósofos pré-socráticos pelo cializados.
elemento que deveria ser o início da origem e da c) (F) A arte, como uma área do conhecimento, já possui
composição do Universo. Desse modo, a alterna- suas metodologias e critérios acadêmicos para rea-
tiva não indica a forma de conhecimento teorizada lizar a avaliação sistemática e científica das manifes-
por Kant no excerto. tações e dos estilos artísticos. Além disso, o texto
e) (F) Para Kant, a razão humana é o elemento que con- não defende que ela deve ser analisada por outras
tribui para que os objetos sejam interpretados por metodologias científicas, mas coloca em questão o
meio das sensações experimentadas pelos indiví- fato de a vida não poder ser transformada em arte.
duos. Além disso, o texto aponta que os conheci- d) (F) O excerto não defende a pretensão de tornar a arte
mentos existentes a priori também são importantes. uma área de estudo determinada pela Filosofia, mas
Logo, o texto não busca anular a fundamentação propõe que as atividades humanas, os fenômenos
cotidianos e a própria vida sejam respeitados como
racional na investigação dos fenômenos.
manifestações artísticas, e não que sejam limitados a
meras fontes de inspiração para as obras de arte.
24 A
e) (F) Ao questionar os parâmetros da classificação artís-
a) (V) O Mito de Er, apresentado no texto-base, eviden- tica, o texto não tem a intenção de propor a exa-
cia a responsabilidade nas escolhas de vida indivi- minação da arte por meio dos critérios acadêmicos
duais. Essa concepção era incomum no tempo de de avaliação estética dos estilos artísticos, mas de
Platão, que expõe essa narrativa com a finalidade ampliar a concepção de arte de modo que a vida
de defender que os indivíduos precisavam apren- seja também uma experiência artística.
der a discernir sobre os resultados bons ou maus de
suas escolhas, buscando o equilíbrio e a justiça no Sociologia
seu agir.
b) (F) A presença do pensamento sobrenatural era 01 E
comum na Grécia Antiga, tendo em vista que as a) (F) Conforme aponta o texto, o Carnaval atual não é
narrativas mitológicas eram passadas de geração totalmente destituído de práticas culturais euro-
a geração. Logo, a apresentação de um mito por peias, que remontam à era medieval. Assim, o
Platão, filósofo grego, não era um contraponto ao abandono de práticas medievais não seria a princi-
senso comum da época. pal característica do Carnaval contemporâneo.
c) (F) A busca pela eternidade era uma questão muito pre- b) (F) A introdução de elementos culturais africanos no
sente nas narrativas mitológicas gregas, o que pode Carnaval não equivale a uma emancipação da cul-
ser observado no mito de Sísifo, indivíduo que enga- tura africana. Pelo contrário, não raro esses elemen-
tos ainda são passíveis de crítica social em função
nou os deuses para driblar a morte. Logo, ainda que
da opressão que a cultura africana sofre no país.
a busca pela eternidade esteja presente em certo
c) (F) A Europa está conectada às origens remotas do
sentido no mito indicado no texto, é incorreto afir-
Carnaval, mas não é influência hegemônica no Car-
mar que esse aspecto seja uma contraposição ao naval contemporâneo.
senso comum presente nos mitos da época. d) (F) Ainda que certos eventos (como os desfiles das
d) (F) A capacidade de produção artística dos indivíduos escolas) sejam de acesso custoso e, nesse sentido,
não é o objetivo do Mito de Er. Além disso, a capa- elitizados, a construção do Carnaval, no geral, se
cidade de os seres humanos produzirem arte já era mantém predominantemente popular. Além disso,
uma realidade no período em que Platão escreveu o texto não ressalta o caráter econômico do Carna-
a obra A República. val contemporâneo.

204
Ciências Humanas e suas Tecnologias

e) (V) Como o texto sugere, o Carnaval sofreu diversas nem querem a anarquia. Segundo o discurso, eles
transformações para chegar no que se conhece buscam justiça em resposta às condições de traba-
atualmente, acumulando influência de variados ele- lho precárias a que estão submetidos.
mentos culturais.
04 A
02 B a) (V) Ao sugerir que o trabalho produz o trabalhador
a) (F) Os aspectos formativos da cultura e do seu alcance como uma mercadoria, o autor indica que há uma
enquanto objeto de estudo social demonstram objetificação da força de trabalho, ou seja, dos
que sua base principal são os fenômenos coleti- seres humanos. E, de acordo com o texto, seria essa
vos e gerais – muitas vezes inconscientes –, e não uma consequência da seguinte relação: à medida
as decisões particulares, ou seja, não públicas. O que o mundo das coisas é valorizado, o “mundo do
texto, inclusive, aponta para aspectos do “homem homem” é desvalorizado.
enquanto membro da sociedade”. b) (F) Não há no texto elementos que se refiram direta-
b) (V) Quando Tylor teoriza que o conceito de “cultura” mente à automação das linhas de produção, uma
abarca “o conhecimento, as crenças, a arte, a vez que o autor detém sua análise no aumento da
moral, o direito, os costumes”, entende-se que ela produção feita pelos trabalhadores.
é historicamente constituída, tendo em vista que c) (F) O aumento da margem de lucro, e não sua estabili-
todos esses aspectos da vida humana não são ina-
zação, pode ser considerado uma consequência da
tos, naturais ou fixos, mas se constroem a partir das
lógica de valorização dos bens materiais.
relações humanas ao longo do tempo.
d) (F) Embora se refira à valorização dos objetos e das
c) (F) No texto, o antropólogo britânico Edward Burnett
mercadorias, no excerto o autor não faz referências
Tylor defende a ideia de evolução social da espécie
humana, em que a cultura se desenvolveria de um específicas aos artigos de tecnologia.
modo progressivo e a partir de um conjunto com- e) (F) Apesar de a centralização das decisões de gestão
plexo de categorias que independe da hereditarie- poder, eventualmente, promover a desvalorização
dade biológica ou genética. do trabalhador em relação à produção, no texto
d) (F) Muitos dos hábitos culturais de um indivíduo não há elementos que façam essa relação.
enquanto membro da sociedade não são adqui-
ridos por meio de um processo didático formal. 05 C
Durante o convívio social, hábitos e costumes são
a) (F) Nos dois textos, é priorizada uma análise do caráter
assimilados de modo inconsciente e contribuem
para a estruturação cultural de uma sociedade. social e coletivo da aplicação de políticas afirmati-
e) (F) Para Tylor, a cultura é uma expressão da totalidade vas, e não é feita referência ao reconhecimento de
da vida social do ser humano, caracterizada pela ações governamentais específicas.
manifestação das condutas sociais. Portanto, a cul- b) (F) De acordo com os textos, a adoção de políticas
tura não se constitui unicamente de representações afirmativas não está relacionada necessariamente
artísticas. à concorrência meritocrática, mas à identificação
do coletivo e ao acolhimento de grupos sociais
03 C diversos.
c) (V) Os autores dos textos discorrem sobre como a ado-
a) (F) O texto não versa sobre legislação, e o contexto
ção de políticas públicas afirmativas tem um papel
histórico ilustrado permite deduzir que a legislação
fundamental no combate à desigualdade social no
vigente não protegia o trabalhador. Assim, o que
sistema educacional, uma vez que promove o aco-
gerou a ação dos empregados não seria uma trans-
lhimento de grupos e realidades sociais múltiplas,
gressão prática da lei, mas uma ação protegida por
essa lei. de forma a ampliar a representatividade de iden-
b) (F) A dependência que o patrão tem da mão de obra tidades diversas dentro das instituições de ensino
do operário é uma ferramenta utilizada pelos tra- superior.
balhadores para lutar por melhores condições, não d) (F) Diferentemente do que se afirma na alternativa, em
aquilo que motiva as revoltas. nenhum dos textos se defende a responsabilização
c) (V) O movimento de greve proposto no texto é conse- ou a culpabilização de grupos sociais específicos
quência da falta de condições dignas de trabalho por algum aspecto envolvido nas políticas afirma-
e de vida, pois a personagem relata que os traba- tivas. Na verdade, nos textos apresenta-se a impor-
lhadores estavam a “andar morrendo de fome” e tância destas no combate às desigualdades sociais.
“exaustos”. e) (F) De acordo com os textos, as políticas públicas
d) (F) Em momento algum do texto a personagem mani- adotadas têm como objetivo a inclusão social de
festa preocupação com a ausência de insumos que grupos sociais diversos e sua identificação com o
lhe permitiriam realizar seu trabalho. ambiente; portanto, não há, nos textos, indícios de
e) (F) De acordo com o trecho apresentado, os trabalha- que essas medidas promoveriam silenciamentos
dores não estão reclamando da disciplina no traba- históricos, mas sim a integração da diversidade cul-
lho, uma vez que não se consideram desordeiros tural e social.

205
Ciências Humanas e suas Tecnologias

06 D recursos. Dessa forma, a utilização de recursos


minerais na produção de eletricidade não marca o
a) (F) O texto apresenta a visão de Émile Durkheim sobre
período ao qual o texto se refere.
o fato social, conceito que ele considera como
d) (F) A introdução de maquinários nos processos produ-
preocupação central dos estudos sociológicos. Para
tivos ocorreu durante a Primeira Revolução Indus-
Durkheim, os fatos sociais ultrapassam as vontades
trial, por meio da inserção da máquina a vapor.
individuais, pois influenciam de forma coercitiva a
Portanto, esse não é o cenário descrito no texto, o
ação dos indivíduos. Dessa forma, esse conceito
qual faz referência ao período marcado pelo meio
não valoriza os fenômenos na esfera individual, mas
cibernético, no qual há um maior acesso à tecnolo-
os analisa no âmbito da coletividade.
gia e aos fluxos de informação.
b) (F) Émile Durkheim, considerado um dos precursores
e) (F) A conjuntura descrita no texto tem associação com
da Sociologia, formulou o conceito de fatos sociais
o desenvolvimento do meio cibernético, que está
com base na ideia de que uma análise empírica
associado a um amplo acesso à informação em
poderia ajudar a explicar questões da sociedade
escala global. Esse cenário é possibilitado pelo
em que vivia.
avanço da ciência e da tecnologia, porém esse pro-
c) (F) Em seus estudos, Émile Durkheim considerava a
gresso também alcançou a indústria bélica e tem
importância de compreender a sociedade por
sido incorporado aos conflitos atuais, o que indica
meio dos fatos sociais e que, para um estudo ser
que os países continuam investindo muitos recur-
desenvolvido corretamente, seria necessário haver
sos na realização desses conflitos.
um distanciamento entre o pesquisador e o objeto
analisado.
08 E
d) (V) O conceito de fatos sociais, descrito no texto apre-
sentado, representa, para o autor, o objeto de a) (F) O texto indica que o processo de institucionalização
estudo da Sociologia e é caracterizado por deter da Sociologia no Brasil teve início por meio da sua
uma ação coercitiva, ser exterior aos indivíduos e implantação como disciplina escolar, o que esteve
compor todos os grupos sociais. Durkheim desen- associado a um período de reforma dos currículos.
volveu esse conceito com o propósito de analisar a Dessa forma, ela não está ligada à redução de verbas
sociedade de forma objetiva, identificando aspec- educacionais durante o período indicado no texto.
tos de uma consciência coletiva. b) (F) Ao longo da história, muitos professores foram afe-
e) (F) O texto descreve o conceito de fatos sociais que tados por uma rígida fiscalização de suas práticas,
foi desenvolvido por Émile Durkheim e que está especialmente em períodos ditatoriais. Contudo, o
associado ao objetivo de se analisarem aspectos texto indica que a Sociologia ganhou maior noto-
comuns aos indivíduos na sociedade. Ao elaborar riedade no Brasil a partir de sua implementação no
esse conceito, Durkheim não tinha o objetivo de ensino básico, em um período de modificação dos
fundamentar sua teoria nos conflitos da sociedade currículos escolares.
capitalista, uma vez que poderia ser aplicada tam- c) (F) Embora a Sociologia seja uma ciência que, entre
bém a sociedades estruturadas em outras formas outras coisas, analisa a atuação de movimentos
de organização econômica. sociais, o texto destaca que o seu desenvolvimento
no Brasil esteve ligado ao fato de essa disciplina
07 B ter sido implementada na educação escolar. Dessa
a) (F) As ferrovias começaram a ser utilizadas como rotas forma, ela não foi institucionalizada por meio da
comerciais ainda no período da Primeira Revolu- criação dos movimentos estudantis.
ção Industrial, pois as vias férreas ofereciam maior d) (F) A implementação da obrigatoriedade do ensino
segurança e velocidade às transações. Contudo, fundamental não foi o fator que impulsionou o pro-
o cenário descrito no texto se refere ao período cesso de institucionalização da Sociologia no Bra-
dominado pelo avanço da internet e do acesso à sil, uma vez que esteve associada a um período de
informação. reformulação dos currículos da educação básica,
b) (V) O texto faz referência a um cenário caracterizado como é indicado no texto.
por uma relação entre velocidade, tecnologia e e) (V) Conforme o texto, a Sociologia ganhou destaque no
cibercultura. Essa característica está associada ao Brasil após ter sido incorporada ao conjunto de disci-
meio cibernético, que é marcado pela ampliação plinas presentes na educação básica. Isso ocorreu em
do acesso aos fluxos de informação, especial- um período de reformulação dos currículos escolares
mente devido à incorporação da tecnologia ao durante o governo de Getúlio Vargas.
cotidiano dos indivíduos.
c) (F) O uso de recursos minerais na produção de ener- 09 C
gia advém do início da industrialização. Entre esses a) (F) Os vínculos de servidão eram característicos do
recursos, o carvão ganhou destaque inicial devido modo de produção feudal, que tinha a relação
ao grande número de reservas nos países euro- entre servos e senhores feudais como um elemento
peus. Atualmente, esse mineral é utilizado na pro- basilar. O modo de produção comunal, caracterís-
dução de eletricidade, porém, por ser uma fonte tico da sociedade descrita no texto, funcionava por
não renovável, tem perdido espaço para outros meio da cooperação entre os indivíduos.

206
Ciências Humanas e suas Tecnologias

b) (F) O modo de produção comunal, inerente à socie- 11 E


dade retratada no texto, é caracterizado pela ação
comunitária, na qual os indivíduos são divididos de a) (F) O texto contribui para reforçar a ideia de que os
forma equitativa no processo produtivo. Esse modo hábitos de higiene pessoal dos brasileiros contem-
é considerado pré-capitalista e não é marcado pela porâneos têm raízes indígenas, e não para indicar
existência do Estado, o que exclui a possibilidade que a dominação colonial exercida pelos conquis-
de haver projetos de estatização. tadores portugueses foi diminuída devido às práti-
c) (V) O texto descreve uma sociedade caracterizada cas adotadas pelos indígenas.
pelo modo de produção comunal, que é consi- b) (F) O excerto indica como os hábitos adotados pelas
derado uma forma pré-capitalista. Esse modo de mulheres indígenas, as cunhãs, possuem relação com
produção funciona com base em relações de coo- as práticas de asseio pessoal adotadas pelos brasilei-
peração e é marcado pela inexistência de proprie- ros modernos. Nesse sentido, no texto, não há indi-
dade privada e pelo compartilhamento do uso dos cação de que o asseio pessoal dos indígenas tenha
meios de produção. reforçado as práticas de cuidado pessoal dos conquis-
d) (F) A sociedade retratada no texto é caracterizada pelo tadores europeus no período colonização do Brasil.
modo de produção comunal, que antecede as for- c) (F) A formação da identidade nacional no Brasil foi
mas capitalistas e é marcado pelas relações coo- decorrente de um processo histórico elaborado,
perativas e por processos produtivos artesanais. sobretudo, por grupos de poder no contexto do Bra-
Dessa forma, não é correto afirmar que esse modo sil Imperial e ganhou um impulso maior no período
almejava um desenvolvimento industrial. da Primeira República e na década de 1930, quando
e) (F) A dinâmica da sociedade à qual o texto se refere Getúlio Vargas chegou ao poder. Ou seja, a constru-
está relacionada ao modo de produção comunal, ção de uma identidade nacional brasileira não era
que era marcado pelo papel da coletividade nos uma preocupação dos povos indígenas.
processos produtivos e pela divisão igualitária do d) (F) O texto busca evidenciar como a cultura indígena
acesso aos instrumentos de trabalho. Sendo assim, foi fundamental para a formação das práticas de
é incorreto afirmar que esse modo funcionou com asseio pessoal do povo brasileiro. No entanto, ele
base em movimentos de segregação. não contribui para a criação de espaços domésticos
destinados a limpeza dos indígenas.
10 C e) (V) O excerto mostra como os hábitos de asseio pes-
a) (F) No texto-base, Max Weber ressalta que a lógica do soal e de higiene do corpo praticados pelos indíge-
capitalismo não está apenas na obtenção de lucro, nas influenciaram os brasileiros contemporâneos,
mas no uso racional deste, por meio do reinvesti- os quais também possuem o costume de tomar
mento. Dessa forma, o autor constata que as rique- banhos regulares e de andar com os cabelos bri-
zas adquiridas pelos capitalistas não são utilizadas lhantes de óleo de coco.
para estimular o consumo desenfreado.
b) (F) A flexibilização dos direitos trabalhistas é um ponto 12 E
que levanta muitos questionamentos, especial- a) (F) A Revolução Russa ocorreu em 1917 devido a uma
mente na fase atual do sistema capitalista. Contudo, série de conflitos internos que ocasionaram o tér-
esse não é um aspecto considerado por Max Weber mino da monarquia russa e levaram o partido bol-
no texto-base, uma vez que ele se dedica a obser- chevique ao poder. No entanto, o texto indica que
var a prática de reinvestimento dos lucros adquiridos o punk surgiu em um contexto posterior a esse fato
pelas empresas como modus operandi do sistema. histórico, durante os anos 1970.
c) (V) O texto-base apresenta a visão de Max Weber b) (F) Na Europa, já existiam movimentos sociais em
sobre o que caracteriza o capitalismo. Para ele, gerações anteriores aos anos 1970. Além disso, o
esse sistema é sustentado por uma lógica racio- texto destaca que o punk é um movimento artístico
nal de reinvestimento dos lucros obtidos por uma que estabeleceu aproximações com movimentos
empresa. Weber observava que os ganhos obtidos sociais que o antecederam, como o movimento
não eram totalmente utilizados para satisfazer os hippie, o qual unia pautas dos movimentos pacifis-
desejos pessoais de um capitalista, pois a essência tas e feministas, por exemplo.
do sistema requeria um constante reinvestimento. c) (F) Conforme o texto indica, o punk surge no contexto
d) (F) O sistema capitalista necessita dos recursos natu- da crise do petróleo dos anos 1970, a qual foi oca-
rais para o seu funcionamento e muitas empresas sionada por uma pressão das nações do Oriente
se utilizam desses recursos de forma exploratória Médio para controlar a produção petrolífera local e
para expandir seus lucros. Contudo, esse não é o reduzir a interferência do mundo ocidental nos con-
ponto ao qual Max Weber se refere no texto-base. flitos do Oriente Médio. Portanto, é incorreto afir-
e) (F) O incremento da produção massiva não caracte- mar que o movimento punk surgiu em um contexto
riza a essência do capitalismo para Max Weber. No de enfraquecimento de conflitos políticos externos.
texto-base, ele considera que o capitalismo é movido d) (F) O estado de bem-estar social é uma perspectiva
por uma lógica de crescimento a partir do processo política na qual o Estado é o agente responsável
de reinvestimento dos lucros. por assegurar à população subsídios para que

207
Ciências Humanas e suas Tecnologias

ela mantenha padrões de consumo e seguridade c) (V) Rancière, ao dizer que a democracia é a “ação que
social. Essa perspectiva foi adotada no governo de arranca continuamente dos governos oligárquicos
Franklin Delano Roosevelt, na década de 1930, por o monopólio da vida pública; e da riqueza, a onipo-
meio do programa de recuperação econômica dos tência sobre a vida”, destaca que o sistema demo-
Estados Unidos, o New Deal. No entanto, o texto crático, em teoria, possibilita um rompimento com
indica que o punk surge no contexto de crise polí- estruturas tradicionais de poder político e econô-
tica nos anos 1970, e não no auge do modelo de mico, como os governos oligárquicos e os grandes
estado de bem-estar social. agentes capitalistas.
e) (V) O movimento punk surgiu nos anos 1970, período d) (F) O texto versa sobre uma ruptura com agentes políti-
em que as potências desenvolvidas passaram por cos monopolizadores do poder, mas não menciona
crises econômicas, como a crise do petróleo de a criação de coletivos autônomos de trabalhadores.
1973, e não controlaram a economia de maneira e) (F) O conteúdo do texto não oferece evidências que
a proteger os cidadãos dos impactos gerados por permitam o entendimento de que, para Rancière,
elas. Nesse contexto, uma série de políticas neoli- o sistema democrático seja uma etapa de um pro-
berais foram adotadas por governos como o da pri- cesso revolucionário. Na verdade, entende-se, por
meira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, meio dele, que a democracia colabora com a auto-
a qual promoveu uma gradativa desestatização nomia dos agentes políticos.
da economia da Grã-Bretanha através de privati-
zações, do combate aos direitos trabalhistas e da 15 A
defesa do individualismo. Essas medidas tornaram-
-na uma antimusa da contracultura britânica e do a) (V) Como o texto indica, nas sociedades organizadas
movimento punk que emergiu nos anos 1970. a partir da solidariedade orgânica, os indivíduos
possuem funções especializadas e interdependen-
13 C tes. Logo, nesse tipo de sociedade, a coesão social
a) (F) Ainda que a letra da música retrate as diferentes é consequência da interdependência existente na
etnias que formam a identidade brasileira, é incor- divisão das funções de trabalho.
reto afirmar que a letra da canção enaltece o pro- b) (F) Na sociedade organizada nos moldes da solidarie-
cesso de separação entre os grupos sociais diversos. dade orgânica, os indivíduos não são semelhantes,
b) (F) O texto não se relaciona ao conceito de determi- mas sim diferentes, especializados e interdepen-
nismo, visto que a canção valoriza a importância dentes. Assim, o texto não aponta a semelhança
da pluralidade de costumes e crenças para um entre os indivíduos como uma característica do
povo, e não a importância do meio na determina- conceito de solidariedade orgânica.
ção da cultura. c) (F) Para Durkheim, a solidariedade orgânica é o con-
c) (V) A letra da canção destaca os elementos culturais e ceito que caracteriza a sociedade capitalista, pois
identitários da cultura brasileira ao apresentar a ideia nela há uma ampla divisão de tarefas e funções, o
de miscigenação e etnia. Portanto, a canção está que leva a uma grande interdependência entre os
interligada ao conceito de identidade sociocultural.
indivíduos, conforme o texto indica. Além disso,
d) (F) Embora os elementos da contracultura apareçam
o texto não associa o companheirismo familiar ao
na música de Chico Science, o trecho não se refere
diretamente ao movimento libertário de contesta- conceito de solidariedade orgânica.
ção social que surgiu nos Estados Unidos por volta d) (F) O texto deixa clara a importância da interdepen-
da década de 1960. dência existente na divisão do trabalho para que
e) (F) A canção apresentada não aborda a ideia de domi- exista uma coesão social, que faz com que os indi-
nação ideológica, e sim demonstra a importância víduos necessitem uns dos outros e, portanto, não
da pluralidade étnica para a cultura e identidade sejam totalmente independentes.
brasileiras. e) (F) O conceito de solidariedade orgânica é baseado
nas sociedades industriais, que apresentam uma
14 C maior especialização e divisão do trabalho, como
a) (F) Segundo o texto, o sistema democrático não é uma o texto apresenta. Para Durkheim, as sociedades
forma de governo em que a vida possa ser regu- primitivas estão mais associadas à solidariedade
lada pelo poder econômico. Contudo, o texto não mecânica, na qual não há uma significativa divisão
permite o entendimento de que esse sistema pode social do trabalho.
impedir a formação de classes sociais elitizadas.
b) (F) O sistema democrático deve garantir a igualdade de 16 B
direitos para os cidadãos, sem discriminação, con-
cessão ou exclusividade de privilégios entre classes. a) (F) Como o texto indica, as aptidões e capacidades que
O texto chama a atenção para os ciclos promovidos os escravizados possuíam exerciam uma influência
por esse sistema, que, de acordo com ele, permitem sobre qual função produtiva seria determinada
que o poder não permaneça na mão dos governos para cada um deles. Logo, não há a anulação desse
oligárquicos. Assim, a aristocracia também não deve quesito dentro da lógica produtiva escravista, mas
ser uma classe privilegiada nesse sistema. sim a valorização dele.

208
Ciências Humanas e suas Tecnologias

b) (V) O modo de produção escravista, de acordo com a 18 D


percepção que o texto expõe, retira a identidade
a) (F) O texto indica que, para o autor, a desigualdade
dos trabalhadores, que são ressocializados dentro
social é consequência da instituição da proprie-
de determinações que estão contra a vontade deles.
dade privada, e a formalização desse tipo de pro-
c) (F) A função que o escravizado exerce, seja ela qual for, priedade é uma característica do ingresso dos
segundo o texto, é definida pelas capacidades pró- indivíduos no estado de sociedade, o qual é pau-
prias e pelo desejo dos seus senhores. No entanto, tado por relações contratualistas, e não do estado
o texto não aponta para a submissão passiva dos de natureza.
escravizados às condições que lhes foram impostas. b) (F) O excerto não indica que a democracia é a causa-
d) (F) O fragmento não aponta para a importância do dora das desigualdades sociais, e sim que atitudes
papel governamental na definição das funções expressas democraticamente, como a possibili-
sociais a serem exercidas pelos indivíduos escravi- dade de os indivíduos se contraporem à existência
zados. Na realidade, o excerto sinaliza para a pri- de propriedades privadas, seriam uma forma de
mazia do papel dos senhores de escravizados na devolver a liberdade aos indivíduos.
delimitação da função desses indivíduos. c) (F) Segundo o texto de Rousseau, a desigualdade
e) (F) O texto não aponta que os postos de trabalho existe dentro da sociedade devido à aceitação da
dos escravizados eram indefinidos, e sim que os propriedade privada em determinada sociedade.
senhores de escravizados eram os responsáveis por Logo, a desigualdade social seria fruto de uma
determinar as funções desempenhadas pelos indi- ação consciente dos indivíduos que firmaram esse
víduos submetidos ao domínio deles. pacto social, e não uma ação inconsciente.
d) (V) Para Rousseau, a origem da desigualdade social
está na formalização da noção de propriedade
17 E
privada. Para o autor, a acumulação excessiva de
a) (F) Embora esse seja um dos principais problemas propriedades criou uma relação de dominação e
enfrentados pelos trabalhadores das fábricas no servidão que promove as desigualdades sociais.
início da industrialização, o texto não trata especi- e) (F) De acordo com o texto, a desigualdade social foi
ficamente da situação das jornadas extensas, mas consequência da ação humana de delimitar as pro-
sim das péssimas condições de trabalho, de uma priedades privadas. Portanto, é incorreto afirmar
maneira geral. que o autor defende a intuição natural como a
b) (F) O autor do texto menciona os cuidados que os patrões causa das desigualdades sociais.
tinham com seus animais para demonstrar como
os gatos recebiam um bom tratamento enquanto os 19 A
funcionários eram explorados. Portanto, o autor não a) (V) O desenvolvimento cego da técnica, indicado no
evidencia diretamente o movimento organizado por texto-base, é uma forma de estabelecer uma crítica
operários ingleses que teve a destruição de máquinas ao avanço desenfreado da racionalidade na era
como uma das formas de protesto. contemporânea. Essa racionalidade, por exemplo,
c) (F) Durante a Revolução Industrial, houve um temor por pode ser percebida nos espaços laborais por meio
parte de alguns trabalhadores de que a moderniza- do controle exercido por pessoas em posição de
ção traria a substituição da mão de obra humana poder sobre as atividades laborais dos indivíduos.
pelo maquinário tecnológico. Porém, isso não está b) (F) O texto está relacionado ao conceito de razão ins-
sendo retratado pelo texto, que não menciona a trumental, de Horkheimer. Esse conceito foi usado
mecanização das fábricas. O autor denuncia as pés- para definir o modo como os grupos de poder
simas condições de trabalho às quais os operários utilizam a razão como um instrumento de con-
eram submetidos nas fábricas a partir de uma com- trole social, o que tende a aumentar a opressão na
paração com o cuidado que os patrões tinham com sociedade. Logo, esse conceito não foi formulado
seus gatos. para promover a desintegração de grupos políticos
dominantes.
d) (F) No texto, não se percebem elementos que apon-
c) (F) O texto não aponta que o desenvolvimento cego
tem para maus-tratos que os animais teriam sofrido,
da técnica leva a uma união entre grupos sindicais,
mas sim o contrário: os animais eram bem tratados
e sim que o desenvolvimento exacerbado do pro-
pelos patrões, o que contrastava com o tratamento
gresso pode gerar uma consequência reversa, que
desumano sofrido pelos operários, vítimas de levaria ao estado de barbárie.
exploração da mão de obra. d) (F) No trecho sinalizado, o filósofo analisa um tipo
e) (V) O excerto expõe uma situação contrastante que específico de relação entre a sociedade e o traba-
ocorria no início da vida industrial europeia, visto lho, caracterizada pela busca por um alto nível de
que os trabalhadores passavam por diversos abu- desenvolvimento técnico que levaria ao progresso.
sos e explorações de seus patrões, enquanto ani- Logo, o excerto não estabelece uma crítica a uma
mais domésticos – especificamente os gatos – eram forma de Estado que detém o controle sobre os
extremamente bem tratados pelos burgueses. meios produtivos.

209
Ciências Humanas e suas Tecnologias

e) (F) O texto não estabelece uma crítica a um modo de c) (F) Segundo o texto, a dominação carismática não é
sociedade que promova o exercício da alteridade, marcada pela satisfação de interesses pessoais,
ou seja, do respeito às diferenças sociais. Na reali- mas sim por forças irracionais que levam determi-
dade, o excerto expõe uma crítica a um molde de nado herói carismático a ser seguido.
sociedade que busca formas técnicas para atingir o d) (F) Os laços de vassalagem são característicos de uma
progresso de uma forma exacerbada. forma de dominação tradicional, como apontado
no texto, em que a relação de dominação se dá
20 D pelo compromisso da fidelidade, e não pela exis-
a) (F) O texto se refere à forma de trabalho mais avançada tência de um herói carismático.
do neoliberalismo tecnológico, que é a exploração e) (F) Para Weber, a forma de poder oriunda de ordens
do trabalhador por si mesmo. Logo, o fragmento e estatutos legais é a dominação legal, e não a
não indica que essa forma de dominação tem a carismática. A dominação carismática, apresentada
finalidade de assegurar a inclusão dos indivíduos no texto, ocorre por meio da capacidade carismá-
no mundo globalizado. tica que uma pessoa tem de mobilizar as massas e
b) (F) O fragmento não evidencia a preocupação com o comandar as pessoas.
ingresso das gerações futuras no mercado de traba-
lho, ainda que esse aspecto esteja presente na socie- 22 D
dade contemporânea. Na realidade, o texto expõe o
a) (F) O movimento Black Lives Matter foi uma organiza-
funcionamento de uma forma de poder que elabora
ção que surgiu em 2013, por meio da atuação de
condições de exploração cada vez mais refinadas,
três ativistas estadunidenses, e não no período da
que levam à normalização da autoexploração.
luta pelos direitos civis, liderada por Martin Luther
c) (F) Na política liberal clássica, o portador da força de
trabalho é explorado pelo detentor dos meios de King Jr. Além disso, o texto não expõe especifica-
produção. Essa característica não está presente no mente a criação do movimento Black Lives Matter.
texto, o qual caracteriza outra forma mais sutil de b) (F) O texto permite relacionar as manifestações antir-
exploração, que provém da psicopolítica neolibe- racistas ocorridas na década de 1960 e em 2020
ral. Além disso, o autor não aponta que a internali- por inúmeros fatores. Embora, na década de 1960,
zação da exploração leva à homogeneização entre o racismo fosse ainda mais visível, com políticas
os indivíduos. públicas legalizando a segregação racial, o ano
d) (V) No trecho selecionado, o autor analisa o fenômeno de 2020 demonstrou que diversas práticas racistas
da autoexploração do trabalhador, que passa a seguem ocorrendo cotidianamente na sociedade,
internalizar as práticas neoliberais contemporâneas e a intensificação das manifestações do movimento
de modo a acreditar que elas conduzem à liber- Black Lives Matter se insere nesse contexto. Logo,
dade. Portanto, o texto expõe como as dinâmicas o excerto não destaca as mudanças nas pautas do
neoliberais exercem um biopoder, ou seja, uma movimento negro ao longo do tempo, e sim evi-
prática de controle e subjugação dos indivíduos de dencia a permanência da luta desse movimento
modo a fazer com que eles internalizem a explora-
contra o racismo.
ção de si mesmos.
c) (F) O texto não traz um juízo de valor sobre o sucesso
e) (F) O texto analisa um tipo de relação social no traba-
lho mais contemporâneo, que está relacionado ao obtido por nenhuma das manifestações, mas ape-
modo como os indivíduos internalizam as práticas nas denuncia a manutenção de práticas racistas
neoliberais de modo a acreditar que elas são bené- na sociedade e a urgência de seguir combatendo
ficas para a sua vida. Logo, essa relação de explo- esse problema. Ele menciona, de fato, a luta contra
ração ocorre de forma mais profunda e sutil do que a segregação racial, que se tornou ilegal após as
nas relações clássicas entre patrões e empregados, manifestações, mas, ao mesmo tempo, indica que
os quais eram subjugados diretamente pelas estru- muitas outras práticas racistas ainda permanecem
turas hierárquicas de poder. na sociedade.
d) (V) Segundo o texto, as manifestações contra a segrega-
21 B ção racial da década de 1960 tornaram-se cada vez
a) (F) O texto aponta para a forma da dominação caris- maiores após o assassinato de Martin Luther King Jr.
mática, e não para o princípio da impessoalidade, Da mesma forma, em 2020, o assassinato de George
que é um conceito básico da forma de dominação Floyd por um policial branco foi o estopim para um
burocrática weberiana, na qual o poder se estabe- novo movimento antirracista representado pelo
lece por meio de uma convenção oficial, como um Black Lives Matter. A semelhança entre os aconteci-
contrato social. mentos escancara a permanência do racismo estru-
b) (V) Como o texto indica, a forma de dominação caris- tural enraizado na sociedade.
mática ocorre por meio da capacidade quase divina e) (F) A reportagem não busca trazer uma comparação
que uma figura política possui para se legitimar no entre as lideranças do movimento da década de 1960
poder. Logo, essa forma de dominação está vincu- e as da atualidade de modo a destacar os líderes
lada a uma devoção que os seguidores de determi- políticos atuais, mas apenas ressalta o papel de
nado líder político possuem em relação a ele. líderes como Martin Luther King Jr. e Malcolm X.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias

23 B d) (V) A aprovação da Lei de Sindicalização estabelecia


que os sindicatos adotassem um modelo corporati-
a) (F) Segundo o texto, cada cultura tem suas caracterís-
vista. Isso implicaria o controle do governo federal
ticas particulares, não existindo, portanto, um pro-
sobre os sindicatos, controlando as pautas destes e
cesso de evolução gradual determinado para todas
limitando a sua ação.
as culturas.
e) (F) A Lei de Sindicalização tornava as organizações mais
b) (V) O relativismo cultural é um conceito antropológico
que estimula a análise de diferentes povos a partir próximas do Estado, afastando-as, assim, das pautas
das suas características próprias. Por meio desse cotidianas dos trabalhadores. Logo, essa legislação
conceito, as culturas são analisadas de uma forma não foi criada com o objetivo de aproximação das
apartada dos valores etnocêntricos ou de quais- pautas reais enfrentadas pelos grupos sindicais.
quer pontos de vista exteriores. Desse modo, é cor-
reto afirmar que o texto propõe uma análise que 25 B
está vinculada ao conceito de relativismo cultural. a) (F) De acordo com o pensamento de Max Weber, a
c) (F) O texto não aborda o fenômeno do sincretismo, Reforma foi um elemento que fez com que o tra-
que pode ser definido como a mistura de diferentes balho fosse visto como uma vocação divina, e não
culturas, doutrinas filosóficas ou religiosas existen-
como um elemento de afirmação do monoteísmo.
tes de modo a criar algo. Na realidade, o excerto
b) (V) No texto, é possível perceber que a visão de Weber
aponta como cada cultura possui um estilo próprio
sobre o capitalismo está ligada às transformações
e que deve ser analisado de acordo com o contexto
religiosas que ocorreram após a Reforma Protes-
particular de cada uma.
tante, a qual contribuiu para que a ascese racional
d) (F) O processo de apropriação cultural ocorre quando
um grupo social adota elementos de uma cultura cristã, ou seja, o conjunto de práticas e valores que
distinta da sua; já o texto aponta como cada povo levam à realização plena dos desígnios divinos,
produz uma cultura particular, com seu próprio saísse do ambiente das instituições religiosas e
estilo. integrasse a vida profissional dos indivíduos. Isso
e) (F) O texto expõe um processo de análise socioló- contribuiu para que o trabalho fosse encarado pela
gica por meio do conceito de relativismo cultural sociedade da época como uma vontade divina.
proposto inicialmente por Franz Boas, e não por c) (F) No início da Idade Média, o trabalho era conside-
meio da aculturação eurocêntrica. Nesse sentido, rado por alguns clérigos como uma punição divina,
é incorreto afirmar que há, no texto, a análise do já que ele era exercido por servos ou escravizados.
processo de modificação cultural imposto pelos No entanto, Weber não faz essa associação no frag-
europeus a outros povos, como o que ocorreu com mento, e sim indica como a ética protestante, na
os indígenas no Novo Mundo. modernidade, contribui para uma valorização do
trabalho como uma forma de bênção divina.
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d) (F) O sociólogo Max Weber propõe uma análise do
a) (F) A Lei de Sindicalização, conforme explicitado no surgimento do capitalismo relacionando-o à emer-
texto, buscou limitar a ação direta do proletariado.
gência dos ideais protestantes sobre o trabalho, o
Contudo, não é correto afirmar que ela teve o obje-
que ocorreu no contexto do Renascimento Cultural,
tivo de eliminar a luta operária, e sim de reduzir o
por volta do século XVI. Nesse sentido, é incorreto
protagonismo operário.
afirmar que o autor associa o calvinismo ao capita-
b) (F) Apesar de o governo Vargas ser reconhecido pela
lismo monopolista, visto que esse fenômeno con-
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), a lei em
questão não pauta as garantias aos trabalhadores. Ela siste na especulação financeira em torno de ações
trata da regulamentação dos sindicatos, tornando-os de empresas, desenvolvido ao longo do século XX.
subordinados ao Estado. e) (F) Segundo o texto, o desenvolvimento do capita-
c) (F) No texto, não há elementos que permitem identifi- lismo está associado à inserção do pensamento
car que a Lei de Sindicalização foi criada para dimi- cristão na lógica do trabalho, visão que foi estimu-
nuir a luta entre as classes sociais. Porém, como lada pelo protestantismo. Nesse sentido, ainda que
ela foi elaborada com o objetivo de subordinar as o protestantismo tenha contribuído para ampliar
ações dos sindicatos ao poder estatal, e isso contri- as possibilidades de crença cristã, o excerto não
buiu para que o governo federal varguista pudesse indica essa característica do protestantismo, mas
controlar a atuação sindical, havia chance de haver sim que esse movimento funcionou como um ele-
ampliação, e não diminuição da luta de classes. mento de expansão do capitalismo.

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