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Art.

126 - A Política Penitenciária tem como objetivo a humanização do sentenciado,


fundada no trabalho manual, técnico, científico, cultural e artístico e se subordina aos seguintes princípios:

I - respeito à dignidade e à integridade física e moral dos presos, assegurando-lhes o pleno


exercício dos direitos não atingidos pela condenação;

II - garantia da prestação de assistência médico-odontológica, psicológica e jurídica aos


condenados;

III - garantia aos sentenciados, como etapa conclusiva do processo de reintegração social,
de oportunidades de trabalho produtivo condignamente remunerado, que possa gerar bens de significativo valor
social para as comunidades de onde provenham.

Parágrafo único - Os presídios femininos deverão ser equipados com lactários, berçários e
creches.

SEÇAO VI
DA POLÍCIA PENAL

Art. 126-A. À Polícia Penal incumbe a segurança dos estabelecimentos penais, as


medidas de segurança da efetiva execução penal e a política penitenciária, e será dirigida exclusivamente
por policial penal da ativa do Estado de Goiás, com reputação ilibada e notória experiência no âmbito da
execução penal e, a exclusividade deverá ser adotada até 12 (doze) meses da publicação desta Lei.(
Acrescido pela Emenda Constitucional nº 68, de 28-12-2020).

Parágrafo único. O conceito de segurança dos estabelecimentos penais será definido em lei.
(Acrescido pela Emenda Constitucional nº 68, de 28-12-2020).

CAPÍTULO V
DA PROTEÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS
E DA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
- Vide Lei nº 20.694, de 26-12-2019,
Lei nº 18.104, de 18-07-2013.;
Lei nº 13.025, de 13-01-1997, D.O. de 17-01-1997; 13.123
Lei nº 13.123, de 16-07-1997, D.O. de 22-07-1997;
e Lei Complementar nº 20, de 10-12-1996, D.O. de 13-12-1996.

Art. 127 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo, recuperá-lo e preservá-lo.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, cabe ao Poder Público:

I - preservar a diversidade biológica de espécies e ecossistemas existentes no território


goiano;

II - conservar e recuperar o patrimônio geológico, paleontológico, cultural, arqueológico,


paisagístico e espeleológico;

III - inserir a educação ambiental em todos os níveis de ensino, promover a conscientização


pública para a preservação do meio ambiente e estimular práticas conservacionistas;

IV - assegurar o direito à informação veraz e atualizada em tudo o que disser respeito à


qualidade do meio ambiente;

V - controlar e fiscalizar a extração, captura, produção, transporte, comercialização e


consumo de animais, vegetais e minerais, bem como a atividade de pessoas e empresas dedicadas à pesquisa
e à manipulação de material genético;

VI - controlar e fiscalizar a produção, comercialização, transporte, estocagem e uso de


técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida e o meio ambiente;

VII - promover e estimular a pesquisa e a utilização de alternativas tecnológicas adequadas


à solução dos problemas de produção de energia, controle de pragas e utilização dos recursos naturais.
§ 2º - O Estado destinará, no orçamento anual, recursos para manutenção dos parques
estaduais, estações ecológicas e áreas de preservação permanente do meio ambiente e dos ecossistemas.

Art. 128 - Para promover, de forma eficaz, a preservação da diversidade biológica, cumpre
ao Estado:

I - criar unidades de preservação, assegurando a integridade de no mínimo vinte por cento


do seu território e a representatividade de todos os tipos de ecossistemas nele existentes;

II - promover a regeneração de áreas degradadas de interesse ecológico, objetivando


especialmente a proteção de terrenos erosivos e de recursos hídricos, bem como a conservação de índices
mínimos de cobertura vegetal;

III - proteger as espécies ameaçadas de extinção, assim caracterizadas pelos meios


científicos;

IV - estimular, mediante incentivos creditícios e fiscais, a criação e a manutenção de


unidades privadas de preservação;

V - estabelecer, sempre que necessário, áreas sujeitas a restrições de uso;

VI - exigir a utilização de práticas conservacionistas que assegurem a potencialidade


produtiva do solo e coibir o uso das queimadas como técnica de manejo agrícola ou com outras finalidades
ecologicamente inadequadas.

Parágrafo único - Ficam vedadas, na forma da lei, a pesca e a caça predatória e nos
períodos de reprodução, bem como a apreensão e comercialização de animais silvestres, no território goiano,
que não provenham de criatórios autorizados.

Art. 129 - Os imóveis rurais manterão pelo menos vinte por cento de sua área total com
cobertura vegetal nativa, para preservação da fauna e flora autóctones, obedecido o seguinte:

I - as reservas legais deverão ser delimitadas e registradas no órgão competente do Poder


Executivo, podendo ser remanejadas, na forma da lei, vedada sua redução em qualquer caso. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 49, de 11-12-2012)

II - o Poder Público realizará inventários e mapeamentos necessários para atender às


medidas preconizadas neste artigo.

Art. 130 - O Estado e os Municípios criarão unidades de conservação destinadas a proteger


as nascentes e cursos de mananciais que:

I - sirvam ao abastecimento público;

II - tenham parte do seu leito em áreas legalmente protegidas por unidade de conservação federal,
estadual ou municipal;

III - constituam, no todo ou em parte, ecossistemas sensíveis, a critério do órgão estadual


competente.

§ 1º - A lei estabelecerá as condições de uso e ocupação, ou sua proibição, quando isso


implicar impacto ambiental negativo, das planícies de inundação ou fundos de vales, incluindo as respectivas
nascentes e as vertentes com declives superiores a quarenta e cinco por cento.

§ 2º - A vegetação das áreas marginais dos cursos d água, nascentes e margens de lago e
topos de morro, numa extensão que será definida em lei, é considerada de preservação permanente, sendo
obrigatória sua recomposição onde for necessário.

§ 3º - É vedado o desmatamento até a distância de vinte metros das margens dos rios,
córregos e cursos d água.

Art. 131 - O Estado manterá Sistema de Prevenção e Controle da Poluição Ambiental,


objetivando atingir padrões de qualidade admitidos pela Organização Mundial de Saúde.

§ 1º - Os resíduos radioativos, as embalagens de produtos tóxicos, o lixo hospitalar e os


demais rejeitos perigosos deverão ter destino definido em lei, respeitados os critérios científicos.
§ 2º - Fica proibida a instalação de usinas nucleares, bem como a produção,
armazenamento e transporte de armas nucleares de qualquer tipo no território goiano.

§ 3º - Ficam proibidas a produção, transporte, comercialização, estocagem e a introdução no


meio ambiente de substâncias carcinogênicas, mutagênicas e teratogênicas, devendo o Poder Executivo
divulgar periodicamente a relação dessas substâncias proibidas.

§ 4º - O Estado criará mecanismos para o controle das atividades que utilizem produtos
florestais e de fomento ao reflorestamento, para minimizar o impacto da exploração dos adensamentos vegetais
nativos.

Art. 132 - O Estado criará organismo, com nível de Secretaria de Estado, para formulação,
avaliação periódica e execução da política ambiental, cabendo-lhe apreciar:

I - o zoneamento agro-econômico-ecológico do Estado;

II - os planos estaduais de saneamento básico, de gerenciamento de recursos hídricos e


minerais, de conservação e recuperação do solo, de áreas de conservação obrigatória;

III - o Sistema de Prevenção e Controle de Poluição Ambiental.

§ 1º - Constituirão recursos para formação do Fundo Estadual do Meio Ambiente os


previstos no orçamento estadual e a totalidade dos oriundos das licenças, taxas, tarifas e multas impostas no
controle ambiental, excetuados os devidos a Municípios.

§ 2º - Lei complementar estabelecerá os casos de consulta obrigatória ao organismo


previsto neste artigo, quando da elaboração de políticas estaduais que o afetem e as diretrizes para o controle,
gestão e fiscalização do Fundo Estadual do Meio Ambiente e para programas de pesquisa e desenvolvimento
tecnológico orientados para a solução de problemas ambientais.

§ 3º - Todo projeto, programa ou obra, público ou privado, bem como a urbanização de


qualquer área, de cuja implantação decorrer significativa alteração do ambiente, está sujeito à aprovação prévia
do Relatório de Impacto Ambiental, pelo órgão competente, que lhe dará publicidade e o submeterá à audiência
pública, nos termos definidos em lei.

§ 4º - É vedada a concessão de incentivos ou isenções tributárias a atividades


agropecuárias, industriais ou outras, efetiva ou potencialmente poluidoras, quando não exercidas de acordo
com as normas de proteção ambiental.

CAPÍTULO VI
DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 133 - O Estado promoverá a defesa do consumidor, mediante:

I - política de acesso ao consumo e de promoção de interesses e direitos dos destinatários e


usuários finais de bens e serviços;

II - proibição de propaganda enganosa e fiscalização da qualidade, preços, pesos e medidas


de produtos e serviços colocados à venda;

III - atendimento, aconselhamento, conciliação e encaminhamento do consumidor por órgão


de execução especializado;

IV - estímulo ao associativismo mediante linhas de crédito específico e tratamento tributário


favorecido às cooperativas de consumo;

V - política de educação e prevenção de danos ao consumidor;

VI - instituição de núcleos de atendimento ao consumidor nos órgãos encarregados da


prestação de serviços à população;

VII -(Revogado pela Emenda Constitucional nº 46, de 09-09-2010, D.A. de 09-09-2010, art. 5º, XX)

TÍTULO VI
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL

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