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Veladas e

Animação
CAMPO NACIONAL DE RAMO AMARELO DA AGEEP
21 DE JULHO DE 2013 – 28 DE JULHO DE 2013
BATALHA
CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS
Introdução

As Veladas serão uma parte muito importante do nosso


Campo Nacional de Ramo Amarelo. Para que as unidades
possam participar condignamente nesses espaços de animação,
devem preparar as suas apresentações com alguma
antecedência. Não deixem tudo para o Campo, correndo o risco
de apresentar algo sem brilho algum.

As Veladas não são o espaço do Campo em que se


mandam umas piadas e se fazem uns jogos quaisquer. Nas
Veladas, não nos podemos esquecer que devemos dar do teu
melhor. Esforcemo-nos todos, pois é para Deus que realizamos o
nosso trabalho. Se tudo for atempadamente preparado e
organizado, não haverá razão para nos preocuparmos
preocupares. Cremos que este Caderno é uma boa ferramenta para o trabalho que nos espera.

Como dizia Baden Powell, Se tiveres o hábito de fazer as coisas com alegria,
raramente encontrarás situações difíceis.

Tipos de Velada
 Veladas da família feliz – são as veladas que realizamos no dia-a-dia, no nosso Covil;
 Velada-selva – aquela velada especial, que marcará todo um fim-de-dia diferente. É quase
que uma prenda para os nossos lobitos;
 Velada de Seonee – Velada geral para o Ramo Amarelo;
 Velada conjunta – Será uma velada para nos despedirmos do Campo, em conjunto com as
nossas irmãs Guias.

Material para a Animação


 Cancioneiro;
 Caderno da unidade dos Jogos e Peças recolhidas e inventadas;
 Bloco de apontamentos;
 Esferográficas, marcadores, lápis de cor, pincéis, tintas;
 Tesoura, cola em bisnaga e cola em baton, fita-cola, pioneses;
 Agulha, linha, alfinetes de dama
 Pinturas faciais

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CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS
Tipos de fogueira

Tipo Vantagens Desvantagens

- Não pode ser o centro da


A forma como é Velada, pois “a muralha”
Canadiana

construída (com uma impede que o calor se


“muralha”) propicia um propague para trás, além de
melhor aquecimento que pode prejudicar a
visibilidade
Estrela

- Pouco calor
Grande duração
- Pouca luz

Dá bastante calor - Como os troncos são


As chamas sobem consumidos rapidamente,
Cone

como um fio dando necessita de maior


muita iluminação manutenção

- Não necessita de
Pirâmide

grande manutenção
- Fornece bastante luz
e bastante calor

Espécie Calor Fumo Consumação Utilização Brasas


Amieiro M P R I M
Bétula MM M R I B
Castanheiro A M M C M
Carvalho MM P ML C MB
Freixo M M L C MB
Faia M P L C B
Oliveira MM P L C MB
Ulmeiro M P L C B
Choupo P P R I F
Pinheiro A MM R I F
Plátano A P M I M
Salgueiro P P MR I F
Eucalipto M M L I M
LEGENDA
Calor P - Pouco A - Algum M - Médio MM – Mais que muito
Fumo P - Pouco M - Médio MM – Mais que muito
Consumação ML – Muito L - Lenta M – Média R – Rápida MR – Muito
Lenta Rápida
Utilização I – Iluminação C – Cozinhar
Brasas F - Fracas M – Médias B - Boas MB – Muito Boas

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CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS
O tema
O tema da velada está subordinado ou é o próprio tema do Campo. Pode haver um tema de
Campo e, para cada dia, um subtema. Esse será o tema da velada. O tema da velada influencia
todas as apresentações, construções, a decoração, a escolha das músicas, etc. Pode acontecer, é
claro, que uma data especial que ocorre num dia do Campo concorra para ser o tema da velada
desse dia (feriado nacional, feriado religioso, nascimento de uma personalidade importante, etc.).
O Civismo impele-nos a que não nos esqueçamos destas datas!

Dia Tipo de velada Tema da Velada Técnica


20 Sábado Velada da Família Feliz
21 Domingo Velada de Seonee
22 2ªfeira Velada da Família Feliz Na Batalha está a nossa
história
23 3ªfeira Velada da Família Feliz Baloo ensina as máxima
a Mowgli
24 4ªfeira Velada da Família Feliz
25 5ªfeira Velada da Família Feliz Reciclamos porque…?
26 6ªfeira Velada-selva
27 Sábado Velada Conjunta
28 Domingo --- --- ---

A estrutura

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CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS

Deves organizar a tua Velada para que ela siga uma curva, como te apresentamos acima.
A Velada começa calma e, como te mostra a curva, vai-se tornando mais agitada, atingindo um
pico. Depois, daí até terminar, deve ir abrandando. Atenção que não deves fazer cortes bruscos
no ritmo mas sim ir descendo suavemente, com harmonia.

Deves ter um manancial de músicas, jogos e danças rápidas que te permitam preencher
depressa um espaço morto, deixado por um grupo que ainda está a sair de cena, ou por um que
tarda a entrar.

As técnicas e materiais associados


Independentemente do Grupo em questão e da técnica mobilizada, qualquer apresentação
deve ser:

 CLARA – Não devemos ir por caminhos obscuros, não devemos complicar, pois até o gesto
mais simples pode ser interpretado pelo público com um sentido distinto daquele que
quisemos imprimir na representação. Dessa forma, clareza é o que se busca!
Simplicidade…
 BONITA – Toda a apresentação deve ser harmoniosa, deve ser ritmada, deve ser
equilibrada, e não feita de sobressaltos, de altos e baixos…deve estar de acordo com a
parte da Estrutura em que se enquadra, de acordo com as informações que o Animador te
transmitiu.
 ALEGRE – As apresentações devem ser delicadas, devem ser frescas, devem ser escutistas.
Não devem ser abrutalhadas, mundanas ou imorais…mas pensamos que isso nem será
posto em causa!

Segue um elenco de técnicas que cremos ser útil mas que deve apenas ser o ponto de
partida. Ele não é exaustivo e podem sempre completá-lo com a vossa experiência:

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CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS
Mímica

Vantagens Desvantagens

Numa fraternidade europeia como a nossa, Esta técnica não deve ser a opção quando o
esta técnica é perfeita para Veladas em texto a transmitir é complexo e de sentidos
estamos perante uma plateia de ambíguos. A apresentação sob recurso a esta
estrangeiros, onde a comunicação oral está técnica deve, por isso, ser sempre antecedida
dificultada. de uma introdução que, pelo menos,
desperte o público para o que se vai passar.
Esta técnica é, no geral, bastante simples.
Dessa forma, pode até ser mobilizada por um
único actor, pois com uma correcta
expressão facial e corporal, facilmente
distinguimos as várias personagens que ele
pode estar a representar.

Luvas brancas podem ser usadas pelos actores para dar mais ênfase aos gestos com as
mãos.

Pode-se, mas já desvirtuando um pouco a natureza desta técnica, recorrer a maquilhagem


e a pinturas faciais, assim como a máscaras e a figurinos. Aqui estamos perante um tipo muito
específico de Mímica, a Pantomima.

Existem algumas formas interessantes de explorar esta técnica:

 Espelho – Dispostos frente a frente (aos pares ou em círculo) procura


imitar os gestos que o teu oponente faz.
 Marioneta – Esta apresentação é um claro exemplo
de como é possível conjugar as várias técnicas e os vários
Grupos, criando Veladas mais ricas. Esta em concreto
podes fazê-la numa Velada cuja técnica principal a
explorar seja a dos Fantoches ou das Marionetas. Bastam
duas pessoas e uma finge ser uma Marioneta e a outra o
Marionetista.
 Percurso – O Animador apresenta o
percurso fictício que os participantes
devem seguir, mimando-o. Depois, cada participante irá,
na sua vez, realizar o percurso. Este apenas pode ser um
meio de chegar ao local da Velada mas também pode ser
uma pequena apresentação, pois pode o Animador
escolher alguém, vendá-lo e fazê-lo seguir o um percurso
que ele tenha que mimar, sendo que lhe são dadas
indicações como: “Cuidado com o buraco! Tens que
saltar.”, “Segue rente à parede”, etc.

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CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS

Fantoches e Marionetas

Vantagens Desvantagens

Quando bem elaboradas e manobradas, as Convém não esquecer que, apesar de


Marionetas cativam um público amplo, recorremos a bonecos, esta técnica também
principalmente as crianças. Além disso, fazê- se quer clara, alegre, bonita…sem
las com os elementos pode ser uma sobressaltos, sem atribulações. Por vezes é
actividade muito interessante, sem bem que difícil controlar os nossos elementos, quando
aconselhamos os fantoches para o Ramo é para levar a cena um teatro…Tentem então
Amarelo e as marionetas para o Ramo Verde, pôr-lhes bonecos nas mãos...
por serem estas de uma maior complexidade.

Quanto ao local de actuação, o “palco”, este


pode ser apenas um lençol que tapa os
actores, como pode ser algo bem mais
elaborado. Desta forma, ele será tão prático
de transportar quanto aquilo que os
intervenientes quiserem.

Além de serem, na sua grande maioria, de


fácil execução, podem ser feitas a partir de
materiais bastante baratos, que, por vezes,
já não nos servem para nada.

Apresentamos agora alguns exemplos de Fantoches, de Marionetas.

 Com uma meia velha, usando o polegar com “maxilar” inferior e os


restantes 4 dedos como o outro “maxilar”, podes fazer um fantoche do
mais básico que existe. Para os olhos, usa cartolina, bolas de pingue-
pongue, ou outro material que te aprouver! Cola umas orelhas que
fizeste em cartolina e, voilà, ai tens um fantoche que representa…algo
muito esquisito…Mas pronto, como dissemos, este é o tipo mais
básico. Cabe-te modificá-lo com cabelo (lã, por exemplo), bigode,
óculos (arame…) e muitos outros acessórios (como roupa, por
exemplo…).

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CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS
 Também te é possível realizar uma simples marioneta, apenas com
dois paus (por exemplo, um cabo de vassoura e um outro pau mais
curto). Chamemos a este género de marioneta o espantalho. Como é
facilmente constatável através da figura que te apresentamos,
bastam-te os dois paus, unidos por uma simples amarração (botão
em cruz, por exemplo). Depois, basta vesti-lo. Quanto aos braços,
sisal desde os ombros, e para as mãos, bolas de papel, vestidas de
luvas, assim como para a cabeça. Uma outra ideia, para a cabeça, é
fazer uma bola de papel e colocá-la dentro de um collant velho.
Fecha com um elástico, que também serve para prender à
estrutura-corpo.

 Algo mais complexo…fazer as cabeças dos fantoches a partir de


pasta de papel. Para fazeres pasta de papel:

 Cortam-se pedacinhos de papel e cartão (de embalagens


fininhas) para dentro de um alguidar.
 Junta-se água e deixa-se de molho até o papel se desfazer. Se
a água for quente, óptimo…
 Com a mão, retira-se o papel amolecido para dentro de um
pano. Aperta-se bem o pano para que toda a água saia.
 Côa-se a água do alguidar com um passador, aproveitando-se
assim todos os pedacinhos de papel.
 Coloca-se a pasta de papel num recipiente e junta-se um
pouco de cola de madeira (branca). Amassa-se bem e utiliza-
se de imediato. É aconselhável usar luvas…por razões
de…higiene e limpeza. Uma dica: depois de moldada, mas
ainda húmida, cobre a pasta de papel com um pouco de pó
de gesso. Desta forma, a superfície ficará mais macia e obterá
um acabamento mais perfeito.

Molda então a cabeça do teu fantoche, conforme queiras um ser


humano ou um animal…Depois, coloca-a no topo de uma garrafa e começa
a colocar-lhe por cima tiras de pasta de papel, de forma a criares o
“pescoço”.

Depois de secar, podes pinta-la, mesmo ainda no suporte. De


seguida, retira-la da garrafa. Provavelmente um dia será necessário para
que fique bem seco, dois no máximo. Como vês, estes fantoches, pelo seu
tempo de execução, devem ser treinados várias vezes, para ganhares
algum calo. Experimentar pela 1ª vez apenas no Campo, 5 minutos antes
da Velada, pode não ser boa ideia.

Enquanto isso, é tempo de preparar um vestuário para o boneco.


Terás que fazer um molde, que pode ser bastante simples, como uma
camisola…podes usar a tua mão como medida, mas deixa-o um pouco
folgado, para que não fique difícil trabalhar com o fantoche. Usa o molde para desenhar sobre o
tecido que será usado para fazer a vestimenta. Podes usar, é claro, outro material, como papel-
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CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS
crepe. Antes de cozeres tudo, deves enfiar a pescoço do fantoche pela “gola”, colar e depois sim,
dar os últimos pontos.

Podes fazer umas mãos, usando tubinhos de cartolina, que colarás na fatiota. Cola uma
das extremidades e corta sob a forma de uma mão. Vê as figuras e sê perspicaz!

Sombras Chinesas e Checas


Vantagens Desvantagens

Esta técnica quase que obriga à construção Nem sempre é possível montar todo o
de objectos para que a apresentação fique material de que esta técnica carece para ser
mais rica. Por vezes, descuidamos esse bem executada. Além disso, esta técnica é
aspecto didáctico de realização do Sentido do bastante restritiva quanto à expressão
Concreto. Aproveitemos então as Sombras corporal, na medida em que só as silhuetas,
Chinesas e o trabalho a que elas obrigam só os contornos, são passados ao
para desenvolvermos a nossa aptidão para espectador. Tudo o que se prenda com o
os Trabalhos Manuais. conteúdo não será visível.

O facto de ser usado um pano protege


aqueles actores mais tímidos, que assim
apenas tem que trabalhar com as figuras, ou
apenas tem que dar a sua silhueta à
contraluz.

Preocupa-te apenas com os contornos, fazendo-os em cartão. Depois, cola-lhes umas varetas,
para os manobrares. Usa tachas para criar articulações.

Podes sempre utilizar papel celofane para preencher as tuas figuras, dando-lhes assim alguma
cor. Observa alguns exemplos.

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Podes ainda usar elementos naturais para construir o teu cenário, como ramos, por exemplo.

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Musical e Bailado
Vantagens Desvantagens

Ao se optar por esta técnica, opta-se pelo Aqui os mais tímidos podem ainda
invulgar, opta-se por algo novo, diferente dos ficar…mais tímidos. Se, por vezes, já é difícil
teatros que sempre fazemos em Campo. convencer alguns dos nossos elementos a
Obrigamos assim os nossos elementos a apresentarem-se apenas falando. Fazê-los
serem criativos. cantar e dançar será…uma grande vitória!

Para que o público vá acompanhado, podem ser distribuídos os cânticos que surgirão na
peça. Além disso, observa as Utilidades associadas ao Teatro para perceberes como fazer mais
alguns objectos que podem ser interessantes utilizar neste género de apresentações.

Teatro
Vantagens Desvantagens

Aparentemente, é o mais fácil. Pela sua Tende-se a cair no erro de improvisar. O


trivialidade, os elementos tendem a aderir improviso não é mau de todo…mas se
bem a esta técnica, pois é tão comum fazê-lo redundar em algo pouco harmonioso, sem
que parece fácil…no entanto, há que não nexo e até pouco claro, o espectáculo fica
descurar o rigor e dar sempre do nosso irremediavelmente perdido, assim como a
melhor, como já o dissemos. patrulha/unidade demonstra falta de
organização e pouca preparação. Como já
Tal como nas outras técnicas, mas dissemos, o constante recurso a esta técnica
especialmente nesta, é permitido que todos leva a uma certa segurança, que pode
participem, mesmo os mais tímidos, pois há conduzir a um desleixo.
um vasto trabalho a ser desenvolvido, desde
o escrever o texto, o dirigir os actores, o Normalmente, a Comédia é o género
representar, o fazer dos figurinos e dos preferido. No entanto, é o mais difícil. Aquilo
cenários, etc. a que nós enquanto autores, encenadores e
actores achamos graça não é,
necessariamente aquilo a que todo e
qualquer público irá achar graça.

Existem algumas normas básicas para a representação:

 A não ser que se disponha de umas costas extremamente expressivas, o actor deve
adoptar uma posição de ¾ ou de frente, ou até mesmo de perfil.

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CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS

 O palco pode ser dividido em 3 zonas, que possibilitam a deslocação em cena e acentuam
a intensidade de alguns momentos:
Zona anterior: ocupa ¼ do palco. Aqui ficam os cenários
e a comunicação com os bastidores.
Zona intermédia: ocupa metade do palco. Aqui devem
ocorrer as cenas onde existem bastantes actores em
cena. Aproveita-se este espaço também para por aqui
deambular, quando queremos dar a ideia de que vamos
caminhando para um outro espaço, mais longínquo.
Zona posterior: ocupa ¼ do palco. Aqui devem decorrer
as cenas de monólogo ou quando existem poucos actores
em cena. O importante é que não se tratem cenas muito
confusas e movimentadas
Público

 Todos os gestos devem ser amplos e lentos. Os gestos rápidos e precipitados são, por
vezes, incompreensíveis e, normalmente, despropositados e reveladores de falta de
preparação.
 Quando existe um monólogo, para evitar a monotonia, o discurso deve ser acompanhado
também por pequenas pausas, gestos simples e naturais e ligeiras deslocações.
 As acções secundárias devem ser discretas e numa zona mais anterior.
 Para as cenas em que aparecem grupos de actores, pode-se actuar em fases
sucessivas/sequências, colocando os vários grupos em espaços diferentes do palco.
Quando um grupo entra em acção, os restantes imobilizam-se e assim sucessivamente.
 Por norma, tenham em conta que o mais simples é sempre o melhor. Simples não significa
pobre, menos elaborado, trabalhado, ensaiado ou rigoroso. Significa que se devem
eliminar todos os aspectos que não sejam indispensáveis para a compreensão do acto:
gestos muito pessoais, decorações muito pesadas, monólogos e diálogos intermináveis,
movimentações confusas, etc.

Esta é uma técnica que se presta muito a uma transformação pessoal por parte do actor. Não
deves descurar a maquilhagem. Eis alguns truques:

 Cara: existem duas cores fundamentais que servem para modificar o aspecto geral do
rosto: vermelho e azul. O vermelho proporciona relevo. Na face, deve ser menos intenso,
quanto maior for a idade da pessoa a representar. Já o azul, proporciona profundidade
nas zonas em que é aplicado. Escurece o rosto (doentes, por exemplo) e pode ser utilizado
para salientar uma barba.
 Olhos: pode-se modificar a sua forma com a ajuda de um lápis de olhos, bastando
“redesenhar” a pálpebra superior. Não a alongues muito pois pode provocar um efeito
esquisito.
 Rugas: para encontrar o seu lugar, é necessário gesticular o rosto de forma a
encontrarmos as nossas. É a última tarefa a fazer no que diz respeito à maquilhagem.
Acentuam-se com vermelho escuro ou azul. Nunca a preto.
 Cabelo: para branquear o cabelo, utiliza pó-de-talco.

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CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS
Mostramos-te agora umas maquilhagens faciais, especialmente direccionadas para o Ramo
Amarelo. No entanto, pela diversidade de temas que podem surgir numa Velada do Ramo Verde,
também as seguintes lhes dirão alguma coisa.

Maquilhagem de Lobo
Material:
 Sombra branca,
 Sombra castanha ou cinzenta
 Sombra amarela clara
 Lápis preto ou sombra preta

Execução
 Espalha uma camada de sombra
amarela por baixo dos olhos e desde a
zona do bigode até ao queixo, como que
fazendo um Y, tal como mostra a figura

 Delimita o focinho do lobo, cobrindo a


ponta do nariz com sombra preta ou
lápis preto, e fazendo descer uma linha
desde a ponta do nariz até aos lábios,
fazendo como que um Y invertido, tal
como mostra a figura.
 Sobre os olhos, com a sombra branca,
traça tal como mostra a figura

 Marca as sobrancelhas com o lápis


preto, com linhas oblíquas. Faz um
traço também sobre as pálpebras,
prolongando um pouco no fim, e um
outro sob, mas apenas na oblíqua.
 O resto do rosto é coberto com sombra
cinzenta ou castanha. Espalharás
melhor se tiveres um pincel próprio.

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CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS
 Para dar mais realismo, podes agora
construir umas orelhas em cartolina, e
pintá-las com os mesmos tons que
usaste para as pinturas. Utiliza um
cartão resistente. Depois corta e cola-lhe
um elástico, para usares como uma
máscara.

 O resultado final pode, à primeira vez,


não ser o pretendido. Mas não
desanimes. Com o tempo, vais te
aperfeiçoando.

Uma dica: se quiseres, podes fazer a separação


do amarelo do focinho com o
castanho/cinzento do pêlo através de uma fina
linha preta, feita com o lápis.

Maquilhagem de Pantera
Material:
 Sombra branca,
 Sombra cinzenta escura
 Sombra cinzenta clara
 Lápis preto ou sombra preta

Execução
 Espalha, por baixo dos olhos e desde a
linha do bigode até ao queixo, sombra
cinzenta clara

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CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS
 Espalha, no resto do rosto, sombra
cinzenta escura. Talvez com um pincel
próprio seja mais fácil. Espalha também
no pescoço.

 Delimita o focinho, cobrindo a ponta do


nariz com sombra preta ou lápis preto, e
fazendo descer uma linha desde a ponta
do nariz até aos lábios, fazendo como
que um Y invertido, tal como mostra a
figura
 Faz dois V’s com o lápis preto, sobre as
sobrancelhas

 Contorna os olhos com sombra preta, tal


como mostra a figura

 Termina fazendo uns bigodes a branco

Se não tiveres o cabelo curto e preto, usa um


gorro. Usa roupa preta, de preferência com
gola alta.

No que diz respeito ao vestuário, tu, com um simples tecido, sabes perfeitamente realizar uma
túnica, uma capa, etc. Sê imaginativo. Não te fiques pelo que aqui te sugerimos. Inova.

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CAMPO NACIONAL – 2013 – VELADAS

Túnica simples
 Esta túnica é a mais fácil de fazer. Não
precisas de fazer qualquer costura.
Apenas terás que fazer um corte para a
gola.
 Depois será necessário arranjar um
cinto. Procura com calma! Lá por ser
fácil e rápido, não significa que vás
escolher o primeiro bocado de cordel que
encontrares.
 De seguida, a túnica é a tua tela! Podes transforma-la no que entenderes! Nós demos-lhe
mais uma graça e colamos-lhe fita cola colorida no fim. Tens o papel de criar! Torna-a
numa armadura de Templários ou no fato de um rei, adicionando-lhe uns collants, por
exemplo.

O espaço

Lanterna 1
Material:
 Lata de fruta de conserva, previamente vazia e lavada
 Prego
 Sisal ou fio de nylon
 Alicate de corte ou tesoura resistente
 Lima
 Vela
Execução:
 Marca a tua lata como mostra a figura ao lado
 Com um prego, tal como mostra a figura, faz
uns furos, onde mais tarde passará o nylon
ou o sisal.

 Corta a tua lata tal como mostra a figura ao


lado.
 Passa com uma lima pelas superfícies
cortantes
 Faz passar o sisal/nylon pelos buracos.

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 Prende a tua lanterna numa árvore,
colocando a vela no sitio respectivo.

Podes, eventualmente, pintar a lanterna, ou decorá-la, como bem entenderes.

Lanterna 2
Material:
 Frasco de vidro (de compota, por exemplo), vazio e previamente lavado
 Tinta de vidro e/ou papel celofane
 Cola, tesoura e material de escrita/desenho
 Vela
Execução:
 No teu frasco, podes optar por
desenhar sobre ele, com tinta de
vidro ou com um marcador
permanente que escreva na
superfície.
 Podes também optar por, com
celofane, fazer um padrão e
depois colá-lo no teu frasco.
 O importante é que tires partido
da possibilidade de criar vários
tons e efeitos de luz.
 A tua lanterna está pronta e pode
ser utilizada assim mesmo,
colocada no chão, até para
delimitar o espaço de actuação
 Como mostra a figura do lado,
podes sempre colocar-lhe um
arame e depois prendê-la a uma
árvore, por exemplo.

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