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Teste Global
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GRUPO I
Texto A
Lê o texto e, em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
5 No desporto não é incomum ver irmãos a competir na mesma modalidade. No caso dos
triatletas britânicos Alistair e Jonathan Brownlee, 2016 tem sido um ano intenso para a história
da dupla. Num intervalo de um mês, venceram e perderam juntos as duas disputas mais
importantes da modalidade.
Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto, superaram outros 53 adversários e
10 venceram a competição, com Alistair a conquistar a medalha de ouro e Jonathan a ficar com a
medalha de prata.
Este domingo, durante a última prova do Mundial de Triatlo, em Cozumel, no México,
Jonathan estava a 700 metros da linha de meta, o que lhe garantiria a vitória e o título de
campeão do mundo da modalidade, quando o calor e a exaustão começaram a fazer-se sentir
15 no seu corpo. Começou a sentir-se confuso e desorientado e teve de ser auxiliado por um
assistente de corrida.
No entanto, Alistair, que estava alguns segundos atrás, apareceu para ajudar o seu irmão.
Agarrou-o pelos ombros para o levar, quase empurrado, até ao final da prova. Resultado:
Jonathan “caiu” na meta em segundo lugar, enquanto Alistair ficou com a terceira posição.
20 O sul-africano Henri Schoeman superou os irmãos durante o incidente e venceu a corrida.
Para Alistair, ajudar o seu irmão a terminar a corrida foi uma “reação natural humana”,
apesar de ter significado abdicar da vitória. “Se ele se tivesse vindo abaixo antes da linha de
meta, não poderia receber apoio médico e poderia ter sido perigoso. Foi uma reação natural
humana para o meu irmão, mas teria feito a mesma coisa por qualquer pessoa. […]”.
in http://observador.pt/2016/09/19/o-atleta-que-abdicou-do-titulo-mundial-de-triatlo-para-ajudar-o-irmaoa-
cruzar-a-linha-de-meta/ (consult. 2016-12-15)
1. Seleciona, de 1.1. a 1.4., a opção que completa cada frase de acordo com o
sentido do texto.
1.1. Alistair, Jonathan e Schoeman são
a. irmãos.
b. amigos.
c. colegas de equipa.
d. triatletas.
Texto B
Lê o texto e, em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
O dia de hoje amanheceu fusco, com as vizinhas todas aflitas a tirar a roupa da
corda “porque vinha aí decerto uma chuvada”, nas palavras entendidas de uma
delas. Chuvada, o que se chama mesmo chuvada, não veio, mas parou de cair aquela
chuvinha miúda de verão, “chuva de molha-parvos”, como lhe chama a minha avó
5 Elisa, perita1 em questões atmosféricas. Quando entrou, logo de manhã, houve por
bem avisar:
– Isto hoje vai ficar o dia todo assim. Está pegado.
Acertou. Ficou realmente o dia todo assim. Às vezes a minha avó Elisa não acerta,
é claro. Olha para as nuvens e diz “vem aí água”, e só para a arreliar daí a
10 pouco rebenta o mais esplendoroso2 sol do universo. Mas desses dias a gente faz que não
se lembra, e vai sempre confiando nos boletins meteorológicos da minha avó.
Hoje, para lá da chuva, a Rosa estava insuportável. A Sr.a Ricardina adoecera e a
mulher a dias que a viera substituir, ignorante das regras estabelecidas no que diz
respeito à parede da Rosa, tinha pegado num esfregão e no mais eficaz dos detergentes
15 e limpara aquilo tudo de uma vez. Não bastara os pobres dos cabritinhos
terem sido comidos pelo lobo, viera ainda o esfregão mais o detergente (ao menos
este não cheirava a alfazema misturada com gordura) para os engolir de vez.
Quando a minha irmã olhou para a parede, impecavelmente branca, a catástrofe
desabou. Ainda tentei mandar as culpas todas para cima do lobo, os lobos têm sempre
20 a culpa de tudo, “foi ele, Rosinha, foi ele que passou por aqui e comeu tudo”,
mas a minha irmã não se deixava ir na conversa:
– Não foi nada o lobo, foi ela!
Gritava a Rosa, apontando a mulher que, diga-se de passagem, não se mostrava
muito preocupada com a chacina3 que provocara, cantarolando na cozinha:
25 “Tenho um amor em Viana, ó ai,
tenho outro em Ponte de Lima…”
– Não foi nada ela, Rosinha! O lobo aborreceu-se de estar ali na parede e antes
de se ir embora comeu tudo.
– Não comeu nada! O lobo já não estava lá! A Rosa tirou ele ontem!
30 – “Tirou-o.” “Tirou-o” é que se diz, não é “tirou ele”.
Mas a minha irmã não estava virada para lições de gramática.
– Tirou ele, sim senhora! A Rosa é que sabe! Tu não sabes! O lobo foi para a
Espanha e os cabritinhos ficaram sozinhos e fugiram. […]
– Sabes, Rosinha, isto não é o fim do mundo! […]
35 – A Rosa quer. Quer os cabritinhos todos na parede. Mais o lobo.
– Por isso tu agora vais pegar nos teus lápis e voltas a desenhar tudo outra vez,
com muitas cores, muitas flores…
– Muitas caminhas…
– […] E vai ser uma grande festa!
[…]
40 Insensível ao drama da Rosa, à fantástica odisseia4 dos cabritinhos por terras de Espanha,
e ao meu tormento5 em acabar a história, a mulher a dias parecia ter sete mãos em cada
braço, vinte dedos em cada mão, tal o desembaraço6 com que se mexia. E decerto um
realejo7 também, misturado com as cordas vocais.
“… tenho outro em Barcelos, ó ai,
e outro inda mais acima!…”
Alice Vieira, 2014. Chocolate à Chuva, 29.ª ed. Lisboa: Caminho (pp. 109-113)
3. Apresenta, por palavras tuas, os acontecimentos de cada uma das partes do texto.
a. Situação inicial;
b. Desenvolvimento;
c. Desfecho.
6. A mulher a dias “tinha pegado num esfregão e no mais eficaz dos detergentes e
limpara aquilo tudo de uma vez” (ll. 14-15).
6.1. Indica a que se refere a expressão sublinhada na frase.
7. Aponta um dos indícios que sugerem que Rosa é mais nova do que a narradora.
a. comparação
b. personificação
c. enumeração
d. metáfora
9.1. Explica a expressividade deste recurso.
GRUPO II
1. Lê a frase seguinte.
Alguém apagou os desenhos da Rosa.
1.1. Indica a classe e a subclasse da palavra sublinhada.
2. Associa cada palavra da coluna A ao processo de formação que lhe deu origem,
presente na coluna B.
A B
a. “molha-parvos” (l. 4)
1. derivação por prefixação
b. “esplendoroso” (l. 10)
2. derivação por sufixação
c. “mulher a dias”(l. 13)
3. composição
d. “desembaraço” (l. 42)
3. Completa cada uma das frases seguintes com a forma do verbo apresentado entre
parênteses, no tempo e modo indicados.
Imperativo
c. Avó, _________ (trazer) os lápis da Rosa, por favor.
GRUPO III