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PORTUGUÊS 8º ANO

TESTES DE AVALIAÇÃO

TESTE DE AVALIAÇÃO 4 VERSÃO A

Nome: ________________________________________________________ N.º: ______ Turma: ______

Data: ____/ ____/ ____ Avaliação: ______________________ Professor(a): _____________________

GRUPO I

Para responderes aos itens 1. e 2., vais ouvir a apresentação da peça “Romeu & Julieta”, da Companhia
Irmão do Meio, no Teatro do Bairro em Lisboa, anunciada num podcast da TSF – Fila J.

1. Para cada item (1.1. a 1.3.), seleciona a opção que completa a afirmação, de acordo com o texto.

1.1. A apresentação da peça inicia com


(A) a referência ao nome do autor da obra.
(B) a referência ao nome da companhia que agora encena a peça.
(C) a informação de que “Romeu e Julieta” é a última peça de um ciclo a ser representada.
(D) um excerto da mesma, referente ao tema da obra.

1.2. Na peça original, a ordem dos principais acontecimentos é a seguinte:


(A) morrem; fogem; casam-se; conhecem-se e juram amor eterno.
(B) conhecem-se e juram amor eterno; casam-se; fogem; morrem.
(C) conhecem-se e juram amor eterno; fogem; casam-se; morrem.
(D) fogem; conhecem-se e juram amor eterno; casam-se; morrem.

1.3. Esta reinvenção criativa da história “às avessas” faz com que as pessoas vejam a verdadeira tragédia:
(A) o facto de as duas famílias serem rivais.
(B) o facto de terem morrido.
(C) o facto de se terem conhecido.
(D) o facto de todos serem contra este amor.

2. Seleciona todas as opções que correspondem a informações referidas na apreciação ouvida.


(A) Número da totalidade de comédias e tragédias compostas por Shakespeare.
(B) Aspetos que mais se destacam e valorizam na peça.
(C) Referência ao facto de a obra original ter sofrido alguns cortes neste espetáculo.
(D) Objetivo da representação de “Romeu e Julieta” ao contrário.
(E) Referência aos nomes de todas as personagens intervenientes.

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GRUPO II
TEXTO A

. Lê o texto e responde aos itens de acordo com as orientações que te são dadas.

Como namoravam os nossos (bis)avós


O namoro à janela permitia situações de algum humor. Se as donzelas habitassem no rés do chão ou
num primeiro andar a comunicação entre os namorados tornava-se mais fácil. Contudo, se o andar era o
segundo ou o terceiro, necessário seria o recurso a técnicas mais sofisticadas de sinais, alfabetos de
gestos e mãos, pois a família só aceitava receber o pretendente em casa quando, após um pedido oficial
5 de noivado, já o casamento se prefigurava no horizonte. A rua era um palco passível de troca de bilhetes
nas costas da mãe ou de uma criada mais complacente. Um dos mais divertidos processos passava pela
utilização de um fio ao qual era atada uma carta e que serviria de elevador se a rapariga morasse num
segundo ou terceiro andar. Num momento de distração, em plena noite de família, a menina poderia abrir
a cancela do patamar da escada para falar com o namorado, ou dar-lhe uma carta, uma breve troca de
1 olhares, ou, num gesto atrevido, um beijo.
0 As cartas poderiam ser intercetadas pela família. Havia que tomar precauções. Um modo reconhecido
e bastante utilizado para iludir a vigilância dos pais fazia-se com o nome de flores e plantas que
substituíam determinadas palavras: amargura era aloés; amor em linguagem esotérica, mirto;
beleza/rosa; solidão/cogumelo; vida/flor de café; esperança/vime; loucura/violeta. Frases como “Estou
ramos de rosas por te ver. O cogumelo da minha flor de café é um aloés constante”, eram frequentes.
1 Tradução: “Estou morto por te ver. A solidão da minha vida é uma amargura constante”.
5 Outro processo muito utilizado consistia em atribuir a cada letra do alfabeto um número segundo
combinação de ambos os namorados ou seguindo as instruções de um manual. Também se podia
escrever às avessas, ou seja, redigir as palavras ao contrário. A linguagem dos pp consistia em colocar
um p em todas as sílabas. Uma outra forma de comunicar, mais sofisticada e quase aceite em
espionagem, era o escrever com o aparo molhado em sumo de limão – não se via nada escrito… – dado
2 que a carta só se tornava legível depois de passada com maior cuidado ao lume. As palavras apareciam
0 com o calor.
Na comunicação não verbal, elementos existem que são utilizados como linguagem entre os amantes.
E estes elementos – falamos nomeadamente do leque, da luva, da sombrinha, do charuto, da luneta, no
caso do homem – vão-se perdendo à medida que nos aproximamos dos anos 20. (…) A maneira de abrir
e fechar o leque, de o deixar cair por descuido para que alguém o apanhe faz parte deste ritual. O leque
2 delimitava um espaço de privacidade com o olhar de um outro, apesar de se exibir em lugares públicos:
5 no camarote ou na plateia de uma sala de espetáculos, nas avenidas ou nos bailes. É nesta ambivalência
entre o domínio da privacidade e o território do público que se elege o leque como um elemento
fundamental na sedução.
(…) Se se fechava, suspenso na mão direita queria significar o pretender-se ficar noiva; na mesma
posição, mas suspenso da mão esquerda assinalava o comprometimento. Se a extremidade do leque
3 tocasse os lábios, tal era sinónimo de dúvida e ciúme; se tocasse os cabelos, de não esquecimento.
0 Abanar o leque com celeridade significava gostar muito. Deixá-lo cair era sinal de retribuição afetiva.
Encostá-lo ao coração lembrava amor e sofrimento. Entreabri-lo, cobrindo meio rosto, era um aviso para
que tomasse cuidado – outrem vigiava.
Cecília Barreira, Histórias das Nossas Avós, Edições Colibri, 1990 (com supressões)

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1. As afirmações apresentadas de (A) a (G) referem-se a processos que uma apaixonada poderia utilizar para
comunicar com o seu namorado sem o conhecimento dos seus pais. Numera de 1 a 7 a sequência de letras que
corresponde à ordem pela qual esses processos surgem referidos no texto. Começa na letra (F).
(A) Codificar um texto com o nome de plantas e flores.
(B) Tornar o texto invisível.
(C) Usar um leque para transmitir mensagens não-verbais.
(D) Encontrar-se com o apaixonado à entrada de casa durante a noite.
(E) Colocar a mesma letra em todas as sílabas.
1
(F) Enviar mensagens atadas a um fio.
(G) Cifrar uma mensagem, utilizando um código numérico.

2. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.

2.1. Na expressão “(…) criada mais complacente.” (linha 6), o adjetivo significa
(A) incompetente.
(B) perspicaz.
(C) benévola.
(D) desleal.

2.2. Caso um(a) apaixonado(a) escrevesse numa carta “O mirto que sinto por ti é a violeta e a rosa da minha
flor de café”, a frase significava que
(A) o seu amor era belo e intenso.
(B) se sentia só e amargurado(a).
(C) o seu amor se tornara amargo.
(D) o seu amor era belo e tranquilo.

2.3. O leque era um elemento primordial no ritual de sedução, porque


(A) era um objeto com uma carga simbólica significativa.
(B) permitia a cumplicidade entre os apaixonados num espaço público.
(C) permitia que os apaixonados comunicassem um elevado número de sentimentos.
(D) era um objeto bastante comum no século XIX.

3. Indica a que se refere o pronome relativo “que” destacado no texto (linha 7).

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TEXTO B

Lê o texto. Em seguida, responde aos itens de acordo com as orientações que te são dadas.

Nota prévia: Em Veneza, duas amigas, Vanina e Giovanna, encontram-se e conversam sobre o facto de o primo
de Giovanna, Pietro, no seu baile, ter oferecido uma rosa a Vanina.

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BONINA (entrando) – Senhora, está ali a vossa amiga D. Giovanna Alvisi.


VANINA – Diz-lhe que suba, que suba. (Bonina sai) Ai, vou mandar uma carta por ela ao Pietro, a
explicar tudo e a agradecer-lhe.
GIOVANNA – Querida Vanina!
5 VANINA – Querida Giovanna! Gosto tanto de te ver!
GIOVANNA – Gosto tanto de te ver. E gosto de te ver tão bonita e com tão boa cara. Passei por aqui
porque ouvi dizer que no dia do meu baile tinhas saído a correr. Mas vejo que já estás
ótima. Também me disseram que o meu primo Pietro te deu uma rosa vermelha, mas que
tu não agradeceste, nem abriste a boca, nem fizeste um sorriso e saíste muito depressa.
1 Penso que, de facto, não te sentiste bem.
0 VANINA – Pois, pois, não sei explicar, não me senti bem. Senti-me tonta.
GIOVANNA – Também me disseram que tinhas ficado muito pálida.
VANINA – Foi o perfume da rosa que era tão forte.
GIOVANNA – Ai, pobre Vanina, não resistes ao perfume de uma rosa, mas é verdade que a rosa era
perfumada demais. Ai de ti, Vanina!
1 VANINA – Estou tão aflita por não ter agradecido ao teu primo. Vou escrever já.
5 (Corre para a mesa, pega num papel e começa a escrever)
GIOVANNA – Calma, não tenhas pressa, não é preciso, eu levo o teu recado e explico tudo ao Pietro.
VANINA – (enquanto escreve) – Diz-lhe tudo, diz-lhe que a voz dele me maravilhou, mas que o
perfume da rosa me estonteou. Fiquei incapaz de falar e de agradecer. Minha garganta
ficou seca.
2 GIOVANNA – Digo tudo, sossega. O pobre Pietro, coitado, está afogado em problemas.
0 VANINA – Ai, que aconteceu?
GIOVANNA – O pai dele morreu arruinado. Ele teve de vender o palácio, a quinta, os quadros, as joias.
Reuniu-se a família para arranjar um remédio. Um tio nosso que é embaixador convidou-o
para ser seu secretário. Mas ele respondeu que não queria trabalhar para a senhoria de
Veneza, porque a senhoria tinha uma grande prisão escura e húmida, onde os presos
2 desaparecem e nunca mais voltam à luz do sol. Então outro tio, que é general, convidou-o
5 para se alistar no seu regimento. Mas o Pietro respondeu que não podia passar a vida a
matar homens e que detestava música militar. Declarou que ia trabalhar como músico a
troco de dinheiro; cantar em concertos, em festas, em serões, a troco de dinheiro e cantar
serenatas que os apaixonados com má voz ou mau ouvido encomendassem.
VANINA – Ai que vida divertida! (bate palmas)
3 GIOVANNA – Divertida, sim, mas impossível, indigna, vergonhosa e escandalosa.
0 VANINA – Mas porquê? Eu não acho! Acho uma vida ótima.
GIOVANNA – Ser cantor errante é um ofício indigno de um fidalgo. Não queremos que o Pietro seja um
desclassificado.
VANINA – Então, que há de ele fazer?
GIOVANNA – Tem de se casar já, já, muito depressa, com uma herdeira muito rica.
3
Sophia de Mello Breyner Andresen, O Colar, Lisboa, Caminho, 2000
5

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1. Este é um excerto de um texto dramático. Apresenta uma característica que o comprove.

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2. De que forma a terceira indicação cénica inserida no texto contribui para a caracterização de Vanina?

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3. Indica o estado de espírito de Vanina neste momento da peça e justifica com um elemento textual.

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4. Identifica o recurso expressivo presente na expressão “O pobre Pietro, coitado, está afogado em problemas.”
(linha 22) e comenta o seu valor.

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5. Enumera todas as soluções que os vários familiares de Pietro arranjaram para o ajudar.

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6. Prova que Vanina pertence a um meio social abastecido.

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7. Dois leitores comentaram a opinião de Giovanna:

leitor 1 – Creio que Giovanna tem razão no que diz respeito ao que é melhor para o futuro de Pietro.
leitor 2 – Giovanna está errada nas considerações que faz sobre as escolhas de Pietro quanto à vida
profissional.

Refere com qual dos leitores estás de acordo e justifica a tua resposta.

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GRUPO III

1. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde para identificares a

COLUNA A COLUNA B

(a) Giovanna não gostou do comportamento de Vanina. (1) complemento indireto

(b) Participaram todos na leitura da peça. (2) complemento oblíquo

(c) O cheiro da rosa vermelha era intenso. (3) sujeito

(d) A personagem entrou em cena de forma apressada. (4) complemento direto

(e) Vanina queria escrever a Pietro. (5) modificador do grupo verbal

(6) predicativo do complemento direto

(7) predicativo do sujeito

função sintática desempenhada pela expressão destacada em cada frase.

2. Reescreve a frase seguinte, substituindo o elemento sublinhado pelo pronome pessoal adequado.
Em todos os cantos do mundo, reconheceria o perfume da rosa.

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3. Explicita a regra inerente ao uso da vírgula em cada um dos seguintes casos:


a) Minha querida Vanina, darei o teu recado a Pietro.

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b) Quando falou com Giovanna, Vanina explicou a sua saída apressada do baile.

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4. Divide as frases em orações e classifica-as.


(A) Caso Vanina ficasse no baile, sentir-se-ia envergonhada…

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(B) Vanina apaixonou-se por Pietro, embora não o conhecesse bem.

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(C) Giovanna procurou a amiga, pois queria perceber a sua saída apressada do baile.

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5. Transforma a seguinte passagem, dirigida a Vanina, em discurso indireto.

GIOVANNA – Calma, não tenhas pressa, não é preciso, eu levo o teu recado e explico tudo ao Pietro.

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6. Transforma as frases ativas em frases passivas.


(A) Toda a gente conhece algumas obras de Shakespeare.

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(B) Antigamente, as pessoas ricas frequentavam muitos bailes.

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(C) Alguma vez mais Vanina encontrará Pietro?

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7. Seleciona a palavra certa para completar as frases.


(A) Vanina fazia ________________ (tenção/tensão) de se casar.
(B) Tens os adereços que te pedi? Então, ________________ (damos/dá-mos).
(C) Veneza é________________ (de certo/decerto) uma das cidades mais bonitas da Europa.

GRUPO IV

Imagina que Vanina tem o hábito de, ao fim do dia, escrever nas páginas do seu diário. Imagina a página
que escreveu depois deste encontro com a sua amiga Giovanna. O teu texto deve ter entre 120 a 180 palavras.

Não te esqueças de cumprir os aspetos formais do diário e usa a 1.ª pessoa para obter um tom mais
pessoal e intimista.

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