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Fossa pterigopalatina

Última revisão: 21 de Setembro de 2020


Tempo de leitura: 7 minutos

Fossa pterigopalatina (Fossa pterygopalatina)

A fossa pterigopalatina, também conhecida como fossa esfenopalatina, é um espaço


ósseo no interior do crânio criado por estruturas anatômicas que se opõem, e possuem
diferentes formas e dimensões. 

Ela possui uma aparência em funil, com a base se estreitando em direção ao crânio e a
abertura se alargando em direção à cavidade oral. A fossa contém muitas aberturas que
servem de passagem para várias estruturas neurovasculares, sendo que algumas cursam
em direção ao conteúdo craniano e outras abandonam-no.

Fatos importantes
Parede anterior: superfície infratemporal da maxilla
Parede posterior: apófise pterigoide do osso esfenoide
Parede medial: osso palatino
Limites
Teto: parede posterior da órbita, superfície inferior do osso esfenoide, placa
orbitária do osso palatino
Pavimento: apófise piramidal do osso palatino
Fissura orbitária inferior - nervos infraorbital e zigomático
Canal palatino - nervos palatino maior e menor
Buraco esfenopalatino - artéria esfenopalatina, nervos nasais posterior e
superior
Aberturas
Canal faríngeo - nervos e vasos faríngeos
Canal pterigoide - nervo do canal pterigoide
Buraco redondo - nervo maxillar
Fissura pterigomaxilar - artéria maxilar

Neste artigo serão discutidas os limites da fossa, suas aberturas, seu conteúdo, a sua
vascularização e sua inervação.

Conteúdo

1. Limites
2. Aberturas
3. Conteúdo, vascularização e inervação
4. Resumo
1. Limites
2. Aberturas
3. Conteúdo

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Limites
A superfície infratemporal da maxila serve como parede anterior para a fossa,
enquanto a parede posterior é formada pelo processo pterigoide do osso esfenoide.
Cranialmente a parede posterior da órbita óssea encontra-se em conjunto com a
superfície inferior do osso esfenoide, bem como com a placa orbitária do osso palatino,
ambas das quais contribuem para a formação  órbita. Além disso, elas contribuem ainda
para a formação do teto da cavidade.

Para te ajudar a entender melhor as estruturas que compõem a fossa pterigopalatina,


verifique os materiais de estudo abaixo sobre o osso esfenoide:

Osso esfenóide Explore unidade de estudo

Caudalmente, o processo piramidal do osso palatino limita a extensão da fossa. Não há


parede lateral, mas uma comunicação direta entre a fossa pterigopalatina e a fissura
pterigomaxilar. Medialmente a terceira parede é formada pelo osso palatino; ali se
encontra o processo piramidal da estrutura.
Fossa pterigopalatina (verde) – vista lateral esquerda
Videoaula recomendada: Vistas anterior e lateral do crânio
Estruturas observadas nas vistas anterior e laterais do crânio.

Aberturas
A fossa pterigopalatina possui muitas aberturas que permitem que várias estruturas
anatômicas entrem, passem através ou deixem a cavidade. As aberturas serão listadas de
acordo com a borda na qual se encontram, exceto a borda anterior, que não possui
nenhuma. Superiormente, a fissura orbitária inferior pode ser vista, conectando a
fossa com a parte posterior da órbita óssea.

O canal palatino se comunica diretamente com a cavidade oral, inferiormente. Na


lateral, uma abertura que não possui nome junta as duas fossas, conforme mencionado
acima. Medialmente o forame (buraco) esfenopalatino permite que a fossa se
comunique com a cavidade nasal.
Fissura orbitál inferior (Fissura orbitalis inferior)

Finalmente, a borda posterior possui o maior número de aberturas, incluindo o canal


faríngeo, que liga a nasofaringe, o canal pterigoide e o forame (buraco) redondo, que
é a única comunicação da fossa com a parte interna do crânio especificamente com a
fossa craniana média.

Canal pterigoide (Canalis pterygoideus)

Então você quer aprender mais sobre a anatomia do crânio? Verifique nossa apostila de
exercícios e descubra uma maneira fácil e divertida de entender este tema tão
importante!

Conteúdo, vascularização e inervação


Existem duas direções para as quais o conteúdo da fossa pterigopalatina podem se
dirigir. Existem estruturas que entram na fossa e outras que a deixam. Dessa forma, o
conteúdo principal pode ser categorizado e discutido. As estruturas que entram na fossa
incluem o nervo maxilar, através do forame (buraco) redondo e a artéria maxilar,
através da fissura pterigomaxilar. 

Nervo maxilar (Nervus maxillaris)

Estas duas estruturas se subdividem em seus ramos terminais uma vez que entram na
fossa, e formam feixes neurovasculares radiados. Por sua vez os ramos maxilares
recebem fibras de outras origens nervosas, como o nervo facial, que entra na fossa
através do canal pterigoide. 

As estruturas que deixam a fossa incluem fibras nervosas viscerais que deixam o
gânglio pterigopalatino e entram nos ramos maxilares específicos, os nervos
infraorbitário e zigomático, que deixam a fossa através da fissura orbitária inferior e
os nervos palatinos maior e menor, que cursam inferiormente através do canal
palatino. 

Os nervos nasais posterior e superior e a artéria esfenopalatina também passam


através do forame (buraco) esfenopalatino para entrar na cavidade nasal. Os nervos
alveolares posterior e superior passam pela fissura pterigomandibular, que continua para
a fossa infratemporal. 

Por fim, o canal faríngeo atua como uma saída para os nervos e vasos faríngeos. A
drenagem venosa, que obviamente deixa a fossa, inclui ramos como:

Veia infraorbital (Vena infraorbitalis)

 as veias alveolares posteriores superiores


 a veia faríngea
 a veia palatina descendente
 a veia infraorbitária
 a veia esfenopalatina
 a veia do canal pterigoide
 a veia oftálmica inferior
 o plexo pterigoide

Deve ser mencionado que o conteúdo citado acima ajuda a suprir cada uma das áreas da
fossa conforme eles entram ou deixam o espaço.

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