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Esqueleto da cabeça,

crânio

Prof. .: Dheywid K. Mattos Silva


Anatomia dos Animais Domésticos I
Ossos do neurocrânio

 Responsáveis em circundar a cavidade craniana,


a qual encerra o encéfalo com seus envoltórios e
os vasos necessários para o seu suprimento.
Ossos do neurocrânio
 Ossos que compõem a cavidade craniana nas diferentes
espécies animais:
 Assoalho
 Osso ímpar occipital com sua parte basal;
 Osso ímpar esfenóide;
 Parede nucal
 Osso ímpar occipital com sua porção escamosa e com sua parte
lateral
 Paredes laterais
 Ossos pares temporal
 Teto
 Ossos pares frontais
 Ossos pares parietais
 Osso ímpar interparietal
 Parede nasal
 Osso ímpar etmoidal
Esfenoide
Occipital
Temporal
Frontal
Crânio
 Osso occipital
 Compõe a parede nucal do crânio, e nele pode ser
diferenciado o corpo basal, a parte escamosa e as duas
porções laterais.
 Forame magno
 Corpo basal: localiza-se cranialmente ao forame magno, conecta-se
com o basisfenóide através de uma sutura cartilagínea e forma o
segmento caudal da base do crânio.
 Porção escamosa: Posiciona-se acima do forame magno, dos dois
côndilos do occipital e das porções laterais pares e fecha o crânio na
sua porção nucal.
 Porções laterais: Aderem-se lateralmente ao forame magno e
apresentam os côndilos occipitais, os quais formam as superfícies
articulares craniais da primeira vértebra cranial.
Crânio
 Osso esfenoide
 Forma os segmentos anteriores do assoalho da
cavidade craniana e é composto por duas partes
semelhantes: o osso pré-esfenoide nasal e o osso
basisfenoide nucal.
 Corpo e asas.
 Osso pré-esfenoide
 Corpo: canal óptico
 Asas: cavidade orbitária; canal óptico; cavidade craniana.
Crânio
 Osso esfenoide
 Osso basisfenoide
 Corpo: forma a fossa craniana média com suas asas,
incluindo a sela túrcica rostralmente situada, a fossa
hipofisária e caudalmente o dorso da sela túrcica.
 Asas: Mostram segmentos planos para o encéfalo, para o
osso temporal, para o maxilar e para a cavidade orbitária.
 Formação de espaços e delimitação de orifícios que servem para
passagem de vasos e nervos.
Crânio
 Osso temporal
 O osso temporal origina-se da fusão de várias
unidades ósseas, as quais ainda se encontram
separadas:
 Porção escamosa do temporal;
 Porção petrosa com um processo mastóideo;

 Porção timpânica.
Crânio
 Osso temporal
 Porção escamosa: Colabora na formação da parede
lateral da cavidade craniana com sua face cavitária
craniana e limita-se, por meio de suturas ósseas, com
o osso parietal, com o osso frontal e com o
esfenóide.
 Processo occipital (caudal)
 Processo retrotimpânico (cranial)
Crânio
 Osso temporal
 Porção petrosa (parte timpânica como pirâmide
petrosa)
 Bovinos e carnívoros: fusão com a parte escamosa.
 Forma o fechamento caudoventral do osso temporal
e inclui a orelha interna com a cóclea, o vestíbulo e
os canais semicirculares. Posiciona-se encaixada
profundamente entre a porção temporal timpânica e
a escamosa.
Crânio
 Osso temporal
 Porção timpânica: Situada em sentido rostroventral
à base do osso temporal, contém na bula timpânica a
cavidade timpânica da orelha média.
 Porção dorsal:
 Martelo;
 Bigorna;

 Estribo.
Crânio
 Osso frontal: Posiciona-se de ambos os lados entre o
parietal e o nasal, unido na sutura interfrontal.
 Escama frontal;
 Parte orbital;
 Face temporal;
 Parte nasal.
 Escama frontal: estende-se nos suínos e nos ruminantes, em forma
de cunha entre o osso nasal e o lacrimal, e menos marcada no equino.
Nos carnívoros, limita-se com a escama do osso temporal na margem
da cavidade orbitária.
EQUINO
EQUINO
PUMA – CARNÍVOROS
Ligamento Orbital – ossificado no gato
Crânio
 Osso frontal
 Lâmina da cavidade orbitária: forma a parede
medial da cavidade orbitária, em cuja margem
inferior localiza o forame etmoidal.
 A lâmina da cavidade orbitária transforma-se em
uma superfície pequena e côncava, a face temporal,
que forma as seções rostrais da fossa e, com isso,
oferece superfície de inserção para o músculo
temporal.
Crânio
 Osso parietal: É par, formando entre o
occipital e o frontal superfícies do teto e laterais;
nos bovinos, forma partes da superfície da nuca,
no crânio.
 As faces externas, permitem reconhecer dorsalmente
um plano parietal (no bovino: plano nucal) e, na
parede lateral, verifica-se um plano temporal.
 A face interna do crânio apresenta sulcos vasculares,
depressões e elevações da superfície cerebral.
Crânio
 Osso parietal:
 O processo tentorial sobressai-se na cavidade craniana e
forma, nos carnívoros e nos equinos, o tentório ósseo do
cerebelo com os processos occipital e interparietal.
 Osso interparietal: Osso que posiciona-se
medianamente entre os ossos parietais e o osso
occipital.
 Posteriormente fusiona-se com o occipital e o parietal
permanecendo uma sutura somente no gato.
 Em carnívoros e equinos, forma-se na sua superfície
interna, o processo tentorial, participando assim na formação
do tentório cerebelar ósseo.
Crânio
 Osso etmoide: Posiciona-se na base do nariz
entre as cavidades orbitárias, e é constituído pela
lâmina tectória, dirigida rostralmente pelas
lâminas orbitais pares, pela lâmina orbital e pela
lâmina basal, as quais, unindo-se em uma
disposição tubular formam a lâmina externa.
 Lâmina crivosa:
 Direção a cavidade craniana.
 Lâmina perpendicular óssea:
 Plano mediano
Lâmina
Lâmina
Labirinto Perpendicular
tectorial
etmoidal

Lâmina orbitária

Lâmina Basal
Crânio
 Concha etmoidal: É formada por uma lamela
basal que se fixa na parede externa e na lâmina
crivosa, projetando-se internamente nas
passagens do osso etmóide, enrolando-se como
lamelas em sua direção ventral.
 Endoturbinálias;
 Ectoturbinálias.
Crânio
 Estruturas para os ossos das conchas:
 Endoturbinália
 Para concha nasal dorsal
 Endoturbinália II
 Para concha nasal média
 Maxiloturbinália
 Para a concha nasal ventral
Crânio
 Formação dos meatos nasais:
 Meato nasal dorsal
 Entre o teto nasal e a concha nasal dorsal
 Meato nasal médio
 Entre as conchas nasais
 Meato nasal ventral
 Entre a concha nasal ventral e o assoalho nasal.
Crânio
 Ossos da face: Formam a cavidade nasal, cujas
superfícies ventrais formam, ao mesmo tempo, o
teto da cavidade bucal que tem por base a
mandíbula e o hióide.
Crânio
 Paredes da face:  Assoalho da cavidade
 Dorso do nariz: nasal/teto da cavidade bucal
 Osso palatino par
 Osso frontal par
 Osso maxilar par
 Osso nasal par
 Osso incisivo par
 Parede lateral:
 Osso vômer ímpar
 Osso lacrimal par
 Teto, parede lateral da cavidade
 Osso zigomático par
da porção dorsal da faringe
 Osso maxilar par
 Osso pterigóide par
 Osso incisivo par
 Segmento do vômer
 Osso palatino par
 Osso esfenóide par
Crânio
 Osso nasal: Forma a base óssea do dorso do
nariz e mostra uma face externa plana, côncava
como uma abóbada pouco profunda.
 Osso lacrimal: É um osso pequeno, próximo
ao ângulo medial do olho, em parte na parede
lateral da face e em parte situado na órbita óssea,
e une-se com os ossos frontal, zigomático e
maxilar.
Crânio
 Osso zigomático: Posiciona-se
ventrolateralmente ao osso lacrimal, e auxilia na
formação da cavidade orbitária e no arco
zigomático.
Lacrimal

Maxila

Zigomático
Crânio
 Osso maxilar: É par e forma a base óssea de
grande parte da superfície facial; forma as
paredes laterais da face, a cavidade nasal e bucal,
o teto do palato, unindo-se aos outros ossos da
face.
 Corpo:
 Face externa,
 Face interna,

 Face pterigopalatina,

 Face da cavidade orbitária (felino e equino)


Crânio
 Osso maxilar:
 Processo alveolar,
 Processo palatino,

 Processo frontal (carnívoros),

 Processo zigomático.

 Osso incisivo: Par, consiste de um corpo do


processo alveolar, com exceção dos ruminantes,
nos quais não existe, e do processo nasal.
Crânio
 Osso palatino: Pares situam-se entre a maxila e
os ossos esfenoide e pterigoide.
Crânio
 Vômer: é um osso ímpar que se prolonga da
região das coanas até a cavidade nasal, onde se
fixa à crista nasal mediana no assoalho da
cavidade nasal.
 Osso pterigóide: Osso par está posicionado
como um osso plano entre o esfenóide e a
lâmina perpendicular do palatino e forma o teto,
ou seja, a parede lateral do meato nasofaríngeo.
Mandíbula
 Desenvolve-se de forma par e origina-se no local
do primórdio do primeiro arco branquial e
funde-se medialmente em um plano longitudinal
mediano no ângulo mentoniano através de uma
sínfise intermandibular.
 Corpo da mandíbula que contém os dentes
 Incisivo rostral
 Face labial
 Face lingual
 Parte molar caudal
 Face bucal lateral
 Face lingual medial
Mandíbula
 Ramo da mandíbula: Direciona-se como um osso
plano, para o arco zigomático e contém, na sua face
lateral, a fossa massetérica para a inserção do
músculo masseter, e medialmente, a fossa
pterigóidea para a inserção do músculo pterigódeo
medial.
Mandíbula
eqüino
Mandíbula
Bovino
Mandíbula
cão
Mandíbula
suíno
Osso hioide

Prof.: Dheywid K. M. Silva


Anatomia dos Animais Domésticos I
Osso hioide
 Está situado principalmente entre os ramos da
mandíbula, mas sua parte dorsal estende-se algo
mais caudalmente.
Osso hioide
Equino

 O hioide no sentido
restrito é composto por
três partes:
 Corpo do Hioide = basi-
hioide
 Tireo-hioide
 Cerato-hioide
Osso hioide
 O aparelho de suspensão
é composto pelas:
 Haste proximal do hioide
– timpano-hioide
 Haste média do hioide –
estilo-hioide
 Haste distal do hioide –
epi-hioide
Coluna Vertebral
Coluna Vertebral
 Equino:
 C7 T18 L6 S5 Ca 15-21
 Ruminante:
 C7 T13 L6 S5 Ca 18-20
 Suíno:
 C7 T14-15 L6-7 S4 Ca 20-23
 Carnívoros:
 C7 T13 L7 S3 Ca 20-23
Vértebras Cervicais
Vértebras Cervicais
 Terceira até a sétima
vértebra cervical
 Corpos das vértebras
aumentam em direção
caudal.
 Crista Ventral presente
até a quinta vértebra;
 Extremidade cranial –
Cabeça da vértebra
 Extremidade caudal –
fossa vertebral
Vértebras Cervicais
 Processos espinhosos:
 São pouco desenvolvidos na maioria dos animais
domésticos. Nos equinos, somente a 7ª vértebra
possui esse processo.
 Processos transversos e articulares:
 Forame transverso
 Exceto na sétima vértebra
Vértebras Cervicais
 Tubérculo Ventral:
 Ausente na 6ª vértebra
cervical.
Vértebras torácicas
 Articulam-se umas com as outras contribuindo
na formação da coluna vertebral, com pouca
flexibilidade.
 Herbívoros e suínos exigem longos processos
espinhosos para inserção da musculatura da
cabeça e do pescoço.
Vértebras torácicas
 Características comuns mais marcantes:
 Corpo vertebral curto;
 Processos articulares curtos;

 Espessos processos articulares posicionados juntos;

 Processo espinhoso longo;

 Duas superfícies articulares nas extremidades


caudais, para a articulação das cabeças das costelas, e
no processo transverso, para a tuberosidade costal.
Vértebras torácicas
 Processo espinhoso:
 Carnívoros:
 Aumentam de tamanho gradualmente
 Suínos e ruminantes:
 Aumentam de tamanho até a 3ª vértebra torácica,
decrescem até a 11ª (nos suínos) e até a 12ª (13ª) nos
ruminantes
 Equinos
 Aumenta da 1ª até a 4ª, diminuindo também a partir da
12ª ou 13ª.
Vértebras torácicas
 Vértebra diafragmática ou anticlinal
 Processo espinhoso é quase perpendicular ao eixo
longo do osso
 10ª vértebra no cão
 12ª no suíno e no caprino

 13ª no bovino

 16ª no equino
Vértebras Lombares
 Os processos espinhosos são mais baixos e com
tendência caudocranial e os processos
transversos são longos e planos.
 Bovinos:
 Apresentam os corpos vertebrais de constituição
mais forte.
 Processos espinhosos:
 Inclinação cranial;
 Carnívoros
 Aumentam sua altura da 4ª até a 5ª vértebra;
Vértebras Lombares
 Processos espinhosos
 Bovinos
 Mostram-se na direção caudal
 Pequenos ruminantes
 Posicionam-se verticalmente
Vértebras Lombares
 Processos transversos:
 Carnívoros e suínos:
 Orientados cranioventralmente
 Ruminantes e equinos
 Orientados horizontalmente
Canino
Vértebras Lombares
 O espaço existente entre a ultima vértebra
lombar e a primeira sacral, designado espaço
lombossacral.
 Local para injeções e punções; nos gatos o espaço
seguinte também pode ser usado.
Vértebras sacrais
 As vértebras do osso sacro são ossificadas em uma
unidade ou osso sacro, assim como os discos
intervertebrais.
 União completa
 Carnívoros e suínos
 Após 1,5 anos
 Ruminantes
 Após 3 ou 4 anos
 Equinos
 Após 4 a 5 anos
Vértebras sacrais
 Osso Sacro
 Carnívoros
 Quadrangular
 Outras espécies
 Triangular

Vista Dorsal
Vértebras Caudais
 As vértebras caudais diminuem de tamanho até a
extremidade da cauda e, ao mesmo tempo,
perdem as características marcantes de uma
vértebra, desaparecendo o arco e os processos.
Vértebras Caudais
Vértebras Caudais
Ossos do tórax

Prof.: Dheywid K. M. Silva


Anatomia dos Animais Domésticos I
Ossos do tórax
 São as vértebras torácicas, as costelas e o
esterno.
Costelas
 Formam a parede óssea lateral da cavidade
torácica, sendo que há entre elas os espaços
intercostais.
 Costelas Esternais: São as primeiras 7 até 9
costelas craniais conectadas diretamente com o
esterno através do seu prolongamento
cartilaginoso distal.
Costelas
 Costelas asternais (falsas): Costelas caudais,
que indiretamente encontram conexão com o
esterno através das cartilagens costais.
 Costelas flutuantes: Quando o último par de
costelas termina livre na parede corpórea lateral,
sem uma fixação cartilagínea.
Costelas
Costelas
 Número de costelas:
 Carnívoros: 12 a 14;
 Suínos: 13 a 15;

 Ruminantes: 13;

 Equino: 18.
Costelas
 Corpo da costela
 Carnívoros:
 São mais encurvadas que as dos outros animais
domésticos, sendo que o comprimento da costela
aumenta até a 10ª, diminuindo a partir daí. A superfície
das costelas craniais é plana, e a das caudais, ao contrário,
é arredondada.
Costelas
 Corpo da costela
 Suínos:
 A 2ª, 3ª e 4ª costelas são planas e mostram-se estreitas,
tornando-se finas em sentido caudal. A 1ª costela do suíno
é bastante espessada na extremidade esternal e se articula
com a costela oposta por uma cartilagem costal.
 Bovinos:
 São planas e amplas na extremidade esternal. Entre a 6ª e
a 8ª costelas, encontram-se as mais largas, entre a 7ª e a
10ª, estão as mais longas.
Costelas
 Corpo da costela
 Equinos:
 A curvatura das costelas aumenta constatemente até a 11ª.
As costelas aumentam em direção crânio-caudal em
largura e espessura.
Esterno
 É composto por alguns segmentos ósseos que
gradualmente se fundem, em grande parte
devido à ossificação da cartilagem juncional, que
se posiciona entre eles.
 Manúbrio;
 Corpo do esterno;

 Processo xifóide
Esterno
 Corpo do esterno:
 Carnívoros:
 Forma cilíndrica
 Ruminantes:
 Estreito e plano
 Equinos
 Forma de uma quilha

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