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Brazilian Journal of Development 17023

ISSN: 2525-8761

Traumatismo cranioencefálico (TCE): intervenção fonoaudiológica

Traumatic brain injury (TCE): speech therapy intervention

DOI:10.34117/bjdv8n3-102

Recebimento dos originais: 09/02/2022


Aceitação para publicação: 09/03/2022

Gabriela Paes Aguiar de Oliveira


Formação Superior em Fonoaudiologia
Instituição: Centro Universitário Fluminense (UNIFLU), Campos dos Goytacazes-RJ
Endereço: R. Mal. Deodoro, 53-1, Centro, Campos dos Goytacazes-RJ, CEP:28010-280
E-mail: fono.gabrielapaes@gmail.com

Cristiane Rangel Meneses


Fonoaudióloga do Hospital Público Municipal de Macaé
Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Endereço: Est. Anderson Ferreira Filho,8500,Nova Cidade, Macaé-RJ,CEP: 27949-100
E-mail: fga.cristianemeneses@gmail.com

Elizabeth Matilda Oliveira Williams


Doutoranda em Cognição e Linguagem (UENF)
Instituição: Centro Universitário Fluminense (UNIFLU)
Endereço: Rua Dr. Luís Belegar, 192, Imbetiba, Macaé-RJ, CEP: 27913-260
E-mail: fgabethwilliams@hotmail.com

RESUMO
O Traumatismo Cranioencefálico (TCE) constitui a principal causa de óbitos e sequelas
em pacientes com lesão cerebral. Entre as principais causas estão: acidentes
automobilísticos, quedas, assaltos, agressões e esportes. OBJETIVO: analisar artigos por
meio de revisão da literatura científica, causas do TCE e seus comprometimentos no
paciente e a reabilitação fonoaudiológica. MÉTODO: foi realizado uma revisão de
literatura a cerca de trabalhos científicos que abordassem a atuação fonoaudiológica em
pacientes acometidos por Traumatismo Cranioencefálico e seus comprometimentos, com
seleção das publicações julgadas relevantes. Uma obra referenciada no trabalho foi
encontrada em um site específico. Foram incluídas referências de livros-texto, artigos de
periódicos nacionais e internacionais. CONCLUSÃO: No presente estudo foi notado uma
grande falta de referência no que se refere a atuação fonoaudiológica no Traumatismo
Cranioencefálico especificamente e também a escassez de fonoaudiólogos nos serviços
de urgência e emergência. É importante salientar que cada paciente deve ser visto de
forma diferenciada. Cada indivíduo afetado por TCE apresenta um padrão especifico de
alterações; por tanto, a reabilitação deverá adaptar-se ás necessidades de cada paciente,
levando em conta as repercussões pessoais, familiares, e sociais, em cada situação.

Palavras-chave: fonoaudiologia, traumatismo cranioencefálico, reabilitação.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 17023-17031 mar., 2022.


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ABSTRACT
Cranio-encephalic trauma (TBI) is the leading cause of death and sequelae in patients
with brain injury. Among the main causes are: automobile accidents, falls, assaults,
aggressions and sports. OBJECTIVE: To examine the association between hearing loss
and low self-esteem in the elderly. METHOD: a literature review was carried out on some
scientific papers that deal with the speech - language pathology of patients with
cranioencephalic trauma and their impairments, with a selection of the publications
considered relevant. A work referenced in the work was found on a specific website.
References of textbooks, articles of national and international periodicals were included.
CONCLUSION: In the present study, there was a great lack of reference regarding
speech-language pathology in traumatic brain injury specifically, as well as the shortage
of speech-language pathologists in the emergency and emergency departments. It is
important to note that each patient should be seen differently. Each individual affected by
TBI has a specific pattern of changes; therefore, rehabilitation should adapt to the needs
of each patient, taking into account the personal, family and social repercussions in each
situation.

Keywords: speech therapy, traumatic brain injury, rehabilitation.

1 INTRODUÇÃO
A Brain Injury Association - Associação de Lesão Cerebral (BIA) (2000), define
TCE como uma lesão ao cérebro, não degenerativo ou congênito, provocado por uma
força física externa. Tal lesão pode produzir um estado alterado ou diminuído de
consciência, causando deficiências dos desempenhos cognitivo, comportamental,
emocional ou físico. O TCE é normalmente provocado por uma carga dinâmica ou
impacto na cabeça, fruto de pancada local ou proveniente de movimentos repentinos
produzidos por pancada em outras partes do corpo. Essa carga pode resultar em qualquer
combinação de compressão, expansão, aceleração, desaceleração e rotação do cérebro
dentro do crânio. As lesões primárias são aquelas que ocorrem no momento do trauma,
enquanto as lesões secundárias vão decorrer após o acidente que resulta na interação intra
e extracerebrais (MACEDO, 2006).
As pessoas acometidas por TCE podem apresentar incapacidades temporárias ou
permanentes. A principal consequência é a lesão cerebral em decorrência do edema ou
sangramento devido ao trauma, que resulta no aumento da pressão intracraniana,
ocasionando sequelas diversas cuja gravidade relaciona-se à área atingida.
Tais sequelas instaladas pelos acometimentos nessa região podem causar impacto
na comunicação, no que diz respeito à fala, voz, leitura, escrita, memória, compreensão e
também na alimentação, como as disfagias, reduzindo a qualidade de vida das vítimas.

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Dessa forma, são fundamentais o diagnóstico e cuidados multiprofissionais,


sempre que necessários, com o objetivo de minimizar esses danos à saúde. Dependendo
do local da lesão e do grau de acometimento, a vítima demandará a reabilitação
fonoaudiológica.
Segue a Tabela de ref. Da Escala Rancho Los Amigos M. BRENNAN, Paul; D.
MURRAY, Gordon; M. TEASDALE, Graham. Simplifying the use of prognostic
information in traumatic brain injury: Part 1: The GCS-Pupils score: an extended index
of clinical severity, Journal Of Neurosurgery, 2018. (Acesso em: 30 abril 2018).

Tabela 1

2 REFERENCIAL TEÓRICO
As principais alterações fonoaudiológicas no Traumatismo Cranioencefálico são
de disfagia e fonoarticulação (VILANOVA; BANDEIRA; MAGALHÃES, 2009).

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O fonoaudiólogo tem como objetivo ajudar o paciente a melhorar as suas


habilidades comunicativas e outros problemas, como as dificuldades de alimentação e
deglutição.
A realização de uma avaliação detalhada é importante para o fonoaudiólogo
nortear as terapias. Muitas vezes a avaliação fonoaudiológica da deglutição é solicitada
após 48 horas da extubação do paciente. Neste momento cabe ao fonoaudiólogo
responsável, junto com a equipe médica, avaliar as condições de estabilidade geral do
paciente para a realização do procedimento fonoaudiológico (VILANOVA; BANDEIRA;
MAGALHÃES, 2009).
A reabilitação tem como objetivo fundamental a assistência á pessoa afetada, com
a finalidade de facilitar seu processo de recuperação, ajudando-a a adaptar – se á sua
situação, a viver de forma produtiva e independente e conseguir uma qualidade de vida
mais satisfatória possível (DILLER E BEN-YISHAY, 1987).
O processo de cuidado e reabilitação após o TCE é geralmente longo e
caracterizado por três fases, como já apresentado anteriormente (CHESNUT, et al. 1999a;
CHESNUT, et al., 1999b; MAZAUX; RICHER, 1998):
a) Reabilitação aguda no hospital no qual foi atendido logo após o trauma, com o objetivo
de garantir a sobrevida da pessoa e evitar maiores complicações;
b) Reabilitação subaguda, ainda durante a internação, com o objetivo de reduzir os
prejuízos do TCE, aumentar a independência física, cognitiva e psicossocial, compensar
a deficiência e minimizar o sofrimento;
c) Reabilitação ambulatorial, na fase crônica, que além de dar continuidade aos objetivos
estabelecidos na fase subaguda no contexto fora do hospital, tem como foco reintegra a
pessoa na comunidade e manter a qualidade de vida.
Farage et al. (2002); Macedo (2006), afirma que a lesão, pode ser classificada de
grau leve, moderado ou grave. Fulk e Geller (2004) classifica a lesão traumática em focal
e difusa, aberta e fechada. Permite, portanto, a construção de um parâmetro mensurável
sobre a evolução do quadro clínico do paciente. Para avaliar o nível de consciência, a
escala utilizada é a escala de Glasgow (Glasgow Coma Scale, GCS) (TEASDALE e
JENNETT, 1974).
Tal recurso tão importante passou por uma atualização em abril de 2018, com a
finalidade de dar mais precisão ao resultado do exame. A modificação mais recente foi
uma tentativa de obter melhores informações sobre o prognóstico no traumatismo

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cranioencefálico, incluindo a probabilidade de morte, já que o estudo realizado pelos


pesquisadores revelou maior precisão na análise do estado de saúde do paciente.
Criada por Graham Teasdale e Bryan J. Jennett, do Instituto de Ciências
Neurológicas de Glasgow, em 1974, a Escala de Coma de Glasgow consiste na avaliação
da (1) Abertura Ocular, (2) Resposta Verbal, (3) Melhor resposta motora.
Com a atualização de 2018, acrescenta-se à escala a análise da Reatividade Pupilar. Essa
deve ser verificada após a avaliação dos três outros fatores e o resultado deve ser subtraído
do valor obtido anteriormente. A pontuação oscila entre o mínimo de 3 e o máximo de
15). S
Segundo Teasdale e Jennett (1974), o estado de coma se define como a ausência
de abertura ocular, a incapacidade para obedecer ordens e a dificuldade para dar alguma
resposta verbal compreensível.
Outra escala utilizada é a Escala Rancho Los Amigos de Nível Cognitivo e
Conceitual (Rancho los Amigos Scale of Cognitive Level and Expected Behavior)
(Haven, 1984), é um instrumento de trabalho utilizado pela equipe de reabilitação. Os
oito níveis descrevem padrões ou estágios de recuperação típicos vistos após o TCE.
A escala auxilia a equipe a entender e focalizar as habilidades mentais do
indivíduo e programar um tratamento adequado. Cada pessoa evoluirá de uma forma,
dependendo da severidade, do tempo, e do local da lesão. Alguns passarão por cada um
dos oito níveis, enquanto outros evoluirão até um certo estágio e nele permanecerão.
Foi realizada uma revisão de literatura a cerca de trabalhos científicos que
abordassem a atuação fonoaudiológica em pacientes acometidos por traumatismo
cranioencefálico, com seleção das publicações julgadas relevantes. Inicialmente, foram
consultadas as bases de dados PUBMED, Bireme, LILACS e MEDLINE, utilizando-se
as palavras-chave "TCE”, “fonoaudiologia”, “reabilitação”, em diferentes combinações,
sem restrição de data. Na medida em que a pesquisa prosseguia, referências bibliográficas
importantes, citadas nos documentos já pesquisados, também foram consultadas. Com
base nos textos selecionados, realizou-se uma análise crítica e comparativa dos dados
obtidos.

3 INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
É de fundamental importância que do fonoaudiólogo na intervenção o mais
precocemente possível. O tratamento de fonoaudiologia deverá ser realizado em
coordenação com toda a equipe de reabilitação, dedicando, além disso, uma especial

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atenção a informar e orientar a família. A alimentação e a comunicação são bases


importantíssimas para ter uma vida saudável.
Considera-se importante potencializar, sempre que for preciso, a colaboração dos
familiares e amigos, no tratamento, a tal ponto que podem ser positivas suas presenças
em algumas sessões, nas quais, dirigidos pelo fonoaudiólogo, podem participar de
maneira muito ativa. Isto será especialmente útil em relação aos aspectos da linguagem,
como vocabulário, morfossintaxe e pragmática. Em relação aos aspectos motores, o
fonoaudiólogo pode determinar, em cada caso, a necessidade de colaboração, mas, muito
provavelmente, sua participação será necessária.
Nos casos mais graves, especialmente, são trabalhados diferentes aspectos
sensoriais, relacionados com o tato, o olfato, a visão, o paladar, o movimento e a audição,
por meio de diferentes estímulos sonoros (sinos, instrumentos musicais, música, palmas,
vozes familiares, etc.) Considerando-se a atuação do fonoaudiólogo junto ao paciente
com TCE, é valido destacar:
a) Realizar uma avaliação de linguagem dentro de um diagnóstico, em que dados dá
história do paciente (anamnese), da avaliação propriamente dita e do quadro neurológico
sejam compatíveis;
b) Atuar numa equipe multiprofissional sempre que possível e, com relação á
Fonoaudiologia, ter ciência absoluta das manifestações que o paciente apresenta, sabendo
interpretá-las em conjunto, e planejando a terapia, considerando os objetivos a serem
alcançados, a curto, médio e longo prazos.
c) Envolver o paciente e intervir de forma adequada junto a família, sempre orientando e
ouvindo o que ela tem a dizer, tanto em relação ás angustias frente as manifestações do
paciente e de como agir com ele, bem como esclarecendo os objetivos do trabalho, seus
limites e suas possibilidades.
A prevalência de disfagia em pacientes vítimas de TCE pode chegar a mais de
50%. O rebaixamento do grau de cognição, do nível de consciência, da capacidade de
comunicação e do controle motor são fatores que costumam indicar comprometimento do
desempenho da deglutição e alertar para necessidade de uma avaliação mais detalhada.
Da mesma forma, pacientes traqueostomizados e com ventilação mecânica por
mais de duas semanas também tem maior risco de apresentar alterações nessa tarefa.
Déficits no controle da motricidade da língua e do bolo alimentar, com aumento
do tempo de transito oral, foram as alterações mais comumente detectadas. A aspiração

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traqueal é fenômeno comum e pode ocorrer de forma silenciosa, especialmente nos casos
em que há alteração do grau de consciência.
A avaliação precoce, com mudanças na via de alimentação, consistência alimentar
e de estratégias durante a alimentação, pode evitar contaminação da via respiratória com
posterior desenvolvimento de pneumonia aspirativa.
A terapia fonoaudiológica auxilia, diretamente, esta recuperação, proporcionando
alimentação mais segura, por meio do trabalho de reabilitação, adaptação e
gerenciamento da função de deglutição (ROGÉRIO A. DEDIVITIS, PATRICIA P.
SANTORO, LICA ARAKAWA-SUGUENO – 2007).
As sequelas sensório-motoras do TCE podem prejudicar a comunicação do
indivíduo, afetando sua capacidade de produzir a fala de maneira inteligível. Isso ocorre
quando o trauma compromete áreas do cérebro responsáveis pelo controle da execução
dos movimentos necessários à produção da fala, provocando um distúrbio neuromotor
denominado disartria.
Esse distúrbio é caracterizado por lentidão, fraqueza e/ou incoordenação da
musculatura relacionada a esta função e tem como principal manifestação a redução da
inteligibilidade da fala, que limita a atividade comunicativa do falante e sua participação
social (SPENCER et al., 2006; DYKSTRA; HAKEL; ADAMS, 2007; GUO; TOGHER,
2008).
É importante considerar que a pessoa com TCE também pode sofrer com as
sequelas decorrentes de danos a sua audição. As lesões podem afetar desde as estruturas
periféricas (orelha, nervo auditivo) até as regiões do cérebro responsáveis pelo
processamento dos sons, com repercussões negativas sobre as habilidades do indivíduo
para detectar e interpretar a informação auditiva recebida (MUNJAL; PANDA;
PATHAK, 2010a, 2010b).
A alteração linguística mais frequente após um TCE é a anomia ou dificuldades
em denominar ou evocar o nome de objetos comuns. Em um estudo realizado por Levin
e Cols (1976), contatou-se que quase 50% dos pacientes tem dificuldades de
denominação, enquanto que 33% apresentaram comprometimento da compreensão
verbal. Indicou-se que o grau de comprometimento linguístico está relacionado com a
gravidade do traumatismo.
Os pacientes afetados por TCE podem apresentar uma ampla variedade de
transtornos de memória, atenção, velocidade de processamento, percepção, etc... Que em
conjunto com as alterações da linguagem e da comunicação afetarão, de forma especifica,

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cada paciente e precisarão de uma abordagem terapêutica, adaptada a cada indivíduo. Os


problemas de linguagem podem referir-se a um ou a vários de seus componentes, como
a fonologia, a morfossintaxe, a semântica e a pragmática.
Às vezes, também há problemas motores quanto á articulação da voz, prosódia,
deglutição, e nos elementos para verbais da linguagem, como na forma de ocupar o
espaço, o contato ocular, a mímica facial, os gestos, etc. Estes problemas afetarão, de uma
forma ou de outra, a comunicação do paciente com o seu ambiente. Por isto, é importante
levar em consideração as possibilidades de comunicação do paciente, em seu ambiente
familiar e em seus contextos de interação, como os amigos e a sociedade em geral.

4 CONCLUSÃO
O TCE pode levar além da disfagia, sequelas e várias alterações de fala e
linguagem. O que agrava o quadro clínico e prolonga o período de permanência do
sujeito na instituição, sendo de extrema importância a atuação precoce do fonoaudiólogo
nos serviços de urgência e emergência, a fim de potencializar o processo de reabilitação.
Cada indivíduo afetado por TCE apresenta um padrão especifico de alterações;
por tanto, a reabilitação deverá adaptar-se ás necessidades de cada paciente, levando em
conta as repercussões pessoais, familiares, e sociais, em cada situação. Em geral,
considera-se importante iniciar a reabilitação, o quanto antes, após o traumatismo, com a
finalidade de melhorar ao máximo as possibilidades de recuperação do paciente.
A reabilitação tem como objetivo fundamental a assistência á pessoa afetada, com
a finalidade de facilitar seu processo de recuperação, ajudando-a a adaptar-se á sua
situação, a viver de forma produtiva e independente e de conseguir uma qualidade de vida
mais satisfatória possível.
As consequências dos transtornos, que surgem após um TCE, repercutem, não
apenas na pessoa afetada, mas também nos seus familiares; por isso, é fundamental
assistir e orientar a família, durante todo o processo de reabilitação. No presente estudo
foi notado uma grande falta de referência no que se refere a atuação fonoaudiológica no
traumatismo cranioencefálico especificamente e também a escassez de fonoaudiólogos
nos serviços de urgência e emergência.
É importante salientar que cada paciente deve ser visto de forma diferenciada. São
necessários novos estudos e pesquisas para que apontem desfechos e instalem de um
modo geral a consciência da importância da fonoterapia e intervenção dos pacientes em
leitos hospitalares e UTI.

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