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HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS CONTEMPORÂNEAS

(José Flávio Sombra Saraiva, 2017)

CAPÍTULO 4: A INSTABILIDADE INTERNACIONAL (1919 - 1939)

BRUNA VIANA, HÉLIO SIQUEIRA, JÚLIA BASSO, LUÍS GUILHERME E NICOLAS LEAN
SUMÁRIO:
4.1 A REGULAMENTAÇÃO DA PAZ E AS FALHAS DA ORDEM
4.1.1 A Conferência da paz: decisões inadequadas
4.1.2 Nova situação econômica para algumas potências
4.2.3 Novas concepções e objetivos de política exterior

4.2 EUROPA: A ZONA DE ALTA PRESSÃO


4.2.1 Difícil aplicação das decisões de paz
4.2.2 A Sociedade das Nações: uma esperança fugaz
4.2.3 A crise econômica: efeitos internacionais

4.3 AS NOVAS GRANDES POTÊNCIAS: UNIÃO SOVIÉTICA, JAPÃO E ESTADOS UNIDOS NO SISTEMA
INTERNACIONAL
4.3.1 Desativar a herança de guerra
4.3.2 Controlar a Segurança mundial
4.3.3 Fazer da América uma fortaleza econômica
4.3.4 Consolidar a base continental

4.4 ÀS MARGENS DO SISTEMA INTERNACIONAL: REGIÕES TRANQUILAS, REGIÕES DOMINADAS


4.4.1 A América Latina: zona de paz
4.4.2 África e Ásia: colônia, independência ou revolução?

4.5 CONVERGINDO PARA O CONFLITO MUNDIAL (1933- 1939)


4.5.1 Ditaduras e democracias toleram-se
4.5.2 A escala da violência
4.1. A REGULAMENTAÇÃO DA PAZ E AS FALHAS DA ORDEM

John Singer Sargent - Gassed


OS PONTOS QUE TORNARAM A PAZ INSUSTENTÁVEL NA EUROPA, A LONGO PRAZO

➔ A conferência da paz de janeiro de 1919 tinha muitas falhas.

➔ Havia 27 que coligaram contra a Alemanha e seus aliados e isso sempre tornava o discurso
mais difícil.

➔ Por isso foi necessário criar um mecanismo que se chamava de os 5 grandes, (USA, UK,
França, Itália e Japão) que se reuniam para discutir seções úteis.

➔ Os vencidos foram excluídos das negociações.

➔ O problema do revanchismo Francês que atrapalhou a concepção idealista dos americanos.


OS 14 PONTOS DA PAZ QUE WILSON APRESENTOU À ALEMANHA
1.º Pactos abertos (acordos) de paz a serem alcançados abertamente, sem acordos secretos;
2.º Livre navegação absoluta, além das águas territoriais, tanto na guerra como na paz, exceto quanto a liberdade de
navegação fosse cessada, em parte ou no seu todo, por execução de pactos internacionais;
3.º Remoção de todas as barreiras econômicas e estabelecimento de igualdade de condições de comércio entre todas as
nações consentâneas à paz e à sua manutenção;
4.º Redução das armas nacionais ao mínimo necessário à segurança interna;
5.º Ajustes livres imparciais e abertos às reivindicações das colônias;
6.º Evacuação das tropas alemãs da Rússia, e respeito pela independência da Rússia;
7.º Evacuação das tropas alemãs da Bélgica;
8.º Evacuação das tropas alemãs da França, inclusive da contestada região da Alsácia-Lorena;
9.º Reajuste das fronteiras italianas dentro de linhas nacionais claramente reconhecíveis;
10.º Autogoverno limitado para o povo austro-húngaro;
11.º Evacuação das tropas alemãs dos Bálcãs e independência para o povo balcânico;
12.º Independência para a Turquia e autogoverno limitado para as outras nacionalidades até então vivendo sob o Império
Otomano;
13.º Independência para a Polônia;
14.º Formação de uma associação geral de nações, sob pactos específicos com o propósito de fornecer garantias mútuas
de independência política e integridade territorial, tanto para os Estados grandes como para os pequenos.
PONTOS FALHOS DO TRATADO

➔ A França conseguiu uma posição de vantagem frente aos outros membros.

➔ Uma Europa novamente desenhada (Tchecoslováquia. Iugoslávia, Romênia e Polônia).

➔ Entre 1919 e 1920 foram firmados 5 grandes tratados de paz e todos eles tinham o
mesmo objetivo de criar uma sociedade das nações (Versalhes, Saint Germain, Trianon,
Neuilly e Sèvres).

➔ EUA, Brasil, Índia, África do Sul, Japão e Egito foram as delegações não europeias que
tentaram ajudar na criação de uma paz duradoura na Europa, Porém os europeus
barraram todas as tentativas de uma negociação vinda de fora, até mesmo dos EUA.
A PAVIMENTAÇÃO PARA UMA NOVA GUERRA

➔ NUNCA IGNORE UM BOM ECONOMISTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Keynes anuncia que o tratado de


Versalhes era falho e fadado ao fracasso.

➔ Wilson perde as eleições e os EUA voltam ao seu isolacionismo.

➔ O Isolacionismo, Fascismo, Comunismo, Nacionalismo e Pacifismo ganharam forças ao


mesmo tempo.
4.2. EUROPA: A ZONA DE ALTA PRESSÃO
4.2.1. DIFÍCIL APLICAÇÃO DAS DECISÕES DE PAZ

As Guerras Mundiais - tiveram influências além das fronteiras europeias? Foram Mundiais?
“A ordem de Versalhes revelou-se inviável para administrar, na Europa, a herança da guerra, ou
seja, para garantir a aplicação dos tratados. Era uma lei dura, incompleta e insuportável para os
vencidos, além de mal defendida pelos aliados e esquecida pelos Estados Unidos, o maior entre
os aliados. Faliu e deu lugar à nova diplomacia a partir de 1925”. (Saraiva, 2007, p. 140)
É interessante destacar:
Tratado de Rapallo (1922) - Alemanha X União Soviética.
Desocupação da Alemanha pelos aliados (1925) - mediante ao não rearmamento da mesma.
4.2.2. A SOCIEDADE DAS NAÇÕES: UMA ESPERANÇA FUGAZ

Sociedade das Nações

- Falhas e Conquistas. Quais foram?

Conferência de Locarno (1925) Fonte: History@Kingston

- Stresemann e Briand. Os passos para


reabilitação moral da Alemanha.

O Triângulo financeiro da paz

- Eixo Estados Unidos e Europa.

Fonte: Wikipédia
4.2.2. A SOCIEDADE DAS NAÇÕES: UMA ESPERANÇA FUGAZ

Fonte: Diário Causa Operária


O PERÍODO DE HARMONIA FINDA-SE, SE É QUE SEQUER EXISTIU…

GGG

Calmaria antes da tempestade, 1870 - Jules Mar Agitado, 1870 - Jules Depre.
Depre.
4.2.3. A CRISE ECONÔMICA: EFEITOS INTERNACIONAIS

Crise de 1929:
“O capitalismo desmoronou: individualismo, livre iniciativa e mercado cedem o passo ao
nacionalismo econômico, ao protecionismo alfandegário e à autarcia política.” (Saraiva, 2007, p.
145)
Os extremismos políticos ganhavam força enquanto “fatores de solução”.
Para além do craque da bolsa de valores: a prática hostil de buscar soluções nacionais para
problemas internacionais.
Conferência do Desarmamento (Genebra, 1932)
Conferência Econômica Internacional de Londres (1933) - tentativa de findar um sistema em
que políticas nacionalistas determinavam as “soluções” para problemas internacionais.
Evidentemente, tal conferência não obtivera sucesso.
4.3. AS NOVAS GRANDES POTÊNCIAS: UNIÃO SOVIÉTICA, JAPÃO E
ESTADOS UNIDOS NO SISTEMA INTERNACIONAL (1919 - 1933)

União Soviética: defesa contra o “cerco capitalista” e distância de conflitos externos.

Revolução Russa – Triunfo bolchevique (1917) + Terceira Internacional (1919 - 1943)

Nova Política Econômica (NEP) - Lenin, 1921

Política Exterior: tranquilidade interna e segurança externa.

Stalin: o capitalismo não iria resistir.

– descrença na revolução não controlada pela URSS e mundial.


Fonte: Brasil de Fato
Artista: Lev Brodarty

Obra: "Trabalhadoras, peguem os rifles"

Ano: 1917

Fonte: Opera Mundi


4.3. AS NOVAS GRANDES POTÊNCIAS: UNIÃO SOVIÉTICA, JAPÃO E ESTADOS UNIDOS
NO SISTEMA INTERNACIONAL (1919 - 1933)

Japão: necessidades regionais – mercado para seus excedentes industriais; penetração pacífica
para imperialismo tardio > final do período.

EUA e a contenção do expansionismo japonês: impediu renovação da aliança anglo-japonesa


(1902); limitação da força naval japonesa; Japão assumindo o compromisso de respeitar a
independência da China e status quo para as ilhas do Pacífico.

Política Exterior: confronto à ordem internacional (1930)

Saída da era Meiji > Imperialismo (1930): partidos sucumbindo, classe dirigente dominava,
agressividade do exército, coerção norte-americana, inflação demográfica, insuficiência de
matérias-primas, impossibilidade de exportar (protecionismo) e dificuldade de importar (baixa
capacidade financeira).

Invasão da Manchúria (1931)


Mapa da região
Tropas japonesas marchando até
Tsitsihar em novembro de 1931.

Fonte: Wikipedia
4.3. AS NOVAS GRANDES POTÊNCIAS: UNIÃO SOVIÉTICA, JAPÃO E ESTADOS UNIDOS
NO SISTEMA INTERNACIONAL (1919 - 1933)

Estados Unidos: economia – proteção do mercado + abertura de mercados alheios; segurança –


elevação da capacidade estratégica e contenção de outras nações.

Ostentavam a imagem do sucesso e do bem-estar (até 1929)

Política Exterior: isolacionista e supremacia do país sobre o resto do mundo.

“As linhas da política exterior norte-americana, evidenciaram, com efeito, uma atuação concreta e
multidirigida: Rejeitado o Tratado de Paz e a adesão à liga, conclui-se, em 1921, a paz em
separado com a Alemanha (...)” (Saraiva, 2012, p.150)

Muralha humana: limitaram a imigração e proibiram a entrada de japoneses.

Tratados de Washington (1921-1922): conter o expansionismo japonês na China e no Pacífico


Oriental
“POLÍTICA DO GRANDE PORRETE” (big stick) - 1904
4.4. ÀS MARGENS DO SISTEMA INTERNACIONAL: REGIÕES TRANQUILAS,
REGIÕES DOMINADAS

4.4.1. A América Latina: zona de paz

➔ Após o término da Primeira Guerra Mundial e a


Crise de 29, na América Latina, ocorreram muitas
mudanças em suas relações internas e em suas
externas.
➔ A projeção hegemônica política e econômica
estadunidense sobre a América Latina começará,
neste período, por meio da Doutrina Monroe e da
aplicação dos mesmos meios de dominação que os
europeus aplicaram na região. Assim, o polo das
relações internacionais da região migraram da
Europa para os Estados Unidos da América.
Fonte: Toda Matéria
Fonte: Wikipedia Fonte: Adrian Nunes
4.4.1. A AMÉRICA LATINA: ZONA DE PAZ

➔ No entanto, as nações da América Latina expressadas,


por exemplo, pela Confederação Pan-Americana,
repudiaram a projeção hegemônica norte americana em
sua face republicana na região. A situação só mudará
quando, em 1933, acontecerá a marcha de Roosevelt.
Assim, consolidou-se a integração política no continente
americano e a adesão de alguns países latinos
americanos republicanos na Sociedade das Nações.
➔ O repúdio da hegemonia americana converteu-se em
afirmações de reconhecimento e não-intervenção nesta
Música de Residente
sociedade. Além disso, os Estados Unidos mudará a sua
política: passará a ser mais negociador, promovendo
conferências para apaziguar impasses diplomáticos na
América Latina, assim, caracterizando a região.
Imagens da obra audiovisual: “THIS IS NOT AMERICA”
Fonte: Adoro Cinema Fonte: Processo Com
4.4.2. ÁFRICA E ÁSIA: COLÔNIA, INDEPENDÊNCIA OU REVOLUÇÃO?

“A colônia não era sujeito das relações internacionais e sua dependência verifica-se nas esferas
política, econômica e cultural” (Saraiva, 2012, p.154).

➔ Foram impostos status de inferioridade aos domínios, por isso, não interagiam de forma
autônoma no sistema internacional. Muitos desses domínios não eram contemplados por
direitos internacionais e tiveram esse status mantido pelos diferentes meios internacionais,
inclusive pela Sociedade das Nações.
➔ No entanto, entre as guerras, o império britânico configurou-se em “commonwealth” e os
domínios passaram a enviar soldados para apoiar a metrópole nos conflitos. Na
Conferência da Paz, só então, os domínios ganharam notoriedade no sistema
internacional, assinando o Tratado de Paz e ingressando na Sociedade das Nações apesar
de alguns países manterem, naquele momento, o status de colônia.
4.4.2. ÁFRICA E ÁSIA: COLÔNIA, INDEPENDÊNCIA OU REVOLUÇÃO?

“Antes de 1914, as potências europeias não estavam dispostas de abrirem mão suas colônias e
estavam dispostas a carregar o “ fardo do homem branco” - dominar para civilizar- por mais
tempo. Sem movimentos nacionais organizados, regiões na África e na Ásia eram esquecidas
pela política internacional,permanecendo fora da complexa atividade diplomática.” (Saraiva, 2012,
p.154).

➔ A situação que até então era vigente no sistema internacional mudará somente com a
revolução turca e chinesa. Desde então, diferentes colônias buscaram a independência.
Vale destacar que a posse de colônias, principalmente do Oriente Médio e da África,
causaram impasses diplomáticos entre as nações europeias.
Fonte: Wikipedia Fonte: Ilustração de G. Dasher
Fonte: MST
Fonte: Sony Pictures Brasil
O FARDO DO HOMEM BRANCO

“Tomai o fardo do Homem Branco Enviai


vossos melhores filhos Ide, condenai seus
filhos ao exílio Para servirem aos vossos
cativos; Para esperar, com chicotes
pesados O povo agitado e selvagem
Vossos cativos, tristes povos, Metade
demônio, metade criança.
Tomai o fardo do Homem Branco Continuai
pacientemente Ocultai a ameaça de terror
E vede o espetáculo de orgulho; Ao
discurso direto e simples, Uma centena de
vezes explicado, Para buscar o lucro de
outrem E obter o ganho de outrem. [...]”
Fonte: Wikipedia
Fonte: Casa Comum Fonte: Toda Matéria
4.5. CONVERGINDO PARA O CONFLITO MUNDIAL (1933- 1939)
4.5.1. DITADURAS E DEMOCRACIAS TOLERAM-SE

“A ascensão de Adolf Hitler ao governo alemão, em janeiro de 1933, não foi percebida pelos
outros Estados como um turning point das relações internacionais, no entanto o era. Significava
um ardente nacionalismo no poder e uma nova concepção de relações internacionais que
rejeitava a igualdade dos povos e dos indivíduos, desprezava os tratados, pretendia dominar -
fosse pela esperteza ou pela violência - ,...”(Saraiva, 2007, p. 156)

Nesse período as ditaduras se tornaram maioria na Europa. O ditador encarnava a imagem da


nação para justificar a política externa

“Diplomacia-espetáculo” - feita de êxitos chocantes e não era incompatível com a diplomacia


secreta
4.5.1. DITADURAS E DEMOCRACIAS TOLERAM-SE

Projetos de expansão das ditaduras:

Hitler: anexação de territórios que houvessem alemães ao III Reich, começando pela Áustria, e
eliminar os judeus e bolchevistas da região.

Fonte: Wikipédia
4.5.1. DITADURAS E DEMOCRACIAS TOLERAM-SE

Mussolini: controlar o mediterâneo e do mar adriático

Fonte: Declaração1948
4.5.1. DITADURAS E DEMOCRACIAS TOLERAM-SE

Império japonês: expansão japonesa na Ásia, para ter acesso a matérias-primas, criação de
mercados e exportação

Fonte: História Militar Online


4.5.1. DITADURAS E DEMOCRACIAS TOLERAM-SE

Contrapeso para o projeto expansionista das ditaduras: Às democracias europeias e as duas


potências não surgiram conseguiram contrapor o projeto expansionista, por conta que elas
estavam presas à segurança coletiva, enfrentando problemas internos e também eram fortemente
afetadas, com a exceção da União soviética, a crise do capitalismo.

A União Soviética reforçou seu isolamento político e econômico e centrou sua estratégia no apoio
de movimentos antifascistas de forma secreta para não causar conflito.

Os Estados Unidos também se reservou e se posicionava perante ao perigo da guerra como país
mediador e aprovando leis de neutralidade para evitar a entrada nas guerras.

Opinião pública: Os regimes ditatoriais utilizavam de propaganda e outros meios para controlar a
opinião pública e mesmo assim a opinião das massas pouco impactava a política exterior desses
regimes. Já nos regimes democráticos a opinião pública afetava diretamente na tomada de
decisões para frear a expansão das ditaduras, principalmente porque eles não queriam pagar por
uma frente antifacista. (Escola Italiana de Relações Internacionais)
4.5.2. A ESCALADA DA VIOLÊNCIA

1933: Hitler retirou a Alemanha da Conferência de Desarmamento de Genebra e da Liga das


Nações.

1934: Hitler rompeu o Tratado de Versalhes e iniciaria o rearmamento da Alemanha. Além disso,
apoiou o golpe nazista na Austria, mas recuou apôs a desaprovação de Mussolini.
➔ Inicialmente a Itália se aproximou das democracias e declarou junto com a Inglaterra e
França o apoio a Independência da Áustria. Além disso a Itália sugeriu um Pacto de Quatro
(Itália, França, Inglaterra e Alemanha) com fim de rever os tratados, mas esse pacto não foi
retificado.
1935: Três acordos internacionais foram assinados como uma frente antinazista:

➔ Conferência de Stresa (Confirmava a validade do Tratado de Locarno e a independência da


Áustria).
➔ França e União Soviética formam uma aliança bilateral.
➔ União Soviética e a Tchecoslováquia formam outra aliança bilateral.
4.5.2. A ESCALADA DA VIOLÊNCIA

A frente de Stresa acabou por alguns fatores entre eles um acordo naval entre Inglaterra e
Alemanha, o que foi visto como uma traição pelos outros países e, principalmente, pela agressão
italiana à Etiópia. Desse modo, a Sociedade das Nações acabou perdendo seu prestígio.

A França e a Inglaterra exitaram em condenar e sancionar a Itália, em vez disso preferiram irritar
Mussolini com protestos e repreensões, mas no fim acabaram aceitando a anexação do território
pela Itália. Essa reação estéril, mas deságradável, fez Mussolini se aproximar de Hitler e retirando
seu apoio a independência da Áustria.

Guerra Civil Espanhola:

➔ Primeiro experimento de uma guerra civil verdadeiramente Europeia, confronto de correntes


pró e antifascistas;
➔ Testes de novas armas;
➔ Enquanto as ditaduras apoiavam seu lado de forma direta, as democracias hesitavam;
➔ Fez com que a Europa continuasse em um clima de grande tensão.
4.5.2. A ESCALADA DA VIOLÊNCIA

Pacto Anticomintern: Pacto que reunia todos os anticomunistas do mundo. Esse pacto não era
contra a União Soviética, mas sim contra a Internacional Comunista.

1938: Anexação da Áustria e da região dos Sudetos(região que pertencia à Tchecoslováquia) pela
Alemanha.
Março de 1939: Alemanha anexa o restante da Tchecoslováquia de forma brutal.

➔ A Inglaterra percebeu que o próximo passo da Alemanha era a Anexar a Polônia, desse
modo Inglaterra e França decidem firmar uma aliança com a polônia como garantia.
Pacto Germano-Soviético: Pacto entre a URSS e Alemanha, que garantia um pacto de
não-agressão por 10 anos, a partição da polônia entre ambos e criação de zonas de influência
Alemã (Lituânia) e Soviética (Estônia, Letônia e Bessarábia).
Setembro de 1939: Alemanha invade a Polônia, decretando assim o início da Segunda Guerra
Mundial.
Reflexão:
As duas guerras mundiais são parte
de um mesmo conflito, ou são
conflitos diferentes?

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