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* Apostila em edição, está sem referências, sem legendas, e está por ser revisada!

Não repassar à terceiros, ou publicar, Prof. Dr. Emanuel Benedito de Melo

Eletrodinâmica

Eletrodinâmica é o ramo da Física onde é explicado o funcionamento dos equipamentos elétricos bem
como os circuitos elétricos. Todo aparelho elétrico é aquele que permite uma passagem de corrente
elétrica que, por sua vez, é um ordenamento cinético de elétrons através de seu circuito de
funcionamento. O funcionamento pode se dar através de transformações de energia elétrica para outras
formas: térmica, magnética, química, luminosa, mecânica etc.

A corrente elétrica é formada por elétrons livres, também chamados de mar de elétrons ou elétrons da
banda de condução, ou seja, um material de caráter metálico. Há casos, onde há a condução de íons
atômicos ou moleculares também.

Você conhece quais são as forças de campo? Temos os campos: elétrico, magnético e gravitacional. São
todos de natureza diferente, porém todos eles podem exercer alguma força sobre algum agente mesmo
sem contato. Tomemos o exemplo de um objeto que é abandonado de uma altura do chão, por que ele
cai no chão? Muitos vão dizer “por causa da força da gravidade”. Mas, por que existe gravidade? Existe
gravidade porque toda massa, segundo Isaac Newton, gera um campo e quando uma outra massa está
nesse campo há uma interação que chamamos de força. (Essa é uma explicação newtoniana, porém
atualmente há uma reformulação devido à Teoria da Relatividade). Então, da mesma forma, a corrente
elétrica formada por elétrons é direcionada ao campo elétrico que está nesse fio elétrico. Sem campo
elétrico, mesmo os elétrons livres, não conseguem se ordenar a fim de dar algum funcionamento a um
aparelho.

Um exemplo típico é o de ficarmos protegidos de raios elétricos dentro de um carro totalmente fechado
nos dias de tempestade. Isso ocorre devido ao fato de que o campo elétrico dentro do carro seja nulo, o
que é típico de um corpo oco, ou seja não tem como a carga elétrica entrar dentro do carro pois as
cargas elétricas caminham apenas onde há campo elétrico. Esse efeito é chamado de Gaiola/Escudo de
Faraday. Por isso, quando estamos dentro de elevadores, os aparelhos celulares possuem uma maior
dificuldade de comunicação, visto que as ondas dos aparelhos celulares são ondas eletromagnéticas, ou
seja, ondas onde oscilam campo elétrico e magnético de forma sincronizada.

No nosso dia a dia há dois tipos de corrente elétrica: corrente contínua e a corrente alternada. A corrente
contínua se manifesta em aparelhos abastecidos por geradores do tipo pilha/bateria. Possui sentido único
de corrente que vai do polo positivo ao negativo, esse sentido é denominado sentido convencional.
Porém, com a descoberta do módulo referencial de carga negativa do elétron, faz sentido adotar que a
corrente é exatamente ao contrário, sendo este o sentido real.

Em nossa residência, nas tomadas, temos a corrente alternada, ou seja, é um ziguezague de campo
elétrico o que faz com que o elétron livre dos fios se oriente de um lado para outro com uma certa
frequência. No Brasil, a frequência é de 60 Hz, ou seja, sessenta vezes por segundo a corrente vai e vem.
Sabemos que a persistência retiniana é de 16 Hz, o que faz com que nem percebamos a luz ou aparelhos
acender e apagar. Esse método é mais eficiente, pois as redes elétricas podem ter até mesmo milhares de
quilômetros de distância o que faria perder muita energia ao longo desse caminho por efeito joule
(aquecimento dos fios das redes) embora esse efeito já ocorra de alguma forma.

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O efeito joule é resultado da colisão dos elétrons com dos átomos (core) dos fios elétricos que transformam
a energia cinética dos elétrons acelerados em energia térmica ao serem espalhados ou desacelerados.
Esse efeito é observado nos aquecedores, secadores de cabelo, chuveiro elétrico etc. e, assim, podemos
usar o fenômeno ao nosso favor, porém, o próprio fenômeno é indesejado nas fiações das casas, ou
circuitos elétricos e/ou eletrônicos.

Para evitar o efeito joule é necessário conhecer a Lei de Ohm que, didaticamente, é dividida em 1ª e 2ª
Leis de Ohm. Em outras palavras, na segunda lei, é mencionado que os fios condutores são mais resistentes
quanto maior o seu comprimento e menor a sua seção transversal. Além disso, quanto maior a
temperatura, maior é a agitação dos átomos e, em consequência dos seus núcleos espalhadores o core,
o que faz com que dificulte a passagem dos elétrons. Nessa lei, há também uma ideia de que há materiais
que são mais condutivos que outros. Prata, por exemplo, é muito melhor que o aço. Contudo, a prata é
muito cara e o aço é um péssimo condutor, assim, é utilizado o cobre que é mais barato, mas que conduz
razoavelmente.

Um dispositivo muito útil é o fusível que se baseia no efeito joule para proteger o aparelho. Como o próprio
nome diz, ele se funde, ao passar uma corrente mais alta do que o aparelho pode suportar. Ao invés do
circuito interno do aparelho “queimar” o fusível queima antes e assim podemos trocá-lo. Os fusíveis são
muito comuns em réguas de energia ou estabilizadores de computador. Antigamente era utilizado
também nas casas, porém seu uso passou a ser obsoleto para fins domésticos e assim é utilizado o disjuntor
que é um dispositivo que desarma quando ocorre a sobrecarga ou algum curto-circuito na rede elétrica
da casa. A seguir temos, respectivamente, um fusível de eletrodoméstico, um fusível automotivo e um
disjuntor.

O que são resistores? Trata-se de qualquer dispositivo que oferece resistência ao circuito. Basicamente, o
circuito elétrico é composto por uma fonte geradora, fios condutores e um aparelho. Porém, até mesmo
os próprios geradores, fios e aparelhos oferecem resistência ao circuito. Contudo, na prática, alguns
dispositivos podem ter resistência desprezível e assim não são envolvidos nos cálculos. A seguir temos:
resistor de circuito eletrônico, resistência de chuveiro, resistência de fritadeira elétrica, resistência de
chuveiro de um outro modelo.

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Ohm, percebeu que há uma certa proporcionalidade entre a tensão elétrica (vulgarmente o pessoal
chama de voltagem) e a corrente (vulgarmente chamado de amperagem) e denominou essa relação
de Primeira Lei de Ohm.

A tensão elétrica é promovida pelos geradores: pilhas, baterias e tomadas e é dada pela unidade volts
(V). Em outras palavras, Ohm observou o seguinte (considere cada pilha e cada resistor com o mesmo
módulo):

“Uma pilha unitária e um resistor unitário, uma corrente elétrica de 0,5 ampères

Duas pilhas unitárias e um resistor unitário, uma corrente elétrica de 1,0 ampères

Três pilhas unitárias e um resistor unitário, uma corrente elétrica de 1,5 ampères”

Assim, o resistor possui o que chamamos de resistência que “praticamente” se mantem constante
independente da tensão oferecida. A resistência é o fator de proporcionalidade que relaciona tensão e
corrente elétrica. É importante ressaltar que esse fenômeno é observado num intervalo de confiança e
de escala adequada. Quando essa lei é obedecida para determinados resistores dizemos que o resistor é
ôhmico.

Uma outra observação possível é:

“Uma pilha e um resistor, uma corrente elétrica de 0,5 ampères

Uma pilha e dois resistores, uma corrente elétrica de 0,25 ampères

Uma pilha e três resistores, uma corrente elétrica de 0,17 ampères”

Enunciando a 1ª Lei de Ohm: 𝑼 = 𝑹 ∗ 𝒊

Onde U é a tensão dada em volts (V), R é a resistência dada em ohm (Ω) e i é a intensidade da corrente
elétrica dada em ampères (A).

Exemplo 1: Um disjuntor se desarma com uma corrente de 20A numa rede onde a tensão é de 220V. Qual
é a resistência do circuito ao desarmar esse disjuntor?
𝑈 =𝑅∗𝑖
220 = 𝑅 ∗ 20
𝑅 = 11 𝛺

Exemplo 2: O multímetro é um dispositivo capaz de medir variáveis elétricas. Na sua função voltímetro, que
mede tensão, foi colocado as ponteiras nas extremidades de um resistor de 5 𝛺 com 0,003 ampères
passando por esse resistor. Qual é o valor esperado da tensão sobre esse resistor?
𝑈 =𝑅∗𝑖
𝑈 = 5 ∗ 0,03

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𝑈 = 0,15 𝑉

Exemplo 3: Uma pilha possui a tensão de 1,5V e acende uma lâmpada de 20 𝛺. Qual é a corrente elétrica que
passa por essa lâmpada?
𝑈 =𝑅∗𝑖
1,5 = 20 ∗ 𝑖
𝑖 = 0,075 𝐴
𝒍
Enunciando a 2ª Lei de Ohm: 𝑹 = 𝝆 ∗ 𝑨

Onde: R é a resistência elétrica dada em ohms, ρ é a resistividade elétrica do material analisado dado em
ohm-metro (Ωm), l o comprimento do fio dado em metros (m), e A a área de seção transversal dado em
metro quadrado (m²). A lei diz que quanto maior o fio condutor e quanto mais estreito maior será a
resistência desse condutor.

Exemplo 4: a) Qual é a resistência elétrica de um chuveiro elétrico que possui um filamento de 5 metros de
comprimento e seção de 1mm²? b) Sabendo que a tensão elétrica de funcionamento desse chuveiro seja
de 220 V, qual é a corrente elétrica que percorre a resistência elétrica desse chuveiro? Sabe-se que a
resistividade do material da resistência do chuveiro é de 5 × 10 𝑜ℎ𝑚. 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜

a)
𝒍
𝑹=𝝆∗
𝑨
𝟓
𝑹 = 5 × 10 ∗
1 × 10
𝑹 = 25 𝑜ℎ𝑚

b)
𝑼=𝑹∗𝒊
𝟐𝟐𝟎 = 𝟐𝟓 ∗ 𝒊
𝒊 = 𝟖, 𝟖 𝑨

Prefixos numéricos

Nas mais variadas áreas da Física trabalhamos com números muito, muito, grandes ou números muito,
muito pequenos. Para se ter uma ideia, quanto é um ampère (1A)?

1 A é equivalente a 1 coulomb/segundo (1C/s), ou seja, se você imaginar uma seção transversal num fio
qualquer é a passagem de um coulomb que é a unidade de carga elétrica, por segundo nessa seção.
Porém, a carga elementar de um elétron ou um próton tem o módulo de 1,6 × 10 𝐶
(0,00000000000000000016 C) assim, 1 coulomb equivale a carga de quantos elétrons?

𝑛= , ×
=6,25 × 10 elétrons ou seja: 6’250’000’000’000’000’000 elétrons, ou seja, aproximadamente 6
quatrilhões de elétrons.

Logo, imagine que 1 A é o mesmo que 1 C/s que também é o mesmo que a passagem de 6,25*10+18
elétrons pela seção transversal do condutor por segundo.

Veja que nos estudos de eletricidade é requerido números muito grandes ou números muito pequenos e
por isso presamos fazer o uso de prefixos numéricos:

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símbolo nome Potência símbolo nome Potência


de 10 de 10
k Quilo 103 M mili 10 -3
M Mega 106 µ (mc) micro 10 -6
G Giga 109 N nano 10 -9
T Tera 1012 P pico 10 -12
P Peta 1015 F femto 10 -15

h Hecto 102 C centi 10-2


da Deca 101 D deci 10 -1

Na prática, podemos analisar os exemplos a seguir:

Exemplo 5: É requerido a tensão de 2,5kV para que possa atravessar uma resistência de 1,25MΩ. Qual é
o valor da corrente elétrica que passa por esse resistor?

Primeiro, observa-se 2,5kV= 2,5*103V e 1,25MΩ = 1,25*106Ω ao inserir na equação da Primeira Lei de Ohm:
𝑈 =𝑅∗𝑖
2,5 × 10 = 1,25 × 10 ∗ 𝑖
2,5 × 10
𝑖=
1,25 × 10
𝟑
𝒊 = 𝟐 × 𝟏𝟎 𝑨
𝒊=𝟐𝒎𝑨

Assim a intensidade da corrente elétrica é de 2*10-3A que, na prática, é conveniente descrever como
2mA (2mili-amperes)

Exemplo 6: Para o exemplo anterior, qual deve ser o número de elétrons que percorre o resistor durante 1
hora?

𝟑
𝒊 = 𝟐 × 𝟏𝟎 𝑨
𝟑
𝒊 = 𝟐 × 𝟏𝟎 𝑪/𝒔

Lembremos que para ter 1C são necessários 6,25*1018 elétrons, assim:


𝟑
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒍é𝒓𝒐𝒏𝒔/𝒔 = 𝟐 × 𝟏𝟎 × 𝟔, 𝟐𝟓 × 𝟏𝟎𝟏𝟖

= 𝟏𝟐, 𝟓 × 𝟏𝟎𝟏𝟓 𝒆/𝒔

Para 1 hora (3600 s) temos:

= 𝟏𝟐, 𝟓 × 𝟏𝟎𝟏𝟓 × 𝟑𝟔𝟎𝟎 = 𝟒𝟓 × 𝟏𝟎𝟏𝟖 𝒆𝒍é𝒕𝒓𝒐𝒏𝒔/𝒉𝒐𝒓𝒂

Para a situação do exemplo acima, pode-se utilizar a equação a seguir:


𝑄 =𝑛 ∗𝑒

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Onde Q é a carga elétrica dada em coulombs n é o número de cargas elementares e é o próprio valor
da carga elementar= 1,6 x 10-19C.
𝑄
𝑖=
𝛥𝑡
𝑛∗𝑒
𝑖=
𝛥𝑡
Circuitos Elétricos

Como visto, anteriormente, o circuito elétrico é o caminho no qual o elétron é capaz de percorrer os
resistores. Em tese, dizemos que o circuito é fechado quando isso ocorre. Nos circuitos de corrente contínua
(CC) os elétrons devem sair de um polo (o mais positivo) e ir para outro (negativo), porém, na corrente
alternada (CA), os elétrons não fazem esse caminho, contudo, do mesmo jeito, na corrente contínua o
circuito deve estar fechado para que exista o funcionamento. Em nossa casa, as teclas que abrem e
fecham o circuito são chamadas de interruptores. Devemos tomar cuidado com o termo circuito fechado,
pois dá a impressão que está sem o funcionamento, o que é exatamente ao contrário!

Curto-circuito é nome quando o circuito percorre um caminho de menor resistência. Esse evento ocorre,
geralmente, devido aos fios desencapados ou danificados. Devemos lembrar que os fios são aquecidos
devido ao efeito joule e eles podem ter contato entre si, fechando o circuito, impedindo a continuidade
da corrente. Como a tensão não passará por nenhuma resistência, a não ser dos próprios fios, passará
uma corrente altíssima que poderá iniciar, inclusive, algum tipo de incêndio. Felizmente, temos a presença
dos disjuntores que, ao serem sensibilizados com essa alta corrente, desligará o circuito antes que o pior
aconteça, no caso dos estabilizadores podem ter os fusíveis que poderão se fundir evitando essa corrente
exacerbada.

Há várias maneiras de arranjar os circuitos elétricos, inclusive podemos ter vários dispositivos num circuito
elétrico:

Resistores, capacitores, diodos, transistores, transformadores, indutores, retificadores, alternadores etc.


Porém, aqui no nosso curso, devemos trabalhar apenas com resistores e depois com os capacitores. Nos
cursos de eletrônica vocês poderão conhecer mais a fundo esses outros dispositivos mencionados.

No circuito onde envolve apenas resistores esses podem ser associados em série ou paralelo e ainda de
forma mista entre eles.
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Circuito de resistores em série

No nosso dia a dia esse circuito é o menos utilizado, porém, sem compreender a ele, tampouco você
compreenderá o sistema paralelo que é o mais utilizado. Nesse tipo de associação, é percebido que,
quando o circuito é fechado a corrente do gerador deve atravessar todos os resistores sem caminhos
alterativos. Nesse tipo de associação a corrente é a mesma para todos os resistores, a resistência do sistema
aumenta conforme aumenta a quantidade de resistores e a tensão do gerador é dividida entre os
terminais de cada um dos resistores dependendo da resistência de cada um deles. Se um dos resistores
se queima todos os outros deixam de funcionar.

Circuitos em paralelo

É o mais utilizado no nosso dia a dia, nele há caminho alternativo para cada resistor de forma
independente. Ou seja, se um resistor deixar de funcionar não vai atrapalhar o funcionamento dos demais.
A tensão é a mesma para cada um dos resistores, ou seja, é a mesma tensão do gerador ou da tomada.
Porém, cada um dos dispositivos colocados a mais no sistema, pode diminuir a resistência elétrica total a
fim de aumentar a demanda de corrente elétrica para manter a tensão para todos. Sabemos que com o
aumento de corrente elétrica, aumenta o efeito joule e assim aumenta o risco de acidentes. O benjamim
é um adaptador que permite a ligação em paralelo de muitos dispositivos numa mesma tomada, o que
não é recomendado caso seja utilizado aparelhos de alta potência elétrica, tais como torradeiras, micro-
ondas, fornos etc.

Circuito Misto

É uma junção dos dois anteriores, contudo é mais utilizado nos equipamentos eletroeletrônicos, pois são
de certa complexidade. Nele é importante primeiro observar os condicionantes do circuito e reduzi-lo a
fim de compreender melhor como a corrente irá se distribuir nele. A seguir, por exemplo, temos quatro
lâmpadas duas estão em paralelo, porém esse cluster está em série com as outras lâmpadas. Em outras
palavras se queimar uma das lâmpadas que estão em paralelo todas as outras poderão funcionar, porém,
se queimar as duas que estão em paralelo, já não há possibilidades de destinar corrente para as outras
que estão em série. Já se queimar qualquer uma das que estão em série, nenhuma delas irá funcionar.

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Multímetro

Os multímetros são aparelhos integrados capazes de identificar a tensão, corrente elétrica, indutância,
condutividade etc. Antigamente, esses aparelhos eram separados, o que causava um grande desafio nas
medições elétricas, porém, com o advento da eletrônica, foi possível integrá-los num só aparelho.
Contudo, é imprescindível destacar o amperímetro e o voltímetro.

Eles possuem resistências muito diferentes enquanto o voltímetro possui uma resistência muito, muito alta,
onde R→∞ e no amperímetro a resistência é muito, muito, baixa onde R→0. Assim, com essas
características, o voltímetro deve ser aplicado em paralelo a um resistor a fim de descobrir a tensão que
há em seus terminais (do resistor) enquanto o amperímetro deve ser colocado em série, para analisar a
corrente que vai passar por aquele resistor. O que acontece se o amperímetro for colocado em série com
o resistor? Ocorrerá um curto-circuito e assim a corrente passará pelo amperímetro e deixará de passar
pelo resistor corroborando com a medida errada. Além disso, a resistência do amperímetro é bastante
baixa e com a ausência da resistência pode queimar o amperímetro dependendo da escala em que ele
se encontra. O que ocorrerá com o uso do voltímetro em série com um resistor? Nesse caso, a resistência
do voltímetro é muito alta e assim modificará a estrutura da associação de resistores. Aumentando a
resistência do circuito como um todo, também não dando resultados corretos do que se pretende medir.

Reostatos

São resistências elétricas controláveis. São responsáveis por diminuir ou aumentar a resistência elétrica
controlando a intensidade de operação dos aparelhos. Um exemplo típico é o chuveiro elétrico onde há
posições onde aumenta ou diminui a resistência. Um outro exemplo são os ventiladores que possuem
reostatos de ajustes manuais.

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Exemplo 6: Determine a tensão e a corrente elétrica apresentada pelos voltímetro e amperímetro no


circuito a seguir:

Como vemos o voltímetro e amperímetro estão colocados na forma correta. O circuito está com os
resistores em série, logo podemos encontrar a resistência equivalente:
𝑅 = 2 + 1 + 6 = 9𝑘𝛺

Ao aplicar na 1 Lei de Ohm, temos a intensidade da corrente. Note que essa é a corrente que passara
por todos os resistores assim como amperímetro. A resistência do voltímetro é tão alta que a corrente,
praticamente, não passa por ele.
𝑈 =𝑅∗𝑖
6 = 9000 ∗ 𝑖
𝐼 = 6/9000 = 0,000 667 𝐴

Podemos identificar que a intensidade de corrente pode ser 0,667 mA ou 667µA

Conhecendo a corrente, podemos determinar a tensão no resistor de 2kΩ, local onde está armado o
voltímetro.
𝑈 =𝑅∗𝑖
𝑈 = 2 000 ∗ 0, 000 667 = 1,333 𝑉

Exemplo 7: Determine a tensão e a corrente elétrica apresentada pelos voltímetro e amperímetros no


circuito a seguir:

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Perceba que o circuito é basicamente o mesmo do outro caso, contudo o amperímetro da esquerda
realiza um curto-circuito o que faz inexistir corrente elétrica no resistor de 6kΩ e assim a leitura no
amperímetro da direita seria uma corrente nula. Logo, o circuito seria simplificado assim:

Agora, como vemos o voltímetro e amperímetro estão colocados na forma correta. O circuito está com
os resistores em série, logo podemos encontrar a resistência equivalente:
𝑅 = 2 + 1 = 3𝑘𝛺

Ao aplicar na 1 Lei de Ohm, temos a intensidade da corrente. Note que essa é a corrente que passara
por todos os resistores assim como amperímetro. A resistência do voltímetro é tão alta que a corrente,
praticamente, não passa por ele.
𝑈 =𝑅∗𝑖
6 = 3000 ∗ 𝑖
6
𝑖= = 0,002 𝐴
3000
Podemos identificar que a intensidade de corrente pode ser 2 mA

Conhecendo a corrente, podemos determinar a tensão no resistor de 2kΩ, local onde está armado o
voltímetro.
𝑈 =𝑅∗𝑖
𝑈 = 2 000 ∗ 0, 002 = 4 𝑉

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Associação de resistores em paralelo e o conceito de resistor equivalente.

Quando há resistores em série, podemos somar todos os resistores e assim temos o resistor equivalente
para o circuito. Percebe-se que a resistência aumenta conforme aumenta o número de resistores. Da
segunda lei de Ohm temos que, quanto maior o comprimento de um fio condutor, mais resistivo será o
sistema. Contudo no sistema em paralelo, há mais caminhos alternativos e assim há mais facilidade para
os elétrons percorrer e assim temos o resistor equivalente menor:

Veja:

Em série:
𝑅 = 𝑅 + 𝑅 + 𝑅 + ⋯.

Em paralelo:
1 1 1 1
= + + …
𝑅 𝑅 𝑅 𝑅

Ainda, em paralelo, podemos usar a regra: Produto/Soma quando for dois resistores.
𝑅 ∗𝑅
𝑅 =
𝑅 +𝑅

Essa regra vale para vários desde que sejam feitos aos pares.

Potência elétrica

Potência é a relação de quanto trabalho pode ser realizado por unidade de tempo. Imagine o seguinte:
um carro comum e um carro desses de corrida, qual deles pode atingir ao menos 100 km/h? A resposta é
os dois, porém quem atinge essa velocidade primeiro? Nesse caso, podemos dizer que o carro de corrida
atinge essa velocidade primeiro, pois possui mais potência.

Na eletricidade, como vimos, há várias formas de transformar energia elétrica nas outras formas:
mecânica, térmica, magnética e luminosa essa transformação é denominada dissipação, pois perde
energia elétrica e se transforma em outra. Há uma outra área da eletricidade que chamamos de
eletrostática que é capaz de explicar como o trabalho elétrico acontece e, assim, pode-se relacionar com
a eletrodinâmica da seguinte maneira:

P=U*i

Onde potência P é dada em watts, U é a tensão dada em volts e i a corrente elétrica dada em
ampéres.

Desta proposta podemos ter as outras, relacionando com a Lei de Ohm:


𝑃 =𝑈∗𝑖
𝑃 = (𝑅 ∗ 𝑖) ∗ 𝑖

𝑃 =𝑅∗𝑖

Ou ainda:
𝑃 =𝑈∗𝑖
𝑈
𝑃=𝑈∗
𝑅
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𝑈
𝑃=
𝑅
Como podemos observar, as grandezas tensão, resistência e corrente elétrica, estão interligadas e assim
podemos descobrir o valor da potência elétrica. Comercialmente o termo watts (W) também é muito
utilizado por volt-ampère (VA), principalmente nas altas potências, podemos trocar o termo kW por kVA
pois são equivalentes.

Usamos o termo potência nominal que é a potência de operação do sistema de forma desejável, ou, seja,
aquela que o aparelho dissipador esteja em operação. O mesmo temos para a potência elétrica, pois um
chuveiro elétrico que dissipa a potência de 5000 W a 220 V não dissipara o mesmo valor sob a tensão de
110V.

Embora a resistência elétrica possa ser modificada, devido ao aumento da temperatura, essa variação é
bastante pequena, e assim considera-se que a variável resistência elétrica seja praticamente imutável.

Exemplo: José mudou-se de casa e levou o seu chuveiro elétrico de potência nominal de 5000 W para
uma tensão nominal de 220V. Qual será a potência dissipada por esse chuveiro sabendo que José fez a
instalação dele na tensão de 110V na sua nova casa?

220
5000 =
𝑅
𝑅 = 9,68𝛺
110
𝑃=
9,68
𝑃 = 1250 𝑤𝑎𝑡𝑡𝑠

Para esse caso, sabemos que a relação é quadrática, ou seja, reduziu-se duas vezes a tensão, reduziu-se
quatro vezes a potência dissipada e assim esse chuveiro esquentará bem menos, pois dissipa uma menor
potência elétrica.

Consumo elétrico

O consumo elétrico é a energia “E” consumida, ou seja, os aparelhos dissipam a energia elétrica nas suas
mais variadas formas. A energia elétrica pode ser dada em J (joules), porém no sistema usual é dada por
W.h (watt-hora) ou kW.h (quilowatt-hora), a tarifa T é o valor pago por cada unidade de energia, ou seja
o preço por kW. A fatura “F”é o quanto é pago por essa energia, ou seja o valor total pago.

Uma família faz banhos diários somando o tempo de 45min com um chuveiro que dissipa 6000 W.
Sabendo que a tarifa por kW.h seja de R$0,80 qual o valor pago em reais durante um mês?

Primeiro devemos transformar minutos em horas 45 min =0,75 h e também transformar W em kW


𝐸 = 𝑃 ∗ 𝛥𝑡
𝐸 = 6 ∗ 0,75
𝐸 = 4,5 𝑘𝑊. ℎ

Esse é o consumo diário, no mês é só multiplicar por 30 dias: 135 kW.h

Como a tarifa é de 0,80 reais temos:

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𝐹 =𝑇∗𝐸
𝐹 = 0,80 ∗ 135
𝐹 = 108 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠

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