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ESTADO DO MARANHÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


UNIDADE REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE IMPERATRIZ
CENTRO EDUCA MAIS TANCREDO DE ALMEIDA NEVES
(Rua Antônio de Miranda, S/Nº, Vila Redenção I, Imperatriz – Maranhão)

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Imperatriz
2021

3
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CENTRO EDUCA MAIS TANCREDO
DE ALMEIDA NEVES

Projeto apresentado à comunidade escolar e à Unidade Re-


gional de Educação de Imperatriz – UREI, com finalidade
de orientar a prática pedagógica e administrativa do Centro
de Ensino.

"Se tudo o que agente puder fazer no sentido de


convocar os que vivem em torno da escola, e dentro
da escola, no sentido de participarem, de tomarem
um pouco o destino da escola na mão, também. Tu-
do o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco
ainda, considerando o trabalho imenso que se põe
diante de nós que é o de assumir esse país democra-
ticamente".
Paulo Freire

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Estrutura Administrativa

Flávio Dino
Governador do Estado

Felipe Camarão
Secretário de Estado da Educação

Orleane Evangelista Santana


Gestora Regional de Educação

Suely Leal
Diretora Regional de Educação

Antonio de Pádua Pereira Silva


Coordenadora do Setor Pedagógico

Antonio Rios de Alcantara


Gestor Geral

Ana Cristina Carvalho Araujo


Gestora Pedagógica

Maria Dalvanir de Oliveira Mota


Gestora Administrativa e Financeira

5
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO................................................................................................................08
2 JUSTIFICATIVA..............................................................................................................09
3. Identificação da Escola......................................................................................................12
4. MARCO SITUACIONAL.................................................................................................15
4.1 Visão estrutural................................................................................................................15
4.2 Diagnóstico.........................................................................................................................15
4.3 Indicadores de desempenho do Centro de Ensino.........................................................16
4.4 Estrutura física .................................................................................................................17
5 MARCO FILOSÓFICO.....................................................................................................19
5.1 Concepção de sociedade...................................................................................................19
5.2 Concepção de homem.......................................................................................................19
5.3 Concepção de educação e aprendizagem .......................................................................20
5.4 Concepção de escola..........................................................................................................20
6. MARCO OPERATIVO......................................................................................................21
6.1 A missão.............................................................................................................................21
6.2 Visão...................................................................................................................................21
6.3 Os valores...........................................................................................................................21
6.4 Princípios educativos........................................................................................................21
6.5 Os objetivos e metas.........................................................................................................22
6.6 As políticas e estratégias...................................................................................................22
6.7 As determinações gerais...................................................................................................23
7 ESTRUTURA ORGÂNICA...............................................................................................24
7.1 A gestão administrativa e a responsabilidade global da escola....................................25
7.2 A gestão pedagógica..........................................................................................................26
7.3 A proposta curricular.......................................................................................................27
7.4 Calendário escolar ...........................................................................................................27
7.5 O sistema avaliativo..........................................................................................................27
7.6 A proposta de formação continuada de docentes..........................................................28
7.7 A proposta de trabalho com a família............................................................................29
8 OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO MÉDIO ...............................................................30
6
8.1 Objetivos Gerais da escola.............................................................................................30
8.2 Objetivos específicos da escola........................................................................................31
9 FUNDAMENTOS LEGAIS E PEDAGÓGICOS DO ENSINO MÉDIO......................33
9.1 Princípios metodológicos..................................................................................................35
9.2 Diretrizes gerais de avaliação escolar..............................................................................37
9.3 Sistemática de avaliação escolar.....................................................................................39
9.4 Recuperação......................................................................................................................40
9.5 Provas de segunda chamada............................................................................................40
10. METAS E AÇÕES PARA O ANO DE 2021..................................................................42
10.1 Premissa protagonismo ..................................................................................................42
10.2 Premissa formação continuada .....................................................................................42
10.3 Premissa excelência em gestão ......................................................................................43
10.4 Premissa corresponsabilidade .......................................................................................44
10.5 Premissa replicabilidade ................................................................................................44
11. MERENDA ESCOLAR ...................................................................................................45
12 PROGRAMAS E CONVÊNIOS ......................................................................................46
13. EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS ...................................................................47
14. ESTÁGIO CURRICULAR NÃO-OBRIGATÓRIO ....................................................48
15. REGIMENTO INTERNO ESCOLAR (normas de convivência) ................................49
15.1 Finalidades do regimento escolar .................................................................................49
15.2 Direitos de todos os alunos ............................................................................................50
15.3 Dos deveres .....................................................................................................................51
15.4 Das sansões a serem aplicadas ......................................................................................52
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................55

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APRESENTAÇÃO

O Centro Educa Mais Tancredo de Almeida Neves vem publicizar seu Projeto Políti-
co-Pedagógico, elaborado a partir de leituras, troca de ideias, análise das práticas, bem como
propagação de metodologias de êxito que foram reconstruídas e ressignificadas ao longo dos
anos, a partir dos desafios da formação do Século XXI.
A proposta adota princípios legais atuais de educação e princípios teórico-
metodológicos fundamentados em uma escola inclusiva, que atua de forma a garantir educa-
ção de excelência para todos, buscando o desenvolvimento e aprendizagem que consolidam a
formação integral do aluno – o que implica favorecer o “aprender a aprender”, o desenvolvi-
mento do senso crítico e a formação de valores para o pleno exercício da sua cidadania.
Tem-se como prioridade promover o desenvolvimento de um currículo integrado e
integralizador, com foco nas perspectivas interdisciplinares e no desenvolvimento de habili-
dades e competências, acompanhando-se as discussões atuais a respeito da Nova Base Nacio-
nal Curricular, bem como as Diretrizes Curriculares Nacionais ainda em vigência.
A proposta aqui apresentada consiste no registro das intenções pedagógicas, observan-
do-se as orientações legais vigentes, as diretrizes curriculares nacionais e as concepções teóri-
cas que traduzem a aprendizagem como uma construção social, resultante da interação entre
os sujeitos envolvidos no processo educativo.
Discorre-se sobre a identidade da escola, sua missão, visão, valores e princípios edu-
cativos, bem como sobre sua caracterização físico-pedagógica, sua organização curricular,
sistemática de avaliação, metas e ações que estão planificadas, porém disponíveis para revisão
e aprimoramento, uma vez que estão sujeitas à apreciação de todos os membros da comunida-
de escolar.

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2 JUSTIFICATIVA

Sabe-se que a educação brasileira passa por um período importante de elaboração e


implantação da Base Nacional Comum Curricular desde 2015, um processo que tem deman-
dado participação efetiva da sociedade e da escola como um todo e que o Maranhão tem tido
participação significativa no que diz respeito a esse processo. Tendo em vista a necessidade
de cumprir as Diretrizes Nacionais de Educação e a legislação vigente, com o registro deste
Projeto Político Pedagógico, a escola vem consolidar o seu compromisso e o seu papel social
na comunidade, na cidade e no estado.
Em 1996, é aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei
9.394, de 20 de dezembro de 1996 que, em seu Artigo 26, regulamenta uma base nacional
comum para a Educação Básica. De acordo com o art. 26, os currículos da educação infantil,
do ensino fundamental e do Ensino Médio devem ter base nacional comum, a ser complemen-
tada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversifi-
cada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e
dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013).
É, prioritariamente, para atender essa legislação que a escola registra e submete à Se-
cretaria do Estado da Educação do Maranhão o seu projeto político pedagógico como resulta-
do das elaborações dos professores, das demandas dos alunos e do trabalho técnico-
pedagógico dos coordenadores e gestores, como também por meio de consultas à comunida-
de. A escola entende que o Projeto Pedagógico tem em si uma natureza política, cultural e
social que define seu currículo e suas práticas, além de cumprir uma determinação legal.
Além disso, tem-se a preocupação de observar a Resolução n. 4, de 13 de julho de
2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (DCNs)
com o objetivo de orientar o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino;
bem como a Resolução n. 2, de 30 de janeiro de 2012, que define as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio. Mais precisamente a Meta 3, que tem como propósito univer-
salizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete)
anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no
Ensino Médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

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Considerando que a Base é um documento que orienta a produção de propostas curri-
culares estaduais, municipais, das escolas públicas e privadas e que, ainda em tramitação, já
remete a escola a uma reflexão profunda sobre seus objetivos de aprendizagem como direito
de todos os estudantes e que deve orientar o trabalho com os estudantes ao longo de toda a
Educação Básica, cabe à escola, aos professores e a toda comunidade escolar realizar um tra-
balho político, social e pedagógico de excelência, especialmente com a elaboração de projetos
pedagógicos, planos, sequências e atividades de avaliação que contemplem esses novos obje-
tivos no Ensino Médio, com um incisivo acompanhamento e intervenção pedagógica para
além da sala de aula.
O país se encontra em momento de crise politica, econômica e de valores sociais, hu-
manos e, como respostas a essas demandas, a escola registra, nesse documento, o resultado de
suas reflexões ao final de 2015 e início de 2016, nos encontros pedagógicos com os professo-
res e gestores, a sua intenção de reforçar os objetivos que condigam com o seu compromisso
de fazer diferença na comunidade, trabalhando incessantemente em favor da promoção da
cidadania e de um ensino de qualidade, como vem fazendo desde a sua implantação na comu-
nidade.
A escola está periodicamente avaliando este compromisso com o intuito de responder
as demandas apresentadas pelos alunos, pelos órgãos centrais e locais de normatização de sua
prática social e se disponibiliza a reorganizar os seus processos sempre que necessário, enten-
dendo que a educação é um processo social de construção curricular cultural e humanizador.
Apresenta-se, portanto, este documento à comunidade como resposta as suas demandas. Para
tanto, define, neste documento, seus princípios, valores, sua missão, bem como toda a propos-
ta de encaminhamento curricular, baseada na legislação e nas reformas que se dão neste mo-
mento politico-educacional pelo qual passa o país.
A escola, enquanto instituição formativa, deve decidir-se por seus rumos e questionar cons-
tantemente sua função. Portanto, a educação, preconizada no Projeto Político Pedagógico do
Centro de Ensino Tancredo de Almeida Neves, fundamenta-se nos quatro pilares da educação,
sendo eles: Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Conviver e Aprender a
Ser.
Além de ofertar um modelo de educação que dê conta de contribuir para a formação de
cidadãos conscientes do seu papel na sociedade, por meio da construção, disseminação do

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conhecimento (re)leitura de mundo, num processo contínuo de aprendizado, envolvendo pro-
fessores, alunos, funcionários e toda a comunidade.
Nesse aspecto, planejar as ações do Centro de Ensino com a participação de toda co-
munidade escolar é essencial para que possamos cumprir nossa missão como educadores e
cidadãos. E, para isso, pautamos nosso compromisso em valores éticos, valorizando a verda-
de, o respeito e o diálogo entre todos que fazem o CENTRO EDUCA MAIS TANCREDO
DE ALMEIDA NEVES.

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3 IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRICO ESCOLAR

NOME: CENTRO EDUCA MAIS TANCREDO DE ALMEIDA NEVES

ENDEREÇO: RUA ANTONIO DE MIRANDA, S/N - VILA REDENÇÃO I

LOCALIZAÇÃO: ZONA URBANA DE IMPERATRIZ

MODALIDADES DE ENSINO: ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL (DIURNO)

Total de alunos/ matriculados em 2021: 419 estudantes

Equipe Gestora:

Função Nome Titulação/Habilitação


Gestor Geral Antonio Rios de Alcântara Biologia
Gestor Pedagógico Ana Cristina Carvalho Araújo Pedagogia
Secretário Escolar Elvis Antonio Ferreira Macedo Ensino Médio
Gestor Administrati- Maria Dalvanir de Oliveira Mota Letras
vo Financeiro

Equipe Técnico- Pedagógica

Professores Coordenadores de Área:


a) Linguagens: Maria de Fátima Rodrigues Barbosa
b) Matemática: Celson Santos da Silva
c) Humanas: Marcos Willian Barreto de Macedo
d) Ciências da Natureza: Ana Claudia dos Santos Silva Pereira

Equipe Docente:
Quantidade de professores: 21

12
O corpo docente da referida instituição no(a) ENSINO MÉDIO INTEGRAL DE 1ª A 3ª
SÉRIE..

Nome do docente Titulação/ Componente Série/Módulo/Ano*


Habilitação curricular
Ana Claudia dos S. Silva Pereira Biologia Biologia 3ª série
Celson Santos da Silva Matemática Matemática. 2ª a 3ª série
Carlos Augusto C do Nascimento Filosofia Filosofia 1ª a 3ª série
Djalma Fernandes Carvalho Juni- 3ª série
Matemática Matemática
or
Everton dos Santos Araújo Física Física 1ª a 2ª série
Eduardo Amorim Coelho Letras Português 2ª a 3ª série
Elisenir Santos Lima Letras Espanhol 1ª a 3ª série
Francilene Sousa Galvão Ed. Física Ed Física 1ª a 3ª série
Francisco Xavier Costa Junior Matemática Matemática 1ª a 2ª série
Genesis Rafael Rocha Negreiros Geografia Geografia 1ª a 3ª série
Gizelle de J. Macedo Nascimento História História 1ª a 3ª série
Harley Roberto Palheta Cunha Sociologia Sociologia 1ª a 3ª série
Inácia Neta Brilhante de Sousa Letras Português 1ª série
Luan Rodrigo Cunha Dias Química Química 1ª a 3ª série
Marcos William Barreto de Ma- 1ª a 3ª série
Historia História
cedo
Maria de Fatima Rodrigues Bar- 2ª série
Letras Português
bosa
Maria Cristiane Aquino da Silva Letras Inglês 1ª a 3ª série
Plinio Santos Nascimento Física Física 2ª a 3ª série
Shelton Pereira de Sousa Química Química 1ª a 3ª série
Wandry Morais Lustosa Artes Artes 1ª a 3ª série
Wilton Carlos Moraes da Cunha Biologia Biologia 1ª a 3ª série

13
O Centro de Ensino Tancredo de Almeida Neves está localizado na Rua Antônio de
Miranda, S/N Bairro Vila Redenção I, cidade Imperatriz/MA. Foi fundado em 29 de outubro
de 1987, na Administração Municipal do Exmº Prefeito Drº José de Ribamar Fiquene , com o
nome de Escola Municipal Tancredo de Almeida Neves, em homenagem ao falecido Presi-
dente da República Tancredo de Almeida Neves, que não conseguiu tomar posse do cargo
eleito.
A escola passou a atender toda a população do emergente bairro de Vila Redenção,
formando uma população em sua maioria de pessoas de baixa renda familiar, desempregados
e subempregados, características que até hoje, com algumas exceções, ainda se mantém neste
bairro de periferia. Em 1994, foi publicado, no decreto nº. 13933 de 04/06/1994, no Diário
Oficial do Estado do Maranhão nº. 089 de 10/05/1994, o Reconhecimento Legal da Escola Nº:
060/2005, autorizada pela Resolução de Nº. 082/2000. Hoje, a escola funciona nos turnos
matutino e vespertino, com Ensino Médio regular. O Centro de Ensino Educa Mais Tancredo
de Almeida Neves está localizado à Rua Antonio de Miranda, s/n. Vila Redenção em Impera-
triz-Ma.
Diante da responsabilidade quanto à manutenção do ensino básico, o Centro de Ensino
passou em 1994 a pertencer a Rede Estadual de Ensino do Maranhão, através da Lei n°
730/94. Com essa mudança o Centro de Ensino passou a atender também o Ensino Médio,
sendo esta uma grande conquista da comunidade que há tempos lutava pela oferta desta mo-
dalidade de ensino no bairro.
Até o ano de 2012, o Centro de Ensino funcionou ofertando o Ensino Fundamental e
Médio. A partir de então, passou a atender somente o Ensino Médio, sendo um dos principais
centros de ensino da grande Vila Redenção com uma área total de 8.211,80 m². O referido
centro é ainda destaque quanto à qualidade do ensino ofertado e quanto aos projetos desen-
volvidos. Hoje, ofertamos Ensino Médio em Tempo Integral.

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4 MARCO SITUACIONAL

4.1 Visão estrutural

Se compreendermos a realidade como caracterizada pela constante transformação,


podemos afirmar que a realidade brasileira ainda é muito injusta, com muitas diferenças cultu-
rais, sociais e econômicas. As desigualdades são alarmantes, gerando, por conseguinte, um
quadro de exclusão social. Esse quadro também se apresenta em nosso contexto.

4.2 Diagnóstico

O Centro Educa Mais Tancredo de Almeida Neves é uma escola Pública Estadual com
mudanças bastante significativas em prol dos seus estudantes. Todavia, quanto à proposta de
ensino, o Centro Educa Mais trabalha Integral, desde 2018, com o objetivo de trabalhar o
todo do estudante, propiciando maior interdisciplinaridade a fim de conceber estudantes
com maior envolvimento em seus Projetos de Vida.
A concepção de gestão praticada neste Centro Educa Mais é democrática, participativa
e descentralizadora, o que imprime confiança e credibilidade tanto perante a comunidade
quanto ao corpo docente, discente e demais funcionários. E isso, acaba refletindo positiva-
mente no comprometimento pedagógico dos professores.
O Centro Educa Mais Tancredo de Almeida Neves é uma instituição de porte médio
que atende apenas ao Ensino Médio Integral, funcionando com 10 turmas, perfazendo um
total de 419 estudantes. Conta com o trabalho de 21 profissionais.
A comunidade local é composta por trabalhadores da horticultura, trabalhadores in-
formais e formais (prestação de serviços e indústria), além da existência de muitos subempre-
gados e desempregados, os quais sobrevivem com a ajuda da Bolsa Família - Programa do
Governo Federal de auxílio às famílias de baixa renda. Portanto, é uma clientela heterogênea.
As parcerias são sempre bem vindas, visto que, contribuem, significativamente, empreenden-
do ações para que a escola real, que temos, possa se tornar a escola ideal, a qual queremos.

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4.3 Indicadores de desempenho da escola

Ano Taxa de Aprovação % Taxa de Reprovação % Taxa de Abandono %


2012 69,9 6,7 15,9
2013 73,4 5,9 12,3
2014 69 14,5 7
2015 80,40 5,86 4,84
2016 74,19 9,58 3,63
2017 78,50% 2,50% 1%
2018 85% 6% 9,10%
2019 96,75% 3,25% 0%
2020 98,43% 0,45% 0,45%

As ações desenvolvidas pelo Centro Educa Mais Tancredo de Almeida Neves, no sen-
tido de melhorar a aprendizagem dos alunos, são uma constante, principalmente quando se
analisam as habilidades e competências que estão sendo cobradas nas avaliações externas e
internas. Todavia, quando se pensa nos Direitos de Aprendizagens, que devem ser garantidos
aos alunos, é que o Centro de Ensino vem procurando intervir de maneira significativa para
proporcionar esses direitos.
Nesse sentido, ao analisar os índices de aprovação, comparados desde os anos de 2012
a 2020, nota-se que vem aumentando a cada ano e, em contrapartida, percebe-se que a taxa de
abandono também vem diminuindo. E isso, é um ponto positivo, pois as ações desenvolvidas
tem buscado justamente garantir uma aprendizagem de qualidade e isso resulta em um núme-
ro maior de aprovados.
Por fim, a taxa de reprovação entre os anos de 2012 a 2020 foi decaindo, porém entre
os anos de 2014 e 2015 houve um aumento e isso refletiu também na queda do número de
aprovados. Contudo, diante desses resultados, o Centro Educa Mais procurou efetivar ações
para evitar que o número de reprovados aumentasse, entre elas pode-se destacar: o Nivela-
mento nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática. Essas ações contribuíram para que, no
ano de 2020, a taxa de reprovação e o abandono diminuíssem e a taxa de aprovação aumen-
tasse.

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4.4 Estrutura física

O Centro Educa Mais Tancredo de Almeida Neves é uma instituição ampla para os
padrões de porte médio e conta com os recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola –
PDDE, PNAE, FOMENTO e Fundo Estadual da Educação – FEE.

Quadro das Dependências Físicas da Escola

ITEM DEPENDÊNCIA QTDE


01 DIRETORIA 01
02 SALA DE PROFESSOR 01
03 LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS 01
04 LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA 01
05 LABORATÓRIO DE QUÍMICA 01
06 LABORATÓRIO DE BIOLOGIA 01
07 SALA DE AULA 10
08 SECRETARIA 01
09 AUDITÓRIO 01
10 COZINHA 01
11 BANHEIRO MASCULINO 03
12 BANHEIRO FEMININO 03
13 VESTUÁRIO MASCULINO 0
14 VESTUÁRIO FEMININO 0
15 BANHEIRO MASCULINO PARA PNE 02
16 BANHEIRO FEMININO PARA PNE 02
17 BANHEIRO DE FUNCIONÁRIOS MASCULINO 02
18 BANHEIRO DE FUNCIONÁRIOS FEMININO 02
19 QUADRA 00
20 PÁTIO COBERTO 01

17
21 SALA DO GRÊMIO 01
22 ALMOXARIFADO 02
23 DEPÓSITO PARA MATERIAL DE LIMPEZA 01
24 DEPÓSITO DE ALIMENTOS 01
25 COORDENADORIA /SUPERVISÃO 01
26 COZINHA 01
27 BIBLIOTECA 01

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5 MARCO FILOSÓFICO

5.1 Concepção de sociedade

De acordo com Durkheim “a sociedade encontra-se, a cada nova geração, na presença


de uma tábua rasa, sobre a qual é necessário construir novamente”. Desta forma, entende-se
sociedade como um agrupamento de indivíduos que estabelecem entre si relações econômi-
cas, políticas e culturais.
Numa sociedade existe unidade de língua e cultura, sendo que seus membros obede-
cem às mesmas leis e seguem os mesmos costumes e tradições. Desta forma, as consciências
individuais são formadas pela sociedade e sendo assim, a construção do Ser Social é feita em
boa parte pela educação, ou seja, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e
princípios, sejam eles morais, religiosos, éticos ou de comportamento que formam este Ser.
Esses fatores é que norteiam a conduta do indivíduo num determinado grupo. Portanto, o ho-
mem é elemento formador da sociedade, o que o torna produto dela.

5.2 Concepção de homem

Segundo Aristóteles, o homem é um animal racional. Animal é a categoria próxima, na


qual se inclui o homem. Racional é a diferença específica, que distingue conceitualmente o
homem dos outros animais. Para a filosofia grega, o homem é um “ser racional”, ou melhor
dito, um animal que possui razão. Essa definição implica dizer que o homem é uma coisa cuja
natureza consiste em poder dizer o que são as outras coisas. Ou seja, a razão permite ao ho-
mem definir-se e definir o conjunto do universo.
Segundo Paulo Freire, o homem é um ser inacabado, ou seja, o homem não é um ser
somente em desenvolvimento psicológico, mas um ser concreto em relação ao real. O conhe-
cimento do homem é continuamente transformado pelas novas informações que ele recebe e
pelas experiências pelas quais passa. Assim, o homem, sendo uma espécie social, caracteriza-
se pela construção de sua individualidade por meio da relação com o outro.
O mundo se transforma constantemente e o homem é sujeito da própria educação. Lo-
go, a partir de uma reflexão sobre a ação, ele contribuirá para as mudanças e melhorias no

19
contexto em que está inserido. Para que isso aconteça e o homem possa competir com sucesso
no mercado de trabalho globalizado, os sistemas escolares devem colocar à sua disposição
profissionais capazes de vencer os desafios da aprendizagem.

5.3 Concepção de educação e aprendizagem

A educação é o processo que permite ao homem formar-se e constituir-se num ser dig-
no e consciente de suas ações. É por meio da educação que ele constrói a sua cidadania e inte-
rage com o meio, com o outro e poderá, ou não, transformar a sua vida e a sociedade.
Dentro desse contexto, o processo de ensino aprendizagem envolve uma série de pon-
tos que devem ser observados, para que se determine uma ideia chave ou linha central a ser
seguida. Ou seja, devemos levar em conta o que é ensinar e para quem ensinar, o que vai ser
aprendido, e de que forma vai ser ensinado. Podemos dizer que essa prática deve proporcionar
tanto ao professor quanto ao aluno a possibilidade de buscar o conhecimento teórico numa
perspectiva reflexiva sobre o cotidiano.
Enfim, essa linha de pensamento do que é ensinar e como ensinar segue um planeja-
mento prévio, primando pela experiência de vida, tanto do aluno quanto do professor, que
quando bem aproveitada, contribui para o enriquecimento do conhecimento e cria um clima
de predisposição favorável à aprendizagem.

5.4 Concepção de escola

De acordo com Saviani (1991, p.14), “o trabalho educativo é o ato de produzir direta e
intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e cole-
tivamente pelo conjunto dos homens.” Portanto, o objetivo da escola é transmitir conhecimen-
tos como forma de perpetuar cultura, desenvolver a personalidade e estimular a sociedade.
A escola desempenha três funções principais que são: selecionar e transmitir conheci-
mentos, estimular atitudes consideradas úteis para a aprendizagem e preparar para o convívio
social. Logo, a escola não se limita espaço físico, mas age sobre a sociedade transformando-a,
em conjunto com a família e as instituições sociais que colaboram para a construção do saber.

20
6 MARCO OPERATIVO (diretrizes de ação)

O Centro de Ensino Educa Mais Tancredo de Almeida Neves registra aqui a sua in-
tenção educativa, pautada em princípios que nortearão todo o seu trabalho educativo junto a
sua comunidade escolar.

6.1 A missão

Ofertar educação de Ensino Médio em tempo integral com vistas à formação de jovens
autônomos, solidários e competentes, para que tenham oportunidades no mundo do trabalho
e/ou acadêmico e exerçam sua cidadania com dignidade.

6.2 Visão

Ser referência, até 2024, quanto à oferta de educação integral de excelência, alicerçada
na formação de competências e valores que possibilitem ao jovem a concretização do seu pro-
jeto de vida.

6.3 Os valores

• Dignidade
• Inclusão social
• Compromisso
• Cooperação
• Qualidade

6.4. Princípios Educativos

a) Protagonismo: O estudante é envolvido como parte da solução e não tratado como


problema.
b) Os 4 pilares da Educação: Por meio do desenvolvimento das suas competências.

21
c) A Pedagogia da Presença: Sendo a referência de todas as práticas educativas de todos
os educadores.
d) A Educação Interdimensional: A consideração das dimensões da corporeidade, do
espírito e da emoção na formação humana e não apenas a dimensão cognitiva.

6.5 Os objetivos e metas

Desenvolver a capacidade de aprendizagem, postura pesquisadora, autoestima,


valorização humana para a formação de valores, fortalecimento dos vínculos familiares e con-
vivência comunitária, por meio de conhecimentos socialmente úteis, a fim de exercer sua ci-
dadania.
Todos esses objetivos culminam para que o Centro Ensino possa alcançar algumas metas que
são reflexos do trabalho realizado ao longo de cada ano letivo, dentre os quais podemos des-
tacar:

 Diminuir a evasão escolar em70%;


 Aumentar 2 percentuais na nota do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM;
 Diminuir os índices de reprovação de9,58% para 5,0%na escola em 2017.

6.6 As políticas e estratégias

Para o alcance de todos os objetivos e metas propostos traçados pelo Centro de


Ensino, faz-se necessário estabelecer algumas políticas e estratégias que possam contribuir
para se alcançar os resultados. Entre elas pode-se realçar:

 O respeito à convivência pacífica e a valorização humana são o foco, para que os nos-
sos alunos desenvolvam uma cultura de solidariedade e não de violência;
 O compromisso com a aprendizagem é renovado a cada dia a partir da implementação
do planejamento participativo;
 A avaliação continuada das atividades realizadas (os projetos interdisciplinares, os
projetos de extensão, as visitas técnicas, as palestras…)

22
 A disciplina escolar como meio para a efetivação da aprendizagem do discente.

6.7 As determinações gerais

O presente projeto político pedagógico terá a duração de cinco anos a contar do ano de
2016. O mesmo será revisto, reavaliado e reajustado ao início de cada período letivo.
O PPP do Centro de Ensino Tancredo de Almeida Neves está pautado em uma dimensão dis-
ciplinar com vistas a fomentar o respeito, a valorização do outro e a afetividade, tudo isso
sendo construído em parceria com todos os atores do processo.

23
7 ESTRUTURA ORGÂNICA

A gestão democrática é um processo político por meio do qual as pessoas da escola


discutem, deliberam e planejam, procurando solucionar os problemas encaminhados, acom-
panhando, controlando e avaliando o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da es-
cola. Conta com a participação efetiva dos segmentos da comunidade escolar, o respeito a
normas coletivas construídas no processo de tomada de decisões e garantindo o acesso às in-
formações.
Nesse sentido, a comunidade escolar do Centro Educa Mais Tancredo de Almeida Ne-
ves está atualmente organizada conforme o organograma abaixo:

Os protagonistas da ação educativa em termos de quantidades estão distribuídos con-


forme quadro abaixo:

24
PROFISSIONAIS QUANTIDADE
Gestor geral 01
Gestora adjunta 02
Coordenadora pedagógica 04
Professores 21
Secretária 01
Apoio pedagógico 00
Bibliotecárias 01
Agentes de serviços gerais 04
Vigias 04
Merendeiras 06
Total 41

7.1 A gestão administrativa e a responsabilidade global da escola

ANO GESTÃO ESPECIFICAÇÃO


2010
a Antonio Rios de Alcantara
Gestão
2021 Ana Cristina Carvalho Araujo
Maria Dalvanir de Oliveira Mota

A Supervisão Escolar, instância de acompanhamento e controle da operacionalização


geral da escola, é exercida por uma equipe da Diretoria Regional de Educação.
O colegiado e o Caixa Escolar do CE Tancredo de Almeida Neves, como órgãos de
decisão, apoio e fiscalização à gestão escolar, são compostos atualmente por representante dos
segmentos da comunidade escolar. Para tanto, os referidos órgãos reúnem-se, bimestralmente,
para realizar as atividades as quais são designados. O Colegiado Escolar e o Caixa Escolar são
compostos pelos membros abaixo representados:

ANO SEGMENTOS REPRESENTADOS REPRESENTANTES

25
PELO COLEGIADO ESCOLAR
Gestão Escolar Antonio Rios de Alcantara
Harlley Roberto Palheta Cunha,
Professores Maria de Fátima Rodrigues
2020
Barbosa
2023
Servidores Walter Melo Gomes
Antonia Lucy Alves Feitosa,
Pais
Tomaz José Vieira Mesquita
CAIXA ESCOLAR (CONSELHO FISCAL)
Presidente Antonio Rios de Alcantara
Tesoureira Raimundo Marques da Silva
2020 Suplente de Tesoureira Celson Santos da Silva
2023 Secretária Inácia Neta Brilhante de Sousa
Djalma Fernandes Carvalho
Suplente de Secretária
Júnior

O Conselho de Classe é o órgão avaliativo interno do desempenho dos discentes. O


referido órgão se reúne ao final de cada período com a função de acompanhar os alunos, bi-
mestralmente, visando a tomar providências no sentido de corrigir as falhas detectadas.
O conselho de classe também é resguardado pelo sigilo e pelo comprometimento da equipe
com vistas à resolução dos problemas apresentados, sendo um princípio basilar desta proposta
de trabalho.

7.2 A gestão pedagógica

A modalidade de ensino oferecida pelo CE Tancredo de Almeida Neves é o Ensino


Médio, como última etapa da Educação Básica. O Ensino Médio objetiva, segundo a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB 9.394/96, consolidar e aprofundar os conhe-
cimentos adquiridos na educação fundamental, desenvolver a compreensão e o domínio dos
fundamentos científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna e o prosseguimento
dos estudos.

26
7.3 A proposta curricular

O Currículo Escolar está embasado nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino


Médio, nos Referenciais Curriculares do Ensino Médio e nas Diretrizes Curriculares Nacio-
nais da Educação Básica, visto que, o novo paradigma do Ensino Médio, no Brasil, situa o
educando como sujeito produtor de conhecimento e participante do mundo do trabalho, capaz
de resolver situações reais, desse modo, prepara o jovem para a cidadania. No Maranhão, es-
ses anseios são manifestados por meio da valorização da cultura juvenil que permeia os Refe-
renciais Curriculares idealizados pelo Estado.

7.4 Calendário Escolar

O calendário escolar é o documento oficial que organiza os dias letivos para alunos e
professores. É elaborado no início de cada ano letivo seguindo as orientações da SEDUC/MA.
No calendário escolar, constam as reuniões pedagógicas, conselhos de classe, capaci-
tações, férias, recessos e período de aula. O calendário será seguido rigorosamente, pois so-
mente dessa forma serão garantidos os 200 dias letivos para os estudantes.
A organização dos horários ainda é realizada de acordo com as possibilidades de traba-
lho do professor, visto que ainda há muitos professores que trabalham em escolas diferentes
(complementação de carga horária). Procura-se organizar um horário, tomando cuidado com a
distribuição das aulas, de forma que os alunos não sejam prejudicados.

7.5 O sistema avaliativo

Sabe-se que a avaliação deve ser um instrumento político–pedagógico que contemple


as formulações sobre o ser humano/sociedade/mundo, centrada num processo de construção
mútua. Dessa maneira, estaremos valorizando o que está disposto em algumas das diretrizes
gerais da educação, conforme preconiza a Lei Nº 9.394/95, Lei de Diretrizes da Educação
Básica– LDB, em seu artigo 9º, Inciso VI – “assegurar processo nacional e avaliação... em

27
colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria
da qualidade de ensino”.
Segundo Celso Vasconcelos (2001, p. 5), “a mudança na intencionalidade da avalia-
ção, mesmo sem maiores mudanças em outros aspectos num primeiro momento, tem possibi-
litado avanços significativos do trabalho”. Baseados nessa concepção, é que compreendemos
que a avaliação deve considerar os objetivos propostos no planejamento do professor, que é
realizado, continuamente, por meio de trabalhos individuais e grupais, testes mensais e provas
bimestrais, em momentos determinados pelo calendário escolar.
O planejamento das disciplinas é realizado mensalmente por área de conhecimento,
com a intenção de facilitar o processo avaliativo e de acompanhar as atividades desenvolvidas
nos projetos do Centro de Ensino. Em decorrência do tempo e da rotina escolar, os professo-
res promovem um replanejamento em relação aos conteúdos que foram constatados com al-
guma dificuldade a fim de promover uma nova oportunidade de aprendizagem.
Em síntese, partindo desse pressuposto, o Centro de Ensino, com base nas avaliações
sejam elas internas ou externas, busca valorizar os conhecimentos aprendidos ao longo do
processo, pelos educandos, estimulando-os que a cada dia deem novos significados aos ensi-
namentos internalizados.

7.6 A proposta de formação continuada de docentes

A formação continuada dos professores visa a estimular a perspectiva crítico reflexiva


e de vivência em grupo. Essa formação não se fará somente por acumulações teóricas adquiri-
das em cursos, mas também por interações pessoais e por experiências de vida partilhadas.
Para tanto são ofertados momentos de socialização de conhecimentos, leitura de textos
e documentos, filmes entre outras atividades formativas, todos voltados para temas que se
fizerem necessários no decorrer do período letivo, o momento reservado para essa atividade
será uma vez a cada trimestre antes do planejamento.

28
7.7 A proposta de trabalho com a família

A participação da família na vida escolar dos nossos alunos é indispensável, visto que
não temos condições de educar sem a contribuição e sem a presença dela no ambiente escolar.
A participação da família se dá a partir de reuniões bimestrais para o acompanhamento do
rendimento escolar ou mesmo quando a equipe pedagógica entende que é necessária a partici-
pação.
O Centro Educa Mais Tancredo de Almeida Neves promove, ao longo do ano, quatro
Plantões Pedagógicos com a finalidade de situar a família sobre o desenvolvimento dos alunos
quanto às questões de aprendizagem, proposta de trabalho, indisciplina, dentre outros aspectos
que achar pertinente. Esse momento também visa a receber aqueles pais que, por um motivo
ou por outro, deixaram de comparecer às reuniões nas datas marcadas.
.

29
8 OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio tem a duração de três anos e o currículo pleno possui uma base co-
mum formada por componentes curriculares obrigatórios e ainda uma parte diversificada para
atender às diferenças individuais dos alunos. São contemplados conhecimentos, conteúdos e
estratégias pedagógicas que possibilitem ao adolescente e ao jovem o desenvolvimento de
habilidades e competências que os capacitem para a realização de atividades da vida humana,
tais como: a convivência social, a produtividade e a subjetividade, ou seja, deverão ser postos
em prática os quatro pilares da educação: aprender a conhecer, a fazer, a viver e a ser.
Segundo a LEI Nº 9394/96-LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NA-
CIONAL, o atual Ensino Médio tem como finalidades: a consolidação e aprofundamento dos
conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, a preparação básica para o trabalho flexível
e cidadania do educando; o aprimoramento intelectual e moral e a compreensão dos funda-
mentos científicos e tecnológicos dos processos produtivos, a partir de um posicionamento
ético.

8.1 Objetivos Gerais da escola

Com base neste objetivo maior, o principal objetivo do Ensino Médio nesta escola é
orientar o adolescente a se tornar um cidadão agente de mudanças, capaz de adaptar-se ao
contexto social e tem como finalidades:

I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino


Fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos;
II. A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continu-
ar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condi-
ções de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III. O aprimoramento do educando como pessoa, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV. A compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina;
V. A modalidade de Educação de Jovens e Adultos, oferecida pela escola, espe-
cialmente no ensino noturno é destinada às pessoas da comunidade que não tiveram
acesso ou continuidade de estudos, no ensino fundamental e médio na idade própria.
Observando-se a legislação vigente.

30
8.2 Objetivos Específicos da Escola

 Observar a legislação vigente e os encaminhamentos acerca da implantação


da nova Base Nacional Comum (BNCC) em fase de aprovação no Congresso,
resultado da mobilização nacional, no sentido de considerá-la na execução de um
currículo afinado aos objetivos nacionais e à diversidade cultural pertinente ao
contexto regional e local em que a escola está inserida, buscando-se os objetivos de
aprendizagens propostos para o Ensino Médio, nas modalidades Regular e Educação
de Jovens e Adultos.
 Favorecer a construção de conhecimentos acadêmicos a partir dos saberes
populares existentes, experiências de vida, aprofundando-os e reelaborando-os
conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais e as metas do PNE 2014-2024;
 Consolidar conhecimentos com experiências culturais e sociais de forma
dinâmica e significativa, tendo em vista a garantia dos direitos de aprendizagem
postos nos objetivos elencados na BNCC, 2016;
 Promover estudos de reforço e recuperação conforme as necessidades
apresentadas e sistemática de avaliação em vigência;
 Desenvolver projetos sociais, educativos e didáticos, visando à formação
crítica, política e cultural dos alunos de forma a contribuir na sua inserção em
oportunidades de preparação para o mercado de trabalho, observando-se as
legislações vigentes. (ECA,1990);
 Ter como elementos norteadores, aspectos disciplinares formativos, não-
punitivos, respeitando as individualidades e a diversidade social representada por
cada aluno; bem como fazê-los respeitar seus professores e demais funcionários da
escola;
 Promover o aperfeiçoamento de competências, habilidades e talentos, com
atividades didáticas, culturais e sociais, planejadas de forma coletiva, estratégica e
interdisciplinar;
 Realizar de forma mais dinâmica e criativa os projetos existentes na escola,
procurando sempre o maior envolvimento de todos os membros da comunidade
escolar, visando a motivar os alunos, a elevar sua autoestima e promover sua
cidadania e os direitos humanos com fundamento legal, compromisso e
responsabilidades de todos;
 Firmar parcerias com outras instituições para fortalecer as ações e o trabalho
pedagógico na escola;
 Implementar projeto de interação família-escola-comunidade.

Em relação aos alunos portadores de deficiência, a escola tem como objetivos:

 Estabelecer reunião entre a família do aluno portador de deficiência com o


corpo docente da escola para conhecer o comportamento social do aluno; as terapias
que frequenta; a rotina estabelecida na escola de Ensino Fundamental ou da série an-
terior e como reage às normas e sansões sociais;
 Disponibilizar, ao educando, áudio de texto para ser estudado na escola para
o desenvolvimento de atividades pedagógicas;
 Fornecer lupa para leitura de texto para os alunos portadores de baixa visão;
 Aumentar a fonte de textos utilizados nas avaliações internas para fonte Arial

31
ou Verdana com tamanho 20 a 24;
 Acompanhar os avanços a partir de guias de acompanhamento individual dos
alunos portadores de deficiência, verificando quais as intervenções necessárias, de
acordo com a deficiência de cada aluno;
 Desenvolver quadro de rotina para o desenvolvimento de atividades de acor-
do com a deficiência do aluno;
 Garantir, nas reuniões de coordenação de área, a partilha de estratégias esta-
belecidas pelos professores que lograram êxito para com os alunos portadores de de-
ficiência;
 Explicar sobre sons rotineiros na escola como a música para a troca de pro-
fessores; intervalos; projetos da escola e acolhimento.

32
9 FUNDAMENTOS LEGAIS E PEDAGÓGICOS DO ENSINO MÉDIO

As mudanças que ocorrem no contexto educacional atual apontam para a necessidade


de se estabelecer uma nova relação entre conhecimento e tecnologia, saber e técnica, buscan-
do a cientificidade na perspectiva de maior valorização das potencialidades dos adolescentes e
jovens do Ensino Médio. Não se restringe o ensino nesta etapa em formar mão de obra para o
mercado de trabalho, mas deve-se vincular a este objetivo a formação integral do aluno de
forma que compreenda e exercite sua cidadania a partir da aprendizagem contínua.
Estas novas exigências implicam a implementação de um projeto educativo norteado
por uma concepção de qualificação humana que tenha como princípio básico a construção da
autonomia intelectual e ética, considerando o contexto sócio histórico em que se insere a esco-
la. A atualidade exige mudanças de paradigmas que polarizam o aspecto humano do técnico
no processo de aprendizagem, voltando-se para a multidimensionalidade curricular, com ten-
dências à democratização do ensino, por meio da garantia de permanência do aluno na escola,
motivando sua participação política, social e produtiva.
Trata-se, portanto de compreender que este imperativo social requer, das instituições
de Ensino Médio, a articulação do conheci mento científico com a tecnologia, superando o
ensino enciclopédico. Segundo Perrenoud (2000, p. 128), nos Referenciais curriculares do
Ensino Médio do Estado do Maranhão/GDH-São Luís-MA, o conhecimento tecnológico de-
verá “formar o julgamento do senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades
de observação e de pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura
e a análise de textos e de imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias
de comunicação”.
Assim, a proposta de ensino desta escola está baseada na Legislação educacional vi-
gente: Lei Nº 9394/96 de onde emanam as diretrizes e orientações sobre o ensino brasileiro,
considerando todas as suas atualizações; na Resolução n. 4, de 13 de julho de 2010, que defi-
ne as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (DCNs) com o objeti-
vo de orientar o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino; nas Diretrizes
Curriculares Nacionais do Ensino Médio-DCNEM (1999); na Resolução n. 2, de 30 de janeiro
de 2012, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio; na Lei n.
13.005, de 25 de junho de 2014, que regulamenta o Plano Nacional de Educação (PNE), com

33
vigência de 10 (dez) anos; e na nova Base Nacional Curricular Comum (BNCC, 2016-2017),
ainda em processo de construção, mas que tem sido alvo de estudos e discussões com os pro-
fessores desta escola. Nos encontros pedagógicos de dezembro de 2015 e fevereiro de 2016,
já houve socialização dessa versão preliminar que trouxe elementos importantes, os quais ser-
virão de referência para o desenvolvimento das atividades docentes e dos projetos da escola e
para a relação da escola com sua comunidade. A expectativa é de que a segunda versão con-
temple de forma mais elaborada e propositiva os anseios da sociedade registrados nas inúme-
ras formas de participação.
A estrutura curricular, que fomentará os objetivos então colocados, visará à efetivação
da autonomia do aluno, com base em princípios pedagógicos interdisciplinares e ao desenvol-
vimento de projetos com fundamentos científicos e tecnológicos. Para tanto, é necessária a
adoção de um currículo integrando a cultura dos jovens com os saberes escolares, partindo-se
de problematização de situações de seu contexto histórico-cultural, nas perspectivas local e
global. Assim, o currículo deverá seguir as orientações das DIRETRIZES CURRICULARES
NACIONAIS DO ENSINO MÉDIO-DCNEM e das diretrizes apontadas no art. 36 da LDB
(BRASIL, 1999, p.38):

I – destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciên-


cia, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da
cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conheci-
mento e exercício da cidadania;

II – Adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos


estudantes;
III - Será incluída uma língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória, es-
colhida pela comunidade escolar, e uma segunda em caráter optativo, dentro das
disponibilidades da instituição.

A escola já vem oferecendo um ensino diferenciado na comunidade, zelando pela


disciplina e bem-estar dos alunos e professores, integrando-se à comunidade realizando
projetos educativos, sociais e didáticos significativos, inovando nas aulas, com seminários,
projetos de pesquisa, grupos de interesse, tendo sempre a preocupação de motivar os alunos a
irem além do que se recomenda como padrão curricular.
No que se refere à educação de Jovens, Adultos e Idosos, a escola vem acompanhando
as políticas atuais e se posicionando na comunidade diante do desafio e do compromisso
histórico de resgatar a inclusão social e oferecer, conforme legislação vigente oportunidade de
34
estudos, observando-se a função desta modalidade, no sentido de equalizar, recuperar e
continuar a carreira da escolarização dessa clientela, em específico. Para tanto, a escola vem
baseando sua prática educativa na Constituição federal (1988), art. 208, alterado pela Emenda
Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009, nos incisos I e VII em que passam a
vigorar as orientações, as quais a EJAI precisa seguir, assegurada sua oferta e sua
manutenção; bem como o atendimento ao educando de forma gratuita e especifica, para todos
os que não tiveram acesso na idade própria. (BRASIL/CF, 2009).
Os professores vem sendo orientados a trabalhar com os alunos no sentido de
desenvolver sua autonomia, cognitiva, afetiva e social, preparando-os para avaliações
internas, concursos, gincanas, simulados, vestibulares tradicionais e ENEM, explorando, ao
máximo, sua capacidade de aprender e aprender a aprender, a eles também sé direcionada
orientação psicopedagógica e profissional para escolha de suas futuras profissões, com
informações atualizadas sobre cursos acadêmicos das universidades da cidade e de regiões
vizinhas, incentivando-os a competirem de forma saudável e equilibrada.

9.1 Princípios metodológicos

Com base na fundamentação teórica aqui registrada, que considera as dimensões espi-
ritual, política, cultural, sociológica, psicológica e filosófica na formação integral dos alunos,
bem como as orientações dos Referenciais e nos Parâmetros Curriculares Nacionais, adota-
mos, como princípios metodológicos, a socialização de saberes, a interdisciplinaridade, a pro-
blematização, projetos pedagógicos e didáticos, aulas diferenciadas e contextualizadas, ofici-
nas, seminários, fóruns de debates, pesquisas bibliográficas e de campo, uso de métodos e
técnicas inovadoras enriquecidas por tecnologia e recursos diversificados, tais como videote-
ca, informática, laboratório multidisciplinar e outros.(BRASIL, 2015).
Assim, o objetivo de um currículo critico e criativo é oferecer condições de
aprendizagem significativa para que o aluno possa:

 Desenvolver, aperfeiçoar, reconhecer e valorizar suas próprias qualidades, prezar e


cultivar o convívio afetivo e social, fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro, para que

35
sejam apreciados sem discriminação por etnia, origem, idade, gênero, condição física ou soci-
al, convicções ou credos;
 Participar e se aprazer em entretenimentos de caráter social, afetivo, desportivo e cul-
tural, estabelecer amizades, preparar e saborear conjuntamente refeições, cultivar o gosto por
partilhar sentimentos e emoções, debater ideias e apreciar o humor;
 Expressar-se e interagir a partir das linguagens do corpo, da fala, da escrita, das artes,
da matemática, das ciências humanas e da natureza, assim como informar e se informar por
meio dos vários recursos de comunicação e informação;
 Situar sua família, comunidade e nação relativamente a eventos históricos recentes e
passados, localizar seus espaços de vida e de origem, em escala local, regional, continental e
global, assim como cotejar as características econômicas e culturais regionais e brasileiras
com as do conjunto das demais nações;
 Experimentar vivências, individuais e coletivas, em práticas corporais e intelectuais
nas artes, em letras, em ciências humanas, em ciências da natureza e em matemática, em situ-
ações significativas que promovam a descoberta de preferências e interesses, o questionamen-
to livre, estimulando formação e encantamento pela cultura;
 Desenvolver critérios práticos, éticos e estéticos para mobilizar conhecimentos e se
posicionar diante de questões e situações problemáticas de diferentes naturezas, ou para bus-
car orientação ao diagnosticar, intervir ou encaminhar o enfrentamento de questões de caráter
técnico, social ou econômico;
 Relacionar conceitos e procedimentos da cultura escolar àqueles do seu contexto cultu-
ral; articular conhecimentos formais às condições de seu meio e se basear nesses conhecimen-
tos para a condução da própria vida, nos planos social, cultural e econômico;
 Debater e desenvolver ideias sobre a constituição e evolução da vida, da Terra e do
Universo, sobre a transformação nas formas de interação entre humanos e com o meio natural,
nas diferentes organizações sociais e políticas, passadas e atuais, assim como problematizar o
sentido da vida humana e elaborar hipóteses sobre o futuro da natureza e da sociedade;
 Experimentar e desenvolver habilidades de trabalho; se informar sobre condições de
acesso à formação profissional e acadêmica, sobre oportunidades de engajamento na produção
e oferta de bens e serviços, para programar prosseguimento de estudos ou ingresso ao mundo
do trabalho;

36
 Identificar suas potencialidades, possibilidades, perspectivas e preferências, reconhe-
cendo e buscando superar limitações próprias e de seu contexto, para dar realidade a sua vo-
cação na elaboração e consecução de seu projeto de vida pessoal e comunitária;
 Participar ativamente da vida social, cultural e política, de forma solidária, crítica e
propositiva, reconhecendo direitos e deveres, identificando e combatendo injustiças, e se dis-
pondo a enfrentar ou mediar eticamente conflitos de interesse.

Desse modo, trabalhando na perspectiva interacionista no Ensino Médio, somada aos


princípios éticos e de convivência já referenciados, a escola prioriza a aprendizagem como
processo social interativo do qual resulta o conhecimento no ambiente escolar e fora dele.
Esse ambiente, que não se restringe à sala de aula, deve ser rico em leituras de jornais,
imagens, revistas, rótulos, mensagens televisivas, outdoors, livros de literatura, cartas,
bilhetes, jogos, desenhos, modelagens, pinturas, projetos, pesquisa in loco, simulados e outros
meios que possibilitem o desenvolvimento da capacidade criadora do educando e o exercício
da própria maneira de pensar, sentir e ser, ampliando suas hipóteses sobre o mundo ao qual
pertence.
Nessa etapa conclusiva da educação básica, há aspectos da formação que envolvem
todas as áreas de conhecimento, como o desenvolvimento da sociabilidade, da curiosidade, de
atitudes éticas, de qualificação para compreender e empregar inúmeras tecnologias, para
elaborar visões de mundo e sociedade. Para tanto, promoverá a curiosidade, imaginação e
investigação; apresentarão características diferentes em diferentes etapas ainda que, sempre
que possível, os conhecimentos sejam contextualizados, antes de se promover a generalização
e a abstração.
As áreas e componentes curriculares se articulam para promover a apropriação por
crianças, jovens e adultos de diferentes linguagens, para reconhecer e interpretar fenômenos e
processos naturais, sociais e culturais, para enfrentar problemas práticos, para argumentar e
tomar decisões, individual e coletivamente.

9.2 Diretrizes gerais de avaliação escolar

A escola vem procurando, na medida de suas necessidades, ponderar diversos

37
conceitos e concepções de avaliação, pautando-se em reflexões de sua prática avaliativa, tanto
em sala de aula quanto nas suas ações pedagógicas de apoio ao trabalho dos professores.
Nesse sentido, vale registrar algumas concepções:
Segundo Nevo (1990), quase tudo pode ser objeto de avaliação, constituindo, a avalia-
ção das aprendizagens, uma parte da avaliação do sistema educativo. Outros autores, Bloom,
Hastings e Madaus (1971), também relacionam a avaliação com a verificação de objetivos
educacionais.
Acrescenta-se a estas concepções alguns elementos das concepções mais atuais. Tam-
bém Noizet e Caverni (1985) e Cardinet (1993) se referem à avaliação como um processo de
verificação de objetivos, em que a produção escolar dos alunos é comparada a um modelo.
Para o último autor, o processo de avaliação contribui para a eficácia do ensino porque consis-
te na observação e interpretação dos seus efeitos. No limite, permite orientar as decisões ne-
cessárias ao bom funcionamento da escola.
Entende-se, hoje, que a avaliação é uma atividade contínua, qualitativa, envolvendo
mais do que medir, a atribuição de um valor de acordo com critérios que envolvem diversos
problemas técnicos e éticos. Perrenoud (1978, 1982), por seu lado, considera que a avaliação
participa na génese da desigualdade existente ao nível da aprendizagem e do êxito dos alunos.
A avaliação escolar, na sua forma corrente prática, afirma uma avaliação de referência norma-
tiva. A função reprodutora da escola, para o autor, concretiza-se por meio de práticas avaliati-
vas de referência normativa que reproduzem as desigualdades sociais. Por isso importante
avaliar não só o rendimento, mas todo o processo que envolve a caminhada do aluno e suas
aprendizagens. (LUCKESI, 2000; HOFMMAN, 1998).
Barbosa e Alaiz (1994, p.9) referem que, para que a avaliação esteja ao "serviço da
aprendizagem", existem obstáculos a ultrapassar, indicando que estes se situam a vários ní-
veis. Com relação a esse propósito, os autores afirmam que a informação veiculada aos alunos
é insuficiente, desconhecendo estes os critérios a partir dos quais são avaliados. Também,
afirmam contradições entre os critérios explicitados e aqueles efetivamente utilizados e, por
fim, uma apropriação diferente, por parte dos alunos, dos critérios de avaliação, consoante o
seu estatuto sociocultural e escolar. Na realidade, acrescentamos que a explicitação de crité-
rios é muitas vezes insuficiente, a variabilidade interindividual muito acentuada e a divulga-
ção de critérios e resultados muito limitada. Questões de validade e de rigor terão de ser con-

38
sideradas com muito maior atenção.
Em função da finalidade da avaliação, consideram três tipos de avaliação: uma prepa-
ração inicial para a aprendizagem, uma verificação da existência de dificuldades por parte do
aluno durante a aprendizagem e o controle para que sejam identificados quais os alunos que
atingiram os objetivos fixados previamente.
Os tipos de avaliação referidos representam, respectivamente, a avaliação diagnóstica,
a avaliação formativa e a avaliação certificativa. Esses são conceitos mais tradicionais de ava-
liação, mas que trazem algum tipo de referencial à nossa sistemática.

9.3 Sistemática de Avaliação Escolar

O aluno será avaliado no decorrer do processo ensino-aprendizagem, levando em


conta o seu desenvolvimento nos aspectos qualitativos e quantitativos. No que diz respeito aos
aspectos qualitativos, a escola em tempo integral conta com disciplinas eletivas que despertam
a curiosidade dos jovens em diferentes campos do conhecimento. No que diz respeito aos as-
pectos quantitativos, serão observados o desempenho do aluno durante o ano letivo e os
resultados obtidos por meio dos instrumentos de avaliação, tais como: testes, atividades
dirigidas, pesquisas, simulados, apresentação de trabalhos orais e escritos. Serão ainda
considerados, ainda, os aspectos formativos: participação, responsabilidade, organização e
respeito mútuo.
As avaliações na Escola de Tempo Integral são feitas semanalmente e contam com a
ajuda de tempos pedagógicos diferenciados, chamados de estudo orientado, momento que o
aluno exerce sua autonomia, estudando de forma concisa e consciente em horários diferencia-
dos para o desenvolvimento de suas habilidades.
Os critérios para aprovação do aluno serão conjugados à avaliação do aproveitamento
e a apuração da assiduidade. Será considerado aprovado, quanto ao rendimento, o aluno que
obtiver ao final do ano letivo, no mínimo, a média 6,0 (seis) extraída dos quatro bimestres.
Considerar-se-á aprovado, quanto à assiduidade, o aluno que tiver, no mínimo, 75% (setenta e
cinco por cento) de frequência do total de horas letivas, conforme determina o art. 24, inciso
6º da Lei 9.394/96 (LDB).
O aluno que não satisfizer os requisitos mínimos para aprovação por média será

39
submetido à recuperação.

9.4 Recuperação

A recuperação será paralela e periódica e far-se-á da seguinte forma:


 Paralela: realizada bimestralmente e durante todo o ano letivo, sempre por for identifica-
da a dificuldade de aprendizagem, será aplicada a recuperação paralela, por meio de metodo-
logias diversificadas, revisão dos conteúdos trabalhados, aplicação de estudos e pesquisas
orientadas, e atividades programadas tais como: exercícios, seminários, debates, dentre outras.
Essa avaliação pode substituir a menor nota que o aluno tiver.
 Final: após o resultado do quarto bimestre, o aluno que em uma ou mais disciplinas
obtiver média anual inferior a 6,0 (seis), extraída das médias dos quatro bimestres, será sub-
metido a estudos de recuperação e prova.
Para a aprovação do aluno, após a recuperação final, será considerada a média anual
(MA), somada à nota da recuperação final (NRF) dividida por dois, cujo resultado deverá ser
igual ou superior a seis. ( MA + NRF) ≥ 6,0.

9.5 Provas de 2ª Chamada

Amparados pela Lei nº 7.102-15/79, os alunos terão direito à 2ª chamada somente em


casos de doença infecto contagiosa (anexar atestado), luto, convocação para atividades cívicas
ou jurídicas e impedimento por motivos religiosos, observando as datas previstas em
calendário.
Não terá direito à 2ª chamada o aluno que se recusar a fazer as avaliações, estando
presente na escola, ou por motivo de viagem, lazer, atraso ou outras situações.
A 2ª chamada deverá ser requerida, na supervisão escolar, em até dois dias úteis após o
período das avaliações semanais, por meio do preenchimento de requerimento específico pelo
responsável, descrevendo as disciplinas em que sejam necessárias a reposição da prova.
A avaliação realizar-se-á em data e horário pré-estabelecidos pela escola, que infor-
mará previamente ao aluno, juntamente com o conteúdo, o dia e a hora.
Para a avaliação, o aluno deverá apresentar-se, pontualmente, no horário e dia

40
determinados, munido de comprovante de inscrição, material de uso pessoal e devidamente
uniformizado.

41
10 METAS E AÇÕES PARA O ANO DE 2021

As Escolas em Tempo Integral têm um instrumento discutido e elaborado com toda a


equipe escolar anualmente intitulado Plano de Ação. Para o ano de 2021, nossos desafios co-
mo comunidade escolar são dispostos em diferentes áreas, denominadas de premissas. Cada
uma das ações tem indicadores e metas que devem ser observadas por todos os sujeitos do
ambiente escolar.

10.1 Premissa protagonismo

PRIORIDADE INDICADOR DE RESULTADO META

Taxa de reprovação 4%
Excelência nos resultados
Cumprimento do plano de nivelamento de acordo
de aprendizagem 100%
com o planejamento.
Frequência Escolar 100%
Porcentagem de estudantes participando em pelo me-
Desenvolvimento de habili- 70%
nos um Clube em atividade regular
dades socioemocionais
Taxa de Abandono 0%
Índice de transferências 4%
Estudantes com Projeto de Vida elaborado ao final do
Desenvolvimento do Projeto 2º ano
100%
de Vida dos Estudantes

Efetivação do projeto de vida do estudante no pós-


100%
médio.

10.2 Premissa formação continuada

PRIORIDADE INDICADOR DE RESULTADO META

42
Completude da formação sobre o Modelo para toda a
Domínio das bases teóricas 100%
equipe
e metodológicas do Modelo
e sua aplicação efetiva no
Guias de aprendizagem publicados e compreendidos 100%
projeto escolar

Efetivação plena do currí- Cumprimento do currículo estabelecido 100%

culo Índice de faltas da equipe escolar 0%

10.3 Premissa excelência em gestão

PRIORIDADE INDICADOR DE RESULTADO META

Resultado do MAIS IDEB dos 3ºs anos.


Índice de inscrições no ENEM dos estudantes dos 3ºs
100%
anos

Integração e gestão dos Média das provas objetivas e média da redação do ENEM
500
resultados das escolas dos Centros de Ensino em Tempo Integral
Porcentagem de estudantes aprovados em instituições
50%
públicas de Ensino Superior

Índice de inscrições para vestibular da UEMA. 100%

Escolas com Plano de Ação elaborado e validado até o


100%
término do 1° mês do ano letivo
Domínio conceitual e ope- Escolas com Quadro de Resultado entregue até uma se-
racional dos instrumentos mana após o final do ano letivo 100%

de gestão e sua efetiva Índice de satisfação da comunidade escolar (comunidade


aplicação 90%
escolar: público interno)

Programas de Ação elaborados no prazo de 20/03/2021 100%

43
10.4 Premissa corresponsabilidade

PRIORIDADE INDICADOR DE RESULTADO META

Índice do preenchimento de vagas para os 1ºs anos. 100%

Índice de satisfação da comunidade externa, famílias e


Adesão e mobilização das 90%
parceiros
famílias e da comunidade
Escolas realizando atividades formativas que envolvam
ao Programa de Ensino 60%
os pais/familiares/responsáveis
Integral
Parcerias firmadas e mantidas 2

Presença dos pais/familiares nas reuniões 80%

10.5 Premissa replicabilidade

PRIORIDADE INDICADOR DE RESULTADO META

Gestão do Conhecimento - banco de dados dos Cen-


100%
tros Educa Mais
Implantação bem sucedi-
Secretaria fortalecida para garantir o sucesso da
da com processos susten- 100%
implantação
táveis e replicáveis

Índice de rotatividade da equipe escolar (professores


2%
e equipes gestoras)

44
11 MERENDA ESCOLAR

A merenda escolar é adquirida por meio de recurso fornecido pelo Fundo Nacional
de Desenvolvimento Escolar – FNDE ao Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE
do Governo Federal. O PNAE transfere os recursos ao Governo do Estado do Maranhão que,
por meio do Caixa Escolar do Centro de Ensino Tancredo de Almeida Neves, viabiliza a
compra de produtos alimentares que serão fornecidos aos alunos diariamente ao longo do ano
letivo.

45
12 PROGRAMAS E CONVÊNIOS

O Centro Educa Mais Tancredo de Neves conta com os seguintes Convênios:

 FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação;


 FEE - Fundo Estadual da Educação;
 PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar;
 PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola.

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13 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

Os Direitos Humanos são um conjunto de direitos civis, políticos, sociais, econômicos,


culturais e ambientais, sejam eles individuais, coletivos, ou outras formas. Referem-se à ne-
cessidade de igualdade e de defesa da dignidade humana que trata da formação de uma cultura
que valoriza a pessoa humana por meio da promoção e da vivência dos princípios da liberda-
de, da justiça, da igualdade, da solidariedade, da cooperação, da tolerância e da paz.
O objetivo central do Tema é a formação para a vida e para a convivência pacífica.
Portanto, a formação, a partir deste Tema, significa criar, influenciar, compartilhar e consoli-
dar mentalidades, costumes, atitudes, hábitos e comportamentos que decorrem daqueles valo-
res essenciais citados, os quais devem se expressar nos documentos da própria escola.
As dimensões da Educação em direitos Humanos são: conhecimentos historicamente
construídos sobre direitos humanos e a sua relação com os contextos; afirmação de valores,
atitudes e práticas sociais que expressem a cultura dos direitos humanos; a formação de uma
consciência cidadã capaz de se fazer presente nos níveis cognitivo, social, ético e político; o
desenvolvimento de metodologias participativas que promovam e ampliem os direitos huma-
nos desde a escola. (DCEM – 2014)

47
14 ESTÁGIO CURRICULAR NÃO – OBRIGATÓRIO

O Centro Educa Mais TANCREDO DEALMEIDA NEVES busca parcerias para ofer-
tar vagas de estágio curricular não – obrigatório aos seus estudantes do 1º, 2º e 3º ano do En-
sino Médio, de acordo com a lei Federal nº 11.788/08, LDBEN nº 9.394/96 DCNEM de 1998
e Decreto Estadual nº 32.685/17.
O estágio não obrigatório deve estar em consonância com os objetivos gerais deste
Projeto Político Pedagógico e atender aos objetivos da proposta curricular dos níveis de ensi-
no, conforme legislação vigente, garantido, ao estudante, autonomia e protagonismo, e, à es-
cola, a construção de uma lítica de não evasão.
De acordo com o Decreto Estadual nº 32.685/17, são obrigações do Centro Educa
Mais Tancredo de Almeida Neves:
1 – Inserir o Estágio não obrigatório ao Projeto Político Pedagógico da escola, para garantir
pleno acesso e participação dos estudantes;
II – Assinar Termo de Compromisso com o estudante ou com seu representante ou assistente
legal, e com a parte concedente, indicando as condições de adequação do estágio à proposta
pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar, ao horário e calendário esco-
lar;
III – Visitar e analisar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à forma-
ção cultural e profissional do estudante;
IV – Indicar o supervisor ou professor orientador, como responsável pelo acompanhamento e
avaliação das atividades do estagiário junto à parte concedente, observadas as especificidades
dos estagiários da Educação Especial;
V – Exigir do estudante a apresentação trimestral de registro das atividades;
VI – Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso, reorientando o estagiário para outro
local em caso de descumprimento de suas normas;
VII – Comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de reali-
zação de avaliações escolares;
VIII – Registrar, via formulário, eletrônico a avaliação do estudante, enquanto estagiário, para
fins de acompanhamento pela Secretaria Adjunta de Programas e Projetos Especiais e Secre-
taria Adjunta de Ensino.

48
15 REGIMENTO INTERNO ESCOLAR (normas de convivência)

A escola é um dos espaços sociais que mais se promove a interação em grupo, ou seja,
é o lugar onde se estabelece as principais relações de convivência. Esse grupo é formado por
alunos, professores, diretores, coordenadores e auxiliares em geral. Um grupo só funciona
bem quando cada um faz sua parte e conhece suas atribuições. O Regimento Escolar é um
mecanismo que orienta os atores do processo no sentido de direcionar a rotina da escola.
Este, por tanto, não é um conjunto artificial de normas inventadas para proibições,
mas é a confirmação de um compromisso recíproco, para que cada um saiba o que tem a fazer
e como fazer, a fim de que, o grupo ande bem. Dessa forma, quando não se observa os pre-
ceitos da vida em comum, a tendência é que o grupo se desorganize e com isso os objetivos
almejados não são alcançados.
Os alunos do Centro Educa Mais Tancredo de Almeida Neves têm uma série de deve-
res que para serem cumpridos dependerão muito do bom uso dos direitos. A atenção correta e
o compromisso é o que torna o trabalho mais agradável, fácil, tranquilo e alegre.
Esse regimento surge, então, da necessidade de efetuar um equilíbrio entre o que o
aluno quer fazer e o que pode fazer no ambiente escolar. Logo, as limitações e as deliberações
ressaltadas pelo regimento escolar tem a finalidade de possibilitar que aja harmonia durante o
percurso escolar.

15.1 Finalidades do regimento escolar

1º - Normatizar as ações e relações do convívio escolar em seu dia a dia;


2º- Proporcionar a formação para o exercício da cidadania, com compreensão da relação esco-
la X aluno e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental;
3º - Preservar para que direitos individuais não se sobreponham ao interesse coletivo.

49
15.2 Direitos de todos os alunos

Capítulo I

Art. 1° – Receber, em igualdade de condições, as orientações necessárias para realizar suas


atividades escolares, bem como usufruir de todos os benefícios oferecidos pela escola;
Art. 2° – Votar e ser votado para os cargos representativos da escola exercendo a cidadania;
Art. 3º – Ser tratado com dignidade e respeito pelos professores e demais funcionários;
Art. 4º – Promover, com a aprovação da direção e do colegiado, eventos de caráter cívico
religioso e artístico;
Art. 5º – Exercer função de representante do corpo docente onde for necessário através dos
representantes eleitos no colegiado;
Art. 6º – Questionar, quando tiver dúvidas, os serviços competentes da escola;
Art.7º – A segunda chamada das avaliações quando lhe for cobrada tal participação para me-
lhoria do ensino;
Art. 8º – Exigir do professor o cumprimento da carga horária e dos conteúdos propostos pelo
programa de ensino;
Art. 9º – Ter a oportunidade de defesa e receber explicações quando punido;
Art.10 – Ter privacidade e a propriedade respeitada pelos outros alunos;
Art.11– Expor suas ideias sem medo, de que tal atitude possa influenciar ou comprometer a
análise de seu desempenho escolar;
Art. 12 – Expor opinião própria, desde que não ofenda os professores, funcionários e alunos;
Art. 13 – Receber esclarecimento sem reações críticas de professores e funcionário;
Art. 14 – Tomar conhecimento do processo avaliativo da escola, bem como critérios e medi-
das adotadas ou que venham a ser adotadas para qualquer atividade na escola, seja ela avalia-
ção, pesquisa, etc.;
Art. 15 – Encontrar a escola limpa e com instalações em perfeitas condições.
Art. 16 – Revisão de atividades avaliativas ou notas quando solicitada à coordenação;
Art.17 – Apresentar sugestões e propostas culturais recreativas e esportivas;
Art. 18 – O aluno terá o direito de não sofrer constrangimento, descriminação ou injustiças
perante a turma;

50
Art.19 – O aluno do turno noturno terá minutos de carência após o horário de entrada desde
que apresente declaração de trabalho e uma foto 3x 4;
Art. 20 – É permitido ao aluno usar os sanitários em horário das aulas, desde que devidamen-
te autorizado pelo professor; tal uso não poderá, entretanto, tumultuar o andamento das aulas;
Art.21 – O uso acima não será permitido se o aluno fizer com a intenção de simplesmente
ausentar-se da aula;
Art.22 – O papel da disciplina, no ambiente escolar, além da sua função educacional é de
harmonizar as atividades discentes, a fim de criar um ambiente positivo ao processo educati-
vo.

15.3 Dos deveres

Capítulo II

Art. 1º – Ser pontual e frequente às aulas;


Art.2º – Estudar e realizar tarefas e demais trabalhos solicitados;
Art. 3º – Preocupar-se com seu quadro de notas bimestrais (manter em dias suas notas em
todas as disciplinas e apresentar-se, diariamente, com todo material de acordo com o horário e
determinação dos professores);
Art. 4º – Zelar pelo patrimônio da escola (carteiras, pias dos banheiros paredes, etc.), utilizar
a escola para seu engrandecimento;
Art. 5º – Zelar pela saúde sua e dos demais, não fumar nas dependências da escola;
Art. 6º – Evitar permanência na área junto aos banheiros; e/ou no pátio no horário de aula sob
pena de ser advertido por escrito;
Art. 7º – O aluno deverá participar da semana de avaliações que serão bimestrais e aplicadas
em blocos;
Art. 8º – O aluno deverá colaborar para com a Xerox das avaliações bimestrais e com o mate-
rial escolar solicitado no ato da matrícula;
Art. 9º – Aguardar o professor em sala na troca de horários;
Art. 10 – Ser assíduo, pontual e ao entrar na sala de aula, não gritar, não jogar as carteiras no
chão nem sujar a sala;

51
Art. 11 – Comparecer à escola uniformizado;
Art. 12 – Ser disciplinado, ninguém tem lugar próprio em sala de aula;
Art. 13 – Não lanchar na sala de aula;
Art. 14 – Não usar boné, tocão, bermuda, micro-saia, camiseta regata, short, roupas transpa-
rentes, não retirar e arrastar carteiras das salas;
Art. 15 – Prevenir-se contra acidentes – ser prudente, evitar brincadeiras que possam causar
danos físicos aos colegas;
Art. 16 – Não entrar na sala dos professores e/ou secretaria na hora do recreio;
Art. 17 – Não tirar os sapatos durante as aulas;
Art. 18 – Respeitar os colegas, professores e demais funcionários;
Art. 19 – Não utilizar a quadra no horário do recreio;
Art. 20 -Não agredir os colegas verbalmente, fisicamente, nem psicologicamente;
Art. 21 – Não sair da sala sem permissão do professor;
Art. 22 – Não levar para a sala de aula fone de ouvido, MP3, rádios, ou similares, pois estes
poderão ficar retidos na diretoria da escola por tempo indeterminado;
Art. 23 – Manter desligado ou no silencioso seu celular na sala de aula;
Art. 24 –Respeitar os avisos e comunicados, habitue-se a ler informações que são transmiti-
das em cartazes ou murais;
Art. 25 – Permanecer na sua sala de origem, isto é, uma vez matriculado o aluno não poderá
mais mudar de sala (turma) sob pena de cancelamento da matrícula;
Art. 26 – Participar dos eventos desenvolvidos pela escola (gincanas, festas juninas, feiras de
ciências, louvor ou culto de ação de graça, culminância de projetos, passeatas, momentos cí-
vicos, etc.);
Art.27- Desempenhar com responsabilidade todas as atividades escolares em que sua partici-
pação for exigida.

15.4 Das sansões a serem aplicadas

Capítulo III

52
Ao transgredir essas normas de convivência o aluno fica sujeito a penalidades ou san-
ções, quais sejam:

1º – Advertência verbal;
2º – Encaminhamento à coordenação;
3º – Advertência escrita;
4º – Comunicação aos pais e/ou responsáveis por escrito quando menor de idade;
5º – Suspensão de alguns dias de aula;
6º – Transferência de turno;
7º – Transferência de escola.

53
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Centro Educa Mais Tancredo de Almeida Neves compreende que o Projeto Político
Pedagógico não está pronto e acabado, pois, mesmo tendo a duração de cinco anos, entende-
se que a ação de planejar, de buscar novas estratégias, de direcionar de forma intencional a
ação educar é fator primordial para que o processo de ensino aprendizagem seja um sucesso
em termos de qualidade e avanço.
Para se alcançar os objetivos propostos nesse plano, conta-se com o comprometimento
do coletivo e, acima de tudo, com a responsabilidade de cada profissional em fazer um bom
trabalho considerando a realidade social. Portanto, essa ação colegiada deve priorizar um tipo
de organização que sustente e dê forma aos objetivos desse projeto e sua intencionalidade.
Sendo assim, as somas desses pontos servirão para a realização de mudanças reais,
valorizando os interesses de todos os envolvidos nesse processo de construção, em prol de
uma educação de qualidade para todos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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