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Tarot Terapêutico

Atualmente o Tarô é usado a partir de duas visões radicalmente


diferentes e excludentes que são a adivinhatória ou futurológica e a de
autoconhecimento. Enquanto o Tarô adivinhatório pretende conhecer o futuro, o
Tarô de autoconhecimento procura a transformação do ser humano. O Tarô
adivinhatório pretende conhecer fatos, o Tarô de autoconhecimento pretende
compreender os fatos conhecidos. Existem diferentes modalidades de Tarô de
autoconhecimento. Cabe destacar a psicomagia de Jodorowsky, a línea
Junguiana de Giancarlo Schmid e a do Enrique Ezquenazi. A minha que a partir
de 1987 chamo de Tarô Terapêutico tem como objetivo sintonizar o indivíduo
com a sua essência e identificar e ajudar a resolver bloqueios, medos e padrões
de comportamento que dificultam sua realização plena. Para o Tarô Terapêutico
o centro não está nos fatos e circunstâncias, mas no indivíduo que as vive.
O Tarô Terapêutico parte de 5 princípios:
1. - Nossas vidas não são o produto das circunstâncias, mas de nossas decisões,
somos plenamente responsáveis pela vida que temos.
2. - Tomamos nossas decisões a partir de nossas crenças y padrões de
comportamento nelas enraizados, construímos nossa vida a partir de nossas
crenças.
3. - O principal obstáculo para atingir a realização em qualquer aspecto da vida
somos nós mesmos, isto é, nossas resistências a mudar as crenças e padrões de
comportamento que não funcionam.
4. - Atraímos o que precisamos para crescer e não nossos caprichos mentais.
5. - Cada um de nós leva dentro de si mesmo os potencias necessários para
realizar-se em todos os aspectos e ser feliz.
A felicidade e a fortuna são questões de escolha e não de sorte. Osho
A visão adivinhatória e a de autoconhecimento discrepam em três questões
fundamentais que devem ficar bem claras:
1. A Questão do Destino": Para quem faz futurologia, o Tarô é um intermediário
entre o Todo-Poderoso destino e os simples mortais. Assim estes são reduzidos a
espectadores de suas próprias vidas.
Para o Tarot Terapêutico somos os cozinheiros de nosso destino, continuamente o
estamos criando a partir de nossas escolhas e em qualquer momento podemos
mudá-lo. Como fala Jung "O Destino é o retorno da inconsciência" Quando
precisamos perceber alguma coisa interna para crescer atraímos situações e
pessoas que cutucam esse ponto até a gente perceber. O Tarô bem usado é uma
ferramenta para mudar o destino, pois nos ajuda a tomar consciência do que
realmente está atrapalhando nossa realização e mostra que atitudes são
necessárias para liberar-nos.
2. A Questão da Responsabilidade: Para o Tarot adivinhatório o ser humano é um
perfeito irresponsável. Que responsabilidade pode ter alguém cuja vida está
amarrada ao destino, até o ponto de poder conhecer seu futuro? Liberdade e
responsabilidade caminham juntas. Se insistirmos em mostrar para nossos
consulentes que suas vidas são o produto de estranhas e imprevisíveis forças como
sorte, azar, vontade divina, quando não de trabalhos de magia onde intervêm
entidades não encarnadas, estamos degradando seres humanos para a categoria de
escravos que nunca poderão libertar-se por si mesmos. E então chegam os
salvadores...
Segundo a visão terapêutica somos totalmente responsáveis pela vida que
levamos. Parar de colocar a responsabilidade (ou a culpa) de nossa situação nos
outros, no companheiro(a), nos pais, no chefe, no governo, no destino... é o
primeiro passo para mudar. A felicidade é a fortuna são questões de escolha e não
de sorte.
3. A Questão do Bem e do Mal: O bem e o mal não são verdades absolutas. O que
é bom para uma pessoa hoje, pode não sê-lo amanhã. O que é bom para mim,
pode não sê-lo para você. Quem pretende ajudar a curar a alma não pode trabalhar
com verdades absolutas ou doutrinas, pois não existem doenças e sim doentes. No
entanto considerar que existe um aspecto nosso, particularmente íntimo que não
foi atingido pelas manipulações e chantagens da programação familiar, onde
repousa a essência do ser humano, o Ser Superior ou Supra-consciência pode
ajudar-nos muito no nosso trabalho. Estas considerações são alheias ao Tarot
adivinhatório que geralmente toma emprestados seus conceitos de bem e mal das
religiões oficiais, doutrinando ainda mais a seus consulentes e dificultando que eles
sejam eles mesmos.
No jogo de Tarô temos três grupos de cartas: Os Arcanos Maiores são Arquétipos
ou Idéias Universais presentes no inconsciente coletivo que mudam com a evolução
da humanidade. Representam também estados de consciência e suas
manifestações práticas que vão da potencialidade absoluta do Louco até a
realização plena do Universo.

As Figuras da Corte ou cartas da


Realeza deixam de ser pessoas,
homens e mulheres com determinadas
características físicas ou psíquicas que
vão aparecer ou desaparecer, trazendo
alegrias ou desgraças, para virar 16
tipos de personalidade que
dependendo da posição na qual
aparecem indicam máscaras ou
atitudes a serem tomadas.
Os 40 Arcanos Menores são
expressões de nossa vida quotidiana
em quatro aspectos: Os de Paus
(Bastões) ou de Fogo mostram como o
consulente expressa sua energia,
abrangendo fundamentalmente o
mundo profissional sem deixar de
olhar também para as manifestações
instintivas. Os de Copas o de Água,
mostram nosso estado emocional. Os
de Espadas ou de Ar, indicam como
está nossa mente e quais são seus
mecanismos mais habituais.
Finalmente os Discos (Pentáculos,
Ouros ou Moedas) ou de Terra, falam
de nossa relação com nosso corpo
físico e com o mundo material em
geral.
Observem como acabamos de
estabelecer um paralelismo
interessante entre a estrutura do Tarô
e a do ser humano que facilita a
entrada em profundidade nos cantos
obscuros da psique.

Os velhos sistemas de leitura tipo: Presente, Passado e Futuro não servem mais se
queremos colocar o centro da questão na auto-transformação do ser: Nos padrões
de comportamento, sistemas de crenças, bloqueios e medos que precisam ser
dissolvidos e nas atitudes a ser tomadas.
Assim desenvolvi em 1987 a Leitura Terapêutica a partir da tradicional Cruz Celta,
sistema baseado numa disposição de dez cartas (Ilustração I, 02) sendo que o
número inscrito em cada carta indica em que ordem a carta foi extraída do baralho.
A imagem da leitura continua sendo a céltica, mas os significados são outros.
Vejamos quais são estas dez posições:

1 e 2 Momento atual
3 Resultado interno
4 Âncora
5 Método
6 Caminho de crescimento
7 Necessidade Essencial ou Interna
8 Relacionamentos
9 Infância
10 Resultado externo

Uma sessão de Tarô Terapêutico não é algo muito diferente de uma consulta com
um profissional da saúde. Em primeiro lugar não o visitamos porque sentimos
curiosidade nem porque pretendemos conhecermos melhor. Mais, porque estamos
doentes, porque alguma coisa nos incomoda ou nos impede de realizar nossos
objetivos.

Não ficamos satisfeitos com uma receita de um analgésico para nossa dor de
cabeça nem com a promessa de sentirmos melhor tomando tal remédio. Queremos
em primeiro lugar que nosso médico avalie nossos sintomas, talvez descubra algum
outro que nos tinha passado inadvertido e identifique a doença. Do mesmo jeito no
Tarô Terapêutico, as cartas do Momento Atual, que mostram as dificuldades pelas
que estamos passando, são os sintomas de uma doença formada por um conjunto
de padrões de conduta programada, que podemos chamar de máscara ou script,
denunciada pelas cartas da posição da Âncora.
Em segundo lugar queremos saber as causas de nossa doença e que devemos fazer
para uma vez curados não voltar a ficar doentes. Para isso o curador quer conhecer
nossos hábitos alimentares, se gostamos de nosso trabalho, se fazemos exercício,
si estamos passando raiva em casa ou no trabalho, si nossas expectativas de
realização pessoal estão materializando-se, se vivemos um forte conflito emocional,
etc. Nossa dor de cabeça que sentimos pela manhã, pode ser o sinal de alarma de
um fígado intoxicado por altas taxas de gordura e de raiva. Tal vez estamos
compensando nossas insatisfações profissionais e familiares com os prazeres da
mesa. Precisamos limpar o fígado, alimentarmos melhor e parar de acumular raiva.
Tudo bem, mais tampouco ficamos satisfeitos. Precisamos descobrir as causas
profundas que nos levam a aceitar situações com as quais não concordamos no
fundo. Se não vamos até as raízes más profundas do assunto, mudaremos, talvez,
de compensações e sintomas mais continuaremos insatisfeitos e doentes.
No Tarô Terapêutico temos as cartas da posição da Infância, que mostram as
origens inconscientes da Ancora, as causas profundas que nos levam à doença.
Aqui tomamos consciência dos traços de personalidade adquiridos para obter uma
certa aprovação familiar fundamental para a sobrevivência psíquica da criança.
Insisto em afirmar que nossas dificuldades e doenças não procedem de agentes
externos, mais estão dentro e bem dentro de nós. Esses agentes externos: vírus,
germens, chefe chato, corrupção, FMI, marido ou esposa que infernizam nossa
vida, podem agir no momento em que o permitimos seja abaixando nossas defesas
biológicas ou desvalorizando-nos.
O Tarô Adivinhatório geralmente coloca as causas de nossos problemas no mundo
externo. Procura saber se nosso companheiro(a) nos está traindo, se o sócio está
roubando, se alguém jogou um mau-olhado em nossa loja. As soluções também
são externas. Vai aparecer o homem/mulher de minha vida? Vou me casar com
Fulano? Minha empresa ou meu namoro vão dar certo? Vou ganhar na loto?
Nesta coincidência em colocar as causas dos problemas/doenças e suas soluções
fora de nós e desligadas de nossos padrões de comportamento, sistemas de
crenças e conflitos emocionais, se parecem muito a visão futurológica do Tarô e as
consultas de hospital:
— Doutor, tenho tais e tais sintomas, dói aqui e acolá. — Muito bem, você vai
tomar este analgésico para a dor, este antibiótico para acabar com o vírus, com a
bactéria que está causando a enfermidade e este anti-inflamatório. Assim você vai
ficar bom numa semana e vai poder voltar a trabalhar e a fazer sua vida normal.
Uma vez que compreendemos o conflito interno, que temos um diagnóstico, chega
a hora da ação, de aplicar o remédio. Não basta saber, o fazer, “a praxis” é
insubstituível. Precisamos de um método de trabalho que mude nossa vida. O
doutor se preocupará prioritariamente em cortar estas raízes, sugerindo atitudes,
iniciativas e remédios que nos levem a recuperar a saúde. No Tarô Terapêutico
temos aqui as cartas da posição do Método.
O profissional sabe muito bem que o organismo é um sistema auto-integrado que
procura o equilíbrio continuamente, tendo seus próprios caminhos para o retorno a
saúde. É mais correto, então, falar em ajudar o corpo a recuperar-se. Muitas vezes
estes caminhos são confundidos com os sintomas da doença e eliminados. Um
exemplo é certo tipo de gripe infantil que na verdade é um processo de
desintoxicação. Perdem o apetite, isto é, o organismo se recusa a ingerir mais
toxinas; sobe a temperatura para favorecer a eliminação e o nariz se enche de
catarro. Muitas vezes as mães obrigam às crianças a comer ou pelo menos a tomar
um copinho de leite enquanto aplicam antipiréticos e antibióticos. No Tarô
Terapêutico, a tendência que o ser tem de recuperar sua saúde é expressada nas
cartas da posição da Necessidade interna ou demanda da Essência.
Quando compreendemos o conflito interno, suas origens e manifestações,
quando temos um diagnóstico, chega o momento da ação. Precisamos de um
método de trabalho que mude nossas vidas. O doutor sugerirá atitudes, iniciativas
e remédios que nos levem a recuperar a saúde. No Tarô Terapêutico temos as
cartas da posição do Método.
Também queremos saber como vamos a evoluir durante o tratamento, isto é, como
vai ser nosso caminho de recuperação e que atitudes deveremos tomar para atingir
os resultados esperados. Tudo isso é mostrado pelas cartas do Caminho de
Crescimento e dos Resultados Externo e Interno.
Resumo:
Tarô Terapêutico Profissional de Saúde
Conflitos Sintomas
Âncora Doença
Infância Origens da enfermidade
Método “Receita”
Caminho de Crescimento e Resultados Evolução do quadro

Vejamos algumas palavras chaves que podem ajudar na hora de interpretar:


Momento Atual: Você está se questionando… Está tomando consciência de…
Sua atenção está dirigida para...
Âncora: A dificuldade interna que impede seu crescimento e que você deve e
pode eliminar é...,
Infância: Para ser minimamente aceitada você teve que ... Você teve que se
adaptar a um ambiente de...
Relacionamentos: a) O que sustenta o relacionamento é ..., O momento que
você vive no relacionamento é..., b) A atitude que você tem perante os
relacionamentos é... A imagem q você mostra nos relacionamentos é ...
Necessidade Interna: Sua essência está pedindo que você perceba..., que
você trabalhe...,
Método: Sugiro fazer ... Sugiro tomar tal atitude ... Sugiro deixar de ...
Sugiro perceber ...
Caminho de Crescimento: Como conseqüência de compreender a carta da
Âncora e tomar as providencias sugeridas pelas cartas da Necessidade Interna e do
Método, você vai ... Você cresce na medida em que ... Você percebe ... e vai
trabalhando ou mudando ...,
Resultado Interno: Você resolveu as dificuldades internas para ...,
Resultado Externo: Você encara o mundo com a atitude de..., Você atrai
uma situação externa que o obriga a encarar e dá chance de resolver...
Colocaremos varias cartas para cada posição, formando assim un mapa
do processo que o consulente está vivendo, tentando dar as orientaciones o
mais precisas possíveis.
Conflitos e desequilíbrio emocional fazem parte da vida de todos nós. Mas por que será
que isso acontece? E por que deixamos eles afetarem tanto nossas vidas?

Entenda o problema!

Esses conflitos pessoais acontecem devido à dificuldade de lidar com o emocional. É


preciso prestar mais atenção em si mesmo. Trabalhar, estudar e cuidar da casa nos deixa
esgotados, mas é preciso virar o jogo.

Todos os conflitos são influenciados pelo autoconhecimento, que deveria ser algo inerente a
qualquer ser. Mas com a correria do dia a dia, paramos de olhar para o nosso interior.
Se você está nessa situação, precisa seguir algumas dicas:

• Pare o relógio: Dê um descanso para seu corpo.


• Desligue-se: Sem TV, som e internet sua mente ficará mais tranquila.
• Entenda-se:Busque algo que te leve ao conhecimento pleno. Entenda suas vontades e seus
bloqueios. Nisso o tarot terapêutico pode te ajudar.

O que é Tarot Terapêutico?

Tarot Terapêutico é uma ferramenta de autoconhecimento. Assim como a terapia comum,


é usada para auxiliar nos conflitos interiores. Sua diferença está na utilização das cartas do
tarot. Baseia-se nos seguintes princípios:
• Cada um é responsável pelo o que acontece em sua própria vida.
• Os obstáculos existem para nos ajudar.
• Todos nós temos potencial para vencer.
Tendo consciência de sua responsabilidade, o próximo passo é entender o que fazer.
Utilizar o jogo pode facilitar suas tomadas de decisão. Com ele você terá maior comando de
sua própria vida.
O jogo é composto pelas cartas dos arcanos maiores, que representam as ideias universais
presentes no inconsciente coletivo. Suas simbologias, que vão desde a liberdade do
andarilho até a plenitude do mundo, passando pela força, têm significados para cada área
da vida. Por isso, o jogo fornece respostas para o processo de evolução do ser humano.

O tarot terapêutico e suas respostas.


A consulta ao tarot terapêutico é parecida a uma consulta médica. Você chega com um
problema e sai com a solução. A diferença é que, ao invés de remédio, você ganha
orientação.
O tarot terapêutico ajuda em problemas com a insegurança. Se você se sente perdida
quando tem que tomar alguma decisão, talvez deva consultá-lo. Através do entendimento
de seu psíquico, ele pode descobrir que a explicação do problema está em traumas
antigos.

As cartas também ajudam no campo das relações sociais. Não sentir vontade de sair de
casa pode estar ligado a algum bloqueio. Ao escolher um arcano, você terá revelações
sobre as influências de cada área de sua vida, chegando a conclusões esclarecedoras.
O Tarot Terapêutico

Nunca fiz, nem faço, Tarôt de adivinhação, para conhecer o Futuro.


Acredito que, nem eu nem ninguém, consegue ver para além das escolhas da
pessoa que ela ainda não fez. As cartas indicam caminhos, dão conselhos,
alertam para determinadas situações mas, do meu ponto de vista, não "dizem"
o Futuro.

Creio que cada um de nós tem a capacidade de co-criar a sua realidade e


que tudo quanto temos à nossa volta é fruto da nossa acção, ou seja, tudo
quanto nos acontece é atraído por nós!

O papel terapêutico do Tarôt entra aí mesmo: fazendo o consulente


tomar conhecimento e consciência de determinadas situações ou áreas de Vida
(seja sobre Amor e Relações, outros assuntos pessoais ou assuntos ou decisões
profissionais), permite-lhe mudar as suas formas de pensamento e,
consequentemente, aquilo que atrai para a sua Vida. Mudando-se a si mesmo,
muda o Mundo, muda os Outros, muda Tudo. Isto não significa que as pessoas
que julga poderem estar a desejar-lhe ou a fazer-lhe mal desapareçam da sua
Vida, simplesmente significa que, mudando-se a si mesmo, elas também
mudarão.

O Tarôt é apenas mais uma ferramenta no trabalho energético que


venho vindo a desenvolver com as pessoas. Não é minha intenção criar co-
dependências, apenas poder surgir na Vida de cada um em alturas mais
"críticas", em momentos em que se possa sentir perdido(a), confuso(a), a
necessitar de guidance (orientação).
A consulta tem uma duração variável, geralmente cerca de uma hora,
mas poderá ser mais longa. É feita uma tiragem geral da Vida, no momento
presente, e uma análise, chacra a chacra. Os chacras são as nossas portas
energéticas e representam diferentes áreas de Vida (veja mais informação
sobre os chacras, clicando aqui). Durante a Consulta, o consulente será
"desafiado" a reflectir sobre determinados pontos da sua Vida e ajudá-lo-ei a
procurar as respostas que necessita.

Lembre-se SEMPRE que ninguém pode resolver a sua Vida por si. Só
em si estão as soluções para as suas questões!

Tarot Terapêutico - o que é?


Jaime E. Cannes

Os oráculos têm sofrido uma transformação profunda tanto na redefinição da sua


aplicação quanto na maneira com que vêm sendo encarados ao longo dos tempos.
Uma abordagem cada vez mais profunda dos símbolos tarológicos e astrológicos,
por exemplo, tem ganhado espaço na literatura sobre o tema de modo cada vez
mais expressivo. Tanto o tarot quanto a astrologia hoje são vistos como meios de
aplicação terapêutica. Suas imagens podem fazer muito mais do que revelar
tendências futuras ou situações passadas. Os arcanos do tarot, especificamente,
podem revelar com detalhes situações práticas de um dado momento, bem como
todo o conjunto emocional envolvido na situação O momento apresentado pelos
arcanos se refere a um período de anos, meses, semanas ou dias (Conforme cada
caso), que se encontram no presente!

Com o passar do tempo foi possível observar que o que se projetava através dos
arcanos era, muitas vezes, condicionamentos antigos, muitos vindos da infância,
que revelavam bloqueios, traumas e padrões de comportamento subjacentes à
programação condicionada da psique. Dentro de uma situação prática, e que
geralmente era que motivava a consulta, espelhava-se níveis mais profundos do
subconsciente. Possibilitando assim não só um reconhecimento, mas também uma
transformação da consciência e de toda a vida de quem estivesse se consultando se
esse desejasse, é claro, fazer uso dessas informações!

Enquanto a astrologia
trabalha a psique estanque,
com suas principais
características pessoais que
se reproduzirão por toda a
vida, o tarot mostra a
dinâmica do inconsciente no
dia a dia. A astrologia pode
mostrar as tendências de uma
personalidade, mas não pode
revelar a intensidade dessas
tendências, nem se estão
sendo vividas ou não.

Os arcanos em sua simbologia


profunda e detalhada podem
revelar todas as emoções,
sentimentos e pensamentos
implicados numa ação ou
Tarô: instrumento de investigação e de revelação
conjunto de vivências. Em
Ilustração do arquivo do autor termos psicológicos é o
momento em que os
complexos interiores estão
ativados e atuantes,
e onde é possível pegar a
si mesmo no “flagra”, por assim dizer! Fazendo desse momento muito produtivo e
revelador!

Os avanços dos termos psicológicos criaram uma facilidade maior em se explicar os


processos internos a um leigo. Os estudos de Jung sobre astrologia e tarot
facilitaram ainda mais para se verificar a similaridade entre a linguagem oracular e
psicológica. As linguagens da alma são sempre as mesmas, os caminhos é que
mudam, bem como sua finalidade. Vale lembrar que tarot e psicologia não são a
mesma coisa! Psicólogos aprendem um conjunto de definições e terminologias que
limitam seu entendimento da vida. Eles mesmos se definem junguianos,
freudianos, lacanianos e assim por diante... Ou seja, limitam sua introvisão a um
pesquisador ou pensador específico.
O tarot visto sob uma perspectiva terapêutica teve seu maior marco com a
publicação em 1980 do livro Jung e o Tarot: Uma jornada arquetípica de Sallie
Nichols. De lá para cá a tarologia ficou muito associada à linguagem junguiana, o
que foi interessante para tirar o tarot da obscuridade, mas que de modo algum
resume o que ele é! O tarot terapêutico é assim uma matéria recente, com pouco
mais de trinta anos e ainda em desenvolvimento, e a
tendência é de que o ranço psicoterápico
junguiano diminua e se amplie para outras
abordagens interiores e mais espirituais.

Os tarólogos que fazem o mesmo (Que se


resumem a certas correntes da psicologia),
estão copiando um modelo que já mostrou
não levar a nada! O mundo não ficou melhor
por causa disso, é um modelo falido! Um
tarologista deve ter em sua mente e no seu
coração a visão de muitas formas de
expressão da psique humana, o que pode
sim envolver a psicologia, tanto quanto o
xamanismo, a reencarnação, as filosofias
orientais e tudo o que possa ampliar a visão
de quem se consulta sobre sua própria vida,
A grande beleza do tarot está justamente
em recontar a biografia de quem procura
suas lâminas com uma perspectiva O zodíaco e as casas astrológicas
completamente nova, abrangente e
integradora que possibilita a união dos Ilustração do arquivo do autor

vários aspectos da alma na formação de um


ser inteiro e curado!

Aproximar uma consulta tarológica de uma sessão de psicologia, com o intuito de


lhe dar um caráter mais “sério” é uma ação pejorativa com relação à própria
tarologia, pois a coloca numa posição inferior. A linguagem do tarot é superior ao
que conhecemos como a moderna psicologia, transcende os temas abordados numa
psicoterapia por encarar assuntos como o karma, a reencarnação e a influência de
outros planos de consciência e energia no momento presente! Sem falar que o tarot
preserva sempre seu caráter oracular, permitindo sondagens sobre o futuro e
esclarecimentos sobre o passado para muito além das aplicações da psicoterapia.

Como funciona?

Cada tarólogo se utiliza de um método de leitura e abordagem das cartas que o


permitem acessar a linguagem dos símbolos bem como a biografia de quem
procura as orientações do tarot. Eu particularmente costumo abrir a Cruz Celta
numa adaptação criada por mim dos significados das casas com o intuito de obter
as informações que considero mais importantes para a orientação prática e interior
de quem se consulta. A disposição e o significado são a seguinte:

1) É a posição do mundo interior no momento, e representa os temas mais


importantes no momento, e os sentimentos e pensamentos que despertam.

2) As ações, essa posição mostra que atitudes estão sendo tomadas à partir do
momento presente no mundo interior e que podem estar em acordo ou desacordo
com ele (No caso de contradizer, trata-se da velha ambiguidade humana).
3) Os apelos da alma. Nessa posição
inicia-se um círculo em torno da cruz
principal formada pela posição 1 e 2 que
mostrarão a totalidade do ser nos quatro
planos: o plano espiritual na posição 3, o
plano psicológico na posição 4, o plano
material na posição 5 e o plano social na
posição 6. A posição 3 fala das
percepções intuitivas do indivíduo que
podem ter sido ignoradas, ou não, até
aqui.

4) Desafios, eles representam os


problemas que se mostram no momento
e que podem ter origem psicológica em
condicionamentos e bloqueios infantis ou
mesmo forjados em outras vidas.
5) O mundo consciente e a vida material.
É a relação com o mundo material,
trabalho, dinheiro, finanças e segurança.
É a imagem que o eu “vende” ao mundo.

6) Vida social e objetivos futuros. Mostra


as relações como um todo, amigos,
família e o modo como o eu vive as
relações genericamente. Isso define
A Cruz Celta pode funcionar como também onde se encontra, ou não, os
um diagrama da história pessoal aliados para os planos futuros e revela
quais são esses planos!
Ilustração do arquivo do autor

7) A personalidade, que face do ser está


emergindo, vindo à tona para o trabalho
desse momento? Essa posição revela
isso.

8) Relacionamentos íntimos e a expressão do afeto. Mostra as relações amorosas,


se é que existem, e como se vive a afetividade e a sexualidade.

9) O aprendizado, a carta nessa posição mostra o que há para ser apreendido no


conjunto de vivências do momento, revela algo com que podemos crescer se o
acolhermos integralmente.

10) A síntese, essa última posição nos dá uma visão mais clara do que se trata
afinal o todo expresso nas cartas. Podendo mostrar a finalidade última dos
acontecimentos.

Depois dessa leitura, costumo indicar florais que ajudarão no processo de


desdobramento das atitudes condicionadas, primeiramente por intermédio da auto-
consciência, e depois da mudança das atitudes. Explicado assim parece muito fácil,
mas na verdade é um processo que requer um alto nível de comprometimento,
dedicação, e empenho interno. Sessões regulares para o acompanhamento das
essências florais e aplicação de outras técnicas de suporte como o reiki, a
meditação e técnicas respiratórias são recomendados.

Leituras regulares de tarot auxiliam a verificar o quanto se caminhou no conjunto


de temas revelados na primeira sessão. O tarot opera assim como um revelador e
um regulador do processo interior de crescimento.

Extraímos algumas idéias do livro de Veet Pramad, idéias expressas no capítulo 1, págs. 20 e 21
do “Curso de Tarô e seu uso terapêutico”, para refletir sobre os conceitos de Tarô Divinatório e
Tarô Terapêutico.

Parece-me que quando o autor do referido livro fala em Tarô Divinatório ele fala em previsão,
obviamente previsão é previsão do futuro, do que vai acontecer, a partir das cartas do Tarot. E
ele diz, pelo que pude entender, que a previsão só pode acontecer a partir da idéia de destino
como um elemento todo-poderoso em nossas vidas, o destino visto como algo inevitável, pré-
determinado, fatal, do qual não se pode fugir, evitar ou mudar. Ou seja, o autor concebe o
conceito de destino como uma força absoluta, base da previsão e da divinação, para poder
criticá-lo. Seria essa a única idéia de destino possível?

Temos aqui uma visão negativa do destino porque é fatalista, mas sobretudo por que essa visão
se opõe de forma dicotômica a idéia de liberdade. E é isso que o autor faz, coloca destino e
liberdade em campos opostos a fim de poder negar o primeiro, o destino, que seria no seu
entendimento a base para a divinação ou para o Tarot Divinatório.

Assim ele afirma a liberdade como valor supremo e absoluto. E cai em contradição quando diz:
“o bem e o mal não são verdades absolutas”, ora dizer isso é como dizer que o destino e a
liberdade também não são verdades absolutas, pois a liberdade só pode ser liberdade se o for em
relação ao próprio destino e o destino só é destino porque é a resultante de escolhas anteriores.
Assim é que podemos dizer que a percepção do destino é uma primeira liberdade.

Assim liberdade e destino são valores relativos entre si, possuem uma relação que não é
dicotômica ou excludente, mas sim dialética. São correlações de forças dentro do ser humano,
correlações estabelecidas pela consciência do próprio destino. E é a consciência do destino que
me permite aceitá-lo tal como é ou não, tornando-me responsável pela minha escolha-aceitação.

Uma carta do Tarot que fala bem dessa correlação de forças é a carta do
Enamorado, onde um jovem precisa decidir por qual caminho enveredar. A sua direita uma
mulher madura parece apelar para a sua razão e a sua esquerda, do lado do coração, uma
mulher mais nova apela pelo seu sentimento. Ao alto, além da percepção do jovem, Eros, o deus
do amor, prepara-se para atirar sua flecha. Em Eros temos a representação de para onde o
jovem se inclinará, mas isso também está manifesto em sua postura corporal. Assim tudo parece
já estar decidido, mas o jovem não sabe disso, pois parece não estar consciente da força de Eros
ao alto. E o fato de não estar consciente da escolha que já fez pode engendrar a idéia de destino,
pois o senso comum compreende a força do destino como uma força cega, casual, fortuita, feita
de sorte ou azar, quando ela é o poder daquilo que não estamos conscientes em nós mesmos, e
além de nós mesmos, agindo.

Há também uma técnica de Jogo muito interessante chamada Jogo da Decisão. Ela nos permite
analisar dentro de uma pergunta as conseqüências de decidirmos ou não enveredar por um
determinado rumo de ação. Dessa forma o Tarô Divinatório pode revelar o destino não como
uma fatalidade, mas como opção de fazer ou não fazer, nos permitindo avaliar previamente os
desdobramentos de nossas ações dentro de dois caminhos possíveis. Isso desmonta a idéia do
destino como algo fatal dentro da divinação.

Se formos olhar para o próprio Tarot poderemos ver que ele contem idéias de destino
multifacetadas. No arcano 10, se formos olhar para o Tarô Mitológico, vemos a presença das três
Moiras, forças primordiais que os próprios deuses da mitologia grega temiam, pois o destino por
elas traçado não podia ser alterado. No arcano 8 podemos ver o destino como expressão da
Justiça ou a chamada Lei do Carma, aqui o destino aparece como a resultante de nossas ações.
No arcano 5 vê-se outra faceta do Carma, aqui vemos o Senhor do Carma, normalmente numa
faceta benéfica, protetora e ligada ao ensino. No arcano 6 vemos o destino como uma vocação da
alma, como uma meta existencial e um caminho pessoal, definido pelo xamã Don Juan Matus
como um caminho com o coração.

Assim a idéia de destino pelo próprio Tarot expressa-se de três formas:

1 – o destino como uma força que opera além do humano e que comanda os ciclos de todas as
coisas e seres. Imutável.

2 – o destino como uma resultante de nossas ações engendrando o que chama-se carma.
Mutável.

3 – o destino como um caminho e um objetivo existencial, uma vocação da alma, que nos faz
felizes quando seguido. Aqui temos o destino como uma aceitação e um reconhecimento de si.

Essas três idéias de destino estão contidas simbolicamente no próprio arcano 10, na Roda da
Fortuna, pela presença das três Moiras ou dos personagens que representam a ascensão, o ápice
e a o descenso.

Na ascensão nós podemos ver a resultantes das ações de acordo com a lei do carma.

No ápice o fato mesmo de termos cumprido o caminho do coração, que nos torna felizes e
realizados.

No descenso o nosso inevitável encontro com a morte.

Mas é certo que a própria Roda possui a possibilidade da transcendência desses ciclos, uma
superação do destino, que não se opõe ao destino, mas que passa pelo caminho do samsara.
É essa compreensão do destino que permite que os xamãs que trilham o caminho da liberdade
total escrevam:

O curso do destino de um guerreiro é inalterável. O desafio é de até onde ele pode ir e quanto ele
será impecável dentro desses limites rígidos.

A única liberdade que os guerreiros têm é a de se comportar impecavelmente. A impecabilidade


não é apenas liberdade; é a única maneira de endireitar a forma humana.

A pior coisa que pode nos acontecer é ter que morrer e, já que este é nosso destino inalterável,
somos livres; aqueles que perderam tudo não têm mais nada a temer.

Um guerreiro aceita seu destino, seja ele qual for, e o aceita na mais total humildade. Aceita com
humildade aquilo que ele é, não como fonte de remorsos, mas como um desafio vivo.

Roda do Tempo, de Carlos Castaneda

Podemos também nos perguntar como praticantes de Tarot:

O Tarô Divinatório e o Tarô Terapêutico são excludentes e radicalmente diferentes como quer
Veet Pramad?

Pela nossa própria prática a resposta é não e a compreensão disso é muito, muito simples.

Os acontecimentos de nossa vida externa são produzidos pela nossa ação no mundo. E a nossa
ação no mundo é motivada pelos nossos sentimentos e pensamentos. Parte desses sentimentos e
pensamentos são conscientes e a maior parte não. Assim o mundo, como palco dos
acontecimentos de nossa vida, é o espelho das forças motivadoras de nossas ações: os
pensamentos e os sentimentos, sejam eles conscientes ou não. Além do mais no mundo estão
presentes outras forças em ação: familiares, sociais, culturais, espirituais, legais, astrais, etc.
Assim podemos dizer que o Tarô Divinatório e o Taro Terapêutico são aplicações do próprio
Tarot em diferentes camadas do nosso ser e essas camadas não se excluem nem são
radicalmente diferentes, pois o que se passa na superfície não pode excluir o que acontece em
níveis mais profundos da psiquê. Esse é justo o poder da cartas do Tarot, que nos permitem
analisar as diferentes camadas do ser humano através de sua riqueza simbólica que invoca o
inconsciente ao mesmo tempo que evoca os acontecimentos do porvir, pois se assim não fosse a
vida do dia a dia estaria desconectada da vida psíquica.

Uma visão da Tarot que exclui a divinação e a terapia é por si só sintomática, pois a realidade
cotidiana não está separada da realidade interior. Uma visão que separa os acontecimentos
cotidianos e a vida psíquica é uma visão “autista” do próprio Tarot, seja ela feita pelos
“divinatórios” ou pelos “terapêuticos”. Precisamos aqui de uma visão holística do Tarot, uma
visão orgânica da realidade que englobe o divinatório e o terapêutico.

Sabemos pela própria prática que uma consulta de Tarot torna-se naturalmente uma terapia
mesmo que a pessoa que consulte esteja apenas interessada em saber sobre o futuro, mas o
aprofundamento da abordagem terapêutica vai depender da própria capacidade de quem
consulta abrir-se para um feedback de níveis mais profundos do seu próprio ser. Normalmente
essa percepção mais profunda de si vai acontecendo na medida em que a relação entre o
Tarólogo e quem consulta vai se estruturando com o tempo, com a continuidade das consultas e
com o estabelecimento de uma relação de afeto, confiança e parceria. Naturalmente o Tarólogo
também deve ter experiência e treinamento adequado para fazer uma abordagem que indo além
da divinação permita insights adequados, sutis e esclarecedores sobre os padrões internos que
fazem com que certos acontecimentos se manifestem na vida daqueles que consultam o Tarot.

Não é incomum que a antevisão de certos fatos impliquem em duas coisas:

1 – na capacidade de mudá-lo ou evitá-lo.

2 – num enfretamento mais consciente da realidade que leva a uma conscientização interior.

Mais do que o destino o que nos importa é a nossa atitude diante dele. Não adianta negá-lo e
proclamar uma liberdade que não existe. Também não adianta proclamá-lo como absoluto e
negar a responsabilidade que temos frente a nós mesmos.

Não é o destino mas a atitude diante dele que determina o sucesso e a liberdade.

Compreender o destino é compreender como nossas atitudes afetam o nosso presente.

Compreender o presente é a nossa chance de refazer nossa atitude frente aos desafios do
destino.

Depois de anos estudando e praticando artes divinatórias como Tarot e Cartomancia perceber
isso com tal clareza é uma surpresa maravilhosa.

Poder ajudar os outros e a si mesmo a perceber isso é um outro presente.

Sempre começo a "divina_ação" com uma pequena prece, que a Divindade possa me ajudar a
ajudar os outros porque estarei ajudando a mim mesmo.

Olhando para a carta do destino, a Roda do Arcano 10 do Tarot, vemos no número,


graficamente, o ser, o um, 1, diante da roda, o zero. É o ser diante do seu destino. Dez, 10, é o
número da totalidade, assim, o ser diante do seu destino almeja a própria totalidade.
Compreender o destino é compreender a si mesmo como participante da totalidade. O Tarot é
um jogo, uma arte e uma ciência da Totalidade que pode ser aplicado tanto na previsão como no
auto-conhecimento.

Fernando Augusto

(1)

Já me dei ao poder que rege meu destino


E não me prendo a nada, para não ter nada a defender.
Não tenho pensamentos, por isso verei.
Não receio nada, por isso me lembrarei de mim mesmo.
Desprendido e a vontade, Passarei como um jato pela águia para me tornar livre.

Livros a comprar:
Oráculos e métodos; Tarô Terapêutico; Cartas Rúnicas; Terapias Holísticas; Livro
Nei Runas; Cartas Tarot (mitológico...);

Sugestões para ler (Tarô e astrologia):

http://pt.slideshare.net/astrocabala/tarot-e-astrologia-um-guia-rpido-para-as-
correspondncias-entre-os-arcanos-maiores-do-tarot-e-os-planetas-e-signos-da-astrologia

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