O documento discute a formação do Reino Visigodo na Península Ibérica após a queda do Império Romano. Explica que os visigodos eram um grupo romanizado que adotou o cristianismo niceno e conquistou a Península Ibérica no século VI, estabelecendo ali seu reino. No entanto, seu domínio foi suprimido pela conquista muçulmana da região no início do século VIII.
O documento discute a formação do Reino Visigodo na Península Ibérica após a queda do Império Romano. Explica que os visigodos eram um grupo romanizado que adotou o cristianismo niceno e conquistou a Península Ibérica no século VI, estabelecendo ali seu reino. No entanto, seu domínio foi suprimido pela conquista muçulmana da região no início do século VIII.
O documento discute a formação do Reino Visigodo na Península Ibérica após a queda do Império Romano. Explica que os visigodos eram um grupo romanizado que adotou o cristianismo niceno e conquistou a Península Ibérica no século VI, estabelecendo ali seu reino. No entanto, seu domínio foi suprimido pela conquista muçulmana da região no início do século VIII.
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA FACULDADE DE HISTÓRIA Turma: História 2019 Docente: Thiago Azevedo Porto Discentes: Camila Oliveira das Mercês Matrícula: 201912640032
Tema: Visigodos
A noção da formação do Reino Visigodo
Em meados do século 16 ocorre um processo intenso de transformações das relações de poder dentro do espaço europeu, até o século v obteve-se uma clareza muito grande de que apesar de nunca ter um poder plenamente centralizado, apesar de todos os discursos e todas as posições que os intelectuais romanos faziam a ideia de Império romano não representava essa centralidade inquestionável e sua fragilização política, disputas sociais vão acabar por modificar ou reestruturar o sistema, sendo assim uma ação transformadora. Os visigodos, grupos considerados romanizados e fortemente influenciados por essa relação dos próprios processos identitários, se reconheciam como um grupo diverso dessa estrutura romana. Obtinha uma religião considerada contrária, o que é algo recorrente e comum, com a atuação fora dos espaços centrais como em áreas periféricas, que se encaminham para o centro, sendo uma estrutura que garante uma construção de negação sobre as formas de oposição às próprias condições de centro. Assim, se organiza a ideia de um Reino visigótico e um conjunto que acaba se identificando e se reconhecendo como visigodos sem necessariamente buscar origens históricas, como: “De onde vieram os godos?”, como uma etnia que vem inteira e comum. Aliás, seria recomendável abandonar esse preceito de história e a ideia de querer saber como as coisas nascem, crescem, reproduz, morrem e acreditam que existe uma sucessão perfeita da história. Logo, o Império romano uma vez que iniciando seus processos de estruturação emergem vários grupos e diversas formas de poder, um deles são os visigodos em que ocupam uma região litorânea importante no Sul da Gália, depois uma série de disputas políticas em especial com os Francos na batalha de Vouillé em 507, comandada por Clóvis I e os visigodos sob o poder de Alarico II derrotados em guerra. Guerra essa com o resultado da anexação franca na maior parte do Sul da França, fazendo com que esse grupo tenha mais presença na Península Ibérica apesar de já terem feito combates com o mundo romano na mesma. Assim, temos então mais um reino focado em fronteiras e estruturas, obtendo então um domínio muito claro por essa etnia e formulação em que vai ocupar e dominar a Península Ibérica. Com base nessas perspectivas, porque temos sempre essa noção de um reino “feito”?. Pode-se refletir que em verdade o reino tinha como base uma igreja preocupada em criar um sentido para esse reino, porque também o senso político e a organização social eram absolutamente diversos daquela que a igreja imaginava ou tratava, seja pela relação grega romana ou pela própria relação da herança e presença da leitura do Império Romano. A busca por uma centralidade era de alguma forma o fundamento de uma série de disputas das relações de poder, dentro disso temos justamente essa forma diferente de administração sendo apresentada pela igreja como a tentativa de uma sucessão e uma continuidade de um poderio local às características do Império. O Reino visigodo para se organizar, dá-se início a partir de Leovigildo que vai incorporar uma série de elementos e características do mundo romano, mas ao mesmo tempo sem manter elementos dessa identidade forjada, construída e entendida pelos visigodos. Os mesmos passam por uma série de disputas políticas, mas se consolidam no território ao longo do século VI, essa consolidação e essa forma de busca de normalização e legitimação de estrutura são fortemente marcadas justamente a partir do momento em que ele se converte à religião da maioria da região local que seria o cristianismo niceno, apesar de grupos locais adotarem a terminologia “Católica”, mas nada relacionado à nossa ideia de católico, apostólico romano e sim a noção da construção de uma formação universal. Ao longo do século VII, os fenômenos de legitimidade e organização de disputas políticas, fatores esses muito variados, tem a preocupação de buscar formas reconhecíveis de reestabelecer esse poder e nesse sentido a educação passa a ser um elemento primordial, porque ela desfruta de heranças romanas e gregas romanas e é um discurso fortemente reconhecido, a pregação ganha esses aspectos, a relação com a monarquia ganha essa característica e o busco a entender de como isso funciona. Adiante em 711 e 715, muitas vezes temos uma estruturação e reconhecimento com a ideia de um reino visigodo, sendo suprimido e os poderes locais se mantendo durante certo tempo que é lento e continuamente modificado a partir da influência, dominação e da organização que o mundo muçulmano vai estabelecer na Península Ibérica. Referências bibliográficas
FELDMAN, Sérgio Alberto. Os visigodos: de saqueadores de Roma a padrão de
nobreza. Dimensões, v.37, p. 38-60, jul./dez. 2016. RAINHA, Rodrigo dos Santos. A organização do Reino Visigodo: perspectivas historiográficas. In: SILVA, Paulo Duarte; NASCIMENTO, Renata Cristina de Sousa. Ensaios de história medieval: temas que se renovam. Curitiba: CRV, 2019. p. 33-49.