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GRANDE DO NORTE
O NOME DA ROSA
Uma análise do filme
NATAL/RN
2023
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SUMÁRIO
1 CONTEXTO DA PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA.......................................................3
2 MOMENTOS HISTÓRICOS REPRESENTADOS PELA PRODUÇÃO..............................4
3 REFERÊNCIAS.......................................................................................................................8
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1- CONTEXTO DA PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA
O filme “O nome da Rosa” foi dirigido por Jean-Jacques Annaud e lançado em 1986, é
uma adaptação feita para o cinema do livro romântico humônico de Umberto Eco. A produção
foi feita pela 20th Century Fox e a ZDF e os produtores são Bernd Eichinger e Bernd Schaefers,
o filme conta com uma equipe múltipla e talentosa o que fez com que a obra se tornasse tão
marcante. A produção contou com a participação de atores renomados, como F. Murray
Abraham, Ron Perlman e Michael Lonsdale, que desempenharam papéis relevantes na
narrativa.
A história bem elaborada buscava com êxito retratar a Idade Média, a direção de arte e
cenografia, ficou sobre supervisão de Dante Ferretti, que recriou com precisão os cenários da
época, sendo esses: bibliotecas e corredores de mosteiro, trazendo fidelidade a época em que a
trama se passava.
Por sua vez, a fotografia ficou por conta de Tonino Delli Colli, este por meio das mesmas
contribuiu para a criação de uma atmosfera sombria e intrigante, contemplando assim o cenário
de mistério e investigação que a produção busca retratar.
Em suma o filme se destaca por meticulosidade técnica, pela qualidade do elenco e pela
capacidade de dialogar com questões universais. Sua produção bem feita expande fronteiras
temporais e geográficas, a grosso modo “O nome da Rosa” é um clássico do cinema e traz
consigo um legado duradouro na sétima arte.
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2- MOMENTOS HISTÓRICOS REPRESENTADOS PELA PRODUÇÃO
Agora partindo para o desenrolar da trama em si, trazendo à tona os momentos históricos
retratados o filme se passa no período denominado baixa Idade Média, e traz consigo
características marcantes da época nas suas complexidades políticas e culturais. Vale salientar
que o período retratado apresenta a ruína do feudalismo e nascimento do capitalismo na Europa
Ocidental.
Não se pode falar de “O nome da Rosa” sem falar do poder da igreja na Europa
medieval, esse era muito forte na sua influência na sociedade e na disseminação do
conhecimento, isso fica evidente em alguns aspectos, como: sua autoridade eclesiástica, a trama
se desenvolve em um mosteiro beneditino de autoridade centralizada, diferente da igreja de hoje
naquela época a mesma não detinha só poder espiritual, mas também político e social na
sociedade da época. O filme também demonstra uma espécie de controle do conhecimento já
que na biblioteca existem livros considerados proibidos, livros esse que contestem diretamente
a autoridade da igreja e faça as pessoas contestarem a sociedade em que se encontram. Outro
aspecto a destacar era o papel dos inquisidores, esses eram responsáveis por identificar e
condenar heresias, essa inquisição era utilizada para manter a supremacia católica na época,
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acabando assim com qualquer pensamento que contestasse a autoridade da época. Mais um
aspecto a ressaltar é o conflito entre fé e razão como citado anteriormente o personagem
principal (William de Baskerville) tinha um pensamento mais racional em comparação com os
ideais da época, esse aspecto nos mostra que a busca pelo conhecimento pode entrar diretamente
em conflito com a religião. Por fim sobre esse aspecto vale salientar o medo que a igreja tinha
da heresia, a mesma tinha medo de perder o poder exercido na época, por isso buscava sempre
controlar o pensamento e punir quem se arriscasse a confrontar o mesmo. O filme retrata com
excelência a igreja da época e aborda criticamente a relação entre a igreja e o conhecimento.
Atualmente na religião católica muitas das as práticas religiosas do clero regular são
mantidas, porém não são feitas do mesmo modo que em um mosteiro como o retratado no filme,
são elas: orações litúrgicas realizadas em diferentes horas e marcavam as diferentes fases do
dia, no filme essas orações eram realizadas na igreja do mosteiro. A missa diária era realizada
no mosteiro, hoje na fé católica para ser considerado um católico fiel, basta frequentar as missas
aos domingos, porém no filme era uma prática diária e fazia parte da sua devoção religiosa e da
representação da eucaristia. A prática de jejum e abstinência que hoje em dia ainda é comum
para algumas pessoas principalmente durante a quaresma, também era feita pelos monges eram
consideradas formas de disciplina espiritual e purificação, o filme aborda essas práticas como
parte do compromisso religioso. Confissão e penitencia essa prática é representada na cena em
que William ouve confissões e aconselha outros monges, até hoje a prática confissão representa
o arrependimento por parte dos fiéis e a busca pela santidade. Vale ressaltar que apesar de não
ser retratado no filme, os monges faziam votos de obediência, castidade e pobreza, a exemplo
disso atualmente temos o frei Gilson de ordem franciscana que abriu mão de todas as regalias
aos 14 anos de idade para viver o propósito, que segundo ele foi ordenado por Deus.
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REFERÊNCIAS
O NOME da Rosa: Umberto Eco. In: O nome da Rosa : Umberto Eco. 10. ed. O que os
grandes livros ensinam sobre Justiça (org. José Roberto de Castro Neves): Marçal Justen
Filho, 2019. Disponível em: https://www.justenfilho.com.br/artigos/o-nome-
darosa/#:~:text=O%20Nome%20da%20Rosa%20%C3%A9,da%20capacidade%20criativa%2
0do%20autor. Acesso em: 5 dez. 2023.
FICHA técnica completa: O nome da Rosa. In: Ficha técnica completa: O nome da Rosa.
Brasil: Filmow, Verão [2020?]. Disponível em: https://filmow.com/o-nome-da-rosa-
t5722/ficha-tecnica/. Acesso em: 5 dez. 2023.