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Ficha Técnica

Título Original: The Name of the Rose

Intérpretes: Sean Connery, Christian Slater,


Helmut Qualtinger, Elya Baskin, Michel
Lonsdale, Volker Prechtel, Feodor Chaliapin,
William Hickey, F. Murray Abrahams,
Valentina Vargas, Ron Perlman

Realização: Jean-Jacques Annaud

Produção: Bernd Eichinger

Autoria: Romance: Umberto Eco /


Argumento: Andrew Birkin, Gérard Brach,
Howard Franklin e Alain Godard

Música: James Horner

Ano: 1986

Duração: 121 minutos

Ficha de análise do filme: “O Nome da Rosa”

1. Indica o nome das principais personagens.


 William de Baskerville
 Adson de Melk
2. Localiza espacialmente o mosteiro onde decorre a ação.
O mosteiro onde decorre ação localiza-se na Itália.
3. Identifica a época em que decorre a ação.
A ação decorre na época medieval, no ano de 1327 (séc. XIV).
4. Elabora um breve resumo da história.
Quando o monge franciscano William de Baskerville chega a um mosteiro beneditino
não imaginava o que iria viver nos próximos dias. William leva consigo um novato,
Adso de Melk, um jovem vindo de uma família da elite que está sob sua tutoria. O
narrador da história é o velho Adso, que relembra os acontecimentos em sua
juventude. Aqui já é possível perceber o contraste entre a juventude e a velhice, ao
colocar a mesma personagem em dois momentos distintos da vida.
Os dois chegam a cavalo ao enorme mosteiro e são levados a um aposento em que da
janela é possível ver um pequeno cemitério. William observa uma cova recém coberta
e fica a saber que um jovem pároco havia falecido há pouco tempo em circunstâncias
duvidosas. A partir de então, o mestre e o aprendiz iniciam uma investigação sobre o
caso, que é visto como obra do demônio pelos demais religiosos. Com o passar do
tempo, outras mortes ocorrem e William e Adso procuram relacioná-las e entender o
mistério que ronda a instituição religiosa. Assim, descobrem que a existência de uma
biblioteca secreta estava interligada aos acontecimentos mórbidos do lugar. Tal
biblioteca guardava livros e escrituras considerados perigosos para a Igreja Católica.
Isso porque tais registros continham ensinamentos e reflexões da antiguidade clássica
que colocavam em cheque os dogmas católicos e a fé cristã. Uma das crenças
difundidas pelos poderosos do alto clero era a de que o riso, a diversão e a comédia
desvirtuavam a sociedade, tirando o foco da espiritualidade e o temor a Deus. Assim,
era considerado pecado que os religiosos rissem. Um dos livros proibidos que estava
na biblioteca era uma suposta obra do pensador grego Aristóteles que versava
justamente sobre o riso.
William e Adso conseguem, através do pensamento racional chegar até à biblioteca,
um local que continha um enorme número de obras. A construção de tal lugar era
bastante complexa, o que a transformava num verdadeiro labirinto. Em dado
momento, Adso depara-se com uma jovem mulher (a única que aparece no enredo), e
os dois envolvem-se sexualmente. Adso passa a desenvolver sentimentos amorosos
pela camponesa.
Eis que chega ao monastério um antigo desafeto de William, Bernardo Gui, um
poderoso monge que é um dos braços da Santa Inquisição. Ele vai até lá para apurar
denúncias de atos hereges e bruxarias. Bernardo torna-se então como um obstáculo
para que Baskerville e Adso concluam suas investigações. Alguns acontecimentos
ocorrem envolvendo dois monges e a camponesa por quem Adso é apaixonado. Os
três são indiciados como hereges, sendo que a moça é vista como bruxa. Um tribunal é
realizado com a intenção de que eles confessem os assassinatos e sejam
posteriormente queimados na fogueira. No momento em que os réus são colocados
na fogueira e a maioria das pessoas acompanhava o desenrolar dos fatos, William e
Adso vão até `a biblioteca para resgatar algumas obras. Lá eles deparam-se com Jorge
de Burgos, um dos párocos mais idosos do mosteiro, que mesmo cego era o
verdadeiro "guardião" da biblioteca. William dá-se conta de que todas as mortes
tinham como responsável o velho Jorge.
Num momento de confusão, inicia-se um grande incêndio na biblioteca, onde Jorge de
Burgos acaba morto e Adso e seu mestre saem com vida enquanto carregam alguns
livros. Por conta do incêndio no mosteiro, as atenções são desviadas do julgamento e
das fogueiras, assim, a camponesa consegue escapar. Adso e William saem do local e
seguem rumos distintos na vida. Resta a Adso os óculos do seu mestre e a lembrança
da paixão pela camponesa, de quem ele nunca soube o nome.
5. Refere os principais espaços constitutivos de um mosteiro medieval que
identificas neste filme.
Os principais espaços constitutivos de um mosteiro medieval que identifiquei neste
filme foram: a biblioteca, a igreja, o dormitório, os claustros.
6. Refere quem vivia no mosteiro e como era a vida dessas pessoas.
Quem vivia no mosteiro eram os monges, tinham uma vida sobre muitas regras. Viviam
sem muito contato com a vida exterior. Eram pesquisadores, copistas e tradutores.
7. Descreve a forma de vida dos camponeses em redor do mosteiro.
Ao redor do mosteiro, os camponeses viviam em péssimas condições. Conviviam com a
miséria e a fome, pagavam o dízimo e alimentavam-se dos restos dos monges.
8. Como é representada a mulher? Como te parece que seria a relação da Igreja,
na Idade Média, com a mulher?
As mulheres eram representadas como como demoníacas causadoras do pecado e
feiticeiras, por isso, sofriam muitas perseguições por parte da Igreja nesse período.
9. Nomeia as atividades desenvolvidas pelos monges.
Praticavam atividades como a pecuária e agricultura, rezavam missas, liam livros e
traduziam-nos.
10. Tendo em conta a função dos monges copistas, qual seria a sua importância na
Idade Média?
Os monges copistas realizavam muitas reuniões, e nelas, debatiam vários temas
relacionados à igreja e a religião e copiavam (reproduziam) obras para que elas não se
“perdessem no tempo”.
11. Neste mosteiro, o acesso a alguns livros estava restrito. Justifica o motivo de tal
restrição.
Os livros tinham coisas que contestavam a palavra de Deus e colocavam em dúvida a
doutrina cristã, como por exemplo o livro de Aristóteles que era uma comédia e rir era
considerado pecado.
12. Qual a interpretação, da série de assassinatos, feita pelos monges?
Os monges interpretavam os assassinatos como sendo obra do Diabo.
13. Compara essa interpretação com a visão/atitude de William de Baskerville.
Ao contrário dos monges, William de Baskerville é movido pelo conhecimento racional,
pela experiência, pela investigação e pela dedução. Este começa a desconfiar que a
chave do mistério está na imensa biblioteca do mosteiro, cujo acesso é restrito a
poucos monges.
14. Tendo em conta os métodos utilizados pela Inquisição apresentados no filme,
avalia a justiça desse tribunal.
Tendo em conta que poucos conheciam o real significado dos seus dogmas e que para
garantir o seu poder, qualquer questionamento, reflexão ou ação contrária aos seus
preceitos era julgada e punida pela Santa Inquisição, uma espécie de tribunal
instaurado a fim de punir os hereges. Não podemos considerar isso justiça, pois era
apenas um movimento de repressão religiosa, onde não existia qualquer tipo de
igualdade nem respeito perante as pessoas.
15. Identifica aspetos que mais te impressionaram neste filme.
Oque mais me impressionou no filme foi a persistência das personagens
principais, que mesmo com todos os monges “contra si” fizeram de tudo e não
descansaram até a verdade ser descoberta.
16. Justifica o nome do filme.
O nome da rosa parece ter sido escolhido com a finalidade de deixar que o próprio
leitor desse uma interpretação. Além disso, a expressão "o nome da rosa" era na
época medieval uma maneira simbólica de expressar o enorme poder das palavras. A
interpretação que faço desse título é que como o Adso nunca chegou a saber o nome
da “garota” por quem se apaixonou poder-lhe-ia chamar de “rosa” e daí o título “o
nome da rosa”.

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