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Ele envolve
aspectos religiosos, legais, médicos, socioculturais e políticos. Neste artigo,
examinaremos o aborto somente do ponto de vista da filosofia, expondo os
principais argumentos contra e a favor da interrupção intencional da gravidez.
Há duas posições opostas bem delimitadas na discussão sobre o aborto.
A primeira, pró-vida ou conservadora, defende o direito moral da vida do feto. A
segunda, pró-escolha ou liberal, entende que a mulher tem um direito moral
sobre o próprio corpo, o que lhe permite fazer o aborto.
É claro que existem opiniões intermediárias. Alguns acham errado o
aborto, mas defendem sua prática em casos específicos (por exemplo, quando
a mulher ou o filho correm risco de morte - ou quando a mãe foi vítima de
estupro). Do mesmo modo, entre aqueles que defendem o aborto, há os que
são contra a prática sob certas circunstâncias, por exemplo, quando a gestação
se encontra num estado avançado. Além disso, existem também situações que
fogem a essas duas abordagens. Por exemplo, quando a mulher grávida
precisa remover o útero por conta de um câncer. Neste caso, o aborto seria um
efeito colateral.
A atenção humanizada às mulheres em abortamento pressupõe o respeito
aos princípios fundamentais da bioética (ética aplicada à vida):