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DESPERTA

31 – Disse-lhes então Jesus: Esta noite serei para todos vós uma ocasião de
queda porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho serão
dispersadas (Zc 13,7).
32 – Mas, depois da minha Ressurreição, eu vos precederei na Galiléia.

33 – Pedro interveio: Mesmo que sejas para todos uma ocasião de queda,

para mim jamais o serás.


34 – Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo: nesta noite mesma, antes que o

galo cante, três vezes me negarás.


35 – Respondeu-lhe Pedro: Mesmo que seja necessário morrer contigo,

jamais te negarei! E todos os outros discípulos diziam-lhe o mesmo.


36 – Retirou-se Jesus com eles para um lugar chamado Getsêmani e disse-

lhes: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar.


37 – E, tomando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a

entristecer-se e a angustiar-se.
38 – Disse-lhes, então: Minha alma está triste até a morte. Ficai aqui e vigiai

comigo.
39 – Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim

rezou: Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça
o que eu quero, mas sim o que tu queres.
40 – Foi ter então com os discípulos e os encontrou dormindo. E disse a

Pedro: Então não pudestes vigiar uma hora comigo…


41 – Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto,

mas a carne é fraca.


42 – Afastou-se pela segunda vez e orou, dizendo: Meu Pai, se não é possível

que este cálice passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade!
43 – Voltou ainda e os encontrou novamente dormindo, porque seus olhos

estavam pesados.
44 – Deixou-os e foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras.

45 – Voltou então para os seus discípulos e disse-lhes: Dormi agora e

repousai! Chegou a hora: o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos
pecadores…
46 – Levantai-vos, vamos! Aquele que me trai está perto daqui.

47 – Jesus ainda falava, quando veio Judas, um dos Doze, e com ele uma

multidão de gente armada de espadas e cacetes, enviada pelos príncipes


dos sacerdotes e pelos anciãos do povo.
48 – O traidor combinara com eles este sinal: Aquele que eu beijar, é ele.

Prendei-o!
49 – Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse: Salve, Mestre. E beijou-o.

50 – Disse-lhe Jesus: É, então, para isso que vens aqui? Em seguida,

adiantaram-se eles e lançaram mão em Jesus para prendê-lo.


51
– Mas um dos companheiros de Jesus desembainhou a espada e feriu um
servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha.

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52 – Jesus, no entanto, lhe disse: Embainha tua espada, porque todos


aqueles que usarem da espada, pela espada morrerão.
53 – Crês tu que não posso invocar meu Pai e ele não me enviaria

imediatamente mais de doze legiões de anjos?


54 – Mas como se cumpririam então as Escrituras, segundo as quais é

preciso que seja assim?


55 – Depois, voltando-se para a turba, falou: Saístes armados de espadas e

porretes para prender-me, como se eu fosse um malfeitor. Entretanto,


todos os dias estava eu sentado entre vós ensinando no templo e não me
prendestes.
56 – Mas tudo isto aconteceu porque era necessário que se cumprissem os

oráculos dos profetas. Então os discípulos o abandonaram e fugiram.


57 – Os que haviam prendido Jesus levaram-no à casa do sumo sacerdote

Caifás, onde estavam reunidos os escribas e os anciãos do povo.


58 – Pedro seguia-o de longe, até o pátio do sumo sacerdote. Entrou e

sentou-se junto aos criados para ver como terminaria aquilo.


59 – Enquanto isso, os príncipes dos sacerdotes e todo o conselho

procuravam um falso testemunho contra Jesus, a fim de o levarem à morte.


60 – Mas não o conseguiram, embora se apresentassem muitas falsas

testemunhas.
61 – Por fim, apresentaram-se duas testemunhas, que disseram: Este

homem disse: Posso destruir o templo de Deus e reedificá-lo em três dias.

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PRINCÍPIOS BÍBLICOS SOBRE EMOÇÕES — EXTRAÍDOS DA VIDA


EMOCIONAL DE CRISTO
Nossa falsa teologia das emoções

Descobri que isso é verdade sobre mim e minhas emoções. Descobri que isso é
verdade com aqueles que aconselho e suas emoções. É verdade para você também?
É assim que você tende a pensar sobre as emoções e o cristianismo?

Se eu pudesse me tornar mais como Cristo, então minhas emoções angustiantes,


desconfortáveis, dolorosas e negativas desapareceriam e seriam substituídas por
emoções confortáveis, agradáveis e positivas como paz, alegria, esperança e amor.
Ou, mais simplesmente, pensamos que Deus promete uma fórmula como esta:

Semelhança com Cristo = Vitória sobre emoções desagradáveis


Semelhança com Cristo = Paz Perfeita sem Emoções Desagradáveis

Quem é a pessoa mais semelhante a Cristo que você conhece?

Pense na pessoa mais semelhante a Cristo que você conhece. Imagine-o. Nomeie-o.
Quem é esse?

Bem, foi uma pergunta capciosa, porque, é claro, a pessoa mais semelhante a Cristo
é... Cristo.

Agora, imagine Cristo e Suas emoções, Sua vida emocional, Suas experiências
emocionais.

Cristo – o Deus-Homem perfeito, em perfeita comunhão com o Pai – experimentou


apenas emoções agradáveis?

Homem de Dores

Considere alguns exemplos de Cristo e emoções angustiantes, experiências


emocionais desconfortáveis:

Cristo é o Homem de Dores, experimentado no sofrimento (Isaías 53:3). Toda a sua


vida emocional é caracterizada pelas Escrituras como repleta de tristezas, cheia de
dor.
Jesus chorou (João 11:35). Jesus chora com os que choram, assim como o Espírito
geme com os que gemem (Romanos 8:26-27), e assim como o Pai é nosso Pai de
compaixão (co-paixão) e Deus de toda consolação (2 Coríntios 1: 3-4).

“Jesus olhou para eles com raiva e profundamente angustiado com seus corações
obstinados...” (Marcos 3:5). Jesus experimentou raiva e angústia profunda. Claro, é
raiva sem pecado e angústia sem pecado, mas ainda assim, raiva e angústia…

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Jesus no Jardim

Em Mateus 26; Marcos 14; e Lucas 22 encontramos talvez os exemplos mais


intensos e inspirados de Jesus e Sua experiência emocional angustiante.

No contexto (Mateus 26:2; 26-29, 31), Jesus tinha plena consciência de que dentro
de dois dias seria entregue para ser crucificado.

Se você soubesse que em dois dias seria assassinado da maneira mais dolorosa
possível, mesmo que você fosse a pessoa mais piedosa viva hoje, o que você
sentiria?

Multiplique isso infinitamente pelo fato de que Jesus sabia que não apenas sofreria
agonia física, mas espiritualmente Ele levaria sobre Si o pecado do mundo.

A absoluta impecabilidade de Cristo e Sua perfeita proximidade e absoluta


dependência do Pai significavam que Ele experimentaria paz perfeita na ausência
de todas as emoções angustiantes, certo? Errado.

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Jesus e Sua Experiência Emocional no Jardim

Jesus vai ao Getsêmani e ora três vezes em perfeita comunhão com Seu Pai
perfeito.

Nesse estado de comunhão, o que Jesus experimentou emocionalmente?

“Ele começou a ficar triste e perturbado. Então ele lhes disse: ‘Minha alma
está profundamente triste até a morte. Vigiai comigo’” (Mateus 26:37-38).

“E ele começou a ficar profundamente angustiado e perturbado. ‘A minha


alma está profundamente triste até à morte’” (Marcos 14:33-34).

“E estando angustiado, orava com mais fervor, e seu suor era como gotas
de sangue caindo no chão” (Lucas 22:44).

Vamos explorar as várias palavras usadas nessas três passagens para


descrever a experiência emocional de Cristo.

• Doloroso em Mateus 26:37: A palavra grega é lypeo, que significa estar


angustiado, sentir dor, estar triste, sentir tristeza, estar triste, estar aborrecido.
• Atribulado em Mateus 26:37: A palavra grega é ademoneo, que significa estar
cheio de aflição, cheio de angústia, perturbado, deprimido e triste.
• Oprimido pela tristeza em Mateus 26:38: A palavra grega é perilypos que
significa muito triste, extremamente triste, extremamente triste, muito
angustiado.
• Profundamente angustiado em Marcos 14:33: A palavra grega é ekthambeo,
que significa ser dominado pelo alarme, ser dominado pela angústia.
• Estar angustiado em Lucas 22:44: A palavra grega é agonia que significa
agonia, angústia, luta violenta.

Força em meio a Emoções Angustiantes

Todas essas emoções intensas, dolorosas e angustiantes ocorreram mesmo


quando “um anjo do céu apareceu e o fortaleceu” (Lucas 22:43).

Jesus recebeu força em Suas emoções angustiantes.

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Orávamos: “Fortalece-me para que eu não experimente emoções


angustiantes!”

Qualquer pessoa honesta e empática pode se identificar com essa oração,


mesmo que nosso Pai nunca tenha prometido a ausência de todas as emoções
angustiantes.

Jesus orou várias vezes para que, se fosse possível, a próxima situação
angustiante pudesse ser removida. Paulo orou várias vezes para que a
situação angustiante atual – seu espinho na carne – fosse removido
(2 Coríntios 12:7-8).

Jesus orou para que a vontade do Pai fosse feita. “Meu Pai, se for possível,
passe de mim este cálice. Contudo, não seja como eu quero, mas como tu
queres” (Lucas 22:39). Paulo também se rendeu à vontade do Pai em meio ao
seu tormento (2 Coríntios 12:9-10).

Jesus não negou sua angústia emocional. Ele enfrentou e sentiu isso
completamente. Ele compartilhou isso honestamente com Seus discípulos
(embora eles tenham respondido de maneira imperfeita). Ele o enfrentou
francamente face a face com Seu Pai, clamando a Ele em oração dependente
e humilde, em rendição à boa, mas difícil vontade de Seu Pai.

10 Princípios Bíblicos Sobre Emoções - Extraídos da Vida Emocional de


Cristo

1. A santidade de Cristo não o impediu de experimentar emoções


horrivelmente angustiantes.

2. A santidade de Cristo levou-o a entregar-se e a confiar-se à vontade do Pai


na presença de emoções angustiantes.

3. A semelhança com Cristo não nos protege de emoções horrivelmente


angustiantes.

4. A Bíblia não promete que a proximidade com Deus evita emoções


terrivelmente angustiantes.

5. Como Cristo, podemos enfrentar e sentir plenamente nossas emoções face


a face com o Pai — que é o Pai da compaixão e o Deus de toda consolação.

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Nossas emoções angustiantes nos levam ao Pai em oração desesperada e


dependente (veja também 2 Coríntios 1:8-9 – as emoções angustiantes de
Paulo o levaram a confiar não em si mesmo, mas no Deus que ressuscita os
mortos).

6. Quando surgem emoções angustiantes, em vez de negá-las, podemos


enfrentá-las e senti-las plenamente. É normal sofrer em um mundo caído. Não
há problema em querer e pedir humildemente que Deus intervenha em nossa
situação e console nossas almas. É saudável e útil compartilhar nossas
emoções angustiantes honestamente com os outros – a tristeza compartilhada
é uma tristeza mais suportável.

7. Porque Cristo experimentou emoções humanas angustiantes, Ele é nosso


Sumo Sacerdote compassivo que se compadece de nossa fraqueza,
enfermidades e sofrimento emocional (ver também Hebreus 4:14-15).

8. Nosso compassivo Sumo Sacerdote nos dá graça para nos ajudar em nosso
tempo de necessidade – Ele não promete remover nosso tempo de
necessidade; Ele não promete remover nossas emoções angustiantes; (veja
também Hebreus 4:16).

9. Não existe na Bíblia um “evangelho de saúde e riqueza emocional” – a Bíblia


não promete liberdade de sofrimento emocional neste mundo caído
(veja também Romanos 8:18-27).

10. Confie em Deus pelo que Ele promete, não pelo que Ele não promete.
Deus promete estar conosco em nosso sofrimento emocional; Ele promete nos
confortar em nosso sofrimento emocional; Ele promete usar nosso sofrimento
emocional para nos aproximar Dele quando decidimos nos render e nos apegar
a Ele. Deus não promete remover nosso sofrimento emocional - até o céu,
quando todo sofrimento emocional será removido para sempre.

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1- O medo do abandono

Um dos medos frequentes nas crianças é o medo da ausência de seus pais, o medo do abandono. A
criança, nos primórdios de sua vida, ainda não consegue separar fantasia de realidade, e, por também
não conseguir quantificar o tempo, entente que as ausências podem significar abandono absoluto.

Se a aprendizagem dessa separação necessária já é complexa em ambientes onde os pais lidam com o
fato com tranquilidade, no caso de pessoas que tiveram experiências de negligência na infância, as
marcas deixadas podem acarretar um medo de solidão e rejeição contínuos todas as vezes em que a
pessoa não tiver perto de si (fisicamente) a pessoa amada.

A ferida causada pelo abandono não é fácil de curar. A pessoa saberá que está curada quando os
momentos de solidão não forem vistos como desamor e rejeição, e, dentro de si, existirem diálogos
positivos e esperançosos.

2- O medo da rejeição

É uma ferida profunda que é formada quando, durante o desenvolvimento, a criança não se sentiu
suficientemente amada e acolhida pelas figuras de referência que estavam ao seu redor assim como,
posteriormente, pode ser afetada também por rejeições em ambiente escolar.

Como a pessoa, no começo, forma sua identidade a partir da maneira como é tratada, se ela for
desvalorizada e depreciada constantemente, pode internalizar em si uma autoimagem de que não é
merecedora de afeto e de que não possui atributos suficientes para ser aceita em sociedade.

O rejeitado passa, então, a rejeitar-se, e, na idade adulta, muitas vezes, mesmo frente ao sucesso e
obtendo bons resultados, essa pessoa pode apresentar grande fragilidade frente a qualquer crítica que
exponha seus medos internos de insucesso.

3- A humilhação

Esta ferida é gerada no momento em que sentimos que os outros nos desaprovam e criticam. Podemos
criar esses problemas em nossos filhos dizendo-lhes que eles são estúpidos, maus ou mesmo
exagerando em comparações; isso destrói a criança e sua autoestima.

Uma pessoa criada em um ambiente assim pode desenvolver uma personalidade exageradamente
dependente. Outra possibilidade é o desenvolvimento da “tirania” também em si, um mecanismo de
defesa em que a pessoa passa a humilhar aos outros para se sentir mais valorizada.

4- Traição ou medo de confiar

Uma criança que se sentiu repetidamente traída por um de seus pais, principalmente quando o mesmo
não cumpria as suas promessas, pode nutrir uma desconfiança que, mais tarde, pode ser transformada
em inveja e outros sentimentos negativos. Quem não recebe o que foi prometido pode não se sentir
digno de ter os que os outros têm.

Pessoas que passaram por isso desenvolvem uma tendência maior a tentar controlar tudo e todos ao
redor em uma tentativa de trazer para si o comando de variáveis que, antigamente, faziam com que se
sentissem preteridas e injustiçadas. Quando perdem o controle ficam nervosas e sentem-se perdidas.

5- Injustiça

A ferida da injustiça surge a partir de um ambiente no qual os cuidadores primários são frios e
autoritários. Na infância, quando existe uma demanda além da capacidade real da criança, ela pode ter
sentimentos de impotência e inutilidade que depois pode carregar ao longo dos anos.

Em ambientes assim, a criança pode desenvolver um fanatismo pela ordem e pelo perfeccionismo como
tentativa de minimizar os erros e as cobranças. Soma-se a isso a incapacidade de tomar decisões com
confiança.

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