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J O R N A L

LogWeb
❚ Logística
❚ Supply Chain
❚ Transporte Multimodal
❚ Comércio Exterior
❚ Movimentação
❚ Armazenagem
❚ Automação
❚ Embalagem

E D I Ç Ã O N º 6 0 — F E V E R E I R O — 2 0 0 7 R E F E R ÊN C I A E M L O G Í S T I C A
J O R N A L

LogWeb
❚ Logística
❚ Supply Chain
❚ Transporte Multimodal
❚ Comércio Exterior
❚ Movimentação
❚ Armazenagem
❚ Automação
❚ Embalagem

E D I Ç Ã O N º 6 0 — F E V E R E I R O — 2 0 0 7 R E F E R ÊN C I A E M L O G Í S T I C A

Empilhadeiras: INVESTIMENTOS
evitando
acidentes em
operações nos
Cds
O IMPACTO NA LOGÍSTICA
(Página 8) O Plano de Aceleração do Crescimento - PAC, anunciado no dia 22 de janeiro
último pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem como
estratégia, entre outras, a superação de limites estruturais e a ampliação da
Movimentação cobertura geográfica da infra-estrutura de transportes.
de contêineres (Página 26)

Multimodal
no Rio de
Janeiro cresce
14%
(Página 24)

Nova lei
regulamenta o
transporte
rodoviário por
terceiros
(Página 28)

Portos Secos:
“Portos
Seguros”
para as
mercadorias
(Página 32)

Fumigação:
uma breve
análise do
mercado
brasileiro
(Página 36)
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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

Notícias
r á p i d a s

Scania abre
2007 com série
especial de
caminhões
A Scania (Fone: 11 4344
9131) iniciou em janeiro últi-
mo a comercialização de uma
nova série especial de cami-
nhões, a Silver Line. Todos os
veículos, cavalos-mecânicos
do modelo R 420, contam
com itens exclusivos, originais
de fábrica. O público-alvo da
nova série, limitada a 400 uni-
dades, são os motoristas au-
tônomos e empresários que
procuram dar maior prestígio
e identidade a suas frotas.
Uma faixa decorativa e três
cores exclusivas personali-
zam os veículos Silver Line.
Bancos de couro, friso pratea-
do na grade frontal, platafor-
ma dupla e iluminação para a
quinta-roda, calota de aço ino-
xidável, buzina a ar cromada
no teto, retrovisor com ajuste
elétrico, hodômetro digital e
quebra-sol lateral são outros
itens montados somente nes-
ta série. Os veículos Silver
Line também possuem motor
DC 12 01 com 420 cavalos de
potência e torque máximo de
2.000 Nm, a 1.900 rpm, e cai-
xa de mudanças GRS900, de
14 velocidades.

SSI – Schaefer
produz
separadores de
pedidos
A SSI –
Schaefer
(Fone: 19
3826.8080)
fabrica o Pick by Light, um sis-
tema utilizado na separação
de pedidos, ideal para produ-
tos de alto giro e que não pos-
suam forma regular. As caixas
de um pedido são transferidas
para a frente do operador por
meio da leitura do código de
barra que contém as informa-
ções do pedido, e automati-
camente os displays fixados
na frente de cada SKU (posi-
ção de picking) indicam a
quantidade requerida no pe-
dido. A velocidade de sepa-
ração pode variar de opera-
dor para operador entre 800
e 1.200 pickings/pessoa/hora.
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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

TELECOMUNICAÇÃO
Editorial
Easy Track lança
CINCO ANOS rastreador de
N este mês de fevereiro, o jornal LogWeb
completa cinco anos. Na verdade, o
nome surgiu como um Portal, por inspira-
cargas
ção de Valéria Lima, dois anos antes do
impresso.
Reunidos, em 2001 os sócios chegaram
esenvolvedora de pro-
à conclusão de que era preciso completar o
portal com uma mídia impressa, já que mui-
tos profissionais do setor de logística ain-
da tinham a necessidade de “sentir o chei-
D dutos e serviços na área
de telecomunicação, a
empresa brasileira Easy Track
ro da tinta de impressão”. (Fone: 11 4003-2562) anuncia
Assim, após um projeto gráfico diferen- o lançamento do rastreador de
ciado e de uma pesquisa de mercado, em cargas Blob. O aparelho, já usa-
fevereiro de 2002 foi publicado o primeiro do no mercado varejista, é ago-
número do LogWeb, já com uma proposta ra mais uma opção para gran-
nova em relação ao que havia em termos des seguradoras, gerenciadoras Zylberkan: Blob conta com o
de publicação voltada para a área de de risco, transportadoras, ope- sistema Super LBS (Location
logística: o formato de um jornal e uma lin- radores logísticos e profissio- Based Services)
guagem mais dinâmica, objetiva e sucinta, nais autônomos.
mistura do texto característico dos jornais “O Blob é uma ferramenta ciais, pois oferecem maior se-
com o empregado na internet. eficiente para o mercado de gurança para as empresas, além
Vale destacar, também, a equipe do jor- rastreamento de cargas, já que de um software on-line dispo-
nal – já conhecida e experiente no setor de conta com uma tecnologia de nível para gestão e localização
logística e que não vislumbrou apenas uma ponta, o sistema Super LBS do dispositivo”, conta o diretor.
forma de faturar em cima de um setor que (Location Based Services)”, Tudo isso porque o Blob
naquela época foi apresentado como uma explica o diretor comercial e de auxilia no acompanhamento de
nova “salvação” para as empresas. marketing da Easy Track, Mar- cargas e facilita o gerencia-
Se é festa para nós, queremos dividi-la celo Zylberkan. mento de riscos em pequenas,
com nossos leitores, que fizeram do LogWeb O Super LBS, criado pela médias e grandes transportado-
uma referência em logística no Brasil – a própria empresa, fornece ao ras. “A principal vantagem em
ponto de já termos recebido três prêmios usuário aplicações personaliza- utilizar a tecnologia de rastrea-
em reconhecimento ao nosso trabalho. das baseadas na sua localização mento é saber, imediatamente,
E, não poderíamos deixar de lembrar e geográfica, com transmissão a a localização exata da carga,
agradecer, também, aos nossos anuncian- partir de antenas celulares. Bas- sem que seja necessário sair do
tes, muitos deles desde o primeiro número. ta um pequeno sinal para o Blob escritório. Basta apenas acessar
Graças à confiança destes em nosso veícu- informar a localização. É preci- a internet”, salienta o diretor.
lo, chegamos a esta marca representativa, so até no caso das carrocerias Outro destaque é a pratici-
considerando-se o nosso fechadas, as quais os sistemas dade, por não ser instalado. O
segmento de atuação. como GPS via satélite não al- localizador é portátil e pode ser
E esperamos continuar cançam, destaca Zylberkan. facilmente colocado em outro
contando com o apoio de Por apresentar menor tama- veículo.
nossos leitores e anuncian- nho, baixo peso, possuir uma Para os caminhoneiros autô-
tes para comemorarmos, bateria de longa duração para nomos, utilizados por muitas em-
anos a fio, e promovermos até 10 dias e tecnologia Super presas, o aparelho também pos-
o desenvolvimento da LBS, que propicia maior alcan- sui diversas funcionalidades, po-
logística. ce no Brasil, o rastreador pode dendo ser utilizado como telefo-
ser inserido diretamente na car- ne fácil, dando maior poder de
Wanderley Gonelli Gonçalves ga transportada, instalado na comunicação entre ambos, e como
Editor carreta do caminhão ou, ainda, localizador de carga, oferecendo
ser utilizado junto ao motoris- maior segurança em caso de rou-
ta. “Essas vantagens são essen- bo da carga transportada. ●

Editor (MTB/SP 12068) Marketing Representantes


JORNAL José Luíz Nammur Comerciais:
Wanderley Gonelli Gonçalves

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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

EVENTO CAMINHÕES

Delegação brasileira visita Iveco


entrega 12
a ProMat 2007 Stralis 6x4
para a Gafor
agendadas com expositores e au-

N
o período de 8 a 11 de
janeiro último, a Delega- xílio de representantes do nosso
ção Oficial Brasileira es- escritório, além de seguir o pro-
teve presente na feira ProMat grama geral do grupo que compre-

A
Iveco (Fone: 0800
2007 em Chicago, nos Estados endia palestras gratuitas e visitas
7023443) entregou 12
Unidos, evento que reuniu 700 à feira todos os dias”, descreve.
caminhões Stralis 6X4
expositores e mais de 30.000 vi- Mota considera que, com o
para a Gafor Logística (Fone: 11
sitantes, de mais de 80 países, es- auxílio do escritório do consula-
3046.3590). Esta já é a quarta vez
palhados em cerca de 28.000 m2. do, tanto as empresas norte-ame-
que a Gafor adquire caminhões
Organizada pelo Departa- ricanas quanto as brasileiras sen-
Iveco, contabilizando 130 unida-
mento Comercial do Consulado tiram-se mais seguras em negociar
des da marca na frota da empre-
dos Estados Unidos em São Pau- e estabelecer parcerias, “uma vez
sa, entre leves, médios e pesados.
lo, pela ABML – Associação Bra- que sabiam que o governo dos
sileira de Movimentação e pelo Estados Unidos, por meio do Ser-
jornal e portal LogWeb, a comis- viço Comercial dos Estados Uni-
são brasileira contou com 32 par- dos, estava presente para incentivar
ticipantes de 16 empresas, entre Alguns dos integrantes da delegação brasileira e dar suporte às negociações atra-
elas Delta Records, Artama vés de nossos serviços”.
Metalmecânica, Astro Tecnolo- tecnológicas para a cadeia de su- O objetivo do consulado e dos E já antecipando o próximo
gia, Grupo Linx, K&D Logística primentos, que, segundo Rodrigo participantes da delegação, de evento, revela que devido ao su-
e PLM Plásticos. Mota, Material Handling Equip- acordo com Mota, é facilitar par- cesso da delegação para a feira
A ProMat é considerada a mais ment Specialist do Departamento cerias entre empresas norte-ame- ProMat 2007, será organizada uma
abrangente em termos de equipa- Comercial do Consulado dos Es- ricanas e brasileiras. “Consegui- outra para a feira NA 2008, que
mentos, sistemas e tecnologias em tados Unidos em São Paulo, em mos reunir um grupo de empre- será em Cleveland, de 21 a 24 de
logística, movimentação e manu- breve estarão disponíveis também sas brasileiras com alto potencial abril do próximo ano. A NA é rea-
seio de materiais nos Estados Uni- no Brasil, devido a parcerias de realizar parcerias com as nor- lizada no intervalo da ProMat e
dos e, neste ano, apresentou novi- estabelecidas com os participan- te-americanas. Cada participan- abrange soluções em armazena-
dades em automação e soluções tes da delegação brasileira. te teve a opção de ter reuniões pré- gem, movimentação e logística. ●

Os novos Stralis estarão sen-


do utilizados no transporte de
matéria-prima da Coca-Cola para
o grupo mexicano Femsa – maior
engarrafadora do refrigerante na
América Latina. Segundo Sandro
Norberto, diretor de negócios da
Divisão de Alimentos da Gafor,
“os Stralis 6X4 estão equipados
com carrocerias sider e irão
tracionar um equipamento do
tipo rodotrem, com 30 metros de
comprimento e 74 toneladas de
PBTC (Peso Bruto Total Combi-
nado). Os caminhões farão o
transporte de insumos da Coca-
Cola da região de Ribeirão Pre-
to, interior de São Paulo, para a
capital, passando pelas fábricas
de Jundiaí e Cosmópolis e vol-
tando com o produto já acabado
novamente para o interior”.
Os Stralis 6X4 irão operar 24
horas por dia, inclusive aos
sábados, domingos e feriados, e
rodar 17 mil quilômetros por
mês. “Para pilotar esses veículos
e garantir a entrega das 53 tone-
ladas de carga líquida (insumos
e refrigerante), vamos contar com
o trabalho de 40 motoristas, mais
equipe interna responsável em
monitorar a operação. Todos os
caminhões serão rastreados via
satélite”, explica Norberto. ●
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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

mente integrada no mercado bra-


Notícias DISTRIBUIÇÃO EXPRESSA
sileiro de distribuição expressa
com uma cobertura nacional e co-
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TNT adquire a nexões para o Chile, Argentina e
Uruguai. Além disso, uma vez que
o mercado brasileiro se caracteri-

Expresso Mercúrio za por sua natureza fragmentada,


os clientes da Mercúrio poderão
se beneficiar da vasta gama de pro-
dutos que a TNT oferece. A com-
binação da rede doméstica da Mer-
cúrio com a rede internacional da
TNT (Fone: 11 5564.

A 8600) acaba de anunciar


a conclusão da aquisição
de 100% das ações da Expresso
TNT oferecerá, também, aos
clientes um alcance global para
suas encomendas.”
Mercúrio (Fone: 51 3356.5000),
considerada líder no mercado MERCÚRIO E RENAULT/
doméstico brasileiro de distribuição NISSAN
expressa. A aquisição proporciona à Recentemente, a Mercúrio foi
TNT uma plataforma ideal para o nomeada transportadora exclusiva,
desenvolvimento de uma rede no modal rodoviário, de peças e
integrada de distribuição expressa ríodo de pouco mais de 12 meses.” acessórios da montadora Renault/
rodoviária na América do Sul. Roberto Rodrigues, presiden- Nissan do Brasil. O contrato pre-
Segundo Peter Bakker, CEO te da TNT Express Brasil, acres- vê a distribuição para as 145 con-
da TNT N.V., “depois das recen- centa que os clientes da Mercúrio cessionárias Renault e 63 conces-
Linde tes aquisições na China (Hoau) e irão certamente se beneficiar des- sionárias Nissan espalhadas pelo
Empilhadeiras Índia (Speedage), o Brasil é um sa transação. “A excelente rede da Brasil.
participa da SPFW importante passo em outro merca- TNT na Europa e Ásia permite O contrato prevê, ainda, a im-
do emergente em rápido cresci- melhorar ainda mais os serviços plantação de dois escritórios nos
A Linde Empilhadeiras (Fone: 11 que oferecemos a estes clientes,
mento. Combinando a rede do- armazéns de peças e acessórios das
3604.4768) foi um dos patrocina- méstica rodoviária da Mercúrio que muitas vezes desenvolvem montadoras – São José dos Pi-
dores do São Paulo Fashion Week. Rodrigues, da TNT: “a excelente
rede da TNT na Europa e Ásia com as redes internacionais aére- seus negócios com base nas fortes nhais, PR, e Jundiaí, SP – com o
Na ocasião, a empresa demons- as e rodoviárias da TNT, estamos ligações históricas entre a Améri- objetivo de acelerar o processo de
trou alguns de seus lançamentos permite melhorar ainda mais os
serviços oferecidos aos clientes da dando forma à estratégia da TNT ca do Sul e a Europa”. liberação das três carretas de pro-
e as tendências para o mercado. de ‘Foco em Redes’. Com a Mer- Realmente, ele informa que os dutos, em média, que devem ser
Mercúrio”
cúrio, adquirimos a líder de distri- clientes da Mercúrio e TNT terão embarcadas diariamente.
buição doméstica expressa no ter- vantagens nesta transação de di- A Mercúrio tem 15% de parti-
Grupo alemão ceiro dos quatro países BRIC (Bra- versas formas. “A TNT consegui- cipação no mercado doméstico de
Mauser adquire o sil/Rússia/Índia/China) em um pe- rá oferecer uma rede completa- distribuição expressa no Brasil. ●
controle da Tankpool
A Mauser do Brasil (Fone: 11
2168.0050), fabricante de origem
alemã de embalagens industriais,
anunciou a aquisição de 51% das
quotas da Tankpool Logística do
Brasil (Fone: 12 3627.4300), in-
cluindo definitivamente o mercado
brasileiro em sua estratégia de
crescimento e internacionalização
no setor. No segundo semestre de
2006, a empresa comprou no Bra-
sil a MBP (Metalúrgica Barra do
Piraí), líder em embalagens indus-
triais para as indústrias química,
petroquímica e alimentícia. Agora,
com a Tankpool, o grupo alemão
praticamente fecha a cadeia de
produtos e serviços para o merca-
do de cargas líquidas e torna-se
líder entre as empresas prepara-
das a agregar ao fornecimento da
embalagem atividades de envase,
armazenagem e distribuição do
produto final até a logística reversa
das embalagens usadas. De acor-
do com o presidente da Mauser do
Brasil, Cláudio Parelli, a “Tankpool
e a Mauser se complementam no
sentido mercadológico. Fabricamos
e comercializamos os IBCs, fican-
do a Tankpool com a logística inte-
grada, que permite a reciclagem e
o retorno dessas embalagens”.
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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

EMPILHADEIRAS
REGRAS

Evitando acidentes
Sobre se há regras estabe-
lecidas para operar as empilha-
deiras no interior dos CDs e arma-
zéns ou cada empresa estabelece
as suas, Oliveira, da Transpira-
tininga, lembra que no Brasil não

em operações nos existe regra específica para a ope-


ração de empilhadeira. “Somente
na Norma Regulamentadora NR
13 - Transporte, Movimentação,
Armazenagem e Manuseio de Ma-
teriais são definidos alguns itens

CDs e armazéns obrigatórios na operação de equi-


pamentos utilizados na movimen-
tação de materiais. Entre eles es-
tão: indicação, em lugar visível do
equipamento, da carga máxima de
trabalho permitida; o operador
FUNDAMENTAIS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS DE CDS E ARMAZÉNS, AS EMPILHADEIRAS deve receber treinamento especí-
TAMBÉM PODEM SER FONTE DE SÉRIOS ACIDENTES, CAUSADOS POR USO INADEQUADO fico, dado pela empresa, que o ha-
bilitará nessa função; necessidade
DO EQUIPAMENTO OU POR OPERADORES INABILITADOS A OPERÁ-LO. dos operadores portarem, durante
o horário de trabalho, um cartão
de identificação, com nome e fo-
tografia, em lugar visível – este
cartão tem validade de um ano e,

L
argamente utilizadas em pois a cada impacto diminui mais para sua revalidação, o operador
CDs e armazéns – e tam- a resistência da base da estrutura, deve passar por exame de saúde
bém, em menor escala, no podendo, com o tempo – que va- completo, por conta do emprega-
piso de fábricas –, as empilha- ria de acordo com a quantidade de dor; os equipamentos devem pos-
deiras podem ser responsáveis por batidas –, trazer parte ou até toda suir sinal de advertência sonora
sérios acidentes, provocando feri- a estrutura para o chão, acarretan- (buzina); os equipamentos devem
mentos nos operadores e em ou- do o que chamamos de efeito ser permanentemente inspecio-
tros funcionários do local, além de dominó. Na maioria dos casos, o nados e as peças defeituosas, ou
grandes prejuízos à empresa. equipamento bate em algo parado que apresentem deficiências, de-
“No Brasil, não temos estatís- por imprudência, negligência ou vem ser imediatamente substituí-
ticas específicas, mas nos Estados imperícia do operador”, diz das; controle da emissão de gases
Unidos, a OSHA - Occupational Baptista. tóxicos emitidos pelos equipamen-
Safety an Health Administration Eugenio Celso R. Rocha, con- tos em locais fechados ou com
estima que ocorram cerca de 85 sultor e instrutor em logística, pouca ventilação – no caso de
fatalidades por ano envolvendo a movimentação de materiais e se- equipamentos movidos por moto-
operação de empilhadeiras. Estas gurança do trabalho (Fone: 31 res de combustão interna, sua uti-
fatalidades são assim distribuídas: 3278.2828), concorda com este lização é proibida, salvo se provi-
tombamento (42%); prensagem ponto de vista. Segundo ele, os dos de dispositivos neutralizadores
entre outro veículo ou outra super- acidentes que mais ocorrem cer- adequados.”
fície (25%); prensagem entre tamente são as colisões com as Barros, da Somov: conceito de segurança, além de ser um processo O engenheiro de segurança da
empilhadeiras (11%); atropela- estruturas das edificações (pilas- contínuo de orientação e fiscalização, passa a fazer parte da cultura Transpiratininga destaca, ainda,
mentos (10%); queda de materiais tras, colunas, etc.) e as estruturas da organização que as regras são normalmente
(8%); e queda de plataforma ou do de armazenagem, seguidos dos estabelecidas pelas próprias em-
garfo (4%)”, afirma Valdinei A. de abalroamentos entre empilha- des e, em alguns casos, pedestres, das por piso molhado, normalmen- presas, baseadas no manual de se-
Oliveira, engenheiro de seguran- deiras e, em menor proporção, os também são apontados como co- te em função de falta de manuten- gurança para operadores de empi-
ça da Transpiratininga (Fone: 11 atropelamentos de pessoas, sobre- muns por Eduardo Spaleta Junior, ção predial”, diz Barros. lhadeira do SENAI, manuais de
2137.8311), já citando alguns dos tudo daquelas que não estão habi- assistente da diretoria da Skam Para Darci Santos, do setor de operações fornecidos pelos fabri-
acidentes mais comuns que ocor- tuadas com a rotina operacional (Fone: 11 4582. 6755). “Os aci- segurança do trabalho da Movi- cantes de empilhadeiras e em em
rem nos CDs e armazéns – embo- dos CDs. dentes são causados por distração carga/Célere Intralogística (Fone: normas internacionais.
ra não citado na pesquisa, o aci- “Realmente, algumas escoria- ou pressão dos supervisores sobre 11 5014.2484), o acidente mais Baptista, da Empicamp, lem-
dente durante a realização de ma- ções em estrutura devido ao arran- os operadores para a execução de comum é a queda de material. bra que as regras existem apenas
nutenções também é apontado jo físico, à ausência de sinaliza- um trabalho em um espaço curto “De fato, entre os acidentes já quanto às condições do equipa-
por ele. ção, cargas não estáveis e disposi- de tempo.” relacionados, devem ser citadas as mento, que devem atender à legis-
tivos de transporte avariados tam- Luciano Feijó de Barros, téc- quedas de cargas suspensas pelas lação no que se refere à segurança
bém causam acidentes durante a nico de segurança do trabalho da máquinas ou das próprias estan- e operacionalidade. “No entanto,
BATIDAS E movimentação”, avaliam por sua Somov (Fone: 11 3718.5133), cita, terias, quedas de máquinas em estas regras pouco contribuem para
ABALROAMENTOS vez, Lucas Alberto de Godoy, ainda, outras colisões que podem docas fixas e móveis, queda de a diminuição de batidas dos equi-
Quando se refere aos aciden- técnico em segurança do traba- ocorrer, com hidrantes, paredes e empilhadeiras da carroceria do ca- pamentos. Na maioria dos casos,
tes mais comuns com empilha- lho da Selpa Prestação de Serviço lotes de produto armazenado, em minhão, acidentes devidos à ma- a solução é encontrada pelas em-
deiras nas áreas internas, Jean Logístico de Peças e Acessórios razão, principalmente, do inade- nipulação indevida de materiais presas através de um melhor moni-
Robson Baptista, do departamen- (Fone: 11 3826. 8112), e Nelson quado dimensionamento do espa- estocados, queimaduras provo- toramento da operação. Estas tam-
to comercial da Empicamp (Fone: Magni Junior, do departamento co- ço físico. “Também podem ser ci- cadas por manipulação de ácidos bém implantam regras que ajudam
19 3289.3712), destaca que, em mercial da Retrak (Fone: 11 tadas as colisões entre equipamen- de baterias em máquinas elétricas, neste monitoramento, como, por
geral, o que mais ocorre são bati- 6431.6464). tos, que são ocasionadas devido à queimaduras por combustíveis in- exemplo, apenas um operador uti-
das dos equipamentos contra o Acidentes de colisões que po- grande quantidade de máquinas, flamáveis, etc.” A análise é de Sér- lizar o equipamento em seu turno
verticalizado. “Este tipo de aciden- dem ocorrer entre estruturas por- caminhões e pedestres no mesmo gio José Quaglio, gerente comer- e o operador seguinte fazer um
te é bastante comum e perigoso, ta-paletes, colunas do CD, pare- local, e as derrapagens ocasiona- cial da Still (Fone: 11 4066.8126). check-list antes do início de seu
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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

namento de formação de operador, treinamentos sistemáticos de implantar conceitos sabe-se que


sem o qual não é permitido exer- reciclagem, no mínimo a cada 10 não é algo fácil, pois envolve vá-
cer a função, sob pena de multa meses. “Além destes procedimen- rios processos da empresa. “Mas
trabalhista. tos, é necessário que a empresa uma forma prática, e de certa for-
possua uma política geral de se- ma menos trabalhosa, é inicial-
gurança devidamente implantada, mente conscientizar os gerentes e
CONCEITO DE divulgada e efetivamente cumpri- os encarregados, pois não adianta
SEGURANÇA da em todos os níveis hierárqui- o operador saber o que é seguro,
“Além da sinalização, é impor- cos, demonstrando o seu real com- mas o gerente ou o encarregado
tante um trabalho de supervisão e prometimento com a segurança do cobrar dele rendimento, e não se-
conscientização na operação. O trabalho. Resultados excelentes na gurança”, diz ele.
Spaleta Junior, da Skam: operador não deve pensar que é implantação do conceito de segu- Quaglio, da Still: Entre os Barros, da Somov, concorda
“Os acidentes são causados por natural bater ou raspar uma rança entre os operadores de empi- acidentes devem ser citadas as que o conceito de segurança não
distração ou pressão dos empilhadeira na carga ou em es- lhadeiras são obtidos quando a em- quedas de cargas suspensas deve ser implantado apenas entre
supervisores sobre os truturas. Para isso é fundamental presa valoriza o profissional e in- pelas máquinas ou das próprias os operadores, mas ser estendido
operadores” a participação da supervisão. Ti- centiva o seu desenvolvimento téc- estanterias para todos os transeuntes das áreas
vemos casos de clientes que so- nico e organizacional, buscando a de movimentação de empilha-
turno, procurando marcas no equi- mente conseguiram resolver o pro- sua integração, interação e com- DDS fazem com que a segurança deiras. Desta forma, segundo ele,
pamento”, ensina. blema quando foram tomadas prometimento com os sistemas do trabalho esteja nas mãos dos o conceito de segurança, além de
Rocha, por sua vez, lembra medidas mais enérgicas com os logísticos adotados por ela”, com- colaboradores antes de realizar ser um processo contínuo de orien-
que algumas regras básicas desti- operadores com alto índice de aci- pleta o consultor e instrutor. uma tarefa. Também requer um tação e fiscalização, passa a fazer
nadas à circulação de veículos em dentes. Também é importante Santos, da Movicarga/Célere, ambiente de trabalho e uma parte da cultura da organização.
vias públicas – como mão de di- manter os equipamentos com suas também aponta a conscientização, empilhadeira seguros, trabalhador “Para implantar o conceito de
reção, velocidade compatível com características originais – ou seja, os treinamentos, as palestras e as treinado, prática de trabalho segu- segurança, é preciso enfatizar a ne-
o local, vias principais e secundá- evitar adaptações que comprome- campanhas – e posteriormente ra e administração de tráfego sis- cessidade de manter a integridade
rias, sinalização vertical e horizon- tam a segurança deles.” monitoramento, a fim de verificar temática. O equipamento e a ma- física e psicológica das pessoas
tal, hábito da utilização da buzina Esta é a opinião de Baptista, a eficácia e o entendimento – como nutenção são caros. Um conceito que trabalham e sua importância
em pontos estratégicos, etc. – de- da Empicamp, sobre como imple- formas de conscientizar o opera- prevencionista deve ser trabalha- para suas famílias e colegas de tra-
vem, também, ser implantadas e mentar o conceito de segurança dor sobre a necessidade de segu- do. Qualquer pessoa pode apren- balho, da sociedade, da empresa
rigorosamente cumpridas no inte- entre os operadores de empilha- rança nos CDs e armazéns. der a operar empilhadeira, mas para a qual trabalham como
rior dos CDs que, em muitos ca- deiras. “É necessário que se torne evi- nem todos o fazem com Seguran- mantenedora de seu emprego, das
sos, possuem um número elevado Para Rocha, o conceito de se- dente ou se elabore uma Política ça e Qualidade, a competência téc- conseqüências de uma limitação
de empilhadeiras operando simul- gurança, para ser efetivamente de Segurança e implante-a de ma- nica num profissional é avaliada funcional mais grave para todos os
taneamente. Além destas regras implantado, deve iniciar-se no pro- neira participativa. Campanhas, pelas suas ações e seu bom senso. envolvidos causadas por acidentes,
básicas – ainda segundo o consul- cesso de seleção destes profissio- quando bem-elaboradas e com Nada é tão importante ou tão ur- a manutenção da CIPA - Comis-
tor e instrutor –, cada empresa deve nais, que devem atender a um per- esse foco, impactam na operação, gente que não possa ser feito com são Interna de Prevenção de aci-
estabelecer regras adicionais, con- fil previamente estabelecido pela pois quase sempre se movimenta segurança”, afirmam Godoy, da dentes, treinamentos periódicos,
siderando determinadas particula- empresa para esta função, passan- a empresa inteira. A partir deste Selpa, e Magni Junior, da Retrak. criação e reforço de uma cultura
ridades relativas às cargas, elemen- do em seguida por um rigoroso ponto, treinamento, reciclagem Spaleta Junior, da Skam, lem- de segurança dentro das empre-
tos unitizadores, altura dos empi- treinamento de formação e por para operadores e um sistema de bra que sempre quando se fala em sas”, completa Quaglio, da Still.
lhamentos, carga e descarga de ca-
minhões e operações em platafor-
mas, dentre outras. Todas estas re-
gras devem ser apresentadas aos
operadores, por ocasião dos treina-
mentos, através da entrega de um
manual individual, mediante reci-
bo, explica Rocha.
“Realizamos integração de se-
gurança na admissão com leitura
da IT - Instrução de Trabalho na
operação de empilhadeira, onde
estão contemplados todos os pro-
cedimentos de segurança, e, no dia
a dia, realizamos DDS – Diálogo
Diário de Segurança com assun-
tos variados, porém pré-estabele-
cidos pela área de segurança do
trabalho”, exemplifica Santos, da
Movicarga/Célere.
Godoy, da Selpa, e Magni
Junior, da Retrak, lembram que há
regras gerais para uso correto de
empilhadeira NR 11 e OSHA:
cada equipamento é desenvolvido
com instruções de segurança para
que esta esteja garantida, porém
procedimentos diferentes são
adotados dependendo da condição
de trabalho e do tipo de material
que se movimenta.
Barros, da Somov, é outro pro-
fissional do setor que lembra que,
para operar empilhadeiras, existem
regras estabelecidas, que constam
no conteúdo programático do trei-
JORNAL

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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

Regras básicas de segurança a serem seguidas em CDs e armazéns


Equipamentos ➥ Usar equipamentos adequados ➥ Manter todos os equipamentos ➥ Dirigir sempre com a luz
Agenda
para transportar a empilhadeira em perfeitas condições vermelha apagada no caso de Março 2007
➥ Não usar a empilhadeira para de um local para outro; operacionais por meio de um direção elétrica de 360º de
outros fins que não os próprios; ➥ Prestar atenção na utilização sólido Programa de Manutenção última geração, pois a luz
Preventiva e Corretiva; vermelha indica que a roda Eventos
➥ Tomar cuidado com rampas e dos freios;
diferenças de nível; ➥ Equipar todos os equipamentos ➥ Realizar, periodicamente, audito- ultrapassou 180º; EXPO TRANSPORTE 2007
➥ Usar o equipamento dentro do com buzina, Giroflex ou rias de segurança, incluindo en- ➥ Empregar somente técnicos 6ª Exposición Internacional de
lâmpadas estroboscópicas trevistas com o operador; treinados para realizar Equipamiento Y Tecnologia del
seu limite de capacidade de Autotransporte de Carga
carga; intermitentes, controle/bloqueio ➥ Proteger de batidas as manutenção e reparos do Expo Utilitarios – Exposición
➥ Adaptar o equipamento às de velocidade, alarme sonoro e estruturas de armazenagem equipamento (evitar improvisa- Internacional de Vehículos
condições ambientais: câmaras luz de ré, cintos de segurança, com protetores de base; ções). Comerciales para el Transporte
faróis, extintor de incêndio, ➥ Trocar a bateria ou fazer a de Carga y de Pasajeros en la
frigoríficas, locais inseguros e Ciudade
com riscos de explosão ou protetor de cabina, espelhos recarga ao atingir 20% da carga Período: 7 a 10 de março
incêndio; retrovisores e botão de parada restante, pois trabalhar com Local: Buenos Aires – Argentina
de emergência (empilhadeiras bateria baixa reduz a vida útil do Realização: Expotrade
elétricas); equipamento e o danifica; Informações:
www.expotrade.com.ar
humberto.vieites@uol.com.br
Fone: (11) 5182.7933
Pistas e área de serviço ➥ Manter as dimensões das ➥ Manter o acesso à área de ➥ Eliminar os cruzamentos e
pistas apropriadas aos veículos armazenamento restrito a esquinas cegas ou instalar EXPOCOMEX
➥ Marcar, no piso, faixas na cor (adicional de 0,50 m de cada pessoas autorizadas, e ainda espelhos convexos, também em Exposição de Serviços para o
amarela, delimitando os lado do veículo utilizado em assim com todo o aparato de pontos de baixa visibilidade; Comércio Exterior
CONCEX
corredores de circulação, áreas velocidade de até 20 km/hora proteção utilizado; ➥ Manter níveis de iluminação Congresso Nacional de
de empilhamentos e áreas de para pista de mão única. Folga ➥ Manter o CD com layout adequados; Comércio Exterior
picking, entre outras (podem mínima de 0,20 m para racional; ➥ Minimizar outros riscos, como Período: 14 a 16 de março
ser adotadas faixas exclusivas interferências, tubulações, ➥ Manter a ordem, arrumação, interferências aéreas (tubula- Local: Florianópolis - SC
para pedestres); vigas, etc. acima da cabine do Realização: BF Three Feiras
limpeza, ventilação, ções, eletrocalhas, vigas Informações:
➥ Manter placas com indicações operador); desobstrução das áreas de estruturais); www.latinevent.com.br/
de trânsito com empilhadeiras, ➥ Instalar banner’s de circulação e boa iluminação; ➥ Manter os operadores expocomex
como mão de direção, redução conscientização com os ➥ Operar com ferramentas devidamente treinados sobre tamara@latinevent.com.br
da velocidade, “buzine” e procedimentos gerais de Fone: (11) 5548.9484
adequadas, demarcação os riscos e cuidados dos locais
passagem de pedestres, entre operação segura; adequada de local para fixação de operação;
outras; ➥ Assinalar claramente obstru- de extintores de incêndio, ➥ Utilizar paletes e embalagens Cursos
➥ Usar placas para demarcar ções e obstáculos; macas, material de pronto adequadas ao tipo de material
ambientes que contenham ➥ Declives e inclinações devem socorro, local apropriado para Pós-Graduação
a ser movimentado; em Logística Empresarial
materiais com risco de ser suficientemente ásperas e acondicionamento de botijões ➥ Padronizar empilhamentos Período: 1º semestre de 2007
explosão; não exceder 8%. Nas extremi- de gás, bombas de combustível (altura, capacidade de carga Local: São Paulo – SP
➥ Manter as pistas de tráfego e dades, devem conter uma e carga de baterias; das prateleiras, condições de Realização: Ceteal
as áreas de serviço em boas transição suave para evitar ➥ Estabelecer limites de empilhamento e separação Informações:
contado da carga ou do chassi www.ceteal.com.br
condições de uso; velocidade de acordo com os adequada entre os materiais ceteal@ceteal.com.br
do veículo no chão; riscos; estocados). Fone: (11) 5581.7326

Supply Chain Management &


Logística Integrada:
Operador ➥ Transportar um palete de cada ➥ Não permitir que pessoas não ➥ Usar buzina ao entrar nos A Visão Estratégica &
vez, excetuando-se indicações autorizadas, devidamente corredores ou cruzamentos, Econômico-financeira (MBA)
➥ Ter autorização para dirigir o específicas; treinadas e habilitadas, operem sempre com o equipamento em Período: Início em março
Local: São Paulo – SP
tipo específico de veículo; ➥ Contar com a assistência de o equipamento; baixa velocidade;
Realização: Fipecafi
➥ Prevenir pessoas em áreas de supervisores em situações ➥ Não levantar cargas somente ➥ Usar capacete, óculos e Informações:
perigo quando operar o especiais; com um garfo; sapatos de segurança, protetor www.fipecafi.com.br/cursos/supply
equipamento; ➥ Não iniciar o trabalho antes de ➥ Não estacionar ou conduzir o auricular e indumentária candidato.mba@fipecafi.org
adequada; Fone: (11) 2184.2020
➥ Dirigir o veículo como se estives- inspecionar detalhadamente o equipamento com os garfos
se em via pública e manter os equipamento; elevados; ➥ Fazer treinamento de segurança; Produtividade em Gestão e
respectivos cuidados; ➥ Não transportar pessoas ➥ Não efetuar ultrapassagens; ➥ Operar com observância dos Operações de Pátios de
➥ Nunca utilizar o volante para (carona); ➥ Manter uma distância limites de velocidade e Contêineres
Período: 5 a 8 de março
embarcar no equipamento; ➥ Não elevar pessoas pelos segura em relação à manobras adequadas com e
Local: Itajaí - SC
➥ Transportar a carga sempre do garfos do equipamento; empilhadeira mais próxima; sem carga; Realização: Trainmar Brasil
lado mais alto em rampas; ➥ Não elevar carga mais pesada ➥ Circular de frente ou de marcha ➥ Passar por retreinamento Informações:
➥ Aproximar-se de rampas do que a capacidade nominal a ré conforme a altura da carga periódico (pelo menos uma vez www.trainmar.com.br
por ano); rh-brasil@uol.com.br
devagar e com cuidado; do equipamento; transportada; não operar sem Fone: (13) 3225.1181
➥ Certificar-se da adequação e ➥ Não operar o equipamento sob visibilidade; caso necessário, ➥ Elaborar e manter
capacidade dos elevadores em efeito de medicação forte; use um “guia”; atualizados procedimentos de Tecnologia da Informação
caso de uso; ➥ Não trafegar com os braços e ➥ Dar sempre a preferência ao segurança na operação de Aplicada à Logística
pedestre; empilhadeiras; Período: 10 de março
➥ Introduzir os garfos na carga e as pernas para fora do Local: Recife – PE
no palete no mínimo 75% de equipamento; ➥ Dar a preferência de passagem ➥ Estacionar a empilhadeira de Realização: Focus Trigueiro
seu limite inferior e, preferen- ➥ Não passar sob os garfos às empilhadeiras que estiverem modo seguro: com freios de Informações:
cialmente, com sua ponta a 50 (patolas) quando elevados; circulando nos corredores estacionamento acionados e www.focustrigueiro.com.br
considerados como principais; em local adequado. ● treinamento@focustrigueiro.com.br
cm da extremidade da carga; Fone: (81) 3432.7308
JORNAL

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

MBA Logística
Início em 12 de março
Local: Rio de Janeiro – RJ
Realização:
CEL - Coppead/RFRJ
Informações:
www.centrodelogistica.com.br
cel@coppead.ufrj.br
Fone: (21) 2598.9812

4º Seminário Internacional
em Logística Agroindustrial
Período: 16 e 17 de março
Local: Piracicaba – SP
Realização: ESALQ-LOG
Informações:
Fone: (19) 3429.4580

Identificação de
Unidades Logísticas com
Código de Barras
(Curso Gratuito)
Período: 19 de março
Local: São Paulo
Realização: GS1 Brasil
Informações:
www.gs1brasil.org.br
automacao@gs1brasil.org.br
Fone: (11) 3068.6229

Armazenagem e Logística
para Auditores Internos da
Lei Sarbanes-Oxley:
O que é essencial e
indispensável saber
Período: 20 de março
Local: São Paulo – SP
Realização: Chermont
Engenharia e Consultoria
Informações:
www.chermont.com.br
jaciraoliver@chermont.com.br
Fone: (11) 3803.8900

Simpósio Supply Chain


Período: 21 e 22 de março
Local: São Paulo – SP
Realização: Ciclo Marketing &
Comunicação
Informações:
www.portalsupplychain.com.br
ciclo@portalsupplychain.com.br
Fone: (11) 6941.7072

Simulação Logística
Período: 22 de março
Local: São Paulo – SP
Realização: Log Intelligence
Informações:
www.logintelligence.com.br
treinamento@logintelligence.com.br
Fone: (11) 3285.5800

Oficina de Logística
Período: 27 de março
Local: Sapucaia do Sul – RS
Realização:
FAE – Faculdades Equipe
Informações:
www.faculdadesequipe.com.br
contato@faculdadesequipe.com.br
Fone: (51) 3474.4515

No portal
www.logweb.com.br,
em “Agenda”, estão
informações completas
sobre os diversos
eventos do setor a serem
realizados durante o ano
de 2007.
JORNAL

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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

feet equivalent unity”, unidade


ARTIGO
equivalente a um contêiner de 20
pés, ou seis metros de comprimen-

Transporte integrado to). Esses números são resultados


de fortes investimentos privados
em terminais multimodais e inter-

para o país crescer modais, entre outros inúmeros pro-


jetos que visam a uma logística
mais competitiva, sincronizando
suprimento e demanda.
Como se vê, os trens de car-
ga vêm contribuindo para o cres-

O país quer crescer. Expor-


tar mais. Desenvolver
sua economia. Nas duas
pontas dessa meta, a produção
nérios e de produtos industrializa-
dos se continuarem as invasões nas
faixas de domínio das ferrovias,
obrigando os trens a trafegar a ve-
cado interno também seja um fa-
tor de crescimento sócio-econô-
mico, é essencial que a política
de transportes seja integrada, as-
cimento da intermodalidade com
um índice bem acima do cresci-
mento econômico em geral, e
isso é necessário para ajudar a
nacional e o mercado internacio- locidades mínimas, em torno de 5 sim como as decisões de investi- montar uma infra-estrutura que
nal, as condições são bastante fa- km/h, para evitar o risco de aci- mento na infra-estrutura. O de- supere deficiências do passado e
voráveis e promissoras em inú- dentes graves. E também o mer- safio é melhorar não apenas os responda com eficiência aos
meros itens agropecuários, mine- cado interno pode ser fortemente modos de transporte, como tam- desafios atuais.
rais e industriais. Mas há um gar- prejudicado pelas estradas esbura- bém, principalmente, avançar nas Quando o Governo Federal,
galo no meio do caminho. Ou cadas que dificultam o tráfego de reformas de segunda geração, de pela voz da ministra-chefe da Casa
melhor, um conjunto de gargalos caminhões, ou pelos cruzamentos forma que a multimodalidade e Civil, Dilma Rousseff, afirma que
que ameaçam seriamente o cres- perigosos (passagens em nível) das a integração logística sejam os “não podemos ficar a reboque de
cimento das exportações. ferrovias com ruas de todo tipo. eixos da política. ações pontuais, mas sim montar
Estamos falando dos gargalos O governo anuncia investimen- Cabe ao governo a definição uma infra-estrutura que garanta a
logísticos. De nada adiantará o em- tos na infra-estrutura de transpor- das políticas públicas, mas a par- aceleração do crescimento”, ve-
penho por grandes safras agríco- tes e o noticiário dos jornais des- ticipação da sociedade é funda- mos que há plena consciência do
las, ou por uma excelente produ- taca os valores a serem aplicados mental. A iniciativa privada está caminho a ser trilhado. São anun-
ção agropecuária, se os produtos nas rodovias, nas ferrovias, nos fazendo a sua parte. No caso das ciados investimentos importantís-
ficarem retidos por vários dias nos portos e nas hidrovias. Mas pouca ferrovias, por exemplo, o transpor- simos para expansão da malha -
Rodrigo Vilaça, caminhões em filas de até 130 qui- atenção se costuma dar a um as- te intermodal cresceu mais de 20 como os projetos da Nova Trans-
Diretor-Executivo da ANTF – lômetros, para acesso aos portos. pecto decisivo, que é a integração vezes desde 1997, ano base de iní- nordestina, Ferrovias Leste-Oeste
Associação Nacional dos Ou se os navios tiverem que espe- entre os modos de transporte: a cio do processo de desestatização (BA) e Litorânea Sul (ES), trecho
Transportadores Ferroviários rar até sessenta dias para atracar. intermodalidade. do setor. Em 2006, de janeiro a Alto-Araguaia-Rondonópolis
e-mail: tmartins@rabaca.com.br Poderá haver prejuízo vultoso e Agora mais do que nunca, para setembro a movimentação de (MT) e ampliação da malha ferro-
desgaste fatal para a imagem do que o Brasil seja competitivo no contêineres pelas ferrovias chegou viária em Santa Catarina – e para
Brasil como exportador de mi- mercado externo e para que o mer- a quase 154 mil TEUs (“twenty- a eliminação dos gargalos físicos,
como é o caso do Ferroanel de São
Paulo. Mas além disso há uma sé-
rie de gargalos operacionais, jurí-
dicos, legais e ambientais a serem
superados com urgência. É neces-
sário, por exemplo, que o poder
público tome algumas providên-
cias para que os operadores de
transporte multimodal (OTM) pos-
sam atuar com menores custos e
mais agilidade. O sistema tributá-
rio e a legislação de uso de contêi-
neres estão defasados e precisam
urgentemente de ajustes. A cons-
trução de novos terminais inter-
modais em várias partes do país
precisa ser viabilizada com
incentivos fiscais. E o Conselho
Nacional de Infra-estrutura de
Transportes (CONIT) precisa ser
instalado, porque foi criado em
2001, pela lei federal nº 10.233,
mas até hoje não saiu do papel.
Somente a implantação desse
conselho permitirá consolidar
uma visão técnica em questões
que têm sido prejudicadas por
interferências políticas que mu-
dam conforme os interesses parti-
dários e eleitorais.
Não podemos deixar passar a
oportunidade de implantar defi-
nitivamente um modelo integrado
de transportes em nosso país, de
modo que a logística deixe de ser
um ponto fraco e se transforme em
plataforma segura para o tão alme-
jado crescimento econômico. ●
JORNAL

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

na fabricação do cimento, redu-


LOGÍSTICA REVERSA
zindo, assim, o consumo de mi-
nério de ferro.

BS Colway recebe prêmio por Criado e mantido pela inicia-


tiva privada, sem custos ao erá-
rio, o programa abrange 368

programa de gestão de resíduos municípios nos três estados onde


foi implantado há mais tempo
(mais de um milhão de pneus fo-
ram recolhidos em pouco mais de
um ano em Pernambuco e na
Paraíba) e está em fase inicial em
o dia 29 de janeiro últi- Maceió, AL, e cidades vizinhas,

N
O “Programa
mo, data em que quebrou Rodando onde foi lançado pelo governa-
a marca dos 16 milhões Limpo” já dor Luís Abílio em junho de
de pneus inservíveis transforma- gerou 2006; e em Contagem, região
dos em combustível no Brasil, o aumento de metropolitana de Belo Horizon-
IBS - Instituto BS Colway Social, renda para te, onde foi oficialmente implan-
da BS Colway Pneus (Fone: 0800 mais de 6 mil tado pela prefeita Marília Cam-
6008000), recebeu o Prêmio Bra- coletadores pos, em setembro do mesmo ano.
sil de Meio Ambiente pelo pro- cadastrados De acordo com a empresa,
grama “Rodando Limpo”, consi- além de cumprir a legislação vi-
derado o melhor trabalho em ges- Coletadores de resíduos retiram gente no país – desdobramento
tão de resíduos feito no país. pneus do meio ambiente e os de sugestões apresentadas pela
levam para co-processamento empresa ao Congresso Nacional
nos fornos das cimenteiras
– o “Rodando Limpo” promove,
também, a geração de renda al-
ternativa para centenas de famílias
litana de Curitiba e, em um se- pela ONU e indicado aos seus Pelo processo operacional, os de coletadores de papel, pneus e
gundo momento, todos os 399 países membros. coletadores de resíduos retiram demais resíduos sólidos, que,
municípios paranaenses. Os re- E, já que estes ganhos desper- os pneus do meio ambiente, que, assim, são elevados à condição de
sultados foram êxitos na redução taram a atenção de autoridades por sua vez, são co-processados agentes voluntários de saúde e do
da poluição de rios, matas e áreas políticas e ambientalistas de ou- nos fornos das cimenteiras, subs- meio ambiente, atuando por meio
populacionais e contribuição de- tras regiões do país, a empresa, tituindo, sem riscos ambientais, das chamadas “Ecobases”, pon-
cisiva para a redução em 99,7%, em parceria com indústrias do parte do coque de petróleo, com- tos de coletas, como agentes ca-
em apenas um ano, dos casos au- setor cimenteiro – Cimpor, Lafar- bustível importado normalmen- dastrados no “Programa Rodan-
tóctones de dengue registrados ge e Votorantim –, ampliou a área te utilizado. Com isso, reapro- do Limpo”, entregando pneus ve-
no Paraná, número tão expressi- de atuação para as Regiões Nor- veita-se ainda as malhas de aço lhos para destinação ambiental-
vo que o programa foi acolhido deste e Sudeste. da estrutura dos pneus, utilizadas mente correta. ●

Coelho, do IBS, e Pedro Nonato,


diretor do Grupo JB, na entrega
do prêmio Brasil de Meio
Ambiente

A premiação foi entregue a


Ozil Coelho, diretor do IBS, no
evento realizado pelo Grupo JB
no Copacabana Palace, Rio de
Janeiro, RJ. Dessa forma, a BS
Colway, empresa que reindus-
trializa pneus remoldados, foi
reconhecida por sua conduta pós-
consumo no desenvolvimento da
tecnologia adequada à logística
reversa e à destruição ambiental-
mente correta do pneu inservível,
tendo como subproduto impor-
tante e fundamental a inserção a
novos patamares de ganhos para
pessoas carentes.
Aliás, segundo informações
da empresa, foi por iniciativa dos
executivos e diretores da BS
Colway que surgiu o conceito
ambiental que definiu a Portaria
258/99, a qual trata da obrigação
pós-consumo e destinação final
do pneu inservível.
Criado em 2001, o programa
“Rodando Limpo”, abrangeu,
inicialmente, a Região Metropo-
JORNAL

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LogWeb n

EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

volveram treinamento, implanta-


SOFTWARE NAVEGADOR
ção e aumento de funcionários.
Já a South Consulting está em

IB e South Consulting constante investimento. “Aprovei-


tamos as experiências com nossos
clientes para aprimoramento da
Lojas
DPaschoal
fazem parceria em solução”, conta Mario Fernándes,
diretor geral da empresa. anunciam GPS
com guia de
solução para NF-e CASE
O primeiro case de Nota Fis-
cal Eletrônica com o Signature
entretenimento
no Brasil foi a DHL (Fone: 11
5042.5707), que iniciou seu pro-
South Consulting (Fone: ção, e esse processo trará gran- viário de Cargas também se tor- jeto em setembro de 2006 e co-

A 11 3079.9894), desenvol-
vedora de soluções em
Nota Fiscal Eletrônica – NF-e, e
des benefícios para toda a socie-
dade com a redução do nível de
informalidade, apostam os repre-
nará eletrônico. A NF-e será emi-
tida juntamente com o CTRC-e.
Até a fiscalização vai consultar a
meçou a emitir suas mais 3.000
Notas Fiscais mensais em no-
vembro do mesmo ano.
a IB Software (Fone: 11 5572. sentantes de ambas as empresas. internet, deixando de olhar o pa- A empresa precisava adotar
5817), especializada em softwa- “A intenção é que esse projeto pel para olhar o documento ele- rapidamente o modelo de Nota
res para o segmento logístico, seja um regime especial, que gere trônico”, diz. Fiscal Eletrônica, exigido pelas
lançam solução de NF-e no Bra- benefícios em logística, por exem- A solução Signature conta entidades tributárias do Brasil,
sil, a Signatute. plo. Imagine uma Nota Fiscal de- com dois componentes princi- além disso, a implementação da rede de serviços automo-
O desenvolvimento do produ-
to é da South Consulting, que já
o implantou em mais de 400 em-
morar três dias para chegar ao des-
tino? Pelo modo eletrônico have-
rá grandes vantagens nesse senti-
pais: xDOC e Server, que se co-
municam entre si, de forma se-
gura, e utilizando web services.
solução teria de fazer as mínimas
alterações no sistema ERP da
DHL. “O Signature trouxe econo-
A tivos DPaschoal (Fone:
0800.7705053), objeti-
vando facilitar a locomoção nos
presas no Chile e no México. No do. As empresas tendem a entrar O primeiro permite a integração mia em papel e versatilidade, e foi grandes centros, economizar o
Brasil, a implementação e o su- nesse regime de modo natural”, com o sistema de faturamento/ implantado em apenas 2 meses”, tempo e ajudar a reduzir o des-
porte técnico ficam por conta da aponta Duvilio Assis, gerente de ERP do cliente e normalmente declara Ulisses Álvares de Godoy, gaste do veículo de seus clientes,
IB Software. canais da South Consulting. funciona dentro da mesma rede BPO & Quality Manager da DHL. passa a comercializar o Navega-
O projeto Nota Fiscal Eletrô- Segundo Flávio Donaire, do mesmo. Já o Server armazena Os usuários internos da em- dor Guia 4 Rodas/DPaschoal.
nica é um importante aliado no diretor de tecnologia da IB e distribui os documentos eletro- presa foram capacitados para O GPS conta com mapas e
processo de reforma tributária no Software, com esta solução, todo nicamente, é uma plataforma operar funcionalmente a solução trajetos transmitidos via satélite,
país, aumentando a automação o processo logístico ocorrerá de escalável que pode funcionar na e também para configurar novos facilitando a escolha do melhor
dos processos, reduzindo custos forma mais fácil, já que o tráfe- modalidade ASP. requerimentos, tais como altera- caminho até o destino escolhido.
para as empresas e para o gover- go será eletrônico. “Além disso, Os investimentos da IB ções na estrutura da informação, Além disso, é uma opção de en-
no em todos os seus processo, se- dentro deste ano, o CTRC – Co- Software foram de 200 mil reais configuração de novas unidades tretenimento, com indicações de
jam de apuração ou de fiscaliza- nhecimento de Transporte Rodo- em 6 meses de trabalho, que en- de negócio, etc. ● restaurantes, hotéis, atrações,
funções de MP3 player e exibidor
de fotos em slide show. O funcio-
namento se dá por meio de um
simples toque no menu da tela,
que oferece respostas por ima-
gem e por voz.
O destino pode ser determi-
nado por endereço, ponto espe-
cífico (aeroporto ou shopping
center, por exemplo) ou por pon-
to no mapa, onde o condutor
aponta no próprio aparelho o lo-
cal até onde quer ser guiado, sem
ter de se preocupar com os senti-
dos das ruas.
Pela parceria com o Guia 4
Rodas, o GPS conta ainda com a
indicação de 2.170 hotéis, restau-
rantes e atrações, como também
mais de 13.300 serviços, incluin-
do bancos, hospitais, postos de
combustível e lojas DPaschoal.
De acordo com Fabio Basso,
gerente de marketing da rede
automotiva, o GPS deixou de ser
um acessório exclusivo para os
praticantes de esportes fora-da-
estrada, tornando-se muito útil
também para quem trafega nos
grandes centros.
O produto vem acompanha-
do de um suporte que pode ser
instalado no painel, em local de
fácil visualização para o condu-
tor do veículo, tem garantia de
um ano e sua atualização é feita
facilmente pelo proprietário.●
JORNAL

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15
REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

BALANÇO CAMINHÕES

MRS Logística Volvo alcança liderança


lucra R$ 540,9 no mercado de caminhões
milhões em 2006 pesados em 2006
operadora ferroviária de Volvo (Fone: 0800.

A cargas MRS Logística


(Fone: 0800.993636),
que completou 10 anos de ope-
A 411050) encerrou 2006
na liderança do mercado
brasileiro de caminhões
pesados, ao atingir a marca de
ração em 2006, apresentou na-
quele ano o quarto lucro e o 5154 veículos, resultado 9% su-
maior de sua história: R$ 540,9 perior às 4.724 unidades comer-
milhões. No período, a produção cializadas em 2005. Segundo in-
cresceu 4,6%, atingindo 113,3 forma a empresa, ela foi a única chegou ao mercado em outubro
milhões de toneladas carregadas entre todas as montadoras a ter do ano passado com o conceito
nos trens e 124 mil TEUs (contêi- um resultado positivo na classe de Total Performance. Os veícu-
ner de 20 pés). No período, a produção dos veículos pesados. “Foram de- Volvo: resultado 9% los têm motor de 13 litros, nova
Nesse mesmo ano, na empre- cresceu 4,6% cisivos para esse desempenho o superior a 2005 caixa de transmissão eletrônica I-
sa, teve início o transporte de açú- lançamento no ano passado da Shift com capacidade para até 60
car e fundições para exportação, rior a marca de 2005, que era de linha de caminhões pesados FH deram 20,2 mil veículos desta toneladas, freio motor VEB410 e
além da criação de uma nova rota 8,7. O motivo foi a ampliação da e FM e as vendas da linha VM”, categoria. O VM 310, cavalo VEB 500, novos bancos e cama
de “Trem Expresso”, ligando segurança das populações ao re- declara Tommy Svensson, presi- mecânico, e o VM 6x4, que tam- para o motorista, melhorias inter-
Sepetiba a São José dos Campos, dor da ferrovia: a empresa fez dente da Volvo do Brasil. No seg- bém são veículos pesados, foram nas na cabine, suspensão a ar e
cujo objetivo é transportar pro- obras de vedação de 36,6 quilô- mento de pesados, a Volvo fechou lançados pela Volvo no final de freios a disco com EBS para al-
dutos químicos de exportação em metros de faixas de domínio. o ano com 26,2% de participa- 2005 e, já no ano passado, suas guns modelos e, para as versões
contêineres. A MRS opera 1.700 quilôme- ção de mercado no Brasil. O se- vendas alcançaram 923 unidades. do FM, uma cabine 15 centíme-
Em 2006, a empresa aplicou tros de trilhos entre os estados do tor de pesados brasileiro alcan- “É um excelente resultado para tros mais longa. O FH é ofereci-
R$ 493,8 milhões para aumento Rio de Janeiro, Minas Gerais e çou 19.666 unidades vendidas o primeiro ano”, diz Reinaldo do nas faixas de potências de 400,
da frota (aquisição de 20 locomo- São Paulo e tem acesso direto aos em 2006, uma queda de 2,6% na Serafim, gerente de vendas da li- 440, 480 e 520 CV e a linha FM
tivas GE-C38 desenvolvidas es- portos de Santos, Rio de Janeiro comparação com o período ante- nha VM. A nova linha de cami- tem motores com potências de
pecialmente para as característi- e Itaguaí. ● rior, quando as montadoras ven- nhões pesados FH e FM da Volvo 400, 440 e 480 CV. ●
cas da operação da MRS), com-
pra de 433 vagões GDT, recupe-
ração de 19 locomotivas GE-C36,
duplicação de 13,6 km de via,
entre outros investimentos.
No que diz respeito à tecno-
logia, no citado ano, a MRS deu
início à implantação do Projeto
SIACO - Sistema Integrado de
Automação e Controle da Ope-
ração para controle operacional
e sinalização da malha ferroviá-
ria, com sistema de comunicação
móvel de dados e de controle de
bordo nos veículos ferroviários.
Além disso, também importou
equipamentos para inspeção e
manutenção da via permanente,
como uma desguarnecedora de
ombro de lastro.
Entre os destaques da empre-
sa em 2006 está a formação de
pessoal e a manutenção do trei-
namento, de responsabilidade da
Academia MRS, que é formada
por três unidades: Escola de Ope-
rações Ferroviárias, Escola de
Tecnologia Ferroviária e Escola
de Gerência.
Outro fator importante refe-
rente ao período foi a redução
do índice de acidentes em 21,8%
com relação ao ano anterior. Fo-
ram registrados 6,8 acidentes por
milhão de trens.quilômetro, infe-
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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

VEÍCULOS INDUSTRIAIS

Skam
apresenta
novidades
radicional fabricante de equipa-

T mentos para movimentação e ar-


mazenagem de materiais, a Skam
(Fone: 11 4582.6755) está apresentando
três novidades.
Por exemplo, recentemente foi firma-
da uma parceria entre a empresa e a ISA cais destinados à armazenagem de cargas
do Brasil (Fone: 47 3027.7773), subsi- e produtos.
diária da ISA da Alemanha, especializa- “As máquinas do tipo retrátil precisam
da na produção de AGV (Automatic de corredores com cerca de 3 m para po-
Guided Vehicle). derem se movimentar. A EPL-OS, de ou-
Pelo acordo firmado, a Skam fica res- tro lado, foi projetada para transitar em
ponsável pela fabricação e fornecimento corredores de 1,4 a 1,6 m, o que permite
de equipamentos, e a ISA do Brasil pelo otimizar o espaço e ampliar a quantidade
desenvolvimento e instalação da “inteli- de produtos armazenados”, explica Gallo.
gência” nestas máquinas, tornando-as A nova empilhadeira, do tipo patolada e
robotizadas. com operador sentado, possui capacida-
O primeiro resultado dessa parceria de para movimentar cargas de 600 a 1.600
é a transpaleteira elétrica POA-AGV, que kg, em alturas de até 7,3 m. O seu carro
apresenta como inovação a capacidade de de translado permite rotacionar a carga até
se movimentar sozinha, diminuindo a 180º, diminuindo a necessidade de ma-
possibilidade de acidentes, ocorridos, em nobras dentro do corredor. “Na verdade,
geral, por falha do operador. esse tipo de equipamento movimenta-se
Segundo Felipe Hoffmann, diretor da apenas para frente e para trás. O giro é
ISA do Brasil, para utilizar esse tipo de feito pelos garfos frontais”, detalha Gallo.
equipamento, as empresas não precisam
fazer grandes mudanças no layout, basta
determinar o caminho que será percorri- EMPILHADEIRAS PARA
do pela transpaleteira e fazer um peque- INDÚSTRIAS GRÁFICAS
no corte no chão para inserir o fio elétri- A Skam também desenvolveu um
co que irá gerar o sinal para o AGV se novo tipo de empilhadeira capaz de tran-
movimentar. sitar por corredores estreitos - de até 2,4
Esta tecnologia também será aplica- m - e de movimentar cargas de até 1.600
da em outros modelos de equipamentos kg. Um dos seus principais diferenciais é
fabricados pela Skam, entre os quais o clamp – dispositivo que substitui os tra-
empilhadeiras patoladas, retráteis e dicionais garfos e que permite a movimen-
trilaterais. De acordo com Luiz Gallo, tação em 360º de rolos e de bobinas, sen-
gerente de vendas da Skam, essas má- do por isso especialmente indicada para
quinas tanto poderão trabalhar de forma uso em indústrias e empresas do setor
automática, dispensando o auxílio do gráfico.
operador, como também pelo comando O gerente de vendas explica que a EP-
manual. CLAMP é uma empilhadeira patolada
compacta que “oferece maior segurança
no manuseio de bobinas, uma vez que o
EMPILHADEIRAS operador pode rotacionar a carga em vá-
TRILATERAIS rios ângulos e, dessa forma, pode execu-
Outro lançamento da empresa é a tar suas tarefas com maior rapidez e pro-
empilhadeira EPL-OS trilateral. “Desen- dutividade”.
volvida especialmente para movimentar As empilhadeiras EP-CLAMP são
cargas leves em corredores estreitos, a dotadas de botoeiras, possibilitando a mo-
nova máquina também apresenta como vimentação e tração de bobinas da posi-
diferencial o baixo preço, que chega a ser ção horizontal para a vertical. Segundo
cerca de 60% inferior ao de uma Gallo, essas máquinas também permitem
empilhadeira trilateral convencional”, in- ao operador trabalhar embarcado ou em
forma o gerente de vendas. pé, o que proporciona aumento significa-
Outro diferencial que torna a EPL- tivo da produtividade. Seu sistema eletrô-
OS bastante atraente – ainda segundo nico proporciona uma operação suave,
Gallo - é a sua capacidade de transitar sem ruídos, e sem emissão de gases, o que
por corredores estreitos, o que possibili- as torna recomendáveis para uso em em-
ta o melhor redimensionamento dos lo- presas que trabalham no padrão ISO. ●
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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

SETOR EMPRESARIAL

ABTI: investimentos expressivos


para atender à crescente
demanda por novas adesões
diretoria eleita para o biênio

A
uma forte articulação conjunta peran-
2006-2007 da ABTI - Associa- te a direção geral de aduanas argenti-
ção Brasileira de Transporta- nas, em Buenos Aires, pela institui-
dores Internacionais (Fone: 55 3413. ção de medidas mais severas capazes
2828) - tendo como presidente Luiz de coibir o roubo de cargas em trânsi-
Alberto Mincarone, diretor administra- to naquele Pais. Um dos resultados foi
tivo José Carlos Becker e gerente exe- a edição da Resolución General n°
cutivo José Elder Machado da Silva - 2169, da Aduana Argentina, que esta-
traçou várias metas para este ano. beleceu a obrigatoriedade da utiliza-
Elas abrangem expansão das ati- ção de lacre eletrônico e monitora-
vidades, instituição de núcleos da mento via satélite dos veículos de car-
Associação nos principais pontos de gas a partir de janeiro de 2007. Além
fronteiras e capitais (Brasil e exterior), disso, a ABTI luta pela criação de uma
melhoria na qualidade dos serviços, polícia especializada para atender a
dinamização das atividades, profis- eventuais ocorrências. Este conjunto
sionalização, redução de custos no de medidas, aliado a outras de longo
transporte internacional, intercâmbio prazo, certamente contribuirá para a
comercial com as entidades co-irmãs extinção do delito, em benefício dos
internacionais, modernização na área Silva: “A ABTI busca um incremento seus associados”, afirma Silva.
de Tecnologia da Informação, acele- mínimo de 15% sobre o volume das
ração de estudos e pesquisas, articu- operações do ano de 2006”
lações junto aos Órgãos Governamen- HISTÓRICO
tais e demais entidades intervenientes O surgimento da ABTI deriva das
e desenvolvimento de novos produtos, um quadro não muito favorável, mas necessidades trazidas com o apareci-
sempre direcionados para suprir as ne- a ABTI contrapôs-se a esta tendência. mento da ALALC - Associação Lati-
cessidades dos associados. “Tudo isto A partir de uma postura empreende- no-Americana de Livre Comércio.
exigirá investimentos mais expres- dora, focada no objetivo para o qual “Por força da vontade de alguns
sivos, para atender à crescente deman- foi criada, conseguiu implementar empresários do segmento do transpor-
da por novas adesões”, avalia o geren- uma série de medidas emanadas do te rodoviário internacional de cargas,
te executivo. seu planejamento plurianual que, a em 5 de dezembro de 1973 foi criada
Ele também destaca que, numa médio e longo prazos, trarão reflexos no Rio de Janeiro, RJ, a ABTI, enti-
visão bastante modesta e conservado- favoráveis para o setor e muito mais dade de classe sem fins lucrativos vol-
ra, a ABTI busca um incremento mí- positivos para seus associados.” tada para atender aos anseios do em-
nimo de 15% sobre o volume das ope- Entre as atividades realizadas em presariado especializado e, por con-
rações do ano de 2006. “Numa leitura 2006, pode ser destacado que a ABTI seguinte, todos os intervenientes da
mais analítica, podemos concluir que alavancou os números de sua consul- área”, informa Silva.
as metas são realmente ambiciosas, toria, assessoria, atendimentos e ser- Ele também ressalta que a entida-
visando melhor atender às necessida- viços prestados; revitalizou importan- de logo assumiu a posição de entida-
des dos nossos associados”, diz. tes parcerias com as mais diferentes de assessora do Governo Brasileiro
Segundo Silva, a ABTI está con- áreas do mercado, envolvendo Recei- para a formulação da política no sis-
victa de que as ações tomadas com im- ta Federal, Polícia Rodoviária Federal, tema de transporte internacional. A
pacto previsto a médio prazo já come- Ministério da Agricultura, IBAMA, ABTI exerce, também, importante
çarão a render dividendos a partir de EADI Sul, Co.Te.Car, Aduana Argen- papel como integrante da Delegação
2007 e, apesar disso, não pára de bus- tina, Gendarmeria Nacional e corpo Brasileira em reuniões internacionais
car melhores alternativas de atuações consular; liderou o encaminhamento bilaterais e/ou multilaterais, no plane-
sintonizadas com os objetivos de seus de importantes assuntos, como roubo jamento, negociação e aplicação prá-
associados. “Até porque, a curto pra- de cargas, inspeção técnica veicular, tica de medidas envolvendo os inte-
zo, os efeitos já podem ser materiali- pesos e dimensões de veículos no resses do setor.
zados e testemunhados pelo mercado.” âmbito do Mercosul, etc.; e ingressou Após ter sua sede em Brasília, DF,
na área de educação especializada, o e São Paulo, SP, em decorrência da
que veio preencher uma importante forte necessidade imposta pelo funcio-
RETROSPECTIVA necessidade do setor, já que a entida- namento do Mercosul e por questões
Sobre o ano que terminou, Silva de defende a tese de que para haver o estratégicas, transferiu-se para Uru-
diz que, como entidade representativa tão necessário desenvolvimento eco- guaiana, RS. “Dessa forma, no mais
de categoria profissional, a ABTI man- nômico tornam-se imprescindíveis in- antigo portal de ligação entre Brasil e
teve-se firme no propósito de bem vestimentos em infra-estrutura, den- Argentina, muito próximo da frontei-
atender ao seu quadro social. E ainda tre eles know-how, ou seja, educação, ra do Uruguai e junto ao maior porto
conseguiu fixar o rumo da consolida- que é ferramenta indispensável para a seco da América Latina, pode impri-
ção de suas atividades na defesa dos in- expansão das atividades no mercado. mir maior celeridade ao trabalho pres-
teresses do grupo que representa. “Desde o início do último trimes- tado aos seus associados”, completa
“O cenário econômico apresentou tre de 2006, a ABTI vem realizado o gerente. ●
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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

facilitar a integração de processos competitividade, busca de mai-


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
para garantir nas empresas o or agilidade na execução dos
BPM. seus processos, menores custos,

Magic Software Segundo Repullo, o foco


atual da Magic é desmistificar o
SOA e mostrar que as pequenas
etc. Além de alguns aspectos
peculiares como Nota Fiscal
Eletrônica que se utiliza dessas

oferece tecnologias e médias empresas podem se be-


neficiar desta tecnologia, assim
como do próprio BPM.
tecnologias, principalmente do
SOA.
As vantagens oferecidas pe-
Ele garante que o mercado los sistemas, de acordo com o
SOA e BPM das pequenas e médias empre-
sas poderá se utilizar das novas
tecnologias e, assim, enfrentar os
diretor da Magic Software, são:
maior grau de reutilização dos
sistemas desenvolvidos; maior
desafios da gestão empresarial. agilidade e flexibilidade na exe-
“Entretanto, a principal difi- cução dos processos; menores
Magic Software Brasil buição, além de outras aplicações culdade nas pequenas empresas custos por processo executado;

A (Fone: 11 5085.5818)
anuncia a construção
de uma ampla rede de provedo-
essenciais para a gestão dos
negócios, tudo numa única inter-
face, a qual pode ser acessada via
é conseguir implementar o SOA
de forma que consiga trazer be-
nefícios ao negócio da empresa
e diferencial competitivo de mer-
cado, “como por exemplo, uma
empresa que possui seus servi-
res da tecnologia SOA (Service- web, como um serviço. e, para isso, é necessário o envol- ços disponíveis em SOA para
oriented Architecture ou Arqui- “O SOA, entre outras coisas, vimento de pessoas especialis- integração com parceiros de
tetura Orientada a Serviços) e funciona como uma infra-estru- tas nos negócios, o que, nas pe- negócios leva significativa van-
BPM (Business Process Mana- tura para a aplicação do concei- quenas empresas, nem sempre é tagem perante seus concorren-
gement ou Gerenciamento de to de BPM. As siglas caminham disponível”, diz Repullo. tes”, destaca.
Processos de Negócios). juntas, mas são temas distintos. Para ele, não é porque ape-
Rodney Repullo, diretor ge- SOA é algo mais técnico, ou seja, nas 5% das grandes companhi-
ral da empresa, explica que o de TI, e BPM é a visão de Negó- as americanas, segundo a PARCERIA
SOA vem sendo muito utilizado cio”, resume. consultoria Gartner, possuem
pelas grandes companhias para Ambas as tecnologias são ba- mais de um terço de seus pro- A Magic Software fechou
atingir a integração total de seus seadas na oferta do iBOLT Inte- gramas baseados em SOA, atu- uma parceria mundial com a ale-
processos de negócios, criando gration Suíte, plataforma de inte- almente, que os pequenos devam mã SAP para o fornecimento da
uma comunicação entre os diver- gração de processos de negócios, ver como algo inatingível. plataforma de integração iBOLT
sos sistemas existentes em sua e do eDeveloper, suíte de desen- Repullo acredita que as em- para os usuários do SAP Busi-
infra-estrutura de TI. A integra- volvimento que permite criar no- Repullo: “O SOA, entre outras presas brasileiras de uma forma ness One. No Brasil, esta parce-
ção de sistemas pode envolver so- vas soluções e conectores a apli- coisas, funciona como uma infra- geral estão em busca dessas ria foi fechada em evento reali-
luções de ERP, CRM, Cadeia de cações legadas nas mais diversas estrutura para a aplicação do tecnologias pelo mesmo motivo zado aos parceiros, em setembro
Suprimentos, Logística e Distri- tecnologias existentes, visando conceito de BPM” das do exterior, ou seja, maior último. “Em 1 mês de trabalho
já possuíamos 4 parceiros SAP
com contrato fechado e uma ex-
pectativa de fechar com mais 6”,
comemora Repullo.
Segundo o executivo, o
iBOLT Special Edition for SAP
Business One 2005 comple-
menta o arsenal de ferramentas
de desenvolvimento existente
para produto de gestão da SAP.
O iBOLT permite que os
usuários possam rapidamente
melhorar o uso do software de
gestão com uma série de novas
características como automa-
tizar processos, implementar
workflow de sistema, interfaces
Web-Based, integração com ou-
tros sistemas e plataformas, bem
como realizar o monitoramento
de atividades de negócios.
Outros dois ERPs no Brasil
já são beneficiados pela tecno-
logia de integração baseada na
arquitetura SOA e BPM: o ERP
CIGAM e o ERP IFS, ambos
com conector desenvolvido, que
facilita o processo de integração
de seus produtos.
“Além dos ERPs, já temos
em nossa carteira de parceiros
vários outros provedores de
soluções como Workflow, GED,
eProcurement entre outros, além
de várias consultorias que atuam
como integradores independen-
tes e empresas como foco em oti-
mização de processos”, finaliza
Repullo.●
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do de todo o espaço da aeronave. FILIAIS


TRANSPORTE AÉREO
A intermodalidade é muito impor-
tante, pois o país não tem aeropor- Com sede em Guarulhos, SP,

Gat Logística lança tos em todas as cidades, de modo


que em determinadas condições
realizamos o trajeto via rodoviá-
e contando com unidades próprias
nas cidades paulistas de Campi-
nas, Ribeirão Preto e Marília,

unidade de negócios de rio com veículo exclusivo compa-


tível com o volume de carga.”
E aproveita para falar sobre o
além de Rio de Janeiro, RJ, e
Goiânia, GO, a empresa deverá
ganhar novas filiais em Recife,
PE, Salvador, BA, Fortaleza, CE,
recente apagão aéreo. Seja ele ca-
carga aérea racterizado por atrasos e interrup-
ção dos serviços de transporte aé-
reo, seja em decorrência de ope-
e Brasília, DF, para atender a de-
manda de importação e exporta-
ção local.
ração padrão, seja em virtude de “A princípio estamos atuando
falhas no controle de tráfego, seja operacionalmente nestas regiões,
Gat Logística (Fone: 11 por falhas de uma determinada com agentes devidamente homo-

A 6488-2033), grupo de
operações logísticas de
supply chain, armazéns gerais e
companhia aérea, Iltenir diz que
tudo leva a refletir sobre a respon-
sabilidade civil do poder público
logados pela ANAC. Estamos ini-
ciando um trabalho comercial de
prospecção de clientes e divul-
gação de nossa empresa no mer-
transporte rodoviário de cargas, neste episódio. “A União, através
lançou recentemente a sua unida- do Ministério da Defesa e da cado local. Como diziam muitos
de de negócios de carga aérea para Aeronáutica, bem como a ANAC, de meus amigos do transporte,
todo o território nacional - a Gat tem sua parcela de culpabilidade carga parada é prejuízo. Imagine
Cargas Aéreas. nos atrasos de vôos, uma vez que então as que são transportadas via
“Trata-se do produto que fal- depende dos controladores de vôo aérea? Somente passarão pela
tava em nosso portfólio, envolven- a autorização para pouso e deco- nossa estrutura se realmente hou-
do o transporte porta-a-porta para lagem. E os controladores são pre- ver agendamento programado
todo o território nacional”, afirma postos da União. Independente pelo cliente ou, caso contrário,
Iltenir Júnior, gerente nacional de disso, as companhias aéreas são sairá do aeroporto e seguirá dire-
carga aérea. as mesmas para todos os agentes, tamente para o destinatário final.
Num primeiro momento, a Gat Novo serviço envolve o transporte porta-a-porta as dificuldades fiscais são as mes- Com isso podemos concluir que
está aperfeiçoando sua infra-estru- mas, mas o atendimento e trata- não se fará necessário um investi-
tura operacional e de atendimen- de produtos, a fim de diversificar as principais companhias aéreas. mento operacional é o que certa- mento alto em espaço físico, e sim
to, priorizando o fechamento de as suas atividades”, revela. “E, independente de 1 kg ou 50 mente fará a diferença no mo- na qualidade de infra-estrutura
contratos exclusivos para este O gerente diz que a empresa toneladas, poderemos estar conso- mento em que os clientes confia- tecnológica e de segurança. Con-
modal de transporte, de modo a tem condições de atender longas lidando nosso pequeno volume no rem o transporte de suas cargas. fiante no atingimento de nossas
estar ampliando o leque de produ- rotas em curtos prazos, indepen- porão da aeronave com demais Continuo confiante que o trans- metas, estamos prevendo a aber-
tos ofertados pelo Grupo. dente da quantidade da carga, vis- mercadorias, ou até mesmo reali- porte aéreo é e sempre será o mais tura destas unidades ainda em
Sobre as regiões brasilei- to que tem contratos firmados com zarmos um fretamento, usufruin- seguro do mundo.” 2007.” ●
ras que terão mais interesse no uso
do Gat Cargas Aéreas, o gerente
acredita que, considerando o fator
distância, são as regiões Nordeste
e Norte. “Mas – continua - por se
tratar de um transporte seguro e de
baixo índice de avarias ou extra-
vios, não haverá regiões especí-
ficas, uma vez que para as rotas
curtas poderemos garantir às em-
presas com produtos de alto valor
agregado um transporte rápido e
seguro, da maneira que o merca-
do atualmente necessita.”

SURGIMENTO
Falando sobre como surgiu a
necessidade de prestação desde
novo serviço, Iltenir diz que a Gat
é uma operadora logística que atua
há 10 anos com clientes do seg-
mento de petróleo (Shell, Ipiranga
e Repsol, entre outros), realizan-
do toda a logística de seus produ-
tos (lubrificantes), desde a saída da
fábrica até a entrega no destinatário
final. “Em virtude destes clientes
exigirem uma estrutura de alto
padrão, considerando o grau ele-
vado de cuidados com a saúde, se-
gurança e meio ambiente, a Gat se
especializou neste tipo de opera-
ção e investiu pesado para atender
às exigências de HSSE destes
clientes. Sendo assim, o corpo
diretivo decidiu ampliar sua linha
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Notícias TRANSPORTE MARÍTIMO

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Agrale é certificada pela ISO/TS 6949:2002


Aliança revela
problemas em
2006 e faz
perspectivas
para 2007

FOTO: JÚLIO SOARES/OBJETIVA


Aliança Navegação e Logística (Fone: 11 5185.

A Agrale Montadora (Fone: 54 3238.8000) acaba de receber a certificação


A 5600), após uma retrospectiva de 2006, conclui
que foi um ano difícil para as empresas que atuam
no setor de transporte marítimo. Julian Thomas, diretor-
ISO/TS 16949, versão 2002. A unidade subsidiária da Agrale S. A. locali- superintendente da empresa, expõe problemas com o câm-
zada em Caxias do Sul, RS, e responsável pela montagem de cami- bio, que afetaram o volume de mercadorias transportadas,
nhões e cabines International, foi auditada pela DNV - Det Norske Veritas, e diminuição do volume de cargas frigorificadas, em razão
e tornou mais eficientes os seus processos e indicadores do sistema de da gripe aviária e da febre aftosa, como alguns fatores que
gestão do negócio. Para estar de acordo com as exigências da ISO/TS, a contribuíram para essa questão.
Agrale promoveu o treinamento das diversas equipes envolvidas na Ele também cita
implementação da norma e também dos auditores internos. Segundo outro ponto negativo
Flávio Poletti, diretor da área técnica e industrial, responsável pelas ope- de 2006: o custo do
rações da Unidade de Veículos, foram dez meses dedicados à conquista combustível, que
da certificação, com o monitoramento de todas as operações da unida- chegou a 360 dólares
de, incluindo as de suporte, e a normatização desses processos. Como a tonelada. A empre-
benefícios do novo sistema estão a eficácia no atendimento ao cliente, sa gasta 1,7 milhões
que torna os processos que envolvem a produção e os serviços mais de toneladas de com-
evidentes e transparentes, e o aumento de eficiência, por intermédio da bustível por ano.
melhoria da produtividade e dos indicadores de qualidade do processo.
“Este ano, pelo custo Da esquerda para a direita:
ser de 290 dólares a Thomas e Balau
tonelada, a perspecti-
va é melhor”, destaca.
Apesar deste cenário, a Aliança acredita em crescimen-
to de 9% no faturamento e 11% na movimentação, que
totalizará 514 mil TEUs transportados. “Para 2007, o mer-
cado prevê um aumento de 10% na movimentação de car-
gas importadas e 7% nas exportações”, declara Thomas.
Outro destaque negativo é referente aos problemas na
operação dos portos, que afetaram os custos da movimen-
tação em geral. Entretanto, ao mesmo tempo, essa situa-
ção levou à redução dos fretes na exportação, entre 17% e
34%. “Continuamos a enfrentar os grandes gargalos
logísticos no porto. Esperamos perspectivas melhores para
este ano, mas a situações é ainda crítica”, declara.
Para José Antônio Balau, diretor de operações, logística
e cabotagem da Aliança, os problemas portuários, que
envolvem falta de capacidade e, dessa forma, atrasam a
entrega das mercadorias, acontecem, principalmente, nos
Portos de Santos, Rio Grande, Paranaguá, Itajaí, Vitória e
Sepetiba. “Isso acaba obrigando a mudança na operação,
deixando a carga comprometida, prejudicando a qualida-
de dos serviços, além de também gerar prejuízo para os
exportadores”, salienta.
Para Balau, embora urgentes, são esperadas poucas
mudanças na estrutura portuária. “A grande torcida é para
que o PAC dê certo e consiga incentivar a iniciativa
privada a investir mais nos portos. Precisamos que eles
funcionem bem num curto prazo. Só assim podemos
atender satisfatoriamente o cliente no serviço porta-a-
porta”, diz.
Como projeto para 2007 está o serviço de dois aten-
dimentos semanais nos principais portos do Brasil, dando
ao usuário condição de competição com o transporte
rodoviário. ●
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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

Notícias
r á p i d a s

Baterias Moura
lança vídeo para
linha Log Diesel
A Baterias Moura (Fone: 11
5531.2800) está recorçando
o lançamento da linha Log
Diesel com um vídeo de seis
minutos sobre esses acumu-
ladores, que foram especial-
mente desenvolvidos para
veículos utilizados em servi-
ços logísticos e de transpor-
te profissional de cargas e de
passageiros. Elaborado pela
produtora Maga Multimídia
com projeto gráfico da Guirá
Projetos, o vídeo conta com
animação sobre os proces-
sos de fabricação e de utili-
zação das baterias. O objeti-
vo principal é informar ao pú-
blico-alvo todas as vantagens
da Log Diesel.

Terlogs é
destaque em
grãos em porto
catarinense

A Terlogs Terminal Marítimo


(Fone: 47 471.4400), empre-
sa do Grupo Agrenco, com
operações no porto de São
Francisco do Sul, SC, foi res-
ponsável por 100% das im-
portações de malte e ceva-
da e 50% das importações
de trigo que passaram pelo
porto em 2006. Naquele ano,
as importações de malte e
cevada cresceram 45,2% em
relação ao ano anterior e
totalizaram 107.390 tonela-
das. Já as importações de
trigo aumentaram 158%,
para 357.848 toneladas. As
importações de cevada, mal-
te e trigo representaram 50%
do volume total de cargas
(longo curso) importadas
pelo porto no ano passado,
que foi de 924.236 tonela-
das. Em 2005, esses itens
representaram 31% do volu-
me de importações por São
Francisco do Sul.
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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LOGÍSTICA PORTUÁRIA ferroviárias, aquisição de área no bairro de Guaxindiba,


bóias de sinalização, draga- em São Gonçalo, com 1.500
gem dos canais de acesso e mil m2, que funcionará como

MOVIMENTAÇÃO berços para atracação de na-


vios, adequação ao sistema
internacional de segurança
(ISPS Code), entre outros
porto seco”, declara Ricardo
Chagas, presidente do con-
sórcio.

DE CONTÊINERES NO
pontos. É o maior volume de
investimentos públicos nos ENCONTRO EM
últimos 20 anos. ANGRA REVELA
PROPOSTAS PARA
SETOR PORTUÁRIO

RIO DE JANEIRO NITERÓI SE


TRANSFORMARÁ NO
MAIS IMPORTANTE
Reunidos no Encontro
Municipal de Desenvolvi-
mento do Setor Portuário de
Angra dos Reis, realizado em
PORTO OFFSHORE DO

CRESCE 14% PAÍS


O Porto de Niterói, arren-
dado pelas concessionárias
novembro último, represen-
tantes da Companhia Docas
do Rio de Janeiro, da Prefei-
tura, das concessionárias
Nitshore e Nitport, tornará- Angraporto e FCA – Ferro-
se em 2007 a maior base de via Centro Atlântica, da
apoio às atividades offshore Antaq – Agência Nacional de
do país e também terá papel Transportes Aquaviários, de
fundamental para a constru- usuários do porto e dos sin-
ção e ações a serem desen- dicatos dos trabalhadores dis-
volvidas no futuro Comple- cutiram os problemas ineren-
xo Petroquímico do Estado tes ao setor, apresentando di-
do Rio de Janeiro, que será versas propostas.
Multimodal

instalado nos municípios de O engenheiro Adácio de


Itaboraí e São Gonçalo. Carvalho, assessor técnico da
“Concluímos as obras de Presidência da Docas, reafir-
dragagem em dezembro a um mou a disposição da Autori-
custo de R$ 7,6 milhões. O dade Portuária de construir o
posto não era dragado há 25 terceiro berço no porto da ci-
anos. O calado, que estava dade. “Angra precisa estar
com uma média de 4 metros, preparada para a expansão da
voltou a seu nível original, de atividade econômica que de-
8 metros. E estamos estudan- verá acontecer, nos próximos
do o alargamento do canal de anos, nas regiões próximas
acesso, que poderá chegar a do Litoral Sul-Fluminense e
10 metros, viabilizando a en- do Médio Paraíba”, disse
trada de navios de maior por- Carvalho.
te”, revela Antônio Carlos A Companhia Docas fará
Soares, presidente da Docas. a dragagem do canal de aces-
Por sua vez, o consórcio so e da bacia de evolução, que
Nitshore/Nitport já investiu passarão a ter um calado de
até agora aproximadamente 13,50 metros. O assessor ex-
R$ 3 milhões em melhorias plicou que o aprofundamento
CDRJ – Companhia Os portos administrados estabilidade do país. De acor- no porto: “Fizemos a demo- do calado do cais tem limita-

A Docas do Rio de Janei-


ro (Fone: 21 2219.
8617), administradora dos
pela Docas do Rio, até outu-
bro último, contribuíram com
US$ 18 bilhões para o comér-
do com esse resultado, em
2009, o complexo portuário
fluminense terá uma movi-
lição do antigo armazém 3 e,
com isso, ganhamos uma
área livre de 1.800 metros
ções técnicas, já que poderia
comprometer a estrutura do
próprio cais. “A melhor alter-
Portos do Rio de Janeiro, de cio exterior brasileiro, sendo mentação de cargas superior para a movimentação de car- nativa para Angra é a constru-
Itaguaí, de Niterói e de Angra US$ 11 bilhões de exportação a 100 milhões de toneladas. gas. Instalamos uma nova ção do terceiro berço”, afirma.
dos Reis, comemora uma mar- e US$ 7 bilhões de importa- O Poder Público federal subestação elétrica, amplian- Com investimentos públi-
ca histórica: os dois portos que ções, o que corresponde a 12% está investindo mais de R$ do a capacidade de energia cos e privados, o Porto de An-
movimentam contêineres no do total comercializado por 216 milhões somente nos do porto. Estamos reforman- gra tem condições de, em três
Estado – Rio de Janeiro e via marítima. portos fluminenses. São do a antiga estação ferroviá- anos, atingir a movimentação
Itaguaí – fecharam o ano de Desde 2004, os principais obras de recuperação de pa- ria, que, neste ano, funciona- de 1,1 milhão de toneladas/
2006 com 584,312 TEUs (uni- portos do país – entre eles, o vimentação das pistas inter- rá como espaço cultural. ano. A projeção de Docas
dade métrica de contêiner), o do Rio de Janeiro e o de nas, modernização do siste- Além disso, investimos R$ 2 para 2007 é de que Angra
que significa um crescimento Itaguaí – têm passado por um ma de energia elétrica, im- milhões na compra e R$ 4 poderá movimentar 515 mil
de 14% com relação ao ano forte processo de melhorias plantação de balanças rodo- milhões em obras em uma toneladas. ●
passado e 108% comparado em infra-estrutura, a partir de
com a movimentação de 2002. um conjunto de ações desen-
A movimentação geral de cadeadas pelo Governo do Porto 2002 2003 2004 2005 2006*
cargas do complexo portuário Presidente Lula, por meio dos Rio de Janeiro 263.085 321.349 344.441 326.174 312.750
do Estado atingiu cerca de programas Agenda Portos e
Itaguaí 19.089 27.765 133.476 187.402 271.562
38,3 milhões de toneladas. Projeto Piloto de Investimen-
Comparando com 2002, últi- tos. Além de um acelerado Total 282.174 349.114 477.917 513.576 584.312
mo ano da gestão anterior, o crescimento do comércio ex- * Estimativa
avanço da movimentação é de terior registrado nos últimos (Fonte: CDRJ – Companhia Docas do Rio de Janeiro)
68,4%. anos, acompanhado de uma
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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

Notícias
r á p i d a s

AGV Logística
vai construir
novo CD em
Vinhedo, SP
A AGV (Fone: 19 3876. 9006),
operadora logística com
matriz em Vinhedo, SP, e uni-
dades em todo o Brasil, ini-
ciou as obras do seu moder-
no centro de distribuição, lo-
calizado na cidade paulista
e com uma área construída
de 57.000 m². Serão 44.000
m² de área destinada à ar-
mazenagem de produtos se-
cos, climatizados, frigorifi-
cados e congelados, 94 do-
cas para movimentação des-
tes produtos, além de cerca
de 13.000 m² para áreas ad-
ministrativas e de suporte
operacional, como vestiá-
rios, ambulatório, auditório,
refeitório e grêmio, entre ou-
tras. Está previsto também o
funcionamento de um Cen-
tro Logístico e Industrial
Aduaneiro/EADI. “O Projeto
será executado através do
formato Built to Suit”, comen-
ta Vasco Carvalho Oliveira
Neto, presidente da AGV.

Eichenberg
estrutura
Centro
Logístico em
Itajaí, SC
A inauguração do terminal
logístico da Eichenberg &
Transeich (Fone: 51 3023.
1000) na cidade de Itajaí,
SC, marca a implantação do
conceito “LLP - Leading
Logistics Provider”da empre-
sa, no Estado de Santa
Catarina. A estrutura, com
25.000 m2 de área, permiti-
rá a integração dos serviços
de armazenagem, trans-
porte rodoviário nacional e
internacional, desembaraço
aduaneiro e operações por-
tuárias de importação e ex-
portação. Localizado às mar-
gens da BR 101, exatamen-
te na divisa entre os muni-
cípios de Itajaí e Navegan-
tes, o novo Centro Logístico
terá como área de cobertu-
ra os principais portos e ae-
roportos daquele Estado.
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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

INVESTIMENTOS

O IMPACTO NA LOGÍSTICA
O Plano de Aceleração do Crescimento - PAC, anunciado no dia 22 de janeiro último pelo presidente da REGIÃO CENTRO-OESTE
República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem como estratégia, entre outras, a superação de limites estruturais INVESTIMENTO TOTAL:
e a ampliação da cobertura geográfica da infra-estrutura de transportes. R$ 3,5 bilhões
✦ BR-163-364-MT: Duplicação
Rondonópolis - Cuiabá -
Posto Gil/MT
✦ BR-158-MT: Pavimentação
stão previstos investimentos

E de 503,9 bilhões em infra-


estrutura até 2010. Do total,
R$ 219,2 bilhões virão de estatais,
OS PROJETOS, POR REGIÃO, DE 2007 A 2010

Ribeirão Cascalheira -
Divisa MT/PA
BR-364-MT: Pavimentação
Diamantino - Campo Novo
R$ 216,9 bilhões do setor privado e dos Parecis/MT
R$ 67,8 bilhões sairão do orçamen-
✦ BR-242-MT: Pavimentação
to do governo central. Ribeirão Cascalheira -
Segundo informações do Minis- Sorriso/MT
tério dos Transportes - MT, as ações
✦ BR-158-MS-SP: Construção
em transportes objetivam aumentar
da Ponte Paulicéia/SP -
a eficiência produtiva em áreas con- Brasilândia/MS
solidadas, a indução ao desenvol-
✦ BR-070-GO: Duplicação
vimento em áreas de expansão de
Divisa DF/GO - Águas
fronteira agrícola e mineral, a re-
Lindas
dução de desigualdades regionais
em áreas deprimidas, além da inte- ✦ BR-060-DF-GO: Conclusão
Multimodal

da Duplicação Brasília/DF -
gração regional sul-americana.
Anápolis/GO
As execuções previstas na esfe-
ra de competência do MT incluem ✦ BR-153-GO: Conclusão da
intervenções em rodovias, ferrovias, Duplicação Aparecida de
portos (marítimos e fluviais) e Goiânia - Itumbiara/GO
hidrovias. O objetivo é facilitar o ✦ Construção da Ferrovia
transporte de cargas e mercadorias, Norte-Sul: Anápolis (Porto
de forma a ter um impacto positivo Seco) - Uruaçu/GO -
no custo dos produtos. Serão inves- Concessão
tidos R$ 58,3 bilhões em logística, ✦ Construção do Trecho da
sendo R$ 13,4 bilhões só neste ano. Ferronorte - Alto Araguaia -
Estão programadas realizações Rondonópolis - MT -
em 45.337 quilômetros de rodovias, Privado com Financiamento
dos quais 42.090 receberão melho- BNDES
rias por meio da ação do próprio ✦ Dragagem e Derrocagem
governo (obras de recuperação, ade- na Hidrovia do Paraná-
quação/duplicação e construção), Paraguai - MS/MT
enquanto o setor privado promove-
rá benefícios em 3.247 quilômetros REGIÃO NORTE REGIÃO NORDESTE
de estradas. Em ferrovias, 2.518 INVESTIMENTO TOTAL: R$ 6,2 bilhões INVESTIMENTO TOTAL: R$ 7,3 bilhões
quilômetros terão investimentos
✦ BR-364-AC: Construção e Pavimen- ✦ BR-101-Nordeste (RN-PB-PE-AL-SE-BA): Duplicação e Adequação de Capacidade
públicos e privados. A desobstrução
tação/trecho Sena Madureira - Feijó - Natal - Entroncamento BR-324 (Feira de Santana)
de gargalos logísticos vai também
Cruzeiro do Sul ✦ BR-230-PB: Duplicação João Pessoa - Campina Grande
focar 12 portos marítimos e 20
✦ BR-319-AM: Restauração, Melhora- ✦ BR-135-PI-BA-MG: Pavimentação Jerumenha - Bertolínea - Eliseu Martins-PI; Cons-
aeroportos, além da previsão de
mentos e Pavimentação/trecho trução de Trechos entre a Divisa PI-BA e a Divisa BA-MG; Pavimentação Divisa BA-
construção de 67 portos fluviais e
Manaus-AM - Porto Velho-RO MG - Itacarambi
uma eclusa.
O objetivo é contornar os gar- ✦ BR-163-MT-PA: Pavimentação/trecho ✦ BR-116-BA: Execução de Ponte sobre o Rio São Francisco - Divisa PE-BA
galos ao desenvolvimento e obter Guarantã do Norte-MT - Rurópolis- ✦ BR-116-324-BA: Salvador - Feira de Santana - Divisa BA-MG - PPP
PA - Santarém-PA, incluindo o ✦
um crescimento econômico de Contorno de São Félix - Cachoeira - BA
acesso a Miritituba-PA (BR-230-PA)
4,5% em 2007 e 5% ao ano entre ✦ Variante Ferroviária Camaçari - Aratu - BA
2008 e 2010. Nas duas últimas ✦ BR-230-PA: Pavimentação/trecho
✦ Ferrovia Nova Transnordestina - Privado e Financiamento Público
décadas, a média de crescimento Marabá - Altamira - Medicilândia -
Rurópolis ✦ Recuperação e Ampliação dos Berços 101 e 102 do Porto de Itaqui - MA
ficou entre 2% a 2,5%. ✦ Construção do Berço 100 do Porto de Itaqui - MA
Conforme dados do MT, a ✦ BR-156-AP: Pavimentação/trecho
Ferreira Gomes - Oiapoque ✦ Dragagem dos Berços 100 a 103 do Porto de Itaqui - MA
Região Norte receberá investimen-
tos de R$ 6,2 bilhões; a Nordeste, ✦ Construção da Ferrovia Norte-Sul: ✦ Duplicação do Acesso Rodoviário ao Porto de Itaqui - MA - BR-135-MA
R$ 7,3 bilhões; a Sudeste, R$ 6,1 Araguaína - Palmas - TO ✦ Duplicação do Acesso Rodoviário ao Porto de Pecém - CE - BR-222-CE - Caucaia -
bilhões; a Sul, R$ 3,9 bilhões; e a ✦ Ampliação do Porto de Vila do Pecém
Centro-Oeste, R$ 3,5 bilhões. Além Conde - PA ✦ Melhorias no Terminal Salineiro de Areia Branca - RN
disso, as concessões contarão com ✦ Construção das Eclusas de Tucuruí - ✦ Construção de Novo Acesso Rodoferroviário ao Porto de Suape - PE
investimentos de R$ 3,8 bilhões; e PA ✦ Construção da Via Expressa Portuária ao Porto de Salvador - BA
os programas especiais, com R$ ✦ Construção de Terminais ✦ Dragagem e Derrocagem na Hidrovia do Rio São Francisco e Acesso Ferroviário ao
24,5 bilhões. Hidroviários na Amazônia - AM-PA Porto de Juazeiro - BA (Pirapora-MG - Juazeiro-BA - Petrolina-PE)
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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

REGIÃO SUDESTE
INVESTIMENTO TOTAL: R$ 6,1 bilhões
✦ Arco Rodoviário do Rio de Janeiro, incluindo BR-101-RJ
✦ BR-101-ES: Adequação de capacidade divisa RJ-ES - Vitória
(incluindo o Contorno de Vitória)
✦ BR-381-MG: Adequação de Capacidade e Duplicação Belo Horizonte - Governador Valadares,
incluindo o Contorno de Belo Horizonte - Subtrecho Betim - Ravena (em pista dupla)
✦ BR-153-365-MG: Duplicação Divisa GO-MG - Trevão - Uberlândia
✦ BR-040-MG: Duplicação Trevo de Curvelo - Sete Lagoas
✦ BR-050-MG: Conclusão da duplicação Uberaba - Uberlândia e duplicação Uberlândia - Araguari
✦ BR-262-MG: Duplicação Betim - Nova Serrana
✦ BR-265-MG: Pavimentação Ilicínea - São Sebastião do Paraíso
✦ Rodoanel de São Paulo-SP - Trecho Sul
✦ Adequação da Linha Férrea no perímetro urbano de Barra Mansa - RJ e Construção de Pátio
✦ Construção do Contorno Ferroviário de Araraquara - SP
✦ Ferroanel de São Paulo - Tramo Norte - SP - Privado (REFC)
✦ Construção das Avenidas Perimetrais do Porto de Santos - Margem Direita (Santos-SP) e
Margem Esquerda (Guarujá-SP)
✦ Dragagem de aprofundamento no canal de acesso, bacia de evolução e junto ao cais do Porto
de Santos-SP
✦ Derrocagem junto ao canal de acesso ao Porto de Santos-SP
✦ Contenção do Cais do Porto de Vitória - ES

REGIÃO SUL
INVESTIMENTO TOTAL: R$ 3,9 bilhões
✦ BR-101-SUL (SC-RS): Duplicação Palhoça-SC - Osório-RS
✦ BR-116-RS: Programa Via Expressa (Região Metropolitana de Porto Alegre) - RS
✦ BR-386-RS: Duplicação Tabaí – Estrela - RS
✦ BR-392-RS: Duplicação Pelotas - Rio Grande, inclusive Contorno de Pelotas - RS
✦ BR-158-RS: Pavimentação Santa Maria - Rosário do Sul - RS
✦ BR-470-SC: Duplicação Navegantes - Blumenau - Entroncamento Acesso Timbó - SC
✦ BR-280-SC: Duplicação São Francisco do Sul - Jaraguá do Sul - SC
✦ BR-282-SC: Pavimentação Lajes - Campos Novos - São Miguel - Paraíso/SC
✦ BR-153-PR: Pavimentação Ventania - Alto do Amparo - PR
✦ Construção da Segunda Ponte Internacional sobre o Rio Paraná - Foz do Iguaçu-PR
✦ BR-116-PR: Adequação do Contorno Leste de Curitiba - PR
✦ Construção do Contorno de São Francisco do Sul - SC
✦ Construção do Contorno de Joinville - SC
✦ Ampliação da Capacidade do Corredor Ferroviário do Oeste do Paraná - Privado (REFC)
✦ Ampliação dos Molhes e Dragagem de Aprofundamento do Porto de Rio Grande - RS
✦ Construção e Recuperação de Berços do Porto de Paranaguá - PR
✦ Construção e Recuperação de Berços do Porto de São Francisco do Sul - SC
✦ Construção da Via Expressa Portuária do Porto de Itajaí - SC

PROGRAMAS ESPECIAIS - PROGRAMAS ESPECIAIS


CONCESSÕES INVESTIMENTO TOTAL: R$ 24,5 bilhões
INVESTIMENTO TOTAL:
RODOVIAS
R$ 3,8 Bilhões*
✦ Conservação de 52.000 km de Rodovias - R$ 1,7 bilhão
✦ BR-153: Divisa MG/SP - Divisa
SP/PR - 321,6 km ✦ Manutenção e Recuperação de Rodovias - R$ 8,0
bilhões
✦ BR-116: Curitiba - Divisa SC/
RS - 412,7 km ✦ Estudos e Projetos para 14.500 km de Rodovias -
R$ 1,0 bilhão
✦ BR-393: Divisa MG/RJ - Entr.
✦ Controle de Peso – Implantação e Operação de 206
BR-116 (Via Dutra) - 200,4 km
postos - R$ 670 milhões
✦ BR-101: Divisa ES/RJ - Ponte ✦ Sistema de Segurança em Rodovias - R$ 1,1 bilhão
Rio - Niterói - 320,1 km
✦ Sinalização de 72.000 km de Rodovias - R$ 0,4 bilhão
✦ BR-381: Belo Horizonte - São
Paulo - 562,1 km
PORTOS
✦ BR-116: São Paulo - Curitiba -
401,6 km ✦ Programa de Dragagem nos Portos - R$ 1,1 bilhão
✦ BR-116-376-101: Curitiba -
Florianópolis - 382,3 km MARÍTIMO
✦ Programa de Financiamento da Marinha Mercante -
R$ 10,6 bilhões
* Valores estimados pela ANTT
para 4 anos (Fonte: Ascom/MT)
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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LEGISLAÇÃO rentes do contrato de trans-


porte de cargas de que trata o

NOVA LEI REGULAMENTA O


art. 4º desta Lei são sempre
de natureza comercial, não
ensejando, em nenhuma hi-
pótese, a caracterização de
vínculo de emprego.

TRANSPORTE RODOVIÁRIO Parágrafo único. Compe-


te à Justiça Comum o julga-
mento de ações oriundas dos
contratos de transporte de
cargas.

POR TERCEIROS Art. 6º O transporte rodo-


viário de cargas será efetua-
do sob contrato ou conheci-
mento de transporte, que de-
Foi publicado no dia 8 de janeiro último o texto da Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007, que dispõe sobre verá conter informações para
o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a lei nº 6.803, a completa identificação das
de 10 de julho de 1980. Pela sua importância para o setor, publicamos a seguir o texto completo da lei. partes e dos serviços e de na-
tureza fiscal.
Art. 7º Com a emissão do
contrato ou conhecimento de
LEI Nº 11.442, transporte, a ETC e o TAC
assumem perante o contra-
DE 05 DE JANEIRO DE tante a responsabilidade:
2007. I - pela execução dos ser-
viços de transporte de cargas,
Dispõe sobre o transpor- por conta própria ou de ter-
te rodoviário de cargas por ceiros, do local em que as re-
Multimodal

conta de terceiros e median- ceber até a sua entrega no


te remuneração e revoga a Lei destino;
n o 6.813, de 10 de julho de II - pelos prejuízos resul-
1980. tantes de perda, danos ou ava-
rias às cargas sob sua custó-
“O Presidente da dia, assim como pelos decor-
República rentes de atraso em sua en-
Faço saber que o trega, quando houver prazo
pactuado.
Congresso Nacional Parágrafo único. No caso
decreta e eu sanciono de dano ou avaria, será asse-
a seguinte Lei: gurado às partes interessadas
Art. 1º Esta Lei dispõe o direito de vistoria, de acor-
sobre o Transporte Rodoviá- do com a legislação aplicável,
rio de Cargas - TRC realiza- sem prejuízo da observância
do em vias públicas, no ter- das cláusulas do contrato de
ritório nacional, por conta de seguro, quando houver.
terceiros e mediante remune- Art. 8º O transportador é
ração, os mecanismos de sua transporte rodoviário de car- IV - demonstrar capaci- crição e cassação do registro responsável pelas ações ou
operação e a responsabilida- gas a sua atividade principal. dade financeira para o exer- bem como a documentação omissões de seus emprega-
de do transportador. § 1º O TAC deverá: cício da atividade e idoneida- exigida para o RNTR-C serão dos, agentes, prepostos ou
Art. 2º A atividade econô- I - comprovar ser proprie- de de seus sócios e de seu res- regulamentados pela ANTT. terceiros contratados ou
mica de que trata o art. 1º tário, co-proprietário ou ar- ponsável técnico. Art. 4º O contrato a ser subcontratados para a execu-
desta Lei é de natureza co- rendatário de, pelo menos, 1 § 3º Para efeito de cum- celebrado entre a ETC e o TAC ção dos serviços de transpor-
mercial, exercida por pessoa (um) veículo automotor de primento das exigências con- ou entre o dono ou embar- te, como se essas ações ou
física ou jurídica em regime carga, registrado em seu tidas no inciso II do § 2º des- cador da carga e o TAC defini- omissões fossem próprias.
de livre concorrência, e de- nome no órgão de trânsito, te artigo, as Cooperativas de rá a forma de prestação de ser- Parágrafo único. O trans-
pende de prévia inscrição do como veículo de aluguel; Transporte de Cargas deverão viço desse último, como agre- portador tem direito a ação
interessado em sua explora- II - comprovar ter expe- comprovar a propriedade ou gado ou independente. regressiva contra os terceiros
ção no Registro Nacional de riência de, pelo menos, 3 (três) o arrendamento dos veículos § 1º Denomina-se TAC- contratados ou subcontra-
Transportadores Rodoviários anos na atividade, ou ter sido automotores de cargas de agregado aquele que coloca tados, para se ressarcir do
de Cargas - RNTR-C da aprovado em curso específico. seus associados. veículo de sua propriedade ou valor da indenização que
Agência Nacional de Trans- § 2º A ETC deverá: § 4º Deverá constar no de sua posse, a ser dirigido por houver pago.
portes Terrestres - ANTT, nas I - ter sede no Brasil; veículo automotor de carga, ele próprio ou por preposto Art. 9º A responsabilida-
seguintes categorias: II - comprovar ser proprie- na forma a ser regulamenta- seu, a serviço do contratante, de do transportador cobre o
I - Transportador Autôno- tária ou arrendatária de, pelo da pela ANTT, o número de com exclusividade, mediante período compreendido entre
mo de Cargas TAC, pessoa menos, 1 (um) veículo auto- registro no RNTR-C de seu remuneração certa. o momento do recebimento
física que tenha no transpor- motor de carga, registrado no proprietário ou arrendatário. § 2º Denomina-se TAC- da carga e o de sua entrega
te rodoviário de cargas a sua País; § 5º A ANTT disporá so- independente aquele que pres- ao destinatário.
atividade profissional; III - indicar e promover a bre as exigências curriculares ta os serviços de transporte de Parágrafo único. A res-
II - Empresa de Transpor- substituição do Responsável e a comprovação dos cursos carga de que trata esta Lei em ponsabilidade do transporta-
te Rodoviário de Cargas Técnico, que deverá ter, pelo previstos no inciso II do § 1º caráter eventual e sem exclu- dor cessa quando do recebi-
ETC, pessoa jurídica consti- menos, 3 (três) anos de ativi- e no inciso III do § 2º, ambos sividade, mediante frete ajus- mento da carga pelo destina-
tuída por qualquer forma pre- dade ou ter sido aprovado em deste artigo. tado a cada viagem. tário, sem protestos ou ressal-
vista em lei que tenha no curso específico; Art. 3º O processo de ins- Art. 5º As relações decor- vas.
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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

Art. 10. O atraso ocor-


re quando as mercadorias
não forem entregues den-
tro dos prazos constantes
do contrato ou do conhe-
cimento de transporte.
Parágrafo único. Se as
mercadorias não forem en-
tregues dentro de 30 (trin-
ta) dias corridos após a
data estipulada, de confor-
midade com o disposto no
caput deste artigo, o
consignatário ou qualquer
outra pessoa com direito
de reclamar as mercadori-
as poderá considerá-las
perdidas.
Art. 11. O transporta-
dor informará ao expe-
didor ou ao destinatário,
quando não pactuado no
contrato ou conhecimento
de transporte, o prazo pre-
visto para a entrega da
mercadoria.
§ 1º O transportador
obriga-se a comunicar ao
expedidor ou ao destinatá-
rio, em tempo hábil, a che-
gada da carga ao destino.
§ 2º A carga ficará à
disposição do interessado,
após a comunicação de
que trata o § 1º deste arti-
go, pelo prazo de 30 (trin-
ta) dias, se outra condição
não for pactuada.
§ 3º Findo o prazo pre-
visto no § 2º deste artigo,
não sendo retirada, a car-
ga será considerada aban-
donada.
§ 4º No caso de bem
perecível ou produto peri-
goso, o prazo de que trata
o § 2º deste artigo poderá
ser reduzido, conforme a
natureza da mercadoria,
devendo o transportador
informar o fato ao expe-
didor e ao destinatário.
§ 5º Atendidas as exi-
gências deste artigo, o pra-
zo máximo para carga e
descarga do veículo de
Transporte Rodoviário de
Cargas será de 5 (cinco)
horas, contadas da chega-
da do veículo ao endereço
de destino; após este perío-
do será devido ao TAC ou à
ETC o valor de R$ 1,00
(um real) por tonelada/hora
ou fração.
Art. 12. Os transporta-
dores e seus subcontra-
tados somente serão libe-
rados de sua responsabili-
dade em razão de:
I - ato ou fato imputá-
vel ao expedidor ou ao des-
tinatário da carga;
II - inadequação da em-
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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

balagem, quando imputável


ao expedidor da carga;
ponsáveis, perante o transpor-
tador que emitiu o conheci-
LEGISLAÇÃO
III - vício próprio ou ocul- mento de transporte, pelas per-
to da carga;
IV - manuseio, embarque,
das e danos causados às mer-
cadorias no momento da reali-
ANTT ATENDE SITIVESP E
estiva ou descarga executados
diretamente pelo expedidor,
destinatário ou consignatário
zação das referidas operações,
inclusive de depósito.
Art. 17. O expedidor, sem
ALTERA LEGISLAÇÃO DE
da carga ou, ainda, pelos seus
agentes ou prepostos;
prejuízo de outras sanções pre-
vistas em lei, indenizará o TRANSPORTE DE TINTAS E
V - força maior ou caso transportador pelas perdas,
fortuito;
VI - contratação de segu-
danos ou avarias:
I - resultantes de inve-
VERNIZES
ro pelo contratante do serviço racidade na declaração de car-
de transporte, na forma do ga ou de inadequação dos ele-

A
inciso I do art. 13 desta Lei. mentos que lhe compete for- Agência Nacional de
Parágrafo único. Não necer para a emissão do conhe- Transportes Terrestres
obstante as excludentes de res- cimento de transporte, sem que (ANTT) atendeu o
ponsabilidades previstas nes- tal dever de indenizar exima ou pleito do Sindicato da In-
te artigo, o transportador e atenue a responsabilidade do dústria de Tintas e Vernizes
seus subcontratados serão res- transportador, nos termos pre- do Estado de São Paulo, o
ponsáveis pela agravação das vistos nesta Lei; e Sitivesp (Fone: 11 3262.
perdas ou danos a que derem II - quando configurado o 4566), e publicou alteração
causa. disposto nos incisos I, II e IV do anexo da Resolução 420,
Art. 13. Sem prejuízo do do caput do art. 12 desta Lei. do Ministério dos Transpor-
seguro de responsabilidade Art. 18. Prescreve em 1 tes, que trata do regulamen-
civil contra danos a terceiros (um) ano a pretensão à repara- to de transporte terrestre de
previsto em lei, toda operação ção pelos danos relativos aos produtos perigosos. As alte- Ferraiuolo: “Procuramos
de transporte contará com o contratos de transporte, ini- rações publicadas no Diário demonstrar que o grande
Oficial da União no último volume de tintas movimen-
Multimodal

seguro contra perdas ou danos ciando-se a contagem do pra-


causados à carga, de acordo zo a partir do conhecimento do dia 27 de novembro, através tado não se enquadra como
com o que seja estabelecido no dano pela parte interessada. da Resolução nº 1644, visam produto perigoso”
contrato ou conhecimento de Art. 19. É facultado aos flexibilizar o transporte de
transporte, podendo o seguro contratantes dirimir seus con- tintas e vernizes, mantendo a litros, o Sitivesp entrou com
ser contratado: flitos recorrendo à arbitragem. qualidade e segurança no um novo pleito junto à
I - pelo contratante dos Art. 20. (VETADO) manuseio dos produtos e evi- ANTT, visando flexibilizar
serviços, eximindo o transpor- Art. 21. As infrações do tando dificuldades na movi- a norma para utilização de
tador da responsabilidade de disposto nesta Lei serão puni- mentação dos mesmos. baldes ou bombonas de
fazê-lo; das com multas administrati- “Procuramos demonstrar plásticos para embalagens
II - pelo transportador, vas de R$ 550,00 (quinhentos à ANTT, através de estudos e de produtos perigosos até 20
quando não for firmado pelo e cinqüenta reais) a R$ documentos, que o grande litros, não abrangidos pela
contratante. 10.500,00 (dez mil e quinhen- volume de tintas movimenta- Resolução 1644.
Parágrafo único. As con- tos reais), a serem aplicadas do é à base d’água e, portan- “Tendo em vista as se-
dições do seguro de transpor- pela ANTT, sem prejuízo do to, não se enquadra como melhanças existentes no
te rodoviário de cargas obede- cancelamento da inscrição no produto perigoso, entre ou- pleito do Sitivesp, deferido
cerão à legislação em vigor. RNTR-C, quando for o caso. tras considerações que foram pela ANTT, estamos suge-
Art. 14. A responsabilida- Art. 22. Na aplicação do julgadas pertinentes e resul- rindo, face à inviabilidade
de do transportador por pre- disposto nesta Lei, ficam res- taram na publicação desta econômica pelo preço das
juízos resultantes de perdas ou salvadas as disposições previs- Resolução”, explica o presi- embalagens padrão ONU, a
danos causados às mercado- tas em acordos ou convênios dente do Sitivesp, Roberto utilização da atual lata de 18
rias é limitada ao valor decla- internacionais firmados pela Ferraiuolo. litros em embalagem com-
rado pelo expedidor e consig- República Federativa do Bra- Com a alteração das dis- binada com caixa de pape-
nado no contrato ou conheci- sil. posições da Resolução n° lão para transporte de pro-
mento de transporte, acresci- Art. 23. Esta Lei entra em 420, as embalagens de tin- dutos base solvente, em vir-
do dos valores do frete e do vigor na data de sua publica- tas à base d’água não sofre- tude do baixo valor agrega-
seguro correspondentes. ção, assegurando-se aos que já rão mudanças e, portanto, do desses produtos”, acres-
Parágrafo único. Na hipó- exercem a atividade de trans- continuarão sendo utilizadas centa Ferraiuolo.
tese de o expedidor não decla- porte rodoviário de cargas as latas de 18 litros e galões Tais medidas foram im-
rar o valor das mercadorias, a inscrição no RNTRC e a con- de 3,6 litros, pois os produ- prescindíveis porque o Bra-
responsabilidade do transpor- tinuação de suas atividades, tos não se caracterizam como sil não dispõe hoje das con-
tador será limitada ao valor de observadas as disposições itens perigosos. Para os pro- dições necessárias para o
2 (dois) Direitos Especiais de desta Lei. dutos base solvente, também cumprimento integral dos
Saque - DES por quilograma Art. 24. Revoga-se a Lei foi acatada a sugestão de que requisitos técnicos de de-
de peso bruto transportado. n o 6.813, de 10 de julho de as embalagens de até 5 litros sempenho de embalagem
Art. 15. Quando não defi- 1980. sejam colocadas em paletes, metálica para tintas, listados
nida no contrato ou conheci- acondicionadas em filme pela Resolução 420, e seu
mento de transporte, a respon- plástico termo-encolhível fornecimento em larga esca-
sabilidade por prejuízos resul- (shrink) ou caixas de pape- la. Por isso, a preocupação do
tantes de atraso na entrega é Brasília, 5 de janeiro de 2007 lão e que cada conjunto de setor com o impacto que tais
limitada ao valor do frete. embalagens assim agrupa- alterações trariam ao dia a dia
Art. 16. Os operadores de Luiz Inácio Lula da Silva das não tenha massa total das empresas, já que não exis-
terminais, armazéns e quais- Bernard Appy superior a 40 kg. tem embalagens homologa-
quer outros que realizem ope- Com relação aos produ- das para todos os formatos e
rações de transbordo são res- Paulo Sérgio Oliveira Passos” ● tos base solvente, até 20 tamanhos utilizados. ●
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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

Notícias
r á p i d a s

Petrobras
utiliza
caminhões para
exposição da
marca Lubrax
A Petrobras acaba de ado-
tar uma das mais novas
modalidades de propagan-
da: a personalização de ca-
minhões de grandes trans-
portadoras com a marca de
seus clientes. A empresa
estampou sua marca de lu-
brificantes Lubrax em cami-
nhões da transportadora ro-
doviária de carga e logística
Rápido 900 (Fone: 0800
133900), que transporta óle-
os lubrificantes para a Petro-
bras desde 2003, distribuin-
do os produtos para os Es-
tados de São Paulo e Minas
Gerais. Além dos cami-
nhões da BR Lubrax, a Rá-
pido 900 possui outros veí-
culos personalizados, como
os do Grupo BASF (Suvinil),
Amanco, Bauducco, Sabo-
netes Francis e Cognis.

Zeloso lança
guincho
motorizado
A Zeloso (Fone: 11 3694.
6000) está lançando o guin-
cho motorizado G3000BA,
para atender à movimenta-
ção em geral, interna e ex-
terna, deslocamento de car-
gas, carregamentos e afins.
Possui lança extensível hi-
draulicamente dotada de
uma segunda lança embuti-
da, esta extensível manual-
mente, tendo cada lança um
gancho em sua extremidade.
Apresenta as seguintes ca-
pacidades de carga nos gan-
chos: 3.000 kg na lança prin-
cipal retraída, 1.500 kg na
lança principal estendida e
de 1.000 kg na lança manual
estendida.
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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

PORTOS SECOS Apesar dessa situação,


conforme explica Mauro
Shiguemi Yoshita, diretor pre-

“PORTOS SEGUROS” sidente da Companhia Regi-


onal de Armazéns Gerais e
Entrepostos Aduaneiros –
CRAGEA (Fone: 11 4746.

PARA AS MERCADORIAS
7500), algumas das empresas
conseguiram a sua transfor-
mação em CLIA por publi-
cação no Diário Oficial da
Considerados elos de integração na cadeia logística de comércio exterior, os portos secos facilitam a União, enquanto outras se
convergência dos fluxos de importação, exportação e mercado local, oferecendo serviços logísticos encontravam em fase de so-
licitação para o seu enquadra-
customizados. mento na nova figura insti-
tuída pela então MP 320/06.
De acordo com ele, em
decorrência do ato do Sena-

P
ara situar o assunto, Secretaria da Receita Fede- de operações, aumento da qua- vesse uma audiência pública do Federal, as empresas que
nada como uma defini- ral, Ministério da Agricultu- lidade para a fiscalização para discutir a matéria, mas estavam em processo de re-
ção seguida por enca- ra/Claspar (Ministério da aduaneira e, sobretudo, incre- não tínhamos agenda para isto querimento apresentam situa-
minhamentos legais. Saúde) e estrutura de apoio mentar o aparato de seguran- até o dia 22 de dezembro”, ção em aberto, ou seja, não
Porto Seco, ou Estação aos despachantes. ça e controle eletrônico à dis- disse Souza. Outro fato que, há, ainda, nenhuma regula-
Aduaneira Interior – EADI, No dia 27 de setembro posição da Receita. segundo ele, pesou na decisão, mentação ou definição da
é um recinto alfandegado se- último, a Assessoria de Im- No entanto, no dia 13 de foi o caráter de urgência que questão advinda daquela
cundário, de uso público, im- prensa da Secretaria da Re- dezembro último, a MP 320 toda a MP carrega. “Eu não ação adotada pela Câmara
plantado em regiões estraté- ceita Federal publicou nota foi rejeitada por unanimidade considero porto seco urgência Superior, por parte do Gover-
gicas do país, com o intuito sobre uma nova Medida Pro- no Senado. Um acordo de urgentíssima”, afirmou. no Federal ou pelo próprio
de descongestionar as zonas visória, a 320, regulamenta- líderes transformou a propos- Segundo o coordenador Congresso. “Embora não se
Multimodal

primárias (portos, aeroportos da no dia anterior, que modi- ta em um projeto de lei, apre- da Frente Nacional dos saiba o horizonte de como
e fronteiras). ficaria a regulamentação dos sentado pelo relator da medi- Permissionários de Portos serão legisladas as empresas
Desta forma, pode pro- Portos Secos, substituindo-os da, senador João Alberto Sou- Secos, José Roberto Sampaio hoje em operação, presta-
cessar o início e o encerra- por Centros Logísticos e In- za (PMDB-MA). “Eu dei um Campos, pelo acordo fecha- doras de serviços públicos
mento de trânsito aduaneiro dustriais Aduaneiros - CLIA. parecer contrário e aproveito do no Senado, o novo proje- aduaneiros, a MP 320/06 tra-
e todo desembaraço de mer- De acordo com o coorde- a MP, que é muito boa, e a to de lei será encaminhado, zia no seu bojo uma nova ten-
cadorias, tanto na importação nador-geral de Administração transformo em projeto de lei”. primeiramente, à Comissão dência para este segmento,
quanto na exportação. Aduaneira, Ronaldo Medina, O senador justifica a re- de Constituição e Justiça. Os principalmente no que se
As EADIs são dotadas de os objetivos das novas regras jeição pelo fato de o Senado senadores também se com- refere ao aumento e amplia-
infra-estrutura de armazena- seriam de melhorar a perfor- não ter tido tempo suficiente prometeram a discutir e apro- ção de novos entrepostos
gem, movimentação, uniti- mance dos serviços prestados para discutir o assunto. “Uma var o projeto em até 180 dias, (CLIAs) que, por sua vez,
zação e desunitização de car- pelos recintos alfandegados das coisas que alguns empre- a partir do início dos traba- agilizariam a liberação de car-
gas, e contam com equipes da quanto ao tempo de realização sários pediram era que hou- lhos em 2007. gas e estruturariam mais o sis-
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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

desta logística, estão inseri- VANTAGENS


PRINCIPAIS VANTAGENS DOS PORTOS SECOS dos os Portos Secos que pas- Em números, Rodrigues,
sam a ser um importante pon- da Dry Port, informa que os
➥ Proximidade com os centros industriais e mercados to de partida e de chegada Portos Secos oferecem ao
consumidores; destes produtos, oferecendo mercado 6 milhões de m2 de
➥ Alternativa de evitar o congestionamento dos portos e todos os serviços de maneira área, tecnologia de informa-
aeroportos; a diminuir gargalos, aumen- ção, mão-de-obra especi-
tando a eficiência logística e
➥ Flexibilidade em desenvolver alternativas logísticas centralizando informações,
alizada, equipamentos de úl-
customizadas; tima geração para movimen-
fazendo crescer ainda mais a tação de cargas, além de câ-
➥ Gerenciamento no fluxo de importação e exportação, assertividade e as relações maras frigoríficas/climati-
criando ambiente favorável de integração com os demais entre todos os intervenien- zadas/congeladas para arma-
agentes do comércio exterior, tais como: despachantes tes”, destaca. zenagem de cargas especiais.
aduaneiros, importadores e exportadores, dentre outros; Para o diretor da Mul- Nas palavras de Murillo
➥ Infra-estrutura e tecnologia para desenvolvimento de projetos
tilog, o Porto Seco terá cada Mello Oliveira, gerente de
vez mais importância na fis- operações do Consórcio
complexos de distribuição internacional e projetos industriais calização aduana, tornan-
para exportação. EADI Salvador (Fone: 71
do-se um “porto seguro”, au- 2106.7273), a grande vanta-
Fonte: Wilson, Sons Logística xiliando os órgãos anuentes gem em utilizar um Porto
como ANVISA, Ministério Seco em vez da zona primá-
tema de transportes de dife- custos, mas também para que da Agricultura, Receita Fede- ria é a flexibilidade que a
rentes modais. Todos sabe- as empresas brasileiras pos- ral, Ministério do Exército, operação do Porto Seco pro-
mos que o crescimento do sam reduzir prazos de entre- Polícia Federal e Receita Es- porciona ao seu cliente. Além
PIB, propalado amplamente ga e tornarem-se mais com- tadual, dentre outros, contri- de ter área suficiente para
pelo governo, significa, aci- petitivas. “A intenção dos buindo para a soberania na- movimentação das cargas,
ma de tudo, maior comércio Portos Secos é atrair cada vez cional, evitando a prática de estrutura construída para as
exterior, impulsionando as mais as empresas importado- descaminho e garantindo o operações logísticas e, prin-
atividades ligadas a este se- ras e exportadoras para fugir acompanhamento de produ- cipalmente, pelo fato de o
tor, particularmente no seg- dos gargalos que se formam tos controlados, condições de foco da operação ser arma-
mento logístico onde se bus- nas zonas primárias, ofere- acondicionamento e demais zenagem e desembaraço, os
ca a eficiência e a redução de cendo serviços logísticos exigências sanitárias e de se- processos são mais ágeis.
custos, principalmente em customizados para os clien- gurança dos mais variados Ainda segundo ele, mui-
um país como o Brasil, onde tes, reduzindo tempo e cus- tipos de mercadorias que tas vezes, os terminais de
as ofertas de estruturas bási- tos”, diz Rodrigues. adentram o país. zonas primárias atraem os
cas são consideradas extre- Sobre a Instrução Nor- Além disso, Fornutato diz clientes com tarifas mais bai-
mamente defasadas e drama- mativa SRF nº 241/2002 – que com o aumento da rela- xas, porém a pouca celeri-
ticamente ultrapassadas, não que trata do regime especial ção entre os países, passarão dade no desembaraço faz com
atendendo à crescente de- de entreposto aduaneiro na a existir dentro dos Portos Se- que esse custo fique mais alto
manda”, expõe Yoshita. importação e na exportação cos a instalação de indústrias a partir do momento que a car-
– o presidente da Dry Port alfandegadas: empresas que ga permanece mais tempo nes-
explica que ela permite a exe- concentrarão seus processos ses recintos, e também exige
cução de serviços de monta- em um determinado ponto do do importador um estoque
TENDÊNCIAS gem, acondicionamento e país, recebendo insumo de di- maior.
De acordo com Omar de beneficiamento de produtos versos outros países e reexpor- Uma outra vantagem con-
Souza Passos, diretor da Re- ou insumos importados, aos tando o produto acabado ao siderada por Oliveira em usar
gional de Logística da Wil- quais podem ser agregados exterior. como operador logístico o
son, Sons Logística (Fone: produtos nacionais. “A mer- “Com isto, a competi- Porto Seco está relacionada
11 4976.9533), os Portos cadoria resultante poderá ser tividade destas indústrias será aos Regimes Aduaneiros Es-
Secos estão desempenhando exportada com suspensão do fantástica, pois eliminará o peciais que os clientes podem
cada vez mais a função de pagamento dos impostos, trânsito de produtos pelas ro- usufruir, otimizando custos.
“elo” de integração na cadeia possibilitando ao Brasil tor- dovias com redução de cargas “Especialmente na importa-
logística de comércio exteri- nar-se um centro de distribui- tributária, redução nos custos ção, muitos vinculam essa
or, executando, além do tra- ção, principalmente para a de imobilização, racionaliza- operação à burocracia. Com
dicional armazenamento e América Latina”, assinala. ção dos processos, diminui- a agilidade oferecida no Por-
movimentação de carga, so- Para Rogério Fortunato, ção de estoques de seguran- to Seco, o cliente pode con-
luções em regimes aduanei- diretor superintendente da ça e, por conseguinte, geran- tar com o seu estoque ainda
ros especiais, como DAC – Multilog (Fone: 47 3341. do maior competitividade em processo de desembara-
Depósito Alfandegado Certi- 5005), a tendência é baseada profissional”, diz. ço, com a confiabilidade que
ficado e Entreposto Industri- na afirmativa de que o Brasil Na opinião de Paulo Jor- na hora que a sua produção
al, explorando de forma mais representa hoje, dentro do ge Muniz, gerente de filial do precisar, não terá proble-
intensa os benefícios e a cenário do comércio interna- Grupo Rodrimar (Fone: 16 mas”, garante.
integração entre esses regi- cional, pouco mais de 1%, o 3615. 9160), a tendência é De acordo com Fortunato,
mes, facilitando a convergên- que é muito pouco para um que a interiorização das car- da Multilog, toda a infra-es-
cia dos fluxos de importação, país com sua extensão gas se torne cada vez mais trutura do Porto Seco agiliza
exportação e mercado local. territorial e com o tamanho intensa no Brasil, não somen- os processos e oferece uma
Segundo Mauro Zacchia do mercado consumidor que te devido aos fatores ligados equipe qualificada a orientar
Rodrigues, presidente da Dry representa. aos congestionamentos fre- no uso dos mais diversos regi-
Port São Paulo (Fone: 11 Com isso, a perspectiva é, qüentes nos portos, aeropor- mes especiais que detêm,
6413. 4847), com o aumento segundo Fortunato, que países tos e fronteiras, mas também como: o entreposto aduaneiro
acentuado do comércio exte- como China, Rússia, Índia e ao fato de existir uma pré-dis- na importação e na exportação
rior brasileiro, há necessida- Brasil tomem um espaço mai- posição de o contribuinte que permite a nacionalização
de de o país ter mais eficiên- or, criando condições de co- querer seus produtos o mais parcial das mercadorias, pror-
cia em sua cadeia logística, mércio ainda mais favoráveis próximo possível de suas rogando, desta forma, o re-
não somente para redução de entre eles. “Para tanto, dentro plantas. colhimento de impostos; e o
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EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007 REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

gas seria mais ágil e os cus- físicas de movimentação e ar- o desejo do importador ou
tos logísticos menores. “Um mazenagem. exportador em trabalhar onde
bom incentivo seria a criação “É fato também que a ele desejar.
de novos regimes especiais passagem pelo Porto Seco Sobre esse ponto, Olivei-
para os Portos Secos”, acres- em certos casos torna-se eco- ra, do Consórcio EADI Sal-
centa. nomicamente inviável; a ade- vador, analisa que assim
Para Fortunato, da Multilog, quação tem que ser feita de como a zona secundária, os
ações do SEBRAE, SENAI, maneira que se garanta o Portos Secos também são
SESC, SESI e demais enti- melhor custo benefício”, usuários das zonas primárias
dades ligadas às pequenas, complementa. e sofrem da mesma forma
médias e micro empresas De acordo com Yoshita, que os importadores e expor-
poderiam incentivar em mui- da CRAGEA, o segmento tadores brasileiros.
to o uso dos Portos Secos vem tendo um crescimento Tomando como exemplo
através de esclarecimentos gradual, em que pese um o porto de Salvador, ele con-
por meio de seus cursos e enorme potencial de desen- ta que há semanas em que a
treinamentos. volvimento e atendimento média de espera das carretas
Segundo ele, a participa- aos exportadores e importa- para carga ou descarga che-
ção das micros, pequenas e dores. Tocando no assunto ga a 15 horas, o que aumenta
médias empresas tem cresci- legislativo, a respeito da MP muito o custo de transporte
INCENTIVANDO O USO do exponencialmente no co- 320, acredita que com o ad- com estadias para os moto-
regime de DAC, que permite mércio exterior, assim como vento dela, certamente, ristas e influencia na quan-
ao exportador comprovar suas Para incentivar o uso dos a necessidade de maior alavancaria um crescimento tidade de veículos que têm que
exportações mesmo antes do Portos Secos, Rodrigues, da interação sobre os assuntos de novas empresas em diver- ser usados nas operações para
embarque das mercadorias e Dry Port, sugere ações sim- que envolvem esta logística sos pontos estratégicos do transferência dos contêineres,
permitindo que empresas es- ples, tais como uma ampla di- pelo empresariado. país, “o que por si só, daria o que também onera bastante
trangeiras mantenham estoque vulgação do que é um Porto Já Muniz, da Rodrimar, uma propagação bem melhor o custo do transporte.
de segurança no Brasil, com Seco e dos serviços disponí- cita a disposição do próprio junto aos inúmeros clientes De acordo com o gerente
um custo muito menor pela veis, para que desta forma contribuinte em querer co- deste setor econômico, uma de operações, as zonas primá-
influência cambial e a garan- seja possível explorar todos nhecer os benefícios que es- maior concorrência entre as rias devem ser locais de pas-
tia de um fiel depositário. os benefícios existentes na
Multimodal

tes recintos de zona secundá- empresas, reduzindo os cus- sagem das mercadorias e não
Já a principal vantagem utilização de uma zona se- ria podem propiciar. De acor- tos, o que, por sua vez seria, de armazenagem de cargas.
para Muniz, da Rodrimar, é cundária. do com ele, isso requer mu- um grande incentivo para o No caso dos portos, como a
a do contribuinte estar o mais Outras ações mais com- dança em seus processos e uso cada vez maior por parte prioridade é a operação dos
próximo possível de seus plexas – acrescenta ele – e pode-se até afirmar que isso dos usuários e, aliviaria a de- navios, pois os custos envol-
produtos. “Isto, por si só, traz que dependem de recursos vem ocorrendo gradati- fasada estrutura do segmen- vidos são muito maiores, to-
a interface com as autorida- humanos de outros órgãos, vamente, porém, de uma ma- to de comércio exterior bra- dos os usuários dos portos fi-
des aduaneiras e outros ór- tais como Receita Federal, neira ainda tímida, lenta. “Há sileiro”, declara. cam prejudicados, ou seja, as
gãos fiscalizadores, por esta- Anvisa e Agricultura, pode- uma certa conservação em Por sua vez, Passos, da empresas que arrendaram as
rem próximos do importador riam ser discutidas, como a manter um mesmo modus- Wilson Sons, resume o incen- áreas portuárias insistem em
e exportador, facilitando a agilização do trânsito adua- operandi, mesmo que isso tivo em três partes: simplifi- armazenar cargas, isso agrava
resolução de eventuais pro- neiro nas zonas primárias e a signifique perdas de embar- cação do processo de trânsi- o problema de área física que
blemas”, aponta. extensão do horário de fun- ques, atrasos significativos nos to aduaneiro; fortalecimento eles possuem, e quem arca
Além disso, de acordo cionamento dos Portos Se- processos de desembaraço, na na divulgação dos regimes com esse custo são os usuári-
com ele, agrega-se ao fato cos, disponibilizando fiscais, maioria das vezes tendo como aduaneiros especiais; e regu- os do porto.
desses mesmos órgãos públi- inclusive nos finais de sema- causa principal os constantes lamentação mais clara e “Uma maior fiscalização
cos, tais como Receita Fede- na, em regime de plantão. congestionamentos nos portos estruturada do setor. das Autoridades Portuárias e
ral, Ministério da Agricultu- Visto que o problema das e aeroportos”, acredita. uma efetiva cobrança para
ra, Pecuária e Abastecimen- zonas primárias prejudica o Porém, Muniz ressalta que que as empresas que arreda-
to e outros, estarem localiza- comércio exterior brasileiro, PARA MELHORAR
existem clientes que hoje não ram essas áreas paguem os
dos num mesmo local, otimi- Oliveira, do Consórcio EADI admitem mais que suas cargas
O SETOR custos que os usuários têm
zando o trâmite de documen- Salvador, diz que o governo não passem pelo Porto Seco, O maior problema en- em razão das suas ineficiên-
tos com significativa redução deveria tomar medidas que tal os resultados positivos que frentado pelos Portos Secos cias ajudariam a resolver es-
de tempo, pois não há a ne- incentivassem os importado- obtiveram quando alteraram hoje, de acordo com Ro- ses problemas”, propôs.
cessidade de deslocamento res e exportadores a usarem seus processos com a inclusão drigues, da Dry Port, é a con- ParaYoshita, da CRAGEA,
para outros locais durante o os Portos Secos, podendo os desses recintos, como também corrência desleal das zonas o problema básico que os
processo de desembaraço operadores portuários focar se pode afirmar que esses mes- primárias, que dificultam a entrepostos aduaneiros, fora
aduaneiro. nas operações dos navios, mos recintos ainda operam remoção das cargas para as da zona portuária, enfrentam
À sua maneira, Yoshita, da com isso a circulação das car- aquém de suas capacidades zonas secundárias por meio é a excessiva concentração
CRAGEA sucinta: “a maior de cobranças de tarifas desi- das mercadorias ao largo dos
vantagem das empresas des- guais e às vezes abusivas, portos, que procuram mono-
te setor reside no fato de pres- além de burocratizar os pro- polizar a manutenção das
tar os mesmos serviços que cedimentos, muitas vezes mercadorias, criando as difi-
os portos prestam, porém inviabilizando a transferência culdades logísticas quando
com mais eficiência, menos da mercadoria para um Por- estas mercadorias, ou pelo
burocracia, portanto com to Seco. menos a grande parte delas,
menor custo, e, o mais impor- O que deveria ser feito, na poderiam ser encaminhadas
tante, longe dos dramáticos opinião dele, é uma revisão e direcionadas para os entre-
congestionamentos que se das questões de cobrança de postos fora das áreas portuá-
verificam nos principais por- tarifas de cargas que estão de rias e aeroportuárias. “O dire-
tos e aeroportos. Isto quer passagem para as zonas se- cionamento das mercadorias
dizer que tem um importan- cundárias e a melhora dos de uma maneira mais eficaz
te papel como provedor procedimentos para que o aos entrepostos aduaneiros
logístico mais atuante e efi- processo de remoção aconte- fora da área portuária que
caz para os usuários finais”. ça sem entraves, respeitando tem, este sim, o papel de
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armazenar, e utilizar-se da
melhor logística para o
atendimento da demanda-
dos usuários finais, serão,
de fato, contribuições eco-
nômicas e logísticas reco-
mendáveis para a dramáti-
ca reversão do atual pano-
rama caótico que se verifi-
ca ao largo dos grandes por-
tos brasileiros”, diz.
Como solução, nova-
mente em relação a MP
320, Yoshita aponta que
com a democratização mai-
or na criação de entrepostos
aduaneiros poderia se espe-
rar que os custos expe-
rimentassem quedas reais,
na medida em que as tari-
fas hoje cobradas pelas
operadoras portuárias das
mercadorias teriam neces-
sariamente que, também,
experimentar uma baixa
considerável pela concor-
rência com os entrepostos
aduaneiros do interior, be-
neficiando não somente os
clientes, mas também a
política externa do país.
“Urge, portanto, a necessi-
dade de maior intervenção
das autoridades competen-
tes para uma melhor regu-
lamentação das atividades
deste importante segmento
econômico, senão o mais
importante para o desenvol-
vimento do Brasil”, afirma.
Quanto a essa questão,
Fortunato, da Multilog,
responde que toda ativida-
de tem seu risco, e dos Por-
tos Secos é ainda maior,
uma vez que cuida das
mercadorias de várias em-
presas importadoras e ex-
portadoras e que deposi-
tam nestes lugares a con-
fiança no trato daquilo que
representa a venda, a con-
tinuidade de um relacio-
namento, a contrapartida
de um negócio ou mesmo
a abertura de um novo
mercado.
Já Passos, da Wilson
Sons, caracteriza os prin-
cipais problemas e, res-
pectivamente, suas solu-
ções: sobre a concentração
no recebimento de cargas
e a falta de agilização no
processo de trânsito adua-
neiro, a solução seria a
simplificação desse pro-
cesso. Quanto à falta de
integração de informações
(via eletrônica), Passos
sugere a revisão do pro-
cesso SISCOMEX - Siste-
ma Integrado de Comércio
Exterior. ●
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LOGÍSTICA PORTUÁRIA

FUMIGAÇÃO:
UMA BREVE ANÁLISE Fumigação é essencial no
controle de pragas

cia para que seja aprovada em

DO MERCADO reunião, ela não será publicada


em tempo hábil no Diário
Oficial, ou seja, não poderá
ser realizado nenhum tipo de

BRASILEIRO
tratamento com o Fosfeto de
Alumínio em soja. A portaria
388 que autoriza o uso de
Fosfeto de Alumínio no expur-
go de soja e grãos tem valida-
BUROCRACIA, LEIS, PROBLEMAS COM O MEIO AMBIENTE E de de 18 meses contados a
EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO SEGURAS ESTÃO ENTRE OS partir da data de sua publica-
ção, 23/09/2005, expirando
TEMAS DESTACADOS POR ALGUMAS EMPRESAS DO em 22/03/2007”, detalha o
MERCADO DE TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO. diretor.
Quanto ao uso de Bro-
meto de Metila para fumiga-
ção em plumas de algodão,
Multimodal

segue as mesmas exigências


omo introdução, Ricar- de autorização empregadas

C do Nunes, diretor execu-


tivo da ABRAFIT –
Associação Brasileira das
ao uso de Fosfeto de Alumí-
nio, e a última autorização re-
ferente ao Brometo de Metila
Empresas de Tratamento foi publicada em Diário Ofi-
Fitossanitário e Quaren- cial pela resolução nº 188, de
tenário (Fone: 11 5668. 26 de outubro de 2006 e tem
7444), explica que a fumiga- validade de 12 meses.
ção é uma modalidade de tra- “Agora, a ABRAFIT está
tamento fitossanitário e bastante atenta a esses prazos
quarentenário essencial no e sempre que as autorizações
controle de pragas e, conse- estão prestes a expirar cobra
quentemente, uma importan- providências dos órgãos
te ferramenta para as expor- competentes, mas já tivemos
tações, bem como para a de- navios de soja parados por
fesa fitossanitária no caso das dias aguardando uma autori-
importações. zação do CTA, e carregamen-
O controle de insetos rea- tos de algodão parados por
lizado por meio da fumiga- meses esperando a liberação
ção, diz Nunes, vem sendo para autorização da fumiga-
historicamente eleito como ção. As operações esbarram
uma estratégia necessária na burocracia que deveria ser
para o controle da entrada de mais ágil, de forma a dar mais
pragas exóticas de alto risco, competitividade ao Brasil, e
cujo ingresso no Brasil pode não aumentar os custos do
provocar danos à economia e exportador. É preciso que os
flora do país, além de forne- responsáveis dos órgãos de
cer um suporte à exportação, Tratamento a calor é uma forma de fumigação governo tenham mais agili-
quando se faz necessário dade e clareza”, salienta.
atender às exigências dos paí- Complementando, Cida
ses importadores de merca- algodão e soja. “Nesses ca- plica – ela necessita de auto- Menezes, gerente, e Andrea
dorias brasileiras. sos é necessário uma autori- “Fumigação, rização, e essa autorização Bueno Chioramital, enge-
No entanto, apesar de sua zação de um órgão conjunto tem prazo de validade. A cada nheira agrônoma, ambas da
importância, a fumigação do Ministério da Agricultu- hoje, visa cada vencimento da validade é ne- Santos Inspection Serviços
enfrenta problemas junto aos ra, ANVISA e IBAMA, e este vez mais à cessário pedir uma nova au- Fitosanitário (Fone: 13 3219.
órgãos governamentais que, órgão é o CTA – Coordena- proteção da torização ao CTA, sendo que 6061), dizem que a fumiga-
conforme considera Nunes, ção Técnica de Agrotóxicos. é necessário esperar a primei- ção hoje no Brasil oferecida
dão pouca importância ao Ocorre que as decisões são agricultura ra autorização expirar para por empresas credenciadas
assunto, causando entraves às lentas, totalmente ao contrá- brasileira e, que a nova entre em vigor. no Ministério da Agricultura
exportações, como, por exem- rio da dinâmica das exorta- conseqüentemente, “Como as reuniões do CTA visa cada vez mais à prote-
plo, quando há uma exigência ções”, destaca. acontecem sempre na 1º ção da agricultura brasileira
do país importador para que a No caso do uso do da economia do quarta-feira de cada mês, e, conseqüentemente, da eco-
mercadoria só seja exporta- Fosfeto de Alumínio para fu- país” caso não seja solicitada nova nomia do país, evitando a
da depois de fumigada, como migação da soja – Nunes ex- autorização com antecedên- entrada de insetos exóticos na
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flora e oferecendo qualida-


de na área fitossanitária ao
produto exportado.
Com relação às empre-
sas que utilizam o produ-
to, Cida e Andrea apontam
que a maioria já está reco-
nhecendo a fumigação
como um item essencial
para o reconhecimento de
seu produto no destino fi-
nal. “Porém, o contratante
deve se certificar de que a
empresa contratada está em
dia com seu credencia-
mento, seu programa de
qualidade ambiental, etc.”,
alertam.
Por outro lado, mais
precisamente no caminho a
favor do tratamento a base
de Calor – HT e contra a
fumigação com Brometo
de Metila – BM, está a
Aratu Ambiental (Fone: 13
3226.6666). Na opinião de
Ivanir de Lara Peixoto, di-
retor comercial e opera-
cional da empresa, existe

“Os órgãos
governamentais
dão pouca
importância ao
assunto,
causando
entraves às
exportações”

atualmente no Brasil um
grande número de empre-
sas que se dedicaram ao
setor, mas, conforme acre-
dita, 50% delas trabalham
ilicitamente, não atenden-
do a legislação. Além dis-
so, devido as constantes
mudanças que têm ocorri-
do no segmento, Peixoto
crê que 60% não sobrevi-
verão pelos próximos 12
meses, pois houve uma
conscientização maior por
parte dos exportadores,
principalmente quanto ao
meio ambiente e ao aque-
cimento terrestre.
“Diante disso, hoje, os
exportadores já adquirem
ou fazem parcerias com
empresas de tratamento
como a Aratu, que oferece
bases montadas em suas in-
dústrias ou plantas de câ-
mara de HT para tratamen-
to a Calor. Com isso, o ex-
portador ou cliente direto
tem sua logística e seus cus-
tos totalmente reduzidos às
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vezes até a um patamar de Cida e Andrea concor-


70% do que eles gastavam dam, e acrescentam que é
com fumigação por meio de necessário verificar se a em-
Brometo de Metila, e, ainda, presa, além do credencia-
acabavam colaborando para mento, tem em seu quadro de
o aquecimento terrestre e a funcionários engenheiros
contaminação do meio am- agrônomos responsáveis e
biente”, diz Peixoto. técnicos devidamente treina-
Sobre os usuários do ser- do; como também plano de
viço a base de Calor, o dire- trabalho e de segurança de tra-
tor diz que houve evolução, balho e de meio ambiente.
mas que ainda falta muito Do outro lado, Teixeira,
para atingir um controle efi- da Aratu, aponta que é preci-
caz, tanto da parte do expor- so que as empresas parem
tador ou importador quanto com a fumigação, “pois lu-
das autoridades da área e de tamos para que o tratamento
outros ligados ao segmento. seja feito somente com câma-
“Muita gente ainda desco- ra a calor, resguardando sem-
nhece e não segue as normas pre o meio ambiente”.
internacionais, deixando o Caixas de compensado naval dispensam o tratamento
problema para o país de des- fitossanitário
tino resolver já que não te-
mos ainda nossa legislação autoridades governamen- CUIDADOS NO
aprovada”, relata. tais”.
Já Teixeira, da Aratu, CONTRATO DE
fala sobre os tipos de trata- TRATAMENTOS
mento: “a tendência é cada Do lado do apoio à fumi-
TENDÊNCIAS E vez mais o tratamento a Ca- gação, Nunes, da ABRAFIT,
PERSPECTIVAS lor ganhar o mercado em diz que o uso da fumigação
São apontadas diferen- geral e o Brometo ser aboli- deve ser através da con-
tes tendências do mercado do, com isto teremos sensi- tratação de empresas creden-
de tratamento fitossanitário. velmente uma redução nas ciadas pelo Ministério da
Em termos mundiais, empresas que fazem trata- Agricultura, obrigatoriamen-
analisa Nunes, da ABRAFIT: mento hoje, o que significa te, e associadas à ABRAFIT
“a tendência mundial é que que muitas vão fechar as se quiserem ter garantia de
os cuidados com a defesa portas, pois não têm como qualidade, pois empresas as- Nunes, da ABRAFIT: a
fitossanitária se tornem cada arcar com o investimento. sociadas têm experiência fumigação é uma modali-
vez mais exigentes, cada Portanto, as perspectivas são comprovada e estão subordi- dade de tratamento
país procura com mais rigor de uma redução de empre- nadas ao Estatuto da entida- fitossanitário e
defender seus patrimônios sas e redução de fatura- de, além de receberem trei- quarentenário essencial
agrícolas, evitando a entra- mento”. namento periódico. no controle de pragas
da de pragas exóticas que
possam vir a diminuir sua
capacidade de produção”. SEM TRATAMENTO
Já o aumento das ativi- A Nefab (Fone: 11
dades de tratamento fitos-
sanitário está entre as pers-
O QUE DIZ A LEI 4785.5050) está entre as em-
presas que oferecem embala-
gens fabricadas com com-
pectivas, segundo ele, “pois
a cada ano as exigências e
os cuidados são mais paten-
SOBRE A FUMIGAÇÃO pensado naval que dispensam
o tratamento fitossanitário.
tes, uma vez que os prejuí-
zos, tanto financeiros como COM BROMETO “No caso dos paletes, existe a
possibilidade de fornecê-los
ambientais, com a entrada em compensado, que também
de uma praga quarentenária,
são grandes”, considera.
DE METILA? dispensa o tratamento, ou em
madeira serrada com trata-
Cida e Andrea, da San- mento HT”, explica Marcelo
tos, vêem a questão sob o Garcia Gaspar, gerente comer-
nível dos relacionamentos: Sobre a informação veiculada pelo Ministério do cial da empresa.
“a tendência é o maior estrei- Meio Ambiente informando que as importações de Segundo ele, os clientes,
tamento de relacionamento Brometo de Metila estão suspensas, a ABRAFIT es- em geral, estão buscando jus-
importador/exportador X clarece que a proibição diz respeito somente ao uso tamente as soluções em em-
empresa de tratamento fitos- do Brometo de Metila como herbicida na agricultura, balagens que não necessitem
sanitário para uma melhor cumprindo as determinações da Instrução Normativa de tratamento. “Muitos têm
qualidade do produto ofere- Conjunta n° 1, de 10 de Setembro de 2002. Portanto, alterado suas embalagens de
cido no mercado, tanto nacio- o uso do Brometo de Metila para fins quarentenários madeira para outros mate-
nal quanto internacional. e fitossanitários continua liberado até dezembro de riais, ou passaram a utilizar
A perspectiva é que as em- 2015. as embalagens Nefab, em
presas de tratamento fitos- A Instrução Normativa nº 1 dispõe sobre a proibi- compensado”, diz.
sanitário se unam através da ção e prazos para o uso de Brometo de Metila para Sobre os problemas, de
ABRAFIT, agregando cada expurgos em cereais e grãos armazenados e no trata- acordo com Gaspar, não há
vez mais as empresas na mento pós-colheita das culturas, e define o cronograma pois “já que a empresa possui
busca das normatizações e para o término de sua utilização. a solução fitossanitária ade-
regulamentações e melhor quada em embalagens de ma-
fiscalização por parte das deira (compensado naval)”.●
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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº60—FEVEREIRO—2007

Notícias
r á p i d a s

Webjet
também atua no
segmento de
transporte aéreo
de carga
Desde novembro último, a
Webjet Linhas Aéreas
(www.webjet.com.br) está
oferecendo o serviço de
transporte aéreo de cargas
entre as cidades Porto Ale-
gre, Salvador, São Paulo, Rio
de Janeiro e Belo Horizonte.
A empresa fica responsável
pela logística de transporte
no percurso entre remetente
e o destinatário final e está
previsto o transporte de car-
gas de 3 e 3,5 toneladas, de
acordo com cada rota opera-
da pela companhia aérea. Fo-
ram investidos R$ 350 mil,
principalmente em infra-es-
trutura, e, com o novo servi-
ço, a empresa projeta um in-
cremento de 10% nos negó-
cios a partir de 2007. “Inicial-
mente vamos operar através
de agentes de cargas, mas
queremos futuramente fechar
parcerias diretamente com as
empresas”, planeja o geren-
te de logística da empresa,
Luiz Vianna. Entre os planos
futuros da companhia, está
também o serviço expresso
de coleta e entrega de car-
gas. “Pretendemos realizar o
transporte com acompanha-
mento apurado desde o local
de saída até o destino final.
No entanto, para oferecer
esse serviço diferenciado,
temos primeiro que criar uma
cultura de cargas dentro da
empresa”, completa o geren-
te de logística.

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