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transDor
11#
*111A Ano 44- n° 422 - R$ 12,00
'\ •'I II b ,
Anfavea sai em defesa
,
da competitividade
4 4 4 4"
75'106 Trip Linhas Aéreas cresce nas
mãos da Caprioli e Águia Branca
Caminhões perdem
R$ 7,7 bilhões com acidentes
Mercedes
lança Axor 8x4
para mineração
e construção
EM AGOSTO
SEMINÁRIO NACIONAL
DE GESTA° DE FROTAS NOBRASIL2OW 8
COMUNICADO XUZHOU CONSTRUCTION MACHINERY GROUP IMP. & EXP. CO.
LTD. empresa organizada e existente sob as leis da China, com escritório
principal no Edifício sede da XCMG,Zona de Desenvolvimento Econômico
de Xuzhou, província de Jiangsu, República Popular da China, 221004,
única empresa legalmente autorizada e organizada pela XCMG —
XUZHOU CONSTRUCTION MACHINERY GROUP a realizar negócios de
importação e exportação,torna público o seguinte:
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EDITORIAL
Caminhão, um aliado
do meio ambiente
O caminhão, definitivamente, precisa ganhar melhor imagem. E essa intensa e saudável
pressão em prol da melhoria do meio ambiente pode ser uma boa oportunidade para todos
os que vivem e dependem do caminhão — embarcadores, transportadores e montadoras —
falarem a mesma língua em defesa de seus interesses e da comunidade.
É fato que o caminhão é visto como inoportuno, principalmente nos centros urbanos. Antes,
a má imagem vinha de seu tamanho desajeitado e pelas barbeiragens dos motoristas. Agora,
além disso, o caminhão tem a desabonar a poluição que acarreta ao meio ambiente.
Temos visto que o carro flex é um sucesso de vendas e no combate à poluição. Enquanto o
biodiesel engatinha, o combustível verde que vem da cana tirou do automóvel a pecha de
poluidor.
A questão da poluição veicular está longe de ser revolvida pelo lado dos caminhões. É
sabido por todos que vivem do transporte que quanto mais velho é o caminhão, menor é sua
autonomia e maior a sua tendência de operar nos centros urbanos.
Basta dar uma olhada nas grandes cidades para perceber que a idade média da frota,
notadamente dos autônomos, é de chocar. E quanto mais velho o veículo, maior sua proba-
bilidade de poluir.
Para um país como o Brasil, dono de uma das seis maiores indústrias de caminhões do
mundo, não fica bem ter um produto que polua, que contamine o meio ambiente. Dirão
alguns: as montadoras estão cumprindo rigorosamente as leis das emissões na medida em
que lançam produtos de acordo com as determinações previstas pelo órgão ambiental do
governo federal.
As montadoras fazem seu papel, mas não basta apenas isso. É preciso muito mais. Os
embarcadores, principalmente, precisam ter a consciência de que são co-responsáveis na
medida em que utilizam o caminhão velho e poluidor para movimentar suas cargas.
O pessimista perguntará: de que adianta melhorar o caminhão se o frete não subirá rigoro-
samente um só centavo?
Com o advento da logística, o caminhão ganhou destaque. É sempre bom lembrar que a
notoriedade é implacável em cobrar responsabilidades. Com caminhões menos poluentes a
imagem da logística terá um reforço positivo para beneficio de todos.
422- TRANSMIRTEMOOEHNO I 3
SUMÁRIO
trans''rte
4- RODOVIÁRIO DE CARGA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
Ano 44 - N° 422- Maio-Junho 2007 - R$ 12,00 Grupo Julio Simões dá uma arrancada nos Jackson Schneider, novo presidente da
DIRETOR
Marcelo Ricardo Fontana
marcelofontana@otmeditora.com.br
negócios com a compra da Lubiani Trans-
portes e a construção de um terminal rodo-
ferroviá rio
Anfavea, defende ações de longo prazo
para conceber uma indústria automotiva
mais competitiva.
10
SECRETÁRIA EXECUTIVA IVECO FORD
Maria Penha da Silva
Montadora inicia entrega das primeiras uni- O Mod Center instalado na fábrica da empre-
mariapenha@otmeditora.com.br
FINANCEIRO
Vidal Rodrigues
vidal@otmeditora.com.br
dades do lote de 183 caminhões para a
atacadista Martins, a maior venda da em-
presa em um único contrato
12 sa em parceria com a Randon facilita
"customizar" caminhões novos de acordo com
as necessidade do cliente
14
MARKETING
Andressa Giglio MERCEDES-BENZ SCANIA -50 ANOS
andressa.giglio@otmeditora.com.br
SEMINÁRIOS E CURSOS
Sabrina Baialardi
sabrina@otmeditora.com.br
REDAÇÃO
Fabricante amplia linha caminhões Axor com
o modelo 4144, 8x4, o primeiro extrapesado
fora-de-estrada da marca, indicado principal-
mente para mineração e construção civil
1 Com meio século no País, fabricante sueca
espera fechar este ano com a produção de
23 mil caminhões e ônibus, recorde de sua
trajetória brasileira
18
Editor VOLKSWAGEN MERCADO
Eduardo Alberto Chau Ribeiro Forças Armadas Brasileiras utilizam pela pri- As montadoras têm expectativas de man-
ecribeiro@otmeditora.com.br
Colaboradores
Sonha Crespo
soniacrespo@otmeditora.com.br
meira vez caminhões militarizados fornecidos
pela montadora, veículos entregues à Acade-
mia Militar de agulhas Negras
22 ter, por longo prazo, o crescimento nas ven-
das de caminhões, aquecidas em parte pela
safra agrícola recorde
Raimundo Oliveira
raimundo.oliveira@otmeditora.com.br FERROVIAS LOGÍSTICA
Vale do Rio Doce firma acordo com a BR Em julho, a Gefco abre seu escritório no Chi-
Projeto Gráfico Distribuidora para fornecimento do biodiesel le e intensifica as conexões rodoviárias se-
Artworks Comunicação
www.artworks.com.br B20, que abastecerá as locomotivas da manais já existentes entre Brasil e Argentina,
empresa para crescer 50% ao ano no Mercosul
EXECUTIVOS DE CONTAS
Carlos A. Criscuolo
carlos@otmeditora.com.br GESTÃO SEMINÁRIO TRC
Vito Cardaci Neto Parceria entre Pamcary e CTF Technologies lan- Segurança e desastres envolvendo caminhões
vito@otmeditora.com.br
Gustavo Feltrin
gustavofeltrin@otmeditora.com.br
Silvia Novaes
ça o cartão Pamcard, um moderno sistema de
pagamento eletrônico do frete, em substitui-
ção à carta-frete
nas rodovias foram assuntos discutidos du-
rante o Seminário Brasileiro do Transporte Ro-
doviário de Carga
32
siIvia.novaes@otmed itora.com.br MARÍTIMO AÉREO
CIRCULAÇÃO Nono fornecedor e décimo quarto com- Empresa área pertencente aos grupos
Tania Nascimento
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RODOVIÁRIO DE CARGAS
A saga da inovação
Sempre ã frente de seu tempo,o grupo Julio Simões estréia na distribuição
de carga urbana em Porto Alegre(RS)e anuncia a construção de um terminal
rodoferroviãrio em ltaquaquecetuba(SP)
Sonia Crespo
6 NownispoRTE - 422
cer, a princípio, a necessidade de oito muni-
cípios — a previsão é atender 18 localidades GRUPO JULIO SIMÕES
PARTICIPAÇÃO DE CADA SEGMENTO NO FATURAMENTO DE 2006
— da Região Metropolitana de Porto Alegre. FONTE Grupo Julio Simões
Locação de Veículos
DIVERSIFICAÇÃO E CRESCIMENTO — Há 11,8% Transporte de Cargas
51 anos, quando o português Julio Simões 21,8%
começou a transportar hortifrutigranjeiros
da região de Mogi das Cruzes (SP), para o
Rio de Janeiro (RJ), jamais imaginaria que o Transporte de Passageiros
422 - TRANSPORTE
i 7
DISTRIBUIDORES FORO. CRESCENDO PARA AJUDAR SEU NEGÓCIO A CRESCER.
Nos últimos sete anos, inauguramos em média um novo distribuidor por mês. Já são 120 em todo o país, 91 exclusivos de
caminhões. Todos com estoque completo de peças e equipe especializada para executar qualquer serviço em seu caminhão.
É a Ford crescendo junto com seu negócio.
Caminhões
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EVOLUÇÃO DA REDE DE CAMINHÕES FORD.
87 91
76
66
59
Serviço
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
TM — Durante os cinqüenta desenvolvimento do País, a parti- meados dos anos 1950, havia a determina-
anos de atividades da Anfavea cipação de caminhões e ônibus ção de aprovação dos projetos com sua na-
foram produzidos cerca de 50 deverá subir nas vendas totais. É cionalização gradual, o que era comandado
milhões de veículos. O senhor o que esperamos. pelo Grupo Executivo da Indústria Automo-
disse que "iremos produzir bilística, o Geia, criado no governo do presi-
mais 50 milhões de veículos TM — O senhor também disse dente JK. Mais recentemente, tivemos nos
em bem menos tempo, a par- que um grupo técnico está sen- anos 1980 uma política de controle de pre-
tir de agora". Qual seria a par- do montado pela entidade para ços e, nos 1990, as Câmaras Setoriais
ticipação de veículos pesados Jackson Schneider, analisar as possibilidades de Automotivas. Outro exemplo que pode ser
— mais especificamente cami- presidente da Anfavea projeção da indústria automo- lembrado, caso de sucesso, é o programa do
nhões e ônibus — nessa projeção? bilística. Este mesmo grupo também estuda- carro popular (motor de 1 litro), criado no
rá uma política de longo prazo para a indús- governo do presidente Itamar Franco. Tam-
Jackson Schneider— Certamente a partici- tria automotiva. Como essas projeções eram bém merecem ser citados os programas do
pação dos veículos leves em unidades na produ- feitas anteriormente, como eram estruturadas Pró-Álcool, (1975-1979) com a preparação
ção e também no mercado é majoritária, visto as políticas de produção para a indústria do de motores para rodar com mistura gasoli-
que caminhões e ônibus são bens de capital. Se setor? Estes estudos realizados pelo grupo na-álcool e exclusivamente a álcool, o que
tomarmos, por exemplo,a produção do primeiro técnico avaliarão, em separado, as possibili- levou à criação do veículo flex fuel, outro
quadrimestre deste 2007, de um total de 881,4 dades de mercado para veículos de passeio e sucesso de mercado, lançado em 2003. De
mil unidades, 831,4 mil são veículos leves veículos pesados? modo que a indústria automobilística brasi-
(94,3%) e 49,9 mil são caminhões e ônibus leira sempre agiu em parceria com o gover-
(5,7%). De tal sorte que a projeção para os pró- Schneider — A indústria automobilística no federal, visando à sua ampliação, moder-
ximos 50 milhões de veículos leva em conta essa brasileira já foi objeto de várias políticas in- nização e competitividade. Nesse sentido,
realidade do mercado. Estimativamente, com o dustriais. Na sua própria implantação, em por exemplo, ainda houve o regime
1 O 1 TRANSPORTE -422
automotivo nos anos 90, que propiciou a nível mundial, ainda está em fase de elabo- Schneider— Os caminhões pesados são fun-
modernização e ampliação da indústria e a ração, seria prematuro adiantar qualquer damentais no mercado interno (transporte de
chegada de novos "players", enriquecendo informação. No momento oportuno,será feita longa distância, agronegócio) e também nas
o parque automotivo brasileiro. ampla divulgação do trabalho. exportações. Isso porque o caminhão brasilei-
O que a Anfavea está discutindo neste ro tem nível internacionalmente reconhecido,
momento com o governo federal é análise e TM - O "total apoio ao biocombustível" que nossos produtos possuem a mesma qualidade
diagnóstico da situação da indústria auto- a Anfavea está anunciando também se es- do que melhor no mundo se faz. Aqui estão
mobilística brasileira em nível mundial, de tende aos veículos pesados? com fábricas no País as principais indústrias de
modo a que venham a ser tomadas ações veículos pesados do mundo.
concretas para a melhora contínua da sua Schneider — Sim. Desde o primeiro mo-
competitividade. Certamente as contribui- mento a indústria automobilística brasileira TM —A indústria automobilística brasileira que
ções para essa análise alcançam todos os apóia o programa do biodiesel, pelos seus produz ônibus e caminhões está qualificada
produtos, sejam veículos leves, sejam veícu- inegáveis méritos econômicos, sociais e para disputar mercados internacionais com a
los pesados, tanto no plano do mercado in- ambientais. Nossos caminhões já estão pre- China e com outros países emergentes?
terno como no das exportações. parados para a mistura B2 e misturas com
maior teor de óleos vegetais estão em aná- Schneider— Sim. À medida em que formos
TM — Já há alguma informação sobre essas lise também na nossa indústria. vencendo os entraves à competitividade, nos
projeções, no que diz respeito a veículos campos fiscal, creditício e de apoio à enge-
pesados, que possa ser divulgada? TM — Atualmente o mercado externo é al- nharia e tecnologia locais, por exemplo, a
tamente promissor para o segmento de pe- indústria automobilística brasileira estará
Schneider— Tendo em conta que a contri- sados. O senhor acredita que isso possa sempre gradualmente mais qualificada para
buição da Anfavea, um estudo completo em mudar nos próximos anos? Como e por quê? a acirrada concorrência internacional. ei
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EM UM DOS NEGÓCIOS MAIS EXPRESSI- serão entregues até o final de junho. brasileiras, seus caminhões rodam mais
vos fechados no setor de transporte neste Esta é a segunda grande venda da Iveco de 42 milhões de quilômetros por ano. Com
ano, o Grupo Martins adquiriu 183 cami- ao Grupo Martins, que comprara em 2002 4.500 funcionários e 4.200 representan-
nhões médios e pesados da Iveco, uma um lote de 170 caminhões semileves Daily tes comerciais, a empresa atende a mais
das medidas que têm por objetivo o cres- 49.12 chassi-cabine. Com a nova aquisição, de 300 mil clientes, distribui 14 mil produ-
cimento de 100°/0 em quatro anos. O acor- a frota da Martins totalizará 1.219 veículos, tos diferentes, alcançando 2 milhões de
do abrange o fornecimento de 85 cami- dos quais 353 da marca Iveco, ou seja, 29% pedidos anuais. O faturamento da empre-
nhões pesados (65 Iveco Stralis 450S38T da frota utilizada pela atacadista. sa em 2006 somou R$ 2,9 bilhões. Sua
4x2 e 20 Stralis 570S38T 6x2)e 98 mode- Como parte do acordo, a Iveco e a estrutura operacional inclui três centrais
los médios(88 Iveco EuroCargo 170E22 e Martins plantarão, em conjunto, cerca de de armazenamento — em Uberlândia (MG),
10 EuroCargo 230E24), além de um con- 9 mil árvores em projetos de recuperação João Pessoa (PB) e Manaus (AM) — e 39
trato de manutenção dos veículos. ambiental em Minas Gerais este ano, para centros de distribuição avançada. A inau-
O primeiro lote de 67 caminhões foi entre- compensar as emissões de poluentes, guração de uma nova central de armaze-
gue no começo de maio na sede da atacadis- dentro do conceito do carbono neutro. namento está prevista para este ano. O
ta em Uberlândia(MG)e vai integrar um dos Com 53 anos de atividades, o Grupo sistema de logística da Martins processa
mais avançados e abrangentes sistemas Martins transformou-se em uma referên- 98% dos pedidos recebidos em até 20
logísticos do Brasil, que atinge todos os 5.536 cia no mercado de distribuição no País. minutos depois de realizados.
municípios brasileiros. Os outros caminhões Além de atingir a totalidade das cidades "Sabemos que uma empresa deste por-
12 I TRANSPORTE -422
Na sede da Martins,
em Uberlândia, são
processados 300 mil
pedidos por mês e
as mercadorias
chegam a todos
os 5.536 muncípios
do Brasil
escolha, a empresa levou em conta os be- los de carga líquida, quase mil quilos a
nefícios com a economia no consumo de mais do que o modelo original. Os mode-
combustível (estimado de 6% a 7% em los 230E24 foram equipados com baú de
comparação aos outros veículos da frota), 8,5 metros.
os esperados ganhos com o contrato de O contrato de manutenção incluído no
manutenção e as vantagens operacionais acordo é customizado para a Martins, vá-
proporcionadas pela tecnologia dos cami- lido para toda a vida útil dos 183 veículos,
nhões lveco. De acordo com Alaor Martins, e a empresa paga por quilômetro rodado.
a empresa compra desempenho porque seu O valor é calculado conforme o perfil de
negócio é calcado no uso intensivo de utilização dos caminhõe e estão incluídas
capilaridade da operação, e tem margem todas as revisões preventivas, trocas nor-
de lucro reduzida e alto risco. Por isso, a mais de filtros e lubrificantes, além de even-
necessidade de busca incessante de me- tuais manutenções corretivas. Os serviços
lhoria de eficiência para atender ao cliente ficam a cargo da Curinga Caminhões, con-
e "nossa obsessão por redução de custos". cessionária Iveco de Uberlândia. O acordo
Os cavalos-mecânicos Iveco Stralis vão também engloba o treinamento para a
trabalhar acoplados a carretas do tipo fur- condução econômica dos 900 motoristas
gão, com 14,6 metros de comprimento, pró- da atacadista. Após o curso, os instruto-
prias para três eixos. Na Martins, estas res da montadora indicarão os melhores
te, com esse alcance e com a missão de composições são normalmente utilizadas motoristas para acompanhar o desempe-
levar mercadorias a todos os brasileiros, na ligação entre as centrais de armazena- nho dos colegas e treiná-los sempre que
precisa da melhor tecnologia disponível e mento e os 39 centros de distribuição avan- houver necessidade.
profissionais muito treinados. Para a çada, localizados em todas as capitais e A Iveco, como afirmou seu presidente,
Martins, qualidade do atendimento e cus- em algumas cidade do interior do País. está em aceleração. Sua fábrica de Sete
tos baixos são fatores essenciais de Os modelos EuroCargo serão utilizados Lagoas(MG) produzia seis caminhões por
longevidade e perenidade do negócio", principalmente nos roteiros finais de en- dia em janeiro e agora monta 21 unidades
declarou Marco Mazzu, presidente da trega de mais de 300 mil pedidos por mês a cada dia, triplicando a produção. Além
Iveco durante a solenidade de entrega do recebidos pela empresa, saindo dos CDs do trabalho contínuo de ampliação de sua
primeiro lote de veículos. "Por isso, rumo aos endereços de mais de 210 mil rede de concessionárias, que hoje conta
estamos convictos de que a Martins fez clientes mensalmente. com 63 pontos no território nacional, a
uma boa escolha ao adquirir os caminhões No caso dos EuroCargo 170E22, a Iveco montadora criou um centro de desenvol-
Iveco. Trata-se de um reconhecimento à desenvolveu especialmente para o Grupo vimento de produtos no Brasil — para ace-
qualidade de nossos produtos". Martins uma versão com entreeixo de lerar a introdução de novos produtos, pelo
Alaor Martins, presidente do grupo ata- 5.670 milímetros (comparados com os menos dois por ano — e prevê investimen-
cadista, ressaltou que as decisões da em- 4.818 milímetros de fábrica), que pode tos de RS 150 milhões para 2007 e 2008,
presa são tomadas sempre com base em acomodar um baú de 8 metros no lugar do dentro de sua estratégia de, no mínimo,
objetivos de longo prazo. No caso dessa de 7 metros, para transportar 8.500 qui- dobrar o share no mercado até 2010. •
422 - ~IMPORTE 1 13
■111.1111111111
‘
É FATO, É VISÍVEL NO CAMPO, NAS CIDADES, rios, celebraram uma parceria. Randon no Mod Center adiciona valor ao
nas estradas, que caminhões do mesmo Ambas estão convivendo sob um mes- produto sem afetar a rotina da fábrica.
modelo e mesma marca, evidentemente, mo teto, em São Bernardo do Campo (SP). O Mod Center começa oferecendo um
são parecidos, mas cada vez menos iguais. Numa área de 6.240 metros quadrados, cardápio de 20 itens: desde a troca do ma-
São mudanças, por vezes imperceptíveis, dentro da fábrica da Ford, a Randon pas- terial de revestimento da cabine e dos ban-
mas que fazem diferença na aplicação e sou a operar o Mod Center, dedicado a cos até a mudança da distância do entre-
na produtividade. aprontar o veículo "customizado", de acor- eixos e instalação de tomadas de força nos
Foi de olho na ampliação dessa peculia- do com as especificações do cliente. veículos.
ridade — isto é, os produtos devem ser Ou seja, o caminhão é produzido na li- Se um dos "pratos" mais servidos pelo
feitos em linha, mas com um toque de di- nha normal e, depois, sem atropelos, as Mod Center, claro, é a instalação do ter-
ferenciação para se adaptarem ao uso — modificações são executadas em espaço ceiro-eixo, há outros pedidos à la carte
que a terceira no ranking de caminhões separado da linha de montagem, para não que surgem na medida em que se criam
no País, a Ford Caminhões, e a Randon, atrasar o fluxo dos veículos que não preci- novas demandas. É o caso recente, prove-
líder no negócio de implementos rodoviá- sam de adaptações. A parceria Ford- niente do setor sucroalcooleiro, que, como
-422
141 TRANSPWITE
todos sabem, vem crescen- uma semana, acrescenta a
do geometricamente em ra- empresa. Além disso, pode-
zão da escalada do consu- se fazer um único financia-
mo do álcool como combus- mento para o caminhão jun-
tível. Para oferecer mais to com as modificações.
conforto à tripulação e, com O Mod Center da Ford é o
isso, dar condições à acele- único centro de modifica-
ração da produtividade do ções de caminhões no Bra-
transporte nos canaviais, o sil a funcionar dentro da fá-
Mod Center, num lote su- brica, em uma área exclusi-
perior a uma centena de ca- va para essa finalidade, o
minhões Cargo 2628e e que traz vantagens de com-
5032e, introduziu modifica- petitividade e rapidez na
ções para atender às pecu- /141 operação.
Instalação de terceiro-eixo é uma das modificações mais comuns
liaridades do transporte de Além da instalação de ter-
cana-de-açúcar. Com isso, os veículos re- garantia, beneficiando o cliente final. ceiro-eixo em modelos convencionais da
ceberam, por exemplo, banco com suspen- As pesquisas, informa a montadora, in- linha Cargo, operação feita regularmente
são a ar, protetor do radiador e climatizador dicam que 63% dos compradores de ca- no ritmo de 30 a 40 unidades/dia, o centro
de cabine. minhões novos fazem algum tipo de modi- de modificações Ford/Randon pode reali-
Após longos anos de desamparo das ficação no veículo. As alterações mais co- zar cerca de 300 modificações/mês, nú-
montadoras em relação a mudanças que muns são: instalação de terceiro-eixo mero que será ampliado no futuro, em
precisavam ser feitas para que os cami- (33%), alongamento de chassis (13%), sintonia com as necessidades do merca-
nhões tivessem mais produtividade, hoje resfriador da cabine (22%), bancos espe- do. Conta com equipamentos e pessoal
é mais do que consenso que sem "custo- ciais (20%), instalação de som (30% e treinado para executar as modificações
mização" é difícil atrair o cliente. E as rodoar(25%). O Mod Center permite aten- nos veículos em áreas preparadas para
montadoras, antes renitentes, aderiram der a muitas dessas necessidades e for- cada tipo de serviço. A supervisão e coor-
ao movimento em prol da melhor relação necer ao cliente o caminhão já pronto, re- denação dos trabalhos é feita diretamen-
custo-benefício da aplicação do veículo duzindo o prazo de entrega. A produção te pela fábrica, seguindo os mesmos pa-
sem que características originais fossem de um veículo especial que antes demora- drões, informa a montadora.
afetadas. va até três meses agora é concluída em A parceira Randon, tradicional fornece-
"Mod Center faz parte da nossa estra- dora da Ford, possui parceiros estratégicos
tégia de fortalecer cada vez mais a estru- de classe mundial. Situa-se entre as maio-
tura de caminhões na América do Sul, se- res empresas brasileiras e exporta para
guindo a filosofia de oferecer o melhor mais de 100 países.
negócio em transportes", afirmou Dom A Ford Caminhões teve um bom desem-
DiMarco, presidente da Ford América do penho em 2006, ano em que renovou a
Sul por ocasião da inauguração da nova linha Cargo com o lançamento de nove
unidade no complexo industrial de São modelos com motores eletrônicos. A mar-
Bernardo do Campo. ca já contabiliza cerca de 18.500 veículos
O Mod Center elimina a necessidade de comerciais com motorização eletrônica ro-
enviar os veículos para modificações fora dando no Brasil e no exterior.
das instalações da empresa, o que dimi- As vendas da Ford na América do Sul
nuiu os custos logísticos. Segundo a Ford, a cresceram 20% nos últimos três anos. De
realização dessas mudanças na própria fá- 2004 para 2005, o aumento foi de 15,6%
brica proporciona um ganho considerável (de 25.659 para 29.928 unidades). Em
no processo, tanto nos aspectos de logística Colocação de resfriador da cabine, 2006, as vendas tiveram mais um avanço
serviço disponível no Mod Center de 2,5%, somando 30.690 unidades. •
e produção como controle de qualidade e
422 -TRANSPORTE 1 15
MERCEDES-BENZ
16 I TRANSPCMTE -422
agregados de longa durabilidade e fácil ma- plo, a adequação dos intervalos de trocas de receber o equipamento como opcional. O
nutenção, o Axor 4144, 8x4, oferece o me- lubrificantes e das paradas para manutenção. objetivo da montadora é melhorar as condi-
lhor custo operacional do mercado, garan- Com o novo 4144, a linha Axor da Mer- ções de desempenho dos veículos em áreas
tindo melhor relação entre custo e benefí- cedes atinge 16 modelos, o que, segundo urbanas e nas estradas.
cio", afirma o diretor de Vendas de Veículos a montadora, a coloca como a mais com- O câmbio G 85 possui seis marchas e é
Comerciais da DaimlerChrysler, Gilson pleta no mercado brasileiro e reforça a montado em conjunto com o eixo traseiro
Mansur. presença da marca no segmento de cami- HL 5 de dupla velocidade. Os dois equipa-
O câmbio G240 de 16 marchas é equipa- nhões extrapesados e também no de veí- mentos são fabricados pela Mercedes-
do com tomada de força para acionamento culos fora-de-estrada. A linha Axor permi- Benz e também são utilizados no modelo
do basculante. O novo modelo também pode te cinco alternativas de entreeixos e va- semipesado L 1620 6x2, que foi o cami-
ser equipado com retarder, sistema hidro- riedade de tração nas versões 4x2, 6x2, nhão mais vendido no mercado brasileiro
dinâmico acoplado à caixa de mudanças. A 6x4 e agora também 8x4. no ano passado. Segundo a montadora,
cabine doAxor 4441 é estendida em 180 mm esta configuração do câmbio proporciona
e tem coluna de direção regulável em ângu- NOVO CÂMBIO DO ATEGO — Todos os maiores velocidades máxima e média e
lo e altura, além de poder ser equipada com veículos da linha Atego de semipesados da melhor capacidade de arranque, o que gera
ar condicionado. No painel de instrumentos, Mercedes-Benz passam a sair de fábrica com menor consumo de combustíveis e melho-
as principais funçõesforam concentradas em o câmbio G 85, que já era disponível nos res resultados de operação. As velocida-
um só local e o motorista conta com compu- modelos 1725 e 2425. Desde março, os mo- des máximas podem chegar a 113 km/hora
tador de bordo, que registra todos os dados delos Atego 1518 e 1718 possuem o novo ou 130 km/hora, conforme as configurações
de funcionamento do veículo e faz, por exem- câmbio e o modelo médio 1418 também pode do câmbio G 85, informa a empresa. •
Comunicação Visual:
4:1IN > Adesivação
> Pintura de Lona
> Flash Graphics(lona sobre o baú)
Frigoríficos:
> Sider Frigorifico
> Divisórias Térmicas (separação de carga)
> Revestimento isotérmico de Vans e Baús
01110,01b wmaiim
EM MAIO ÚLTIMO A INDÚSTRIA BRASILEIRA proporção, mas relevante quando se anali- dução de caminhões, ônibus e motores. E
de caminhões completou 3 milhões de uni- sa a linha de veículos de alto valor agregado coleciona outros títulos relevantes — um de-
dades produzidas no Brasil a contar de 1957, que faz e, sobretudo, o papel do País no les, o de, seguidamente, estar entre as mai-
quando começa a contabilidade oficial da As- contexto mundial da marca sueca. ores operações mundiais da companhia.
sociação Nacional dos Fabricantes de Veícu- Inaugurada oficialmente em 8 de dezem- Em 2007 a Scania Latin America, instala-
los Automotores (Anfavea). Com menos de bro de 1962, em São Bernardo do Campo, a da no Brasil, vai produzir 23 mil caminhões e
200 mil caminhões brasileiros, a Scania par- fábrica da Scania é a primeira unidade in- ônibus. É com esse número, recorde dispa-
ticipou com 6% do total — fatia magra na dustrial da marca fora da Suécia para a pro- rado de toda sua trajetória aqui, que a mar-
1957 1965
Em 2 de julho de 1957 e constituída E montado o primeiro Scania de Inaugurada a fábrica da Scania em Com oito anos de Brasil, a Scania
a Scania-Vabis do Brasil S. A — fabricação nacional, um modelo L São Bernardo, a primeira unidade cruza pela primeira vez a fronteira
Motores Diesel Antes, desde 1951, o 75, atendendo rigorosamente às industrial da Scania fora da Sueco, brasileira: um caminhão L 76 e
Grupo Vemag montava e exigências do governo, de 35% para a produção de caminhões, exportado para o Uruguai
comercializava os caminhões e os de nacionalização. ônibus e motores
ônibus Scania no Brasil
1 8 1 TRANSP"TTE - 422
ca comemora seus 50 anos desde que foi regras e implementou as bases do setor no pouco mais de 50 milhões de habitantes(ape-
constituída, no dia 2 de julho de 1957,com o Brasil, relata que outra sueca, a Volvo, tam- nas 14% morando nas cidades) e frota na-
nome de Scania-Vabis do Brasil S.A. - Moto- bém se interessou pelo País, mas perdeu o cional com 230 mil caminhões, muito perto
res Diesel S.A. prazo para apresentar o projeto que previa do número de automóveis, 280 mil. O Brasil,
Trata-se de data da constituição formal incentivos à instalação de subsidiárias bra- que ainda é ruim em infra-estrutura, na épo-
da empresa, embora a marca já estivesse sileiras (a Volvo chegou posteriormente, na ca mal engatinhava em rodovias — tinha 126
aqui desde 1951.Até 19590 grupoVemag mil quilômetros de estradas, sendo ape-
respondeu pela montagem e venda dos nas mil com pavimento. E exibia tam-
caminhões e ônibus Scania. bém frota de caminhões com alta idade
Antes de instalar a fábrica definitiva, média.
em São Bernardo, a Scania, para aumen- Fortes estímulos para a nacionalização
tar o índice de nacionalização, exigido dos caminhões foram fontes de atrativi-
pelo governo, inaugurou a fábrica de dade. Uma delas, baixada pelo governo
motores, no bairro do 'piranga, em São nos anos 50 foi conferir tratamento cam-
Paulo. O primeiro Scania, de fabricação bial mais favorável à importação de pe-
nacional, um modelo[75,atendia "rigo- ças não fabricadas no Brasil para quem
rosamente às exigências do governo, de atingisse índice de nacionalização de pelo
35% de nacionalização", sublinha a em- menos 60% do motor. Vieram novos in-
presa na literatura da sua linha do tem- centivos cambiais quando os fabricantes
po. A fábrica de motores estreou com o de transmissão, eixos dianteiros e trasei-
propulsor D-10, de 165 cavalos, repassa- Modelo L 76, primeiro caminhão Scania exportado ros atingissem nacionalização de 70%
do para as instalações da encarregada em peso destes componentes.
de montar os caminhões Scania, a Vemag. década de 70, numa segunda fase da indús- Entre 1956, quando foi criado o Geia, e
No seu livro, a Implantação da Indústria tria, escolhendo como sede Curitiba). Nos 1957, foram aprovados 18 projetos para fa-
Automobilística no Brasil, o economista Syd- anos 50, lembra Latini, "a marca Volvo já bricação de veículos. Dos onze que foram efe-
ney Latini, que de 1957 a 1963 foi secretário tinha longa tradição no Brasil e a marca tivados, sete contemplavam caminhões —
executivo do Grupo Executivo da Indústria Scania ainda não era sequer conhecida". Vemag, FNM, Mercedes-Benz, Ford, General
Automobilística (Geia), órgão que criou as O censo de 1950 mostrava um Brasil com Motors, International Harvester e Scania Vabis.
422 - TRANSPORTE 19
SCANIA
Destes sete projetos, dois tinham capital dade mundial, hoje, de 80 mil unidades por zindo no Brasil a fabricação sob enco-
predominantemente nacional (Vemag e ano (o Brasil tem 20 mil) será ampliada menda e o sistema modular. A Série 3
FNM), em um (Mercedes-Benz) o capital para 100 mil veículos até 2010. chega em 1991 com os caminhões da li-
doméstico participava com 50% e no res- Efetivamente, a fábrica de São Bernardo nha 113/143, com potências de até 450
tante (Ford, GM, Internacional e Scania) o do Campo ganhou projeção internacional. cavalos, a maior do mercado brasileiro à
capital era externo. E um dos primeiros passos aconteceu logo época. E, em 1998, é iniciada a produção
A Scania, na sua linha de tempo destes em 1969 quando realizou o primeiro em- de caminhões da Série 4.
50 anos de Brasil, tem 1965 como marco barque de componentes de caminhão para A Scania praticamente só produz cami-
importante. Foi quando fez a primeira ex- a Suécia. Era um lote de 200 bombas de nhão pesado(o semipesado é inexpressivo
portação, um caminhão[76 mandado para óleo inteiramente nacionais para equipar em volume) num Brasil que apenas nos
o Uruguai. Em 2007, 42 anos depois dessa os caminhões Scania suecos. últimos anos passou a comprar com mais
solitária exportação, a subsidiária vai em- Os caminhões na Scania são conheci- intensidade essa faixa de produtos. A mar-
barcar 72% da sua produção para uma dos pela série. Em 1971, por exemplo, ca sueca "remou" contra a corrente tam-
coleção de países. A Scania tem fábricas surge a linha conhecida como Série Zero. bém em 1974 , quando no Salão do Auto-
em quatro países apenas e é muito ciosa — Eram os [110, LS 110, LT 110 e B 110, móvel, em São Paulo, mostrou o LK-140,
antes de abrir nova unidade, procura esgo- substi-tuídos em 1976 pela Série 1 e, em batizado de cara-chata e que inaugurou
tar a capacidade do que já existe. A capaci- 1981, pela Série 2,(a linha T/R), introdu- aqui o conceito de cabine avançada. •
2003 2006
Transportadora Binotto compra 200 Em abril, a Scania lança os Em novembro, é fabricado no Scania apresenta linha mais
novos caminhões Scania, o maior caminhões Evolução, marcada Brasil o caminhão Scania n" completa de ônibus rodoviários de
volume já comercializado pela pela tecnologia eletrônica dos 150.000 sua historia, tendo como inspiração
empresa em uma única venda, motores a grandiosidade do futebol
desde sua chegada ao Pais brasileiro É o Time dos Sonhos.
20 I TUANS"RTE -422
SÃO PAULO [SP]
Raimundo de Oliveira
A VOLKSWAGEN JÁ ENTREGOU 15 CAMI- rebatizados de VOP2 5QT, que significa que Rio de Janeiro (Restinga da Marambaia),
nhões militarizados fabricados pela mon- os veículos são do tipo operacional milita- Mangaratiba (ltacuruçá) e Duque de
tadora para as Forças Armadas Brasilei- rizado e capazes de transportar 5 tonela- Caxias, todas no Estado do Rio de Janeiro,
ras. Os caminhões Worker 15.210, 4x4, são das em qualquer tipo de terreno. A Aman e também em bases de Goiânia (GO), Ca-
os primeiros da marca a serem utilizados detém uma frota de 11 mil veículos ope- choeira do Sul (RS) e por manobras no Es-
pela área militar. A Mercedes-Benz foi a racionais, uma das maiores do País. A pírito Santo para atender às exigências
fornecedora de veículos militares às For- Volkswagen também deve entregar em ju- operacionais do Exército.
ças Armadas Brasileiras nos últimos 50 nho um caminhão para a Aeronáutica. Para ter a homologação militar, os veí-
anos. Os caminhões Volkswagen foram en- De acordo com a montadora, os veícu- culos tiveram que rodar em terrenos are-
tregues para a Academia Militar das Agu- los fornecidos para as Forças Armadas pas- nosos, alagados e na lama e também pas-
lhas Negras (Aman), vizinha da fábrica da saram por testes em campos de prova mi- sar por manobras de embarques aéreos e
Volkswagen, em Resende (RJ). litares em todo o país. Um protótipo per- marítimos, transporte de pontes, testes
No Exército, os caminhões foram correu 34 mil quilômetros nas bases do de balística para verificar a resistência da
22 I TRARISMRTE -422
Os caminhões Worker modificados
FICHA TÉCNICA — VVV 15.2104X4
também servem para aplicações civis,
como serviços de eletrificação rural,
Motor: MWM 6.10 TCA resgate florestal e apoio em aeroportos
Potência: 206 cv a 2.600 rpm
Torque:657 Nm a 1.700 rpm
Transmissão: Eaton FS5406 A últimos cinco anos a empresa forneceu
Arvore de transmissão: SPL 90
1.200 caminhões para o mercado perua-
Caixa de transferência:
no. Segundo a empresa, por conta das ca-
Marmon-Herrington MVG 750
racterísticas especiais do país, que tem
Eixo dianteiro: Marmon-Herrington MT 11
Eixo traseiro: RS 23-145 com diferencial blocante locais com altitude superior a 4 mil metros
Pneus: 12.00R20 e temperaturas inferiores a 0° C e regiões
Peso em ordem de marcha: 5.200 kg costeiras com temperaturas superiores a
Peso bruto total: 15.000 kg 40° C, os veículos são produzidos para
suportar condições extremas. A marca
, mação de veículos. Os caminhões têm detém 33% de participação no mercado
eixo dianteiro e caixa de transmissão de caminhões do Peru.
. kitvt. fabricados pela empresa americana Mar- Segundo a empresa, todos os caminhões
cabine a estilhaçamentos e uso de mon-Herrington. O motor MWM tem seis Volkswagen têm capacidade para enfren-
biodiesel na proporção de 2% de óleo ve- cilindros turboalimentado e a transmis- tar temperaturas entre 20° C negativos a
getal. são manual é da Eaton. 45° C. Em relação às altas altitudes, a tur-
Além de transportar tropas, equipamen- O objetivo da montadora é comercializar bina do motor é confeccionada com mate-
tos ou pontes, a flexibilidade do chassi, os veículos também para usuários civis, riais nobres por conta do ar rarefeito, que
segundo a Volkswagen, permite a adap- como empresas de eletrificação rural, de força a turbina a trabalhar com altas rota-
tação do veículo para receber tanque resgates florestais e de aeroportos, forças ções. O ar rarefeito também afeta a refri-
d'água ou bateria antiaérea. policiais urbanas que precisam de veículos geração dos veículos, que recebem um ra-
Os caminhões Worker entregues ao antimotim. diador redimensionado e uma bomba de
Exército foram modificados pela Techno combustíveis recalibrada. Segundo a em-
Car Guevel Veículos, empresa de Itaqua- CONDIÇÕES EXTREMAS —A Volkswagen presa, no mercado peruano o caminhão
quecetuba (na Região Metropolitana de comemorou também a entrega de 439 Volkswagen mais vendido é o modelo VW
São Paulo), especializada em transfor- veículos para o Peru no ano passado. Nos 17.220. •
422 - TRANSPORTE I 23
MERCADO
Previsão de recorde
para este ano
A expectativa das montadorasé de que o aquecimento das vendas
de caminhõesse estenda por um período prolongado
SAFRA AGRÍCOLA RECORDE, DÓLAR EM Bernardo do Campo(SP)tem no, mas é preciso ter cer-
queda e plano de financiamento mais acessí- capacidade para produzir 20 teza se os fornecedores te-
vel deverão manter o mercado de caminhões mil veículos por ano. De toda rão capacidade, pois não
aquecido por longo prazo. É o que prevêem os a produção, apenas 28% fi- adianta colocar o terceiro
executivos das montadoras de veículos co- cam no Brasil — o restante é período, elevar os custos
merciais. "Em 2007 o mercado deverá bater destinado à exportação. da companhia e não ter
recorde mais uma vez, garantindo excelente A empresa, que já traba- matéria-prima para man-
resultado para toda a indústria", afirma lha em três turnos na área ter a alta produtividade. É
Ricardo Alouche, diretor de Vendas e Mar- de componentes e usina- preciso adequar o mix de
keting da Volkswagen Caminhões e Ônibus. gem de motores, investe produtos", destaca Man-
Além de intensificar as ne- US$ 30 mi- sur. Em dois turnos de tra-
gociações com seus fornece- lhões por Mansur: mercado estará balho a DaimlerChrysler
aquecido também em 2008
dores, as montadoras de ca- ano no produz 239 veículos por
minhões terão de usar a Brasil. A estratégia da Scania, dia. Para este ano a empresa prevê fabricar
criatividade para acelerar a segundo Podgorski, é direcio- 57 mil caminhões e ônibus. A estimativa fei-
produção e garantir a entre- nar parte das exportações ta no ano passado era de montar de 55 mil
ga dos veículos aos clientes brasileiras para outras fábri- unidades. "Além da recuperação do setor
no prazo combinado, já que cas do grupo sueco por causa agrícola, os programas de financiamento,
os investimentos em amplia- da desvalorização do dólar. No como o Finame e o leasing, estão colaboran-
ção de fábrica, por enquanto, primeiro quadrimestre de do para o aumento nas vendas de veículos e
Alouche: bons resultados
estão descartados. para toda a indústria 2007 a Scania ampliou em a tendência é que o mercado se mantenha
A Scania que está com uma 31,8% suas vendas em rela- aquecido também em 2008", afirma o dire-
lista enorme de pedidos para o exterior e ção a igual período do ano passado, para 1.856 tor da Daimler-Chrysler.
prazo de até 90 dias para entregar o cami- veículos. Por trabalhar com o con-
nhão extrapesado aos clientes brasileiros, Mesmo com dificuldade ceito modular de produ-
informou que só fará investimentos em pro- para cumprir os prazos de en- ção, a Volkswagen tem a
dução nos próximos dois anos. "Neste ano tregas, Gilson Mansur, diretor vantagem de manter a fle-
vamos produzir em dois turnos até 23 mil de Vendas da DaimlerChrysler, xibilidade permanente na
unidades de caminhões e ônibus para aten- garante que não há necessi- sua fábrica de Resende
der o Brasil e o exterior", revela Christopher dade de fazer investimentos (R1), o que permite acele-
Podgorski, diretor-geral da Scania Latin em produção na fábrica de São rar o ritmo de montagem.
America. O volume é superior à previsão fei- Bernardo do Campo (SP). "A Mas, por causa do grande
ta no ano passado, que era de montar 19 mil empresa analisa a possibilida- Podgorski: venda subiu 31,8% volume de pedidos e do ex-
veículos. A fábrica da montadora em São de de implantar o terceiro tur- no primeiro quadrimestre tenso prazo de entrega,
24 I TRANSP°IrrE -422
que chega até 60 dias atender a qualquer de- Cláudio Terciano, gerente nacional deVen-
para os modelos extrape- manda de mercado e, das da Ford Caminhões, informa que a em-
sados, a montadora já de- além disso, os nossos for- presa está preparada para atender a uma
cidiu utilizar toda a capa- necedores apostam num demanda maior e que está conversando com
cidade da sua fábrica, crescimento à frente e que toda a cadeia de fornecedores para manter
completando os dois tur- avançará ao longo de o acelerado ritmo de produção.
nos de trabalho. 2007", observa Alouche. A Ford Caminhões, que já elevou em 49%
A previsão de produzir O diretor da Volks- as suas vendas no primeiro quadrimestre
150 veículos por dia já foi wagen afirmou que a em- em relação ao mesmo período do ano pas-
superada em maio deste Terciano: exterior abastecido, presa não vai rever volume sado, estima produzir neste ano 29 mil ca-
mesmo com o dólar baixo
ano com o volume diário de produção por causa da minhões. Do volume total, 12 mil unidades
de 185 unidades de caminhões e ônibus. perda da competitividade no mercado externo serão destinadas ao mercado externo. "Mes-
"Até o final do ano a estimativa é de produ- com o dólar desvalorizado. "Vamos rever as mo com o dólar baixo, temos que manter
zir 200 veículos por dia. Isso ocorrerá se o estratégias de exportações e reajustar o preço abastecida a nossa rede de concessionárias
governo tomar algumas medidas em rela- dos caminhões que serão destinados ao exte- no exterior", comenta Terciano.
ção ao dólar", diz Ricardo Alouche, diretor rior para não ter prejuízo", acrescenta. Segun- Ao ritmo das vendas, o setor deve fechar
da Volkswagen. do o executivo, o índice mínimo necessário para neste ano com volume acima de 80 mil uni-
"A minha visão é que esse bom momento o reajuste de preços é de 10%. "Além disso, dades, mas abaixo do recorde de 1977, que
do setor automotivo é algo que veio para ficar vamos conversar com o governo e tentar re- registrou vendas de 90 mil veículos, princi-
e a fábrica de Resende tem capacidade para duzir o ICMS para exportação", afirma. palmente de leves e médios. •
Forneor
ërceeddeWciado
BNDES
Tel.° 3262-7200
FERROVIAS
, 11'r."
Mn •
*RN. 11111• =BOM
—
CVREI adota
o biodiesel B20
Acordofirmado entre a BR Distribuidora e a Companhia Vale do Rio Doce
garantirá ofornecimento de biodiesel durante cinco anos para as locomotivas
das ferrovias Carajás, Vitória Minas e Centro-Atlântica
Soma Crespo
AS LOCOMOTIVAS DA ESTRADA DE FERRO acordo com o diretor de Logística da Vale, minhões fora-de-estrada e na geração elé-
Carajás(EFC), situada na região Norte, e da Eduardo Bartolomeo, as duas ferrovias con- trica pela companhia. Com a adoção do
Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM), da sumirão entre 20 mil e 30 mil toneladas do B20, Eduardo Bartolomeo avalia que 224
região Sudeste, duas ferrovias da Compa- combustível alternativo por ano, o que mil toneladas de CO' equivalentes deixa-
nhia Vale do Rio Doce, já estão usando o corresponde, hoje, a 1,7 milhão de litros rão de ser lançadas na atmosfera até de-
biodiesel B20 — mistura que contém 20% por mês. "Até o final de 2007 esse volume zembro deste ano. Para se ter uma idéia,
de óleo vegetal e 80% de diesel comum em saltará para 33 milhões de litros de B20 esse volume de CO'é igual à emissão anual
suas operações. No final de maio último, a por mês", estima o executivo. Com a par- do gás em uma cidade com 27 mil habi-
empresa anunciou acordo firmado com a ceria, a Vale do Rio Doce será uma das tantes. Hoje a Vale do Rio Doce consome
Petrobras Distribuidora, que se encarrega- maiores consumidoras de biodiesel do 50,6 milhões de litros/mês de B2, o equi-
rá de abastecer as malhas durante os próxi- mundo e a maior do Brasil. valente a 61% do consumo mensal de di-
mos cinco anos, em contrato renovável a A empresa já vinha utilizando a mistura esel de toda a companhia, que é de 83,3
cada dois anos. O volume total será de 9 B2 (2% de óleo vegetal e 98% de diesel milhões de litros. O consumo anual chega
milhões de metros cúbicos de diesel. De comum)desde janeiro nas locomotivas, ca- a um bilhão de litros de diesel. "A partici-
26JiiuuvsPo - 422
pação do B20 na matriz energética da Vale FROTA DE LOCOMOTIVAS DA VALE DO RIO DOCE
atingirá 100% quando o País tiver capaci-
(Ferrovia x Marca)
dade de produção do combustível", com-
plementa o executivo.
422 - TRANSPORTE I 27
LOGÍSTICA
28 I TRANSP°RTE -422
08,09 e 10 I Agosto 12007
EXPOCINTRO EDMUNDO DOUBRAWA
STC
FETRANCESC
SEST
SENAT 0o,MSOC.,
CNT leao,oe. Gffi transporte
~rôo kesdvra do honsponodurs de (urge
GESTÃO
Cartão dá força
ao caminhoneiro
Pamcary e CTFfirmam parceria na operação do vale-frete, meio
de pagamento eletrônico que substitui a carta-frete, método
arcaico e discutível de adiantar a remuneração
PAMCARY E CTFTECHNOLOGIES FIRMARAM viço, ficarão disponíveis, na internet, dados
parceria em torno do Pamcard, um cartão que identificam o veículo e informam a quan-
eletrônico que surge com a proposta de subs- tidade, o tipo e o valor do combustível abas-
tituir a carta-frete, um pedaço de papel ain- tecido", diz Luís Felipe Salek Dick, diretor de
da bastante utilizado para pagar fretes. Em negócios do Pamcard.
vez de receber a carta-frete como adianta- Tudo que se relaciona ao transporte rodo-
mento do pagamento, o caminhoneiro pas- viário de cargas, pela sua grande importân-
sará a ter o vale creditado no Pamcard para cia na logística, tem relevante destaque. O
ao longo da viagem pagar suas despesas. frete recebido pelo autônomo, por exemplo,
A solução poderá corrigir distorções e in- é calculado em R$ 64 bilhões por ano. Tal
loa
justiças. O caminhoneiro, na posse do cartão número é obtido por dedução: estima-se que
com o crédito, terá uma rede de postos o caminhoneiro autônomo consuma 18 bi-
credenciados— e, com isso, poderá optar pelo lhões litros de diesel (cerca de R$ 32 bi-
Luís Dick: dados disponíveis na internet
estabelecimento de sua preferência, sem se lhões) e se sabe que o combustível repre-
submeter a imposições, uma delas a de con- comprovar", diz Ariê Halpern, criador da CTF senta 50% do frete que recebe.
sumir aquilo que não precisa, o que geral- Technologies do Brasil. Usos e costumes, como o carta-frete, cer-
mente acontece quando o adiantamento é O sistema Pamcard, lançado em 2003 tamente não são de fácil erradicação. Mas,
feito em forma de carta-frete. para substituir a carta-frete pela Pamcary, a Halpern,da CTF, entende que o Pamcard em
Desunido, desamparado, o caminhoneiro partir da parceria estabelecida com a CTF dois anos possa gerenciar R$ 12 bilhões em
por vezes é vítima de práticas nem sempre deverá ter novo impulso. frete-caminhoneiro. "Veja que há modéstia,
justas. Não bastassem as dificuldades ineren- Desde seu lançamento, o Pamcard, além pois estamos falando de apenas 20% do fre-
tes ao mercado — consubstanciadas num fre- de vale-frete, oferece as funções de vale- te faturado pelo autônomo", afirma.
te que restringe sua remuneração, na precari- pedágio, crédito, débito, identificação do ca- As duas empresas têm serviços relevantes
edade da grande parte da malha rodoviária, minhoneiro no Telerisco e controle do ciclo prestados na área de transporte. A Pamcary,
na insegurança pessoal e outras mazelas — o logístico, incluindo o gerenciamento dos cus- com faturamento de R$ 250 milhões, quadro
caminhoneiro ainda precisa pedir favores quan- tos dos combustíveis em parceria com a CIF de 1.100 empregados, por exemplo, é a líder
do está de posse, por exemplo, da carta-frete. "O gerenciamento de combustíveis — que nacional de gerenciamento de risco no trans-
Pamcary e CTF certamente têm seus inte- já atendia veículos de frotas e pela primeira porte rodoviário de cargas.Conta com mais
resses, mas, em contrapartida, oferecem fa- vez atinge o caminhoneiro — dispensa o uso de um milhão de empresas cadastradas.
cilidades. "Todos ganham nessa operação. de equipamentos instalados no veículo. Bas- A CTF Technologies, com faturamento de
O caminhoneiro, porque não precisará mais ta apenas utilizar o cartão no posto de com- R$ 60 milhões por ano, 350 funcionários, con-
pedir favores. O dono da carga, porque terá bustíveis. O sistema informará o valor do trola a gestão de combustível de 140 mil veí-
um rastreamento da carga, e o transporta- crédito disponível para o abastecimento e culos de frotas próprias e terceirizadas em
dor, porque poderá se valer de despesas como permitirá que os dados sejam transmitidos parceria com os bancos Bradesco e Unibanco
crédito tributário que hoje não tem como para o portal Pamcary-CTF. Com o novo ser- e as redes BR (Petrobras) e Ipiranga. •
30 TRANSPORTE -422
Se o câmbio
raspou,
\1( ,n -pdt
1 1( n„..,1 1(111w f;.1111rn k[;
CAMBIO REMANUFATURADO
MODELO G 60
A 695 260 16 00 0080
ou A 695 260 17 00 0080
aN 0F1721, 0F1417, OH 1418, L1218, 1215C,
b Atego 1315, 1418, 1518 e 1718
MESES
R$4.036;°*
Ou em até 18x
sem limite de
quilometragem
R$5.95904* R$4.03650
R$6.707,38*
Ou em até
Ou em até 18x Ou em até 18x
Segurança e qualidade
do transporte em debate
As estatísticas evidenciam um problema de segurança que precisa ser atacado
em um contexto em que a economia mostra capacidade de recuperação
32 I TRANSPCIRTE -422
Uma parceria entre o governo e a 12,8% nos investimentos as serem
iniciativa privada sairia mais bara- feitos nas rodovias que serão
to do que os custos gerados por transferidas à iniciativa privada.
causa dos acidentes", afirma. Presente ao evento, o secretário
:•, 4pø1 04
de Política Nacional de Transporte
TAAN131;.prrE pOOO'
EXCESSO DE CARGA — Fato ine- SEMINAMO
tia1411.tRIS CIO
. . -• ••
4e,Qty'llid#8.
do Ministério dos Transportes, José
Transpotte,SecjI•oire
AI
Por U111 .
gável nas estradas brasileiras, o Augusto Valente, mostra uma ava-
excesso de carga amplia em 30% liação divergente daquela feita pelo
a ocorrência de acidentes e pode presidente da ABCR. Ele considera
ser detectado em 77% dos cami- que o Programa de Concessão de
nhões. Carregamento acima do Rodovias Federais vai ser bem su-
permitido e pesagem de veículos cedido. Sua análise se baseia, prin-
foram os temas centrais da apre- Concessões rodoviárias, outro tema no centro dos debates cipalmente, na premissa de que o
sentação do representante do Centro de siva, punindo com maior rigor os caminhonei- Brasil sinaliza para investidores nacionais e
Excelência e Engenharia de Transporte ros que trafegam com cargas acima de cinco estrangeiros com o início de um ciclo de cres-
(Centran), Antônio Carlos Cairê. toneladas. Ao fazer essa referência, ele de- cimento, com perspectivas de aumento do
Ele informou que o Plano Nacional Estra- fendeu um tratamento diferenciado para os tráfego de veículos de carga e de passeio.
tégico de Pesagem vai começar a ser im- caminhões que transportam carga líquida. José Augusto Valente se fia ainda na abun-
plantado em 2008, a partir da liberação das dante liquidez de capital nos mercados ex-
verbas para melhoria da fiscalização das ro- CONCESSÕES RODOVIÁRIAS — As con- terno e doméstico e aponta o Programa de
dovias previstas no Plano de Aceleração do cessões rodoviárias estiveram no centro dos Concessão como uma oportunidade de ne-
Crescimento (PAC). No total, estão orçados debates do VII Seminário Brasileiro do Trans- gócio. Quanto à crítica feita pelo empresa-
R$ 660 milhões, dos quais R$ 200 milhões porte Rodoviário de Cargas. O tema foi dis- nado dos custos de financiamento mais one-
reservados para o próximo ano. Entre as cutido pelos participantes do evento poucos rosos no Brasil em comparação ao restante
ações, consta a instalação de 148 postos dias depois de o Ministério dos Transportes do mundo, o secretário de Política de Trans-
fixos e de 172 postos móveis de pesagem. apresentar o novo modelo de licitação dos porte do Ministério dos Transportes informa
Com a efetiva implantação do Plano Nacio- sete trechos de maior valor do Programa de que o Banco Nacional de Desenvolvimento
nal de Pesagem, o Centran espera aumentar Concessão de Rodovias Federais. Econômico e Social (BNDES)deverá oferecer
a vida útil do pavimento das estradas, pontes A redução de 12,8% para 8,95% da Taxa aos consórcios e empresas interessados na
e viadutos da rede rodoviária federal e redu- Interna de Retorno (TIR) máxima, prevista na disputa pelos sete trechos rodoviários uma
zir os acidentes nas vias contribuindo, dessa nova modelagem, foi criticada, O presidente linha de crédito com juros anuais de aproxi-
forma, para a redução do custo-Brasil. da Associação Brasileira das Concessionárias madamente 5,5°/0 ao ano.
O assessor técnico na NTC&Logística de Rodovias (ABCR), Moacyr Duarte, afirmou Com a transferência da gestão dos sete
Neuto Gonçalves dos Reis, que também é que a redução da taxa de retorno pode arre- trechos rodoviários federais à iniciativa pri-
membro da Câmara Técnica do Contran, sa- fecer o interesse de empresas nacionais e vada, o governo federal conta com a realiza-
lientou que uma metodologia tem de ser estrangeiras pela licitação. ção de R$ 3,8 bilhões em investimentos na
estabelecida e que a tolerância de 7,5% de Ele nota que principalmente as empresas recuperação dessas estradas nos próximos
excesso de peso, negociada durante a greve estrangeiras, que poderiam se voltar para a quatro anos. Se considerado o período de 25
dos caminhoneiros, deverá ser revista, vol- gestão de estradas no Brasil, podem decidir anos de concessão, a previsão de investi-
tando para 5%. Ele observou que os 7,5% disputar programas de concessão que estão mento sobe para R$ 20 bilhões.
de tolerância atualmente permitidos geram em curso nos Estados Unidos, México, Chile Serão licitados os seguintes trechos de ro-
um desgaste de 37% do pavimento. Com e em países europeus. dovias federais: BR-116 (Curitiba-Divisa com
isso, uma estrada prevista para durar dez Outro ponto para o qual Moacyr Duarte cha- SC/RS), BR-376/PR-BR101/SC (Curitiba-
anos, tem sua vida útil diminuída para seis. ma a atenção é para a disparidade dos custos Florianópolis), BR-116/SP/PR (São Paulo-
Neuto Reis também advertiu que a regula- financeiros, mais elevados no Brasil em com- Curitiba), BR-381/MG/SP(Belo Horizonte-São
mentação da pesagem dos veículos de carga paração aos demais países, partindo disso a Paulo), BR-393/RJ (Divisa MG/RJ), BR-101 (Pon-
deverá resultar na fixação de multa progres- defesa que ele faz de uma taxa de retorno de te Rio-Niterói), BR-153/SP (Divisa MG/SP).•
422 - TRANSPORTE I 33
TRANSPORTE MARÍTIMO
A FRANÇA É,ATUALMENTE,UMA EXCELENTE ca francesa apresentou as possibilidades ano passado, 564 empresas francesas se be-
porta de entrada e saída de mercadorias da para realizar novos negócios, tanto para neficiaram dos serviços desta missão. O que
Europa, graças à sua estrutura portuária ple- empresas francesas em desenvolvimento no mais chama a atenção na infra-estrutura por-
namente desenvolvida. Acompanhando as mercado brasileiro como para investidores tuária francesa, além da tecnologia de pon-
tendências econômicas mundiais, agora o país brasileiros na França, através da dinâmica ta, é a rede logística de distribuição interna,
quer intensificar os negócios com nações operação portuária francesa. Para isso, com estradas de ferro eficientes, linhas flu-
emergentes de todo o mundo. Para o Brasil, mostrou as capacidades individuais de cin- viais de grande movimentação e acesso fa-
a França é o nono fornecedor e décimo quar- co grandes portos franceses — Marselha, cilitado às rodovias nacionais. Essa capilari-
to comprador entre os países com os quais Havre, Rouen, Dunquerque e Nantes, que dade é permanentemente conservada e mo-
tem relações comerciais. Durante a última mantêm conexão com os portos brasileiros dernizada, por meio de maciços investimen-
feira Intermodal, que aconteceu no mês de há longa data. Estes portos desenvolvem, tos realizados pelas administrações portuá-
abril em São Paulo, reunindo 400 exposito- estrategicamente, atividades específicas, rias.
res e 44 mil visitantes, uma missão econômi- sendo uns complementares aos outros. No Alguns dos principais acordos portuários
34 ilnuumsPofrrE -422
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4whi.
5,1'n
Marselha registra crescente intercâmbio de carga com o Brasil, enquanto Rouen se destaca pela alta tecnologia de movimentação de grãos
já existentes entre os dois países, também 2006, as exportações francesas aumenta- Dunquerque, que registrou um movimen-
chamados de acordos de cooperação, são ram 14% e as importações, 5°/o, em relação to geral de 56,6 milhões de toneladas de
entre Havre — que possui uma representa- ao ano anterior. carga em 2006, também quer estreitar os
ção no Brasil — e o porto de São Francisco do O maior dos cinco portos é ode Marselha, contatos com o mercado brasileiro. As im-
Sul (SC), Marselha e Santos (SP) e Dunquer- que movimentou 100 milhões de toneladas portações realizadas pela companhia re-
que e Vitória (ES). Os cinco portos franceses em 2006. O porto prevê investimentos, para presentaram o maior volume de transações
possuem a capacidade de tratar todos os 2007, que somarão 166 milhões de euros, e chegaram a 40,2 milhões de toneladas. O
tipos de navios e mercadorias a granel, lí- em diversas obras de extensões fluviais e porto recebeu 7.060 atracações durante o
quidas ou sólidas, ou ainda contêineres, e terrestres. O Brasil, de acordo com os rela- ano e destaca-se pela estrutura de arma-
oferecem suporte para vários serviços agre- tórios da companhia, é o principal parceiro zenagem de GNL (gás natural liquefeito). A
gados como armazenamento, manutenção, comercial da América do Sul, região para a Companhia de eletricidade da França
estocagem, logística, trânsito, comércio, qual o porto dispõe de serviços semanais (Eletricité de France) pretende transformar
prestação de serviços aos navios, transpor- administrados por sete empresas especiali- Dunkerque em sua base de fornecimento
te e despacho alfandegário. Todos têm posi- zadas. Apenas em 2006, o intercâmbio de de gás natural para todo o norte da Europa.
ção geográfica privilegiada, ao longo da cos- carga geral registrou expansão de 10% em As operações com contêineres registraram,
ta francesa. Questionado se a ação desta relação a 2005, chegando aos 6 milhões de em 2006, movimento de 206 mil TEUs. Para
missão comercial francesa no Brasil também toneladas. Em cinco anos, as exportações e 2007, o porto realizará investimentos de
acontecerá nos demais países emergentes importações entre Brasil e França, através 44 milhões de euros.
— como China e Índia — o conselheiro econô- de Marselha, cresceram 18%. O porto de Rouen, que se diferencia pela
mico e comercial da missão francesa, Domi- O Brasil também é o país mais importan- alta tecnologia de embarque e desembar-
nique Mauppin, disse que esse é um dos te em transações comerciais para o porto que de grãos, mantém intercâmbio com a
objetivos futuros da França, mas, no momen- de Havre, localizado na entrada do estuá- região Norte do Brasil há 20 anos. O movi-
to, o mercado brasileiro é o primeiro da lis- rio do rio Sena e que se destaca pela sua mento anual de cargas entre os dois países
ta. "O Brasil é a décima economia mundial e especialização na movimentação de chega a 200 mil toneladas por ano e é com-
sua importância no comércio internacional contêineres e mercadorias refrigeradas — o posto basicamente de madeiras (exporta-
crescerá consideravelmente nos próximos local dispõe de 300 mil m2 de instalações ção) e malte (importação). O movimento to-
anos. O País está, hoje, no grupo de dez para produtos frescos e congelados e 15 tal de carga no local, em 2006, registrou
países prioritários para o desenvolvimento mil rn2 de entrepostos públicos para frutas 23,3 milhões de toneladas.
do comércio exterior da França e é o princi- e legumes. Em 2006, passaram pelo porto Nantes é o porto francês especializado na
pal parceiro da França na América Latina", 2,13 milhões de TEUs, o que representa 60% movimentação e abastecimento de recursos
avalia. Além disso, o conselheiro revela que do mercado internacional de contêineres energéticos e quer se transformar no princi-
as relações econômicas bilaterais, entre os da França. O tráfego entre Havre e o Brasil pal receptor de etanol e biocombustível bra-
dois países, são particularmente marcadas chegou a 658 mil toneladas de carga geral sileiros. O movimento total do porto em 2006
pelo crescimento dos fluxos comerciais — em e 47 mil contêineres em 2005. foi de 34,4 milhões de toneladas de carga.•
422 - TRANSPORTE i 35
A ferrovia no Brasil ainda
está fora dos trilhos
DomingosJosé Minicucci*
O Brasil tem enorme potencial e vocação ferroviária, mas precisamos aguçar a nossa imaginação quanto ao prejuízo sofrido pela população
desburocratizar, modernizar e investir. As privatizações das malhas de- como resultado de uma falta de política específica de investimentos
ram um impulso muito grande nesta área, mas precisamos de mais, para nesta área.
que nosso país e nosso povo tenham um transporte mais eficiente com Imaginemos a malha alemã dentro de São Paulo, com trens de alta
qualidade de vida, com redução da perda de tempo em transporte velocidade para as principais cidades do interior do estado, como Cam-
proporcionando o aumento da mobilidade. pinas (2 horas de ónibus ante 30 minutos de trem), Ribeirão Preto (5
A ferrovia no Brasil ainda está fora dos trilhos, embora tenhamos horas de ônibus ante 2 horas de trem) ou Bauru (4 horas de ônibus
começado cedo com o Barão de Mauá, no século XIX, e tenhamos ante 1,5 hora de trem). Os horizontes quanto aos mercados de traba-
andado bem até os anos 60. Da década de 70 para frente não tivemos lho e outras facilidades, ainda não imagináveis no Brasil, se abririam de
mais investimentos significativos em nossa malha, chegando pratica- forma espetacular, pois qualquer cidadão residente em até 300 km de
mente ao seu sucateamento no início dos anos 90 quando começaram distância dos grandes centros urbanos poderia se locomover diaria-
as privatizações. mente para o trabalho e voltar ao convívio da família ao final do dia,
A falta de investimento neste setor num país como o Brasil, cio graças à mobilidade proporcionada pelo transporte (isto é realidade na
dimensões continentais, trouxe como conseqüência prejuízos para a Europa). O mesmo raciocínio se aplicaria à carga, em que um transporte
mobilidade da nossa população e do País de modo geral. Em pleno eficiente, com terminais modernos, poderia escoar de forma rápida a
século XXI não temos, ainda, ligação ferroviária entre o norte e o sul. O produção da indústria e agricultura, evitando a perda de alimentos
nosso transporte de passageiros por trilhos se resume ás grandes cida- pelas estradas e as filas de mais de 100 km nos portos em época de
des e de forma deficitária. safra. Cada vagão pode transportar mais de 100 toneladas (equivalen-
Basta olharmos o cenário e compararmos com alguns países do Primei- te a 3 ou 4 carretas), esvaziando as estradas e as vias de acesso das
ro Mundo para termos uma idéia de quanto a mobilidade da população grandes cidades. Há espaço para todos, rodoviário, ferroviário e marí-
e de produtos sofre com a falta de infra-estrutura ferroviária. A malha timo, porém as proporções devem ser revistas com uma matriz de
ferroviária brasileira ocupa o humilde nono lugar do mundo em exten- transporte mais eficiente.
são. Ficamos atrás de países menores que o Brasil, como a Alemanha Com toda a falta de infra-estrutura de transporte no Brasil, a in-
(pouco maior que o Estado de São Paulo) e muito próximo do Japão. Se dústria ferroviária nacional renasceu das cinzas e se equilibra como
a comparação for feita com países da nossa dimensão territorial, como um malabarista entre os altos e baixos do nosso mercado. De 2003
Estados Unidos, Canadá e Índia, o resultado é catastrófico. até 2005 as ferrovias brasileiras compraram mais de 5 mil vagões
A SAE, unia sociedade centenária de engenheiros da mobilidade novos por ano, proporcionando grande impulso e investimentos nas
criada no início do século passado nos Estados Unidos pela industria indústrias do setor, porém em 2006 encerramos o ano com pouco
automobilística, hoje está presente em varias partes do mundo envol- menos de 3,5 mil vagoes e as projeções apontam para menos de mil
vendo diferentes ramos da indústria da mobilidade. Recentemente foi unidades em 2007.
criado o Comitê Ferroviário com a missão de levar para o Congresso A situação é difícil, mas graças ao nível de excelência que a indús-
SAE Brasil, que acontece em novembro deste ano, o debate sobre a tria ferroviária nacional adquiriu, a duras penas, todos estão buscan-
mobilidade no cenário ferroviário nacional. do o mercado externo durante a atual turbulência, esperando que
Em termos de material rodante, os números brasileiros também não exista uma política de investimentos voltada especificamente para
são animadores. Vejamos a Alemanha, onde a ferrovia estatal DB infra-estrutura ferroviária.
(Deutsche Baba) possui 4,9 mil locomotivas, 157,3 mil vagões de
carga, 9,5 mil carros de passageiro e 213 carros de alta velocidade.
Contra estes números o Brasil em 2006, após todos os investimentos
na área de carga, chegou a 2.518 locomotivas e 83.733 vagões de Domingos José Minícucci, engenheiro e diretor do Comitê Ferroviário
carga. A comparação com a Alemanha é bastante saudável e possibilita do Congresso SAE Brasil 2007
36 I TRANspofrrE
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Basiléia pode liberar
pneus usados
Ricardo Alípio da Costa*
Em 1999, em Basiléia, Suíça, foi celebrado um ma), ao regulamentar pela resolução 23/96 a Con-
tratado internacional, do qual o Brasil se tornou venção de Basiléia, convalidada internamente por
parte, para que todos os países estabelecessem cri- decretos com status de lei federal, suprimiu todo o
térios seguros de movimentação de resíduos peri- Anexo IV A, no qual se proíbem produtos que já te-
gosos e não perigosos. O pneu usado foi classifica- nham sofrido recondicio-namento no país de origem,
do como um resíduo não perigoso. além de outras 14 formas de destinação, tais como
Apesar da guerra de 16 anos encetada pelo Executivo disposição em aterros, incineração a céu aberto e
Federal contra a importação dos pneus usados, a Con- armazenagem permanente.
venção de Basiléia aprova a movimentação destes pneus No entanto, ao reformular a resolução Conama a
entre os países para fins de recuperação, reciclagem, fim de incluir o anexo maliciosamente suprimido
regeneração, reutilização direta ou usos alternativos para proibir os pneus usados, o Executivo estaria
como por exemplo sua exploração energética, da Mes- admitindo, por via transversa, a importação destes
ma forma que veda a movimentação de pneus que já para fins de reforma. E assim, seu argumento de
tenham sofrido o recondicionamento nos países de ori- que o País não pode virar o "lixão" do mundo teria
gem. Pelo menos é o que diz o item D-14, Anexo IVA da que conviver com opiniões como a de que a concor-
Convenção. rência com os pneus remoldados tem obrigado os
Apesar da derrota para a União Européia na Or- fabricantes de pneus novos a aumentar a durabili-
ganização Mundial do Comércio(OMC), que obrigou dade destes e manter os preços em níveis aceitá-
o Brasil a retirar a proibição de importação de pneus veis ao consumidor final, fato que não ocorria antes
recondicionados dos países europeus por "razões da chegada dos pneus remoldados.
comerciais", o governo poderia provocar a forma- Outro forte apelo é que o pneu novo de automóvel
ção de um corpo arbitrai no âmbito da Convenção, fabricado no país tem apenas um ciclo de vida sem
invocando o item D-14 acima para proibir a impor- passar pela reforma, ao contrário dos pneus de fabri-
tação destes pneus por "razões ambientais". E até cação estrangeira, sobretudo européia, os quais pro-
estendendo a proibição ao Mercosul, em cujo Tribu- porcionam a economia de um recurso não renovável
nal Arbitrai o Brasil também foi derrotado, no go- com dia e hora para acabar no planeta — o petróleo.
verno Fernando Henrique, essa vez pelo Uruguai.
Apelar da decisão na própria OMC invocando ques-
tões ambientais poderá não surtir o mesmo efeito
que teria na Convenção de Basiléia. O problema é Ricardo Alípio da Costa, advogado especializado em questões
que o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Cona- aduaneiras e de direito econômico
38 TRANspoirrE - 422
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7 a 10 de Agosto 2007
Não é novidade que o transporte rodoviário é responsável por Prata (RS), cidade onde Vipal está sediada, com cerca de 20 mil
mais de 60% da carga movimentada em todo o país. Por conta habitantes.
disso, o Brasil conta com mais de 1,5 milhão de caminhoneiros. Vale destacar ainda outra iniciativa da Vipal para a preserva-
Mas o papel desses profissionais pode ir muito além da gran- ção da água. Todos os pontos de geração de efluentes líquidos
de contribuição para a economia do País ao transportar os mais são canalizados e direcionados para uma estação de tratamento
variados produtos a diferentes destinos. de efluentes líquidos industriais própria, que recebe os efluentes
Acredito seriamente que este verdadeiro exército de motoris- gerados no processo produtivo, refeitório, lavagem de pisos, equi-
tas pode contribuir também para a conscientização das pessoas pamentos, banheiros e vestiários. O sistema entrou em operação
em relação a temas sociais e ambientais. em meados de 2002 e trata aproximadamente 25 m3/dia,
Na área social existe uma importante participação dos cami- direcionando a água tratada para a rede pública conforme os
nhoneiros em programas de combate à prostituição infantil. padrões da legislação ambiental vigente.
Parabenizo a categoria pelo crescente número de denúncias, E qual o motivo dessa preocupação? O brasileiro está acostu-
que contribui para reduzir esse crime bárbaro. mado a confiar na fartura de seus rios. Desde criança aprende
Já na área ambiental há muito a ser feito. Os prejuízos causa- que o País é um território privilegiado, dono da maior biodiver-
dos pelo mercado de transportes ao meio ambiente são bastan- sidade do planeta e da abundante bacia hidrográfica amazôni-
te graves. Vão desde a irresponsabilidade em relação a aciden- ca, que, por natureza, jamais nos negaria água.
tes com cargas perigosas, que muitas vezes contaminam ma- Mas não é bem assim. Ao contrário do que pensa boa parte da
nanciais, rios e lagos, até o desperdício de água. Isso sem falar população, a água doce é um recurso finito, não se fabrica. De
da emissão de poluentes. Não é à toa que o tema aquecimento todo a água existente no planeta, apenas 0,65% está disponível
global é manchete todos os dias nos quatro cantos do planeta. para o consumo humano. Deste total, quase 12% estão no Bra-
E os desastres naturais em todo o mundo mostram que a sil. Porém, não bastasse o vertiginoso crescimento populacional
"mãe natureza" nos cobra os males que causamos ao meio e a má distribuição natural dos recursos hídricos — 80% dos
ambiente. E, o que é pior, às vezes tragicamente. recursos fluviais estão na região Norte e os 20% restantes
A minha proposta é de que a categoria tenha a preservação abastecem nada menos do que 95% da população —, o Brasil
do meio ambiente como um estilo de vida, levando a sofre com o mau uso da água.
conscientização aos quatro cantos do País. Percebe a importância da sua participação? Temos que nos
Nós iniciamos um trabalho de conscientização em nossa em- unir em prol da preservação das nossas reservas naturais. Nos-
presa e, depois, na comunidade e os resultados são fantásticos. sos filhos e netos merecem usufruir das belezas deste país de
Preservar o meio ambiente faz parte do nosso estilo de vida. dimensões continentais e não sofrerem com a falta de água que
Por exemplo, temos um programa permanente de economia de aterroriza todo o mundo.
água. Para isso, uma das principais iniciativas é a captação da água Espero que a categoria volte a atenção para a preservação
da chuva, responsável por 24% do consumo na linha de produção. ambiental. O Brasil conta com seus "eco motoristas".
Só para se ter uma idéia deste volume, a quantidade de água
utilizada pela empresa para resfriamento e geração de vapor seria
suficiente para abastecer diariamente 17% da população de Nova João Carlos Paludo, vice-presidente da empresa Borrachas Vipal
422 - TRANSPORTE 41
Gargalos logísticos
e institucionais
Renato Pavan*
O Brasil sofre de diversos gargalos de logística e infra-estrutura de trans- ferrovia. E toda essa malha está defasada: foi feita para atender uma
porte. Para piorar, há também gargalos institucionais que emperram qual- economia bastante diferente da atual, e projetada para receber equipa-
quer tentativa de alterar esse panorama. Esses nós podem ser desatados mentos muito mais leves. A Argentina tem 40 mil quilômetros e os Estados
com a caneta presidencial — basta ter decisão e uma coordenação política. Unidos, 360 mil quilômetros de ferrovias. Como o contrato de concessão
Seguem os entraves nos principais modais e suas soluções. diz que a ampliação da malha ferroviária é obrigação do governo federal, a
Transporte rodoviário —A falta de oferta de outros modais dificulta a proposta é permitir que as concessionárias invistam na ampliação e adequa-
sua substituição. Além disso, o setor rodoviário está desregulamentado: há ção da malha, convertendo em investimento os valores que tem a pagar ao
concorrência predatória; estradas sem fiscalização de peso e ausência de governo pelo ônus da concessão.
controle das horas trabalhadas pelos caminhoneiros. Com um possível Cabotagem — O Brasil tem 8 mil quilômetros de costa marítima e 70%
crescimento econômico de 5% ao ano, sem que os outros modais estejam do PIB estão a 500 quilômetros da costa. O transporte aquaviário marítimo
estruturados, haverá uma pressão em cima do frete rodoviário, o que deve é o de menor custo e o menos poluente. Assim, a intermodalidade
onerar o custo dos produtos e diminuir as margens dos produtores. Por cabotagem-ferrovia é a solução para o inter-regional. Isso ainda não está
isso, é urgente a regulamentação do setor e o estabelecimento de diretrizes em funcionamento porque as ferrovias mais eficientes estão saturadas com
para intervir na infra-estrutura. O governo federal deve definir as rodovias o transporte do minério de ferro, e nem todas acessam adequadamente os
federais troncais de interesse nacional, concluí-las e mantê-las. As demais, portos. Por outro lado, a cabotagem conta com apenas 18 navios, por
de interesse estadual, devem ser transferidas para os estados, juntamente causa da política burra de proteção aos estaleiros nacionais. A situação é
com os recursos adicionais da Cide. ainda mais dramática quando se observa que o custo médio chega a ser o
Transporte ferroviário — Para se livrar o mais rápido possível da Rede dobro dos estaleiros internacionais — mesmo com subsídios.
Ferroviária Federal, que dava — e ainda dá — enorme prejuízo ao País, a Nessa situação, a solução passou a ser o afretamento de navios, o que
malha ferroviária foi concessionada para a iniciativa privada de forma irres- representa um custo de US$ 10 bilhões por ano em dinheiro que deixa o
ponsável. Não houve preocupação com futuro do modal e pedaços de País. Por outro lado, por causa de febre de construção de novos navios
ferrovias que eram administradas por sete superintendências foram post-panamax, os navios atuais — ainda bem conservados e eficientes —
transferidas para a iniciativa privada. Esses pedaços de ferrovia deveriam ter podem ser adquiridos, pelo menos para a cabotagem. Essa será a grande
sido transformados em eixos ferroviários contínuos e complementados, revolução no transporte brasileiro, mas que necessita da vontade política
com acesso direto aos portos. Assim, poderiam ser utilizados por vários para vencer a barreira imposta pelo lobby do setor. Com navios baratos,
operadores. Com o modelo que foi implantado, o concessionário tem teremos frete barato. Resta, ainda, a adequação dos portos e do transporte
exclusividade para prestar o serviço, ficando imune à concorrência de outra terrestre. E isso evidencia a necessidade de coordenação permanente —
empresa ferroviária. imune a mudanças de governo.
A malha ferroviária brasileira virou uma "colcha de retalhos". No Transporte fluvial — É importante que se permita a importação de
porto de Santos, por exemplo, a concessão é da MRS. Somente ela barcaças usadas de outros países, desatrelando a política do transporte
pode adentrar livremente no porto. Fora dele, existem outras compa- fluvial dos estaleiros nacionais.
nhias disputando a tapa o acesso às linhas que levam a Santos e
G uarujá e aos terminais marítimos. Essas outras companhias demoram
até 90 horas para entrar e sair do porto. Fatos como esse se repetem
por todo o Brasil. O regulamento ferroviário tem que ser imediatamente
modificado para permitir a interpenetração dos sistemas pagando-se Renato Pavan é engenheiro civil, ex-presidente da Fepasa, especialista em
apenas os custos da manutenção. logística e atual diretor da Macrologistica e da Blue Water Management
Com seu vasto território, o Brasil tem apenas 22 mil quilômetros de (BWM), consultoria especializada em Parcerias Público-Privadas(PPP).
-422
421 TRANSPCIRTE
16e 17 de Agosto de 2007
Em parceria com a Vipal, a editora OTM estará realizando o curso
GERENaAMENTO DE PNEUS PARA FROTA,abordando a importância
O curso "Gerenciamento de Pneus" da administração de um produto que hoje representa o segundo
faz parte do projeto InCornpany. maior custo de uma frota. O objetivo deste curso é preparar as pessoas
Para saber mais,ligue11-5096-8104.
envolvidas direta ou indiretamente em todos os processos de
manutenção e operações de uma frota para que obtenham
procedimentos corretos na sua administração.
Tt
7C1-NI
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. 111=111VIS
transporte 11-5096.8104/08007028104
otmeditora@otmeditora.com.br
Departamento de Eventos
NAS MÃOS DA FAMÍLIA DONA DO GRUPO Além do nome e da confiança dos passa- a Trip está comprando 12 aviões novos, do
Caprioli — uma das maiores empresas de geiros nos serviços prestados, os dois sócios tipo ATR 72-500, realizando investimento de
transporte rodoviário de passageiros e de têm, em comum, a origem de seus fundado- US$ 200 milhões. São aviões fabricados pe-
fretamento — por quase nove anos, a Trip res — a Itália. Os primeiros vieram para o las empresas Aerospatiale, da França, e
Linhas Aéreas, dedicada à aviação regional, Brasil em 1911, conduzidos pelo patriarca Alenia, da Itália. Até agosto, a Trip receberá
deu um looping na condução dos negócios Savério Caprioli; os segundos desembarca- as duas primeiras aeronaves do lote adqui-
em 2006 e anunciou a entrada de um novo ram por aqui um pouco antes, em 1889, guia- rido, com capacidade de 66 passageiros. A
sócio na companhia, o Grupo Águia Branca, dos por Giuseppe Chieppe. Prestes a com- Trip opera no momento com oito aeronaves,
outra tradicional holding que destaca no se- pletar uma década de vôos, a Trip experi- sendo seis modelos ATR 42-320 (para 45
tor de transporte rodoviário de passageiros. menta uma nova condução administrativa, passageiros), um ATR 72-500 (para 66 pas-
A demanda de recursos para acompanhar as dividida meio a meio pelas duas empresas. sageiros) e um Brasília, da Embraer (para 30
taxas de crescimento fez os Caprioli enten- Foi criado um conselho de administração com passageiros).
derem que a melhor solução seria preparar a práticas de governança corporativa eleva- Desde o início a Trip priorizou o atendi-
empresa para o capital aberto, com partici- das, composto por membros das duas famí- mento de municípios de baixa e média den-
pação societária. "Crescemos 40% nos últi- lias acionárias, com o objetivo de fazer o sidades, cuja ligação por avião era precária
mos três anos", revela o presidente da empresa, planejamento estratégico da companhia e ou que muitas vezes nem eram servidos por
José Mário Caprioli dos Santos. Também nesse instituir práticas de gestão cada vez mais companhias aéreas. "Desenvolvemos a li-
período o volume de passageiros praticamente profissionais. Uma das primeiras medidas gação com o arquipélago Fernando de
dobrou, de 144 mil viajantes para 282 mil. tomadas foi a ampliação da frota de aviões: Noronha,com cidades do Paraná e do Ama-
44 1 TRANSPORTE -422
zonas e em localidades da região Centro- desabastecido e ainda é muito embrioná- e acreditamos que pelo foco regional da Trip
Oeste procurando não coincidir com as li- rio", acrescenta. Para a Trip, José Mário pro- essa parceria deverá se estreitar, acompa-
nhas já existentes das companhias aéreas, jeta crescimento no número de destinos e nhando uma tendência amplamente utiliza-
que possuem aeronaves de maior porte. Essa frequências, que acontecerá à medida que da nos mercados americano e europeu, onde
política mostrou-se mais compensadora a forem chegando as novas aeronaves. "Além os acordos entre empresas troncais e regio-
partir do momento em que unimos antigos disso, a incorporação de ATR novos possibi- nais se traduzem em números cada vez mai-
mercados isolados, que já atendíamos, dan- litará uma modernização da frota, que hoje ores de destinos e frequências, bem como
do opções variadas dentro da nossa própria tem, em média, 16 anos. sinergias operacionais que refletem em pre-
malha e também de melhores conexões com Devido ao bom índice de aproveitamento ço e conforto ao passageiro", analisa.
os vôos de grandes companhias aéreas", das aeronaves em vôos, o serviço de freta- Sediada em Campinas(SP), a empresa tem
explica o presidente da empresa. mento de aviões está mais restrito, conta atualmente 32 filiais no País onde trabalham
Há uma carência desse serviço no merca- José Mário. "Porém, a empresa tem como 260 funcionários diretos e 160 indiretos. O
do regional, que representa apenas 1% do objetivo aumentar substancialmente a atu- Norte é a região de maior atuação, hoje com
market share nacional da aviação, diz. "Apos- ação no mercado de cargas fracionadas, uti- rotas para 16 localidades. Na seqüência apa-
tamos nesse potencial do mercado capilar, lizando-se da capilaridade da própria malha recem as regiões Centro-Oeste (seis cida-
numa aviação regional mais profissional. e agregando, através de acordos com em- des), Sul (quatro municípios no Paraná) e
Hoje, nos Estados Unidos e na Europa a avi- presas rodoviárias e aéreas, outras opções", Nordeste (Natal, Recife e arquipélago
ação capilar corresponde a 25% de todo o comenta. Ele acredita que os vôos comparti- Fernando de Noronha). Para a região Sudes-
mercado de aviação. No Brasil esse merca- lhados com empresas grandes devem au- te a empresa mantém apenas um destino: a
do entre cidade menores, do interior, está mentar. "Hoje mantemos acordos com a TAM cidade de Campinas. •
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DISTRIBUIÇÃO
O RITMO DE CRESCIMENTO DA AGV LOGÍS- está alcançando em menos de dez anos. para vacinas antiaftosa, distribuídas em 3.500
fica tem sido frenético, na casa de 50% por A empresa elegeu nichos para sua atua- cidades, atingidas duas vezes por ano por
ano e isso, repetidamente, desde 1999, quan- ção e tem se dado bem nessa estratégia. uma rede de transportadores. "Nosso crité-
do seu faturamento era de R$ 4,5 milhões, até "Queremos estar entre os três maiores ope- rio de contratação recai sobre o transporta-
2007,com previsão de atingir R$ 102 milhões. radores logísticos nos negócios em que atua- dor que tenha foco regional para que a ope-
A logística no Brasil tem crescido e vem mos e vamos atuar", diz o presidente Vasco ração seja bem sucedida", destaca o em-
carregando empresas como a AGV,francamen- Carvalho Oliveira Neto. presário Vasco Oliveira, de 32 anos.
te expansionista, como demonstram relevan- A atividade principal da empresa é a Com duas formações universitárias, Ad-
tes 2.200% de crescimento de receita que logística de produto animal, com destaque ministração de Empresas, pela Fundação Ge-
1999
2000
34,6 2001
31,5
2006
2007*
*previsão
750
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007*
*previsão
Quadro de funcionários
561 569
Número de clientes
40
346 1
426 409 I
386 1 1
30 278 I
25 25
17
13 120
46 I TRANSPORTE -422
túlio Vargas, e Direito, pela Universidade de com a incorporação de clientes. A AGV RS 65 milhões para construir o prédio de
São Paulo, Vasco Oliveira destaca que na Logística prevê fechar 2007 prestando servi- acordo com as necessidades da AGV, que
operação da vacina antiaftosa, a AGV Logís- ços para 54 empresas, carteira quatro vezes assume a locação por 15 anos(em contrato
tica responde pela distribuição de 380 mi- maior que os iniciais 13 clientes que contabi- renovável) e injeta R$ 10 milhões em siste-
lhões de doses — 95% da totalidade neces- lizava em 1999. mas e equipamentos. Com 60 mil posições-
sária para imunizar, com duas doses anuais, A estrutura necessária para dar conta dessa paletes, 94 docas de movimentação e 11 mil
o rebanho bovino brasileiro, de 200 milhões expansão também é ascendente. O quadro metros quadrados de área administrativa,
de cabeças. Com filiais instaladas em 11 estimado para 2007 é de 750funcionários, mais "o objetivo do novo CD é unificar todos os
estados brasileiros, o empresário lembra que de seis vezes acima do efetivo no final dos anos processos operacionais, facilitando a comu-
dos 20 maiores laboratórios de produtos de 90, de 120 pessoas. De uma área de armaze- nicação e otimizando os trabalhos", explica
saúde animal, 17 estão no portfólio de clien- nagem de 42 mil metros quadrados, em 1999, o empresário.
tes da AGV. a AGV Logística está operando um espaço de Se a frota própria não é o coração do negó-
A capilaridade da distribuição foi funda- 118 mil metros quadrados, três vezes mais. cio da AGV, dona de apenas 22 caminhões, o
mental para abrir novos nichos de mercado. Da área total de armazenagem,40% pas- envolvimento com veículos de cargas é uma
"Estamos alargando as fronteiras para a sam a ser concentrada num único local, no tarefa cotidiana para quem opera logística.
logística de nutrição animal", informa o em- interior paulista, em Vinhedo, no novo Cen- "Por isso, no projeto do novo CD, dedicamos
presário. Outro segmento que a empresa tro de Distribuição que a AGV Logística irá área de apoio para caminhoneiros com chu-
começa a apostar as fichas é a logística ocupar, empreendimento de R$ 75 milhões. veiros, pias, fogão, área de descanso e lazer
focada em produtos cosméticos. Trata-se de uma incorporação em esquema para a família, já que muitos viajam acompa-
A ampliação da cobertura de nichos vem compartilhado com a Bracor, que investiu nhados", conclui Vasco Oliveira. •
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MATÉRIA-PRIMA
422 TRANSPORTE 1 49
MATÉRIA-PRIMA
A utilização do alumínio em
tanques de combustível
ainda é incipiente
composição. Alguns
segmentos do mercado de
transporte como furgões e
carrocerias para cargas refrigeradas,
por exemplo, utilizam mais o alumínio. "No
11,
mercado de furgões, pelo menos 90% dos fa- mais alumínio. O levan- ca I i za çã o do
bricantes utilizam o alumínio nas carrocerias", tamento foi baseado na análise de 62 peso das cargas transportadas de-
afirma. componentes (25 do trem de força, 20 da verá impulsionar o uso de metais mais le-
"Nos Estados Unidos e na Europa o uso carroceria e 17 do chassi e suspensão. A ves pelos fabricantes de veículos e de imple-
do alumínio cresceu nos últimos anos por KGP levou em conta uma economia de 0,35 mentos. "O Brasil ainda não tem muito a
conta de pressões ambientais", acrescen- litro a cada 100 quilômetros rodados com cultura de utilização do alumínio em seto-
ta. Segundo ele, a preocupação com o meio redução de 100 quilos de peso por veículo. res como o de tanques de combustíveis,
ambiente também deve influenciar o mer- por exemplo. Em alguns países, praticamen-
cado automotivo brasileiro, mas a nova le- IMPLEMENTOS CRESCEM MAIS — De te todos os tanques são fabricados com alu-
gislação do transporte de carga deverá ter acordo com a Associação Nacional dos Fa- mínio", afirma.
um impacto maior no curto prazo. Nos paí- bricantes de Implementos Rodoviários Para o diretor-executivo da Randon,
ses europeus, a quantidade de alumínio uti- (Anfir), a previsão de crescimento nas ven- Norberto Fabris, o aumento na utilização
lizada na fabricação de veículos saltou de das do segmento até dezembro deste ano do alumínio em produtos fabricados pela
25 quilos para 132 quilos entre 1990 e 2005 saltou de 12% para cerca de 15°/0. A nova empresa nos últimos cinco anos esteve con-
e foi impulsionada principalmente pela ade- estimativa, refeita no final de maio, já con- dicionado ao crescimento do mercado como
quação às questões ambientais. Na Euro- templa o recorde de vendas obtido pela um todo e não ao desenvolvimento de um
pa, prevê-se que os carros terão cerca de indústria automotiva nos cinco primeiros padrão de consumo do alumínio. Cerca de
160 quilos de alumínio em sua composição meses de 2007. Segundo Rafael Wolf Cam- 15°/0 dos implementos fabricados pela em-
até 2010. Segundo o levantamento feito pos, presidente da Anfir e diretor da Boreal, presa são de alumínio e há um grande po-
pela Knibb Gormezano & Partners (KGP), empresa que atua no mercado de tanques tencial de crescimento, diz Fabris. Ele con-
dois milhões de toneladas de componentes de alumínio para caminhões, o aumento corda que o aumento do uso do alumínio no
em alumínio foram usados pelas monta- nas vendas de implementos nos últimos mercado brasileiro de transporte também
doras européias em 2005. Por conta disto, meses é reflexo direto dos recordes regis- deverá ser impulsionado mais pela fiscali-
a expectativa na economia de combustí- trados pelo comércio de veículos novos. O zação do peso das cargas do que por pres-
veis chega a um bilhão de litros por ano e mercado brasileiro de transporte ainda tem sões ambientais. "Materiais mais leves
uma diminuição de 40 milhões de tonela- grande potencial de crescimento na utili- também podem ser obtidos com aço, por
das de CO'(monóxido de carbono) durante zação do alumínio, avalia Wolf. Para ele, a exemplo, e a sucata de aço é valorizada",
a vida útil destes veículos produzidos com adoção de uma política mais rígida na fis- afirma. •
50 I TRANSPORTE -422
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Agronegócio, na mira
da Pastre
Além da versatilidade,o novo rodotrem basculante da fabricante,
tem como atrativo grades removíveis,feitas de aço fino, para garantir
menos peso e maior capacidade de carga
Raimundo de Oliveira
52 I TRANSPORTE -422
"Este tipo de equipamento é de grande baixada e fica a uma distância de 64
utilização no mercado agrícola". centímetros do solo. A empresa, infor-
A flexibilidade no carregamento do ma que o semi-reboque pode ser mon-
equipamento, ressalta ele, é um grande —1
:4 —2114 tado de acordo com as necessidades
diferencial. "Na época da safra, as filas dos clientes e pode ter dois, três ou
para descarregar produtos agrícolas nos quatro eixos e uma plataforma útil en-
portos são enormes, mas normalmente tre 13 metros e 17 metros. O imple-
não há carga de retorno", explica. mento tem capacidade de carga de 20
Segundo Pastre Júnior, apesar de já a 40 toneladas,
existirem unidades do novo implemento Pastre atua no setor de imple-
A
rodando, a empresa pretende apresen- Mercado do agronegócio paulista, um dos alvos mentos rodoviários desde 1974. A em-
do novo implemento da Pastre
tá-lo próxima Fenatran, a ser realizada presa, sediada em Quatro Barras, no
em outubro em São Paulo. "A previsão é de reboque para atender à legislação referen- Paraná, produz terceiros-eixos, caçambas,
que as vendas devem começar a aumentar te à altura de transporte terrestre. O semi- carrocerias, plataformas, reboques, semi-
por conta da grande demanda que há no reboque carrega-tudo chamado Lagartixa reboques, bitrens, rodotrens e outros
setor agrícola", prevê. foi desenvolvido para atender ao transpor- implementos para o transporte de cargas.
te de cargas que ultrapassem a altura per- Em 1994 iniciou a exportação de semi-re-
PLATAFORMA REBAIXADA — Além do mitida pela legislação. O limite de altura boques e reboques para a Argentina.A capa-
novo modelo de rodotrem, a empresa lan- definido pelo Dnit é de 4,4 metros. O Lagar- cidade de produção da empresa é de 250 uni-
çou no mercado um novo modelo de semi- tixa da Pastre tem plataforma de carga re- dades por mês. •
Nosso imenso estoque disponibiliza à pronta entrega e a preços baixos peças que as
--4 concessionárias autorizadas demorariam semanas para entregar por um preço até 100%
maior. Por esse motivo grandes transportadoras e concessionárias são fiéis clientes. Toda
essa estrutura está disponível para todo o mundo através de despachos via transportadora
e ainda facilitamos o pagamento em até 6 vezes sem juros ou 15 vezes através de
financiamento.
54 TRANSPORTE, -422
Paraná. O passeio, de cerca espaçosos, serviço de bar e tevê
Paraná terá trem de luxo de 500 quilômetros, percor- e sistema de ar refrigerado,
rerá as cidades de Ponta Gros- entre outros itens de conforto,
sa, Guarapuava, Cascavel e para os gostos mais exigentes.
Foz do Iguaçu e, a princípio, Até o momento, os investimen-
terá quatro saídas mensais. tos previstos deverão chegar a
A empresa Serra Verde Ex- R$ 600 mil. "Os passageiros
press, que atualmente admi- poderão conhecer os belos
nistra o transporte ferroviário atrativos naturais, gastronô-
de passageiros no percurso micos e históricos da região. O
entre Curitiba e Paranaguá, as- percurso será de um dia e
sociou-se a um grupo de em- meio, com parada prevista,
presários da Bélgica para criar para pernoite, em Guarapua-
a nova linha turística vip. Duas va", explica o diretor comer-
composições, com capacidade cial da Serra Verde Express,
para 60 passageiros cada uma, Adonai Arruda Filho. O custo do
já estão sendo reformadas in- passeio ainda não foi estabe-
A partir de novembro, come- se chamará Great Brazil ternamente com requinte e so- lecido, diz o executivo, que pre-
ça a operar o primeiro trem Express e circulará em parte fisticação. A decoração clássi- vê transportar no novo trem de
turístico de luxo do País, que da malha ferroviária do ca escolheu poltronas e sofás luxo até 2 mil turistas em 2008.
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Caminho a salvar.
A Pamcary, consolidando sua liderança de mercado, traça novos desafios na busca do desenvolvimento sustentável
e responsável. A empresa sai na frente como a primeira do setor a implementar a estrutura de governança
corporativa, valorizando, entre outros pontos, a sustentabilidade e a responsabilidade sócio-ambiental. É também
a primeira no mercado a filiar-se ao Instituto Ethos, a mais importante entidade para o fomento e desenvolvimento
de ferramentas para uma gestão corporativa ética. Só uma empresa como a Pamcary poderia ser a primeira
nestes aspectos. Afinai, busckr o novo sempre foi nosso objetivo, e agora, por novos e melhores caminhos.
Cuidando do futuro
Em parceria com a Petrobrás, a Pamcary tem o projeto 'Transoon:e Responsáver. Este programa tem o Tel.:(11) 3889 1111
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objetivo de realizar a gestão de risco no transporte de caroas perrgosas de produtos BR. GPS Logística e Gerenciamento de Risco Ltda.
Uma
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