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POPULAÇÃO BRASILEIRA

Formação, características e dinâmicas contemporâneas

Professor Almiro Brzezinski (GeoMiro) - 3º ANO EM


GEOGRAFIA - Primavera de 2023
LD: Cap. 17 - pg. 318
profgeomiro@modernacompartilha.com.br
INTRODUÇÃO - A População Brasileira

Prof. Almiro Brzezinski (GeoMiro) - 3ª SÉRIE EM


INTRODUÇÃO - A População Brasileira

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37237-de-2010-a-2022-populacao-brasileira-cresce-6-
5-e-chega-a-203-1-milhoes
https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2023/06/censo-2022-em-mapa-consulte-a-populacao-do-seu-municipio-
cljfupl3p003g0156z93zvlu9.html
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INTRODUÇÃO - A População Brasileira
Periodização proposta:
De 1500 - 1808: povoamento;
De 1808 - 1872: correntes migratórias;
De 1872 à atualidade.

* Dois marcos: o estabelecimento da Corte portuguesa no


Brasil (1808), com a intensificação dos programas de
imigração; realização do primeiro censo demográfico no
Brasil (1872).

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De 1500 a 1808: o povoamento
Povo Brasileiro: Indígena + Europeus + Africanos;
Colônia de exploração - faixa litorânea /
agroexportação (“Expansão territorial = Exploração
$);
Dá-se início ao processo de crescimento populacional.

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Formação do Povo Brasileiro

No território que, há pouco mais de meio


milênio, começou a se definir como Brasil, essa
miscigenação – ou caldeamento, como denominava o
antropólogo Darcy Ribeiro – é um processo
relativamente recente se comparado à história de
tantos outros povos. Como em outras regiões do
planeta, isso se deu por meio da subjugação de
algumas populações por outras.

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Formação do Povo Brasileiro

Episódio I:
Matriz Tupi;

Episódio II:
Matriz Luso;

Episódio III:
Matriz Afro.

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Formação do Povo Brasileiro
- POVOS INDÍGENAS: entre as centenas de nações indígenas que
habitavam o interior das atuais fronteiras do território brasileiro,
quatro se destacavam pelo seu contingente populacional e pela
extensão das terras que ocupavam: tupi-guarani, jê, aruaque e caribe.
No Censo de 2010: 820 mil indígenas, com pouco mais da
metade na Amazônia Legal, além de grupos isolados. Raízes étnicas e
laços culturais são fatores que garantem sua identidade.

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Formação do Povo Brasileiro
- POVOS AFRICANOS: cerca de 4 milhões de africanos foram trazidos à
força, sobretudo das costas dos atuais territórios de Angola, São Tomé
e Príncipe, Gabão, Nigéria, Costa do Marfim, Benim, entre outros,
situados principalmente na região do Golfo da Guiné, em sua maioria,
bantos, nagôs e iorubas.
Último país das Américas a abolir a escravidão, sua herança
se manifesta claramente pelas desigualdades socioeconômicas no
Brasil. A presença cultural de influência africana evidencia-se nas
diferentes manifestações sociais, como artes, religião, literatura e
diferentes âmbitos da sociedade brasileira.

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Formação do Povo Brasileiro
- POVOS EUROPEUS: Durante o Período Colonial, a presença europeia
na formação da população brasileira basicamente se restringia à
portuguesa. Apenas em 1818, com a intencionalidade do
branqueamento da população, é que a administração colonial
financiou a vinda de algumas centenas de imigrantes suíços e
alemães, os quais se estabeleceram na região serrana do Rio de
Janeiro.
Maior parte dos migrantes aqui chegavam devido a
instabilidade política e econômica vivida pela Europa, primeiramente
para a substituição da mão de obra escrava e implantação de núcleos
coloniais no sul do Brasil.

Chegada de migrantes ao Porto de


Santos - SP, 1900.

Zonas de povoamento do RS. Fonte: Revista FRANCO-BRASILEIRA de Geografia.

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De 1808 a 1872: correntes migratórias
 Triplicação populacional: 3,2 - 9
milhões de hab.;
 Vinda da família real portuguesa e a
concessão de terras para estrangeiros;
 A partir de 1824, Europeus no Sul do
Brasil: pequenas propriedades,
policultura, núcleos urbanos, etc.;
 1801-1851: cerca de 30% da pop.
escravizada;
 1850 - Lei de Terras/Lei Eusébio de
Queirós;
 SP - principal destino dos imigrantes
europeus;
 Crescimento populacional 1808 a
1872: tráfico de escravos + imigração
Europeus, além do crescimento
natural.

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De 1872 à atualidade: censos e
crescimento populacional
1872: primeiro censo
demográfico (Censo Geral do
Império);
1936: IBGE;
 Primeira metade século XX:
altas taxas de natalidade e
de mortalidade;
Gradualmente, os índices
vão tomando outro rumo,
com possível estabilidade
demográfica em 2050.
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ETAPAS DO CRESCIMENTO VEGETATIVO

Elevada taxa de natalidade + elevada taxa de


EQUILÍBRIO
(de 1890 até 1940) mortalidade = crescimento vegetativo
razoavelmente pequeno da população brasileira.
Elevada taxa de natalidade + queda na taxa de
EXPLOSÃO mortalidade (Revolução Sanitária; expansão das
(de 1940 até 1980) campanhas de vacinação) = crescimento elevado
da população.
Queda na taxa de mortalidade + queda na taxa de
natalidade (urbanização; inserção da mulher no
TRANSIÇÃO
(atual) mercado de trabalho; difusão dos
anticoncepcionais; alto custo de criação dos filhos
nas cidades) = lento crescimento da população.

GEOGRAFIA Capítulo 18 – O contexto demográfico do Brasil


18.1 – O contexto demográfico do Brasil
ESTRUTURA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Por várias décadas durante o século XX, a população brasileira esteve
constituída predominantemente de jovens, caracterizando elevadas taxas de natalidade
e fecundidade. A expectativa de vida, por outro lado, era mais baixa, ultrapassando os 60
anos na média nacional apenas em meados da década de 1970, e os 70 anos, em 2000.

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ESTRUTURA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

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ESTRUTURA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Novo Cenário Populacional

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ESTRUTURA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
As grandes transformações que ocorreram no Brasil a partir da segunda
metade do século XX, quando o país deixou de ter sua economia alicerçada
principalmente na produção agrícola e se tornou urbano-industrial, contribuem para
explicar tais mudanças no comportamento demográfico das últimas décadas. O número
menor de filhos na cidade se comparado ao campo, o avanço no campo educacional, a
popularização dos métodos contraceptivos e o avanço da mulher no mercado de
trabalho também têm determinado a diminuição da taxa de fecundidade e,
consequentemente, do crescimento vegetativo.

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MIGRAÇÕES INTERNAS

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NOVAS TENDÊNCIAS MIGRATÓRIAS:


MIGRAÇÕES INTRARREGIONAIS
MIGRAÇÕES INTRARREGIONAIS
Tendências mais recentes da
mobilidade da população no Brasil
apontam para o crescimento das
migrações intrarregionais (dentro das
regiões), dos fluxos urbano-urbano e
intrametropolitanos:

 Crescimento das cidades médias


(queda do nível de vida das
grandes cidades metropolitanas,
saturação do mercado de trabalho
e aumento do subemprego;
 Desconcentração industrial
(tendência internacional),
representando dinamismo
regional e uma nova redistribuição
espacial da população; Fluxo e saldo migratório: 2000

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MIGRAÇÕES INTRARREGIONAIS
Região Situação atual Fatores
Projetos de ocupação ligados à mineração,
Norte atração à indústria e à agricultura (iniciativas
particular e pública).

Processo de industrialização incentiva


repulsão em queda
Nordeste deslocamentos internos e desestimula
migração de retorno migração para outras regiões.

Projetos de colonização e abertura


Centro- de rodovias.
atração em queda
-Oeste Expansão dos latifúndios de soja
e expropriação dos pequenos proprietários.

Predomínio de migrações internas


Sudeste atração em queda impulsionadas pela desconcentração
industrial.

Expansão dos latifúndios de soja e


Sul repulsão expropriação dos pequenos proprietários
rurais.

GEOGRAFIA Capítulo 18 – O contexto demográfico do Brasil


18.1 – O contexto demográfico do Brasil
ÊXODO RURAL E MIGRAÇÃO TEMPORÁRIA
 Êxodo rural: migração de áreas rurais
para as urbanas;

 Migrações sazonais: realizadas


temporariamente, em uma
determinada época do ano. Ex.:
trabalhadores rurais se deslocam
para realizar a colheita de algum
produto e retornam após alguns
meses, com o término do trabalho.

 Migrações pendulares:
movimentação diária entre
municípios da metrópole,
retornando após a jornada de
trabalho.

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“CONTRABANDO”: conceituação básica

MOTIVAÇÕES: FATORES ECONÔMICOS, NATURAIS


E/OU SOCIOPOLÍTICOS
ESPAÇOS DE ATRAÇÃO E REPULSÃO
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CORRENTES MIGRATÓRIAS
MIGRAÇÃO: CONDIÇÃO HUMANA TANTO QUANTO QUALQUER OUTRA NECESSIDADE.

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CORRENTES MIGRATÓRIAS

Os países de maior nível de desenvolvimento econômico são os principais


destinos dos imigrantes. Porém, o cenário mundial atual está sendo marcado pela forte
onda de deslocamento de pessoas que têm deixado seus países não de forma
espontânea, mas, sim, forçadas, em razão de condições de vida muito precárias,
guerras civis, perseguições religiosas de grupos extremistas, entre outros motivos.

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CORRENTES MIGRATÓRIAS

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MIGRAÇÃO NO BRASIL E NO RS - Total de
imigrantes que vieram ao Brasil entre 1884 e 2014, por país de origem

Fonte: G1, 25/06/2016

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MIGRAÇÃO NO BRASIL E NO RS - cenário
no início deste século
Com a crise econômica mundial de 2008-2011 e a
estabilidade da economia brasileira no mesmo período, a
emigração diminuiu no Brasil, que segundo demógrafos, voltou a
ser um país de imigração, recebendo pessoas de várias partes do
mundo. Atualmente, o Brasil tornou-se atrativo aos estrangeiros
que, por sua vez, remetem cada vez mais dólares aos seus países de
origem, invertendo uma tendência que era favorável às contas
brasileiras.
Nessa nova fase de imigração estrangeira em nosso país, o
Brasil passou a receber novamente imigrantes e, agora, também
refugiados. Na primeira categoria, destacam-se bolivianos e
coreanos. Na segunda, africanos e palestinos.

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MIGRAÇÃO NO BRASIL E NO RS

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MIGRAÇÃO NO BRASIL E NO RS

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MIGRAÇÃO NO BRASIL E NO RS

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MIGRAÇÃO NO BRASIL E NO RS

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MIGRAÇÃO NO BRASIL - atualização

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MIGRAÇÃO NO BRASIL - atualização

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MIGRAÇÃO NO BRASIL - atualização
Travessia da fronteira
entre Brasil e
Venezuela, em foto
de 2019 — Foto:
Ricardo
Moraes/Reuters

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IDENTIDADES REGIONAIS E
COMUNIDADES ALTERNATIVAS
As dimensões do território brasileiro e as diferentes matrizes da formação de
sua nação contribuem muito para a constituição desses espaços de fortes características
locais, ainda que cercados e influenciados pelos padrões globais.
Calcula-se que, atualmente, cerca de 4,5 milhões de pessoas incluem-se em
algumas das diversas comunidades tradicionais do Brasil, entre caboclos, caiçaras
(populações mestiças do litoral meridional do país, do Rio Grande do Sul ao Rio de
Janeiro), extrativistas (como as quebradeiras de coco-babaçu do Maranhão e do Piauí),
faxinalenses (populações camponesas de economia coletivista do centro do Paraná),
indígenas, pescadores, quilombolas, ribeirinhos, entre outros.

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