Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE OBREIROS
2024
TEMPO DE
AMPLIAR A NOSSA
TENDA E FIRMAR
BEM AS ESTACAS.
2024
PA L AV R A D O PA S TO R P R E S I D E N T E
2024
A Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Curitiba (IEADC) tem a
grata satisfação de receber bem-vindos os nossos queridos alunos,
professores da 62ª edição da Escola Bíblica de Obreiros (EBO), no
período de 09 a 13 de fevereiro do ano de 2024.
02
PA L AV R A D O PA S TO R P R E S I D E N T E
2024
Parafraseando o coro do hino 433 da Harpa Cristã, a Direção da
Igreja lhes dá as boas-vindas, dizendo: “Sois bem-vindos, sois bem-
vindos, campeões de Jeová! Parabéns, mas não fingidos, a IEADC
vos dá”.
03
GRADE HORÁRIA - 62ª EBO
2024
PRIMEIRO DIA – 09/02/24 SEXTA-FEIRA
04
GRADE HORÁRIA - 62ª EBO
2024
QUINTO DIA – 13/02/24 TERÇA-FEIRA
05
62ª ESCOLA BÍBLICA
DE OBREIROS
INTRODUÇÃO
BÍBLICA
Introdução
Bibliografia
07
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
INTRODUÇÃO
Afinal, do que se constitui esse caráter inusitado da Bíblia? Como foi que
ela se originou? De onde nos veio a Bíblia? A Bíblia contém erros? Por que
há tantas traduções da Bíblia? Essas são apenas algumas das muitas
perguntas importantes acerca da Bíblia, cujas respostas são tratadas nesta
disciplina.
08
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
Há aspectos de sua Pessoa e do seu propósito que Ele optou por não
tornar conhecidos (Dt 29.29; Jó 36.26; SI 139.6; Rm 11.33). O que Deus não
revelou está além das necessidades e possibilidades da descoberta
humana. A revelação tem sua base, mas também os seus limites. As duas
categorias primárias da revelação divina são a revelação natural e a
especial:
a) A Revelação Natural:
· Natureza;
· Universo;
· História.
09
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
escreveu a Timóteo: "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa
para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça" (2Tm
3.16). As passagens de 1 Coríntios 2.13 ("As quais também falamos, não
com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo
ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais") e 2 Pedro
1.21 ("porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem
algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito
Santo") realçam a verdade sobre a inspiração.
a) Causalidade Divina
b) Autoridade Escrita
A inspiração é plena
10
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
1.3. A INERRÂNCIA BÍBLICA
Inerrância (lat. infalível, que não erra), é a doutrina na qual a Bíblia Sagrada
não contém quaisquer erros. A Bíblia é infalível nas informações que nos
transmite e nos propósitos que declara.
11
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
A palavra cânon deriva do grego “Kanon” e significa “vara”, dando a ideia
de uma vara reta que era usada para medir a retidão de objetos, que, por
sua vez, se origina do hebraico "Kaneh" - vara ou cana de medir (Ez 40.3,
Ap 21.15). Mesmo em época anterior ao cristianismo, essa palavra já era
usada de modo mais amplo, com o sentido de padrão ou norma. Nos
primórdios do cristianismo, a palavra cânon significava "regra" de fé, ou
escritos normativos.
O procedimento canônico
· Inspiração;
· Reconhecimento;
· Preservação.
12
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
Materiais empregados na escrita da Bíblia
a) Papiro
Dentre os antigos materiais de escrita, o mais comum era o papiro, uma
planta aquática que cresce junto a rios, lagos e banhados no oriente, cuja
entrecasca servia para escrever. Essa planta ainda existe no Sudão e na
Galileia. Seu uso na escrita vem de 3.000 a.C. A impossibilidade de
recuperar muitos dos antigos manuscritos (uma cópia à mão das
Escrituras) se deve basicamente aos materiais perecíveis empregados na
escrita da Bíblia. A palavra portuguesa "papel" vem da palavra grega
papyros, isto é, papiro.
b) Pergaminho
O pergaminho é de pele de animais, geralmente cabra ou carneiro e seu
uso é mais recente; vem dos primórdios da era cristã. É um material
gráfico superior ao papiro. Essas peles eram "tosadas e raspadas" a fim de
se obter um material mais durável para a escrita. A palavra "pergaminho”
tem origem no nome da cidade de Pérgamo, na Ásia Menor, onde a
produção desse material era feita.
a) Rolos
A Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolo (livros antigos tinham
forma de rolo - Jr 36.2), sendo cada livro um rolo. Os rolos eram folhas de
papiro coladas uma ao lado da outra, formando longas tiras, e, então,
enroladas num bastão. O tamanho do rolo era limitado por causa da
dificuldade de seu uso. Em geral, os rolos tinham entre seis e dez metros.
As línguas da Bíblia
13
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
do povo de Israel e é chamada “a língua judaica” (2 Reis 18.26). Esta língua
continuou a ser falada e escrita pelos hebreus até o cativeiro, quando
adotaram a aramaica ou siríaca, que é um dialeto da hebraica.
14
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
Salomão. São chamados poéticos devido ao gênero do seu conteúdo;
Contém 27 livros. Foi escrito no grego Koiné. Seus livros também estão
classificados por assuntos em 4 grupos: Evangelho, Histórico, Epístolas e
Profecia.
15
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
O tema central da Bíblia
Jesus Cristo é o tema central da Bíblia. Ele mesmo declara em Lucas 24.44
e João 5.39. Se olharmos de perto, veremos que, em tipos, figuras,
símbolos e profecias, Ele ocupa o lugar central das Escrituras.
16
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
As principais versões da Bíblia em Português
Essa passagem é uma das várias que mostram que a salvação eterna vem
somente pela fé em Jesus Cristo, e de nenhuma outra forma. João 3.18 diz:
“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado,
porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”. Do mesmo
modo, em João 14.6 diz Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.
Ninguém vem ao Pai senão por mim”.
2024
Deus senão por Cristo, pois não há outra forma de expiar a culpa do nosso
pecado diante de um Deus santo (1Tm 2.5,6).
Jesus disse: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que
sai da boca de Deus” (Mt 4.4). Aqui Jesus indica que nossa vida espiritual é
sustentada pela porção diária da Palavra de Deus, assim como nossa vida
física é sustentada pela porção diária de alimento físico. Negligenciar a
leitura regular da Palavra de Deus é tão prejudicial à saúde da nossa alma,
quanto é à saúde do nosso corpo negligenciar o alimento físico.
18
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
3.2. COMO MANUSEAR A BÍBLIA
"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que
se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2Tm 2.15);
"Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas
que de mim testificam." (Jo 5.39).
19
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
f) Siglas - Outra grande dificuldade que encontramos entre novos
convertidos, ou até mesmo leitores da Bíblia, é saber as siglas de cada
livro.
Gênesis Gn Mateus Mt
Êxodo Êx Marcos Mc
Levítico Lv Lucas Lc
Números Nm João Jo
Deuteronômio Dt Atos dos Apóstolos At
Josué Js Romanos Rm
Juízes Jz 1 Coríntios 1Co
Rute Rt 2 Coríntios 2Co
1 Samuel 1Sm Gálatas Gl
2 Samuel 2Sm Efésios Ef
1 Reis 1Rs Filipenses Fp
2 Reis 2Rs Colossenses Cl
1 Crônicas 1Cr 1 Tessalonicenses 1Ts
2 Crônicas 2Cr 2 Tessalonicenses 2Ts
Esdras Ed 1 Timóteo 1Tm
Neemias Ne 2 Timóteo 2Tm
Ester Et Tito Tt
Jó Jó Filemon Fm
Salmos Sl Hebreus Hb
Provérbios Pv Tiago Tg
Eclesiastes Ec 1 Pedro 1Pe
Cântico dos Cânticos Ct 2 Pedro 2Pe
Isaías Is 1 João 1Jo
Jeremias Jr 2 João 2Jo
Lamentações de Jeremias Lm 3 João 3Jo
Ezequiel Ez Judas Jd
Daniel Dn Apocalipse Ap
Oséias Os
Joel Jl
Amós Am
Obadias Ob
Jonas Jn
Miquéias Mq
Naum Na
Habacuque Hc
Sofonias Sf
Ageu Ag
Zacarias Zc
Malaquias Ml
20
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A D o u t r i n a d a Pa l a v r a d e D e u s
2024
BIBLIOGRAFIA
21
62ª ESCOLA BÍBLICA
DE OBREIROS
2
PANORAMA DO
ANTIGO
TESTAMENTO
Introdução
I - O PENTATEUCO
1.1. GÊNESIS
1.2. ÊXODO
1.3. LEVÍTICO
1.4. NÚMEROS
1.5. DEUTERONÔMIO
II - LIVROS HISTÓRICOS
23
PA N O R A M A D O AT
2024
INTRODUÇÃO
24
PA N O R A M A D O AT
2024
VISÃO PANORÂMICA DO TEMA: A ORGANIZAÇÃO DA BÍBLIA
25
PA N O R A M A D O AT
2024
através de Moisés, e selado pelo sangue de animais: “Moisés escreveu
todas as palavras do Senhor e ... Moisés pegou a metade do sangue ...
Depois pegou o livro da aliança e o leu para o povo ... Então Moisés pegou
aquele sangue, e o aspergiu sobre o povo”, Ex 24.4-8.
3) POESIA, são cinco livros: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos
Cânticos ou Cantares;
26
PA N O R A M A D O AT
2024
HARMONIZAÇÃO DOS VELHO E NOVO TESTAMENTOS
27
PA N O R A M A D O AT
2024
ANÁLISE DOS LIVROS POR GRUPO
1. O PENTATEUCO
3. “Ele chamou seu livro de o livro da aliança” (Êx 24.7), o livro desta lei (Dt
28.58,61); e este livro da lei (Dt 29.20-27; 30.10; 31.24-26). Isso inclui todo
o Pentateuco, que foi considerado pelos judeus um livro, com cinco
partes;
5. “Deus reconhece o livro da lei como escrito por Moisés e ordenou que
ele fosse a regra de conduta para Josué” (Js 1.8; 8.30-35);
6. “Josué aceitou o livro da lei como sendo escrito por Moisés e copiou-o
em dois montes” (Js 8.30-35). Ele contribuiu com o livro, escrevendo,
talvez, o último capítulo (Dt 34) sobre a morte de Moisés (Js 24.26);
8. “Durante o período dos reis esse livro era a lei”. Davi o reconheceu (I Cr
16.40); Salomão foi encarregado por Davi de mantê-lo (1Rs 2.3); Ele foi
achado e obedecido por Josias e Israel (2Rs 22.8-23.25; 2Cr 34.14-35.18);
Josafá o ensinou a todo o Israel (2Cr 17.1-9); Joiada, Amazias e Ezequias
obedeceram a ele (2Rs 12.2; 2Cr 23.11,18; 2Rs 14.3-6; 2Cr 25.4; 2Cr 30.1-
18);
28
PA N O R A M A D O AT
2024
9. “Os profetas se referem a ele como a lei de Deus escrita por Moisés” (Dn
9.11; Ml 4.4);
10. “Tanto Esdras como Neemias atribuem o livro da lei a Moisés” (Ed 3.2;
6.18; 7.6; Ne 1.7-9; 8.1,14,18).
1.1. GÊNESIS
Introdução
É o primeiro livro da Bíblia. Na língua original, “Gênesis” é sinônimo de
“nascimento”, “origem”, “início”, e assim é chamado porque contém a
descrição da obra criadora de Deus: “No princípio criou Deus os céus e a
terra”, 1.1. Ele conta a origem do universo, do gênero humano, do pecado,
da redenção da vida em família, da corrupção dos humanos, das nações,
dos diferentes idiomas, do povo hebreu etc.
29
PA N O R A M A D O AT
2024
a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar”, 3.15.
1.2. ÊXODO
Introdução
O nome em hebraico do livro deriva das primeiras palavras do texto em
hebraico e significa “Nomes”. De forma básica, o livro de Êxodo relata a
história da partida do povo de Israel do Egito. Os descendentes de Abraão
se tornaram um povo numeroso3, com uma população total que poderia
ser contada na casa dos milhões. O relato histórico, então, vai da
libertação até o princípio da caminhada no deserto, para ser mais exato
até o monte Sinai.
Panorama histórico
É possível identificar as datas dos acontecimentos descritos no Êxodo, a
partir de 1Re 6.1. Essa passagem registra que Salomão começou a obra do
templo 480 anos após a saída do Egito, correspondendo, ainda, ao quarto
ano de seu reinado. Assim, expertos indicam que o ano do êxodo seria,
aproximadamente, 1447 a.C. é real.
30
PA N O R A M A D O AT
2024
Ainda dentro de um possível esquema de estruturação do livro, pode-se
dividir o livro em três seções, partindo do ponto de vista do povo israelita.
Assim, tem-se:
31
PA N O R A M A D O AT
2024
Panorama geográfico
A região do antigo Egito, ao longo do Rio Nilo, alcançando até a região de
Canaã. Durante a saída do Egito, a região do deserto do Sinai, até o sul da
região de Canaã.
1.3. LEVÍTICOS
Introdução
Ele é assim chamado por conter as nomas e as leis reguladoras dos
serviços dos sacerdotes nos ofícios do tabernáculo. O tema central do
livro é a de que o acesso a Deus é pelo sangue e, em razão da santidade
de Deus, todos os que se achegam a Ele devem obrigatoriamente seguir e
observar o padrão de sua santidade: “Isto é o que o Senhor disse:
"Mostrarei a minha santidade naqueles que se aproximam de mim e serei
glorificado diante de todo o povo”, Lv 10.3; “Sejam santos para mim,
porque eu, o Senhor, sou santo e os separei dos outros povos, para que
sejam meus”, Lv 20.26; “Pelo contrário, assim como é santo aquele que os
chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, porque está
escrito: Sejam santos, porque eu sou santo”, 1Pd 1,15,16. A palavra “santo”
é citada em torno de oitenta vezes.
Não é sem motivo que o capítulo 10 registra a trágica morte dos dois
filhos do Sumo Sacerdote Arão, Nadabe e Abiú, dentro do santuário, que
“trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor”, porque a conduta
dos dois feriu a santidade do Senhor. A ira do Senhor se acendeu de tal
forma que “irrompeu fogo de diante do Senhor, e os consumiu, e
morreram perante o Senhor”, cujo acontecimento foi espiritualmente
justificado: “para que possais discernir entre o santo e o profano, e entre o
imundo e o limpo”, v.10.
2024
Na busca da santidade desejada para poder se apresentar diante de Deus,
o livro de Levítico registra o sistema sacrificial que deveria ser utilizado
pelos israelitas. Assim temos: holocaustos, oferta de cereal, oferta de
comunhão, oferta pelo pecado e oferta pela culpa. Além dos citados, há
outros três tipos que devem ser analisados. Há a oferta movida, que,
literalmente, deveria ser movida, balanço, ondulação, movida) em direção
ao altar, ao invés de sacrificada sobre ele. A oferta alçada era qualquer
coisa que era levantada, tirada de entre outros objetos e oferecida a Deus
para as necessidades do Tabernáculo (por exemplo, para a alimentação
dos sacerdotes, Êx 29.27). Era uma espécie de oferta voluntária (Dt 12.6,
onde “a oferta das vossas mãos” é a oferta alçada). Por último, a libação
que se tratava de uma oferta de líquido (vinho ou mel, por exemplo) que
era derramada ao lado do altar (Ex 29.40).
Panorama geográfico
Deserto do Sinai.
1.4. NÚMEROS
Introdução
Como o próprio nome sugere, o livro é assim designado
por registrar duas ordens divinas de realização de dois
censos de Israel antes da entrada na terra prometida:
“Levantem o censo de toda a congregação dos filhos de
Israel, segundo as suas famílias, segundo a casa de seus
pais, contando todos os homens, nominalmente, cabeça por cabeça”, Nm
1.2; “Passada a praga, o Senhor falou a Moisés e a Eleazar, filho do
sacerdote Arão, dizendo: Levantem o censo da de toda a congregação dos
filhos de Israel, da idade de vinte anos para cima, segundo as casas de
seus pais, todos os que, em Israel, forem capazes de sair à guerra”, 26.1,2.
33
PA N O R A M A D O AT
2024
Secundariamente, Números registra as listas e informações de
recenseamento e a passagem da velha geração — que pereceu no
deserto — para a nova, que herdou e entrou na Terra Prometida. Contém,
também, trechos de sua narrativa que parecem reforçar a tese da autoria
fragmentária das fontes, pois registra um poema (Nm 21.14) retirado do
“livro das guerras do Senhor” e registra certas atividades realizadas após a
passagem do Jordão (Nm 33.34-42).
Esboço
Como qualquer outro livro, Números pode ser esboçado de acordo com o
foco que deseja ser dado. Por exemplo, uma das formas de se dividir o
texto é enxergar nele duas grandes seções: a história da primeira geração
do deserto (Nm 1-25) e da segunda (Nm 26-36), representando, de forma
teológica ou espiritual ou alegórica, o fim do antigo e o
nascimento do novo.
2024
Modo de contagem do povo
Há uma diferença na forma de contar o povo de Israel em tempos de paz,
de guerra e para efeito de culto. Jacó teve doze filhos homens (chamados
de Patriarcas), porém os descendentes de Levi foram escolhidos para o
serviço do Tabernáculo e excluídos da contagem do povo em tempos de
guerra e na hora do culto (Lv 1.47-50). Por outro lado, quando Jacó foi
abençoar a José, ele profetizou que os seus filhos seriam “povo”, dando,
portanto, aos dois porção em meio à Israel (Gn 48.13,14,18-20).
35
PA N O R A M A D O AT
2024
1.5. DEUTERONÔMIO
O livro contém uma segunda versão da Lei que havia sido registrada
anteriormente, sendo, portanto, um compilado de vários discursos
mosaicos. Pode ser considerando, portanto, como a carta testamento de
Moisés para o seu povo, na qual ele oferece ao povo orientações
importantes para a entrada em Canaã. Poucos livros causaram maior
impacto no Novo Testamento, sendo um dos mais citados pelos autores
neotestamentários.
36
PA N O R A M A D O AT
2024
Portanto, podemos considerar que o quinto livro do Pentateuco é, ne
verdade, a Constituição do antigo Israel, definindo sua ordem social
(protegendo os mais fracos da opressão e do abuso), seus procedimentos
jurídicos (formas de acusação e defesa nos tribunais), e sua relação com
Deus. Procura, enfim, apresentar uma imagem do que seria o Israel ideal,
apresentando-o como uma nação com um Deus, um povo, uma terra, um
santuário e uma lei.
2. LIVROS HISTÓRICOS
Dos juízes aos reis: nascimento e queda do Reino de Israel
INTRODUÇÃO E AUTORIA
São doze livros, de Josué a Ester, que contam a história do povo de Israel
desde a conquista da terra prometida sob a liderança de Josué até a
restauração de Jerusalém após o cativeiro babilônicos. São vários séculos
de histórias que dão testemunho da eterna fidelidade de Deus aos
compromissos por Ele assumidos, que se resumem na seguinte
mensagem: “Desta maneira deu o Senhor a Israel toda a terra que jurara
dar a seus pais; e a possuíram e habitaram nela ... Palavra alguma falhou
de todas as boas coisas que o Senhor falou à casa de Israel; tudo se
cumpriu”, Js 21.43-45. Esses livros mostram que a história de Israel
depende da atitude que o povo toma na aliança com Deus. Se o povo é
fiel à aliança, Deus lhe concede à benção.
2024
narrados a partir de tradições históricas contadas pelos israelitas,
podendo identificá-lo como tendo vivido em algum ponto recente da
história da monarquia do povo de Deus. Por último, alguns defendem o
ponto de vista da História Deuteronomística1, que analisa a relação entre
o livro do Deuteronômio com os “profetas anteriores”: Josué, Juízes,
Samuel e Reis, considerando o último livro do Pentateuco como sendo, na
verdade, introdução à nova seção do AT.
O estudo dos doze Livros Históricos estabelece que eles não esboçam a
lei de Moisés, como Levítico e Deuteronômio. Também não foi o de
expressar louvor ou lamentação de maneira poética como em Salmos e
Lamentações. Eles também não são um registro das palavras dos profetas,
como os livros de Isaías e Ezequiel. Em vez disso, os livros históricos
narram praticamente uma história: a do relacionamento e o
comportamento do povo da promessa com o Deus que fez a promessa e
a celebrou com o mais célebre ancestral, Abraão. É a demonstração da
eterna fidelidade de Deus versus a infidelidade dos humanos.
Nas Bíblias de edição católica eles são: Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1
e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester e 1 e 2
Macabeus. Entretanto, nas de edição evangélica os livros de Tobias, Judite,
e 1 e 2 Macabeus não são incluídos, em razão da sua não canonicidade,
pelo que são denominados de apócrifos.
2.1. JOSUÉ
Introdução
O nome do livro deriva, sem dúvidas, do seu principal personagem, Josué.
Em hebraico, seu nome é Yeoshua: Jeová salva. É traduzido na Vulgata
Latina como Iesous ou, simplesmente, Jesus. Nada mais simbólica,
entretanto. Da mesma forma que o Jesus do Antigo Pacto teve como
missão levar o povo de Israel a entrar em Canaã (a Terra Prometida, o
38
PA N O R A M A D O AT
2024
o Descanso Prometido), o Josué do Novo Testamento tem a missão de
conduzir o novo Israel de Deus ao descanso prometido: “Porque, se Josué
lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia.
Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. Porque aquele
que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como
Deus das suas. Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que
ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência”, Hb 4.8-11.
Esboço de Josué
De forma breve, o livro de Josué pode ser dividido conforme o avanço de
Israel na tomada da Terra Prometida. Dessa maneira, tem-se:
2.2. JUÍZES
Introdução
O título do livro em hebraico ou português reflete a
atuação de líderes (militares ou de clãs) levantados
por Deus para livrar o Seu povo da opressão militar e
para resolver disputas entre os patrícios. Todas as
histórias do livro estão permeadas com um único
tema: a fidelidade de Deus em oposição à infidelidade
de seu povo. Ao mesmo tempo que pode ser
observado os firmes princípios da Justiça divina, o que
revela a sua misericórdia.
39
PA N O R A M A D O AT
2024
Autoria
É certo que a tradição hebraica atribui a autoria do livro ao profeta
Samuel, que também teria escrito os livros homônimos. Aparentemente,
pode-se, de qualquer maneira, datar a sua escrita aos estágios iniciais da
monarquia israelita, anterior a conquista de Jebus (Jerusalém).
2.3. RUTE
Introdução
O título do livro em hebraico ou em português põe em ênfase o
personagem principal. Seu nome pode ser traduzido por amizade, o que,
aliás, parece refletir, de forma inconteste, um dos melhores atributos do
seu caráter. Ela era uma gentia, moabita. Sua sogra, Noemi, em uma época
de fome, migrou com seu esposo Elimeleque para Moabe, onde seus
filhos se casaram. Mais tarde, o marido e os filhos de Noemi morrem e é
deixada por todos, menos por sua nora.
Autoria
É certo que a tradição hebraica atribui a autoria do livro ao profeta
Samuel, que também teria escrito os dois livros homônimos. Pode-se, de
qualquer maneira, datar a sua escrita aos estágios iniciais da monarquia
israelita, anterior a conquista de Jebus (Jerusalém).
Panorama histórico
O versículo 1 do capítulo revela, claramente, que a história se processa
durante o período dos juízes, sem, contudo, especificar o ano com
exatidão. Mas, é preciso observar que se a história foi escrita após a queda
40
PA N O R A M A D O AT
2024
de Saul e a subida de Davi ao trono, o interesse do escritor seria registrar a
história da família real, escolhendo, entre tantas, uma das mais marcantes.
2.4. 1º e 2º SAMUEL
Introdução
O nome Samuel significa ouvido por Deus ou nome de Deus. Ora, dado o
contexto da história de seu nascimento, a primeira tradução parece ser
mais coerente.
41
PA N O R A M A D O AT
2024
De igual maneira, a historicidade da ascensão de Davi ao trono de Israel é
amplamente ignorada em seus detalhes, restando, pelo menos para a
maioria dos leitores, uma vaga versão dos fatos. Algumas considerações
importantes: (1) Davi foi ungido como Rei por Samuel, ainda em sua
juventude, mas teve que aguardar por cerca de sete anos para assumir o
reinado sobre Judá, pois, (2) após a morte de Saul, os israelitas não
aceitaram imediatamente o governo de Davi, mas este foi ungido rei
sobre a casa de Judá primeiro e somente após mais sete anos após sobre
todo o reino. Durante todo este período, e até o homicídio de Isbosete
houve guerra entre as duas casas (casa de Saul — reino do Norte e casa de
Davi — reino do Sul). Portanto, entre a unção e o trono passaram-se cerca
de 14 anos.
2.5. 1º e 2º REIS
Introdução
O primeiro e o segundo livros dos Reis apresentam a história do povo de
Israel desde a morte de Davi até a libertação de Jeoaquim do cativeiro
babilônico. Como foi relatado na introdução aos livros de Samuel,
anteriormente todo o material contido em Samuel e Reis faziam parte de
uma única seção do Tanak. Na septuaginta eram conhecidos como 1º, 2º,
3º e 4º Reis ou Reinos. Mais tarde, foram divididos em Samuel e Reis.
2.6. 1º e 2º CRÔNICAS
Introdução
O livro em hebraico é chamado divrei-hayamim (as palavras dos dias). Ou
seja, os anais, as crônicas dos dias, segundo tradução dada por Jerônimo e
aceita pela Igreja. A forma final do livro de Crônicas foi alcançada cerca de
42
PA N O R A M A D O AT
2024
100 anos após a edição do livro dos Reis. Como outros livros da Bíblia, no
passado era um só volume. Antes de sequer analisarmos o panorama
histórico ou geográfico do livro, surge a pergunta: por que uma outra
versão da mesma história? Afinal de contas, a história dos Reis de Israel e
Judá já foi contada nos livros dos Reis (Samuel e Reis).
Devemos observar que o livro das Crônicas foi escrito entre os anos 500 e
450 a.C. (1Cr 3.21), logo no final do período do cativeiro babilônico. Assim,
o autor ou os autores, com as suas longas genealogias, procuram
preservar a pureza racial. Fato comum ao livro de Esdras, revelando as
preocupações da época (Ed 10.18): pureza racial e religiosa. Assim, são
omitidas o detalhamento das histórias dos reis e os oráculos proféticos,
pois o alvo do relato das Crônicas é encorajar o restolho que voltava do
cativeiro.
Autoria
O autor preferiu não se identificar, mas algumas pistas são dadas de sua
identidade. Primeiro, a época: ele, provavelmente, viveu na época do
retorno do exílio, pois cita o decreto de Ciro (2Cr 36.22,23). Outra pista
está na lista das genealogias de Davi: o autor cita duas gerações após
Zorobabel (1Cr 3.17-24), permitindo datar o livro próximo ao ano 500 a.C.
A tradição judaica indica Esdras como seu autor. Fato que é corroborado
pela análise literária do texto que mostra uma marcante identidade com o
livro homônimo do escriba (Ed 7.6): longas listas genealógicas, ênfase
sobre os aspectos ritualísticos da lei, revelando um grande apego pelas
tradições mosaicas. Além disso, os versículos finais do Crônicas (2Cr
36.22,23) repetem-se textualmente em Esdras (Ed 1.1-3a), que dão
indícios de que na antiguidade os dois livros fariam um único volume.
43
PA N O R A M A D O AT
2024
o que era mau aos olhos do Senhor: idolatria e assassinato de pessoas
inocentes (2Re 21.10-16); práticas do mal (2Re 24.18-20); ouvidos
fechados à voz de Deus (Jr 3.13) e zombarias e desprezo para com os
profetas de Deus (ver 2Cr 36.15-17). Os profetas (Jr 9.14; 17.19-27; 22.1-5;
Ez 8.1-18) relatam atos de desonestidade, injustiças para com os pobres,
assassinatos, transgressões do Sábado, perseguições aos verdadeiros
profetas de Deus e cultos praticados ao deus sol. Privilégios concedidos
aos profetas que prometiam prosperidade, sem condenar
simultaneamente o pecado e a adoração a Baal.
Introdução
Esdras significa ajudador, nome mais do que apropriado ao personagem
que ajudou no restabelecimento do reino de Israel. Já Neemias significa
confortado por ou conforto de Deus. Nas Bíblias contemporâneas, os
livros de Esdras e Neemias são apresentados de forma separada. Mas,
existem evidências antigas que ambos eram uma unidade. Só após a
Idade Média, o Tanakh foi impresso com os livros separados, por isso, para
efeito de estudo, faremos uma análise conjunta.
Autoria
Conforme já afirmado anteriormente, a tradição aponta Esdras como o
autor deste conjunto de livros. Mesmo que se levem em considerações
que trechos de Neemias sejam redigidos na primeira pessoa (Ne 6.10), tal
fato é explicado pelo uso dos registros realizados pelo seu personagem,
talvez um diário.
44
PA N O R A M A D O AT
2024
Mesmo que não esteja clara a data dos eventos ocorridas em Esdras, o
livro se inicia com a informação do edito feito por Ciro (538 a.C.) que
determinou a reconstrução do templo. Somente um pequeno grupo,
anterior a Esdras, escolhe retornar à pátria destruída, juntamente com
Zorobabel (1Cr 3.19). O movimento inaugurado por Ciro era,
aparentemente, um gesto político que buscava a simpatia dos povos
oprimidos pela Babilônia. Porém, a razão para a reconstrução dos muros
de Jerusalém (um risco sob o ponto de vista de governo persa) parece
estar fundada na necessidade de estabelecer-se uma fortaleza no Oriente
Médio que pudesse impedir os avanços egípcios e gregos, bem como, no
ideário de que o império precisava de paz.
Pelo relato contido em Esdras e Neemias, houve vários decretos relativos a A Bíblia tem um
Jerusalém: o primeiro foi emitido por Ciro, em 538 a.C. (Ed 1.1). Anos
depois (520 a.C.), com Esdras já estabelecido na Terra Santa, por causa da
propósito
oposição, Dario I confirma o primeiro decreto (Ed 6.1,2). Já em 457 a.C., kerigmático, isto
Artaxerxes I emite novo decreto, permitindo a realização das cerimônias é, foi escrita
religiosas em Jerusalém (Ed 7.11-13). Mas, finalmente, em 445 a.C., o
com o propósito
mesmo Artaxerxes I determina que Neemias retorne à cidade para
reedificar e restaurar não somente o Templo, mas a cidade (Ne 2.5,7-8). de revelar a
Deus para o
2.8. ESTER homem.
Introdução
O título do livro deriva do nome do seu personagem principal. A origem
do nome Ester ainda é debatida. Alguns entendem que sua origem está na
palavra persa traduzida por estrela, significado apoiado no Talmude11;
outros, que deriva do nome da deusa Ishtar. No entanto, em hebraico, o
seu nome, Hadassa filha de Abigail, significa mirta, um arbusto originado
do norte da África, com folhas conhecidas por exalarem um cheiro
agradável quando são esmagadas. É o segundo livro da Bíblia Sagrada
que recebe o nome de uma mulher.
45
PA N O R A M A D O AT
2024
Os objetivos mais aparentes do livro são, em primeiro lugar, relatar a
origem da festa de Purim, comemorada no mês A ֲ dar, primeiro mês do
calendário civil judaico, entre os meses de fevereiro e março, e encorajar
os judeus a crerem na intervenção e o cuidado do Senhor, mesmo quando
ele parece estar ausente, nele é dado testemunho da infinita fidelidade de
Deus aos concertos assumidos, mesmo quando seu nome não é posto no
destaque merecido. Convém lembrar a palavra do apóstolo Paulo: “Pois
sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano”
ou “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que
o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito”, Rm
8.28.
Autoria
O livro, na linha dos demais históricos, não revela o nome e tampouco dá
indícios de autoria. A tradição judaico-cristã aponta Mordecai, como o
mais provável autor, e, opcionalmente, Esdras e Neemias.
Fundo histórico
A história relatada no livro ocorre entre os anos 483 e 473 a.C., durante o
reinado de Assuero, conhecido na história como Xerxes ou Artaxerxes I.
Cronologicamente, os eventos se processam entre os capítulos 6 e 7 de
Esdras.
46
62ª ESCOLA BÍBLICA
DE OBREIROS
3
HERMENÊUTICA
PR JOSÉ LOPES
SUMÁRIO
HERMENÊUTICA
Introdução
I - DEFINIÇÃO DE HERMENÊUTICA
1.1. EXEGESE
1.2. A HERMENÊUTICA E A EXEGESE
03 48
HERMENÊUTICA
2024
1. DEFINIÇÃO DE HERMENÊUTICA
Hermenêutica é um termo grego que vem da palavra grega " ρμηνε ω"
(erminévo), significando naturalmente interpretação. No contexto da
Bíblia, a palavra hermenêutica adquire algumas acepções importantes. Em
1 Coríntios 14.13, por exemplo, "Por isso, o que fala em língua
desconhecida, ore para que a possa interpretar." utiliza o termo grego
"διερμηνε ω" (6X) (dierminévo), que se traduz como "através da
interpretação". Aqui, hermenêutica carrega o sentido de interpretar,
derivado do verbo grego " ρμηνε ω" (4X).
2024
1.1. EXEGESE
Platão, o filósofo grego que viveu por volta de 428-347 a.C., é creditado
por ter introduzido pela primeira vez o termo “hermenêutica”
(hermenetike) como um conceito técnico.
50
HERMENÊUTICA
2024
No âmbito deste estudo, entretanto, o foco será principalmente no
primeiro caso. Neste contexto da hermenêutica sagrada, são
sistematizados princípios e técnicas que ajudam a compreender o
significado original do texto bíblico, com a exegese servindo como a
aplicação prática desses princípios e técnicas. A relação entre
hermenêutica e exegese pode ser comparada à relação entre teoria e
prática, em que ambas desempenham papéis complementares.
51
HERMENÊUTICA
2024
Hoje em dia, a Vulgata Latina continua sendo uma parte importante da
tradição católica, mas muitas traduções modernas da Bíblia baseiam-se
nos manuscritos originais hebraicos e gregos, em vez de dependerem
exclusivamente da Vulgata.
Esta foi uma excelente tradução que serviu de base para a maioria das
traduções em inglês que se seguiram, incluindo a KJV. Tyndale foi
sequestrado por seguidores do Rei Henrique VIII e queimado na fogueira
fora de Bruxelas em 1536.
52
HERMENÊUTICA
2024
Anteriormente, esses livros estavam intercalados com os livros do Antigo
Testamento em hebraico original. A Bíblia de Coverdale foi também a
primeira a usar versificação. Traduções anteriores dividiam os livros em
capítulos, mas não em versículos.
iv. Thomas Matthew (John Rogers) John Rogers foi outro seguidor de
Tyndale que publicou a Bíblia Matthew em 1537. Ele também foi
martirizado depois que sua verdadeira identidade foi descoberta.
vi. A Grande Bíblia. Publicada em 1539, esta Bíblia recebeu esse nome
devido ao seu tamanho. Foi a primeira Bíblia autorizada (autorizada por
Henrique VIII). Esta Bíblia buscou ser mais aceitável para o clero católico
romano ao voltar à ordem tradicional dos livros do Novo Testamento.
viii. A Bíblia dos Bispos. A Bíblia dos Bispos foi autorizada pela Igreja da
Inglaterra e publicada em 1568. Foi o resultado da rejeição da Bíblia de
Genebra pelos Bispos na Inglaterra.
53
HERMENÊUTICA
2024
2.4. VERSÕES MODERNAS
É uma história fascinante que abrange vários séculos. Aqui estão alguns
marcos importantes:
De acordo com C.H. Dodd, o primeiro axioma da tradução é: Não existe tal
coisa como um equivalente exato de palavras ao passar de um idioma
para outro. Diferentes idiomas, assim como diferentes culturas,
apresentam problemas para os tradutores. Por exemplo, em Mateus 1:18,
Maria é dita estar prometida a José. Mais tarde, no versículo 24, Maria é
referida como sua esposa. Naquela cultura, um noivado era legalmente
vinculativo e exigia um divórcio para ser rompido. Nossa cultura tem uma
compreensão completamente diferente de um noivado.
54
HERMENÊUTICA
2024
Uma boa tradução deve:
vi. Ser universal. Algumas traduções têm como alvo grupos específicos.
Isso se torna problemático e pode levar a interpretações equivocadas
quando outros grupos são expostos a ela. Comitês de tradução devem ser
diversificados para ajudar a minimizar esse problema.
vii. Ser digna. Uma tradução deve ser precisa, mas evitar ser
desnecessariamente áspera ou grosseira.
viii. Evitar viés teológico. Isso é difícil de fazer, mas, mesmo assim, deve ser
um objetivo na tradução. Algumas traduções são flagrantemente
tendenciosas. Por exemplo, A Tradução do Novo Mundo é a Bíblia oficial
das Testemunhas de Jeová. Essa tradução faz grandes esforços para
reescrever ou evitar referências à divindade de Cristo.
55
HERMENÊUTICA
2024
3.2. OUTRAS QUESTÕES ENVOLVIDAS NA TRADUÇÃO
c. Filosofia de Tradução
i. Palavra por palavra. Uma tradução palavra por palavra busca encontrar o
equivalente mais próximo em português, palavra por palavra. A Grande
Bíblia de Tyndale, a KJV, a RSV e a NAS seriam todas consideradas
traduções palavra por palavra.
56
62ª ESCOLA BÍBLICA
DE OBREIROS
4
QUALIFICAÇÃO
DO MINISTRO
Introdução
I - QUALIFICAÇÃO MINISTERIAL
1.1. Qualificação Geral
1.1.1. Irrepreensibilidade
II - QUALIFICAÇÕES FAMILIARES
1.2. Qualificações familiares
1.2.1. Marido de uma só mulher
1.2.2. Governar bem sua casa
1.2.3. Criar seus filhos sob disciplina, com toda a modéstia
IV - QUALIFICAÇÕES SOCIAIS
4.1. Deve ser Hospitaleiro
4.2. Não dado ao vinho
4.3.Não contencioso
4.4. Não Avarento
V - QUALIFICAÇÕES ESPIRITUAIS
5.1.Não Neófito
5.2. Bom testemunho dos de fora
5.3. Deve ser Apto para ensinar
5.3.1. Ortopraxia
5.3.2. Ortodoxia
5.3.3. Didática
CONCLUSÃO
PR. Martin
03 58
Q UA L I F I C A Ç Ã O D O M I N I S T R O
2024
INTRODUÇÃO
Por outro lado, para os indivíduos que entregaram suas vidas a Cristo, o
Espírito Santo os ornamentou com dons indispensáveis para o
desempenho de funções específicas na Sua obra, como Ele quis, por Sua
soberania. Jesus falou como o Espírito Santo administra essa distribuição:
de acordo com a capacidade de cada um, como está escrito: “E a um deu
cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua
capacidade, e ausentou-se logo para longe” (Mt 25.15). Doutra banda,
olhando pelo prisma da parábola, observa-se que esses “talentos” não
pertencem a quem os recebem (ninguém pode administrá-los ao seu bel
prazer, ou renegá-los), mas devem ser usados prudente e diligentemente.
Os teólogos dividiram essas dádivas espirituais entregues aos cristãos em
três categorias: dons de serviço, dons espirituais e dons ministeriais. A
seguir, as relações mencionadas na Bíblia:
a) Dons do serviço cristão (Rm 12.6-8), que são dados para que haja
cuidado e crescimento da comunhão entre os irmãos, igualmente
chamados de "Dons da Graça": profecia (não deve ser confundido com as
manifestações proféticas veterotestamentárias, nem com o dom
espiritual (1 Co 12.10) ou tampouco com o dom ministerial homônimo (Ef
4.11), ministério, ensino, exortação, liberalidade, liderança, misericórdia.
c) Dons ministeriais (Ef. 4.11), são aqueles concedidos pelo Senhor para “o
aperfeiçoamento dos santos… para edificação do corpo de Cristo” (Ef
59
Q UA L I F I C A Ç Ã O D O M I N I S T R O
2024
4.12): apóstolo, profeta, evangelista, pastor, mestre. Para os fins deste
singelo estudo, reveste-se essa categoria na mais importante, haja vista
que nosso foco será a chamada divina para ser pastor (denominado
também, na Bíblia, como bispo, presbítero ou ancião).
1. QUALIFICAÇÃO MINISTERIAL
60
Q UA L I F I C A Ç Ã O D O M I N I S T R O
2024
“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível,
marido de uma só mulher, vigilante, sóbrio, honesto,
hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho,
não espancador, não cobiçoso de torpe ganância,
mas moderado, não contencioso, não avarento; que
governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos
em sujeição, com toda modéstia (porque, se alguém
não sabe governar sua própria casa, terá cuidado da
igreja de Deus?); não neófito, para que,
ensoberbecendo-se, não cai na condenação do
diabo. Convém também que tenha bom testemunho
dos que estão de fora, para que não caiam em
afronta e no laço do diabo”
(1Tm 3.2-7).
Assim, por questões didático-pedagógicas, dividiremos as qualificações
estabelecidas pelo apóstolo Paulo em quatro partes:
61
Q UA L I F I C A Ç Ã O D O M I N I S T R O
2024
Paulo sabia muito bem que a reputação precede a pessoa, por isto esta
qualidade por ele apontada ressai imprescindível ao ministro, referência
de servo fiel ao Senhor na igreja, razão pela qual escrevendo aos coríntios,
ensina: “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que,
pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar
reprovado“ (1Co 9.27) e, noutro lugar, arremata: “Não dando nós
escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja
censurado; Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis
em tudo (2Co 6.3.4). Assim, a questão primordial que emerge é: somos
irrepreensíveis? Nosso padrão, diante da nossa família, da igreja e do
mundo, é de fidelidade total ao Senhor? Sabemos que Deus é fiel. Isso é
uma realidade. Mas nós, somos fiéis? Paulo diz que Deus o reputou por
fiel e, por isso, colocou-o no ministério (1Tm 1.12).
2. BRIDGES, James K..
TRASK, Thomas E. (org). 2. QUALIFICAÇÕES FAMILIARES
O Pastor Pentecostal. 1ª
ed., Rio de Janeiro:
2.1. Marido de uma só mulher
CPAD, 1999, pp. 110,111.
Há quem defenda que esse texto diz respeito a que o ministro não deveria
se envolver com poligamia. Será? A Bíblia não deixa suficientemente claro
que a poligamia é pecado e leva ao inferno? Por óbvio! Os melhores
exegetas da Bíblia compreendem, de maneira solar, que a orientação de
Paulo, neste caso, é que o divorciado não seja pastor. O teólogo
americano James K. Bridges, ao comentar esse versículo, afirma: “Os
líderes da igreja não deviam se divorciar e casar de novo. À medida que
nossa sociedade avança em seu declínio moral, a necessidade de
casamentos e famílias exemplares é cada vez
2
maior” . Sem dúvida, essa era a visão que o apóstolo
Paulo externava para o rebanho do Senhor, na
esteira da pureza familiar e social. Ora, sabe-se que
existem muitas dificuldades entre casais e famílias
no seio da igreja e, por tal razão, o pastor deve ser o
modelo para poder aconselhar os que estão
desajustados. Como alguém que não soube resolver
os seus problemas conjugais terá autoridade para
orientar uma família, bem como uma igreja?
2024
2.2. Governar bem sua casa
Apesar de tudo, o marido não é mais especial para o Eterno do que sua
esposa e filhos. O preço de sangue que Jesus pagou foi o mesmo por
todos. A diferença está na posição hierárquica que o Todo-Poderoso
colocou cada um na família. Ocorre que, caso não exista submissão na
família, não haverá família. Aliás, Jesus disse que uma casa dividida contra
si não subsistiria (Mc 3.25).
Um pastor que tenha ao seu lado uma esposa triste e filhos infelizes,
jamais poderá ser considerado obreiro aprovado, pois deixou de cumprir
sua missão precípua: cuidar e salvar sua própria família (projeto cumprido,
com louvor, pelo patriarca Noé).
A Bíblia diz que o pai deve exercer liderança sobre os filhos (Ex 20.12; Dt
21.18-21; Mt 15.4; 19.19; Mc 7.10; Ef 6.2) e que eles são como flechas nas
mãos do valente (Sl 127.4). Isso conduz a duas conclusões: 1) O pai precisa
ser valente para exercer a liderança, pois deverá deixar herança para seus
63
Q UA L I F I C A Ç Ã O D O M I N I S T R O
2024
filhos (Pv 13.22; 2Co 12.14) – e principalmente um bom nome, a maior
herança (Pv 22.1); também deverá ser valente para protegê-los (Lc 11.21),
para suprir suas necessidades materiais (Lc 11.11; 15.17), para cuidar nas
doenças (2Sm 13.5), bem como para interceder por eles e instruí-los no
caminho do Senhor (1Sm 1.27; Jó 1.5; Pv 22.6; Ef 6.4). 2) Em segundo lugar,
a liderança do “valente” deve ser capaz de “lançá-los” bem mais longe que
os pais foram, afinal de contas são como “flechas nas mãos do valente”,
que seguem adiante. As flechas sempre vão além do arqueiro, rumo a um
alvo que este não consegue alcançar. Isso fala sobre o futuro.
Entretanto, os pais não devem irritar os filhos (Cl 3.21), querendo que os
filhos realizem os projetos que os pais não conseguiram atingir, ou
exigindo condutas que não concretizaram. É de se observar, igualmente,
que a autoridade sobre os filhos deve ser exercida em amor, com
comedimento, sem humilhações… “com toda a modéstia”, como diz Paulo.
Na esteira deste mandamento, há outra recomendação imprescindível.
Está escrito: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os
na doutrina e admoestação do Senhor” (grifo acrescido - Ef 6.4). A parte
final do versículo mostra pesar sobre os pais o sacerdócio do lar, ou seja,
os pais não podem ser um “barril de pólvora” na família, todavia como
sacerdotes devem ofertar uma educação de qualidade aos seus filhos,
baseada na palavra de Deus, e também possuem a obrigação de
repreender (admoestar) os desobedientes.
Mas qual é o limite da disciplina dos pais? A correção do filho deve ser
correspondente ao erro... justa, portanto. A disciplina deve ser sentida,
porém não pode ferir, pois isso seria pecado do pai ou da mãe. O
mandamento de “amar ao próximo” alcança também os filhos.
2024
3. QUALIFICAÇÕES PESSOAIS
3.1. Vigilância
Quase dois mil anos são passados, e aqui estamos nós, no Século XXI,
esperando novamente a vinda do Messias, mas será que daremos a Ele
uma “recepção” igual à dos judeus? Jesus perguntou se, quando voltasse,
encontraria fé na Terra (Lc 18.8). A advertência para que vigiemos para Sua
vinda é veemente na Bíblia: “E as coisas que vos digo digo-as a todos:
Vigiai” (Mc 13.37). Por isso, ao concluir o Apocalipse, o Senhor disse, três
vezes, “cedo venho” (22.7,10,20). Devemos ficar vigilantes, preparando a
Noiva do Cordeiro… esperando Jesus para hoje! Maranata!
3.2. Sobriedade
2024
usar as coisas e amar as pessoas, e nunca fazer o contrário. A sobriedade
de um ministro torna-o confiável ao ministério, ao rebanho, bem como às
pessoas do mundo. A Bíblia ainda recomenda: “Mas tu, sê sóbrio em tudo,
sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.”
(2Tm 4.5). Ou seja, o bom ministro do evangelho, em todas as coisas, em
todo o tempo, age com sobriedade.
3.3. Honestidade
2024
melhores amigos… No fim da história, porém, todos sabemos, pois está
escrito: “E, depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos
e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. Então, morreu Jó,
velho e farto de dias” (Jó 42.16,17). Ele suportou a injustiça, mas
em face de sua inocência, o Altíssimo restaurou sua honra e
reputação. Cedo ou tarde, a verdade triunfará na vida de quem é
ministro fiel.
2024
Não deve haver lugar no púlpito para os “cobiçosos de torpe ganância”,
ou seja, pessoas que, agindo com torpeza, levam os incautos a serem
contrários àquilo que é o certo, causando a inversão dos valores,
conduzindo-os a querer possuir tudo o que se admira, para si mesmos…
Esse desejo exagerado, desenfreado, de obter riquezas materiais é terreno
fértil para a atuação de Mamom.
3.6. Moderado
Por óbvio, o ministro pode e deve desejar dias melhores para ele próprio,
sua familia e para a igreja do Senhor, inclusive estimular seus ouvintes a
buscarem posições sociais destacadas, cujas remunerações sejam
maiores… Igualmente ressai importante que o pastor oriente ao povo de
Deus a agir com coragem, como fez Deus com Josué, mas sem nenhuma
ira no coração. Como regular tudo isso? A moderação, equidade,
amabilidade, gentileza. Esse ímpeto, em regra, abriga-se com mais
facilidades nas emoções dos mais jovens, por isso Paulo diz: ”Exorta
semelhantemente os jovens a que sejam moderados” (Tt 2.6). Entretanto,
a advertência pelo comedimento em todos os sentidos é regra que se
impõe a todos os que desejam integrar o santo ministério episcopal.
4 - QUALIFICAÇÕES SOCIAIS
68
Q UA L I F I C A Ç Ã O D O M I N I S T R O
2024
4.2. Não dado ao vinho
4.3.Não contencioso
2024
Deus não tem interesse no sucesso, mas na
obediência. Caso se obedeça a Deus e haja
disposição para sofrer derrotas e o que mais
surgir no caminho, Deus mostrará um tipo de
sucesso que o mundo não é capaz de imaginar.
Mas esse é o caminho estreito, e poucos iriam
atravessá-lo”4.
Diante do fato de João Batista ser obediente, e não visar o sucesso
humano, quando surgiram os primeiros sinais de ciúmes nos seus
discípulos, haja vista o crescimento do Ministério de Jesus, o maior profeta
do tempo da lei colocou "panos quentes": convém que eu diminua e ele
cresça. Aliás, João vaticinara anteriormente que não seria digno de,
sequer, desatar as correias das sandálias de Jesus. Como sofre menos
dramas emocionais aquele que é obediente!
Paulo deixa claro que o avarento não tem parte no Reino de Deus, (Ef 5.5;
4. ERIC, Metaxas.
1Co 6.9,10), quanto mais no santo ministério. Aliás Jetro, o sogro de
“Bonhoeffer - Pastor,
Mártir, Profeta, Espião” Moisés, aconselhou que, para compor o corpo de “ministros” auxiliares,
(iBook), 1ª ed. eletrônica, seu genro escolhesse “homens capazes, tementes a Deus, homens de
São Paulo: Mundo verdade, que odeiem a avareza” (Ex 18.21). Observe-se que os auxiliares
Cristão, 2012, p. 323. de Moisés deveriam odiar (hb. sane'), de modo completo e absoluto, o
desejo de possuir desenfreadamente bens materiais.
70
Q UA L I F I C A Ç Ã O D O M I N I S T R O
2024
da igreja primitiva, e, para tanto, ofereceu dinheiro aos apóstolos, ao que
Pedro lhe respondeu: “O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois
cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte
nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus”
(At 8.20,21). O ministro do evangelho deve ser um elo entre Deus e as
pessoas que lhe cercam ou que façam parte de seu convívio pessoal,
colocando sempre, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça,
nunca o dinheiro. Se isso se der, – o dinheiro for a fonte de inspiração das
ações – o coração desse tal homem não será reto diante de Deus e,
portanto, não estará apto para o ministério.
5. QUALIFICAÇÕES ESPIRITUAIS
5.1.Não Neófito.
2024
Paulo assevera, ademais, que esse cuidado mostrava-se indispensável
para que esse crente imaturo, ao ser alçado precocemente aos lugares de
decisão da igreja, não viesse a ficar cheio de soberba, igual ao Diabo. A
ideia paulina, aqui, visa poupar a igreja de sérios danos pela ação
impulsiva, desmedida, inconsequente, de alguém que não teve sua
formação ministerial concluída. O próprio Jesus fez um curso intensivo
com seus discípulos por três anos e meio e, ainda assim, um deles o traiu
(Judas), outro o negou (Pedro), um terceiro não sabia que Ele e o Pai eram
Um (Filipe) e outro ainda era quase agnóstico (Tomé). Imaginem se Jesus
não os tivessem treinado... A verdade é que é melhor não ter obreiros, do
que obreiros mal formados.
72
Q UA L I F I C A Ç Ã O D O M I N I S T R O
2024
5.3. Deve ser Apto para ensinar
5.3.1. Ortopraxia
5.3.2. Ortodoxia
2024
têm utilizado o poder das ondas de rádio e televisão,
bem como uma pletora de livros e fitas criteriosa e
agradavelmente embalados, a fim de atrair suas presas
para o jantar. E os desavisados têm sido chamados a
amar não o Mestre, mas aquele que está na mesa do
Mestre.
(…)
Para evitar esta crise, precisamos mudar nossa
percepção de Deus como um meio para se chegar a
um fim, reconhecendo que Ele é um fim em si mesmo.
Precisamos mudar a teologia baseada em perspectivas
temporais para uma teologia alicerçada sobre verdades
eternas”6.
2024
O Senhor Jesus, por exemplo, dedicava-se bastante ao ensino. Claro, ele
não precisava estudar as escrituras, pois ele é palavra encarnada, todavia
tinha momentos bastante acentuados de oração, às vezes, à noite inteira,
para sempre estar em comunhão constante com o Céu e, assim, quando
abrisse a sua boca, o dito do Senhor alcançasse as mentes e os corações e,
não por acaso, em certa ocasião, os soldados que foram enviados para
prendê-lo, voltaram sem nada fazer ao sacerdotes e justificaram sua
inércia, dizendo: nunca homem algum falou como Jesus (Jo 7.46). Seu
segredo, sem dúvida, era porque cumpria perfeitamente todos os
requisitos estabelecidos pelo Pai, dentre os quais, a oração.
75
Q UA L I F I C A Ç Ã O D O M I N I S T R O
2024
e os critérios do Altíssimo, que dá a capacitação e chama para o
ministério.
76
SUMÁRIO
Te m a d o A n o e P r o s p e r i d a d e d a I g r e j a
AULA 1
TEMA DO ANO
2024 - TEMPO DE AMPLIAR A NOSSA
TENDA E FIRMAR BEM AS ESTACAS
AULA 2
77
AU L A 1 - F I R M A R E S TAC A S
2024
Texto: Is 54.2
Fortalecer a Base da Igreja: At 6.1-7
2024
· De que maneira os apóstolos procuraram resolver?
· Quero destacar alguns detalhes para a nossa reflexão:
Nos versículos 3 e 4 está a solução:
· A Igreja não poderia parar de crescer:
A ministração da palavra é um dos motivos do crescimento da Igreja, em
todos os sentidos.
A escolha de pessoas capacitadas para exercerem cargos na Igreja, é outro
motivo.
· Todas as decisões tomadas pela direção da Igreja, devem resultar em
solução de paz e não de confusão.
· Numa Igreja onde prevalece a paz, a tendencia é crescer.
· Vamos falar um pouco a respeito da escolha de pessoas capacitadas para
servirem na Igreja.
· Vamos enumerar os critérios de acordo com o texto.
· Se queremos prosperar temos de solidificar a nossa base, observando
pontos importantes.
· Isso só é possível quando priorizarmos a oração e a
ministração da palavra.
· A Igreja primitiva passou por alguns desafios
· No livro de Atos 6.1-7 temos exemplos de uma solução
que impediu a ação do inimigo da Igreja.
· A Igreja precisa de líderes e obreiros não somente
capacitados e sim comprometidos com a sua chamada.
79
AU L A 2 - P R O S P E R I DA D E DA I G R E JA
2024
Texto: Ne 2.20
78
AU L A 2 - P R O S P E R I DA D E DA I G R E JA
2024
Por que fomos escolhidos?
O que foi visto em nós para termos sido escolhidos?
O que podemos dizer, é que o Senhor Jesus tem seus próprios critérios
para a escolha.
81
AU L A 2 - P R O S P E R I DA D E DA I G R E JA
2024
· Durante a reconstrução dos muros de Jerusalém, foram muitos os
desafios de várias natureza ou artimanhas.
· Neemias conseguiu, equilibradamente vencer e concluir a obra.
· O livro de Neemias nos mostra algo muito interessante: não somente os
muros de Jerusalém foram restaurados.
· Jerusalém e seus moradores voltaram a viver em segurança.
· Os benefícios foram sociais e espirituais.
· O Deus dos céus nos garante a prosperidade
82
INSCRIÇÕES ABERTAS
IMPACTO
2024
URO.
SEU CHAMADO, SEU FUT
FACULDADE
CRISTÃ DECURITIBA