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SÃO CARLOS
2020
~ ..
I
I
Departamento de Estruturas
TLA
1- INTRODUÇÃO 01
1.1- A Função das Estruturas 01
1. 2- Definições Básicas Ol
1. 3- Estruturas Lineares 02
1. 4- Estruturas Laminares 10
1.5- Estruturas de Blocos 13
1. 6- Exercicios Propostos 15
3~ ARCOS I
I 36
"-.__/
4- TRELIÇAS/ 52
í''•
~6- PILARES 87
BIBLIOGRAFIA 160
1- INTRODUÇÃO
1
-Quando duas dimensões são da mesma ordem de grandeza e
muito menores que a terceira dimensão, tem-se o elemento
estrutural linear denominado barra.
-Quando duas dimensões são da mesma ordem de grandeza e
muito maiores que a terceira dimensão, tem-se o elemento
estrutural de superficie, que pode ser denominado folha, placa,
chapa ou casca.
-0 elemento estrutural que tem as três dimensões da
mesma ordem de grandeza é denominado bloco, sendo um elemento de
volume, em que não há predominância de uma dimensão sobre as
outras.
2
3 - Barra reta
Barra com eixo retilineo.
4 - Barra curva
Barra de eixo curvilineo.
5 - Barra prismática
Barra reta de seção transversal constante.
6 - Viga
Estrutura linear disposta horizontalmente com um ou mais
apoios.
7 - Viga em balanço
Viga com um só apoio, necessariamente um engaste fixo.
9 - Viga biengastada
Viga com dois apoios engastados.
12- Viga-balcão
Viga cujo eixo, curvo ou poligonal, se situa em um plano fora
do qual agem as ações.
13- Viga-coluna
Viga com solicitações de flexão e de compressão.
14- Viga-armada
Viga constituida por uma barra em que os esforços solicitantes
3
predominantes são momentos fletores e por outras barras em que
só há esforços normais.
20- Treliça
Estrutura linear constituída de barras retas.
23- Tirante
Barra reta em que os esforços solicitantes predom1nantes são
forças normais de tração.
24- Montante
Barra vertical das treliças ou das vigas Vierendeel, ou ainda,
barra vertical em que o esforço solicitante predominante é uma
força normal de compressão.
4
~ i l ~
~
alEm &lanço g) Viga-Coluna
~ ~ l
~
n47 :::6._
/77'77
b) Simplesmente Apoiada
~f ~
•~
ESCORA'
c) Biengastoda
~r;<=.
~ l l ESC~AS
h l Armadas
'2:::
77777
~
.T7777
::A..
/7777 COROA OU
l :.E! l -:zs:: ~
l
/"777'7
~
?77'77
+ ~
:A.
77777
l )
7
COROA OU
ldÓNTANTES
A
l l:z:: l :z:: + ::A
77'777 77777 77'777
---
t.aESA INFERIOR
l
j l De Alma Cheia
~*
lK l :zs:+ l
77777? /77777
~ MESA
e l Contthuas ALMA
k l De Alma Vazada
,-COROA OU BANZO
MONTANTEs
f l Balcão
!1 Treliçada
Figura 1.1- Esquemas Estruturais das Vigas
5
25- Escora
Barra reta, com eixo disposto não necessariamente na vertical,
em que os esforços solicitantes predominantes são forças
normais de compressão.
26- Diagonal
Barra com o eixo coincidente com a diagonal de um painel.
27- Painel
Trecho de uma estrutura linear compreendido entre dois
alinhamentos consecutivos de montantes.
28- Nó
Junção das extremidades das barras de uma estrutura linear.
29- Tesoura
Treliça plana destinada ao suporte de uma cobertura.
6
Tesoura Triangular
Tesoura Trapezoidal
35- Pórtico
Estrutura linear plana, com solicitações coplanares que, não
sendo consti tuida de barra única de eixo teoricamente
retilíneo, não recai na categoria de arco, cinta, viga ou
treliça.
36- Andar
Trecho de um pórtico compreendido entre dois níveis
consecutivos de vigas.
37- Fio
Barra que só pode resistir a solicitações de tração segundo seu
eixo.
7
38- Cabo
Conjunto de fios.
40- Malha
Conjunto de barras contiguas limitando uma região fechada do
plano.
41- Rede
Estrutura linear não plana, cujas barras se dispõem de modo que
seus eixos se situam em uma superficie homeomorfa do plano.
43- Grelha
Estrutura linear plana formada por barras que se cruzam e
recebem solicitação não coplanar.
44- Cinta
Barra curva que envolve um corpo e na qual os esforços
predominantes são forças normais de tração.
45- Arco
Barra curva em que os esforços solicitantes predominantes são
forças normais de compressão, agindo simultaneamente ou não,
com momentos fletores.
8
a) Deslocáveis - Simples
b) Indeslocáveis -Simples
~.,. n. ,., n. ~ n
,
" ~
9
Figura 1.4 - Grelhas
10
próprias Teoria das Placas, Teoria das Chapas e Teoria das
Cascas - que resultam de simplificações adequadas da Teoria da
Elasticidade. Definições e esquemas das principais estruturas
laminares são dadas a seguir:
- Lâmina
Corpo em que uma das dimensões é muito menor do que as outras
duas.
- Folha
Estrutura constituída por uma ou mais lâminas.
- Folheto médio
Superfície média de uma folha.
- Plano Médio
Folheto médio de uma folha plana.
- Chapa
Folha plana sujeita a esfoços apenas em seu plano médio.
- Viga-parede
Chapa ~isposta verticalmente sobre apoios isolados.
- Placa
Folha plana sujeita principalmente a esforços fora do seu plano
médio.
- Laje
Placa de material litóide.
- Casca
Folha curva sujeita a esforços no seu plano médio.
- Membrana
Casca sujeita a esforços apenas nos planos tangentes ao seu
folheto médio.
11
a ) Chapa b) Viga Parede
l
c) Placa , Laje d) Casca Cilíndrica, Aboboda
12
- Casca cilindrica
Casca cujo folheto médio é cilindrico.
- Abóboda
Casca cilindrica sujeita principalmente a esforços normais de
compressão.
- Cúpula
Casca de dupla curvatura sujeita principalmente a esforços
normais de compressão.
- Folha poliédrica
Folha constituida por lâminas planas.
- Folha prismática
Folha poliédrica de arestas paralelas.
13
Quando necessário, costuma-se construir estacas ou
tubulões, até a profundidade onde se consegue transmitir as ações
ao solo, e sobre estas estacas ou tubulações constróem-se blocos
de concreto, para unir entre si estes elementos e para distribuir
melhor as ações aplicadas.
14
1.6- Exercícios Propostos
a-Sistema Estrutural
b-Elemento Estrutural
c-Elemento de Barra
d-Elemento de Superfície
e-Elemento de Volume
15
2- FIOS E CABOS
16
Acredita-se que o emprego destas cordas antecessoras f
17
Como exemplo pode-se analisar o cabo da figura 2.1,
submetido a uma força P, vertical, sendo desprezado o peso
próprio ao cabo.
VA -- VB = V = P/2
HA -- HB -- H = P~/4f
Como observação adicional, cabe observar que a
expressão que determina o empuxo H, pode ser entendida corno o
valor do momento que a força P despertaria, em urna viga
s1rnplesrnente apoiada com o mesmo vão do cabo, dividido pela
flecha. Este é o principio da viga de substituição, que possui
largo emprego em problemas de engenharia.
O esforço
-- - de tração T pode ser calculado fazendo:
---·----~----
T = V/sen~ = VL/f
--._---------~~ --·
Quando duas ou mais forças são aplicadas (fig. 2.2) é
possível usar o mesmo princípio, pois em'cada ponto de aplicação
das forças é possível fazer M = O, ou seja:
18
i
~
VB = + (
'l-
p
11
.t + p
22
.t + p .t )
33
vA = p 1 + p
2
+ p
3
- vB
e conseqüentemente:
TA = VA LAC /f C
De maneira análoga:
19
Os esforços no cabo, entre os pontos C-D e D-E podem
ser obtidos pelo equilibrio dos nós C e E, que fornecem ( flg.
2. 2. a):
Hc = HA = HD = HE = HB = CTE.
vc = VA p = LlH
1 1
VE = p 2 - LlH 1
= HL DE /(fD
20
T T
~----------------------------------~+ ~------~t~~~~
/ l(
It
t
I
~y
Figura 2.4- Cabo sob Ação Distribuida segundo o vão
v = p-t/2
H = p-t 2 /8f = c te
T = /vz+Hz' = valor máximo, uma vez que v é o maior
valor do cortante na viga de substituição.
"~ I r I I r_p_--------.--
N dx ~
H+dH Jy
T+dT
V+dV
21
Pelas equações de equilíbrio;
dH = O
Portanto H é constante, como já se sabia.
dV + pdx =O
ou de outra forma:
p = -dV/dx
e finalmente:
y"= (dV/dx)/H
y" = -p/H (a )
y = -px 2 /2H + C
1
X + C
2
Deste modo:
y = px(-t-x)/2H (b)
22
especifica de carregamento.
Fazendo na equação (b), x = ~/2, encontra-se y =f e:
H = p~ 2 I 8 f (c )
B
f:f J[
A
2
1 + ( y ' ) I 2 ] dx
( d)
ou lntroduzindo de (c):
8f = p~ 2
/H
Portanto:
Logo:
23
Obtendo a flecha final na pos1ção de equilibrio:
(f)
Exemplo de aplicação:
Resolução:
Pela equação ç_:
2
Ho = p~ 2
/8f = 10x40 /8x4 = 500kN
V = p~/2 = 200kN
T
0
= 538,5165 kN (valor máximo)
s
1
= 41,6196m
f
1
= 4,9289m
24
la. ITERAÇÃO:
H
1
= 405,7734kN < 500kN = Ho
-,~-
---J
e,!{- ,,
\
= 452,3849kN '"
~
T T --'
1 o
b.S
2 = T 1 s 0 /EA = 0,4644m < b.S
1
s
2 = 41,·5311m < s1
f
2 = 4,7929m < f1
2a. ITERAÇÃO:
H
2 = 417,3261kN > H1
T
2 = 462,7755kN > T
1
As
3 = 0,4751crn I~ s~/l~~
s
3 = 41,5418m ~ s
2
f
3 = 4,8091m ~ f
2
H
3 = 415,88kN ~ H
2
T
3 = 461,47kN ~ T
2
As
3
= 0,474m ~ As -
2 -
l::, Se/é
s
4
= 41,540rn ~ s
3
f
4
= 4,807m ~ f
3
25
2.3- Cabo com apoios desnivelados
Nestas suspensões, a melhor maneira de chegar à solução
é imaginar o cabo prolongado até um apoio ficticio, nivelando o
cabo, e permitindo resolvê-lo como no exemplo anterior. Como
aplicação, pode-se imaginar a estrutura do exemplo anterior,
porém com um apoio deslocado:
/p( FICTÍCIO}
* * Tlfrr-,
LJ_oq_t_j
f=4,8 m
VA = 200kN
HA = HB = H = 415,88kN (constante)
TA = 461,47kN
VB = p~ - VA = 10x30 - 200 = lOOkN
e, portanto:
= 427,74kN
s ~ 30,91m
26
respectivos, basta recalcular a nova configuração de equilibrio,
e os novos valores das reações dos apoios.
I dx ~~::::
~V+dV
dV = -pds
V/H = dy/dx = y•
y" = (ds/dx)/a
27
Pode-se escrever: y" = (/l+(y' )2' /a
Rearranjado-se as variáveis:
y = a.Ch(x/a) + c
2
y = a.Ch(x/a)
28
y
-t- ~-------
f
o X
ds = y".dx.a
s = y' .a = a.Sh(x/a)
y = a.Ch(x/a)
s = a.Sh(x/a)
2 2 2 2 2 2
y - s = a [ch (x/a) - Sh (x/a)J= a
Portanto: y 2 = s 2 + a 2
29
O esforço no cabo, possui seu valor máximo nos
apoios dado por:
T = PY
que permite calcular a tração no cabo em um ponto qualquer. Para
determinar a tração máxima basta fazer: y = y má x = a + f, por-
tanto:
T ,
max
= p(a+f)
Como aplicação, pode-se resolver o exemplo anterior,
quando do estudo da suspensão parabólica porém, com a
d1stribuição da ação p segundo o comprimento do cabo,
encontrando-se com:
y = a.Ch(x/a)
x = -t/2 = 20m
y =f + a = aCh 20/a ou então:
f/a + 1 = Ch 20/a
s = a.Sh(-t/2a) = 20,5237m
30
S = 2s = 41,0475m (diferença de 0,05%)
31
p= 6,75 N/m
++Iiiii!Jlllll~ ·
~<~~---~=t,7,75m
I
f,. 380m !
I 2'
Pp = /P o2 + pv = 23,5N/m
Considerando o fio indeformável:
T Dv
v Do
POSIÇÃO FINAL
33
parabólica e compare os resultados. Considere fio inextensivel.
Resposta: Trnáx = 158kg
s = 502,3m
2~ Um
..\_/ fio de cobre (densidade 8, 5) tem 180m de comprimento e
2
resiste a urna tensão máxima de 6 kN/crn . Pede-se o maior vão que
o fio suporta e a flecha minirna.
Resposta: ~máx = 179m
f = 6rn
F~
\ 3) Determinar a altura dos postes de urna linha de transmissão,
'~
com 380m de vão, a ser executada com fio de aço com 10rnrn de
diâmetro, que resiste a urna tensão de 20kN/cm 2 e deve ficar no
minimo a 15m do chão.
a- Considerando apenas o peso próprio do fio.
b- Considerando também uma ação do vento de 2,5 kN/m 2 .
Resposta: ha = 22,75m
hb = 40,9m
~
\~) Um fio de aço é suspenso em um vão de 30m, sendo a flecha de
30cm, a densidade do aço y = 7 85,
I o coeficiente de dilatação
linear a = 11,2x10- 6
e o módulo de elasticidade E = 2x10 4 kN/cm 2 .
34
relação ao apoio mais baixo.
Resposta: T = 15,6 kN
6) Que flecha deve ter um cabo, que pesa q kg/m, para vencer um
vão ~, com apoios no mesmo nível, para que o mesmo flque
submetido ao menor esforço normal possível? Qual será o valor do
esforço normal máximo que ocorre nesta situação? Obs.: Utillze as
equações da catenária.
Resposta: fmin = 33,8%~
T ' = o 7 55q~
I
max
35
3- ARCOS
36
O mesmo princípio evolutivo conduziu a adoção da parte
superior em urna configuração curva, que permite que todos os
elementos que formam o arco fiquem solicitados por esforços de
compressão.
~ H~~
I
R
v
37
Durante a idade média, o arco permitiu a construção de
catedrais, mesquitas e demais templos, além de continuar a ser
empregado em pontes e aqueodutos.
Com o advento do aço e do concreto armado, os vãos dos
arcos aumentaram, mas sua aplicação continuou, em pontes,
viadutos, construções industriais, desportivas e em templos
religiosos.
Quanto ao comportamento estrutural, os arcos podem ser
assimilados a um cabo invertido, onde ao invés de tração, vão
ocorrer esforços de compressão e em alguns casos também de
flexão.
Quanto à forma, os arcos podem ser classificados em
parabólicos e circulares, que são as mais utilizadas, sendo
possível estabelecer também formas em elipse ou catenária.
Utilizados para vencer grandes vãos, os arcos são
caracterizados por apresentarem peso próprio relativamente
pequeno quando comparados com outros elementos estruturais. Esse
fato é motivado pela diminuição dos momentos fletores atuantes
nas seções transversais, resultante de sua forma e de seus
sistemas estruturais. Por outro lado, como conseqüência dessas
características, a estrutura apresenta uma grande flexibilidade,
não sendo adequada para suportar grandes ações horizontais.
2) arcos hiperestáticos:
a) com uma articulação
b) biarticulados
c) atirantados
d) engastados
Os arcos hiperestáticos são, em geral, mais econômicos
quando comparados aos triarticulados, porém os esforços
38
solicitantes nos arcos hiperestáticos são modificados por
recalques de apoio e variação de temperatura. Entre os arcos
hiperestáticos, o mais econômico é o engastado: sua construção é
aconselhável quando não há possibilidade de recalques nos apolos.
Quando são previstos grandes recalques nos apoios recomendam-se
os arcos triarticulados e os atirantados.
Em casos intermediários, com previsão de pequenos
recalques recomendam-se os biarticulados e os atirantados. Os
arcos biarticulados apresentam algumas das vantagens dos
isostáticos e outras dos hiperestáticos: assim, recalques não
mui to grandes 1 na direção normal à linha das articulações não 1
39
Nas grandes construções, o peso próprio da estrutura
representa a maior parcela das ações que atuam sobre os mesmos, e
as caracteristicas do solo da fundação geralmente determinam o
tipo de arco a ser escolhido. Procurando coordenar esses dois
fatores, aliados a um esquema mais econômico de funcionamento
para a estrutura, utilizam-se atualmente arcos de funcionamento
m1sto, cujo processo construtivo é o s&guinte:
Constrói-se inicialmente um arco triarticulado
escorado, em seguida retira-se o escoramento. Dessa forma,
resulta que para o peso próprio o arco é triarticulado, e a
fundação é solicitada por grande parte do carregamento total
previsto para a estrutura, provocando-se assim grande parte dos
recalques sem afetar o arco.
Após esse estágio, bloqueiam-se as articulações,
resultando para os acréscimos de carga um funcionamento
hiperestático que poderá provocar agora recalques de apoio
sensivelmente menores.
Em resumo, o arco é isostático . para o peso próprio e
hiperestático para as demais ações.
Os arcos são caracterizados pelo seu vão "L", pela
flecha máxima "f" e pelas alturas llhll de suas seções
transversais.
40
momento fletor nas extremidades, o arco biengastado geralmente
deve apresentar maior altura nesses apoios, diminuindo para os
trechos centrais onde poderá permanecer constante.
Em geral, para os arcos de pequenos vãos, em vista da
simplicidade da execução, é mantida constante a altura em toda
sua extensão.
Nos arcos metálicos, a relação entre a altura h e o vão
L varia de 1 I 60 a 1 I 40 e 1 I 40 a 1 I 30 sendo estes intervalos
utilizados para grandes e pequenos vãos, respectivamente.
A terminologia e as formas mais empregadas para os
arcos estão apresentadas na figura 3.5.
<I
~I
APOIO OU ENCONTRO
_l_
l- vio
-I 1-
vio
-\
a) Maciços ou Cheios b l Treliçados
VÃO
1-
41
3.3- Seções Empregadas
42
3.4- ESTABILIDADE
onde:
N = Esforço de compressãoque atua no arco.
I = Momento de inércia da seção, que nos casos de
variação pode ser calculada para a seção a 1/4 do
vão.
S =Comprimento total do arco
11 = Fator que depende da forma e do esquema estático do
arco, sendo que os valores usuais são apresentados
na tabela seguinte.
43
TIPO DO RELAÇÃO f/-t
FORMA DE
I~' MODO
FLANBAGEM
t t -1
1- -1
a ) GLOBAL - No plano do arco b) GLOBAL- Fora do plano
EXEMPLO 1:
Determinar as reações de apoio e as solicitações
máximas para o arco, de forma circular, representado na figura
seguinte, que possui { = 13,0m; f = 4,39m e está submetido a uma
ação horizontal p = 1kN/m.
44
' f
RESOLUÇÃO:
Inicialmente devemos determinar algumas grandezas
geométricas
Donde:
-~~~-----~
lR = (~ 2 + 4f 2 -fíãf)
~-~-------------/
Substituindo valores:
R= 7,0m
O ângulo ~ tem sua tangente expressa por:
45
Portanto:
HA = p.f = 4,39kN
RA = RB = pf /2~ = 0,743kN
2
NA = 2,33kN
NB = -0,69kN
VA = 3,8kN
VB = -0,28kN
46
Neste caso ocorre um máximo quando
M = 4,8kN.m
Na figura seguinte apresenta-se de forma esquemática os
esforços solicitantes:
EXEMPLO 2:
Determinar as reações de apoio e o momento fletor
máximo para o arco triarticulado representado na figura, com
t=25m; f=10m; submetido à uma ação p=5kN/m.
~
p
t I i I I I i i i I .~ i i t
* *
47
RESOLUÇÃO:
Para as reações de apoio:
RA = RB = p~/2 = 62,5kN
HA = HB = p~ 2 /8f = Mv /f
ou seja, o empuxo, tal como nos cabos, pode ser deierminado pelo
momento da viga de substituição (Mv), dividido pela flecha,
portanto:
(.
HA = HB = 39,06kN ' i
M ~ -34kN.m
y = ax 2 + bx + c
y =O quando x = ~ e:
a~ 2 + b~ = O; Logo: b = -a~
y = f quando x = ~/2 e:
f = a~ 2 /4 + b~/2 = a~ 2 /4 - a~ 2 /2 = -a~ /4
2
48
Donde:
a = -4f/,( 2
b = 4f/,(
c =o
Portanto:
y = -4fx 2 /,( 2 + 4fx/~ = 4f(x/~ - x 2 /~ 2 )
M = RAx 2
- px /2 - HAy =O
Neste caso, M = O para todo o arco, uma vez que a sua
geometria é homotética com o diagrama de momentos fletores da
viga isostática equivalente.
É notável como a engenharia antiga resolveu o problema
dos grandes vãos com os arcos e as abóbadas. Pura intuição
estática, pois as grandes construções greco-romanas precederam de
muitos anos os principies básicos da Estática -- não dispunham de
materiais com razoável capacidade de resistência à tração: as
alvenarias somente suportam satisfatoriamente
de esforços
compressão. Era portanto imperativo evitar os momentos fletores,
o que conseguiram por intermédio dos arcos e das abóbadas,
conforme a teoria veio comprovar muitos séculos mais tarde.
49
12m 12m
Resposta: V = 22,5kN
H = 15kN
y = x 3 /1350 + x 2 /15 + 3x/2
2kN/m
ftrrifurrv·~ lt
I~ 15m 15m
~I
50
3-Determinar as reações de apoio e os diagramas
de esforços solicitantes, para o arco circular da figura.
5,38m
5m 5m
20m
51
4- TRELIÇAS
52
p p
MODELO A MODELO B
53
P ( NEWTONSl
30 r------.----~~----.------.------.----
+ MODELO A
o MODELO B
15
15 30 45 60 75 90 ~(GRAUS)
54
Pu
---
2
=N sen e ou
Pu = 2N sen e
Assim:
Nf{ = c1 cos
2
e;c 22 = c3 cos
2
e
onde c é outra constante.
3
55
0,8 .,_---,----,---~----,----,-----,
/~
0,7 1-----t------(++----ri~\---+-----'-t--------1
0,6 ~1/---+----t---.,-1+-----'1!\---+-------+--------i
0,5 .,..__-11---+-----l--t------t---+-----1
I i \ I
0,4 1-----,/f+-----+---+-ft------t--+\-t-------1
0,3 1----1---/-+--+----+-i t--+---\---t------1
\
0~...._-~----+-~~----~--~~--~
1 I \
J
0,1...._-~---+--+-+---+---+--~
: I
I I I
15 30 36 45 60 75 90 9 (GRAUS)
56
Com chapas de ligação:
então:
57
o l TIPO 1 b) TIPO 2 c) TIPO 3
Tipo
de Força de Ruptura Eficiência relativa
modelo ( N) (N/mm)x100
1 9,3 2,88
2 10,7 2,92
3 22,2 4,90
4 23,6 4,87
5 24,0 5,07
6 27,1 5,04
58
o modelo 1 é semelhante à forma investigada
anteriormente e, novamente a falha se deu por flambagem das
pernas, em curvatura simples.
O modelo 2 é um pouco mais resistente que o modelo 1,
mas a barra adicional não resultou em uma solução eficiente. Para
que esta barra pudesse absorver algum esforço de compressão,
implicaria em evitar, o deslocamento para baixo, da barra
horizontal, que funcionou como viga, com isso, obteve-se um
aumento de 15% na resistência do modelo, porém a eficiência
relativa aumentou apenas 1,4%.
O modelo 3 prevê suporte para as pernas no meio do vão,
reduzindo conseqüentamente seu comprimento efetivo de flambagem e
aumentando consideravelmente sua capacidade de resistência à
flambagem. Isso se dá a despeito de cada barra interna inclinada
não receber nenhuma solicitação, pois .:1 força que atua em cada
perna, proveniente do vértice -- componente nula na direção da
barra inclinada.
Os modelos 4 e 5 comportam-se de maneira similar ao
modelo 3, sendo mais eficiente o modelo 5, comumente chamado
tesoura Fink.
O modelo 6 possui suporte intermediário para as pernas
em dois pontos e por consegüinte produz outra redução nos seus
comprimentos efetivos aumentando as suas resistências à
flambagem, que se apresentou numa forma de ondulação tripla para
o vão ensaiado. Entretanto, esta tesoura não mostra . qualquer
acréscimo em eficiência quando comparada com a tesoura Fink.
Nos ensaios a força foi aplicada somente no vértice do
triângulo. Neste caso a função primária das barras internas era
apenas de estabilizar as pernas. Na prática, as ações são
aplicadas em diversos pontos, inclusive no banzo inferlor.
Conseqüentemente, para evitar a flexão das barras, necessitam ser
criados nós nestes pontos, pela inclusão de mais barras
secundárias, como nos modelos 3,4,5 e 6.
59
4.3- OUTROS TIPOS DE TRELIÇAS
RESOLUÇÃO:
Como a estrutura é externamente isostática, pode-se
usar as equações de equilibrio. Deste modo:
60
p P/2
~.:c 16 o
t: 4 X 2m : 8m Ir'\
I
1------"'-~_______::_;____----l•
VA = VB = 2P
HA = HB = O
As solicitações nos montantes podem ser obtidas em
função da análise do esforço cortante em cada painel:
Barras 1 e 5: N = V = 2,0P
Barras 2 e 4: N = 1,5P
Barras 3: N =P
Todos os montantes são comprimidos.
61
Barras 11; 12; 14 e 17: N = 1,5P
Barras 15 e 16: N = 3P
Quanto ao sinal, como o momento utilizado é positivo,
teremos tração nas barras inferiores (11 e 12) e compressão nas
superiores (14, 15, 16 e 17}.
As solicitações, com seus respectivos sinais ( + para
tração; -para compressão), estão mostrados na figura seguinte.
Reações de apoio:
VA = VB = 2,0P
HA = HB = O
Nos montantes:
Barras 1 e 5: N = -0,5P
Barras 2 e 4: N = +0,5P
Barra 3: N =O
Nas diagonais:
Barras 6 e 9 : N = -2,12P
Barras 7 e 8: N = -0,71P
Nos Banzos:
Barras 14 e 17: N =o
Barras 10 e 13: N = +1,5P
Barras 11 e 12: N = +3,0P
Barras 15 e 16: N = -1,5P
As seguintes observações podem ser feitas:
62
c- Os montantes intermediários são comprimidos no primeiro caso e
tracionados no segundo, com um valor em módulo menor que no
primeiro caso.
d- O montante central é comprimido no primeiro caso e não possul
solicitação no segundo.
o o
63
4.5- EXERCíCIOS PROPOSTOS
Resposta:
Rv = 20kN
.1 N = +18,75kN
~I
1
~~
N
2 = +10,0 kN
t N
3 = -24,0 kN
N = -16,0 kN
~
4x2,5m= 10m 4
1- N
5 = -8,0 kN
( +) tração
(- ) compressão
64
~ ! !
?77'7""?
! i
I
I· 10x2m=20m
*
8x2m=l6m .. ,
a) b)
E
! i ! !
I'">
__L_
'
~; \.=
~
I
I
6 x 1,5 m = 9 m
-I t- 5 x 1.5 m = 7,5 m
c) d)
65
5- VIGAS
66
f-FI
e
67
Figura 5.2- A presença do esforço cortante
68
a) VIGA I (Viga de Alma Cheia): Resistência ao cisalharnento
providenciada pela chapa contínua da alma, que impede a
flarnbagern das mesas no plano da viga.
a) Colapso da alma
69
ENRIJECEOORES
b) Instabilidade global
POSIÇÃO
INICIAL
70
Para uma mesa de seção retangular, como a ensaiada, o
eixo menos resistente a flarnbagem é o paralelo ao lado maior do
retângulo, e a flarnbagern dar-se-ía na direção vertical se não
houvesse a alma da viga para impedir a flarnbagern nessa direção.
Caso a espessura da mesa seja pequena em relação à sua largura,
pode ocorrer a flambagem local deste elemento na região onde a
tensão de compressão é máxima. Porém esta flarnbagem será estudada
mais a frente, no capítulo das placas e chapas.
Na outra direção, o que impede a flarnbagem lateral e
apenas a resistência própria da mesa, associada à pequena
resistência da alma na direção de sua espessura.
Atingidas e superadas essas resistências, inicia-se a
flambagem e, com ela aparece a excentricidade da força e o
momento de torção, que promovem o colapso da viga.
O recurso mais simples para evitar a flambagem lateral
da viga é providenciar suporte em cada extremidade da viga e no
me1o do vão, como os indicados na figura 5. 6 que diminuem o
comprimento de flambagem da mesa, contribuindo para impedir o
colapso por tombamento lateral da viga.
71
c) Colapso da alma por cisalhamento
~~~~
~'--~
~;:/'
///. /
~ ~
t
t -' "-.
-- /
/
/ ~ +
/
---;...
---;... -
~ ~
t
Figura 5.8- Tensões num painel da viga.
72
d) Ruptura da seção da viga
~ ~
73
ao longo das diagonais e forças de compressão agindo nas nervuras
vertJ.cais. Esta habilidade para desenvolver resistência após a
flambagem mostra a diferença fundamental entre a flambagem da
alma de vigas e a flambagem de colunas.
FORÇA LIMITE
!N~I TIPO DE VIGA NO MEIO DO OBS. DO ENSAIO
I I VÃO ( N)
I
/1 Viga I com nervuras 16 Colapso da alma
de alma, nos apoJ.os nos apoios por
flambagem.
12
Vlga I com nervuras 17 Colapso da alma
na alma, nos apoios no meio do vão,
por flambagem.
3 Viga I com nervuras 25 Colapso da viga
na alma, nos apoios devido à excen-
e no meio do vão tricidade da c ar
I ga, em relação -
I aos apoios. I
4 Viga I com nervuras 50 Colapso por
I
na alma, nos apoios instabllidade
e no meio do vão, e global.
suporte lateral em
cada apoio.
5 Viga I com nervuras 76 Colapso da alma
na alma, nos apoios por flabagem
e no melo do vão, e diagonal
suportes laterals
nos apoJ.os e no I I
-
melo do vao. I I I
74
5.3- SEÇÕES USUAIS
75
A
seção retangular maciça é muito empregada nos
elementos fabricados com madeira e com concreto armado,
justificada pelo bom desempenho da seção, inclusive do ponto de
vista da economia, pois são estas as seções comercialmente
utilizadas para a madeira e, para o concreto, a de mais fácll
execução quando o mesmo é fundido na obra.
A seção em "I" é a mais utilizada em Vlgas de aço,
sendo executada em alguns casos com madeira e, atualmente, com o
desenvolvimento das técnicas de pré-fabricação, também em
concreto armado ou protendido.
l I e e
l I e e
76
I I
I I
a ) Em chapas de b) Em pranchas de c) Em concreto armado ou
aço soldadas madeíra pretendido
77
Portanto, em urna seção retangular, são dois os casos
possíveis de falha: por ruptura da seção e por perda da
estabilidade lateral. A ruptura da seção pode ser analisada pela
teor1a clássica da resistência dos materiais, onde a distribuição
das tensões norrnals pode ser representada pela expressão:
·-----------
a = My/I
onde:
M = momento de flexão atuante na seção.
y = ordenada do ponto da seção, contada a partir do
centro de gravidade, onde se quer conhecer a tensão
I = momento de inércia da seção em relação ao eixo de
flexão.
I = bh 3 /12
a max
, = 6M/bh 2
------ -~--- --
~~
A relação ;'bh 2 /6 = 21/h = W
arnax = M/W
78
o comportamento do material seja elasto-frágil, o escoamento se
estende a umas poucas f i bras, quando então as extremas rompem f
M = Fh
1
Como F = a bh/2
e
h = h/2
1
A expressão de M torna-se:
A propriedade geométrica
Wp ...~>/W
~
= 1,5
79
urna torção nas seções da viga próximas do meio do vão.
Para exemplificar, tome-se a viga de seção retangular
esbelta, de altura h e largura b, sendo b < h, sobre dois apo1os
simples, mas que impedem deslocamentos laterais, submetida a dois
momentos M, iguais e aplicados nas suas extremidades. Nestas
condições, representadas na figura seguinte, e utilizando-se dois
s1stemas de coordenadas:
-x y, z
I I que contém a 1 inha neutra da viga, mas que a
acompanha em seus deslocamentos, com origem também no apolo da
esquerda.
M r POSIÇÃO INICIAL
M
~y
z íZi ly
·--·
/77777
I
I
;~ t I
I
-1 Mcosa
I
tx X
LL.L,U
u
z
M
80
A sequência de aplicação dos momentos permite definir
três situações distintas:
Mz = M seno:
MX = M COSo: COS</>
My = M coso: sen<P
81
2 2
d u/dz = -My/EIY = -M~/EIY
2 2
d v/dz = -Mx/EIX = -M/EIX
Fazendo
~ = C senkx + C coskx
1 2
~ = C senkx
1
c 1 senk~ = O
82
Portanto:
Para outros
carregamentos, o momento crítico assume
valores diferentes, mas que podem ser representados e
determinados pela equação anterior, afetada por um coeficiente
que leve em conta as diferenças existentes entre os
carregamentos. Por meio deste coe~iciente, denominado cb, todos
os demais momentos críticos podem ser expressos em função de uma
ún1ca equação:
1,13
a.2-Força concentrada no meio do vão: cb = 1,35
b) Vigas em balanço
b.1-Carregamento uniformemente distribuído, cb = 2,04
b.2-Força aplicada na extremidade do balanço: Cb = 1,28
c) Viga ou trecho de viga com momentos nas extremidades:
2
c l
= 1,75 + 1,05(M /M) + 0,3(M
1 2 1
IM 2 ) ~ 2,3
onde:
M1 = menor momento de extremidade, em módulo.
M2 = maior momento de extremidade em módulo.
A relação M /M será positiva quando M eM. tiverem o
1 2 1 2
mesmo sentido de giro (curvatura reversa) e será
negativa para sentidos diferentes (curvatura simples).
M
cr 1f
2
EI w/GI t t 2
' J
84
onde I é
o momento de inércia setorial, comumente chamado na
w
bibliografia voltada para o aço de constante de empenamento e
notificado como Cw, cujo valor para as seções em "I" pode ser
determinado, com bastante precisão, pela expressão:
85
4 - Determinar as máximas tensões normais e de cisalhamento que
ocorrem na viga da figura.
r 20cm "'!
p= 20kNim
~~
( I
I I I I I I t I I +J I
* • 50cm
~ 2L
/77'77
2cm 2cm
I
I
J•
!=6m
1 4t
ESQUEMA ESTÁTICO SEÇÃO DA VIGA
86
6- PILARES
87
Q~ando o material utilizado é o aço, costumam ser
adotadas seções formadas por um ou mais perfis comerciais,
ligados convenientemente entre si, ou então seções formadas por
várlas chapas, soldadas entre si, dando origem a seções em 11
I",
"C", "T'', caixão, etc.
M = Py
- MIEI = -Py/EI
Fazendo: k 2 = PIEI
obtém-se:
y" + ky =o
88
Trata-se de equação diferencial, cuja solução geral é:
y = C1 senkx + C coskx
2
y = O para x =O e x =~ obtém-se:
TC = k~ = ~~ P/EI
donde:
~f~ = k.~
Obtém-se:
89
~
TI o;25/
Cl
I 0,7t
t lqst
o,st
0,25! 0,3/
90
h
M
e
= M.1
P.f = ke
91
Considerando-se os deslocamentos como pequenos, pode-se
fazer: sene ~ e, e assim:
p = k/.t
Caso a barra permaneça em equilíbrio, na poslção
deslocada, P = Per' porém o valor do deslocamento continua
lndeterminado.
Caso retorne à posição vertical conclui-se que P < Per·
Porém, considerando-se os deslocamentos como grandes, o
valor de P, da mesma situação de equilíbrio será:
k e
P = -z sene
Pode-se escrever:
92
Com estes valores é possivel traçar o gráfico de
Karman, onde P /P
cr = 1, O quando f = O, existindo um valor bem
definido de f para cada valor de P.
93
teoria do módulo tangente, de Engesser, ou pela teoria do duplo
módulo, de Engesser e von Karman. Entretanto, . as normas mals
recentes, preferem interpolar uma parábola do 2° grau, que conduz
a resultados muito próximos dos observados experimentalmente e de
resolução muito mais simples.
Para esta interpolação faz-se na figura seguinte:
\
\
Donde:
94
e finalmente:
Portanto
r =~ (raio de giração)
o = P/A
6.3- FLEXO-COMPRESSÃO
95
Vejamos inicialmente um caso bem simples, como o
mostrado na figura seguinte, onde, o exemplo da anterior a barra
é rígida e engastada elasticamente na base em uma mola com
coeficiente "k", e a força é aplicada com urna excentrlcidade
inlclal "e".
Hp
,,--'. I
I
t
ip
Figura 6.6- Coluna engastada elasticamente na base com
excentricidade inicial.
Na posição de equilíbrio:
M
e = Ml
M
e = p (.t. sene + e.cose)
M.
l = ke
Admitindo-se os deslocamentos pequenos, sen e ~ e e
cose~ 1,0, da igualdade de momentos obtém-se:
P = k8/(-t+e)
96
Fazendo-se como anteriormente,
f/~ e P/P
cr
Limite
(Graus) f/~
1,0 P/Pcr
97
onde observa-se que o valor de f cresce quando P tende ao valor
de Per' o que representa uma situação muito diferente da
flambagem pura, quando f=O, desde que P < Per Entretanto, esta e
a solução aproximada.
Procurando-se uma solução mais precisa, tem-se:
Fazendo:
f + e =õ
P = Per (õ-e)/o
Donde:
1
o= e = J.l·e
1- p
Per
Portanto:
J.l.M
o
98
Voltando à expressão exata de P:
P(t.sene + e.cose) = ke
99
O gráfico permite concluir que o comportamento de urna
barra flexo-comprirnida é bem diferente do comportamento sob
compressão simples. Agora as flechas crescem continuamente, desde
o 1níc1o do carregamento. Mais urna vez cabe lembrar que os
valores que interessam na prática estão limitados pelos
deslocamentos. Em urna situação real não se pode ace1tar
1nclinações da peça com a vertical maiores que 2 a 3 graus,
embora na elaboração dos gráficos tenha sido utilizada uma
relação e/{ muito mais alta.
Recalculando para e/{ = 1/1.000, que é um valor ace1to
como provável de ocorrer, por quase todas as normas, obtém-se:
f/{ e P/P
cr
Limite
(Graus) f/{
0,001 0,0573 0,5000 1/1000
0,002 0,1146 0,6667 1/500
0,003 0,1719 0,7500 1/333
0,004 0,2292 0,8000 1/250
0,005 0,2865 0,8333 1/200
0,010 0,573 0,9091 1/100
0,020 1,146 0,9525 1/50
0,050 2,866 0,9808 1/20
0,100 5,739 0,9918 1/10
0,250 14,4775 1,0068 1/4
0,500 30 1,0454 1/2
0,75 48,5904 1,1298 1/1,33
1,00 90 1,5708 1/1
0,75 131,4096 3,0607 1/1,33
0,50 150 5,2451 1/2
0,25 165,5225 11,6006 1/4
0,10 174,2608 30,7199 1/10
100
1,0
e =-0,1(
e =-0,001!
e=-0
-----~
onde:
M0 = Momento lnicial devido à flexão simples.
~ = coeficiente de amplificação de deslocamentos, Já
definido.
oo = excentricidade na aplicação da força de
compressão, no caso, o valor da flecha inicial.
101
Lembrando que na expressão anterior M e 8 referem-se a
0
duas seções relativamente próximas, ou de preferência a urna mesma
seção, a seguinte transformação pode ser feita:
M = M
o
(1 + !JÓ
o
~
M
= o: Mo
0
conforme já visto:
1
1 - p
= J.l
Per
0: = J.L(1 - pp + 8 ~)
0
cr Mo
p p p 8
cr o
0: = Per
+ p-
Mo
er
chamando:
Pcr 8 o
Mo
- 1 =w
o: = 1-l (1+w P/Pcr)
102
charnango:
chega-se finalmente a:
/----------- ·~
o:=/)~
~
Neste Caso:
M
0
= F{/4
ó
0
= F.{ 3 /48EI
2
p cr = n EI I '\92
..,
Encontra-se:
=1 + ~ P/P
. cr = 1-0,1775 P/Pcr < 1,0
1
1-1 = 1-P/Pcr > 1,0
1-0,1775 P/Pcr
1-P/Pcr > 1,0
103
P/Pcr 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
fJ 1,1111 1,2:> 1,4286 1,666 2,0 2,5
Dividindo por aR = ae
p
Aae
= WaM ~ 1,0
e
onde:
AO"e =Pu Esforço normal de tração ou de compressão
que atuando isoladamente leva a seção ao
escoamento, ou a atingir um limite pré-
estabelecido.
É o momento fletor que, isoladamente, pode
levar ao escoamento, ou a um limite pré-es-
tabelecido, as fibras extremas da seção.
104
P: + ~u ~ 1,0
M
~ 1,0
w~
cr
onde:
Per= A~cr = força crítica que, atuando isoladamente,
pode levar a barra à f lambagem I ou a um
limite pré-determinado.
M = ex M
o
= Momento final considerando a ampllficação
devida a compressão normal causada por P,
no plano onde ocorre M .
0
Portanto:
p a::M 0
;=;-- + ----n- ~ 1,0
11
r cr • cr
105
p
ç (resistência)
p o: M o:M
X OX Y oy 1,0
+ + :::; (estabilidade)
Per Mux Mcry
106
4 - Determine os valores de ~' em e a para a seguinte estrutura:
_P_.,..~li I I I I I t i l I I I L;;k.,..___P
1< .. ,.. .--··· T
Resposta: ~ = 0,028
= 1+0,028 P/Pcr
1 + 0,028 P/P
cr
a = 1-P/P
cr
107
7 - GRELHAS
108
os elementos resistentes ficassem solicitados. Uma estrutura de
grelha tal como a mostrada na figura 7.2, é um meio de se atingir
estes objetivos. Afim de que todas as vigas possam partlcipar da
transmissão de quaisquer forças aplicadas aos apoios, é essenclal
que se]arn interligadas em cada ponto de interseção.
109
RIGIDEZ·= N/mm
26 Á
24
I
r
I !
' /
v
22 I
!
I
i I
I
/
2o /T
l8
v
l6 /
4
/
l 2 /
l o )/
8
v
/
6
/
4 ./
/ i
2
v l 2 3 4 5 6
i
7 8 (ld)
l/
110
MODELO .Q. MODELO .!?_ MODELO _ç_
RIGIDEZ
FORÇA DE
GRELHA
(N/mrn) RUPTURA(N)
a 1,45 9,3
b 2,68 14,2
c 5,48 25,3
111
ou seja:
112
Força Newtons
30
I
I
28
I
i
I
I
I I
26
II
I /
Kc) I
I
I
I
I
I
I
I
I
1/
I
24 I
I !
I i
22 I
20 I i
18
I
I
J
I I
i I
16
I
I
I
14 I
)./~
12 I b)
I
I
10
lf
J LV !
I
I / ....,..,.,. .........
a)
8
6 1/ / /
v
4 I / /
2
/j v/v ~
o /J/
Ó( mml
o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
R1 = K/L~
R2 = K/L~
Fazendo: R /R
1 2
= L23 /L 13
e: R1 /(R 1 +R 2 ) = L~/(L~+L~) = R1 /R
ou
113
Sendo "f" a flecha, que pode ser escrita:
pl = fRl
p2 = fR2
E, fazendo P /P = R /R
1 2 1 2
e: P /(P +P ) = R /(R +R ) = P /P = R /R
1 1 2 1 1 2 1 1
ou então, introduzindo m:
P = Pm 3 /(l+m 3 )
1
P
1
= 8P/9 e
P2 = P/9
114
Fol construído, para ensaio, um s1stema de grelha
diagonal como mostrado na figura 7.7, com os mesmos cuidados dos
modelos anteriores.
A tendência das vigas levantarem-se nos apo1os fo1
evitada aplicando-se urna pressão para ba1xo.
115
FORÇA ( NEWTONSl
30
I ; I
28 I ~I
26
I I- I
/ ....
!
i
24 J / \
22
20
1// 1
18 j /
16
14
j/
/
12 JI
10
/,
8
f/
I;
I
Ó (mml
o 1 2 3 4 5 6 7 8 9
116
resistência à ruptura alcançado com a grelha diagonal. Na grelha
retangular o efeito entre apoios é menos marcante e
conseqüentemente a inversão de curvatura não ocorre em nenhuma
das v1gas.
Em ambas as grelhas alguma deformação devida à torção é
aparente e a flexão de cada viga é levemente modificada pela
r1g1dez à torção das outras v1gas.
O funcionamento da grelha depende do funcionamento
s1multâneo das vigas que a constituem. Uma viga ao flet1r
"arrasta" consigo as vigas transversais tirando-as da pos1ção
vert1cal primitiva fou melhor torcendo-as
I e elas ao oporem
f f
117
8- ELEMENTOS DE SUPERFíCIE
118
a) Bordas apoiadas, com um apoio móvel:
t
~-t::
:. b -1
b ) Faixa unitária tratada como viga
c) . Distorção da seção
M = p-t 2 /8
W = b.t 2 /6 = t 2 /6
Portanto, a = 6M/t 2
119
Deste modo, tem-se:
M = IA (J
X
yd.A =
H
í l l I l I I ri I I l l
. H
/ ~
~I
apoio fixo 6 apoio fixo
t
1-
Figura 8.2- Placa com dois apoios fixos.
120
A análise deste caso é análoga ao da flexo-compressão,
já apresentada no capitulo 6, porém agora com a força axial de
tração. Como aproximação pode-se considerar a linha elástica como
uma curva senoidal, sendo:
y = ó.sen(nx/.t)
O deslocamento final será dado por:
2
= H.t ( 1- 11 ) I Et
obtém-se
Mo - H8
<Jmax = <JM + (J
H
= Mmax /W + H/t
121
c) Bordas engastadas
y
ó
= ~(1-cos -z-)
2:rrx
3ó~/t
2
= a(l+a/4) 2
H = Da:rrz /-tz
(momento negativo)
amax = (J
M
+ (J
H
= Mmax /W + H/t
u =+;a
122
Valores de ~ , ~ e ~
1 2 3
21.000x1,2 3 2
D = 2
= 2 = 3.323kN/cm
12(1-~ ) 12(1-0,3 )
123
M -(2
5q.t4 o
384D ~. lOD = 1,87cm
3x1,87 2 _
~ 7,28
1,2 2
õo 1,87
õ = 0,8cm = .t/150
l+o: = 2,335
~
~
H = lODo: = 10x3.323x1,335 3,08kN
120 2
2
.t
- q.t2
Mmax - --g- ~
1 = 4,32x0,421 = 1,82kN.cm
ou aproximadamente:
6M
H
+ max 3,08 6x1,82
= ---r;-2 + 2,57 + 7 '6
máx = -t-
0 ~
t2 1,2 2
o:(l+o:/4) 2 = 3õ 2 /t 2 = 0,33
o
124
Portanto:
125
N
E
<.,)
...... 2S.OO
z
~
!J') 21,00
I~
!J')
z
liJ 14,00
I-
7,00
o
o 70 l 40 210 260
42,00
1
~
I
,íf ,,rv&....,tt>o ,~rS> ,;-;""o ,--....:,o
jf_'\.(:/~..: / "'1-~ ')}-..:
I&
,,~
'l:!,f:-
35,00
v vv !
I/;V; ~v v v v v
Vi ~o
N
E ~
vv
<.,) /
...... 2S,OO
[1;
I~ !j v
z
.>!:
v v
!J') /
vv
IA~v~ / vv
21,00
~~ /
!J')
z
liJ
14,00
/
v
A~~ v
I-
/
1/ v
7,00
o '~ ~
o .... <t
-
-
"'
~:g ~g::::;;;:~~::!
- .....
126
No caso de placas 11
grossas", ou seja com relações t/,f__
relativamente altas, a flecha máxima 8 é muito pequena,
conduzindo portanto a valores também pequenos para a, de modo que
pode-se admitir:
o = 8o Mp = Mo H =O
Entretanto, as tensões e os delocamentos obtidos pelas
expressões anteriores, possuem validade apenas no trecho central,
pois próximo aos cantos estas tensões e os delocamentos mudam de
sentido, dando origem ao fenômeno conhecido como efeito de borda,
que consiste basicamente em uma tendência de levantamento da
placa nos cantos.
Corno os cantos estão ligados aos apoios, estes
apresentam reações negativas, que atingem um valor máximo no
encontro das duas bordas. Estas reações introduzem um momento de
sentido contrário ao momento que ocorre no centro da placa. Estes
momentos que surgem nos cantos são denominados de momentos
"vol ventes", e a não consideração dos mesmos costuma ser urna
hipótese conservadora.
Devido às perturbações que surgem nos cantos, as
reações e, conseqüentemente as tensões ao longo das bordas, não
possuem valores constantes.
Apenas como ilustração, a figura seguinte procura
mostrar a variação que ocorre na distribuição real das reações
nas bordas de uma placa uniformemente carregada, e a distribuição
que normalmente é adotada.
-r
[t
!
t I IJ
H
t t í l
ADOTADA
I·
t ! ! !
ADOTADA
L >zt_
t([IDb, ~
v '\j [Y "ZlJ
REAL R FAI
127
Analisando agora uma placa retangular de lados L e -t,
deseja-se conhecer a parcela do carregamento distribuído "q 11 que
será distribuído para cada direção. Como aproximação, pode-se
isolar duas faixas unitárias centrais da placa, uma em cada
direção, e compatibilizar as flechas, obtendo-se:
oa = 5qa~ /384EI
4
direção a:
direção b: ob = 5qbL 4 /384EI
Como oa = ob obtém-se:
q
a
/L4 = q b /{4
q = qa + qb
Portanto: qa = qL 4 /(L 4 +-t 4 ) e
Com L= -t (quadrada):
qa = qb = 0,5q
Com L = 2~:
Pa = 16/17q = 0,941q
pb = 1/17q = 0,059q
128
distribuição ou secundária, que tem como funções resistir às
tensões de tração do momento, mesmo pequeno, que surge nesta
direção, e evitar a fissuração que fatalmente ocorreria devido à
distorção da seção durante a flexão.
Do mesmo modo, para absorver o momento volvente, deve
ser colocada uma armadura nos cantos da laje, que é onde surgem
tais momentos.
A posição destas armaduras é definida pelo sentido das
solicitações, ou seja, sempre na parte tracionada. Caso possa
ocorrer uma inversão de sentido na solicitação, devem ser
providenciadas duas armaduras, uma em cada face da laje.
onde:
I = b.t 3 /12
A = b.t
t
Portanto:
f t f t
I b .1
Figura 8.6- Flambagem de chapa tornada corno coluna.
129
No caso da chapa possuir as ·quatro bordas apo1adas
continuamente, tem-se uma situação mais favorável que a anterior,
uma vez que, ao perder a estabilidade, há um comportamento de
"grelha", onde os "elementos horizontais" impedem deslocamentos
transversais dos 11
elementos verticais" e vice-versa.
Nas chapas longas, a deformada assume uma configuração
de ondas senoidais longitudinais, cujos paineis são aproximada-
mente quadrados.
o}CHAPA QUADRADA
b l CHAPA LONGA
(J cr =k
130
que é a equação geral de flambagem de chapas, onde k é um
coeficiente adimensional que leva em conta as condições de apolo
e a relação t/b.
Os valores mínimos de k para chapas comprimidas são:
k = 5,34 + 4/(t/b)
2
onde t = lado maior
131
8.2- CASCAS OU MEMBRANAS
z::f(x)
132
No segundo processo, a curva translada-se paralelamente
a s1 mesma, apoiando~se constantemente numa curva d1retr1z.
gerando as "superfícies de translação" (figura 8.9).
---
133
Como f(x) pode assumir qualquer função, então qualquer
curva pode ser usada como meridiano, corno nas superfícies
mostradas na figura 8.11, onde:
b l ELIPSÓIDE c l PARABOLÓIDE
t
1
134
Nas superfície de translação, diversas combinações
podem ser feitas, gerando uma grande variedade de superfícies.
Transladando-se uma curva plana, sobre urna reta,
obtém-se superfícies cilíndricas (circular, elíptica, catenár1a,
etc.), que dependem apenas do tipo da curva transladada.
Transladando-se uma parábola, com curvatura interna, sobre a
outra parábola, também com curvatura interna, obtém-se um
"parabolóide elíptico", cujas seções horizontais são elipses.
Urna parábola, com curvatura interna, transladando-se
sobre outra parábola, com curvatura externa, gerará o
"parabolóide hiperbólico".
!
I
a) CIÜNDRICA -CIRCULAR
EU,PTICA , PARABÓLICA
parábolas
parábola
diretriz
b l PARABOLÓIDE ELÍPTICO
\_ parábola
c) PARABOLÓIDE Hi PERBOUCO
135
As superfícies podem ser classificadas em três
categoriàs distintas, de acordo com a var1aç~o de sua curvatura
em torno de um ponto:
K = 1 1
=
R1 R2
K = c 1 .c 2 < o ou
K = 1 _1_ < o
R1 R2
K =
136
As superfícies desenvolvíveis possuem ''Curvatura
Gaussiana 11
nula. Como exemplo temos a superfície cilíndrica,
figura 8.11e.
Nota-se que neste caso um raio de curvatura tem valor inflnito,
isto é R ~ ro.
2
Para se ter uma idéia da importância da curvatura na
capacidade resistente da casca, basta considerar por ora, a
seguinte expressão da "Teoria de Membrana" para superfície de
revolução:
137
a) cascas com " Curvatura Gaussiana Positiva~~ (superfícies sin-
clásticas)
esféricas
a.l) cúpulas de revolução elípticas
{ parabólicas
138
_r1_
H H
(ol (b)
139
dos Esportes 11 , colocou ura conjunto de aduelas de forma
triangular, as quais forneciam, por um lado, o apoio continuo à
cúpula, e por outro, transmitiam forças concentradas às colunas
(figura 8.15b).
TRAÇAO
COMPRESSÃO
- - - - TRAÇÃO
COMPRESSÃO
140
O impedimento ao deslocamento radial, gera uma reação
horizontal radial H, a qual não sendo tangente à casca, gera
momento fletor em torno da borda, o qual por sua vez cria tensões
de flexão (figura 8.16b).
A casca delgada não pode absorver ações concentradas,
somente por "efeito de membrana 11 , pelo fato de que a deformação
sob a força concentrada, envolve também novas curvaturas locais e
portanto tensões de flexão (figura 8.17).
141
8.2.2- CASCA DE REVOLUÇÃO SOB PRESSÃO INTERNA
[o l
142
de
p
= variação angular ao longo do paralelo.
de
m
= variação angular ao longo do meridiano.
t = espessura da parede.
sen(de) ~ de = ds/r
+ = -r-
p
143
8.2.3- Exemplos
a a = -pt - pR
-R- + - R --> (J =~
E
N
......
:r:!
/~/-/~~0~~--------~~_____j_
I• Do 6 m J
Resolução:
A pressão máxima ocorre junto à base, com valor:
144
Raios de curvatura:
paralelo: rp = D/2 = 600!2 = 300cm
Da equação geral:
op p p.rp 0,012x300 2
= --t- ---> op = = = 7,2kN/cm
rp t o f 5
145
Resolução:
Considerando-se o equilíbrio de uma parte da estrutura.
s1tuada entre o plano AA e o vértice da cúpula, tem-se:
Equilíbrio: a t(2rcr)sene
m
=P
Mas r = R.sene
Da equação geral:
P ap
- t - =--R-
1
rr
p = 1+cose
- R1. cose = Rvs ( 1+cose -·cosA1
-j
146
Conclui-se que, numa cúpula com emax ~ 51°50', só
haverá tensões de compressão tanto ao longo dos meridianos como
nos paralelos.
A distribuição das tensões am e ap está esquematizada
na figura seguinte.
147
9- ALGUNS SISTEMAS ESTRUTURAIS
9.1- EM CABOS
148
a l Ci'rcular
bl Cilíndrica
c l Rêde
149
a) Ponte estaiada com os cabos dispostos em forma de harpa
150
9.2- EM ARCO
151
o l Ponte em arco elevado com tabuleiro superior
152
9.3- EM PóRTICOS
Tapamenta
laterol
Coluna
rotulado Escoro do beiral
na base
153
A estabilidade na s~~terceira
o.Hnensao ~~
é freqüentemente obtida
"1 ' -
/
/
/
/
PAINEL VERTICAL DE /
CONTRAVENTAMENTO /
/
/
/
/
/
/
/
/
/
/
/
/
154
Nas construções em concreto é usual engastar-se os
pórticos nas duas direções, como na figura 9.6, sendo este também
um sistema muito empregado nos edificios de andares múltiplos com
estrutura em aço.
NÚCLEO
-'-- -'---
,----· ~
il
t t.
tl_____iLJ
a J PÓRTICOS ENGASTADOS b l PÓRTiCOS TRELIÇA DOS c l NÚCLEO RIGIDO
155
As pontes em i co podem ser construidas tanto em
~ço corno em concreto, figura 9.7.
I Í
156
9.4- EM BLOCOS
157
Outra forma de
ir o consumo de concreto cons1ste
na utilização de arcos, ou contrafortes, ligados entre s1 por
meio de uma laje inclinada.
a ) Em arco
b ) Ern contrato r te
I P
I I I I
1+-fl + base ~· l
1
base l
1
a) Bloco
~~
b) Em placas ( LAJES)
158
Nas fundações de edificações, em alguns casos podem ser
usadas fundações ditas "rasas", como blocos rigidos, sapatas
f lexi veis ou sapatas corridas. Em outros casos podem se tornar
necessárias fundações "profundas", como estacas ou tubulões, que
possuem um bloco de coroamento em concreto armado. Quem determ1na
o tipo de fundação, em geral, são os aspectos geotécnicos
associados à aspectos estruturais e construtivos.
159
BIBLIOGRAFIA
3- BARBATO, R.L.A. - 11
Teoria das Estruturas 1", UFSCar, 1986.
5- ENGEL, H. 11
Sistemas de Estruturas 11 , Ed. Hemus, São Paulo,
1981.
6- FONSECA, A. 11
Curso de Mecânica", Vol II, Estática, LTC edi-
tora, Rio de Janeiro, 1976.
9- MORGAN I w. 11
The Elements of Strucutures 11 , Ed. Pitman & Sons
Ltda, Londres, 1967.
160
10-ROSENTHAL, H. "La Estructurau, Ed. Blume, Madrid, 1975.
161