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O Resgate da comunhão

O ser humano é um ser que não consegue viver sem ou fora da presença
de Deus, o seu criador. No princípio com a criação do mundo, Deus criou o
homem segundo a sua imagem e semelhança, de acordo com Géneses
capítulo 1 versos 26 a 27.
Sendo o homem um ser trino, isto é, possuidor de um corpo, de uma alma
e de um espírito, de acordo com I° Tessalonicenses capítulo 5 verso 23, é
impossível ele permanecer vivo longe da presença de Deus. Isto segundo
João capítulo 14 verso 6 e João capítulo 6 verso 51.
O principal objetivo da criação do homem, foi para que ele pudesse se
relacionar com Deus, ou seja, ter comunhão direita com o seu criador.
Segundo Géneses capítulo 3 versos 8 a 9. De acordo com esta passagem,
podemos deduzir que a interação do homem com Deus era frequente e
constante, ao que podemos chamar de comunhão. O Senhor visitava o
homem no jardim várias vezes para falar com eles, para dar-lhes uma
instrução a respeito de um assunto, ou ainda quem sabe para ouvir as
suas inquietações.
De acordo com os relatos bíblicos a vida do homem no jardim do Éden era
perfeita, porque o senhor havia lhes proporcionado tudo quanto eles
precisavam para ter uma vida plena e feliz e em constante comunhão com
a fonte da vida, que era o próprio Deus Altíssimo o criador de tudo.
A bíblia mostra também lá mesmo livro de Géneses, que havia um ser ou
alguém que não se agradava desta comunhão e com o bem estar do
homem no Jardim do Éden. Segundo Géneses capítulo 3 versos 1 a 24.
Este capítulo e versos, mostra claramente que Satanás um anjo
desobediente e caído, criado por Deus, usando-se de uma serpente,
induziu o homem a desobedecer a lei de Deus pecando, e
consequentemente rompendo esta comunhão que havia entre o homem e
Deus.
Passado muitos anos, Deus decide reatar esta comunhão quebrada lá no
Éden, e chama a Abrão para o efeito, de acordo com Géneses capítulo 12
versos 1 a 3. De Abraão foi feito uma grande nação ou geração, esta nação
de acordo com o mesmo livro de Génesis, foi para ao Egito por meio de
José filho de Jacó (Israel), que havia se tornado governador de todo o
Egito, para fugir a fome que se instalou sobre a terra naqueles tempos.
Génesis capítulo 42, versos 1 a 3 e Géneses capítulo 46 versos 1 a 7.
Depois de os descendentes de Abraão se instalarem e se fortalecerem no
Egito, se esqueceram do Deus do seu pai Abraão, começaram a adorar
deuses egípcios, o Senhor retirou-se do meio deles, e eles tronaram-se
escravos no Egito durante 400 anos.
Depois destes anos, o povo voltou a buscar a face e a ajuda de Deus, para
os livrar da servidão do Faraó. De acordo com Êxodo capítulo 3 versos 6 a
10.
De acordo com esta passagem, podemos verificar claramente que Deus
ouviu as súplicas dos descendentes de Abraão, e decidiu descer e livra-los
da servidão dos egípcios.
Aliança no Sinai
Muitos de nós atualmente pensamos que ter comunhão com Deus, é um
fardo muito pesado. Mas a comunhão com Deus é algo muito simples,
diferentemente do que a maioria das pessoas pensam.
De acordo com algumas passagens que vimos anteriormente, Deus
sempre procurou ter intimidade ou comunhão direita com o homem (seu
povo).
No mesmo livro de êxodo, Deus chama o seu povo para uma aliança
eterna e de constante interação ( comunhão). De acordo com Êxodo 19:17
e Êxodo 20:18-19.
Segundo as passagens de êxodos citadas acima, Deus decide ter
comunhão direita com o seu povo no Sinai, mas o povo rejeitou esta
interação ou comunhão com Deus dizendo “ Fala tu conosco, e nós
ouviremos; e não fala Deus conosco para que não morramos”, Êxodo
20:19.
Desde o Éden, é da vontade de Deus ter uma comunhão cada vez mais
profunda com o homem, mas de lá para cá, o homem tem rejeitado
sempre esta comunhão.
Um facto interessante, é que Deus sempre quer ter um relacionamento
com homem, como de um pai e filho, como de um rei com seu povo. De
acordo com Êxodo 19:3-6.
De acordo com esta passagem de êxodo citado acima, vemos claramente
a intenção de Deus para com o seu povo. Ela diz que Deus quer que o seu
povo domine juntamente com Ele, esta intenção já foi manifestada no
Éden, segundo Genesis 1:26-29, e é manifestada novamente aqui no livro
de êxodo.
Deus sendo o reis dos reis, quer também nos fazer juntamente com ele
reis, príncipes e sacerdotes, para governar sobre tudo.
O mal de terceirizar a comunhão
Como foi visto anteriormente, o povo de Deus não quis se relacionar ou
ter comunhão com Ele diretamente, vemos claramente em êxodo, que o
povo rejeitou ter qualquer tipo de interação direta com Deus. Para isso
decidiram que Moisés seria o seu mediador dizendo “ fala tu conosco, e
nós ouviremos, e não fale Deus conosco para que não morramos”. Êxodo
20:19.
Para além desta história lembro-me de outra que ocorreu no tempo do
profeta Samuel, em que o povo também decidiu terceirizar a relação ou
comunhão como Deus. I Samuel 8:4-8.
De acordo com este relato bíblico, o povo de Israel pediu um rei a Samuel,
facto que desagradou não só a ele como também a Deus, pelo facto de
que Samuel representava a Deus no meio do povo, o povo tendo rejeitado
a liderança de Samuel, estava categoricamente rejeitando a liderança de
Deus, terceirizando assim a relação e a comunhão que tinham com Deus.
Este facto não foi só vivenciado nos tempos passados, mas também é uma
realidade nos tempos atuais. Muitos crentes não gostam de gastar o seu
tempo precioso para ter um relacionamento (comunhão) mais profunda
com Deus, para tal usam de terceiros para ter esta comunhão, assim como
foi nos tempos de Moisés e de Samuel.
Tal como nos dias dos patriarcas, o Deus Emanuel sempre procurou ter
comunhão com o seu povo, mas o homem tal como nos dias de hoje não
querem isso. Estamos tão ocupado com as nossas atividades diárias que
não conseguimos reservar um tempo para ter comunhão com Ele.
Queremos que outros nos ensinem a palavra de Deus, os caminhos e a
vontade dele. De realçar que não tenho nada contra com facto de os
nossos líderes religiosos nos ensinar a palavra e a vontade de Deus, mas
não devemos depender de terceiros para termos um relacionamento mais
profundo com o nosso Deus. Tal como a bíblia diz em Jeremias capítulo 17
verso 5: Assim diz o SENHOR: “Maldito é o homem que confia nos
homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se
afasta do SENHOR.
Não quero eu com isso dizer que não devemos confiar em nossos líderes
espirituais, mas quando o Altíssimo faz menção destas palavras, sendo Ele
Deus, o conhecedor de tudo, ele sonda os nossos corações e conhece os
nossos pensamentos. Quantos são os casos que vivenciamos de
Familiares, amigos, colegas de trabalho, etc. Que se afastaram de Deus
por causa de uma decepção que tiveram com irmão ou líder espiritual,
chegando ao ponto de se retirar da igreja, e o mais grave abandonarem a
fé. Por isso defendo o facto que a nossa comunhão, a nosso fé e nossa
confiança devem estar sempre firmadas na palavra e em Deus.
Lembrando de um facto que ocorreu em minha igreja em uma das
reuniões, que houve a ausência da maioria do elenco do louvor, e que
naquele dia havia comparecido apenas uma irmã e o pianista, que
estavam a servir, esta mesma irmã que estava a entoar os louvores era um
pouco desafinada, e isso quase que levara o insucesso da reunião, mas
pude perceber que Deus derramava a sua presença naquele lugar de uma
forma extraordinária, que muitos não puderam sentir esta presença pelo
simples facto de estar mais preocupados e a prestar atenção a irmã
desafinada e nos louvores que ela entoava.
Quantos saem das suas casas e vão para um culto, que enquanto
deveriam prestar atenção ao recado de Deus, ficam preocupados com a
roupa, com aparência, com ausência do irmão, com a forma de falar e de
se apresentar do pregador, enquanto deveriam ter um encontro real com
o seu pai celestial, que tanto os ama e quer ter uma comunhão mais
profunda com seu povo.
Deus quer se relacionar intimamente com seu povo desde o Éden até aos
dias de hoje. Por isso o Apóstolo João afirma: “Nossa comunhão é com o
Pai e com seu Filho Jesus Cristo” I João capítulo 1 verso 3.
E Ele nunca mediu esforços para isso. Durante o período dos profetas,
Deus sempre procurou ter comunhão com seu povo, mas todos os
esforços foram em vão e sem sucesso. Tal como diz o livro de Isaías
capítulo 1, versos 2 a 3: “ Ouvi, céus, e escutai, Terra; porque fala o
Senhor: Criei filhos e os engrandeci, eles se rebelaram contra mim”.
“ O boi conhece o seu dono e o asno, a manjedoura de seu senhor; mas
Israel não conhece; Meu povo não tem discernimento”.
Este mesmo livro ainda acrescenta “ O Senhor disse: “ Visto que este povo
se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas
o seu coração está longe de mim,…”. Isaías Capítulo 29, verso 13.
Estas passagens comprovam isso, onde vemos claramente o próprio Deus
Altíssimo, a confirmar este terrível facto.
Ainda no livro de Isaías capítulo 6 verso 8, vemos Deus a se questionar a
respeito de quem enviaria para reconciliar o homem com Ele, e reatar o
relacionamento ou a comunhão que o homem tinha com Ele.
Mas o mesmo livro de Isaías, faz menção de alguém que iria de vir para
restaurar esta comunhão que o homem tinha com Deus no jardim do
Éden, que foi destruída por causa da desobediência de a Adão e Eva.
“ E acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da Casa do
Senhor no cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros; e
concorrerão a ele todas as nações.
E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa
do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos,
e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a
palavra do Senhor”. Isaías Capítulo 2 versos 2 a 3.
“ O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre os que
habitavam na terra da sombra da morte resplandeceu a luz.
Multiplicaste o povo, deste-lhes grande alegria; eles alegraram-se na tua
presença como se alegram os ceifadores na ceifa, como se regozijam os
que repartem os despojos de guerra.
Porque o jugo que pesava sobre eles, a canga posta sobre seus ombros, o
bastão e a vara de castigo do seu opressor, tu o despedaçaste com dia da
derrota de Midiã.
Em verdade, toda a bota de guerreiro usada no combate e toda a veste
revolvida em sangue serão queimadas, como lenha no fogo.
Afinal, um menino nos nasceu, um filho nos foi concedido, e o governo
está sobre os seus ombros. Ele será chamado Conselheiro-Maravilhoso,
Deus Todo Poderoso, Pai-Eterno; Sar-Shalom, Príncipe-da-paz.
Ele será descendente do rei Davi; o seu poder como rei se multiplicará
sobremaneira, e haverá plena paz em todo o seu Reino. As bases do seu
governo serão a verdade e a justiça, desde agora e para sempre, o zelo o
Yahweh, o SENHOR dos Exércitos, fará com que tudo isso se realize!”.
Isaías Capítulo 9 versos 2 a 7.
Jesus o resgate da Comunhão e do propósito inicial
De acordo com a palavra de Deus, a comunhão com Deus foi rompida por
intermédio da desobediência que gerou o pecado, de acordo com I João
3:4.
De acordo com Romanos 3:23, diz que “ Todos pecaram e estão
destituídos da glória de Deus”. Esta passagem mostra claramente que
depois do homem pecar ficou afastado da glória de Deus ou ainda
podemos traduzi-lo da presença ou da comunhão com Ele.
Voltando para o livro de Deuteronómio, podemos verificar que a maldade
do povo de Israel é que os fazia não suportar a glória ou presença de
Deus. Segundo Deuteronómio 5:28-30.
De acordo com esta passagem, o coração do povo estava endurecido por
causa do pecado e da maldade, facto que não lhes permitia obedecer as
palavras e os mandamentos de Deus.
O pecado não trouxe somente a separação do homem com Deus, mas
como também acarretou consigo muitos males que são conhecidos por
todos nós, tais como: morte espiritual, pobreza, miséria, doenças,
maldade, homicídios, etc.
Como já foi visto anteriormente o propósito inicial de Deus para homem
era ter uma íntima comunhão com todos o ser humano, mas o diabo
destruí isso. Para tal Cristo venho para nos resgatar da maldição da lei e
do pecado, para voltarmos a ter comunhão com Deus o pai.
De acordo com o livro de João 3:16 e João 1:12, Deus enviou a Jesus para
nos reconciliarmos com ele, ganhar novamente a estrutura da filhos.
Jesus é um exemplo claro de que a comunhão com o nosso pai celestial é
mais simples e fácil do que nós pensamos, ele diz que “Tomai sobre vós o
meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e
encontrareis descanso para a vossa alma.
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” Mateus Cap. 11 versos
29 a 30.
Nesta passagem bíblica vemos claramente que a vontade de Deus é muito
simples, quando ele diz que o seu jugo é suave, e o meu fardo é leve,
mostramos que a vontade de Deus para nós é sempre para o bem e não
para o mal, segundo Jeremias 29:11.
O véu que separava já não separa mais.
No tempo Moisés, Deus o orienta para erguer uma tenda ou tabernáculo
para que ele pudesse estar sempre no meio do seu povo, isso segundo
Êxodo.

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