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AFRO-BRASILEIRA ATRAVÉS DE
Oficinas
didático-
pedagógicas
O R G A N I Z A D O R E S :
A N A C R I S T I N A S I L V A D A X E N B E R G E R
E R O S I V A L D O G O M E S D E S Á S O B R I N H O
ANA CRISTINA SILVA DAXENBERGER
(Organizadores)
Projeto PROLICEN
Coordenadores:
Ana Cristina Silva Daxenberger
Rosivaldo Gomes de Sá Sobrinho
Bolsista:
Aline Honório da Costa
Voluntários:
Laila dos Santos Pereira
Maria Eduarda Macena dos Santos
Nathan Schineider Ferreira Lopes
Coordenadores:
Ana Cristina Silva Daxenberger
Rosivaldo Gomes de Sá Sobrinho
Bolsistas:
Acsa Veras Nogueira Ferreira
Mariana Travassos Duarte Lima
Colaboradores:
Andreia de Sousa Guimarães
Angela Cristina Alves Balbino
Cauby Dantas
Eduardo Fernandes de Araújo
José Antônio Novaes da Silva
Kalline de Almeida Alves Carneiro
Marcos Pimentel Pequeno
Maria Lorena de Assis Candido
Maria Luzitana Conceição dos Santos
Solange Pereira da Rocha
Wilson José Félix Xavier
Revisoras:
Andreia de Sousa Guimarães
Kalline de Almeida Alves Carneiro
ANA CRISTINA SILVA DAXENBERGER
(Organizadores)
Estamos felizes por vocês terem escolhido esse material como consulta e base de trabalhos
pedagógicos relacionados à temática de enfrentamento ao racismo e a construção de práticas
educativas e sociais que valorizem a diversidade cultural brasileira, reconhecendo as
contribuições dos povos africanos e seus descendentes na construção da sociedade brasileira.
A ideia nasceu por estarmos, desde 2011, trabalhando com a temática por meio de ações
extensionistas, na região do Brejo Paraibano, cerca de 130km da capital do estado. As ações
iniciaram, com um projeto de pesquisa financiado pela CNPq junto às Comunidades
Quilombolas de Areia e depois continuaram financiadas pela Universidade Federal da Paraíba
(UFPB), a partir de projetos extensionistas nas escolas ao entorno da cidade de Areia/PB.
Esse material também é resultado de pesquisas feitas pelos bolsistas e voluntários que
fazem parte do projeto, sob a orientação e supervisão de professores coordenadores e
colaboradores. Especificamente, esse workbook que compõe a formação docente está
organizado em sete módulos que se apresentam com a seguinte estruturação: finalidade que se
compreende na descrição sobre o que e os porquês pretendemos trabalhar com o tema proposto
no módulo; expectativa de aprendizagem que compreende os objetivos esperados a serem
alcançados pelos estudantes, conforme a BNCC; conteúdos, nos quais apresentamos as
diferentes categorias de aprendizagem, sejam eles conceituais, atitudinais e/ou procedimentos,
sempre em busca do fortalecimento da identidade afro-brasileira; procedimentos, no qual
elencamos orientações didáticas por meio da organização de uma sequência didática, contendo
o passo-a-passo como o (a) professor (a) poderá desenvolver as ações, com previsão temporal
para cada etapa do processo; recursos e materiais, sendo assim elencados os materiais e recursos
necessários para o desenvolvimento dos módulos; no item anexos foram inseridos links de
vídeos, documentários, livros, artigos e materiais diversos que o (a) professor (a) poderá fazer
uso como complemento da ação pedagógica sugerida; e por último, não menos importante,
apresentações mais detalhadas, para aqueles que querem aprofundar nos estudos sobre as
temáticas.
(EF08HI14) Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na
sociedade brasileira do final do período colonial, identificando permanências na forma de
preconceitos, estereótipos e violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil e nas
Américas. (p. 423)
(EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado da escravidão nas Américas, com base
na seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas.
(EF08HI20) Identificar e relacionar aspectos das estruturas sociais da atualidade com os legados
da escravidão no Brasil e discutir a importância de ações afirmativas. (p. 425)
(EF09HI06) Identificar e discutir o papel do trabalhismo como força política, social e cultural
no Brasil, em diferentes escalas (nacional, regional, cidade, comunidade).
(EF05ER05) Identificar elementos da tradição oral nas culturas e religiosidades indígenas, afro-
brasileiras, ciganas, entre outras. (p. 449)
Ao final desse material encontra-se uma lista de obras que podem contribuir na formação
pessoal dos educadores e das educadoras, com textos de excelente qualidade escrita por
pensadores críticos que tratam a história do Brasil e sobre a população negra brasileira.
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................54
WORKBOOK
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Finalidade:
Expectativas de aprendizagem:
Conteúdos:
• Identidade
• Árvore genealógica
• Escrita autobiográfica
• Cultura afro-brasileira
• Contribuição da população negra para o desenvolvimento da
sociedade
• Enfrentamento ao racismo
• História sobre os povos africanos e seus descendentes.
Procedimentos:
Materiais e recursos:
Anexos:
Sugestões de vídeos:
https://youtu.be/MKXwVj35A94
https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/62
14
https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/55
77
https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/62 16
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Finalidade:
Música é a expressão artística que se materializa por meio dos sons, que
ganham forma, sentido e significado no âmbito tanto da sensibilidade
subjetiva quanto das interações sociais, como resultado de saberes e valores
diversos estabelecidos no domínio de cada cultura. (BRASIL, 2018, p. 196).
Expectativas de aprendizagem:
Conteúdos:
Sabe-se hoje que uma das maneiras de manter vivos os contos, histórias e
crenças é a música, e se tratando da cultura afro-brasileira, não é diferente.
No passado, a música associada à capoeira funcionava como um disfarce,
onde o canto (ou ladainha) e os instrumentos (os berimbaus, os pandeiros,
o reco-reco, o agogô, e o tambor) marcam o ritmo e energia para a prática
que na condição de escravo, se fazia proibida. Logo, a música já não
significava apenas uma manifestação artística, mas também, um símbolo de
resistência. O canto presente nas músicas propriamente ditas e nas rodas de
capoeiras, desempenha um importante papel de contar histórias que
envolvem ancestralidade e crenças. Os instrumentos podem marcar
intensidade e efeitos sonoros distintos de acordo com a maneira com que é
utilizado, isso se aplica por exemplo, ao candomblé onde o responsável pelo
rum (tambor maior), utiliza do mesmo para se referir aos orixás. Em várias
culturas de matriz africana, a música não é apenas ouvida, mas também
sentida de modo a permitir expressões corporais de acordo com a energia
manifesta. Cada um dos instrumentos utilizados, reproduz pulsações em
ciclos e batidas, cada um a sua respectiva sequência. Além disso, podem
haver misturas ou cross-rhythm, que tratam do cruzamento entre ritmos e
pulsos sonoros, seja intercalando instrumentos, mãos ou dedos. Há toda
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Procedimentos:
Materiais e recursos:
Anexos:
Mídias:
https://www.academia.edu/download/59440519/culturas_africanas_e_
afro-brasileira20190529-21671-4137e3.pdf
Finalidade:
Expectativas de aprendizagem:
Conteúdos:
• Capoeira
• Maracatu
• Samba Duro
• Coco
• Ciranda
• Maculelê
• Samba de Roda
• Jongo
• Marabaixo
Procedimentos:
Materiais e recursos:
• Som
• Data show
• Textos que falam sobre música, dança, ritmos e movimentos
• Vídeos e documentários que abordam o tema
Anexos:
https://drive.google.com/drive/folders/1jRUlofVA2UEOd21KBhgituFN-
uwRhl-S?usp=sharing
Mídia
Sugestões de vídeos:
Finalidade:
Expectativas de aprendizagem:
Conteúdos:
1. Personalidades
• Agenor de Oliveira, o Cartola.
• André Rebouças, engenheiro e inventor brasileiro, abolicionista e
monarquista.
• Ângela Davis, professora, filósofa socialista e militante pelos direitos
das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados
Unidos.
• Antonieta de Barros, primeira deputada negra brasileira.
• Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho
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2. Movimentos e revoltas
• Revolta do malês, rebelião contra o escravismo e imposição da
religião católica.
• Revolta do Queimado, principal movimento de luta contra a
escravidão do estado do Espírito Santo.
• Criado Conselho Nacional de Mulheres Negra
• "Negro History Week atualmente o "Black History Month" (Mês da
História Negra)
• Primeiro Festival Mundial das Artes Negras
• Criado o Partido dos Panteras Negras
• Fundado o Clube Negro de Cultura Social.
• Criado o bloco afro Olodum.
• Revolta dos Alfaiates
• Primeira Conferência sobre a Mulher Negra nas Américas
• Fundado o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação
Racial (MNUCDR)
• Primeiro Congresso de Cultura Negra das Américas, na Colômbia
• I Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a
Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância
• Revolta da Chibata.
• Fundada a Frente Negra Brasileira
3. Leis
• Lei Federal n° 10.639 obrigando o ensino da história afro-brasileira
na rede de ensino.
• Lei Afonso Arinos (nº 1390), estabelecendo a discriminação racial
como contravenção penal.
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Procedimentos:
Materiais e recursos:
Anexos:
https://drive.google.com/drive/u/2/folders/1a2QimA8xQ8nIYSSQ8xL4yrU
q8fTfEPTy
Sugestões de vídeos:
MÓDULO 5 – Religião
Finalidade:
Expectativas de aprendizagem:
Conteúdos:
2. As religiões: Candomblé
3. Umbanda
4. Jurema
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Essa espécie carrega consigo fortes elementos indígenas, tendo em vista que
se fundamentou principalmente pelo norte e nordeste do Brasil, elementos
tais como a pajelança, que possui influência do catolicismo e que
atualmente reflete como sendo uma forte influência religiosa do panteão
africano.
5. Macumba
7. Sincretismo religioso
8. Africanidade religiosa
Procedimentos:
Confecção de fitas:
Importante mencionar que a fita não deve ser comprada, mas sim,
presenteada.
As cores das fitas correspondem às cores dos Orixás que, por sua vez, de
forma sincrética simbolizam os anjos da guarda católicos, assim sendo,
verde-escuro associa-se a Oxóssi; azul a Iemanjá; amarelo a Oxum.
Materiais e recursos:
Anexos:
Aula: https://drive.google.com/file/d/1n0C-
Rqld_H6Pi8f_j3feCT9CgmHALe_/view
Vídeo:
https://www.facebook.com/oduduwatemplodosorixas/videos/9782210
68969150
Aula:
https://drive.google.com/file/d/1C5VT9OxzAfNNgD9a_k_5yfz1a9U4
qihp/view
Documentário: https://www.youtube.com/watch?v=aG3-rGiG45A
Mídias:
Para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros
– navio de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África
e Brasil – as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles
criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como
amuleto de proteção. As bonecas, símbolo de resistência, ficaram
conhecidas como Abayomi, termo que significa ‘Felicidade’, em Iorubá,
uma das maiores etnias do continente africano cuja população habita parte
da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim. O entendimento da história
dessas bonecas busca trazer uma reflexão sobre as vivências do povo negro
na época da escravidão no que se refere a afeto e humildade entre os
afrodescendentes.
Expectativas de aprendizagem:
Conteúdos:
1. A boneca Abayomi
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Boneca de pele negra é feita com retalhos de pano e malhas, sem utilizar
qualquer cola ou costura. A oficina da artesã Lena Martins foi criada em
1987 por Lena Martins, com o objetivo de contribuir para o fortalecimento
da autoestima da população afrodescendente. Na língua iorubá, “abayomi”
significa “meu presente”.
Para fazer o corpo da boneca são necessárias duas tiras de tecido, uma maior
e outra mais curta. Em cada ponta da tira mais comprida se faz um nó.
Depois dobra ao meio a tira e se faz um terceiro nó, esta será a cabeça e as
pernas da boneca. Com a tira menor são feitos os braços. Um nó em cada
ponta e então se amarra a tira mais curta logo abaixo do nó da cabeça.
Procedimentos:
Para confecção destas bonecas negras de estética afro, será preciso dois
retalhos pretos para construção do corpo da boneca, nas proporções (24 x
12 cm e 24 x 5 cm), para as vestimentas e acessórios, duas fitas mais
coloridas e um tecido com 14 x 8 cm para o vestido.
Para a roupa, dobra-se o tecido colorido (14 x 8 cm) e faz uma abertura por
onde será passado a cabeça da boneca, para modelar a roupa, amarra-se uma
das fitas coloridas na cintura da boneca. O turbante será feito dando um laço
com a outra fita colorida na cabeça, e para soltar o cabelo da boneca,
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Materiais e recursos:
Feita apenas com pedaços retalhos de pano e malhas, sem utilizar qualquer
cola, costura ou demarcações de olhos, nariz nem boca, isso para favorecer
o reconhecimento das múltiplas etnias africanas.
Como fazer:
Fig. G. Os braços são feitos com a outra tira de retalho da mesma cor,
unindo os dois tecidos com um nó.
Fig. L. Para modelar a roupa no corpo da boneca, utiliza-se uma das fitas
na cintura da boneca.
Fig. M. O turbante será feito com a outra fita, dando um laço na cabeça da
boneca.
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http://www.afreaka.com.br/notas/bonecas-abayomi-simbolo-deresistencia-
tradicao-e-poder-feminino/
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Finalidade:
Expectativas de aprendizagem:
Conteúdos:
Procedimentos:
Materiais e recursos:
Como fazer:
1. Aprendizado
Fonte: beleza.umcomo.com.br
2. Prática
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Modelo 1:
Modelo 2:
REFERÊNCIAS
Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site. pdf.
Acesso em: 20 jul. 2021
PINTO, Thiago Oliveira. As cores do som: estruturas sonoras e concepção estética na música
afro-brasileira. Africa: Revista do centro de estudos africanos, São Paulo, ano 2004, 4 dez.
2004. 22/23, p. 1-23. DOI https://doi.org/10.11606/issn.2526-303X.v0i2223p87-109.
Disponível em: https://www.revistas.usp.br/africa/article/view/74580/78183. Acesso em: 13
jul. 2021.
SILVA, José Carlos Gomes da. Culturas Africanas e Cultura Afro-brasileira: uma
abordagem antropológica através da música. São Paulo (UNIFESP), 2013. Disponível em:
https://silo.tips/download/universidade-federal-de-sao-paulo-15. Acesso em: 17 jul.2021
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STROPASOLAS, Pedro. Pixinguinha: 124 anos do maestro que fez do choro a matriz da
música brasileira. Brasil de Fato, 23 abr. 2021. Disponível em:
https://www.brasildefato.com.br/2021/04/23/pixinguinha-124-anos-do-maestro-que-fezdo
choro-a-matriz-da-musica-brasileira. Acesso em: 3. Ago. 2021.