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Calor Latente
Série completa com 6 e-books
KACAU TIAMO
Copyright © 2014/2018 Kacau Tiamo
Box contendo:
Livro 1: Calor latente
Livro 1,5: Amor em dobro
Livro 2: Inevitável
Livro 3: Incondicional
Livro 4: Indomável e
Livro 4,5: Amor infinito
KACAU TIAMO
Copyright © 2014 Kacau Tiamo
Agradecimentos
Calor Latente começou como um desafio para mim mesma,
tornar um velho sonho em realidade.
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Um
Você está vendo essa gordinha aqui no canto, perto dos
espelhos, saindo da esteira, totalmente sem fôlego, descabelada e
totalmente acabada? Então, essa sou eu no primeiro dia de
academia.
Chamei-o para jantar, disse que havia feito o seu prato favorito.
Respondeu que havia feito um lanche no caminho e não estava com
fome.
Viver para alguém que não vivia para mim? Que não ligava para
mim? Que só me dirigia a palavra para pedir alguma coisa?
Meu Deus, ele era o cara mais lindo que eu já tinha visto!
Ele devia estar tão chocado quanto eu, pois não se mexia. Senti
sua ereção crescer de encontro a minha bunda e meus olhos se
arregalaram, em choque. No espelho, vi se formar um sorriso de
lado naquele lindo rosto. Foi quando a vendedora entrou também no
provador, trazendo mais peças para ele.
Lindos!
— Mãe, está tudo bem? Você está diferente, parece mais feliz.
Tem mais alguma coisa diferente em você e eu não consigo saber o
que é. — Meu filho disse durante o jantar.
Cacete!
Dizia que ele não prestava e que eu não precisava disso, que
ela e sua família me ajudariam. Mas eu estava apaixonada e
acreditava em um conto de fadas. Praticamente não tive família e
queria a minha própria. Queria ser para meus filhos a mãe forte que
minha mãe não foi para mim. E também que meus filhos tivessem
um pai, um pai presente e não como o meu, que eu nem sabia
quem era.
Aham, certo que não ganharia nada. Mas isso me deu uma
ideia. Ele não havia me humilhado por anos? Com ações e
palavras? Humm…
Na segunda de manhã, assim que eles saíram, eu liguei para
Júlia.
— Você nem imagina, Jú! Nem imagina! Escuta, será que tudo
fica pronto e conseguimos dar entrada até sábado? Estou pensando
em preparar uma festa surpresa para o Anthony, é aniversario dele,
você sabe… — Deixei minha frase no ar, sem terminar.
Fui para a loja e fiquei esperando ela passar por ali. Não
demorou muito e ela chegou, parou na lanchonete, pegou um
pedaço de torta e se sentou em uma mesinha próxima à vitrine da
loja. Nesse momento, uma ideia me veio à cabeça.
JÉSSICA
Mais tarde, cheguei na academia, cumprimentei todas as
pessoas que cruzaram meu caminho.
Dei uma garfada na torta e levei à boca. Hum, que delícia! Tão
boa, que acredito ter escutado um gemidinho de prazer saindo da
minha garganta. Era isso que eu precisava!
Meu Deus, o que era aquilo? Tentei desviar o olhar, mas não
consegui.
— Bom dia Jess, estava sumida. — Disse Patrick com uma voz
rouca.
— Você não precisa de palavras, seu corpo fala por você. Seus
mamilos estão durinhos por mim, sua respiração está pesada, você
está pressionando as coxas juntas e seus olhos não mentem. Você
me quer, tanto quanto eu te quero. — Disse, me olhando nos olhos.
— Por quê? Por que você não quer nada comigo? — Ele
parecia não acreditar no que ouvia.
Aliviado???
— Bem, menos mal. Posso esperar. Pelo jeito, você tem tudo
acertado.
Sua mão foi subindo pela minha cintura, por debaixo da minha
camiseta, passeando pelo meu corpo, me apalpando as costelas e
subindo para meus seios. Seu polegar roçou meu mamilo por cima
do sutiã e gemi em sua boca. Foi todo o sinal que ele precisava para
cair matando. Sua mão tomou posse de meu seio, segurando firme,
sentindo o peso, pegando meu mamilo e apertando de leve entre o
polegar e o indicador, me deixando louca.
Sua boca deixou a minha, correndo aberta sobre meu queixo,
minha mandíbula, chupando de leve meu pescoço, descendo em
direção ao meu seio. Levantando minha camiseta, ele abocanhou
meu mamilo por cima da renda negra do sutiã, soltando uma
respiração quente, me fazendo queimar por dentro.
— Eu não fiz nada não, você deve ter feito! — Reclamou Erik,
apontando para a irmã.
— Calma, não é nada disso. Quero falar sobre seu pai e eu.
— O que vou fazer, ninguém vai saber até a hora certa. Mas
estejam preparados para dizer adeus para o seu pai.
— Hummm.
— Ah, para com isso. Você sabe que eu estou aqui para você,
sempre que precisar.
Ele era tão bonito! E tão grande! E parecia gostar de mim, o que
já era uma sorte grande, se fosse pensar bem. Parecia gostar até de
minha barriguinha, já que passava as mãos em mim de um jeito tão
gostoso, parecendo que queria me comer viva…
— Agora que estamos todos com seus pares, vou dizer o que
vamos fazer hoje. Dança sensual, lap dance ou strip dance. No
cabide próximo à porta temos camisas, gravatas, chapéus, óculos,
boás, penas e até alguns chicotinhos. Mas teremos uma regra
básica. Sem mãos, sem tocar. Estamos aqui para aprender, certo?
Temos cadeiras para todos, assim, se escolherem fazer o lap dance,
usem uma cadeira vazia, como simulação. Vou passar alguns
passos básicos, mas cada um deve usar sua criatividade. Vejo, pelo
sorriso no rosto de vocês, que acertei em supor isso. — Disse,
dando uma piscadinha para todos.
E a música acabou.
Juntei tudo com uma braçada e saí o mais rápido que pude.
Aquilo estava muito estranho. O pior era que as roupas eram do
meu tamanho e tinham um caimento perfeito. O corselet deixou
meus peitões em evidência, sem deixar de dar a sustentação
necessária, me deixando sexy. Até a meia, que confesso me deu
arrepios, pois achei que cortaria minha coxa grossa em duas, feito
uma salsicha bock, ficou perfeita.
Os sapatos, então, lindos de morrer, completaram o conjunto.
Quase não reconheci a mulher sensual que me olhava no espelho.
Abri a bolsinha que a professora deslizou disfarçadamente para
mim, junto com as roupas, e encontrei gloss e lápis de olho. Passei
rapidinho, joguei o cabelo para frente e graças ao novo corte, ficou
um pouco mais armado, selvagem.
Passei o boá pelo pescoço, descendo uma parte pelo meio dos
meus seios, deixei a outra cair pelas minhas costas. Virei-me de
costas para ele e abaixei percorrendo minha perna com a mão e
envolvendo um salto. Com a outra cheguei ao meio das minhas
pernas para pegar a ponta do boá e o puxar no ritmo da música,
dando uma rebolada só de quadril, chegando um pouco mais para
trás, muito próximo a ele, mas, ao mesmo tempo, distante demais
para ele me tocar.
— Não posso negar, Anjo. Eu avisei que você seria minha hoje
e, de certo modo, foi. — Concluiu, piscando.
PATRICK
Voltei para o escritório e tentei me concentrar no trabalho, havia
muito a ser feito. Mas quem disse que eu consegui?
— Todo mundo diz que pareço com a minha mãe. Com certeza
você não a conhece. Ela nunca sai de casa. Eu até estava falando
isso para ela hoje, que ela deveria sair mais, agora que está se
separando do papai. Sábado ela vai dar uma festa e vai entregar os
papéis do divórcio. Mas… Espera um pouco, por que estou falando
tudo isso para você? — Disse ela, rindo.
— Deve ser pelo susto. Ou pode ser algo que você está com
muita vontade de contar para todo mundo, mas não pode?
— Ah, porque você não vai na festa também? Vai ter muita
gente lá, meus amigos, amigos do meu irmão Erik, os amigos do
trabalho do papai, a família... Vai sim, vai ser superdivertido!
— Camille disse, quase gritando de tanta excitação.
— Imagina, eu disse que ia adorar ir. Que horas vai ser? Vou ter
que usar um casaco? Percebi a loja que vocês estavam comprando
a roupa dela. Isto é, se você não se importar, Jess. — Dei uma
piscadinha para ela e um sorriso daqueles.
— Bem, por mim tudo bem. Eu marquei para as seis horas da
tarde. Você pode chegar a qualquer hora depois disso. E, quanto ao
casaco, você que sabe. Calça social e camisa já tá bom.
— Suspirou, vencida.
JÉSSICA
ACEITEI!
O maldito chegou tarde para variar. Tomou banho e foi ver TV,
adormecendo no sofá. Fui dormir feliz da vida, sozinha, repassando
tudo o que eu faria…
Capítulo Nove
— Tá, não precisa gritar por causa disso. Viu, estou ligando
porque estou nervosa sobre hoje à noite.
Por que tem que acontecer algo tão drástico para resolvermos
tomar uma atitude e mudar para melhor? Isso eu nunca saberia,
mas o certo é que se não fazemos nada por nós mesmos, ninguém
vai fazer. E, pensando nisso, fui conferir se estava tudo certo com a
apresentação que passaria no telão, com o técnico da equipe de
som.
Eu estava nervosa.
Deve ter sido por essa época que nosso casamento começou a
desandar. Será que foi aí que ele começou a me trair?
Fui andando até ele, escoltada por meus filhos, Júlia e seus
amigos, que pareciam guarda-costas.
Joguei o envelope em cima da mesa e o silêncio reinou no
ambiente.
— Abra.
— Você não pode fazer isso comigo, Jess. Eu amo você, amo
as crianças. Não sei o que me deu para fazer o que eu fiz, mas eu
quero você e quero nossa vida de volta. — Puxei meu braço fora de
seu aperto.
Ele realmente era alguma coisa mandada dos céus para a terra,
para iluminar a vida de uma reles mortal como eu. Seu corpo
perfeito, seus ombros largos, aqueles braços, os cabelos de um
castanho claro lindo, manchado pelo sol, com tons mais claros e
seus olhos azuis. Era realmente uma boa visão.
— Olá, sou Patrick, amigo da sua mãe. Você deve ser o Erik,
que a Camy tanto falou.
— É um prazer, Júlia.
Deus, me dê juízo.
Ela riu e foi falar com eles, que estavam parados próximos à
pista conversando com alguns amigos.
Pegando a mão do meu Anjo, fomos até meu carro. Abri a porta
para ela e fui para o meu lado, entrando rápido e dando a partida.
Em dez minutos estávamos entrando no meu apartamento.
— Ok.
Meu Deus!
— Acho que a comida vai ter que esperar então. — Caí de boca
nele. Ele gemeu alto, agarrando meus cabelos.
— Está gostoso?
Devagar ele foi arrastando a barba pela minha coxa até meu
sexo, onde enfiou o rosto entre minhas pernas, me penetrando com
a língua e acariciando meu clitóris com o queixo. Gemi alto de
prazer e virando a cabeça de lado, me deparei com sua ereção.
Tentei com todas as minhas forças resistir, mas Rick estava tão
louco quanto eu, seu pau se contraía em minha mão como se
tivesse vida própria. No momento em que eu abocanhei o que pude
e chupei forte, ele apertou o queixo em meu clitóris, fez uma
pressão com a língua e enfiou o dedo na minha bunda, tudo de uma
só vez. Eu o liberei de minha boca e joguei minha cabeça para trás,
gozando e gemendo enquanto ele gozava em meus seios, gritando
meu nome. Ele se abraçou mais forte em minhas pernas, e
sussurrou uma coisa que me deixou em estado de alerta…
— Hummm... Surf.
— Sente-se, Anjo.
Obedeci e ele se sentou à minha frente, atacando a comida.
Coloquei um pouco de leite com café em uma xícara e uma torrada.
***
— A noite de alguém foi boa, para estar com roupa de festa, até
essa hora. — Camy deu uma piscadinha para nós.
— É tão bom te ver feliz mãe. E se você magoar nossa mãe, vai
ter problemas comigo. Você pode ser grande, mas não é dois. —
Disse Erik, em um arroubo de coragem.
— Você acredita que esse cara vai se interessar por uma baleia
como você? Ele deve estar brincando, com você e com a gente.
Olhe para ele e pra você. — Tony disse com voz de desdém,
debochado, abanando as mãos em nossa direção.
— Bem, pai, você tem dois minutos para sumir daqui, ou chamo
a polícia. E você já sabe, vai pra delegacia por ignorar a liminar. —
Erik disse, com o celular em punho.
— Você mesmo fez isso, pai. Toda vez que você não aparecia
pra jantar, ou saía para suas caminhadas no final de semana, ou
perdia alguma apresentação na escola quando éramos mais novos.
Para ficar por aí, com as suas mulheres. Nós dois aqui, sabemos
que essa Suzanna não foi a primeira. Então não venha colocar a
culpa na mamãe. Ela teve a decência de esperar, para ter alguma
coisa mais íntima com alguém. Você não está com a razão. E ah!
Seu tempo acabou. — Camille esbravejou, puxando seu próprio
celular do bolso.
Nosso beijo calmo, não ficou assim muito tempo. Fogo crescia
em nós e nossas mãos foram para as roupas um do outro e, em
questão de segundos, estávamos nus. Sempre colocando uma
toalha por baixo de nós, fomos batizando os aparelhos da
academia, começando pela adutora, me abrindo e me dando um
banho de língua delicioso, depois passando de um aparelho para
outro, em cada um ele me pegava de uma maneira diferente, me
levando a loucura.
— Ah, Anjo, você fica tão bonita quando goza assim, em cima
de mim, essa bocetinha me apertando forte, me puxando mais pra
dentro. Ahhh! — Gemeu. — Eu ainda não terminei com você. Esse
aqui é onde eu realmente te quero. — Jogou a toalha sobre o apoio
da máquina de glúteos. — Você já sabe como fazer. Se encoste,
coloque os antebraços ali e segure.
Fiz o que ele pediu e fiquei com a bunda virada para cima. Ele
desencaixou a parte de apoio para o pé e colocou no chão.
— Hummm, que delícia que você fica assim, Anjo. Com esse
bundão gostoso empinado pra mim. Afaste as pernas.
— Surf.
— Eu te machuquei, Anjo?
Agora ela era minha e estava tudo bem, pelo menos a parte que
interessava.
— Meu Deus, será que isso não vai acabar? Esse fogo quando
te toco, quando te beijo?
— Acho que nós vamos ter que batizar cada cômodo dessa
casa depois. Só para exorcizar velhos fantasmas.
— Ah, com o passar dos anos cada um vai levando sua vida e
acaba se distanciando um pouco. Semana que vem é aniversário do
meu pai, você quer ir? Eu já falei de você pra minha mãe e ela está
louca pra te conhecer.
— Ok, vou falar com eles, mas não garanto nada. Mas, eu vou
com você sim.
Lua de mel...
Não tivemos também pois, com a gravidez dos gêmeos, eu
passei mal o tempo todo e meu barrigão enorme não era muito
atrativo para o maldito. Depois os bebês e a trabalheira...
Segunda-feira.
— Isso que você nem faz ideia do que estou vestindo, aqui
deitada na cama, sozinha e com a porta trancada... — Sua voz
rouca me causou um formigamento pelo corpo.
— Nada.
— Nossa amor. Foi uma delícia, mas seria muito mais, se você
estivesse aqui.
Puta que pariu! Eu queria entrar pelo telefone e chegar até ela.
Aquela voz rouca me deixava louco e a nossa brincadeira, só
aumentou o meu tesão.
— Te espero. Beijo.
JÉSSICA
Foi pensar nisso e ele apareceu na porta. Meu Deus, ele estava
tão lindo e aquela protuberância em seu jeans me deixou com água
na boca. Abri meus braços para ele.
— Ah Rick, não vai dar. Tenho que ir até a construtora, para ver
o andamento da auditoria que começa hoje.
Eu quase nunca aparecia por lá, mas tinha tanto direito quanto
ele. Com esse pensamento, me levantei, tomei um banho e coloquei
um tailleur preto com a camisa branca e os sapatos que Rick me
deu.
— Você vai voltar pra mim. Essa sua atitude e esse seu corpo,
estão me deixando louco de tesão. Marque minhas palavras.
PATRICK
—Pode entrar. — Falei alto para que, quem quer que fosse,
ouvisse.
JÉSSICA
Opa! Para tudo! Mano? Será que aquela era a irmã mais nova
dele? Ele havia me contado, quando estávamos tomando vinho na
piscina, que tinha uma irmã bem mais nova que ele, a raspinha do
tacho, como ele disse. Ele e seus irmãos, já eram adultos quando a
mãe chegou com a novidade. Lembro-me dele dizendo que, sendo o
mais velho, se apegou mais à irmã e a tratava como sua filha.
— Oi, Anjo. Sei que é clichê, mas não é nada disso que você
está pensando. — Me beijou o pescoço, perto da orelha.
— Mana, essa é Jess, meu Anjo. Anjo essa é minha irmã, Layla.
— Então vai comer uma sobremesa deliciosa que eles tem aqui.
— Bem, descobri que sou uma mulher rica, muito rica. E que o
maldito se aproveitou de mim todos esses anos, me fazendo de
empregada e me colocando para baixo, a fim de limpar seus
sapatos em mim.
— Ele tentou alguma coisa com você, Anjo? Juro que eu vou lá
e arrebento a cara do canalha.
Rick pediu a conta, pagou e nos levou para casa. Layla ficou
junto conosco, pois ela, Camy e Erik iriam ao shopping mais tarde.
Eles foram entrando e eu dei a volta no carro, indo até a janela dele.
PATRICK
—Oi, Cindy. Preciso falar com você. Pode vir até meu
escritório? — Disse, sério.
JÉSSICA
— E a paixonite do Erik?
— Pelo visto não é só ele que ficou encantado não. E foi por
isso que não os deixei sozinhos aqui. Eles chegaram e foram
assistir a um filme. Os três deitados no chão, com almofadas
espalhadas, o habitual, mas quando prestei atenção esses dois
estavam deitados muito pertinho e depois na piscina…
— Desencana Anjo, se for pra ser, vai ser. Mas todo caso, vou
ter uma conversa com ele, assim como ele teve comigo… só pra
deixar avisado. — Ele brincou, não dando muita atenção. Talvez eu
estivesse exagerando mesmo.
— Vou te fazer gozar tão forte, Anjo, que você vai mudar de
ideia. — E me beijou. Que beijo, meu Deus!
Ele me puxou para fora do box e pisei em uma coisa fofa. Ele
devia ter colocado uma toalha no chão, para que não
escorregássemos.
PATRICK
JÉSSICA
— Devo ter sido muito boa em outra vida, para Deus te colocar
em meu caminho.
Uma lágrima quente rolou em meu rosto. Ele sabia o que dizer
para me deixar toda emotiva.
—Eu parei bem mais pra frente para que, se eles olhassem pela
janela por qualquer razão, não o vissem lá embaixo. Agora vai. —
Me deu um tapinha na bunda, me apressando.
PATRICK
— Então escolha uma, mas tem que ser uma palavra que você
se lembre, caso as coisas passem do ponto e você queira parar.
Porque pare não é uma opção, você pode me implorar várias vezes,
mas não vai adiantar. Só vou parar mesmo, se você disser a palavra
de segurança.
— Diga, Anjo.
— Sim, Senhor.
Sugando e lambendo.
Suspirando e gemendo.
JÉSSICA
A voz dele chegou até mim outra vez, com uma ordem.
— Relaxe.
— Rick, por favor! — Pedi sem fôlego. Sua resposta foi um tapa
ardido na minha bunda.
Então ele puxou uma bolinha para fora de mim, e meu corpo
tremeu forte. Senti que ia gozar a qualquer momento e me forcei a
pensar em outra coisa, mas ele puxou outra bolinha e gritei de
prazer, implorando para que ele me deixasse gozar.
— Ah Rick! — eu gritei.
— Rick, estou sem fôlego ainda… Meu Deus! Isso é muito bom!
Não, bom é pouco… e essas bolinhas? Jesus!
— Não. Irei mais tarde, tenho algumas coisas para fazer. Mas o
banho me parece bom. — Montei nele, o beijando, com segundas
intenções.
— Sim, Senhor.
— Bem, agora que serei uma mulher muito rica, pode me dizer
quanto te devo, pelos honorários e tudo mais. — Eu disse, feliz da
vida.
— Volta pra mim Jess, eu peço perdão por tudo outra vez. A
minha vida não é nada sem você. Eu te amo! — Me agarrou,
beijando minha boca na frente de um monte de pessoas.
— Por favor Jess, não me deixe sozinho. Não sei viver assim.
Foram dezoito anos juntos, pelo amor de Deus!
— Você vai voltar por bem ou por mal. Você acha que esse
marombado vai querer alguma coisa com uma gorda como você?
Ele só está querendo se divertir as suas custas, sua idiota. Deve ser
alguma aposta aqui dentro ou coisa assim. — Percebendo que eu
empalideci com sua ladainha, continuou. — Ele tem outra gostosa
para comer depois que passa por você. Vamos admitir que você
nunca foi grande coisa na cama, Jess. E não começaria agora, só
porque perdeu algumas gramas. Não se iluda, com esse amor
relâmpago.
— Vamos até meu escritório, por favor. — O levei até lá, peguei
suas referências e mostrei o que deveria ser feito.
JÉSSICA
— Quem é a morena?
— Que morena?
— Sim Anjo, ela é ex. Sou todo seu e só seu. Está com ciúmes?
— Sorriu, dando um beijo leve nos meus lábios.
— Ah, Jess, não fale assim, a menos que você queira voltar
para o meu escritório, agora! — Me abraçou mais apertado,
esmagando sua ereção em mim.
— Oh, Deus. Isso não está certo. Não é certo te querer desse
jeito. Não penso em mais nada quando você me beija assim,
quando você me olha, ou sorri desse jeito pra mim, mostrando essa
covinha linda. — Passei o dedo em sua bochecha, seu sorriso
aumentando.
— Ah, está sim. Sou louco por você também, Anjo. Sempre que
estou perto de você fico duro como pedra. Quero você a toda hora.
Na realidade, você nem precisa estar perto para eu te desejar. É só
eu pensar em você que fico assim. Então, não vamos te deixar
querendo. Vamos logo pra minha casa. — Me puxou pela mão em
direção à saída. Olhei para trás e dei um sorrisinho para a morena
que estava observando tudo. Ele é meu, entendeu?
Capítulo Dezoito
— Sou toda sua Rick. Para sempre. Você pode fazer de mim o
que quiser. — Me derreti em seus braços.
— Humm... venha.
— Maria, não estou pra ninguém. — Sem olhar para ela, foi me
puxando para seu quarto. Eu acenei, sorrindo sem graça. Ela
retribuiu o cumprimento, sorrindo abertamente, visivelmente feliz por
ele.
— Você está sempre tão pronta pra mim. Eu quero isso aqui.
— Enfiou dois dedos em mim, bombeando devagar. Retirou os
dedos e subiu um pouco, espalhando minha umidade. —E quero
isso aqui também. — E colocou os dedos em minha bunda, me
fazendo estremecer e me apertar neles. Um gemido escapou dele,
enquanto o meu era abafado pelo seu dedão que acariciava minha
bochecha e escorregou para a minha boca. Retirou os dedos de
mim, levantou a mão e me acertou no meio das pernas.
Puta que pariu, que sensação deliciosa!
— Ah, Rick!
—Que coisa mais linda que você é, Anjo. Não vou me cansar
nunca. Quero te ver gozando de novo.
Hã? Agora era hora dele falar sobre isso? Enterrado em minha
carne com o orgasmo me perseguindo loucamente? Eu não
lembrava nem do meu nome, como tomar uma decisão dessas?
“Tonta, o que você tem a perder? Vai querer ficar sozinha naquela
casa enorme?” Disse meu diabinho. E então me vi respondendo.
***
— Acontece que esse hotel, fica do outro lado do país. Vou ter
que ficar por lá alguns dias. Mas volto até sábado, para o
aniversário do meu pai. Você vai comigo né?
— Sim, eu sei, mas até lá quero ficar com eles. Não vai ser tão
ruim assim. Temos celulares, internet e chamadas de vídeo. Vai dar
tudo certo, amor. — Me levantei e fui até ele, o abraçando.
— Ah, Anjo, sei lá, não sou muito de ficar alardeando sobre o
que eu tenho. Tenho uma rede de hotéis, oito no total. Herdei meu
primeiro hotel, aos dezenove anos, quando meu avô morreu. De lá
pra cá, fui trabalhando, estudando e expandindo. E é isso aí.
***
—Humm, isso vai ser muito gostoso. Já estou até tendo umas
ideias... — E me beijou de leve. —Tchau Anjo, sonha comigo.
—Tchau amor, você também. Mas, ei! Vou falar com você outra
vez, antes disso.
PATRICK
— Bem, era para ser uma surpresa, uma boa surpresa. Tentei
avisá-lo mais cedo, quando me ligaram e passaram minha escala,
mas você não quis me ouvir. Então, aqui estamos, confinados nesse
avião por horas, praticamente sozinhos e eu só para te servir.
— Esse tom sexy não funcionará, Cindy. Acho que deixei bem
claro que acabou entre nós.
— Sim, Rick, deixou bem claro. E eu, deixei bem claro que não
iria embora de sua vida. Não vou parar de frequentar a academia ou
ignorar quando for escalada para esse trabalho. Cabe a você fazer
bom uso desse tempo, ou não.
Não pude fazer nada, ela já tinha tudo acertado e agora não
há o que fazer. Mas não se preocupe que eu já a coloquei em
seu devido lugar. Eu te amo, confie em mim, por favor.
— Cindy, venha abrir a porra dessa porta, já! — Gritei para ela,
que veio correndo da cabine do piloto.
Maldição. Por que tudo estava saindo errado para mim? O que
mais eu teria que passar para poder ficar em paz com a Jess?
— Filha, tome cuidado. Ele é muito mais velho que você, mais
experiente. Não vá machucar esse coraçãozinho, tá?
Ri junto, porque não tinha mais jeito. Dei boa noite para ela e
subi.
Foi o voo mais longo da minha vida. Fui direto falar com o
gerente-geral do hotel. A coisa era pior do que parecia, não era um
desfalque qualquer. Ele havia descoberto uma verdadeira quadrilha,
agindo dentro do hotel. Juntamos as imagens em um pen drive e
pedimos que um detetive de polícia viesse ao hotel. Quando ele
chegou, explicamos a situação, entregamos o pen drive e a partir
daí era com eles. Eles deveriam pegar os integrantes da quadrilha
em flagrante.
— Me diz uma coisa... Quando foi a última vez que você ficou
com ela?
JÉSSICA
Ao ouvir sua voz, meu coração falhou uma batida. Era como se
fizesse dias que não o ouvia e não horas. Conversamos um pouco e
ele me garantiu que quando chegasse ao quarto, ia me ligar de
novo. Esperei uns vinte e cinco minutos e então meu celular vibrou,
com uma mensagem de um número restrito.
PATRICK
— Obrigado.
— Senhor, ela deve ter subido para o quarto. Ela estava com
jeito de quem andou chorando e que não dormiu bem à noite. Vai
ver ela foi dormir ou está no banho.
— Negativo, Senhor.
— Ok. Não saia daí e se por acaso ela sair de casa, vá atrás.
Não a deixe sozinha, nem por um segundo.
Desliguei e mandei uma mensagem para ela.
JÉSSICA
Que merda, alguma coisa não estava certa. Rick parecia nem
saber o que tinha acontecido e seu desespero era sincero. Juntei as
peças do celular, que voaram em todas as direções após eu ter
desligado na cara dele e atirado a porcaria longe, e corri para pegar
o cabo dele e o notebook. Passaria o vídeo para o computador,
ouviria bem e prestaria atenção no que eu estava vendo, em vez de
me desesperar e chorar como uma idiota.
PATRICK
Seu olhar correu para o meu e fiquei muito sério, sem entregar
nada.
— Sinto muito, Cindy. Ele pode ter armado tudo isso, mas sem
sua ajuda, ele não teria conseguido tão rápido. Você tem tanta culpa
quanto ele. Por que você não o procura e pede sua ajuda? — Virei
às costas e saí, muito puto da vida com aquele maldito canalha do
ex-marido da Jess e com a duas caras da Cindy. Cobra!
Oh, Deus, que desse tudo certo. Arrumei as poucas coisas que
eu havia trazido e desci até a sala da segurança, o detetive já
estava com os papéis para eu assinar, com a confissão da Cindy e a
acusação. Depois, eu mandaria meu advogado atrás disso. Fui até o
gerente-geral e passei as recomendações para o caso. Se fosse
preciso, eu voltaria em breve, mas agora eu não podia ficar aqui.
PATRICK
Estavam chegando...
JÉSSICA
— Mãe, escuta o que ele tem a dizer. A culpa não foi dele.
Vamos deixar vocês a sós. Melhor ainda, vamos pegar o Erik e
vamos comer uma pizza. Vocês terão a casa só para vocês durante
algumas horas. — Agarrou a mão da Layla e saíram fechando a
porta atrás delas.
Que romântico que ele era. Meu corpo amoleceu quando ele me
beijou lentamente e eu aproveitei ao máximo o calor de seu corpo,
seu sabor, seu cheiro. Seus dedos se emaranharam em meu
cabelo, me puxando para mais perto. Coloquei as mãos em seu
peito, arranhando sua pele, fazendo-o tremer sob minhas mãos.
— Já vai amor. Você sabe que sou muito grande pra você. Se
você não estiver preparada pra mim, posso te machucar.
—Nunca mais me faça achar que te perdi Anjo. Fica comigo pra
sempre. —Sussurrou um pouco depois.
Meu homem.
Tudo aquilo era meu e ele era uma delicia. Meus olhos
percorreram seu corpo e ao ver sua ereção, minha boca encheu de
água. Como eu queria chupar ele...
—Vem aqui você. Me fode gostoso. Não suporto mais ficar sem
você dentro de mim. Vem... — Dei uma rebolada para ele, que se
moveu tão rápido, que em segundos senti sua língua em mim.
—Ahhh... Rick!
Deitei, sem forças e o puxei para cima de mim. Isso era tão
bom. Ele se apoiou nos antebraços para não me esmagar e falou
em meu ouvido.
—Como eu vivi minha vida toda sem escutar seu riso, sua voz,
sem sentir seu corpo contra o meu? Você é totalmente minha!
—Sim, amor. Sou sua, para sempre. Assim como você é meu.
— Me empinei para trás, levantando, voltando a ficar em quatro
apoios, quando o escutei gemer.
Gememos juntos.
—Certo, está certo. Vá lá, mas volte logo. Quero você sentada
no meu rosto quando voltar.
—O carro não deu nem sinal de vida. Deve ser algum problema
elétrico. — Erik falou, coçando a testa.
—Chris, leve eles até o colégio, por favor? O Rick está comigo,
então não vou ficar desprotegida. E vocês, voltem de táxi. —
Estiquei o braço, mostrando a chave para ele. —Vá com o carro
dele, ele ainda está na cama e não vai precisar por enquanto.
Isso só podia ser obra do Tony, aquele maldito. Ele tentou com
Rick, sem sucesso, e agora veio para cima de mim.
Não sei quanto tempo fiquei naquele quarto, até que ouvi
passos se aproximando da porta.
—Prometa que não vai gritar e eu tiro a fita de sua boca. Quero
falar com você.
—Fala baixo Jess, senão vou ter que tampar sua boca de novo.
Você vai ficar comigo até aprender a me amar novamente. Até me
perdoar por tudo. Vou ser um bom marido para você. Vou cuidar de
você, te alimentar, dar banho, vou fazer de tudo pra você.
Foi até a pia e molhou uma toalha de rosto, trazendo para mim,
passando em minha testa e limpando minha boca.
PATRICK
—Entre, não tem mais sentido você ficar aqui fora. Avise para
entrarem assim que chegarem.
—Ok, Senhor.
—Calma, Camy. Sua mãe sumiu e não temos ideia de onde ela
possa estar. Mas todos suspeitamos de “com quem” ela está.
Precisamos de uma foto do seu pai, Camy, recente. Eles ficarão de
olho, para ver se ele aparece na construtora. Assim eles podem
segui-lo e achar sua mãe.
—Rick, por que tem que ser ele? Pode ter acontecido qualquer
coisa, ela pode ter ido comprar pão, ido no mercado, sei lá.
—Sério mesmo que você acha que não foi ele? Depois do que
ele fez comigo? Estamos aqui já faz um tempo e a casa ficou sem o
Chris por meia hora no máximo. Ela estaria no mercado por tanto
tempo? Sem falar que quando eu cheguei na cozinha a torneira
estava aberta e tinha água por todo lado. Vamos ser realistas,
Camy. Quanto mais cedo a gente agir, mais cedo teremos ela aqui,
de volta, sã e salva.
—Eu vou ligar pra ele, como quem não quer nada e ver se ele
deixa escapar alguma coisa. — Disse Camy, já pegando o celular da
bolsa.
E saiu pela porta, com Erik em seu encalço. Fui até Camy e a
abracei.
—E meu pai, Rick? O que vai acontecer com ele? Porque isso é
sequestro, sem falar naquela liminar da Júlia.
—Isso eu não posso te garantir. Toda ação tem uma reação e
ele deveria ter pensado antes de fazer o que fez. Você sabe disso,
não?
—Rick, nada. Não tem nada pessoal lá dentro. Meu pai até
pode ter estado lá, mas não está mais. Olhamos a casa toda, cada
cômodo. E nada.
—Onde ele pode ter escondido ela? Ela disse que o auditor
tinha a lista de propriedades, mas isso também não é garantia de
nada. Ele tem dinheiro e pode alugar qualquer coisa, em qualquer
lugar.
—Ah! Tem a casa da vovó. Ele vai visitá-la toda semana.
Amanhã ele irá, com certeza. Se não descobrirmos nada até
amanhã, vamos esperar lá e o pegamos. — Disse Erik, mais
empolgado.
—Isso! Amanhã com certeza a gente pega ele. E ele vai ter que
se explicar. — Camy disse.
JÉSSICA
Pensa Jess! Você viu filmes de ação a vida toda e agora que
precisa de um plano sua cabeça dá branco? Pense, pense...
Estava olhando o conteúdo do armário do quarto, quando Tony
bateu na porta.
PATRICK
Jess estava bem, pelo menos isso. Liguei para o Ethan, para
ver se ele poderia rastrear o celular dela. Ele ficou com o número e
prometeu me ligar se tivesse alguma informação. Eu tinha que
descer e dar a notícia para e Camy e o Erik. Desci correndo as
escadas.
—Camy, sua mãe acabou de me ligar. Ela está com seu pai, me
disse que ele a dopou e a levou para algum lugar que ela não faz
ideia de onde seja. Já pedi para um policial amigo meu tentar
rastrear o celular dela, o único problema é que ela está quase sem
bateria. Tenho certeza que logo a teremos aqui.
Liguei para Maria e pedi para adiar a entrevista da sua irmã, até
que a Jess fosse encontrada. Ela ficou preocupada.
—Ok, anote o endereço. Vai ser bom ter você por aqui.
Obrigado, Maria.
JÉSSICA
—Anjo... você está bem? Ele ainda está com você? Ele está te
tratando bem?
—Eu também Anjo. Me diz uma coisa, esse celular dele não
teria conexão com a internet, teria?
Nós dois não tínhamos palavras e ficamos nos olhando por uns
longos minutos, absorvendo os detalhes um do outro, lágrimas
silenciosas escorriam por nossos rostos.
—Ele realmente está te tratando bem aí? Ele não tentou nada
com você? — Seus olhos azuis me encaravam na tela.
—Se ele sabe o que é melhor pra ele, vai manter as mãos bem
longe de você. — Seu rosto transformado em uma máscara de fúria.
—Aviso seus filhos que você pode ligar amanhã? Quem sabe
eles até possam te ver aqui.
—Ok, Anjo, vou entrar na sua conta e ver de onde foi a última
entrada. Lembre-se de apagar a ligação e a entrada aqui. Tente
guardar meu número, assim você liga direto pra mim, qualquer coisa
que acontecer. Eu te amo. — Me passou o número e percebi que
ele estava com uma expressão preocupada.
—Não Tony, não tentei. Pelo silêncio lá fora, a gente deve estar
em um lugar isolado ou coisa assim. Acha que eu sairia andando no
meio do nada, de madrugada e sozinha? — Eu tinha que ganhar
sua confiança, quanto mais ele relaxasse, mais cedo eu conseguiria
fugir. Mordi meu lanche, sossegada e tomei um gole generoso de
Coca-Cola. Humm, mesmo nessa temperatura estava muito boa.
Fiquei repassando mentalmente o número do Rick. Acho que até já
decorei...
—Boa noite, Tony, vou dormir um pouco agora que estou com a
barriga cheia.
—É sim. Nem sei como a gente vai fazer, semana que vem tem
a viagem da turma e agora com o sequestro e essa coisa toda com
meu pai... — Erik passou as mãos nos cabelos, visivelmente
abalado.
—Acho que vocês deveriam ir, falei com sua mãe ontem de
madrugada. Ele está tratando ela bem. Não se preocupe, ele não
vai fazer nada contra ela. Daqui a pouco ele escuta a voz da razão e
a traz de volta. — Falei para ele, tentando amenizar a situação. Nem
eu mesmo acreditava em nada do que estava falando, mas
precisava acalmar o garoto.
—Vou ver com a Camy o que ela acha. Mas você tem razão.
Mamãe gostaria que nós fossemos. Ela falou várias vezes como
isso será importante pra nós no futuro, uma lembrança boa. — E um
sorriso apareceu em seu rosto. Bati mais uma vez na porta da
Camy, que gritou lá de dentro.
—Já to indooo!
JÉSSICA
Uma coisa era certa. Eu não ficaria aqui presa com esse louco.
Fugiria e encontraria meu amor. Com esse pensamento saí da
banheira e tomei uma ducha. Fui até o quarto e resolvi colocar
algumas roupas que o Tony havia comprado. Peguei o conjunto
mais discreto de calcinha e sutiã da gaveta e como estava muito
calor, coloquei um vestido e um par de sapatilhas. Penteei o cabelo
e passei um pouco de perfume. Pronto. Estava pronta para aturar
aquele chato.
—Sim, e você?
—Eu te disse, Tony. Não sou idiota. Não sei nem onde estou.
Como vou sair assim, sem mais nem menos? Falando nisso, onde é
que estamos?
—Isso você não precisa saber. Saber que vai ficar aqui comigo,
já é suficiente. Quando você resolver ceder a mim, a gente volta pra
civilização e retoma nossa vida. Juntos. — Disse me encarando com
aqueles olhos verdes, que um dia eu pensei amar.
Tony não era de se jogar fora e eu nunca pensaria em largá-lo
se ele fosse diferente. Se me respeitasse, me amasse e ligasse
para minhas necessidades, como eu sempre fui com ele. Mas
agora, nada que ele fizesse ou dissesse mudaria isso. Agora eu
tinha o meu Rick.
—Jess, não vou falar mais. Você sabe o que tem que fazer para
poder voltar. — Tony me olhou de um jeito que pela primeira vez,
durante meu cativeiro, fiquei com medo de que ele me machucasse.
Suspirei, resignada.
— Como?
Sem discutir fui pegar o protetor. Seria uma boa sair e dar uma
olhada em volta, assim saber para onde correr quando conseguisse
sair sozinha, mais tarde.
Passei o dito cujo e quando saí pela porta, seguindo Tony, meu
queixo caiu. Em todos os lugares só se via verde... Verde e mais
verde. Plantações e mais plantações e ao longe, mas bem longe
algumas árvores. Demos a volta na casa para ele me mostrar a
criação de frango do amigo e vi lá, mais longe ainda, umas
casinhas. Se fosse correr, tinha que ser para lá!
—Tony, nunca mais faça isso. Nunca mais! — Voltei para meu
quarto, passando antes pela cozinha, pegando uma faca e um
martelo que tinha visto na gaveta dos talheres. Me tranquei, passei
pelo banheiro de novo (o que estava acontecendo comigo???) e
comecei a trabalhar na janela com a faca. Ia levar um tempo
danado, mas eu conseguiria alguma coisa.
E esperei.
Anjo, achei que havia se esquecido de mim ou o maldito
tinha escondido o celular.
Entendo.
Quem sabe amanhã estaremos juntos?
—Não fique com medo, sou eu. — Rick foi chegando mais perto
da piscina, me olhando com fome.
—Oi.
Eu vou sair daqui e vai ser hoje. Disse para mim mesma,
baixinho.
Amor, hoje sonhei com você... Quero tanto você que chega a doer, quero
tudo, corpos suados, beijos, línguas provando pele, unhas arranhando,
mãos deslizando, acariciando... Respirações ofegantes, teu sabor, meu
gosto... Minhas mãos agarrando seus cabelos, te segurando contra mim
enquanto meu corpo treme de prazer embaixo do seu... Suas mãos me
juntando, agarrando e puxando meus cabelos, me guiando para seu prazer...
Você é meu e eu sou sua. Entre nós não existem limites, só o prazer e a
realização de nossas fantasias mais profundas... Entre quatro paredes
podemos tudo... Isso será nosso segredo. Só você e eu, em nosso quarto e
o mundo lá fora... por nós e contra nós... Saudade de você amor. Vou fugir
daqui a pouco. Entrarei em contato assim que possível. Minha caminhada
vai ser grande, não sei quanto tempo vou levar para atravessar tudo isso.
Não esqueça que te amo mais que a vida. Mil beijos. Seu Anjo.
JÉSSICA
***
O barulho dos pássaros me acordou de um sonho estranho.
Será que era sonho ou uma lembrança?
Jéssica.
—Isso não é certo Gabriel, eu... eu não posso fazer isso. — Ele
apenas concordou com a cabeça e se afastou.
Tomei um gole. Essa mulher fazia um café divino, sem falar nas
comidas deliciosas.
—É, isso é realmente muito estranho, vamos ver o que ele diz.
A propósito, eu queria falar uma coisa com você. Tenho sonhado
com uns números, sempre os mesmos se repetindo na minha
cabeça. Tem ideia do que seja?
—Minha filha, hoje você terá uma boa notícia. E nos deixará em
breve. Meu neto está caidinho por você Jéssica. Mas ele sabe que
você é de outro. E você vai encontrar ele, logo. Véia sente isso aqui,
ó. — Colocou a mão do lado esquerdo do peito.
Fomos então até uma casa grande, antiga, mas bem cuidada e
entramos.
Era ele.
O dono dos olhos azuis dos meus sonhos. Seu rosto lindo se
iluminou com um sorriso largo, mostrando uma fileira de dentes
brancos, seus olhos brilharam e ele correu até mim.
Meu amor, minha vida, minha alma e todo meu ser pertenciam a
aquele homem. Isso eu não tinha dúvida alguma.
Quando dei por mim estava agarrada a ele em um beijo
obsceno. Ficamos abraçados como adolescentes. Apertando,
acariciando, nossas bocas coladas, nossas línguas em uma dança
erótica toda nossa. Rick! Meu Rick! Lágrimas tomaram conta de
meus olhos e escorreram pelo meu rosto.
—Ah Jess, achei que tinha perdido você pra sempre! —Ele me
disse, acariciando meus cabelos, meu rosto, tocando onde seus
dedos alcançavam. —Você emagreceu muito, quando chegarmos
em casa vou te por na linha de novo. — Ele disse sorrindo para
mim.
Comecei a rir, feliz por tê-lo outra vez comigo, poder tocar, beijar
e sentir seu corpo junto ao meu.
KACAU TIAMO
O lugar era simples, uma casa antiga cercada por uma varanda,
com redes penduradas, algumas galinhas ciscavam por perto, onde
uma velha senhora enrugada jogava farelo para elas.
Que coisa mais besta! Ter ciúmes de uma velha senhora. Mas
Jess era minha e meu instinto possessivo não admitia que ninguém
mais acariciasse meu Anjo.
Minha!
Ah! Meu Anjo estava comigo outra vez! A puxei para mim e ela
encostou a cabeça em meu ombro. Uma sensação de paz e calor se
apoderou de mim.
Ela abriu um sorriso lindo naquele rosto magro. Isso não estava
certo, trataria disso depois, quando voltássemos para casa, mas
agora ...
Ela veio para perto de mim, devagar, me olhando nos olhos.
Primeiro encostou seus seios em meu peito e senti os mamilos
duros roçando em mim. Seus olhos se prenderam à minha boca,
senti sua língua contornando meus lábios e um arrepio de
antecipação percorreu meu corpo. Senti seu sorriso em minha boca
e minha língua foi de encontro à dela. Quando se tocaram, seu
sabor me invadiu e perdi o controle.
— Você... eu... oh, Rick! — Meu Anjo jogou a cabeça para trás
e fechou os olhos.
Ela abriu a boca em busca de ar, mas a única coisa que saiu foi
um “Ah”, rápido e agudo. Seu corpo convulsionou sobre o meu e ela
gozou, daquele jeito maravilhoso todo dela, sua boceta se
contraindo e me chupando para mais dentro dela, me prendendo.
Mas a água gelada nada fez para acalmar minha ereção. Saí e
me sequei com a camiseta, coloquei minhas roupas e joguei a
camiseta molhada no ombro. Meu Anjo tinha se secado na manta e
já estava vestida também. De mãos dadas, voltamos para a casa da
velha Joana.
Capítulo Três
Quando chegamos, Camy e Erik estavam deitados nas redes e
a velha Joana estava contando uma história para eles.
— Sim, meu filho. Não foi nada. Essa velha aqui adora aquela
menina. Desde que coloquei os olhos nela, percebi que ela era
especial. E tem também aquela coisa, que pela sua carinha, sei que
ela já te contou. Serão especiais para mim, sempre. Não esqueçam
dessa velha aqui, hein? Gabriel teve que resolver umas coisas por
aí, ele não é muito de despedidas —disse a velha Joana com um
sorriso no rosto, piscando um olho para mim.
— É, mas não é seu. Ele tem pai, que por acaso sou eu. Se
afaste de meu Anjo, Gabriel — eu disse, invadindo o quarto e indo
direto para a frente de Jessica, ficando entre ela e Gabriel,
encarando-o.
— Você está bem, Anjo? Não está enjoada nem nada? Nosso
bebezinho está bem aí? — Completei baixinho em seu ouvido e
passei a mão em sua barriga.
Orei a Deus para que eles dormissem logo. Mas que nada.
Assim que o avião levantou voo, eles começaram a conversar com
Marcelo e o máximo que consegui foi roubar alguns beijos de meu
Anjo, mas sua mão não saiu da minha coxa, me provocando o
tempo todo.
— Ah, Rick, assim não vou durar nada. Vai ser você respirar
perto e eu vou estar gozando.
— Mãe, que bom que você está de volta. Isso aqui estava um
inferno. Papai entrou feito um louco alucinado, foi para cima do Rick
e deu umas porradas nele. Acho que Rick deixou ele bater um
pouco para não ficar feio pra ele na nossa frente e depois caiu de
pau em cima do papai e ensinou uma lição pra ele. Foi para o
hospital escoltado e de lá para a cadeia. Pode ficar sossegada que
ele não sai tão cedo de lá. Tinha um vídeo que ele fez e mandou pro
Rick do seu sequestro. Além de tudo, foi burro ainda.
— Vou com você, Anjo. Depois que ele te tirou daqui, debaixo
do meu nariz, você não fica longe dos meus olhos. Não, senhora —
fui atrás dela.
Beijei seus olhos, seu nariz, desci para seu pescoço, traçando a
veia pulsante com a língua e subi para seu ouvido, lambendo seu
contorno e mordendo. Jess se arqueou embaixo de mim, gemendo
e se esfregando em meu pau. Tremi de desejo ao sentir o calor de
seu sexo em mim e comecei a responder do mesmo jeito, me
esfregando a ela, beijando sua pele, arrancando gemidos de prazer.
— Vamos nos lavar e descer logo, antes que ela venha bater
na porta.
O que ela deve ter passado no meio daquele mato para ficar
assim?
— Papi, é melhor levar ela pra cama. Por mais fofinho que seja
o tapete, sabe como é — Camy sussurrou pra mim.
— Tá, você tem razão. Ela estava tão cansada que nem se
mexeu.
— Vamos, gostoso...
— Me enganando, é?
Meu coração ficou apertado, não queria que ela ficasse longe
de mim, mas também queria fazer uma surpresa para a noite de
amanhã.
— Pego sim, Anjo. Vamos lá — fui com ela até uma mesa
próxima e esperei Camy voltar com seu café, depois fui pegar o
nosso.
— Anjo, isso você vai ter que perguntar pra Camy. Não vou me
meter nisso não, mas, pelo visto, eles estão se entendendo —sorri
para ela e ela retribuiu um sorriso sincero, mas um pouco
preocupado.
— Não fique com raiva deles, nem bravo, amor. Eles só ficaram
preocupados e contentes por ver que deu tudo certo. Sou sua, amor.
Somos seus — pegou minha mão e colocou em cima de sua
barriga.
Jesus, o poder dessa mulher sobre mim era insano! Minha mão
escorregou para baixo de sua camiseta e começou a subir, a se
arrastar em direção aos seios dela. Ela chegou mais perto de mim e
passou o nariz em meu ouvido, sua respiração me arrepiou e ela
passou a língua pelo lóbulo e mordeu.
— Por mim não, não fizemos nada mesmo. Até melhor assim,
que me sobra mais tempo para ficar com você.
— Sei de alguém que vai ficar muito feliz em saber disso —ela
riu e afagou meu cabelo.
— Rick, não seja bobo, não vai dar para ver quase nada! Só
uma bolinha.
— Ainda assim, a bolinha é o meu bebê — ele riu e beijou
minha barriga.
Eu tive que rir da cara que a médica fez. Na certa esperava ficar
a sós com ele na sala, enquanto eu me preparava. Coitada.
— Não faça mais isso, Anjo. Quando acordei e você não estava
ao meu lado, quase enfartei. Me avise das próximas vezes, por
favor — me abaixei dando um beijo em sua testa.
— Não, amor.
— Que horas vai ser a festa, Rick? Será que precisam de ajuda
com alguma coisa?
Adolescentes!
Ela sorriu para mim e quase não me contive. Mas tínhamos que
ir e os dois esperavam pela gente a poucos metros.
— Vamos então?
Disse, rindo alto do Theo. Bruno era mais alto que Theo e mais
encorpado. Era o mais alto de nós quatro.
— Valeu, cara.
— SIM.
A ficha do Erik parecia não ter caído. Ele olhava para o que
tinha nas mãos, olhava para nós e para eles novamente.
Para acabar com o meu controle, que já estava por um fio, ela
balançou a bunda para mim e me olhou por cima do ombro com
cara de safada.
Grunhindo como um lobo faminto, ataquei meu Anjo, que riu,
feliz. Caímos na cama e nos perdemos em carícias…
Mais tarde acordei com meu Anjo me dando beijinhos pelo rosto
todo.
— É uma ótima ideia, vou ligar para eles. Mas primeiro vamos
tomar um banho — a segurei mais firme e levantei com ela nos
braços.
Cuidar dela me deixava calmo.
— Preparada, Anjo?
— Uhum.
— Ah, minha filha, que bom que você está bem, nós ficamos
tão preocupados! — E aí veio a parte que eu tanto temia. Minha
mãe parou e encarou Jess. Passou a mão pelos seus cabelos e me
olhou, com cara de espanto. —Rick, ela é... — Jess sorria para
minha mãe e me olhou sem entender do que ela estava falando.
— Sim, mãe. Ela é meu Anjo. Jess, essa é minha mãe, Rosa.
— Prazer em conhecer a senhora — Jess abraçou minha mãe,
que continuava a me olhar com os olhos arregalados.
Ah, não existe nada no mundo mais lindo do que o riso do MEU
Anjo.
Capítulo Dez
— Com você vou pra qualquer lugar, amor — ela se virou para
mim, oferecendo os lábios para um beijo, coisa que eu mais do que
depressa aceitei.
Ainda bem que o maldito estava atrás das grades, mas com
alguém que tem dinheiro e influência, temos que ficar atentos a tudo
e a todos.
Ela suspirou.
— Eu sei, Anjo. E você vai. A palavra final sobre tudo será sua
e eles vão se lembrar de você cada vez que andarem pela casa.
— Vamos perguntar o que eles acham. Por mim, tudo bem. Vou
ficar mais tranquila em partes, mas preocupada em outras... se bem
que já são maiores de idade...
Meu Anjo... será que algum dia eu negaria alguma coisa para
aquela carinha?
Olhei para Jess que, como eu, estava emocionada com o som.
Tão alto e rápido! Pareciam com o som de cavalos galopando. Não
pude conter as lágrimas, que caíram silenciosas, como da primeira
vez que os vimos na tela.
— Goza, meu anjo, goza pra mim — meu controle estava por
um fio, mas antes de me deixar levar, ela gozaria daquele jeito
delicioso…
— Rick!
— Ei, grandão, vou roubar sua mulher hoje — ela disse, nos
cumprimentando com um beijo no rosto.
— Vá com ela, Anjo. Vai ser bom pra você passar um tempo
com outras mulheres, se divertir um pouco — me beijou de leve. —
Eu estarei aqui quando você voltar.
Peguei minha bolsa e, depois de mais um beijinho de
despedida, saímos.
Um arrepio me percorreu.
Agora não tinha mais jeito, eu teria que entrar e que Deus me
ajudasse.
Me espreguicei.
Completamente lindo!
Meu corpo se amoleceu todo, pronto para ele, rendida aos seus
caprichos. Sua boca tomou a minha, nossas línguas dançando em
um ritmo frenético, Rick exigindo com lambidas firmes a minha
rendição total. Com um suspiro, me entreguei a ele.
— Ah, Rick!
Gemi mais alto quando ele mordeu o bico do meu seio. Então
ele entrou em ação para valer, se levantando e puxando minha
calça, levando junto a calcinha. Sua cabeça se enterrou entre
minhas pernas e, com um gemido rouco, ele atacou meu clitóris,
seus dedos me penetrando fundo, remexendo dentro de mim. Mordi
o lábio, contendo um gemido.
— Apenas disse que nunca mais olharia para essas coisas com
os mesmos olhos, ele deve ter pego a insinuação — Rick disse
rindo.
Rick havia acordado com essa ideia fixa. Desde meu sequestro,
eu não entrava na mata fechada desse jeito. Por vezes ele tentou
me levar, mas eu não fui. Nossa lua de mel estava acabando e
acabei cedendo.
Medo idiota!
Voltei meu olhar para ele, que sorria para mim. Ah, aquele
sorriso torto me deixava enlouquecida. Qualquer resquício de medo
em mim sumiu diante do tesão que me consumiu. Ao lado da manta
ele colocou uma toalha, com nosso almoço em cima.
— Vontade de quê?
— Vontade de você.
Encostei meus lábios nos dele, mas dessa vez o beijo foi
intenso. O desejo e a necessidade foram maiores que qualquer
coisa, nossas mãos trabalharam rápido, livrando partes necessárias
de roupas desnecessárias.
— O que você vai fazer comigo? Sabe que entre nós nunca
terá mais nada. Me deixe em paz, Tony. Siga sua vida!
Estávamos na rua!
Capítulo Dezenove
— Felipe me salvou…
— Não vou não, Anjo. Tenho você comigo. Ele não importa
nada para mim. Que mofe na cadeia onde é lugar de gente ruim
como ele — pegou-me nos braços, me levando para o carro dele e
entrou no banco de trás comigo.
O olhar de Rick era preocupado ainda. O que será que ele não
estava me contando?
— Sim, ele não foi atrás deles. Em casa ligaremos para eles,
quando você estiver mais calma e a médica tiver passado lá para te
ver — ele apertou minha mão entre as suas e beijou meus dedos. —
Ela já está a caminho.
— Faça tudo o que precisar, Rick. Desculpe por trazer esse tipo
de confusão para sua vida.
— Anjo, nunca mais diga isso. Por você, sou capaz de tudo!
Amo você mais do que a mim mesmo. Sua pele é uma extensão da
minha, você faz parte de mim. Respiro porque você respira, vivo
porque você vive. Sem você, nada tem graça — com lágrimas nos
olhos, o beijei. Intensamente. — Pare, Jess. Olhe como estou —
colocou minha mão em cima de sua ereção, que pulsava. — A
médica vai chegar logo, Pam estará aqui a qualquer momento, está
lá embaixo pegando a chave com Marcelo.
— Posso entrar?
Outra batida na porta, dessa vez, Rick foi abrir. Ele fez sinal
para que Pam o seguisse, cumprimentou a médica e saíram.
Capítulo Vinte e Um
Sozinha com a médica, respondi suas perguntas e passei por
um exame físico completo.
Ah, será que tinha alguma coisa rolando por ali? O assunto do
batizado dos bebês rendeu e depois de algum tempo, Pam
despediu-se e ficamos sozinhos.
Para testar minha desconfiança, contei para ele, afinal não era
segredo algum. Seus olhos brilharam e um sorriso enorme surgiu,
apenas por alguns momentos, o suficiente para que eu soubesse
que ali havia um coração apaixonado.
Eu sabia, mesmo sem poder ver seu rosto, que ele estava
dando aquele sorriso lindo, que sempre aparecia quando falava dos
bebês.
— Bem, amor.
— É lindo demais!
Sem esperar mais, me forcei para trás, fazendo com que ele
entrasse todo. Um grito de puro tesão escapou de mim, fazendo
com que os passarinhos voassem aos berros.
— Amo você, minha vida, meu tudo… não imagino minha vida
sem você… desculpa por me segurar por tanto tempo, Anjo. Eu só
queria…
Por volta das cinco da tarde, voltamos para casa. Felipe estava
de guarda na porta.
— E como, Amor.
Ri do jeitinho de Pam.
— Ficou lindo demais, Pam! Mal acredito no que estou vendo.
Até a piscina vocês decoraram! — Outra contração me atingiu e
segurei a barriga, sem pensar.
Pam gritou para Rick, mas ele não escutou. Ela pediu para que
eu tampasse os ouvidos e metendo os dedos na boca, deu um
senhor assovio. Na mesma hora, Rick olhou e veio correndo em
minha direção.
— Porra, Anjo. Se essa força toda que me apertou for pela dor...
Olhei para ele com todo o amor que sentia, a emoção toda de
hoje, junto com a chegada dos nossos bebês, me deixando ainda
mais emotiva.
Meu bebê era loirinho e me olhava com lindos olhos azuis, bem
abertos e espertos. Tal qual os olhos do pai.
— Ele é tão parecido com você, amor. Seu filho. Nosso filho.
Meus filhos!
Epílogo
Um ano depois.
Nunca mais havia tido notícias de Tony, mas sabia bem que
Rick estava de olho, a segurança reforçada me dava essa certeza.
— Ah, vocês são fogo, viu! Pega mais uma bandeja ali, amor.
Eu também vou querer! — Ri com eles.
KACAU TIAMO
Fernando Pessoa
— Ainda não Pam, creio que logo logo ele estará abrindo
aquela porta. Venha se sentar, não deixei ninguém pegar a mesa de
vocês.
— O mesmo de sempre?
Senti um calor por trás e sabia que ele estava ali, seu perfume
me envolveu e sua voz rouca me arrepiou.
— Já pediu?
— Não querida, vou ficar com você. Vamos ver um filme, comer
pipoca... Uma sessão de cinema em casa.
— Ok, você venceu. Eu vou, mas até lá você vai ficar comigo,
no meu colo ou bem pertinho de mim. Te amo muito, Ella. — Abracei
e beijei seus cabelos.
PAMELA
Diana era uma irmã postiça para mim, sempre apoiando quando
eu precisava e dando um puxão de orelha, quando eu achava que
não precisava.
— Vamos Di, nossa noite vai começar bem, mesmo sem o seu
esquenta.
THEO
— Oi, Neném.
Capítulo 3
PAMELA
Jesus, ele estava tão duro que dava para sentir seu contorno
através do jeans, seu pau estava grosso com a cabeça saliente e
delineada. Hummm, eu o queria em minha boca. O pensamento
tomou forma e sussurrei em seu ouvido.
Logo que ele entrou, mal esperei que fechasse a porta e já fui
atacando seu cinto, abrindo os botões da calça com um puxão,
tirando-o para fora. Que pau mais lindo, perfeito! Contornei a cabeça
rosada com a língua e o engoli todo de uma vez, acariciando com a
língua e o sentindo em minha garganta.
— Goza Neném... Quero seu suco, sua água, mata minha sede,
sacia minha vontade de você e goza na minha boca. — Disse a
centímetros de meu clitóris. — Goza Neném, treme em minhas
mãos... Agora você é minha, só minha, gostosa. — Voltou a me
lamber toda. — Deliciosa!
— THEO! Ah...
Outra batida e senti que ele puxava a saia do meu vestido para
o lugar e a camisa por cima da calça. Pulei para o banco do carona
e ele abriu a porta, já que as chaves só Deus sabe onde estariam.
— Vocês, por favor, encontrem outro lugar para isso, sim? Aqui
no estacionamento não pode. — Disse o manobrista da Sanders.
— Toma, fique pra você. Para que não se esqueça dessa noite.
— Disse, com um sorriso safado.
— Di, vamos embora, você não está bem. Me ajude aqui, Theo.
Concordei com a cabeça, minha voz parecia ter saído para dar
uma volta e respirei fundo para retomar o controle sobre meu corpo.
Jesus, se ele dissesse “Vira, levanta a saia, que eu vou te
comer no capô do carro, aqui no estacionamento pra todo mundo
ver”, eu obedeceria. O que esse homem tinha?
— Sim, Theo, já vamos entrar, vou ficar com ela essa noite.
Pode ir, ficaremos bem. — Nossa, ele era teimoso!
Seu controle foi para o espaço com minha carícia. Chupei sua
língua e ele atacou. O beijo ficou selvagem, bocas se consumindo,
línguas duelando, mãos se tornaram frenéticas e rudes, apertando,
apalpando. Gemíamos um na boca do outro, o tesão chegando a
níveis insuportáveis. Abri seu cinto e puxei a calça, fazendo os
botões se abrirem todos.
— Urrrghhh...
— Eu prometo, Theo.
— Só um minuto, Senhorita.
“Neném,
Não se esqueça de que você agora é minha.
Beijos minha gostosa,
Seu Theo.”
Poxa, você já viu que horas são? Meu lindo, vou para casa.
Já está tudo certo e o equipamento funcionando perfeitamente.
Meu estômago me avisou que está na hora do jantar.
Se eu não tivesse que ir pra casa... Eu não quero, quero
ficar aqui com você, mas preciso ir.
Desliguei o monitor.
Bem, eu não tinha motivo para ficar brava ou irritada. Afinal ele
nunca havia mentido sobre Ella, entrei nessa sabendo muito bem o
que me esperava. Com um suspiro, liguei a tela e aproximei a
imagem. Ele olhava para a tela do computador, sem piscar, seus
dedos voando pelo teclado.
— Menina má. Podia falar comigo esse tempo todo e sei que
pode me escutar também. Vai ganhar um castigo por isso. — Um
sorriso lindo apareceu marcando suas covinhas e seus olhos verdes
se iluminaram.
— E aí mulher, melhor?
Eu, muito tonta, corri para abrir a janela. A brisa noturna bateu
em meu rosto levantando meus cabelos como dedos invisíveis. Não
é que o sem vergonha ordinário sabia o que estava fazendo?
THEO
Que vontade de saber como ela estava! Bem, ela achava que
não me veria no dia seguinte, mas ela havia esquecido do churrasco
na casa do primo dela, Rick, que estava comemorando o oitavo mês
de gestação de sua esposa. Eu queria uma vida como a do meu
grande amigo. Paz, sossego, mulher e filhos a quem me dedicar e
pensar no futuro.
Suspirei e me levantei.
Corri para atender e vi que era Rick. O quê que o doido do meu
primo queria?
— Espero que seja alguma coisa importante... — Já fui brigando
de brincadeira.
— Quando vocês iam contar para mim que tinha alguma coisa
acontecendo aí? — Ela perguntou, meio brava com a gente.
— Sabe que ele está preso e vai ficar ainda por um bom
tempo... depois da última então, só se complicou mais. Acho que
agora não tenta mais nada, mas com o Tony, nunca dá para ficar
sossegada.
— Ei Pam, não faça essa cara. O que tem demais ele ir buscá-
la? Ele já te falou dela? Pam, Ella é...
Saí andando e fui para perto da Jess, ela seria meu escudo
humano contra os dois. Merda, eu não estava preparada para vê-los
juntos!
THEO
PAMELA
— Quer sentir o meu calor sobre sua pele, meu peso sobre seu
corpo, minha boca na sua...
Senti seu riso em minha pele e a próxima coisa que senti foi o
pau dele brincando em minha bunda. Só roçando. Não me aguentei
e empurrei para trás, fazendo ele entrar em meu rabinho,
deliciosamente forte.
THEO
Encostei minha testa na dela, feliz por ela ter tido um dia
gostoso e sossegado. Dei um beijinho em seu nariz e a deixei ir.
Quando voltei para o quarto, Pam estava acordada e de biquíni.
— Bem, já vou indo Theo, vou levar seu roupão, amanhã
mando te entregar. Tomei a liberdade de chamar um táxi, deve estar
chegando. — Pam estava diferente, ríspida e me olhava com uma
cara nada boa.
— Olha aqui, você já fez muita coisa hoje. — Uma buzina a fez
se calar. — Estou indo. E não venha atrás de mim. — Ela disse no
mesmo tom baixo que eu, abrindo a porta da minha casa.
Fiquei puto com essa atitude dela. Ela era minha, eu a levaria
para casa. Pam me olhou e veio em minha direção.
PAMELA
Acordei com Theo tirando minha mão devagar do corpo dele e
saindo de fininho. Me levantei e fui até a porta, olhar o que ele iria
fazer.
Ele retornou, falei meia dúzia de palavras com ele e fui embora
levando sua toalha comigo, assim ele não viria atrás de mim. Entrei
no táxi e passei o endereço da casa do Rick.
Ódio!
— Rick, cale a boca, você não sabe o que vi, o que escutei.
Deixe os dois lá, felizes e sozinhos, eu tô fora. Não tenho estômago
pra isso não. Ele a chamou de princesa... me apresentou como “a
prima do Rick”. — Fui largando tudo em cima dele.
— Me deixe ir Rick, não vai ser bom pra Jess uma discussão
aqui na sua casa, tem os bebês. Eu vou embora. E vou manter
minhas perninhas bem fechadinhas daqui pra frente!
Olhou bem dentro dos meus olhos, seu olhar intenso com
aquele tom verde lindo, me deixando mole e me fazendo esquecer
até do meu próprio nome. Me pegou por trás do pescoço, sua mão
me mantendo imóvel, apertando de leve minha nuca.
Gostoso e preocupado.
Comi e fui trabalhar. Trabalho. Seria mais como diversão, já que
agora eu passaria meus dias observando ele trabalhar...
— Foi bom, mas pelo jeito o seu... ui, ui... viu passarinho verde,
foi? — Ela balançou as sobrancelhas para mim, sorrindo
provocativamente.
— Pam, seu primo está atrás de você, já ligou umas dez vezes
e seu celular estava na caixa postal.
— Bem, não é bem novidade, nem sei como definir o que está
me acontecendo...
Por que, meu Deus? Por que me mostrar o que era bom e me
tirar desse jeito? Por que ele? Como ele estaria? Rick não revelava
nada! Só me olhava com aqueles olhos azuis preocupados.
Então era isso que Rick queria me contar quando disse que ela
era sim a princesa do Theo...
— Meu medo era deixar Theo sozinho. Mas parece que ele
encontrou alguém para cuidar dele. Ele parece estar bem
apaixonado por você. — Essa última parte foi sussurrada ao meu
ouvido, como uma confidência. Ela se afastou e secou as lágrimas,
sorrindo constrangida. — Segredo. — Sussurrou e me deu uma
piscadinha. — Vou te deixar com ele, e vou comer alguma coisa. Ele
está fora de perigo, fique tranquila. Isso tudo assusta, mas ele não
chegou a quebrar nada, foram só alguns “trincados”. — Ela
balançou dois dedos de cada mão, enfatizando o “trincados”. — O
pior foi sua cabeça, tomou alguns pontos na testa e supercílio. Esse
teatro todo de bandagem é coisa de um enfermeiro engraçadinho.
Theo teve sorte por ter um carro alto. Já falei que ele teve muita
sorte né?
Suspirei aliviada.
— Sim amor, ela é. Por que me escondeu que ela era sua irmã?
E por que não me contou que ela estava doente? Não entendi isso
ainda, Theo. — Peguei sua mão entre as minhas em uma súplica.
Eu precisava saber disso, poxa!
— Neném, me perdoe...
— Para, Theo, você não teve culpa pelo acidente, isso não
podemos prever. — O acalmei. — Já estou bem, já fui medicada
antes de vir pra cá. Por isso demorei um pouco. — Sorri para ele.
Não contaria agora para ele sobre meus pais. Bem, ele sabia de
tudo, mas não sabia que era aquele o maldito hospital.
O encarei e ele estava olhando minhas pernas. Sua expressão
estava mais dura e tremi de excitação ao ouvir suas palavras.
Será?
Capítulo 11
— Ei, e aí?
— Sim, eu sei. Mas vou fazer, se isso puder salvar a vida dela.
Eu estava recostada em seu ombro, quando senti seu corpo se
enrijecer e sua postura mudar. Ai ai... Ela tinha avistado um gatinho!
Sua cara de tesão foi tudo o que precisei. Pulei da cama e fui
trancar a porta do quarto. Quando me virei ele já segurava seu pau,
acariciando e me olhando com fome.
THEO
Voltei minha mão para o meio de suas pernas, meti dois dedos
dentro dela e pressionei o dedão em sua bunda, a penetrando
duplamente. Com os outros acariciava seu clitóris quando o
encontrava, entre as metidas em seus dois buraquinhos.
Vê-la feliz, fazia com que minha felicidade fosse ainda mais
completa.
Capítulo 13
PAMELA
Saí do quarto do Theo e fui encontrar Diana. Eles ainda
conversavam, sentados no mesmo banco. Fui chegando devagar,
mas não tinha jeito de não estragar o papo dos dois.
— Ei, ei, para tudo! Não comece a falar assim, esqueceu que
euzinha estou só e abandonada?
— Nossa Di, pela sua cara a coisa não foi muito boa.
— Ei, Grazi, sou eu, Pam. Será que você consegue dar conta
de tudo sozinha essa semana? Um amigo sofreu um acidente e
precisa de companhia...
Sei que ele faria tudo isso por mim, se eu precisasse. Meu
celular tocando, tirou-me dos devaneios.
— Quer que a gente passe a noite aí, com você? Ou você pode
vir pra cá, se quiser.
— Ei, estou bem, não se preocupem não. Todo caso estou com
minha bombinha pertinho de mim. Foi só o susto que desencadeou
tudo. Já não sinto mais nada.
— Claro que sei! Mas cuido muito bem do meu Anjo. No que
depender de mim eles ficarão no forninho até a hora certa.
Fui tomar banho e quando tirei meu vestido percebi que ainda
estava sem calcinha. Isso até que tinha sido bom, ele havia tido
acesso total e irrestrito... O modo como ordenou que eu a retirasse...
Só de me lembrar, minha pele se arrepiou. Entrei no chuveiro e
tomei uma ducha rápida.
Quando tinha sido a última vez que comi? Nossa, estava morta
de fome! Ainda enrolada na toalha corri para a cozinha, fucei os
armários e só achei macarrão instantâneo.
— Bem, se ela não acordou com essa bronca, não acorda por
mais nada nesse mundo!
— Está bem amor, não vou me atrasar. Beijo nessa boca linda.
Boa noite e bons sonhos.
— Bom dia pra você também, Bruno. Como está o humor dele
hoje? — Perguntei, receosa. — Ontem ele estava com um mau
humor dos infernos!
Eu estava ofegante.
— Pam, Bruno foi embora assim que você chegou. — Ele riu de
mim e me deu um beijo na ponta do nariz. — Acha que eu ia deixar
ele escutar você gozando? Seu gozo é todo meu, seus gemidos,
seus gritos, são meus.
— Ok, então vamos ver isso acontecer, já que você está com
um braço engessado.
— Alô... Oi mãe, bom dia. Aham, que horas são? Humm, tudo
bem mãe, até mais. — Desligou e me olhou. De repente ele
arregalou os olhos. — Pam, meus pais estão vindo. Você quer
conhecê-los?
Ainda bem que, pelo menos, ele me deu a escolha. Conhecer
os pais dele? Ai meu Deus... O pânico começou a me tomar, mas
respirei fundo. O que tinha demais nisso?
— Ufa! Você passou, Neném! Foi aprovada pelo meu pai e isso
é um grande feito! Sem falar na minha mãe... Ela nunca tinha
conhecido nenhuma das minhas namoradas.
— Alô?
Bruno riu também e disse que faria isso. Desliguei e fui passar o
restinho do tempo que ainda tinha com meu Gostoso, do melhor
jeito possível…
THEO
— Neném, o que você tem? Faz dias que você está meio
tristinha... — Perguntei assim que ela se sentou ao meu lado.
Eu a queria comigo, todo dia, toda hora, como nas últimas duas
semanas. Minha vontade era me meter naquele corpo delicioso,
corpo esse que eu queria embaixo do meu, mais do que tudo.
Nesse tempo todo em que estive com o gesso, não havíamos
consumado nada, mas em compensação eu já conhecia todas as
manhas e delícias de seu corpo, seus botões de tesão, loucura e
insanidade.
— Terra para Theo. Está tudo bem aí dentro? Volta pra mim
amor. — Ela pediu passando a mão em meus cabelos, seus olhos
nos meus. — Amo seus olhos Theo, são... tão expressivos e essa
cor louca deles, cada hora de uma tonalidade, demonstram seu
estado de espírito. Agora por exemplo, acabaram de escurecer, isso
quer dizer que está pensando em me deixar doidinha... Acertei?
Fomos andando pela sala, devagar até meu quarto, cada passo
mais perto do orgasmo. Parei em frente ao espelho e nossos olhos
se prenderam.
— Neném?
— Caralho, Neném!
THEO
Pam foi ficando vermelha, mas seus olhos não saiam dos
meus. Aquilo era tesão demais! Saí lentamente e ela pode respirar
novamente.
Capítulo 18
Petrificada!
— E aí? Passou?
Saí dali, leve como uma pluma, com a sensação de paz que há
muito tempo eu não sentia. Acho que acabei de exorcizar um de
meus demônios.
***
— Bem, você quem sabe. — Sorri feliz por ele ir comigo. Iria
sozinha, assim como fui ontem, mas tê-lo comigo seria muuuito
melhor.
Nos conduziu até uma sala tranquila e quando dei por mim, tudo
estava feito. Theo ficou ao meu lado o tempo todo e como sempre,
monopolizou minha atenção. Agora seria a vez de Ella, coitadinha.
Assim que meus resultados chegassem, ela faria os exames dela e
logo após, passaria por umas sessões de químio... Ia ser uma barra!
Mas nós estaríamos lá com ela, para apoiar e dar forças... Sempre.
Capítulo 19
— Pam, por que não atende o celular? — Era Rick e pelo tom
de sua voz, era alguma coisa séria.
— Certo. Pode deixar que vou levar meu anjo para passear.
Não vejo a hora! Então tá. Cuide-se.
— Caralho, Neném!
THEO
Estar preso à cama sem poder agarrar aquela delícia era uma
tortura. Quando senti seu cheiro, meu pau estremeceu e uma gota
brotou. Em seguida aquela língua endiabrada quase me mata de
prazer, mas esse spray foi uma surpresa. Aquilo meio que causava
uns pequenos choques e parecia que meu pau tinha vida própria,
tremendo involuntariamente, um calor subindo pelo meu corpo...
Gemi o nome dela, que se sentou e continuou a se masturbar,
gemendo e me olhando. Enfiou dois dedos em sua bocetinha e
colocou-os em minha boca. Jesus! Abaixou-se e me beijou enfiando
as mãos em meus cabelos. Quando ela se afastou, me peguei
implorando por mais.
— Goza amor, goza pro seu Neném do rabo lindo, goza. — Saiu
e se virou, de costas para mim e continuou sua cavalgada. Aquela
bunda branquinha era minha perdição! Aguentei o quanto pude e só
gozei quando ouvi Pam gritar meu nome, gozando no meu pau. E
me juntei ao grito dela, nossos nomes ecoando pelo quarto,
cantados por vozes roucas e ofegantes de paixão.
— Sabe Theo, aquela cadelinha sempre quis ser fodida por dois
paus. Quem sabe a gente não pode conversar e fazer um ménage...
— Marcelo parou de falar quando meu punho atingiu seu nariz. Ele
desabou, desacordado no chão e Rick chegou ao meu lado.
Meu bom Deus, aquele puto me tirou do sério! Mas meu recado
estava dado. Eu ficaria de olho, se ele tentasse mais alguma coisa
com o meu Neném, eu não responderia pelos meus atos.
— Oi, Neném.
— Oi. Como você está? — Minha voz saindo doce demais, para
soar normal.
— Eu não acredito que você ficou com tesão por levar uma
bronca, Neném.
— Pam, você tem certeza disso? Isso tudo é muito nobre, mas
existem riscos, o procedimento é feito em centro cirúrgico, com
anestesia geral. Não é simples, como dizem. E ainda tem esse
pânico e a asma, além de você ter que ficar no hospital pelo menos
um dia, em recuperação.
— Sim, sim, eu tenho plena certeza. Eita que está todo mundo
preocupado. Eu me decidi e está sendo muito gratificante. Vamos
mudar de assunto. Olha aí nossos drinks.
DEZ HORAS!
— Você estava indo bem sem mim, mas comigo por perto será
ainda melhor.
— Neném, essa música falou por mim, tudo o que sinto por
você e agradeço a Deus todos os dias por ter te colocado em minha
vida. Você é tudo pra mim, o ar que eu respiro. Preciso de você
comigo todos os dias da minha vida. Casa comigo?
— Agora sim, você está mais perto de ser minha irmã mesmo!
— Riu e se afastando, deu lugar à próxima da fila. Assim todas
passaram por mim, dando os parabéns. Menos Jess.
Olhei para o lado, pois ela estava ali comigo, na mesma mesa.
— Porra, Anjo. Se essa força toda que me apertou for pela dor...
— Jess olhou para ele com o olhar mais doce que eu já tinha
presenciado.
Jess era uma boa parideira, pois nem uma hora depois, Rick
apareceu na enfermaria, do outro lado do vidro, com os dois bebês
enroladinhos e aconchegados em seus brações, exibindo um sorriso
gigantesco, orgulhoso de seus filhos.
Quando achei que gozaria de novo, ele parou e foi subindo pelo
meu corpo até minha boca. Enlouqueci ao sentir meu gosto em sua
língua. Ele me prendeu com o peso de seu corpo e me penetrou
forte.
Esse era meu homem... Insaciável e agora cada vez mais meu!
Capítulo 22
Bem, nem preciso dizer que aceitei. Por ele. Para sua paz de
espírito. Iríamos nos casar de qualquer maneira, então, que
diferença faria antecipar o civil? Eu já era dele, desde o dia em que
ele sussurrou em meu ouvido: “Oi, Neném.”
— Mais amor, quero mais... — Pedi com a voz mais sexy que
eu consegui, sussurrada em seu ouvido, seguido de um gemidinho
rouco. Senti ele estremecer e se apertar ainda mais contra mim. —
Me morde amor, aqui, em meu seio, morde meu mamilo e chupa
bem gostoso... — Abaixei meu decote, expondo um seio para ele.
Passei o polegar em seus lábios, invadindo um pouco sua boca e o
passei em meu mamilo túrgido.— Vem Theozinho, meu corpo quer
tua boca.
Sua mão tomou meu seio e meu mamilo era um brinquedo entre
seus dedos. Quando ele apertou mais forte, gemi em sua boca, o
orgasmo chegando com força total, meu corpo estremecendo sendo
seguido pelo dele. Theo gemeu meu nome e se apertou ainda mais
contra mim.
THEO
Ela estava deitada com aquela bunda linda para cima e com a
barra da camisola puxada, para aparecer bem.
***
PAMELA
Uma semana!
Theo me abraçava forte pela cintura e olhei para ele, por cima
do ombro. Sua boca caiu sobre a minha, tomando posse do que era
dele. Uma de suas mãos subiu ao meu pescoço, enquanto a outra
descia para o meio de minhas pernas. Senti sua ereção, pulsando
de encontro a mim.
Fechou a porta atrás de si, abriu meu vestido, que caiu aos
meus pés. Afastou-se para me olhar e respirou fundo. Por baixo do
vestido eu só usava uma calcinha branca de renda transparente,
ligas e meias.
Sorri.
Ele afastou-se ainda mais e ligou o som interno do quarto, a
música de Tom Jones — Kiss tomou conta e começou a tirar a
roupa, dançando e sorrindo com aquela cara de sacana.
Então ele se virou de costas para mim, deu uma rebolada digna
dos dançarinos do clube das mulheres, puxou a calça e ela sumiu!
Safado tinha tido planejado e a roupa tinha velcro!
— Delícia!!!
— THEO!
— Ahh, amor!
— Sim, seu bobo. Sou sua e você é meu. Como você diz,
acostume-se a isso. — Passei meus braços pelo seu pescoço.
THEO
Pam estava adormecida ao meu lado.
Ela era como um vício para mim. Eu estava nas nuvens, aqui,
sozinho com ela, no meio do nada, tendo-a exclusivamente para
mim, já há dois dias.
PAMELA
— Amor, não fique assim. Vou me lembrar pro resto da vida dos
nossos primeiros dias de casados. Mas temos que voltar para casa.
Você sabe, amanhã...
— Não pense em amanhã. — Me interrompeu, dando um
beijinho em minha boca. — Vai dar tudo certo, mas vamos deixar
para pensar nisso quando chegar à hora.
Nesses últimos dias ele pegou uma mania, pegava minha mão
e ficava brincando com minha aliança. E agora, com certeza, ele
nem percebia que fazia.
“Sei que vocês não levaram nem celular para essa lua de
mel relâmpago, então, aderindo à vontade de vocês, aqui estão
algumas das velhas fotos de papel. Esses pestinhas já estão
aprontando.
Até mais,
Rick.”
Theo leu em voz alta e voltamos a olhar as fotos. Eles estavam
com um pouco mais de um mês, mas já riam. Juro que nessa hora
me deu uma vontade louca de ter o meu próprio bebê. Bem, um dia
eu teria.
— Está bem, amor. Está tudo bem e tudo vai dar certo. Se
acalma, homem! — Ri do nervosismo dele. — Até parece que quem
tem pânico de hospital é você. Tudo vai correr bem e daqui a pouco
eu serei toda sua novamente. — Dei um beijinho e o abracei forte,
encostando a cabeça em seu peito. Bruno retornou e Theo me
beijou os cabelos, afagando minhas costas.
THEO
Olhei para o relógio pela milésima vez desde que Pam entrou
por aquela porta. Será que não viriam me dizer nada? Três horas
desde que ela tinha ido com o Bruno. Eu já estava me levantando
outra vez para perguntar para as enfermeiras sobre ela, quando a
porta se abriu e Guilherme veio em minha direção. E não estava
com uma cara boa.
— Theo, o procedimento acabou. Demoramos porque Pamela
sofreu uma parada cardíaca durante o procedimento, provavelmente
um choque pela anestesia. Ela está estável no momento, mas
precisamos esperar ela acordar.
Fiz o que ele mandou ali mesmo, tamanha era a minha pressa.
O segui até a sala de recuperação. E ela estava ali, em uma cama
de hospital, com as grades levantadas e muito, muito pálida. Meu
Neném lindo só estava assim por minha causa, por causa da minha
Ella. Se algo acontecesse com ela eu nunca iria me perdoar.
PAMELA
— Oi, Pamela. — Ouvi uma voz dizendo meu nome e gelei. Isso
não podia ser verdade! Aquela voz pertencia a minha mãe. Virei-me
e lá estava ela, de mãos dadas com meu pai.
— Olá, filhota. Não se assuste. Estamos muito orgulhosos de
você. Você fez o que era certo. — Meu pai falou.
Tentei falar, mas não saía nada de minha garganta. Meus pais
me abraçaram e de repente tudo ficou escuro, meu corpo todo doía.
Principalmente meu peito e meu quadril.
— I won't give up on us, Even if the skies get rough, I'm giving
you all my love, I'm still looking up.
Capítulo 25
Senti que abriam meu olho e uma luz ofuscou minha visão, mas
tive tempo suficiente de vislumbrar a cabeça de Theo ao lado do
Guilherme. A escuridão voltou e ele repetiu o gesto no outro olho.
Meu Theo estava com olheiras e com a barba por fazer.
— Pam, não se preocupe, está tudo bem com você. Logo logo
tudo se ajeitará. Dê tempo ao tempo. — Senti sua mão em meu
ombro, dando um aperto leve. — Theo, ela está bem. Se acalme
homem. O pior já passou. Volto daqui a pouco para ver se tivemos
algum progresso.
— Claro que quer. — Ela riu de mim. — Relaxe, isso pode arder
um pouco. — Colocou as luvas, pegou uma gaze na gaveta ao lado
da minha cama, levantou o lençol e foi puxando a sonda.
— Amor, não é você. Tem alguma coisa errada comigo. Não sai
nada e estou morrendo de vontade...
— Neném, são cinco dias, contando hoje, que estou aqui e essa
mulher mandando que eu me afastasse de você, que você
precisava melhorar e não conseguiria se eu ficasse ao seu lado
segurando sua mão o tempo todo. Já estava com isso engasgado
há dias!
Olhei fixo naqueles olhos lindos e sorri.
Não quis saber e enquanto ele falava, minha mão percorreu seu
peito e se fechou em cima de seu pau, fazendo com que ele
parasse de falar e puxasse o ar entre os dentes.
— Quero brincar amor... Posso não ter percebido o tempo
passar, mas minha vontade de você é tão grande... tão intensa...
que parece que foram semanas longe de você. — Minha mão
continuava a passear pelo seu comprimento, apertando a ponta de
leve.
— Tudo está dentro dos conformes. Volto mais tarde para te ver
novamente.
— Pam, nem mais uma palavra sobre isso. Vamos nos casar no
religioso, sim senhora, com direito a vestido de noiva, véu, buquê,
padre, festa... e tudo o mais. Converse com suas meninas e
planejem o casamento mais lindo. Você tem três meses. Acos...
— Pronta?
THEO
7 meses depois.
Qual a parte que eu adorei? Sexo! Fazer amor com ela assim, é
uma coisa de louco. Não sei se é pelos hormônios da gravidez, mas
não há tempo ruim para nós. Toda hora é hora e ela está louca por
sexo. Caramba, só de pensar nisso já fiquei duro. Então, vamos lá!
A recomendação médica é sexo, então é isso que teremos!
— Respire, Neném.
Fico sem saber o que fazer, olho para Pam e para os cabelinhos
da bebê aparecendo.
Ela faz força mais uma vez, o rosto vermelho, as veias saltadas
e relaxa em meu colo. O chorinho de nossa filha toma conta de mim
e é o único som que eu ouço. Fico hipnotizado olhando aquele
rostinho, os bracinhos agitados e o pulmãozinho funcionado
plenamente.
FIM
Incondicional
Kacau Tiamo
“Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou,
descobriu um tesouro”
(Eclesiástico 6,14)
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois.
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Epílogo
Agradecimentos
Pequenas, preparem-se!
Devo estar dando muito na cara, pois ele está me olhando... Ai,
meu Deus, ele está vindo! E sorrindo. Humm, esse sorriso me mata!
― Boa noite, Ella. Por que está aqui, sozinha? Não está se
sentindo bem? ― Pergunta, preocupado.
Meu Dr. Guilherme é uma mistura de Bad Boy com policial linha
dura. Só de você olhar, não diria que ele era um médico, mas sim
um detetive daqueles, que te faria confessar crimes inimagináveis.
― Não vou deixar que ela esqueça, Guilherme. Vou levá-la. Até
mais. ― Theo responde por mim e eu só assenti com a cabeça.
Eles se despedem daquele jeito que os homens fazem, com tapinha
nas costas, em um abraço de macho. Dou um adeus com a mão e
sigo meu irmão.
― Bonito, né?
― Guilherme...
― Guilherme, me escute...
Nela estava Theo, Ella e eu. E meu amor estava no meio de nós
dois, abraçada aos nossos pescoços. Ali, ela tinha dezessete anos.
Confesso que foi a fase mais difícil para mim, pois Ella estava
desabrochando e começando a sair com as amigas. Ella sempre
teve a saúde frágil e tudo aconteceu tarde em sua vida... para minha
felicidade!
***
Liguei o carro e saí dali. Não que eu tivesse medo do Theo, mas
era melhor evitar um confronto direto. Pelo menos, por enquanto.
ELLA
―Com certeza.
Toda vez que passava por uma sessão de quimio, era isso. Eu
não aguentava mais as dores em meus ossos, nem vomitar como
uma louca. Acho que não tinha mais nada dentro de mim e vomitaria
minhas entranhas.
***
Olhei a casa inteira, mas nem sinal dele. Ana estava na sala e,
então, perguntei para ela se tinha visto ele por aí. Ela me respondeu
que ele tinha saído já fazia algum tempo. Que saco!
Eu ri e confirmei.
― Sempre fui. Você sempre esteve por perto e era meu sonho
adolescente... depois meu desejo adulto. Hoje, essa paixonite ficou
mais forte... Não, Gui, eu não sou apaixonada por você. ― A
decepção tomou conta de seu semblante. Sorri com a mudança. ―
Eu não sou apaixonada por você. Eu te amo. Muito.
GUILHERME
Ella olhou para o álbum antigo que tinha nas mãos e me olhou,
incerta. Dei um sorriso encorajador e ela abriu.
Era uma foto dela dormindo, como um anjo, que tirei no ano
passado.
Ella olhou em meus olhos e depois para minha boca, que abri
para dizer que esperasse, mas ela colocou o dedo em meus lábios.
― Eu te quero, Gui.
― Ella, depois que você for minha, realmente minha, não vou
esconder de mais ninguém nossa relação. Sou extremamente
possessivo. Esse foi um dos motivos por me segurar tanto com
você.
― Não tenho dúvidas quanto a te querer, te amar mais que
tudo. Sou sua há tanto tempo... quero ser totalmente e agora. Não
queria que Theo soubesse, pois não sabia o que sentia por mim e,
se não desse certo entre nós, não queria a amizade de vocês
abalada ou desfeita por minha causa. ― Ela falava, mas não parava
de se mexer e se esfregar em mim. Fechei minha boca em seu seio
por cima da blusinha que ela usava, fazendo-a gemer, ofegante.
Abri minha calça e puxei para baixo. Meu pau pulou, empinado
e duro, eu não usava cueca, nunca. Ella me olhou e lambeu os
lábios. Aquilo fez meu pau tremer e pulsar.
― Quero sentir seu sabor. Quero te chupar. Nunca fiz isso com
ninguém.
― Tão lindos. Feitos para as minhas mãos. Você foi feita pra
mim, todinha.
Senti quando sua barreira foi rompida. Ella gritou e sua boceta
se contraiu fortemente, me fazendo ver estrelas.
Meu Deus, que delícia era fazer amor com ele. Se alguma
espera na vida tem sentido, essa havia sido uma delas. Com
certeza, havia sido a escolha certa, o meu homem, o meu momento.
***
― Como não acordar desse jeito... AH! ― Gemi alto quando ele
apertou os dentes em volta.
Ele foi subindo pelo meu corpo e grudou seus lábios nos meus.
Todo.
De uma vez.
― Pequena, prepare-se.
Sem me dar tempo para pensar, Gui colocou o braço sob meus
ombros e segurou meu pescoço, sua outra mão foi para meu sexo,
acariciando meu clitóris enquanto metia com força e em um ritmo
alucinante.
― GUI!
***
― Maninha, vou ter que sair, não sei que horas volto. Fica com
o celular por perto. Se precisar de mim, é só ligar. Você está bem?
― Sou eu.
― Precisamos que a Senhora venha conosco até a emergência.
Agora. Se a Senhora puder nos acompanhar...
MEU DEUS!
― Oi, Pequena, bom dia. Por que está me ligando tão cedo?
Caiu da cama?
― Onde você está, Ella? Diga pra mim, amor, o que está
acontecendo?
― Eu não podia deixar que ela entrasse nessa sem saber onde
estava pisando.
Tentei olhar o que ele fazia. Ele me olhou sério e disse: ― Não.
― Oi, Pamela... Theo só faz te chamar, que bom que você pode
vir. ― Sorri para ela.
Ela me contou que queria ter podido chegar antes, mas, por um
problema de saúde, não conseguiu. Me mostrou uma bombinha
para asma e sorriu. Levantei-me e fui para o seu lado. Ela estava
visivelmente abalada com o estado do Theo.
― Meu medo era deixar Theo sozinho. Mas parece que ele
encontrou alguém para cuidar dele. ― Confessei. Certas coisas
eram melhores de serem ditas logo de uma vez. Sussurrei para ela.
― Ele parece estar bem apaixonado por você. Segredo. ― Pisquei
para ela. ―Vou te deixar com ele e vou comer alguma coisa. Ele
está fora de perigo, fique tranquila. Isso tudo assusta, mas ele não
chegou a quebrar nada, foram só alguns “trincados”. O pior foi sua
cabeça, tomou alguns pontos na testa e supercílio. Esse teatro todo
de bandagem é coisa de um enfermeiro engraçadinho. Theo teve
sorte por ter um carro alto. Já falei que ele teve muita sorte, né? ―
Caramba, eu estava tagarelando mais do que de costume. Ela
sorriu, divertida. ―Quando fico nervosa saio tagarelando, liga não.
― Fui andando em direção à porta. ―Vou ver se encontro meu Dr.
Guilherme. ― Dei um tchau e saí.
― Tudo bem, Rick, não era nada que eu mesma já não tivesse
percebido, depois de tantos anos convivendo com quatro homens
mandões e possessivos. Relaxa. Isso não muda nada o que sinto
por vocês três e pelo meu Dr. Tentação aqui.
― Esse apelido, meu Deus, tenho que contar pra Jess. Ela vai
adorar isso!
― Acho que você terá que ficar sem calcinha. ― Ele pegou a
minha e enfiou no bolso.
E gostoso.
E todo meu!
― Pronto?
***
Cheguei ao hospital bem cedo, Theo teria alta por volta das oito.
Queria ter um tempo com minha Pequena e, quem sabe, acordá-la
com um beijo, um desejo que sempre tive.
ELLA
Ele me lambeu e gemi quando ele assoprou e gelou tudo por ali.
As lâminas eram mentoladas.
Com uma perícia que eu não queria saber de onde veio, ele me
levou ao êxtase. Subiu pelo meu corpo, puxando e recolocando
minha calça e me beijou a boca. Possessivamente.
― Não podemos demorar, Theo vai ter alta. Se você não estiver
lá, ele tem um treco. ― Me ajudou a levantar e me abraçou,
colocando o rosto em meus cabelos. ― E eu tenho que trabalhar.
Quando eu sair, passo na tua casa e te pego. Pode ser? Ficamos
juntos um pouco...
― Fechado.
Fomos abraçados até o quarto do Theo. Chegando à porta, ele
me deu mais um beijo de arrepiar os cabelinhos da nuca e se foi.
Quando entrei, Theo já estava acordado e nosso café da manhã já
estava lá.
Desci correndo.
― Seu irmão mandou. Disse que você está com essa roupa
desde ontem. ― Ele riu, ao me dar a bolsa.
― Ah, Bruno, você estava tão bonitinho com minha bolsa no
ombro! ― Ri junto com ele. Chegava a ser cômico, um homem
daquele tamanho, todo musculoso, com uma bolsa feminina.
―Valeu, eu preciso mesmo de um banho.
GUILHERME
Senti meu sorriso crescendo, assim como meu pau. Ela estava
linda, só enrolada na toalha com os cabelos molhados. Seus olhos
se prenderam em minha calça de couro negro. Vendo-a assim,
cabisbaixa, fez meu tesão ir às alturas.
***
ELLA
Meu Deus!
NOSSASENHORADASCALCINHASMOLHADAS!
― Sim.
Ledo engano!
― Hum, morango!
Estar ali à mercê dele, com todos aqueles estímulos, era a coisa
mais deliciosa do mundo e, quando ele meteu dois dedos dentro de
mim, não me aguentei e gozei em sua boca, me contraindo contra
seus dedos, gritando de prazer.
― Pequena, prepare-se.
― Gostou, Pequena?
― Gui, eu sei disso tudo. Sei o que vai ter amanhã, sei também
que o médico está falando mais alto e que você se preocupa com
meu estado. Mas eu quero ter uma noite normal, como todo mundo,
sem que minha doença paire sobre mim. Quero te amar e ser
amada, como se não houvesse amanhã. Você faz isso por mim? ―
Perguntei, fazendo minha melhor cara de súplica. ―Vamos jantar
uma pizza nada nutritiva e com muuuuito queijo, beber refrigerante
bem gelado... me entende? Eu quero aproveitar, com tudo o que
tenho direito, essa minha noite com você. Amanhã... vai chegar e,
realmente, não quero pensar nisso tudo.
Era um alívio danado saber que ele estava ao meu lado. Passar
por tudo isso ao lado de quem a gente ama... e que nos ama
também. Amor esse, demonstrado em cada carinho, cada gesto
paciente enquanto cuida de você. Isso realmente era incrível.
***
Duas semanas se passaram.
Duro.
Pulsando.
Minha perdição.
Eu adoro o mar!
― Seu dever é respirar. Confiar que eu farei tudo por você. Seu
corpo e sua confiança são o que tenho de mais valioso. O melhor
presente que você pode me dar. ― Me beijou os cabelos e
pressionou o queixo em minha cabeça.
Chegando lá, o maitre nos levou a uma mesa perto das janelas,
de onde dava para ver o mar. Me sentia renovada pelo cheirinho da
praia, a proximidade do mar... e louca pelos camarões!
― Você está com uma cara hoje, amor... feliz, relaxado... O que
aconteceu?
Gui fez nosso pedido, sabia muito bem que eu estava salivando
pelos camarões desde que ele os mencionou. Acho que, lembrando
do que eu disse outro dia, ele pediu um refrigerante para mim e uma
cerveja para ele. Nada de suco de Graviola hoje!
Logo chegou a comida e me esbaldei nos camarões, sob o
olhar atento de Gui, que observava e sorria. Hoje, ele estava
realmente de muito bom humor.
― Coma bem, Pequena. É tão bom ver você com esse apetite!
― Amor...
― Diz, Pequena.
Nossa!
Parar? Nunca!
― Pequena, prepare-se.
Sorri.
― Sim, Gui. Vou comemorar com você. ― Ele não ficou muito
feliz com isso, mas não me impediu.
Meu nome, dito daquele jeito... um fogo subiu pelo meu corpo,
senti meu clitóris latejando e minha umidade crescendo... gemi em
sua boca.
Chave?!?
― Você pediu por isso, Pequena. Eu não esperava usar isso tão
cedo com você. Venha.
MEU DEUS!
Capítulo Quatorze
Tesão...
Fogo...
MEU DEUS!
Mais à frente havia portas no lugar das cortinas. Ele abriu uma
delas e me espantei com a decoração do lugar. Parecia com o
consultório dele. Apenas lembrava. A luminosidade fraca deixava
tudo com ar de sonho. Ali dentro, um casal brincava de médico e a
mulher gemia enquanto o homem a examinava intimamente.
Engoli em seco.
Gui riu baixinho e me abraçou mais forte pela cintura. Sua mão
subiu, me amparando contra ele e agarrou meu seio, apertando o
mamilo entre os dedos.
― Responda.
Neguei.
Deus, eu enlouqueceria!
Com o orgasmo apontando em meu corpo, minhas pernas
queriam se fechar, mas era impossível.
Juro que achei que ela ficaria surpresa com tudo aquilo, até um
pouco amedrontada, mas nunca achei que ela se excitaria com a
cadeira de castigo. Não com tantas possibilidades.
Como queria poder dar a notícia a ela. Mas não podia, eu havia
prometido. Suspirei, pensando no futuro.
No nosso futuro, juntos.
Ela riu. Seu riso tomou o quarto e tudo o que eu mais queria era
fazê-la provar de mais coisas. Mas eu já havia abusado muito dela
hoje. Mesmo com os cochilos e toda a comida. Não podia me
esquecer da condição da minha Pequena.
***
ELLA
Cida fez uma comida deliciosa hoje. Comi muito bem. Meu Dr.
Tentação ficaria orgulhoso.
― Quero você pra mim, só pra mim. Quero que seja minha
mulher. ― Ele se levantou. ―Espere aqui um pouquinho.
Será que eu tinha sido muito dura com ele, com esse papo de
futuro?
― Eu te amo mais que tudo na vida, Ella. Quero que seja minha
mulher e mãe dos meus filhos. ― Ele abriu a caixinha, revelando um
anel lindo, cheio de pedrinhas. ― Casa comigo, Pequena.
― Está bem, vou esperar e torcer para que ele fique por lá.
Quando falei para o Theo que dormiria no Gui, ele ficou meio
aborrecido, mas logo aceitou e, em seguida, saiu com o Bruno. Ai ai,
ele estava com uma cara quando saiu, que meu Deus. Seria bom
mesmo estar longe quando ele chegasse com a Pam. Meu irmão é
a pessoa mais generosa da face da terra, mas quando se irrita, sai
de baixo.
Meu vestido não foi barreira para suas mãos, que subiram mais,
massageando minhas coxas. Seus dedos varreram o elástico da
minha calcinha e gemi. Começou a música de Bryan Ferry, Slave to
Love e seus dedos passaram por baixo do elástico, tocando a pele
úmida do meu sexo. Abri as pernas para ele, sem que me pedisse.
Guilherme gemeu.
― Pequena, o que vou fazer com você? Toda molhada pra
mim... Amo quando se entrega dessa maneira...
― Ella, você tem que guardar suas forças, tem muitos exames
que vai precisar fazer antes do transplante. Começando amanhã
cedo... vamos parar por aqui. ― Ele me disse, respirando fundo e
visivelmente retomando o controle.
Ah! Ele veria uma coisa. Agora quem não queria era eu. E ele
sofreria essa noite! Ah, se ia! Eu o faria perder esse controle todo...
Peguei meu sabonete líquido, shampoo e condicionador, o
hidratante e entrei no banheiro. Liguei o chuveiro e deixei a porta
aberta. Arranquei a roupa e, quando a água esquentou, entrei e
comecei a me ensaboar, fazendo bastante espuma para que o
perfume tomasse conta do banheiro. Fiquei atenta a qualquer
movimento na porta. Eu tinha certeza que logo ele viria me ver.
Lavei os cabelos, caprichando no shampoo. Queria que meu cheiro
se espalhasse pela casa e chegasse até ele.
― Olhe na mão de sua irmã. Você vai ver que eu sei do que
estou falando. ― Me empertiguei todo. Com certeza estava na pose
do pavão, me vangloriando de um feito extraordinário.
― Sim, Theo, tanto que daria minha vida por ela. Meu objetivo
nessa vida é fazê-la feliz e realizada. ― Respondi a ele, com toda a
sinceridade.
― Se é assim... Bem-vindo à família, em definitivo dessa vez.
― Ele chegou perto e me deu aquele abraço de homem dele, ou
seja, um apertão no ombro e um tapa no peito.
Meu Deus!
― Faça um favor? Acho que uma cesta com dois itens de cada
um desses que você me mostrou seria perfeito. Mamadeira,
chupeta, mordedor, essas coisas todas. Para presente.
― Ah, seu belo filho da puta. Ria da minha cara! Quero ver
quando chegar a sua vez. Sabia que se você cospe pra cima a coisa
volta e cai na sua cara? Espere e verá.
Ella empalideceu.
― Pequena, olhe para mim. Eu sei que você ama seus cabelos,
mas cabelos crescem novamente. Você sempre vai ser linda para
mim, com cabelos ou não. O que importa é você ficar boa. Te amo
tanto, minha pequena. Meu amor por você é incondicional. ― A
abracei e deixei que ela chorasse. Era normal e até esperada essa
reação. ― Ei, vamos ficar felizes por tudo isso estar próximo ao fim,
e um final feliz. ― Afastei seus cabelos do rosto, colocando-os atrás
da orelha. Ela mexeu na bolsa e retirou uma embalagem de lenços
e secou o rosto e o nariz.
― Agora sim, você está mais perto de ser minha irmã mesmo!
― Escutei Ella dizendo à Pam.
― Olha só, ficou todo bobo com os bebês. ― Ela passou a mão
pelos meus cabelos, bagunçando.
O QUÊ?
― É verdade, Theo, mas você tem que ver o lado dela também.
É uma mulher que teve que ser independente muito cedo...
― Pode ter certeza que serei. Vou treinar com os bebês do Rick
e serei uma tia exemplar para seus rebentos!
A última vez que fizemos amor, foi bom, mas uma coisa morna,
sem aquela parte selvagem e deliciosa que eu tanto amava. Nada
de “Pequena, prepare-se”. Que saudade que eu estava de escutar
ele dizendo isso, com aquela voz cheia de tesão...
Mas... hein?
Seu pau duro em minha coxa me tirou qualquer dúvida da
cabeça. O fogo me consumiu, os dedos dele acariciavam de leve
meus seios, como asas de borboleta, fazendo com que meus
mamilos se enrijecessem.
Sua boca em meu seio não dava trégua e eu nem queria que
desse... queria mais, mais e mais.
Então ele fez uma coisa que nunca tinha feito antes. Agarrou
meus cabelos e minha nuca, me fazendo ajoelhar na cama.
Uau!
Fundo.
Forte.
Eu queria mais!
Escutei seu riso e senti seu peito sacudir de leve, mas adormeci
na mesma hora.
Capítulo Vinte e Dois
Com a casa só para nós, Gui começou a tirar minha roupa ali
mesmo, na sala. Foi levantando minha blusa, apalpando minha
barriga, meus seios, tomando-os em suas mãos, brincando com
meus mamilos por cima da renda do sutiã.
Esse tempo todo de espera valeu a pena, pois, pelo jeito, ele
estava apenas começando.
Meu Dr. Tentação era tudo o que eu sempre quis e muito mais.
Pela manhã, eu estava exausta. Hoje, eu começaria a quimio de
condicionamento para o transplante. Após uma soneca, Gui me
acordou e me carregou para o banho. Atendendo ao seu pedido de
ontem à noite, deixei que me cuidasse e segurasse meu corpo junto
ao dele o quanto quis. Depois nos arrumamos e fomos para o
hospital.
Fiquei sem fala, olhando para o lenço. Que gesto mais lindo!
Ele tirou minha roupa e, como eu sabia que ele gostava, deixei
que me lavasse. Quando se deu por satisfeito, se lavou
rapidamente, me secou e me levou para a cama. Aquilo não tinha
sido fácil para nenhum de nós, como ele havia previsto, mas era
uma coisa a menos.
Levei a mão à boca, para que ele não visse meu sorriso, que
acabou se tornando uma risada gostosa.
― E então?
― Linda! Você é ainda mais habilidosa do que eu. ― Brincou,
pegando minhas mãos, dando um beijinho em meus dedos. Ele
precisava me tocar, estar perto e eu também precisava mais dele do
que o ar que eu respirava.
Capítulo Vinte e Cinco
E era isso.
― Acho que vou aderir a esse novo corte, Gui. Estou ganhando
tantos beijos! ― Me virei e o abracei, sorrindo.
― Uhum. Vamos lá. Chegou a hora. Você vem dar uma olhada
aqui, nesses dias que eu vou ter que ficar no hospital?
A preocupação com minha casa sozinha era o de menos, eu
queria que ele tivesse algo para fazer fora do hospital, pois, pelo
que eu conhecia dele, ficaria comigo dia e noite, o que não faria
bem para ele.
― Promete que, assim que você estiver bem, vamos atrás dos
seus óvulos e vamos tentar ter nosso bebê? ― Ele pediu sorrindo,
seus olhos acinzentados, bem clarinhos, o sorriso chegando até
eles.
―Eu não te disse, mas até que Theo e Pam retornem, eu estou
de folga. Deus sabe que, o que eu mais tenho nesse hospital, são
horas sobrando! Vou ficar com você o tempo todo.
― Sim, eu sei, mas não posso me ajudar nisso. Você assim, tão
próximo, sua boca na minha pele, evoca meu lado safado e, bem,
você sabe. Estava pensando em como eu quero você sussurrando
em meu ouvido, com aquela voz rouca... o que eu mais gosto.
― Bom saber que sou o culpado por esse sorriso lindo que
chegou aos seus olhos. Meus lindos olhos verdes, minha Pequena
linda. ― Ele chegou perto e, por cima da máscara, encostou seus
lábios nos meus. Senti seu calor e todo o sorriso se transformou em
lágrimas frustradas. Eu estava tão sensível!
― Bem, Pequena, passei aqui para dizer isso que você quer
tanto escutar. Prepare-se. ― Ele sorriu para mim. ―Logo mais será
seu transplante. Já colhi a medula e ela está sendo preparada.
Chegou a hora.
― Está bem. Ah, Gui, essa espera é terrível! Essa coisa toda é
demais. Eu estou uma pilha de nervos, com as emoções
descontroladas. Uma hora eu choro, em seguida estou rindo, e logo
chorando outra vez. Que merda isso! ― Desabafei, pois aquilo
estava me matando.
Ele foi distribuindo beijos pelo meu braço, subindo devagar, até
meu pescoço. Ele sabia muito bem, como mudar meu foco, minha
atenção agora toda voltada a ele e seus beijos embriagadores.
Suspirei quando ele roçou os lábios em minha orelha e gemi de leve
quando senti sua respiração em minha pele sensível e me arrepiei
toda.
― Tenho que ir ver a Pam. Volto já, já, para te levar para o
transplante. ― Deu um beijo rápido em minha testa e se foi.
― Nem sei o que dizer, estou tão feliz! Não, feliz é pouco, estou
radiante!
O futuro agora tinha uma cor diferente para mim... de tons de
cinza ele passou a ter todas as cores do arco-íris, nuances únicas e,
pela primeira vez, desde que ele falou em filhos, isso me parecia
realmente possível.
Eles ficaram por algum tempo, mas logo Rick e sua família
foram embora, pois não era permitido tanta gente assim de uma só
vez e fiquei sendo paparicada pelos três anjos da minha vida. Meu
irmão, que sempre me apoiou, meu amor e minha anjinha
salvadora.
Não tive escolha, a não ser dar razão a elas. Um pouco depois
de acabarem de arrumar a cozinha, elas vieram para a sala e, com
jeitinho, levaram seus maridos embora.
― Não tema, Senhor, porque, do jeito que estou hoje, terá seu
pau ordenhado até a última gota pelas contrações do meu orgasmo.
***
― Pam, acho melhor você perguntar pra ele. Se ele abrir o jogo
com você, eu conto mais. ― Não consegui conter o riso e um fogo
se apoderou de mim ao me lembrar do bar. ― Estou louca pra voltar
lá. Faz assim, vamos programar uma visita à casa dos meus pais.
Nós quatro. Jess ainda está com os bebês pequeninhos demais,
não sei se Rick vai querer ir, mas, quem sabe? Podemos convidar
também. Uma vez que já vamos estar na praia, nós pedimos para
eles nos levarem ao bar. Theo vai entender e não vai ter como
escapar. Eu acho que você vai adorar o lugar. Tem música ao vivo e
outras coisinhas mais.
― Pela sua cara, achei que tinha alguma coisa a mais. Sei lá,
alguma sacanagem rolando. A cara que você fez quando falou que
estava louca para voltar lá me fez pensar isso.
― Não se desespere, Pam. Rick disse que Jess fez uma festa,
lembra? Acho que para o ex-marido. Ela deve saber dessas coisas
todas. Vamos falar com ela. Não custa perguntar.
― Neném, você não tinha visto nada ainda? Te dei três meses
para nosso casamento e até agora não viu nada? Caralho, eu não
acredito.
― Tudo bem. Por mim, sem problemas. Vou pegar plantão esse
final de semana, assim no outro estou livre.
Theo me fuzilou com o olhar, pois ele sabia muito bem que não
teria como escapar.
― Não, Pequena, não goze. Estou louco pelo seu sabor, não
pensei em outra coisa hoje. Você vai gozar na minha boca.
Já era quase noite quando Gui chegou com Bruno. Era tão raro
dar certo de todos eles se encontrarem!
― Final de semana que vem vamos todos pra casa dos meus
sogros. Vamos também, grandão? Vamos levar meus afilhadinhos
para conhecer o mar! Eles vão adorar, e o mar lá é tão calminho…
― Pam comentou.
Theo olhou para Rick com uma cara nada boa e olhou para
Pam. Depois os dois olharam para Guilherme, que assentiu com a
cabeça. Rick passou as mãos pelo rosto e olhou para Jess. Meu
Deus, tudo isso por causa do bar? Como se as mulheres não
soubessem os maridos que tinham!
― Nada não, Neném. Vai ser muito bom sair pra dançar um
pouco, não acha? ― Theo abraçou Pam e lhe beijou os cabelos.
― Malvada. Você sabe muito bem o que vai acontecer. Elas vão
se surpreender, assim como você, quando virem tudo lá. ― Sei que
a intenção de Gui era me dar uma bronca, mas nem ele conseguia
ficar sério.
― Ella, não seja má, conte pra nós duas o que tem de tão
especial nesse bar, para que nossos maridos ficassem tão arredios
a cada vez que perguntamos sobre isso! ― Pam tentou saber, pela
milésima vez, hoje!
Eu ri e balancei a cabeça.
Pam piscou para nós duas, com uma cara de safada que
cheguei a ficar com dó do pobre do meu irmão. Bem, quase.
Sem palavras.
― Henrique, as chaves.
Gui se virou e entregou uma chave para Theo e outra para Rick.
Tesão...
Arrepios...
Uma tonturinha gostosa tomou conta de mim e ali, naquele
momento, eu não era capaz de lhe negar nada. Eu estava
totalmente entregue a ele, somente com a força daquele olhar.
― Tudo, Rafaella.
― Pequena, prepare-se.
― Rafaella, você sabe que vou ter que te punir, não sabe?
― Sim, Senhor.
Minha voz saiu rouca, meu corpo traindo meu medo, excitado
ao extremo.
― Bom dia, amor. Bom dia para todos! ― Sorri e olhei para as
meninas, com cara de quem diz Eu sei o que vocês fizeram ontem à
noite! ”
Meu Gui também estava assim, mas ele era o tempo todo,
então, não era surpresa para mim.
***
― Insaciável.
― Ela e ele vão ter... ― Ele olhava com a boca aberta para os
dois.
― Vamos lá? Relaxe, isso não vai doer nada. ― Chegou com a
sonda, revestida com um preservativo, no meio das minhas pernas.
KACAU TIAMO
Copyright © 2015
Agradecimentos
Tio... Isso remete à família. A minha está muito longe e não nos
falamos há tanto tempo que não faz mais sentido ir atrás. Quem
sabe um dia quando eu tiver a minha própria, eu os leve para
conhecer meus pais e o resto do pessoal. E lá estou eu, pensando
em ter minha família novamente.
Essa coisa de amor não é para mim. Nunca senti nada a mais
por ninguém. A não ser por essas pessoas que hoje são minha
família, e faria qualquer coisa por eles, nunca senti nada. Acho que
a minha menina perfeita não existe.
Porra, por que fui pensar nisso? Agora estou com uma ereção
do caralho, no meio de uma festa infantil! ! !
— Relaxa, vai ser o que tiver que ser. Vocês merecem ter
sucesso nessa empreitada e vão ter. E já sabe que, precisando
desabafar, eu estou aqui.
— Valeu cara, eu sei que posso contar com você. Queria ter a
sua certeza. Mas vamos tentar mesmo com medo do que possa
acontecer ou no caso, não acontecer.
— Haha, até parece. Não tem aquelas mulheres que ficam pra
titias? Eu vou ficar pra titio, só curtindo. A minha vida e os filhos de
vocês. Isso não é pra mim, cara.
Jess fez cara feira para nós e veio pisando duro. Abriu um
armário próximo e retirou mais uma bandeja de docinhos variados.
— Ah, vocês são fogo viu! Pega mais uma bandeja ali, amor. Eu
também vou querer!
Fiquei tão perturbado com isso que não consegui mais dormir.
Liguei o note e reli algumas de nossas conversas.
Fui mais cedo para o hospital, faria uma hora por lá e pegaria
alguma daquelas enfermeiras que viviam me dando bola, eu
precisava de sexo real, depois daquele sonho maldito.
Chegando à sala de descanso dos enfermeiros, a Dani estava
por ali, sentada em um sofá, com uma xícara de café nas mãos.
Ignorando todos os sofás disponíveis, me sentei ao lado dela, meu
corpo enorme tomando todo o espaço restante, ficando encostado
da coxa aos ombros dela. Então abri meu braço, estendendo no
encosto do sofá.
Por que essa fixação com Anne agora? Éramos amigos há tanto
tempo, por que agora, cacete!
Sua Pimentinha
Eu tinha ido longe demais. Fechei o note com força e larguei ele
por ali.
— Valeu cara. Volta pra sua casa. Manda um beijo pra Jess e
para os pestinhas. Eu estou bem, vou ficar legal — fiz um sinal com
a mão, levantando o dedão. Bem coisa de bêbado mesmo, pensei,
rindo novamente.
— Você deve estar bêbado. Eu quero tudo isso, mas quero você
me dizendo isso tudo quando estiver sóbrio.
— Não sei o que fazer, mas vou pensar nisso. Deixa o carro aí,
vou andando pra academia e pego as chaves com você. Uma
caminhada vai me fazer bem.
— Melhor?
Para responder essa, soltei meus cabelos e olhei para ele, que
riu alto.
— Aí que tá! Nós nunca nos vimos. Por fotos claro que já e ela
acabou vendo algumas partes de mim pela câmera do note ontem
— parei de falar, passei a mão pelo rosto e prendi meus cabelos em
um coque. Eu tenho essa mania quando estou nervoso.
— Eu sei. E juro que iria pra cima de você, por esse seu
comentário, se não soubesse que você ama a Jess mais do que a si
mesmo.
— Acho que realmente deve ser pouco, perto do que poderia ter
sido. Você se lembra do que me disse ontem?
— Mais ou menos. Mas saiba que tudo o que eu escrevi é real.
Eu reli a conversa toda e não me arrependo de uma só letra.
— Se todas elas forem para mim, pode ser. Eu adoro saber que
sou a responsável por te excitar dessa maneira. Um dia, eu quero
você pra mim. Em mim.
— Aberta, Senhor.
Não tive que esperar muito para que o carro dela saísse da
garagem. Mas ela não estava sozinha no carro. No banco do
passageiro havia um cara todo sorridente que estava conversando
com ela.
Será que ele era o motivo pelo qual ela não pôde ser minha a
semana toda?
— Ei, você sabe onde tem uma loja de operadora telefônica por
aqui? Preciso comprar um chip...— perguntei, como quem não quer
nada.
Puta que pariu! Ele daria o bote hoje? Ah, mas eu não deixaria
mesmo, nem por cima do meu cadáver!
Completamente!
— O que veio fazer aqui? — a voz dela, rouca, fez meu pau
pulsar.
O sorriso dela era sincero e por que não? Queria ver a cara do
safado do tal primo. Sem vergonha, safado e ordinário!
Ah, eu também queria que ela ficasse com meu cheiro... assim
o tampinha safado não teria dúvidas quanto a quem ela pertencia.
Dei um beijo no topo de sua cabeça, a estreitando contra mim.
Quando entramos, o cara estava sentado no bar, tomando uma
caipirinha. Ao me ver, ficou branco como cera.
— Diego, esse é Bruno. Bruno, esse é o Diego, meu primo —
ela nos apresentou sorrindo.
— Somos.
Minha Pimentinha virou a cabeça tão rápido para mim que achei
que ela tinha virado a menina do exorcista.
ANNE
— Diego, você pode levar meu carro? Vou ficar um pouco com
Bruno e acho que vou chegar tarde — sem esperar pela resposta,
coloquei a chave na frente dele.
Bruno pegou minha mão e fui com ele. Chegando no carro, ele
abriu a porta para mim e eu entrei.
— Diego é um idiota.
Suspirei.
Ele começou a me beijar devagar, acariciando meu rosto, meus
cabelos.
— Me dê suas mãos.
— Um pouco...
BRUNO
Quase.
Ela riu e o som de seu riso mexeu com alguma coisa dentro de
mim. A necessidade de dominar se esvaindo por completo. Eu
queria e estava pela primeira vez prestes a fazer amor, no sentido
mais cru da palavra. Essa constatação não me assustou, apenas
confirmou o que eu já desconfiava.
Meus, só meus.
Estremeci e me arrepiei.
Forte.
Fora de mim.
Nunca.
Muito mais!
CAMISINHA!
Um filho.
ANNE
Pena que ele iria embora à noite. Hoje era meu dia de folga e
não haveria nenhum problema em ficar com ele o tempo todo.
Teríamos que dar uma passada em casa para ver se o idiota do
Diego tinha feito o que eu havia mandado. Onde já se viu!
Fascinada.
Abobalhada.
Apaixonada.
Tudo isso e mais um pouco, era como eu me sentia nesse
momento. Quando ele estava quase acabando de comer tudo
aquilo, me olhou com um sorriso bobo.
Sorri, sem poder negar. Com a câmera frontal ativada, ele tirou
várias fotos nossas; nós dois sorrindo, ele me beijando no rosto, nos
beijando. O celular foi para cima da mesa e nosso beijo cresceu. Era
encostar a boca dele na minha, que eu ficava insana. Doida para
senti-lo dentro de mim novamente. Molhada e com os mamilos
durinhos. Meu Deus!
— Ah, ainda bem, pois estou louca para ser comida pelo meu
leão faminto — disse baixinho, olhando dentro de seus olhos, para
que ele sentisse o quanto eu o queria, enquanto os dele me
deixavam perceber sua vontade de mim.
Eu tive que rir. Até parecia que Bruno seria domado um dia. Eu
que era uma tonta apaixonada por um homem que não amava
ninguém. Mas eu estava muito boba com tudo para querer estragar
meu dia pensando nisso.
— Que nada. O lance aqui está empatado. Vamos ver, acho que
poderei ir sim — respondi
— Sem violência.
Ele sorriu e começou a contar. Ele amava o que fazia e isso era
óbvio. Cheguei a ficar com ciúmes daquelas crianças que o tinham
todos os dias.
Se eu queria? Cacete.
Ele não iria embora e eu não ficaria sozinha com aquele imbecil
do Diego por aí. Suspirei e beijei seu peitoral. Ele estremeceu e me
abraçou.
— Vai lá, tomar sua ducha, vou preparar alguma coisa para a
gente comer.
— Já volto.
E ela teria.
Tão linda!
Não pude me ajudar, meu pau criou vida, pulsando e duro como
pedra. Um rabo daqueles na minha frente era uma perdição! Me
encostei nela e ela gemeu, rebolando a bunda em mim, se ajeitando
contra meu corpo. Testei sua umidade e ela estava pronta.
Gemi, derrotado.
ANNE
BRUNO
— Sim, eu preciso falar com o Diego. Acho que ele deve ter
entrado para algum lugar aí por trás.
— Ah, sim. Só um minuto — entrou por uma porta e pouco
depois ele apareceu.
—Eu quero provar aquela camisa ali, tamanho 4. Creio que será
necessário alguns ajustes. Você me acompanha até o provador?
Eu estava ansioso!
Estremeci.
Tesão puro.
ANNE
Por que eu não parava de tremer?
Mas o que veio a seguir foi seu nariz em meu pescoço. Ele
estava me cheirando... logo após sua língua, sorrateira, me lambeu
a pele sensível.
Meu Leão!
Era incontestável.
Eu era dele.
Nunca tinha sentido uma coisa assim, um tesão tão louco que
me tirava a sanidade.
Porra!
Nem um grito!
Ela estava tão entregue... isso me fez ficar mais louco por ela.
Sem pudor.
Minha Pimentinha...
Dei mais algumas garfadas para ela e então levei o copo à sua
boca. Ela sorriu e tomou um gole.
Perfeita.
ANNE
Nunca fiz isso na minha vida, mas com ele é diferente. Com ele
eu sou capaz de qualquer coisa.
Dando início ao meu plano, continuei com a mão levantada,
passando os dedos pelos lábios, para que a outra pudesse ter mais
movimento, já que eu estava amarrada com a meia calça.
— Não chore. Eu volto pra casa, mas você vai continuar sendo
minha. No final de semana você vai ficar comigo e assim vamos
levando.
Agora.
Aqui no carro.
— Vou ver pro final de semana então. Amanhã falo com ele.
— Feche os olhos.
Quando ela estava trêmula sob minhas mãos, fui subindo pelo
seu corpo, esfregando meu peitoral em sua bunda e costas.
— Obrigado.
ANNE
Perto.
Suspirei, resignado.
***
— Não vamos pensar nisso, tá? A semana vai passar tão rápido
que, quando percebermos, já será sexta... e também, não é tão
longe, quem sabe eu não apareça por aqui durante a semana? Sei
que não vou conseguir ficar sem teu calor, sem seu cheiro, sem
seus beijos... — puxei-a para cima de mim. Eu precisava senti-la em
mim, meu corpo precisava da memória de suas curvas, meu pau
necessitava memorizar o calor de sua boceta. — Eu preciso estar
dentro de você. Só ficar, quieto e metido em seu calor… — tomei
posse de sua boca, enquanto ela, em um movimento de quadril, me
levou para dentro.
— Está bem. Eu tenho que ir. Você vai ficar bem? — segurei
seu rosto, olhando em seus olhinhos verdes cheios de lágrimas. —
Tome cuidado, não confie em ninguém e não abra a porta para
nenhum desconhecido. E nem pro tampinha safado do seu primo.
Eu não confio nele.
Tudo voava, minha cabeça sacudia para todo lado. Meti os dois
pés fortemente na embreagem e no freio e segurei no volante
firmemente, para minimizar o sacolejo do meu corpo, mas em vão.
ANNE
— Será que você não vai dar sinal de vida? Cadê você? —
resmunguei sozinha.
Ele pareceu tão verdadeiro em sua declaração, em seus gestos...
O que será que eu devo fazer?
— Ok, só um segundo.
— Dr. Guilherme está em cirurgia. Quer que peça para ele entrar
em contato?
— Por favor, peça para que ele me ligue assim que sair da
cirurgia. É superurgente. Você pode anotar um recado? Para ele
entrar em contato com Anne, é sobre o Bruno. Realmente é urgente.
GUILHERME
— Uma mulher chamada Anne ligou. Ela disse que pode ter
acontecido alguma coisa com o Bruno, um acidente, e estava muito
nervosa. Esse é o número dela, seria bom entrar em contato o mais
rápido possível — ela falou tão rápido que não entendi metade do
que disse.
— Obrigada, Doutor.
— Sou eu. Você deve ser o Guilherme. Tentei te ligar, mas fiquei
sem bateria — continuei falando, deixando-o a par da situação. As
lágrimas reapareceram quando eu disse que eles não tinham ideia
de onde ele poderia estar.
—Dr. Santos.
— Ei, Gui, é o Rick. Saia daí agora, leve Anne para a casa dela e
me mande uma mensagem com o endereço. Estou mandando
alguns seguranças.
— Não diga nada, saia daí e vá para a casa da Anne. Fique lá até
que Cris chegue com os outros. Ele veio com os filhos da Jess,
mandei buscá-los de helicóptero. Com esse louco por aí, não dá pra
deixar ninguém de fora, e como Cris era policial, ele saberá
perfeitamente como agir. Eles já saíram daqui.
BRUNO
Mas que porra de lugar é esse? Eu não estou ficando louco, sei
que acabei de capotar com o carro. O que diabos eu estou fazendo
deitado em uma cama? Isso aqui não tem nem cara, nem cheiro de
hospital!
Minha perna!
— Dr. Santos.
— Não faço ideia, mas tinha um cara aqui, Anthony, que ficou
falando de marombados e gordinhas. Sabe alguma coisa sobre
isso?
— É o louco do ex-marido da Jess. Deixe eu falar. Anne está
com a gente. Esse cara aí foi o que sequestrou a Jess das outras
vezes. Falou que pegaria a todos. Então, estamos todos juntos e
protegidos. Como está a perna?
— Está aqui do lado. Cara, se cuida. Não vai dar uma de louco
e querer quebrar tudo sozinho. Aguenta aí, que logo nós chegamos
com a polícia.
— Certo. Até.
Não respondi nada. Ele me conhecia muito bem para saber que
aquele aviso serviu apenas para me irritar.
— Ah, que bom ouvir sua voz... estou bem, não se preocupe.
Faça o que eles disserem, fique com as outras mulheres e não se
preocupe comigo. Eu sei me virar. Amo você.
— Não fique assim. Não chore. Logo estarei com você — vinda
do outro lado da linha, escutei a voz do Rick, dizendo que tinham
conseguido, que em dez minutos estariam ali e a polícia já estava a
caminho. — Diga que eu escutei. Preciso ir. Se comporte, minha
Pimentinha. Ah, quebrei a cara do seu primo, desculpe por isso.
— Não me importo, ele fez por merecer. Por causa dele você foi
machucado e está aí, preso. Não faça loucuras. Te quero bem e
perto de mim.
— Estou vendo que não vai cooperar... — puxei mais para cima
o braço dele. Um pouco mais e deslocaria o ombro do trouxa. —
Última chance.
— A ambulância está lá fora pra você. Tem que ver essa perna,
Brunão — Guilherme disse, preocupado, olhando o curativo
improvisado que estava encharcado de sangue.
— Rick, Cuidado!
— Ok, mas vamos logo com isso, tá? Sem rodeios lá, não quero
ficar muito tempo no meio de todo mundo, eu só quero... — Gui me
cortou.
— Ok. E a senha?
— 26/10.
— Você está certo. Ainda bem que acabou tudo bem, pelo
menos para nós. Os filhos da Jess devem estar arrasados, né?
Caramba, não pensei neles.
— Vamos falar com Rick, ver o que devemos fazer. Logo vão
perceber que o cara continua na cadeia, mesmo depois de ter sido
morto, e descobrirão tudo.
— Meu filho, que susto você nos deu! — ouvi a voz da Dona
Sirley e deixei que minha Pimentinha voltasse ao chão, mas bem
perto de mim. A mãe do Theo veio e me abraçou, chorando, seguida
por Dona Rosa, mãe do Rick. Pam estava com a pequena Giovanna
no colo, Jess e Ella com Fred e Felipe no colo. Rick, seu pai e o pai
do Theo, estavam ao lado delas, quietos.
Segurei sua mão e olhei para os lados. Uma vez que ninguém
estava olhando, levei sua mão à minha boca, beijando de leve a
ponta de seu dedo e depois sugando de leve. Minha Anne
entreabriu os lábios e vi seu rosto corando. Quase pirei quando ela
lambeu os lábios, devagar.
— Pode pegar, Anne, ele não vai comer mais do que já comeu
— Jess disse, derrotada.
— Anne, você tem o dom! Olha só, ele está quase dormindo! —
Jess falou baixinho, chegando perto de nós. —Isso é quase um
milagre! E você, Bruno, nem pense que elas deixarão você ir
embora hoje, sem terem a certeza de que você está bem.
— Se você for, amanha cedo elas estarão lá, para preparar seu
café — ela disse, rindo da minha miséria.
ANNE
Caramba!
— Dr. Santos.
— Guilherme, sou eu, a Anne. Não sei o que fazer, Bruno está
com um febrão daqueles. Você pode vir aqui dar uma olhada nele?
— Boa noite. Posso saber por que você está agarrada ao meu
homem?— perguntei de braços cruzados, para me impedir de dar
vazão à minha vontade de partir para cima dela. O sangue subiu e
que Deus me ajudasse!
— Sou a mulher dele. Você pode sair daí antes que eu mesma
a tire pelos cabelos? — a raiva cresceu ainda mais em mim e meu
tom de voz se elevou. — Agora mesmo!
— Tudo bem, a culpa não é sua. Eu sei como ele era. Antes de
qualquer coisa, nós éramos amigos e ele me contava tudo. Fique
sossegado, Guilherme.
— Jess está preocupada com você. Não sei como dizer isso,
mas eu contei para elas que você passou mal quando entrou no
hospital. Na realidade, Theo contou. Tem alguma possibilidade de
você estar grávida?
— Ok, vou deixar tudo certo para que seja colhido o material
hoje à tarde. Me avise se esse “algo” acontecer e eu desmarco.
— Volte a dormir, Anne. Não são nem seis horas ainda. Mais
tarde eu volto. Ah, e não se preocupe com a Dani. Ela foi
substituída, quem vai atender esse setor será a Sheila. Você vai
gostar dela. Até mais.
Dormir??
Nada!
Fiz xixi e me sequei. Olhei o papel e nada!
Respirei fundo.
Era isso aí. Nada a temer, o que estava feito, não tinha jeito. Se
eu estivesse realmente grávida, teria que me cuidar, como
Guilherme disse, seria uma gravidez meio arriscada, com muitos
cuidados. Mas ninguém melhor para cuidar de mim do que meu
enfermeiro gostosão!
Pelo que ele havia dito na noite anterior, ele queria tantos filhos
quantos eu quisesse... isso podia significar que ele queria também...
Peguei minha bolsa e, com o mínimo de barulho possível, saí do
quarto e segui as orientações de Guilherme.
— Bem, está feito. Vou voltar para o quarto, antes que ele
acorde e perceba que eu saí. Obrigada, Guilherme.
— Não comprei nada a mais, por não saber o que você poderia
comer, mas leite sempre pode, né?
— Pode arder um pouco. Sei que você sabe disso tudo, mas
hoje você é o paciente — Sheila brincou com ele. Terminou e voltou
a mexer no trequinho, fazendo com que o soro voltasse a pingar.
Deu um adeus para nós e se foi. Assim que ela saiu eu pulei
novamente na cama com ele.
— Segure-se, Pimentinha.
Ele disse segundos antes de se abaixar e me agarrar pela
bunda, prendendo-me a ele. Passei as pernas pela sua cintura e
agarrei seu pescoço.
Uma de suas mãos subiu para meus cabelos e com a outra ele
continuou me elevando... eu já estava no ritmo e agarrada a ele, eu
mesma impulsionava... percebendo isso, ele relaxou seu aperto em
minha bunda e seu dedo brincou por ali. Espalhando a umidade, ele
enfiou o dedo em mim. Meu corpo estremeceu todo com a dupla
penetração. Outro dedo se juntou e ele começou a me puxar para
ele com mais força, aumentando o ritmo. O orgasmo abrindo
caminho através de gemidos e metidas deliciosamente rudes
daquele pau grosso e de seus dedos.
Parabéns, mamãe!
Que situação!
Força, meu filhotinho. Fique ai, cresça e lute pela vida. Mamãe
fará o mesmo por você, aqui de fora. Sussurrei para minha barriga.
Pelo jeito, eu conversaria muito com ela pelos próximos 8
meses e pouco. Pensando nisso... era tão pouco tempo! Guilherme
pediu para que eu conversasse com Jess, mas ela só teve gêmeos!
Caramba, será que eu estava passando mal assim, no início, por
serem dois?
Eu queria gritar que ele seria pai, me atirar em cima dele e amá-
lo deliciosamente. Mas não poderia fazer nada agora, com o quarto
lotado.
Logo a enfermeira abriu a porta e entrou. Todos se acalmaram e
abriram espaço para que ela atendesse o Bruno.
— Está bem. Nada como a casa da gente, né? Mas vou mandar
dois seguranças para ficar na sua porta. Mesmo com Tony morto,
ainda acho prudente termos cuidado por um tempo.
— Cara, eu vou ser pai! Isso é motivo para eu nunca mais parar
de sorrir!
Guilherme sorriu também, estendeu a mão para mim e fizemos
nosso comprimento.
— Não se preocupe, amor. Tudo vai dar certo. Você vai ver.
ANNE
— Sei que ele é mandão, mas você não pode ficar na cama
com ele — ela disse baixinho, mas séria.
— Ah, Sheila, vem aqui pelo outro lado. Minha Pimentinha está
meio ruim do estômago, deixe ela aqui, deitadinha comigo.
— Está doente? — Sheila perguntou, colocando a mão em
minha testa.
— Bruno, você não teve mais febre, mas, mesmo assim, terá
que fazer o tratamento completo, você sabe. Não tire o acesso. Vou
dar outra dose do antibiótico agora e por mais duas vezes, fechando
as 24h. Sua prescrição é para começar com o antibiótico oral por
mais 6 dias. Novamente, eu sei que você já sabe de tudo isso, mas
se você não tomar direito, na hora certa, a infecção volta e você não
vai sair daqui até ficar curado. Nós temos mania de achar que nada
pode acontecer conosco, pois sabemos como cuidar... — ela
meneou com a cabeça, deixando a frase incompleta, injetando o
remédio no acesso do soro.
Com certeza, pela cara dela, ela já tinha cometido esse erro.
Percebendo que eu a observava, ela sorriu para mim, mas um
sorriso triste, o que só confirmou minha suspeita.
Seu sorriso ficou melhor, mais alegrinho e então ela se foi. Mas
não tivemos muito sossego, meu celular despertou e Bruno o
desligou. Logo em seguida Guilherme bateu na porta e entrou.
— Certo, tô indo...
— Tá feliz, Pimentinha?
— Já voltamos.
— E aí?
Quando ele pegou a foto, arregalou os olhos e fiz sinal para que
ele não dissesse nada.
ANNE
— Olha o que você faz comigo. Me deixa louco com esse corpo
gostoso — me encostou na parede e me beijou, esfregando seu pau
duro em mim.
Ah, se eles soubessem que o meu vermelhão era por ter dado
uma rapidinha no banheiro enquanto os dois esperavam aqui fora...
Capítulo 25
Rick parou o carro em frente a um prédio lindo e acionou o
controle para entrar na garagem. Fiquei olhando admirada para a
fachada. Uau! Logo entrou e estacionou. Descemos do carro e
Bruno pegou minha mão.
— Anne. Vem aqui — fez com que colocasse minha taça junto
com a dele na bandeja e que me sentasse na cama, sentando-se ao
meu lado. —Nossa vida agora tomou outro rumo, com nosso
filhotinho a caminho. Eu quero vocês comigo, para sempre. Não
quero que você vá embora quando acabarem suas férias — ele se
levantou e foi até onde estava a sacola com as coisas que estavam
no seu carro. Mexeu lá dentro, pegou alguma coisa e voltou a se
sentar ao meu lado. —Casa comigo? — abriu a caixinha e estendeu
em minha direção.
Ele riu e seus olhos dançaram nos meus. Não achei graça
nenhuma naquilo e fechei a cara, já tentando me desvencilhar de
seus braços e me levantar.
— Isso não se faz, não pode brincar assim comigo. Até parece
que não me conhece.
— Não...
— Ah, eu sei bem. Não tem hora para passar mal. Um cheiro
diferente já embrulha o estômago da gente, né? — Pam, que estava
ao lado de Theo, falou e me deu um beijo no rosto.
— Claro, meu filho! — ela olhou para Bruno. — Ai, essa carinha,
me diga logo o que você está aprontando.
— Ah, minha filha, então tome aqui. Grávida não pode passar
vontades. Vocês sabiam que na gravidez do Theo eu fiquei com
vontade de comer torta de morango e ele nasceu com uma
manchinha vermelha na nuca? Um moranguinho perfeito — ela
enxugou as lágrimas em guardanapo de papel e pegou a colher da
panela, estendendo-a para mim. — Trate de satisfazer todas as
vontades dela, por mais estranhas que sejam — ela disse para
Bruno, com o dedo em riste.
Bruno estava só de boxer, seu pau duro louco para escapar dali,
pulsava visivelmente.
BRUNO
Puta que pariu, ela era perfeita para mim. Só fui capaz de
estender a mão para ela, que veio com aquele jeito inocente e com
as bochechas em brasa.
— Henrique, as chaves.
Sorri satisfeito.
— Entre.
ANNE
— Sugue.
Ansiosamente.
BRUNO
Ela piscou, meio perdida, o que era normal, visto que ela havia
se entregado de corpo e alma e estava naquele estado entorpecido,
pós-dominação. Ela ficaria assim, desprotegida, por um tempo e
cabia a mim sua segurança e a de nosso filhotinho.
Minha fome por ela não tinha comparação com nada que senti
até hoje. Nossas bocas se colaram e nossos corpos se roçaram
com uma urgência sem limites. Com uma leve sugestão, um impulso
mínimo do meu corpo, ela começou a andar lentamente para trás,
sem quebrar o beijo.
Minha mão estava coçando para ligar pra casa e saber como
ela estava. Mas ela deveria estar dormindo ainda… Respirando
fundo mais uma vez, me atirei no trabalho.
ANNE
— Oi, mãe.
— Anne! Como você está, minha filha? Não me liga mais, fico
numa apreensão sem notícias suas. Por que faz isso comigo, hein?
Quando vou conhecer esse seu namorado? — ela foi perguntando,
sem ao menos respirar direito.
— Menos mal…
— Vou sim — ri e virei o note para que ela pudesse ver tudo.
— Eu tenho que confessar, filha, que quando disse que ele era
enfermeiro, eu achei que ele era um aproveitador que estava atrás
do seu dinheiro.
— Mãe, pelo amor de Deus! Eu nunca disse nada disso pra ele,
apenas comentei por cima. Depois que herdei o dinheiro da vovó, eu
continuei com minha vida do jeito que sempre foi, continuei no meu
apartamento, no meu emprego, você sabe. Nunca mexi naquele
dinheiro! Vai ficar lá onde está; se um dia eu precisar, ele está lá, e
até esse momento chegar, ele continuará lá. Que criatividade, mãe!
— Ah, mãe, ele não liga não, porque nele não existe nada de
pequeno — meu riso virou uma gargalhada ao ver minha mãe corar.
Fui para o quarto, a ideia do jantar teria que ficar para outro dia.
Me troquei rapidinho, passei uma maquiagem leve e voltei para a
sala. Encontrei as três conversando animadamente e rindo.
— Foi muito bom. Mais do que bom. Nunca tinha sentido aquilo
tudo, tão crua, tão exposta… tão dele.
— Estou vendo que vou ter que comer uma dessas também.
Assim ficamos os dois com bafinho de alho.
— Ah, não. Eu até achei que demorou para elas fazerem isso —
ele disse, colocando meus cabelos para atrás da minha orelha. —
Mas não pense que isso ficará sem punição.
Bruno riu e atacou seu prato, mas antes pegou minha mão e
colocou sobre sua coxa, tão perto de seu pau que eu podia sentir
seu calor.
BRUNO
Beijei sua boca e deslizei, lambendo sua pele até seu queixo.
Desci mordiscando a pele sensível de seu pescoço, mordendo a
curva de seu ombro e sua respiração se agitou. Continuei até seus
seios deliciosos e mordi o bico duro. A olhei e ela estava mordendo
o lábio, contendo um gemido.
Linda.
Perfeita.
— Saborosa.
Fui até o quarto e peguei uma joia anal que havia comprado
para ela, um vibrador, e retornei.
— Segure-se.
Voltei para perto dela e rocei meus lábios novamente nos dela.
Meti a mão entre suas pernas, que ela abriu de bom grado. Rodeei
seu clitóris com o dedo, pressionando acima dele, jamais tocando-o
diretamente.
Incitando.
Excitando.
Perto e distante.
Dando e tomando.
— Ao meu Senhor.
— Quer gozar?
Seu corpo estremeceu todo.
— Sim, Senhor.
— Boa menina.
— Sim, faz. O fato é que ela fez essa doação em valor igual
para todos os netos, que acabaram torrando tudo, como o Diego
fez. Eu guardei e investi, não vou tocar em nada, a menos que
realmente necessite. Sempre fui contra isso e, se um dia ela
precisar, o dinheiro estará lá, muito bem guardado. O negócio é que
minha mãe achou que o Diego só veio com essa história de ficar lá
em casa para me roubar. Sabe como é família, o fato de eu ter
guardado o dinheiro correu pelos ouvidos de todos e ficam
especulando quanto eu posso ter guardado.
— Pois é, ela disse também que ele tem passagem pela polícia
por estelionato. A gente nunca conhece bem uma pessoa, né?
Nunca pensei isso dele, crescemos juntos...
— Eu quero te roubar pra mim, eu que não sei pedir nada, meu
caminho é meio perdido, mas que perder seja o melhor destino…
Agora não vou mais mudar, minha procura por si só, já era o que eu
queria achar … Você, minha Pimentinha é tudo o que eu queria para
mim e nem sabia. Eu amo você — me beijou o pescoço daquele
jeito que me deixava tonta e retornou para seus filés de frango,
cantarolando o restante da música.
Depois de não sei quanto tempo ali, fui até a cozinha pegar um
copo de suco e ouvi meu celular tocando. Corri a casa toda atrás
dele, sem me lembrar onde o tinha deixado. O encontrei no chão, ao
lado da cama, e o peguei. Caramba, trinta ligações do Bruno! Liguei
para ele, que atendeu rapidamente.
— Nunca mais faça isso, leve-o sempre com você, onde quer
que vá. Mas, espera, pintando como?
— Ok. Eu prometo.
Cheguei perto e ele abriu uma das caixas e foi abrindo tudo. Ali
estavam diversas variedades de doces e o pudim da padaria.
— Vou avisar então, amanhã cedo eu ligo pra ela. Ela vai amar.
— Anne, você pode vir até aqui? Peça para Allan vir com você,
pegue um táxi, eu aguardo vocês na entrada do hospital.
— Demais!
Um leão se exibindo.
— É, com três de uma vez só… essa é uma boa ideia. Mas
quando eles crescerem um pouco irão querer saber o que tem por
trás da porta, criança é curiosa pra caramba. Acho então que
deveríamos ficar com esse apartamento aqui, assim teríamos como
escapar de tudo.
Sua boca em minha pele, seu corpo junto ao meu, seu cheiro,
seus dedos me penetrando e contorcendo-se dentro de mim,
tomavam toda minha sanidade, me fazendo esquecer de tudo ao
meu redor.
Ele colocou a mão entre minhas pernas e puxou uma para seu
colo. Fiquei meio torta no banco, quase recostada na porta. Seus
dedos se aventuraram por baixo da saia do meu vestido e puxaram
minha calcinha de lado… continuaram sua exploração…
lentamente, eles me exploraram, brincaram com meu clitóris e
aprofundaram-se em meu corpo. Gemi baixinho, segurando meus
seios, que estavam sensíveis, meus mamilos estavam durinhos,
queria a boca dele ali…
— Tem razão. Mas está tão bom aqui — rebolei em seu colo e
ele pulsou dentro de mim.
— Nada disso. Vamos passar por lá, tomar uma ducha e ir ver
minha mãe, antes que ela coloque a polícia atrás da gente.
— Eu disse que ela ficaria muito feliz em nos ver — ri junto com
ele.
Meu pai continuou a comer, minha mãe, muda, ainda sob efeito
da magia do Bruno. Ela olhava para ele, para mim e sorria… quando
eu percebia, ela estava novamente olhando para ele.
— Minha filha tirou a sorte grande. Lindo, alto, cuida dela como
uma princesa e ainda pensa nos outros, em ajudar quem precisa.
— Filha. Agora entendi o que você quis dizer com não tem nada
de pequeno nele — rimos e então ela me olhou, séria. — Anne, seja
sincera. O que você não está me contando? Por que ele te olha
daquela maneira? Tem coisa aí. Eu o vi acariciando sua barriga e,
com certeza, não é por ele gostar de sua fofurice.
— Ah, minha filha, não se preocupe com seu pai, ele vai aceitar.
— Será que papai deixou a chave? — fui até a sala, onde ele
deixava a chave pendurada. — Está aqui. Vamos?
BRUNO
Estava no lago, com o pai da Anne, naquela tranquilidade total,
sentados na beirada da água, segurando nossas varas, quando meu
celular tocou.
— Isso não vem ao caso. Eu vou pegar sua boneca. Vou fazer o
que devia ter feito desde o início.
KACAU TIAMO
Copyright © 2018
Agradecimentos
Preciso começar agradecendo as minhas Pimentinhas pelo
presente magnífico que me deram enquanto estava escrevendo o
primeiro livro do nosso Leãozinho, Indomável. Nunca me esquecerei
do que fizeram por mim. Esse gesto de amor e união ficará para
sempre em meu coração e em minha memória.
— Isso não vem ao caso. Eu vou pegar sua boneca. Vou fazer o
que devia ter feito desde o início.
A espera.
— Ele tem razão. Fique aqui, meu filho. Nós vamos até a
delegacia. Como ele te ligou, é capaz de você ter que ir também,
mas deixe isso pra depois. Você precisa acalmar seu coração.
Fique, vá ficar com ela e com seus filhos. O médico não disse nada
sobre os bebês, então não deve ter acontecido nada com eles.
— Sou enfermeiro e sei ler muito bem uma ficha médica. Quero
saber sobre meus filhos! Alguma coisa está muito errada! Eu sinto
isso. Só quero a confirmação. Quero saber sobre os bebês!
A enfermeira me olhou como se eu fosse um lunático. Pegou o
telefone e ligou para o médico, pedindo sua presença o mais rápido
possível.
— Sinto muito, mas não tem nenhum bebê. Ela não está
grávida, nem nunca esteve. Foi feita uma ressonância e não tem
traços de gravidez.
— E aí, Brunão.
— Vai vendo com ele, Rick. Eu não faço a mínima ideia da porra
do endereço. Sei chegar. Me dá dez minutos que estou indo pra lá e
já te mando. Tenho que ir. Cada minuto é um tempo a mais que ele
tem para fugir com ela.
— Valeu.
— Preciso ter uma conversa séria com vocês. Tem uma coisa
muito errada e preciso começar a contar do início. Podemos entrar?
Respirei fundo.
— Mauro, nós viemos até aqui hoje para dar uma notícia à
vocês. Como eu disse, eu pediria a mão da Anne em casamento. —
Ele confirmou com a cabeça e prossegui. — Também iríamos contar
que vocês seriam avós. Minha Anne está grávida. — Mauro
arregalou os olhos e Isabel começou a chorar.
— Tenho amigos que são como irmãos para mim. Eles estão
vindo com um investigador da polícia junto. Ele ajudou o Rick
quando sequestraram sua mulher e também quando o ex-marido
dela me sequestrou há algumas semanas atrás. Liguei para eles
depois que liguei para vocês. Eu confio neles. Cuidaram muito bem
da minha Anne quando eu estava no cativeiro.
— Vou ligar para minha irmã ver se ela sabe alguma coisa
sobre Diego. — Isabel disse, preocupada, se adiantando até o
telefone.
— Ah, meu filho! Não sei se sou muito egoísta de estar aliviada
por não ser minha filha naquela cama de hospital… mas estou.
Diego quer o dinheiro que ela tem guardado. Não a matará.
— Eu te roubei deles.
— Até, amor.
— Será que não tem nada pra comer aqui? Estou louca de
fome!
— Vamos para a cozinha. Enquanto você não acordava, eu fiz o
jantar.
Isso, come, pois vai ser sua última refeição decente, seu
crápula.
— Era ela, meu filho? O que foi que ela disse? Está tudo bem?
—Isabel quis saber.
Ethan estava no mesmo carro que nós, então me virei para ele.
Eu sempre quis dizer isso minha vida toda, mas ouvir assim
matou um pouco esse meu desejo. Entrei atrás dele, percorrendo o
lugar com os olhos, à procura da minha Anne.
Encarei o tampinha dos infernos com todo meu ódio, meus três
irmãos vieram atrás de mim enquanto eu me aproximava. Parei bem
à sua frente, olhando-o fixamente nos olhos, com a certeza de que o
inferno estava estampado nos meus. Cerrei o maxilar, contendo
minha ira e o peguei pelo colarinho da camisa que usava e o
levantei, deixando-o cara a cara comigo.
— Podemos?
— Vamos esperar lá fora. — Bruno saiu com meu pai para que
eu me limpasse e me vestisse.
Quanto antes fôssemos para a casa dos meus pais, mais cedo
sairíamos para nosso apartamento e então… Nossa que calor que
me deu, só em pensar em nós dois em minha cama… Minha mãe
me chamou e saí dos meus pensamentos libidinosos. Bem que me
disseram que grávida tem um fogo daqueles, de três ainda, tudo
triplicado!
Na casa da minha mãe, ela fez um macarrão rápido e o cheiro
me trouxe tantas lembranças de quando eu ainda morava com eles,
que fui obrigada a comer um pouco também. Jantar terminado, meu
pai nos chamou na sala.
— Está bem, vamos nos casar logo então, antes que os bebês
apareçam.
— Pai…
— Estou louco por você, minha Anne. Quis ter a certeza de que
nossos bebês estão bem, porque eu estou doido para foder você e
não serei gentil. Quero te pegar de jeito, assim que entrarmos pela
porta do seu apartamento — disse com a voz carregada de tesão,
sua boca percorrendo meu pescoço... — Amo o jeito que se
entrega, como seu corpo se prepara para o meu, toda molhada. —
Ele se afastou, respirando fundo. — Vamos logo antes que eu
cometa uma loucura aqui mesmo na frente da casa dos seus pais.
***
Bruno apertou de leve minha coxa e sorriu para minha tia, que o
olhou fascinada. Então ela pigarreou e levantou-se.
Hoje não foi diferente. Jess estava com Anne no quarto, com
Fred e Felipe brincando na cama com as duas. Foi impossível não
pensar que em alguns meses seriamos nós com nossos bebês…
Fiquei parado na porta, observando a cena. Fred estava nos braços
da minha Anne e ela brincava, fazendo cócegas e rindo com ele,
que levava as mãozinhas a boca, em uma gargalhada deliciosa, que
puxava a delas também. Até Felipe ria das gargalhadas do irmão.
— Como é que eu vou contar para Anne uma coisa dessas? Ela
está tão feliz com os pequenos lá no quarto…
Assenti e me virei para contar a ela. Rick veio atrás e deu apoio
enquanto eu contava. Anne ficou feliz por terem descoberto
identidade da mulher, mas as lágrimas vieram à tona ao saber que
ela não tinha muito tempo de vida.
Minha família…
Mais cedo ou mais tarde eu teria que contar a ela tudo sobre
minha família. E sobre Belmiro.
Caramba, tanto tempo sem ter notícias de todos… será que ele
ainda se parecia comigo?
Vinda de outra cidade, uma vez que o seu pai havia transferido,
veio morar no nosso bairro. Estávamos terminando o ensino médio
e ela também, mas em uma outra escola, particular, paga pela
empresa do pai. Eu fazia curso de guitarra e todas as vezes que ia
para a aula, passava em frente à casa dela, onde ela ficava lendo,
sentada embaixo de uma árvore, sobre um cobertor quadriculado.
— Nunca, Fabiana! Nem uma única vez transei com você sem
preservativo e ainda tomava o cuidado de verificar se não tinha
rasgado ou furado após. Nunca! Esse filho não pode ser meu!
— Bruno, venha até a sala por favor. Tem uma moça com os
pais lá e o que me disseram não foi uma coisa muito boa. Como
você foi capaz? Por causa do seu jeitão descolado, eu sempre o
ensinei sobre preservativos, meu filho. Sempre!
Ela sorriu para mim e tudo o que disse fez sentido e aliviou meu
coração. Acariciei sua barriga, que já estava começando a crescer.
— Logo vão começar a se mexer aí dentro. Está ansiosa pelo
casamento?
— O que era tão engraçado que fez vocês rirem desse jeito? —
Bruno perguntou, me abraçando por trás.
Rick foi o único que riu do que Pam dissera, os outros três se
entreolharam, bufando ao mesmo tempo, fazendo Rick e nós,
mulheres, rirmos ainda mais.
— Claro que sim, mas você só está assim porque já passou por
isso. — Bruno apontou para Rick.
Como agora.
***
— Ainda não sei como concordei com essa ideia. Deixar Pam ir
a uma despedida de solteira! — Theo bufou, batendo o copo de
cerveja na mesa do bar, onde estávamos.
Pam pegou minha mão e só então percebi que estava com elas
apertadas, apreensiva. Respirei fundo e então a porta próxima a
Jéssica foi aberta e saímos do carro. O segurança nos acompanhou
até a porta e se postou ao lado dela.
Minha crise de riso que já havia parado voltou quando ele tirou
a camisa em um puxão, ficando só de gravatinha e calça. Quando
com uma requebrada puxou as calças, revelando a tanguinha, não
me contive e caí na gargalhada!
Aos poucos uma por uma veio me dar um beijo e desejar uma
boa noite de núpcias, me entregando os presentes que haviam
levado.
***
Enchi sua barriga de beijos, fazendo com que risse, mas o riso
virou um gemido gostoso quando desci ainda mais e me perdi entre
suas pernas…
***
— As manhãs são tão gostosas! Acordar com você assim, é
uma delícia, Leãozinho.
— Anne, você já passou por tudo com seu primo e ele abusou
da sua boa vontade, acampando na sua casa e fazendo tudo o que
fez, por achar que você era ingênua o suficiente para que ele se
aproveitasse sem você perceber. Eu estou aqui, contigo e não vou
permitir que pessoas que não conhecemos, se aproveitem também
por você estar fragilizada com a situação.
— Você fala isso porque ela não está grávida e você não é
obrigado a se casar. Eu nunca quis me casar com aquela outra ali,
fui obrigado por causa de uma criança, e eu culpo você por isso.
— Ele ainda me culpa pela vida que tem. Não é uma loucura?
— Já falei que te amo? Não sei o que seria de mim, sem você,
minha Pimentinha. Você faz de mim um ser racional e irracional ao
mesmo tempo. Me acalma e me atiça de uma maneira… — disse
cheirando meus cabelos, me puxando para seu colo. — Mesmo com
toda essa conversa e estando na casa dos seus pais com eles ali na
cozinha, só em sentir seu cheiro e seu calor, olha como eu fico —
sussurrou, apertando-me contra seu corpo e senti sua dureza em
minha coxa.
— Amor, qual deles são seus pais? Não estou vendo seu irmão
por aqui.
BRUNO
— É muito dinheiro!
Sorri, feliz. Meus pais sentiram minha falta por todo esse tempo
e minha mãe continuava a mesma pessoa bondosa que sempre
havia sido.
— Não tinha como você saber de nada. Você o amava e ele era
seu gêmeo.
— Agora é tudo tão claro pra mim! Ele me disse que meus pais
estavam se mudando para ficar perto do neto que tanto amavam. E
eles estavam apenas indo ajudar por causa do bebê! Me senti um
pedaço de lixo que ninguém queria, largado às traças, quando na
realidade magoei meu pai e minha mãe... esse tempo todo
pensando que fugi de casa! Não duvido nada que o Miro tenha um
dedo no sumiço da carta que deixei — esmurrei o volante
novamente, meus cabelos voando em torno do meu rosto, devido a
minha fúria.
Respirei fundo e olhei para Anne. Ela era a calma em pessoa e
me olhava com um sorriso nos lábios.
***
— Não se preocupe, filha. Sei que seu pai colocou isso na sua
cabeça, com aquele comentário de “se casar antes que a barriga
aparecesse”, mas foi apenas um modo de conseguir o que ele
queria, porque sempre teve o sonho de te levar ao altar. Você sabe
disso.
— Sim, minha filha. Vamos logo com isso antes que eu mude de
ideia e resolva dar um coça naquele safado que engravidou minha
menina — brincou e todos rimos.
Estendi a mão para ele, que postou o braço daquele jeito que
todos os pais fazem, todo orgulhoso. Segurei ali e acompanhados
de minha mãe, seguimos em direção a onde tudo aconteceria.
BRUNO
***
— Obrigado, Armand.
— Lá vamos nós…
— Te amo, Leãozinho.
— Tudo bem mãe. Ele tem uma ideia sobre academia e quero
ver a cara dele ao se deparar com a academia — sussurrei,
piscando para ela.
— Boa tarde! Que bom chegar em casa e ver uma cena dessas!
— Seu sorriso era contagiante, veio direto me dar um beijo e logo
depois cumprimentou meus pais.
Bruno ficou ajudando-nos com os enfeites e rindo dos meus
desenhos e frases nos cartões.
— Meu pai achou que você era ligado a máfia quando viu a
casa.
Suspirei aliviada. Era óbvio que ele não iria contar a eles sobre
o que acontecia por trás daquelas portas...
— Filha, esse seu marido é um anjo. Achei que ele ficaria super
irritado com seu pai, mas apenas riu e ainda resolveu fazer um
churrasco! Caiu do céu, direto para em seus braços. — Minha mãe
falou, enquanto se abanava.
— Ah, mas eu adoro fazer isso! Não faço sempre, mas as vezes
dá uma coisa…
— Sim, mas no meu caso, não foi a natureza não, mas são
meus milagres — sorriu e contou tudo o que havia acontecido com
ela para minha mãe, que ouviu a tudo com os olhos marejados.
Principalmente na parte em que Ella contou sobre a doadora da
medula ter sido a mulher do irmão, Pam, que era apenas namorada
na época. — Deus colocou esse anjo em nossas vidas. Por causa
dela, estou aqui hoje.
— Ah, sim! E eles ainda trazem comida para nós! A senhora vai
ver.
— Pois é cara. Você falou que iria contar pra gente depois, mas
até agora nada. — Guilherme falou, olhando para os outros e então
todos olharam para ele.
— E o que você vai fazer com esse filho da puta do seu irmão?
— Rick perguntou e Jess deu um cutucão nele. — O quê? Ele é
mesmo! Onde já se viu um negócio desses?
— Pensei muito e não vou fazer nada. Ele é um infeliz e já está
pagando por tudo o que fez. Tem plena consciência das cagadas
que cometeu, isso eu tenho certeza. E a consciência pesada é a
pior coisa, pois nem conseguir dormir ele deve. Falei umas verdades
em relação ao seu casamento e vou deixar que meus pais façam o
resto, conversando com ele. Meu pai é um cara maravilhoso, mas
quando é pra dar bronca, brigar e fazer com que a gente se
arrependa de ter nascido, ele é o melhor. Miro já está pagando, sem
que eu tenha que me meter.
— Ansiosa?
— Certo.
— Observe.
No outro lado daquela janela um casal trocava carícias. Eu
nunca tinha visto nada assim, ao vivo. O choque inicial foi
substituído por um tesão absurdo ao sentir as mãos de Bruno
percorrerem meus braços e tomarem meus seios.
— Quieta.
— Esse seu irmão vai ter que se acostumar a dividir seus pais.
Então, está tudo bem entre vocês três?
— Boa noite, meu filho. Esse natal entrará para a história. Foi
uma delícia ter você com a gente depois de tanto tempo. Sabe que
a gente te ama muito, né?
— A senhora sabe que o ano que vem será uma loucura, com
os três dando trabalho a todos, né?
***
— Que sempre tem que existir uma primeira vez para tudo… —
Minha mão percorreu seu abdômen, arranhando a pele de leve,
fazendo com ele estremecesse.
Coloquei sua mão entre minhas pernas e foi a vez dele gemer.
— Você é uma Pimentinha muito tarada!
— Temos que fazer com que nos visite mais vezes. O proibido é
hummm… — sussurrei, rindo baixinho.
A ansiedade me tomou.
***
Olhando para as razões do meu viver ali, meu peito foi tomado
por tanto amor que ele transbordou pelos meus olhos, me fazendo
sentir um homem completo e realizado, exatamente o oposto de
quase um ano atrás.
***
Fim
A autora
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kacautiamo@gmail.com
U m baile de máscaras…
Uma noite para cometer loucuras…
Sem pensar nas consequências…
Sem arrependimentos!
Emanuelly Hernanes é uma veterinária que leva uma vida sem
muitas emoções, cuidando de seus pacientes e mantendo seus pais
adotivos calmos e felizes. Manu, como os amigos a chamam, vive
para o trabalho, até que uma cliente dá a ela convites para um jantar
beneficente seguido por um baile de máscaras. Sem ter como
negar, ela se vê envolta a magia dos preparativos e fascinada com
todo o ambiente e clima da festa completamente fora dos padrões
para ela…
Roger Medina, um homem de negócios, exigente e centrado, é
uma máquina de conquista e demolição. Conhecido como “a
Rocha”, nunca ninguém havia transposto suas barreiras. Até aquele
maldito jantar beneficente, onde uma morena misteriosa abalou seu
mundo…
CHANTAGEM
Segundo livro de Uma noite louca!
N em tudo na vida é um mar de rosas e nossas ações geram
consequências… maravilhosas ou devastadoras!
Após viver aquela noite louca com Roger Medina, Emanuelly é
surpreendida pela consequência de seu ato impensado… o que traz
felicidade e dor a sua vida.
Em Chantagem, venha viver com Manu e Roger, as
desventuras que o destino reservou a eles.
SEGUNDA CHANCE
Terceiro livro de Uma noite louca
A dor da perda ainda está no coração e mente de Emanuelly
Taborda quando, após quatro anos, o destino coloca Roger Medina
novamente em seu caminho, em um reencontro inesperado.
Quantas pessoas tem a dádiva de uma segunda chance de ser
feliz? Essa pergunta se repete na mente de Emanuelly enquanto
observa Roger…
Descubra o que o destino tem reservado a esses dois em
Segunda chance!
ETERNAMENTE
Quarto livro de Uma noite louca
A pós um reencontro inesperado, a paixão aflora entre
Manu e Roger, e as coisas esquentam!
Vivendo intensamente a segunda chance em suas vidas, surge
uma proposta… irrecusável! O destino unindo dois corações...
Eternamente!
Projeto 2
INTENSO
Parte 1
INTENSO – parte 2
vida sendo aceito por Eduardo. Mas para a realização deste projeto,
eles terão que viver basicamente sob o mesmo teto, o que pode
delicioso!
INTENSO
Parte 3
IRRACIONAL
Livro único - Disponível em formato digital
SEDUÇÃO IRRESISTÍVEL
Livro único – Disponível em formato físico pela Universo
dos livros e em digital.
ATRAÇÃO IRRESISTÍVEL
Livro único - Disponível em formato físico e digital
INESQUECÍVEL
Livro único – Disponível em formato físico e digital
CAMINHOS DO CORAÇÃO -
PAIXÃO ANTIGA
Segundo livro
A pós sair de sua vida e nunca mais dar notícias, Will
reaparece repentinamente, fazendo o coração de Carla balançar.
Dono de suas lembranças mais quentes, a simples presença dele
em seu escritório a faz desejá-lo novamente… mas ela não o
receberia de braços abertos, ela o faria implorar… Ah, faria sim!
Willian Degrossi… o homem que fez com que Carla Laurentino
se tornasse uma mulher fria e voltada somente aos negócios,
ressurge para mostrar a ela que também é quem a faz estremecer…
ETERNO AMOR
Terceiro livro