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MACAÉ - RJ
JULHO - 2021
Sumário
Nomenclatura
1 Introdução 1
Referências Bibliográficas 41
Lista de Figuras
τ variável de integração
j discretização do tempo
1
1 Introdução
we = ct wi (pi − p) (1.1)
onde:
pi : pressão inicial;
Esta equação, porém, só é aplicável a aqüı́feros muito pequenos, pois admite a
equalização imediata de pressões entre o reservatório e o aqüı́fero.
• Aqüı́fero radial;
• Aqüı́fero linear.
raio adimensional:
r
rD = (2.1)
r0
tempo adimensional:
kt
tD = (2.2)
φµct r02
pressão adimensional:
pi − p pi − p
pD = = (2.3)
pi − p0 4p0
onde:
A vazão que o aqüı́fero fornece, isto é, a vazão no ponto r = r0 , é dada pela lei de
Darcy e pode ser escrita como:
6
2πf kh ∂p
q= r (2.4)
µ ∂r ro
onde:
Usando as definições de variáveis adimensionais dadas pelas eqs. 2.1 e 2.3, a 2.4
pode também ser escrita em termos de variáveis adimensionais:
∂pD qµ
− rD = ≡ qD (tD ), (2.5)
∂rD rD =1 2πf kh4p0
onde:
Z t Z tD
2πf kh4p0 dt
We ≡ qdt = qD dtD (2.6)
0 µ 0 dtD
dt φµct r02
= (2.7)
dtD k
Z tD
We = 2πf φct hr02 4p0 qD dtD (2.8)
0
onde:
7
Sendo que:
a) aqüı́fero infinito
E.D.P.:
∂ 2 pD 1 ∂pD ∂pD
2
+ = (2.11)
∂rD rD ∂rD ∂tD
C.I.:
pD (rD; tD = 0) = 0 (2.12)
C.C.I.:
pD (rD = 1; tD ) = 1 (2.13)
(E.D.P.): a equação diferencial parcial que rege o fluxo no meio poroso, e pode ser
obtida usando-se as definições das variáveis adimensionais na equação da difusivi-
dade hidráulica deduzida em termos de variáveis reais.
a) Aqüı́fero infinito:
p(rD → ∞; tD ) = 0 (2.14)
Neste caso não há fluxo no limite externo e a C.C.E. pode ser escrita como:
∂pD
=0 (2.15)
∂rD rD =re /ro
onde:
Em qualquer dos casos o influxo pode ser calculado com a seguinte equação:
Z tD Z tD
∂pD
WD ≡ qD (tD )dtD = − rD dtD (2.17)
0 0 ∂rD rD =1
Para aqüı́feros selados existe um valor máximo para o influxo acumulado. Esse
valor máximo é alcançado após a equalização das pressões do reservatório (no con-
tato) e do aqüı́fero. A partir da equação da compressibilidade (1.1), pode-se mostrar
10
2
reD −1
WDmáx = (2.18)
2
u: variável de Laplace.
Problema:
E.D.P:
∂ 2 pD 1 ∂pD ∂pD
2
+ = (2.19)
∂rD rD ∂rD ∂tD
C.I:
pD (rD; tD = 0) = 0 (2.20)
C.C.I:
pD (rD = 1; tD ) = 1 (2.21)
C.C.E:
pD (rD → ∞; tD ) = 0 (2.22)
Solução:
→ no campo de Laplace:
E.D.H:
d2 pD 1 dpD
+ = upD (2.24)
drD rD drD
C.C.I:
1
pD (rD = 1; tD ) = (2.25)
u
C.C.E:
pD (rD → ∞; tD ) = 0 (2.26)
√ √
pD (rD, u) = Ak0 (rD u) + BI0 (rD u) (2.27)
√
pD = Ak0 (rD u) (2.28)
√ 1
pD (rD = 1; u) = Ak0 ( u) = (2.29)
u
→ substituindo na solução:
1 √
pD (rD, u) = √ k0 (rD u) (2.30)
uk0 ( u)
Z tD Z tD
∂pD
WD ≡ qD (tD )dtD = − rD dtD (2.31)
0 0 ∂rD rD =1
Z tD
∂pD
L {WD (tD )} = L − rD dtD = W D (u) (2.32)
0 ∂rD
Z τ
1
L F(τ )dτ = F(u) (2.33)
0 u
→ assim, encontra-se:
1 dpD
− rD (2.34)
u ∂rD rD =1
−√uk (√u).uk(√
:
dpD 1 0 u)
rD = r (2.35)
drD rD =1
√ 2 D
[uk0 ( u)]
√ √
1 dpD − uk1 ( u)
− rD = √ (2.36)
u drD rD =1 uk0 ( u)
√ √
uk1 ( u)
WD = 2 √ (2.37)
u k0 ( u)
√
k1 ( u)
W D (u) = − 1 √ (2.38)
u 2 u2 k0 ( u)
√
k1 ( u)
WD (u) = 3/2 √ (2.39)
u k0 ( u)
Problema:
E.D.P.:
∂ 2 pD 1 ∂pD ∂pD
2
+ = (2.40)
∂rD rD ∂rD ∂tD
13
C.I.:
pD (rD; tD = 0) = 0 (2.41)
C.C.I.:
pD (rD = 1; tD ) = 1 (2.42)
C.C.E.:
∂pD
=0 (2.43)
∂rD rD =re /ro
Solução:
→ partindo de Bessel:
√ √
pD (rD , u) = Ak0 (rD u) + BI0 (rD u) (2.45)
1
pD (rD = 1; tD ) = (2.46)
u
√ p 1
pD (1, u) = A.k0 ( u) + BI0 ( u) = (2.47)
u
√ √ √ √
∂pD
= − uAk1 (reD u) + uBI1 (reD u) = 0 (2.48)
∂rD reD
√ √ √> √
uBI1 (reD u)
>
=
uAk1 (reD u) (2.49)
√
Ak1 (reD u)
B= √ (2.50)
I1 (reD u)
14
√
√ Ak1 (reD u) p 1
Ak0 ( u) + √ I0 ( u) = (2.51)
I1 (reD u) u
√
√ k1 (reD u) √
1
A k0 ( u) + √ I0 ( u) = (2.52)
I1 (reD u) u
√
√ √ √ √ I1 (reD u)
A k0 ( u)I1 (reD u) + k1 (reD u)I0 ( u) = (2.53)
u
√
I1 (reD u)
A= √ √ √ √ (2.54)
u [k0 ( u)I1 (reD u) + k1 (reD u)I0 ( u)]
√ √
:
k1 (reD u)
I1 eD u)
(r
B= h p √ √ √ i √
: (2.55)
u k0 ( u)I1 (reD u) + k1 (reD u)I0 ( u)
I1 eD u)
(r
√
k1 (reD u)
B= √ √ √ √ (2.56)
u [k0 ( u)I1 (reD u) + k1 (reD u)I0 ( u)]
√ √ √ √
I1 (reD u)k0 (rD u) + k1 (reD u)I0 (rD u)
pD = √ √ √ √ (2.57)
u [k0 ( u)I1 (reD u) + k1 (reD u)I0 ( u)]
√ √ √ √ √ √
dp − uI1 (reD u)k1 ( u) + uk1 (reD u)I1 ( u)
rD D = h p √ √ p i (2.58)
drD rD =1 u k0 ( u)I1 (reD u) + k1 (reD u)I0 ( u)
√ √ √ √
−k1 (reD u)I1 ( u) + I1 (reD u)k1 ( u)
W D (u) = 3 √ √ √ √ (2.59)
u 2 [k0 ( u)I1 (reD u) + k1 (reD u)I0 ( u)]
√ √ √ √
I1 (reD u)k1 ( u) − I1 ( u)k1 (reD u)
WD (u) = 3/2 √ √ √ √ (2.60)
u I0 ( u)k1 (reD u) + I1 (reD u)k0 ( u)
Problema:
E.D.P.:
∂ 2 pD 1 ∂pD ∂pD
2
+ = (2.61)
∂rD rD ∂rD ∂tD
C.I.:
pD (rD; tD = 0) = 0 (2.62)
C.C.I.:
pD (rD = 1; tD ) = 1 (2.63)
C.C.E.:
pD (rD = re /ro ; tD ) = 0 (2.64)
Solução:
→ realimentação.
E.D.P.:
∂ 2 pD 1 ∂pD
+ = upD (2.66)
∂rD rD ∂rD
C.I.:
pD (rD , u) = 0 (2.67)
C.C.I.:
16
1
pD (rD = 1, u) = (2.68)
u
C.C.E.:
reD
pD rD = ,u = 0 (2.69)
rD
√ √
pD (rD , u) = Ak0 (rD u) + BI0 (rD u) (2.70)
√ √ 1
Ak0 ( u) + BI0 ( u) = (2.71)
u
√ √
Ak0 (reD u) + BI0 (reD u) = 0 (2.72)
√
BI0 (reD u)
A=− √ (2.73)
k0 (reD u)
√ √
−BI0 (reD u)k0 ( u) √ 1
√ + BI0 ( u) = (2.74)
k0 (reD u) u
→ calculando o M.M.C.:
√ √ √ √
−BI0 (reD u)k0 ( u) + k0 (reD u)BI0 ( u) 1
√ = (2.75)
k0 (reD u) u
√
√ √ √ √ k0 (reD u)
B −I0 (reD u)k0 ( u) + k0 (reD u)I0 ( u) = (2.76)
u
17
√
k0 (reD u)
B= √ √ √ √ (2.77)
u [k0 (reD u)I0 ( u) − I0 (reD u)k0 ( u)]
√
: √
k0 eD u)I0 (reD u)
(r
A=− √ √
√ √ √
: (2.78)
u [k0 (reD u)I0 ( u) − I0 (reD u)k0 ( u)]
k0
(r
eD u)
√
I0 (reD u)
A=− √ √ √ √ (2.79)
u [k0 (reD u)I0 ( u) − I0 (reD u)k0 ( u)]
√ √ √ √
−I0 (reD u)K0 (rD u) I0 (rD u)K0 (reD u)
pD (rD , u) = √ √ √ √ + √ √ √ √
u [k0 (reD u)I0 ( u) − I0 (reD u)k0 ( u)] u [k0 (reD u)I0 ( u) − I0 (reD u)k0 ( u)]
(2.80)
√ √ √ √
1 k0 (reD u)I0 (rD u) − I0 (reD u)k0 (rD u)
pD = − √ √ √ √ (2.81)
u I0 (reD u)k0 ( u) − I0 ( u)k0 (reD u)
→ agora, pasando o influxo para o campo de Laplace como foi feito no caso do
aquı́fero radial:
( Z )
tD
∂pD
L {WD (tD )} = L − rD dtD = W D (u) (2.82)
0 ∂rD rD =1
Z τ
1
L F(τ )dτ = F(u) (2.83)
0 u
→ assim:
1 dpD
W D (u) = − rD (2.84)
u drD rD =1
√ √ √ √
dpD 1 1 k0 (reD u)I0 (rD u) − I0 (reD u)k0 (rD u)
rD − =− √ √ √ √ (2.85)
drD rD =1 u u I0 (reD u)k0 ( u) − I0 ( u)k0 (reD u)
√ √ :√
√ √ :√
1
7 dpD 1
7k0 (reD u)I1 (r
D u) u + I0 (reD u)k1
(r
D u) u
− rD = − √ √ √ √ * (2.86)
rD
u drD u I0 (reD u)k0 ( u) − I0 ( u)k0 (reD u)
rD =1
√ √ √ √ √
dpD [k0 (reD u)I1 ( u) + I0 (reD u)k1 ( u)] u
rD = WD = √ √ √ √ (2.87)
drD rD =1 I0 (reD u)k0 ( u) − I0 ( u)k0 (reD u)
√ √ √ √
k0 (reD u)I1 ( u) + I0 (reD u)k1 ( u)
W D (u) = 3 √ √ √ √ (2.88)
u 2 [I0 (reD u)k0 ( u) − I0 ( u)k0 (reD u)]
√ √ √ √
I0 (reD u)k1 ( u) + I1 ( u)k0 (reD u)
WD (u) = 3/2 √ √ √ √ (2.89)
u I0 (reD u)k0 ( u) − I0 ( u)k0 (reD u)
comprimento adimensional:
x
xD = (2.90)
L
tempo adimensional:
kt
tD = (2.91)
φµct L2
pressão adimensional:
pi − p pi − p
pD = = (2.92)
pi − p0 4p0
onde:
A vazão que o aqüı́fero fornece, isto é, a vazão no ponto x = 0 é dada pela lei de
Darcy para o fluxo linear:
kA ∂p
q= (2.93)
µ ∂x x=0
onde:
Usando as definições dadas pelas eqs. 2.90 e 2.92, a 2.93 pode ser escrita em
termos de variáveis adimensionais como:
∂pD qµL
− = ≡ qD (tD ) (2.94)
∂xD xD =0 kA4p0
onde:
qD (tD ): vazão adimensional fornecida pelo aqüı́fero, isto é, a vazão adimensional
calculada no contato reservatório-aqüı́fero (ponto xD = 0).
Z t Z tD
kA4p0 dt
We ≡ qdt = qD dtD (2.95)
0 µL 0 dtD
dt φµct L2
= (2.96)
dtD k
Z tD
W e = wLhφct 4p0 qD dtD (2.97)
0
ou ainda:
onde:
U = wLhφct (2.99)
Sendo que:
Consideram-se aqui também três modelos de aqüı́fero linear (associados às mes-
mas opções para a condição de contorno externa utilizadas no modelo de aqüı́fero
radial):
E.D.P.:
21
∂ 2 pD ∂pD
2
= (2.100)
∂xD ∂tD
C.I.:
pD (xD; tD = 0) = 0 (2.101)
C.C.I.:
pD (xD = 0; tD ) = 1 (2.102)
a) Aqüı́fero infinito:
pD (xD → ∞; tD ) = 0 (2.103)
pD (xD = 1; tD ) = 0 (2.104)
∂pD
=0 (2.105)
∂xD xD =1
Z tD Z td
∂pD
WD ≡ qD (tD )dtD = − dtD (2.106)
0 0 ∂xD xD =0
As soluções para os problemas formados pelas eqs. 2.100 a 2.106 são também
obtidas aplicando-se o conceito de Transformada de Laplace (SILVA, 2005) e as suas
soluções serão apresentadas no tópico de deduções. Neste caso, existe solução
analı́tica no campo real para o modelo de aqüı́fero infinito. As soluções dos outros
modelos são obtidas analiticamente apenas no campo de Laplace. Novamente o
algoritmo de Stehfest (STEHFEST, 1970) é utilizado para inverter numericamente as
soluções e obter tabelas de WD versus tD .
22
u: variável de Laplace.
Problema:
23
E.D.P.:
∂ 2 pD ∂pD
2
= (2.107)
∂xD ∂tD
C.I.:
pD (xD; tD = 0) = 0 (2.108)
C.C.I.:
pD (xD = 0; tD ) = 1 (2.109)
C.C.E.:
pD (xD → ∞; tD ) = 0 (2.110)
Solução:
C.C.I.:
1
pD (xD = 0, u) = (2.112)
u
C.C.E.:
pD (xD → ∞; u) = 0 (2.113)
→ relembrando a solução:
√ √
pD = C 1 e uxD
+ C2 e − uxD
(2.114)
1
C1 = − C2 (2.115)
u
√ √
pD = C 1 e u.∞
+ C2 e−∞. u
(2.116)
→ o segundo termo já é zero, e para o primeiro termo ser adota-se C1 = 0. Sendo
assim:
1
C
>=
1 − C2 (2.117)
u
1
C2 = (2.118)
u
1 −√uxD
pD = e (2.119)
u
√ √
ux
− ue− D
∂pD 1 1
− = − (2.120)
∂xD xD =0 u u u
1
W D (u) = (2.121)
u3/2
r
tD
WD (tD ) = 2 (2.122)
π
Problema:
E.D.P.:
∂ 2 pD ∂pD
2
= (2.123)
∂xD ∂tD
C.I.:
pD (xD; tD = 0) = 0 (2.124)
C.C.I.:
pD (xD = 0; tD ) = 1 (2.125)
25
C.C.E.:
pD (xD = 1; tD ) = 0 (2.126)
Solução:
→ realimentado;
→ permanente.
Resolvendo a E.D.O.:
∂ 2 pD
− upD = 0 (2.128)
∂x2D
p2D − u = 0 (2.129)
p2D = u (2.130)
√
pD = ± u (2.131)
√ √
p D = C1 e u.xD
+ C2 e − u.xD
(2.132)
1
pD (xD = 0, u) = (2.133)
u
1
C1 + C2 = (2.134)
u
26
pD (xD = 1, u) = 0 (2.135)
√ √
C1 e u
+ C2 e − u
=0 (2.136)
√
C2 e− u
C 1 = − √u (2.137)
e
1
C1 = − C2 (2.138)
u
→ então:
√
1 C2 e − u
− C 2 = − √u (2.139)
u e
√
1 C2 e − u
− C2 + √ =0 (2.140)
u e u
√
e− u
1
C2 −1 + √u + = 0 (2.141)
e u
√ 1
C2 e−2 u − 1 + = 0 (2.142)
u
1
C2 = − √ (2.143)
u e−2 u −1
1
C2 = √ (2.144)
u 1 − e−2 u
√
C1 = −C2 e−2 u
(2.145)
27
√
e−2 u
C1 = √ (2.146)
u 1 − e−2 u
√ √
−e−2 u √
uxD e− uxD
pD = √ e + √ (2.147)
u 1 − e−2 u u 1 − e−2 u
√ √
e− 1 + e−2
uxD u
pD = √ (2.148)
u 1 − e−2 u
→ para isso, será utilizado o mesmo método utilizado para o aquı́fero radial;
Z tD
∂pD
WD = − dtD (2.149)
0 ∂xD xD =0
(Z )
tD
∂pD
L {WD (tD )} = L − dtD (2.150)
0 ∂xD xD =0
Z
1
L F = − F(u) (2.151)
u
→ chega-se em:
∂pD 1
− (2.152)
∂xD xD =0 u
√ −√ √
1 + e−2 u
:
uxD
− u
∂pD e
= √ (2.153)
∂xD xD =0 u 1 − e−2 u
" √ #
1 + e−2 u
∂pD 1 1
− = √ (2.154)
∂xD xD =0 u u u3/2 1 − e−2 u
28
√
1 + exp(−2 u)
WD (u) = 3/2 √ (2.155)
u 1 − exp(−2 u)
Problema:
E.D.P:
∂ 2 pD ∂pD
2
= (2.156)
∂xD ∂tD
C.I:
pD (xD; tD = 0) = 0 (2.157)
C.C.I.:
pD (xD = 0; tD ) = 1 (2.158)
C.C.E.:
∂pD
=0 (2.159)
∂xD xD =1
Solução:
→ pseudopermanente;
→ como nos métodos do aquı́fero radial, de um tipo de regime para o outro o que
muda é apenas a condição de contorno externa (C.C.E.).
C.C.I.:
1
pD (xD = 0, u) = (2.161)
u
C.C.E.:
∂pD
=0 (2.162)
∂xD xD =1
→ recapitulando a solução:
29
√ √
pD = C 1 e uxD
+ C2 e − uxD
(2.163)
→ usando a eq.2.161:
1
C1 1 + C2 1 = (2.164)
u
1
C1 = − C2 (2.165)
u
→ usando a eq.2.162:
√ √
∂pD √ √
= uC1 e u
+ (− u)C2 e− u = 0 (2.166)
∂xD xD =1
√ u
√ √> −√u
uC1 e
>
=
uC2 e (2.167)
√
C2 e − u √
C1 = − √u C2 = C2 e−2 u (2.168)
e
√
C1 = C2 e−2 u
(2.169)
√ 1
C2 e−2 u
= − C2 (2.170)
u
1 √
C2 = − C2 e−2 u (2.171)
u
√ 1
C2 + C2 e−2 u
= (2.172)
u
√ 1
C2 1 + e−2 u = (2.173)
u
1
C2 = √ (2.174)
u 1 + e−2 u
30
→ assim:
√
e−2 u
C1 = √ (2.175)
u 1 + e−2 u
√ √
e−2 u √
uxD e− uxD
pD = √ e + √ (2.176)
u 1 + e−2 u u 1 + e−2 u
√ √
e− e−2 u + 1
uxD
pD = √ (2.177)
u 1 + e−2 u
√ √
− u e−2 u + 1
∂pD 1 1
− = √ − (2.178)
∂xD xD =0 u u 1 + e−2 u u
√
1 − exp(−2 u)
WD (u) = 3/2 √ (2.179)
u 1 + exp(−2 u)
31
Este método é uma solução aproximada para a equação da difusividade. Ele pode
ser combinado convenientemente com uma equação de balanço de materiais ade-
quada para prever o desempenho de reservatórios de água. Além disso, destaca-se a
sua aplicabilidade em aquı́feros de ação finita e infinita, assim como àqueles identifi-
cados como radiais e lineares (OKOTIE; IKPORO, 2019).
O influxo acumulado de água desse modelo pode ser expresso através da integral
de convolução (CARTER; TRACY, 1960) :
tDj
dWD (tD − τ )
Z
We (tDj ) = U 4p(τ ) dτ (3.1)
0 dτ
onde:
τ : variável de integração;
j: discretização do tempo.
onde:
Esta equação admite que no intervalo entre tDj−1 e tDj o influxo varia linearmente
com o tempo.
tDj
dWD (tD − τ )
Z
U 4p(τ ) dτ = We (tDj−1 ) + aj−1 (tDj − tDj−1 ) (3.3)
0 dτ
Aplicando-se a Transformada de Laplace em relação ao tempo adimensional a eq. 3.3,
obtém-se:
u: variável de Laplace.
Para o problema em questão é possı́vel provar que (Van Everdingen e Hurst, 1949):
1
= upD (u)WD (u) (3.5)
u2
onde:
1
4p(u) = We (tDj−1 ) − aj−1 tDj−1 upD (u) + aj−1 pD (u) (3.6)
U
cuja inversão resulta em:
33
1
We (tDj−1 ) − aj−1 tDj−1 p0D (tDj ) + aj−1 pD (tDj )
4p(tDj ) = (3.7)
U
onde p0D (tDj ) é a derivada da pressão adimensional em relação ao tempo adimensio-
nal.
r
tD
pD (tD ) = 2 (3.10)
π
e no caso de um aqüı́fero radial infinito essa expressão é, aproximadamente:
1
pD (tD ) = [ln(tD ) + 0, 80907] (3.11)
2
34
4 Modelo Aproximado de
Fetkovich (1971)
dWe
q= = J(pa − p) (4.1)
dt
onde:
We = ct Wi (pi − pa ) (4.2)
onde:
We
p = pi 1− (4.3)
ct W i p i
Seja Wei o influxo máximo que um aqüı́fero selado pode fornecer, correspondente
à expansão da água do aqüı́fero ao ser despressurizada de pi para a pressão zero.
Da eq. 4.2,
Wei = ct Wi pi (4.4)
We
pa = pi 1− (4.5)
Wei
dpa pi dWe
=− (4.6)
dt Wei dt
dpa pi
=− J(pa − p) (4.7)
dt Wei
ou
Z pa
Jpi dpa
− dt = (4.8)
Wei pi pa − p
Z t Z pa
Jpi dpa
− dt = (4.9)
Wei 0 pi pa − p
Jpi pa − p
− t = ln (4.10)
Wei pi − p
ou ainda:
37
Jpi
pa − p = (pi − p)exp − t (4.11)
Wei
Jpi
q = J(pi − p)exp − t (4.12)
Wei
A eq. 4.12 é a equação da vazão com que a água flui do aqüı́fero para o reser-
vatório em função do tempo e da queda de pressão no contato, (pi − p). Esta equação
é geral e independe da geometria do aqüı́fero. A eq. 4.12 pode ser integrada para se
obter o influxo. Assim,
Z t Z t
Jpi
We ≡ qdt = J(pi − p) exp − t dt (4.13)
0 0 Wei
Wei Jpi
We = (pi − p) 1 − exp − t (4.14)
pi Wei
A eq. 4.14 fornece o influxo do aqüı́fero em função do tempo para uma queda
de pressão constante, (pi − p), no contato. Algumas observações podem ser feitas a
respeito das equações do modelo de Fetkovich:
(a) Observação 1
Com o passar do tempo, a vazão fornecida pelo aqüı́fero, eq. 4.12, decresce
exponencialmente tendendo a zero. Ou seja, o influxo dado pela eq. 4.14 tende a um
valor máximo. Tomando o limite da eq. 4.14 para t → ∞ e usando a eq. 4.4, o influxo
máximo pode ser escrito como:
Wei
Wemáx = (pi − p) = ct Wi (pi − p) (4.15)
pi
(b) Observação 2
O influxo durante o primeiro intervalo de tempo (4t1 ) pode ser expresso por:
38
Wei Jpi
4We1 = (pi − p) 1 − exp − 4t1 (4.16)
pi Wei
onde p1 é a média das pressões no contato no intervalo de tempo 4t1 .
Wei Jpi
4We2 = (p − p2 ) 1 − exp − 4t2 (4.17)
pi a1 Wei
onde pa1 é a pressão média do aqüı́fero no final do primeiro intervalo de tempo e é
calculada a partir da equação de balanço de materiais no aqüı́fero, eq. 4.7,
4We1
pa1 = pi 1 − (4.18)
Wei
Wei Jpi
4Wen = (pan−1 − pn ) 1 − exp − 4tn (4.19)
pi Wei
onde:
n−1
!
1 X Wen−1
pan−1 = pi 1− 4Wej = pi 1 − (4.20)
Wei j=1 Wei
pn−1 + pn
pn = (4.21)
2
Fetkovich mostrou para diferentes geometrias que o seu método produz resultados
semelhantes aos do modelo de Van Everdingen e Hurst para aqüı́feros finitos.
(c) Observação 3
dWe
q≡ = J(pi − p) (4.22)
dt
cuja integral é o influxo acumulado:
Z t
We = J (pi − p)dt (4.23)
0
A eq. 4.23 é um caso particular do modelo de Fetkovich e foi apresentada por Schilthuis
(SCHILTHUIS, 1936).
(d) Observação 4
2πkh
J= (4.24)
µ 4A
2
ln γCA r2 o
onde:
A: área do aqüı́fero;
kt
tDA = (4.25)
φµct A
2πf kh
J= h i (4.26)
µ ln rroe − 43
41
42
Referências
ALLARD, D.; CHEN, S. Calculation of water influx for bottomwater drive reservoirs.
SPE Reservoir Engineering, Society of Petroleum Engineers (SPE), v. 3, n. 02, p.
369–379, may 1988.
CARTER, R.; TRACY, G. An improved method for calculating water influx. Transactions
of the AIME, Society of Petroleum Engineers (SPE), v. 219, n. 01, p. 415–417, dec
1960.
SCHILTHUIS, R. J. Active oil and reservoir energy. Transactions of the AIME, Society
of Petroleum Engineers (SPE), v. 118, n. 01, p. 33–52, dec 1936.