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Laboratório de Engenharia Química I

Jaci Carlo Schramm Câmara Bastos


Experimento 4: Determinação do fator de atrito (f) para tubos

Alunas: Isadora Flávia Bussi, Naiara Cemin de Macedo e Pamela Busarello


Data: 23/07/2019

INTRODUÇÃO

Tubos, também denominados de dutos, são responsáveis pelo transporte de


fluidos e podem ser abertos ou fechados. Quando abertos para a atmosfera, são
denominados de canais. Já fechados, pode-se chamar de dutos sob pressão, uma vez que
possui uma pressão maior que a atmosférica. (BARRAL, s.d.)

Quando um fluido escoa internamente através de um tubo, acaba perdendo


energia devido principalmente ao atrito com as paredes do próprio tubo. (ANDRADE,
s.d.) Nota-se que as partículas que entram em contato com a parede adquirem a sua
velocidade (velocidade nula), influenciando nas demais partículas vizinhas devido à
viscosidade e turbulência, gerando assim uma perda de energia que provoca uma
redução da pressão total do fluido no decorrer do escoamento, conhecida como perda de
carga. (BARRAL, s.d.)

Por sua vez, a perda de carga pode ser ocasionada por trecho reto ou por
acessórios. No contexto de perda de carga por trecho reto, denomina-se perda de carga
distribuída, visto que a perda de carga é distribuída ao longo do comprimento do tubo,
diminuindo gradativamente a pressão total. (ANDRADE, s.d.)

A perda de carga distribuída depende de variados parâmetros, como: diâmetro


(D) e comprimento (L) do tubo, rugosidade da parede (ε), massa específica (ρ) e
viscosidade (µ) do fluido e da velocidade (V) de escoamento. (BARRAL, s.d.)

Cabe ressaltar que a rugosidade da parede vai depender do material utilizado na


fabricação do tubo, além do seu estado de conservação (novo ou velho). Sabe-se que um
tubo novo vai apresentar uma rugosidade menor. (BARRAL, s.d.)
1 OBJETIVO

Este experimento tem como objetivo principal determinar o fator de atrito (ƒ)
experimental e teórico de 4 (quatro) tubos de materiais e diâmetros diferentes em um
trecho reto, utilizando vazões distintas. Além disso, comparar os valores de ƒ
experimental e teórico através de uma curva ƒ versus Re (número de Reynolds).

2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Materiais

Sistema de tubulações composto por quatro tubos com diâmetros e materiais


diferentes conectado a um rotâmetro. Manômetro de água e/ou mercúrio com duas
mangueiras.

Figura 1. Sistema de tubulações

Fonte: As autoras (2019).

Figura 2. Rotâmetro acoplado ao sistema de tubulações

Fonte: As autoras (2019).


Figura 3. Manômetro de água e/ou mercúrio

Fonte: As autoras (2019).

2.2 Metodologia

Primeiramente, optou-se por efetuar o experimento utilizando o primeiro tubo,


observando de cima para baixo. Para isso, alterou-se o sistema abrindo as válvulas
localizadas neste tubo e fechando todas as demais. Cabe ressaltar que o fluido em
escoamento deve entrar e sair do sistema. Em seguida, abriu-se levemente a válvula
acoplada à bomba, para que esta seja ligada sem que haja o seu forçamento. Mediu-se a
vazão através do rotâmetro e conectou-se duas mangueiras no tubo desejado. A outra
ponta das mangueiras foi conectada ao manômetro para que assim consiga determinar a
∆h (variação de altura do fluido manométrico) e, consequentemente, a ∆P (variação de
pressão) e o fator de atrito gerado pelo respectivo tubo.

Para cada tubo, realizou-se o experimento em 4 (quatro) vazões diferentes, sendo


reguladas através da válvula e medidas pelo rotâmetro.

2.3 Equações

Aplicando o balanço de energia para escoamento de um fluido incompressível em


um duto, sendo este escoamento adiabático, sem trabalho de eixo, sem variação de
altura, sem variação de sua energia interna e sem variação da velocidade, tem-se uma
equação de perda de carga:
∆P
h L= [1]
ρg

Para determinar hL, primeiramente deve-se encontrar ∆P (variação da pressão),


através da Equação 2.

∆ P=ρ ∙ g ∙ ∆ h [2]

Sabe-se que a perda de carga distribuída depende do diâmetro e


comprimento do duto, propriedades do fluido (como massa específica, viscosidade e
velocidade) e rugosidade da parede do duto (vinculada ao material de composição do
tubo e do seu estado de conservação).

No caso de um escoamento incompressível em um tubo circular, tem-se:

hL 
=ϕ 1   (L/D; e/D; Re) [3]
v2 / g

Onde:

v = velocidade do fluido

L = comprimento do tubo

Re = número de Reynolds

D = diâmetro do tubo

e = rugosidade

Nota-se a necessidade de determinar a velocidade do fluido, para isso utiliza-se a


Equação 4. Além disso, deve-se determinar o número de Reynolds para definir se o
escoamento é laminar ou turbulento, através da Equação 5.

4Q
v= [4]
πD ²

4 ∙Q
ℜ= [5]
π ∙v ∙D
Onde:

Q = vazão volumétrica

D = diâmetro do tubo

Sabe-se que a perda de carga em um escoamento completamente desenvolvido é


diretamente proporcional a L/D, logo:

hL  L
= ϕ 2   (L/D; e/D; Re) [6]
v2 / g D

A função ϕ2 é denominada de fator de atrito (f). Escrevendo a Equação 6 em


termos de f e com o fator 2, tem-se o fator de atrito de Fanning ff:
L v²
h L=2 f f    [7]
D g

Outro fator de atrito comumente utilizado é o fator de atrito de Darcy (f d),


representado pela Equação 5.
L v²
h L=f d    [8]
D 2g

Substituindo a Equação 1 na Equação 7 e isolando o fator de atrito de


Fanning (ff), tem-se:
∆ P∙D [9]
f f=
2∙ ρ ∙ L ∙ v ²

Outra forma de encontrar o fator de atrito é através do Diagrama de Moody, o


qual relaciona o número de Reynolds e a rugosidade do tubo com o fator de atrito.
Figura 4. Diagrama de Moody

Fonte: Terron (2012)

Quando o escoamento é turbulento, utiliza-se as equações de Colebrooke


(Equação 10), Churchill (Equação 11) e Blasius (Equação 12), as quais foram criadas
através de curvas de ajustes de dados experimentais. Cabe ressaltar que estas equações
determinam o fator de atrito de Darcy.

f
1
1
2
=−2 ∙ log
( D 2 ∙51
3,7
+ 1
ℜ∙ f 2
) [10]

0,9
1 k 7
√f
=−2 log 10 (
3,7 D
+ ℜ( )) [11]

0,316 [12]
f=
ℜ0,25
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Análise de dados

3.1.1 TUBO DE PVC

Conforme cada correlação apresentada (Eq. 8, 9, 10, 11 e 12), determinou-se os


fatores de atrito utilizando os dados apresentados na Tabela 1.

Tabela 1. Dados para tubo de PVC.

Vazão(m3/s Velocidade(m/
) ∆P(Pa) s) Re
244,4652
0,00011 0 0,48977 8309,39600
928,9678 16618,7900
0,00022 0 0,97954 0
1652,585 24928,1900
0,00033 0 1,46930 0
2464,209 33237,5800
0,00044 0 1,95907 0
Fonte: As autoras (2019).
Foi considerado o valor de rugosidade relativa de 0,0000882353. Conforme
apresentado, para cada vazão foram calculadas suas respectivas pressões e velocidade. É
observado, como esperado, um aumento gradual para as variáveis conforme o aumento
da vazão. Os valores de Reynolds, utilizados para a determinação dos fatores de atrito,
indica o regime turbulento de escoamento.

Tabela 2. Fatores de atrito PVC.

f Darcy f Blasius f Fanning f Churchill f Colesbrook


0,03472 0,03310 0,00868 0,03279 0,03257
0,03298 0,02783 0,00825 0,02729 0,02727
0,02608 0,02515 0,00652 0,02472 0,02475
0,02187 0,02340 0,00547 0,02312 0,02318
Fonte: As autoras (2019).
Os fatores de Darcy, Blasius, Churchill e Colesbrook apresentam valores
aproximados, enquanto Fanning apresenta valores menores para o fator de atrito.
Analisando as Equações 8 e 9, percebe-se que o fator de Darcy é igual a 4 (quatro)
vezes o fator de Fanning. Como indicado na Tabela 2, os valores para Fanning são,
praticamente, 4 vezes os valores determinados para o fator de Darcy.
Conforme as vazões aumentam, os valores para os fatores de atrito sofrem
decréscimos, indicando que com maiores velocidades de escoamento, o atrito entre
fluido e tubo é reduzido.

Figura 5. Gráfico número de Reynolds e fatores de atrito relação linear para tudo de PVC.
0.04
0.04
R² = 0.96
0.03 R² = 0.94
0.93
0.03
Fator de atrito

Fator de atrito Darcy Linear (Fator de atrito Darcy)


0.02
Fator de atrito Blasius Linear (Fator de atrito Blasius)
0.02
Fator de atrito Fanning Linear (Fator de atrito Fanning)
0.01 Fator de atrito Churchill Linear (Fator de atrito
0.01 R² = 0.96 Churchill)
0 Fator de atrito de Colebrook Linear (Fator de atrito de
Colebrook)

Reynolds

Fonte: As autoras (2019).

Na Figura 5, são apresentadas as relações entre Reynolds e os Fatores de atrito


considerando uma correlação linear, com os valores de R2 satisfatórios.

Figura 6. Gráfico número de Reynolds e fatores de atrito relação quadrática para tudo de PVC.

0.04
Fator de atrito Darcy
0.04 Polynomial (Fator de
R² = 0.97
0.03 R² = 1 atrito Darcy)
Fator de atrito
Fator de atrito

0.03 Blasius
0.02 Polynomial (Fator de
atrito Blasius)
0.02 Fator de atrito
0.01 Fanning
Polynomial (Fator de
0.01 R² = 0.97 atrito Fanning)
0
8000 13000 18000 23000 28000 33000 38000
Reynolds

Fonte: As autoras (2019).

Porém, na Figura 6, são apresentados os mesmos dados considerando uma


relação quadrática. Os valores de R2 são mais próximos de 1 (um) considerando esta
tendência como a mais ideal. Portanto, para os próximos tubos de diferentes materiais
serão apresentados somente os gráficos com tendências polinomiais quadráticas.

3.1.2 TUBO DE CPVC

Também determinou-se os fatores de atrito utilizando tubo de CPVC, conforme


os dados apresentados na Tabela 3.

Tabela 3. Dados para tubo de CPVC.

Vazão(m3/s) ∆P(Pa) Velocidade(m/s) Re


12726,1000
0,00011 674,72400 1,14879 0
25452,2000
0,00022 1261,4400 2,29759 0
2014,3930 38178,3100
0,00033 0 3,44638 0
2209,9650 50904,4100
0,00044 0 4,59517 0
Fonte: As autoras (2019).

Os valores para as vazões se mantiveram para todos os testes realizados,


entretanto, os valores de pressão, velocidade e Reynolds variam devido as propriedades
dos tubos como diâmetro e material. Assim como no tubo de PVC, o número de
Reynolds indica um regime de escoamento turbulento.

Tabela 4. Fatores de atrito CPVC.

f Darcy f Blasius f Fanning f Churchill f Colesbrook


0,01137 0,02975 0,00284 0,02932 0,02923
0,00532 0,02502 0,00133 0,02472 0,02475
0,00377 0,02261 0,00094 0,02257 0,02262
0,00233 0,02104 0,00058 0,02124 0,02129
Fonte: As autoras (2019).

Os fatores de Fanning e Darcy destoam entre os demais e entre si, mantendo a


relação entre os fatores mencionada para o caso envolvendo tubo de PVC. Blasius,
Churchill e Colesbrook apresentam valores próximos a 0,029 decaindo até a
aproximadamente 0,021. Como observado, assim como no caso anterior, os fatores de
atrito diminuem conforme a vazão é aumentada.
Figura 7. Gráfico número de Reynolds e fatores de atrito para tudo de CPVC.

0.04
0.03 Fator de atrito
R² = 1 Darcy
Fator de atrito 0.03 Polynomial (Fator
de atrito Darcy)
0.02 Fator de atrito
0.02 Blasius
Polynomial (Fator
0.01 de atrito Blasius)
R² = 0.98
0.01 Fator de atrito
Fanning
0 R² = 0.98
10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 45000 50000 55000 60000
Reynolds

Fonte: As autoras (2019).

Para o tubo de CPVC é apresentado somente a relação quadrática entre Reynolds


e fatores de atrito. Os valores de R2 para os fatores de Blasius, Churchill e Colesbrook
se encontram muito próximos de um. O mesmo se pode afirmar para Darcy e Fanning
mesmo estes valores sendo inferiores.

3.1.3 TUBO DE AÇO GALVÂNICO

Outro tubo que se determinou os fatores de atrito foi o de aço galvânico,


conforme os dados apresentados na Tabela 5.

Tabela 5. Dados para tubo de Aço Galvânico.

Vazão(m3/ Velocidade(m
s) ∆P(Pa) /s) Re
244,4652 8773,8960
0,00011 0 0,54605 0
361,8085 17547,790
0,00022 0 1,09211 00
537,8234 26321,690
0,00033 0 1,63816 00
1789,485 35095,590
0,00044 00 2,18422 00
Fonte: As autoras (2019).
Como nos experimentos anteriores, os valores apresentados na Tabela 5 foram
utilizados para determinar os coeficientes de atrito na Tabela 6. Também é possivel
observar a mesma tendência de aumento nas propriedades de pressão, velocidade e,
consequentemente, Reynolds conforme a vazão sofre acréscimos.
Tabela 6. Fatores de atrito Aço Galvânico.

f Darcy f Blasius f Fanning f Churchill f Colesbrook


0,02645 0,03265 0,00661 0,04405 0,04304
0,00979 0,02746 0,00245 0,04099 0,04026
0,00647 0,02481 0,001616555 0,03983 0,03924
0,01210 0,02309 0,003025529 0,03921 0,03871
Fonte: As autoras (2019).
Considerando o tubo de Aço Galvânico, é possível observar que somente os
fatores de Blasius, Churchill e Colebrook diminuem conforme a vazão é aumentada e,
ainda, que Churchill e Colesbrook apresentam valores aproximados. Os valores para
Darcy e Fanning sofrem mudanças para a última vazão, mesmo esta sendo maior, os
valores para fator de atrito aumentam, diferentemente dos demais.

Figura 8. Gráfico número de Reynolds e fatores de atrito para tudo de Aço Galvânico.

0.05
0.05 Fator de atrito Darcy
0.04 R²
R² == 0.99
0.99 Polynomial (Fator de
atrito Darcy)
0.04
Fator de atrito

Fator de atrito
0.03 R² = 1 Blasius
0.03 Polynomial (Fator de
R² = 1 atrito Blasius)
0.02
Fator de atrito
0.02 Fanning
0.01 Polynomial (Fator de
0.01 atrito Fanning)
R² = 1
0
8000 13000 18000 23000 28000 33000 38000
Reynolds

Fonte: As autoras (2019).


Da mesma forma que os testes anteriores, apresentaram tendência a uma relação
quadrática para o tubo de Aço Galvânico, possuindo valores de R² muito próximos a 1.

3.1.4 TUBO DE AÇO INOX

Por fim, o escoamento através do tubo de Aço Inox, determinou-se os fatores de


atrito, conforme os dados apresentados na Tabela 7.

Tabela 7. Dados para tubo de Aço Inox.

Vazão(m3/ Velocidade(m
s) ∆P(Pa) /s) Re
1564,577 14125,970
0,00011 00 1,41543 00
1369,005 28251,950
0,00022 00 2,83086 00
733,3956 42377,920
0,00033 0 4,24628 00
616,0523 56503,890
0,00044 0 5,66171 00
Fonte: As autoras (2019).
Os valores na Tabela 7 foram utilizados para o cálculo dos fatores de atritos,
presentes na Tabela 8. Nota-se que, diferentemente dos experimentos anteriores, para o
tubo de Aço Inox, conforme a vazão aumenta, a diferença de pressão diminui. O
comportamento da velocidade e, consequente, do Reynolds, não se alteram quando
comparados aos outros testes.

Tabela 8. Fatores de atrito Aço Inox.

f Darcy f Blasius f Fanning f Churchill f Colesbrook


0,01565 0,02899 0,00391 0,03113 0,03080
0,00342 0,02437 0,00086 0,02757 0,02730
0,00082 0,02202 0,00020 0,02607 0,02582
0,00039 0,02050 0,00001 0,02522 0,02497
Fonte: As autoras (2019).
Destaca-se a aproximação dos valores para os fatores de atrito de Blasius,
Churchill e Colesbrook, como já notado anteriormente. Os fatores de Darcy e Fanning,
novamente, diferem dentre os demais e mantem a proporcionalidade de 4 (quatro)
vezes.

Figura 9. Gráfico número de Reynolds e fatores de atrito para tudo de Aço Inox.
0.04
0.03
R² = 1
0.03 R² = 1
Fator de atrito Darcy Polynomial (Fator de atrito
Fator de atrito

0.02 Darcy)
0.02 Fator de atrito Blasius Polynomial (Fator de atrito
R² = 0.98 Blasius)
0.01 Fator de atrito Fanning Polynomial (Fator de atrito
0.01 Fanning)
R² = 0.98 Fator de atrito Churchill Polynomial (Fator de atrito
0 Churchill)
Fator de atrito Colesbrook Polynomial (Fator de atrito
Colesbrook)

Reynolds

Fonte: As autoras (2019).


A relação entre Reynolds e fator de atrito permanece quadrática, como
demonstrado pelas curvas na Figura 9. Também é possível verificar que os pontos e
curvas dos fatores de Blasius, Churchil e Colesbrook são próximos, comprovando os
dados apresentados na Tabela 8.

4. CONCLUSÃO

Nota-se que o material utilizado na fabricação dos tubos possui grande


relevância, gerando distintos valores de perda de carga

A partir das Tabelas referentes aos fatores de atrito, afirma-se que tanto PVC
quanto CPVC apresentam os menores fatores de atrito, enquanto o aço galvânico
apresentou os maiores valores, atribuindo este fato às suas respectivas rugosidades.

Ainda, tanto as Tabelas quanto os Gráficos indicam que o fator de Fanning


apresenta valores mais destoantes, ou seja, maior erro em comparação aos demais. Para
alguns casos os valores para Darcy também variam em relação aos demais. Sendo
assim, é possível atribuir a fontes de erros estas diferenças, assim como as diferentes
correlações para cada fator considerando rugosidade do material do tubo, velocidade,
Reynolds...

De forma geral, os fatores de atrito de Blasius, Churchill e Colesbrook exibem


valores mais próximos. Também afirma-se que conforme a vazão aumenta, e
consequentemente a velocidade de escoamento, os valores de fatores de atritos, para
todas as correlações, reduzem.

FONTES DE ERRO:

Acredita-se que uma das fontes de erro mais relevantes é o valor utilizado para a
rugosidade, visto que não se levou em conta o tempo de utilização do tubo (idade) e,
sendo este um importante parâmetro, não se tira a possibilidade de erros nos cálculos.

Outras fontes de erro que podem ser consideradas estão relacionadas com as
mangueiras utilizadas para conectar a tubulação com o manômetro. Estas possuem um
diâmetro muito pequeno, além de possuírem um comprimento relativamente grande,
podendo, portanto, causar perda de carga. Além disso, não se descarta vazamentos nas
conexões tubo-mangueira e mangueira-manômetro. Outro ponto a ser analisado é a
possibilidade da presença de bolhas de ar na mangueira, podendo causar medidas
errôneas.

Além das fontes citadas acima, pode-se levar em conta o sobrecarregamento da


bomba utilizada no experimento, visto que esta estava sendo utilizada para este
experimento e para outro relacionado com perda de carga localizada, simultaneamente.

Por fim, não se descarta a possibilida de erros humanos, uma vez que o
experimento é baseado na visualização da diferença de altura.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANDRADE, Alan Sulato de. Máquinas Hidráulicas AT-087: Análise de perdas em


escoamentos dentro de tubulações. Universidade Federal do Paraná. Disponível em:
http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM120/APOSTILA_MH/AT087-
Aula07_CALCULO%20PERDA%20CARGA.PDF. Acesso em: 04/08/2019
BARRAL, Manuel F. Perda de carga. Universidade de São Paulo. Disponível em:
http://www.leb.esalq.usp.br/leb/disciplinas/Fernando/leb472/Aula_7/Perda_de_carga_
Manuel%20Barral.pdf. Acesso em: 04/08/2019
TERRON, Luiz Roberto. Operações unitárias para químicos, farmacêuticos e
engenheiros: fundamentos e operações unitárias do escoamento de fluidos. Rio de
Janeiro : LTC, 2012.

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