Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS,2021) obesidade é uma doença crônica, progressiva,

recidivante e uma epidemia global. Em todo o mundo, mais de 1 bilhão de adultos estão acima do
peso, sendo que 500 milhões deles são considerados obesos. Além disso, mais de 40 milhões de
crianças menores de cinco anos estão acima do peso.

De acordo com Alves (2003), ressalta-se a importância de iniciar atividades na infância para prevenir
doenças na idade adulta, visto que as doenças na vida adulta frequentemente têm origem na
infância. Crianças e adolescentes ativos têm menor probabilidade de se tornarem adultos
sedentários.

Segundo o estudo de Berleze et al. (2008), realizado na cidade de Santa Maria-RS, com o objetivo de
investigar a prevalência de obesidade em crianças de 6 a 8 anos em diferentes grupos sociais,
utilizando o índice de massa corporal (IMC) como parâmetro para sobrepeso e obesidade. O estudo
contou com a participação de 424 crianças, resultando em 29,95% delas em situação de sobrepeso e
obesidade, com resultados semelhantes entre os grupos.

De acordo com o estudo de Dornneles, J et al. (2019), realizado com estudantes da faixa etária de 10
anos de uma escola na cidade de Fazenda Vila Nova-RS, com o objetivo de verificar se o índice de
massa corporal (IMC) e atividade física influenciam no desenvolvimento motor e aptidão física em
crianças. Toda a amostra do estudo foi dividida em quatro grupos de acordo com o estado nutricional
e nível de atividade física do aluno. Os dados foram comparados por meio do teste de Kruskal-Wallis
e apontaram que 34% das crianças apresentavam massa corporal acima dos valores normativos e
50% eram sedentárias. A massa corporal elevada influenciou negativamente no controle de objetos e
na resistência da criança. No entanto, grupos que apresentaram peso normal, sendo ativos ou não,
apresentaram resultados superiores nestas variáveis. Sendo assim, o índice de massa corporal (IMC) e
a atividade física influenciam no desenvolvimento motor e aptidão física de crianças.