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Disciplina: Climatogeografia
1. Introdução
Neste presente trabalho da disciplina de Climatogeografia irá debruçar acerca de “efeitos das
mudanças climáticas na província de Manica”. O clima do planeta é determinado por um sistema
complexo, que engloba as várias esferas do planeta terra. Estes elementos interagem continuamente,
trocando matéria e energia de diversas formas, dando lugar a formação de diversos padrões climáticos
ao longo do globo conforme a variação das interacções ao longo deste. No decorrer do tempo há
evidências de que os sistemas climáticos nem sempre foram como os conhecemos hoje e que
estiveram sujeitos a uma serie de mudanças. Entretanto, neste capítulo, ênfase será dada as mudanças
climáticas devidas a acção antropogénica.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Conhecer efeitos das mudanças climáticas na província de Manica
1.1.2. Específicos
Explicar as causas das variações e oscilações climáticas;
Explicar as causas das mudanças climáticas na província de Manica;
Descrever os efeitos das mudanças climáticas.
1.2. Metodologias
Para a realização do trabalho recorreu-se a diversas fontes com a finalidade de reunir uma
informação satisfatória e de fácil compressão através de consulta de obras, revisões bibliográficas
e pesquisas que efectuamos na biblioteca electrónica, que versam sobre o tema em destaque nas
quais vem mencionadas no fim do trabalho.
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2. Efeitos das mudanças climáticas na província de Manica
2.1. Clima e Hidrografia
O clima do distrito, segundo a classificação climática de Köppen (Ferro e Bouman, 1987), é do
tipo temperado húmido (Cw). A região montanhosa de Manica regista valores médios anuais na
ordem dos 1000 e 1020mm de chuva. Em geral, a repartição das chuvas é desigual ao longo do
ano, observando claramente a existência de duas estações bem distintas, a estação chuvosa e
a seca. A estação das chuvas tem inicio no mês de Novembro e seu términus no mês de Abril. A
evapotranspiração média anual é cerca de 1220. 1290 Sendo este superior ao valor da
precipitação média anual. O balanço hídrico permite apurar que o período de excesso de água
ocorre no mês de Novembro a Março, no qual a precipitação é maior em relação a quantidade
de evapotranspiração. (Torres, 2008).
2.2.Classificações
Köppen-
Classificação Contagem Exemplos
Geiger
Machipanda, Chimoio, Munhinga, Sussunde
Clima subtropical húmido 27 Cfa
nga, Chirara
Machaze, Dombe, Chibamo, Casa Nova,
Clima de savana tropical 19 Aw
Comachinda
Climas semi-áridos quentes 4 BSh Nhamassonge, Mandié, Tambara, Mungari
5
Clima subtropical úmido 2 Cwa Comácha, Guro
Clima oceânico 1 Cfb Espungabera
2.4. Chimoio
O clima é quente e temperado em Chimoio. No inverno existe muito menos pluviosidade que no
verão. O clima é classificado como Cwa de acordo com a Köppen e Geiger. 21.3 °C é a
temperatura média. A média anual de pluviosidade é de 949 mm.
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Angoche até o Sul de Inhambane. Em Moçambique ocorrem em média três ciclones tropicais por
ano.
O aquecimento global poderá fazer com que a evaporação nas regiões equatoriais aumente e com
isto aumente a frequência e a intensidade dos sistemas meteorológicos, como furacões e
tempestades tropicais, El Niño etc.
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Ocorrência de ilhas de calor, uma anomalia térmica, onde o ar da cidade se torna mais quente
que o das regiões vizinhas. A ilha de calor associada à alta intensidade de poluição possibilita a
ocorrência de doenças respiratórias na população mais idosa que pode sofrer riscos fatais,
principalmente nos que possuem problemas cardíacos.
A província de Manica está localizada na região centro de Moçambique. A sua capital é a cidade
de Chimoio, a cerca de 1100 km a norte de Maputo, a capital nacional, e a cerca de 200 km a
oeste da costeira cidade da Beira.Com uma área de 62 272 km², esta província está dividida em
12 distritos e possui, desde 2013, 5 municípios, nomeadamente, Catandica, Chimoio, Gondola,
Manica e Sussundenga. É na província de Manica que se encontra ponto mais alto de
Moçambique, o Monte Binga, com uma altitude a rondar os 2436 m.
A província de Manica apresenta grande potencial agro-ecológico com clima, solos e relevo
favoráveis à produção agro-pecuária e florestal, com destaque para cereais, gado bovino,
espécies florestais nativas e exóticas. Igualmente a Província dispõe de potencialidades
hidrográficas, e é rica em recursos minerais nomeadamente, ouro, bauxite, turmalinas, material
de construção e águas minerais.
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2.11. O Protocolo de Kyoto
Para transformar a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima em
propostas objectivas, em 1997, foi criado o Protocolo de Kyoto, que tem por objetivo lutar contra
alterações climáticas, através de uma ação internacional de redução de determinados gases que
provocam o efeito estufa - dióxido de carbono(CO2); metano (CH4); protóxido de azoto(N2O);
hidrofluorcarbonos (HFC); hidrocarbonetos perflorados (PFC); hexafluoreto de enxofre (SF6).
De acordo com Salgado-Labouriau (1994), como citado em (Torres & Machado, 2008 Pag. 205)
os factores que podem iniciar ou terminar uma glaciação são:
a) Mudanças no relevo topográfico:
b) Mudanças de radiação por efeito de meteoros
c) Mudanças de radiação por efeito de vulcanismo
d) Mudanças na inclinação do eixo de rotação
e) O ciclo solar
f) Teoria de Milankovitch
g) Movimentação Tectónica. (Silva, 2009).
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CAPÍTULO III
3. Considerações finais
O planeta Terra está em constante transformação em suas várias esferas, a litosfera com o
movimento das placas tectónicas, a hidrosfera através do ciclo da água, a atmosfera com as
variações climáticas e a biosfera com a expansão e contracção das áreas ocupadas por
determinada espécie ou grupo de espécies. A temperatura e a precipitação são os elementos mais
tradicionais do clima. Eles representam à base de muitas classificações climáticas. O regime
térmico permite distinguir os climas quentes , temperados e frios, o regime pluviométrico
permite diferenciar os climas húmidos e secos. A distribuição espacial desses elementos mostra
climas quentes e húmidos em baixas latitudes, quentes e mais secos nos subtrópicos, temperados
e húmidos nas latitudes médias, e frios e secos nas latitudes subpolares e polares.
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4. Referências bibliográficas
1. Torres, Fillipe Tamiozzo P. e Machado, Pedro José de O. (2008). Introdução a Climatologia;
Brasil.
2. Ayoade, J.O. (1996). Introdução à Climatologia para os Trópicos; Tradução: Maria Juraci
dos Santos. 4.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
3. Atkinson, B. W. e GADD, Alan (1986); O Tempo – Um Guia Actual de Previsão; Tradução:
AZEVEDO, A. J. (1990).
4. Varejao-Silva, M. A.; (2006). Meteorologia e Climatologia; Versão Digital 2; Brasil.
5. Silva, Ranyére (2009). Um pensamento crítico sobre classificações climáticas: de Köppen
até Strahler . Brasil
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