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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOCAMBIQUE

Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos

Licenciatura em Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos 2º Ano

Cadeira: Maneio e Incêndios Florestais

Trabalho em Grupo

Tema: Plano de Maneio do Parque nacional de Banhine

Discentes:

Chaibo Cassimo

Edmilson Junqueiro

Herculano Viegas

Justino Rodolfo

Mustafa Manuel

Samira Nacura

Docente:

Eng. Sérgio Licumba

Lichinga, Outubro de 2023


Índice
Introdução ................................................................................................................................... 1

Ojectivos ................................................................................................................................. 1

Gerais ...................................................................................................................................... 1

Específicos .............................................................................................................................. 1

Metodologia ............................................................................................................................ 1

Localização Geográfica da concessão ........................................................................................ 2

Fauna .......................................................................................................................................... 4

Indústria florestal ........................................................................................................................ 4

Recurso florestal .................................................................................................................. 5

Formações florestais e composição de espécies .................................................................. 6

Estruturas de gestão do Parque ................................................................................................... 6

Comité de Direcção do PNB ................................................................................................... 6

Corpo de Gestão de Banhine .................................................................................................. 7

Administração do Parque ........................................................................................................ 8

Conclusão ................................................................................................................................. 10

Referências bibliograficas ........................................................................................................ 11


Índice de Ilustrações
Figura 1-Mapa geografica do Parque de Banhine ................................................................................... 3
Introdução

O presente trabalho ira abordar sobre a elaboração de um plano de maneio de uma concessão
florestal, com a elaboração do trabalho havemos de aprender como elaborar e fazer um plano
de maneio para uma concessão florestal e como fazer o maneio dos recursos existentes em uma
determinada área.

A área de estudo é o parque nacional de banhine é uma zona de proteção dos recursos florestais
e faunísticos representativos do património nacional destinadas a conservação da
biodiversidade e garantia da continuação dos processos ecológicos e preservação dos valores
naturais.

Ojectivos

Gerais

❖ Elaborar um plano de maneio de uma concessão florestal

Específicos

❖ Trazer aspectos mais importantes;


❖ Abordar acerca da estrutura organizacional;
❖ Fazer analises e criticas.

Metodologia

Para a elaboração do trabalho foram utilizadas várias fontes oriundas de bibliotecas digitais e
eletrónicas assim como aplicações ligadas ao curso.

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Plano de maneio

Segundo António, Matsumane, it al…(2016). O Plano de Maneio é o documento técnico e


orientador no qual constam as principais Actividades e outras medidas técnicas a serem
implementadas pelos vários intervenientes na conservação, gestão e utilização sustentável dos
recursos naturais.

A conservação da biodiversidade requer o estabelecimento e a gestão de áreas de conservação,


tais como Parques Nacionais, Reservas Naturais e outras áreas protegidas com diferentes níveis
de proteção, acções de gestão e grau de uso dos recursos (UICN, 1994).

Localização Geográfica da concessão

O parque Nacional de banhine está localizado na província de Gaza, distrito de chigubo tem
uma área de 7.250 quilômetros quadrados, o parque está dividido entre o distrito de
chicualacuala (2.400 quilômetros quadrados), Distrito de Chigubo (3.000 quilômetros
quadrados) e Distrito de Mabalane (1.600 quilômetros quadrados). A nossa concessão encontra-
se perto desta área de conservação, o Distrito de Chigubo tem limites geográficos, a norte com
o distrito de Massangena, a leste com os distritos de Mabote, Funhalouro e Panda da província
de Inhambane, a sul com os distritos de Chibuto e Guija e a oeste é limitado pelos distritos de
Mabalane e Mapai.

A sua localização geográfica e dada pelas coordenadas seguintes: 23º 35’ 44’’ e 24º 52’ 54’’ de
latitude sul e 33º 15’ 36’’ e 33º 56’ 54’’ de longitude Este.

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Figura 1-Mapa geografica do Parque de Banhine

Topografia

A cidade de chibuto assenta-se sobre um plateau com altitude média de 90 metros, descaindo
gradualmente e de uma forma ondulada para zona baixa.

Clima

Em Banhine, a estação de precipitação e céu parcialmente encoberto, a estação seca é sem


nuvens. Durante o ano inteiro, o clima É agradável. Ao longo do ano, em geral a temperatura
varia de 8 ˚C a 23 ˚C e raramente é inferior a 6 ˚C ou superior a 28 ˚C. A estação morna pertence
a 4,4 meses, de 17 de Setembro a 1 de Fevereiro, com temperaturas máximas médias diária
acima de 22 ˚C. O mês mais quente do ano em Banhine é Janeiro, com a máxima de 22 ˚C e
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mínima de 15 ˚C, em média. A estação fresca pertence por 2,1 meses, de 31 de Maio a 3 de
Agosto, com temperaturas máximas diária em média abaixo de18 ˚C. O mês mais frio do ano
em Banhine é Julho, com a mínima de 8 ˚C e máxima de 17 ˚C, em média.

Biodiversidade
Mais de 1.000 espécies de animais e plantas foram descobertas por investigadores numa secção
da Área de Conservação de Banhine, incluindo várias espécies novas em Moçambique e várias
espécies potencialmente novas para a ciência.
As descobertas seguiram-se a um levantamento de biodiversidade de duas semanas que
decorreu nos finais de 2018 na ainda pouco estudada Área de Conservação de Banhine, na
província de Gaza, e destacam a importância de proteger a rica biodiversidade desta paisagem
contra ameaças como a mineração, aumento demográfico e a extração de madeira.

Fauna

A área de concessão alberga uma rica diversidade faunística animais de grande porte assim
como de pequeno porte, encontramos alguns mamíferos como leopardos, chita, zebras, gnus,
girrafas, leões, servais e hienas-pintadas já que a nossa concessão encontra-se perto de uma área
de conservação que o parque nacional de banhine que e a área de proteção máxima encontramos
também algumas espécies raras de peixes como (killifish e lungfish), alguns guindastes
ameaçados de extinção, espécies protegidas como avestruz, girrafa, porco-espinho, javali e
oribi.(PNB, 2010).

Indústria florestal

O tipo de indústria florestal a ser estabelecido será a indústria de serração e fabrica de


contraplacados.

Produtos: Madeira serrada e Contraplacados;

Tipo de construção: Alpendre de madeira e Alvenaria;

Capacidade de produção: Volume de toros processados (m3/ano) deve ser de 9021 m3/ano
E o volume de produtos dignas processados deve ser de 3786 m3/ano.

Características da matéria prima: o diâmetro máximo possível de processar deve ser de 70


cm e o diâmetro mínimo de possível processar de 20 cm.

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Recurso florestal

Tabela 1 Recursos florestais

1. Área total 2. 32600 ha

3. Área de 5. 3110 ha

4. Protecção

6. Área comunitária 7. 3200 ha

8. Outra área não produtiva 9. 150

10. Área produtiva líquida 11. 26140 há

12. Volume total explorável por ano 13. 9021 m3/ano


(todas espécies)

14. Volume de corte anual (espécies 15. 2510 m3/ano


comerciais)

16. Volume total (espécies comerciais) 17. 78446 m3

18. Afzelia quanzensis 19. 120

20. Combretum imberbe 21. 40

22. Dalbegia melaxylon 23. 220

24. Androstachys johnsonii 25. 770

26. Pterocarpus angolensis 27. 980

28. Swartzia madagascariensis 29. 380

30. Ciclo de corte 20

31. Área anual de corte 32. 800-1400 ha/ano

33. Número de blocos de corte 20 blocos

34. Validade do plano de maneio 20 anos

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Formações florestais e composição de espécies
Na nossa área de estudo podemos encontrar os seguintes tipos de formações florestais: savana
arenosa, floresta de Mopane, Pradarias e Floresta de Mecrusse.

Estruturas de gestão do Parque

Para manter este Objectivo o PNB é gerido por cinco entidades interligadas:

 O Comité de Direcção de Banhine


 O Corpo de Gestão de Banhine
 A Administração do Parque, incluindo componentes subsidiárias de gestão
 Fórum de Desenvolvimento de Banhine
 Associações das Aldeias

Comité de Direcção do PNB

Objectivo

O Objectivo do Comité de Direcção é coordenar o desenvolvimento dos planos de


desenvolvimento turísticos do parque e o desenvolvimento de infraestruturas relacionadas
com o parque, tais como estradas e sinais, com actores chave na Província (PNB,2010).

Membros do Comité de Direcção

DNAC;
 O Governo Provincial;
 Governos Distritais Afectados;
 Administrador /Pessoal de Gestão do PNB;
 Unidade de Implementação do Projecto de ACTF;
 Outras partes Interessadas e Afectadas conforme identificadas pela Comité de
Direcção.

Operação do Comité de Direcção

Administração e Gestão do Parque como Secção 1: Estatutos do Quadro Administrativo de Banhine.


Os estatutos definem os membros do Corpo de Gestão, os seus direitos e responsabilidades, tomada de
decisões, resolução de conflitos e questões relacionadas. Na medida em que isto não está especificado
nos estatutos, os princípios gerais seguintes aplicam-se à operação do Corpo de Gestão (PNB, 2010).

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 A Reunião Anual Geral do Corpo de Gestão vai normalmente decorrer em Banhine para
coincidir com a época principal de pesca, uma vez que várias pessoas de várias partes do
Parque congregam-se em Banhine durante esta altura.
 O Corpo de Gestão vai idealmente realizar uma Reunião Comunitária Geral (apenas membros
das Associações/ residentes do Parque) antes e/ou depois da Reunião Anual Geral do
Conselho para discutir questões/decisões.
 Obter apoio e financiamento do Governo, agências de apoio e do sector das ONG’s para uma
iniciativa de desenvolvimento comunitário coordenada, polivalente em Banhine;
 Desenvolver parcerias com instituições de pesquisa para realizar pesquisa social em Banhine;
 Nomear Facilitadores de Desenvolvimento Comunitário para implementar tarefas
especificadas de Desenvolvimento Comunitário;

O Comité de Direcção vai:

 ser administrativamente e financeiramente autónomo;


 reunir-se conforme considerado necessário pelos seus Membros;
 seguir um regimento a acordar pelos Membros.

Corpo de Gestão de Banhine

Objectivos

O Corpo de Gestão vai garantir que a Visão e objectivos deste Plano de Maneio são
cumpridos.

Para tal vai:

 Aprovar o Plano Anual de Desenvolvimento Integrado do Parque, o Plano de Gestão


do
 Parque e o Plano de Implementação (ver secção 4.84.8 sobre Instrumentos chave
 para obter uma explicação dos instrumentos de planificação);
 Aprovar planos de componentes subsidiárias nos quais o Plano de Implementação é
 baseado.
 Monitorar a aderência geral da Administração do Parque e da Comunidade de Banhine
e este Plano de Maneio do Parque.

Membros do Corpo de Gestão

Os membros estão divididos em duas categorias nomeadamente:

Membros votantes:
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✓ Governo representado por um alto representante da DNAC ou nomeado (não pode
✓ ser o administrador do Parque já que ele / ela tem que apresentar um relatório ao
✓ Corpo de Gestão).
✓ A Comunidade Banhine representada por representantes das associações das aldeias

Membros não-votantes:

✓ Representantes do sector privado envolvidas no parque;


✓ ONGs envolvidas no parque;
✓ Conselheiros técnicos (do estado, comunidades ou ONGs).
✓ Qualquer outra Parte Interessada e afectada identificada pelo Corpo de Gestão.
✓ Operação do Corpo de Gestão

Administração do Parque

Objectivos

Os objectivos abrangentes da Administração do Parque incluem o a Administração eficaz do


parque com pessoal qualificado e motivado, com uma boa compreensão das, e respeito pelas
dimensões culturais e naturais do parque. Isto requer uma acção eficaz e eficiente nas
Componentes Centrais e nas componentes especializadas de monitoria e elaboração de
relatórios. As responsabilidades da Administração do Parque com relação às Componentes
Centrais e Especialistas estão descritas abaixo.

As Componentes de Gestão do Parque

A Administração do Parque está organizada em várias componentes. Estas são as seguintes:

 Administração do Parque;
 Gestão Financeira;
 Recursos Humanos;
 Fiscalização;
 Acampamento e Infraestrutura do Parque;
 Gestão Ecológica;
 Gestão do Panorama Cultural;
 Desenvolvimento Comunitário;
 Turismo;
 Pesquisa e Monitoria;

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 Zonas e Limites do Parque.

A Operação da Administração do Parque

O Administrador do Parque reporta ao Corpo de Gestão do PNB e é responsável por lhes


fornecer o Plano de Implementação Anual, planos de componentes e orçamentos relevantes.

O Administrador do Parque também deve fornecer ao Corpo de Gestão do PNB os relatórios


seguintes:

 Um Relatório Anual do PNB.


 Relatórios Trimestrais do PNB

Todo o pessoal de nível sénior do PNB, incluindo posições subcontratadas, reportam


directamente ao Administrador do Parque sobre as suas componentes. Cada um deles deve
elaborar pelo menos um relatório trimestral e um anual para as suas componentes, ou mais
frequentemente conforme determinado pelo Administrador do Parque (Siotoe, A., & Bila, A. D.
(2006).

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Conclusão

O trabalho esteve focado na elaboração de um plano de maneio e parque nacional de banhine é


uma zona de proteção dos recursos florestais e faunísticos representativos do património
nacional destinadas a conservação da biodiversidade e garantia da continuação dos processos
ecológicos e preservação dos valores naturais são encontrados mais de 1.000 espécies de
animais e plantas foram descobertas por investigadores numa secção da Área de Conservação
de Banhine, incluindo várias espécies novas em Moçambique e várias espécies potencialmente
novas para a ciência porem nossa área de estudo podemos encontrar os seguintes tipos de
formações florestais: savana arenosa, floresta de Mopane, Pradarias e Floresta de Mecrusse.

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Referências bibliograficas

António, A. d., Nhancale, C. C., Matsumane, L., & Cumbe, M. C. (2016). Plano de Maneio do
Parque Nacional de Magoe.

Siotoe, A., & Bila, A. D. (2006). Manual para a Elaboração e Implementação do Plano de
Maneio da Concessão Florestal (Segunda Versão). Maputo: MINISTÉRIO DA
AGRICULTURA DIRECÇÃO NACIONAL DE TERRAS E FLORESTAS.

FNDS: Fundo de Desenvolvimento Sustentavel.(2020). MAPA DE COBERTURA FLORESTAL


DE MOÇAMBIQUE 2016. Maputo.

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