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1.2. OBJECTIVOS.......................................................................................................................6
1.2.1. Geral...................................................................................................................................6
1.2.2. Específicos.........................................................................................................................6
II. METODOLOGIA...................................................................................................................7
2.1.1. Clima..................................................................................................................................8
2.1.2. Relevo................................................................................................................................8
2.1.3. Vegetação...........................................................................................................................8
O Miombo é uma formação florestal decídua que ocupa a maior extensão da África,
Cobrindo 2,7 milhões de km2 da sua porção sul, central e oriental (Ribeiro, Shugart, &
Washington-Allen, 2008). Apesar da sua importância ecológica e económica, o Miombo está
ameaçada pélo desmatamento e a degradação do solo, sofrendo elevada perda de biodiversidade
(Sileshi et al., 2007). Estas acções humanas vêm causando uma drástica mudança na composição
e estrutura das comunidades biológicas dessa formação vegetal, tornando os seus recursos cada
vez mais modificados (Backéus, Pettersson, Strömquist, & Ruffo, 2006). Das causas mais
comuns da perda e alteração do Miombo estão a retirada da vegetação para a produção de carvão
vegetal e a prática de corte e queima para a agricultura, que são os remotos e mais importantes
tipos de uso da terra que afectaram essa ecoregião (Syampungani, Geldenhuys, & Chirwa, 2015).
Em geral, a agricultura itinerante é o problema mais grave do uso de terra e o principal motor de
desmatamento das áreas tropicais da África (Karthik, Veeraswami, & Samal, 2009). Em
Moçambique as florestas têm sofrido impactos significativos devido a uma combinação de
diversos factores dentre os quais pode se destacar, o corte ilegal e desregrado de espécies
madeireiras, a exploração de espécies para produção de carvão vegetal, a prática de agricultura
itinerante, a frequência das queimadas descontroladas, a urbanização e as mudanças climáticas
(Mourana & Serra, 2007).
Segundo o Ministério de Terra ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) o
desmatamento de áreas florestais é um dos principais problemas nos países em desenvolvimento
devido à forte dependência da população em relação aos recursos naturais. Em Moçambique, a
taxa anual de desmatamento foi estimada em cerca de 267029 hectares correspondendo a uma
taxa de mudança de 0.58%, tendo a agricultura contribuído com cerca de 86% da área
desflorestada em todo o país (MITADER, 2018). O estabelecimento de plantações em florestas
perturbadas e em degradação é uma das técnicas mais efectivas para a recuperação de
ecossistemas degradados nas regiões tropicais, de alta precipitação, em função do seu papel no
controlo da erosão, na conservação da humidade do solo e na criação de um microclima mais
favorável para o desenvolvimento da vegetação (Lamb & Gilmour, 2005). Rodrigues & Gandolfi
(2000) afirmam que a recuperação da vegetação de uma área degradada fundamenta-se na
caracterização florística (o que plantar); levantamento fitossociológico (quanto plantar) e nos
princípios de sucessão secundária (como plantar), com o objectivo de reconstituir o ecossistema,
garantindo a manutenção da biodiversidade vegetal e suas interações com a fauna ao longo do
tempo. A escolher correcta da comunidade de plantas que iniciará o processo de sucessão em
uma área degradada é um dos pontos mais críticos do processo de recuperação (Neri, Soares,
Neto, & Dias, 2011). Estudos fitossociológicos de ambientes naturais preservados, alterados,
perturbados e degradados têm como objectivo não apenas a escolha das espécies, mas também a
descoberta de como empregá-las eficientemente nos projetos de recuperação (Bendito, Souza,
Ferreira, Cândido, & Souza, 2018).
1.2. OBJECTIVOS
1.2.1. Geral
1.2.2. Específicos
Descrever a composição florística das áreas de estudo;
Analisar a estrutura horizontal através do cálculo dos parâmetros fitossociológicos;
Avaliar a diversidade da composição florística das áreas de estudo e,
Classificar as espécies arbóreas em grupos sucessionais e síndrome de dispersão.
II. METODOLOGIA
2.1.2. Relevo
O distrito Sanga é constituído por duas zonas de relevo nas quais a parte Norte do distrito
é caracterizada por inselbergs, que são zonas sub-planálticas e planícies ocupando cerca de 60%
do distrito. A Zona Sul do distrito ocupa cerca de 40% da extensão, sendo dominada pela
Cordilheira de Sanga com altitudes superiores a 1.000m. Estas duas zonas influenciam os
regimes hídricos e climáticos (precipitação e temperatura) do distrito, constituindo, por sua vez,
as Zonas Agro-Ecológicas do distrito (MAE, 2005).
2.1.3. Vegetação
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https://www.ipni.org/
III. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Backéus, I., Pettersson, B., Strömquist, L., & Ruffo, C. (2006). Tree communities and structural
dynamics in miombo (Brachystegia-Julbernardia) woodland, Tanzania. Forest Ecology and
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Bendito, B. P. C., Souza, P. A. de, Ferreira, R. Q. de S., Cândido, J. B. m e, & Souza, P. B. de.
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387.
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Revista Árvore, 35(4), 907–918.
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