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María del Carmen Martínez Martínez, Martín Cortés. Pasos recuperados


(1532-1562), León, España, Ediciones El Forastero, Universidad de
León, México, Universidad Nacional Autónoma de México, 2017, 231
pp.

Em seu livro mais recente, Carmen Martínez Martínez parece ter


encontrado um filme, mais próximo dos “escritos íntimos e próprios
pessoais” que José Luis Martínez sinalizou como um “vazio notorio”, a
propósito dos “documentos de justiça”. 1
A partir de um escrupuloso acópio e acompanhamento documental,
Martín Cortés. Pasos recuperados estudaram o prefeito do conquistador,
nascido em Cuernavaca em 1532 de seu casamento com Juana de
Zúñiga. Dicha base não se contrapõe a uma sessão biográfica,
sentimental e psicológica do protagonista do livro, o que se desprende
da reconstrução dos cenários e etapas de sua vida: o ambiente familiar
e seu primeiro preceptor na Nova Espanha; a viagem para a Espanha
em 1540 acompanhando seu padre; seus tutores e a cultura cortesana
que receberam na península; seu casamento arreglado; su periplo
europeu por Inglaterra, Flandres e França. Descobrir as maiores
liberdades que permitem suas múltiplas ataduras parece ser o principal
aprendizado que o herdeiro de Hernán Cortés quis em seus anos de
juventude. Se bem que não se trata de uma biografia histórica, Martín
Cortés fornece elementos suficientes para empreender um trabalho
deste tipo.
Carmen Martínez sentou-se como leitora nos lugares onde passou a
infância e juventude de Martín Cortés; explica sua relação com pessoas
da nobreza como o Conde de Aguilar –curador, tio e também suegro de
Martín Cortés ao contraer este casamento com Ana de Arellano–, o
Duque de Medina-Sidonia, Juana de Zúñiga, sua mãe, viúva do
conquistador e hermana del conde. A investigadora desenvolveu um
conjunto de parentescos, relações, propriedades, obrigações e
compromissos, em meio a qualquer coisa que moldasse a personalidade
de Dom Martín Cortés, segundo Marquês del Valle, acostumado desde
muito jovem a tratar com conselheiros e conselheiros, hábil negociante, inclinado para c

1 José Luis Martínez (ed.), Documentos cortesianos, I. 1518-1528, México, Universidad

Nacional Autónoma do México, Fundo de Cultura Económica, 1990, p. 10.


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consumo de toda classe de bens, familiarizado com a corte e a


nobreza, desenfadado e malicioso.
O livro trata de Martín Cortés em um período sobre o que existe
“más sombras que luces” (p. 16) e abarca, como o título indica, até o
momento em que se embarca rumbo na Nova Espanha para fazer
carga de sua terra bem, em uma viagem que acabará mal.
Estudar o filho e herdeiro de Hernán Cortés enriquece a visão do
especialista no conquistador a partir de uma perspectiva não centrada
neste. Para seus leitores, especialmente os historiadores mexicanos,
conhecerem a vida de Martín Cortés anterior ao seu retorno ao México
em 1563, modificaram a visão preterizada que se tem da “conjuração
de Martín Cortés” (1566) desde a historiografia liberal, e é o asunto
com o que se le vincula casi de maneira exclusiva até agora.
A historiografia decimonônica mexicana, em especial José María
Luis Mora, viu a conjuração como uma intenção fracassada de
emancipação política, dentro do esquema que plantou no México e
suas revoluções. Manuel Orozco e Berra fizeram um estudo do tema
a partir dos documentos do processo conservados no Arquivo Geral
da Nação e publicados em 1853, Noticia histórica da conjuração do
Marqués del Valle. Anos de 1565-1568. Formado à vista de novos
documentos originais e seguido de uma extração dos mesmos
documentos. Pouco depois apareceu no Apêndice do Dicionário
Universal de História e Geografia o estúdio “Conjuración del Mar-
qués del Valle (1565-1568)”. O testemunho de Juan Suárez de Peralta
sobre a conjuração de Martín Cortés em seu livro Noticias históricas
de Nueva España, dado a conhecimento em 1878 por Justo Zaragoza,
foi a fonte em que se baseou em estudiosos e escritores do século
xx para recriar o episódio e a personagem. Destacam-se as reportagens
de Agustín Yáñez com a publicação da parte que o autor dedica ao
tema abaixo do título La conjuración de Martín Cortés na Biblioteca
del Estudiante Universitario (1945); de Fernando Benítez com La vida
criolla en el siglo xvi (El Colegio de México, 1953), e de Carlos
Fuentes com “Los hijos del conquistador” em El naranjo o los círculos
del tiempo (Alfaguara, 1993).
A conjuração foi vista como expressão de uma nova sociedade e
manifestação de uma consciência criolla nacionalista. O episódio foi
considerado como antecedente e ponto de partida de um processo
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histórico e de identidade cujo significado completo não foi revelado


apenas vários séculos mais tarde.
Carmen Martínez localizou documentos em diversos arquivos
espanhóis (a Real Chancelaria de Valladolid, o Provincial de Vallado-
lid, o General de Indias, o de Simancas) e bibliotecas madrileñas; no
Arquivo do Estado de Nápoles; no México, onde suas próprias
conjecturas o levaram a encontrar no ramo Hospital de Jesus e outros
do Arquivo Geral da Nação as peças faltantes, muitas das desconhecidas
e surpreendentes, para armar as “rompecabezas” (p. 36) de tudo isso
relacionado com Martín Cortés e a herencia do Marquesado del Valle
de Oaxaca.
A historiadora duda, estabelece as conexões e interpreta um cor-
pus que visto desde fora se antoja árido, próprio dos notários. Além dos
gastos, deudas, pagamentos, dotes, cuentas, cartas de poder,
demandas, pleitos, pleitos-homenaje, finiquitos, etc., metidos en infinidad
de expedientes de perfilar os agentes de dichos, contratos e
negociações: os tutores e representantes del segundo marquês,
contratistas, prestamistas, banqueiros, sua mãe, esposa e irmãos,
incluídos sus medios hermanos ou hermanos sólo de padre.
Além de arrojar informações de primeira mão sobre protagonistas
até agora considerados secundários, o livro caracteriza um passado em
que convive uma grande vitalidade e uma infinidade de aporias. “A
sociedade castelhana da época era pleiteadora”, confirma a historiadora
(p. 79) ao analisar os gastos, a falta de liquidez e os aprietos económicos
do jovem marquês, digno representante do seu tempo.
Se bem o prefeito de Martín Cortés é o tema central do livro, o autor
busca destaca a relação com seu irmão homônimo, Martín Cortés
mestiço, o filho de Malinche. Este último, recriado no México como uma
personagem além de uma novela, é apresentado aqui a partir de
cédulas, probanzas e declarações que mostram rasgos de sua
personalidade. Martin Cortés. Passos recuperados documentam, por
exemplo, uma viagem de Martín mestiço –que viveu na Espanha desde
1528– até a Nova Espanha em 1540 que ninguém havia registrado. Foi
então que conheci e tratei Juana de Zúñiga e estudei com sua irmã
María, filha de Malintzin e Juan Jaramillo (p. 37).
Um dado interessante que Carmen Martínez consignou é que todos
os filhos que Hernán Cortés tuvo com outras mulheres na Nova
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A Espanha antes de seu casamento com Juana de Zúñiga foi


legitimada por meio de uma bula de Clemente VII de 1529; a autora
deixa claro que “os filhos de Hernán Cortés, pese as diferenças, se
mostram unidos, como le hubiera gustado a su padre. Martín Cortés
mestiço respetava ao novo Marquês del Valle, ao que superaba em
anos e ao que acompanhou durante alguns meses em Sevilha,
Valladolid e Nalda, não como uma sombra, mas também alguém que
assumia que a cabeça do linamento era seu irmão” (p. 77).
O livro tem a virtude de expor os resultados de uma investigação
meticulosa e abundante em capítulos concisos de páginas não
demasiadas. Seu autor mostra a habilidade de manejar muitos hilos na
mão que você sabia que tejer com cuidado sem deixar cabos sueltos
nem desperdiçar algum guião humorístico. Carmen Martínez se
mantém dentro da medida justa da interpretação para evitar conclusões
além do que dicen los propios documentos e nele reside sua principal
aportação. Não se deixou cair por isso em uma visão historicista da
época, mas desde o fundo dos protocolos e das fórmulas legais e
linguísticas, o livro contribuiu para entender a porfia do império dos
conquistadores e seus descendentes em colocarse em sociedades
estritamente reguladas e ambientes onde predomina a desconfiança e
a sospecha.
“O modo de vida do corte foi aquele que [Martín Cortés] reproduziu
em Nueva España, agora em um âmbito no que seus atos,
comportamento e hasta sua linguagem, suscitaram em momentos de
suspeita e concitaram miradas interessadas” (p. 191). As conclusões
revelam o contraste entre a metrópole e o virreinato, das mentalidades
e das sociedades distintas. Se bem a etapa mexicana do segundo
Marqués del Valle, incluindo a “conjuração”, caiu fora dos limites deste
livro, ao apresentar a vida até agora desconhecida de Martín Cortés e
seu círculo de alegados e parentes, o autor sugeriu e dos bases para
entender a ambivalência de dicho sucesso e, em geral, a história virrei-
nal do século xvi, a partir de um enfoque mais amplo, não apenas novo hispano.
Trata-se de uma recriação autêntica a partir de documentos e
testemunhos conservados em diferentes arquivos, o que implica um
árduo trabalho de busca e acompanhamento de pessoas e seus atos
ou ações através da lógica dos arquivos e seus critérios de classificação.
Sem partir de hipóteses anteriores nem ostentar uma postura teórica, o
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O resultado alcançado por este historiador contrasta com o peso que as


categorias, conceitos e esquemas têm na interpretação histórica,
marcando neste sentido os erros da investigação.
Martin Cortés. Passos recuperados nos introduzem de cheio na vida da
segunda metade do século xvi, devolvem-se ao indivíduo e especificam
o que há de capacidade de agente e de mudança em uma coyuntura que
ainda tem muito por revelar.

Aurora Díez-Canedo F.
Universidade Nacional Autônoma do México

Thomas Calvo e Paulina Machuca (eds.), México e Filipinas: culturas e


memórias sobre o Pacífico, México, El Colegio de Michoacán,
Universidade Ateneo de Manila, 2016, ISBN 978-607-947-036-4

México e Filipinas. Culturas e memórias sobre o Pacífico é uma edição


de Thomas Calvo e Paulina Machuca, resultado de um seminário entre
acadêmicos do México e Filipinas em 2014 em Guadalajara. Foi seu
propósito colocar em evidência a relação presente de ambos os países,
entendida desde 1821 até a atualidade. A categorização é su-gerente,
pode convidar a compreender as relações entre ambos os países como
fraturadas em dois tempos muito diferentes: as estrechas de relações
coloniais1 e as elusivas desde então. Para ver o que foi a sobrevivência
deste tempo compartilhado pelos autores, propõe-se usar “o comparativo
plano e llano” (p. 16) como sua principal ferramenta de análise. O
expositor anterior declara que nenhuma intenção do livro se concentra na
história dos séculos xvi a xviii.
Neste propósito, a compilação foi dividida em quatro seções temáticas
em que se organizam os textos dos diversos autores. Se baseia na
geografia, base e sustentação da história. O primeiro texto, de Raymundo
Padilla Lozoya, discute a maneira como

1 Inauguradas nas últimas três décadas do século xvi. Antonio Miguel Bernal, “La
carrera del Pacífico: Filipinas en el sistema colonial de la carrera de Indias”, em
Leoncio Cabrero (coord.), España y el Pacífico, Legazpi, Madrid, Sociedad Estatal de
Conme-moraciones Culturales, 2004, t . Eu, pp. 486-521.

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