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EXECUÇÃO DE PINTURA INDUSTRIAL Identificação:
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CLEBER LUIS DOS

REIS:92976247072 REIS:92976247072
Dados: 2021.10.08 16:27:10 -03'00'
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ÍNDICE

1. OBJETIVO....................................................................................................... 3

2. DEFINIÇÕES................................................................................................... 3

3. REQUISITOS GERAIS...................................................................................... 4

4. REQUISITOS ESPECÍFICOS.............................................................................. 5

5. DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO.............................................................. 8

6. ESQUEMAS DE PINTURA................................................................................ 17

7. RETOQUES..................................................................................................... 25

8. CONTROLE DA QUALIDADE............................................................................ 25

9. REFERÊNCIAS TÉCNICAS................................................................................. 26
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1. OBJETIVO

Este procedimento tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos de aplicação e qualidade que devem ser adotados
nas atividades de preparação de superfície e pintura anticorrosiva, quando objeto de contratos mantidos pela BETUN
Engenharia, em suas dependências ou em canteiros de obra de terceiros, para os seguintes componentes:

1.1. Estruturas metálicas:


✓ Suportes e berços para tubulações;
✓ Elementos de sustentação de tubulações (pipe racks);
✓ Estruturas de galpões;
✓ Plataformas, passadiços, escadas e corrimãos;
✓ Estruturas de sustentação de equipamentos.

1.2. Equipamentos industriais:


✓ Braços de carregamento;
✓ Caldeiras;
✓ Chaminés;
✓ Tochas, fornos e permutadores de calor;
✓ Reatores e regeneradores;
✓ Vasos de pressão (exceto esferas e cilindros de gases liquefeitos).

1.3. Tubulações:
✓ Superfície externa de tubulações terrestres;
✓ Acessórios diversos de tubulação, como flanges, válvulas, conexões e afins.

1.4. Pintura de Superfícies Galvanizadas:


✓ Com Corrosão, localizada e Generalizada.

1.5. Pintura de Pintura de Máquinas, Equipamentos Elétricos e Instrumentos sem isolamento térmico
✓ bombas;
✓ compressores;
✓ ventiladores e exaustores industriais;
✓ turbinas a gás;
✓ misturadores ou agitadores para tanques;
✓ motores (de combustão interna, elétrico e hidráulico);
✓ pontes rolantes;
✓ máquinas operatrizes e redutoras;

1.6. Tanques, esferas e cilindro de Armazenamento:


✓ revestimentos anticorrosivos das áreas internas e externas de tanques, esferas e cilindros de
armazenamento em instalações terrestres

2. DEFINIÇÕES

2.1. Aderência: Propriedade que possui uma película de tinta, ao ser aplicada sobre uma superfície devidamente
preparada, de agregar-se a ela, não se destacando após a secagem, nem mediante a agressões de pequena
monta e de ação de intempéries.

2.2. Diluente: Líquido usado para diminuir a viscosidade de uma tinta; solvente, dissolvente; “thinner”.

2.3. Flash Rust: Oxidação superficial instantânea que ocorre após o hidrojateamento, podendo ser leve (L), moderada
(M) ou intensa (H), de acordo com os padrões fotográficos da norma NACE-VIS7/SSPC-VIS4.
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2.4. Flap Disc: Disco abrasivo (mídia) formado por lapelas de lixa sobrepostas e coladas umas às outras, distribuídas
uniformemente sobre uma base rígida com curvatura de face para total cobertura da superfície a ser lixada.
Indicado para a remoção de imperfeições superficiais de substratos metálicos e desbastes em geral, nivelamento
de superfícies, remoção de corrosão e revestimentos. Recomenda-se a utilização em lixadeiras e esmerilhadeiras
elétricas ou pneumáticas.

2.5. Grau de Intemperismo: Aspecto visual original da superfície. No caso de superfícies de aço sem pintura, refere-se
à forma, tipo e severidade da corrosão e do estado da carepa de laminação existente, reproduzidos por meio de
padrões fotográficos pela norma ISO 8501-1. Para superfícies já pintadas, refere-se à condição da pintura
existente e à ocorrência de falhas e defeitos no filme, sua frequência e intensidade, conforme as figuras
disponíveis na norma ASTM D610.

2.6. Graus de Preparação: São os diferentes acabamentos conferidos à superfície a fim de prepará-la adequadamente
para receber a pintura, indicados de acordo com o método utilizado e o aspecto final obtido.

2.7. Jateamento Abrasivo: Método de preparo de superfícies de aço para pintura pelo uso de abrasivos projetados a
alta velocidade sobre esta superfície por meio de ar comprimido, através de bicos aplicadores.

2.8. Lote: São todos os materiais recebidos na remessa, pertencentes à mesma carga de fabricação, de produtos do
mesmo tipo, conteúdo e em recipientes de mesma capacidade.
2.9. Passe: Número de aplicações necessárias para se atingir a espessura de película por demão, enquanto a tinta
permanece úmida. Passe cruzado: aplicação em forma de cruz.

2.10. Perfil: Irregularidade conseguida sobre a superfície metálica, através de processos mecânicos ou de jateamento
abrasivo, de modo a facilitar a aderência mecânica da tinta.

2.11. Pintura: É o processo de proteção de uma superfície por meio da aplicação de tintas.

2.12. Stripe Coat: Aplicação de tinta realizada com o uso de trincha em áreas críticas como cordões de solda, cantos,
quinas, furos e aresta de corte, sempre antes da aplicação por pulverização, com o objetivo de promover maior
proteção anticorrosiva nas áreas críticas dos elementos pintados. Também conhecida por reforço à trincha.

2.13. Secagem ao Toque: Fase da secagem que permite o leve toque manual na superfície sem remoção de nenhuma
tinta.

2.14. Secagem Livre de Pegajosidade: Fase da secagem quando já não há mais a aderência de contaminantes na
superfície pintada.

2.15. Secagem para Repintura: Intervalo para ser observado para aplicação da demão seguinte do esquema de
pintura, sem prejuízo de suas propriedades adesivas.

2.16. Sistema de Pintura: É o conjunto de operações, métodos e materiais destinados à elaboração de um


revestimento anticorrosivo com uso de tintas.

2.17. Tempo de Cura: Tempo necessário a que uma película de tinta adquira propriedade que lhe permita atender aos
ensaios que comprovem estar dentro das especificações.

2.18. Tinta de Acabamento: Tinta aplicada sobre a tinta de fundo, de modo a conferir propriedades de cor e
impermeabilidade ao sistema de pintura.

2.19. Tinta de Fundo (Primer): Tinta com propriedades anticorrosivas. Normalmente sobre ela é aplicada uma tinta
intermediária ou de acabamento.
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3. REQUISITOS GERAIS

3.1. Atribuições e Responsabilidades

3.1.1. Do coordenador de obras:


a) Providenciar recursos materiais e humanos necessários à execução dos serviços;
b) Coordenar a execução dos serviços, zelando e responsabilizando-se pelo cumprimento deste procedimento;
c) Atuar como facilitador, providenciando soluções técnicas e administrativas para o bom andamento das
atividades.

3.1.2. Dos supervisores e encarregados:


a) Executar, através de sua equipe, as atividades de preparação de superfície e pintura, respeitando os
procedimentos e normas técnicas vigentes;
b) Exigir o uso dos EPIs, de acordo com a atividade que está sendo desenvolvida;
c) Manter o setor de Controle da Qualidade a par das ações que são tomadas em chão de fábrica e solicitar, no
momento adequado, a execução dos ensaios e testes necessários;
d) Providenciar o apoio necessário ao Controle da Qualidade, como fornecimento de ajudantes e mobilização
de equipamentos de acesso;
e) Providenciar as Permissões para Trabalho (PTs) para início das atividades (quando aplicável).

3.1.3. Do Inspetor de Pintura N2:


a) Elaborar e revisar, quando necessário, os procedimentos de execução e inspeção de pintura;
b) Elaborar e aplicar o plano de qualificação de pessoal;
c) Analisar e validar os certificados de qualidade de tintas e diluentes, de acordo as normas aplicáveis;
d) Analisar e dar a disposição quanto às RNCs referentes ao processo de pintura;
e) Atuar como referencial técnico e dar o suporte necessário ao Inspetor de Pintura N1 e aos demais
profissionais envolvidos no processo de pintura.

3.1.4. Do Inspetor de Pintura N1:


a) Interpretar os procedimentos de execução e inspeção de pintura industrial;
b) Inspecionar e registrar o recebimento de abrasivos, tintas e diluentes;
c) Executar os ensaios previstos no procedimento de inspeção e normas técnicas aplicáveis;
d) Emitir relatórios de inspeção de pintura (RIP) e de não conformidade.

3.1.5. Do Pintor:
a) Medir a espessura de camada úmida durante a aplicação das tintas;
b) Aplicar as tintas de forma a evitar falhas e defeitos;
c) Seguir as determinações dos superiores imediatos e alinhar as práticas adotadas com as determinações do
inspetor de pintura N1.

3.2. Calibração de Instrumentos

3.2.1. Todos os instrumentos de medição utilizados nas atividades de preparação de superfície e pintura previstos neste
procedimento devem possuir certificado de calibração emitido por laboratório credenciado na Rede Brasileira de
Calibração (RBC) ou em laboratório reconhecido por órgãos internacionais. Além disso, devem ser submetidos à
análise e validação por inspetor de pintura N2.

3.3. Treinamento
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3.3.1. Antes do início dos serviços deve ser elaborado e implementado pelo Inspetor de Pintura Nível 2 ou profissional de
notório saber na área de Pintura Industrial, um plano de treinamento com critério de avaliação para toda a mão-
de-obra envolvida nos serviços de pintura contendo, no mínimo, os seguintes tópicos da abaixo.

3.3.2. São aceitos outros treinamentos teóricos equivalentes em substituição à parte teórica da abaixo, a critério do
Cliente, mediante avaliação teórica e prática.

Tabela – Programa para Treinamento de Encarregados, Jatistas e Pintores

CARGA HORÁRIA (h)


PROGRAMA DO CURSO
Encarr. Jatista Pintor
Parte Teórica
- finalidade da pintura;
- atividade e responsabilidade do Pintor; 2 2 2
- conceitos de corrosão: graus de intemperismo
- condições ambientais: temperatura ambiente, umidade relativa,
2 2 2
ponto de orvalho, temperatura da peça.
- preparo da superfície: limpeza com solventes, limpeza manual,
4 4 4
limpeza mecânica, jateamento abrasivo, hidrojateamento.
- tipos de abrasivos, graus de preparo da superfície e rugosidade. 2 2 1
- tipos de tintas e características principais, conforme o serviço a ser
2 2 2
realizado.
- preparo da tinta: homogeneização, diluição, “shelf life”, tempo de
2 2 2
indução, “pot-life”, proporção de mistura
- esquemas de pintura: tinta a ser utilizada, métodos de
aplicação, espessura da película seca, número de demãos, 4 4 4
intervalo entre demãos.
- métodos de aplicação: rolo, trincha, pistola convencional e pistola
sem ar; - boas práticas: “stripe coat”, medição de película úmida, 4 4 4
medição do teor de cloreto na superfície
- principais falhas e defeitos: prevenção e correção 4 4 4
- requisitos gerais de Segurança, Meio Ambiente, Eficência
Energética e Saúde (SMES): segurança nos serviços, descarte de
2 2 2
produtos, Equipamento de Proteção Individual (EPI) e
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) etc.
- procedimento de execução. 4 2 2
Parte Prática
- identificação dos graus de intemperismo. 1 1 1
- identificação dos graus de preparo de superfície: manual,
1 1 1
mecânico, jateamento abrasivo e hidrojateamento.
- técnicas de aplicação conforme o serviço a ser realizado: rolo,
4 4 4
trincha, pistola convencional e pistola sem ar.
- boas práticas: “stripe coat”, medição de película úmida,
2 2 2
medição do teor de cloreto na superfície.
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4. REQUISITOS ESPECÍFICOS

4.1. Os recebimentos de abrasivos, tintas e diluentes devem ser feitos de acordo com o procedimento de Inspeção de
pintura.

4.2. Os locais de armazenamento de tintas, diluentes e solventes de limpeza devem ser cobertos, bem ventilados, não
sujeitos ao calor excessivo, protegidos contra centelhas, descargas atmosféricas e raios de sol. Um sistema de
combate a incêndio deve ser providenciado por profissional competente e estar disponível para uso em caso de
necessidade.

4.3. O empilhamento máximo de embalagens deve obedecer ao seguinte critério: vinte (20) galões, cinco (05) baldes,
três (03) tambores.

4.4. O armazenamento deve ser organizado de forma que o material mais antigo seja retirado primeiro que o
material recém-chegado; esta movimentação deve ser realizada sem danos aos recipientes.

4.5. Não é permitido o uso de tintas com prazo de validade em prateleira (shelf life) tenha sido ultrapassado, a menos
que tenham sido devidamente revalidadas, nos casos em que esta prática é possível.

4.6. O uso de tintas revalidadas não é permitido para pintura de superfícies internas, externas submetidas a altas
temperaturas (acima de 80°C) ou à condensação, e pinturas em superfícies que trabalhem imersas (pinturas
internas e externas).

4.7. Para pintura de superfícies não enquadradas nos casos previstos em 4.6., as tintas podem sofrer até duas
revalidações. A revalidação é de responsabilidade do fabricante da tinta, que deve emitir um novo certificado de
análise específico para esta revalidação, baseado em requisitos técnicos próprios, contendo pelo menos as
seguintes informações:
a) Identificação do lote;
b) Data de fabricação;
c) Data de validade original;
d) Data e validade da primeira revalidação;
e) Data e validade da segunda revalidação;
f) Identificação do profissional responsável pela revalidação.

4.8. Preparação das Tintas para Aplicação

4.8.1. Toda tinta deve ser homogeneizada antes e durante a aplicação, a fim de manter o pigmento em suspensão,
sempre em locais ventilados e distantes de centelhas ou chamas. Nas tintas de dois ou mais componentes,
ambos devem ser homogeneizados separadamente antes de se fazer a mistura. Após a mistura, não devem ser
observados veios ou faixas de cores diferentes e a aparência deve ser uniforme.

4.8.2. A homogeneização deve se processar no recipiente original não devendo ser retirada do mesmo enquanto todo o
pigmento sedimentado não for incorporado ao veículo, admitindo-se que uma parte do veículo possa ser retirada
temporariamente, para facilitar o processo de homogeneização.

4.8.3. A mistura e homogeneização devem ser feitas por misturador mecânico, admitindo-se a mistura manual para
recipientes com capacidade de até 3,6 litros. Esta operação deve ser feita em local bem ventilado e distante de
centelhas ou chamas, e não é permitido o uso de fluxo de ar sobre a tinta.
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4.8.4. Caso ocorra formação de nata, pele e ou espessamento em lata recentemente aberta, a tinta deve ser rejeitada.

4.8.5. Quando a homogeneização for manual, a maior parte do veículo deve ser despejada para um recipiente limpo.
Em seguida, se solta o material do fundo do recipiente por meio de uma espátula larga, homogeneizando o
pigmento e o veículo. A parte do veículo retirada deve ser reincorporada à tinta, sob agitação, ou pelo despejo
repetido de um para o outro recipiente até que a composição se torne uniforme.

4.8.6. Tintas de dois ou mais componentes devem ter ambos homogeneizados separadamente, e então misturados de
acordo com os métodos e nas proporções recomendadas pelo fabricante.
4.8.7. A homogeneização e a mistura devem ser perfeitas, não devendo aparecer veios ou faixas de cores diferentes, e
a aparência final deve ser uniforme. Os processos de mistura, homogeneização e diluição só devem ser feitas no
momento da aplicação das tintas, que não devem ser aproveitadas de um dia para o outro.

4.8.8. Nas tintas de dois componentes de cura química deve ser respeitado o tempo de indução e o tempo de vida útil
da mistura (pot life) recomendados pelo fabricante.

4.8.9. A adição de secantes à tinta não é permitida.

4.8.10. As tintas a serem pulverizadas, se não tiverem sido desenvolvidas especificamente para este método de
aplicação, podem requerer diluição se os ajustes do equipamento de pulverização e da pressão de ar não forem
suficientes para obter uma aplicação satisfatória.

4.8.11. Quando houver real necessidade de diluição das tintas, desde que autorizado previamente, deve ser usado o
diluente especificado pelo fabricante da tinta, não sendo permitido ultrapassar o percentual máximo de diluente
especificado no boletim técnico do produto, em função do método de aplicação a ser utilizado.

4.9. Aplicação das Tintas

4.9.1. O esquema de pintura deve ser sempre aplicado com tintas de um mesmo fabricante, inclusive na pintura de
fábrica.

4.9.2. Em equipamentos ou tubulações a serem soldados durante a montagem, deve ser deixada uma faixa de 5cm sem
pintura em cada extremidade do tubo e região do equipamento a ser soldada, que deve receber preparo de
superfície e tinta de fundo após a soldagem e testes, inclusive o hidrostático.

4.9.3. Toda a superfície, antes da aplicação de cada demão de tinta, deve sofrer um processo de limpeza por meio de
aspirador, escova, vassoura de pelo, sopro de ar ou pano úmido para remover a poeira. O processo de limpeza
deve ser definido em função das condições específicas de cada trabalho.

4.9.4. Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta quando a temperatura ambiente for inferior a 5°C.

4.9.5. Nenhuma tinta deve ser aplicada se houver a expectativa de que a temperatura ambiente possa cair até 0°C
antes de a tinta estar seca à pressão.

4.9.6. Não deve ser aplicada tinta em superfícies metálicas cuja temperatura seja inferior à temperatura de ponto de
orvalho +3°C ou em superfícies com temperatura superior a 52 °C. No caso de tintas à base de zinco etil silicato a
temperatura da superfície metálica não deve exceder a 40°C.

4.9.7. Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta em tempo de chuva, nevoeiro ou bruma ou quando a umidade
relativa do ar for superior a 85 %, nem quando haja expectativa deste valor ser alcançado. No caso de tintas a
base de etil silicato de zinco, a umidade relativa do ar deve estar entre 60% e 85%. As tintas formuladas
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especificamente para aplicação sobre superfícies com condensação de umidade, com umidade residual ou
úmida, não estão sujeitas às restrições do ponto de orvalho e de umidade relativa.

4.9.8. A pintura de reforço à trincha nos pontos críticos tais como regiões soldadas, porcas e parafusos, cantos vivos,
cavidades e fendas, alvéolos e pites, flanges e válvulas flangeadas, bordas e quinas de vigas, deve ser executada
obrigatoriamente no substrato e entre cada demão aplicada (stripe coat), exceto para tintas inorgânicas ricas em
zinco.

4.9.9. No caso de tintas epóxi, quando os intervalos para repintura forem ultrapassados, a demão anterior deve receber
um tratamento utilizando escova rotativa, lixadeira, ou jateamento abrasivo leve para quebra de brilho ou ainda
o hidrojateamento equivalente em toda a superfície, seguido de limpeza com solventes não oleosos para permitir
a ancoragem da demão subsequente. No caso das tintas ricas em zinco, devem apenas ser lavadas usando água
doce limpa sob pressão (1500 psi a 3000 psi).

4.9.10. As regiões soldadas após a montagem devem receber a mesma tinta de fundo do esquema original. O
tratamento da superfície deve ser feito por meio de jateamento abrasivo, padrão Sa 2½ da ISO 8501-1. Na
impossibilidade do uso do jato abrasivo, a preparação da superfície deve ser realizada por ferramentas mecânico-
rotativas conforme a SSPC-SP 11.

5. DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO

5.1. Preparação de Superfície

5.1.1. As superfícies usinadas de flanges e conexões devem ser protegidas do jateamento abrasivo por meio de um
tampo de madeira ou pelo envolvimento de lona plástica.

5.1.2. Antes das operações de jateamento abrasivo, as superfícies metálicas devem ser lavadas com água limpa a alta
pressão com pressão mínima de 3000psi.

5.1.3. No caso de imperfeições superficiais no metal devem ser adotados os padrões de acabamento P3 da ISO 8501-3.

5.1.4. Graus de Intemperismo de Superfícies de Aço Sem Pintura


Conforme norma ISO8501-1

a) Grau A: Superfície de aço completamente coberta de carepa de laminação intacta e com pouca ou nenhuma
corrosão;

b) Grau B: Superfície de aço com princípio de corrosão e da qual a carepa de laminação tenha começado a se
desprender;

c) Grau C: Superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha sido eliminada pela corrosão ou possa ser
retirada por meio de raspagem, e que apresente pequenos alvéolos;

d) Grau D: Superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha sido eliminada pela corrosão e que
apresente corrosão alveolar de severa intensidade.

5.1.5. Graus de Intemperismo de Superfícies de Aço Pintadas


Conforme norma ASTM D610

a) Grau 8: pintura existente quase intacta, em área com corrosão menor que 0,1 % da superfície;
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b) Grau 6: pintura de acabamento “calcinada”, podendo apresentar tinta de fundo exposta; é admissível leve
manchamento ou empolamento após o tratamento das manchas. Menos de 1 % da área pode se encontrar
afetada por corrosão, esfoliação ou tinta solta;

c) Grau 4: pintura totalmente “calcinada”, empolada ou com manchas de oxidação, podendo ter até 10 % de
sua superfície com corrosão, bolhas de oxidação, tinta solta e pequena incidência de pites (corrosão
puntiforme);
d) Grau 2: pintura totalmente “calcinada”, empolada ou com manchas de oxidação, podendo ter até 33 % de
sua superfície com corrosão, bolhas, tinta solta e pequena incidência de pites (corrosão puntiforme);

e) Grau 0: presença intensa de corrosão, tinta sem aderência e formação severa de corrosão por pites e
alvéolos.

5.1.6. Limpeza de Superfícies de Aço por Ação Físico-Química

5.1.6.1. Condições Gerais:

a) A limpeza por ação físico-química deve ser executada antes do tratamento com ferramentas mecânico-
rotativas ou do jateamento abrasivo;

b) Destina-se a remover materiais estranhos da superfície metálica, tais como óleo, graxa, terra, fluídos de
corte e outros contaminantes, mediante o emprego de solventes de limpeza, emulsões, compostos para
limpeza ou outros materiais e métodos de ação solvente;

c) Para os efeitos específicos deste documento, a limpeza por ação físico-química abrange o uso de solventes
de limpeza ou de água e detergentes de limpeza de pH neutro, visando à remoção de diversos tipos de
contaminantes do substrato, tais como: graxas, óleos, gorduras, sabões de trefilação e estampagem,
resíduos de soldagem, frações de película de tinta deteriorada e sais corrosivos como cloretos, sulfatos e
íons ferrosos;

d) As aguarrases minerais alifáticas devem ser consideradas como solventes de uso geral para limpeza. Sob
condições normais de clima temperado deve ser usada aguarrás mineral leve, com ponto de fulgor de, no
mínimo, 38°C. No caso de temperaturas mais elevadas, ou seja, de 27°C até 38°C, deve ser usada aguarrás
mineral pesada, com ponto de fulgor de, no mínimo, 52°C. Quando a temperatura for maior que 38°C, deve
ser usada aguarrás extra pesada, com ponto de fulgor acima de 60°C;
Nota: Todos os solventes são potencialmente perigosos e devem ser usados em condições nas quais a sua concentração no ar
respirado pelos trabalhadores seja suficientemente baixa para que haja segurança. Quando empregados em ambientes confinados, nos
quais o limite de concentração admissível seja excedido, devem ser usados sistema de exaustão e máscaras de ar mandado que
proporcionem ar puro aos trabalhadores. Nestes casos a concentração de solvente no ar não deve exceder 40% do limite inferior de
inflamabilidade, em virtude do risco de incêndio ou explosão que representa. Caso a concentração do solvente ultrapasse o percentual
mencionado o serviço deve ser paralisado.

e) Os solventes aromáticos podem ser usados onde for necessária ação solvente mais enérgica, porém são
mais tóxicos e tem, geralmente, baixos pontos de fulgor. O benzeno é o mais tóxico e não deve ser usado
também por baixo ponto de fulgor e maior risco de incêndio ou explosão. O xileno e o tolueno podem ser
usados sempre que a sua concentração no ar respirado pelos trabalhadores não exceder os limites de
segurança. No caso de concentrações maiores, devem ser usados aparelhos e máscaras que proporcionem
ar puro aos trabalhadores. No caso de uso desses solventes, devem ser tomadas as mais severas precauções
no sentido de estabelecer condições seguras quanto o risco de incêndio ou explosão;

f) Os hidrocarbonetos clorados podem ser usados, porém não são recomendados para uso geral, devido à alta
toxidez. Só devem ser usados por operadores treinados e com equipamento de segurança individual
específico para esta finalidade, com acompanhamento de profissional de segurança do trabalho;
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g) Os detergentes de limpeza com pH neutro podem ser empregados no processo de desengorduramento com
água a alta pressão, e devem ser utilizados em conformidade com as recomendações de seus fabricantes;

h) A água usada para o enxágue final deve estar quente ou sob pressão, sendo preferível que preencha ambas
as condições. Para se verificar a eficácia da lavagem deve ser usado papel indicador universal contra a
superfície molhada. O pH assim encontrado não deve ser maior do que o da água de lavagem;

5.1.6.2. A execução da limpeza por meio de ação físico-química deve obedecer a seguinte ordem de operação:

a) Remover terra, poeira e qualquer outro contaminante sólido presente na superfície metálica pelo uso de
escovas, ar comprimido, raspagem ou outro método conveniente;
Nota: Quando, excepcionalmente, existir a presença de corrosão em placas ou ferrugem estratificada é conveniente removê-la com o
emprego de ferramentas manuais ou mecânicas. O objetivo desta remoção prévia é facilitar a ação solvente em contaminantes com
sais, óleos e graxas escondidas pelas placas ou ferrugem estratificada.

b) Remover óleos, graxa, sais e outras contaminações existentes pelo emprego de um dos seguintes métodos:

i. Para contaminações oleosas pequenas e localizadas: friccionar a superfície com panos ou escovas
embebidas com solvente de limpeza; a limpeza final deve ser feita com solvente limpo e panos ou
escovas limpas;

ii. Para contaminações generalizadas ou em grandes áreas: empregar preferencialmente


desengraxantes ou detergentes biodegradáveis de pH neutro, adequados para uso com água à alta
pressão, seguido de enxágue com água doce neutra, em volume suficiente para remoção completa
dos contaminantes;
Nota: É importante que a última limpeza ou lavagem seja feita com solvente ou água limpos, evitando assim que uma eventual
camada de óleo ou graxa permaneça sobre a superfície quando este último solvente/água evaporar. Caso essa camada não seja
eliminada, a adesão da tinta ao metal fica prejudicada;

c) Deve ser observado o menor intervalo de tempo possível entre a limpeza inicial e a execução da etapa
seguinte, de modo a evitar nova contaminação. Caso esta contaminação ocorra deve ser repetido o
procedimento de limpeza inicial.

5.1.7. Limpeza de Superfícies de Aço por Ferramentas Manuais, Mecânicas ou Mecânico-Rotativas

5.1.7.1. Grau de Preparação de Superfícies de Aço Sem Pintura por Meio de Ferramentas Mecânico-Rotativas
Conforme a norma NACE/SSPC-SP11 e NACE-VIS3

a) SSPC-SP11: A superfície de aço limpa com ferramentas mecânico-rotativas, quando vista a olho nu, deve
estar livre de todo o óleo visível, graxa, sujeira, poeira, ferrugem, pintura, óxidos, carepa, produtos de
corrosão e outras substâncias estranhas. Discretos resíduos de corrosão e de tinta podem restar na parte
inferior de eventuais pites. O perfil de rugosidade mínimo apresentado deve ser de 25m, e o aspecto final
obtido deve ser uniforme, sem manchas ou áreas sem preparação.

5.1.7.2. Preparação de Superfícies de Aço por Ferramentas Mecânicas


Conforme a norma ABNT NBR 15239

a) Tratamento de Superfícies de Aço com Ferramentas Mecânicas: Procedimentos que compreendem o


emprego de ferramentas elétricas ou pneumáticas, escovas rotativas, lixadeiras ou esmerilhadeiras, pistola
de agulhas, ou outras ferramentas de impacto ou rotativas ou a combinação de ambas. É exigida a remoção
de placas de ferrugem e tinta antiga solta, bem como outros contaminantes prejudiciais à pintura,. Não se
espera, porém, que toda a carepa, óxidos e tinta antiga sejam removidos por este processo. É aceitável a
permanência de oxidação ou pintura firmemente aderida.
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5.1.7.3. Condições Gerais:

a) Este método de limpeza compreende o emprego de ferramentas de impacto, esmerilhadeiras ou lixadeiras


elétricas, pneumáticas ou a combinação das mesmas, com uso de mídias abrasivas como flap disc, disco de
lixa ou escovas de cerdas duras;

b) Não é necessário que toda carepa, ferrugem e tinta antiga sejam removidas por este processo, porém é
exigida a remoção dos materiais que estiverem soltos, tais como carepa, ferrugem e tinta antiga, bem como
outros materiais estranhos prejudiciais à boa aderência e desempenho do sistema de pintura;

c) No caso de elementos soldados, deve ser tomada precaução especial para a remoção satisfatória de
escórias e resíduos de combustão depositados nos cordões de solda, os quais são a causa notória de falhas
de pintura nestas regiões;

d) Todas as partes acessíveis de estruturas de aço que se encontrem parcialmente encobertas devem ser
tratadas. No caso de obras novas, devem ser tratadas antes da montagem das partes que, posteriormente,
venham a tornar-se inacessíveis;

e) Todos os rebites, fendas, junções, cordões de solda, cantos vivos e reentrâncias também devem ser
convenientemente tratados mediante o emprego de escovas de aço rotativas, rebolos ou lixadeiras movidas
mecanicamente, ou pela combinação destes meios;
f) O arame de aço das escovas deve ser suficientemente rígido para que possa tratar a superfície;

g) As escovas e flap disc devem ser mantidos livres de excesso de resíduos; devem ser substituídos por novos
logo que se tornem deficientes para o trabalho;

h) As ferramentas devem ser manejadas de modo a não deixarem rebarbas ou arestas vivas, nem produzirem
cortes na superfície do aço;

i) No caso de preparação para repintura, deve ser removida toda a tinta solta e não aderida. As arestas de
camada de tinta antiga remanescente devem ser desbastadas de modo que o filme se apresente liso depois
da repintura. A tinta antiga que for deixada sobre a superfície metálica deve encontrar-se de tal modo
aderida que não possa ser levantada mediante a introdução de uma espátula cega sob a película;

j) É necessária precaução especial para que no uso das ferramentas mecânicas ou mecânico-rotativas seja
evitada a formação de excessiva aspereza das superfícies, pois as arestas e rebarbas contribuem para a falha
prematura da pintura, em virtude de não poderem ser normalmente protegidas com uma espessura
adequada de tinta. Por outro lado, o excessivo escovamento ou brunimento da superfície também é
prejudicial à pintura, pois fica polida a ponto de não permitir a boa aderência da tinta;

k) O pessoal encarregado de executar o trabalho deve fazer uso de todos os equipamentos de proteção
individual adequados à atividade.

5.1.7.4. Execução:

a) Remover todos os contaminantes por limpeza físico-química, conforme o item 5.1.6.;


b) Empregar as ferramentas mecânicas ou mecânico-rotativas usando mídias como flap disc ou escovas de aço
rotativas radiais ou do tipo copo, ou ainda pistoletes de agulhas, marteletes picadores ou outros
equipamentos similares, ou as ferramentas manuais adequadas à preparação de superfície em questão. O
tamanho das mídias/ferramentas deve ser adequado, permitindo o acesso a todos os vãos, ângulos, juntas e
cantos;
Nota: Devem ser tomados cuidados especiais com ferramentas mecânicas pneumáticas que usem óleo no ar comprimido para
lubrificação de suas partes móveis. O ar de descarga pode estar direcionado para a superfície em tratamento, eventualmente
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contaminando-a com óleo. Pequenas contaminações localizadas podem ser limpas com solventes orgânicos. Grandes áreas devem ser
limpas com detergentes biodegradáveis e desengraxantes, conforme o item 5.1.6.. e, a seguir, novamente tratadas com ferramentas
que não contaminem a superfície com óleo.

c) A superfície deve ser convenientemente tratada até a obtenção do grau de limpeza especificado no
esquema de pintura, dependendo do método utilizado, de acordo com o padrão visual estabelecido pelas
normas NACE-VIS3 e ISO 8501-1;

d) A superfície deve ser limpa, imediatamente, com aspirador, com ar seco e comprimido ou escova de pelo.

5.1.8. Limpeza de Superfícies de Aço por Jateamento Abrasivo

5.1.8.1. Graus de Preparação de Superfícies de Aço Sem Pintura por Jateamento Abrasivo
Conforme as normas ISO8501-1 e ISO8504-2

a) Grau Sa 1: Jateamento abrasivo ligeiro: quando vista a olho nu, a superfície deve estar isenta de carepa de
laminação solta, ferrugem e material estranho não aderente. A aparência final deve corresponder às
gravuras com designação Sa 1. Esta limpeza não se aplica a superfícies que apresentem Grau A de
intemperismo original. Para as demais, os padrões de limpeza são: BSa 1, CSa 1 e DSa 1;

b) Grau Sa 2½: Jateamento abrasivo ao metal quase branco: a carepa do material, a ferrugem e material
estranho devem ser removidos de maneira tão perfeita que seus vestígios apareçam somente como
manchas tênues ou estria. A superfície deve ser limpa, imediatamente, com aspirador, ar comprimido limpo
e seco ou escova limpa. A superfície deve apresentar, então, aspecto correspondente às gravuras com
designação Sa 2½. Os padrões de limpeza são: A Sa 2½, B Sa 2½, C Sa 2½ e D Sa 2½;

c) Grau Sa 3: Jateamento abrasivo ao metal branco: a carepa de laminação, a ferrugem e materiais estranhos
devem ser totalmente removidos. A superfície deve ser limpa imediatamente com aspirador, ar comprimido
limpo e seco ou escova limpa. A superfície deve apresentar então coloração metálica uniforme,
correspondente em aparência às gravuras com designação Sa 3. Os padrões de limpeza são: A Sa 3 e B Sa 3,
C Sa 3 e D Sa 3.

5.1.8.2. Condições Gerais

a) Antes do início dos serviços de jateamento devem ser verificadas as condições do abrasivo, que deve estar
seco, isento de sal, mica, argila, umidade e outras contaminações;

b) O abrasivo deve apresentar granulometria de partículas que confira à superfície jateada um perfil de
rugosidade adequado ao padrão estabelecido no esquema de pintura:

i. Para serviços de jateamento ligeiro padrão Sa1, usados na preparação de superfícies em aço inox ou
galvanizado, sem corrosão, deve ser usado o abrasivo inerte com granulometria de 0,425mm (para
granalha de aço, o abrasivo adequado é G40 ou G50);

ii. Para os esquemas de pintura em que o padrão de jateamento Sa 2½ for estabelecido, consultar a
Tabela do procedimento de inspeção de pintura para identificar ao abrasivo que confere granulometria
na faixa de 50m a 100m;

c) A projeção de abrasivo para padrões de limpeza visual Sa1 deve ocorrer com pressão de ar comprimido na
faixa de 100psi;

d) Antes da aplicação da primeira demão de tinta a superfície jateada deve ser examinada visualmente, não
sendo tolerada a presença de traços de óleo, graxa, sujeira e sais;
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e) O ar comprimido utilizado na aplicação do jateamento abrasivo deve ser isento de água e de óleo. O
equipamento deve ser provido de meios adequados de limpeza e secagem do ar de trabalho;
f) Os trabalhos de preparação de superfície por meio de jateamento abrasivo devem ser feitos de modo a não
causar danos às etapas do trabalho já executadas. O reinício dos serviços de jateamento só deve ser feito
quando a tinta já aplicada nas áreas adjacentes estiver no estágio mínimo de secagem livre de pegajosidade;

g) Não devem ser executados trabalhos de jateamento seco em superfícies molhadas ou passíveis de ficarem
molhadas antes da pintura, ou quando as superfícies estiverem a uma temperatura inferior em 3°C acima do
ponto de orvalho, ou quando a umidade relativa do ar for superior a 85%;

h) No jateamento abrasivo seco, a aplicação da tinta de fundo deve ser feita no menor prazo de tempo
possível e enquanto a superfície jateada estiver atendendo ao padrão especificado. Com o passar do tempo,
a superfície tende a oxidar, podendo haver a necessidade de novo jateamento, dependendo do padrão
especificado;

5.1.8.3. As etapas a serem seguidas na execução da preparação de superfície por jateamento abrasivo são as seguintes:

a) Remover todos os contaminantes conforme o item 5.1.5.;

b) Remover a carepa de laminação, ferrugem, pintura antiga e outras matérias estranhas, de acordo com o
grau de preparação especificado no esquema de pintura, por meio de jateamento abrasivo seco com
granalha de aço (partículas angulosas e esféricas), óxido de alumínio sinterizado ou outros abrasivos
adequados, impelidos por meio de ar comprimido através de bicos aplicadores;

c) A superfície deve ser convenientemente tratada até a obtenção do grau de limpeza especificado no
esquema de pintura, de acordo com o padrão visual estabelecido pela norma ISO 8501-1;

d) Para os esquemas de pintura em que o padrão visual especificado for Sa 2½, o perfil de rugosidade obtido
pelo jateamento deve estar situado na faixa de 50m a 100m;

e) Após o jateamento, a superfície deve ser limpa por meio de escova, aspirador de pó ou jato de ar seco, de
forma a remover grãos de abrasivos e poeira remanescente.

5.1.9. Hidrojateamento a Alta Pressão e a Ultra-Alta Pressão Sem Uso de Abrasivo

5.1.9.1. Graus de Preparação de Superfícies de Aço Antigo por Hidrojateamento


Conforme as normas SSPC-SP WJ-2/NACE WJ-2 e SSPC-VIS4/NACE-VIS7

a) Grau WJ2: A superfície deve estar limpa, apresentando um acabamento fosco, com pelo menos 95 % da área
livre de todos os resíduos visíveis previamente existentes, e os 5 % remanescentes contendo apenas,
aleatoriamente, manchas dispersas de oxidação, tinta e matéria estranha.

Nota: O hidrojateamento a alta pressão e o hidrojateamento a ultra-alta pressão não apresentam a mesma coloração do jateamento
abrasivo. A coloração metálica fosca do aço limpo imediatamente após o hidrojateamento se torna ligeiramente amarelada. Em
superfícies de aço antigas que tenham áreas com e sem tintas, a coloração do acabamento fosco varia mesmo que todo material
superficial visível tenha sido removido.

5.1.9.2. Condições Gerais

a) Este é um método de preparação de superfícies de aço para pintura pelo emprego de água sob alta pressão
[70 MPa a 210 MPa (10 000 psi a 30 000 psi)] ou sob ultra-alta pressão [acima de 210 MPa (30 000 psi)];
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b) O hidrojateamento simples não abre perfil de rugosidade, apenas expõe um perfil pré-existente. Deve,
portanto, ser utilizado em serviços de repintura;

c) O uso de inibidores de corrosão na água de hidrojateamento deve ser evitado;

d) Somente deve ser aplicada diretamente sobre a superfície hidrojateada a tinta de fundo tolerante às
condições do substrato, conforme previsto nos esquemas de pintura, quando aplicável;

e) A aplicação da tinta de fundo deve ser feita levando-se em conta o estado de oxidação da superfície antes
da pintura e seguindo-se as recomendações do fabricante da tinta;

f) Os trabalhos de preparação de superfície por meio de hidrojateamento devem ser feitos de modo a não
causar danos às etapas do trabalho já executadas. O reinício dos serviços de jateamento só deve ser feito
quando a tinta já aplicada nas áreas adjacentes estiver no estágio mínimo de secagem livre de
pegajosidade;

g) O intervalo de tempo decorrido entre a lavagem da superfície com água doce e a aplicação da tinta de
fundo deve ser o menor possível nas condições de trabalho. Este procedimento visa diminuir, especialmente
em ambientes agressivos como o industrial e o marinho, a concentração de cloretos e outras substâncias
indesejáveis, e também a intensidade da oxidação superficial (“flash rust”);

h) Havendo formação de oxidação superficial (“flash rust”) leve a moderado, devem-se seguir as
recomendações do fabricante da tinta de fundo antes de sua aplicação. Caso ocorra oxidação superficial
(“flash rust”) severa, a superfície deve receber um tratamento manual com escova de aço e lavagem com
água doce sob alta pressão à, no mínimo, 34 MPa (5 000 psi), antes de receber a tinta de fundo;

i) A água usada no hidrojateamento deve ser limpa, doce, isenta de contaminantes e com pH variando entre
6,5 e 7,5;

5.1.9.3. Execução

a) Remover todos os contaminantes conforme o item 5.1.5.;

b) Remover a carepa de laminação, ferrugem, pintura antiga e outras matérias estranhas, de acordo com o
grau de preparação especificado no esquema de pintura, por meio de jateamento hidrojateamento a alta ou
ultra alta pressão;

c) A superfície deve ser convenientemente tratada até a obtenção do grau de limpeza WJ2, de acordo com o
padrão visual estabelecido pela norma SSPC-VIS 4/NACE VIS 7;

d) O perfil de rugosidade pré-existente e exposto pelo hidrojateamento deve ser verificado e estar situado na
faixa de 50m a 100m;

j) Após o hidrojateamento, e antes da aplicação da tinta de fundo tolerante às condições do substrato, a


superfície deve ser prévia e rigorosamente limpa por meio de jato de água doce para remoção de eventuais
resíduos;

k) Para a aplicação da tinta de fundo, a superfície pode apresentar-se seca, com umidade residual ou molhada,
em todos os casos podendo apresentar, no máximo, oxidação superficial [“flash rust” leve (L)].

5.2. Execução da Pintura

5.2.1. É permitida a execução de preparo de superfície e da pintura, total ou parcial, nas instalações da Empresa ou em
canteiros de obra de terceiros, desde que acompanhando por inspetor de pintura qualificado.
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5.2.2. Antes da aplicação da tinta de fundo, a superfície que foi submetida à preparação deve ser inspecionada para
verificação das condições de aplicação. Eventuais desvios devem ser corrigidos antes do início da aplicação.
5.2.3. Toda a superfície antes da aplicação de cada demão de tinta deve sofrer um processo de limpeza por meio de
aspirador, escova, vassoura de pêlo, sopro de ar ou pano úmido (esta última exceto na aplicação da primeira
demão de tinta de fundo) para remover a poeira. O processo de limpeza deve ser definido em função das
condições específicas de cada trabalho.

5.2.4. Não deve ser aplicada tinta em superfícies metálicas cuja temperatura não seja 3°C acima da temperatura de
ponto de orvalho, 5°C de temperatura ambiente ou em superfícies com temperatura superior a 52 °C. Não deve
ser feita nenhuma aplicação de tinta em tempo de chuva, nevoeiro ou bruma ou quando a umidade relativa do ar
for superior a 85 %, nem quando haja expectativa desta condição ser alcançada.

5.2.5. A pintura de reforço à trincha nos pontos críticos, tais como regiões soldadas, furos, porcas e parafusos, cantos
vivos, cavidades e fendas, alvéolos e pites, flanges e válvulas flangeadas, bordas e quinas de vigas, deve ser
executada obrigatoriamente no substrato e entre cada demão aplicada (processo também conhecido por “stripe
coat”), exceto quando se tratar de tintas ricas em zinco a base etil silicato.

5.2.6. Frestas, cantos e depressões de difícil pintura devem ser vedados por meio de solda, mastique betuminoso,
massa epóxi ou revestimentos anticorrosivos. A vedação por meio de soldas deve ser executada antes da pintura.
Vedações por outro método devem ser feitas após o jateamento ou logo após a aplicação da tinta de fundo.

5.2.7. As regiões que posteriormente irão receber solda não devem ser pintadas em uma faixa de 50mm medidos a
partir do chanfro, devendo, no entanto, ser jateadas por ocasião da preparação de superfície. Após a soldagem e
preferencialmente após o ensaio hidrostático devem-se efetuar os reparos conforme determinado no item 7.
Retoques.

5.2.8. As estruturas pintadas antes da montagem não devem ser manuseadas sem ter sido alcançado o tempo de
secagem para repintura da tinta utilizada. Este manuseio deve ser efetuado de forma a minimizar danos à
pintura, utilizando-se de cabos de aço com proteção ou cintas de couro ou material sintético.

5.2.9. As estruturas pintadas e ainda não montadas devem ser mantidas afastadas entre si e do solo e devem ser
posicionados de modo a tornar mínima a quantidade de locais coletores de água da chuva, terra, contaminação
ou deterioração da película de tinta.

5.2.10. As áreas com espessura insuficiente ou com defeitos visuais superficiais devem ser corretamente tratadas,
repintadas e deixadas secar antes da aplicação da demão seguinte.

5.2.11. No caso de tintas epóxi, quando os intervalos para repintura forem ultrapassados, a demão anterior deve receber
um tratamento utilizando escova rotativa, lixadeira ou jateamento abrasivo leve para quebra de brilho e
promoção de perfil de ancoragem, seguido de limpeza com solventes não oleosos para que a demão seguinte
tenha aderência satisfatória.

5.2.12. Durante a aplicação e a secagem da tinta deve-se tomar muito cuidado para evitar a contaminação da superfície
por cinzas, sais, poeira e outras matérias estranhas.

5.2.13. Superfícies usinadas ou que não devem ser pintadas, mas exigem proteção, devem ser recobertas com uma
camada de verniz protetivo removível.

5.2.14. Deve ser feito o controle de camada úmida durante a aplicação das tintas, de forma a minimizar a ocorrência de
desvios na espessura de camada seca de cada demão. A verificação da camada úmida deve ser feita pelo pintor e
pelo encarregado de pintura, orientados pelo inspetor de pintura N1.

5.3. Métodos de Aplicação


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5.3.1. Toda a pintura deve ser aplicada, preferencialmente, pelo uso de pulverização com pistola sem ar (air-less spray).
Na impossibilidade técnica de uso da pistola sem ar, outros métodos de aplicação podem ser utilizados.
5.3.2. Trincha

a) Deve ser construída de fibra natural, vegetal ou animal, de maneira que não haja desprendimento de fibras
durante a aplicação das tintas. Devem ser mantidas convenientemente limpas, isentas de qualquer resíduo;

b) Para utilização na execução de pequenos retoques e pintura de regiões soldadas, superfícies irregulares,
cantos vivos, cavidades (stripe coat);

c) A largura deve ser de, no máximo, 125 mm (5”);

d) A aplicação deve ser feita de modo que a película não apresente marcas acentuadas da trincha após a
secagem;

e) É também utilizada para a correção de escorrimento ou ondulações durante a pulverização ou pintura a


rolo, com a tinta ainda molhada.

5.3.3. Rolo

a) Para ser usado na pintura de áreas planas, cilíndricas ou esféricas de raio longo;

b) Para aplicação de tinta epóxi deve ser utilizado rolo específico de pelo curto. Os materiais de construção
devem possuir resistência adequada aos solventes das tintas;

c) A aplicação da primeira demão deve ser feita em faixas paralelas e a demão seguinte deve ser dada em
sentido transversal (cruzado) à anterior. Sempre que possível, iniciar a pintura pela parte superior;
Nota: As partes da superfície acidentadas ou inacessíveis ao rolo devem ser pintadas à trincha ou pistola.

d) Entre duas faixas adjacentes de uma mesma demão deve ser dada uma sobreposição mínima de 5cm;

e) A aplicação deve ser feita de modo que a película não apresente bolhas, arrancamento da demão anterior
ou impregnação de pelos removidos do próprio rolo.

5.3.4. Pistola Convencional

a) Deve ser usada quando a pintura exigir qualidade de acabamento;

b) O ar comprimido utilizado na pistola deve ser isento de água e óleo. O equipamento deve operar em linha
de ar comprimido provida de meios adequados de limpeza e secagem do ar de trabalho. Os filtros devem
ser drenados periodicamente durante a operação de pintura;

c) O equipamento de pintura deve possuir reguladores e medidores de pressão de ar e da tinta;

d) As capas de ar, bicos e agulhas devem ser os recomendados pelo fabricante de tinta para o produto a ser
pulverizado;

e) A pressão sobre a tinta no depósito – e a pressão do ar na pistola – devem ser ajustadas em função da tinta
que está sendo pulverizada;

f) A pressão sobre a tinta no depósito deve ser ajustada sempre que necessário, para compensar as variações
da elevação da pistola acima do depósito. A pressão de ar na pistola deve ser suficientemente alta para
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atomizar a tinta, porém não tão alta que venha causar excessiva evaporação do solvente ou perdas elevadas
por excesso de pulverização (overspray);

g) Durante a aplicação, a pistola deve ser mantida perpendicular à superfície e a uma distância constante que
assegure a deposição de uma demão úmida de tinta, devendo a tinta chegar à superfície ainda pulverizada;

h) Este método de aplicação não deve ser usado em locais abertos, onde existam ventos fortes, e em
estruturas extremamente delgadas que levem a perdas excessivas de tinta;

i) Para uma pintura uniforme, cada passe deve sobrepor o anterior em 50% da largura.

5.3.5. Pistola Sem Ar (Airless Spray)

a) Deve ser usada na aplicação de tintas com baixo ou nenhum teor de solvente ou de elevada tixotropia,
principalmente quando se deseja alta produtividade e elevada espessura por demão;

b) Os bicos devem ser os recomendados pelo fabricante da tinta a ser aplicada;

c) O equipamento de pintura deve possuir reguladores e medidores de pressão de ar;

d) A pressão da bomba pneumática do equipamento de pintura deve ser ajustada em função do tipo de tinta a
ser aplicada;

e) Durante a aplicação, a pistola deve ser mantida perpendicular à superfície e a uma distância constante que
assegure a deposição de uma demão úmida de tinta, devendo a tinta chegar à superfície ainda pulverizada;

j) Para uma pintura uniforme, cada passe deve sobrepor o anterior em 50% da largura.

6. ESQUEMAS DE PINTURA

Para todos os esquemas de pintura, exceto onde indicado em item especifico, aplicar o tratamento conforme
tabela abaixo. Com a superfície devidamente tratada, aplicar o esquema de pintura de acordo com o
equipamento.
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6.1. ESTRUTURAS METÁLICAS Conforme Norma PETROBRAS N-1550F

6.1.1. Condição 1: pintura de estruturas metálicas para instalação ou já instaladas em ambiente seco ou úmido, com ou
sem salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre.

6.1.1.1. Tinta de Fundo: aplicar, por meio de trincha (stripe coat) e pistola convencional ou pistola sem ar, uma demão de
tinta epóxi fosfato de zinco de alta espessura, de acordo com a norma Petrobras N-2630, nas cores “Vermelho
Óxido 1733”, “Cinza 0065” ou “Branco 0095”. A espessura de película seca mínima deve ser de 100m, e o
intervalo para aplicação da demão de acabamento deve ser de no mínimo 16h e no máximo 48h.

6.1.1.2. Como opção de tinta de fundo, nos casos em que for operacionalmente possível o uso de hidrojateamento, pode
ser utilizada uma demão de tinta epóxi sem solventes, tolerante a superfície molhada, de acordo com a norma
Petrobras N-2680, aplicada por meio de trincha (stripe coat) e pistola sem ar. A espessura de película seca
mínima deve ser de 100m, e o intervalo para aplicação da demão de acabamento deve ser de no mínimo 12h e
no máximo 120h.

6.1.1.3. Tinta de Acabamento: respeitando o intervalo entre demãos da tinta de fundo utilizada, aplicar uma demão de
tinta de acabamento poliuretano acrílico, conforme norma Petrobras N-2677, por meio de trincha (stripe coat) e
pistola convencional ou sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de 70m.

6.1.2. Condição 2: Orla Marítima: pintura de estruturas metálicas para instalação ou já instaladas em ambientes de alta
agressividade, sujeitos a vapores ácidos ou alcalinos, e também em áreas de orla marítima. Este esquema de
pintura aplica-se a atmosferas especialmente agressivas, localizadas até 500m da praia ou em áreas onde
ocorrem predominantemente ventos fortes vindos do mar para o litoral, onde a presença de areia e/ou alta
salinidade do ar (névoa salina, maresia) for constatada. Deve-se proceder a uma limpeza entre demãos com água
doce à pressão de 3000 psi.
6.1.2.1. Tinta de Fundo: aplicar, por meio de pistola sem ar (trincha apenas no stripe coat), uma demão de tinta epóxi
Novolac Tipo II, de acordo com a norma Petrobras N-2912, nas cores características “Cinza 0065” ou “Branco
0095”. A espessura de película seca mínima deve ser de 300m, e o intervalo máximo para aplicação da demão
de acabamento deve ser de 24h.

6.1.2.2. Como opção de tinta de fundo, nos casos em que for operacionalmente possível o uso de hidrojateamento, pode
ser utilizado revestimento com duas demãos de tinta epóxi sem solventes, tolerante a superfície molhada, de
acordo com a norma Petrobras N-2680, aplicada por meio de trincha (stripe coat) e pistola sem ar. A espessura
de película seca mínima deve ser de 150m por demão, e o intervalo para aplicação da demão de acabamento
deve ser de “seca ao toque” até no máximo 120h.

6.1.2.3. Tinta de Acabamento: respeitando o intervalo entre demãos da tinta intermediária, aplicar uma demão de tinta
de acabamento poliuretano acrílico, conforme norma Petrobras N-2677, por meio de trincha (stripe coat) e
pistola convencional ou pistola sem ar. A espessura de película seca mínima deve ser de 70m.

6.2. EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS N-0002N

6.2.1. EQUIPAMENTOS SEM ISOLAMENTO TÉRMICO

6.2.1.1. Condição 1: pintura de equipamentos industriais para instalação ou já instalados em ambiente seco ou úmido,
com ou sem salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre, com temperatura de operação acima de
0°C até 80°C.
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6.2.1.1.1. Tinta de Fundo: aplicar, por meio de trincha (stripe coat) e pistola sem ar, uma demão de tinta epóxi fosfato de
zinco de alta espessura, de acordo com a norma Petrobras N-2630, nas cores “Vermelho Óxido 1733”, “Cinza
0065” ou “Branco 0095”. A espessura de película seca mínima deve ser de 100m, e o intervalo para aplicação da
demão de acabamento deve ser de no mínimo 16h e no máximo 48h.

6.2.1.1.2. Como opção de tinta de fundo, nos casos em que for operacionalmente possível o uso de hidrojateamento, pode
ser utilizada uma demão de tinta epóxi sem solventes, tolerante a superfície molhada, de acordo com a norma
Petrobras N-2680, aplicada por meio de trincha (stripe coat) e pistola sem ar. A espessura de película seca
mínima deve ser de 100m, e o intervalo para aplicação da demão de acabamento deve ser de no mínimo 12h e
no máximo 120h.

6.2.1.1.3. Tinta de Acabamento: respeitando o intervalo entre demãos da tinta de fundo utilizada, aplicar uma demão de
tinta de acabamento poliuretano acrílico, conforme norma Petrobras N-2677, por meio de trincha (stripe coat) e
pistola convencional ou pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de 70m.

6.2.1.2. Condição 2 - Temperatura de operação: acima de 80 °C até 500 °C ou quando a temperatura de operação for
inferior a 80 °C, mas é prevista a realização de “steam-out”. Ambiente: seco ou úmido, com ou sem salinidade,
contendo ou não gases derivados de enxofre.
6.2.1.2.1. Utilizar revestimento único aplicando uma demão de tinta de etil-silicato de zinco-alumínio, conforme
PETROBRAS N-2231, por meio de pistola sem ar (com agitação mecânica), com espessura mínima de película seca
de 75 µm.
NOTA Para temperaturas de operação de 80 °C a 200 °C recomenda-se, como alternativa, a aplicação de uma
demão da tinta epóxi “Novolac” (Tipo I), especificada na PETROBRAS N-2912, por meio de pistola sem ar, com
espessura mínima de película seca de 200 µm. [Prática Recomendada]

6.2.1.3. Condição 3 - Equipamentos construídos de aço-carbono, com revestimento refratário e/ou isolante interno.
Temperatura de operação: acima de 200 °C.
6.2.1.3.1. Aplicar duas demãos de “tinta indicadora de alta temperatura”, PETROBRAS N-1514, por meio de pistola sem ar,
com espessura mínima de película seca de 15 µm por demão. O intervalo máximo entre demãos deve ser de 24 h
para o Tipo I e de 16 h para o Tipo II. Para temperatura de operação entre 200 °C e 290 °C usar Tipo II. Para
temperatura de operação acima de 290 °C usar Tipo I.

6.2.1.4. Condição 4 - Equipamento situado na orla marítima ou sobre píer e áreas industriais com umidade extrema e
atmosfera agressiva. Temperatura de operação: de 0 °C até 80 °C.

6.2.1.4.1. Tinta de Fundo - Aplicar demão única com espessura mínima de película seca de 300 μm do revestimento tipo II,
especificado na PETROBRAS N-2912, obrigatoriamente por meio de pistola sem ar.

NOTA Como alternativa, aplicar duas demãos da tinta epóxi sem solventes tolerante a superfícies molhadas,
conforme especificado na PETROBRAS N-2680 com espessura mínima de película seca de 150 μm por demão. O
intervalo para aplicação da segunda demão deve ser de seca ao toque, desde que operacionalmente possível,
até 120 h.
6.2.1.4.2. Tinta de Acabamento - Aplicar uma demão de tinta de poliuretano acrílico, conforme especificada na
PETROBRAS N-2677 por meio de pistola convencional ou pistola sem ar, com espessura mínima de película seca
de 70 μm.

6.2.2. EQUIPAMENTOS COM ISOLAMENTO TÉRMICO


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6.2.2.1. Condição 5 - Ambiente: seco ou úmido, com ou sem salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre.
Temperatura de operação: de -45 °C a 15 °C.

6.2.2.1.1. Aplicar revestimento único em duas demãos de tinta epóxi, sem solventes, tolerante a superfícies molhadas,
especificada na PETROBRAS N-2680, por meio de pistola sem ar, com espessura mínima de película seca de 150
µm, por demão.

6.2.2.2. Condição 6 - Ambiente: seco ou úmido, com ou sem salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre.
Temperatura de operação: acima de 15 °C até 150 °C.

6.2.2.2.1. Aplicar revestimento único aplicando uma demão de tinta epóxi “Novolac” (Tipo I), especificada na PETROBRAS
N-2912, por meio de pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de 200 µm.

6.2.2.3. Condição 7 - Ambiente: seco ou úmido, com ou sem salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre, em
serviço contínuo. Temperatura de operação: acima de 150 °C até 500 °C. Neste caso o equipamento não recebe
esquema de pintura.

6.2.2.4. Condição 8 - Ambiente: seco ou úmido, com ou sem salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre, em
serviço intermitente ou cíclico. Temperatura de operação: acima de 150 °C até 500 °C, com possibilidade de
ocorrer corrosão sob isolamento.

6.2.2.4.1. Aplicar 02 demãos da tinta para alta temperatura e corrosão sob isolamento térmico, conforme especificado no
Anexo E da PETROBRAS N-2943, por meio de pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de 150
µm por demão.

REVESTIMENTO INTERNO

6.2.3. Condição 9 - Revestimento interno de equipamento sujeito a corrosão com elevada taxa de desgaste (acima de 0,1
mm/ano). Temperatura de operação: acima de - 15 °C até 150 °C.

6.2.3.1. Aplicar, em toda a superfície interna do equipamento, demão única com espessura mínima de película seca de 400
μm do revestimento tipo III especificado na PETROBRAS N-2912, obrigatoriamente por meio de pistola sem ar,
exceto para produtos aplicados por espátula.

NOTA 1 Deve ser feito controle de continuidade da película com emprego de detector de descontinuidade
(“holiday detector”) de acordo com as PETROBRAS N-13 e ABNT NBR 16172.
NOTA 2 Para condições de temperatura de operação acima de 150 °C deve ser avaliada a utilização de
alternativas existentes no mercado.

6.3. TUBULAÇÕES TERRESTRES E ACESSÓRIOS Conforme Norma Petrobras N-442R

6.3.1. Tubulações de Aço Carbono Sem Isolamento Térmico

6.3.1.1. Condição 1: pintura externa de tubulações terrestres instaladas em ambiente seco ou úmido, com ou sem
salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre e com temperatura de operação de 0°C até 80°C.
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6.3.1.1.1. Tinta de Fundo: aplicar, por meio de trincha (stripe coat) e pistola sem ar, uma demão de tinta epóxi fosfato de
zinco de alta espessura, de acordo com a norma Petrobras N-2630, nas cores “Vermelho Óxido 1733”, “Cinza
0065” ou “Branco 0095”. A espessura de película seca mínima deve ser de 100m, e o intervalo para aplicação da
demão de acabamento deve ser de no mínimo 16h e no máximo 48h.

6.3.1.1.2. Como opção de tinta de fundo, nos casos em que for operacionalmente possível o uso de hidrojateamento, pode
ser utilizada uma demão de tinta epóxi sem solventes, tolerante a superfície molhada, de acordo com a norma
Petrobras N-2680, aplicada por meio de trincha (stripe coat) e pistola sem ar. A espessura de película seca
mínima deve ser de 100µm, e o intervalo para aplicação da demão de acabamento deve ser de no mínimo 12h e
no máximo 120h.

6.3.1.1.3. Tinta de Acabamento: respeitando o intervalo entre demãos da tinta de fundo utilizada, aplicar uma demão de
tinta de acabamento poliuretano acrílico, conforme norma Petrobras N-2677, cor conforme item 6.6, por meio
de trincha (stripe coat) e pistola convencional ou pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de
70m.

6.3.1.2. Condição 2 – Ambiente: seco ou úmido, com ou sem salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre.
Temperatura de operação: acima de 80 °C até 500 °C ou quando a temperatura de operação for inferior a 80 °C,
mas é prevista a realização de “steam-out”.
6.3.1.2.1. Aplicar revestimento único de uma demão de tinta de etil silicato de zinco e alumínio, conforme PETROBRAS N-
2231, por meio de pistola sem ar (com agitação mecânica), com espessura mínima de película seca de 75 μm.
NOTA Para temperaturas de operação de 80 °C a 200 °C recomenda-se, como alternativa, a aplicação de uma
demão da tinta epóxi “Novolac” (Tipo I), especificada na PETROBRAS N- 2912, com espessura mínima de
película seca de 200 µm. [Prática Recomendada]

6.3.1.3. Condição 3 Tubulações situadas na orla marítima ou sobre píer. Temperatura de operação: de 0 °C até 80 °C.

NOTA Aplicável a atmosferas especialmente agressivas localizadas até 500 m da praia ou em áreas onde
ocorrem predominantemente ventos fortes vindos do mar para o litoral, constatando-se presença de areia
e/ou alta salinidade do ar (névoa salina). Deve-se proceder a uma limpeza entre demãos com água doce à
pressão de 3000 psi (mínimo).
6.3.1.3.1. Tinta de Fundo: Aplicar demão única do revestimento Tipo II especificado na Petrobras N-2912,
obrigatoriamente por meio de pistola sem ar (trincha apenas no stripe coat), com espessura mínima de película
seca de 300µm.

6.3.1.3.2. Como opção de tinta de fundo, nos casos em que for operacionalmente possível o uso de hidrojateamento,
aplicar duas demãos da tinta epóxi sem solventes tolerante a superfícies molhadas, conforme especificado na
norma Petrobras N-2680, com espessura mínima de película seca de 150μm por demão. O intervalo para
aplicação da segunda demão deve ser de “seca ao toque”, desde que operacionalmente possível, até 120h.

6.3.1.3.3. Tinta de Acabamento: respeitando o intervalo entre demãos da tinta de fundo utilizada, aplicar uma demão de
tinta de acabamento poliuretano acrílico, conforme norma Petrobras N-2677, cor conforme item 6.6, por meio
de trincha (stripe coat) e pistola convencional ou pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de
70m.

6.3.2. Tubulações de Aço Carbono Com Isolamento Térmico

6.3.2.1. Condição 4 - Ambiente: seco ou úmido, com ou sem salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre.
Temperatura de operação: de -45 °C a 15 °C.
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6.3.2.1.1. Aplicar revestimento único em duas demãos de tinta epóxi, sem solventes, tolerante a superfícies molhadas,
especificada na PETROBRAS N-2680, por meio de pistola sem ar, com espessura mínima de película seca de 150
µm, por demão.

6.3.2.2. Condição 5 - Ambiente: seco ou úmido, com ou sem salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre.
Temperatura de operação: acima de 15 °C até 150 °C.

6.3.2.2.1. Aplicar revestimento único aplicando uma demão de tinta epóxi “Novolac” (Tipo I), especificada na PETROBRAS
N-2912, por meio de pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de 200 µm.

6.3.2.3. Condição 6 - Ambiente: seco ou úmido, com ou sem salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre, em
serviço contínuo. Temperatura de operação: acima de 150 °C até 500 °C. Neste caso a tubulação não recebe
esquema de pintura.

6.3.2.4. Condição 7 - Ambiente: seco ou úmido, com ou sem salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre, em
serviço intermitente ou cíclico. Temperatura de operação: acima de 150 °C até 500 °C, com possibilidade de
ocorrer corrosão sob isolamento.

6.3.2.4.1. Aplicar 02 demãos da tinta para corrosão sob isolamento térmico, conforme especificado na Tabela B.1 do Anexo
B, da norma PETROBRAS N-442R, por meio de pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de
150 µm por demão.

6.4. Pintura de Aço Galvanizado Norma Petrobras N-1021

As superfícies galvanizadas são classificadas em três categorias, em função da área afetada pela corrosão:
a) superfície galvanizada sem corrosão;
b) superfície galvanizada com área de corrosão localizada;
c) superfície galvanizada com área de corrosão generalizada.

6.4.1.1. Superfície galvanizada sem corrosão: Efetuar limpeza por produtos químicos, segundo a ABNT NBR 15158, para
a remoção dos contaminantes, tais como: óleo, graxa, gordura, dentre outros.
6.4.1.1.1. Para a remoção de sais solúveis, deve-se efetuar limpeza com água doce e escovamento simultâneo, jateamento
abrasivo seco ou úmido, ou hidrojateamento com abrasivo com pressão de 5 000 psi, jato em leque. A água doce
para limpeza ou para o hidrojateamento deve apresentar condutividade máxima de 100 μS/cm.

6.4.1.1.2. Efetuar jateamento abrasivo seco ou úmido para promover um perfil de rugosidade de 20 μm a 25 μm.

6.4.1.1.3. Tinta de Fundo: Aplicar uma demão de tinta promotora de aderência de base epóxi, conforme recomendação do
fabricante de tinta responsável pelo fornecimento do esquema de pintura, por meio de pistola sem ar ou trincha,
de maneira a formar sobre a superfície galvanizada uma película com espessura mínima de 20 µm.

6.4.1.1.4. Após a aplicação da tinta promotora de aderência e decorrido o tempo de repintura recomendado pelo
fabricante, aplicar o esquema de pintura previsto, conforme as normas de procedimento de pintura.

6.4.1.2. Superfície de Aço Galvanizado com Área de Corrosão Localizada: Efetuar limpeza por produtos químicos,
segundo a ABNT NBR 15158, para a remoção dos contaminantes, tais como: óleo, graxa, gordura, dentre outros.
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6.4.1.2.1. Para a remoção de sais solúveis, deve-se efetuar limpeza com água doce e escovamento simultâneo, jateamento
abrasivo seco ou úmido, ou hidrojateamento com abrasivo com pressão de 5 000 psi, jato em leque. A água doce
para limpeza ou para o hidrojateamento deve apresentar condutividade máxima de 100 μS/cm.

6.4.1.2.2. Nas regiões que apresentarem corrosão, executar tratamento mecânico com ferramentas mecânico-rotativas
tipo “wire bristle impact” ou “rotary flap” conforme SSPC-SP11, com perfil de rugosidade, de natureza angular,
situado entre 40 μm e 60 μm, medido pelo método contido na ABNT NBR 15488.

NOTA 1 Alternativamente a medição do perfil de rugosidade resultante pode utilizar o método “Replica Tape”
segundo a ISO 8503-5 ou método “stylus” segundo a ISO 8503-4 e, neste caso, considerando-se o parâmetro
RzDIN ou Ry5.
NOTA 2 Alternativamente, desde que aprovado pela PETROBRAS, pode ser feito jateamento abrasivo seco ou
úmido localizado ou hidrojateamento com abrasivo, atendendo aos requisitos da PETROBRAS N-9.
NOTA 3 Especial atenção deve ser dada às regiões submetidas ao tratamento citado no item 3.1.2.3, visando à
limpeza no interior dos alvéolos e pites.
6.4.1.2.3. Deve ser verificado o teor de sais solúveis na superfície a ser revestida segundo os critérios da PETROBRAS N-9.
A contaminação por pó da superfície não deve exceder o critério estabelecido na PETROBRAS N-9.

6.4.1.2.4. Nas regiões que foram submetidas ao tratamento, aplicar uma demão de tinta de fundo Epoxi-Zinco Poliamida,
especificada na PETROBRAS N-1277, por meio de pistola sem ar, com espessura mínima de película seca de 50
µm, procurando evitar sobreposição da tinta sobre a galvanização.

6.4.1.2.5. Após a conclusão do descrito nos itens acima e decorrido o intervalo para aplicação da próxima demão com
mínimo de 16 horas e máximo de 48 horas, nas regiões que não apresentarem corrosão efetuar o descrito no
item 6.3.3.1.

6.4.1.3. Superfície de Aço Galvanizado com Área de Corrosão Generalizada: Efetuar limpeza por ação físico-química,
segundo a ABNT NBR 15158, para a remoção dos contaminantes, tais como: óleo, graxa, gordura, dentre outros.

6.4.1.3.1. Efetuar jateamento abrasivo seco ou úmido, no mínimo aos padrões Sa 2 ½ (conforme ISO 8501-1) ou WAB-2
(conforme NACE VIS 9 /SSPC VIS 5), respectivamente, de maneira a remover toda a galvanização, com perfil de
rugosidade, de natureza angular, situado entre 50 μm e 100 μm, medido pelo método contido na ABNT NBR
15488.

NOTA 1 Alternativamente a medição do perfil de rugosidade resultante pode utilizar o método “Replica Tape”
segundo a ISO 8503-5 ou método “stylus” segundo a ISO 8503-4 e, neste caso, considerando-se o parâmetro
RzDIN ou Ry5.
NOTA 2 Alternativamente pode ser utilizado hidrojateamento com abrasivo até atingir, no mínimo, o grau
NACE WJ-2/SSPC-SP WJ2, com no máximo um “flash rust” leve conforme definido nas PETROBRAS N-9 e NACE
VIS 7/SSPC-VIS 4. Os abrasivos utilizados devem ser inspecionados segundo os critérios da PETROBRAS N-9.
6.4.1.3.2. Deve ser verificado o teor de sais solúveis na superfície a ser revestida segundo os critérios da PETROBRAS N9. A
contaminação por pó da superfície não deve exceder o critério estabelecido na PETROBRAS N-9.

6.4.1.3.3. Aplicar o esquema de pintura previsto, conforme descrito neste procedimento para pintura conforme
equipamento

6.5. Pintura de Máquinas, Equipamentos Elétricos e Instrumentos sem Isolamento térmico N-1735
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6.5.1. Condição 1: em ambiente seco ou úmido, com ou sem salinidade, contendo ou não gases derivados de enxofre e
com temperatura de operação de 0°C até 80°C.

6.5.1.1. Opção 1 - Tinta de Fundo: aplicar, por meio de trincha (stripe coat) e pistola sem ar, uma demão de tinta epóxi
fosfato de zinco de alta espessura, de acordo com a norma Petrobras N-2630, nas cores “Vermelho Óxido 1733”,
“Cinza 0065” ou “Branco 0095”. A espessura de película seca mínima deve ser de 100 m, e o intervalo para
aplicação da demão de acabamento deve ser de no mínimo 16h e no máximo 48h.

6.5.1.2. Opção 2 de tinta de fundo, nos casos em que for operacionalmente possível o uso de hidrojateamento, pode ser
utilizada uma demão de tinta epóxi sem solventes, tolerante a superfície molhada, de acordo com a norma
Petrobras N-2680, aplicada por meio de trincha (stripe coat) e pistola sem ar. A espessura de película seca
mínima deve ser de 100µm, e o intervalo para aplicação da demão de acabamento deve ser de no mínimo 12h e
no máximo 120h.

6.5.1.3. Tinta de Acabamento: respeitando o intervalo entre demãos da tinta de fundo utilizada, aplicar uma demão de
tinta de acabamento poliuretano acrílico, conforme norma Petrobras N-2677, cor conforme item 6.6, por meio
de trincha (stripe coat) e pistola convencional ou pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de
70µm.

6.5.2. Condição 2 situadas na orla marítima ou sobre píer. Temperatura de operação: de 0 °C até 80 °C.

NOTA Aplicável a atmosferas especialmente agressivas localizadas até 500 m da praia ou em áreas onde ocorrem
predominantemente ventos fortes vindos do mar para o litoral, constatando-se presença de areia e/ou alta
salinidade do ar (névoa salina). Deve-se proceder a uma limpeza entre demãos com água doce à pressão de 3000
psi (mínimo).

6.5.2.1. Tinta de Fundo: Aplicar demão única do revestimento Tipo II especificado na Petrobras N-2912, obrigatoriamente
por meio de pistola sem ar (trincha apenas no stripe coat), com espessura mínima de película seca de 300µm.

6.5.2.2. Como opção de tinta de fundo, nos casos em que for operacionalmente possível o uso de hidrojateamento,
aplicar duas demãos da tinta epóxi sem solventes tolerante a superfícies molhadas, conforme especificado na
norma Petrobras N-2680, com espessura mínima de película seca de 150μm por demão. O intervalo para
aplicação da segunda demão deve ser de “seca ao toque”, desde que operacionalmente possível, até 120h.

6.5.2.3. Tinta de Acabamento: respeitando o intervalo entre demãos da tinta de fundo utilizada, aplicar uma demão de
tinta de acabamento poliuretano acrílico, conforme norma Petrobras N-2677, cor conforme item 6.6, por meio
de trincha (stripe coat) e pistola convencional ou pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de
70µm.

6.5.3. Condição 3 - para Temperatura de Operação acima de 80 °C até 150 °C

6.5.3.1. Aplicar demão única do revestimento Tipo II especificado na Petrobras N-2912, obrigatoriamente por meio de
pistola sem ar (trincha apenas no stripe coat), com espessura mínima de película seca de 400µm.

6.5.4. Condição 4 - para Temperatura de Operação acima de 150 °C até 500 °C

6.5.4.1. Opção 1 - Aplicar revestimento único de uma demão de tinta de etil silicato de zinco e alumínio, conforme
PETROBRAS N-2231, por meio de pistola sem ar (com agitação mecânica), com espessura mínima de película seca
de 100 μm.

6.5.4.2. Opção 2 - Aplicar duas demãos do “Revestimento para Corrosão sob Isolamento Térmico (CUI)”, por meio de
pistola sem ar ou trincha, com espessura mínima de película seca de 150 μm por demão. O revestimento deve
atender aos requisitos técnicos apresentados no Anexo A da N-1735
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NOTA O revestimento especificado deve ser pré-qualificado, em atendimento aos critérios de desempenho
estabelecidos no Anexo A, por laboratórios de ensaios certificados em conformidade com a ISO ISO/IEC 17025. Os
laboratórios devem ser acreditados no âmbito do “International Acreditation Forum” (IAF) ou do INMETRO.

6.5.5. Condição 5 - Equipamentos Sujeitos a Regime de Condensação Permanente

6.5.5.1. O esquema de pintura para aplicação sobre superfícies que apresentam regime de condensação permanente
deve utilizar demão única de 300 um de “tinta epóxi isenta de solventes sem restrições ao Ponto de Orvalho (PO)
e à Umidade Relativa do Ar (URA)”, atendendo aos ensaios de laboratório apresentados no Anexo B da N-1735.

NOTA A tinta especificada para aplicação sobre superfícies que apresentam regime de condensação permanente
deve ser pré-qualificada, em atendimento aos critérios de desempenho estabelecidos no Anexo B da N-1735, por
laboratórios de ensaios certificados em conformidade com a ISO ISO/IEC 17025. Os laboratórios devem ser
acreditados no âmbito do (IAF) ou do INMETRO.

6.6. Revestimentos Anticorrosivos para Tanque, Esfera e Cilindro de Armazenamento, conforme N-2913c

6.6.1. Método de Tratamento da Superfície

Perfil de rugosidade (ISO


Grau de acabamento Grau de acabamento para o
Condições 8503-4 ou ISO 8503-5 ou
para o jato abrasivo hidrojateamento
especificas ABNT NBR 15488)
(ISO 8501-1) (NACE WJ-2/SSPC-SP WJ 2)
(Nota 4)
1, 2, 3, 4, 5, 70 μm a
6 e 11 100 μm
Grau Sa 2 1/2 (Mínimo) Grau WJ-2 (Mínimo)
7, 8, 9, 10, 50 μm a
12 e 13 100 μm
NOTA 1: No caso de tratamento por hidrojateamento deve ser prevista a utilização de tinta compatível
com o estado do substrato após este tratamento. A aplicação deve ser executada sobre
superfícies apresentando até “flash rust” leve.
NOTA 2: Os padrões visuais para hidrojateamento são estabelecidos na SSPC VIS-4/NACE VIS 7.
NOTA 3: Para obter o perfil de rugosidade adequado para aplicação do revestimento tipo III, previsto na
PETROBRAS N-2912, deve ser utilizada granalha de aço G-25 ou outro abrasivo com
granulometria que resulte no mesmo perfil de rugosidade.
NOTA 4: Utilizar o método “Replica Tape” segundo a ISO 8503-5 ou medidor de perfil de rugosidade do
tipo agulha segundo a ABNT NBR 15488 ou método “stylus” segundo a ISO 8503-4 e, neste
caso, considerando-se o parâmetro Rz DIN ou Ry5 e ter natureza angular.

6.6.2. Revestimento Interno

No revestimento do teto dos tanques de armazenamento, devem ser tomados cuidados especiais no sentido de
permitir a proteção anticorrosiva das regiões de apoio do teto sobre sua estrutura de sustentação.
Após a aplicação do revestimento, o equipamento deve ser colocado em operação respeitando-se o prazo
estabelecido pelo fabricante do revestimento.
No retoque do esquema existente deve ser repetido o esquema original.
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6.6.3. Revestimento Externo

Para a identificação de tanque, esferas e cilindros de armazenamento de gás devem ser utilizados os padrões
corporativos estabelecidos pela área de Comunicação Institucional da PETROBRAS.
As colunas de sustentação de esferas devem ser integralmente pintadas com uma demão de “Tinta Epóxi sem
solventes tolerante a superfícies molhadas”, conforme especificada na PETROBRAS N-2680, por meio de pistola
sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de 150 μm. Os esquemas de pintura aplicados sobre os
revestimentos de proteção contra fogo são respectivamente:

a) sobre material cimentício, devem ser aplicadas duas demãos da tinta poliuretano acrílico, conforme
especificada na PETROBRAS N-2677, diretamente sobre o revestimento, por meio de pistola
(convencional ou sem ar), sendo que a primeira demão deve ser diluída em aproximadamente 10 %
utilizando solvente indicado pelo fabricante, de modo a selar a porosidade do revestimento, para
posterior aplicação da segunda demão sem diluição. O intervalo de pintura entre demãos deve ser
de, no mínimo, 8 h. A espessura mínima final de película seca deve ser de 70 μm;
b) sobre material epóxi intumescente, deve ser aplicada uma demão de acabamento da tinta
PETROBRAS N-2677, com espessura mínima de película seca de 70 μm.

Nota: Para tanques de teto fixo com flutuante interno, na superfície superior do flutuante não deve ser aplicada a
demão de acabamento.

No retoque do esquema existente deve ser repetido o esquema original. Caso haja impossibilidade técnica de
efetuar-se jateamento abrasivo, devidamente justificada e aceita pela PETROBRAS, a preparação da superfície
deve ser realizada, por ferramentas mecânico-rotativas tipo “wire bristle impact” ou “rotary flap” conforme SSPC
SP11. Para o caso de retoques ou pequenos reparos em serviços de pintura de manutenção, sem jateamento
abrasivo, utilizar a tinta de fundo epóxi pigmentada com alumínio, conforme PETROBRAS N-2288.

6.6.4. Condições Específicas

Para especificar o revestimento a ser utilizado, deve ser consultada abaixo, e enquadrar o equipamento a ser
revestido em uma das situações previstas, verificando qual o revestimento recomendado.
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6.6.4.1. Revestimento Anticorrosivo para a Área Interna de Tanques de Armazenamento


Condições 1 a 6 da tabela do item 6.6.4.

6.6.4.1.1. Revestimento PETROBRAS N-2912, Tipo II

Aplicar Revestimento único em passagens cruzadas em demão única de 450 μm, obrigatoriamente por meio de
pistola sem ar.
NOTA 1 Para aplicações sobre superfícies apresentando até “flash rust” leve.
NOTA 2 Deve ser feito controle de continuidade da película com emprego de detector de descontinuidade
(“holiday detector”) de acordo com as PETROBRAS N-13 e ABNT NBR 16172 e procedimento de inspeção

6.6.4.1.2. Revestimento PETROBRAS N-2912, Tipo III

Para tanques de Refinarias, o revestimento deve ser aplicado em passagens cruzadas, demão única de 500 μm,
obrigatoriamente por meio de pistola sem ar.
NOTA 1 Para aplicações sobre superfícies apresentando até “flash rust” leve.
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NOTA 2 Deve ser feito controle de continuidade da película com emprego de detector de descontinuidade
(“holiday detector”) de acordo com as PETROBRAS N-13 e ABNT NBR 16172 e procedimento de inspeção.

Para tanques de Terminais Aquaviários da Transpetro, o revestimento deve ser aplicado em duas demãos de 400
μm cada, obrigatoriamente por meio de pistola sem ar. O intervalo entre demãos deve ser definido de acordo
com recomendação do fabricante.

NOTA 1 O revestimento pode ser aplicado, em passagens cruzadas, demão única de 800 μm, obrigatoriamente
por meio de pistola sem ar, desde que recomendado pelo fabricante da tinta. [Prática Recomendada]
NOTA 2 Deve ser feito controle de continuidade da película com emprego de detector de descontinuidade
(“holiday detector”) de acordo com as PETROBRAS N-13 e ABNT NBR 16172 e procedimento de inspeção
NOTA 3 Em terminais, conforme análise técnica efetuada pelo profissional habilitado (PH) e/ou coordenação de
inspeção do órgão operacional, pode ser utilizada a mesma condição de pintura interna de tanques de refinaria.
[Prática Recomendada]

6.6.4.2. Revestimento Anticorrosivo para Área Externa de Tanques de Armazenamento


Condições 7 a 10 da tabela do item 6.6.4.

Anel de contraventamento de tanque com teto flutuante.


a) no piso dos anéis de contraventamento, para todas as condições específicas, aplicar o seguinte esquema de
pintura:

— Preparo da superfície: jateamento abrasivo ao metal quase branco grau Sa 2 1/2 ou hidrojateamento grau WJ-
2, conforme a PETROBRAS N-9, e perfil de rugosidade de 50 μm a 100 μm, medido utilizando-se o método
“Replica Tape” segundo a ISO 8503-5 ou método “stylus” segundo a ISO 8503-4 e, neste caso, considerando-se o
parâmetro Rz DIN ou Ry5 e ter natureza angular;

— Tinta de fundo: aplicar uma demão de tinta poliaspártico, por meio de pistola sem ar, com espessura mínima
de película seca de 300 μm;

b) nas áreas restantes do anel de contraventamento, aplicar o mesmo esquema de pintura utilizado no
revestimento externo do costado.

Nos tanques de teto fixo que armazenam produtos escuros, deve ser pintada no costado uma faixa vertical na cor
preta (código 0010), conforme a PETROBRAS N-1219. A linha de centro da faixa deve estar no mesmo plano do
eixo da boca de coleta de amostra do produto. A largura da faixa deve ser 1/10 da altura do costado do tanque,
tendo um valor mínimo igual ao diâmetro da boca de coleta de amostra.

6.6.4.2.1. Condição 7: Revestimento único: aplicar, por meio de trincha (stripe coat) e pistola sem ar,
demão única “primer-acabamento” “low VOC”, semibrilhante de base poliuretano poliaspártico de alto
desempenho. A espessura de película seca mínima deve ser de 200m para o costado e 300 μm para o teto. e o
intervalo para aplicação da demão de acabamento deve ser de no mínimo “seca ao toque” até no máximo 16h.

NOTA A tinta deve atender o item 4.5 da N-2913c e ser qualificada, em atendimento aos critérios de desempenho
estabelecidos, por laboratórios de ensaios certificados em conformidade com a ISO/IEC 17025 e acreditados no
âmbito do “International Acreditation Forum” (IAF) ou do INMETRO.

6.6.4.2.2. Condição 8 Aplicar demão única de tinta de fundo epóxi de alta espessura, conforme especificada
na PETROBRAS N-2630, por meio de pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de 100 μm

NOTA 1 Como alternativa aplicar uma demão da tinta epóxi sem solventes tolerante a superfícies molhadas,
conforme especificada na PETROBRAS N-2680, com espessura de 100 μm.
NOTA 2 Para os tanques em que o teto não é isolado termicamente, aplicar no teto o revestimento da condição 7.
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6.6.4.2.3. Condição 9 Aplicar uma demão de tinta epóxi “novolac”, PETROBRAS N-2912, Tipo II, por meio de pistola sem ar,
com espessura mínima de película seca de 150 μm.

NOTA Para os tanques em que o teto não é isolado termicamente, aplicar no teto, em passagens cruzadas, demão
única do mesmo revestimento do costado, porém com espessura mínima de película seca de 300 μm.

6.6.4.2.4. Condição 10:


NOTA Aplicável a atmosferas especialmente agressivas localizadas até 500 m da praia ou em áreas onde ocorrem
predominantemente ventos fortes vindos do mar para o litoral, constatando-se presença de areia e/ou alta
salinidade do ar (névoa salina). Deve-se proceder a uma limpeza entre demãos com água doce à pressão de 3 000
psi (mínimo).

Tinta de Fundo: Aplicar demão única do revestimento Tipo II especificado na Petrobras N-2912,
obrigatoriamente por meio de pistola sem ar (trincha apenas no stripe coat), com espessura mínima de película
seca de 300µm.

Como opção de tinta de fundo e Alternativa, nos casos em que for operacionalmente possível o uso de
hidrojateamento, aplicar duas demãos da tinta epóxi sem solventes tolerante a superfícies molhadas, conforme
especificado na norma Petrobras N-2680, com espessura mínima de película seca de 150μm por demão. O
intervalo para aplicação da segunda demão deve ser de seca ao toque, desde que operacionalmente possível, até
120h.

Tinta de Acabamento: respeitando o intervalo entre demãos da tinta de fundo utilizada, aplicar uma demão de
tinta de acabamento poliuretano acrílico, conforme norma Petrobras N-2677, por meio de trincha (stripe coat) e
pistola convencional ou pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de 70m.

6.6.4.3. Revestimento Anticorrosivo para Área interna de Esferas e Cilindros para Armazenamento
Condição 11 da tabela do item 6.6.4.

NOTA Esferas para armazenamento de amônia, não devem ser revestidas internamente.

Aplicar, em toda a superfície interna do equipamento, em passagens cruzadas, demão única com espessura
mínima de película seca de 400μm do revestimento tipo II, especificado na PETROBRAS N-2912, obrigatoriamente
por meio de pistola sem ar.

NOTA 1 Deve ser feito controle de continuidade da película com emprego de detector de descontinuidade
(“holiday detector”) de acordo com as PETROBRAS N-13, ABNT NBR 16172 e Procedimento de Inspeção

NOTA 2 Conforme análise técnica efetuada pelo profissional habilitado (PH) e/ou coordenação de inspeção do
órgão operacional, o revestimento pode abranger apenas a calota inferior da esfera, até a altura de 2 m. [Prática
Recomendada] Consultar Cliente
NOTA 3 Para esferas com taxas de desgaste inferiores a 0,1 mm/ano, fica ao critério do profissional habilitado
(PH) e/ou coordenação de inspeção do órgão operacional, a aplicação do revestimento interno. [Prática
Recomendada] Consultar Cliente

6.6.4.4. Revestimento Anticorrosivo para Área Externa de Esferas e Cilindros para Armazenamento
Condições 12 e 13 da tabela do item 6.6.4.

6.6.4.4.1. Condição 12
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Aplicar demão única de tinta poliaspártico, por meio de pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve
ser de 200 μm.

NOTA A tinta deve atender o item 4.5 da N-2913c e ser qualificada, em atendimento aos critérios de
desempenho estabelecidos, por laboratórios de ensaios certificados em conformidade com a ISO/IEC 17025 e
acreditados no âmbito do “International Acreditation Forum” (IAF) ou do INMETRO.

6.6.4.4.2. Condição 13

NOTA Aplicável a atmosferas especialmente agressivas localizadas até 500 m da praia ou em áreas onde ocorrem
predominantemente ventos fortes vindos do mar para o litoral, constatando-se presença de areia e/ou alta
salinidade do ar (névoa salina). Deve-se proceder a uma limpeza entre demãos com água doce à pressão de 3 000
psi (mínimo).

Tinta de Fundo: Aplicar demão única do revestimento Tipo II especificado na Petrobras N-2912,
obrigatoriamente por meio de pistola sem ar (trincha apenas no stripe coat), com espessura mínima de película
seca de 300µm.

Como opção de tinta de fundo e Alternativa, nos casos em que for operacionalmente possível o uso de
hidrojateamento, aplicar duas demãos da tinta epóxi sem solventes tolerante a superfícies molhadas, conforme
especificado na norma Petrobras N-2680, com espessura mínima de película seca de 150μm por demão. O
intervalo para aplicação da segunda demão deve ser de seca ao toque, desde que operacionalmente possível, até
120h.

Tinta de Acabamento: respeitando o intervalo entre demãos da tinta de fundo utilizada, aplicar uma demão de
tinta de acabamento poliuretano acrílico, conforme norma Petrobras N-2677, por meio de trincha (stripe coat) e
pistola convencional ou pistola sem ar. A espessura mínima de película seca deve ser de 70m.

6.7. Cores Para Tinta de Acabamento


Para as cores de acabamento deve as normas ABNT NBR 6493:2018 Emprego de Cores para Identificação de
Tubulação, NR 26 Sinalização de Segurança, ou conforme padrões e recomendações específicos da cada Cliente

7. RETOQUES NA PINTURA

7.1. No caso de reparos da pintura existente, quando o dano atingir o substrato:

7.1.1. Submeter a superfície ao processo de limpeza físico-química, de acordo com o que é previsto neste
procedimento.

7.1.2. Depois da etapa de limpeza físico-química, executar a operação de jateamento abrasivo ao metal quase branco,
padrão Sa 2½ da norma ISO8501-1.

7.1.3. Uma vez realizada a preparação de superfície adequada, reaplicar o esquema de pintura originalmente previsto
para o elemento, de acordo com o previsto no item “Esquemas de Pintura”. Deve ser tomado cuidado especial a
fim de que o reparo tenha aspecto fino e bem acabado, em uma transição suave com a pintura original
adjacente, evitando assim acabamentos grotescos.

7.1.4. Na impossibilidade de uso do jateamento abrasivo, a preparação de superfície deve ser realizada por meio de
ferramentas mecânico-rotativas, padrão visual SSPC-SP11,
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7.1.5. Nestes casos, a tinta de fundo originalmente prevista no esquema de pintura deve ser substituída pela tinta de
fundo epóxi pigmentada com alumínio, norma Petrobras N-2288 ou N-2680, com a mesma espessura de película
seca, aplicada por meio de trincha ou rolo, com intervalo de repintura mínimo de 16h e máximo de 48h.

7.1.6. Na sequência, respeitando o intervalo de repintura, devem ser aplicadas as demais tintas previstas no esquema
de pintura do elemento.

7.2. No caso de retoques da pintura existente onde o substrato não tenha sido atingido, a superfície deve ser
submetida ao processo de lixamento manual com lixa de grana #80 a #120 para desbastar os cantos vivos da área
danificada para posterior retoque.
7.3. Em seguida, o inspetor de pintura N1 deve ser solicitado para verificar a espessura de película seca residual, a fim
de determinar a necessidade de espessura e de quais são as demãos que precisam ser reconstituídas.

7.4. Dependendo das instruções do inspetor de pintura N1, reaplicar as demãos necessárias de acordo com o
esquema de pintura original.

8. PLANO DE CONTROLE DA QUALIDADE

8.1. Para as atividades de controle da qualidade das atividades previstas neste documento devem ser seguidos os
requisitos estabelecidos no Procedimento de Inspeção de Pintura.

9. REFERÊNCIAS TÉCNICAS
✓ Petrobras N-0002n 1ª Emenda: Pintura de equipamento industrial;
✓ Petrobras N-0009h Tratamento de Superfícies de Aço com Jato Abrasivo e Hidrojateamento;
✓ Petrobras N-0013L 1ª Emenda: Requisitos Técnicos para Serviços de Pintura;
✓ Petrobras N-0442r Pintura externa de tubulação em instalações terrestres;
✓ Petrobras N-1021g Pintura de Superfícies Galvanizadas, Ligas Ferrosas e não Ferrosas, Materiais
Compósitos e Poliméricos
✓ Petrobras N-1219 g Cores;
✓ Petrobras N-1550f Pintura de Estrutura Metálica;
✓ Petrobras N-1735g Pintura de Máquinas, Equipamentos Elétricos e Instrumentos
✓ Petrobras N-2288e Tinta de Fundo Epóxi Pigmentada com Alumínio;
✓ Petrobras N-2630b Tinta Epóxi-Fosfato de Zinco de Alta Espessura;
✓ Petrobras N-2677b Tinta poliuretano acrílico;
✓ Petrobras N-2680 2ª Emenda: Tinta Epóxi, Sem Solventes, Tolerante a Superfícies Molhadas.
✓ Petrobras N-2912a Tinta Epóxi “Novolac”
✓ Petrobras N-2913c Revestimentos Anticorrosivos para Tanque, Esfera e Cilindro de Armazenamento
✓ ABNT NBR 6493:2018 Emenda 2019: Emprego de cores para identificação de tubulações;
✓ ABNT NBR 7348:2017 Limpeza de superfície de aço com jato abrasivo;
✓ ABNT NBR 11003:2009 Versão Corrigida 2010: Tintas - Determinação da Aderência;
✓ ABNT NBR 12311:2018 Segurança no trabalho de pintura;
✓ ABNT NBR 14847:2002 Inspeção e serviços de pintura em superfícies metálicas;
✓ ABNT NBR 15156:2015 Pintura industrial – Terminologia;
✓ ABNT NBR 15158:2016 Limpeza de superfícies de aço por compostos químicos;
✓ ABNT NBR 15185:2004 Inspeção visual de superfícies para pintura industrial;
✓ ABNT NBR 15239:2005 Tratamento de superfícies de aço com ferramentas manuais e mecânicas.
✓ ABNT NBR 16267:2014 Pintura Industrial – Determinação de Granulometria de Abrasivos para Jateamento
✓ ASTM D610:2008 Review 2019: Standard Practice for Evaluating Degree of Rusting on Painted Steel
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Surfaces
✓ SSPC-SP11:2012 Power Tool Cleaning to Bare Metal
✓ SSPC-SP WJ-2/NACE WJ-2:2017 Water Jet Cleaning of Metals - Very Thorough Cleaning
✓ SSPC-VIS3:2004 Guide and Reference Photographs for Steel Surfaces Prepared by Power- and Hand-
Tool Cleaning
✓ SSPC-VIS4/NACE VIS7:2004 Guide and Visual Reference Photographs for Steel Cleaned by Water Jetting
✓ ISO 8501-1:2007 Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related Products;
✓ ISO 8501-3:2006 Preparation Grades of Welds, Edges and Other Areas with Surface Imperfection
✓ ISO 8504-2:2019 Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related Products;
Surface Preparation Methods – Part 2: Abrasive Blast-Cleaning;

Assinado de forma digital por


CLEBER LUIS DOS CLEBER LUIS DOS
REIS:92976247072
REIS:92976247072 Dados: 2021.10.08 16:28:42
-03'00'

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