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Série: “Portas Abertas”

Mensagem 3: “Escolhendo a porta certa”

Escolhendo a Porta Certa

Estamos em nossa série de mensagens baseadas no livro “O Deus

que abre Portas” de John Ortberg, e hoje teremos a terceira mensagem:
“Escolhendo a porta certa”.

Nós já falamos nas mensagens anteriores que entrar em uma porta que
Deus abre é uma questão de escolha. Mas como saber se uma porta aberta foi
ou não aberta por Deus?
Nós falamos na primeira mensagem “O Deus que abre portas”, que
entrar por uma porta é um salto no desconhecido. Não existem garantias. Na
segunda dissemos que vamos errar em algumas ou em muitas das nossas
escolhas e o importante é não permitir que a frustração do erro nos paralise.
Hoje vamos falar um pouco sobre : “Como escolher a porta certa”.
Para começarmos a construir uma ideia que nos permita a decidir de
uma maneira mais assertiva, primeiramente vamos quebrar alguns mitos
quando o assunto é portas abertas.
Um coisa que ajuda bastante é conhecer de verdade o que Deus diz
sobre isso. Você já viu a quantidade de coisas que alguns de nós em algum
momento já teve certeza absoluta que estava escrito na bíblia, e quando vamos
fazer uma pesquisa mais profunda, descobrimos que o que achávamos ser
palavra de Deus na verdade foi dito por outras pessoas?
Quando eu era menino vivia com medo do ano 2000. Para muitos da
minha geração o mundo acabaria mesmo no dia 31 de dezembro de 1999
depois das 23:59 minutos. Tinha até um texto: “de mil passará mais dois mil
não passará...” Eu achava mesmo que isso estava na bíblia, mas não estava.
E como nosso assunto é portas abertas tem uma que eu gosto muito que diz:
“Quando Deus fecha uma porta Ele abre uma janela...” . Nada poderia
estar mais errado. O que a bíblia diz é que uma porta fechada por Deus
ninguém pode abrir.

“O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode
abrir...”
Apocalipse 3:7

Alguns mitos comuns quando o assunto é portas abertas:

1- Deus não se envolve com a minha vida insignificante...

Esse é um engano clássico. Quantas vezes nos pegamos pensando:

Deus deve ter coisas mais importantes para resolver do que a minha vida. Isso
não só é uma grande mentira do Diabo como é uma um desvio de propósito no
plano que Deus tem para todos nós. Não digo isso por minhas convicções
pessoais, digo porque a bíblia me garante isso.

"Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o

separei e o designei profeta às nações".
Jeremias 1:5

Se Deus nos escolheu antes de nos formar no ventre, é razoável

pensar que Ele se importa com todos os detalhes da nossa vida. E o nosso
Deus é um Deus de detalhes. Não somos apenas importantes, somos mais
que isso, somos filhos amados do Rei do universo. Príncipes e princesas do
céu vivendo na terra.

Temos uma ideia errada de um Deus distante e tão poderoso que seria
incapaz de se preocupar com alguém tão pequeno como eu e você. No antigo
testamento, um oficial chamado Zorobabel tentou empreender a reconstrução
do templo, mas não foi muito longe. Zorobabel foi frustrado e se sentiu não só
desanimado, ele se sentiu uma fracasso. Mas está escrito:
 “Pois aqueles que desprezaram o dia das pequenas coisas terão
grande alegria ao verem a pedra principal nas mãos de Zorobabel...”
Zacarias 4:10

Um outro mito sobre Portas abertas é:

2- Se for mesmo uma porta aberta tudo vai dar certo

Segundo esse mito portas abertas por Deus sempre são fáceis pois Ele
mesmo toma providências para que tudo dê certo. Errado. Deus não nos
garante facilidades Ele nos garante presença. Algumas portas abertas por
Deus em alguns casos vão nos propor desafios enormes, e como já dissemos
antes não existe nenhuma garantia de que “tudo” vai dar certo. Esses
desafios podem nos tirar da nossa área de conforto e é normal que
encontremos sim adversários.

“Porque se abriu para mim uma porta ampla e promissora; e há muitos

adversários...”
1 Coríntios 16:9

O apostolo reconhece a porta que Deus abriu, reconhece o valor e tudo

que a porta pode proporcionar mas também diz que há muitos adversários. A
regra quando o assunto é porta que Deus abre é que na verdade quando essa
porta se abre as coisas pioram. Abraão deixa sua casa e enfrenta a incerteza e
o perigo. Moisés tem que enfrentar o faraó e toda sua fúria. Elias foge de uma
rainha louca e homicida, esses são só alguns exemplos.

3- Portas abertas tem a ver com o sucesso espiritual e são

somente para os gigantes na fé
Muitas vezes, confundimos portas abertas com histórias
extraordinárias de manifestação de poder que normalmente ocorrem com
nossos heróis da fé. O que não entendemos é que portas abertas são na
grande maioria, silenciosos convites para fazer alguma coisa humilde para
Deus e com Deus, em momentos surpreendentes.
Portas abertas para servir.
Portas abertas para doar.
Portas abertas para nos arrependermos.
Portas abertas para o perdão.
Portas simples mas com um poder incrível de transformar nossas
vidas. Muitas vezes, uma porta aberta é tão simples como o ato de pensar mais
um pouco, reconsiderar as circunstancias. É importante entender que Deus
mesmo sendo grande e todo poderoso, tem sim uma porta especial para cada
um de nós por menores que possamos nos achar.
Esses mitos podem não só obstruir nosso entendimento sobre as
portas como podem nos impedir de escolher com assertividade as portas que
Deus vai abrir para nós. Mas como escolher a porta certa? E se eu entrar pela
porta errada?
Devo começar um namoro? E se começar, quando saber que é a
hora e a pessoa certa para casar? Qual faculdade devo fazer? Que
especialização depois da faculdade? Que emprego aceitar? Onde morar?
Será que Deus quer que eu persevere nessa situação difícil porque
preciso crescer?
Quantas questões para pensar.
Vamos pensar em alguns pontos que vão nos ajudar a escolher a
porta certa. Para escolher corretamente pela porta aberta devemos:

1- Não esperar pela porta grande e praticar com as pequenas

Quantas oportunidades perdemos por esperar que algo grande

apareça e não percebemos as pequenas oportunidades?

O que precisamos aprender hoje é que escolher portas envolve um

processo: reconhecer uma oportunidade, identificar opções, avaliar, escolher,
e no final de tudo, aprender! Se ficarmos esperando que apareçam apenas
decisões gigantes nossa capacidade de escolher com sabedoria e
assertividade vai ficar atrofiada. Tomar decisões que podem mudar a vida é
como correr uma maratona. Ninguém acorda pela manhã sem nunca ter dado
uma corrida e corre por 42 km. Muitos pequenos piques serão necessários.
Algumas contusões também. Alguns vão demorar mais que outros para
estarem prontos, outros vão até se tornar bons corredores de distancias
menores. O fato é que sem pequenas rotinas de treinamento ninguém
consegue maratonar. Existem muitos corredores, mas só alguns desses são
maratonistas porque só quem enfrentou e venceu os 42 km são maratonistas.

A vida é uma grande maratona, uma carreira.

“Combati o bom combate, terminei a corrida...”

2 Timóteo 4:7

Para escolher corretamente pela porta aberta devemos:

2- Orar de forma intencional por clareza na escolha

“Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e

orou: "Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice...”
Mateus 26:39

Porque a oração deve ser intencional? Porque precisamos de uma

resposta específica. Nunca vamos ter clareza sobre nossas escolhas enquanto
formos genéricos. É claro que como crentes em Jesus temos uma vida de
oração, mas respostas específicas demandam movimentos de oração
específicos e intencionais. Deus pode falar a hora que quiser, mas é muito mas
comum que tenhamos respostas diretas quando fazemos perguntas diretas.

Jesus no jardim foi direto ao ponto quando perguntou ao pai se tinha

uma outra maneira de se cumprir o que tinha que se cumprir. Ele pede ao pai
que se possível ele não queria beber daquele cálice. Ou seja, se tiver uma
outra maneira de fazer o que tem que fazer eu prefiro. Mas direto impossível.
Só lembrando que a porta em questão aqui é a cruz. Quem escolheria a cruz?

Para escolher corretamente pela porta aberta devemos:

 3- Pedir conselhos a pessoas sábias

Todo mundo precisa de uma comissão de seleção de portas.

Procure se aconselhar com pessoas sábias. Se desejamos sabedoria

não devemos procurar obter sozinhos. Devemos nos cercar de pessoas que
tenham um caráter que nos inspire confiança, com bom discernimento sobre a
vida e que se preocupem com o nosso bem estar.

Se procuramos pessoas que são boas referencias para nossas vidas

podemos nos espelhar em suas decisões, porque existem pessoas que sua
vida por si só já nos diz que não devemos tê-las como exemplo.

“O caminho do insensato parece-lhe justo, mas o sábio ouve os

conselhos...”
Provérbios 12:15

O texto nos diz que o caminho do insensato parece justo, porque?

Porque existe um insensato dentro de cada um de nós. Há um insensato
dentro de mim. Há um insensato dentro de você. Todos temos momentos de
insensatez, momentos em que fazemos grandes besteiras e ainda achamos
que estamos fazendo a coisa “justa”. A grande questão é quanto tempo
permanecemos nele.

Para escolher corretamente pela porta aberta devemos:

4- Testar, experimentar e aprender com os erros

“O Senhor firma os passos de um homem, quando a conduta

deste o agrada;
ainda que tropece, não cairá, pois o Senhor o toma pela mão.”
Salmos 37:23,24
 Será que Deus tem orientações para uma decisão específica? Claro que
sim.

Deus dispõe de orientações para todas as decisões da nossa vida?

Claro que não.

Algumas decisões, ou ainda a maioria das decisões da nossa vida serão

exclusivamente de nossa responsabilidade. Isso não quer dizer que estamos
abandonados na maior parte do tempo. Na verdade isso quer dizer que em
todos os momentos onde de fato a presença dEle é não só importante, mas
fundamental, nós não estaremos sozinhos.

A grande razão para isso ser desse jeito é pelo simples fato de que Deus
permite que erremos esperando que aprendamos no processo. É sempre
assim? Sempre aprendemos quando erramos? Infelizmente não. Costumamos
errar do mesmo jeito várias vezes, e isso atrasa os planos e propósitos de
Deus para nós. Eu disse atrasa. Não disse que frustra ou destrói, porque
enquanto não desistimos o plano não muda, e o plano é que sejamos felizes.

Quando desenvolvemos a capacidade de aprender com nossos erros,

também aprendemos a ser mas tolerantes, ou resistentes ao fracasso. Isso
nos permite tentar mais vezes e com menos medo de errar.