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6 Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures
o reino a Israel? 7 Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai
reservou pela sua exclusiva autoridade; 8 mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até
aos confins da terra. 9 Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma
nuvem o encobriu dos seus olhos. 10 E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus
subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles 11 e lhes disseram:
Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao
céu virá do modo como o vistes subir.
Introdução
Em Jerusalém, Jesus instruíra os discípulos por meio do anjo a encontrá-lo na Galileia. Lá, Ele
os instruíra a achá-lo em Jerusalém num determinado dia. Dessa forma, Ele testava sua
obediência, confirmando que estavam sempre dispostos e alegres. Eles se haviam reunido (v. 6),
conforme os determinara, para serem testemunhas da sua ascensão, sobre a qual temos aqui uma
narrativa.
Proposta Redentiva
i. Era como se Israel não pudesse ser glorioso a menos que o reino lhe
fosse restaurado. Ao passo que as Escrituras dizem para esperarmos a
cruz neste mundo e o reino no outro.
ii. Para os discípulos o Messias seria um príncipe temporal, estavam longe
de aceitarem a ideia de que o reino do Messias seria espiritual.
iii. Eles pensavam que Deus não teria nenhum reino no mundo, a menos
que fosse restaurado a Israel, ao passo que os reinos deste mundo se
tornariam do Messias, nos quais Ele seria glorificado, quer Israel fosse
bem-sucedido ou não.
iv. Somos hábeis em interpretar mal as Escrituras, em entender
literalmente o que é falado por figuras e em expor as Escrituras por
meio dos nossos métodos. Deveríamos construir nossos métodos pelas
Escrituras.
3) A pergunta dos discípulos acerca do tempo desse evento: “Senhor; restaurarás tu neste
tempo?” (v. 6). Ou seja:
a. Os discípulos indagavam sobre um ponto que o Mestre nunca lhes orientara ou
incentivara que investigassem.
b. Os discípulos estavam impacientes pelo estabelecimento desse reino, no qual
esperavam ter tão grande participação.
c. Jesus lhes dissera que eles se assentariam em tronos (Lc 22.30), e agora nada
lhes serve, senão estar imediatamente assentados no trono, sem querer esperar o
tempo certo. Por outro lado, aquele que crê não se apresse (Is 28.16), mas se
satisfaça em saber que o tempo de Deus é o melhor tempo.
4) Os discípulos não têm permissão de saber dessa informação: Não vos pertence saber (v.
7).
a. O propósito desta repreensão é servir de advertência à igreja de todas as épocas
- o desejo irregular de conhecimento proibido e a intromissão em coisas que
não vimos, porque Deus não nos mostrou - E loucura desejar ser sábio acima
do que está escrito, e é sabedoria contentar-se em não ser mais sábio.
b. a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos céus, Mt 13.11, a fim de que
não se ensoberbecessem com a abundância das revelações, Ele os faz entender
que havia certas coisas que não deveriam saber. Veremos como temos pouca
razão para nos orgulhar do nosso conhecimento, quando consideramos de
quanto somos ignorantes.
c. Esse conhecimento está reservado ao conhecimento de Deus como sua
prerrogativa. E o que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder (v. 7); Ele prova
que é Deus (Is 46.10).
5) O trabalho dos discípulos “Ser-me-eis testemunhas” (v. 8).
a. Os discípulos devem pregar franca e solenemente o evangelho de Jesus ao
mundo.
b. Eles não tinham força própria, nem sabedoria ou coragem suficiente. Eles
faziam parte inata das coisas loucas e tolas deste mundo (1 Co 1.27).
c. Foram cheios do Espírito Santo, cap. 2.4, admiravelmente fizeram, cap. 18.28)
“e confirmá-lo com milagres e sofrimentos.”
d. “Vossa utilidade alcançará até aos confins da terra, e vós sereis bênçãos para o
mundo todo.”
6) Jesus começou a ascensão à vista dos discípulos: Vendo-o eles.
a. Jesus desapareceu da vista dos discípulos, em uma nuvem, talvez em uma
nuvem espessa, pois Deus disse que habitaria em nuvem espessa (2 Cr 6.1)
b. Foi uma nuvem luminosa que o obscureceu na transfiguração (Mt 17.5)
c. Ele fez das nuvens o seu carro (SI 104.3).
Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper
Seminário Presbiteriano do Norte – Recife/PE
Magister Divinatis/ Pregação Reformada
Conclusão
Quando Jesus foi assunto ao céu, desaparecia da vista dos discípulos e começava aparece à vista
dos que estavam nos céus, porque foi recebido em cima no céu. Ele foi recebido com júbilo, [...]
ao som da trombeta (SI 47.5), mas Ele descerá, do céu com alarido [...] e com a trombeta de
Deus (1 Ts 4.16).
Devemos examinar nossos corações a fim observar se servimos ao Senhor com alegria ou por
qualquer interesse. Servir ao Senhor com integridade aqui nessa terra é sinônimo de passarmos
por muitas aflições, mas devemos encontramos consolo e ânimo em nossos corações olhando
com seriedade e temor, acerca da segunda vinda do nosso Senhor. Dessa forma seremos suas
testemunhas, para a glória de Deus.