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Explicação de Mateus 15

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15.1 — O fato de os escribas e fariseus terem viajado de Jerusalém para a Galileia


para ver Jesus indica que Sua reputação já havia se espalhado.

15.2 — A tradição dos anciãos não era a Lei de Moisés, e sim uma tradição oral
baseada na interpretação da Lei. Eles lavavam as mãos como um cerimonial para
remover as impurezas, não por higiene pessoal (Mc 7.2-4).

15.3 — Num estilo clássico dos rabinos, Jesus respondeu a acusação dos escribas e
fariseus com uma pergunta. Já que eles haviam acusado Jesus e Seus discípulos de
terem transgredido os ensinamentos antigos dos rabinos, Ele, por sua vez,
acusou-os de terem transgredido o mandamento de Deus. Os escribas e fariseus
colocavam seus conceitos acima da revelação de Deus, e ainda assim afirmavam
que lhe obedeciam.

15.4-9 — Jesus estava se referindo a uma prática pela qual as pessoas


consagravam seus bens a Deus a fim de usá-los em beneficio próprio, e não em
prol de outros. Por exemplo, se os pais precisassem de dinheiro, os filhos tinham
uma desculpa para não ajudá-los, dizendo que seus recursos já tinham sido
consagrados a Deus. Essa artimanha livrava os filhos de honrar os pais ao cuidar
deles na velhice.

15.10-14 — Em Mateus 15.3-9, Jesus repreende os escribas e fariseus por


estarem tão obcecados pela tradição que não conseguiam cumprir os
mandamentos mais simples. Ele aqui os reprova por se preocuparem tanto com a
lavagem cerimonial e suas regras alimentares rígidas e não darem importância ao
caráter. Ambas as recriminações de Jesus foram consequência das acusações dos
escribas e fariseus, descritas em Mateus 15.2.

15.15-20 — O que a pessoa pensa no seu coração, isso é o que ela é. Mas como é
que os pensamentos nascem no coração, a fonte de toda reflexão? Por meio da
visão, da audição e dos demais sentidos. A matéria-prima de nossas ações é o que
recebemos na mente e permitimos que chegue ao coração. Davi expressou tal
verdade desta maneira: Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar
contra ti (Sl 119.11). Encontramos o mesmo conceito, mas focalizando a ação
negativa, no Salmo 101.3: Não porei coisa má diante dos meus olhos. Paulo
descreve o cristão como aquele que leva cativo todo entendimento a obediência de
Cristo (2 Co 10.5).

15.21-23 — Essa mulher era uma gentia que não tinha o direito natural de pedir
algo ao Messias judeu.

15.24 — Esse versículo mostra o compromisso de Cristo com Israel, a quem ele
chama de ovelhas perdidas. Jesus sempre deu primeiro aos judeus a oportunidade
de aceitá-lo como o seu Messias.

15.25-28 — Os filhos a quem Jesus se refere aqui são o povo de Israel. “Os
cachorrinhos” dizem respeito aos gentios.

15.29-31 — A cena muda da região de Tiro e Sidom para uma montanha


próxima ao mar da Galileia, mas continua sendo um território gentílico. Marcos
7.31 descreve essa região como sendo Decápolis. E glorificava o Deus de Israel.
Os gentios creram no Deus de Israel e o glorificaram, enquanto muitos em Israel
continuavam cegos em relação ao Messias.
15.32-39 — Esse não é o mesmo milagre descrito em Mateus 14.14-21. Jesus
mesmo nos mostra que a multidão foi alimentada em dois milagres distintos (Mt
16.9,10). Este, em especial, supriu a necessidade de alimento dos gentios de
modo sobrenatural. Os sete cestos de pedaços que sobraram aqui contrastam com
os doze cestos do capítulo 14; e a palavra do original traduzida por cestos cheios
em Mateus 15.37 é diferente da palavra traduzida da mesma forma em Mateus
14.20.

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