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ESTUDO 01

Seguindo a Deus em Missão


Colossenses 1:3-20
Aquecendo o coração
O assunto Missões, na igreja brasileira, traz logo a imagem de uma Conferência Missionária com
cultos animados, bandeiras coloridas e testemunhos sobre línguas esquisitas e alimentos mais
estranhos ainda. A figura de um missionário estilo Indiana Jones logo salta à mente, pregando o
evangelho em tribos africanas ou montanhas do Himalaia. Entretanto, o movimento missionário
na história foi feito, na verdade, por uma enorme onda de cristãos “comuns”, que não eram
considerados de uma classe religiosa específica, mas iam, geração após geração, aos quatro
cantos do Mundo pregando o evangelho de Jesus Cristo.

Quebrando o gelo: Você já teve alguma experiência missionária, no Brasil ou fora? Como foi?

Princípios para Toda a Vida

1º Princípio: O centro da Missão de Deus é a cruz, e não o campo.


Muitas vezes nosso foco ao tratar de Missões está no missionário que vai, ou no campo que será
evangelizado. Falamos do preparo missiológico e linguístico e das estratégias de plantação de
igreja que serão usadas no projeto, já imaginando os frutos colhidos e as pessoas de
determinada cultura deixando os ídolos para abraçar a nossa fé e se portar como um cristão.
Leia Colossenses 1:3–20. Paulo está relatando na introdução de sua carta a maneira como o
evangelho de Jesus chegou em Colossos. A forma como ele enfatiza alguns assuntos pode nos
ensinar bastante sobre as verdadeiras prioridades da Missão de Deus.

[P] Quantas vezes o Senhor Jesus é direta ou indiretamente mencionado nesse trecho? Que
diferentes papéis, nomes ou descrições Paulo atribui a Jesus, aqui?

[P] O que significa que em Cristo residiu “toda a plenitude” (v. 19)? E também que, em Cristo,
Deus reconciliou consigo mesmo “todas as coisas” (v. 20)? Paulo fala de algo do passado, do
presente, do futuro, ou de uma combinação dos três?

[P] Tomando esse texto por base, o que passava na mente de Paulo, considerado o primeiro
grande missionário da era cristã, quando ele via os resultados de seus esforços?

2º Princípio: O plano da Missão é de Deus, e não nosso.


As técnicas modernas de planejamento aplicadas aos projetos missionários têm sido uma enorme
contribuição para se aumentar a eficácia quando o assunto é atingir alvos e metas em missões,
mas um dos perigos associados é o de achar que esses planos carregam poder em si mesmos. A
Missão é, antes de mais nada, de Deus, e devemos levar isso em conta quando nos lançamos a
planejar as iniciativas do avanço do evangelho.
As passagens a seguir nos dão uma ampla ideia de como Deus trabalha seus próprios planos na
Missão: Gênesis 1:26-28; 1 Reis 8:41-43; Mateus 5:13-16; Colossenses 1:20; e Apocalipse
21:1-5.

[P] Gênesis 1:26-28 deixa claro que fomos criados “à imagem de Deus”. De que forma isso
influencia o nosso relacionamento com o restante da criação? Até onde nossa interação com a
criação/natureza faz parte de nossa Missão como filhos de Deus?

[P] Na oração de 1 Reis 8:41-43, o que atrairia os “estrangeiros” (hoje, aqueles que não
conhecem a Cristo) até a presença do Senhor (v. 42)? Qual o papel da igreja nesse processo?

[P] No ensino de Jesus em Mateus 5:13-16, somos chamados de sal e luz. Qual a função do sal
e da luz para o homem, especialmente naquela época? Qual relação Jesus queria fazer com os
discípulos, pensando no papel deles diante da sociedade?
[P] Em Apocalipse 21:5, Deus diz “eis que faço novas todas as coisas”, e Colossenses 1:20
afirma que, em Cristo, Deus reconcilia a criação consigo mesmo. Qual o nosso papel nessa
reconciliação? Em que a mensagem de Apocalipse 21:4 nos ajuda a proclamar esse plano de
Deus?

3º Princípio: O testemunho do evangelho começa em casa.


O apóstolo João deixou em suas cartas um precioso ensino sobre o amor fraternal. É interessante
ver como ele relaciona esse amor com o testemunho de Cristo, tanto para dentro como para fora
da comunidade da fé.
Leia 3 João e discuta as questões abaixo com o grupo.

[P] O que impactou João a respeito do testemunho de Gaio (vs. 1-8)? De que maneira esse
testemunho pode ter atingido aqueles que estavam fora da comunidade cristã?

[P] João alerta a respeito de comportamentos como o de Diótrefes (vs. 9-11). Qual contraste há
entre ele e Gaio? Que lições podemos tirar disso?

[P] Qual a abrangência do testemunho de Demétrio (v. 12)? Que tipo de vida ele vivia para que
“todos” lhe dessem testemunho (ou seja, falassem bem dele), até a própria Verdade?

Aplicando o Aprendizado
Para muitos discípulos de Cristo, Missões é algo para poucos, para aqueles que têm um
“chamado” especial para ir a outras nações e culturas. Todavia, a Bíblia mostra que a Missão é,
antes de tudo, de Deus, e é para todo o seu povo, começando “dentro de casa”, na maneira como
vivemos o evangelho na comunidade da fé, no amor e no cuidado da família cristã.
Em Ação: Qual é a sua missão de vida e como essa missão está alinhada com a Missão de Deus
para o Mundo? O que você precisa ajustar em sua missão pessoal para que sua vida esteja ainda
mais em conformidade com o que Deus está fazendo entre as nações? Como o grupo pode
crescer da mesma forma, todos juntos?
ESTUDO 02
Lições de Humildade e Acolhimento
Lucas 10:1-9
Aquecendo o coração
Você já entrou na casa de alguém como visita e ficou reparando nos detalhes da casa, nos
enfeites, na mobília, nos lustres... Já se pegou comparando o gosto da pessoa com o seu gosto?
De modo geral, achamos que as escolhas que fizemos foram de mais “bom-gosto” que a pessoa
que estamos visitando, até que a pessoa passa a explicar o porquê de cada detalhe, e aí,
entendendo melhor a “cultura” daquela família, até passamos a gostar mais da decoração. E você
já se imaginou sendo alvo do mesmo pensamento, ao receber uma visita em sua casa?
O mesmo muitas vezes acontece com a comunicação do evangelho. Achamos que tal cultura ou
grupo de pessoas tem hábitos esquisitos e que, se soubessem o que você sabe, eles logo
mudariam ou abandonariam tais práticas. Até que entramos no “mundo” das pessoas e
percebemos a beleza que há na cultura, mesmo que algumas coisas precisem ser realmente
mudadas.

Quebrando o gelo: Qual foi a visita mais estranha ou engraçada que você já fez ou recebeu?

Princípios para Toda a Vida

1º Princípio: O evangelho é para todos.


A China, uma das civilizações mais antigas no mundo, reinou na Ásia sem perturbações por
muitos séculos. Ela se chamava de “O Reino Médio”, por acreditar que estava no centro de toda a
Terra. Tudo que estava fora do mapa chinês não tinha valor para eles, e qualquer tentativa de
uma nação estrangeira se aproximar da grande China era enviando seu embaixador como um
humilde servo diante da grande potência.
A história do cristianismo tem por muitas vezes revelado esse tipo de sentimento dos cristãos em
relação ao mundo. Os não-cristãos estão fora do radar da grande maioria, sejam os etnicamente
de fora (de outros países), os religiosamente de fora (por exemplo, os islâmicos), e assim por
diante. Como os chineses antigos, queremos que eles venham até nós e se dobrem em
reconhecimento da Verdade. Entretanto, o que vemos nos últimos anos é o contrário: um
crescente agir de Deus entre as nações, alcançando gente de todo povo, tribo, língua e nação.
Leia Gênesis 12:1-3; 22:15-18; e Gálatas 3:6-9.

[P] É sabido que os judeus da época de Jesus não tinham muita afeição pelos gentios (não-
judeus). Tendo em vista que Abraão era considerado o grande patriarca de Israel, em que, com
respeito à Aliança do Senhor com ele registrada em Gênesis 12 e 22, Israel estava enganado?

[P] De acordo com Gl 3:6-9, especialmente v. 8, a o quê Paulo associa a Aliança com Abraão?
Leia Gálatas 3:26-29.

[P] Qual é a nossa posição diante de Deus, segundo essa declaração de Paulo? Há alguma
preferência divina em relação a etnia, língua, condição social, cultural, etc.? Como, então, deve
ser nossa postura em relação às nações, quando estamos falando do evangelho? De que forma a
promessa a Abraão pode e deve ser cumprida em nós? Agentes da Missão de Deus
2º Princípio: Ao se aproximar de outra cultura, precisamos ser humildes.
A Bíblia é muito clara a respeito do que o Mundo precisa: Jesus! E exatamente por isso
costumamos, muitas vezes com a melhor das intenções, empurrar goela abaixo a verdade do
evangelho, sem respeitar a cultura e a forma de encarar o mundo da pessoa.
Seja num país diferente, seja em um grupo socioeconômico diferente dentro do nosso próprio
país, precisamos entender com quem estamos nos comunicando e não chegar com uma atitude
de “eu estou certo, você está errado”, que é ótima para fechar os ouvidos das pessoas. Em tudo o
Senhor nos ensinou a humildade e a mansidão, pois foi assim que ele tratou com ricos e pobres,
religiosos e pagãos.

Leia Salmo 25:4-11.


[P] Que atitudes em ralação a Deus Davi lista nesse salmo que seriam de grande ajuda ao
comunicarmos o evangelho a outras pessoas, da nossa cultura ou não? Por quê?

Leia 1 Pedro 5:1-11.


[P] Que atributos são requeridos da liderança, segundo Pedro (vs. 2-4)? E aos demais (vs. 5-10)?
De que forma tal estilo de vida seria um impacto, tanto para a época quanto para hoje?

[P] Pedro, mesmo sendo considerado entre os principais apóstolos de Jesus, não fala a seus
leitores com superioridade. Como podemos falar do evangelho de Jesus, a única verdade que
existe, sem nos colocarmos em posição superior em relação aos nossos ouvintes?

3º Princípio: A humildade abre novas portas para o evangelho.


Leia Lucas 10:1-9. Na famosa Missão dos Setenta, os discípulos de Jesus não deveriam levar
consigo dinheiro ou bens, mas era esperado que eles dependessem daqueles a quem iriam
recebe-los na proclamação do Reino de Deus.

[P] As técnicas de venda de um produto no mercado geralmente incluem aquele que vende se
colocar como um vencedor, um superior, alguém que brilha. Entretanto, a comunicação do
evangelho inclui uma vida de humildade e de dependência. Por que essa diferença?

[P] De que forma um grupo pequeno, pode agir em humildade, levando a mensagem do
evangelho, como os discípulos na Missão dos Setenta?

Aplicando o Aprendizado
Jesus é o Todo-Poderoso, o Alpha e o Ômega, o Princípio e o Fim, mas a nossa atitude para com
as pessoas que não conhecem o evangelho não pode ser diferente da atitude que Jesus teve
quando veio como homem à terra.

Em Ação: Que país/etnia e que grupo de pessoas na sua região você reconhece que tem tido um
olhar superior, quando pensa neles? De que forma isso tem sido uma barreira para que você ore
por eles ou compartilhe o evangelho com eles? Como, juntos, vocês podem mudar isso?
ESTUDO 03
Grande Comissão Completada?
Mateus 28:16-20; Lucas 24:44-49

Aquecendo o coração
Feche seus olhos e tente imaginar um cristão? Tente mentalizar essa pessoa por 10 a 20
segundos. Qual a cara desse cristão? Qual a cor de sua pele? Que tipo de roupa ele veste? Que
língua ele fala? É bem provável que você tenha pensado em alguém bem diferente do que é a
média da população cristã mundial, que cada vez mais se concentra na África, América Latina e
Ásia, adorando a Deus com línguas que você nunca escutou, vestindo mantos bem diferentes
que seus jeans e camiseta, e comendo uma comida que você consideraria intragável.
O evangelho, apesar de toda a roupagem ocidental com a qual nós o conhecemos no Brasil, é
cada vez menos “ocidental”, graças ao que Deus está fazendo através de missionários e crentes
locais mundo afora. E se essa é uma obra divina, o que estamos esperando para pular nesse
barco?
Quebrando o gelo: Se você fosse falar com uma pessoa de outra cultura, usando apenas uma
frase curta, o que é o evangelho, o que diria?

Princípios para Toda a Vida

1º Princípio: Completar a Grande Comissão está no coração de Missões.


É muito importante deixar bem claro, quando se fala de Missões, qual é o nosso objetivo último.
Apesar de a pregação do evangelho envolver a prática do amor, o cuidado com o próximo, e
outras atitudes predominantemente cristãs, o objetivo final da Grande Comissão é o de fazer
discípulos de todas as nações do mundo. E há um motivo muito simples: essa foi a ordenança
dada por Jesus. Leia Mateus 28:18-20 e Lucas 24:44-49. Vemos em ambos os textos Jesus
dizendo aos seus discípulos, como em uma instrução final, para fazerem discípulos em todo o
mundo.

[P] Por que, em sua opinião, Jesus tem o objetivo de fazer discípulos de todas as nações? Por
que isso é algo tão central para o Senhor? Veja Isaías 11:9, Habacuque 2:14 e Apocalipse 15:3.

[P] Sendo algo tão central assim para Jesus, que papel a Grande Comissão deveria ocupar no
coração da Igreja? Pela sua experiência, você acha que isso acontece?

[P] De que forma esse interesse em levar o evangelho às nações tem ocupado sua mente, seu
coração, sua agenda e sua carteira/bolsa? Como você se sente?

2º Princípio: A mensagem do evangelho é salvação para todo povo e cultura.


Como vimos, muitos ao redor do mundo veem o cristianismo como algo ligado à cultura ocidental,
especialmente europeia e norte-americana. Para esses, Jesus é o messias dos brancos,
enquanto indígenas, árabes, negros e asiáticos devem manter suas raízes religiosas de
animismo, budismo, islamismo, etc. Entretanto, não é isso que aprendemos de Cristo. Ele é o
Salvador para todas as culturas, e quanto mais conhecerem a Cristo, mas a cultura irá florescer
em beleza e riqueza, pois estará livre da influência das Trevas. Quando vemos as notícias do que
está acontecendo ao redor do mundo, é impossível afirmar que há uma cultura ou sociedade que
não precisa de Jesus Cristo. Mesmo as culturas cristianizadas carecem de Jesus, pois não é uma
questão cultural, mas uma transformação de dentro para fora.

Leia Colossenses 3:5-11 e responda as questões abaixo.

[P] O que seria essa “natureza terrena”, mencionada por Paulo no v. 5? Ela é específica de um
tipo de população ou pode ser considerada universal?
[P] Há duas listas de coisas que precisamos nos desfazer, nos vs. 5, 8-9. Olhando para o que se
mostra nos noticiários, tanto nacionais quanto internacionais, o que se vê dessas listas no que
acontece mundo afora? Dê exemplos.

[P] A “natureza terrena” é contrastada com o “revestir-se da nova humanidade”, do v. 10.


Levando em conta os v. 10-11, para que tipo de pessoa Deus preparou esse novo revestimento?
Nesse sentido, o que significa que “Cristo é tudo em todos”?

3º Princípio: A responsabilidade de alcançar as nações é nossa.


Quando lemos as cartas de Paulo, é possível identificar uma emoção que pula de suas palavras,
mostrando como em seu coração morava a urgência e a prioridade de se levar o evangelho a
todas as pessoas do globo terrestre. Ao escrever aos crentes de Roma, apesar de ser tarefa de
todos os discípulos levar o evangelho aos confins da terra, ele parecia absorver para si toda a
responsabilidade.

Leia Romanos 1:13-17, e responda as seguintes questões.

[P] Neste trecho, que expressões caracterizam essa urgência e prioridade de Paulo em
evangelizar os povos mais diferentes e distantes?

[P] De que forma Paulo se sentia “devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como
a ignorantes” (v. 14)?

[P] Para Paulo, o que era o evangelho (vs. 16-17)? De acordo com o v. 17, o que torna o
evangelho de Jesus tão democrático e universal?

[P] E as suas emoções? Você enxerga em si mesmo essa urgência e responsabilidade para com
os não-crentes, sejam vizinhos, sejam de outras nações? O que lhe falta? Como aumentá-lo?

Aplicando o Aprendizado
Alguém um dia disse que Deus não criou uma missão para seu povo, mas um povo para sua
missão. Se o que está acontecendo ao redor no mundo em termos de expansão do evangelho é o
desdobramento em nossos dias dos planos eternos de Deus, o que estamos esperando?!?
Missionários somos todos nós e Missões é responsabilidade nossa, sem exceção. Que tal, como
grupo, abrirmos coração e agenda para melhor participarmos de tamanho empreendimento?

Em Ação: Se há urgência nessa tarefa, o que o GRUPO pode fazer a partir de agora para
crescer como uma célula missionária? Que tal traçarem alvos juntos para agir tanto localmente
quanto no mundo? Lembrem-se que adotar famílias de missionários na intercessão e
encorajamento é uma das estratégias de nosso Conselho Missionário para os GRUPOS.
ESTUDO 04
Motivados para a Missão
Mateus 24:14

Aquecendo o coração
Se há uma coisa que acende o coração da igreja durante uma Conferência Missionária é o
testemunho de missionários, especialmente quando falam de o que os motivou a se lançarem em
uma cultura estranha para pregar o evangelho. De modo geral, tudo é transmitido com tanta
paixão que saímos nos imaginando fazendo o mesmo.
Mas, será que só eles, os missionários, podem e devem ser motivados? Será que há algo de
errado com o restante da igreja, ou será que estamos entendendo certas coisas de forma
equivocada? É mais provável que seja a última hipótese, certo?

Quebrando o gelo: Qual foi o testemunho que você escutou de alguém, seja missionário ou não,
que mais impactou sua vida?

Princípios para Toda a Vida

1º Princípio: Somos motivados pelo amor e pela compaixão de Cristo.


A declaração de João 3:16 é considerada por muitos como o evangelho resumido em uma frase,
e mostra a motivação maior de Deus ao buscar o pecador: amor em ação. Quando Jesus, o Filho
de Deus, se fez carne, espalhou esse amor em forma de evangelho por todos os lugares,
acolhendo as pessoas em suas lutas e dores, demonstrando de forma bem prática como
funcionava esse amor do Pai.
O texto de Mateus 9:35-38 é muitas vezes usado para motivar os membros da igreja a se
envolverem em algum ministério, seja o louvor, um bazar, um mutirão de limpeza... Mesmo
aqueles que usam o texto para falar da proclamação do evangelho, às vezes erram na motivação
que é apresentada. O objetivo final é fazermos uma grande colheita, pois os campos estão
brancos (prontos). Para isso, precisamos de trabalhadores, e eles só virão se enviados pelo Pai,
o Senhor da colheita. Entretanto, é importante notar que, da mesma forma que o amor de Deus
gerou o envio de Jesus para morrer por nós (João 3:16), esse texto mostra que a motivação para
rogar por mais trabalhadores é a compaixão pelos que sofrem sem Cristo.

[P] Quando pensamos nas “ovelhas que não têm pastor”, do v. 36, geralmente pensamos em
membros de igreja, e não nos animais. Gaste uns segundos pensando em uma ovelha-animal
que não tem um pastor olhando por ela. Quais seriam as suas características? De que forma isso
amplia nossa percepção do sentimento de Jesus naquele momento?

[P] Veja a lista de verbos usados nos vs. 35-36. O que eles dizem a respeito da atitude de Jesus
para com as “multidões”? Qual ligação esse comportamento apresentado por Jesus tem com o
fato de ele se compadecer dessas multidões? O que você entende por “ter compaixão”?

[P] Você se acha uma pessoa que tem compaixão pelo próximo? Por quê? De que forma seu
coração poderia se tornar ainda mais compassivo, como o Senhor Jesus?

2º Princípio: Somos motivados pelo mandamento de Cristo.


Na formação do povo de Deus a partir de Abraão, Deus já tinha os olhos fitos nas nações (veja
Gênesis 22:17-18). Entretanto, o povo de Israel parece não ter dado muita importância para esse
fato, não só vivendo isoladamente, mas não fazendo esforço algum para anunciar o nome do
Senhor entre as nações (vide o profeta Jonas).
Jesus, ao preparar os seus discípulos para cumprirem sua missão, tem em mente o cumprimento
das promessas a Abraão, quando famílias de todas as nações seriam abençoadas.

Leia os textos de Lucas 24:46-49 e Atos 1:6-9.


[P] Quando se fala do poder do Espírito Santo descendo sobre os crentes, geralmente se pensa
em dons espirituais que “movimentam” a igreja. Segundo essas duas falas de Jesus, qual era o
objetivo desse poder espiritual? Levando isso em conta, como você julga o seu “nível” de poder
espiritual?

[P] Qual a ênfase que Jesus dá nesses dois textos? Testemunhar às nações é algo secundário e
opcional para ele ou é uma tarefa de alta prioridade? E pra você? Como você se vê diante desse
mandamento?

3º Princípio: Somos motivados pela volta de Cristo.


Quem nunca ficou ansioso porque alguém muito amado estava para chegar de uma longa
viagem? Um filho esperando o pai, os pais esperando uma filha, namorados ou cônjuges que só
faltam o coração pular do peito depois de um tempo longes um do outro. Quando isso acontece,
movemos mundos e fundos para que o reencontro seja antecipado. Será que deveria ser
diferente quando estamos pensando na volta do nosso Senhor, Jesus Cristo?

Leia Mateus 24:14; Atos 1:10-12; e 1 Coríntios 15:20-28, e responda as seguintes questões.

[P] Geralmente associamos o fim dos tempos ao surgimento do anticristo, de catástrofes e coisas
do gênero, mas o que o texto de Mateus afirma acerca do fim? Segundo Jesus, qual relação
Missões tem com a sua volta?

[P] Nos textos da parte anterior, vimos Jesus falando aos discípulos para esperarem a promessa
do Espírito Santo em Jerusalém. Assim que Jesus subiu aos céus, qual foi a atitude deles (Atos)?
O que isso fala a respeito da resposta dos discípulos a esse mandamento de Cristo?

[P] Em 1 Coríntios, Paulo fala de algumas coisas que acontecerão na volta de Cristo. De que
forma esses últimos acontecimentos servem de motivação para que anunciemos Jesus nos
quatro cantos da terra (vs. 22,26,28)?

Aplicando o Aprendizado
A tarefa missionária é um privilégio e também uma responsabilidade para todos nós. Sabedor de
nossas deficiências, Deus enviou o Espírito Santo para que fôssemos preparados e capacitados
para a tarefa. Mas a motivação não está apenas no que o Senhor Jesus fez e está fazendo, mas
também vem de onde ele vai nos levar.

Em Ação: O que mudou em sua perspectiva após esses estudos sobre Missões? Que mudanças
você decidiu realizar em sua forma de viver o cristianismo a partir desse ensino bíblico?
Compartilhem como grupo e façam planos em conjunto para que o GRUPO seja cada vez mais
missionário.

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