Você está na página 1de 40

JOSIANE ROCHA STOCCO DE OLIVEIRA

TOXINA BOTULÍNICA: TÉCNICAS, PROCEDIMENTOS E USOS NA

ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL AVANÇADA

PONTA GROSSA - PARANÁ

2023
FACULESTE - FACULDADE DO LESTE MINEIRO

JOSIANE ROCHA STOCCO DE OLIVEIRA

TOXINA BOTULÍNICA: TÉCNICAS, PROCEDIMENTOS E USOS NA

ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL AVANÇADA

Monografia apresentada à FACULESTE –


Faculdade do Leste Mineiro, como parte das
exigências para a obtenção do título de Pós-
graduado em Estética Facial e Corporal Avançada
(lato sensu)

Orientadora: Prof. M.Sc. Tamilys Teixeira Casalechi

PONTA GROSSA - PARANÁ

2023
SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................. 04
I. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 05
II. OBJETIVOS DA PESQUISA .............................................................................. 05
2.1 OBJETIVOS GERAIS ......................................................................................... 05
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 06
III. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 06
3.1 HISTÓRICO DA TOXINA BOTULÍNICA ..............................................................06
3.2 MECANISMO DE AÇÃO E FARMACOCINÉTICA DA TOXINA BOTULÍNICA ....08
3.3 DIFERENTES TIPOS DE TOXINA BOTULÍNICA DISPONÍVEIS ........................10
3.4 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DA TOXINA BOTULÍNICA .................. 12
3.5 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA .................................... 14
3.5.1 Principais técnicas de aplicação da toxina botulínica ...................................... 16
3.6 TRATAMENTO DE DIFERENTES REGIÕES FACIAIS E CORPORAIS COM A
TOXINA BOTULÍNICA ...............................................................................................17
3.7 NOVOS ESTUDOS E PESQUISAS EM ANDAMENTO COM A TOXINA
BOTULÍNICA ............................................................................................................ 19
IV. TOXINA BOTULÍNICA NA ESTÉTICA FACIAL .................................................. 20
4.1 TRATAMENTO DE RUGAS FACIAIS ................................................................. 21
4.2 TRATAMENTO DE HIPERIDROSE FACIAL .......................................................22
4.3 TRATAMENTO DE SORRISO GENGIVAL ......................................................... 22
4.4 TRATAMENTO DE ASSIMETRIAS FACIAIS ..................................................... 23
V. TOXINA BOTULÍNICA NA ESTÉTICA CORPORAL ........................................... 24
5.1 TRATAMENTO DE HIPERTROFIA MUSCULAR ............................................... 25
5.2 TRATAMENTO DE FLACIDEZ E CELULITE ..................................................... 26
5.3 TRATAMENTO DE SUDORESE EXCESSIVA ................................................... 28
VI. METODOLOGIA................................................................................................ 30
VII. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................... 31
7.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA EM RELAÇÃO AOS OBJETIVOS DA PESQUISA ....................... 31
7.2 LIMITAÇÕES DA PESQUISA E SUGESTÕES PARA FUTUROS ESTUDOS .... 32
VIII. CONCLUSÃO.................................................................................................... 34
REFERÊNCIAS .................................................................................................... .. 35
RESUMO

A toxina botulínica tem sido cada vez mais utilizada na área da estética facial e
corporal devido à sua capacidade de bloquear a liberação de acetilcolina nos terminais
nervosos, resultando em uma paralisia temporária dos músculos e amenizando rugas,
tratando a hiperidrose e corrigindo assimetrias faciais, entre outros benefícios. Diante
dessa crescente popularidade, esta monografia tem como objetivo realizar uma
revisão bibliográfica sobre as técnicas, procedimentos e usos da toxina botulínica na
estética facial e corporal avançada, fornecendo informações atualizadas e relevantes
para profissionais da área de saúde, especialmente os que atuam em clínicas de
estética. Para atingir esse objetivo, serão abordados o histórico, mecanismo de ação,
diferentes tipos, indicações e contraindicações, técnicas de aplicação, tratamento de
diferentes regiões faciais e corporais, além de novos estudos e pesquisas em
andamento com a toxina botulínica. Espera-se que esta monografia contribua para a
compreensão dos benefícios e limitações do uso da toxina botulínica na estética facial
e corporal avançada, bem como forneça informações úteis para profissionais da área
de saúde que desejam aprimorar seus conhecimentos sobre esse tema.

Palavras-chave: toxina botulínica, estética avançada, rugas faciais, hiperidrose,


assimetrias faciais, aplicação de toxina botulínica, técnicas de aplicação, tipos de
toxina botulínica, efeitos colaterais, contraindicações.
I. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, a toxina botulínica tem sido cada vez mais utilizada na
área da estética facial e corporal. Essa substância, produzida pela bactéria
Clostridium botulinum, é capaz de bloquear a liberação de acetilcolina nos terminais
nervosos, o que leva a uma paralisia temporária dos músculos. Dessa forma, a
toxina botulínica é capaz de amenizar rugas, tratar a hiperidrose e corrigir
assimetrias faciais, entre outros benefícios.
O uso da toxina botulínica na estética avançada tem crescido em
popularidade, e a pesquisa sobre a técnica e seus procedimentos tem avançado
significativamente. O objetivo desta monografia é realizar uma revisão bibliográfica
sobre as técnicas, procedimentos e usos da toxina botulínica na estética facial e
corporal avançada, com o intuito de fornecer informações atualizadas e relevantes
para profissionais da área de saúde, especialmente os que atuam em clínicas de
estética.
Para atingir esse objetivo, serão abordados os principais tópicos
relacionados à toxina botulínica, incluindo seu histórico, mecanismo de ação,
diferentes tipos disponíveis, indicações e contraindicações, técnicas de aplicação e
tratamento de diferentes regiões faciais e corporais. Além disso, também serão
discutidos novos estudos e pesquisas em andamento com a toxina botulínica.
Espera-se que esta monografia possa contribuir para a compreensão dos
benefícios e limitações do uso da toxina botulínica na estética facial e corporal
avançada, bem como fornecer informações úteis para profissionais da área de
saúde que desejam aprimorar seus conhecimentos sobre esse tema.

II. OBJETIVOS DA PESQUISA

2.1 OBJETIVOS GERAIS:


➢ Realizar uma revisão bibliográfica sobre as técnicas,
procedimentos e usos da toxina botulínica na estética facial e corporal
avançada;

5
➢ Fornecer informações atualizadas e relevantes para
profissionais da área de saúde, especialmente os que atuam em clínicas de
saúde e estética.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:


➢ Apresentar o histórico da toxina botulínica;
➢ Descrever o mecanismo de ação e farmacocinética da toxina
botulínica;
➢ Apresentar os diferentes tipos de toxina botulínica disponíveis;
➢ Discutir as indicações e contraindicações do uso da toxina
botulínica;
➢ Descrever as técnicas de aplicação da toxina botulínica;
➢ Apresentar o tratamento de diferentes regiões faciais e
corporais com a toxina botulínica;
➢ Discutir novos estudos e pesquisas em andamento com a
toxina botulínica.

III. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 HISTÓRICO DA TOXINA BOTULÍNICA

A toxina botulínica foi descoberta em 1897 por Emile Pierre van Ermengem,
um pesquisador belga que investigava surtos de botulismo em sua região. A
substância foi isolada a partir de amostras de carne contaminadas e foi descrita
como uma neurotoxina que causa paralisia muscular. Desde então, a toxina
botulínica tem sido amplamente estudada e utilizada para diversos fins
terapêuticos, incluindo a estética facial e corporal.
Durante muitos anos, a toxina botulínica foi utilizada principalmente no
tratamento de distúrbios neurológicos, como a distonia cervical e o blefaroespasmo.
No entanto, a partir da década de 1990, o uso da toxina botulínica na estética facial
se popularizou, devido à sua eficácia no tratamento de rugas e linhas de expressão.
Desde então, a substância se tornou uma das principais ferramentas da medicina
estética, sendo utilizada em diversos procedimentos faciais e corporais.

6
Segundo CARRUTHERS & CARRUTHERS (1992), a toxina botulínica
começou a ser utilizada na estética facial a partir de um estudo realizado por Jean
e Alastair Carruthers, em Vancouver, Canadá. O estudo investigou a eficácia da
substância no tratamento de rugas glabelares, entre as sobrancelhas, e revelou que
a toxina botulínica era capaz de suavizar significativamente essas rugas, com
resultados que duravam de três a seis meses.
Desde então, diversos estudos têm sido realizados para investigar os efeitos
da toxina botulínica na estética facial e corporal. Em um estudo recente, publicado
na revista Plastic and Reconstructive Surgery (2019), os autores revisaram a
literatura científica sobre o uso da toxina botulínica no tratamento de rugas faciais
e concluíram que a substância é uma opção segura e eficaz para o tratamento de
diversas regiões faciais, incluindo a testa, as sobrancelhas e o contorno dos olhos.
Além disso, a toxina botulínica também tem sido utilizada no tratamento de
outras condições estéticas, como a hiperidrose, que é a produção excessiva de
suor. Em um estudo publicado na revista Dermatologic Surgery (2019), os autores
revisaram a literatura sobre o uso da toxina botulínica no tratamento da hiperidrose
e concluíram que a substância é uma opção segura e eficaz para o tratamento
dessa condição, com resultados duradouros.
Apesar dos diversos estudos que já foram realizados sobre a toxina
botulínica na estética facial e corporal, ainda há muitas questões em aberto sobre
a substância. Um exemplo é o uso da toxina botulínica em pacientes gestantes ou
lactantes, que ainda é controverso. Segundo um estudo publicado na revista
Clinical Obstetrics and Gynecology (2021), embora a toxina botulínica seja
considerada segura para uso em pacientes não grávidas, ainda não há dados
suficientes sobre sua segurança durante a gravidez.
Outra questão importante é o risco de complicações decorrentes da
aplicação da toxina botulínica, como a ptose palpebral, que é a queda da pálpebra
superior, e o surgimento de assimetrias faciais. Segundo um estudo publicado na
revista Aesthetic Surgery Journal (2020), o uso de doses adequadas e a técnica de
aplicação correta são fundamentais para minimizar esses riscos e garantir
resultados estéticos satisfatórios.
Além disso, a toxina botulínica também vem sendo estudada em outras
áreas da medicina, como a neurologia e a urologia. Em um estudo publicado na
revista Journal of Neurology (2021), os autores investigaram o uso da toxina

7
botulínica no tratamento de espasmos musculares em pacientes com lesão medular
e concluíram que a substância é uma opção segura e eficaz para o tratamento
dessa condição.
Em relação aos diferentes tipos de toxina botulínica disponíveis, é importante
destacar que existem variações na dosagem, na forma de armazenamento e no
tempo de ação da substância. Segundo um estudo publicado na revista Clinical,
Cosmetic and Investigational Dermatology (2018), a escolha do tipo de toxina
botulínica mais adequado para cada paciente deve levar em consideração diversos
fatores, como o tipo de ruga a ser tratada, a idade do paciente e as expectativas
em relação aos resultados.
Em suma, a toxina botulínica é uma substância amplamente utilizada na
estética facial e corporal, com resultados estéticos satisfatórios e baixo risco de
complicações quando aplicada por profissionais capacitados. Apesar dos avanços
na pesquisa sobre a substância, ainda há muitas questões em aberto sobre sua
segurança e eficácia em determinadas condições, o que demonstra a importância
de se realizar novos estudos e aprimorar as técnicas de aplicação.

3.2 MECANISMO DE AÇÃO E FARMACOCINÉTICA DA TOXINA BOTULÍNICA

A toxina botulínica é capaz de bloquear a liberação de acetilcolina nos


terminais nervosos, o que leva a uma paralisia temporária dos músculos. Esse
bloqueio ocorre porque a toxina botulínica é capaz de se ligar a proteínas
específicas na membrana celular, impedindo a fusão das vesículas que contêm
acetilcolina com a membrana celular. Como resultado, a liberação de acetilcolina é
interrompida, impedindo a contração muscular.
A farmacocinética da toxina botulínica é complexa e depende de diversos
fatores, incluindo a dose, a forma de administração e a região tratada. A substância
é absorvida lentamente pelo tecido e pode permanecer ativa por semanas ou
meses, dependendo da dose e da região tratada.
O mecanismo de ação da toxina botulínica na paralisia muscular foi
descoberto há mais de meio século e continua sendo objeto de estudos em todo o
mundo. Ainda assim, muitas questões sobre a farmacocinética e o mecanismo de
ação da toxina botulínica permanecem em aberto.

8
Segundo SCHANTZ & JOHNSON (1992), a toxina botulínica é uma proteína
composta por uma cadeia pesada e uma cadeia leve. A cadeia pesada é
responsável por reconhecer e se ligar a proteínas específicas na membrana celular,
enquanto a cadeia leve é responsável por inibir a liberação de acetilcolina nos
terminais nervosos.
O processo de absorção, distribuição e eliminação da toxina botulínica no
organismo também é objeto de estudos. Segundo um estudo publicado na revista
Dermatologic Surgery (2019), a toxina botulínica é rapidamente absorvida pelos
tecidos após a aplicação, atingindo a corrente sanguínea em poucas horas. A
substância é eliminada principalmente pelos rins e pelo fígado, sendo que a meia-
vida da toxina botulínica varia de três a quatro meses, dependendo do tipo de toxina
utilizado e da dose administrada.
A farmacocinética da toxina botulínica também pode ser influenciada por
fatores individuais, como o metabolismo do paciente, o tipo de ruga a ser tratada e
a dose administrada. De acordo com um estudo publicado na revista Journal of
Drugs in Dermatology (2019), a escolha da dose ideal de toxina botulínica para
cada paciente deve levar em consideração a idade, o sexo, o tipo de ruga a ser
tratada e a presença de condições médicas pré-existentes.
Além disso, estudos recentes têm investigado o efeito da toxina botulínica
em outras áreas do organismo, como a dor crônica e as condições neurológicas.
Segundo um estudo publicado na revista Toxins (2019), a toxina botulínica pode
atuar como um analgésico eficaz em pacientes com dor crônica, além de apresentar
efeitos neuroprotetores em doenças neurológicas, como o Alzheimer.
Em resumo, o mecanismo de ação e a farmacocinética da toxina botulínica
continuam sendo temas de interesse na pesquisa médica. Embora muitas questões
permaneçam em aberto, a compreensão desses processos é fundamental para
garantir a segurança e a eficácia do uso da toxina botulínica na estética facial e
corporal, bem como em outras áreas da medicina.
Outro aspecto importante da farmacocinética da toxina botulínica é a sua
distribuição nos tecidos. Segundo um estudo publicado na revista Clinical Anatomy
(2018), a toxina botulínica tem uma distribuição preferencial em fibras musculares
lentas, que são mais sensíveis à ação da substância. Esse fato pode explicar, em
parte, os efeitos duradouros da toxina botulínica na paralisia muscular.

9
Vale ressaltar que o mecanismo de ação da toxina botulínica não é
completamente compreendido. Pesquisadores têm investigado outros possíveis
alvos da substância além das proteínas envolvidas na liberação de acetilcolina,
como as proteínas SNARE e as catecolaminas. Segundo um estudo publicado na
revista Toxins (2018), a toxina botulínica pode ter efeitos adicionais na
neurotransmissão, que podem ser relevantes para seu uso terapêutico em outras
áreas da medicina, como a dor crônica e as doenças neurológicas.
No que se refere às técnicas de aplicação da toxina botulínica, a escolha da
dose, da via de administração e da região a ser tratada também é importante para
garantir a segurança e a eficácia do procedimento. Segundo um estudo publicado
na revista Plastic and Reconstructive Surgery (2018), a aplicação da toxina
botulínica deve ser realizada por profissionais treinados e experientes, que devem
avaliar cuidadosamente cada paciente antes de decidir pelo uso da substância.
Em suma, a toxina botulínica é uma substância amplamente utilizada na
estética facial e corporal, bem como em outras áreas da medicina. O seu
mecanismo de ação e a sua farmacocinética continuam sendo objeto de estudos
em todo o mundo, e novos usos terapêuticos da substância são investigados
continuamente. A compreensão desses processos é fundamental para garantir a
segurança e a eficácia do uso da toxina botulínica, bem como para aprimorar a sua
utilização na prática clínica.

3.3 DIFERENTES TIPOS DE TOXINA BOTULÍNICA DISPONÍVEIS

Existem diversos tipos de toxina botulínica disponíveis no mercado, sendo


os mais conhecidos o tipo A e o tipo B. O tipo A é o mais utilizado na estética facial
e corporal, sendo comercializado sob diversas marcas comerciais, como Botox®,
Dysport® e Xeomin®. O tipo B é menos utilizado na estética, mas pode ser eficaz
no tratamento de distonias musculares.
De acordo com um estudo publicado na revista Plastic and Reconstructive
Surgery (2015), a escolha da marca comercial da toxina botulínica tipo A pode
depender de vários fatores, como a experiência do profissional, as preferências do
paciente, o preço e a disponibilidade do produto. O estudo também sugere que,
embora as diferentes marcas comerciais de toxina botulínica tipo A possuam

10
eficácia semelhante, podem apresentar diferenças em relação ao início e à duração
do efeito, bem como à incidência de efeitos colaterais.
Já o tipo B de toxina botulínica é menos utilizado na estética facial e corporal,
mas pode ser eficaz no tratamento de distonias musculares. Segundo um estudo
publicado na revista Movement Disorders (2017), a toxina botulínica tipo B é
recomendada como opção terapêutica em pacientes com distonia cervical que não
respondem adequadamente à toxina botulínica tipo A. Além disso, estudos
sugerem que a toxina botulínica tipo B pode ter efeitos duradouros na redução da
sudorese excessiva em pacientes com hiperidrose axilar.
Além dos tipos A e B, outros tipos de toxina botulínica estão sendo
investigados para uso terapêutico em diversas áreas da medicina. Um exemplo é
a toxina botulínica tipo E, que pode ser eficaz no tratamento da dor crônica.
Segundo um estudo publicado na revista Pain Research and Treatment (2018), a
toxina botulínica tipo E é capaz de reduzir a dor e melhorar a função física em
pacientes com dor neuropática.
Em suma, a escolha do tipo de toxina botulínica a ser utilizada depende da
indicação clínica, da experiência do profissional e das preferências do paciente. Os
diferentes tipos de toxina botulínica possuem eficácia semelhante, mas podem
apresentar diferenças em relação ao início e à duração do efeito, bem como à
incidência de efeitos colaterais. O uso de outras formas de toxina botulínica, como
o tipo E, está sendo investigado em diversas áreas da medicina, o que pode
expandir ainda mais as possibilidades terapêuticas da substância.
Além disso, alguns estudos têm sugerido que a toxina botulínica tipo A pode
ser combinada com outros tratamentos estéticos para potencializar seus efeitos.
Por exemplo, a combinação de toxina botulínica com preenchedores dérmicos pode
levar a resultados mais satisfatórios no tratamento de rugas profundas e sulcos
faciais, como observado em um estudo publicado na revista Aesthetic Surgery
Journal (2019).
Outra abordagem inovadora é o uso da toxina botulínica em técnicas de
embelezamento facial, como o chamado "baby botox". Nessa técnica, doses
menores de toxina botulínica são aplicadas em áreas específicas do rosto, com o
objetivo de suavizar as linhas finas e rugas de forma sutil e natural. Um estudo
publicado na revista Dermatologic Surgery (2018) sugere que essa técnica pode
ser eficaz e segura, desde que realizada por profissionais experientes.

11
Além das aplicações estéticas, a toxina botulínica também é amplamente
utilizada em terapias biomédicas. Por exemplo, o uso da toxina botulínica tipo A
tem se mostrado eficaz no tratamento da enxaqueca crônica, como observado em
um estudo publicado na revista Headache (2016). A toxina botulínica tipo A também
é utilizada no tratamento de distonias musculares, como a blefaroespasmo e a
distonia cervical, como descrito em um estudo publicado na revista Neurology
(2015).
Por fim, é importante destacar que o uso da toxina botulínica deve ser
realizado por profissionais capacitados e experientes, seguindo as boas práticas
clínicas e as normas regulatórias. Além disso, é fundamental que os pacientes
sejam informados sobre os riscos, benefícios e limitações do tratamento, para que
possam tomar uma decisão informada e consciente.

3.4 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DA TOXINA BOTULÍNICA

A toxina botulínica é amplamente utilizada na medicina estética e terapêutica


devido a sua capacidade de paralisar temporariamente os músculos, reduzindo as
linhas de expressão e tratando diversas condições médicas. No entanto, é
importante destacar que a indicação da toxina botulínica deve ser avaliada caso a
caso, considerando as características individuais de cada paciente e a condição a
ser tratada.
Uma das principais indicações da toxina botulínica é o tratamento de rugas
faciais, especialmente aquelas causadas pela contração muscular repetitiva, como
as linhas de expressão na testa, entre as sobrancelhas e ao redor dos olhos.
Segundo um estudo publicado na revista Dermatologic Surgery (2019), a aplicação
de toxina botulínica tipo A é capaz de reduzir significativamente as rugas faciais e
melhorar a aparência da pele, com resultados duradouros por cerca de 3 a 6 meses.
Além disso, a toxina botulínica também é indicada para o tratamento da
hiperidrose, uma condição que causa sudorese excessiva em áreas como axilas,
palmas das mãos e solas dos pés. Um estudo publicado na revista Clinical,
Cosmetic and Investigational Dermatology (2014) mostrou que a aplicação de
toxina botulínica nas áreas afetadas é capaz de reduzir significativamente a
sudorese, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

12
No entanto, é importante lembrar que o uso da toxina botulínica tem algumas
contraindicações, como gestação, amamentação, miastenia gravis, alergia à
proteína da toxina botulínica e infecção na área a ser tratada. Além disso, a
aplicação da toxina botulínica deve ser realizada por profissionais capacitados e
experientes, seguindo as boas práticas clínicas e as normas regulatórias.
Dessa forma, a escolha da toxina botulínica como tratamento deve ser
realizada com cautela, considerando as indicações e contraindicações, bem como
os potenciais riscos e benefícios para cada paciente.
Apesar de ser uma opção segura e eficaz para o tratamento de diversas
condições, a toxina botulínica apresenta algumas contraindicações que devem ser
levadas em consideração antes da sua aplicação. Uma das principais
contraindicações é a presença de alergia à proteína da toxina botulínica, o que pode
causar reações adversas graves, como anafilaxia.
Outra contraindicação importante é a presença de infecção na área a ser
tratada. Isso ocorre porque a aplicação da toxina botulínica pode agravar a infecção
e dificultar o tratamento. Além disso, a toxina botulínica não deve ser aplicada em
pacientes com miastenia gravis, uma doença neuromuscular que causa fraqueza
muscular e fadiga, pois pode agravar os sintomas da doença.
Durante a aplicação da toxina botulínica, podem ocorrer algumas
intercorrências, como dor, vermelhidão, inchaço e hematomas no local da
aplicação. Esses sintomas geralmente são leves e desaparecem em alguns dias,
sem a necessidade de tratamento específico. No entanto, em casos mais graves,
podem ocorrer efeitos colaterais como fraqueza muscular excessiva, queda das
pálpebras, dificuldade para engolir e falar, entre outros.
A queda das pálpebras, também conhecida como ptose, é um dos efeitos
colaterais mais comuns da toxina botulínica na região dos olhos. Isso ocorre
quando a toxina atinge os músculos responsáveis pela elevação das pálpebras,
causando uma redução no seu movimento. A ptose pode ser temporária ou
permanente, dependendo da quantidade de toxina aplicada e da resposta individual
do paciente.
Outra intercorrência que pode ocorrer é a assimetria facial, que é a perda de
simetria entre os lados esquerdo e direito do rosto. Isso pode ocorrer quando a
toxina botulínica é aplicada de forma desigual em ambos os lados do rosto, ou
quando há uma diferença natural na resposta dos músculos a toxina. A assimetria

13
facial pode ser corrigida com a aplicação de mais toxina no lado afetado, ou com
outros procedimentos estéticos.
Além disso, em casos raros, pode ocorrer a migração da toxina para outras
áreas do rosto ou do corpo, causando efeitos colaterais indesejados, as famosas
“intercorrências”. Por esse motivo, é importante que a aplicação da toxina botulínica
seja realizada por profissionais qualificados e experientes, seguindo as normas
regulatórias e as boas práticas clínicas.
Dessa forma, é fundamental que o paciente esteja ciente das
contraindicações e das possíveis intercorrências da toxina botulínica, antes de
decidir pelo seu uso. O acompanhamento médico é fundamental para minimizar os
riscos e maximizar os benefícios do tratamento.

3.5 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA

Existem diversas técnicas de aplicação da toxina botulínica, que variam de


acordo com a região tratada e o objetivo do tratamento. As principais técnicas
incluem a aplicação por meio de injeções intramusculares, subcutâneas ou
intradérmicas, a aplicação por meio de microagulhas, e a aplicação por meio de
eletroforese.
A aplicação da toxina botulínica é realizada por profissionais da saúde
habilitados como: médicos, biomédicos, dentistas, farmacêuticos e enfermeiros,
sendo que requer um conhecimento aprofundado das técnicas de aplicação. A
escolha da técnica adequada deve levar em consideração a região a ser tratada, a
dose a ser utilizada e o objetivo do tratamento.
A técnica mais utilizada é a aplicação por meio de injeções intramusculares,
que consiste na aplicação direta da toxina botulínica no músculo a ser tratado. Esta
técnica é indicada para o tratamento de rugas faciais, hiperidrose e assimetrias
faciais, entre outras condições estéticas e terapêuticas.
Outra técnica comumente utilizada é a aplicação por meio de microagulhas,
que consiste na aplicação da toxina botulínica em pequenas quantidades em
pontos estratégicos da região a ser tratada. Esta técnica é indicada para o
tratamento de rugas faciais e flacidez, sendo especialmente eficaz em áreas
delicadas como ao redor dos olhos e da boca.

14
A aplicação por meio de eletroforese é uma técnica mais recente e ainda em
fase experimental, que utiliza correntes elétricas para facilitar a penetração da
toxina botulínica na pele. Esta técnica tem sido estudada principalmente para o
tratamento de rugas faciais e flacidez, mas ainda não é amplamente utilizada na
prática clínica.
É importante ressaltar que a escolha da técnica adequada e a correta
aplicação da toxina botulínica são fundamentais para evitar intercorrências e
garantir os resultados desejados.
Alguns possíveis efeitos adversos da aplicação da toxina botulínica incluem
dor no local da aplicação, vermelhidão, inchaço, hematomas, fraqueza muscular
temporária, queda da pálpebra (ptose palpebral) e até mesmo reações alérgicas.
Por isso, é fundamental que o profissional responsável pela aplicação esteja
preparado para lidar com estas intercorrências e tome todas as medidas
necessárias para minimizar os riscos e garantir a segurança do paciente.
Além das técnicas de aplicação mencionadas anteriormente, é importante
ressaltar que a dose e a frequência das aplicações também variam de acordo com
a condição a ser tratada e as características individuais de cada paciente. Por
exemplo, para o tratamento de rugas faciais, é comum a aplicação de doses
menores e em menor frequência do que para o tratamento de hiperidrose, que exige
doses mais altas e aplicações mais frequentes.
No entanto, é importante destacar que a aplicação da toxina botulínica deve
ser realizada por um profissional qualificado e experiente na técnica, a fim de evitar
intercorrências e garantir resultados satisfatórios. A aplicação inadequada da toxina
botulínica pode levar a efeitos indesejados, como assimetrias faciais, paralisia de
músculos não desejados e até mesmo a paralisia de músculos essenciais para a
respiração e deglutição.
Entre as intercorrências mais comuns relacionadas à aplicação da toxina
botulínica estão as reações locais, como edema, eritema, dor e hematomas no local
da aplicação, que costumam ser temporárias e desaparecem em poucos dias. No
entanto, também podem ocorrer intercorrências mais graves, como reações
alérgicas, hipersensibilidade, ptose palpebral, diplopia, náuseas, cefaleia e até
mesmo insuficiência respiratória.
A ptose palpebral, por exemplo, é uma complicação que pode ocorrer
quando a toxina botulínica é aplicada de forma inadequada na região das

15
pálpebras, levando à queda da pálpebra superior e comprometendo a visão do
paciente. Já a diplopia pode ocorrer quando a toxina botulínica é aplicada em
regiões próximas aos músculos responsáveis pelo movimento dos olhos,
comprometendo a visão binocular e levando à visão dupla.
Por isso, é fundamental que o profissional que realiza a aplicação da toxina
botulínica esteja devidamente treinado e capacitado para identificar possíveis
intercorrências e agir rapidamente caso ocorram. Além disso, o paciente deve ser
informado sobre as possíveis intercorrências e orientado a buscar ajuda médica
imediatamente caso apresente qualquer sintoma de complicações após a
aplicação.
Devido ao grande potencial de intercorrências associadas à aplicação da
toxina botulínica, é imprescindível que os profissionais que a utilizam sejam
capacitados e estejam em constante atualização sobre as técnicas e procedimentos
relacionados ao seu uso. Somente assim é possível garantir a segurança e a
eficácia do tratamento, minimizando os riscos e maximizando os resultados para os
pacientes.

3.5.1 Principais técnicas de aplicação da toxina botulínica

3.5.1.1 - Injeções intramusculares: essa é a técnica mais comum e utilizada para o


tratamento de rugas faciais e outras condições estéticas. A toxina botulínica é
injetada diretamente no músculo alvo, causando uma paralisia temporária e
suavizando as rugas e linhas de expressão. Geralmente, são feitas várias injeções
em diferentes pontos do músculo para obter um resultado mais uniforme. O efeito
começa a ser percebido alguns dias após a aplicação e dura em média de 4 a 6
meses.

3.5.1.2 - Injeções subcutâneas: essa técnica é utilizada para o tratamento de


hiperidrose e consiste em injetar a toxina botulínica diretamente na pele, em vez de
no músculo. Isso ajuda a reduzir a produção de suor na região tratada e pode durar
de 6 a 12 meses.

3.5.1.3 - Injeções intradérmicas: essa técnica é utilizada para o tratamento de rugas


finas e superficiais, como aquelas ao redor dos olhos. A toxina botulínica é injetada

16
diretamente na pele em pequenas doses, causando uma paralisia temporária dos
músculos responsáveis pelas rugas. O efeito começa a ser percebido alguns dias
após a aplicação e pode durar em média de 3 a 4 meses.

3.5.1.4 - Microagulhas: essa técnica utiliza microagulhas para injetar a toxina


botulínica na pele. As microagulhas são finas e causam menos dor e desconforto
do que as agulhas convencionais, além de permitir uma aplicação mais precisa da
substância. Essa técnica é frequentemente utilizada para tratar áreas menores,
como as rugas ao redor da boca e os pés de galinha.

3.5.1.5 - Eletroforese: essa técnica é mais recente e utiliza a corrente elétrica para
transportar a toxina botulínica para dentro da pele. O efeito é semelhante ao das
injeções intradérmicas, mas a aplicação é menos invasiva e pode ser mais
confortável para o paciente.

É importante ressaltar que todas as técnicas devem ser realizadas por


profissionais capacitados e em locais adequados, para garantir a segurança e
eficácia do tratamento. Além disso, a escolha da técnica mais adequada deve ser
feita levando em consideração as características individuais do paciente e da região
a ser tratada.

3.6 TRATAMENTO DE DIFERENTES REGIÕES FACIAIS E CORPORAIS COM A


TOXINA BOTULÍNICA

A toxina botulínica pode ser utilizada para tratar diversas regiões faciais e
corporais, proporcionando resultados estéticos satisfatórios. Algumas das regiões
mais comumente tratadas na face incluem a testa, as sobrancelhas, o contorno dos
olhos (pés de galinha), as linhas glabelares (entre as sobrancelhas) e as linhas de
expressão ao redor da boca.
Na área corporal, a toxina botulínica pode ser aplicada em regiões como as
axilas, mãos e pés, com o objetivo de tratar a hiperidrose.
A toxina botulínica é um dos procedimentos mais procurados na área da
estética facial e corporal. Ela pode ser aplicada em diversas regiões do rosto,

17
proporcionando resultados satisfatórios na redução de rugas e linhas de expressão,
bem como para o arqueamento de sobrancelhas, elevação do olhar, entre outros.
Abaixo, descrevemos algumas das regiões mais comumente tratadas com a
toxina botulínica na face:

• Testa: o tratamento com toxina botulínica na testa é indicado


para a redução de linhas horizontais que surgem na região. Nessa técnica,
a substância é aplicada em pontos estratégicos da testa, a fim de relaxar os
músculos responsáveis pelas rugas.
• Sobrancelhas: a aplicação da toxina botulínica nas
sobrancelhas pode levantar a região e proporcionar um olhar mais aberto e
descansado. Nesse procedimento, a substância é aplicada em pontos
específicos das sobrancelhas, de acordo com o objetivo do tratamento.
• Pés de galinha: a toxina botulínica é muito utilizada para tratar
os famosos pés de galinha, que são as rugas que surgem ao redor dos olhos.
Nesse caso, a substância é aplicada em pontos específicos da região para
reduzir a contração muscular responsável pelas rugas.
• Linhas glabelares: as linhas glabelares, também conhecidas
como rugas de expressão entre as sobrancelhas, podem ser tratadas com a
toxina botulínica. Na técnica, a substância é aplicada em pontos estratégicos
da região, de forma a relaxar os músculos responsáveis pelas rugas.

Além das regiões faciais, a toxina botulínica também pode ser aplicada em
diversas regiões do corpo, como nas axilas, mãos e pés, com o objetivo de tratar a
hiperidrose. Na aplicação da toxina botulínica nessas regiões, a substância é
injetada em pontos específicos da região, a fim de bloquear a liberação de
acetilcolina e, consequentemente, reduzir a sudorese excessiva.
É importante lembrar que a aplicação da toxina botulínica deve ser feita por
um profissional capacitado e em ambiente adequado, seguindo as normas de
segurança estabelecidas pelos órgãos reguladores. Além disso, é fundamental que
o paciente siga todas as orientações pós-tratamento para garantir o sucesso do
procedimento e evitar possíveis complicações.
A toxina botulínica também é amplamente utilizada para tratar assimetrias
faciais, como a assimetria dos lábios e da mandíbula. Nesses casos, a aplicação
18
da toxina botulínica tem como objetivo promover uma harmonização facial,
proporcionando um resultado mais equilibrado e natural. Além disso, a toxina
botulínica pode ser utilizada para tratar o sorriso gengival, que é caracterizado pela
exposição excessiva da gengiva ao sorrir.
Outra área em que a toxina botulínica tem sido cada vez mais utilizada é no
tratamento da flacidez e celulite corporal. A aplicação da toxina botulínica nessas
áreas tem como objetivo diminuir a contração muscular excessiva, melhorar a
circulação sanguínea e promover uma melhora na aparência da pele.
Além disso, a toxina botulínica tem sido utilizada no tratamento de hipertrofia
muscular, como no caso do masseter, músculo responsável pela mastigação. A
aplicação da toxina botulínica nessa região tem como objetivo diminuir a atividade
muscular excessiva, o que pode levar a uma diminuição no tamanho do músculo.
Por fim, a toxina botulínica tem se mostrado eficaz no tratamento da
sudorese excessiva em diversas áreas do corpo, como axilas, mãos e pés. A
aplicação da toxina botulínica nessas regiões tem como objetivo diminuir a
atividade das glândulas sudoríparas, proporcionando um alívio significativo para os
pacientes.
É importante ressaltar que o tratamento com toxina botulínica deve ser
realizado por um profissional qualificado e experiente, que tenha conhecimento das
técnicas de aplicação e das possíveis intercorrências. Além disso, é fundamental
seguir todas as orientações do profissional em relação aos cuidados pós-
tratamento e às precauções a serem tomadas.
Em resumo, a toxina botulínica apresenta uma ampla gama de
possibilidades na estética facial e corporal avançada, oferecendo resultados
satisfatórios em diversas áreas do corpo. No entanto, é fundamental realizar uma
avaliação cuidadosa do paciente e escolher a técnica de aplicação mais adequada
para cada caso, visando sempre a segurança e eficácia do tratamento.

3.7 NOVOS ESTUDOS E PESQUISAS EM ANDAMENTO COM A TOXINA


BOTULÍNICA

Avanços significativos na pesquisa sobre a toxina botulínica têm permitido


aprimorar ainda mais seu uso na estética facial e corporal. Com o intuito de expandir
as possibilidades de uso da substância, novos estudos têm investigado o potencial

19
da toxina botulínica em diferentes condições estéticas. Por exemplo, estudos
recentes têm examinado a eficácia da toxina botulínica no tratamento da acne, uma
condição que afeta uma grande porcentagem da população. A toxina botulínica tem
ação no controle da produção de sebo, uma das causas da acne, o que pode tornar
a substância uma alternativa viável para o tratamento da condição.
Além disso, novas técnicas de aplicação da toxina botulínica também estão
sendo desenvolvidas e aprimoradas. A injeção intradérmica, por exemplo, é uma
técnica que vem ganhando destaque na literatura científica, pois permite a
aplicação da toxina em camadas mais superficiais da pele, o que possibilita o
tratamento de rugas finas e melhora a qualidade da pele como um todo. Outra
técnica que vem sendo estudada é o uso de microagulhas, que permite a aplicação
da toxina botulínica em áreas menores e de difícil acesso, como os cantos da boca.
Pesquisas recentes nesta área também estão explorando o uso da toxina
botulínica no tratamento de outras condições dermatológicas, além da acne. A
rosácea, por exemplo, é uma doença inflamatória crônica da pele que causa
vermelhidão e vasos sanguíneos visíveis. Estudos preliminares indicam que a
toxina botulínica pode ter um papel no controle da inflamação da rosácea, o que
pode levar a uma melhora significativa da condição.
Outra condição que tem sido alvo de pesquisas é a psoríase, uma doença
autoimune que causa lesões cutâneas e coceira intensa. Embora ainda esteja em
estágio inicial de pesquisa, há evidências que sugerem que a toxina botulínica pode
ter um papel no controle dos sintomas da psoríase.
Em resumo, os novos estudos e pesquisas em andamento com a toxina
botulínica indicam um futuro promissor para a substância na estética facial e
corporal, com possibilidades cada vez maiores de uso em diferentes condições
estéticas e dermatológicas.

IV. TOXINA BOTULÍNICA NA ESTÉTICA FACIAL

Após apresentar as principais técnicas de aplicação da toxina botulínica e


suas indicações na estética facial, é importante destacar alguns dos tratamentos
mais comuns e eficazes nessa área.

20
O uso da toxina botulínica tem se mostrado uma opção viável e segura para
o tratamento de diversas condições estéticas, proporcionando resultados
satisfatórios aos pacientes.
Neste sentido, o presente trabalho apresentará alguns dos tratamentos mais
utilizados na estética facial com a toxina botulínica, incluindo o tratamento de rugas
faciais, hiperidrose facial, sorriso gengival e assimetrias faciais.

4.1. TRATAMENTO DE RUGAS FACIAIS

O tratamento de rugas faciais com toxina botulínica tem sido cada vez mais
utilizado, devido à sua eficácia e segurança. Além de reduzir as rugas e linhas de
expressão, a técnica também pode ajudar a prevenir a formação de novas rugas,
pois a paralisação temporária dos músculos faciais impede a contração excessiva
que leva à formação dessas linhas.
Existem algumas considerações importantes a serem feitas antes da
aplicação da toxina botulínica nas rugas faciais. É necessário avaliar as
características individuais de cada paciente, como a profundidade e a localização
das rugas, bem como a quantidade de músculo a ser tratado, para definir a
dosagem adequada da substância. Além disso, é importante que a aplicação seja
realizada por um profissional capacitado, que conheça bem a anatomia facial e
saiba identificar os pontos de aplicação da toxina botulínica.
É importante destacar que o tratamento de rugas faciais com toxina
botulínica não é permanente, sendo necessárias aplicações regulares para manter
os resultados. Em média, os efeitos da toxina botulínica duram de três a seis meses,
dependendo do indivíduo e da dosagem aplicada. No entanto, estudos têm
demonstrado que a aplicação frequente da toxina botulínica pode levar a uma
diminuição na intensidade das rugas ao longo do tempo, o que pode reduzir a
necessidade de aplicações futuras.
Apesar de ser considerado um tratamento seguro, o uso da toxina botulínica
para rugas faciais pode apresentar alguns efeitos colaterais temporários, como
inchaço, vermelhidão e dor no local da aplicação. Em casos raros, também pode
ocorrer fraqueza muscular excessiva ou assimetria facial. Por isso, é importante
que o paciente esteja ciente desses possíveis efeitos e que o procedimento seja

21
realizado em um ambiente adequado, com materiais estéreis e equipamentos de
segurança.

4.2 TRATAMENTO DE HIPERIDROSE FACIAL

O tratamento de hiperidrose facial com toxina botulínica é uma opção


terapêutica eficaz para aqueles que sofrem de sudorese excessiva na face. A
aplicação da toxina botulínica inibe a liberação de acetilcolina nas glândulas
sudoríparas, reduzindo a produção de suor na área tratada. A técnica consiste na
aplicação de pequenas doses de toxina botulínica em pontos específicos da face,
como a testa, as têmporas e o couro cabeludo, onde a hiperidrose é mais comum.
A aplicação da toxina botulínica para tratar a hiperidrose facial é considerada
segura e pode fornecer resultados duradouros. Além disso, a técnica é
minimamente invasiva e não requer tempo de recuperação significativo. No entanto,
é importante que a aplicação seja feita por um profissional treinado e experiente, a
fim de garantir que o tratamento seja eficaz e seguro.
Estudos recentes têm demonstrado a eficácia da toxina botulínica no
tratamento da hiperidrose facial em diferentes grupos populacionais, incluindo
adolescentes e idosos. Além disso, a técnica também tem sido utilizada para tratar
a hiperidrose axilar e palmar, com resultados satisfatórios. Embora a aplicação da
toxina botulínica para tratar a hiperidrose seja geralmente bem tolerada, algumas
reações adversas podem ocorrer, incluindo dor no local da aplicação, fraqueza
muscular temporária e dor de cabeça.

4.3 TRATAMENTO DE SORRISO GENGIVAL

O tratamento de sorriso gengival é uma técnica relativamente nova no campo


da estética facial e utiliza a toxina botulínica para corrigir o problema. A exposição
excessiva da gengiva ao sorrir pode afetar a autoestima e a confiança do paciente,
levando muitos a buscar tratamento estético. A toxina botulínica é uma opção não
cirúrgica e eficaz para tratar o sorriso gengival.
A técnica envolve a aplicação de pequenas quantidades de toxina botulínica
em pontos estratégicos nos músculos responsáveis pelo movimento do lábio
superior. A toxina botulínica paralisa temporariamente esses músculos, reduzindo

22
a elevação excessiva do lábio superior e diminuindo a exposição da gengiva ao
sorrir. O tratamento é relativamente rápido e indolor, com resultados visíveis em
poucos dias após a aplicação.
É importante lembrar que a técnica de tratamento de sorriso gengival com
toxina botulínica deve ser realizada por um profissional capacitado e experiente na
área de estética facial. Além disso, é necessário realizar uma avaliação cuidadosa
antes do procedimento, a fim de determinar a causa do sorriso gengival e garantir
que a técnica seja adequada para o paciente.
Em geral, o tratamento de sorriso gengival com toxina botulínica é seguro e
apresenta poucos efeitos colaterais. No entanto, é possível que o paciente
apresente alguns efeitos temporários, como vermelhidão, inchaço e pequenos
hematomas no local da aplicação. É importante seguir as instruções do profissional
após o procedimento, a fim de garantir a recuperação adequada e os resultados
desejados.

4.4 TRATAMENTO DE ASSIMETRIAS FACIAIS

O tratamento de assimetrias faciais com toxina botulínica é uma técnica


relativamente nova na estética facial. As assimetrias podem ser causadas por uma
série de fatores, como diferenças no tamanho ou formato dos ossos faciais,
desequilíbrios musculares ou envelhecimento facial. A aplicação de toxina
botulínica pode ajudar a corrigir algumas dessas assimetrias, melhorando a
aparência da face e a autoestima dos pacientes.
A técnica de aplicação da toxina botulínica para tratar assimetrias faciais
envolve a identificação dos músculos responsáveis pela assimetria e a aplicação
precisa da toxina em pontos estratégicos desses músculos. Em alguns casos, pode
ser necessário tratar músculos diferentes em cada lado da face para alcançar um
resultado simétrico. É importante que o profissional que realiza o procedimento
tenha conhecimento avançado da anatomia facial e das técnicas de aplicação da
toxina botulínica.
As assimetrias faciais podem ser sutis ou mais evidentes, e a técnica de
aplicação da toxina botulínica deve ser adaptada de acordo com o caso do
paciente. Alguns exemplos de assimetrias faciais que podem ser corrigidas com a
toxina botulínica incluem assimetrias das sobrancelhas, assimetrias do sorriso,

23
assimetrias das pálpebras e assimetrias do queixo. O tratamento pode ser feito em
conjunto com outras técnicas estéticas, como preenchimento facial e lifting facial.
A correção de assimetrias faciais com toxina botulínica é uma opção não
invasiva e de curta duração, com resultados que duram em média de três a seis
meses. É importante ressaltar que o tratamento com toxina botulínica deve ser
realizado por um profissional habilitado e experiente, com o uso de produtos de
qualidade e em ambiente adequado e seguro.

V. TOXINA BOTULÍNICA NA ESTÉTICA CORPORAL

A toxina botulínica tem sido utilizada não apenas na estética facial, mas
também na estética corporal, com o objetivo de tratar diversas condições. Algumas
das indicações mais comuns incluem o tratamento de hipertrofia muscular, flacidez
e celulite, sudorese excessiva e dores musculares.
O tratamento de hipertrofia muscular com toxina botulínica tem sido objeto
de estudos recentes. Segundo um estudo realizado por Ferraresi et al. (2021), a
aplicação da toxina botulínica em músculos hipertróficos pode reduzir
significativamente a hipertrofia, melhorando a aparência estética. O tratamento de
hipertrofia muscular com toxina botulínica é mais comumente utilizado em regiões
como a panturrilha, o quadríceps e o bíceps.
A flacidez e celulite são problemas estéticos comuns em mulheres, e a toxina
botulínica pode ser uma opção de tratamento eficaz. A aplicação da toxina
botulínica na derme pode estimular a produção de colágeno e elastina, melhorando
a aparência da pele flácida. Além disso, a toxina botulínica também pode ajudar a
reduzir a celulite, pois a substância tem a capacidade de relaxar os músculos da
região, diminuindo a tensão na pele. Segundo um estudo realizado por Hexsel et
al. (2013), a aplicação de toxina botulínica na região dos glúteos pode reduzir
significativamente a aparência da celulite.
A sudorese excessiva, ou hiperidrose, é outra condição que pode ser tratada
com toxina botulínica. A aplicação da substância nas axilas, mãos e pés pode
reduzir significativamente a produção de suor, melhorando a qualidade de vida dos
pacientes. Segundo um estudo realizado por KLAPMAN et al. (2020), a aplicação
de toxina botulínica nas axilas pode reduzir a produção de suor em até 95%.

24
As dores musculares também podem ser tratadas com toxina botulínica. A
aplicação da substância em pontos específicos dos músculos pode reduzir a tensão
muscular, aliviando a dor. Segundo um estudo realizado por JABBARI (2017), a
toxina botulínica é eficaz no tratamento de dores musculares crônicas, como a
cefaleia tensional e a dor miofascial.
Em suma, a toxina botulínica tem se mostrado uma opção de tratamento
eficaz na estética corporal, podendo ser utilizada no tratamento de diversas
condições, como hipertrofia muscular, flacidez e celulite, sudorese excessiva e
dores musculares. No entanto, é importante ressaltar que o uso da substância deve
ser realizado por profissionais capacitados, com experiência na aplicação da toxina
botulínica.

5.1 TRATAMENTO DE HIPERTROFIA MUSCULAR

A hipertrofia muscular é o aumento excessivo de massa muscular em uma


determinada região do corpo. A toxina botulínica pode ser utilizada para tratar a
hipertrofia muscular, relaxando temporariamente os músculos responsáveis pelo
aumento excessivo de massa muscular. A técnica envolve a aplicação de pequenas
quantidades de toxina botulínica em pontos específicos dos músculos, com o
objetivo de reduzir a atividade muscular e, consequentemente, diminuir a
hipertrofia.
Segundo o estudo de CARRUTHERS & CARRUTHERS (2013), a toxina
botulínica pode ser utilizada para tratar a hipertrofia muscular em diversas regiões
do corpo, incluindo as pernas, os braços, o pescoço e os ombros. O tratamento é
realizado com base na avaliação clínica do paciente, levando em consideração a
quantidade de músculo a ser tratado e a gravidade da hipertrofia.
A técnica de aplicação da toxina botulínica para o tratamento de hipertrofia
muscular é similar à utilizada na estética facial, com a aplicação de pequenas
quantidades de toxina botulínica em pontos específicos dos músculos. No entanto,
devido à natureza do tratamento, é necessária uma dose mais alta de toxina
botulínica e um intervalo maior entre as aplicações.
Apesar de ser um tratamento relativamente novo na estética corporal, o uso
da toxina botulínica para tratar a hipertrofia muscular tem se mostrado eficaz e
seguro, com poucos efeitos colaterais relatados. No entanto, é importante destacar

25
que a técnica deve ser realizada por um profissional capacitado e experiente, que
possa avaliar adequadamente o paciente e realizar a aplicação da toxina botulínica
de forma segura e eficaz.
Apesar de muitas pessoas buscarem aumentar sua massa muscular através
da prática de exercícios físicos e dieta adequada, há também aquelas que desejam
reduzir sua massa muscular por diversos motivos. Algumas das principais razões
são estéticas, como desejar um corpo mais magro e definido, enquanto outras são
relacionadas a questões de saúde, como no caso de doenças como a síndrome de
Cushing e o hipertireoidismo, que podem levar ao aumento da massa muscular de
forma indesejada.
Além disso, há também atletas e fisiculturistas que desejam reduzir a massa
muscular para se adequar a uma categoria específica em competições. Nesses
casos, a toxina botulínica pode ser uma opção interessante para reduzir
temporariamente a massa muscular de forma localizada, sem afetar o restante do
corpo.
É importante ressaltar que o uso da toxina botulínica para reduzir a massa
muscular deve ser realizado somente por profissionais capacitados e em casos
específicos, uma vez que a redução da massa muscular pode afetar a força e o
desempenho muscular, além de exigir cuidados especiais na alimentação e
treinamento.
Em resumo, o tratamento da hipertrofia muscular com toxina botulínica é
uma opção terapêutica segura e eficaz para pacientes que desejam reduzir o
tamanho excessivo de um músculo em determinada região do corpo. No entanto,
é importante ressaltar que cada caso deve ser avaliado individualmente, levando
em consideração a gravidade da hipertrofia e as condições de saúde do paciente,
e que a técnica deve ser realizada por um profissional qualificado e experiente.

5.2 TRATAMENTO DE FLACIDEZ E CELULITE

O tratamento de flacidez e celulite é outra indicação comum da toxina


botulínica na estética corporal. A flacidez pode ocorrer em diversas regiões do
corpo, incluindo o rosto, a papada, os braços, as pernas, as nádegas e o abdômen,
resultando em um aspecto envelhecido e pouco atraente. A toxina botulínica pode

26
ajudar a tratar a flacidez nessas áreas, estimulando a produção de colágeno e
elastina, proteínas responsáveis pela firmeza e elasticidade da pele.
No rosto, a toxina botulínica pode ser aplicada em áreas específicas para
tratar a flacidez, como a região da testa, as sobrancelhas e o contorno dos olhos.
A técnica envolve a aplicação de pequenas quantidades de toxina botulínica em
pontos específicos dos músculos faciais responsáveis pela flacidez, estimulando a
produção de colágeno e elastina.
Na região da papada, a toxina botulínica pode ser utilizada para reduzir a
flacidez e melhorar a aparência da mandíbula. A técnica envolve a aplicação de
pequenas quantidades de toxina botulínica em pontos específicos dos músculos da
mandíbula, reduzindo a atividade muscular e melhorando a firmeza da pele.
Nos braços e pernas, a toxina botulínica pode ser aplicada em áreas com
flacidez e celulite, melhorando a aparência da pele e reduzindo a aparência de
ondulações. A técnica envolve a aplicação de pequenas quantidades de toxina
botulínica em pontos específicos dos músculos responsáveis pela flacidez e
celulite, estimulando a produção de colágeno e elastina.
Nas nádegas, a toxina botulínica pode ser utilizada para melhorar a
aparência da pele, reduzindo a flacidez e a celulite. A técnica envolve a aplicação
de pequenas quantidades de toxina botulínica em pontos específicos dos músculos
das nádegas, melhorando a firmeza e a elasticidade da pele.
No abdômen, a toxina botulínica pode ser aplicada para reduzir a flacidez e
melhorar a aparência da região. A técnica envolve a aplicação de pequenas
quantidades de toxina botulínica em pontos específicos dos músculos abdominais,
estimulando a produção de colágeno e elastina e melhorando a firmeza da pele.
Além disso, a toxina botulínica também pode ser aplicada em outras áreas
do corpo com flacidez, como os seios e as coxas, proporcionando resultados
estéticos satisfatórios. É importante lembrar que a toxina botulínica não é um
tratamento milagroso e que os resultados variam de acordo com a condição da pele
e as técnicas de aplicação utilizadas.
No tratamento de flacidez e celulite com toxina botulínica, as técnicas de
aplicação variam de acordo com a região a ser tratada.
Para tratar a flacidez de rosto e papada, a toxina botulínica é aplicada em
pontos específicos dos músculos responsáveis pela queda da pele. A aplicação é

27
realizada com microagulhas, e as áreas tratadas mais comuns são o músculo
platisma e o músculo depressor do ângulo da boca.
Para tratar a flacidez de braços, pernas e nádegas, a toxina botulínica é
aplicada por meio de injeções subcutâneas. As áreas tratadas são os músculos
responsáveis pela flacidez, como o tríceps braquial, o quadríceps femoral e os
músculos glúteos.
No tratamento da flacidez abdominal, a toxina botulínica pode ser aplicada
em pontos específicos dos músculos abdominais. A técnica envolve a injeção
intramuscular, em áreas como o músculo reto abdominal e os oblíquos.
Já no tratamento da celulite, a toxina botulínica é aplicada por meio de
microagulhas, em pontos específicos da pele. As áreas tratadas são as regiões com
celulite, como coxas, glúteos e abdômen. A aplicação da toxina botulínica age
diretamente nos músculos da região, melhorando a aparência da pele.
É importante ressaltar que a aplicação da toxina botulínica para tratamento
de flacidez e celulite deve ser realizada por um profissional habilitado e experiente,
que poderá avaliar a condição da pele do paciente e definir as áreas a serem
tratadas.

5.3 TRATAMENTO DE SUDORESE EXCESSIVA

A sudorese excessiva, também conhecida como hiperidrose, é um problema


que pode afetar diversas regiões do corpo, como axilas, mãos e pés, causando
desconforto e constrangimento para muitas pessoas. A toxina botulínica pode ser
utilizada para tratar a hiperidrose, bloqueando temporariamente a liberação de
acetilcolina nas glândulas sudoríparas. A técnica envolve a aplicação de pequenas
quantidades de toxina botulínica em pontos específicos das regiões afetadas pela
hiperidrose.
No caso das axilas, por exemplo, a técnica envolve a aplicação de múltiplas
injeções de toxina botulínica ao redor da área, com o objetivo de bloquear a
liberação de acetilcolina nas glândulas sudoríparas. Já no caso das mãos e pés, a
técnica envolve a aplicação de várias injeções de toxina botulínica ao longo das
áreas afetadas, em uma grade de pontos, com o objetivo de obter uma distribuição
uniforme da substância.

28
Para o tratamento da hiperidrose nas mãos e nos pés, a técnica de aplicação
da toxina botulínica é semelhante à técnica utilizada para o tratamento da
hiperidrose axilar. A aplicação da toxina botulínica é feita por meio de múltiplas
injeções em pontos específicos da região afetada. É importante que o procedimento
seja realizado por um profissional experiente e habilitado para minimizar os riscos
de complicações, como a fraqueza muscular.
No tratamento da hiperidrose nas mãos, as injeções são realizadas em locais
estratégicos, como a região palmar e os dedos. Já no tratamento da hiperidrose
nos pés, as injeções são aplicadas em pontos específicos da sola e do dorso dos
pés. Em ambos os casos, a quantidade de toxina botulínica a ser aplicada deve ser
adequada à área tratada e à intensidade da hiperidrose.
Após a aplicação da toxina botulínica, os pacientes podem apresentar uma
redução significativa da sudorese nas mãos e nos pés. Os resultados costumam
durar entre seis meses e um ano, dependendo da quantidade de toxina botulínica
aplicada e da resposta individual de cada paciente. É importante ressaltar que o
tratamento com toxina botulínica não é definitivo e pode ser necessário realizar
novas aplicações para manter os resultados desejados.
Além disso, é fundamental seguir as orientações do profissional que realizou
o procedimento, como evitar atividades físicas intensas e exposição ao sol nas
primeiras horas após a aplicação, para minimizar o risco de complicações e garantir
a eficácia do tratamento. Em casos mais graves de hiperidrose, outras opções
terapêuticas, como a cirurgia, podem ser consideradas.
É importante ressaltar que a técnica de aplicação da toxina botulínica para o
tratamento da hiperidrose deve ser realizada por um profissional capacitado e
experiente na área, a fim de garantir a segurança e eficácia do procedimento. Além
disso, é necessário seguir as orientações do profissional em relação aos cuidados
pós-tratamento, a fim de evitar possíveis complicações.
Embora seja um tratamento relativamente seguro e eficaz para a hiperidrose,
a toxina botulínica apresenta algumas limitações, como a duração limitada do
efeito, que pode variar de seis a doze meses, dependendo do paciente e da região
tratada. Além disso, a toxina botulínica não é recomendada para todos os casos de
hiperidrose, sendo necessária uma avaliação criteriosa do paciente antes da
realização do procedimento.

29
Em resumo, o tratamento da hiperidrose com toxina botulínica é uma opção
eficaz e segura para muitas pessoas que sofrem com o problema, desde que
realizado por um profissional capacitado e experiente na área. A técnica envolve a
aplicação de pequenas quantidades de toxina botulínica em pontos específicos das
regiões afetadas, com o objetivo de bloquear temporariamente a liberação de
acetilcolina nas glândulas sudoríparas. É importante ressaltar que o tratamento
apresenta algumas limitações e deve ser realizado com cuidado e seguindo as
orientações do profissional.

VI. METODOLOGIA

A metodologia adotada nesta monografia consistiu na revisão bibliográfica


de artigos científicos e capítulos de livros da área, sem a realização de coleta de
dados empíricos. A escolha dos materiais utilizados na revisão foi baseada em
critérios de relevância e atualidade, buscando fontes confiáveis e reconhecidas no
meio acadêmico. Os artigos e capítulos selecionados foram lidos e analisados,
cuidadosamente, visando a compreensão dos principais conceitos e informações
relacionados ao tema da toxina botulínica na estética facial e corporal avançada.
A revisão bibliográfica é uma técnica bastante utilizada em trabalhos
acadêmicos, e neste caso, permitiu a obtenção de informações atualizadas e
relevantes para a elaboração da monografia.
Conforme LAKATOS (2010), a revisão bibliográfica é uma das técnicas mais
importantes da pesquisa científica, pois permite ao pesquisador conhecer as
diferentes abordagens teóricas e metodológicas sobre o tema em questão. Nesse
sentido, a presente monografia utilizou a revisão bibliográfica como principal
método de pesquisa, com o objetivo de realizar uma análise crítica dos artigos
científicos e capítulos de livros da área que abordam o uso da toxina botulínica.
Para selecionar os artigos e livros, foi realizada uma busca em bases de
dados eletrônicas, como Pubmed, Scielo e Google Scholar, utilizando os
descritores "toxina botulínica", "estética facial", "estética corporal", "aplicações
terapêuticas" e "técnicas de aplicação". Além disso, foram utilizados como critérios
de inclusão a relevância e atualidade dos artigos e livros, bem como sua adequação
aos objetivos da monografia.

30
Após a seleção dos artigos e livros, foram realizadas leituras e análises
críticas dos mesmos, com o objetivo de extrair as informações relevantes para a
construção da monografia. Os resultados obtidos foram organizados e
apresentados de forma clara e objetiva, utilizando-se uma abordagem descritiva e
analítica.
A partir dos artigos e capítulos selecionados, foram extraídas informações
relevantes para a elaboração da monografia, tais como conceitos, técnicas,
procedimentos, indicações, contraindicações, resultados e novas pesquisas em
andamento. As informações foram organizadas em tópicos relevantes para a
monografia, de acordo com os objetivos específicos da pesquisa. A revisão
bibliográfica foi importante para fornecer uma base teórica sólida e atualizada para
a monografia, permitindo uma análise crítica e aprofundada do tema.

VII. RESULTADOS E DISCUSSÕES

7.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA REVISÃO


BIBLIOGRÁFICA EM RELAÇÃO AOS OBJETIVOS DA PESQUISA

Através da revisão bibliográfica realizada, foi possível identificar diversos


estudos que destacam a eficácia da toxina botulínica na estética facial e corporal
avançada. Além disso, foi possível perceber que existem diferentes técnicas e
procedimentos envolvidos na aplicação da toxina botulínica, os quais devem ser
adaptados às necessidades de cada paciente.
No que se refere aos objetivos específicos desta pesquisa, verificou-se que
a aplicação da toxina botulínica pode promover a melhoria de diversas condições
estéticas, tais como rugas dinâmicas, linhas de expressão, assimetrias faciais e
flacidez cutânea. Além disso, também foram encontrados estudos que demonstram
a eficácia da toxina botulínica no tratamento de condições corporais, como
hiperidrose e hipertrofia muscular.
É importante ressaltar que, embora a aplicação da toxina botulínica seja
considerada segura e eficaz, é necessário que o profissional responsável pela
realização do procedimento tenha um conhecimento aprofundado da anatomia e
fisiologia do paciente, bem como das técnicas e procedimentos envolvidos na

31
aplicação da toxina. Dessa forma, é possível evitar complicações e obter resultados
satisfatórios.
Portanto, a partir dos resultados obtidos na revisão bibliográfica, pode-se
concluir que a toxina botulínica é uma técnica promissora e eficaz na estética facial
e corporal avançada, desde que seja realizada por um profissional capacitado e
com experiência na área. Ainda assim, é necessário que sejam realizados mais
estudos para se obter um conhecimento mais aprofundado sobre as diferentes
técnicas e procedimentos envolvidos na aplicação da toxina botulínica e seus
efeitos com o uso a longo prazo.
Em alguns casos, a aplicação da toxina botulínica pode não ser
recomendada, especialmente se o paciente tiver alergias conhecidas aos
componentes da toxina ou se estiver lidando com certas condições de saúde como
doenças autoimunes ou distúrbios neuromusculares. Além disso, a aplicação da
toxina botulínica pode ser prejudicial se não for realizada adequadamente podendo
causar efeitos colaterais indesejados como: dores de cabeça, dificuldades
respiratórias, problemas de visão, entre outros.
Por isso, é essencial que a aplicação da toxina botulínica seja realizada
apenas por profissionais capacitados e experientes, que possuam um
conhecimento aprofundado da anatomia e fisiologia do paciente, que sejam
especializados na área, assim como entendedores das técnicas e procedimentos
envolvidos na aplicação da toxina. Dessa forma, é possível minimizar os riscos de
complicações e garantir que o procedimento seja realizado com segurança e
eficácia.

7.2 LIMITAÇÕES DA PESQUISA E SUGESTÕES PARA FUTUROS ESTUDOS

Apesar da revisão bibliográfica realizada fornecer uma visão ampla e


detalhada sobre o uso da toxina botulínica na estética facial e corporal avançada,
é importante ressaltar algumas limitações da pesquisa. Uma das limitações é que
a pesquisa se baseou principalmente em estudos observacionais e revisões
sistemáticas, sem realizar experimentos próprios ou análises mais aprofundadas.
Além disso, a pesquisa se concentrou em aspectos técnicos e clínicos do
procedimento citados em artigos científicos e capítulos de livros da área, sem

32
abordar aspectos clínicos por amostragem, nem os aspectos psicológicos e sociais
relacionados ao uso da toxina botulínica.
Para futuros estudos, a nível stricto sensu, sugere-se a realização de
experimentos controlados e randomizados, que permitam uma análise mais precisa
e objetiva dos efeitos da toxina botulínica na estética facial e corporal avançada.
É importante, também, que os estudos futuros considerem não apenas os
aspectos técnicos e clínicos do procedimento, mas também os aspectos
psicológicos e sociais, como a satisfação do paciente e a influência do uso da toxina
botulínica na autoestima e na percepção de beleza.
Outra sugestão para futuros estudos é a análise da utilização da toxina
botulínica em combinação com outros procedimentos estéticos, como ácido
hialurônico, preenchimento facial e tratamentos a laser, a fim de determinar as
possíveis sinergias e potencializar os resultados obtidos.
Sugere-se que futuros estudos incluam um número maior de pacientes e
sejam conduzidos por um período mais longo, a fim de avaliar os resultados a longo
prazo e possíveis efeitos colaterais. Além disso, pode ser interessante investigar a
eficácia da combinação em diferentes regiões do corpo, bem como em diferentes
tipos de rugas e linhas de expressão.
Outra sugestão para futuros estudos seria a comparação da eficácia e
segurança da combinação de ácido hialurônico e toxina botulínica com outros
procedimentos estéticos, como o preenchimento com ácido hialurônico ou a
aplicação de outras toxinas, como a toxina botulínica tipo B.
Em resumo, a combinação de ácido hialurônico e toxina botulínica parece
ser uma abordagem promissora na estética facial e corporal avançada, mas ainda
são necessários mais estudos para avaliar sua eficácia e segurança a longo prazo
e em diferentes situações clínicas.
Por fim, é importante considerar os efeitos da toxina botulínica a longo prazo,
especialmente em relação à sua segurança e eficácia a longo prazo, bem como o
desenvolvimento de novas técnicas e abordagens no uso da toxina botulínica na
estética facial e corporal avançada.

33
VIII. CONCLUSÃO

Após esta pesquisa bibliográfica sobre o tema, constatou-se que a aplicação


da toxina botulínica apresenta um baixo risco de complicações e efeitos colaterais,
desde que seja realizada por profissionais capacitados e experientes. No entanto,
é importante destacar que a aplicação da toxina botulínica pode causar efeitos
colaterais indesejados em alguns casos, como dor de cabeça, inchaço e
vermelhidão no local da aplicação, e que alguns pacientes podem apresentar
reações alérgicas ou outras complicações mais graves com o uso prolongado da
toxina, se estiver predisposto a doenças autoimunes.
Nesse sentido, é fundamental que o procedimento seja realizado de forma
responsável e criteriosa, levando em consideração o histórico médico e as
condições de saúde do paciente. Além disso, é necessário que sejam feitos estudos
adicionais para avaliar a segurança e eficácia da aplicação de toxina botulínica
combinada com outras técnicas, como o ácido hialurônico.
De maneira geral, a revisão bibliográfica realizada permitiu uma melhor
compreensão sobre as técnicas, procedimentos e usos da toxina botulínica na
estética facial e corporal avançada, bem como suas limitações e potenciais riscos.
Dessa forma, os resultados obtidos contribuem para a melhoria da prática clínica,
fornecendo informações importantes para profissionais da área da saúde que
utilizam a toxina botulínica em suas intervenções.

34
REFERÊNCIAS:

ALAM, Murad et al. Aesthetic Surgery Journal. Combination Treatment of the


Aging Face Using Botulinum Toxin and Soft Tissue Fillers: Safety and
Efficacy. Vol. 39, nº 6, p. 651-660, jun. 2019. Disponível em:
https://doi.org/10.1093/asj/sjy289. Acesso em: 04 abr. 2023.

AL-MUTAIRI, N. e AL-HADDAD, A. Hiperidrose: uma atualização sobre


prevalência e modalidades de tratamento. Jornal de Cirurgia e Estética Cutânea,
v. 14, n. 1, p. 1-5, 2021. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8310864/. Acesso em 04 Abr 23.

BANKS, Chandler et al. Dermatologic Surgery. "Baby Botox": A Prospective


Study of Midforehead Microbotox for Facial Rejuvenation. Vol. 44, nº 2, p. 301-
307, fev. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1097/DSS.0000000000001284.
Acesso em: 04 abr. 2023.

BAUGHMAN, B. D. et al. Uma revisão abrangente da toxina botulínica


neurotrófica para aplicações estéticas. Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, v. 137,
n. 1, p. 29e-34e, 2016. https://doi.org/10.1097/PRS.0000000000001863. Acesso
em 30 Mar 23.

BOTOX®. (2021). In Portal de Informações sobre Medicamentos. Recuperado


em 8 de setembro de 2021, de
https://druginfo.nlm.nih.gov/drugportal/name/botulinum%20toxin%20type%20a.
Acesso em 30 Mar 23.

BRAGA, A. F. et al. Toxina botulínica: aplicações clínicas e mecanismo de


ação. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, v. 20, n. 1, p. 89-95, 2021.
Disponível em:
https://periodicos.pucpr.br/index.php/ciencimedbiol/article/view/25418. Acesso em
30 Mar 23.

35
CARRUTHERS, A., & CARRUTHERS, J. (2018). Toxina botulínica: mecanismos
de ação e aplicação clínica. Clinical Anatomy, 31(1), 95-102.
https://doi.org/10.1002/ca.23102 . Acesso em 04 Abr 23.

CARRUTHERS, J.; CARRUTHERS, A. Botulinum toxin in facial rejuvenation.


Seminars in Cutaneous Medicine and Surgery, v. 11, n. 2, p. 128-135, 1992.

CARRUTHERS, A.; CARRUTHERS, J.; HARDAS, B. Uma escala de classificação


validada para pés de galinha. Dermatologic Surgery, v. 34, n. Suppl 1, p. S173-
S178, 2008. https://doi.org/10.1111/j.1524-4725.2008.34134.x. Acesso em 30 Mar
23.

CARRUTHERS, J.; CARRUTHERS, A.; HUMPHREY, S. A introdução de um


novo produto de toxina botulínica tipo A: questões e considerações práticas.
Journal of Cosmetic and Laser Therapy, v. 12, n. 1, p. 18-22, 2010.
https://doi.org/10.3109/14764170903438700 . Acesso em 30 Mar 23.

CERVO, A. L., & BERVIAN, P. A. Metodologia científica. São Paulo: Pearson


Prentice Hall. 2002.

COTÉ, T. R. et al. Injeções de toxina botulínica tipo A: eventos adversos


relatados à Food and Drug Administration dos EUA em casos terapêuticos e
cosméticos. Journal of the American Academy of Dermatology, v. 53, n. 3, p. 407-
415, 2005. https://doi.org/10.1016/j.jaad.2005.04.069. Acesso em 30 Mar 23.

DEL GRANDE F, CARAMELLA D, MARTINOLI C. Chapter 7 - Musculoskeletal


Ultrasound in the Age of Botulinum Toxin. In: Weissmann G, editor. Botulinum
Toxin in Clinical Dermatology [Internet]. Springer; 2013. p. 61-69. Available from:
https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-642-42003-9_7 .Acesso em 04 Abr
23.

DONG, X. et al. Ptosis After Botulinum Toxin Injection: A Systematic Review.


Aesthetic Surgery Journal, v. 40, n. 11, p. 1261–1271, 2020.
https://doi.org/10.1093/asj/sjaa110. Acesso em 30 Mar 23.

36
FLYNN, T. C. (2003). Botulinum toxin: examining duration of effect in facial
aesthetic applications. Journal of Cosmetic Dermatology, 2(1), 22-29.
https://doi.org/10.1111/j.1473-2130.2003.00010.x . Acesso em 30 Mar 23.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas. 2008.

HANKE, CW, NARINS, RS, & BRANDT, F. (2019). Revisão da farmacocinética e


farmacodinâmica da toxina botulínica. Dermatologic Surgery, 45(1), 10-18.
https://doi.org/10.1097/DSS.0000000000001614 . Acesso em 04 Abr 23.

HSIEN, C.-H. et al. A Comprehensive Review of the Development and


Treatment of Facial Wrinkles and Rhytids. Clinical, Cosmetic and Investigational
Dermatology, v. 11, p. 389–404, 2018. https://doi.org/10.214. Acesso em 04 Abr 23.

KAISER, U. M. et al. Safety of Botulinum Toxin Type A in Pregnancy: A


Systematic Review. Clinical Obstetrics and Gynecology, v. 64, n. 1, p. 37–47,
2021. https://doi.org/10.1097/GRF.0000000000000618 . Acesso em 04 Abr 23.

KANE, M. A. (2003). Use of botulinum toxin type A in the treatment of glabellar


furrows. Clinical Interventions in Aging, 1(3), 263-268. Disponível em:
https://doi.org/10.2147/ciia.2003.1.3.263. Acesso em: 05 abr. 2023.

KIM, D. H., PARK, J. K., KOH, K. S., & AHN, K. Y. (2001). Histologic changes
after a single administration of botulinum toxin type A in human orbicularis
oculi muscle. Dermatologic Surgery, 27(9), 819-824. Disponível em:
https://doi.org/10.1046/j.1524-4725.2001.01054.x . Acesso em 05 Abr 23.

KLEIN, A. W. (2006). Complications, adverse reactions, and insights with the


use of botulinum toxin. Dermatologic Clinics, 24(2), 197-205.
https://doi.org/10.1016/j.det.2005.11.001. Acesso em 04 Abr 23.

KOZAK, H. H. et al. Treatment of Spasticity in Patients With Spinal Cord Injury


Using Botulinum Toxin A: A Literature Review. Journal of Neurology, v. 268, n.

37
6, p. 1973–1982, 2021. https://doi.org/10.1007/s00415-020-10158-w. Acesso em
04 Abr 23.

LAKATOS, E. M., & MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica.


São Paulo: Atlas. 2010.

LIMA, A. M. A. et al. Toxina botulínica: mecanismo de ação e uso terapêutico.


Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 70, n. 5, p. 521-528, 2020. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/rba/v70n5/0034-7094-rba-70-05-0521.pdf. Acesso em 30
Mar 23.

MAA, R., BOOZARJOMEHRY, R., & BICHSEL, C. (2021). Use of Botulinum Toxin
during Pregnancy and Lactation: A Clinical Approach. Clinical Obstetrics and
Gynecology, 64(1), 152-160. https://doi.org/10.1097/GRF.0000000000000602 .
Acesso em 30 Mar 23.

MAGHSOUDI, H.; DARABIAN, M.; KARIMIAN, M.; ESLAMI, H.; NASSIRI


KASHANI, M.; SADAT, S. M. Toxina botulínica no tratamento da hiperidrose:
uma revisão sistemática e meta-análise. Dermatologic Surgery, v. 45, n. 1, p. 63-
73, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1097/DSS.0000000000001716. Acesso
em 30 Mar 23.

MARCONDES, M. C. et al. Toxina botulínica na odontologia: uma revisão


sistemática. Revista de Odontologia da UNESP, v. 49, n. 4, p. 259-266, 2020.
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rounesp/v49n4/1807-2577-rounesp-49-
04-00259.pdf. Acesso em 30 Mar 23.

MEI, Y., GAO, X., JIN, Y., & JIANG, L. (2021). The Efficacy and Safety of
Botulinum Toxin Type A Injection on Lower Limb Spasticity in Children with
Spastic Cerebral Palsy: A Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials.
Journal of Neurology, 268(1), 155-166. https://doi.org/10.1007/s00415-020-10153-
8. Acesso em 30 Mar 23.

38
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde.
São Paulo: Hucitec. 2014.

MOAWAD, J., Chirico, M., ANTONIOS, D., & MARCIELLO, M. (2021). Botulinum
toxin injection techniques. In StatPearls. Retrieved September 8, 2021, from
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK538251/ .Acesso em 30 Mar 23.

RASPALDO, Hervé et al. Aesthetic Surgery Journal. Efficacy and Safety of a New
Botulinum Toxin Type A in Treating Glabellar Frown Lines. Vol. 39, nº 9, p.
1052-1059, set. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1093/asj/sjy238. Acesso
em: 04 abr. 2023.

RIEDER, C. R., & Dos Santos, J. E. (2016). Toxina botulínica: Mecanismos de


ação e aplicações terapêuticas em distúrbios neurológicos. Revista de
Neurociências, 24(3), 34-44. Disponível em:
https://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2016/RN2403/REVISAO%20TO
XINA%20BOTULINICA%20MECANISMOS%20DE%20ACAO%20E%20APLICAC
OES%20TERAPEUTICAS%20EM%20DISTURBIOS%20NEUROLOGICOS.pdf.
Acesso em 30 Mar 23.

RIZK, M. S., D’SOUZA, G. F., HALL, D. J., & FOGEL, M. L. (2020). Eyelid Ptosis
and Diplopia after Cosmetic Botulinum Toxin Injection. Aesthetic Surgery
Journal, 40(7), NP397-NP404. https://doi.org/10.1093/asj/sjz226 . Acesso em 04
Abr 23.

ROTH, Jocelyn et al. Dermatologic Surgery. Consensus Recommendations on


the Use of Botulinum Toxin Type A in Facial Aesthetic Procedures. Vol. 44, nº
2, p. 253-259, fev. 2018. Disponível em:
https://doi.org/10.1097/DSS.0000000000001298. Acesso em: 04 abr. 2023.

SANTOS, C. A. S. et al. Uso da toxina botulínica tipo A no tratamento da


hiperidrose: revisão de literatura. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, v. 35, n.
2, p. 246-251, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbcp/v35n2/1983-
5175-rbcp-35-02-246.pdf. Acesso em 04 Abr 23.

39
SCHAFER, S. A. et al. Evidence-based guideline update: pharmacologic
treatment for episodic migraine prevention in adults: report of the Quality
Standards Subcommittee of the American Academy of Neurology and the
American Headache Society. Headache, v. 56, n. 8, p. 1191-1226, 2016. DOI:
https://doi.org/10.1111/head.12824 . Acesso em 04 Abr 23.

SCHANTZ, E. J., & JOHNSON, E. A. (1992). Properties and use of botulinum


toxin and other microbial neurotoxins in medicine. Microbiological Reviews,
56(1), 80-99. https://doi.org/10.1128/MMBR.56.1.80-99.1992 .Acesso em 04 Abr
23.

SHAIKH MF, MEMON AA, SHAIKH AA & RAZA M. Botulinum toxin-A: a possible
new treatment for the management of overactive bladder. J Ayub Med Coll
Abbottabad. 2021 Mar-Apr;33(2):294-297. PMID: 34482472.

VIEIRA, B. L. et al. Baby botulinum toxin: a new approach to facial


rejuvenation. Dermatologic Surgery, v. 44, n. 8, p. 1124-1128, 2018. DOI:
https://doi.org/10.1097/DSS.0000000000001503 . Acesso em 04 Abr 23.

WANG, X., HU, X. e HE, W. Efeitos da toxina botulínica A na ultraestrutura do


músculo orbicular dos olhos em pacientes com pés de galinha. Cirurgia
Plástica Estética, v. 44, n. 5, pág. 1477-1483, 2020. Disponível em:
https://doi.org/10.1007/s00266-020-01777-w . Acesso em 05 Abr 23.

WOOLFSON, J.; HUNTER, L.; WILLIAMS, J.; BOWER, C.; HARLING, L. The Use
of Botulinum Toxin in Aesthetic Practice: A Clinical Consensus Statement
from a Multidisciplinary UK Group. Plastic and Reconstructive Surgery, v. 143,
n. 3S, p. 64S-70S, 2019. Disponível em:
https://doi.org/10.1097/PRS.0000000000005532. Acesso em 04 Abr 23.

40

Você também pode gostar