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ELISA TESTONI

HELOIZE CAMILA LINO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BIOMEDICINA

INTERCORRÊNCIAS NA APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA PARA FINS


ESTÉTICOS

JOINVILLE
2022.1
INTERCORRÊNCIAS NA APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA PARA FINS
ESTÉTICOS

ELISA TESTONI

HELOIZE CAMILA LINO

ORIENTADOR: DR. VICTOR HUGO PEREIRA DA SILVA


RESUMO

O uso da neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, comumente


denominada apenas como toxina botulínica, mostrou-se, ao decorrer da história da
ciência, extremamente eficaz em tratamentos estéticos. Dentre os sete sorotipos
produzidos pela referida bactéria, classificados de A a G, destaca-se o sorotipo A
(TBA), o único de uso permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
ANVISA. Contudo, há de se destacar que a eficiência da TBA no meio estético,
aplicada por meio de procedimento não cirúrgico e de caráter minimamente invasivo,
não inibe eventuais efeitos adversos indesejados, denominados intercorrências. Esta
revisão bibliográfica busca, justamente, abordar as referidas intercorrências, bem
como os riscos relativos à aplicação da TBA para fins estéticos, os quais podem
decorrer da má administração das doses, assepsia incorreta ou até mesmo de
fatores relativos ao organismo do paciente, dentre outras variáveis.

Palavras-chaves: Toxina botulínica, Clostridium botulinum, Intercorrências, Estética,


Ptose Palpebral.
ABSTRACT

The use of the neurotoxin, which is produced by the bacterium Clostridium botulinum,
commonly known as botulinum toxin, has shown itself to be extremely effective in
aesthetic treatments through the years. Among the seven serotypes produced by the
aforementioned bacterium, classified from A to G, the serotype A (TBA), the only one
allowed by the National Health Surveillance Agency - ANVISA, stands out. However,
despite the efficiency of TBA in the aesthetic environment, which is applied through a
non-surgical and minimally invasive procedure, unwanted adverse effects, called
intercurrences, may happen. This bibliographic review seeks to discourse about the
aforementioned complications related to the application of the TBA for aesthetic
purposes, as well as it risks, which may result from poor administration of doses,
incorrect asepsis or even factors related to the patient's organism, among others
variables.

Keywords: Botulinum toxin, Clostridium botulinum, Intercurrences, Aesthetics, Eyelid


Ptosis.
1. INTRODUÇÃO

A toxina botulínica (TB) trata-se de uma neurotoxina produzida pela bactéria


Clostridium botulinum que causa inibição nos terminais nervosos motores da
liberação exocitótica da acetilcolina, e, consequentemente, o relaxamento dos
músculos por determinado tempo.1

Existem cerca de sete sorotipos diferentes de toxinas produzidas pela


bactéria Clostridium botulinum, denominadas pelas letras A, B, C, D, E, F e G. No
Brasil, apenas o tipo A, especificamente aqueles comercializados sob as alcunhas
Botox®, Xeomin®, Prosigne®, Dysport®, Botulift®, Botulim® e Nabota® é liberado
para uso clínico.1,2

A aplicação da toxina botulínica tipo A (TBA) é realizada por meio de


procedimentos não cirúrgicos de caráter minimamente invasivo que visam fins
estéticos e terapêuticos temporários.3.

Normalmente, os efeitos adversos causados pela aplicação da TBA são


mínimos, leves e passageiros, consistindo em hematomas; dores no local da
aplicação; sensibilidade; edema; eritema; ardor associado a injeção; hipoestesia e
outros.3.

Contudo, há de se notar que a utilização da TBA deve se dar,


necessariamente, de forma moderada por meio de profissional qualificado, eis que
em casos que envolvem a má administração da toxina podem ocorrer intercorrências
de maior gravidade, como perda de expressão, ptose palpebral e assimetrias.3.

Desta forma, tem-se que um prévio conhecimento acerca das intercorrências


que podem advir da aplicação da TBA, bem como meios para preveni-las e remediar
estas é de suma importância. Tópicos estes que serão abordados ao decorrer do
presente estudo.
2. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo consiste em uma revisão bibliográfica realizada de 29 de


março à 25 de junho de 2022, que adota, como metodologia, a análise de artigos
com publicações de 2009 até 2022, nos idiomas inglês e português nas bases de
dados eletrônicos Google Acadêmico, SciELO (Scientific Electronic Library Online),
PubMed (NLM - National Library of Medicine) e livros que estavam disponíveis nos
acervos bibliográficos, com publicações de 2008 até 2022, no idioma português, os
quais discorrem acerca do uso de toxina botulínica tipo A, seu mecanismo de ação,
indicações, contraindicações e as as intercorrências resultantes da sua aplicação.
As palavras-chaves para fazer a busca foram: toxina botulínica; intercorrências;
ptose palpebral; assimetrias e equimose.
3. DESENVOLVIMENTO

3.1 HISTÓRIA DA TOXINA BOTULÍNICA

A história da toxina botulínica teve início em 1817, quando o médico alemão


Justinus Andreas Christian Kerner passou a publicar os primeiros estudos de caso
sobre o botulismo, doença considerada grave caracterizada pela paralisia dos
músculos, advinda, via de regra, de intoxicação alimentar rara que costuma ser
fatal.1

Após abordar questões primordiais do botulismo, como seus sintomas


neurológicos característicos - que incluem a diplopia, vômitos, espasmos intestinais,
midríase, ptose, disfagia e insuficiência respiratória - Kerner, pioneiro na área,
propôs que a toxina botulínica, decorrente das manifestações clínicas do botulismo,
poderia ser usada de forma terapêutica, mais especificamente para fins de atenuar a
atividade do sistema nervoso simpático associada a distúrbios de movimento.1

Mais adiante, após os estudos atinentes à toxina botulínica avançarem, o


microbiologista Emile Pierre-Marie Van Ermengem nomeou a bactéria causadora do
botulismo como Clostridium botulinum, bem como classificou-a como sendo um
bacilo gram positivo anaeróbio, que pode ser encontrado em solos, alimentos,
sedimentos aquáticos, fezes humanas e no trato intestinal de alguns animais, e que
posteriormente fora classificada em 7 tipos, subdivididos de A a G, os quais se
diferenciam pelas características antigênicas da neurotoxina que produzem. 1,2

Quanto a sua estrutura, fora estabelecido que a toxina botulínica inclui três
chaves: uma proteína de 150 kDa, uma hemaglutinina não tóxica e uma proteína
não hemaglutinina não tóxica, a qual se encarrega de proteger a toxina contra
temperaturas e ação enzimática.1

A proteína, por sua vez, possui 150 kDa, divididos em duas porções; a leve
(Lc), de atividade catalítica com peso de 50 kDa, e a pesada (Hc), de 100 kDa com
dois domínios, de ligação e translocação.3

A toxina botulínica interfere diretamente na captação do cálcio, e possui como


principal mecanismo de ação impedir que a acetilcolina seja liberada nos terminais
nervosos sem que sua síntese e seu armazenamento sejam impedidos. Razão pela
qual, após três meses de duração, sua ação passa a ser gradualmente revertida, o
que ocorre por meio do retorno das funções das terminações nervosas periféricas.4

Em 1946, pesquisadores da Universidade da Califórnia purificaram a toxina


botulínica do tipo A (TBA), abrindo caminho para suas aplicações terapêuticas. Em
1970 o oftalmologista Allan Scott utilizou a TBA para enfraquecer seletivamente os
músculos extra oculares como tratamento para o estrabismo, medida esta que
obteve muito sucesso e levou a aplicações semelhantes no tratamento do
blefaroespasmo e do espasmo hemifacial.1

Mais tarde, quando o uso da toxina botulínica já se mostrava popular para fins
terapêuticos, mais especificamente em 1989, Clark e Berris relatam o primeiro uso
estético da TBA no tratamento de assimetria facial. 1

A partir deste momento, o tratamento estético das linhas e rugas resultantes


do processo de envelhecimento com o uso da TBA tornou-se um modo de moldar
esculpir o rosto em contornos mais estéticamente agradáveis sem que houvesse a
necessidade de procedimentos invasivos. Afinal, as aplicações de TBA em
pequenas quantidades se mostraram seguras e eficazes em diversas aplicações
estéticas, incluindo o tratamento de rugas na testa e linhas faciais hipercinéticas.1

Contudo, por mais seguras e eficazes que as aplicações de TBA tenham se


comprovado ao decorrer das décadas, estas, ainda assim, podem resultar em
intercorrências, as quais, de acordo com Pereira et al., 2021, em sua maioria,
ocorrem por erro na dosagem, e podem ser evitadas com a aplicação correta e
conhecimento minucioso da anatomia muscular da face e também das zonas de
risco.5

3.2 USO DA TOXINA BOTULÍNICA NA ESTÉTICA

A aplicação da TBA é considerada um procedimento minimamente invasivo,


muito utilizado na área da estética para retardar o envelhecimento facial,
especialmente no tratamento de rugas - seja para evitar o aparecimento destas ou
com o intuito de tratar as existentes.1.

Contudo, seu uso não se limita a isso, eis que a TBA é constantemente
utilizada em casos de hiperidrose, relaxamento do músculo depressor da ponta
nasal, correção de sorriso gengival e afinamento do terço inferior da face bem como
para a administração do mesobotox.6,7.

O mesobotox, também denominado microbotox ou baby botox, trata-se de


técnica desenvolvida no ano de 2000 e leva esse nome devido ao seu modo de
aplicação, que envolve a utilização de microdoses de TBA nas áreas alvo. 1.

A aplicação ocorre por meio de injeções intradérmicas que envolvem o uso de


uma concentração baixa e hiper diluída de TBA - as quais não tem como intenção
causar a paralisia do músculo, mas sim a suavização de linhas finas e rugas. Assim,
fornece melhora na textura da pele quando aplicada na testa e sob os olhos.1

3.2.1 RUGAS

As rugas são formadas com o passar do tempo devido a fatores como


flacidez, estilo de vida, cuidados, afinamento da pele, perda de colágeno e de
elastina.8.

Estas podem ser classificadas em rugas dinâmicas e estáticas; as rugas


dinâmicas ficam evidentes quando há contração muscular - que é o caso das
expressões faciais -, podem se tornar estáticas com o decorrer do tempo, exposição
e cuidados. Quanto as rugas estáticas, estas ficam visíveis mesmo com os
músculos faciais em repouso, pois formam sulcos e costumam ser encontradas em
maior quantidade em peles onde há flacidez, afinamento da pele, perda de colágeno
e elastina.8
3.2.2 IMAGENS (ANTES E DEPOIS)

Figura 1 - Antes e depois aplicação toxina botulínica em rugas dinâmicas.

Fonte: Acervo próprio (2022).

Figura 2 - Antes e depois aplicação toxina botulínica em rugas dinâmicas.

Fonte: Acervo próprio (2022).

Figura 3 - Antes e depois aplicação toxina botulínica em rugas dinâmicas.

Fonte: Acervo próprio (2022).


3.2.3 HIPERIDROSE

A hiperidrose trata-se de doença causada pelo suor demasiado, que é


secretado pela glândula écrina.9.

Quanto a sua abrangência, esta pode ocorrer de maneira localizada,


atingindo uma única área do corpo, ou de maneira generalizada/associada, onde
duas ou mais partes do corpo, como por exemplo palmar+axilar, palmar+plantar
(pés).9.

Em seu estado grave, a hiperidrose grave pode causar gotejamentos


espontâneos, bem como lacerações na pele do paciente.10.

Figura 4 - Teste de minor para hiperidrose.

Fonte: Scielo (2011).

Figura 5 - Teste de minor para hiperidrose.

Fonte: Scielo (2011).


A toxina botulínica tipo A pode ser utilizada para o tratamento da hiperhidrose,
eis que ao ser aplicada, atinge as glândulas sudoríparas, causando um bloqueio e
atrofiando as mesmas, bem como inibindo a liberação de acetilcolina, acarretando
assim no bloqueio da produção de suor.11.

3.3 MARCAS COMERCIAIS

As principais marcas de toxina botulínica utilizadas no Brasil e liberadas pela


Agência Nacional de Vigilância Sanitária são Botox®, Prosigne®, Dysport®,
Botulift®, Xeomin®, Botulim® e Nabota®. 9.

Sua ação como bloqueador neuromuscular é gradativa, tendo seu pico com
efeito máximo e a partir disso começa a perder seu efeito aos poucos, esse tempo
de ação varia entre as marcas e pacientes.13,14,15,16,17,18,19

3.3.1 Botox®

A toxina da Allergan Produtos Farmaceuticos Ltda denominada Botox®, é


produzida a partir da cepa Hall de Clostridium botulinum tipo A é apresentada em
frascos de 50, 100 e 200 unidades, congelada, a vácuo e estéril. Além da toxina
estão presentes o cloreto de sódio e a albumina humana em sua composição.12.

Seu armazenamento e dosagem são primordiais para a eficácia e segurança


da aplicação, pois o produto em seu frasco deve ser conservado em freezer em
temperatura igual ou inferior a - 5 °C ou em geladeira entre 2 e 8 °C. Após a
reconstituição da toxina com soro fisiológico 0,9% estéril, o produto deve ser
administrado dentro de três dias.12.

3.3.2 Prosigne®

O Prosigne® é produzido pelo laboratório Cristália Produtos Químicos


Farmacêuticos Ltda a partir da cultura de cepas Hall de Clostridium botulinum tipo A
em meio de cultura com tripsina, caseína e extrato de levedura. Seus frascos são
apresentados com 50 ou 100 unidades de toxina, 5 mg gelatina, 25 mg de dextrana
e 25 mg de sacarose.13.

O Prosigne tem 24 meses de validade a partir de sua fabricação e deve ser


conservado em temperatura entre 2 e 8 °C, protegido da luz. Após sua
reconstituição com soro fisiológico 0,9% estéril, deve ser refrigerado da mesma
forma e administrado em até quatro horas.13.

3.3.3 Dysport®

Produzido pela Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda a toxina da Dysport® é


apresentada em frascos de 300 ou 500 unidades de toxina-hemaglutinina tipo A de
Clostridium botulinum, juntamente com solução de albumina humana 20% e
lactose.14.

Seu prazo de validade é de 24 meses a partir da fabricação, e deve ser


conservado em temperatura entre 2 e 8 °C. Após sua reconstituição com soro
fisiológico 0,9% estéril deve ser administrado imediatamente, pois mantém sua
estabilidade por apenas 24 horas sendo mantido refrigerado.14.

3.3.4 Butolift®

Produzido pelo laboratório químico farmacêutico Bergamo, o Botulift® é


apresentado em frascos de 100 unidades que contém toxina botulínica A, albumina
humana sérica, cloreto de sódio e água para injetáveis.15.

O frasco deve ser conservado sob refrigeração entre 2 e 8 °C, evitando a luz
e a agitação. Após reconstituição com soro fisiológico 0,9% estéril a toxina deve ser
armazenada sob as mesmas condições e utilizada em até sete dias.15.

3.3.5 Xeomin®

O Xeomin® é produzido pelo laboratório Biolab Sanus Farmacêutica Ltda.


Seu frasco é apresentado com 100 unidades, cada uma contendo toxina, sacarose e
albumina humana.16.
O frasco ainda fechado pode ser conservado em temperatura ambiente entre
15 e 30 °C. Após reconstituição com soro fisiológico 0,9% estéril, a toxina deve ser
armazenada sob refrigeração entre 2 e 8 °C e utilizada em até 24h.16.

3.3.6 Butolim®

Produzida pela Blau Farmacêutica S. A. a Botulim® é comercializada em


frascos de 50, 100 e 200 unidades de toxina botulínica tipo A, albumina humana e
cloreto de sódio.17.

Sua validade é de 24 meses após sua fabricação e o frasco deve ser


armazenado entre 2 e 8 °C. Após sua reconstituição com soro fisiológico 0,9%
estéril, a toxina botulínica deve ser mantida refrigerada e administrada em até 24
horas.17.

3.3.7 Nabota®

A toxina botulínica Nabota® é produzida pela Moksha Brasil Distribuidora e


Representação de Medicamentos Ltda. Seu frasco é apresentado com 100 unidades
de toxina botulínica tipo A, albumina humana e cloreto de sódio. 18.

Seu prazo de validade é de 36 meses a partir da fabricação, e deve ser


conservado em temperatura entre 2 e 8 °C. Após sua reconstituição com soro
fisiológico 0,9% estéril deve ser administrado dentro de 24 horas.18.

3.4 CONTRAINDICAÇÕES E PRECAUÇÕES

Embora a toxina botulínica tipo A seja segura para fins estéticos e


terapêuticos, conforme demonstrado anteriormente, destaca-se que esta não deve
ser aplicada em casos de processos infecciosos no local, gravidez, lactação,
doenças neuromusculares, imunossupressão, distúrbios de coagulação, tratamentos
com anticoagulantes, flacidez excessiva, tratamento concomitante com antibióticos,
aminoglicosídeos, penicilamina, entre outros medicamentos.20.
Além disso, deve-se dar a devida atenção aos componentes (lactose,
sacarose, gelatina) de cada marca com o fito de evitar reações alérgicas ou
intolerâncias.21.

3.5 INTERCORRÊNCIAS

Ocasionalmente, os procedimentos que envolvem a aplicação da TBA podem


vir a surtir efeitos adversos - alheios ao objetivo do procedimento em si -, sejam
estes decorrentes da injeção ou do produto.21.

Via de regra, tais efeitos costumam se mostrar leves e transitórios. Contudo,


em alguns casos, podem gerar uma série de consequências e desconfortos
significativos aos pacientes aos quais acometem.21.

Dentre os efeitos adversos advindos da aplicação da TBA, destacam-se;


equimose; hematoma; ptose; assimetrias; lagoftalmo e ectrópio; xeroftalmia;
estrabismo e diplopia; parestesia; disestesia; e edema transitório intermitente
persistente. Os quais, juntamente com sua causa, modo de prevenção e tratamento,
serão abordados a seguir.

3.5.1 PTOSE PALPEBRAL

A ptose palpebral é considerada uma intercorrência tardia que ocorre quando


os músculos que sustentam a pálpebra não são fortes o suficiente para sustentá-la,
fazendo com que esta permaneça completa ou parcialmente fechada.24.

Figura 6 - Ptose palpebral.

Fonte: Ehow Brasil (2021).


Tal complicação pode ocorrer pela aplicação da TBA em casos que envolvem
a passagem da toxina pelo septo orbitário, tanto por difusão (Que ocorre em 2% dos
casos), quanto pela aplicação inadvertida de doses excessivas de toxina e/ou
equívocos quanto a localização da aplicação da toxina botulínica e nos cuidados
necessários pós procedimento.24.

Figura 7 - Áreas de aplicação.

Fonte: Wulkan (2020).


"Representam área em que a toxina botulínica é constantemente ïnjetada"
"Representam áreas onde pápulas são constantemente utilizadas (aplicação intradérmica)"

Felizmente, o efeito da ptose palpebral não é permanente e pode


desaparecer dentro de alguns dias.24.

Para prevenir as referidas complicações são recomendados alguns cuidados


como exame físico completo - que deve atentar-se à respeito da disposição da
estrutura muscular na fase em repouso e em movimento -; fotografias prévias;
marcação na região a ser tratada; técnica precisa da diluição da toxina e técnica e
doses recomendadas para aplicação, a qual, via de regra, deve ser realizada por
meio de injeção de volumes pequenos e concentrados.24.

Quanto ao seu tratamento, a radiofrequência, massagens que estimulam a


contração muscular, eletroestimulação, aplicação LED vermelho ou infravermelho e
utilização de colírios como Alphagan ou Iopidine mostram-se eficazes. 24.
3.5.2 LAGOFTALMO E ECTROPIO

Assim como a ptose, o lagoftalmo é uma ocorrência tardia que ocorre devido
a complicações periorbitais quando da aplicação da TBA. Contudo, diferente
daquela, este caracteriza-se pela incapacidade da pálpebra inferior a fechar
completamente, gerando assim má lubrificação do olho, dor e lacrimejamento.25.

Já o ectrópio também é considerado uma intercorrência tardia que deixa a


esclera e a conjuntiva expostas pela inversão da margem palpebral, gerando assim
dor, secura e lacrimejamento.25.

Para evitar esta intercorrência deve-se evitar a aplicação de altas doses,


aplicar no plano correto, respeitar as áreas de risco e seguir as orientações pós
procedimento.25.

Em ambos os casos, o mais indicado é consultar um oftalmologista,


profissional que poderá avaliar a ocorrência e indicar o melhor tratamento imediato,
podendo ser este lubrificação tópica, fita adesiva ou câmara de umidade.25.

3.5.3 XEROFTALMIA

A xeroftalmia ocorre pela aplicação profunda da TBA na lateral superior


periocular, atingindo diretamente a glândula lacrimal ou migrando dos músculos
adjacentes para a glândula, afetando a produção de lágrimas.26.

Para evitar a ação da TBA na glândula lacrimal, sua aplicação deve observar,
no mínimo, 1 cm de distância superior e lateral da borda orbital, bem como utilizar
quantidade razoável de produto para fins de preservar o halo de ação desejado.26.

Os efeitos da TBA diminuem com o tempo até desaparecerem


completamente, durante esse período o uso de colírio para lubrificação ocular pode
ser feito para diminuir o incômodo. 27.
3.5.4 COMPLICAÇÕES VISUAIS: (ESTRABISMO E DIPLOPIA)

Outras complicações que podem advir da aplicação da TBA nos músculos


periorbitais são o estrabismo e diplopia, considerados também como intercorrências
tardias causadas pelo enfraquecimento da referida musculatura.26.

Sua prevenção se dá pelos cuidados com local da aplicação, angulação da


agulha e quantidade de TBA aplicada. 28.

Esta complicação é transitória e reversível, aplicações de ativos como


dimetilaminoetanol (DMAE) e laser vermelho e infravermelho podem auxiliar na
recuperação.29.

3.5.5 ASSIMETRIAS

As assimetrias são intercorrências tardias que podem ocorrer em decorrência


da dosagem, local de aplicação, diferença na força muscular entre os lados da face
ou migração do produto. As mais comuns tratam-se daquelas caracterizadas pela
diferença de altura nas sobrancelhas e assimetrias dos lábios - a qual, por sua vez,
pode gerar problemas funcionais.26.

No que se refere à assimetria das sobrancelhas, esta pode ocorrer em razão


de equívocos quanto ao local da aplicação - os quais podem ser evitados com a
adoção de uma margem de segurança de 1,5 a 2 centímetros acima da sobrancelha
para aplicação da TBA no músculo frontal -, ou derivar de diferença de força entre
os músculos de cada lado da face - ocasião em que a assimetria por se corrigida a
partir da aplicação de TBA em determinado músculo com o fito de "enfraquecê-lo". 26.

Já no que diz respeito às assimetrias que envolvem os lábios - causadas pela


ação da TBA nos músculos zigomático maior, orbicular e depressor do ângulo da
boca ou em casos de aplicação para tratamento de sorriso gengival por diferença de
força entre os músculos de cada lado da face - estas podem ser prevenidas a partir
da utilização da dosagem correta do produto a ser aplicado e com o emprego de
uma margem de segurança entre seu halo de ação e os músculos citados acima.26.
Em casos de assimetria pela diferença de força entre os músculos, assim
como na assimetria relativa às sobrancelhas, aquela que acomete os lábios pode
ser corrigida com uma nova aplicação no lado em que a dosagem de TBA não foi
suficiente.26.

Por fim, destaca-se que para o tratamento de músculos acometidos pela TBA
de forma indesejada, pode ser usada a radiofrequência, massagens que estimulam
a contração muscular eletroestimulação e a aplicação de LED vermelho ou
infravermelho. 28.

3.5.6 INFECÇÃO

A infecção trata-se de intercorrência rara, via de regra associada a assepsia


do local da aplicação e que pode causar eritema, calor, inchaço, drenagem purulenta
e dor.26.

Para evitar que a infecção ocorra é preciso se atentar quanto à assepsia da


pele, a qual deve utilizar produtos corretos. Ademais, no que se refere a aplicação
da TBA em si, esta deve ser realizada com a utilização de materiais estéreis e em
ambiente adequado, com a observância do uso de EPIs.29.

O tratamento da infecção se dá a partir do uso de antibiótico em ambiente


hospitalar ou ambulatorial. 30.

3.5.7 DISPNEIA E ANAFILAXIA

Tratam-se de intercorrências consideradas raras, advindas, normalmente, de


intoxicação proveniente da aplicação de TBA.31.

Enquanto a dispnéia caracteriza-se pela falta de ar, usualmente percebida


como respiração difícil ou ofegante, a anafilaxia trata-se de reação alérgica, com
sintomas variáveis e que em casos incomuns pode ser grave e até mesmo levar ao
óbito.31.

A prevenção das ditas intercorrências se dá pela realização da anamnese do


paciente com o intuito de verificar a existência de alergias ou intolerâncias aos
componentes do produto a ser administrado.31.

Já seu tratamento se dá pelo uso de anti-histamínicos e corticoides em


ambiente hospitalar ou ambulatorial.31.

3.5.8 PARESTESIA OU DISESTESIA

Tais desordens acontecem de maneira rara, e via de regra advém de


traumatismo proveniente da injeção de TBA que ocorre no nervo. Sua gravidade
depende muito de como e qual nervo é afetado.25.

Em casos de parestesia ou disestesia nas mãos e braços pelo tratamento de


hiperidrose, esta pode ser evitada por aplicações no plano correto (intradérmico) e
em pequenos volumes. Em aplicações em outras regiões como face, o
conhecimento da anatomia facial pode evitar a intercorrência.25.

Dentre os tratamentos indicados para o tratamento da parestesia e da


disestesia destacam-se a laser acupuntura e a laserterapia.32.

3.5.9 EQUIMOSES E HEMATOMAS

A equimose, quando da aplicação da TBA, ocorre devido a lesões em vasos


sanguíneos causadas pelas injeções, as quais, caso tomem proporções maiores,
tornam-se hematomas.25.

A região periorbitária, por ser fina e ter vasos superficiais calibrosos, é a


região mais suscetível à ocorrência de equimoses. Os hematomas, por sua vez, de
acordo com o especificado acima, podem surgir imediatamente após a lesão do
vaso e durar dias ou até mesmo semanas.25.

O uso de alguns medicamentos como anticoagulantes, suplementos de óleo


de peixe e anti inflamatórios não esteroidais são capazes de aumentar as
equimoses e, por esse motivo, devem ser evitados no período de 10 a 14 dias
antecedentes ao procedimento. Problemas de coagulação subjacentes também
podem influenciar no aumento do sangramento.25.

A compressão imediata do local perfurado durante alguns minutos auxilia a


hemostasia, podendo diminuir ou até mesmo impedir o aparecimento do hematoma.
Caso ainda sim o local fique roxo pode ser aplicada compressa fria ou pomada para
auxiliar no alívio do edema e hematoma.27.

3.5.10 EDEMA TARDIO INTERMITENTE E PERSISTENTE - ETIP

O edema tardio intermitente e persistente, denominado como ETIP, pode


ocorrer semanas após a aplicação da toxina botulínica e se caracteriza por ser um
edema difuso, que se localiza em volta da área onde foi aplicado o produto. A ETIP,
normalmente, se manifesta em decorrência de um quadro infeccioso, especialmente
se for bacteriano, bem como em casos em que há baixa imunidade.33.

Para prevenir a ETIP deve-se aplicar a toxina botulínica em volumes menores


e mais concentrados, além de realizar a anamnese do paciente verificando se o
indivíduo tem predisposição, infecções sistêmicas (bacterianas ou virais) e traumas
próximos ao local da aplicação que também podem desencadear um processo
inflamatório.33,

Quanto ao tratamento, cada caso deve ser avaliado individualmente. Pode-se


aguardar a regressão total do edema, utilizar compressas frias ou realizar o
tratamento com antibióticos ou anti inflamatórios em ambiente hospitalar ou
ambulatorial.34.

3.5.11 DISFAGIA

A disfagia ocorre quando, após a aplicação de altas doses de TBA no


músculo platisma ou esternocleidomastoideo, há difusão do produto. A dita
intercorrência costuma ocorrer cerca de 10 (dez) dias após o procedimento,
podendo durar por igual período. Caracteriza-se pela dificuldade de deglutição da
saliva que causa, e, em casos mais severos, pode dificultar a deglutição do bolo
alimentar.35.
Para prevenir a difusão do produto, e, consequentemente, a disfagia, deve-se evitar
a aplicação de altas doses de TBA nos músculos mencionados. Além disso, também
é recomendável diluir a toxina botulínica em volumes pequenos, a fim de obter uma
maior concentração.35.

Por fim, destaca-se que a estrita observância das orientações dadas pelo
profissional após o procedimento também é de suma importância para evitar a
referida intercorrência.35.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A toxina botulínica tipo A e seu uso protagonizaram, nos últimos tempos, um


grande salto na área da estética. Afinal, tendo em vista o grande potencial da ação
da TBA no organismo, especialmente no que tange a seus efeitos estéticos, cada
vez mais pessoas têm buscado por procedimentos que envolvem sua aplicação.36.

Naturalmente, com a popularização do uso da TBA para fins estéticos


cresceu também a necessidade de estudos e conhecimento do profissional
biomédico esteta sobre o assunto. Afinal, seus benefícios não podem, de forma
alguma, maquiar as intercorrências que podem advir de sua utilização, eis que
estes, conforme se viu anteriormente, advém em sua maioria de equívocos quanto
ao manejo e aplicação da toxina.36.

Felizmente, conforme fora igualmente exposto, as intercorrências causadas


pela aplicação de TBA podem ser evitadas pelo conhecimento relativo a anatomia
facial, dose e por meio da estrita observância dos procedimentos de segurança
cabíveis. Além disso, foram abordados os tratamentos para cada efeito adverso,
bem como formas de preveni-los e aliviá-los.36.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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