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Qual foi a importância dos oceanos na vida dos Portugueses que viveram nos séculos XV e
XVI?
Certamente, quando deixaste de ter aulas presenciais ainda não tinhas chegado à expansão
portuguesa dos séculos XV e XVI. Por isso, vamos-te dando algumas “dicas” para te ajudar a ter
êxito na realização das atividades.
1. Lê o texto seguinte. Depois, seleciona, do quadro, o título adequado para cada parte (1, 2
e 3).
Começa por ler o texto completo; depois relê o 1.º parágrafo e descobre o seu título; de
seguida faz o mesmo para o 2.º e para o 3.º parágrafo. Vais conseguir!
Todos os grupos sociais apoiavam; Aprender com outros para saber mais;
Começa a expansão
2. Após 1411quando foi assinado um tratado com Castela, Portugal vivia em paz. E
tinha uma longa costa marítima, logo os pescadores e comerciantes portugueses
estavam habituados a enfrentar os perigos do mar.
Como Portugal tinha ficado mais pobre devido às guerras com Castela, o rei desejava
que o reino se desenvolvesse, a burguesia queria obter mais produtos e mercados para
fazer comércio, o povo tinha a esperança de melhorar as suas condições de vida e a
nobreza queria obter cargos, terras e títulos. O clero desejava espalhar o Cristianismo.
Assim, os Portugueses estavam preparados para a expansão.
3.A expansão portuguesa iniciou-se com a conquista de Ceuta, localizada no Norte de
África (já te apercebeste que foi a vez de os Portugueses irem combater os Muçulmanos
em África, após terem conquistado o Algarve em 1249). Ceuta era uma cidade muito
rica: nos seus armazéns e mercados abundavam ouro, trigo, e até especiarias trazidas do
oriente. Passados alguns anos da conquistada Ceuta, os Portugueses avançaram nas
descobertas marítimas ao longo da costa ocidental africana. As correntes marítimas (lê o
seu significado) e os ventos podiam ser muito úteis ou dificultar as viagens. (sabias que
o motor das caravelas eram as suas velas e o combustível era o vento?) Os ventos, se
fossem contrários, podiam obrigar os navegadores a desviar a rota para apanharem
ventos favoráveis. Morriam muitas pessoas devido aos naufrágios e às doenças. A bordo
das caravelas e das naus havia muito medo. Um ditado daquele tempo dizia: “se queres
apender a rezar, entra no mar.
Corrente marítima
Deslocação da água do
mar, que pode ajudar a
navegação, se os navios
seguirem a sua direção,
ou dificultá-la, se
seguirem na direção
oposta.
Fonte 1 De Ceuta ao cabo da Boa Esperança
Fonte 2 – Cronologia
1415 Conquista de Ceuta.
1419 João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira chegam à Madeira.
1427 Diogo de Silves chega aos Açores.
1434 Gil Eanes dobra o cabo Bojador.
1460 Pedro de Sintra desembarca na Serra Leoa. Morte do _________.
© Francisco Cantanhede – autor de manuais escolares de História e Geografia de Portugal e de História – e LeYaEducação
2
1485 _________.
1488 _________.
1494 _________.
1498_________.
1500 _________.
1519-1522 _________.
Primeiro, procura no mapa a cidade que se localiza no Norte de África e que foi
conquistada pelos Portugueses; vê o ano da sua conquista na cronologia. Faz o mesmo
para os arquipélagos da Madeira e dos Açores e completa a parte do esquema que
começa por “No oceano Atlântico”.
Depois, observa no mapa as três etapas da expansão. Tens de ler a legenda de cores.
Já a percebeste? Então preenche a parte do esquema que começa por “Na costa
ocidental africana (1434 a 1488)”. O infante D. Henrique foi responsável pela etapa
que vai desde o cabo Bojador até onde?
Para já, vamos ficar por aqui e deixar o resto do esquema para mais tarde. Com
trabalho e atenção, tudo se faz, não é verdade?!
3.1 Regressa ao esquema e completa a parte que diz “No Oriente e na América: reinado de
D. Manuel II.”
© Francisco Cantanhede – autor de manuais escolares de História e Geografia de Portugal e de História – e LeYaEducação
4
4. Observa a fonte 5.
© Francisco Cantanhede – autor de manuais escolares de História e Geografia de Portugal e de História – e LeYaEducação
5
As naus portuguesas traziam para Lisboa muitos e variados produtos. Da Madeira chegavam
vinho, açúcar e cereais. Dos Açores vinham trigo e gado. Em ambos os arquipélagos existiam
plantas tintureiras. Vamos ver quais os produtos que chegavam do restante império e quais
eram as rotas que as naus seguiam.
6. Observa a fonte 7. Depois, risca do quadro os produtos que não são orientais.
Agora, vamos dar um salto enorme no tempo para sabermos o que aconteceu às
colónias portuguesas de África. Anda comigo! E... já estamos no século XX, o século em
que os teus pais nasceram.
De 1933 a 1974, os Portugueses viveram numa ditadura que ficou conhecida por
ditadura salazarista. O ditador português, ao contrário dos governantes de outros
países europeus, recusou dar a independência às colónias. Em 1961 iniciou-se um
conflito armado chamado Guerra Colonial que durou até 1974.
No dia 25 de Abril de 1974, um grupo de militares – o Movimento das Forças Armadas,
que ficou conhecido por MFA – revoltou-se, foi para a rua e pôs fim à ditadura em
Portugal. Começou, então, a construção da democracia que é a forma de governo que
hoje temos em Portugal. Uma das primeiras medidas tomadas pelos militares foi fazer a
descolonização, ou seja, dar a independência às colónias que eram territórios
portugueses desde a expansão portuguesa dos séculos XV e XVI, como sabes (em 1961,
a União Indiana já tinha invadido e ocupado Goa, Damão e Diu, os últimos territórios
que Portugal mantinha na Índia desde o século XVI). Todos os países que resultaram da
descolonização portuguesa têm o Português como língua oficial.
7. Observa a fonte 8.
Fonte 8 – Novos países africanos, resultantes da descolonização portuguesa, após o 25 de Abril de 1974
© Francisco Cantanhede – autor de manuais escolares de História e Geografia de Portugal e de História – e LeYaEducação
8
Fonte 9 – O comércio entre Portugal, a costa africana e o Brasil
8.1 Risca do quadro os produtos que não são brasileiros.
© Francisco Cantanhede – autor de manuais escolares de História e Geografia de Portugal e de História – e LeYaEducação
9
Agora vamos dar outro salto no tempo... E chegámos ao Brasil no século XVIII.
A partir de meados do século XVI, os Portugueses foram sentindo cada vez mais
dificuldades para manter o seu império. Naufragavam muitos barcos e havia falta de
militares e de dinheiro para defender os territórios. Outros países europeus muito
poderosos, como a Inglaterra e a Holanda, começaram a disputar com Portugal e a
Espanha – lembra-te do tratado de Tordesilhas – a navegação nos mares. Como os
Portugueses sentiam maiores dificuldades no Oriente, foram-se interessando cada vez
mais pelo Brasil.
Fonte 10 – O Império
Português no século XVI
Fonte 11 – Os impérios
europeus no século XVIII
9.3 Indica o território português que aumentou mais do século XVI para o século XVIII.
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10
9.4 Completa o texto seguinte, preenchendo os espaços em branco com a informação
correta.
Fonte 12 –
Movimentos da
população no século
XVIII
Fonte 13 –
Seleção de
futebol do
Brasil, em 2016
10.2Por que razão podemos dizer que a seleção brasileira de futebol mostra a
mistura de povos representada na fonte 12?
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11
10.3Dando um pulinho no tempo, chegamos ao século XIX, mais exatamente no
ano de 1822. Pesquisa informação na internet ou em livros e completa o
“cartão de cidadão” do Brasil.
11. Agora que já sabes o que aconteceu com o Brasil, vamos viajar no tempo e voltar ao
século XVI. Vais descobrir os percursos que os produtos do Império Português faziam
até Portugal e os caminhos que seguiam a partir de Lisboa.
Observa a fonte 14. Depois risca a informação errada em cada conjunto destacado.
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12
A rota do Cabo/Atlântico ligava Lisboa, a costa ocidental de África e o Brasil. De Lisboa
eram levados muitos produtos para o Norte da Europa, através da rota da Flandres/do
Atlântico e pelo mar Mediterrâneo para o sul da Europa.
A nau era a principal embarcação usada pelos Portugueses para fazer comércio no seu
império. Estás curioso e queres conhecer melhor a réplica de uma nau? Então, vê o vídeo do
recurso 7, “Visita à nau quinhentista de Vila do Conde”.
12. Lê a fonte 15 que nos conta como foi a reação de pessoas africanas quando avistaram,
pela primeira vez, uma embarcação portuguesa.
(1)
velas das caravelas e naus. (2) Utilização de armas de fogo pelos Portugueses.
Nota: Como antigamente poucos africanos sabiam ler e escrever, os griôs, homens e mulheres
contadores de histórias, foram os responsáveis pela preservação dos acontecimentos históricos do
seu povo, ou seja, por transmitir aspetos da sua cultura aos mais jovens. Considerados sábios, eram
muito respeitados pelas suas comunidades. Podiam utilizar a música e a dança para contarem os
episódios históricos. Alguns eram conselheiros de reis e imperadores. Eram geralmente respeitados
pelos inimigos do seu povo, mesmo em tempo de guerra.
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13
13. Lê a fonte 16, que nos conta como reagiram os Portugueses ao avistarem, pela primeira
vez, africanos de uma das regiões de África.
13.2Como explicas a reação violenta, uso de armas, por parte dos portugueses e
dos africanos?
14.2Após comparares as fontes 15, 16 e 17, explica como evoluiu a relação entre
Portugueses e Africanos.
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14
15. Lê as fontes 18 e 19. A fonte 18 relata a chegada de escravos africanos a Portugal. A
fonte 19 mostra a quantidade de escravos transportados pelos comerciantes
portugueses desde o século XVI até ao século XIX.
Fonte 18
Começaram os marinheiros a tirar os escravos que
tinham trazido como lhes fora mandado.
Uns tinham as caras baixas e os rostos lavados em
lágrimas, outros estavam gemendo dolorosamente.
Para a sua dor ser ainda maior, chegaram os que
estavam encarregues da partilha e começaram a
separá-los uns dos outros, a fim de fazerem grupos
iguais. Separaram os filhos dos pais, as mulheres dos
maridos e os irmãos uns dos outros. As mães
apertavam os filhos nos braços para não lhes serem
tirados. Fonte 19
15.1Refere:
a) como mostravam os escravos o seu sofrimento;
15.3Lê a fonte 19. Depois, retira uma conclusão sobre a escravatura entre os
séculos XVI e XIX (repara bem no número de escravos transportados em cada
período).
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15
15.4Lê a fonte seguinte. Depois, refere uma semelhança e uma diferença entre o
século XVI e os nossos dias no que respeita à escravatura.
Fonte 20
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16
17. Lê a fonte 22, que nos conta como o rei D. Manuel I reagiu ao saber que os Mouros
[Muçulmanos] que viviam na Índia se opuseram à presença dos Portugueses nessas
terras.
Fonte 22
Vendo, pois el-rei D. Manuel esse ódio grande dos Mouros contra nós, ordenou que,
além das naus que haviam de regressar com a carga das especiarias, fosse também
uma forte armada [navios de guerra] e gente de armas
Livro das cidades e fortalezas da Índia, século XVI (adaptado)
18. Uma das vantagens da expansão portuguesa foi “a viagem das plantas”.
Observa a fonte 23. As setas vermelhas representam os percursos dos produtos entre
continentes. O produto representado no mapa quer dizer que são originários desse
continente.
18.2Na tua opinião, “a viagem das plantas” contribuiu, ou não, para melhorar a
alimentação das pessoas dos diversos continentes? Justifica.
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17
19. No século XVI, também foram construídos monumentos no estilo manuelino. Esse
estilo artístico teve esse nome por ter surgido no reinado de D. Manuel I. Vê o vídeo do
recurso 9, “O estilo manuelino”, e pesquisa informação no teu manual.
Depois, completa o texto seguinte, preenchendo os espaços em branco com a
informação correta.
20. Agora, dá dois exemplos positivos e dois exemplos negativos da importância da água
(mares, oceanos…) para as pessoas que viveram no tempo da expansão portuguesa dos
séculos XV e XVI.
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