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UCP – Universidade Católica de Petrópolis

Nome: Marcos R C Pimentel

Projetos e Atividades de Extensão II e IV

Encontros VIII e IX O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA – ASPECTOS


CANÔNICOS

Com relação ao Sacramento da Penitência, a consciência do homem


para com seus pecados, e principalmente arrependimento deles, são pontos
fundamentais para que o sacramento seja verdadeiramente instituído.

O meio mais sólido para o homem reconciliar-se com Deus é o


arrependimento de ter cometido pecados, e através do Sacramento da
Reconciliação procurar a misericórdia de Deus, e pela confissão, com coração
contrito, confessar-se com sacerdote legitimamente ordenado pela Igreja
Católica, que possui a ordem para administrar o perdão.

O Sacramento da Reconciliação é uma ação sólida da Igreja que acolhe e


purifica o penitente de todos os pecados.

O Código de Direito Canônico em poucas palavras define alguns dos


efeitos em que o Sacramento da Reconciliação ou da penitência provoca na
vida espiritual do homem.

O direito canônico permeia toda a realidade eclesial. Como disse são João
Paulo II, na constituição apostólica Sacrae Disciplinae Leges, a finalidade do
código é “criar na sociedade eclesial uma ordem que, dando primazia ao amor,
às graças e aos carismas, facilite ao mesmo tempo seu desenvolvimento
orgânico na vida, seja na sociedade eclesial, seja de cada um dos seus
membros (n. 17).” A alma desta sentença reside no verbo facilitar. De fato, as
leis na Igreja têm de tornar suaves os caminhos da edificação do reino de
Deus.

O cânon 959 estabelece os efeitos do sacramento da penitência: perdão


dos pecados cometidos após o batismo, mediante a absolvição do ministro, e
reconciliação com a Igreja. Nos cânones seguintes (960 a 964), regula-se a
celebração do sacramento.

O ordenamento canônico deste sacramento é bastante extenso. Neste


pequeno artigo, gostaria de tratar das duas principais novidades do código de
1983.

O código atual traz duas importantes novidades a respeito do sacramento


da penitência. A primeira se refere à absolvição geral (cânones 961 e 962) e a
segunda relaciona-se à faculdade de o sacerdote ministrar a penitência em
qualquer parte do mundo (cânon 967, §2).

A absolvição coletiva é exceção. O cânon 962, §1.º, reza que a


absolvição geral requer a disposição íntima do penitente (contrição), bem como
o propósito de o penitente confessar-se individualmente, assim que possível.
Observe-se que o mero acúmulo de penitentes, por si só, não legitima a
adoção deste modelo. É necessária realmente a ocorrência de algo grave,
como, por exemplo, a ausência prolongada do padre, que, na prática, impediria
os católicos de receberem o sacramento.

O cânon 967, §2.º, dispõe que os padres portadores de mandato para


ouvir confissões podem fazê-lo em qualquer parte do mundo (ubisque exercere
possunt). Este preceito outorgou ampla liberdade aos clérigos, fazendo deles
agentes da misericórdia divina onde quer que se encontrem. Com efeito, não
existe argumento jurídico razoável para limitar a jurisdição penitencial do
sacerdote.

O importante é que frequentemos este sacramento, com disposição e


contrição de alma. O sacramento ora analisado foi instituído por Cristo. É, pois,
de direito divino, como todos os outros sacramentos.

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