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CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO

PROMULGADO PELA CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA

SACRAE DISCIPLINAE LEGES

DE 25 DE JANEIRO DE 1983

NO QUINTO ANO DO PONTIFICADO DE JOÃO PAULO II

(EM VIGOR A PARTIR DE 27 DE NOVEMBRO DE 1983)

Atualizado com a Carta Apostólica sob a forma de Motu


Próprio Ad Tuendam Fidem de 18 de maio de 1998

1
CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO

De acordo com a edição oficial publicada pela


© Libreria Editrice Vaticana
CÓDIGO DE DIREITO
CANÔNICO

CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA

DE PROMULGAÇÃO

DO CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO

3
AOS VENERÁVEIS IRMÃOS
CARDEAIS, ARCEBISPOS,
BISPOS, PRESBÍTEROS,
DIÁCONOS E DEMAIS
MEMBROS DO POVO DE DEUS,
JOÃO PAULO
BISPO SERVO DOS
SERVOS DE DEUS,
PARA PERPÉTUA
MEMÓRIA

No decorrer dos tempos, a Igreja Católica costumou reformar e renovar as leis da


disciplina canônica, a fim de, na fidelidade constante a seu Divino Fundador, adaptá-
las à missão salvífica que lhe é confiada. Movido por esse mesmo propósito e
realizando finalmente a expectativa de todo o mundo católico, determinamos, neste dia
25 de janeiro de 1983, a publicação do Código de Direito Canônico já revisto. Ao fazê-
lo, volta-se o nosso pensamento para o mesmo dia do ano de 1959, quando o nosso
Predecessor João XXIII, de feliz memória, anunciou pela primeira vez ter decidido
reformar o Corpus vigente das leis canônicas, promulgado em 1917, na solenidade de
Pentecostes.
Essa decisão de reformar o Código foi tomada juntamente com duas outras
mencionadas na mesma data por aquele Pontífice: a intenção de realizar um Sínodo
da Diocese de Roma e a de convocar um Concílio Ecumênico. Embora o primeiro
desses eventos não tenha muita relação com a reforma do Código, o segundo, isto é, o
Concílio, é de extrema importância para este assunto, ao qual está intimamente ligado.
Se se perguntar por que João XXIII percebera a necessidade de reformar o Código
em vigor, talvez a resposta se encontre no próprio Código promulgado em 1917. No
entanto, existe outra resposta, que é a mais importante: a reforma do Código de
Direito Canônico parecia claramente exigida e desejada pelo próprio Concílio, cuja
maior atenção se tinha voltado para a Igreja.
Como é óbvio, ao divulgar-se a primeira notícia da revisão do Código, o Concílio
ainda pertencia inteiramente ao futuro. Além disso, os atos de seu magistério, e
principalmente sua doutrina sobre a Igreja, só se completariam nos anos de 1962 a
1965. A ninguém, porém, escapa ter sido acertadíssima a intuito de João XXIII,
devendo sua decisão ser reconhecida como atendendo de antemão, com muita
antecedência, ao bem da Igreja.
Por isso, o novo Código, que hoje se publica, exigia necessariamente o trabalho
prévio do Concílio. Embora, pois, tenha sido anunciado simultaneamente com aquela
assembléia Ecumênica, segue-se-lhe, contudo, no tempo. É que os trabalhos
emprendidos em sua preparação, devendo basear-se no Concílio, só puderam ter
início após a sua conclusão.
Volvendo, hoje, o pensamento para o início dessa caminhada, isto é, para o 25 de
janeiro de 1959, e, ao mesmo tempo, para o próprio João XXIII, o iniciador da revisão
do Código, devemos confessar que este Código surgiu com propósito único de
restaurar a vida cristã. Desse mesmo propósito, todo o trabalho do Concílio hauriu, em
primeiro lugar, suas normas e orientação.
Se examinarmos a natureza dos trabalhos que precederam a promulgação do
Código, bem. como a própria maneira como foram executados, principalmente durante
os pontificados de Paulo VI e João Paulo I, e depois até o presente dia, é de todo
necessário ressaltar, com total clareza, terem sido realizados com espírito
eminentemente colegial, não apenas presente à redação material da obra, como
também marcando profundamente o próprio conteúdo das leis elaboradas.
Essa nota de colegialidade tão característica do processo de origem deste Código,
corresponde perfeitamente ao magistério e à índole do Concílio Vaticano II. Por isso, o
Código, não somente por seu conteúdo, como já por sua origem, traz em si o espírito
desse Concílio, em. cujos documentos a Igreja, Sacramento universal da salvação (cf.
Lumen Gentium, n. 9,48), se mostra como Povo de Deus, e apresenta sua constituição
hierárquica, alicerçada no Colégio Episcopal em união com sua Cabeça.
Por esse motivo, os Bispos e Episcopados foram convidados a colaborar na
preparação do novo Código, a fim de que, através desse longo caminho, com método
quanto possível colegial, amadurecessem pouco a pouco as formulações jurídicas a
servirem depois para uso de toda a Igreja. Em todas as fases desse empreendimento,
participaram dos trabalhos peritos, escolhidos de todas as partes do mundo, isto é,
homens especializados na doutrina teológica, na história e sobretudo no direito
canônico.
A todos e a cada um deles, queremos hoje manifestar nossos sentimentos de
viva gratidão.
Em primeiro lugar se apresentam aos nossos olhos os Cardeais falecidos que
presidiram à Comissão Preparatória: o Cardeal Pedro Ciriaci, que iniciou a obra, e o
Cardeal Péricles Felici, que, por muitos anos, quase até ao seu término, orientou o
andamento dos trabalhos. Em seguida, pensamos nos Secretários da mesma
Comissão: o Revmo. Mons. Giacomo Violardo, depois Cardeal, e o Pe. Raimundo
Bidagor, da Companhia de Jesus, os quais, no desempenho do cargo, prodigalizaram
seus dons de ciência e sabedoria. Juntamente com eles, recordamos os Cardeais,
Arcebispos, Bispos e todos os que foram membros dessa Comissão, bem como os
Consultores de cada um dos grupos de estudo, dedicados durante esses anos a
trabalho tão árduo, aos quais Deus já chamou para a recompensa eterna. Por todos
eles, eleva-se até Deus nossa oração de sufrágio.
Apraz -nos igualmente recordar os que estão, vivos, a começar pelo atual Pró-
Presidente da Comissão, o Venerável Irmão Rosalio Castillo Lara, que por muitíssimo
tempo trabalhou, de modo admirável, em tão importante encargo; depois dele, o
dileto filho Pe. Guilherme Onclin que, assídua e diligentemente, muito concorreu para
o feliz êxito do trabalho, bem como todos os que na mesma Comissão, seja como
membros Cardeais, seja como Oficiais, Consultores e Colaboradores nos grupos de
estudos, ou em outros ofícios, prestaram inestimável contribuição para elaborar e
aperfeiçoar obra de tamanha envergadura e de tanta complexidade.
Ao promulgar hoje o Código, estamos plenamente conscientes de que este ato
emana de nossa autoridade Pontifícia, revestindo- se, portanto, de caráter primacial .
No entanto, temos igualmente consciência de que este Código, por seu conteúdo,
reflete a solicitude
colegial que pela Igreja nutrem todos os nossos Irmãos no Episcopado; mais ainda,
por certa analogia com o próprio Concílio, este Código deve ser considerado como
fruto da colaboração colegial , nascida das energias de pessoas e Institutos
especializados da Igreja inteira, unidos por um só objetivo.
Outra questão que emerge é sobre a natureza do Código de Direito Canônico. Para
responder devidamente a ela, cumpre recordar o antigo patrimônio de direito contido
nos livros do Antigo e do Novo Testamento, de onde, como de fonte primária, emana
toda a tradição jurídico-legislativa da Igreja.
Cristo Senhor, com efeito, de modo algum destruiu, mas, antes, deu pleno
cumprimento (cf. Mt 5,17) àriquíssima herança da Lei e dos Profetas, formada
paulatinamente pela história e experiência do Povo de Deus no Antigo Testamento.
Dessa forma, ela se incorporou, de modo novo e mais elevado, àherança do Novo
Testamento. Embora São Paulo, ao falar sobre o mistério pascal, ensine que a
justificação não se realiza pelas obras da lei, mas por meio da fé (cf. Rm 3,28; cf. Gl
2,16), não exclui, contudo, a obrigatoriedade do Decálogo (cf. Rm 13, 8-10; cf. Gl 5, 13-
25; 6,2), nem nega a importância da disciplina na Igreja de Deus (cf. 1 Cor 5-6). Os
escritos do Novo Testamento permitem-nos, assim, perceber mais claramente essa
importância da disciplina e entender melhor os laços que a ligam mais estreitamente
àíndole salvífica da própria Boa Nova do Evangelho.
Torna-se bem claro, pois, que o objetivo do Código não é, de forma alguma,
substituir, na vida da Igreja ou dos fiéis, a fé, a graça, os carismas, nem muito menos a
caridade. Pelo contrário, sua finalidade é, antes, criar na sociedade eclesial uma ordem
que, dando a primazia ao amor, àgraça e aos carismas, facilite ao mesmo tempo seu
desenvolvimento orgânico na vida, seja da sociedade eclesial, seja de cada um de
seus membros.
Como principal documento legislativo da Igreja, baseado na herança jurídico-
legislativa da Revelação e da Tradição, o Código deve ser considerado instrumento
indispensável para assegurar a devida ordem tanto na vida individual e social como na
própria atividade da Igreja. Por isso, além dos elementos fundamentais da estrutura
hierárquica e orgânica da Igreja, estabelecidos por seu Divino Fundador ou
fundamentados na tradição apostólica ou em tradições antiquíssimas, e além. das
principais normas referentes ao exercício do tríplice múnus confiado àIgreja, é
necessário que o Código defina também certas regras e normas de ação.
O instrumento, que é o Código, combina perfeitamente com a natureza da Igreja,
tal como é proposta, principalmente pelo magistério do Concílio Vaticano II, no seu
conjunto e de modo especial na sua eclesiologia. Mais ainda, este novo Código pode,
de certo modo, ser considerado como grande esforço de transferir, para a linguagem
canonística, a própria eclesiologia conciliar. Se é impossível que a imagem de Igreja
descrita pela doutrina conciliar se traduza perfeitamente na linguagem canonística, o
Código, não obstante, deve sempre referir -se a essa imagem como modelo
primordial, cujos traços, enquanto possível, ele deve em si, por sua natureza, exprimir.
Daí derivam algumas normas fundamentais, segundo as quais se rege todo o novo
Código, nos limites, é claro, de sua matéria específica, bem como da própria
linguagem adaptada a essa matéria. Até se pode afirmar que também daí é que
promana a característica que faz considerar o Código como um complemento do
magistério proposto pelo Concílio Vaticano II, particularmente no que tange às duas
constituições, dogmática e pastoral.
A conseqüência é que a razão fundamental da novidade que, sem jamais afastar-se
da tradição legislativa da Igreja, se encontra no Concílio Vaticano II, principalmente em
sua eclesiologia, constitui também a razão da novidade no novo Código.
Entre os elementos que exprimem a verdadeira e autêntica imagem da Igreja,
cumpre mencionar sobretudo os seguintes:
- a doutrina que propõe a Igreja como Povo de Deus (cf. Const. Lumen Gentium
2), e a autoridade hierárquica como serviço (ibid. 3); a doutrina que, além disso,
apresenta a Igreja como comunhão e, por conseguinte, estabelece as relações
que deve haver entre Igreja particular e Igreja universal, e entre a colegialidade
e o primado; a doutrina, segundo a qual todos os membros do Povo de Deus
participam, a seu modo, do tríplice múnus de Cristo: sacerdotal, profético e régio.
A esta doutrina está unida também a que se refere aos deveres e direitos dos
fiéis e expressamente dos leigos; enfim, o esforço que a Igreja deve consagrar
ao ecumenismo.
Portanto, se o Concílio Vaticano II hauriu elementos antigos e novos do tesouro da
Tradição e se sua novidade se constitui por estes e outros elementos, é manifesto que
o Código deve possuir a mesma característica de fidelidade na novidade e de
novidade na fidelidade, conformando-se a ela em seu próprio campo e sua maneira
especial de expressar-se.
O novo Código de Direito Canônico é publicado no momento em que os Bispos
de toda a Igreja, não somente pedem sua publicação, como a solicitam com
insistência e energia. De fato, o Código de Direito Canônico é totalmente necessário
à Igreja. Constituída também como corpo social e visível, a Igreja precisa de normas:
para que se torne visível sua es trutura hierárquica e orgânica; para que se organize
devidamente o exercício das funções que lhe foram divinamente confiadas,
principalmente as do poder sagrado e da administração dos sacramentos; para que se
componham, segundo a justiça inspirada na caridade, as relações mútuas entre os
fiéis, definindo-se e garantindo-se os direitos de cada um; e finalmente, para que as
iniciativas comuns empreendidas em prol de uma vida cristã mais perfeita, sejam
apoiadas, protegidas e promovidas pelas leis canônicas.
As leis canônicas, por sua natureza, exigem ser observadas. Por isso, foi
empregada a máxima diligência para que na diuturna preparação do Código se
conseguisse uma precisa formulação das normas e que estas se escudassem em
sólido fundamento jurídico, canônico e teológico.
Tudo considerado, é de augurar-se que a nova legislação canônica se torne
instrumento eficaz, do qual se possa valer a Igreja, a fim de aperfeiçoar-se segundo o
espírito do Concílio Vaticano II e tornar-se sempre mais apta para exercer, neste
mundo, sua missão salvífica.
Apraz -nos transmitir a todos, com espírito confiante, essas considerações, ao
promulgar o Corpus fundamental das leis eclesiásticas para a Igreja latina.
Queira Deus que a alegria e a paz, com justiça e obediência, façam valer este
Código, e o que for determinado pela Cabeça seja obedecido no Corpo.
Confiando, pois, no auxílio da graça divina, sustentados pela autoridade dos Bem-
aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, com plena ciência e acolhendo os votos dos
Bispos de todo o mundo, que com afeto colegial nos prestaram colaboração, com a
suprema autoridade de que estamos revestido, por esta constituição a vigorar para o
futuro, promulgamos o presente Código, compilado e
revisto como se encontra. Determinamos que de ora em diante tenha força de lei para
toda a Igreja latina, e o entregamos, para ser observado, àguarda e vigilância de todos
a quem compete.
A fim de que todos possam mais seguramente informar-se sobre essas prescrições
e conhecê-las suficientemente bem, antes de serem levadas a efeito, dispomos e
determinamos que tenham força obrigatória a partir do primeiro dia do Advento de
1983. Não obstante quaisquer disposições, constituições, privilégios, mesmo que
dignos de especial ou singular menção, e costumes contrários.
Exortamos, pois, todos os diletos filhos a que observem com sinceridade e boa
vontade as normas propostas, na firme esperança de que refloresça a solícita
disciplina da Igreja e de que, assim, sob a proteção da Beatíssima Virgem Maria,
Mãe da Igreja, se promova mais e mais a salvação das almas.
Dado em Roma, a 25 de janeiro de 1983, na residência do Vaticano, no quinto
ano do nosso Pontificado.
PAPA JOÃO PAULO II
CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO

deste Código, são ab- rogados:


LIVRO I
1º o Código de Direito Canônico
DAS NORM AS GERAIS promulgado em 1917;
Cân. 1 Os Cânones deste Código 2º igualmente as outras leis,
referem-se unicamente à Igreja Latina.
universais ou particulares, contrárias
Cân. 2 O Código geralmente não às prescrições deste Código, a não
determina os ritos que se devem
ser que a respeito das leis
observar na celebração das ações
litúrgicas; por isso, as leis litúrgicas até particulares se disponha
agora vigentes conservam sua força, a expressamente outra coisa;
não ser que alguma delas seja 3º quaisquer leis penais, universais
contrária aos cânones do Código. ou particulares, dadas pela Sé
Cân. 3 Os cânones do Código não ab- Apostólica, a não ser que sejam
rogam nem derrogam as convenções acolhidas neste Código;
celebradas pela Sé Apostólica com 4º também as outras leis
nações ou outras sociedades políticas; disciplinares universais referentes a
elas, portanto, continuarão a vigorar uma matéria inteiramente ordenada
como até o presente, não obstante, por este Código.
prescrições contrárias deste Código. § 2. Os cânones deste Código, enquanto
Cân. 4 Os direitos adquiridos, bem reproduzem o direito antigo, devem ser
apreciados levando-se em conta também
como os privilégios concedidos até o a tradição canônica.
presente pela Sé Apostólica a TÍTULO I
pessoas físicas ou jurídicas, que estão
em uso e não foram revogados, DAS LEIS ECLESIÁSTICAS
continuam inalterados, a não ser que Cân. 7 A lei é instituída
sejam expressamente revogados por quando é promulgada.
cânones deste Código.
Cân. 8 § 1. As leis eclesiásticas
Cân. 5 § 1. Os costumes, universais ou universais são promulgadas pela
particulares, vigentes até o presente publicação na Revista Oficial "Acta
contra as prescrições destes cânones e Apostolicae Sedis", a não ser que, em
que são reprovados pelos próprios casos particulares, tenha sido prescrito
cânones deste Código, estão outro modo de promulgação; entram em
completamente supressos e não se vigor somente após três meses, a contar
deixem reviver no futuro; os outros da data que é colocada no fascículo de
também sejam considerados "Acta", a não ser que pela natureza da
supressos, a não ser que outra coisa matéria obriguem imediatamente, ou na
seja expressamente determinada pelo própria lei tenha sido especial e
Código, ou sejam centenários ou expressamente determinada uma
imemoriais, os quais podem ser vacância mais breve ou mais
tolerados se, a juízo do Ordinário, em prolongada.
razão de circunstâncias locais e
pessoais, não possam ser supressos. § 2. As leis particulares são
§ 2. São mantidos os costumes à promulgadas no modo determinado
margem do direito e vigentes até agora, pelo legislador e começam a obrigar
quer universais, quer particulares. um mês após a data da promulgação, a
Cân. 6 § 1. Com a entrada em vigor não ser que na própria lei seja
determinado outro prazo. que se encontram, com exceção
Cân. 9 As leis visam o futuro, e não o daquelas que tutelam a ordem
passado, a não ser que explicitamente pública, ou determinam as
nelas se disponha algo sobre o
passado. formalidades dos atos, ou se
referem a imóveis situados no
Cân. 10 Devem ser consideradas
território.
irritantes ou inabilitantes unicamente
as leis pelas quais se estabelece § 3. Os vagantes estão obrigados às
leis universais e particulares vigentes
expressamente que um ato é nulo ou no lugar em que se encontram.
uma pessoa é inábil. Cân. 14 As leis, mesmo as irritantes ou
Cân. 11 Estão obrigados às leis inabilitantes, na duvida de direito, não
meramente eclesiásticas os batizados obrigam; na dúvida de fato, os
na Igreja católica ou nela recebidos, Ordinários podem dispensá-las, desde
que têm suficiente uso da razão e, que, se se tratar de dispensa
se o direito não dispõe reservada, essa dispensa costume ser
expressamente outra coisa, concedida pela autoridade àqual está
completaram sete anos de idade. reservada.
Cân. 12 § 1. As leis universais Cân. 15 § 1. A ignorância ou o erro a
obrigam em todos os lugares a todos
aqueles para os quais foram dadas. respeito de leis irritantes ou
§ 2. Estão, porém, isentos das leis inabilitantes, não impedem o efeito
universais, que não vigoram em delas, salvo determinação expressa em
determinado território, todos os que se contrário.
encontram de fato nesse território.
§ 3. As leis emanadas para um § 2. Não se presume ignorância ou erro
determinado território estão sujeitos a respeito de lei, de pena, de fato próprio
aqueles para os quais foram dadas,
que aí tenham domicílio ou quase- ou de fato alheio notório; presume-se a
domicílio e, ao mesmo tempo, aí
estejam morando de fato, salva a respeito de fato alheio não notório, até
prescrição do cân. 13. que se prove o contrário.
Cân. 13 § 1. As leis particulares não Cân. 16 § 1. Interpreta autenticamente
se presumem pessoais, mas sim
territoriais, a não ser que conste as leis o legislador e aquele ao qual for
diversamente.
por ele concedido o poder de
§ 2. Os forasteiros não interpretar autenticamente.
estão obrigados:
§ 2. A interpretação autêntica,
1°- às leis particulares do seu apresentada a modo de lei, tem a
território enquanto dele estiverem mesma força que a própria lei e deve
ausentes, a não ser que a ser promulgada; se unicamente
transgressão delas redunde em esclarece palavras da lei já por si
prejuízo no próprio território ou que certas, tem valor retroativo; se restringe
as leis sejam pessoais; ou estende a lei ou se esclarece uma
2°- nem às leis do território em lei duvidosa, não retroage.
no contexto; mas, se o sentido continua
§ 3. A interpretação, porém, dada a duvidoso e obscuro, deve-se recorrer
modo de sentença judicial ou de ato aos lugares paralelos, se os houver, a
administrativo para um caso particular, finalidade e às circunstâncias da lei,
não tem força de lei e somente obriga bem como à mente do legislador.
as pessoas e afeta os casos para os
Cân. 18 As leis que estabelecem pena
quais foi dada. ou limitam o livre exercício dos direitos
ou contém exceção à lei, devem ser
Cân. 17 As leis eclesiásticas devem ser interpretadas estritamente.
entendidas segundo o sentido próprio
Cân. 19 Se a respeito de uma
das palavras, considerado no texto e
determinada matéria falta uma prescrição
expressa da lei, universal ou particular, lei, por uma comunidade capaz, ao
menos, de receber leis.
ou um costume, a causa, a não ser que
seja penal, deve ser dirimida levando-se Cân. 26 A não ser que tenha sido
em conta as leis dadas em casos especialmente aprovado pelo legislador
semelhantes, os princípios gerais do competente, um costume contrário ao
direito aplicados com eqüidade direito canônico vigente, ou que está à
canônica, a jurisprudência e a praxe da margem da lei canônica, só alcança
Cúria Romana, a opinião comum e força de lei, se tiver sido observado
constante dos doutores. legitimamente por trinta anos contínuos e
completos; mas, contra uma lei canônica
Cân. 20 A lei posterior ab-roga ou que contenha uma cláusula proibindo
derroga a anterior, se expressamente o costumes futuros, só pode prevalecer
declara, se lhe é diretamente contrária, um costume centenário ou imemorial.
ou se reordena inteiramente toda a
matéria da lei anterior; a lei universal, Cân. 27 O costume é o melhor
porém, de nenhum modo derroga o intérprete da lei.
direito particular ou especial, salvo Cân. 28 Salva a prescrição do cân. 5, o
determinação expressa em contrário costume contra ou à margem da lei é
no direito. revogado por um costume ou lei
Cân. 21 Na dúvida, não se presume a contrários; mas, se não fizer expressa
revogação de el i preexistente, mas leis menção deles, uma lei não revoga
posteriores devem ser comparadas com costumes centenários ou imemoriais,
as anteriores e, quanto possível, com nem a lei universal, costumes
elas harmonizadas. particulares.

Cân. 22 As leis civis, às quais o direito TÍTULO III


da Igreja remete, sejam observadas no DOS DECRETOS GERAIS E
direito canônico com os mesmos INSTRUÇÕES
efeitos, desde que não sejam
contrárias ao direito divino, e não seja
determinado o contrário pelo direito
canônico.
TÍTULO II DO
OSTUME
Cân. 23 Tem força de lei somente o
costume introduzido por uma
comunidade de fiéis, que tenha sido
aprovado pelo legislador, de acordo
com os cânones seguintes.
Cân. 24 § 1. Nenhum costume contrário
ao direito divino pode alcançar força de
lei.
§ 2. Também não pode alcançar força
de lei o costume contra ou à margem
do direito canônico, se não for razoável;
mas o costume que é expressamente
reprov ado no direito não é razoável.
Cân. 25 Nenhum costume alcança
força de lei se não tiver sido
observado, com intenção de introduzir
esclarecem as prescrições das leis e
Cân. 29 Os decretos gerais, com os expõem e determinam as modalidades
quais são dadas pelo legislador a serem observadas na sua execução,
competente prescrições comuns a uma são dadas para uso daqueles a quem
comunidade capaz de receber leis, são cabe cuidar da execução das leis, e os
propriamente leis e se regem pelas obrigam nessa execução; podem dá-las
prescrições dos cânones sobre as legitimamente, dentro dos limites de sua
leis. competência, os que têm poder
Cân. 30 Quem tem só poder executivo executivo.
não pode dar o decreto geral § 2.As determinações das instruções
mencionado no cân. 29, a não ser não derrogam as leis, e se alguma
que, em casos particulares de delas não se puder compor com as
acordo com o direito, isso lhe tenha prescrições das leis, não têm nenhum
sido expressamente concedido pelo valor.
legislador competente e observadas
as condições estabelecidas no ato da § 3. As instruções deixam de vigorar
concessão. não só pela revogação explícita ou
implícita da autoridade competente que
Cân. 31 § 1. Os decretos gerais as editou, ou de seu superior, mas
executórios, isto é, aqueles pelos também pela cessação da lei, para cujo
quais se determinam mais esclarecimento ou execução foram
precisamente os modos a serem dadas.
observados na aplicação da lei, ou
com os quais se urge a observância TÍTULO IV
das leis, podem dá-los, dentro dos DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
limites de sua competência, os que SINGULARES
têm poder executivo.
§ 2.No que se refere à promulgação e Capítulo I
à vacância dos decretos mencionados
no § 1, observem-se as prescrições do Normas
cân. 8.
Cân. 32 Os decretos gerais Comuns
executórios obrigam os que estão
sujeitos às leis, cujo modo de Cân. 35 O ato administrativo singular,
aplicação esses decretos determinam
ou cuja observância urgem. quer seja decreto ou preceito, quer
seja rescrito, pode ser praticado,
Cân. 33 § 1. Os decretos gerais
dentro dos limites de sua competência,
executórios , mesmo se publicados
por quem tem o poder executivo, salva
em diretórios ou em semelhantes
prescrição do cân. 76, § 1.
documentos, não derrogam as leis;
suas disposições, que forem Cân. 36 § 1. O ato administrativo deve
contrárias às leis, não têm nenhum ser entendido segundo o sentido
valor. próprio das palavras e o uso comum
de falar; na dúvida, os que se referem
§ 2. Esses decretos deixam de vigorar a lides ou a cominação ou imposição
por revogação explícita ou implícita, de penas, os que limitam direitos da
feita pela autoridade competente e pessoa ou lesam direitos adquiridos por
pela cessação da lei, para cuja outros, os que são contrários a uma lei
execução foram dados; não cessam,
para vantagem de particulares, estão
porém, pela cessação do direito de
sujeitos a uma interpretação estrita;
quem os estabeleceu, a não ser que
todos os demais, a uma interpretação
se determine expressamente o
larga.
contrário.
§ 2. Um ato administrativo não deve
Cân. 34 § 1. As instruções que ser estendido a outros casos, além dos
expressamente mencionados. por escrito; do me smo modo, o ato
Cân. 37 O ato administrativo referente dessa execução se se fizer em forma
ao foro externo, deve ser consignado comissória.
administrativo pode fazer-se substituir
Cân. 38 O ato administrativo, mesmo por outros, segundo seu prudente
quando se tratar de um rescrito dado arbítrio, a não ser que a substituição
Motu Proprio, carece de eficácia, na tenha sido proibida, ou então, que ele
medida em que lesa um direito tenha sido escolhido por sua
adquirido por outrem, ou for contrário a competência pessoal, que tenha sido
uma lei ou costume aprovado, a não determinada anteriormente a pessoa do
ser que a autoridade competente tenha substituto; nesses casos, porém, é lícito
acrescentado expressamente uma ao executor confiar a outros os atos
cláusula derrogatória. preparatórios.
Cân. 39 Num ato administrativo, as Cân. 44 Um ato administrativo pode ser
condições são consideradas postas executado pelo sucessor do executor
no ofício, a não ser que tenha sido
para a validade, somente quando escolhido por sua competência pessoal.
expressas pelas partículas “se", “a Cân. 45 É permitido ao executor, se de
não ser que”, “contanto que". algum modo tiver errado na execução
do ato administrativo, executá-lo
Cân. 40 O executor de um ato novamente.
administrativo não desempenha Cân. 46 O ato administrativo não cessa
validamente seu encargo, antes de ter pela cessação do direito daquele que o
recebido o documento e de ter baixou, salvo expressa determinação
reconhecido sua autenticidade e contrária do direito.
integridade, a não ser que notificação
prévia dele tenha sido transmitida por Cân. 47 A revogação de um ato
autoridade de quem baixou o ato. administrativo por outro ato
administrativo da autoridade competente
Cân. 41 O executor de um ato só obtém efeito a partir do momento
administrativo, a quem se confia o em que é legitimamente notificado à
mero encargo da execução, não pode pessoa para a qual foi baixado.
negar a execução desse ato, a não ser
que apareça manifestamente que esse Capítulo II
ato é nulo ou que, por outra causa DOS DECRETOS E PRECEITOS
grave, não pode ser sustentado, ou SINGULARES
então, que não foram cumpridas as
Cân. 48 Por decreto singular entende-se
condições postas no próprio ato
um ato administrativo da competente
administrativo. No entanto, se a
autoridade executiva, pelo qual, segundo
execução do ato administrativo parece
as normas do direito, para um caso
importuna em razão de circunstâncias
particular se dá uma decisão ou uma
pessoais e locais, o executor suspenda
provisão, que por si não pressupõem um
a execução; nes ses casos, porém,
pedido feito por alguém.
informe imediatamente a autoridade
que baixou o ato. Cân. 49 Preceito singular é um decreto
pelo qual se impõe, direta e
Cân. 42 O executor de um ato
legitimamente, a determinada, pessoa
administrativo deve proceder de acordo
ou pessoas, fazer ou omitir alguma
com o mandato recebido; e se não
coisa, principalmente para urgir a
cumprir as condições essenciais postas
observância de uma lei.
no documento e não observar a forma
substancial de proceder, a execução é Cân. 50 Antes de baixar um decreto
inválida. singular, a autoridade colha as
necessárias informações e provas, e, na
Cân. 43 O executor de um ato
medida do possível, ouça aqueles
cujos direitos possam ser lesados. Cân. 52 O decreto singular tem valor
somente a respeito de coisas sobre as
Cân. 51 O decreto seja baixado por
escrito, expondo os motivos ao menos quais dispõe e das pessoas para quem
sumariamente se se tratar de uma foi dado; obriga-as, porém, em toda a
decisão.
parte, a não ser que conste o contrário.
Cân. 53 Se os decretos são contrários
entre si, o especial, naquilo que é
expresso de modo especial, prevalece
sobre o geral; se forem igualmente
especiais ou gerais, o posterior ob- roga
o anterior, na medida em que lhe é
contrário.
Cân. 54 § 1. O decreto singular tem
efeito a partir do momento da execução,
se sua aplicação é confiada a um
executor; caso contrário, a partir do
momento em que for intimado à pessoa
pela autoridade de quem o baixou.
§ 2. O decreto singular, para que possa
ser urgido, deve ser intimado por
legítimo documento, de acordo com o
direito.
Cân. 55 Salva a prescrição dos cân.
37 e 51, quando uma gravíssima razão
impede a entrega do texto do decreto,
tem- se por intimado esse decreto, se é
lido à pessoa a quem se destina, diante
de notário ou de duas testemunhas.
Redija-se uma ata que deve ser
assinada por todos os presentes.
Cân. 56 Tem-se por intimado o decreto,
se aquele a quem se destina,
devidamente convocado para receber
ou ouvir o decreto, sem justa causa
não comparecer ou se recusar a
assinar.
Cân. 57 § 1. Sempre que a lei impõe
que um decreto seja baixado ou
sempre que é apresentado um pedido
ou recurso para a obtenção de um
decreto, a autoridade competente
providencie, dentro de três meses, a
partir da recepção do pedido ou do
recurso, a não ser que por lei se
prescreva outro prazo.
§ 2. Transcorrido esse prazo, se o
decreto ainda não tiver sido baixado,
presume-se resposta negativa, no que
se refere à apresentação de um
recurso ulterior.
§ 2. O que se prescreve sobre os
§ 3. A presumida resposta negativa rescritos vale também para a
não exime a autoridade competente concessão de licença e para as
da obrigação de baixar o decreto e concessões de graças a viva voz, a
também de reparar o dano não ser que c onste o contrário.
eventualmente causado, de acordo
com o cân. 128. Cân. 60 Qualquer rescrito pode ser
Cân. 58 § 1. O decreto singular deixa impetrado por todos os que não são
de vigorar por revogação legítima, expressamente proibidos.
feita pela autoridade competente, e
também pela cessação da lei, para Cân. 61 Se não constar o contrário,
cuja execução foi baixado. um rescrito pode ser impetrado em
§ 2. O preceito singular, não imposto favor de outros, mesmo sem a sua
por documento legítimo, cessa, uma anuência, e tem valor antes da sua
vez cessado o direito de quem o deu. aceitação, salvo cláusulas contrárias.
Cân. 62 O rescrito para o qual não se
Capítul designa executor, tem efeito a partir do
instante em que é dado o documento;
o III DOS os outros, a partir do momento da
execução.
RESCRIT Cân. 63 § 1. Impede a validade do
OS rescrito a sub-repção ou reticência da
verdade, se no pedido não for expresso
Cân. 59 § 1. Por rescrito entende-se tudo o que o deve ser para a validade,
o ato administrativo baixado por
escrito pela competente autoridade de acordo com a lei, o estilo e a praxe
executiva, mediante o qual, por sua canônica, a não ser que se trate de
própria natureza, se concede
privilégio, dispensa ou outra graça, a rescrito de uma graça, dado Motu
pedido de alguém. proprio.
Bispo, ainda quando tenha obtido, do
§ 2. Igualmente impede a validade do Vigário que negou, as razões da
negativa.
rescrito a ob-repção ou exposição de
falsidade, se nenhuma das causas § 3. Uma graça negada por um Vigário
motivas for verdadeira. Geral ou por um Vigário episcopal e
§ 3. Nos rescritos sem executor, a depois obtida do Bispo diocesano, sem
causa motiva deve ser verdadeira no ter feito menção da negativa, é inválida;
momento em que foi dado o rescrito; uma graça, porém, negada pelo Bispo
nos outros, no momento da execução.
diocesano, não pode ser validamente
Cân. 64 Salvo o direito da Penitenciaria obtida de seu Vigário geral ou de seu
para o foro interno, uma graça negada Vigário episcopal, sem o consentimento
por qualquer dicastério da Cúria do Bispo, mesmo fazendo menção da
Romana não pode ser concedida negativa.
validamente por outro dicastério dessa
Cúria ou por outra autoridade Cân. 66 O rescrito não se torna inválido
competente abaixo do Romano por erro no nome da pessoa à qual é
Pontífice, sem a anuência do dicastério dado ou ela qual é concedido, do lugar
com o qual se começou a tratar. em que ela reside, ou da coisa a que se
refere, contanto que, a juízo do
Cân. 65 § 1. Salvas as prescrições dos Ordinário, não haja dúvida a respeito
§§ 2 e 3, ninguém peça a outro da própria pessoa ou coisa.
Ordinário uma graça negada pelo seu
próprio Ordinário, a não ser fazendo Cân. 67 § 1. Se acontecer serem
menção da negativa; feita, porém, a obtidos dois rescritos contrários entre si
menção, o Ordinário não conceda a a respeito da mesma coisa, o peculiar,
graça, a não ser após obter do primeiro naquilo que é expresso em forma
Ordinário as razões da negativa. peculiar, prevalece sobre o geral.
§ 2. Uma graça negada por um § 2. Se forem igualmente peculiares ou
Vigário geral ou por um Vigário gerais, o primeiro tempo prevalece sobre
episcopal não pode ser validamente
concedida por outro Vigário do mesmo o posterior, a não ser que no segundo se
faça menção expressa do primeiro, ou
que o primeiro impetrante não tiver Cân. 74 Embora alguém possa usar no
usado do rescrito por dolo ou notável foro interno de uma graça que lhe foi
negligência sua. concedida oralmente, deve prová-la no
foro externo, sempre que isso lhe for
§ 3. Na dúvida se um rescrito é ou não legitimamente solicitado.
inválido, recorra-se a quem deu o Cân. 75 Se o rescrito contém
rescrito privilégio ou dispensa, observem-se
também as prescrições dos cânones
Cân. 68 Um rescrito da Sé Apostólica, seguintes.
em que não é designado executor, só Capítulo
deve ser apresentado ao Ordinário do
impetrante quando isso é ordenado no IV DOS
próprio documento, ou se trata de
coisas públicas, ou há necessidade de PRIVILÉGIO
se comprovarem as condições. S
Cân. 69 O rescrito, para cuja Cân. 76 § 1. Privilégio, ou graça em
apresentação não foi determinado favor de determinadas
nenhum prazo, pode ser exibido ao pessoas físicas ou jurídicas concedida
por ato especial, pode
executor em qualquer tempo, contanto ser concedido pelo legislador e por uma
que não haja fraude nem dolo. autoridade executiva, àqual o legislador
tenha concedido esse poder.
Cân. 70 Se no rescrito for confiada ao § 2. A posse centenária ou imemorial
executor a própria concessão, compete gera a presunção de que esse
a ele, segundo seu prudente arbítrio e privilégio tenha sido concedido.
sua consciência, conceder ou negar a
graça. Cân. 77 O privilégio deve ser
Cân. 71 Ninguém está obrigado a usar interpretado de acordo com o cân. 36,
de um rescrito concedido unicamente § 1; mas, sempre se deve usar uma
em seu favor, a não ser que, por outro interpretação pela qual os
título, isso lhe seja imposto por contemplados pelo privilégio obtenham
obrigação canônica. realmente alguma graça.
Cân. 72 Os rescritos concedidos pela Cân. 78 § 1. O privilégio presume-se
Sé Apostólica e que tiverem expirado, perpétuo, a não ser que se prove o
podem, por justa causa, ser contrário.
validamente prorrogados uma vez pelo § 2. O privilégio pessoal, isto é, o que
Bispo diocesano, não, porém, por mais acompanha a pessoa, extingue-se com
de três meses. ela.
Cân. 73 Nenhum rescrito é revogado § 3. O privilégio real cessa com a
por uma lei contrária, a não ser que na destruição total da coisa ou do lugar; o
própria lei se determine o contrário. privilégio local, porém, revive, se o
lugar for restaurado dentro de
cinqüenta anos.
Cân. 79 O privilégio cessa pela
revogação por parte da autoridade
competente, de acordo com o cân. 47,
salva a prescrição do cân. 81.
Cân. 80 § 1. Nenhum privilégio cessa
por renúncia, a não ser que tenha sido
aceita pela autoridade competente.
§ 2. Qualquer pessoa física pode
renunciar a um privilégio concedido
unicamente em seu favor.
§ 3. Não podem as pessoas,
singularmente tomadas, renunciar a um
privilégio concedido a alguma pessoa
jurídica, ou em razão da dignidade do
lugar ou da coisa; nem àprópria pessoa
jurídica é facultado renunciar a um
privilégio que lhe foi concedido, se a tornado prejudicial ou seu uso se tenha
renúncia redundar em prejuízo da tornado ilícito.
Igreja ou de ou de outros. Cân. 84 Quem abusa do poder que foi
Cân. 81 Cessado o direito do dado por um privilégio, merece ser
concedente, o privilégio não se privado dele; por isso, o Ordinário,
extingue a não ser que tenha sido tendo em vão admoestado o
dado com a cláusula ad privilegiado, retire o privilégio, que ele
beneplacitum nostrum, ou mesmo concedeu, de quem dele
equivalente. abusa gravemente. Se o privilégio tiver
Cân. 82 O privilégio não oneroso a sido concedido pela Sé Apostólica, o
outros não cessa pelo não- uso ou Ordinário está obrigado a informá-la.
pelo uso contrário; aquele, porém,
que redundar em ônus para outros, Capítulo
perde- se, havendo prescrição
legítima.
V DAS
Cân. 83 § 1.O privilégio cessa
transcorrido o tempo, ou completado
o número de casos para os quais foi DISPENSA
concedido, salva a prescrição do cân.
142 § 2. S
§ 2. Cessa também, com o correr do Cân. 85 A dispensa, ou relaxação de
tempo, se de tal modo tiverem uma lei meramente eclesiástica num
caso particular, pode ser concedida
mudado as circunstâncias que, a juízo pelos que têm poder executivo,
da autoridade competente, se tenha dentro dos limites de sua
cân. 291.
competência e também por aqueles
aos quais compete, explícita ou Cân. 88 Pode o Ordinário local dispensar
implicitamente, o poder de dispensar das leis diocesanas e, sempre que o
pelo próprio direito ou por legítima julgar conveniente para o bem dos fiéis,
delegação. das leis dadas pelo Concílio plenário ou
Cân. 86 Não são susceptíveis de provincial ou pela Conferência dos
dispensa as leis enquanto definem as Bispos.
coisas essencialmente constitutivas dos
institutos ou dos atos jurídicos. Cân. 89 O pároco e outros presbíteros
Cân. 87 § 1. O Bispo diocesano, ou diáconos não podem dispensar de lei
sempre que julgar que isso possa universal ou particular, a não ser que
concorrer para o bem espiritual dos esse poder lhes tenha sido
fiéis, pode dispensá-los das leis expressamente concedido.
disciplinares, universais ou particulares, Cân. 90 § 1. Não se dispense de lei
dadas pela suprema autoridade da eclesiástica sem causa justa e razoável,
Igreja para o seu território ou para os levando-se em conta as circunstâncias
seus súditos; não porém, das leis do caso e a gravidade da lei da qual se
processuais ou penais, nem daquelas dispensa; do contrário, a dispensa é
cuja dispensa é reservada ilícita e, a não ser que tenha sido dada
especialmente àSé Apostólica ou a pelo próprio legislador ou por seu
outra autoridade. superior, também inválida.
§ 2. Se é difícil o recurso àSanta Sé e, § 2. A dispensa, em caso de dúvida
ao mesmo tempo, há perigo de grave sobre a suficiência da causa, é
dano na demora, qualquer Ordinário concedida válida e licitamente.
pode dispensar dessas leis, mesmo se
a dispensa for reservada à Santa Sé, Cân. 91 Quem tem poder de dispensar
contanto que se trate de dispensa que pode exercê-lo, mesmo estando fora do
ela própria costuma conceder nessas seu território, em favor de seus súditos,
circunstâncias, salva a prescrição do embora ausentes do território; e, salvo
determinação expressa em contrário,
em favor também dos forasteiros que regras do regimento os que
se encontram de fato no território, bem delas participam.
como em favor de si mesmo. TÍTULO VI
Cân. 92 Deve ter interpretação estrita, DAS PESSOAS FÍSICAS E
não só a dispensa de acordo com o
cân. 36 § 1, mas também a própria JURÍDICAS
faculdade de dispensar concedida para
um caso determinado. Capítu
Cân. 93 A dispensa que tiver lo I
desenvolvimento sucessivo, cessa do DA CONDIÇÃO CANÔNICA DAS
mesmo modo que o privilégio, bem PESSOAS FÍSICAS
como pela cessação certa e total da
causa motiva. Cân. 96 Pelo batismo o homem é
incorporado à igreja de Cristo e nela
TÍTULO V constituído pessoa, com os deveres e
DOS ESTATUTOS E REGIMENTOS os direitos que são próprios dos
Cân. 94 § 1. Estatutos, em sentido cristãos, tendo-se presente a condição
próprio, são determinações deles, enquanto se encontram na
estabelecidas de acordo com o direito comunhão eclesiástica, a não ser que
nas universidades de pessoas ou de
coisas, e por meio das quais são se oponha uma sanção legitimamente
definidos sua finalidade, constituição, infligida.
regime e modo de agir.
§ 2. Aos estatutos das universalidades Cân. 97 § 1. A pessoa que completou
de pessoas estão obrigadas somente dezoito anos é maior; abaixo dessa
as pessoas que são legitimamente idade, é menor.
seus membros; aos estatutos de uma
universalidade de coisas, aqueles que § 2. O menor, antes dos sete anos
cuidam da sua direção. completos, chama-se criança, e é
§ 3. As prescrições dos estatutos que considerado não senhor de si;
foram estabelecidas e promulgadas em completados, porém, os sete anos,
virtude de poder legislativo regem-se
pelas prescrições dos cânones sobre presume-se que tenha o uso da razão.
as leis.
Cân. 98 § 1. A pessoa maior tem o
Cân. 95 § 1. Regimentos são regras ou pleno exercício de seus direitos.
normas que se devem observar nas § 2. A pessoa menor, no exercício
reuniões de pessoas, marcadas pela de seus direitos, permanece
autoridade eclesiástica ou livremente dependente do poder dos pais ou
convocadas pelos fiéis, como também tutores, exceto naquilo em que os
em outras celebrações, e pelas quais se menores estão isentos do poder deles
determina o que pertence por lei divina ou pelo direito
àconstituição, àdireção e ao modo de canônico; no que concerne à
agir. constituição de tutores e ao seu
§ 2. Nas reuniões ou nas celebrações, poder, observem-se as prescrições do
estão obrigados às direito civil, a não ser que haja
determinação diversa do direito
canônico, ou que o Bispo diocesano em
determinados casos tenha julgado, por
justa causa, dever-se providenciar pela
nomeação de outro tutor.
Cân. 99 Todo aquele que carece
habitualmente do uso da razão é
considerado não senhor de si e
equiparado às crianças.
Cân. 100 A pessoa chama -se:
morador, no lugar onde tem seu completos.
domicílio; adventício, no lugar onde
§ 2. Adquire-se o quase-domicílio pela
tem quase-domicílio; forasteiro, se se
residência no território de uma paróquia,
encontra fora do domicílio e quase
ou ao menos de uma diocese que, ou
domicílio que ainda conserva; vagante
esteja unida à intenção de aí
, se não tem domicílio ou quase-
permanecer ao menos por três meses
domicílio em nenhum lugar.
se nada afastar daí, ou se tenha
Cân. 101 § 1. O lugar de origem do prolongado de fato por três meses.
filho, mesmo neófito, é aquele onde os § 3. O domicílio ou quase-domicílio no
pais tinham domicílio ou, na falta território de uma paróquia chama-se
paroquial; no território de uma diocese,
deste, quase-domicílio, quando o filho embora não numa paróquia, diocesano.
nasceu; ou, se os pais não tinham o
mesmo domicílio ou quase-domicílio, Cân. 103 Os membros dos institutos
onde a mãe o tem. religiosos e das sociedades de vida
apostólica adquirem domicílio, no lugar
§ 2. Tratando-se de filho de vagos, o
lugar de origem é o próprio lugar do onde se encontra a casa à qual estão
nascimento; tratando-se de um adscritos; o quase- domicílio, na casa
exposto, é o lugar onde foi
encontrado. em que moram, de acordo com o cân.
102
Cân. 102 § 1. Adquire-se o domicílio §
pela residência no território de uma 2.
paróquia ou, ao menos de uma Cân. 104 Os cônjuges tenham
diocese que, ou esteja unida à domicílio ou quase-domicílio comum;
intenção de aí permanecer em razão de legítima separação ou de
perpetuamente se nada afastar daí, ou outra justa causa, cada qual pode
se tenha prolongado por cinco anos ter domicílio ou quase-domicílio
diocesano é o pároco do lugar onde
próp ele se encontra.
rio.
Cân. 108 § 1. Conta-se a
Cân. 105 § 1. O menor conserva consangüinidade por linhas e graus.
necessariamente o domicílio ou quase-
domicílio daquele, a cujo poder está § 2. Em linha reta, tantos são os graus
sujeito. Saindo da infância, pode quantas as gerações, ou as pessoas,
adquirir também quase-domicílio omitindo o tronco.
próprio; e uma vez emancipado de § 3. Na linha colateral, tantos são os
acordo com o direito civil, também o graus quantas as pessoas em ambas
as linhas, omitindo o tronco.
domicílio próprio.
Cân. 109 § 1. A afinidade se origina de
§ 2. Quem, por uma razão diversa da um matrimônio válido, mesmo não
menoridade, foi entregue à tutela ou à consumado, e vigora entre o marido
curatela de outros, tem o domicílio e e os consangüíneos da mulher, e
quase-domicílio e quase-domicílio do entre a mulher e os consangüíneos
tutor ou curador. do marido.
Cân. 106 Perde-se o domicílio e o § 2. Conta-se de tal maneira que os
quase-domicílio pela saída do lugar, consangüíneos do marido sejam, na
com a intenção de não mais voltar, mesma linha e grau, afins da mulher, e
salva a determinação do cân. 105. vice-versa.
Cân. 107 § 1. Tanto pelo domicílio, Cân. 110 Os filhos que tenham sido
como pelo quase- domicílio, cada um adotados de acordo com a lei civil são
obtém seu pároco e Ordinário. considerados filhos daquele ou daqueles
§ 2. O pároco ou Ordinário próprios do que os adotaram.
vago é o pároco ou o Ordinário do lugar
onde o vago se encontra. Cân. 111 § 1. Com a recepção do
batismo, fica adscrito à Igreja latina o
§ 3. O pároco próprio daquele que tem
filho de pais que a ela pertencem ou, se
domicílio ou quase- domicílio só
um dos dois a ela não pertence, ambos
tenham escolhido, de comum acordo, DAS PESSOAS JURÍDICAS
que a prole fosse batizada na Igreja Cân. 113 § 1. A Igreja católica e a Sé
latina; se faltar esse comum acordo, Apostólica são pessoas morais pela
fica adscrito à Igreja ritual à qual própria ordenação divina.
pertence o pai. § 2. Na Igreja, além das pessoas
§ 2. Qualquer batizando, que tenha físicas, há também pessoas jurídicas,
completado catorze anos de idade, isto é, sujeitos, no direito canônico, de
pode escolher livremente ser batizado obrigações e direitos, consentâneos
na Igreja latina ou em outra Igreja com a índole delas.
ritual autônoma; nesse caso, ele
pertence àIgreja que tiver escolhido. Cân. 114 § 1. As pessoas jurídicas são
Cân. 112 § 1. Depois de recebido o constituídas, ou por prescrição do
batismo, ficam adscritos a outra Igreja próprio direito ou por especial
ritual autônoma:
concessão da autoridade competente
1°- quem tiver conseguido a licença mediante decreto, como
da Sé Apostólica; 2°- o cônjuge universalidades de pessoas ou de
que, ao contrair matrimônio ou coisas, destinadas a uma finalidade
durante coerente com a missão da Igreja, que
este, tiver declarado que passa transcende a finalidade de cada
para a Igreja ritual
autônoma do outro cônjuge; indivíduo.
dissolvido, porém, o matrimônio,
pode livremente voltar à Igreja § 2. As finalidades mencionadas no § 1
latina. 3°- os filhos dos
mencionados nos nº 1 e 2, são as que se referem às obras de
antes de piedade, de apostolado ou de caridade
completarem catorze anos de idade, espiritual ou temporal.
como também, no matrimônio misto,
os filhos da parte católica que tenha § 3. A autoridade competente da
passado legitimamente para outra Igreja não confira personalidade
Igreja ritual; completada, porém, jurídica, a não ser às universalidades
essa idade, eles podem voltar para de pessoas ou de coisas que buscam
a Igreja Latina. uma finalidade verdadeiramente útil, e,
tudo bem ponderado, dispõem de
§ 2. O costume, mesmo prolongado, meios que se presume sejam
de receber os sacramentos, segundo o suficientes para a consecução do fim
rito de alguma igreja ritual autônoma pré-estabelecido.
não acarreta a adscrição a essa Igreja. Cân. 115 § 1. As pessoas jurídicas na
Capítulo II Igreja são ou universalidades de
pessoas ou universalidades de coisas.
§ 2. A universalidade de pessoas, que
não pode ser constituída a não ser
com o mínimo de três pessoas, é
colegial, se os membros determinam a
sua ação, concorrendo na tomada de
decisões, com direito igual ou não, de
acordo com o direito e os estatutos;
caso contrário, será não-colegial.
§ 3. A universalidade de coisas, ou
fundação autônoma, consta de bens ou
coisas, espirituais ou materiais; dirigem-
na, de acordo com o direito e os
estatutos, uma ou mais pessoas físicas
ou um colégio.
Cân. 116 § 1. Pessoas jurídicas
públicas são universalidades de
pessoas ou de coisas constituídas
pela competente autoridade Cân. 118 Representam a pessoa
eclesiástica para, dentro dos fins que jurídica pública, agindo em seu nome,
lhe são prefixados, desempenharem, aqueles a quem é reconhecida essa
em nome da Igreja, de acordo com competência pelo direito universal ou
as prescrições do direito, o próprio particular ou pelos próprios estatutos; e
encargo a elas confiado em vista do a pessoa jurídica privada, aqueles a
bem público; as demais pessoas quem é conferida essa competência
jurídicas são privadas. pelos estatutos.
§ 2. As pessoas jurídicas públicas Cân. 119 No que se refere aos atos
adquirem essa personalidade pelo colegiais, salvo determinação contrária
próprio direito ou por decreto especial do direito ou dos estatutos:
da competente autoridade que
1°- tratando-se de eleições, tem
expressamente a concede; as
força de direito aquilo que, presente
pessoas jurídicas privadas adquirem
a maior parte dos que devem ser
essa personalidade somente por
convocados, tiver agradado à
decreto especial da competente
maioria absoluta dos presentes;
autoridade que expressamente
depois de dois escrutínios
concede essa personalidade.
ineficazes, faça-se a votação entre
Cân. 117 Nenhuma universalidade de os dois candidatos que tiverem
pessoa ou de coisa que pretenda conseguido a maior parte dos votos,
adquirir personalidade jurídica, pode ou se forem mais, entre os dois
consegui-la, a não ser que seus mais velhos de idade; depois do
estatutos tenham sido aprovados terceiro escrutínio, persistindo a
pela autoridade competente. paridade, considere-se eleito o mais
velho de idade;
pessoa jurídica colegial, e a
2°- tratando-se de outros negócios, universalidade de pessoas segundo os
tem força de direito aquilo que, estatutos não tiver deixado de existir,
presente a maior parte dos que compete a esse membro o exercício de
devem ser convocados, tiver todos os direitos da universalidade.
agradado à maioria absoluta dos
presentes; se depois de dois Cân. 121 Se universalidades de pessoas
escrutínios os votos forem iguais, o ou de coisas, que sejam pessoas
presidente pode, com seu voto, jurídicas públicas, se unirem de tal modo
dirimir a paridade; que delas se constitua uma única
3°- o que, porém, atinge universalidade dotada também de
individualmente a todos, deve por personalidade jurídica, esta nova pessoa
todos ser aprovado. jurídica adquire os bens e os direitos
Cân. 120 § 1. A pessoa jurídica, por sua patrimoniais próprios da precedentes e
natureza, é perpétua; extingue-se, recebe os ônus com que estavam
porém, se for legitimamente surpresa gravadas; no que se refere, porém, ao
pela autoridade competente ou se destino principalmente dos bens, e ao
deixar de agir pelo espaço de cem cumprimento dos ônus, deve-se
anos; além disso, a pessoa jurídica ressalvar a vontade dos fundadores e
privada, se extingue, se a própria doadores e os direitos adquiridos.
associação se dissolver de acordo Cân. 122 Se uma universalidade, que
com os estatutos, ou se, a juízo da tem personalidade jurídica pública, se
autoridade competente, a própria dividir de tal modo que ou uma parte dela
fundação tiver deixado de existir, de venha a unir-se a outra pessoa jurídica,
acordo com os estatutos. ou venha a erigir -se com a parte
§ 2. Se restar um só dos membros da desmembrada uma nova pessoa jurídica
pública, a autoridade eclesiástica, àqual violência infligida externamente à
pessoa, e à qual esta de modo nenhum
compete fazer a divisão, deve cuidar pode resistir, considera-se nulo.
pessoalmente ou por um executor,
respeitados em primeiro lugar a
vontade dos fundadores e doadores,
os direitos adquiridos e os estatutos
aprovados:
1°- que os bens comuns,
susceptíveis de divisão, os direitos
patrimoniais, as dívidas e os outros
ônus sejam divididos entre pessoas
jurídicas em questão, na proporção
devida ex aequo et bono, levando
em conta todas as circunstâncias e
as necessidades de ambas;
2°- que o uso e usufruto dos bens
comuns, não susceptíveis de
divisão, aproveitem a ambas as
pessoas jurídicas, e os ônus
próprios deles sejam impostos a
ambas, respeitada também a
devida proporção determinada ex
aequo et bono.
Cân. 123 Extinta uma pessoa jurídica
pública, o destino de seus bens,
direitos patrimoniais e ônus rege-se
pelo direito e pelos estatutos; se estes
silenciarem a respeito, serão
adjudicados à pessoa jurídica
imediatamente superior, salvos sempre
a vontade dos fundadores e doadores
e os direitos adquiridos; extinta uma
pessoa jurídica privada, o destino de
seus bens e ônus rege-se pelos
próprios estatutos.
TÍTULO VII
DOS ATOS JURÍDICOS
Cân. 124 § 1. Para a validade de um
ato jurídico requer-se que seja
realizado por pessoa hábil, e que nele
haja tudo o que constitui
essencialmente o próprio ato, bem
como as formalidades e requisitos
impostos pelo direito para a validade do
ato.
§ 2. Um ato jurídico, realizado de
modo devido no que se refere aos
seus elementos externos, presume -se
válido.
Cân. 125 § 1. O ato praticado por
sem uma razão que seja superior,
§ 2. O ato praticado por medo grave segundo o próprio juízo, não se
incutido injustamente, ou por dolo, é afaste do voto delas, principalmente
válido, salvo determinação contrária do se unânime.
direito; mas pode ser rescindido por
sentença do juiz, a requerimento da § 3. Todos aqueles cujo consentimento
ou conselho é requerido devem
parte lesada ou de seus sucessores manifestar sinceramente a própria
nesse direito, ou de ofício. opinião e, se a grav idade do negócio o
exige, guardar diligentemente o
segredo; essa obrigação pode ser
Cân. 126 O ato praticado por urgida pelo Superior.
ignorância ou erro, que verse sobre o Cân. 128 Quem quer que prejudique a
constitui a sua substância ou que outros por um ato jurídico ilegítimo ou
por qualquer ato doloso ou culposo, é
redunde numa condição sine qua obrigado a reparar o dano causado.
non, é nulo; caso contrário, vale,
salvo determinação contrária do TÍTULO VIII
direito; mas o ato praticado por DO PODER DE REGIME
ignorância ou por erro, pode dar lugar
Cân. 129 § 1. De acordo com as
a uma ação rescisória, de acordo com
prescrições do direito, são capazes do
o direito.
poder de regime que, por instituição
Cân. 127 § 1. Quando é estatuído divina, existe na Igreja e se denomina
pelo direito que, para praticar certos também poder de jurisdição, aqueles
atos, o Superior necessita do que foram promovidos àordem sacra.
consentimento ou conselho de algum § 2. No exercício desse poder, os fiéis
colégio ou grupo de pessoas, o leigos podem cooperar, de acordo com
o direito.
colégio ou grupo deve ser convocado
de acordo com cân. 166, a não ser Cân. 130 O poder de regime se exerce
que haja determinação contrária do por si no foro externo; às vezes,
direito particular ou próprio, quando se contudo, só no foro interno, de tal
tratar unicamente de pedir conselho. modo, porém, que os efeitos que o seu
Mas, para que os atos sejam válidos, exercício possa ter no foro externo não
requer-se que se obtenha o sejam reconhecidos neste foro, a não
consentimento da maioria absoluta ser enquanto isto seja estabelecido pelo
dos que estão presentes, ou se peça o direito em casos determinados.
conselho de todos. Cân. 131 § 1. O poder de regime
§ 2. Quando é estatuído pelo direito ordinário é aquele que pelo próprio
que, para praticar certos atos, o direito está anexo a algum ofício; poder
Superior necessita do consentimento delegado, o que se concede à própria
ou conselho de algumas pessoas pessoa, mas não mediante um ofício.
tomadas individualmente: § 2. O poder de regime ordinário pode
1°- se for exigido consentimento, ser próprio ou vicário.
é inválido o ato do Superior que § 3. Aquele que se diz delegado, cabe
não pedir o consentimento dessas o ônus de provar a delegação.
pessoas ou que agir contra o voto
Cân. 132 § 1. As faculdades habituais
de todas ou de algumas delas; regem-se pelas prescrições sobre o
poder delegado.
2°- se for exigido conselho, é
inválido o ato do Superior que não § 2. Entretanto, a não ser que na sua
ouvir essas pessoas; o Superior, concessão se determine
embora não tenha nenhuma expressamente o contrário, ou tenha
obrigação de ater-se ao voto sido escolhida a competência da
delas, mesmo unânime, todavia, pessoa, a faculdade habitual concedida
ao
ser delegado, salvo explícita
Ordinário não cessa ao cessar o direito determinação contrária do direito; por
do Ordinário a quem foi concedida, um legislador inferior não pode ser dada
mesmo que ele tenha começado a lei contrária ao direito superior.
executá- la, mas passa a qualquer
Ordinário que lhe sucede no governo. § 3. O poder judiciário, que têm os
Cân. 133 § 1. O delegado que juízes e os colégios judiciais, deve ser
ultrapassa os limites de seu mandato, exercido no modo prescrito pelo direito;
no tocante às coisas ou às pessoas, não pode ser delegado, a não ser para
age invalidamente.
realizar os atos preparatórios de algum
§ 2. Não se considera estar decreto ou sentença.
ultrapassando os limites de seu § 4. No tocante ao exercício do poder
mandato o delegado que efetuar, de executivo, observem-se as prescrições
modo diverso do que lhe foi dos cânones seguintes.
determinado, aquilo para que foi Cân. 136 Mesmo estando fora do
delegado, a não ser que para a território, pode alguém exercer o poder
validade o modo tenha sido prescrito executivo para com seus súditos, mesmo
pelo próprio delegante. que ausentes do território, a não ser
Cân. 134 § 1. Com o nome de que conste diversamente, pela natureza
Ordinário se entendem, no direito, além da coisa ou por prescrição do direito;
do Romano Pontífice, os Bispos para com os forasteiros que se
diocesanos e os outros que, mesmo só encontrem de fato no território, se se
interinamente, são prepostos a alguma tratar de concessão de favores ou de
Igreja particular ou a uma comunidade execução de leis universais ou de leis
a ela equiparada, de acordo como cân. particulares, às quais eles estão
368; os que nelas têm poder executivo obrigados, de acordo com cân. 13, § 2,
ordinário geral, isto os Vigários gerais n.2.
e episcopais; igualmente, para os seus Cân. 137 § 1. O poder executivo
confrades, os Superiores maiores dos ordinário pode ser delegado para um ato
institutos religiosos clericais de direto ou para a universidade dos casos, salvo
pontifício e das sociedades clericais de expressa determinação contrária do
vida apostólica de direito pontifício, que direito.
têm pelo menos poder executivo
ordinário. § 2. O poder executivo delegado pela Sé
Apostólica pode ser subdelegado, para
§ 2. Com o nome de Ordinário local se
entendem todos os mencionados no § um ato ou para a universalidade dos
1, exceto os Superiores dos institutos casos, a não ser que tenha sido
religiosos e das sociedades de vida
apostólica. escolhida a competência da pessoa ou
§ 3. O que se atribui nominalmente ao tenha sido expressamente proibida a
Bispo diocesano, no âmbito do poder subdelegação.
executivo, entende-se competir
somente ao Bispo diocesano e aos § 3. O poder executivo delegado por
outros a ele equiparados no cân. 381,
§ 2, excluídos o Vigário geral e o outra autoridade que tem poder
episcopal, a não ser por ordinário, se foi delegado para a
mandato universalidade dos casos, pode ser
especial. subdelegado somente em casos
Cân. 135 § 1. O poder de regime se singulares; se, porém, foi delegado para
distingue em legislativo, executivo e
judiciário. um ou vários casos determinados, não
pode ser subdelegado, salvo expressa
§ 2. O poder legislativo deve ser
concessão do delegante.
exercido no modo prescrito pelo direito;
o poder que tem na Igreja um legislador § 4. Nenhum poder subdelegado
inferior à autoridade suprema não pode pode ser novamente
por ele aceita; não, porém, cessado o
subdelegado, salvo expressa direito do delegante, a não ser que isso
concessão do delegante. apareça das cláusulas postas.
Cân. 138 O poder executivo ordinário e § 2. Contudo, um ato de poder
o poder delegado para a delegado, exercido só para o foro
interno e praticado por inadvertência,
universalidade dos casos devem ser após transcorrido o tempo de
interpretados largamente; todos os concessão, é válido.
outros, estritamente; mas, a quem foi Cân. 143 § 1. O poder ordinário se
delegado um poder, entende-se extingue, uma vez perdido o ofício ao
concedido também aquilo sem o que qual está anexo.
esse poder não pode ser exercido.
§ 2. Salvo disposição contrária do
Cân. 139 § 1. Salvo determinação direito, suspende-se o poder ordinário,
contrária do direito, pelo fato de caso se apele legitimamente ou se
alguém recorrer a alguma autoridade interponha recurso contra privação ou
competente, ainda que superior, não destituição de ofício.
se suspende o poder executivo da
outra autoridade competente, ordinário Cân. 144 § 1. No erro comum de fato
ou delegado. ou de direito, bem como na dúvida
positiva e provável, seja de direito, seja
§ 2. Não se imiscua, porém, o
inferior na causa levada à autoridade de fato, a Igreja supre, para o foro tanto
superior, a não ser por motivo grave externo como interno, o poder
e urgente; neste caso, porém, avise
disso imediatamente ao superior. executivo de regime.
Cân. 140 § 1. Sendo delegadas várias § 2. A mesma norma se aplica às
pessoas solidariamente para tratar do faculdades de que se trata nos cânn.
mesmo negócio, quem por primeiro 882, 883, 966 e 1111, § 1.
tiver começado a tratá-lo exclui os
outros, a não ser que depois tenha TÍTULO IX
ficado impedido ou não tenha mais
querido prosseguir. DOS OFÍCIOS ECLESIÁSTICOS
§ 2. Sendo delegados vários Cân. 145 § 1. Ofício eclesiástico é
colegialmente para tratar de um qualquer encargo constituído
negócio, devem todos proceder de estavelmente por disposição divina ou
acordo com o cân. 119, salvo eclesiástica, a ser exercido para uma
determinação contrária no mandato. finalidade espiritual.
§ 3. O poder executivo delegado a § 2. As obrigações e direitos próprios
de cada ofício eclesiástico são
vários presume -se delegado a eles definidos pelo próprio direito pelo qual o
solidariamente. ofício é constituído, ou pelo decreto da
autoridade competente com o qual é
Cân. 141 Sendo delegados vários simultaneamente constituído e
conferido.
sucessivamente, encaminhará o
negócio aquele cujo mandato é Capítu
anterior e não foi revogado. lo I
Cân. 142 § 1. O poder delegado DA PROVISÃO DO OFÍCIO
extingue-se terminado o mandato; ECLESIÁSTICO
transcorrido o tempo ou concluído o Cân. 146 Não se pode obter
número de casos para os quais foi validamente um ofício eclesiástico sem
concedido; cessando a causa final da a provisão canônica.
delegação; por revogação do
Cân. 147 A provisão de um ofício
delegante notificada diretamente ao eclesiástico se f az: por livre colação da
delegado, e por renúncia do competente autoridade eclesiástica; por
instituição
delegado comunicada ao delegante e
por ela, se houve eleição ou
feita por ela, se houve apresentação; postulação; finalmente, por simples
por confirmação ou por admissão feita eleição e aceitação do eleito, se a
eleição não precisa de confirmação. § 3. A promessa de algum ofício, feita
por quem quer que seja, não produz
Cân. 148 A autoridade a quem cabe nenhum efeito jurídico.
erigir, modificar e suprimir os ofícios, Cân. 154 O ofício vacante por direito,
compete também a provisão deles, que eventualmente ainda está na posse
salvo determinação contrária do direito. ilegítima de algém, pode ser conferido,
contanto que tenha sido devidamente
Cân. 149 § 1. Para que alguém seja
declarado que essa posse não é
promovido a um ofício eclesiástico,
legítima, e se faça menção dessa
deve estar em comunhão com a Igreja
declaração no documento de provisão.
e ser idôneo, isto é, dotado das
qualidades requeridas para esse ofício Cân. 155 Quem, suprindo a negligência
pelo direito universal ou particular ou ou impedimento de outros, confere um
pela lei de fundação. ofício, não adquire com isso nenhum
poder sobre a pessoa àqual foi
§ 2. A provisão de ofício eclesiástico
conferido; pelo contrário, a condição
feita a alguém destituído das
jurídica dessa pessoa se constitui como
qualidades requeridas, só será inválida
se a provisão tivesse sido feita de acordo
se as qualidades para a validade da
com a norma ordinária do direito.
provisão forem exigidas expressamente
pelo direito universal ou particular ou Cân. 156 A provisão de qualquer ofício
seja consignada por escrito.
pela lei de fundação; caso contrário, é
válida, mas pode ser rescindida Art.
mediante decreto da autoridade 1
competente ou por sentença de um Da Livre Colação
tribunal administrativo.
Cân. 157 Salvo determinação contrária
§ 3. É nula, pelo próprio direito, a do direito, compete ao Bispo diocesano
provisão de ofício feita com simonia.
prover os ofícios eclesiásticos na
Cân. 150 O ofício que implica plena própria igreja particular por livre colação.
cura de almas, para cujo desempenho
se requer o exercício da ordem Art.
sacerdotal, não pode ser conferido 2
validamente a quem ainda não foi Da Apresentação
promovido ao sacerdócio. Cân. 158 § 1. A apresentação para um
Cân. 151 A provisão de ofício que ofício eclesiástico, por aquele a quem
implica cura de almas não seja compete o direito de apresentar, deve ser
protelada sem causa grave. feita à autoridade a quem cabe dar a
instituição para o ofício em questão,
Cân. 152 A ninguém sejam conferidos dentro de três meses após recebida a
notícia da
dois ou mais ofícios incompatíveis, isto
é, que não podem ser
desempenhados simultaneamente pela
mesma pessoa.
Cân. 153 § 1. A provisão de ofício não
vacante por direito é, ipso facto, nula e
não se convalida pela subseqüente
vacância.
§ 2. Tratando-se porém e ofício que se
confere por direito para tempo
determinado, a provisão pode ser feita
dentro de seis meses antes do término
desse tempo; tem efeito a partir do dia
da vacância do ofício.
instituir o apresentado, institua quem
vacância do ofício, salvo tiver sido apresentado e que ela julgar
determinação legítima em contrário. idôneo e que aceitar; e se vários
§ 2. Se o direito de apresentação for legitimamente apresentados tiverem
da competência de algum colégio ou sido julgados idôneos, deve instituir um
grupo de pessoas, aquele que deve deles.
ser apresentado seja designado Art.
observado-se as prescrições dos
cânn. 165-179. 3 Da
Cân. 159 Ninguém seja apresentado Eleiçã
contra sua vontade; por isso, quem for
proposto para ser apresentado e, o
solicitado a manifestar sua opinião, Cân. 164 Salvo disposição contrária do
não se recusar dentro de oito dias direito, nas eleições
úteis, pode ser apresentado. canônicas observem-se as
prescrições dos cânones
Cân. 160 § 1. Quem tem direito de seguin
apresentação, pode apresentar um ou
mais, e isso simultânea ou tes.
sucessivamente.
Cân. 165 Salvo disposição contrária do
§ 2. Ninguém pode apresentar a si direito ou dos legítimos estatutos do
mesmo; no entanto, um colégio ou colégio ou grupo, se couber a algum
grupo de pessoas pode apresentar colégio ou grupo de pessoas o direito
um de seus membros. de eleger para um ofício, não se
Cân. 161 § 1. Salvo determinação protele a eleição por mais de um
contrária do direito, quem tiver trimestre útil após recebida a notícia
apresentado alguém reconhecido da vacância do ofício; passado
como não idôneo, pode só mais uma inutilmente esse prazo, a autoridade
vez apresentar outro candidato dentro eclesiástica, à qual compete
de um mês. sucessivamente o direito de confirmar a
eleição ou o direito de prover, dê
§ 2. Se o apresentado tiver livremente provisão ao ofício vacante.
renunciado ou morrido antes da
instituição, quem tem direito de Cân. 166 § 1. O Presidente do colégio
apresentação pode, dentro de um mês ou grupo que convoque todos os que
após recebida a notícia da renúncia pertencem ao colégio ou grupo; a
ou da morte, exercer novamente seu convocação, porém, quando deve ser
direito. pessoal, vale se for feita no lugar do
domicílio ou quase-domicílio, ou no
Cân. 162 Quem não tiver feito a lugar de residência.
apresentação dentro do tempo útil,
de acordo com o can. 158, § 1 e § 2. Se algum dos que devem ser
cân. 161, e também quem apresentar convocados tiver sido preterido e por
duas vezes alguém reconhecido esse motivo tiver estado ausente, a
como não idôneo, perde para esse eleição é válida; mas, a requerimento
caso o direito de apresentação; cabe dele, provada a preterição e ausência,
à autoridade, a quem compete dar à a eleição, mesmo já confirmada, deve
instituição, prover livremente ao ofício ser anulada pela autoridade
vacante, com o consentimento, competente, contanto que conste
porém, do Ordinário próprio daquele juridicamente que o recurso foi enviado,
que recebe a provisão. ao menos dentro de três dias após
recebida a notícia da eleição.
Cân. 163 A autoridade, à qual
§ 3. Se tiver sido preterida mais que
compete, de acordo com o direito, a terça parte dos eleitores, a eleição é
nula ipso iure, a não ser que todos os Cân. 167 § 1. Feita legitimamente a
preteridos tenham de fato convocação, têm direito de votar os
comparecido. presentes no dia e no lugar
determinados na
§ 2. As condições apostas ao voto
convocação, excluída a faculdade de antes da eleição consideram-se como
votar por carta ou por procurador, não colocadas.
salvo determinação legítima em Cân. 173 § 1. Antes de começar a
contrário nos estatutos. eleição, sejam marcados, entre os
§ 2. Se algum dos eleitores está membros do colégio ou grupo, ao menos
presente na casa em que se faz a dois escrutinadores.
eleição, mas por doença não pode
estar presente à eleição, o seu voto
escrito seja recolhido pelos § 2. Os escrutinadores recolham os
escrutinadores. votos e confiram, diante do presidente da
Cân. 168 Embora alguém tenha, por eleição, se o número de cédulas
diversos títulos, o direito de votar em
nome próprio, não pode dar mais do corresponde ao número de eleitores,
que um voto. apurem os votos e proclamem quantos
Cân. 169 Para que a eleição seja cada um recebeu.
válida, quem não pertence ao colégio § 3. Se o número de votos superar o
número de eleitores, o escrutínio é nulo.
ou grupo, não pode ser admitido a
votar. § 4. Todas as atas da eleição
Cân. 170 A eleição, cuja liberdade tiver sejam cuidadosamente redigidas por
sido de qualquer modo realmente quem desempenhar o ofício de
impedida, é ipso iure inválida. notário e, assinadas pelo menos pelo
Cân. 171 § 1. São próprio notário, pelo presidente e pelos
escrutinadores, sejam diligentemente
inábeis para votar: 1°- guardadas no arquivo do colégio.
que é incapaz de ato Cân. 174 § 1. A eleição, salvo
determinação contrária do direito ou
humano; 2°- quem dos estatutos, pode também ser
não tem voz ativa; feita por compromisso, contanto que
os eleitores, com consenso unânime e
3°- quem está excomungado por escrito, transfiram por essa vez o direito
sentença judicial ou por decreto com
o qual se inflige ou se declara a de eleger a uma ou mais pessoas
pena; idôneas, quer do grêmio, quer
4°- quem se separou notoriamente estranhas; estas, em vir tude da
da comunhão da Igreja.
faculdade recebida, elejam em nome de
§ 2. Se algum dos mencionados for todos.
admitido, seu voto é nulo, mas a § 2. Se se tratar de colégio ou grupo
eleição é válida, salvo se constar que, que conste só de clérigos, os
excluído esse voto, o eleito não obteve compromissários devem ser ordenados
in sacris; do contrário, a eleição é
o número exigido de votos. inválida.
Cân. 172 § 1. O voto, para ser § 3. Os compromissários devem ater-se
válido, deve ser: às prescrições do direito sobre a eleição
1°- livre; conseqüentemente é e, para a validade da eleição, observar
inválido o voto de quem, por medo
as condições apostas ao compromisso,
grave ou por dolo, tiver sido induzido
direta ou indiretamente a eleger não contrárias ao direito; condições,
determinada pessoa ou diversas porém, contrárias ao direito consideram-
pessoas disjuntivamente; se como não colocadas.
2°- secreto, certo,
absoluto, determinado.
sido realizada de acordo com o direito,
Cân. 175 Cessa o compromisso, e o não pode negar a confirmação.
direito de votar volta aos
compromitentes: § 3. A confirmação deve ser
1°- pela revogação feita pelo dada por escrito.
colégio ou grupo, reintegra; 2°- § 4. Antes da comunicação da
não cumprida alguma confirmação, não é lícito ao eleito
condição aposta ao imiscuir-se na administração do ofício,
compromisso;
no espiritual ou no temporal, e os atos
3°- terminada a eleição, se tiver por ele eventualmente realizados são
sido nula. nulos.
Cân. 176 Salvo determinação § 5. Comunicada a confirmação, o
eleito obtém de pleno direito o ofício,
contrária do direito ou dos estatutos, salvo determinação contrária do direito.
considere-se eleito e seja
Art.
proclamado, pelo presidente do
4
colégio ou grupo, quem tiver obtido o
número de votos requerido, de acordo Da Postulação
com o cân. 119, n.° 1. Cân. 180 § 1. Se à eleição daquele
Cân. 177 § 1. A eleição deve ser que os eleitores julgam mais apto e
imediatamente comunicada ao eleito, preferem, obsta algum impedimento
o qual deve, dentro de oito dias úteis canônico cuja dispensa pode e
após recebida a comunicação, costuma ser concedida, podem eles
manifestar ao presidente do colégio com seus votos postulá-lo à autoridade
ou grupo se aceita ou não a eleição; competente, salvo determinação
do contrário, a eleição fica sem efeito. contrária do direito.
§ 2. Se o eleito não tiver aceito, perde § 2. Os compromissários não pode
todo o direito adquirido pela eleição; postular, salvo se isso tiver sido
direito esse que não revive mediante a expresso no compromisso.
aceitação subseqüente; ele, porém, Cân. 181 § 1. Para que a postulação
pode novamente ser eleito; o colégio tenha valor, requerem-se pelo menos
dois terços dos votos.
ou grupo deve proceder a nova
eleição dentro de um mês após § 2. O voto para a postulação se deve
conhecida a não-aceitação. exprimir pela palavra: postulo, ou
equivalente; a formula: elejo ou
Cân. 178 Aceita a eleição que não
postulo, ou equivalente, vale para
necessite de confirmação, o eleito
eleição, se não existe impedimento;
obtém imediatamente de pleno direito
caso contrário, para a postulação.
o ofício; do contrário, adquire só o
direito àcoisa. Cân. 182 § 1. A postulação deve ser
enviada pelo presidente, dentro de oito
Cân. 179 § 1. Se a eleição necessitar
dias úteis, àautoridade, àqual cabe
de confirmação, dentro de oito dias
confirmar a eleição. A ela compete
úteis a contar do dia da aceitação da
conceder a dispens a do impedimento
eleição, o eleito deve, pessoalmente
ou, se não tiver esse poder, pedi-la
ou por outros, pedir a confirmação da
àautoridade superior. Se não se
competente autoridade; caso
requerer a confirmação, a postulação
contrário, fica privado de qualquer
deve ser enviada àautoridade
direito, a não ser que prove ter sido
competente para a concessão da
impedido, por justo motivo, de pedir a
dispensa.
confirmação.
§ 2. Se a postulação não tiver sido
§ 2. A autoridade competente, se enviada dentro do tempo prescrito é
julgar o eleito idôneo de acordo com ipso facto nula, e o colégio ou grupo,
o cân. 149, § 1, e se a eleição tiver por essa vez,
Da Renúncia
fica privado do direito de eleger ou de
postular, a não ser que se prove que o Cân. 187 Qualquer um, cônscio de si,
pode renunciar a um ofício eclesiástico
presidente foi impedido, por justo por justa causa.
motivo, de mandar a postulação, ou Cân. 188 A renúncia por medo grave,
que deixou de enviá-la em tempo injustamente incutido, por dolo ou por
oportuno, por dolo ou negligência. erro substancial ou por simonia é ipso
§ 3. A postulação não confere nenhum iure nula.
direito ao postulado; a autoridade
competente não está obrigada a admiti- Cân. 189 § 1. A renúncia, para ser válida,
la.
necessite ou não de aceitação, deve ser
§ 4. Uma vez feita a postulação à
autoridade competente, os eleitores não feita à autoridade à qual compete a
podem revogá-la, a não ser com o provisão do ofício em questão, por
consentimento da autoridade.
escrito ou oralmente diante de duas
Cân. 183 § 1. Não tendo sido testemunhas.
admitida a postulação pela autoridade
competente, o direito de eleger retorna § 2. A autoridade não aceite renúncia
ao colégio ou grupo. não fundamentada em causa justa e
proporcionada.
§ 2. Se a postulação tiver sido
admitida, informe-se disso o postulado, § 3. A renúncia que necessita de
aceitação, se não for aceita dentro de
que deve responder, de acordo com o três meses, não tem nenhum valor; a
que não necessita de aceitação, produz
cân. 177, § 1. efeito mediante a comunicação do
§ 3. Quem aceita a postulação admitida, renunciante, feita de acordo com o
obtém imediatamente o ofício com pleno direito.
direito. § 4. A renúncia, enquanto não tiver
produzido efeito, pode ser revogada pelo
Capítulo II renunciante; uma vez produzido o efeito,
não pode ser revogada, mas quem tiver
DA PERDA DO OFÍCIO renunciado pode conseguir o ofício por
ECLESIÁSTICO outro título.

Cân. 184 § 1. Perde-se o ofício Art. 2


eclesiástico, transcorrido o tempo Da Transferência
prefixado, completada a idade
Cân. 190 § 1. A transferência só pode
determinada pelo direito, por renúncia,
ser feita por quem tiver o direito de
por transferência, por destituição e por
prover o ofício que se perde e,
privação.
simultaneamente, o ofício que se
§ 2. Cessado de qualquer modo, o confere.
direito da autoridade que o tiver
conferido, não se perde o ofício
eclesiástico, salvo determinação
contrária do direito.
§ 3. A perda do ofício que tiver obtido
efeito, deve ser notificada, quanto
antes, a todos aqueles a quem cabe
qualquer direito àprovisão desse ofício.
Cân. 185 Pode-se conferir o título de
emérito a quem perde o ofício por idade
ou por renúncia aceita.
Cân. 186 Terminado o tempo prefixado
ou completada a idade, a perda do
ofício tem efeito somente a partir do
momento em que for comunicada por
escrito pela autoridade competente.
Art. 1
§ 2. Se a transferência se fizer contra 1°- quem tiver perdido o estado
a vontade do titular, requer-se uma clerical;
causa grave, e, ressalvado sempre o 2°- quem tiver abandonado
direito de expor as razões contrárias, publicamente a fé católica ou a
comunhão da Igreja;
observe-se o modo de proceder 3°- o clérigo que tiver tentado o
prescrito pelo direito. matrimônio, mesmo só civilmente.
§ 3. A transferência, para produzir § 2. A destituição mencionada nos nº
efeito, deve ser comunicada por 2 e 3, só pode ser urgida, se constar
escrito. dela por declaração da autoridade
competente.
Cân. 191 § 1. Na transferência, o
primeiro ofício vaga pela posse Cân. 195 Se alguém, não já ipso iure,
canônica do segundo, salvo
determinação do direito ou prescrição mas por decreto da autoridade
contrária da autoridade competente. competente, for destituído do ofício
§ 2. O transferido recebe a pelo qual se provê à sua subsistência,
remuneração anexa ao prime iro
ofício, até que tenha tomado posse cuide essa autoridade que se
canônica do segundo. providencie àsubsistência dele por um
Ar período conveniente, a não ser que se
t. tenha providenciado de outro modo.
3 Art. 4
Da Destituição Da
Cân. 192 A destituição de alguém de
um ofício dá-se por decreto baixado Privaçã
pela autoridade competente,
respeitados porém os direitos
eventualmente adquiridos por contrato o
ou ips o iure, de acordo com o cân.
194. Cân. 196 § 1. A privação do ofício,
Cân. 193 § 1. Ninguém pode ser como pena de um delito, só pode ser
destituído de um ofício conferido por
tempo indefinido, a não ser por feita de acordo com o direito.
causas graves e observando- se o § 2. A privação produz efeito de acordo
modo de proceder determinado pelo com as prescrições dos cânones do
direito. direito penal.
§ 2. O mesmo vale para que alguém TÍTUL
possa ser destituído de um ofício OX
conferido por tempo determinado,
antes de transcorrido esse tempo, DA PRESCRIÇÃO
salva a prescrição do cân. 624, § 3. Cân. 197 A prescrição, enquanto modo
§ 3. De um ofício que, segundo as de adquirir ou perder um direito
prescrições do direito, é conferido a subjetivo ou modo de se livrar de
alguém por prudente discrição da obrigações, a Igreja a recebe como se
autoridade competente, pode ele ser encontra na legislação civil da
destituído por justa causa, a juízo respectiva nação, salvas as exceções
dessa autoridade. estabelecidas nos cânones deste
Código.
§ 4. O decreto de destituição, para
produzir efeito, deve ser comunicado Cân. 198 Nenhuma prescrição tem
por escrito. valor, se não se apóia na boa fé não só
no início, mas por todo o decurso de
Cân. 194 § 1. Fica ipso iure
destituído de um ofício eclesiástico: tempo
são passíveis de prescrição:
requerido para a prescrição, salva a
1°- direitos e obrigações decorrentes
prescrição do cân. 1362. Cân. 199 Não de lei natural ou positiva;
2°- direitos que só se podem obter
por privilégio apostólico; termina, findo o último dia do mesmo
3°- direitos e obrigações referentes número; se o mês carecer de tal dia,
diretamente à vida espiritual dos
fiéis; findo o último dia do mês.
4°- limites certos e incontestes de LIVRO II
circunscrições eclesiásticas; DO POVO DE
5°- espórtulas e ônus
DEUS I
de missas;
6°- a provisão de um ofício PARTE
eclesiástico que, de acordo com o
direito, requer exercício de ordem DOS FIÉIS
sacra;
7°- o direito de visita e a obrigação Cân. 204 § 1. Fiéis são os que,
de obediência, de modo tal que os incorporados a Cristo pelo batismo,
fiéis não possam ser visitados por
nenhuma autoridade eclesiástica e foram constituídos como povo de Deus
já não dependam de nenhuma e assim, feitos participantes, a seu
autoridade.
modo, do múnus sacerdotal, profético e
TÍTULO XI régio de Cristo, são chamados a exercer,
DO CÔMPUTO DO TEMPO segundo a condição própria de cada um,
Cân. 200 Salvo determinação contrária a missão que Deus confiou para a Igreja
do direito, o tempo seja computado de cumprir no mundo.
acordo com os cânones seguintes.
§ 2. Essa Igreja, constituída e organizada
Cân. 201 § 1. Por tempo contínuo neste mundo como sociedade, subsiste
entende-se aquele que não sofre na Igreja Católica, governada pelo
nenhuma interrupção. sucessor de Pedro e pelos Bispos em
comunhão com ele.
§ 2. Por tempo útil se entende aquele
de tal modo compete, a quem exerce Cân. 205 Neste mundo, estão
ou persegue seu direito, que não plenamente na comunhão da Igreja
transcorre para quem o ignora ou está católica os batizados que se unem a
impossibilitado de agir. Cristo na estrutura visível, ou seja,
pelos vínculos da profissão da fé, dos
Cân. 202 § 1. No direito, o dia é o sacramentos e do regime eclesiástico.
espaço que consta de 24 horas
computadas de modo contínuo;
começa à meia-noite, salvo
determinação contrária; a semana é o
espaço de 7 dias; o mês, espaço de 30
dias; o ano, espaço de 365 dias; a não
ser que se diga que o mês e o ano
devem ser tomados como estão no
calendário.
§ 2. O mês e o ano sempre devem ser
tomados como estão no calendário, se
o tempo é contínuo.
Cân. 203 § 1. O dia inicial não é
computado no prazo, a não ser que seu
início coincida com o início do dia, ou
no direito se determine expressamente
outra coisa.
§ 2. Salvo determinação contrária, o dia
final é computado no prazo; este, se
constar de um ou mais meses ou
anos, de uma ou mais semanas,
Igreja.
Cân. 206 § 1. Por razão especial,
ligam-se à Igreja os catecúmenos, a § 2. Cumpram com grande diligência os
saber, os que movidos pelo Espírito deveres a que estão obrigados para
Santo, com vontade explícita desejam com a Igreja Universal e para com a
ser incorporados a ela e, por Igreja particular àqual pertencem de
conseqüência, por esse próprio acordo com as prescrições do direito.
desejo, como também pela vida de fé, Cân. 210 Todos os fiéis, de acordo com
esperança e caridade, unem- se com a condição que lhes é própria, devem
a Igreja, que cuida deles como já empenhar suas forças a fim de levar
seus. uma vida santa e de promover o
§ 2. A Igreja dedica cuidado especial crescimento da Igreja e sua contínua
aos catecúmenos e, enquanto os santificação.
convida a viverem uma vida Cân. 211 Todos os fiéis têm o direito e
evangélica e os introduz na o dever de trabalhar, a fim de que o
celebração dos ritos sagrados, já lhes anúncio divino da salvação chegue
concede diversas prerrogativas, que sempre mais a todos os homens de
são próprias dos cristãos. todos os tempos e de todo o mundo.
Cân. 207 § 1. Por instituição divina,
entre os fiéis, há na Igreja os ministros Cân. 212 § 1. Os fiéis, conscientes
sagrados, que no direito são também da própria responsabilidade, estão
chamados clérigos; e os outros fiéis
são também denominados leigos. obrigados a aceitar com obediência
cristã o que os sagrados Pastores,
§ 2. Em ambas as categorias, há fiéis
como representantes de Cristo,
que, pela profissão dos conselhos
declaram como mestres da fé ou
evangélicos, mediante votos ou outros
determinam como guias da Igreja.
vínculos sagrados, reconhecidos e
sancionados pela Igreja, § 2. Os fiéis têm o direito de manifestar
consagram-se, no seu modo peculiar aos Pastores da Igreja as próprias
consagram-se a Deus e contribuem necessidades, principalmente
para missão salvífica da Igreja; seu espirituais, e os próprios anseios.
estado, embora não faça parte da § 3. De acordo com a ciência, a
estrutura hierárquica da Igreja, competência e o prestígio de que
pertence, contudo a sua vida e gozam, tem o direito e, às vezes, até o
santidade. dever de manifestar aos Pastores
TÍT sagrados a própria opinião sobre o que
ULO afeta o bem da Igreja e, ressalvando a
I integridade da fé e dos costumes e a
reverência para com os Pastores, e
DAS OBRIGAÇÕES E DIREITOS
levando em conta a utilidade comum e a
DE TODOS OS FIÉIS
dignidade das pessoas, dêem a
Cân. 208 Entre todos os fiéis, pela conhecer essa sua opinião também aos
sua regeneração em Cristo, vigora, outros fiéis.
no que se refere à dignidade e Cân. 213 Os fiéis têm o direito de
atividade, uma verdadeira igualdade, receber dos Pastores sagrados, dentre
pela qual todos, segundo a condição e os bens espirituais da Igreja,
principalmente os auxílios da Palavra
os múnus próprios de cada um, de Deus e dos sacramentos.
cooperam na construção do Corpo de Cân. 214 Os fiéis têm o direito de
Cristo. prestar culto a Deus segundo as
determinações do próprio rito
Cân. 209 § 1. Os fiéis são obrigados aprovado pelos legítimos Pastores da
Igreja e de seguir sua própria
a conservar sempre, também no seu espiritualidade, conforme, porém,
àdoutrina da Igreja.
modo de agir, a comunhão com a
Cân. 215 Os fiéis têm o direito de para fins de caridade e piedade, ou
fundar e dirigir livremente associações para
ela possa dispor do que é necessário
f avorecer a vocação cristã no mundo, e para o culto divino, para as obras de
de se reunirem para a consecução apostolado e de caridade e para o
comum dessas finalidades. honesto sustento dos ministros.
Cân. 216 Todos os fiéis, já que § 2. Têm também a obrigação de
promover a justiça social e, lembrados do
participam da missão da Igreja, têm o preceito do Senhor, socorrer os pobres
direito de promover e sustentar a com as próprias rendas.
atividade apostólica, segundo o próprio Cân. 223 § 1. No exercício dos
próprios direitos, os fiéis,
estado e condiç ão, também com individualmente ou unidos em
iniciativas próprias; nenhuma iniciativa, associações, devem levar em conta o
bem comum da Igreja, os direitos dos
porém, reivindique para si o nome de outros e os próprios deveres para com
católica, a não ser com o os outros.
consentimento da autoridade § 2. Compete à autoridade eclesiástica,
eclesiástica competente. em vista do bem comum, regular o
exercício dos direitos que são próprios
dos fiéis.
Cân. 217 Os fiéis, já que são chamados
pelo batismo a levar uma vida de acordo TÍTULO II
com a doutrina evangélica, têm o direito DAS OBRIGAÇÕES E DIREITOS DOS
à educação cristã, pela qual sejam FIÉIS LEIGOS
devidamente instruídos para a
consecução da maturidade da pessoa Cân. 224 Os fiéis leigos, além das
humana e, ao mesmo tempo, para o obrigações e dos direitos que são
conhecimento e a vivência do mistério comuns a todos os fiéis e dos que são
da salvação. estabelecidos em outros cânones, têm
os deveres e gozam dos direitos
Cân. 218 Os que se dedicam ao estudo relacionados nos cânones deste título.
das ciências sagradas gozam da justa
liberdade de pesquisar e de manifestar Cân. 225 § 1. Uma vez que, como todos
com prudência o próprio pensamento os fiéis, através do batismo e da
sobre aquilo em que são peritos, confirmação, são destinados por Deus
conservando o devido obséquio para ao apostolado, os leigos,
com o magistério da Igreja. individualmente ou reunidos em
Cân. 219 Todos os fiéis têm o direito associações, têm obrigação geral e
de ser imunes de qualquer coação na gozam do direito de trabalhar para que
escolha do estado de vida. o anúncio divino da salvação seja
Cân. 220 A ninguém é lícito lesar conhecido e aceito por todos os homens,
ilegitimamente a boa fama de que
alguém goza, nem violar o direito de em todo o mundo; esta obrigação é tanto
cada pessoa de defender a própria mais premente naquelas circunstâncias
intimidade.
em que somente através deles os
Cân. 221 § 1. Compete aos fiéis homens podem ouvir o Evangelho e
reivindicar e defender legitimamente os
direitos de que gozam na Igreja, no conhecer o Cristo.
foro eclesiástico competente, de acordo
com o direito. § 2. Têm também o dever especial,
§ 2. Os fiéis, caso sejam chamados a cada um segundo a própria condição,
juízo pela autoridade competente, têm de animar e aperfeiçoar com o espírito
o direito de ser julgados de acordo com evangélico a ordem das realidades
as prescrições do direito, a s erem temporais, e assim dar
aplicadas com eqüidade.
§ 3. Os fiéis têm o direito de não ser
punidos com penas canônicas, a não
ser de acordo com a lei.
Cân. 222 § 1. Os fiéis têm
obrigação de socorrer às
necessidades da Igreja, a fim de que
testemunho de Cristo, especialmente completo nas ciências sagradas,
na gestão dessas realidades e no ensinadas nas universidades e
exercício das atividades seculares. faculdades eclesiásticas ou nos
Cân. 226 § 1. Os que vivem no institutos de ciências religiosas, aí
estado conjugal, segundo a própria
vocação, têm o dever especial de freqüentando aulas e obtendo graus
trabalhar pelo matrimônio e pela acadêmicos.
família, na construção do povo de
Deus. § 3. Assim também, observando-se as
§ 2. Os pais, tendo dado a vida aos disposições estabelecidas no tocante à
filhos, têm a gravíssima obrigação e idoneidade requerida, são hábeis para
gozam do direito de educá- los; por receber da legítima autoridade
isso, é obrigação primordial dos pais eclesiástica o mandato de ensinar as
cristãos cuidar da educação cristã dos ciências sagradas.
filhos, segundo a doutrina transmitida Cân. 230 § 1. Os leigos varões que
pela Igreja. tiverem a idade e as qualidades
Cân. 227 É direito dos fiéis leigos que estabelecidas por decreto da
lhes seja reconhecida, nas coisas da Conferência dos Bispos, podem ser
sociedade terrestre , aquela liberdade assumidos estavelmente, mediante o
que compete a todo os cidadãos rito litúrgico prescrito, para os
usando dessa liberdade, procurem ministérios do leitor e de acólito; o
imbuir suas atividades com o espírito ministério, porém, a eles conferido não
evangélico e atendam à doutrina lhes dá o direito ao sus tento ou
proposta pelo magistério da Igreja, àremuneração por parte da Igreja.
evitando, contudo, em questões § 2. Os leigos podem desempenhar, por
opináveis, apresentar o próprio encargo temporário, as funções de leitor
parecer como doutrina da Igreja. nas ações litúrgicas; igualmente todos
Cân. 228 § 1. Os leigos julgados os leigos podem exercer o encargo de
idôneos são hábeis para ser comentador, de cantor ou outros, de
assumidos pelos Pastores sagrados acordo com o direito.
para aqueles ofícios eclesiásticos e § 3. Onde a necessidade da Igreja, o
encargos que eles podem aconselhar, podem também os leigos,
desempenhar, segundo as na falta de ministros, mesmo não
prescrições do direito. sendo leitores ou acólitos, suprir alguns
§ 2. Os leigos que se distinguem pela de seus ofícios, a saber, exercer o
devida ciência, prudência e ministério da palavra, presidir às
honestidade, são hábeis para prestar orações litúrgicas, administrar o
ajuda aos Pastores da Igreja como batismo e distribuir a sagrada
peritos ou conselheiros, também nos Comunhão, de acordo com as
conselhos, regulados pelo direito. prescrições do direito.
Cân. 229 § 1. Os leigos, a fim de Cân. 231 § 1. Os leigos, que são
poderem viver segundo a doutrina destinados permanente ou
cristã, anunciá-la também eles e, se temporariamente a um serviço especial
necessário, defendê-la, e para na Igreja, têm a obrigação de adquirir a
poderem participar no exercício do formação adequada, requerida para o
apostolado, têm o dever e o direito de cumprimento do próprio encargo e para
adquirir dessa doutrina um exercê-lo consciente, dedicada e
conhecimento adaptado àcapacidade diligentemente.
e condição próprias de cada um. § 2. Salva a prescrição do cân. 230, §
§ 2. Gozam também do direito de 1, eles têm o direito a uma honesta
adquirir aquele conhecimento mais remuneração adequada à sua condição,
com a qual possam prover cabe-lhes igualmente o direito de que
decorosamente, observadas também se garantam devidamente sua
as prescrições do direito civil, as previdência, seguro social e assistência
necessidades próprias e da família; à
saú de seminário para todo o seu território;
caso contrário, pelos Bispos
de. TÍTULO III interessados.
DOS MINISTROS Cân. 238 § 1. Os seminários
legitimamente erigidos têm ipso iure,
SAGRADOS OU CLÉRIGOS personalidade jurídica na Igreja.
Capítulo I § 2. No trato de todos os negócios,
representa a pessoa do Seminário o
DA FORMAÇÃO DOS
seu reitor, salvo determinação contrária
CLÉRIGOS
da autoridade competente, a respeito
de certos negócios.
Cân. 232 É dever e direito próprio e com a preparação humanística e
exclusivo da Igreja, formar
os que se destinam aos científica; e mais, onde o Bispo
ministérios sagrados. diocesano o julgar oportuno, proveja à
fundação do seminário menor ou instituto
Cân. 233 § 1. A toda a comunidade semelhante.
cristã incumbe o dever de incentivar as
vocações, para que se possa prover § 2. A não ser que, em certos casos,
suficientemente às necessidades do as circunstâncias aconselhem o
ministério sagrado na Igreja toda; em contrário, os jovens animados do desejo
especial, têm esse dever as famílias de chegar ao sacerdócio devem ter a
cristãs, os educadores e, de modo forma ção humanística e científica com
particular, os sacerdotes, a qual os jovens da respectiva região
principalmente os párocos. Os Bispos se preparam para fazer os estudos
diocesanos, aos quais compete, antes superiores.
de todos, cuidar da promoção das voc Cân. 235 § 1. Os jovens que pretendem
ações, instruam o povo que lhes está ser admitidos ao sacerdócio sejam
confiado sobre a importância do educados para uma formação espiritual
ministério sagrado e sobre a adequada e para os ofícios que lhes
necessidade de ministros na Igreja; são próprios, no seminário maior
suscitem e sustentem iniciativas para durante todo o tempo da formação ou,
incentivar as vocações com obras se a juízo do Bispo diocesano o
especialmente instituídas para isso. exigirem as circunstâncias, ao menos
§ 2. Além disso, os sacerdotes e por quatro anos.
principalmente os Bispos diocesanos § 2. Os que legitimamente moram fora
sejam solícitos para que os homens de do seminário, sejam confiados pelo
idade mais madura, que se julgarem Bispo diocesano a um sacerdote
chamados aos ministérios sagrados, piedoso e idôneo, que vele a fim de que
sejam prudentemente ajudados por sejam cuidadosamente formados para a
palavras e fatos e sejam devidamente vida espiritual e para a disciplina.
preparados.
Cân. 236 Os aspirantes ao diaconato
Cân. 234 § 1. Conservem-se, onde permanente, de acordo com as
existirem, e fomentem-se os seminários prescrições da Conferência dos Bispos,
menores ou outros institutos sejam formados a cultivar a vida
semelhantes, nos quais se providencie, espiritual e instruídos a cumprir
para incentivar as vocações, que se dê devidamente os deveres próprios dessa
formação religiosa especial juntamente ordem:
1°- os jovens, vivendo ao menos Cân. 239 § 1. Em cada seminário haja
três anos numa casa apropriada, a o reitor que o presida, e, se for o caso o
não ser que, por razões graves, o vice-reitor, o ecônomo e, se os alunos
Bispo diocesano tiver determinado fazem os estudos no próprio seminário,
diversamente; também professores que ensinem as
2°- os de idade mais madura, diversas disciplinas coordenando-as
solteiros ou casados, segundo o
plano, com três anos de duração, entre si.
definido pela mesma Conferência
dos Bispos. § 2. Em cada seminário haja ao menos
Cân. 237 § 1. Onde for possível e um diretor espiritual, deixando-se aos
oportuno, haja em cada diocese o alunos a liberdade de procurar outros
seminário maior; caso contrário, os sacerdotes que tenha sido destinados
alunos que se preparam para o pelo Bispo para esse encargo.
ministério sagrado sejam confiados a § 3. Nos estatutos do seminário,
outro seminário, ou então seja fundado sejam dadas diretrizes segundo as
um seminário interdiocesano. quais os moderadores, os professores,
§ 2. Não se funde um seminário e até os próprios alunos participem da
interdiocesano, sem que antes, seja responsabilidade do reitor,
para a fundação do próprio seminário, principalmente na manutenção da
seja para seus estatutos, a aprovação disciplina.
da Sé Apostólica tenha sido Cân. 240 § 1. Além dos confessores
conseguida, e isso, pela Conferência ordinários, venham regularmente ao
dos Bispos, se se trata seminário outros confessores e,
salva sempre a disciplina do seminário,
os alunos têm sempre o direito de
procurar qualquer confessor no
seminário ou fora dele.
§ 2. Ao tomar decisões relativas à
admissão dos alunos às ordens ou
àsua demissão do seminário, nunca se
pode pedir o parecer do diretor
espiritual e dos confessores.
Cân. 241 § 1. Sejam admitidos ao
seminário maior, pelo Bispo somente
aqueles que, em vista de suas
qualidades humanas e morais,
espirituais e intelectuais, sua saúde
física e psíquica, como também reta
intenção, são julgados hábeis para se
dedicarem perpetuamente aos
ministérios sagrados.
§ 2. Antes de serem recebidos, devem
apresentar os atestados de batismo e
de confirmação e os outros que se
requerem, de acordo com as
prescrições das Diretrizes básicas
para a formação sacerdotal.
§ 3. Tratando-se de admitir os que
tiverem sido admitidos de seminário
alheio ou de instituto religioso, requer-
se ainda o testemunho do respectivo
superior, principalmente sobre a causa
do seu afastamento ou saída.
Cân. 242 § 1. Deve haver em cada Cân. 243 Além disso, cada seminário
nação as Diretrizes básicas para a tenha o próprio regulamento aprovado
formação sacerdotal, que devem ser pelo Bispo diocesano ou, se se tratar
estabelecidas pela Conferência dos de seminário interdiocesano, pelos
Bis pos, levando em conta as normas Bispos interessados. Nele se adaptem
dadas pela suprema autoridade da as normas das Diretrizes básicas para a
Igreja, e aprovadas pela Santa Sé. formação sacerdotal às circunstâncias
Devem ser adaptadas a novas particulares, e se determinem mais
circunstâncias, com nova aprovação exatamente sobretudo os pontos
da Santa Sé. Nelas sejam definidos disciplinares referentes à vida cotidiana
os princípios básicos e as normas dos alunos e à organização de todo o
gerais da formação a ser dada no seminário.
seminário, adaptadas às Cân. 244 No seminário, a formação
necessidades de cada região ou espiritual e a preparação doutrinal dos
província. alunos devem ser harmoniosamente
§ 2. As normas das Diretrizes, conjugadas e tenham por finalidade
mencionadas no § 1, sejam fazer com que eles adquiram, de
observadas em todos os seminários, acordo com a índole de cada um, junto
diocesanos ou interdiocesanos. com a devida maturidade humana, o
espírito do Evangelho e uma profunda
seja o centro de toda a vida do
intimidade seminário, de modo que todos os dias
com Cristo. os alunos, participando da própria
Cân. 245 § 1. Pela formação espiritual, caridade de Cristo, possam haurir,
os alunos se tornem aptos para exercer principalmente dessa riquíssima fonte, a
frutuosamente o ministério pastoral e se força de ânimo para o trabalho apostólico
formem para o espírito missionário, e para a sua vida espiritual.
aprendendo que o ministério cumprido § 2. Sejam formados para a celebração
sempre com viva fé e caridade contribui da liturgia das horas, pela qual os
para a própria santificação; assim ministros de Deus, em nome da Igreja,
também, aprendam a cultivar as rogam a Ele por todo o povo a eles
virtudes que são mais apreciadas na confiado, e pelo mundo todo.
convivência humana, de modo que
possam chegar a uma adequada § 3. Sejam incentivados o culto à Bem-
harmonia entre os valores humanos e aventurada Virgem Maria, também pelo
os sobrenaturais. rosário mariano, a oração mental e outros
exercícios de piedade, com os quais os
§ 2. Os alunos sejam, de tal maneira alunos adquiram o espírito de oração e
formados que, imbuídos de amor para consigam a firmeza de sua vocação.
com a Igreja de Cristo, adiram com
caridade humilde e filial ao Romano § 4. Acostumem-se os alunos a se
Pontífice, sucessor de Pedro, unam-se aproximarem freqüentemente do
ao próprio Bispo como fiéis sacramento da penitência; recomenda-se
cooperadores e colaborem com os que cada um tenha o seu diretor
irmãos; pela vida comum no seminário espiritual, escolhido livremente, ao qual
e pelo cultivo do relacionamento de possa manifestar com confiança a
amizade e união com os outros, própria consciência.
preparem-se para a união fraterna no § 5. Os alunos façam cada ano os
presbitério diocesano de que exercícios espirituais. Cân. 247 § 1.
participarão no serviço da Igreja. Sejam preparados, por uma
Cân. 246 § 1. A celebração eucarística adequada
educação, para guardar o estado do
celibato, e aprendam a apreciá-lo como
dom especial de Deus. ministrada de tal modo que complete a
§ 2. Sejam os alunos devidamente formação humana dos alunos, lhes
informados sobre as obrigações e aguce a mente e os torne mais aptos
responsabilidades próprias dos para fazerem os estudos teológicos.
ministros sagrados da Igreja , não se Cân. 252 § 1. A formação teológica,
ocultando nenhuma dificuldade da vida sob a luz da fé e a orientação do
sacerdotal. magistério, seja dada de tal modo que
Cân. 248 A formação doutrinal a ser os alunos conheçam toda a doutrina
ministrada tende a que os alunos, católica, fundamentada na Revelação
juntamente com a cultura geral divina, dela façam alimento de sua vida
consentânea com as necessidades de espiritual e possam anunciá-la e
lugar e tempo, adquiram defendê-la devidamente no exercício do
conhecimento amplo e sólido nas ministério.
ciências sagradas, de modo que tendo § 2. Os alunos sejam instruídos com
a própria fé nelas fundada e especial diligência na Sagrada
Escritura, de modo que de toda ela
delas nutrida, possam adquiram uma visão global.
convenientemente anunciar a doutrina § 3. Haja aulas de teologia dogmática,
do Evangelho aos homens de seu fundamentada sempre na palavra de
tempo, de forma adaptada à Deus escrita junto com a sagrada
mentalidade destes. Tradição, pelas quais os alunos, tendo
Cân. 249 Nas Diretrizes básicas para a por mestre principalmente Santo
formação sacerdotal se providencie Tomás, aprendam a penetrar mais
que os alunos não só aprendam intimamente os mistérios da salvação;
cuidadosamente a língua vernácula, haja igualmente aulas de teologia moral
mas também dominem a língua latina, e pastoral, de direito canônico, de
e aprendam convenientemente as liturgia, de história eclesiástica e de
línguas estrangeiras, cujo outras disciplinas complementares e
conhecimento pareça necessário ou especiais, de acordo com as
útil para sua formação ou para o prescrições das Diretrizes básicas
exercício do ministério pastoral. para a formação sacerdotal.
Cân. 250 Os estudos filosóficos e Cân. 253 § 1. Para o encargo de
teológicos, organizados no próprio professor nas disciplinas filosóficas,
seminário, podem ser feitos sucessiva teológicas e jurídicas, sejam nomeados
ou simultaneamente, de acordo com as pelo Bispo ou pelos Bispos
Diretrizes básicas para a formação interessados somente os que,
sacerdotal; compreendam, ao menos eminentes em virtudes, tenham
seis anos completos, de tal modo que o conseguido doutorado ou licença numa
tempo reservado às disciplinas universidade ou faculdade reconhecida
filosóficas corresponda a dois anos pela Santa Sé.
completos, e o tempo reservado aos § 2. Cuide-se que sejam nomeados
estudos teológicos, a quatro anos professores distintos para o ensino da
completos. Sagrada Escritura, teologia dogmática,
Cân. 251 A formação filosófica, que teologia moral, liturgia, filosofia, direito
deve estar baseada num patrimônio canônico, história eclesiástica e de
filosófico perenemente válido e também
levar em conta a investigação filosófica outras disciplinas que devem ser dadas
no progresso do tempo, seja segundo método próprio.
§ 3. O professor que faltar gravemente
em seu ofício, seja destituído pela
autoridade mencionada no § 1.
Cân. 254 § 1. No ensino das povo de Deus, levando em conta
diversas disciplinas, os professores também as necessidades de tempo e
preocupem-se continuamente com a lugar.
íntima unidade e harmonia de toda a Cân. 256 § l. Os alunos sejam
doutrina da fé, a fim de que os alunos diligentemente instruídos em tudo o que
sintam que estão aprendendo uma se refere de modo específico ao
única ciência; para se conseguir mais ministério sagrado, particularmente na
facilmente essa finalidade, haja no catequética e na homilética, na
seminário alguém que coordene toda celebração do culto divino e
a organização dos estudos. principalmente dos sacramentos, no
§ 2. Os alunos sejam instruídos de tal diálogo com as pessoas, mesmo não
modo que também eles se tornem católicas ou não crentes, na
capacitados a investigar as questões, administração paroquial e no
mediante aptas investigações próprias cumprimento de todos os outros
e com método científico; haja encargos.
portanto exercícios, nos quais sob a § 2. Os alunos sejam instruídos sobre
guia dos professores, os alunos as necessidades da Igreja universal, de
aprendam a levar a cabo alguns modo a terem solicitude pela promoção
estudos com o próprio trabalho. das vocações, pelos problemas
Cân. 255 Embora toda a formação missionários, ecumênicos e por outros
dos alunos no seminário tenha em problemas mais urgentes, também de
vista o fim pastoral, seja organizada caráter social.
nele uma preparação estritamente Cân. 257 § 1. Deve-se organizar a
pastoral, com a qual os alunos formação dos alunos de tal modo que
aprendam os princípios e as técnicas se tornem solícitos não só pela Igreja
referentes ao exercício do ministério particular, a cujo serviço forem
de ensinar, santificar e governar o incardinados, mas também pela Igreja
universal, e se mostrem prontos para segundo o juízo do Ordinário.
se dedicarem às Igrejas particulares em Cân. 259 § 1. Compete ao Bispo
que urja grave necessidade.
diocesano ou, se se tratar de seminário
§ 2. Cuide o Bispo diocesano que os interdiocesano, aos Bispos interessados,
clérigos que tenham intenção de se determinar o que se refere ao alto
transferirem da própria Igreja particular governo e a administração do seminário.
para um Igreja particular de outra
região, sejam convenientemente § 2. O Bispo diocesano ou, se se
preparados para exercerem aí o tratar de seminário interdiocesano, os
ministério sagrado, a saber, que Bispos interessados, visitem eles
aprendam a língua da região e tenham mesmos os seminários com freqüência,
compreensão de de suas instituições, velem sobre a formação dos seus
condições sociais, usos e costumes. alunos, como também sobre o ensino
filosófico e teológico aí ministrado;
Cân. 258 Para que os alunos
informem-se sobre a vocação, a índole,
aprendam também concretamente a
a piedade e o aproveitamento dos
técnica da ação apostólica, durante o
alunos, sobretudo em função do
currículo dos estudos e principalmente
conferimento das ordens sagradas.
no tempo das férias, sejam iniciados,
sempre sob a orientação de um Cân. 260 No cumprimento dos próprios
sacerdote capacitado, na prática deveres, devem todos obedecer ao reitor,
pastoral, com oportunas experiências a quem compete a direção cotidiana do
adaptadas à idade dos alunos e às seminário, de acordo com as
condições locais, a serem determinadas Diretrizes básicas para a formação
sacerdotal e com o regulamento do geral, proporcionada às rendas dos que
seminário. estão a ela obrigados e determinada de
Cân. 261 § 1. O reitor do seminário e acordo comas necessidades do
também, sob sua autoridade os seminário.
moderadores e professores, na parte Capítulo II
que lhes compete, cuidem que os
DA ADSCRIÇÃO OU
alunos observem fielmente as normas
INCARDINAÇÃO DOS CLÉRIGOS
prescritas pelas Diretrizes básicas
da formação sacerdotal e pelo Cân. 265 Todo o clérigo deve estar
incardinado numa Igreja particular ou
regulamento do seminário. prelazia pessoal, ou em algum instituto
de vida
§ 2. O reitor do seminário e o diretor
dos estudos cuidem com diligência que
os professores cumpram devidamente
o seu ofício, de acordo com a
Diretrizes básicas para a formação
sacerdotal e com o regulamento do
seminário.
Cân. 262 O seminário seja isento do
regime paroquial; e para todos os que
estão no seminário, o reitor do
seminário ou o seu delegado,
desempenhe o ofício de pároco, com
exceção do que se refere ao
matrimônio, salva a prescrição do cân.
985.
Cân. 263 O Bispo diocesano ou, se se
trata de seminário interdiocesano, os
Bispos interessados, na medida por
eles mesmos determinada de comum
acordo, devem cuidar que se
assegurem a constituição e a
conservação do seminário, o sustento
dos alunos, a remuneração dos
professores e as outras necessidades
do seminário.
Cân. 264 § 1. Para se prover às
necessidades do seminário, além da
coleta mencionada no cân. 1266,
pode o Bispo diocesano impor uma
contribuição na diocese.
§ 2. Estão obrigadas à contribuição em
favor do seminário todas as pessoas
jurídicas eclesiásticas, mesmo privadas,
que tenham sede na diocese, a não ser
que se mantenham unicamente com
ofertas ou tenham em funcionamento
colégio de alunos ou de professores
para promover o bem comum da
Igreja;essa contribuição deve ser
§ 2. É excardinado da própria Igreja
consagrada ou sociedade tenham tal particular o clérigo que, pela admissão
tal faculdade, de modo que não se perpétua ou definitiva em instituto de
vida consagrada ou em sociedade de
admitam, de forma alguma, clérigos vida apostólica, se incardina nesse
acéfalos ou vagantes. instituto ou sociedade, de acordo com o
cân. 266 § 2.
Cân. 266 § 1. Pela ordenação
diaconal, alguém se torna clérigo e é Cân. 269 O Bispo diocesano não
incardinado na Igreja particular ou proceda à incardinação de um clérigo,
prelazia pessoal, para cujo serviço foi a não ser que:
promovido.
1°- a necessidade ou utilidade de
§ 2. O membro professo com votos sua Igreja particular o exija, salvas
perpétuos num instituto religioso ou as prescrições do direito quanto ao
incorporado definitivamente numa honesto sustento dos clérigos;
sociedade clerical de vida apostólica,
2°- conste-lhe por documento
pela ordenação diaconal é
incardinado como clérigo nesse legítimo a concessão da
excardinação, e tenha obtido do
instituto ou sociedade, a não ser que,
quanto às sociedades, as Bispo diocesano excardinante, sob
segredo se necessário, as
constituições determinem
diversamente. oportunas informações relativas à
vida, costumes e estudos do
§ 3. Pela ordenação diaconal, o clérigo;
membro do instituto secular é
3°- o clérigo tenha declarado por
incardinado na Igreja particular para
escrito ao Bispo diocesano que
cujo serviço foi promovido, a não ser
deseja ser destinado ao serviço da
que seja incardinado no próprio
instituto em virtude de concessão da nova Igreja particular, de acordo
Sé Apostólica. com o direito.
Cân. 270 A excardinação só pode ser
Cân. 267 § 1. A fim de que um
concedida licitamente por causas
clérigo já incardinado seja
justas, como a utilidade da Igreja ou o
validamente incardinado em outra
bem do próprio clérigo; mas não pode
Igreja particular, deve obter do Bispo
ser negada, a não ser que haja causas
diocesano um documento de
graves; pode, porém, o clérigo que se
excardinação por ele assinado; e
julgar prejudicado e que tiver
igualmente do Bispo diocesano da
encontrado um Bispo que o acolha,
Igreja particular, na qual deseja ser
fazer recurso contra essa decisão.
incardinado, um documento de
incardinação por ele assinado. Cân. 271 § 1. Exceto em caso de
§ 2. A excardinação assim concedida verdadeira necessidade da própria
não produz efeito, a não ser após Igreja particular, o Bispo diocesano
obtida a incardinação em outra Igreja
particular. não negue a licença de transferência
aos clérigos que saiba preparados e
Cân. 268 § 1. O clérigo que se tiver
julgue aptos para irem a regiões
transferido legitimamente da própria
que sofrem de grave escassez de
Igreja particular para outra, decorridos
clero, a fim de exercerem aí o ministério
cinco anos, fica incardinado, pelo
sagrado; mas providencie que sejam
próprio direito, nesta Igreja particular,
definidos, mediante convênio escrito
se tiver manifestado por escrito tal
vontade, tanto ao Bispo diocesano da com o Bispo diocesano do lugar para
Igreja que o recebe como ao Bispo onde se dirigem, os direitos e deveres
diocesano próprio, e se nenhum deles desses clérigos.
lhe tiver declarado por escrito o § 2. O Bispo diocesano pode conceder
aos seus clérigos a licença para se
parecer contrário, dentro de quatro transferirem a outra Igreja particular,
meses após a recepção da carta. por
entre si pelo vínculo da fraternidade e da
tempo determinado, renovável até mais oração e prestem mútua ajuda, de
vezes, de tal modo, porém, que esses acordo com as prescrições do direito
clérigos permaneçam incardinados na particular.
própria Igreja particular e, voltando a
ela, tenham todos os direitos que § 2. Os clérigos devem reconhecer e
teriam se nela tivessem permanecido promover a missão que os leigos
no exercício do ministério sagrado. exercem na Igreja e no mundo, cada um
conforme a parte que lhe cabe.
§ 3. O clérigo que tiver passado
legitimamente a outra Igreja particular, Cân. 276 § 1. Em seu modo de viver,
permanecendo incardinado em sua os clérigos são obrigados por especial
própria Igreja, pode ser chamado de razão a procurar a santidade, já que,
volta, por justa causa, pelo próprio consagrados a Deus por novo título na
Bispo diocesano, contanto que sejam recepção da ordem, são dispensadores
respeitados os convênios feitos com o dos mistérios de Deus a serviço de seu
outro Bispo, bem como a eqüidade povo.
natural; igualmente, respeitando as § 2. Para se encaminharem a
mesmas condições, o Bispo da outra essa perfeição:
Igreja particular poderá, por justa causa, 1° - antes de tudo, cumpram fiel e
negar ao clérigo a licença para ulterior incansavelme nte os deveres do
permanência no seu território. ministério pastoral;

Cân. 272 O Administrador diocesano 2° - a própria vida espiritual na mesa


não pode conceder excardinação e da sagrada Escritura e da Eucaristia;
incardinação, ou licença para transferir por isso, os sacerdotes são
-se a outra Igreja particular, a não ser insistentemente convidados a
após um ano de vacância da sé oferecer todos os dias o sacrifício
episcopal e com o consentimento do eucarístico, e os diáconos a
colégio dos consultores. participar cotidianamente no seu
oferecimento;
Capítulo III
3° - os sacerdotes e os diáconos
DAS OBRIGAÇÕES E que aspiram ao presbiterado são
DIREITOS DOS CLÉRIGOS obrigados a rezar todos os dias a
Cân. 273 Os clérigos têm obrigação liturgia das horas, de acordo com os
especial de prestar reverência e livros litúrgicos próprios e aprovados ;
obediência ao Romano Pontífice e ao os diáconos permanentes, porém,
respectivo Ordinário. rezem a parte determinada pela
Conferência dos Bispos;
Cân. 274 § 1. Só os clérigos podem 4° - são igualmente obrigados a
obter os ofícios para cujo exercício se participar dos retiros espirituais, de
requer poder de ordem ou poder de acordo com as prescrições do
direito particular;
regime eclesiástico.
5° - são solicitados a se
§ 2. A não ser que sejam escusados dedicarem regularmente à oração
por legítimo impedimento, os clérigos mental, a se aproximarem com
devem assumir o encargo que lhes tiver freqüência do sacramento da
sido confiado pelo próprio Ordinário e penitência, a cultuarem com especial
cumpri-lo fielmente. veneração a Virgem Mãe de Deus e a
Cân. 275 § 1. Os clérigos, por usarem de outros meios de
trabalharem juntos para o mesmo santificação, comuns e particulares.
objetivo, a saber, para a construção Cân. 277 § 1. Os clérigos são
do Corpo de Cristo, estejam unidos obrigados a observar a
evitando profanas novidades de
continência perfeita e perpétua por palavras e falsa ciência.
causa do Reino dos céus; por isso,
são obrigados ao celibato, que é um § 2. De acordo com as prescrições do
dom especial de Deus, pelo qual os direito particular, os sacerdotes
ministros sagrados podem mais freqüentem as palestras de pastoral
facilmente unir-se a Cristo de coração que devem ser programadas para
indiviso e dedicar- se mais livremente depois da ordenação sacerdotal e, nas
ao serviço de Deus e dos homens. datas determinadas por esse direito,
participem de outras palestras,
§ 2. Os clérigos procedam com a encontros teológicos ou conferências
devida prudência com as pessoas de nos quais tenham ocasião de adquirir
cujo relacionamento possa originar-se conhecimento mais profundo das
perigo para sua obrigação de observar ciências sagradas e dos métodos
a continência ou escândalo para os pastorais.
fiéis.
§ 3. Continuem também o estudo
§ 3. Compete ao Bispo diocesano de outras ciências, principalmente
estabelecer a esse respeito normas das que se relacionam com as
mais determinadas e julgar sobre a ciências sagradas, de modo todo
observância dessa obrigação em especial enquanto podem ser úteis ao
casos particulares. exercício do ministério pastoral.
Cân. 278 § 1. É direito dos clérigos Cân. 280 Recomenda-se vivamente aos
clérigos certa prática de vida
seculares associar-se para finalidades comunitária; onde existe, seja
conformes ao estado clerical. conservada o quanto possível.
§ 2. Os clérigos seculares dêem Cân. 281 § 1. Os clérigos, quando se
importância principalmente às dedicam ao ministério eclesiástico,
associações que, tendo estatutos merecem uma remuneração condizente
aprovados pela autoridade com sua condição, levando- se em
competente, por uma organização de conta, seja a natureza do próprio ofício,
vida adequada e convenientemente sejam as condições de lugar e tempo,
aprovada e pela ajuda fraterna, são de modo que com ela possam prover
de estímulo àsantidade no exercício às necessidades de sua vida e
do ministério e favorecem à união dos também à justa retribuição daqueles
clérigos entre si e com o Bispo. de cujo serviço necessitam.
§ 3. Os clérigos se abstenham de § 2. Assim também, deve-se garantir
organizar ou participar de que gozem de previdência social tal,
associações, cujo fim ou atividade não que atenda convenientemente às suas
são compatíveis com as obrigações necessidades, em caso de
próprias do estado clerical, ou que enfermidade, invalidez ou velhice.
podem impedir o diligente § 3. Os diáconos casados, que se
desempenho do ofício a eles confiado dedicam em tempo integral ao
pela competente autoridade ministério eclesiástico, têm direito a uma
eclesiástica. remuneração com que possam prover
Cân. 279 § 1. Os clérigos continuem ao sustento seu e da própria família;
os estudos sagrados, mesmo depois todavia, os que receberem
de recebido o sacerdócio; sigam a remuneração em razão de profissão
sólida doutrina fundada nas Sagradas civil, que exercem ou exerceram,
Escrituras, transmitida pelos atendam às necessidades próprias e
antepassados e comumente aceita de sua família com as rendas daí
pela Igreja, conforme está fixada provenientes.
principalmente nos documentos dos Cân. 282 § 1. Os clérigos levem vida
Concílios e dos Romanos Pontífices, simples e se abstenham de tudo o que
denote vaidade.
Cân. 287 § 1. Os clérigos promovam
§ 2. Os bens que lhes advêm por sempre e o mais possível a
manutenção, entre os homens, da paz
ocasião do exercício de ofício e da concórdia fundamentada na justiça.
eclesiástico e que são supérfluos, uma
§ 2. Não tenham parte ativa nos partidos
vez assegurados com eles o próprio
políticos e na direção de associações
sustento e o cumprimento de todos os
sindicais, a não ser que, a juízo da
deveres de estado, queiram empregá-
competente autoridade eclesiástica, o
los para o bem da Igreja e para as
exijam a defesa dos direitos da Igreja ou
obras de caridade.
a promoção do bem comum.
Cân. 283 § 1. Mesmo que não tenham Cân. 288 Os diáconos permanentes
ofício residencial, os clérigos não não são obrigados às prescrições dos
podem, todavia, ficar ausentes da cân. 284, 285, §§ 3 e 4, 286, 287 § 2,
salvo determinação contrária do direito
própria diocese por tempo notável, a particular.
ser determinado pelo direito particular, Cân. 289 § 1. Sendo o serviço militar
sem licença ao menos presumida do menos adequado ao estado clerical, os
próprio Ordinário. clérigos e os candidatos às ordens
§ 2. Contudo, eles têm o direito de sacras não prestem serviço militar
gozar cada ano do devido e suficiente voluntariamente, a não ser com licença
período de férias, determinado pelo
direito universal ou particular. do próprio Ordinário.
Cân. 284 Os clérigos usem hábito § 2. Os clérigos usem das isenções de
eclesiástico conveniente, de acordo com encargos e cargos públicos civis,
as normas dadas pela Conferência dos impróprios ao estado clerical, que lhes
Bispos e com os legítimos costumes concedem leis, convênios ou costumes,
locais. salvo decisão contrária do próprio
Cân. 285 § 1. Os clérigos se Ordinário, em casos particulares.
abstenham completamente de tudo o Capítulo IV
que não convém ao seu estado, de
DA PERDA DO
acordo com as prescrições do direito
ESTADO CLERICAL
particular.
Cân. 290 Uma vez recebida validamente,
§ 2. Os clérigos evitem tudo o que, a sagrada ordenação, nunca se torna
embora não inconveniente, é, no nula. Não obstante, o clérigo perde o
entanto, impróprio ao estado clerical. estado clerical:
§ 3. Os clérigos são proibidos de 1° - por sentença judicial ou decreto
assumir cargos públicos que implicam administrativo que declara a nulidade
da sagrada ordenação;
participação no exercício do poder civil.
2° - por pena de demissão
§ 4. Sem a licença do próprio Ordinário, legitimamente irrogada;
não administrem bens pertencentes a 3° - por rescrito da Sé Apostólica;
leigos, nem exerçam ofícios seculares esse rescrito, porém, é concedido
que implicam obrigação de prestar pela Sé Apostólica aos diáconos,
somente por motivos graves, e aos
contas; é a eles proibido dar fiança, presbíteros por motivos gravíssimos.
mesmo com os próprios bens, sem
consultar o Ordinário; abstenham-se
também de assinar obrigações, com as
quais se assume compromisso de
pagamento, sem nenhuma causa
especificada.
Cân. 286 É proibido aos clérigos
exercer, por si ou por outros, para
utilidade própria ou alheia, negociação
ou comércio, salvo com licença da
legítima autoridade eclesiástica.
deveres e direitos principais, sejam
Cân. 291 Fora dos casos determinados devidamente nos
mencionados no cân. 290, n.1, a estatutos.
perda do estado clerical não implica
dispensa da obrigação do celibato, Cân. 297 Os estatutos definam
que só é concedida pelo Romano igualmente as relações da prelazia
Pontífice. pessoal com os Ordinários locais, em
cujas Igrejas particulares a prelazia,
Cân. 292 O clérigo que perde o estado com prévio consentimento do Bispo
clerical, de acordo com o direito, com diocesano, exerce ou deseja exercer
ele perde os direitos próprios do suas atividades pastorais ou
estado clerical, e não está mais sujeito missionárias.
às obrigações desse estado, salva a
prescrição do cân.291; fica proibido TÍTULO V
de exercer o poder de ordem, salva a DAS ASSOCIAÇÕES DE FIÉIS
prescrição do cân.976; fica privado,
Capítulo I
por isso mesmo, de todos os ofícios,
encargos e de todo o poder NORMAS
delegado.
Cân. 293 O clérigo que perdeu o COMUNS
estado clerical não pode ser
novamente adscrito entre os clérigos, Cân. 298 § 1. Na Igreja existem
a não ser por rescrito da Sé associações, distintas dos institutos de
Apostólica.
vida consagrada e das sociedades de
TÍTULO IV vida apostólica, nas quais os fiéis,
DAS PRELAZIAS PESSOAIS clérigos ou leigos, ou conjuntamente
clérigos e leigos, se empenham,
Cân. 294 Para promover mediante esforço comum, para
adequada distribuição dos fomentar uma vida mais perfeita, e
presbíteros ou realizar especiais promover o culto público ou a doutrina
atividades pastorais ou missionárias cristã, ou para outras obras de
em favor de várias regiões ou diversas apostolado, isto é, iniciativas de
classes sociais, podem ser erigidas evangelização, exercício de obras de
pela Sé Apostólica, ouvidas as piedade ou caridade, e animação da
Conferências dos Bispos interessadas, ordem temporal com espírito cristão.
prelazias pessoais que constem de
presbíteros e diáconos do clero secular. § 2. Os fiéis dêem seu nome
principalmente às associações que
tenham sido erigidas, louvadas ou
Cân. 295 § 1. A prelazia pessoal se recomendadas pela competente
rege pelos estatutos dados pela Sé autoridade eclesiástica.
Apostólica; tem à sua frente um Cân. 299 § 1. Por acordo privado, os
Prelado ou Ordinário próprio; que tem fiéis têm o direito de constituir
o direito de erigir seminário nacional associações, para a obtenção dos fins
ou internacional, encardinar os alunos mencionados no cân. 298, § 1, salva a
e e promovê- los às ordens, a título de prescrição do cân. 301 § 1.
serviço àprelazia.
§ 2. Essas associações, mesmo se
§ 2. O Prelado deve prover à
formação espiritual e digna louvadas e recomendadas pela
sustentação dos que tiver promovido autoridade eclesiástica, denominam-se
pelo referido título.
associações privadas.
Cân. 296 Fazendo convênios com a
§ 3. Nenhuma associação particular de
prelazia, leigos podem dedicar-se às
atividades apostólicas da prelazia fiéis é reconhecida na Igreja, a não ser
pessoal; o modo de tal cooperação que seus estatutos sejam aprovados
orgânica, bem como os respectivos pela autoridade competente.
do lugar, tirado principalmente da
Cân. 300 Nenhuma associação assuma própria finalidade a que se destinam.
o nome de "católica", sem o Cân. 305 § 1. Todas as associações de
consentimento da autoridade fiéis estão sujeitas à vigilância da
eclesiástica competente, de acordo com autoridade eclesiástica competente, à
o cân. 312. qual cabe cuidar que nelas se conserve
Cân. 301 § 1. Cabe unicamente à a integridade da fé e dos costumes e
autoridade eclesiástica competente velar para que não se introduzam
erigir associações de fiéis que se abusos na disciplina eclesiástica,
proponham ensinar a doutrina cristã cabendo-lhe, portanto, o dever e o
em nome da Igreja ou promover o culto direito de visitar essas associações, de
público, ou as que se proponham acordo com o direito e os estatutos;
outros fins, cuja obtenção está ficam também sujeitas ao governo
reservada, por sua natureza, à mesma dessa autoridade, de acordo com as
autoridade eclesiástica. prescrições dos cânones seguintes.
§ 2. A autoridade eclesiástica § 2. Estão sujeitas àvigilância da Santa
competente, se o julgar oportuno, pode Sé as associações de qualquer gênero;
erigir associações de fiéis também e à vigilância do Ordinário local, as
para a obtenção direta ou indireta de associações diocesanas e outras
outras finalidades espirituais, cuja associações, enquanto exercem
consec ução não se tiver assegurado atividade na diocese.
suficientemente com iniciativas Cân. 306 Para que alguém possa
particulares. gozar dos direitos e privilégios, das
§ 3. As associações de fiéis erigidas indulgências e outras graças
pela autoridade eclesiástica competente espirituais concedidas a uma
denominam-se associações públicas.
associação, é necessário e suficiente
Cân. 302 Denominam-se clericais as que, segundo as prescrições do
associações de fiéis que são dirigidas direito e dos estatutos da associação,
por clérigos, assumem o exercício de seja nela validamente recebido e dela
ordem sagrada e são reconhecidas não seja legitimamente demitido.
como tais pela autoridade competente.
Cân. 307 § 1. A recepção dos membros
Cân. 303 As associações, cujos será feita de acordo com o direito e os
membros levam vida apostólica e estatutos de cada associação.
tendem àperfeição cristã, e no mundo
§ 2. A mesma pessoa pode inscrever-
participam do espírito de um instituto se em várias associações .
religioso sob a alta direção desse § 3. Os membros de institutos religiosos
instituto, chamam-se ordens terceiras podem inscrever-se em associações, de
ou têm outra denominação adequada. acordo com o direito próprio e com o
consentimento do Superior.
Cân. 304 § 1. Todas as associações Cân. 308 Ninguém, legitimamente
de fiéis, públicas ou particulares, com inscrito, seja demitido da associação, a
qualquer título ou nome que sejam não ser por justa causa, de acordo com
chamadas, devem ter seus estatutos, o direito e os estatutos.
nos quais se determinem a finalidade
ou objetivo social da associação, sua Cân. 309 Compete às
sede, regime e condições exigidas para associações legitimamente
delas se fazer parte, e nos quais se
estabeleça seu modo de agir, levando-
se em conta também a necessidade ou
utilidade do tempo e lugar.
§ 2. Escolham para si um título ou
nome adequado aos usos do tempo e
privilégio apostólico, foi reservado a
constituídas, de acordo com o direito outros.
e os estatutos, estabelecer normas
particulares relativas à associação, § 2. Para erigir validamente na diocese
realizar reuniões, designar os uma associação ou uma sua seção,
moderadores, os oficiais, os mesmo que isso se faça por privilégio
funcionários e os administradores dos apostólico, requer- se o consentimento
bens. escrito do Bispo diocesano; mas o
consentimento do Bispo diocesano para
Cân. 310 Uma associação privada, a ereção de uma casa de instituto
não constituída em pessoa jurídica, religioso vale também para a ereção de
não pode ser, enquanto tal, sujeito de uma associação própria do instituto na
obrigações e de direitos; no entanto, mesma casa ou na igreja anexa.
os fiéis nela associados podem juntos
contrair obrigações, adquirir e possuir Cân. 313 Pelo mesmo decreto com
bens, como condôminos e que é erigida pela autoridade
compossessores; podem exercer eclesiástica competente, de acordo
esses direitos e obrigações por com cân. 312, uma associação pública,
mandatário ou procurador. bem como uma confederação de
associações públicas, constitui- se
Cân. 311 Os membros de institutos de pessoa jurídica e recebe, enquanto se
vida consagrada que presidem ou requer, a missão para os fins que ela
assistem a associações, de algum se propõe alcançar em nome da Igreja.
modo unidas ao próprio instituto,
Cân. 314 Os estatutos de qualquer
cuidem que essas associações associação pública, sua revisão e
prestem ajuda às obras de modificação, exigem aprovação da
autoridade eclesiástica competente
apostolado existentes na diocese, para erigi-la, de acordo com o cân. 312
sobretudo trabalhando, sob a direção § 1.
do Ordinário local, com as Cân. 315 As associações públicas
associações que na diocese exercem podem por própria iniciativa assumir
atividades condizentes com a sua
apostolado. índole, e se regem de acordo com
seus estatutos, sob a alta direção da
Capítulo II autoridade eclesiástica mencionada no
cân. 312 § 1.
DAS ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS Cân. 316 § 1. Não pode ser recebido
DE FIÉIS validamente em associações públicas
quem publicamente tiver abjurado a fé
Cân. 312 § 1. É autoridade católica, ou abandonado a comunhão
competente para erigir associações eclesiástica, ou estiver sob
públicas: excomunhão irrogada ou declarada.
1° - a Santa Sé, para as § 2. Aqueles que, legitimamente
associações universais e inscritos, incorrerem nos casos
internacionais; mencionados no § 1, depois de
advertência, sejam demitidos da
2° - a Conferência dos Bispos, em
associação, observados os estatutos e
seu território, para as associações salvo o direito de recurso à autoridade
nacionais, isto é, as que desde sua eclesiástica mencionada no cân. 312 §
ereção se destinam a exercer 1.
atividade em toda a nação;
Cân. 317 § 1. Salvo determinação
3° - o Bispo diocesano, as não o contrária dos estatutos, compete à
Administrador diocesano, em seu autoridade eclesiástica mencionada no
território, mas não o Administrador cân. 312 § 1, confirmar o moderador da
para as associações diocesanas; associação pública por ela eleito,
exceto, porém, as associações instituir o apresentado ou nomeá-lo por
cujo direito de ereção, por direito próprio; a mesma autoridade
eclesiástica nomeia o capelão ou
óbolos recebidos.
assistente eclesiástico, depois de
ouvidos, se oportuno, os oficiais Cân. 320 § 1. As associações erigidas
maiores da associação. pela Santa Sé não podem ser
supressas, a não ser por ela mesma.
§ 2. A norma estabelecida no § 1
§ 2. Por causas graves, podem ser
vale também para as associações
supressas pela Conferência dos Bispos
erigidas por membros de institutos
as associações por ela erigidas; pelo
religiosos em virtude de privilégio
Bispo diocesano, as associaç ões por ele
apostólico, fora das próprias igrejas ou
erigidas, bem como as associações
casas; todavia, nas associações
erigidas, mediante indulto apostólico,
erigidas por membros de institutos
por membros de institutos religiosos
religiosos na própria igreja ou casa, a
com o consentimento do Bispo
nomeação ou confirmação do
diocesano.
moderador e do capelão pertencem ao
Superior do instituto, de acordo com os § 3. Uma associação pública não deve
ser supressa pela autoridade
estatutos. competente, sem antes ter ouvido seu
moderador e os outros oficiais maiores.
§ 3. Nas associações que não são
clericais, os leigos podem exercer o Capítulo III
encargo de moderador; o capelão ou
assistente eclesiástico não seja DAS ASSOCIAÇÕES PRIVADAS DE
designado para tal encargo, salvo
determinação contrária dos estatutos. FIÉIS
§ 4. Nas associações públicas de fiéis, Cân. 321 Os fiéis, segundo as
destinadas diretamente ao exercício do prescrições dos estatutos, dirigem e
apostolado, não sejam moderadores os governam as associações privadas.
que exercem cargo de direção nos
partidos políticos. Cân. 322 § 1. Uma associação privada
de fiéis pode adquirir personalidade
Cân. 318 § 1. Em circunstâncias jurídica mediante decreto formal da
autoridade eclesiástica competente,
especiais, onde graves causas o mencionada no cân. 312.
exijam, a autoridade eclesiástica
§ 2. Nenhuma associação particular de
mencionada no cân. 312 § 1, pode
fiéis pode adquirir personalidade
designar um comissário que, em seu
jurídica, se seus estatutos não tiverem
nome, dirija temporariamente a sido aprovados pela autoridade ec
associação. lesiástica mencionada no cân. 312 § 1; a
§ 2. Quem nomeou ou confirmou um aprovação dos estatutos, porém, não
dirigente de associação pública pode, muda a natureza privada da associação.
por justa causa, destituí-lo, tendo,
Cân. 323 § 1. Embora as associações
contudo, ouvido o próprio dirigente e
privadas de fiéis gozem de autonomia,
os responsáveis maiores da de acordo com o cân. 321, estão
associação, segundo os estatutos; sujeitas à vigilância da autoridade
quem nomeou o capelão pode destituí- eclesiástica, de acordo com o cân. 305,
lo, de acordo com os cân. 192 - 195. bem como ao governo dessa autoridade.
Cân. 319 § 1. Uma associação pública
§ 2. Compete também à autoridade
legitimamente erigida, se outra coisa eclesiástica, respeitada a autonomia
não for determinada administra os
própria das associações privadas, vigiar
bens que possui, de acordo com os
e cuidar que se evite a dispersão de
estatutos, sob a superior direção da
forças e que seu apostolado se oriente
autoridade eclesiástica mencionada no
para o bem comum.
cân. 312 § 1, à qual ela deve
anualmente prestar contas da
administração.
§ 2. Deve também fazer a essa
autoridade uma fiel prestação de
contas da aplicação das ofertas e
Cân. 324 § 1. A associação privada de associações de leigos, mesmo as
fiéis escolhe livremente seu erigidas em virtude de privilégio
moderador e seus oficiais, de acordo apostólico, cuidem que suas
com os estatutos.
associações, onde for conveniente,
§ 2. A associação privada de fiéis, se
desejar um conselheiro espiritual, colaborem com as outras associações
pode escolhê-lo livremente entre os de fiéis e dêem apoio às diversas obras
sacerdotes que exercem
legitimamente o ministério na diocese, cristãs, principalmente as existentes no
o qual, porém, necessita da mesmo território.
confirmação do Ordinário local.
Cân. 325 § 1. A associação privada Cân. 329 Os moderadores de
de fiéis administra livremente os bens associações de leigos cuidem que os
que possui, de acordo com as membros sejam formados devidamente
prescrições dos estatutos, salvo o para o exercício do apostolado próprio
direito da autoridade eclesiástica dos leigos.
competente de velar a fim de que os II PARTE
bens sejam empregados para os fins da
DA CONSTITUIÇÃO
associação.
§ 2. Ela está sujeita àautoridade do HIERÁRQUICA DA IGREJA
Ordinário local, de acordo com o cân. SEÇÃO I
1301, quanto à administração e ao
emprego dos bens que lhe tenham DA SUPREMA AUTORIDADE DA
sido dados ou deixados para causas IGREJA
pias.
Capítu
Cân. 326 § 1. A associação privada lo I
de fiéis extingue-se de acordo com os
DO ROMANO PONTÍFICE E DO
estatutos; pode também ser supressa
COLÉGIO DOS BISPOS
pela autoridade competente, se a sua
atividade resulta em grave dano para Cân. 330 Assim como, por disposição
a doutrina ou a disciplina do Senhor, São Pedro e os outros
eclesiástica, ou é de escândalo para Apóstolos constituem um único
os fiéis. Colégio, de modo semelhante o
Romano Pontífice, sucessor de Pedro,
§ 2. O destino dos bens de uma
e os Bispos, sucessores dos
associação extinta deve ser
Apóstolos, estão unidos entre si.
determinado de acordo com os
estatutos, salvos os direitos Art.
adquiridos e a vontade dos doadores. 1
Capítulo IV Do Romano Pontífice
NORMAS ESPECIAIS PARA Cân. 331 O Bispo da Igreja de Roma,
AS ASSOCIAÇÕES DE LEIGOS
no qual perdura o múnus concedido
Cân. 327 Os fiéis leigos tenham em pelo Senhor singularmente a Pedro,
grande apreço as associações primeiro dos Apóstolos, para ser
constituídas para as finalidades transmitido aos seus sucessores, é a
espirituais mencionadas no cân. 298, cabeça do Colégio dos Bispos, Vigário
particularmente aquelas que se de Cristo e aqui na terra Pastor da
propõem animar de espírito cristão as Igreja universal; ele, pois, em virtude de
realidades temporais e, desse modo, f seu múnus, tem na Igreja o poder
omentam grandemente a união mais ordinário supremo, pleno, imediato e
íntima entre a fé e a vida. universal, que pode sempre exercer
Cân. 328 Os que presidem às livremente.
Cân. 332 § 1. O Romano Pontífice obtém o poder pleno e
dele, para o bem de todas as Igrejas, de
supremo na Igreja pela eleição legítima acordo com as normas determinadas
por ele aceita, junto com a pelo direito.
consagração episcopal. Por
conseguinte, o eleito para o sumo Cân. 335 Estando vacante ou
pontificado, que já tiver o caráter completamente impedida a Sé Romana,
episcopal, obtém esse poder desde o nada se modifique no regime da Igreja
instante da aceitação. Se o eleito não Universal; mas observem-se as leis
tiver caráter tiver caráter episcopal, especiais dadas para essas
seja imediatamente ordenado Bispo. circunstâncias.
§ 2. Se acontecer que o Romano Art.
Pontífice renuncie a seu múnus, para a 2
validade se requer que a renúncia seja DO COLÉGIO DOS
livremente feita e devidamente BISPOS
manifestada, mas não que seja aceita
por alguém. Cân. 336 O Colégio dos Bispos, cuja
cabeça é o Sumo Pontífice e cujos
Cân. 333 § 1. O Romano Pontífice, em membros são os Bispos, em virtude da
virtude de seu múnus, não só tem poder consagração sacramental e da
sobre a Igreja universal, mas obtém comunhão hierárquica coma cabeça e
ainda a primazia do poder ordinário com os membros do Colégio, no qual o
sobre todas as Igrejas particulares e corpo apostólico persevera
entidades que as congregam, pelo qual continuamente, junto com sua cabeça, e
é, ao mesmo tempo, reforçado e nunca sem essa cabeça, é também
defendido o poder próprio, ordinário e sujeito de poder supremo e pleno sobre a
imediato que os Bispos têm sobre as Igreja universal.
Igrejas particulares confiadas a seu
cuidado. Cân. 337 § 1. O Colégio dos Bispos
exerce seu poder sobre toda a Igreja, de
§ 2. O Romano Pontífice, no modo solene, no Concílio Ecumênico.
desempenho do múnus de Pastor
supremo da Igreja, está sempre unido § 2. Exerce esse poder pela ação
em comunhão com os outros Bispos e conjunta dos Bispos espalhados pelo
até com toda a Igreja; entretanto, ele mundo, se essa ação for, como tal,
tem o direito de determinar, de acordo convocada ou livremente aceita pelo
com as necessidades da Igreja, o modo Romano Pontífice, de modo a se tornar
pessoal ou colegial de exercer esse verdadeiro ato colegial.
ofício. § 3. Compete ao Romano Pontífice, de
§ 3. Contra uma sentença ou decreto acordo com as necessidades da Igreja,
do Romano Pontífice, não há apelação,
nem recurso. escolher e promover os modos pelos
quais o Colégio dos Bispos pode exercer
Cân. 334 No exercício de seu múnus, o colegialmente seu ofício no que se refere
Romano Pontífice é assistido pelos àIgreja universal.
Bispos, que podem cooperar com ele
em diversos modos, entre os quais está Cân. 338 § 1. Compete unicamente ao
o Sínodo dos Bispos. São ainda de Romano Pontífice convocar o Concílio
ajuda para ele os Padres Cardeais e Ecumênico, presidi- lo por si ou por
outras pessoas, bem como diversos outros, como também transferir,
organismos, segundo as necessidades suspender ou dissolver o Concílio e
dos tempos; todas essas pessoas e aprovar seus decretos.
organismos exercem o múnus que lhes § 2. Compete também ao Romano
é confiado, em nome por autoridade Pontífice determinar as questões a
serem tratadas no Concílio e
estabelecer o regimento a ser nele Pontíf
observado; às questões propostas pelo ice.
Romano Pontífice, os Padres Cân. 339 § 1. Todos e somente os
Conciliares podem acrescentar outras, Bispos que são membros do Colégio
que devem ser também aprovadas dos Bispos têm o direito e o dever de
pelo Romano participar do Concílio Ecumênico com
voto deliberativo.
§ 2. Também alguns outros, que não
têm a dignidade episcopal, podem ser
convocados para o Concílio Ecumênico
pela autoridade suprema da Igreja, à
qual cabe determinar a função deles no
Concílio.
Cân. 340 Se acontece ficar vacante a
Sé Apostólica durante a celebração do
Concílio, este fica suspenso, ipso iure
atéqueo novo Sumo Pontífice o mande
continuar ou o dissolva.
Cân. 341 § 1. Os decretos do Concílio
Ecumênico não têm força de obrigar, a
não ser que, aprovados pelo Romano
Pontífice junto com os Padres
Conciliares, tenham sido por ele
confirmados e por sua ordem
promulgados.
§ 2. Para terem força de obrigar,
precisam também dessa confirmação e
promulgação os decretos dados pelo
Colégio dos Bispos, quando este pratica
um ato propriamente colegial, de
acordo com outro modo diferente,
determinado ou livremente aceito pelo
Romano Pontífice.
Capítulo II
DO SÍNODO DOS BISPOS
Cân. 342 O Sínodo dos Bispos é a
assembléia dos Bispos que, escolhidos
das diversas regiões do mundo,
reúnem-se em determinados tempos,
para promover a estreita união entre o
Romano Pontífice e os Bispos, para
auxiliar com seu conselho ao Romano
Pontífice, na preservação e crescimento
da fé e dos costumes, na observância
e consolidação da disciplina
eclesiástica, e ainda para examinar
questões que se referem àação da
Igreja no mundo. 4° - determinar a ordem dos
Cân. 343 Compete ao Sínodo dos assuntos a tratar;
Bispos discutir sobre as questões em 5° - presidir o Sínodo
pauta e manifestar desejos, e não pessoalmente ou por outros;
sobre elas dar decisões ou decretos, a 6° - encerrar, transferir,
não ser que em determinados casos suspender ou dissolver o Sínodo.
lhe tenha sido concedido poder Cân. 345 O Sínodo dos Bispos pode
deliberativo pelo Romano Pontífice, a reunir- se em assembléia geral, isto é,
quem cabe, nesse caso, ratificar as na qual são tratadas questões que se
decisões do Sínodo. referem diretamente ao bem da Igreja
Cân. 344 O Sínodo dos Bispos está universal; essa assembléia é ordinária
sujeito diretamente à autoridade do ou extraordinária; pode também reunir-
Romano Pontífice, a quem compete:
se em assembléia especial, na qual
1° - convocar o Sínodo, sempre são tratadas questões que se referem
que lhe parecer oportuno, e diretamente a uma ou mais regiões.
designar o lugar onde devam ser
feitas as reuniões; Cân. 346 § 1. A assembléia geral
ordinária do Sínodo dos Bispos
2° - confirmar a eleição dos compõe-se de membros, na maioria
membros que, de acordo com o Bispos, que são eleitos para cada
direito especial, devem ser assembléia pelas Conferências dos
eleitos, bem como designar e Bispos, na maneira determinada pelo
nomear outros membros; direito especial do Sínodo; outros são
3° - em tempo oportuno, antes da designados pelo próprio direito; e
celebração do Sínodo, estabelecer
os temas a serem tratados, de outros são nomeados diretamente
acordo com o direito especial; pelo Romano Pontífice; a eles
acrescentam- se alguns membros de § 2. Vagando a Sé Apostólica depois de
institutos religiosos clericais, eleitos de convocado o Sínodo ou durante sua
acordo com o mesmo direito especial.
celebração, suspende-se ipso iure a
§ 2. A assembléia geral extraordinária assembléia do Sínodo, bem como a
do Sínodo dos Bispos, reunida para função nela conferida aos membros, até
tratar de questões que exigem solução que o novo Pontífice decida se ele
urgente, compõe-se de membros, na deve dissolver-se ou prosseguir.
maioria Bispos, que são designados
pelo direito especial do Sínodo em Cân. 348 § 1. O Sínodo dos Bispos tem
razão do ofício que exercem, e de uma secretaria geral permanente,
outros nomeados diretamente pelo presidida pelo secretário geral, nomeado
Romano Pontífice; a eles se pelo Romano Pontífice e auxiliado pelo
acrescentam alguns membros de conselho da secretaria, que se compõe
institutos religiosos clericais, eleitos de de Bispos, dentre os quais alguns são
acordo com o mesmo direito. eleitos pelo próprio Sínodo dos Bispos,
de acordo com o direito especial, e
§ 3. A assembléia especial do Sínodo outros são nomeados pelo Romano
dos Bispos compõe-se de membros Pontífice; a função de todos eles,
escolhidos principalmente das regiões, porém, cessa ao começar a nova
em prol das quais se convoc a o assembléia geral.
Sínodo, de acordo com o direito
especial que rege o Sínodo. § 2. Para cada assembléia do Sínodo
dos Bispos, são constituídos ainda um
Cân. 347 § 1. Quando a assembléia do
Sínodo é encerrada pelo Romano ou mais secretários especiais,
Pontífice, cessa a função dada nesse nomeados pelo Romano Pontífice, que
Sínodo aos Bispos e aos outros
membros. permanecem no ofício a eles confiado só
até o final da assembléia do Sínodo. Cardeais presbíteros que foram
Capítulo III elevados ao Cardinalado depois dele.

DOS CARDEAIS DA SANTA Cân. 351 § 1. Para a promoção ao


IGREJA ROMANA Cardinalado são livremente escolhidos
pelo Romano Pontífice homens
Cân. 349 Os Cardeais da Santa Igreja constituídos ao menos na ordem do
Romana constituem um Colégio presbiterado, particularmente eminentes
especial, ao qual compete assegurar a por doutrina, costumes, piedade e
eleição do Romano Pontífice de acordo prudência no agir; os que não são
com o direito especial; os Cardeais Bispos, devem receber a consagração
também assistem ao Romano Pontífice episcopal.
agindo colegialmente, quando são
§ 2. Os Cardeais são criados por
convocados para tratar juntos as
decreto do Romano Pontífice, que é
questões de maior importância, ou
publicado perante o Colégio dos
individualmente nos diversos ofícios
que exercem, prestando ajuda ao Cardeais; desde a publicação, têm os
Romano Pontífice, principalmente no deveres e direitos estabelecidos por lei.
cuidado cotidiano pela Igreja universal. § 3. Aquele que foi promovido
Cân. 350 § 1. O Sacro Colégio se àdignidade cardinalícia, e cuja criação o
distribui em três ordens: a ordem Romano Pontífice tenha anunciado,
episcopal, à qual pertencem os reservando porém o nome in pectore,
Cardeais a quem é confiado pelo no momento não tem nenhum dever e
Romano Pontífice o título de uma nenhum direito próprio dos Cardeais;
Igreja suburbicária, bem como os mas depois que seu nome é publicado
Patriarcas orientais incluídos no Colégio pelo Romano Pontífice, tem esses
dos Cardeais; a ordem presbiteral e a deveres e usufrui desses direitos, mas
ordem diaconal. goza do direito de precedência a partir
do dia da reservação in pectore.
§ 2. Aos Cardeais da ordem presbiteral
e diaconal é confiado pelo Romano Cân. 352 § 1. O Decano preside ao
Pontífice um título ou diaconia na Colégio dos Cardeais; no seu
cidade de Roma. impedimento, o Subdecano faz as
vezes dele; o Decano, ou o Subdecano,
§ 3. Os Patriarcas orientais, incluídos
no Colégio dos Padres Cardeais, têm não tem nenhum poder de regime sobre
como título a sua sede patriarcal. os outros Cardeais, mas devem ser
§ 4. O Cardeal Decano tem como título considerados como primeiros entre os
a diocese de Ostia, juntamente com a pares.
outra Igreja que já antes tinha como
título. § 2. Vagando o ofício de Decano, os
§ 5. Mediante opção manifestada em Cardeais com título de uma Igreja
Consistório e aprovada pelo Romano suburbicária, e somente eles, sob a
Pontífice, os Cardeais da ordem presidência do Subdecano, ou do mais
presbiteral, respeitada a prioridade de antigo deles, elejam dentre seu grupo
ordem e promoção, podem passar a um para Decano do Colégio; levem
outro título; e os Cardeais da ordem seu nome ao Romano Pontífice, a
diaconal, a outra diaconia e, se tiverem quem compete aprovar o eleito.
permanecido por um decênio completo § 3. Do mesmo modo mencionado no §
na ordem diaconal, também àordem 2, sob a presidência do Decano, elege-
se o Subdecano; compete também ao
presbiteral. Romano Pontífice aprovar a eleição do
§ 6. O Cardeal que por opção passa da Subdecano.
ordem diaconal para a ordem § 4. O Decano e o Subdecano, se não
presbiteral obtém a precedência
sobre todos os tiverem domicílio em Roma, devem
adquiri-lo. é, quando, além dos Cardeais, são
Cân. 353 § 1. Os Cardeais prestam admitidos Prelados, legados de
ajuda, em ação colegial, ao Pastor nações ou outros a ele convidados.
Supremo da Igreja, principalmente nos Cân. 354 Os Padres Cardeais
Consistórios, em que se reúnem por prepostos aos decastéreos e outros
ordem do Romano Pontífice e sob a organismos permanentes da Cúria
sua presidência; realizam-se romana e da Cidade do Vaticano, que
Consistórios ordinários ou tiverem completado setenta e cinco
extraordinários. anos de idade, são solicitados a
§ 2. Para o Consistório ordinário, são apresentar a renúncia do ofício ao
convocados todos os Cardeais, pelo Romano Pontífice que, tudo bem
menos os que se encontram em ponderado, tomará providências.
Roma, para consulta sobre algumas Cân. 355 § 1. Compete ao Cardeal
questões graves, de ocorrência mais Decano conferir a ordem episcopal ao
freqüente, ou para a celebração de Romano Pontífice eleito, se o eleito não
atos muito solenes. estiver ordenado; no impedimento do
§ 3. Para o Consistório extraordinário, Decano, esse direito compete ao
que se celebra quando o aconselham Subdecano, e se estiver impedido,
necessidades especiais da Igreja ou também este ao Cardeal mais antigo da
ordem episcopal.
questões mais graves a serem
tratadas, todos os Cardeais são § 2. O Cardeal Protodiácono anuncia
convocados. ao povo o nome do Sumo Pontífice
recém- eleito; impõe também o pálio
§ 4. Só o Consistório ordinário, no
aos Metropólitas ou o entrega a seus
qual se celebram algumas
procuradores, em lugar do Romano
solenidades, pode ser público, isto
Pontífice.
Roma e fora da própria diocese são
Cân. 356 Os Cardeais têm o dever de isentos, no que se refere àsua pessoa,
do poder de regime do Bispo da diocese
colaborar diligentemente com o Romano em que residem.
Pontífice; por isso, os Cardeais que Cân. 358 Ao Cardeal, a quem o Romano
exercem qualquer ofício na Cúria, se
Pontífice confiar o encargo de fazer suas
não forem Bispos diocesanos, estão vezes em alguma celebração solene ou
obrigados a residir em Roma; os reunião de pessoas, como Legado a
Cardeais que têm o cuidado de latere, isto é, como seu outro eu, bem
alguma diocese como Bispos como ao Cardeal a quem é confiado,
diocesanos, devem ir a Roma sempre como seu enviado especial,
que forem convocados pelo Romano desempenhar determinado encargo
Pontífice. pastoral, só compete o que lhe é
Cân. 357 § 1. Os Cardeais, a quem foi comissionado pelo Romano Pontífice.
confiada em título uma igreja Cân. 359 Enquanto a Sé Apostólica
suburbicária ou uma igreja em Roma, estiver vacante, o Colégio dos Cardeais
tem unicamente o poder que se lhe
depois que delas tiverem tomado atribui em lei especial.
posse, promovam o bem dessas
Capítulo IV
dioceses e igrejas, com seu conselho e
patrocínio, mas não têm nenhum poder DA CÚRIA ROMANA
de regime e não interferem naquilo que Cân. 360 A Cúria Romana, pela qual o
se relaciona com a administração de Romano Pontífice costuma tratar os
seus bens, a disciplina ou o serviço das negócios da Igreja universal e que, em
igrejas. nome dele e com sua autoridade,
§ 2. Os Cardeais que vivem fora de desempenha função para o bem e o
serviço das Igrejas, consta da Compete, por isso, ao Legado pontifício,
Secretaria de Estado ou Secretaria no âmbito de sua jurisdição:
Papal, do Conselho para os negócios
públicos da Igreja, das Congregações,
dos Tribunais e de outros organismos,
cuja constituição e competência são
determinadas, para todos eles, por lei
especial.
Cân. 361 Sob a denominação de Sé
Apostólica ou Santa Sé, neste Código,
vêm não só o Romano Pontífice, mas
também, a não ser que pela natureza
da coisa ou pelo contexto das palavras
se deprenda o contrário, a Secretaria
de Estado, o Conselho para os
negócios públicos da Igreja e os
demais organismos da Cúria Romana.
Capítulo V
DOS LEGADOS DO
ROMANO PONTÍFICE
Cân. 362 O Romano Pontífice tem
o direito nativo e independente de
nomear e enviar seus Legados, seja
às Igrejas particulares nas várias
nações ou regiões, ao mesmo tempo,
aos Estados e Governos, bem como,
de transferi- los e demiti-los,
observadas as normas do direito
internacional quanto à missão e
demissão dos Legados constituídos
junto aos Estados.
Cân. 363 § 1. Aos Legados do Romano
Pontífice é confiado o encargo de
representar estavelmente o Romano
Pontífice, junto às Igrejas particulares
ou também junto aos Estados e
Autoridades públicas, aos quais são
enviados.
§ 2. Representam também a Sé
Apostólica os que são encarregados
de uma Missão pontifícia, como
Delegados ou Observadores, junto aos
Conselhos internacionais ou junto a
Conferências e Congressos.
Cân. 364 O principal múnus do
Legado pontifício e tornar sempre mais
firmes e eficazes os vínculos de
unidade que existem entre a Sé
Apostólica e as Igrejas particulares.
especial, preparar e pôr em prática
1° - informar a Sé Apostólica sobre concordatas e outras convenções
similares;
as condições em que se
encontram as Igrejas particulares, § 2. No trato das questões
e sobre o que diz respeito àprópria mencionadas no § 1, conforme o
vida da Igreja e ao bem das almas; aconselharem as circunstâncias, o
Legado pontifício não deixe de pedir a
2° - assistir, com sua atuação e
conselho, aos Bispos, sem opinião e conselho dos Bispos de sua
prejuízo do exercício do legítimo jurisdição eclesiástica e de informá-los
poder destes;
sobre o andamento dos negócios.
3° - estimular frequentes relações Cân. 366 Levando em conta a índole
com a Conferência dos Bispos, especial do ofício de Legado:
dando a ela toda a ajuda possível; 1°- a sede da Legação pontifícia é
4° - quanto ànomeação de Bispos, isenta de poder de regime do
comunicar ou propor a Sé Ordinário local, a não ser quanto
Apostólica os nomes de àcelebração de matrimônios;
candidatos, bem como instruir o 2°- avisando previamente, quanto
processo informativo sobre estes, possível, aos Ordinários locais, é
de acordo com as normas dadas lícito ao Legado pontifício fazer
pela Sé Apostólica; celebrações litúrgicas, mesmo
5° - esforçar-se para que se pontificais, em todas as igrejas de
promova o que diz respeito a paz,
ao progresso e àcooperação entre sua delegação.
os povos;
Cân. 367 O ofício de Legado não
6° - cooperar, junto com os
Bispos, para estimular oportuno cessa vagando a Sé Apostólica, a não
relacionamento da Igreja católica ser que na carta pontifícia se
com as demais Igrejas ou
comunidades eclesiais e com as determine diversamente; cessa, porém,
religiões não- cristãs; com o término do mandato, com a
7° - em ação conjunta com os demissão intimada ao mesmo, com a
Bispos, defender, diante das renúncia aceita pelo Romano Pontífice.
Autoridades do Estado, o que diz
respeito a missão da Igreja e da
Sé Apostólica; IISEÇÃO
8° - além disso, exercer as DAS IGREJAS PARTICULARES E
DAS ENTIDADES QUE AS
faculdades e cumprir os outros CONGREGAM
mandatos que lhe forem confiados TÍTUL
pela Sé Apostólica. OI
Cân. 365 § 1. É, também, encargo DAS IGREJAS PARTICULARES
especial do Legado pontifício, que ao E DA AUTORIDADE NELAS
mesmo tempo exerce legação junto CONSTITUÍDA
aos Estados, de acordo com as
normas do direito internacional: Capítu
1° - promover e estimular as lo I
relações entre a Sé Apostólica e
as Autoridades do Estado; DAS IGREJAS PARTICULARES
2° - tratar de questões Cân. 368 As Igrejas particulares, nas
concernentes às relações entre a quais e das quais se constitui a una e
Igreja e o Estado e, de modo única Igreja católica, são primeiramente
as
erigida.
dioceses, às quais, se equiparam, não
constando o contrário, a prelazia Cân. 369 A diocese é uma porção do
territorial, a abadia territorial, o vicariato povo de Deus confiada ao pastoreio do
apostólico, a prefeitura apostólica e a Bispo com a cooperação do presbitério,
administração apostólica estavelmente de modo tal que, unindo-se ela a seu
pastor e, pelo Evangelho e pela de personalidade jurídica.
Eucaristia, reunida por ele no Espírito Cân. 374 § 1. Toda diocese ou outra
Santo, constitua uma Igreja particular,
Igreja particular seja dividida em partes
na qual está verdadeiramente presente
distintas ou paróquias.
e operante a Igreja de Cristo una, santa,
católica e apostólica. § 2. Para promover o cuidado pastoral
mediante cooperação, diversas paróquias
Cân. 370 A prelazia territorial ou a mais próximas podem unir-se em
entidades especiais, como os vicariatos
abadia territorial são uma determinada forâneos.
porção do povo de Deus, Capítulo
territorialmente delimitada, cujo cuidado,
por circunstâncias especiais, e confiado II DOS
a um Prelado ou Abade, que a governa
como seu próprio pastor, àsemelhança BISPOS
do Bispo diocesano. Art. 1
Cân. 371 § 1. O vicariato apostólico e a Dos Bispos em Geral
prefeitura apostólica são uma
determinada porção do povo de Deus Cân. 375 § 1. Os Bispos que, por divina
que, por circunstâncias especiais, instituição, sucedem aos Apóstolos, são
ainda não está constituída como constituídos, pelo Espírito que lhes foi
diocese, e que é confiada a um Vigário conferido, pastores na Igreja, a fim de
apostólico ou a um Prefeito apostólico, serem também eles mestres da doutrina,
como a seu pastor, que a governa em sacerdotes do culto sagrado e ministros
nome do Sumo Pontífice. do governo.
§ 1. A administração apostólica e uma § 2. Pela própria consagração episcopal,
determinada porção do povo de Deus os Bispos recebem, juntamente com o
que, por razões especiais e múnus de santificar, também o múnus de
particularmente graves, não é erigida ensinar e de governar, os quais, porém,
pelo Romano Pontífice como diocese e por sua natureza não podem ser
cujo cuidado pastoral é confiado a um exercidos, a não ser em comunhão
Administrador apostólico, que a governa hierárquica com a cabeça e com os
em nome do Sumo Pontífice. membros do Colégio.
Cân. 372 § 1. Por via de regra, a Cân. 376 Chamam-se diocesanos os
porção do povo de Deus, que constitui Bispos a quem está entregue o cuidado
uma diocese ou outra Igreja particular, de uma diocese; os demais chamam-se
seja delimitada por determinado titulares.
território, de modo a compreender todos Cân. 377 § 1. O Sumo Pontífice nomeia
os Bispos livremente, ou confirma os que
os fiéis que nesse território habitam. foram legitimamente eleitos.
§ 2. Entretanto, onde a juízo da § 2. Pelo menos a cada três anos, os
suprema autoridade da Igreja, ouvidas Bispos de uma província
as Conferências dos Bispos
interessados, a utilidade o aconselhar,
podem-se erigir no mesmo território
Igrejas particulares, distinta em razão
do rito dos fiéis ou de outra razão
semelhante.
Cân. 373 Compete exclusivamente à
suprema autoridade da Igreja erigir
Igrejas particulares; e elas,
legitimamente erigidas, gozam ipso iure
1°- se destaque pela fé sólida, bons
eclesiástica ou, onde as costumes, piedade, zelo pelas
circunstâncias o aconselhem, os almas, sabedoria, prudência e
Bispos de uma Conferência de Bispos, virtudes humanas, e seja também
por meio de consulta comum e dotado de todas as outras
secreta, façam uma lista de qualidades que o tornem capacitado
presbíteros, também dos que são para o desempenho do ofício em
membros de institutos de vida questão;
consagrada, mais aptos para o
episcopado, e a enviem à Sé 2°- goze de boa
Apostólica, mantendo-se o direito de reputação;
cada Bispo apresentar à Sé 3°- tenha pelo menos trinta e
Apostólica os nomes de presbíteros cinco anos de idade;
que julgar dignos e idôneos para o 4°- seja presbítero ordenado há
múnus episcopal. cinco anos, pelo menos; 5°- tenha
§ 3. Salvo legítima determinação em conseguido a láurea de doutor, ou
contrário, sempre que deva ser pelo menos
nomeado um Bispo diocesano ou a licença em Sagrada Escritura,
teologia ou direito
Bispo coadjutor, compete ao Legado canônico, num instituto de estudos
pontifício, para formar os chamados superiores aprovado pela Sé
Apostólica, ou pelo menos seja
ternos, fazer indagações verdadeiramente perito em tais
individualmente, e comunicar à Sé disciplinas.
Apostólica, junto com seu voto, o que § 2. Compete à Sé Apostólica o juízo
sugerirem o Metropolita e os definitivo sobre a idoneidade do
Sufragâneos da província, àqual candidato.
pertence ou está unida a diocese a
ser provida, como também o Cân. 379 A não ser que esteja
presidente da Conferência dos legitimamente impedido, quem foi
Bispos; além disso, o Legado promovido ao Episcopado deve
pontifício ouça alguns membros do receber a consagração episcopal no
colégio dos consultores e do cabido prazo de três meses após a recepção
da catedral; se julgar oportuno, dos documentos apostólicos e antes de
indague, individualmente e em tomar posse de seu ofício.
segredo, também a opinião de outros, Cân. 380 Antes de tomar posse de seu
ofício, quem foi promovido faça a
de ambos os cleros, e também de profissão de fé e o juramento de f
leigos eminentes em sabedoria. idelidade à Sé Apostólica, de acordo com
a fórmula por ela aprovada.
§ 4. Salvo legítima determinação em Art.
contrário, o Bispo diocesano que 2
julgue ser necessário dar à sua
diocese, um auxiliar, proponha à Sé Dos Bispos Diocesanos
Apostólica uma lista de pelo menos Cân. 381 § 1. Compete ao Bispo
três pres bíteros mais idôneos para diocesano, na diocese que lhe foi
esse ofício. confiada, todo o poder ordinário, próprio
§ 5. Doravante, não se concede às e imediato, que se requer para o
autoridades civis nenhum direito ou exercício de seu múnus pastoral, com
privilégio de eleição, nomeação,
apresentação ou designação de exceção das causas que forem
Bispos.
reservadas, pelo direito ou por decreto
Cân. 378 § 1. Para a idoneidade dos do Sumo Pontífice, à suprema ou a
candidatos ao Episcopado, requer-se outra autoridade eclesiástica.
que: § 2. No direito, equiparam-se ao Bispo
diocesano os que presidem a outras por prescrição do direito.
comunidades de fiéis mencionadas no Cân. 382 § 1. O Bispo promovido não
cân. 368, a não ser que outra coisa pode ingerir-se no
se depreenda pela sua natureza ou
espirituais por meio de sacerdotes ou
exercício do cargo que lhe foi confiado, paróquias desse rito, ou por meio de um
antes de ter tomado posse canônica Vigário episcopal.
da diocese; mas pode desempenhar
os ofícios que já tinha na diocese no § 3. Proceda com humanidade e
tempo da promoção, salva a prescrição caridade em relação aos que não estão
do cân. 409 § 2. em plena comunhão com a Igreja
católica, incentivando também o
§ 2. A não ser que esteja ecumenismo, como é entendido pela
legitimamente impedido, o promovido Igreja.
ao ofício de Bispo diocesano deve
tomar posse de sua diocese dentro do § 4. Considere confiados a si pelo
prazo de quatro me ses após receber os Senhor os não batizados, a fim de que
documentos apostólicos, se ainda não é também para eles brilhe a caridade de
consagrado Bispo; se já estiver Cristo, de quem deve o Bispo ser
consagrado, dentro do prazo de dois testemunha diante de todos.
meses após tê- los recebido. Cân. 384 O Bispo diocesano dedique
§ 3. O Bispo toma posse canônica da especial solicitude aos presbíteros, a
diocese ao apresentar na diocese os quem deve ouvir como auxiliares
documentos apostólicos, pessoalmente e conselheiros, defender-lhes os direitos
ou por procurador, ao colégio dos e cuidar que cumpram devidamente as
consultores, estando presente o obrigações próprias do seu estado e
chanceler da cúria, que deve lavrar o que estejam ao alcance deles os meios
fato em ata; nas dioceses recém- e instituições de que tenham
erigidas, no momento em que fizer necessidade para alimentar sua vida
notificar esses documentos ao clero e espiritual e intelectual; cuide igualmente
ao povo presente na igreja catedral, que se assegure a eles honesto sustento
devendo o presbítero mais idoso entre e assistência social, de acordo com o
os presentes lavrar o fato em ata. direito.
§ 4. Recomenda-se vivamente que a Cân. 385 O Bispo diocesano incentive
tomada de posse canônica se realize
na igreja catedral, em ato litúrgico, com ao máximo as vocações para os
a presença do clero e do povo. diversos ministérios e para a vida
Cân. 383 § 1. No desempenho de seu consagrada, tendo especial cuidado
múnus de pastor, o Bispo diocesano se com as vocações sacerdotais e
mostre solicito com todos os fiéis missionárias.
confiados a seus cuidados de qualquer Cân. 386 § 1. O Bispo diocesano é
idade, condição ou nacionalidade, obrigado a propor e explicar aos fiéis as
residentes no território ou que nele se verdades que se devem crer e aplicar
encontrem temporariamente, aos costumes, pregando pessoalmente
preocupando-se apostolicamente com com freqüência; cuide também que
aqueles que, por sua condição de vida, sejam observadas com diligência as
não possam usufruir suficientemente prescrições dos cânones sobre o
do cuidado pastoral ordinário, e com ministério da palavra, principalmente a
aqueles que se afastaram da prática homilia e a instrução catequética, a fim
religiosa. de que toda a doutrina cristã seja
§ 2. Se tiver fiéis de rito diverso na sua ministrada a todos.
diocese, atenda a suas necessidades § 2. Defenda com firmeza a integridade
e unidade da fé, empregando os meios
que parecerem mais adequados, de cada um e, sendo o principal
reconhecendo, porém, a justa liberdade dispensador dos mistérios de Deus, se
na investigação mais profunda da esforce continuamente para que os fiéis
verdade. confiados a seus cuidados cresçam na
graça mediante a celebração dos
Cân. 387 O Bispo diocesano, sacramentos, e conheçam e vivam o
lembrando que está obrigado a dar mistério pascal.
exemplo de santidade na caridade, na
humildade e na simplicidade de vida, Cân. 388 § 1. O Bispo diocesano,
empenhe-se em promover, com todos depois de ter tomado posse da
os meios, a santidade dos fiéis, de diocese, deve aplicar a missa pelo
acordo com a vocação própria povo que lhe foi confiado, em todos
os domingos e nas outras festas de
preceito em sua região.
§ 2. O Bispo deve celebrar e aplicar
pessoalmente a missa pelo povo nos
dias mencionados no § 1; no entanto,
se estiver legitimamente impedido de
celebrá-la, aplique- a nesses mesmos
dias por intermédio de outros, ou
pessoalmente em outros dias.
§ 3. O Bispo, a quem estão confiadas,
além da própria, outras dioceses,
também a título de administração,
satisfaz à obrigação aplicando uma só
missa por todo o povo que lhe está
confiado.
§ 4. O Bispo que não tenha satisfeito
àobrigação mencionada nos §§ 1-3
aplique quanto antes tantas missas
pelo povo, quantas tiver omitido.
Cân. 389 Presida freqüentemente, na
igreja catedral ou em outra igreja da
sua diocese, à celebração da
santíssima Eucaristia, principalmente
nas festas de preceito e outras
solenidades.
Cân. 390 O Bispo diocesano pode
celebrar funções pontificais em toda a
sua diocese; não, porém, fora da
própria diocese, sem o consentimento
expresso, ou pelo menos razoavelmente
presumido, do Ordinário local.
Cân. 391 § 1. Compete ao Bispo
diocesano governar a Igreja particular
que lhe é conf iada, com poder
legislativo, executivo e judiciário, de
acordo com o direito.
§ 2. O Bispo mesmo exerce o poder
legislativo; exerce o poder executivo
pessoalmente ou por meio dos
Vigários gerais ou episcopais, de
acordo com o direito; exerce o poder
judiciário pessoalmente ou por meio do
Vigário judicial e dos juízes, de acordo
com o direito.
apostolado sejam coordenadas sob sua
Cân. 392 § 1. Devendo defender a
direção, conservando cada qual sua
unidade da Igreja universal, o Bispo é
própria índole.
obrigado a promover a disciplina
comum a toda a Igreja, e, por isso, § 2. Urja o dever que têm os fiéis de
exercer o apostolado, de acordo com a
urgir a observância de todas as leis condição e capacidade de cada um, e
eclesiásticas. exorte-os a que participem e ajudem
nas diversas obras de apostolado,
conforme as necessidades de lugar e
§ 2. Vigie para que não se introduzam tempo.
abusos na disciplina eclesiástica, Cân. 395 § 1. O Bispo diocesano,
principalmente no ministério da mesmo que tenha coadjutor ou auxiliar,
palavra, na celebração dos é obrigado àlei de residência pessoal
na diocese.
sacramentos e sacramentais, no
culto de Deus e dos Santos e na § 2. Salvo por causa da visita ad limina,
administração dos bens. ou dos Concílios, do Sínodo dos
Bispos, da Conferência dos Bispos, de
Cân. 393 Em todos os negócios
jurídicos da diocese, o Bispo que deve participar, ou de outro ofício
diocesano a representa. que lhe tenha sido legitimamente
Cân. 394 § 1. O Bispo incentive na confiado, pode ausentar-se da diocese
diocese as diversas modalidades de por justa causa, não mais de um mês
apostolado e cuide que em toda a contínuo ou intermitente, contanto que
diocese, ou em suas regiões se assegure que a diocese não fique
particulares, todas as obras de prejudicada com sua ausência.
instituições católicas, as coisas e os
§ 3. Não se ausente da diocese nos lugares sagrados que se encontram no
dias de Natal, da Semana Santa e da âmbito da diocese.
Ressurreição do Senhor, de
§ 2. O Bispo pode visitar os membros
Pentecostes e do Corpo e Sangue de dos institutos religiosos de direito
Cristo, salvo por causa urgente e pontifício e as suas casas, só nos casos
expressos pelo direito.
grave.
Cân. 398 O Bispo se esforce para
§ 4. Se o Bispo se ausentar realizar a visita pastoral com a devida
diligência; tome cuidado para não ser de
ilegitimamente da diocese por mais de peso a quem quer que seja, com gastos
seis meses, o Metropolita informe de supérfluos.
sua ausência à Sé Apostólica; Cân. 399 § 1. O Bispo diocesano tem
tratando-se do Metropolita, faça isso obrigação de apresentar ao Sumo
Pontífice, cada cinco anos, um relatório,
o sufragâneo mais antigo. sobre a situação da diocese que lhe está
confiada, de acordo com o modo e
Cân. 396 § 1. O Bispo é obrigado a tempo determinados pela Sé Apostólica.
visitar cada ano a diocese, total ou § 2. Se o ano determinado para a
parcialmente, de modo que visite a apresentação do relatório coincidir, total
ou parcialmente, com o primeiro biênio
diocese toda ao menos cada cinco após o início do seu governo da diocese,
anos, por si ou, estando legitimamente o Bispo, por essa vez, pode deixar de
preparar e apresentar o relatório.
impedido, pelo Bispo coadjutor, pelo
auxiliar, pelo Vigário geral ou Cân. 400 § 1. No ano em que é
episcopal, ou por outro presbítero. obrigado a apresentar o relatório ao
Sumo Pontífice, salvo determinação
§ 2. É lícito ao Bispo escolher os contrária da Sé Apostólica, o Bispo
clérigos que preferir como diocesano deve ir a Roma para venerar
acompanhantes ou ajudantes na os sepulcros dos Apóstolos Pedro e
visita, reprovando-se qualquer Paulo e apresentar-se ao Romano
privilégio ou costume contrário. Pontífice.
Cân. 397 § 1. Estão sujeitos à visita § 2. O Bispo deve cumprir essa
episcopal ordinária as pessoas, as obrigação pessoalmente, a não ser que
esteja legitimamente impedido; nesse
caso, deve cumpri-la por meio do aconselharem, sejam constituídos um
coadjutor ou auxiliar, se o tiver, ou de ou vários Bispos auxiliares, a pedido do
um sacerdote idôneo de seu presbitério, Bispo diocesano; o Bispo auxiliar não
residente na diocese. tem direito de sucessão.
§ 2. Em circunstâncias mais graves,
§ 3. O Vigário apostólico pode cumprir mesmo de caráter pessoal, pode-se
essa obrigação por procurador, mesmo dar ao Bispo diocesano um Bispo
auxiliar com faculdades especiais.
residente em Roma; o Prefeito
apostólico não está obrigado a isso. § 3. Se isso lhe parecer mais
oportuno, pode a Santa Sé constituir
Cân. 401 § 1. O Bispo diocesano, que de ofício um Bispo coadjutor, também
tiver completado setenta e cinco anos com faculdades especiais; o Bispo
de idade, é solicitado a apresentar a coadjutor tem direito de sucessão.
renúncia do ofício ao Sumo Pontífice,
que, ponderando todas as Cân. 404 § 1. O Bispo coadjutor toma
circunstâncias, tomará providências. posse de seu ofício quando apresenta,
pessoalmente ou por procurador, o
§ 2. O Bispo diocesano que, por documento apostólico de nomeação ao
doença ou por outra causa grave, se Bispo diocesano e ao colégio dos
tiver tornado menos capacitado para consultores, estando presente o
cumprir seu ofício, é vivamente chanceler da cúria que deve lavrar o
solicitado a apresentar a renúncia do fato em ata.
ofício.
§ 2. O Bispo auxiliar toma posse de seu
Cân. 402 § 1. O Bispo, cuja renúncia ofício quando apresenta o documento
do ofício tiver sido aceita, conserva o apostólico de nomeação ao Bispo
título de Bispo emérito de sua diocese diocesano, estando presente o
e, se o quiser, pode conservar sua chanceler da cúria que deve lavrar o
residência na própria diocese, a não fato em ata.
ser que, por circunstâncias especiais,
em determinados casos, a Santa Sé § 3. Se o Bispo diocesano estiver
determine o contrário. totalmente impedido, é suficiente que o
Bispo coadjutor ou Bispo auxiliar
§ 2. A c onferência dos Bispos deve apresente o documento apostólico de
cuidar que se assegure o digno nomeação somente ao colégio dos
sustento do Bispo renunciante, tendo- consultores, estando presente o
se em conta a obrigação primária que chanceler da cúria.
incumbe àdiocese àqual ele serviu.
Cân. 405 § 1. O Bispo coadjutor e o
Art. 3 Bispo auxiliar têm as obrigações e
Dos Bispos Coadjutores e Auxiliares direitos que se determinam nas
prescrições dos cânones seguintes e
Cân. 403 § 1. Quando as necessidades os que são definidos no documento da
pastorais da diocese o sua nomeação.
§ 2. O Bispo coadjutor e o Bispo auxiliar
mencionado no cân. 403 § 2, assistem
ao Bispo em todo o governo da diocese
e o substituem, na sua ausência ou
impedimento.
Cân. 406 § 1. O Bispo coadjutor,
como também o Bispo auxiliar
mencionado no cân.403 § 2, sejam
constituídos Vigários gerais pelo Bispo
diocesano; além disso, de § 3.O Bispo coadjutor ou o Bispo
preferência a outros, o Bispo auxiliar, enquanto chamados para
diocesano confie a eles tudo o que participar da solicitude do Bispo
por direito requer mandato especial. diocesano, desempenham seu múnus
§ 2. A não ser que no documento de modo a procederem concordes com
apostólico tenha sido determinado o ele em trabalho e espírito.
contrário, e salva a prescrição do § 1, Cân. 408 § 1. O Bispo coadjutor e o
o Bispo diocesano constitua a auxiliar Bispo auxiliar, que não estejam
ou auxiliares, como Vigários gerais ou justamente impedidos, são obrigados,
ao menos Vigários episcopais, sempre que forem solicitados pelo
dependentes só da sua autoridade ou Bispo diocesano, a celebrar funções
do Bispo coadjutor ou do Bispo pontificais e outras, a que o Bispo
auxiliar mencionado no cân. 403 § 2. diocesano é obrigado.
Cân. 407 § 1. Para favorecer ao § 2. O Bispo diocesano não confie
máximo o bem presente e futuro da habitualmente a outros os direitos e
diocese, o Bispo diocesano, o Bispo funções episcopais que o Bispo
coadjutor e o Bispo auxiliar coadjutor ou auxiliar pode
mencionado no cân. 403 § 2, desempenhar.
consultem-se reciprocamente nas
Cân. 409 § 1. Ficando vacante a sé
questões de maior importância
episcopal, o Bispo coadjutor torna-se
§ 2. O Bispo diocesano, na apreciação imediatamente Bispo da diocese para
dos assuntos de maior importância, a qual fora constituído, contanto que
principalmente de índole pastoral, tenha tomado posse legitimamente.
queira consultar os Bispos auxiliares,
§ 2. Ficando vacante a sé episcopal,
antes de outros.
salvo determinação
contrária da autoridade competente, o Capítulo III
Bispo auxiliar, enquanto o novo Bispo DA SÉ IMPEDIDA E SÉ
não tiver tomado posse da sé, conserva VACANTE
todos e somente os poderes e
faculdades de que gozava como Art. 1
Vigário geral ou como Vigário episcopal, Da Sé Impedida
estando provida a sé; não tendo sido
Cân. 412 A sé episcopal se considera
designado para o ofício de
impedida se o Bispo diocesano, por
Administrador diocesano, exerça esse
motivo de prisão, confinamento, exílio
seu poder, conferido pelo direito, sob a
ou incapacidade, ficar totalmente
autoridade do Administrador diocesano
impedido de exercer o múnus pastoral
que está àfrente do governo da
na diocese, não podendo comunicar-se
diocese.
com seus diocesanos nem sequer por
Cân. 410 O Bispo coadjutor e o Bispo carta.
auxiliar têm obrigação, como o Bispo
diocesano, de residir na diocese; dela Cân. 413 § 1. Ficando a sé impedida, a
não se ausentem senão por breve não ser que a Santa Sé tenha
tempo, salvo em do desempenho de providenciado de outro modo, o governo
algum dever fora da diocese ou por da diocese compete ao Bispo coadjutor,
motivo de férias,que não se alonguem se houver; na falta ou impedimento
por mais de um mês. dele, a um Bispo auxiliar ou a um Vigário
geral ou episcopal, ou a um sacerdote,
Cân. 411 Ao Bispo coadjutor e auxiliar, observando-se a ordem das pessoas
no que se refere à renúncia ao ofício,
aplicam-se as prescrições dos cân. 401 estabelecida na lista que o Bispo
e 402 § 2.
diocesano deve preparar o quanto episcopal, enquanto não tenham
antes, depois de ter tomado posse da recebido notícia certa dos mencionados
diocese; essa lista, que deve ser atos pontifícios.
comunicada ao Metropolita, seja
Cân. 418 § 1. Dentro do prazo de
renovada, pelo menos a cada três
dois meses após ter
anos, e conservada sob segredo pelo
chanceler.
§ 2. Se faltar ou estiver impedido o
Bispo coadjutor e não houver a lista
mencionada no § 1, cabe ao colégio
dos consultores eleger o sacerdote que
governe a diocese.
§ 3. Quem tiver assumido o governo
da diocese de acordo com os §§ 1 e 2,
deve informar a Santa Sé, o quanto
antes, que a sé está impedida e que ele
assumiu o ofício.
Cân. 414 Qualquer um que tenha sido
chamado, de acordo com o cân. 413, a
assumir provisoriamente o cuidado
pastoral da diocese somente durante o
tempo em que a sé está impedida,
tem, no exercício desse cuidado
pastoral, os deveres e o poder que,
pelo direito, competem ao Administrador
diocesano.
Cân. 415 Se o Bispo diocesano ficar
proibido de exercer o ofício em razão
de uma pena eclesiástica, o
Metropolita recorra imediatamente à
Santa Sé, a fim de que ela tome
providências; faltando o Metropolita, ou
tratando-se dele mesmo, que o faça o
sufragâneo mais antigo pela promoção.
Art. 2
Da Sé Vacante
Cân. 416 A sé episcopal se torna
vacante pela morte do Bispo diocesano,
pela renúncia aceita pelo Romano
Pontífice, pela transferência e pela
privação intimada ao Bispo.
Cân. 417 Tudo o que for feito pelo
Vigário geral ou pelo Vigário episcopal
tem valor enquanto eles não tiverem
recebido notícia certa da morte do
Bispo diocesano, como também tem
valor tudo o que foi feito pelo Bispo
diocesano ou pelo Vigário geral ou
para o Metropolita, e se estiver vacante
recebido notícia certa de sua a própria sé metropolitana, ou, ao mesmo
transferência, o Bispo deve ir para a tempo, a sé metropolitana e a
diocese ad quam e tomar posse dela; sufragânea transfere-se ao Bispo
no dia da tomada de posse na nova sufragâneo mais antigo pela promoção.
diocese, a diocese a qua se torna
vacante. Cân. 422 O Bispo auxiliar ou, na falta
§ 2. Desde a notícia certa da dele, o colégio dos consultores
transferência até a tomada de posse informe, quanto antes, a Sé Apostólica
na nova diocese, o Bispo transferido, da morte do Bispo; assim também,
na diocese aqua:
quem for eleito Administrador
1° - tem o poder e as obrigações diocesano informe-a de sua eleição.
de Administrador diocesano,
cessando todo o poder do Vigário Cân. 423 § 1. Reprovado o costume
geral e do Vigário episcopal, salvo, contrário, seja indicado um só
porém, o cân. 409 § 2; Administrador diocesano; caso
contrário, a eleição é nula.
2° - recebe integralmente a § 2. O Administrador diocesano não
remuneração própria do ofício. pode ser, ao mesmo tempo, ecônomo;
por isso, se o ecônomo da diocese for
Cân. 419 Ficando vacante a sé, o eleito Administrador, o conselho
governo da diocese, até a constituição econômico eleja outro interino.
do Administrador diocesano, e Cân. 424 O Administrador diocesano
seja eleito de acordo com os cân. 165-
confiado ao Bispo auxiliar e, se forem 178.
mais de um, ao mais antigo pela Cân. 425 § 1. Para o ofício de
promoção; não havendo Bispo Administrador diocesano, só pode ser
auxiliar, ao colégio dos consultores, a indicado validamente um sacerdote
não ser que a Santa Sé tenha que já tenha completado trinta e cinco
providenciado de outro modo.Quem anos de idade e que ainda não tenha
assim assumir o governo da diocese, sido eleito, nomeado ou apresentado
deve convocar sem demora o colégio para essa mesma sé vacante.
competente para designar o
Administrador diocesano. § 2. Seja eleito Administrador diocesano
um sacerdote que se distinga pela
Cân. 420 No vicariato ou prefeitura doutrina e prudência.
apostólica, ficando vacante a sé,
assume o governo o Pró-vigário ou o § 3. Se não tiverem sido respeitadas as
Pró-prefeito, só para esse fim condições prescritas no § 1, o
nomeado pelo Vigário ou pelo Metropolita ou, se estiver vacante a
Prefeito imediatamente após a tomada própria Igreja metropolitana, o Bispo
de posse, salvo determinação sufragâneo mais antigo pela promoção,
contrária da Santa Sé. depois de tomar conhecimento da
verdade, nomeie por essa vez o
Cân. 421 § 1. No prazo de oito dias Administrador; os atos de quem tiver
após a notícia da vacância da sé sido eleito contra as prescrições do § 1
episcopal, deve ser eleito pelo colégio são nulos ipso iure.
dos consultores o Administrador
diocesano, que governe Cân. 426 Estando a sé vacante, quem
governar a diocese antes da
provisoriamente a diocese, salva a designação do Administrador diocesano
tem o poder que o direito reconhece ao
prescrição do cân. 502 § 3. Vigário geral.
§ 2. Se o Administrador diocesano, por Cân. 427 § 1. O Administrador
qualquer motivo, não tiver sido eleito diocesano tem as obrigações e o poder
legitimamente dentro do tempo do Bispo diocesano, com exclusão do
prescrito, a sua nomeação se transfere que se excetua pela natureza da coisa
ou pelo próprio direito.
delimitadas por território determinado.
§ 2. O Administrador diocesano, aceita
a eleição, obtém o poder sem que se § 2. De agora em diante não haja, por
regra, dioceses isentas; portanto, cada
requeira a confirmação de ninguém, diocese e outras Igrejas particulares
existentes dentro do território de alguma
firme a obrigação mencionada no cân. província eclesiástica sejam adscritas a
833 n. 4. essa província eclesiástica.
§ 3. Compete unicamente a suprema
Cân. 428 § 1. Durante a sé vacante, autoridade da Igreja, ouvidos os Bispos
nada se modifique. interessados, constituir, suprimir ou
modificar as províncias eclesiásticas.
§ 2. Os que cuidam do governo Cân. 432 § 1. Na província eclesiástica,
interino da diocese são proibidos de têm autoridade, de acordo com o direito,
o concílio provincial e o Metoropolita
fazer qualquer coisa que possa de
algum modo prejudicar a diocese ou os § 2. A província eclesiástica tem, ipso
iure, personalidade jurídica.
direitos episcopais; em particular, são
proibidos ele próprios, e por isso Cân. 433 § 1. Se a utilidade o
qualquer outro, por si ou por outros, de aconselhar, principalmente nas nações
retirar ou destruir documentos da Cúria onde há Igrejas particulares mais
diocesana ou neles modificar qualquer numerosas, as províncias eclesiásticas
coisa. mais próximas, sob proposta da
Conferência dos Bispos, podem ser
Cân. 429 O administrador diocesano
tem obrigação de residir na diocese e reunidas pela Santa Sé em regiões
de aplicar a missa pelo povo, de acordo eclesiásticas.
com o cân. 388.
§ 2. A região eclesiástica pode ser
Cân. 430 § 1. O ofício de Administrador erigida como pessoa jurídica.
diocesano cessa com a tomada de
posse do novo Bispo da diocese. Cân. 434 Compete à reunião dos Bispos
§ 2. A remoção do Administrador da região eclesiástica estimular a
diocesano e reservada à Santa Sé; cooperação e ação pastoral comum na
uma renúncia que, por acaso, seja região; no entanto, no entanto, aqueles
feita por ele, deve ser exibida em poderes que nos cânones deste Código
forma autêntica ao colégio que é são atribuídos à Conferência dos
competente para sua eleição, e não Bispos não compete a tal reunião, a
precisa de aceitação; no caso de não ser que algumas coisas lhe tenham
remoção, renúncia ou morte do sido especialmente concedidas pela
Administrador diocesano, seja eleito Santa Sé.
outro, de acordo com o cân.421 Capítulo II
TÍTULO II DOS
DAS ENTIDADES QUE METROPOLITA
CONGREGAM IGREJAS
PARTICULARES S
Capítulo I Cân. 435 Preside àprovíncia eclesiástica
o Metropolita, que é o Arcebispo da
diocese que governa; esse ofício está
DAS PROVÍNCIAS E REGIÕES anexo à sé episcopal determinada ou
ECLESIÁSTICAS aprovada pelo Romano
Cân. 431 § 1. Para se promover a ação
pastoral comum de diversas dioceses
próximas de acordo com as
circunstâncias de pessoas e lugares, e
para se estimularem as relações dos
Bispos diocesanos entre si, as Igrejas
particulares mais próximas sejam
reunidas em províncias eclesiásticas,
para outra sede metropolitana, precisa
Pont de novo pálio.
ífice. Cân. 438 O título de Patriarca e
Cân. 436 § 1. Nas dioceses de Primaz, além da prerrogativa de
sufragâneas, compete ao Metropolita: honra, não implica, na Igreja latina,
nenhum poder de regime, a não ser que
1° - vigiar para que a fé e a
disciplina eclesiástica sejam conste o contrário quanto a algumas
atentamente conservadas, e coisas, por privilégio apostólico ou por
informar o Romano Pontífice de
eventuais abusos; costume aprovado.
2° - fazer a visita canônica, com Capítulo III
prévia aprovação da causa pela
Sé Apostólica, se o sufragâneo a DOS CONCÍLIOS PARTICULARES
tiver deixado de fazer;
3° - designar o Administrado r Cân. 439 § 1. O concílio plenário, isto é,
diocesano, de acordo com os cân. para todas as Igrejas particulares da
421 § 2 e 425 § 3. mesma Conferência de Bispos, seja
celebrado sempre que pareça útil ou
§ 2. Onde as circunstâncias o necessário à própria Conferência, com
aprovação da Sé Apostólica.
exigirem, o Metropolita pode ser § 2. A norma estabelecida no § 1
provido de especiais funções e poder, vale também para a celebração do
a serem determinados no direito Concílio provincial na província
eclesiástica, cujos limites coincidem
particular. com o território da nação.
§ 3. Nenhum outro poder de regime Cân. 440 § 1. O Concílio provincial,
compete ao Metropolita nas dioceses para as diversas Igrejas particulares da
sufragâneas; pode, porém, em todas mesma província eclesiástica, seja
as igrejas, avisado previamente o celebrado sempre que pareça oportuno,
Bispo diocesano, se se trata da Igreja a juízo da maioria dos Bispos
catedral, celebrar as funções diocesanos da província, salvo o cân.
sagradas,como o Bispo na própria 439 § 2.
diocese. § 2. Estando vacante a sé
Cân. 437 § 1. O Metropolita, dentro metropolitana, não se convoque o
do prazo de três meses após a concílio provincial.
recepção da consagração episcopal,
Cân. 441 Cabe
ou, se já tiver sido consagrado, após
a provisão canônica, tem a obrigação àConferência dos
de pedir ao Romano Pontífice, por si
mesmo ou por procurador, o pálio, Bispos: 1° - convocar o
com o qual se indica o poder de que concílio plenário;
está revestido o Metropolita na
própria província, em comunhão com 2° - escolher, dentro do território
a Igreja Romana. da Conferência dos Bispos, o lugar
§ 2. De acordo com as leis litúrgicas, o para a celebração do concílio;
Metropolita pode usar o pálio em 3° - eleger, entre os Bispos
diocesanos, o presidente do concílio
qualquer igreja da província plenário, a ser aprovado pela Sé
eclesiástica a que preside, mas não Apostólica;
fora desta, nem mesmo com o 4° - determinar o regimento e as
consentimento do Bispo diocesano. questões a serem tratadas, marcar
o início e a duração do concílio
§ 3. O Metropolita se for transferido plenário, transferi-lo, prorrogá-lo e
encerrá-lo.
Cân. 442 § 1. Compete ao Metropolita, concílio provincial;
com o consentimento da maioria dos 2° - escolher, dentro do território da
Bispos sufragâneos: província, o lugar para a celebração
do concílio provincial;
1° - convocar o
3° - determinar o regimento e as pelos reitores dos seminários
questões a serem tratadas, marcar situados no território.
o início e a duração do concílio § 4. Podem também ser convocados
provincial, transferi-lo, prorrogá-lo e para os concílios particulares, com
encerrá-lo. voto somente consultivo, também
§ 2. Compete ao Metropolita e, presbíteros e outros fiéis, de modo,
estando ele legitimamente impedido, ao porém, que seu número não ultrapasse a
Bispo sufragâneo eleito pelos outros metade dos mencionados nos §§ 1-3;
sufragâneos presidir ao concílio § 5. Para os concílios provinciais, sejam
provincial. também convidados os cabidos das
Cân. 443 § 1. Para os concílios catedrais, o conselho presbiteral e o
particulares, devem ser convocados, e
têm direito a voto deliberativo: conselho de pastoral de cada Igreja
particular, de modo porém que cada um
1° - os Bispos
deles envie dois de seus membros,
diocesanos; por eles designados colegialmente; mas
2° - os Bispos têm só voto consultivo.
coadjutores e auxiliares;
§ 6. Para os concílios particulares,
3° - outros Bispos titulares que também outros podem ser convidados
exercem no território algum ofício como ouvintes, se isso for oportuno,
especial confiado pela Sé segundo o juízo da Conferência dos
Apostólica ou pela Conferência dos Bispos para o concílio plenário, ou do
Bispos. Metropolita com os Bispos sufragâneos
§ 2. Podem ser convocados para os para o concílio provincial.
Concílios particulares outros Bispos
titulares, mesmo eméritos, residentes Cân. 444 § 1. Todos os que são
no território; também eles têm direito a convocados para os concílios particulares
voto deliberativo.
devem tomar parte neles, a não ser que
§ 3. Também devem ser convocados
para os concílios particulares, com sejam detidos por justo impedimento, do
voto somente consultivo: qual são obrigados a informar o
1° - os Vigários gerais e os Vigários presidente do concílio.
episcopais de todas as Igrejas § 2. Os que são convocados para os
particulares do território; concílios particulares e neles têm voto
2° - os Superiores maiores dos deliberativo, se estiverem detidos por
institutos religiosos e das justo impedimento, podem enviar um
sociedades de vida apostólica, em procurador; esse procurador só tem voto
número a ser determinado, tanto consultivo.
para homens como para mulheres Cân. 445 O concílio particular cuide que
se atenda, no seu território, às
pela Conferência dos Bispos ou necessidades pastorais do povo de
pelos Bispos da província, Deus; e tem
respectivamente eleitos por todos
os Superiores maiores dos institutos
e sociedade que têm sede no
território;
3° - os reitores das universidades
eclesiásticas e católicas e os
decanos das faculdades de teologia
e de direito canônico, que têm sede
no território;
4° - alguns reitores de seminários
maiores, em número a ser
determinado como no nº 2, eleitos
a Conferência dos Bispos para um
poder de regime, principalmente território de menor ou maior extensão,
legislativo, de modo que pode de modo que compreenda ou somente
determinar, salvo sempre o direito os Bispos de algumas Igrejas
universal da Igreja, tudo o que particulares constituídas em
parecer oportuno para o cres cimento determinado território, ou os que
da fé, para a organização da atividade presidem às Igrejas particulares
pastoral comum, para a orientação existentes em diversas nações;
dos costumes e para a conservação, compete à Sé Apostólica estabelecer
promoção e defesa da disciplina normas especiais para cada uma delas.
eclesiástica comum.
Cân. 449 § 1. Compete exclusivamente
Cân. 446 Encerrado o concílio àsuprema autoridade da Igreja, ouvidos
os Bispos interessados, erigir, suprimir
particular, o presidente cuide que se e modificar as Conferências dos
enviem todas as atas à Sé Bispos.
Apostólica; os decretos baixados pelo § 2. A Conferência dos Bispos, uma vez
legitimamente erigida, tem ipso iure
concílio não sejam promulgados, a personalidade jurídica.
não ser depois de aprovados pela Sé
Cân. 450 § 1. A Conferência dos
Apostólica; os decretos baixados pelo
Bispos pertencem pelo próprio direito
concílio sejam promulgados, a não
todos os Bispos diocesanos do
ser depois de aprovados pela Sé
território e os que são a eles
Apostólica; compete ao próprio
equiparados pelo direito, os Bispos
concílio determinar o modo de
coadjutores, os Bispos auxiliares e os
promulgação dos decretos e o tempo
outros Bispos titulares que exercem no
em que os decretos promulgados
mesmo território algum encargo
começam a obrigar. especial, confiado pela Sé Apostólica
Capítulo IV ou pela Conferência dos Bispos; podem
ser convidados também os Ordinários
DAS CONFERÊNCIAS DOS
de outro rito, de modo porém que
BISPOS
tenham só voto consultivo, a não ser
Cân. 447 A Conferência dos Bispos, que os estatutos da Conferência dos
organismo permanente, é a reunião Bispos determinem outra coisa.
dos Bispos de uma nação ou de
§ 2. Os outros Bispos titulares e o
determinado território, que exercem
Legado do Romano Pontífice, não são
conjuntamente certas funções
de direito membros da Confêrencia
pastorais em favor dos fiéis do seu
dos Bispos.
território, a fim de promover o maior
bem que a Igreja proporciona aos Cân. 451 Cada Conferência dos
homens, principalmente em formas Bispos faça os próprios estatutos, que
e modalidades de apostolado devem ser aprovados pela Sé
devidamente adaptadas às circuns Apostólica, nos quais, além de outras
tâncias de tempo e lugar, de acordo coisas, sejam reguladas as assembléias
com o direito. gerais da Conferência, e se
Cân. 448 § 1. A Conferência dos providencie à constituição do conselho
Bispos, por regra geral, compreende permanente dos Bispos, da secretaria
os que presidem a todas as Igrejas
particulares da mesma nação, de geral da Conferencia, e também dos
acordo com o cân. 450. outros ofícios e comissões que, a juízo
§ 2. Todavia a juízo da Sé da Conferência, promovam mais
Apostólica, ouvidos os Bispos eficazmente a consecução da sua
diocesanos interessados, se o finalidade.
aconselharem circunstâncias de Cân. 452 § 1. Cada Conferência dos
pessoas ou de coisas, pode-se erigir Bispos eleja seu presidente, determine
quem exerça a função de pró- estatutos.
presidente, estando legitimamente § 2. O presidente da Conferência e,
impedido o presidente, e designe o estando ele legitimamente
secretário geral, de acordo com os
impedido, o pró-presidente, preside § 4. Nos casos em que nem o direito
não somente às assembléias gerais da universal nem mandato especial da Sé
Conferência dos Bispos, mas também Apostólica concederam à Conferência
ao conselho permanente. dos Bispos o poder mencionado § 1,
permanece inteira a competência de
Cân. 453 As assembléias gerais das cada Bispo diocesano; e a Conferência,
Conferências dos Bispos se realizem ao ou o seu presidente não podem agir em
menos uma vez por ano, e, além disso, nome de todos os Bispos, a não ser que
sempre que o exigirem circunstâncias todos e cada um deles tenham dado o
especiais, segundo as prescrições dos seu consentimento.
estatutos.
Cân. 456 Encerrada a assembléia geral
Cân. 454 § 1. Nas assembléias gerais da Conferência dos Bispos, sejam
da Conferência dos Bispos, o voto enviados pelo presidente à Sé Apostólica
deliberativo compete, pelo próprio um relatório sobre os atos da
direito aos Bispos diocesano e aos que Conferência, bem como os seus
são a eles equiparados pelo direito, decretos, para que ela tome
bem como aos Bispos coadjutores. conhecimento dos atos e para que os
§ 2. Aos Bispos auxiliares e outros decretos, se houver, possam ser
Bispos titulares que pertencem à aprovados.
Conferência dos Bispos compete o Cân. 457 Cabe ao conselho permanente
voto deliberativo ou consultivo, de dos Bispos cuidar que se preparem as
acordo com as prescrições dos questões a serem tratadas na assembléia
estatutos da Conferência; esteja firme, geral da Conferência e que se
porém, que o voto deliberativo compete executem devidamente as decisões
somente aos mencionados no § 1, tomadas na assembléia geral; cabe a
quando se trata de elaborar ou ele tratar também de outras questões
modificar os estatutos. que lhe são confiadas, de acordo com os
Cân. 455 § 1. A Conferência dos Bispos estatutos.
pode baixar decretos gerais somente Cân. 458 Cabe
nas questões em que o direito àsecretaria geral:
universal o prescrever, ou que um
mandato especial da Sé Apostólica o 1° - redigir o relatório dos atos e
estabelecer por própria iniciativa ou a decretos da assembléia geral da
pedido da Conferência mesma. Conferência, como também dos atos
do conselho permanente dos
§ 2. A fim de que os decretos Bispos, e comunicá-los a todos os
mencionados no § 1 possam ser membros da Conferência; redigir
baixados validamente na assembléia também os outros atos, cuja redação
geral, devem ser aprovados ao menos lhe tenha sido confiada pelo
por dois terços dos membros da presidente da Conferência ou pelo
Conferência que tenham voto conselho permanente;
deliberativo e só obrigam se, revisados
pela Sé Apostólica, tiverem sido 2° - comunicar às vizinhas
legitimamente promulgados. Conferências dos Bispos os atos e
§ 3. O modo de promulgação e o documentos que a Conferência, na
tempo, a partir do qual os decretos assembléia geral ou no conselho
começam a vigorar, são determinados permanente dos Bispos, determinou
pela própria Conferência dos Bispos.
enviar a elas. atividades ou relações que assumem
Cân. 459 § 1. Sejam estimuladas as caráter internacional, é necessário que
seja ouvida a Sé Apostólica.
relações entre as Conferências dos
Bispos, principalmente entre as mais TÍTULO III
próximas, para promoção e tutela do DA ORGANIZAÇÃO INTERNA
DAS IGREJAS PARTICULARES
maior bem.
Capítu
§ 2. Entretanto, sempre que as lo I
Conferências promovem
DO SÍNODO DIOCESANO
Cân. 460 O sínodo diocesano é uma
assembléia de sacerdotes e de outros
fiéis da Igreja particular escolhidos, que
auxiliam o Bispo diocesano para o bem
de toda a comunidade diocesana, de
acordo com os cânones seguintes.
Cân. 461 § 1. Celebre-se o sínodo
diocesano em cada Igreja particular,
quando as circunstâncias o
aconselharem, a juízo do Bispo
diocesano e ouvido o conselho
presbiteral.
§ 2. Se o Bispo tiver o cuidado de
várias dioceses ou o cuidado de uma
como Bispo próprio e de outra como
Administrador, pode convocar um único
sínodo diocesano de todas as dioceses
que lhes estão confiadas.
Cân. 462 § 1. Somente o Bispo
diocesano convoca o sínodo diocesano;
não, porém, quem governa a diocese
interinamente.
§ 2. Preside ao sínodo diocesano o
Bispo diocesano, que no entanto pode
delegar para cada sessão do sínodo
um Vigário geral ou Vigário episcopal
para desempenhar esse encargo.
Cân. 463 § 1. Devem ser chamados
para o sínodo diocesano como seus
membros, e têm obrigação de participar
dele:
1° - o Bispo coadjutor e os
Bispos auxiliares;
2° - os Vigários gerais, os Vigários
episcopais e o Vigário judicial;
3° - os cônegos da
igreja catedral;
4° - os membros do conselho
dos presbíteros;
5° - os fiéis leigos, mesmo membros
de institutos de vida consagrada, a
serem eleitos pelo conselho com o número e modo
pastoral no modo e número a determinados pelo Bispo diocesano.
serem determinados pelo Bispo
§ 2. Para o sínodo diocesano podem
diocesano, ou, onde não existe
ser convocados, como membros do
esse conselho, no modo
sínodo, ainda outros, tanto clérigos
determinados pelo Bispo
como membros de institutos de vida
diocesano;
consagrada, como também fiéis leigos.
6° - o reitor do seminário § 3. Para o sínodo diocesano, o
maior diocesano; 7° - os Bispo diocesano pode convidar como
observadores, se julgar oportuno,
vigários forâneos; alguns ministros ou membros de
Igrejas ou comunidades eclesiais que
8° - pelo menos um presbítero de
não estão em plena comunhão com a
cada vicariato forâneo, a ser eleito
Igreja Católica.
por todos os que aí tenham cura
de almas; deve-se também eleger Cân. 464 Se um membro do sínodo
outro presbítero que o substitua, se estiver detido por legítimo impedimento,
estiver impedido; não pode enviar procurador para
participar em seu nome; informe,
9° - alguns Superiores de
porém, o Bispo diocesano sobre esse
institutos religiosos e sociedades
impedimento.
de vida apostólica que têm casa na
diocese, a serem eleitos de acordo Cân. 465 Todas as questões propostas
sejam submetidas a livre discussão dos
membros nas sessões do sínodo.
Cân. 469 A cúria diocesana consta dos
Cân. 466 O único legislador no sínodo organismos e pessoas que ajudam o
diocesano é o Bispo diocesano, tendo Bispo no governo de toda a diocese,
os outros membros do sínodo voto principalmente na direção da ação
somente consultivo; só ele assina as pastoral no cuidado da administração da
declarações e decretos sinodais, que diocese e no exercício do poder
só por sua autoridade podem ser judiciário.
publicados.
Cân. 470 A nomeação dos que
Cân. 467 O Bispo diocesano exercem ofícios na cúria diocesana
comunique o texto das declarações e
compete ao Bispo diocesano.
decretos sinodais ao Metropolita e a
Conferência dos Bispos. Cân. 471 Todos os que são admitidos
para os ofícios na cúria devem:
Cân. 468 § 1. Compete ao Bispo 1° - prometer que cumprirão
diocesano, de acordo com seu fielmente o encargo, segundo o
modo determinado pelo direito ou
prudente juízo, suspender e até pelo Bispo;
mesmo dissolver o sínodo. 2° - guardar segredo, dentro dos
limites e segundo o modo
§ 2. Vagando ou ficando impedida a sé determinado pelo direito ou pelo
Bispo.
episcopal, o sínodo diocesano se
interrompe ipso iure, até que o Bispo Cân. 472 Quanto às causas e pessoas
diocesano que suceder decida sobre que na cúria fazem parte do exercício do
sua continuação ou declare sua poder judiciário, observem-se as
extinção. prescrições do livro VII Dos processos;
no que se refere à administração da
Capítulo II
diocese observem- se as prescrições
DA CÚRIA dos cânones seguintes.
DIOCESANA
Cân. 473 § 1. O Bispo diocesano deve
cuidar que todas as questões
pertencentes a administração da § 2. Tenha-se como regra geral que se
diocese toda sejam devidamente deve constituir um só Vigário geral a
coordenadas e organizadas,de modo a não ser que a extensão da diocese, o
promover mais adequadamente o bem número de habitantes ou outras
da porção do povo de Deus que lhe foi razões pastorais aconselhem
confiada. diversamente.
§ 2. Compete ao próprio Bispo Cân. 476 Sempre que o bom governo
diocesano coordenar a ação pastoral da diocese o exigir, podem ser
dos Vigários gerais ou episcopais; constituídos pelo Bispo diocesano um
onde for conveniente, pode ser ou mais Vigários episcopais que
nomeado o Coordenador da cúria, que tenham, em determinada parte da
deve ser sacerdote, e a ele cabe, diocese, ou em determinada espécie de
sob a autoridade do Bispo,coordenar o questões, ou quanto aos fiéis de
que se refere ao despacho das determinado rito ou de certa classe de
questões administrativas e também pes soas, de acordo com os cânones
cuidar que os outros funcionários da seguintes, o mesmo poder ordinário
cúria cumpram devidamente o ofício que compete ao Vigário geral por direito
que lhes foi confiado. universal.
§ 3. A não ser que circunstâncias Cân. 477 § 1. O Vigário geral e o
locais, a juízo do Bispo, aconselhem Vigário episcopal são nomeados
outra coisa, seja nomeado Coordenador livremente pelo Bispo diocesano e
da cúria o Vigário geral ou, se forem podem ser livremente removidos por
mais, um dos Vigários gerais. ele, salva a prescrição do cân. 406; o
Vigário episcopal, que não for Bispo
§ 4. Quando julgar oportuno, para
melhor estimular a ação pastoral, o auxiliar, seja nomeado só pelo tempo a
Bispo pode constituir o conselho ser determinado no próprio ato da
episcopal, que conste dos Vigários
gerais e dos Vigários episcopais. constituição.
Cân. 474 Os atos da cúria, destinados § 2. Na ausência ou no legítimo
impedimento do Vigário geral, o Bispo
a ter efeito jurídico, devem ser diocesano pode nomear outro que o
assinados pelo Ordinário do qual substitua; a mesma norma se aplica ao
Vigário episcopal.
emanam, e isso para a validade, e ao
mesmo tempo pelo chanceler ou notário Cân. 478 § 1. O Vigário geral e o
da cúria; o chanceler, porém, é Vigário episcopal sejam sacerdotes
obrigado a informar o Coordenador da com pelo menos trinta anos de idade,
cúria sobre os atos. doutores ou licenciados em direito
canônico ou teologia, ou pelo menos
Art. 1 verdadeiramente peritos nessas
Dos Vigários Gerais e disciplinas, recomendados pela sã
Episcopais doutrina, probidade, prudência e
Cân. 475 § 1. Em cada diocese deve experiência no trato das questões.
ser constituído pelo Bispo diocesano o § 2. O ofício de Vigário geral e
Vigário geral que, com poder ordinário,
de acordo com os cânones seguintes, episcopal não é compatível com o
o ajude no governo de toda a diocese.
ofício de cônego penitenciário, nem
pode ser confiado a consangüíneos do
Bispo até o quarto grau.
Cân. 479 § 1. Em virtude de seu ofício,
compete ao Vigário geral, na diocese
toda, o poder executivo que, por
direito, pertence ao Bispo diocesano,
para praticar todos os atos procedam contra sua vontade e sua
administrativos, exceto aqueles que o mente.
Bispo tenha reservado a si, ou que, Cân. 481 § 1. O poder do Vigário geral
pelo direito, requeiram mandato
e do Vigário episcopal expira por
especial do Bispo.
término do tempo de mandato, por
§ 2. Ao Vigário episcopal compete, renúncia e também salvos os cân. 406
ipso iure, o mesmo poder mencionado e 409, por destituição a eles intimada
no § 1, limitado, porém, somente a pelo Bispo diocesano, bem como pela
parte do território, àespécie de vacância da sé episcopal.
questões, aos fiéis de determinado rito § 2. Suspenso o ofício do Bispo
ou grupo, para os quais foi diocesano, suspende-se o poder do
constituído, exceto as causas que o Vigário geral e do Vigário episcopal, a
Bispo tenha reservado a si ou ao não ser que tenham dignidade
Vigário Geral, ou que, pelo direito, episcopal.
exijam mandato especial do Bispo.
Art.
§ 3. Ao Vigário geral e ao Vigário
2
episcopal, dentro do âmbito de sua
competência, cabem também as Do Chanceler, dos Outros
faculdades habituais concedidas pela Notários e dos Arquivos
Sé Apostólica ao Bispo e a execução Cân. 482 § 1. Em toda a cúria constitua-
dos rescritos, salvo haja determinação se um chanceler, cujo ofício principal,
expressa em contrário ou tenha sido salvo determinação diversa do direito
escolhida a própria competência particular, é cuidar que os atos da
pessoal do Bispo diocesano. cúria sejam redigidos e despachados,
Cân. 480 O Vigário geral e o Vigário bem como sejam guardados no
episcopal devem referir ao Bispo arquivo da cúria.
diocesano as principais atividades já § 2. Se parecer necessário, pode-se
realizadas ou por realizar; nunca dar ao chanceler um
dos notários:
auxiliar com o nome de
vice-chanceler. 1° - redigir os atos e instrumentos
referentes aos decretos,
§ 3. O chanceler como também o vice- disposições, obrigações ou outros
chanceler são, por isso mesmo, que requerem seu trabalho;
notários e secretários da cúria.
2° - exarar fielmente por escrito os
Cân. 483 § 1. Além do chanceler, atos que se praticam, assiná-los, com
a indicação do lugar, dia, mês e ano.
podem ser constituídos outros notários, 3°
cujo escrito ou assinatura fazem fé - exibir, observado o que se deve
observar, os atos ou instrumentos
pública, seja para todos os atos, seja arquivados, a quem os pede
somente para atos judiciais ou somente legitimamente, e declarar que suas
cópias estão conformes com o
para os atos de determinada causa ou original.
questão. Cân. 485 O chanceler e os outros
§ 2. O chanceler e os notários devem notários podem ser livremente
ser de fama inatacável e acima de destituídos do ofício pelo Bispo
qualquer suspeita; nas causas em que diocesano; não, porém, pelo
possa estar em jogo a fama de um Administrador diocesano, a não ser com
sacerdote, o notário deve ser o consentimento do colégio dos
sacerdote. consultores.
Cân. 484 É dever Cân. 486 § 1. Devem-se guardar com o
máximo cuidado todos os documentos
relativos àdiocese e às paróquias.
§ 2. Em cada cúria, seja erigido em § 3. Não se retirem documentos do
lugar seguro o arquivo diocesano, no arquivo ou armário secreto.
qual sejam guardados, dispostos em
ordem certa e diligentemente fechados,
os instrumentos e escritos que se
referem às questões diocesanas
espirituais e temporais.
§ 3. Faça-se um inventário ou catálogo,
com breve resumo de cada escrito, dos
documentos contidos no arquivo.
Cân. 487 § 1. É necessário que o
arquivo seja fechado, e sua chave só a
tenham o Bispo e o chanceler; a
ninguém é lícito entrar nele, a não ser
com licença do Bispo, ou então do
Coordenador da cúria e do chanceler
juntos.
§ 2. É direito dos interessados receber,
por si ou por procurador, cópia
autêntica manuscrita ou fotostática dos
documentos que, por sua natureza, são
públicos e se referem ao seu próprio
estado pessoal.
Cân. 488 Do arquivo não é lícito retirar
documentos, a não ser por breve tempo
somente e com o consentimento do
Bispo ou do Moderador da cúria e do
chanceler juntos.
Cân. 489 § 1.Haja também na cúria
diocesana um arquivo secreto, ou pelo
menos haja no arquivo comum um
armário ou cofre, inteiramente fechado
à chave que não possa ser removido
do lugar; nele sejam guardados com a
máxima cautela os documentos que
devem ser conservados em segredo.
§ 2. Cada ano sejam destruídos os
documentos das causas criminais em
matéria de costumes, cujos réus
tenham falecido, ou que já tenham sido
concluídas há dez anos, com sentença
condenatória, conservando-se breve
resumo do fato como texto da sentença
definitiva.
Cân. 490 § 1. Somente o Bispo tenha
a chave do arquivo secreto.
§ 2. Estando vacante a sé, o arquivo ou
armário secreto não seja aberto, a não
ser pelo próprio Administrador
diocesano em caso de verdadeira
necessidade.
administração da diocese no ano
Cân. 491 § 1. O Bispo diocesano seguinte, assim como aprovar o
cuide que os atos e documentos balanço, no fim do ano.
dos arquivos, também das igrejas
catedrais, colegiadas, paroquiais e Cân. 494 § 1. Em cada diocese, seja
outras existentes em seu território, nomeado pelo Bispo, ouvidos o colégio
sejam diligentemente conservados e dos consultores e o conselho
se façam inventários ou catálogos, econômico, um ecônomo que seja
em duas cópias, uma das quais se realmente perito em economia e insigne
conserve no respectivo arquivo e a por sua probidade.
outra no arquivo diocesano. § 2. O ecônomo seja nomeado por um
§ 2. Cuide também o Bispo diocesano qüinqüênio, mas, passado esse tempo,
que haja na diocese o arquivo pode ser nomeado para outros
histórico, e que os documentos que qüinqüênios; durante o encargo, não seja
têm valor histórico sejam destituído, a não ser por causa grave, a
diligentemente guardados e juízo do Bispo depois de ouvidos o
ordenados sistematicamente. colégio dos consultores e o conselho
§ 3. Para examinar ou retirar os atos econômico.
e documentos mencionados nos §§ 1
e 2, observem-se as normas § 3. Compete ao ecônomo, de acordo
estabelecidas pelo Bispo diocesano. com o modo determinado pelo
Ar conselho econômico, administrar os
t. bens da diocese sob a autoridade do
3 do Bispo e com as receitas da diocese
fazer as despesas ordenadas
Do Conselho Econômico e do legitimamente pelo Bispo ou por outros
Ecônomo por ele designados.
Cân. 492 § 1. Em cada diocese seja § 4. No fim do ano, o ecônomo deve
constituído o conselho de assuntos prestar contas das receitas e despesas
ao conselho econômico.
econômicos, que é presidido pelo
próprio Bispo diocesano ou por um Capítulo III
seu delegado, e consta de ao menos DO CONSELHO DOS PRESBÍTEROS
três fiéis nomeados pelo Bispo, E DO COLÉGIO DOS CONSULTORES
realmente peritos em economia e Cân. 495 § 1. Em cada diocese, seja
direito civil e distintos pela integridade. constituído o conselho presbiteral, a
saber, um grupo de sacerdotes que,
§ 2. Os membros do conselho
representando o presbitério, seja como
econômico sejam nomeados por um
o senado do Bispo, cabendo- lhe, de
qüinqüênio, mas, passado esse
acordo com o direito, ajudar o Bispo
tempo, podem ser assumidos para
no governo da diocese, a fim de se
outros qüinqüênios.
promover ao máximo o bem pastoral da
§ 3. São excluídos do conselho porção do povo de Deus que lhe foi
econômico os parentes do Bispo até confiada.
o quarto grau de consangüinidade ou § 2. Nos vicariatos e prefeituras
de afinidade. apostólicas, o Vigário e o Prefeito
Cân. 493 Além dos encargos que lhe constituam um conselho de ao menos
são confiados no livro V Dos bens três presbíteros missionários, cujo
temporais da Igreja, cabe ao conselho parecer devem ouvir, mesmo por carta,
econômico preparar, cada ano, de nas questões mais importantes.
acordo com as indicações do Bispo Cân. 496 O conselho presbiteral tenha
diocesano, o orçamento das receitas os próprios estatutos aprovados pelo
e despesas, previstas para toda a
Bispo diocesano, respeitando-se as Bispos.
normas dadas pela Conferência dos
Cân. 497 No tocante àdesignação dos consentimento só nos casos
membros do conselho presbiteral: expressamente determinados pelo direito.
1° - aproximadamente a metade § 3. O conselho presbiteral nunca pode
seja eleita livremente pelos próprios
sacerdotes, de acordo com os agir sem o Bispo diocesano, ao qual
cânones seguintes e com os também compete exclusivamente o
estatutos;
cuidado da divulgação do que foi
2° - alguns sacerdotes, de acordo estabelecido, de acordo com o § 2.
com os estatutos, devem ser
membros natos, isto é, pertençam Cân. 501 § l. Os membros do conselho
ao conselho em razão do ofício a presbiteral sejam designados pelo tempo
eles confiado; determinado nos estatutos, de modo
porém que todo o conselho, ou pelo
3° - ao Bispo diocesano compete menos parte dele, se renove dentro de
nomear alguns livremente. cinco anos.
Cân. 498 § 1. Têm voz ativa e passiva
para a constituição do conselho § 2. Vagando a sé, o conselho
presbiteral: presbiteral cessa, e suas funções são
1° - todos os sacerdotes seculares desempenhadas pelo colégio dos
incardinados na diocese; consultores; dentro do prazo de um ano
após a tomada de posse, o Bispo deve
2° - os sacerdotes seculares não constituir novamente o conselho
ni cardinados na diocese e os presbisteral.
sacerdotes membros de instituto
religioso ou de sociedade de vida § 3. Se o conselho presbiteral não
apostólica que, residindo na cumprir o encargo que lhe foi confiado
diocese, exercem a se favor algum para o bem da diocese, ou então
ofício. abusar dele gravemente, o Bispo
§ 2. Na medida em que o determinarem diocesano pode dissolvê-lo, após
os estatutos, pode- se dar voz ativa e consultar o metropolita, ou tratando-se
passiva a outros sacerdotes que tem da própria sé metropolitana, após
domicílio ou quase domicílio na diocese.
consultar o Bispo sufragâneo mais antigo
Cân. 499 O modo de eleger os por promoção; dentro de um ano,
membros do conselho presbiteral deve porém, deve constituí-lo novamente.
ser determinado pelos estatutos, de tal
modo, porém, que sejam Cân. 502 § 1. Entre os membros do
representados, enquanto possível, os conselho presbiteral, são livremente
sacerdotes do presbitério, levando-se nomeados pelo Bispo diocesano alguns
em conta principalmente os diversos sacerdotes, não menos de seis nem
ministérios e as várias regiões da mais de doze, que constituam por um
diocese. qüinqüênio o colégio dos consultores, ao
qual competem as funções determinadas
Cân. 500 § 1. Compete ao Bispo pelo direito; terminado o qüinqüênio,
diocesano convocar o conselho porém, ele continua a exercer suas
presbiteral, presidí- lo, determinar as funções próprias, até que seja
questões a serem tratadas ou aceitar constituído nov o colégio.
as questões propostas pelos
membros. § 2. Ao Colégio dos consultores preside
o Bispo diocesano; ficando, porém a sé
§ 2. O conselho presbiteral tem voto impedida ou vacante, preside aquele que
somente consultivo; o Bispo diocesano substitui interinamente o Bispo, ou
ouça-o nas questões de maior então, se ainda não foi constituído, o
importância, mas precisa do seu sacerdote mais antigo por ordenação no
colégio
dos
consultore
s.
§ 3. A Conferência dos Bispos pode
determinar que as funções do colégio
dos consultores sejam confiadas ao
cabido da catedral.
§ 4. No vicariato e na prefeitura
apostólica, as funções do colégio dos
consultores competem ao conselho da
missão, mencionado no can. 495 § 2,
a não ser que no direito se determine
outra coisa.
Capítulo IV
DOS CABIDOS DE CÔNEGOS
Cân. 503 O cabido de cônegos, seja da
catedral seja colegial, é o colégio de
sacerdotes, ao qual compete realizar
as funções litúrgicas mais solenes na
igreja catedral ou colegiada; além
disso, compete ao cabido da catedral
desempenhar funções que lhe são
confiadas pelo direito ou pelo Bispo
diocesano.
Cân. 504 A ereção, modificação ou
supressão do cabido da catedral são
reservadas àSé Apostólica.
Cân. 505 Cada cabido, da catedral ou
colegial, tenha seus estatutos
estabelecidos por legítimo ato capitular
e aprovados pelo Bispo diocesano;
esses estatutos não sejam modificados
ou ab-rogados, a não ser com a
aprovação do Bispo diocesano.
Cân. 506 § 1. Os estatutos do cabido,
salvas sempre as leis de fundação,
determinem a própria constituição do
cabido e o número de cônegos; definam
o que deve ser feito pelo cabido e pelos
cônegos no que se refere ao culto
divino e ao ministério; marquem as
reuniões em que sejam tratadas as
questões referentes ao cabido, e,
salvas as prescrições do direito
universal, estabeleçam as condições
requeridas para a validade e liceidade
das questões.
§ 2. Nos estatutos, determinem-se aos diocesanos, mesmo fora do
também os emolumentos fixos ou os território da diocese.
que devem ser pagos por ocasião do § 2. Onde não existe cabido, o Bispo
desempenho de alguma função, e, diocesano constitua um sacerdote para
exercer esse encargo.
levando em conta as normas dadas
pela Santa Sé, as insígnias dos Cân. 509 § 1. Compete ao Bispo
cônegos. diocesano, mas não ao Administrador
diocesano, após ouvir o cabido, conferir
Cân. 507 § 1. Entre os cônegos haja todos e cada um dos canonicatos, na
um presidente do cabido; constituam- igreja catedral ou na igreja colegiada,
se também outros ofícios, de acordo revogando-se qualquer privilégio
com os estatutos, levando-se em contrário; compete ainda ao Bispo
conta também o costume vigente na diocesano confirmar o presidente eleito
região. pelo cabido.
§ 2. Aos clérigos que não pertencem
ao cabido, podem ser confiados § 2. O Bispo diocesano confira o
outros ofícios, pelos quais eles canonicato só a sacerdotes que se
prestem ajuda aos cônegos, de
acordo com os estatutos. distingam pela doutrina e integridade
Cân. 508 § 1. O cônego penitenciário, de vida e que exerceram o ministério
tanto da igreja catedral como da igreja de modo louvável.
colegiada, em virtude de seu ofício, Cân. 510 § 1. Não mais se unam
tem faculdade ordinária, não paróquias ao cabido de cônegos;
delegável a outros, de absolver, no aquelas que ainda estiverem unidas a
foro sacramental, das censuras algum cabido, sejam separadas dele
latae sententiae, não declaradas e pelo Bispo diocesano.
não reservadas a Sé Apostólica; na
§ 2. Na igreja que é simultaneamente
diocese, mesmo aos estranhos; e
paroquial e capitular,
nomeie-se um pároco, escolhido ao Capítulo V
não entre os cônegos; esse pároco DO CONSELHO
tem todos os deveres e goza dos PASTORAL
direitos e faculdades que são próprios
do pároco, de acordo com o direito. Cân. 511 Em cada diocese, enquanto a
situação pastoral o aconselhar, seja
§ 3. Compete ao Bispo diocesano constituído o conselho pastoral, ao qual
estabelecer determinadas normas, compete, sob a autoridade do Bispo,
pelas quais sejam devidamente examinar e avaliar as atividades
harmonizados os deveres pastorais do pastorais na diocese propor conclusões
pároco e as funções próprias do práticas sobre elas.
cabido, cuidando- se que nem o
pároco seja de impedimento aos Cân. 512 § 1. O conselho pastoral
cônegos, nem os cônegos às funç ões consta de fiéis em plena comunhão com
paroquiais; se houver conflitos, sejam a Igreja católica, clérigos, membros
de institutos de vida consagrada, ou
dirimidos pelo Bispo diocesano, que
principalmente leigos designados de
deve principalmente cuidar que se
acordo com o modo indicado pelo
atenda de modo devido às
Bispo diocesano.
necessidades pastorais dos fiéis.
§ 2. Os fiéis designados para o conselho
§ 4. As ofertas que são dadas a uma
pastoral, sejam de tal modo escolhidos
igreja, simultaneamente paroquial e
que por eles se configurem realmente
capitular, presumem-se dadas à
toda a porção do povo de Deus que
paróquia, a não ser que conste o
constitui a diocese, levando-se em conta
contrário.
as diversas regiões da diocese, as circunstâncias especiais.
condições sociais e as profissões, bem
como a parte que eles tem no
apostolado individualmente ou
associados a outros.
§ 3. Para o conselho pastoral não
sejam designados senão fiéis que se
distingam por uma fé sólida, bons
costumes e prudência.
Cân. 513 § 1. O conselho pastoral e
constituído por tempo determinado, de
acordo com as prescrições dos
estatutos, que são dadas pelo Bispo.
§ 2. Vagando a sé, cessa o
conselho pastoral.
Cân. 514 § 1.Compete exclusivamente
ao Bispo diocesano, de acordo com as
necessidades do apostolado, convocar
e presidir o conselho pastoral, que tem
somente voto consultivo; também a ele
compete publicar o que foi tratado no
conselho.
§ 2. Seja convocado pelo menos
uma vez por ano.
Capítulo VI
DAS PARÓQUIAS, DOS
PÁROCOS E DOS VIGÁRIOS
PAROQUIAIS
Cân. 515 § 1. Paróquia é uma
determinada comunidade de fiéis,
constituída estavelmente na Igreja
particular, e seu cuidado pastoral é
confiado ao pároco como a seu pastor
próprio, sob a autoridade do Bispo
diocesano.
§ 2. Erigir, suprimir ou modificar as
paróquias compete exclusivamente ao
Bispo diocesano, o qual não erija, nem
suprima paróquias, nem as modifique de
modo notável, a não ser ouvindo o
conselho presbiteral.
§ 3. A paróquia legitimamente erigida
tem, ipso iure, personalidade jurídica.
Cân. 516 § 1. Salvo determinação
contrária do direito, à paróquia se
equipara a quase- paróquia, que é, na
Igreja particular, uma determinada
comunidade de fiéis confiada a um
sacerdote como a pastor próprio, ainda
não erigida como paróquia por
diocesano, mas não o Administrador
§ 2. Onde certas comunidades não diocesano, pode, com o
possam ser erigidas como paróquias consentimento do Superior
ou quase-paróquias, o Bispo competente, confiar uma paróquia a
diocesano assegure de outro modo o um instituto religioso clerical ou a uma
cuidado pastoral delas. sociedade clerical de vida apostólica,
Cân. 517 § 1. Onde as circunstâncias erigindo-a mesmo em igreja do instituto
o exigirem, o cuidado pastoral de uma ou da sociedade, mas com a condição
paróquia, ou de diversas paróquias de que um presbítero seja o pároco da
juntas, pode ser confiado paróquia ou o coordenador mencionado
solidariamente a mais sacerdotes, no can. 517 § 1, se o cuidado pastoral
com a condição, porém, que um deles for confiado a vários solidariamente.
seja o coordenador do cuidado § 2. O cuidado da paróquia,
pastoral a ser exercido, isto é, dirija mencionado no § 1, pode ser confiado
a atividade conjunta e responda por perpetuamente ou por tempo
ela perante o Bispo. determinado; em ambos os casos,
§ 2. Por causa da escassez de faça-se mediante convênio escrito,
sacerdotes, se o Bispo diocesano celebrado entre o Bispo diocesano e o
julgar que a participação no exercício Superior competente do instituto ou da
do cuidado pastoral da paróquia deva sociedade, no qual, entre outras coisas,
ser confiada a um diácono ou a uma se determine explícita e
pessoa que não tenha o caráter cuidadosamente o que se refere ao
sacerdotal, ou a uma comunidade de trabalho a ser desenvolvido, às
pessoas, constitua um sacerdote que pessoas que devem a ele ser
dirija o cuidado pastoral, munido dos destinadas e às questões econômicas.
poderes e das faculdades de pároco. Cân. 521 § 1. Para alguém ser
assumido validamente como pároco,
Cân. 518 Por via de regra, a paróquia requer-se que seja constituído na
ordem sacra do presbiterato.
seja territorial, isto é, seja tal que
compreenda todos os fiéis de um § 2. Além disso, distinga-se pela sã
determinado território; onde, porém, doutrina e pela probidade de costumes,
for conveniente, constituam-se seja dotado de zelo pelas almas e de
paróquias pessoais, em razão de rito, outras virtudes e tenha também as
língua, nacionalidade dos fiéis de um qualidades requeridas para cuidar da
território, e também por outra razão paróquia em questão de acordo com o
determinada. direito universal e particular.
Cân. 519 O pároco e o pastor § 3. Para conferir a alguém o ofício de
próprio da paróquia a ele confiada; pároco, é necessário que com plena
exerce o cuidado pastoral da certeza conste de sua idoneidade, da
comunidade que lhe foi entregue, sob maneira determinada pelo Bispo
a autoridade do bispo diocesano, em diocesano, até mesmo por meio de
cujo ministério de Cristo é chamado a exame.
participar, a fim de exercer em favor Cân. 522 É necessário que o pároco
dessa comunidade o múnus de tenha estabilidade e, portanto, seja
ensinar santificar e governar, com a nomeado por tempo indeterminado; só
cooperação também de outros pode ser nomeado pelo Bispo
presbíteros ou diáconos e com a diocesano por tempo determinado, se
colaboração dos fiéis leigos, de isto for admitido por decreto pela
acordo com o direito. Conferência dos Bispos.
Cân. 520 § 1. Uma pessoa jurídica Cân. 523 Salva a prescrição do cân.
não seja pároco; no entanto, o Bispo 682 § 1, a provisão do ofício de pároco
compete ao Bispo diocesano e, por tenha o direto de apresentação ou de
livre colação, a não ser que alguém eleição.
inutilmente esse prazo, a não ser que
Cân. 524 Ponderando todas as justo impedimento tenha obstado, pode
circunstâncias, o Bispo diocesano, declarar vacante a paróquia.
evitando qualquer discriminação de
pessoas, entregue a paróquia vacante Cân. 528 § 1. O pároco tem a obrigação
àquele que julgar idôneo para de fazer com que a palavra de Deus seja
desempenhar nela o cuidado paroquial; integralmente anunciada aos que vivem
a fim de julgar de sua idoneidade, ouça na paróquia; cuide, portanto, que os fiéis
o Vigário forâneo e faça as devidas sejam instruídos nas verdades da fé,
indagações, ouvindo, se for o caso, principalmente através da homilia, que
determinados presbíteros e fiéis leigos. deve ser feita nos domingos e festas de
preceito, e mediante a instrução
Cân. 525 Vacante ou impedida a sé, catequética que se deve dar. Estimule
compete ao Administrador diocesano obras que promovam o espírito
ou a outro que governe interinamente evangélico, também no que se refere a
a diocese: justiça social.Tenha especial cuidado
1° - dar instituição ou confirmação com a educação católica das crianças e
a sacerdotes legitimamente
apresentados ou eleitos para uma jovens. Procure com todo o empenho,
paróquia; associando a si o trabalho dos fiéis, que
2° - nomear os párocos, se a sé o anúncio evangélico chegue também
estiver vacante ou impedida há um
ano. aos que se afastaram da prática da
religião ou que não professam a
Cân. 526 § 1. O pároco tenha o
verdadeira fé.
cuidado pastoral de uma só paróquia;
todavia, por falta de sacerdotes ou § 2. Cuide o pároco que a santíssima
por outras circunstâncias, pode-se Eucaristia seja o centro da comunidade
confiar ao mesmo pároco o cuidado paroquial dos fiéis; empenhe-se para que
pastoral de várias paróquias vizinhas. os fiéis se alimentem com a devota
celebração dos sacramentos e, de modo
§ 2. Na mesma paróquia, haja só um
especial, que se se aproximem
pároco ou coordenador, de acordo com
freqüentemente do sacramento da
o can. 517 § 1, reprovando-se o
santíssima Eucaristia e da penitência.
costume contrário e revogando-se
Esforce- se também para que sejam
qualquer privilégio contrário. levados a fazer oração em família, e
Cân. 527 § 1. Quem foi promovido para participem consciente e ativamente da
o cuidado pastoral de uma paróquia, sagrada liturgia. Sob a autoridade do
recebe-o e está obrigado a exercer Bispo diocesano, o pároco deve dirigir a
esse cuidado desde o momento da liturgia na sua paróquia e é obrigado a
tomada de posse. cuidar que nela não se introduzam
§ 2. O Ordinário local ou sacerdote por abusos.
ele delegado é quem dá posse ao Cân. 529 § 1. Para cumprir
pároco, observando-se o modo aceito diligentemente o ofício de pastor, o
por lei particular ou por legítimo pároco se esforce em conhecer os fiéis
costume; todavia, por justa causa, o entregues a seus cuidados. Por isso,
Ordinário pode dispensar essa forma; visite as famílias, participando das
neste caso, a dispensa comunicada a preocupações dos fiéis, principalmente
paróquia substitui a tomada de posse. de suas angústias e dores, confortando-
§ 3. O Ordinário local determine o os no Senhor e, se tiverem falhado em
prazo dentro do qual se deve tomar alguma coisa, corrigindo-os com
posse da paróquia; decorrido prudência. Ajude com exuberante
caridade os doentes, sobretudo os
moribundos, confortando-os também para que os esposos e pais
solicitamente com os sacramentos e sejam ajudados no cumprimento de
recomendando suas almas a Deus. seus deveres; incentive na família o
Especial cuidado dedique aos pobres e crescimento da vida cristã.
doentes, aos aflitos e solitários, aos § 2. O pároco reconheça e promova a
exilados e aos que passam por parte própria que os fiéis leigos tem na
especiais dificuldades. Empenhe-se missão da Igreja, incentivando suas
associações que se propõem
finalidades religiosas. Coopere com o
próprio Bispo e com o presbitério da
diocese, trabalhando para que também
os fiéis sejam solícitos em prol do
espírito de comunhão na paróquia,
sintam-se membros da diocese e da
Igreja universal e participem ou
colaborem nas obras destinadas a
promover essa comunhão.
Cân. 530 As funções especialmente
confiadas ao pároco são as seguintes:
1° - administrar
o batismo;
2° - administrar o sacramento da
confirmação aos que se acham em
perigo de morte, segundo o cân.
883, n.3;
3° - administrar o viático e a unção
dos enfermos, salva a prescrição
do cân. 1003, §§ 2 e 3, e dar a
bênção apostólica;
4° - assistir aos matrimônios e
dar bênção nupcial; 5° - realizar
funerais;
6° - benzer a fonte batismal no
tempo pascal, fazer procissões fora
da igreja, e dar bênçãos solenes
fora da igreja;
7° - celebrar mais solenemente a
Eucaristia nos domingos e festas de
preceito.
Cân. 531 Mesmo que outro tenha
exercido alguma função paroquial,
entregue àcaixa paroquial as ofertas
recebidas dos fiéis nessa ocasião,
salvo se conste vontade contrária do
ofertante quanto às ofertas voluntárias;
compete ao Bispo diocesano, ouvido o
conselho presbiteral, dar prescrições
com que se proveja a destinação
dessas ofertas e a remuneração dos
clérigos que exercem essa função.
Cân. 532 Em todos os negócios ausentar- se da paróquia por mais de
jurídicos, o pároco representa a uma semana, o pároco tem obrigação
de avisar o Ordinário local.
paróquia, de acordo com o direito;
cuide que os bens da paróquia sejam § 3. Compete ao Bispo diocesano
administrados de acordo com os cân. estabelecer normas com as quais,
1281- 1288. durante a ausência do pároco, se
Cân. 533 § 1. O pároco tem assegure o cuidado da paróquia por um
obrigação de residir na casa sacerdote provido das devidas
paroquial junto da igreja; em casos faculdades.
particulares, porém, se houver causa Cân. 534 § 1. Depois de ter tomado
justa, o Ordinário local pode permitir posse da paróquia, o pároco é
que resida em outro lugar, obrigado a aplicar a missa pelo povo
principalmente numa casa comum que lhe é confiado, todos os domingos
para vários sacerdotes, contanto que e festas de preceito de sua diocese;
se assegure exata e adequadamente mas, quem estiver legitimamente
o cumprimento das funções impedido de fazê- lo, aplique nesses
paroquiais. mesmos dias por meio de outro, ou ele
§ 2. Salvo razão grave em contrário, é mesmo em outros dias.
lícito ao pároco, a título de férias, § 2. O pároco que cuida de várias
ausentar-se anualmente da paróquia, paróquias é obrigado a aplicar, nos
no máximo por um mês contínuo ou dias mencionados no § 1, uma só missa
intermitente; não são calculados por todo o povo que lhe é confiado.
nesse tempo de férias os dias que o
§ 3. O pároco que não tiver cumprido a
pároco dedica, uma vez por ano, aos
obrigação mencionada
exercícios espirituais; entretanto, para
nos §§ 1 e 2, aplique quanto antes também os atos que podem ter valor
tantas missas pelo povo quanto as tiver jurídico, sejam assinados pelo pároco
omitido. ou por seu delegado e munidos com o
Cân. 535 § 1. Em cada paróquia, haja selo da paróquia.
os livros paroquiais, isto é, o livro de § 4. Em cada paróquia haja um cartório
batizados, de casamentos, de óbitos, e ou arquivo, em que se guardem os livros
outros, de acordo com as prescrições paroquiais, juntamente com as cartas
da Co nferência dos Bispos ou do dos Bispos e outros documentos que
Bispo diocesano; cuide o pároco que devem ser conservados por necessidade
esses livros sejam cuidadosamente ou utilidade; tudo isso, que deverá ser
escritos e diligentemente guardados. examinado pelo Bispo diocesano ou seu
§ 2. No livro de batizados seja anotada delegado na visita canônica ou em outro
também a confirmação, como ainda o tempo oportuno, o pároco cuide que não
que se refere ao estado canônico dos chegue a mãos de estranhos.
fiéis, por motivo de matrimônio, salva a § 5. Também os livros mais antigos
prescrição do cân. 1133, por motivo de sejam guardados diligentemente, de
adoção, de ordem sacra recebida, de acordo com as prescrições do direito
profissão perpétua emitida em instituto particular.
religioso e de mudança de rito;essas
anotações sejam sempre referidas na Cân. 536 § 1. A juízo do Bispo
certidão de batismo. diocesano, ouvido o conselho presbiteral,
se for oportuno, seja constituído em cada
§ 3. Cada paróquia tenha o próprio paróquia o conselho pastoral, presidido
selo; as certidões que se dão a respeito pelo pároco, no qual os fiéis ajudem a
do estado canônico dos fiéis, como promover a ação pastoral, juntamente
com os que participam do cuidado paroquial tem os mesmos deveres e
os mesmos direitos que o pároco,
pastoral em virtude do próprio ofício. salvo
§ 2. O conselho pastoral tem somente
voto consultivo e se rege pelas normas
estatuídas pelo Bispo diocesano.
Cân. 537 Em cada paróquia, haja o
conselho econômico, que se rege pelo
direito universal e pelas normas dadas
pelo Bispo diocesano; nele os fiéis,
escolhidos de acordo com essas
normas, ajudem o pároco na
administração dos bens da paróquia,
salva a prescrição do cân. 532.
Cân. 538 § 1. O pároco cessa de seu
ofício por destituição ou por
transferência, dadas pelo Bispo
diocesano de acordo com o direito; por
renúncia apresentada pelo próprio
pároco por justa causa e, para ter valor,
aceita pelo Bispo; pela conclusão do
tempo, se tiver sido constituído por
tempo determinado, de acordo com a
prescrição do direito particular,
mencionado no cân. 522.
§ 2. O pároco, membro de um instituto
religioso ou incardinado numa
sociedade de vida apostólica, é
destituído de acordo com o cân. 682 §
2.
§ 3. Tendo completado setenta e
cinco anos de idade, o pároco é
solicitado a apresentar ao próprio Bispo
diocesano sua renúncia ao ofício; o
Bispo, considerando todas as
circunstâncias da pessoa e do lugar,
decida se aceita ou adia; o Bispo
diocesano deve assegurar o
conveniente sustento e moradia do
renunciante, levando em conta as
normas estatuídas pela Conferência
dos Bispos.
Cân. 539 Ficando vacante a paróquia
ou impedido o pároco de exercer a
função pastoral na paróquia, por
motivo de prisão, exílio ou
confinamento, incapacidade, doença ou
qualquer outra causa, seja quanto antes
nomeado pelo Bispo diocesano um
administrador paroquial, isto é, um
sacerdote que substitua o pároco, de
acordo com o cân. 540.
Cân. 540 § 1. O administrador
pelos mesmos, tem a obrigação de
determinação contrária do cumprir os encargos e funções do
Bispo diocesano. pároco, mencionadas nos cânn. 528,
§ 2. Não é lícito ao administrador 529 e 530; a faculdade de assistir
paroquial fazer alguma coisa que aos matrimônios, bem como todos os
prejudique os direitos do pároco ou poderes de dispensar, concedidos pelo
que possa causar dano aos bens próprio direito ao pároco, competem a
paroquiais. todos, mas devem ser exercidos sob a
§ 3. Ao terminar sua função, o direção do coordenador.
administrador paroquial preste contas
ao pároco. § 2. Todos os
sacerdotes do grupo:
Cân. 541 § 1. Ficando vacante a
paróquia ou impedido o pároco de 1° - têm a obrigação
exercer a função pastoral, o vigário da residência;
paroquial assuma interinamente o 2° - estabeleçam, de comum acordo,
governo da paróquia antes da a norma segundo a qual um deles
constituição do administrador celebre a missa pelo povo, de
paroquial; se forem vários, o mais acordo com o cân. 534;
antigo por nomeação; se não os
3° - somente o coordenador
houver, o pároco determinado pelo representa, nos negócios jurídicos,
direito particular. a paróquia ou paróquias confiadas
àequipe.
§ 2. Quem assumir o governo da
Cân. 544 Quando cessa do ofício
paróquia de acordo com o § 1, deve
algum dos sacerdotes do grupo
informar imediatamente o Ordinário mencionado no cân. 517 § 1, ou o
local da vacância da paróquia. coordenador da equipe, ou quando
Cân. 542 Os sacerdotes, aos quais algum deles se torna incapaz de
solidariamente de acordo com o cân. exercer o múnus pastoral, não fica
517 § 1, é confiado o cuidado pastoral vacante a paróquia ou paróquias, cujo
de uma ou várias paróquias cuidado pastoral está confiado ao
simultaneamente: grupo; compete ao Bispo diocesano
1° - devem ser dotados das nomear outro coordenador; antes,
qualidades requeridas no cân. porém, de ser nomeado outro pelo
521; Bispo diocesano, exerça esse ofício o
2° - sejam nomeados ou sacerdote mais antigo por nomeação no
instituídos de acordo com as grupo.
prescrições dos cânn. 522 e 524; Cân. 545 § 1. Para o adequado cuidado
3° - obtém o cuidado pastoral só a pastoral da paróquia, sempre que for
partir do momento da tomada de necessário ou oportuno, pode- se dar
posse; ao seu coordenador se dá ao pároco um ou mais vigários
posse acordo com as prescrições paroquiais que, como cooperadores do
do cân. 527 § 2; para os pároco e participantes da sua
sacerdotes, a profissão de fé solicitude prestem sua ajuda no
legitimamente feita substitui a ministério pastoral, de comum acordo e
tomada de posse. trabalho com o pároco.
Cân. 543 § 1. Se for confiado § 2. O Vigário paroquial pode ser
solidariamente a mais sacerdotes o constituído para dar sua ajuda no
cuidado pastoral de alguma paróquia exercício de todo o ministério pastoral,
ou de diversas paróquias tanto na paróquia inteira como numa
simultaneamente, cada um deles, determinada parte dela, ou para
segundo a organização estabelecida determinado grupo de fiéis; pode
também ser constituído para exercer Cân. 546 Para que alguém possa
determinado ministério em diversas validamente ser nomeado
paróquias ao mesmo tempo.
vigário paroquial, deve estar principalmente numa casa comum para
constituído na ordem sacra do vários sacerdotes, contanto que por isso
presbiterato. não sofra prejuízo o cumprimento das
Cân. 547 O Bispo diocesano nomeia funções paroquiais.
livremente o vigário paroquial, ouvindo,
se julgar oportuno, o pároco ou § 2. O Ordinário local cuide que entre o
párocos das paróquias para as quais é
constituído, bem c omo o vigário pároco e os vigários se promova alguma
forâneo, salva a prescrição do cân. 682 forma de vida comum na casa paroquial,
§ 1.
onde isso for possível.
Cân. 548 § 1. As obrigações e direitos § 3. Quanto ao tempo de férias, o
do vigário paroquial são definidos pelos vigário paroquial tem os mesmos direitos
cânones deste capítulo, pelos estatutos que o pároco.
diocesanos e por documentos do Bispo Cân. 551 Quanto às ofertas que os fiéis
fazem ao vigário por ocasião do
diocesano, mas são determinados mais exercício do ministério pastoral,
exatamente por mandato do pároco. observem-se as prescrições do cân. 531.
§ 2. Salvo determinação expressa em Cân. 552 O Vigário paroquial pode ser
contrário no documento do Bispo destituído pelo Bispo diocesano ou pelo
diocesano, o vigário paroquial, em Administrador diocesano por justa causa,
razão de seu ofício, tem obrigação de salva a prescrição do cân. 682 § 2.
ajudar o pároco em todo o ministério Capítulo VII
paroquial, exceto na aplicação da missa
pelo povo; tem obrigação também de DOS VIGÁRIOS
substituí-lo, se necessário, de acordo FORÂNEOS
com o direito. Cân. 553 § 1. Vigário forâneo, também
chamado decano, arcipreste ou com
§ 3. O vigário paroquial refira outro nome é o sacerdote colocado
àfrente do vicariato forâneo.
regularmente ao pároco as iniciativas
pastorais programadas e assumidas, de § 2. Salvo determinação contrária do
modo que o pároco e o vigário ou direito particular, o vigário forâneo é
vigários estejam em condições de nomeado pelo Bispo diocesano, tendo
assegurar, com empenho comum, o ouvido, de acordo com seu prudente
cuidado pastoral da paróquia, da qual juízo, os sacerdotes que exercem o
são conjuntamente responsáveis. ministério no vicariato em questão.
Cân. 549 Na ausência do pároco, a Cân. 554 § 1. Para o ofício de vigário
não ser que o Bispo diocesano tenha forâneo, que não está ligado ao ofício de
providenciado de outro modo, segundo pároco em determinada paróquia, o
o cân. 533 § 3, e a não ser que Bispo escolha o sacerdote que julgar
tenha sido cons tituído o Administrador idôneo, após ponderar as circunstâncias
paroquial, observem-se as de lugar e tempo.
prescrições do cân.541 § 1; em tal § 2. O vigário forâneo seja nomeado por
caso, o vigário terá também todas as tempo determinado, estabelecido pelo
direito particular.
obrigações do pároco, exceto a
§ 3. O Bispo diocesano pode livremente
obrigação de aplicar a missa pelo povo. destituir o vigário forâneo, por justa
causa, de acordo com seu prudente
Cân. 550 § 1. O vigário paroquial tem arbítrio.
obrigação de residir na paróquia, ou
Cân. 555 § 1. Além das faculdades que
numa delas, se foi constituído para
lhe são atribuídas
várias paróquias; todavia, por justa
causa, o Ordinário local pode permitir
que resida em outro lugar,
legitimamente pelo direito particular, o percam nem sejam retirados livros,
vigário forâneo tem o direito e o dever documentos, alfaias sagradas ou
de: qualquer outra coisa pertencente a
1° - promover e coordenar a Igreja.
atividade pastoral comum no
vicariato; § 4. O vigário forâneo tem a obrigação
de visitar as paróquias de sua
2° - velar para que os clérigos de circunscrição, de acordo com a
sua circunscrição levem vida determinação do Bispo diocesano.
coerente como o próprio estado e Capítulo VIII
cumpram diligentemente seus
DOS REITORES DE IGREJAS E
deveres;
CAPELÃES
3° - assegurar que se celebrem as
Art.
funções religiosas de acordo com
1
as prescrições da sagrada liturgia,
que se conserve diligentemente o Dos Reitores de Igrejas
decoro e a limpeza das igrejas e Cân. 556 Por reitores de igrejas
das alfaias sagradas, entendem-se aqui os sacerdotes a
principalmente na celebração quem é confiado o cuidado de alguma
eucarística e na conservação do igreja, que não seja nem paroquial
santíssimo Sacramento, que se nem capitular, nem anexa a alguma
escrevam exatamente e se casa de comunidade religiosa ou de
guardem devidamente os livros sociedade de vida apostólica, que nela
paroquiais, que se administrem celebre as funções litúrgicas.
cuidadosamente os bens
eclesiásticos e se cuide da casa Cân. 557 § 1. O reitor da igreja é
paroquial com a devida diligência. nomeado livremente pelo Bispo
diocesano, salvo o direito de eleição
§ 2. O vigário forâneo, no vicariato ou de apresentação, se o couber
que lhe foi confiado: legitimamente a alguém; neste caso,
1°- empenhe-se para que os compete ao Bispo diocesano confirmar
clérigos, de acordo com as ou instituir o reitor.
prescrições do direito particular, § 2. Mesmo que a igreja pertença a
em tempos determinados, instituto religioso clerical de direito
participem de cursos, encontros pontifício, cabe ao Bispo diocesano
teológicos ou conferências, de instituir o reitor apresentado pelo
acordo com o cân. 279 § 2; superior.
2°- cuide que não faltem os § 3. O reitor de uma igreja unida ao
auxílios espirituais aos seminário ou a um colégio dirigido por
presbíteros de sua circunscrição, clérigos, é reitor do seminário ou do
e tenha a máxima solicitude com colégio, salvo determinação contrária
os que se encontram em situações do Bispo diocesano.
mais difíceis ou se afligem com
problemas. Cân. 558 Salvo o prescrito no cân. 262,
ao reitor não é lícito realizar, na igreja
§ 3. O vigário forâneo cuide que a ele confiada, as funções paroquiais
não faltem os auxílios espirituais e mencionadas no cân. 530, n. 1-6, a
materiais para os párocos de sua não ser com o consentimento do
circunscrição, que souber gravemente pároco ou, se for o caso, com sua
enfermos, e que sejam celebrados delegação.
funerais dignos para os falecidos;
porvidencie também que, por ocasião Cân. 559 Na igreja a ele confiada, o
de sua doença ou morte, não se reitor pode realizar as celebrações
litúrgicas mesmo solenes, salvo legítimas leis de
fundação, e contanto que, a juízo do de uma comunidade ou grupo especial
Ordinário local, não prejudiquem o de fiéis, a ser exercido de acordo com o
ministério paroquial. direito universal e particular.
Cân. 560 Nos casos em que o julgar Cân. 565 A não ser que o direito
oportuno, o Ordinário local pode disponha o contrário ou alguém tenha
ordenar ao reitor que celebre para o direitos especiais, o capelão é nomeado
povo em sua igreja determinadas pelo Ordinário local, ao qual também
funções, mesmo paroquiais; pode compete instituir quem foi apresentado
também ordenar- lhe que abra a igreja a ou confirmar quem foi eleito.
determinados grupos de fiéis para ai
fazerem celebrações litúrgicas. Cân. 566 § 1. É necessário que o
capelão esteja munido de todas as
Cân. 561 Sem a licença do reitor ou de
faculdades requeridas para um cuidado
outro superior legítimo, a ninguém é
pastoral adequado. Além das que são
lícito celebrar a Eucaristia,
concedidas por direito particular ou por
administrar os sacramentos ou realizar
delegação especial, o capelão, em
outras funções sagradas na igreja;
virtude de seu ofício, tem faculdade de
essa licença deve ser dada ou negada
confessar os fiéis entregues a seus
de acordo com o direito.
cuidados, pregar-lhes a palavra de
Cân. 562 Sob a autoridade do Ordinário Deus, administrar- lhe o Viático e a
local e respeitando os legítimos unção dos enfermos, como também
estatutos e os direitos adquiridos, o conferir o sacramento da confirmação
reitor de igreja é obrigado a velar para aos que se encontram em perigo de
que as funções sagradas sejam morte.
celebradas dignamente, na igreja de
acordo com as normas litúrgicas e as § 2. Nos hospitais, prisões e viagens
prescrições dos cânones, para que se marítimas, o capelão tem, além disso, a
cumpram fielmente os encargos, para faculdade, que só se exerce nesses
que se assegurem a conservação e o lugares, de absolver das censuras
decoro das alfaias sagradas e das latae sententiae, não reservadas nem
construções, e para que nada se faça declaradas, salva a prescrição do c ân.
que não convenha de algum modo à 976.
santidade do lugar e ao respeito devido Cân. 567 § 1. O Ordinário local não
àcasa de Deus. proceda à nomeação do capelão de
Cân. 563 O Ordinário local, por justa uma casa ou instituto religioso laical,
causa, pode destituir do ofício, de sem ter consultado o Superior; este,
acordo com seu prudente juízo, o reitor ouvindo a comunidade, tem o direito de
da igreja, mesmo eleito ou apresentado propor algum sacerdote.
por outros, salva a prescrição do cân. § 2. Compete ao capelão celebrar e
dirigir as funções litúrgicas; não lhe é
682 § 2. lícito, porém, imiscuir-se no regime
interno do instituto.
Art. 2
Cân. 568 Na medida do possível, sejam
Dos constituídos capelães para aqueles que,
por sua condição de vida, não podem
Capelãe
usufruir do cuidado ordinário dos
s párocos, como os migrantes, exilados,
fugitivos, nômades, navegantes.
Cân. 564 Capelão é o sacerdote a Cân. 569 Os Capelães militares regem-
quem se confia, de modo estável, o se por leis especiais. Cân. 570 No
cuidado pastoral, pelo menos parcial,
exercício de seu múnus pastoral, o
capelão deve Cân. 572 Quanto a destituição do
manter o devido capelão, observe- se a prescrição do
entendimento com o pároco. cân. 563.
Cân. 571 No exercício de seu múnus
pastoral, o capelão deve manter o III PARTE
devido entendimento com o pároco.
DOS INSTITUTOS DE VIDA
CONSAGRADA E DAS
SOCIEDADES DE VIDA
APOSTÓLICA
SEÇÃ
OI
DOS INSTITUTOS DE VIDA
CONSAGRADA TÍTULO I
NORMAS COMUNS A TODOS OS
INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA
Cân. 573 § 1. A vida consagrada pela
profissão dos conselhos evangélicos é
uma forma estável de viver, pela qual
os fiéis, seguindo mais de perto a Cristo
sob a ação do Espírito Santo,
consagram-se totalmente a Deus
sumamente amado, para assim,
dedicados por título novo e especial a
sua honra, à construção da Igreja e à
salvação do mundo, alcançarem a
perfeição da caridade no serviço do
Reino de Deus e, transformados em
sinal preclaro na Igreja, preanunciarem
a glória celeste.
§ 2. Assumem livremente essa forma
de vida nos institutos de vida
consagrada, canonicamente erigidos
pela competente autoridade da Igreja,
os fiéis que, por meio dos votos ou de
outros vínculos sagrados, conforme
as leis próprias dos institutos,
professam os conselhos evangélicos
de castidade, pobreza e obediência e,
pela caridade à qual esses votos
conduzem, unem-se de modo especial
à Igreja e a seu mistério.
Cân. 574 § 1. O estado dos que
professam os conselhos evangélicos
nesses institutos pertencem àvida e
santidade da Igreja e, por isso, deve ser
incentivado e promovido por todos, na
Igreja.
§ 2. Para esse estado, alguns fiéis são
especialmente chamados por Deus, a
fim de usufruírem de um dom Cristo, que ora anuncia o Reino de
particular na vida da Igreja e, Deus, que faz o bem aos homens, que
segundo o fim e o espírito do convive com eles no mundo, sempre,
instituto, servirem àsua missão porém, fazendo a vontade do Pai.
salvífica. Cân. 578 A mente e os objetivos dos
Cân. 575 Os conselhos evangélicos, fundadores, aprovados pela
fundamentados na doutrina e nos competente autoridade eclesiástica, no
exemplos de Cristo Mestre, são um que se refere à natureza, à finalidade,
dom divino que a Igreja recebeu do ao espírito e à índole do instituto, bem
Senhor e que, com sua graça, como suas sãs tradições, tudo isso
conserva sempre. constitui o patrimônio desse instituto e
seja fielmente conservado por todos.
Cân. 576 Cabe à competente
autoridade da Igreja interpretar os Cân. 579 Os Bispos diocesanos
conselhos evangélicos, regular por podem, com decreto formal, erigir
meio de leis sua prática e, assim, institutos de vida consagrada no seu
constituir pela aprovação canônica respectivo território, contanto que tenha
formas estáveis de viver; a ela cabe sido consultada a Sé Apostólica.
também, na parte que lhe compete, Cân. 580 A agregação de algum
cuidar que os institutos cresçam e instituto de vida consagrada a outro é
floresçam de acordo com o espírito reservada à competente autoridade do
dos fundadores e as sãs tradições. instituto agregante, salva sempre a
Cân. 577 Há na Igreja autonomia canônica do instituto
numerosíssimos institutos de vida agregado.
consagrada que possuem dons
Cân. 581 Cabe à competente
diversos segundo a graça que lhes foi
autoridade do instituto, de
dada, pois seguem mais de perto a
patrimônio, mencionado no cân. 578.
acordo com as constituições, dividir o
§ 2. Cabe aos Ordinários locais
instituto em partes, quaisquer que assegurar e tutelar essa autonomia.
sejam os seus nomes, erigir novas
Cân. 587 § 1. Para se protejer mais
partes, unir as erigidas ou dar-lhes
fielmente a vocação própria e a
novos limites
identidade de cada instituto, no código
Cân. 582 Reservam-se unicamente fundamental ou constituições de cada
àSé Apóstolica as fusões e uniões de
institutos de vida consagrada; a ela instituto, além do que no cân. 578 se
também se reservam as estabelece que se deve conservar,
confederações e federações.
Cân. 583 Mudanças no institutos de devem constar as normas fundamentais
vida consagrada, que atinjam o que foi sobre o regime do instituto e da disciplina
aprovado pela Sé Apóstolica, não se dos membros, de sua incorporação e
podem fazer sem sua licença.
formação, bem como sobre o objeto
Cân. 584 Suprimir um instituto
compete unicamente à Sé Apostólica, a próprio dos vínculos sagrados.
quem se reserva também decidir
quanto a seus bens temporais. § 2. Esse código é aprovado pela
Cân. 585 A supressão de partes do competente autoridade da Igreja e só
instituto pertence à autoridade pode ser mudado com seu
competente do mesmo instituto. consentimento.
§ 3. Nesse código sejam devidamente
Cân. 586 § 1. É reconhecida aos harmonizados os elementos espirituais e
institutos justa autonomia de vida, jurídicos; as normas, porém, não se
multipliquem sem necessidade.
principalmente de regime, pela qual
§ 4. Outras normas, estabelecidas pela
possam ter disciplina própria na Igreja competente autoridade do instituto sejam
e conservar intacto o próprio devidamente reunidas em outros códigos;
elas podem, contudo, ser
convenientemente revistas e adaptadas, Ordinários locais e submetê-los
de acordo com as exigências de lugar e somente a ele próprio ou a outra
tempo. autoridade eclesiástica.
Cân. 588 § 1. O estado de vida Cân. 592 § 1. Para melhor alimentar a
consagrada, por sua natureza, não é comunhão dos institutos com a Sé
nem clerical nem laical. Apostólica, no modo e tempo por ela
determinados, cada Moderador
§ 2. Denomina-se instituto clerical supremo envie à Sé Apostólica breve
aquele que, em razão do fim ou relatório do estado e da vida do
instituto.
objetivo pretendido pelo fundador ou
em virtude de legítima tradição, está § 2. Os Moderadores de qualquer
sob a direção de clérigos, assume o instituto promovam o conhecimento dos
exercício de ordem sagrada e é documentos da Santa Sé que afetam
reconhecido como tal pela autoridade os membros que são confiados a eles
da Igreja. e cuidem que sejam observados.
Cân. 593 Salva a prescrição do cân.
§ 3. Chama-se instituto laical aquele 586, os institutos de direito pontifício,
que, reconhecido como tal pela quanto ao regime interno e àdisciplina,
estão imediata e exclusivamente
autoridade da Igreja, em virtude de sujeitos ao poder da Sé Apostólica.
sua natureza, índole e finalidade, tem Cân. 594 O instituto de direito
empenho próprio, que é definido pelo diocesano, salvo o cân. 586,
permanece sob o cuidado especial do
fundador ou por legítima tradição, e que Bispo diocesano.
não inclui o exercício de ordem
sagrada. Cân. 595 § 1. Compete ao Bispo da
sede principal aprovar as constituições
Cân. 589 Um instituto de vida e confirmar as mudanças nelas
consagrada se diz de direito pontifício legitimamente introduzidas, exceto
se foi erigido pela Sé Apostólica ou aquilo em que a Sé Apostólica tenha
aprovado por um seu decreto formal; tenham intervindo, bem como tratar
de direito diocesano, se foi erigido pelo das questões mais importantes
Bispo diocesano e não obteve da Sé referentes a todo o instituto e que
Apostólica o decreto de aprovação. superam o poder da autoridade interna,
Cân. 590 § 1. Os institutos de vida consultando, porém, os outros Bispos
consagrada, já que dedicados de diocesanos, caso o instituto se tenha
modo especial ao serviço de Deus e de propagado por várias dioceses.
toda a Igreja, estão sujeitos por razão § 2. Em casos particulares, o Bispo
especial à sua autoridade suprema. diocesano pode conceder dispensas
§ 2. Cada membro está obrigado a das constituições.
obedecer ao Sumo Pontífice, como a Cân. 596 § 1. Os superiores e os
seu Superior supremo, em virtude capítulos dos institutos têm sobre os
membros poder definido pelo direito
também do sagrado vínculo de universal e pelas constituições.
obediência. § 2. Nos institutos religiosos clericais
de direito pontifício, porém, têm ainda o
Cân. 591 Para prover melhor ao bem poder eclesiástico de regime para o
do instituto e às necessidades do foro externo e interno.
apostolado, o Sumo Pontífice, em § 3. Ao poder mencionado no § 1
virtude de seu primado na Igreja aplicam-se as prescrições dos cân.
universal tendo em vista o bem comum, 131, 133 e 137-144.
pode eximir os institutos de vida
Cân. 597 § 1. Pode ser admitido num
consagrada do regime dos
instituto de vida consagrada qualquer
católico, que tenha reta intenção, que
possua as qualidades requeridas pelo
direito universal e pelo direito próprio e
que não esteja detido por nenhum fecundidade num coração indiviso,
impedimento. implica a obrigação da continência
§ 2. Ninguém pode ser admitido sem perfeita no celibato.
preparação adequada. Cân. 598 § 1. Cân. 600 O Conselho evangélico da
Cada instituto, de acordo com a índole pobreza, à imitação de Cristo, que
e os fins sendo rico se fez pobre por nós, além
que lhe são próprios, defina em suas de uma vida pobre na realidade e no
constituições o modo
segundo o qual serão observados, espírito, a ser vivida laboriosamente na
conforme o próprio teor de vida os sobriedade e alheia às riquezas
conselhos evangélicos de castidade,
pobreza e terrenas, implica a dependência e a
obedi limitação no uso e na disposição dos
ência. bens, de acordo com o direito próprio
de cada instituto.
§ 2. Todos os membros, porém,
devem não só observar fiel e Cân. 601 O Conselho evangélico da
integralmente os conselhos obediência, assumido com espírito de
evangélicos mas também organizar a fé e amor no seguimento de Cristo
própria vida de acordo com o direito obediente até à morte, obriga à
próprio do instituto e tender assim submissão da vontade aos legítimos
àperfeição de seu estado. Superiores, que fazem as vezes de
Deus quando ordenam de acordo com
Cân. 599 O Conselho evangélico da
as próprias constituições.
castidade, assumido por causa do
Reino dos céus e que é sinal do Cân. 602 A vida fraterna, própria de
mundo futuro e f onte de maior cada instituto, pela qual
Cân. 604 § 1. A essas formas de vida
todos os membros se unem como consagrada se acrescenta a ordem
numa família especial em Cristo, seja das virgens que, emitindo o santo
definida de tal modo, que se torne propósito de seguir a Cristo mais de
para todos auxílio mútuo para a perto, são consagradas a Deus, pelo
vivência da própria vocação. Pela Bispo diocesano, de acordo com o rito
comunhão fraterna, porém, radicada e
litúrgico aprovado, misticamente
fundamentada na caridade, os
desposadas com Cristo Filho de Deus e
membros sirvam de exemplo da
dedicadas ao serviço da Igreja.
reconciliação universal em Cristo.
§ 2. Para cumprir mais fielmente seu
Cân. 603 § 1. Além dos institutos de
objetivo e aprimorar o serviço a Igreja,
vida consagrada, a Igreja reconhece a
adequado a seu estado, mediante ajuda
vida eremítica ou anacorética, com a
mútua, as virgens podem se associar.
qual os fiéis, por uma separação mais
rígida do mundo, pelo silêncio da Cân. 605 Reserva-se unicamente à Sé
solidão, pela assídua oração e Apostólica aprovar novas formas de vida
penitência, consagram a vida ao louvor consagrada. Os Bispos diocesanos,
de Deus e àsalvação do mundo. porém, se esforcem para discernir
novos dons de vida consagrada
§ 2. O eremita como dedicado a Deus
confiados pelo Espírito Santo à Igreja:
na vida consagrada, é reconhecido pelo
ajudem seus promotores para que
direito, se professar publicamente os
expressem e protejam, do melhor modo
três conselhos evangélicos,
possível, seus objetivos, com estatutos
confirmados por voto ou por outro
adequados especialmente usando as
vínculo sagrado, nas mãos do Bispo
normas gerais contidas nesta parte.
diocesano, e se mantiver o próprio
modo de vida sob a orientação dele. Cân. 606 O que se estabelece sobre os
institutos de vida consagrada e seus
membros vale, com igual direito, para
ambos os sexos, a não ser que
conste o contrário pelo contexto das § 2. Para erigir um mosteiro de monjas
palavras ou pela natureza da coisa. se requer também a licença da Sé
Apostólica.
TÍTULO II Cân. 610 § 1. A ereção das casas se
DOS INSTITUTOS RELIGIOSOS faz tendo em vista a utilidade da Igreja
e do instituto, e garantindo o que se
requer para que a vida religiosa dos
Cân. 607 § 1. A vida religiosa, membros seja devidamente vivida, de
enquanto consagração da pessoa acordo com os fins próprios e o espírito
do instituto.
toda, manifesta na Igreja o maravilhoso
matrimônio estabelecido por Deus, § 2. Nenhuma casa seja erigida, a não
ser que se possa com prudência julgar
sinal do mundo vindouro.Assim, o que se proverá devidamente às
religioso consuma a doação total de si necessidades dos membros.
mesmo como sacrifício oferecido a Cân. 611 O consentimento do Bispo
diocesano para a ereção de uma casa
Deus, pelo qual a sua existência toda religiosa de algum instituto implica o
se torna culto contínuo a Deus na direito de:
caridade. 1° - viver segundo a índole própria e
os fins específicos do instituto;
§ 2. O instituto religioso é uma 2° - exercer as atividades próprias
sociedade, na qual os membros, de do instituto de acordo com o direito,
salvas as condições apostas ao
acordo com o direito próprio, fazem consentimento;
votos públicos perpétuos ou
3° - para os institutos clericais,
temporários a serem renovados ao
uma igreja, salva a prescrição do
término do prazo, e levam vida fraterna
cân. 1215, § 3, e exercer os
em comum.
mistérios sagrados, observado o
§ 3. O testemunho público de Cristo e que de direito se deve observar.
da Igreja, a ser dado pelos religiosos,
implica a separação do mundo que é Cân. 612 Para uma casa religiosa ser
própria da índole e finalidade de cada
instituto. destinada as atividades apostólicas
Capítulo I diversas daquelas para que foi
constituída, requer- se o consentimento
DAS CASAS RELIGIOSAS E
DE SUA EREÇÃO E do Bispo diocesano; não, porém, se se
SUPRESSÃO tratar de mudança que, salvas as leis
Cân. 608 A comunidade religiosa de fundação, se refira unicamente ao
deve habitar em casa legitimamente regime e àdisciplina interna.
constituída, sob a autoridade do Cân. 613 § 1. Uma casa religiosa de
Superior designado de acordo com o cônegos regulares e de monges, sob o
regime e o cuidado do próprio
direito; cada casa tenha ao menos Moderador, é sui iuris, salvo
um oratório, onde se celebre e se determinação contrária das
constituições.
conserve a Eucaristia, a qual seja
verdadeiramente o centro da § 2. O Moderador de uma casa sui iuris
comunidade. é, por direito, Superior maior.
Cân. 609 § 1. As casas de um instituto Cân. 614 Os mosteiros de monjas,
religioso são erigidas pela autoridade associados a algum instituto
competente de acordo com as masculino, têm a própria organização
constituições, com o prévio de vida e regime de acordo com as
consentimento do Bispo diocesano, constituições. Os direitos e
dado por escrito. obrigações rec íprocas sejam definidos
de tal modo que, com a associação,
possa crescer o bem espiritual.
Cân. 615 O mosteiro sui iuris que, além
do próprio Moderador, não tem outro
Superior maior nem está associado a
algum instituto de religiosos, de tal nesse caso, é reservado também dar
modo que sobre esse mosteiro seu disposições a respeito dos bens.
Superior tenha verdadeiro poder § 3. Cabe ao capítulo geral suprimir
determinado pelas constituições, é uma casa autônoma, mencionada no
confiado, de acordo com o direito, cân. 613, salvo determinação contrária
àvigilância especial do Bispo.
das constituições.
Cân. 616 § 1. Uma casa religiosa § 4. Compete à Santa Sé suprimir um
legitimamente erigida pode ser mosteiro sui iuris de monjas,
observando-se as prescrições das
supressa pelo Moderador supremo, constituições quanto aos bens.
de acordo com as constituições,
consultando-se ao Bispo diocesano. Capítulo II
Quanto aos bens da casa supressa, DO REGIME DOS INSTITUTOS
providencie o direito próprio do
Art.
instituto, respeitando-se a vontade dos
1
fundadores e doadores e os direitos
legitimamente adquiridos. Dos Superiores e dos Conselhos
§ 2. A supressão da única casa de um Cân. 617 Os Superiores desempenhem
seu ofício e exerçam seu poder de
instituto compete à Santa Sé, à qual acordo com o direito universal e com o
direito próprio.
desanimados, sejam pacientes com
Cân. 618 Os Superiores exerçam em todos.
espírito de serviço o seu poder,
recebido de Deus pelo ministério da Cân. 620 Superiores maiores são os
Igreja. Dóceis, portanto, à vontade de que governam todo o instituto, uma sua
Deus no desempenho do cargo, província, uma parte a ela equiparada,
governem seus súditos como a filhos ou uma casa autônoma, bem como
de Deus, e promovam, com todo o seus vigários. A estes acrescentam-se
respeito àpessoa humana, a obediência o Abade Primaz e o Superior de
voluntária deles; ouçam-nos de bom congregação monástica que, todavia,
grado e promovam a colaboração deles não têm todo o poder que o direito
para o bem do instituto e da Igreja, universal confere aos Superiores
mantendo-se, entretanto, firme sua maiores.
autoridade de decidir e prescrever o Cân. 621 Dá-se o nome de província a
que deve ser feito. união de mais casas que, sob o mesmo
Cân. 619 Os Superiores se dediquem Superior, constitua uma parte imediata
diligentemente a seu ofício e, desse instituto e seja canonicamente
juntamente com os membros que erigida pela legítima autoridade.
lhes estão confiados, se esforcem Cân. 622 O Moderador supremo tem
para construir uma comunidade poder sobre todas as províncias, casas
fraterna em Cristo, na qual se busque e e membros do instituto, a ser exercido
se ame a Deus antes de tudo. Nutram, de acordo com o direito próprio; os
pois, os membros com o alimento outros Superiores o têm dentro dos
freqüente da Palavra de Deus e os limites do próprio ofício.
levem à celebração da sagrada liturgia.
Sirvam-lhes de exemplo no cultivo das Cân. 623 Para que os membros sejam
virtudes e na observância das leis e validamente nomeados ou eleitos para o
tradições do próprio instituto; atendam ofício de Superior, requer-se tempo
convenientemente às suas conveniente depois da profissão
necessidades pessoais; tratem com perpétua ou definitiva, a ser determinado
solicitude e visitem os doentes, pelo direito próprio, ou, tratando-se de
corrijam os rebeldes, consolem os Superiores maiores, pelas constituições.
Cân. 624 § 1. Os Superiores sejam Além disso, abstenham-se de angariar
constituídos por determinado e votos, direta ou indiretamente, para si
conveniente período de tempo, mesmos ou para outros.
segundo a natureza e a necessidade Cân. 627 § 1. De acordo com as
constituições, tenham os Superiores o
do instituto, a não ser que as próprio conselho, de cujo auxílio
constituições determinem o contrário usem no exercício do cargo.
para o Moderador supremo e para os § 2. Além dos casos prescritos no
Superiores de uma casa sui iuris. direito universal, o direito próprio
§ 2. O direito próprio providencie, determine os casos em que, para agir
mediante normas adequadas, que os validamente, se requer o consentimento
Superiores constituídos por tempo ou o conselho, que deve ser solicitado
determinado não permaneçam durante de acordo com o cân. 127.
muito tempo sem interrupção em ofícios Cân. 628 § 1. Os Superiores
de governo. designados pelo direito próprio para
esse ofício visitem, nos tempos
§ 3. Podem, porém, durante o determinados, as casas e os membros
encargo, ser destituídos do ofício ou que lhes estão confiados, de acordo
transferidos para outro por causas com as normas do direito próprio.
determinadas pelo direito próprio. § 2. Os Bispos diocesanos têm o direito
Cân. 625 § 1. O Moderador supremo e o dever de visitar, mesmo no que se
do instituto seja designado mediante refere àdisciplina religiosa:
eleição canônica, de acordo com as 1° - os mosteiros sui iuris
constituições.
mencionados no cân. 615; 2° - as
§ 2. O Bispo diocesano da sede casas de um instituto de direito
principal preside às eleições do
diocesano
Superior de mosteiro sui iuris, situadas no seu
mencionado no cân. 615, e do território.
Moderador supremo de instituto de § 3. Os membros procedam com
direito diocesano. confiança para com o visitador, a
§ 3. Os outros superiores sejam quem devem responder segundo a
constituídos de acordo com as verdade na caridade, quando os
constituições; mas de tal modo que, se interrogar legitimamente; a ninguém é
são eleitos, necessitem da confirmação lícito desviar dessa obrigação ou
do Superior maior competente; se são impedir, de outro modo, a finalidade da
nomeados pelo Superior, haja antes visita.
consulta adequada. Cân. 629 Os Superiores residam cada
Cân. 626 Os Superiores ao conferir os qual em sua casa, e não se afastem
ofícios, e os membros nas eleições, dela, a não ser de acordo com o
observem as normas do direito direito próprio.
universal e do direito próprio; Cân. 630 § 1. Os Superiores respeitem
abstenham-se de qualquer abuso ou a justa liberdade dos membros quanto
discriminação de pessoas e, nada mais ao sacramento da penitência e à
tendo em vista senão a Deus e o bem direção de consciência, salva porém a
do instituto, nomeiem ou elejam os que disciplina do instituto.
no Senhor reconhecerem ser v § 2. Os Superiores, de acordo com o
erdadeiramente dignos e idôneos. direito, sejam solícitos em que haja,
àdisposição dos membros, confessores
idôneos com os quais estes possam
confessar-se freqüentemente.
§ 3. Nos mosteiros de monjas, nas
casas de formação e nas comunidades
laicais mais numerosas, haja
confessores ordinários, aprovados pelo
Ordinário local após consulta à modo que, representando todo o
comunidade, sem haver, contudo, instituto, se torne verdadeiro sinal da
nenhuma obrigação de ir ter com eles. sua unidade na caridade. Compete- lhe
§ 4. Os Superiores não ouçam principalmente: tutelar o patrimônio do
confissões dos súditos, a não ser que instituto, mencionado no cân. 578 e,
eles o peçam espontaneamente.
de acordo com ele, promover
§ 5. Os membros procurem com adequada renovação, eleger o
confiança os Superiores, podendo Moderador supremo, tratar questões
abrir-lhes livre e espontaneamente o mais importantes, e dar normas as
próprio ânimo. Os Superiores, porém, quais todos são obrigados a obedecer.
são proibidos de induzi-los, de
qualquer modo que seja, a § 2. A composição do capítulo e o
manifestar-lhes a própria consciência. âmbito do seu poder sejam definidos
nas constituições; além disso, o
Art. direito próprio determine o regimento a
ser observado na celebração do
2 Dos
capítulo, principalmente quanto às
Capítul eleições e à organização da pauta.

os § 3. De acordo com as normas


determinadas no direito próprio, não
Cân. 631 § 1. O capítulo geral, que só as províncias e comunidades
detém a autoridade suprema num locais, mas também cada membro pode
instituto, de acordo com as livremente enviar suas propostas
constituições, seja formado de tal
e sugestões ao Cân. 634 § 1. Os institutos, províncias e
capítulo geral. casas, enquanto pessoas jurídicas, têm
ipso iure a capacidade de adquirir,
Cân. 632 O direito próprio determine possuir, administrar e alienar bens
cuidadosamente o que se refere a temporais, a não ser que essa
outros capítulos do instituto e a outras capacidade seja excluída ou limitada
reuniões semelhantes, isto é, sua pelas constituições.
natureza, autoridade, composição,
§ 2. Evitem, porém, qualquer
modo de proceder e tempo de manifestação de luxo, de lucro
celebração. imoderado e acúmulo de bens.
Cân. 633 § 1. Os órgãos de Cân. 635 § 1. Os bens temporais dos
participação ou de consulta cumpram institutos religiosos, enquanto
fielmente o encargo que lhes foi eclesiásticos, se regem pelas prescrições
confiado, de acordo com o direito do Livro V Dos bens temporais da
universal e o direito próprio, e Igreja, salvo determinação expressa em
exprimam a seu modo o empenho e a contrário.
participação de todos os membros para § 2. Todos os institutos, porém,
o bem de todo o instituto ou da estabeleçam normas adequadas sobre
comunidade. uso e administração dos bens, pelas
§ 2. Na determinação e uso de tais quais seja promovida, defendida e
meios de participação e de consulta, expressa a pobreza que lhes é própria.
observe-se sábia discrição, e seu modo
de proceder seja conforme com a
índole e finalidade do instituto. Cân. 636 § 1. Em todos os institutos e,
de modo semelhante, em todas as
Art. províncias governadas por um Superior
3 maior, haja um ecônomo, distinto do
Dos Bens Temporais e sua Superior maior e constituído de acordo
Administração com o direito próprio, que administre os
bens sob a direção do respectivo obrigações, mesmo com a licença dos
Superior. Também nas Comunidades Superiores, é obrigada ela própria a
locais se constitua, quanto possível, um responder por elas.
ecônomo distinto do Superior local. § 2. Se as tiver contraído um membro
com licença do Superior e com os
§ 2. No tempo e modo determinados próprios bens, deve responder
pelo direito próprio, os ecônomos e pessoalmente; mas se tiver feito
outros administradores prestem contas negócio por mandato do Superior do
da própria administração àautoridade instituto, o instituto deve responder.
competente.
§ 3. O Superior maior pode permitir que
Cân. 637 Os mosteiros sui iuris, o grupo de noviços, em determinados
mencionados no cân. 615, devem períodos de tempo, more em outra casa
prestar contas da administração ao do instituto por ele designada. § 3. Se
Ordinário local uma vez por ano; é as tiver contraído um religioso sem
também direito do Ordinário local nenhuma licença do Superior, deve
examinar a administração econômica responder ele mesmo e não a pessoa
da casa religiosa de direito diocesano. jurídica.
Cân. 638 § 1. Compete ao direito § 4. Entretanto, fique sempre garantido
próprio, dentro do âmbito do direito que se pode mover ação contra quem
lucrou em conseqüência do contrato
universal, determinar os atos que feito.
excedam os limites e o modo da § 5. Cuidem os Superiores religiosos
administração ordinária e estabelecer o de não permitir que se contraiam
que é necessário para praticar dívidas, a não ser que conste com
validamente um ato de administração certeza que se possam pagar, com as
extraordinária. rendas ordinárias, os juros da dívida e,
§ 2. Além dos Superiores, fazem em prazo não muito longo, devolver o
validamente despesas e atos de capital por legítima amortização.
Administração ordinária, dentro dos Cân. 640 De acordo com as condições
limites de seu cargo, os oficiais para locais, os institutos façam o possível
tanto designados no direito próprio. para dar um testemunho como que
§ 3. Para a validade de uma alienação e coletivo de caridade e pobreza, e,
de qualquer negócio em que a condição enquanto possível, contribuam com
patrimonial da pessoa jurídica pode alguma coisa dos próprios bens para
tornar- se pior, requer-se a licença as necessidades da Igreja e o sustento
escrita do Superior competente com o dos pobres.
consentimento de seu conselho. Capítulo III
Tratando-se, porém, de negócio que
DA ADMISSÃO DOS CANDIDATOS E
ultrapasse a soma determinada pela DA FORMAÇÃO DOS MEMBROS
Santa Sé para cada região, de ex -
Art.
votos dados à Igreja ou de coisas
1
preciosas por valor artístico ou
histórico, requer-se ainda a licença da Da Admissão para o Noviciado
própria Santa Sé. Cân. 641 O direito de admitir
candidatos para o noviciado compete
§ 4. Para os mosteiros sui iuri aos Superiores maiores, de acordo
mencionados no cân. 615 e para os com o direito próprio.
institutos de direito diocesano, é Cân. 642 Os Superiores, com
necessário ainda o consentimento atencioso cuidado, admitam somente
escrito do Ordinário local. aqueles que, além da idade requerida,
Cân. 639 § 1. Se uma pessoa jurídica tenham saúde, índole adequada e
tiver contraído dívidas e suficientes qualidades de maturidade
para abraçar a vida própria do
instituto; essa saúde, índole e
maturidade sejam comprovadas, se mesmo modo;
necessário, por meio de peritos, salva 5° - quem tenha ocultado sua
a prescrição do cân. 220. incorporação a um instituto de vida
consagrada ou a uma sociedade de
Cân. 643 § 1. Admite-se vida apostólica.
invalidamente para o noviciado: § 2. O direito próprio pode estabelecer
outros impedimentos, mesmo para a
1° - quem não tenha completado validade da admissão, ou colocar
ainda dezessete anos de idade; condições para ela.
2° - o cônjuge, enquanto Cân. 644 Os Superiores não admitam
perdurar o matrimônio; para o noviciado clérigos seculares,
sem consultar o Ordinário deles, nem a
3° - quem, por vínculo sagrado,
endividados insolventes.
esteja ligado a instituto de vida
consagrada ou incorporado a uma Cân. 645 § 1. Antes de serem
sociedade de vida apostólica, admitidos para o noviciado, os
salva a prescrição do cân. 684; candidatos devem exibir a certidão de
batismo, de confirmação e de estado
4° - quem ingressa no instituto,
livre.
por violência, medo grave ou dolo,
ou quem o Superior induzido pelo § 2. Tratando-se de admitir clérigos ou
quem já foi admitido
ser feito na casa devidamente
em outro instituto de vida consagrada, designada para isso. Em casos
sociedade de vida apostólica ou particulares e por exceção, mediante
seminário requer-se ainda o parecer concessão do Moderador supremo com
respectivamente do Ordinário local, do o consentimento de seu conselho, o
Superior maior do instituto ou candidato pode fazer o noviciado em
sociedade, ou do reitor do seminário. outra casa do instituto, sob a direção de
§ 3. O direito próprio pode exigir outras um religioso experiente, que faça as
informações sobre a idoneidade vezes do mestre de noviços.
requerida para os candidatos e sobre a § 3. O Superior maior pode permitir que
ausência de impedimentos. o grupo de noviços, em determinados
§ 4. Os Superiores podem pedir ainda períodos de tempo, more em outra casa
outras informações, mesmo sob
segredo, se lhes parecer necessário. do instituto por ele designada.
Art. Cân. 648 § 1. Para ser válido, o
noviciado deve compreender doze
2 meses a serem passados na própria
comunidade do noviciado, salva a
Do Noviciado e da prescrição do cân. 647 § 3.
Formação dos Noviços § 2. Para aperfeiçoar a formação dos
noviços, as constituições, além do
Cân. 646 O noviciado, com o qual se tempo mencionado no § 1, podem
estabelecer um ou vários períodos de
começa a vida no instituto, destina-se experiência apostólica a serem passados
a que os noviços conheçam melhor a fora da comunidade do noviciado.
vocação divina, a vocação própria do § 3. O noviciado não pode prolongar-se
instituto, façam experiência do modo de por mais de dois anos.
viver do instituto, conformem com o Cân. 649 § 1. Salvas as prescrições do
espírito dele a mente e o coração e cân. 647 § 3 e do cân. 648 § 2, a
comprovem sua intenção e idoneidade. ausência da casa do noviciado que
Cân. 647 § 1. A ereção, tranferência e ultrapassar três meses, contínuos ou
supressão do noviciado sejam feitas intermitentes, torna inválido o noviciado.
por decreto escrito do Moderador
supremo do instituto com o A ausência que ultrapassar quinze dias
consentimento de seu conselho. deve ser suprida.
§ 2. Para ser válido, o noviciado deve § 2. Com licença do Superior maior
competente, a primeira profissão pode
ser antecipada, mas não mais de própria do
instituto.
quinze dias.
§ 2. Os noviços sejam levados a
Cân. 650 § 1. A finalidade do noviciado
cultivar as virtudes humanas e cristãs;
exige que os noviços sejam formados
sejam introduzidos no caminho mais
sob a direção do mestre, segundo
intenso da perfeição pela oração e pela
as diretrizes da formação, que devem
renúncia de si mesmos; sejam
ser determinadas pelo direito próprio.
instruídos para contemplar o mistério da
§ 2. A direção dos noviços, sob a salvação e para ler e meditar as
autoridade dos Superiores maiores, é
reservada unicamente ao mestre. sagradas Escrituras; sejam preparados
Cân. 651 § 1. O mestre dos noviços para prestar o culto divino na sagrada
seja membro do instituto, tenha liturgia; aprendam a levar em Cristo
professado os votos perpétuos e seja uma vida consagrada a Deus e aos
legitimamente designado. homens, mediante os conselhos
evangélicos; sejam informados sobre a
§ 2. Se for necessário, podem- se dar índole e o espírito do instituto, sua
ao mestre colaboradores, que lhe finalidade e sua disciplina, sua historia
estejam sujeitos no que se refere à e sua vida; sejam imbuídos de amor à
direção do noviciado e às diretrizes da Igreja e aos seus sagrados Pastores.
formação.
§ 3. Conscientes da própria
§ 3. A formação dos noviços sejam responsabilidade, os noviços
destinados membros diligentemente colaborem de tal modo com seus
preparados que, livres de outros mestres, que correspondam fielmente
empenhos, possam cumprir seu ofício àgraça da vocação divina.
frutuosa e estavelmente.
§ 4. Os membros do instituto, na parte
Cân. 652 § 1. Compete ao mestre e a
seus colaboradores discernir e que lhes cabe, cuidem de colaborar no
comprovar a voc ação dos noviços e trabalho de formação dos noviços,
formá -los gradualmente para viverem
devidamente a vida de perfeição com o exemplo de vida e pela oração.
§ 5. O tempo do noviciado, mencionado
no cân. 648 § 1, seja empregado na
atividade propriamente formativa; por
isso, os noviços não se ocupem com
estudos e encargos que não servem
diretamente para essa formação.
Cân. 653 § 1. O noviço pode abandonar
livremente o instituto; a autoridade
competente do instituto pode demiti-lo.
§ 2. Concluído o noviciado, o noviço
seja admitido àprofissão temporária, se
for julgado idôneo; caso contrário, seja
demitido; se ainda houver dúvida
sobre sua idoneidade, o tempo de
prova pode ser prorrogado pelo
Superior maior, de acordo com o direito
próprio, não porém mais de seis meses.
Art.
3
Da Profissão Religiosa
Cân. 654 Pela profissão religiosa os competente com o voto de seu
conselho, de acordo com o direito;
membros assumem, com voto público,
4° - seja expressa e emitida sem
a observância dos três conselhos violência, medo grave ou dolo;
evangélicos, consagram-se a Deus 5° - seja recebida pelo legítimo
pelo ministério da Igreja e são Superior, por si ou por outro.
incorporados ao instituto com os Cân. 657 § 1. Decorrido o tempo para
direitos e deveres definidos pelo o qual foi feita a profissão, o religioso,
que o pedir espontaneamente e for
direito. julgado idôneo, seja admitido à
renovação da profissão ou à profissão
Cân. 655 Faça-se profissão perpétua; caso contrário, se retire.
temporária pelo tempo definido pelo
direito próprio; esse tempo não seja § 2. Contudo, se parecer oportuno, o
menor do que três anos, nem maior
do que seis período da profissão temporária pode
Cân. 656 Para a validade da profissão ser prorrogado pelo Superior
temporária requer-se que: competente, de acordo com o direito
1° - quem vai emiti-la tenha próprio, de modo, porém, que todo o
completado ao menos dezoito tempo em que membro permanece
anos de idade;
vinculado pelos votos temporários não
2° - noviciado tenha sido ultrapasse nove anos.
feito validamente;
§ 3. A profissão perpétua pode ser
3° - tenha havido admissão, feita antecipada por justa causa, não porém
livremente pelo Superior mais de três meses.
preparam para receber ordens sagradas
Cân. 658 Além das condições rege-se pelo direito universal e pelas
mencionadas no cân. 656, n.3, 4 e 5 e diretrizes para os estudos próprias do
outras colocadas pelo direito próprio, instituto.
para a validade da profissão perpétua
requer-se: Cân. 660 § 1. A formação seja
sistemática, adaptada à capacidade dos
1° - ao menos vinte e um anos membros, espiritual e apostólica,
completos; doutrinal e ao mesmo tempo prática,
2° - a profissão temporária prévia, com a obtenção de títulos
ao menos por três anos, salva a
prescrição do cân. 657 § 3. correspondentes, eclesiásticos ou civis,
de acordo com a oportunidade.
Art.
4 § 2. Durante o tempo dessa formação,
não se confiem aos membros encargos
e atividades que venham impedi-la.
Da Formação dos
Religiosos Cân. 661 Por toda a vida, os religiosos
continuem diligentemente sua formação
Cân. 659 § 1. Em cada instituto, depois
espiritual, doutrinal e prática; os
da primeira profissão, deve ser
Superiores proporcionem a eles meios e
completada a formação de todos os
tempo para isso.
membros, a fim de viverem mais
intensamente a vida própria do instituto Capítulo IV
e cumprirem mais adequadamente sua DAS OBRIGAÇÕES E DIREITOS
missão. DOS INSTITUTOS E DE SEUS
MEMBROS
§ 2. Por isso, o direito próprio deve Cân. 662 Os religiosos tenham como
definir as diretrizes dessa formação e regra suprema da vida o seguimento de
Cristo, proposto no Evangelho e
sua duração, levando em conta as expresso nas constituições do próprio
necessidades da Igreja e as condições instituto.
dos homens e dos tempos, conforme o Cân. 663 § 1. A contemplação das
exigem a finalidade e a índole do coisas divinas e a união com Deus pela
instituto. oração assídua seja o primeiro e
§ 3. A formação dos membros que se principal dever de todos os religiosos.
§ 2. Os membros, quanto possível,
participem todos os dias do sacrifício instit
eucarístico, recebam o santíssimo uto.
Corpo de Cristo e adorem o próprio § 2. Quem permanecer ilegitimamente
Senhor presente no Sacramento. fora da casa religiosa, com a intenção
§ 3. Dediquem-se à leitura da sagrada de se subtrair ao poder dos Superiores,
Escritura e à oração mental, celebrem seja por eles procurado com solicitude
dignamente a liturgia das horas de e ajudado para que retorne e persevere
acordo com as prescrições do direito na sua vocação.
próprio, mantendo-se para os clérigos Cân. 666 No uso dos meios de
a obrigação mencionada no cân. 276 § comunicação, observe-se a necessária
2, n. 3, e façam outros exercícios de discrição e evite-se o que é prejudicial
piedade. à própria vocação e perigoso para a
§ 4. Honrem, mediante culto especial, a castidade de uma pessoa consagrada.
Virgem Mãe de Deus, modelo e Cân. 667 § 1. Em todas as casas se
observe a clausura adequada à índole
proteção de toda vida consagrada, e à missão do instituto, de acordo com
também com o rosário mariano. as determinações do direito próprio,
reservando-se sempre uma parte da
§ 5. Observem fielmente os casa religiosa unicamente para os
membros.
dias do retiro anual.
§ 2. Deve ser observada uma
Cân. 664 Os religiosos se esforcem na disciplina mais estrita de clausura nos
mosteiros destinados àvida
sua própria conversão para Deus, contemplativa.
façam também todos os dias o exame § 3. Os mosteiros de monjas que se
de consciência e se aproximem destinam inteiramente à vida
freqüentemente do sacramento da contemplativa devem observar a
penitência. clausura papal, isto é, de acordo com
Cân. 665 § 1. Os religiosos residam na as normas dadas pela Sé Apostólica.
própria casa religiosa, observando a Os outros mosteiros de monjas
vida comum, e dela não se afastem observem a clausura adequada à
sem a licença de seu Superior. própria índole e definida nas
Tratando-se, porém, de ausência constituições.
prolongada de casa, o Superior maior, § 4. O Bispo diocesano tem a
com o consentimento de seu conselho faculdade de entrar, por justa causa,
e por justa causa, pode permitir a um dentro da clausura dos mosteiros de
alguém que possa viver fora da casa do monjas que estão situados em sua
instituto, não porém mais de um ano, a diocese, e de permitir, por causa grave
não ser para cuidar de doença, por e com anuência da Superiora, que
razão de estudos ou de exercício de outros sejam admitidos na clausura, e
um apostolado em nome do que as monjas dela saiam pelo tempo
verdadeiramente necessário.
Cân. 668 § 1. Os noviços, antes da
primeira profissão, cedam a
administração de seus bens a quem
preferirem e, salvo determinação
contrária das constituições,
disponham livremente do uso e usufruto
deles. Façam, porém, ao menos antes
da profissão perpétua, testamento que
seja válido também no direito civil.
§ 2. Para modificar, por justa causa, professo que tiver renunciado
essas disposições e para praticar
qualquer ato referente aos bens plenamente a seus bens, perde a
temporais, necessitam da licença do capacidade de adquirir e possuir; por
Superior competente, de acordo com
o direito próprio. isso, pratica invalidamente atos
§ 3. Qualquer coisa que o religioso contrários ao voto de pobreza. Mas o
adquire por própria industria ou em que lhe advém depois da renúncia
vista do instituto, adquire para o pertence ao instituto, de acordo com o
instituto. O que lhe advém de direito.
qualquer modo por motivo de Cân. 669 § 1. Os religiosos usem o
pensão, subvenção ou seguro, é hábito do instituto confeccionado de
adquirido pelo instituto, salvo acordo com o direito próprio, como
determinação contrária do direito sinal de sua consagração e como
próprio. testemunho de pobreza.
§ 4. Pela natureza do instituto, quem § 2. Os religiosos clérigos de instituto
que não tem hábito próprio usem a
deve renunciar plenamente aos seus veste clerical de acordo com o cân.
bens, faça sua renúncia em forma, 284.
quanto possível, válida também pelo Cân. 670 O instituto deve proporcionar
aos membros tudo o que lhes é
direito civil, antes da profissão necessário, de acordo com as
perpétua, com validade a partir do dia constituições, para alcançar a
finalidade de sua vocação.
da profissão. Faça a mesma coisa o
professo de votos perpétuos que, de Cân. 671 Sem a licença do legítimo
acordo com o direito próprio, queira Superior, o religioso não aceite
renunciar parcial ou totalmente a seus encargos e ofícios f ora do próprio
bens com licença do Moderador instituto.
supremo. Cân. 672 Os religiosos são obrigados
§ 5. Pela natureza do instituto, o as prescrições do cân.
apostolado ativo, os membros desses
277, 285, 286, 287 e 289, e os institutos não podem ser chamados para
religiosos clérigos, além disso, as prestar ajuda nos diversos ministérios
prescrições do cân. 279 § 2; nos pastorais.
instituto laicais de direito pontifício, a
licença mencionada no cân. 285 § 4 Cân. 675 § 1. Nos institutos dedicados
pode ser concedida pelo próprio às obras de apostolado, a ação
Superior maior. apostólica pertence a sua própria
natureza. Conseqüentemente, toda a
Capítulo V vida dos membros seja imbuída do
DO APOSTOLADO DOS INSTITUTOS espírito apostólico, e toda a ação
Cân. 673 O apostolado de todos os apostólica seja imbuída de espírito
religiosos consiste, antes de tudo, no religioso.
testemunho de sua vida consagrada,
que devem sustentar com a oração e a § 2. A ação apostólica deve sempre
penitência. proceder da íntima união com Deus, e a
confirme e alimente.
Cân. 674 Os institutos § 3. A ação apostólica, a ser exercida em
inteiramente destinados nome e por mandato da Igreja, se realize
à contemplação têm sempre parte em comunhão com ela.
importante no Corpo místico de Cristo, Cân. 676 Os institutos laicais, de
pois oferecem exímio sacrifício de homens e de mulheres, participam do
louvor a Deus, iluminam o povo de múnus pastoral da Igreja e prestam aos
Deus com abundantes frutos de homens muitíssimos serviços por meio
santidade e o fazem crescer através de obras de misericórdia espirituais e
de mis teriosa fecundidade apostólica. corporais; permaneçam, pois, fielmente
Por isso, embora urja a necessidade de na graça da própria vocação.
Cân. 677 § 1. Superiores e súditos § 2. Nesses casos, faça-se um
mantenham fielmente a missão e as convênio escrito entre o Bispo
obras próprias do instituto; entretanto, diocesano e o Superior maior
as adaptem com prudência, levando em competente do instituto, entre outras
conta as necessidades de tempo e coisas, se defina expressa e
lugar, usando também de meios novos cuidadosamente o que se refere ao
e oportunos. trabalho a ser realizado, aos membros
§ 2. Os institutos, porém, se tiverem a serem a ele destinados e às questões
associações de fiéis que lhes estejam econômicas.
unidas, ajudem-nas com especial
cuidado, a fim de se impregnarem do
genuíno espírito de sua família. Cân. 682 § 1. Tratando-se de conferir
Cân. 678 § 1. Os religiosos estão ofício eclesiástico na diocese a um
sujeitos ao poder dos Bispos, aos religioso, este é nomeado pelo Bispo
quais devem obedecer, com devotado diocesano, com apresentação ou pelo
respeito e reverência, no que se refere
à cura de almas, ao exercício público menos anuência do Superior
do culto divino e às outras obras de
apostolado. competente.
§ 2. No exercício do apostolado § 2. O religioso pode ser destituído
externo, os religiosos estão sujeitos do ofício que lhe foi confiado, a juízo
também aos próprios Superiores e da autoridade que o conferiu, avisado
devem permanecer fiéis à disciplina do o Superior religioso, ou a juízo do
instituto; os próprios Bispos, se Superior, avisado quem o conferiu, não
necessário, não deixem de urgir essa se exigindo o consentimento do outro.
obrigação.
Cân. 683 § 1. O Bispo diocesano pode
§ 3. Na organização das atividades
apostólica dos religiosos, é necessário visitar, por si ou por outro, as igrejas e
que os Bispos diocesanos e os oratórios freqüentados habitualmente
Superiores religiosos procedam com
mútuo entendimento. pelos fiéis, as escolas e outras obras
de religião ou de caridade espiritual ou
Cân. 679 O Bispo diocesano, urgindo-
temporal confiadas aos religiosos, por
o causa gravíssima, pode proibir a um
ocasião da visita pastoral e ainda em
membro de instituto religioso que resida
caso de necessidade; não, porém, as
na diocese, caso o Superior maior,
escolas abertas exclusivamente aos
avisado, tenha deixado de tomar
alunos próprios do instituto.
providências, levando porém
imediatamente a questão àSanta Sé. § 2. Se tiver encontrado abusos, tendo
inutilmente avisado o Superior, pode
Cân. 680 Entre os diversos institutos, e
tomar providências pessoalmente por
também entre eles e o clero secular,
própria autoridade.
seja promovida uma cooperação
organizada e, sob a direção do Bispo Capítulo VI
diocesano, uma coordenação de todos DA SEPARAÇÃO DO INSTITUTO
os trabalhos e atividades apostólicas,
respeitando-se a índole, a finalidade de Art.
cada instituto e as leis de fundação. 1
Cân. 681 § 1. As obras confiadas pelo Da Passagem para outro Instituto
Bispo diocesano aos religiosos estão Cân. 684 § 1. Um membro de votos
sujeitas a autoridade e direção do perpétuos não pode passar do próprio
Bispo, mantendo-se o direito dos instituto religioso para outro, a não ser
Superiores religiosos de acordo com o por concessão dos Moderadores
cân. 678 § 2 e § 3. supremos de ambos os institutos com o
consentimento dos respectivos
conselhos.
§ 2. Depois de completada a prova, que
deve ser prolongada pelo menos por
três anos, o membro pode ser Sé, a cujas determinações se deve
admitido à profissão perpétua no novo obedecer.
instituto. Se, porém, ele se negar a Cân. 685 § 1. Até à emissão da
emitir a profissão ou a ela não for profissão no novo instituto,
admitido pelos Superiores permanecendo os votos, suspendem-
competentes, volte para o instituto se os direitos e obrigações que o
anterior, a não ser que tenha obtido o membro tinha no instituto anterior;
indulto de secularização. desde o começo da prova, porém, ele
§ 3. Para que um religioso possa está obrigado àobservância do direito
passar de um mosteiro sui iuris a próprio do novo instituto.
outro do mesmo instituto, federação ou § 2. Pela profissão no novo instituto, o
confederação, se requer e é suficiente membro fica a ele incorporado,
o consentimento do Superior maior de cessando os votos, direitos e
ambos os mosteiros e do capítulo do obrigações precedentes.
mosteiro que o recebe, salvos os
outros requisitos estabelecidos pelo Art.
direito próprio; não se requer nova 2
profissão. Da Saída do Instituto
§ 4. O direito próprio determine o
tempo e o modo da prova que deve Cân. 686 § 1. O Moderador supremo,
preceder a profissão no novo instituto. com o consentimento do seu conselho,
§ 5. Para se fazer a passagem para pode conceder, por grave causa, o
um instituto secular ou para uma indulto de exclaustração a um professo
sociedade de vida apostólica, ou de votos perpétuos, não porém por
então destes para um instituto mais de três anos, com o
religioso, se requer a licença da Santa consentimento prévio do
principalmente se se trata de clérigo.
Ordinário do lugar onde deve residir, se Pode usar o hábito do instituto, se o
se trata de clérigo. Reserva-se àSanta indulto não estabelecer o contrário. Mas
Sé ou, tratando-se de institutos de não tem voz ativa e passiva.
direito diocesano, ao Bispo diocesano,
Cân. 688 § 1. Quem quiser sair do
prorrogar esse indulto ou concedê-lo instituto ao completar-se o tempo de
por mais de três anos. profissão pode fazê-lo.
§ 2. Compete à Sé Apostólica § 2. Durante a profissão temporária,
conceder o indulto de exclaustração quem por grave causa pede para deixar
para monjas.
o instituto pode obter, num instituto de
§ 3. A pedido do Moderador supremo direito pontifício, do Moderador supremo
com o consentimento do seu conselho, com o consentimento do seu conselho, o
a exclaustração pode ser imposta pela indulto para sair; mas nos institutos de
Santa Sé a um membro de instituto de direito diocesano e nos mosteiros
direito pontifício, ou pelo Bispo mencionados no cân. 615, para que o
diocesano a um membro de instituto indulto seja válido, deve ser confirmado
de direito diocesano, por causas pelo Bispo da casa de adscrição.
graves, respeitando-se a eqüidade e a
caridade. Cân. 689 § 1. Terminada a profissão
temporária, havendo causas justas, o
Cân. 687 O exclaustrado é liberado das membro pode ser excluído da
obrigações que não se podem subseqüente profissão pelo Superior
harmonizar com sua nova condição de Maior competente, ouvido o seu
vida e permanece sob a dependência conselho.
e o cuidado de seus Superiores e
também do Ordinário local, § 2. Uma doença física ou psíquica,
contraída mesmo depois da profissão de todas as obrigações decorrentes da
que, a juízo de peritos, tornar o profissão.
membro mencionado no § 1 Cân. 693 Se o membro é clérigo, não se
incapacitado para viver a vida do concede o indulto antes que ele encontre
um Bispo que o incardine na diocese
instituto, constitui causa para não o
admitir àrenovação da profissão ou à
profissão perpétua, a não ser que a
doença tenha sido contraída por
negligência do instituto ou por trabalho
nele realizado.
§ 3. Porém se o religioso, na vigência
dos votos temporários, perder o uso da
razão, embora seja incapaz de emitir
nova profissão, assim mesmo não pode
ser despedido do instituto.
Cân. 690 1. Terminado o noviciado ou
depois da profissão, quem tiver saído
legitimamente do instituto pode ser
readmitido pelo Moderador supremo
com o consentimento de seu conselho,
sem obrigação de repetir o noviciado;
caberá a esse Moderador determinar a
prova prévia conveniente, antes da
profissão temporária, e o tempo dos
votos a ser anteposto àprofissão
perpétua, de acordo com os cân. 655 e
657.
§ 2. Tem a mesma faculdade o Superior
de mosteiro sui iuris, com o
consentimento de seu conselho.
Cân. 691 § 1. O professo de votos
perpétuos não peça o indulto de sair
do instituto, a não ser por causas
gravíssimas, ponderadas diante de
Deus; apresente seu pedido ao
Moderador supremo do instituto, que o
transmita junto com o próprio voto e o
de seu conselho, àautoridade
competente.
§ 2. Nos institutos de direito pontifício,
esse indulto é reservado àSé
Apostólica; nos institutos de direito
diocesano, pode concedê-lo também o
Bispo da diocese em que se encontra
a casa de adscrição.
Cân. 692 O indulto de saída
legitimamente concedido e notificado a
alguém, a não ser que tenha sido
por ele recusado no ato de notificação,
implica ipso iure a dispensa dos votos e
violações reit eradas dos vínculos
ou pelo menos o receba para sagrados; desobediência pertinaz às
experiência. Se é recebido para prescrições legítimas dos Superiores
experiência, transcorrido um em matéria grave; escândalo grave
qüinqüênio, fica ipso iure proveniente de procedimento culpável;
incardinado na diocese, a não ser defesa e difusão pertinaz de doutrinas
que o Bispo o tenha recusado. condenadas pelo magistério da Igreja;
Ar adesão pública a ideologias eivadas de
t. materialismo ou ateísmo; ausência
3 ilegítima, mencionada no cân. 665, §
2, prolongada por um semestre; outras
Da Demissão dos Membros causas de gravidade semelhante,
Cân. 694 § 1. Deve ser tido como talvez determinadas pelo direito próprio
ipso facto demitido do instituto o
membro que: do instituto.
1° - tiver abandonado publicamente § 2. Para a demissão de um professo
a fé católica; de votos temporários, são suficientes
2° - tiver contraído ou tentado também causas de menor gravidade,
matrimônio, mesmo só civilmente. estabelecidas no direito próprio.
§ 2. Nesses casos, o Superior maior Cân. 697 Nos casos mencionados no
cân. 696, se o Superior maior, ouvido
com seu conselho, sem nenhuma seu conselho, julgar que se deve
demora, reunidas as provas, faça a iniciar o processo de demissão:
declaração do fato, para que conste 1° - reúna ou
juridicamente a demissão. complete as provas;
Cân. 695 § 1. O membro deve ser 2° - admoeste o acusado, por
demitido pelos delitos mencionados escrito ou diante de duas
nos cânn. 1397, 1398 e 1395, a não testemunhas, com a explícita
ser que, nos delitos mencionados no ameaça de subseqüente demissão,
cân. 1395 § 2, o Superior julgue que a caso não se emende, indicando
demissão não é absolutamente claramente a causa da demissão e
necessária e que se pode, de outro dando-lhe plena faculdade de se
modo, assegurar suficientemente a defender; se a advertência for
correção da pessoa, a restituição da inútil, proceda a uma segunda
justiça e a reparação do escândalo. advertência, interpondo o espaço de
§ 2. Nesses casos, o Superior pelo menos quinze dias;
maior, reunidas as provas referentes 3° - se também essa advertência for
aos fatos e à imputabilidade, revele inútil e o Superior maior comseu
àquele que deve ser demitido a conselhojulgar que consta
acusação e as provas, dando-lhe a suficientemente da
faculdade de se defender. Todos os incorrigibilidade e que são
autos, assinados pelo Superior maior insuficientes as alegações do
e pelo notário, juntamente com as acusado, depois de passados
respostas do membro, redigidas por inutilmente quinze dias após a
escrito e assinadas por ele, sejam última advertência, transmita todos
enviadas ao Moderador supremo. os autos, assinados pelo próprio
Cân. 696 § 1. Alguém pode também Superior maior e pelo notário, ao
ser demitido por outras causas, Moderador supremo, junto com as
contanto que sejam graves, externas, respostas do acusado pelo próprio
imputáveis e juridicamente provadas, acusado assinadas.
tais como: negligência habitual nas Cân. 698 Em todos os casos
obrigações da vida consagrada;
mencionados nos cân. 695 e
com o membro que dele se separa.
696, mantém-se sempre o direito do
acusado de se comunicar com o Cân. 703 Em caso de grave escândalo
Moderador supremo e de lhe externo ou de gravíssimo perigo iminente
apresentar diretamente suas para o instituto, alguém pode ser
alegações. imediatamente expulso da casa religiosa
pelo Superior maior, ou, havendo perigo
Cân. 699 § 1. O Moderador supremo, na demora, pelo Superior local com o
com seu conselho que, para a validade, consentimento de seu conselho. Se
deve constar de ao menos quatro necessário, o Superior maior cuide da
membros, proceda colegialmente para instrução do processo de demissão de
avaliar com cuidado as provas, acordo com o direito, ou então leve a
argumentos e alegações, e, se assim questão àSé Apostólica.
for decidido por voto secreto, faça o
Cân. 704 No relatório a ser enviado à
decreto de demis são, expondo, para a Sé Apostólica, mencionado no cân. 592
validade, ao menos sumariamente, os § 1, faça-se menção dos membros que,
de algum modo, se separaram do
motivos de direito e de fato. instituto.
§ 2. Nos mosteiros sui iuris Capítulo VII
mencionados no cân. 615, compete ao
Bispo diocesano, a quem o Superior
submeta os autos aprovados pelo seu DOS RELIGIOSOS PROMOVIDOS
conselho, decretar a demissão. AO EPISCOPADO
Cân. 700 O decreto de demissão não Cân. 705 O religioso promovido ao
tem valor, a não ser que tenha sido episcopado continua membro do seu
confirmado pela Santa Sé, a quem instituto, mas está sujeito unicamente
devem ser enviados o decreto e todos ao Romano Pontífice, em virtude do voto
os autos; se se trata de instituto de de obediência; não está ligado às
direito diocesano, a confirmação cabe obrigações que prudentemente julgar
ao Bispo da diocese em que se que não podem harmonizar-se com sua
encontra a casa, à qual o religioso condição.
está adscrito. O decreto, porém, para
ser válido, deve indicar o direito que Cân. 706 O religioso
tem o demitido de recorrer à mencionado:
autoridade competente dentro do prazo 1° - se pela profissão tiver perdido o
de dez dias após receber a notificação. domínio dos bens, tem o uso,
O recurso tem efeito suspensivo. usufruto e administração dos bens
Cân. 701 Pela legítima demissão, que lhe sobrevenham; o Bispo
cessam ipso-facto os votos, os direitos diocesano, porém, e os outros
e as obrigações que promanam da mencionados no cân. 381 § 2,
profissão. No entanto, se o demitido é adquirem a propriedade para a Igreja
clérigo, não pode exercer as ordens particular; os outros, para o instituto
sagradas até encontrar um Bispo que ou para a Santa Sé, conforme o
o receba após conveniente prova na instituto seja ou não capaz de
diocese, de acordo com o cân. 693, ou possuir;
a menos lhe permita o exercício das 2° - se pela profissão não tiver
ordens sagradas. perdido o domínio dos bens,
recupera o uso, usufruto e
Cân. 702 § 1. Os que saem administração dos bens que possuía;
legitimamente de um instituto religioso adquire plenamente para si os que
ou tenham sido dele demitidos lhe sobrevierem;
legitimamente nada podem dele exigir 3° - em ambos os casos, porém,
por qualquer trabalho nele prestado. dos bens que lhe sobrevierem não a
título pessoal, deve dispor segundo a
§ 2. O instituto, porém, observe a vontade dos doadores.
eqüidade e a caridade evangélica para
ou clerical, observando-se as
Cân. 707 § 1. O Bispo religioso prescrições do direito referentes aos
emérito pode escolher para si uma institutos de vida consagrada.
sede como residência, mesmo fora
das casas de seu instituto, salvo Cân. 712 Salvas as prescrições dos
determinação contrária da Sé cân. 598-601, as constituições
Apostólica. determinem os vínculos sagrados pelos
quais são assumidos os conselhos
§ 2. Quanto ao seu conveniente e evangélicos no instituto e definam as
digno sustento se tiver servido a obrigações que esses vínculos
alguma diocese, observe-se o cân. impõem, mas conservando sempre, no
402 § 2, a não ser que seu próprio modo de vida, a secularidade própria do
instituto queira assegurar tal sustento; instituto.
caso contrário, a Sé Apostólica
providencie de outro modo. Cân. 713 § 1. Os membros desses
institutos expressam e exercem a
Capítulo VIII própria consagração na atividade apos
DAS CONFERÊNCIAS DE tólica e, como fermento, se esforçam
SUPERIORES MAIORES para impregnar tudo com o espírito
evangélico, para o fortalecimento e
Cân. 708 Os Superiores maiores crescimento do Corpo de Cristo.
podem utilmente associar-se em
conferências ou conselhos, a fim de § 2. Os membros leigos participam do
que, unindo as forças, trabalhem para múnus da Igreja de evangelizar, no
mais plenamente conseguirem a mundo e a partir do mundo, com o
finalidade de cada instituto, testemunho de vida cristã e fidelidade à
ressalvando sempre sua autonomia, sua consagração, ou pela ajuda que
índole e espírito próprio, para prestam a fim de organizar as coisas
tratarem de questões comuns e temporais de acordo com Deus e
estabelecerem a conveniente impregnar o mundo com a força do
coordenação e cooperação com as Evangelho. Oferecem também sua
conferências dos Bispos e também cooperação, de acordo com o próprio
com cada Bispo em particular. modo secular de vida, no serviço
Cân. 709 As conferências dos àcomunidade eclesial.
Superiores maiores tenham seus
estatutos aprovados pela Santa Sé, § 3. Os membros clérigos, pelo
unicamente pela qual podem ser testemunho de vida consagrada,
erigidas também como pessoa jurídica
e sob cuja direção suprema principalmente no presbitério, são de
permanecem. ajuda aos co- irmãos por uma especial
TÍTULO III caridade apostólica e no povo de Deus
realizam, com seu ministério sagrado, a
DOS INSTITUTOS SECULARES
santificação do mundo.
Cân. 710 Instituto secular é um
Cân. 714 Os membros vivam nas
instituto de vida consagrada, no qual
condições ordinárias do mundo,
os fiéis, vivendo no mundo, tendem à
sozinhos, na própria família, ou num
perfeição da caridade e procuram
grupo de vida fraterna, de acordo com
cooperar para a santificação do
as constituições.
mundo, principalmente a partir de
dentro. Cân. 715 § 1. Os membros clérigos,
incardinados na diocese, dependem do
Cân. 711 O membro de um instituto
Bispo diocesano, salvo no que se
secular, em razão de sua
refere àvida consagrada no próprio
consagração, não muda no povo de
instituto.
Deus sua condiç ão canônica, laical
§ 2. Aqueles, porém, que são
incardinados no instituto de acordo instituto ou a seu regime, dependem
com o cân. 266 § 3, se são do Bispo como os religiosos.
destinados a atividades próprias do
Cân. 716 § 1. Todos os membros conselhos dessa espécie, se o quiserem,
participem ativamente da vida do também dos próprios Moderadores.
instituto, segundo o direito próprio.
§ 2. Os membros de um mesmo Cân. 720 O direito de admitir no instituto
instituto conservem a comunhão entre para a prova ou para assumir os
si, procurando solicitamente a unidade vínculos sagrados , quer temporários
de espírito e a genuína fraternidade.
quer perpétuos ou definitivos, compete
Cân. 717 § 1. As constituições aos Moderadores maiores com seu
prescrevam o próprio modo de governo conselho, de acordo com as
e o tempo pelo qual os Moderadores constituições.
devem exercer seu ofício, e
determinem o modo segundo o qual Cân. 721 § 1. Admite-se invalidamente
sejam designados. para a prova inicial: 1° - quem ainda
§ 2. Ninguém seja designado
Moderador supremo, se não estiver não tiver atingido a maioridade;
incorporado definitiv amente.
2° - quem está ligado por vínculo
§ 3. Os que foram designados para o sagrado a um instituto de vida
governo do instituto cuidem que se consagrada ou está incorporado em
sociedade de vida apostólica;
conserve sua unidade de espírito e se
promova a participação ativa dos 3° - o cônjuge enquanto
membros. perdurar o matrimônio.
Cân. 718 A administração dos bens do § 2. As constituições podem estabelecer
outros impedimentos, mesmo para a
instituto, que deve manifestar e validade da admissão, ou colocar
promover a pobreza evangélica, se condições a ela.
rege pelas normas do Livro V Dos § 3. Além disso, para que alguém seja
bens temporais da Igreja, e pelo recebido, é necessário que tenha a
direito próprio do instituto. Igualmente, maturidade necessária para viver bem a
o direito próprio determine as vida própria do instituto.
obrigações, principalmente econômicas,
Cân. 722 § 1. A prova inicial tenha como
do instituto para com os membros que
finalidade que os candidatos conheçam
para ele trabalham.
mais adequadamente sua vocação
Cân. 719 § 1. Para corresponderem divina, a vocação própria do instituto, e
fielmente àsua vocação e para que sua sejam exercitados no espírito e no modo
ação apostólica promane da própria de vida do instituto.
união com Cristo, os membros se
§ 2. Os candidatos sejam devidamente
dediquem diligentemente à oração,
formados para viver segundo os
apliquem- se convenientemente à conselhos evangélicos e instruídos a
leitura das sagradas Escrituras, transformar inteiramente sua vida em
observem os períodos de retiro anual apostolado, usando das formas de
e façam outros exercícios espirituais de evangelização que melhor
acordo com o direito próprio. correspondam à finalidade, ao espírito e
§ 2. A celebração da Eucaristia, àíndole do instituto.
enquanto possível cotidiana, seja a
fonte e a força de toda a sua vida § 3. O modo e tempo dessa formação,
consagrada. antes de se assumirem pela primeira
§ 3. Aproximem-se livremente do vez os vínculos sagrados no instituto,
sacramento da penitência e o recebam por espaço não inferior a dois anos,
com freqüência. sejam determinados nas constituições.
§ 4. Procurem livremente a necessária
direção de consciência e peçam
seriamente a coisa diante do Senhor,
Cân. 723 § 1. Decorrido o tempo da peça esse indulto de saída à Sé
prova inicial, o candidato que for Apostólica, por meio do Moderador
julgado idôneo assuma os três supremo, se o instituto é de direito
conselhos evangélicos, confirmados pontifício; caso contrário, também
por um vínculo sagrado, ou então ao Bispo diocesano, conforme é
deixe o instituto. determinado nas constituições.
§ 2. Essa primeira incorporação, por
não menos de cinco anos, seja § 2. Tratando-se de clérigo incardinado
temporária, de acordo com as no instituto, observe- se a prescrição
constituições.
do cân. 693.
§ 3. Decorrido o tempo dessa
Cân. 728 Concedido legitimamente o
incorporação, o membro que for indulto de saída, cessam todos os
julgado idôneo seja admitido à vínculos, direitos e obrigações que
promanam da incorporação.
incorporação perpétua ou a definitiva,
isto é, com vínculos temporários a Cân. 729 O membro é demitido do
serem sempre renovados. instituto de acordo com os cân. 694 e
§ 4. A incorporação definitiva, no que 695; além disso, as constituições
se refere a certos efeitos jurídicos a determinem outras causas de
serem estabelecidos nas demissão, contanto que
constituições, equipara-se àperpétua.
sejam proporcionadament e
Cân. 724 § 1. A formação após os
vínculos sagrados assumidos pela graves, externas, imputáveis e
primeira vez deve continuar sempre, juridicamente provadas, e se observe o
segundo as constituições.
modo de proceder estabelecido nos
§ 2. Os membros sejam instruídos, cân. 697-700. Ao demitido se aplica a
ao mesmo tempo, nas coisas divinas prescrição do cân. 701.
e humanas; os Moderadores do
instituto, porém, tenham sério cuidado Cân. 730 Para que o membro de um
com a sua contínua formação instituto secular passe para outro
espiritual. instituto secular, observem-se às
prescrições dos cânn. 684 §§ 1, 2, 4 e
Cân. 725 O instituto pode associar a 685; mas, para se fazer a passagem
si, com algum vínculo determinado para outro ou de outro instituto de vida
nas constituições, outros fiéis que consagrada, requer-se a licença da Sé
tendam à perfeição segundo o Apostólica, a cujas determinações se
espírito do instituto e participem da deve obedecer.
sua missão.
SEÇÃO II
Cân. 726 § 1. Decorrido o tempo da
incorporação temporária, o membro DAS SOCIEDADES DE VIDA
pode deixar livremente o instituto ou,
por justa causa, ser excluído da APOSTÓLICA
renovação dos vínculos sagrados pelo
Moderador maior, ouvido seu Cân. 731 § 1. Aos institutos de vida
conselho. consagrada acrescentam- se as
§ 2. O membro de incorporação sociedades devida apostólica, cujos
temporária, que o pedir
espontaneamente, pode, por grave membros, sem os votos religiosos,
causa, obter do Moderador supremo, buscam a finalidade apostólica própria
com o consentimento de seu
conselho, o indulto de sair do instituto. da sociedade e, levando vida fraterna
em comum, segundo o próprio modo
Cân. 727 § 1. O membro
de vida, tendem à perfeição da
incorporado perpetuamente que
caridade pela observância das
quiser deixar o instituto, ponderada
constituições.
evangélicos por meio de algum vínculo
§ 2. Entre elas, há sociedades cujos determinado pelas constituições.
membros assumem os conselhos
Cân. 732 O que se estabelece nos cân. constituições.
578-597 e 606 aplica- se às sociedades Cân. 738 § 1. Todos os membros estão
de vida apostólica, salva porém a sujeitos aos próprios Moderadores, de
acordo com as constituições, no que se
natureza de cada sociedade; e às refere a vida interna e àdisciplina da
sociedades mencionadas no cân. 731 § sociedade.
2, aplicam-se também os cân. 598-602. § 2. Estão sujeitos também ao Bispo
Cân. 733 § 1. A casa é erigida e a diocesano no que se refere ao culto
comunidade local é constituída pela público, à cura de almas e a outras
autoridade competente da sociedade, obras de apostolado, levando-se em
com o prévio consentimento escrito do conta os cân. 679- 683.
Bispo diocesano, que também deve ser § 3. As relações do membro incardinado
consultado quando se trata de sua na diocese com o Bispo próprio sejam
supressão. definidas pelas constituições e por
§ 2. O consentimento para erigir uma convênios particulares.
casa implica o direito de ter ao menos Cân. 739 Além das obrigações a que,
um oratório, no qual se celebre e se como tais, estão sujeitos de acordo com
conserve a santíssima Eucaristia. as constituições , os membros têm as
Cân. 734 O regime da sociedade é obrigações dos clérigos, a não ser que,
determinado pelas constituições, pela natureza da coisa ou pelo contexto
observados os cân. 617-633, de acordo
com a natureza de cada sociedade. das palavras, conste o contrário.
Cân. 735 § 1. A admissão, prova, Cân. 740 Os membros devem residir
incorporação e formação dos membros
são determinadas pelo direito próprio numa casa ou comunidade
de cada sociedade. legitimamente constituída e observar
§ 2. Quanto à admissão na sociedade, vida comum, de acordo com o direito
observem-se as condições próprio, pelo qual também se regem as
estabelecidas nos cân. 642-645. ausências de casa ou da comunidade.
§ 3. O direito próprio deve determinar Cân. 741 § 1. As sociedades e, salvo
as diretrizes para a prova e para a determinação contrária das
formação, adaptadas à finalidade à constituições, suas partes e casas, são
índole da sociedade, principalmente pessoas jurídicas e, como tais, capazes
para a formação doutrinal, espiritual e de adquirir, possuir, administrar e
apostólica, de modo que os membros, alienar bens temporais, de acordo com
reconhecendo sua vocação divina, as prescrições do Livro V Dos bens
sejam devidamente preparados para a temporais da Igreja, cân. 636, 638 e
missão e a vida da sociedade. 639, e do direito próprio.
Cân. 736 § 1. Nas sociedades § 2. De acordo com o direito próprio, os
clericais, os clérigos são incardinados membros também são capazes de
na própria sociedade, salvo adquirir, possuir e administrar bens temp
determinação contrária das orais e
constituições.
§ 2. Quanto às diretrizes para os
estudos e à recepção das ordens,
observem- se as normas dos clérigos
seculares, salvo porém o § 1.
Cân. 737 A incorporação implica, por
parte dos membros, as obrigações e
direitos determinados nas constituições
e, por parte da sociedade, o cuidado de
levar os membros à finalidade da
própria vocação, de acordo com as
deles dispor; qualquer coisa, porém, membro definitivamente incorporado,
que lhes sobrevem em consideração observem-se os cân. 694-704, congrua
àsociedade é adquirida para a congruis referendo.
sociedade.
Cân. 742 A saída e a demissão de LIVRO III
alguém ainda não definitivamente
incorporado regem- se pelas DO MÚNUS DE ENSINAR DA
constituições de cada sociedade. IGREJA
Cân. 743 O indulto de saída da
Cân. 747 § 1. A Igreja, a quem Cristo
sociedade, com a cessação dos
Senhor confiou o depósito da fé, para
direitos e obrigações decorrentes da
que, com a assistência do Espírito
incorporação, salva a prescrição do
Santo, ela guardasse santamente a
cân. 693, alguém definitivamente
verdade revelada, a perscrutasse mais
incorporado pode obtê-lo do supremo
profundamente, anunciasse e
Moderador com o consentimento de
expusesse com fidelidade, compete o
seu conselho, a não ser que de
dever e o direito originário de pregar o
acordo com as constituições isto se
Evangelho a todos os povos,
reserve àSanta Sé.
independentes de qualquer poder
Cân. 744 § 1. É também reservado ao humano, mesmo usando de seus
Moderador supremo, com o próprios meios de comunicação social.
consentimento de seu conselho,
§ 2. Compete à Igreja anunciar sempre e
conceder a alguém definitivamente
por toda a parte os princípios morais,
incorporado a licença de passar para
mesmo referentes à ordem social, e
outra sociedade de vida apostólica,
pronunciar-se a respeito de qualquer
ficando nesse ínterim suspensos os
questão humana, enquanto o exigirem
direitos e obrigações da própria
os direitos fundamentais da pessoa
sociedade, mantendo-se porém o
humana ou a salvação das almas.
direito de voltar antes da incorporação
definitiva na nova sociedade. Cân. 748 § 1. Todos os homens têm o
dever de procurar a verdade, naquilo
§ 2. Para se fazer a passagem a
que se refere a Deus e à sua Igreja, e,
um instituto de vida consagrada, ou
uma vez conhecida, têm a obrigação e
dele para uma sociedade de vida
o direito, por lei divina, de abraçá-la e
apostólica, requer-se a licença da
segui-la.
Santa Sé, a cujas disposições se deve
obedecer. § 2. Não é lícito jamais a ninguém levar
os homens a abraçarem a fé católica
Cân. 745 O Moderador supremo, com
por coação, contra a própria
o consentimento de seu conselho,
consciência.
podeconceder a alguém
definitivamente incorporado o Cân. 749 § 1. Em virtude de seu ofício,
indulto de viver fora da sociedade, não o Sumo Pontífice goza de infalibilidade
porém por mais de três anos, ficando no magistério quando, como Pastor e
suspensos os direitos e obrigações Doutor supremo de todos os fiéis, a
que não se podem harmonizar quem cabe confirmar na fé os seus
com a nova condição; permanece, irmãos, proclama, por ato definitivo,
porém, sob o cuidado dos que se deve aceitar uma doutrina sobre
Moderadores. Se se trata de a fé e os costumes.
clérigo, requer-se ainda o § 2. Também o Colégio dos Bispos
consentimento do Ordinário do lugar goza de infalibilidade no magistério
onde deve residir e sob cujo cuidado e quando, reunidos os Bispos em
dependência também permanece. Concílio Ecumênico, exercem o
Cân. 746 Para a demissão de um magistério como doutores e juízes da fé
e dos costumes, declarando para toda a Igreja que se deve
quem rejeitar tais proposições
aceitar definitivamente uma doutrina consideradas definitivas. (Redação dada
sobre a fé ou sobre os costumes; ou pela Carta Apostólica sob a forma de
então quando, espalhados pelo Motu Próprio Ad Tuendam Fidem de 18
mundo, conservando o vínculo de de maio de 1998).
comunhão entre si e com o sucessor
de Pedro, e ensinando autenticamente Cân. 751 Chama-se heresia a negação
questões de fé ou costumes juntamente pertinaz, após a recepção do batismo,
com o mesmo Romano Pontífice, de qualquer verdade que se deva crer
concordam numa única sentença, que com fé divina e católica, ou a dúvida
se deve ac eitar como definitiva. pertinaz a respeito dela; apostasia, o
§ 3. Nenhuma doutrina se considera repúdio total da fé cristã; cisma, a
infalivelmente definida se isso não recusa de sujeição ao Sumo Pontífice ou
constar claramente. de comunhão com os membros da Igreja
Cân. 750 Deve-se crer com fé divina e a ele sujeitos.
católica em tudo o que está contido na Cân. 752 Não assentimento de fé, mas
palavra de Deus escrita ou religioso obséquio de inteligência e
transmitida, a saber, no único depósito vontade deve ser prestado à doutrina
da fé confiado à Igreja, e que ao que o Sumo Pontífice ou o Colégio dos
mesmo tempo, é proposto como Bispos, ao exercerem o magistério
divinamente revelado pelo magistério autêntico, enunciam sobre a fé e os
solene da Igreja ou pelo seu magistério costumes, mesmo quando não tenham a
ordinário e universal; isto se manifesta intenção de proclamá-la por ato definitivo;
pela adesão comum dos fiéis sob a portanto os fiéis procurem evitar tudo o
guia do magistério sagrado; por isso, que não esteja de acordo com ela.
todos estão obrigados a evitar
quaisquer doutrinas contrárias. Cân. 753 Os Bispos, que se acham em
(Redação original) comunhão com a cabeça e os membros
do Colégio, quer individualmente, quer
Cân. 750 – § 1. Deve-se crer com fé reunidos nas Conferências dos Bispos
divina e católica em tudo o que se ou em concílios particulares, embora não
contém na palavra de Deus escrita ou gozem de infalibilidade no ensinamento,
transmitida por Tradição, ou seja, no são autênticos doutores e mestres dos
único depósito da fé confiado à Igreja, fiéis confiados a seus cuidados; os fiéis
quando ao mesmo tempo é proposto estão obrigados a aderir, com religioso
como divinamente revelado quer pelo obséquio de espírito, a esse autêntico
magistério solene da Igreja, quer pelo magistério de seus Bispos.
seu magistério ordinário e universal; isto
é, o que se manifesta na adesão Cân. 754 Todos os fiéis têm obrigação
comum dos fiéis sob a condução do de observar as constituições e decretos
sagrado magistério; por conseguinte, que a legítima autoridade da Igreja dá
todos têm a obrigação de evitar com o intuito de propor a doutrina e
quaisquer doutrinas contrárias. proscrever as opiniões errôneas e, de
modo todo especial, quando dados
§ 2. Deve-se ainda firmemente aceitar e pelo Romano Pontífice ou pelo Colégio
acreditar também em tudo o que é dos Bispos.
proposto de maneira definitiva pelo
magistério da Igreja em matéria de fé e Cân. 755 § 1. Compete, em primeiro
costumes, isto é, tudo o que se requer lugar, a todo o Colégio dos Bispos e à
para conservar santamente e expor Sé Apostólica incentivar e dirigir entre
fielmente o depósito da fé; opõe-se, os católicos o movimento ecumênico,
portanto, àdoutrina da Igreja Católica cuja finalidade é favorecer o
restabelecimento da unidade entre todos
os cristãos, a cuja promoção a Igreja circunstâncias, estabelecer normas
está obrigada por vontade de Cristo. práticas, respeitando as disposições da
suprema autoridade da Igreja.
§ 2. Compete igualmente aos Bispos
e, de acordo com o direito, às TÍTUL
Conferências dos Bispos, promover OI
essa unidade e, de acordo com as DO MINISTÉRIO DA PALAVRA DE
diversas necessidades ou DEUS
oportunidades de
Cân. 756 § 1. No que se refere àIgreja
universal, o múnus de anunciar o
Evangelho foi confiado principalmente
ao Romano Pontífice e ao Colégio dos
Bispos.
§ 2. No que se refere à Igreja particular
a ele confiada, cada Bispo exerce esse
múnus, porque ele é nela o dirigente
de todo o ministério da palavra;
entretanto, às vezes alguns Bispos o
exercem conjuntamente para diversas
Igrejas reunidas, de acordo com o
direito.
Cân. 757 É próprio dos presbíteros, que
são os cooperadores dos Bispos,
anunciar o Evangelho de Deus; são
obrigados a isso, em relação ao povo a
eles confiado, principalmente os párocos
e outros a quem esteja confiada a cura
de almas; compete também aos
diáconos servir ao povo de Deus no
ministério da palavra, em comunhão
com o Bispo e seu presbitério.
Cân. 758 Em virtude da própria
consagração a Deus, os membros de
institutos de vida consagrada dão
testemunho do Evangelho de maneira
especial; convém que sejam assumidos
pelo Bispo para auxiliar no anúncio do
Evangelho.
Cân. 759 Em virtude do batismo e da
confirmação, os fiéis leigos são
testemunhas da mensagem evangélica,
mediante a palavra e o exemplo de
vida cristã; podem também ser
chamados a cooperar com o Bispo e
os presbíteros no exercício do ministério
da palavra.
Cân. 760 No ministério da palavra, que
deve basear-se na sagrada Escritura,
na Tradição, na liturgia, no magistério e
na vida da Igreja, seja proposto integral
e fielmente o mistério de Cristo.
Cân. 761 Os diversos meios à o Evangelho de Deus.
disposição sejam utilizados para Cân. 763 É direito dos Bispos pregar a
anunciar a doutrina cristã, palavra de Deus em todos os lugares ,
principalmente a pregação e a instrução sem excluir as igrejas e oratórios de
catequética, que conservam sempre o institutos religiosos de direito pontifício,
primeiro lugar; empregue-se ainda a a não ser que o Bispo local o tenha
exposição doutrinal nas escolas, expressamente proibido em caso
academias, conferências e reuniões de particulares.
todo o gênero, bem como a sua difusão
mediante declarações públicas feitas Cân. 764 Salva a prescrição do cân.
pela legítima autoridade, por ocasião 765, os presbíteros e diáconos, com o
de certos acontecimentos, através da consentimento ao menos presumido do
imprensa e demais meios de reitor da igreja, têm a faculdade de
comunicação social. pregar em qualquer lugar, a não ser
que essa faculdade tenha sido
Capí restringida pelo Ordinário competente
tulo I ou que, por lei particular, se exija
DA PREGAÇÃO DA PALAVRA licença expressa.
DE DEUS Cân. 765 Para pregar aos religiosos
em suas igrejas ou oratórios, se requer
Cân. 762 Sendo que o povo de Deus a licença do Superior que seja para
se reúne, em primeiro lugar, pela isso competente, de acordo com as
constituições.
palavra do Deus vivo, a qual é
sempre legítimo exigir dos lábios dos Cân. 766 Para pregar em igreja ou
sacerdotes, os ministros sagrados oratório, leigos podem ser admitidos, se
tenham em grande estima o múnus da a necessidade o exigir, em
pregação, porque um de seus determinadas circunstâncias, ou a
principais deveres é anunciar a todos utilidade o aconselhar, em casos
sejam observadas religiosamente.
particulares, de acordo com as
prescrições da Conferência dos Bispos Cân. 768 § 1. Os pregadores da palavra
e salvo o cân. 767, § 1. de Deus apresentem aos fiéis
principalmente o que se deve crer e
Cân. 767 § 1. Entre as formas de fazer para a glória de Deus e a salvação
dos homens.
pregação, destaca-se a homilia, que é
parte da própria liturgia e se reserva § 2. Apresentem aos fiéis também a
ao sacerdote ou diácono; nela se doutrina que o magistério da Igreja
devem expor, ao longo do ano litúrgico, propõe sobre a dignidade e liberdade da
a partir do texto sagrado, os mistérios pessoa humana, sobre a unidade e
da fé e as normas da vida cristã. estabilidade da família e suas funções,
sobre as obrigações civis e sobre a
§ 2. Em todas as missas que se
organização das coisas temporais
celebram com participação do povo,
segundo a ordem estabelecida por Deus.
nos domingos e festas de preceito,
deve-se fazer a homilia, que não se Cân. 769 A doutrina cristã seja
apresentada de modo apropriado
pode omitir, a não ser por causa grave. àcondição dos ouvintes e, em razão dos
tempos, adaptada às necessidades.
§ 3. Havendo suficiente participação do Cân. 770 Em épocas determinadas,
povo, recomenda-se vivamente que se segundo as prescrições do Bispo
faça a homilia também nas missas diocesano os párocos organizem as
pregações, que se denominam
celebradas durante a semana, exercícios espirituais e santas missões,
ou ainda outras formas adaptadas às
principalmente no tempo do advento e necessidades.
da quaresma ou por ocasião de
alguma festa ou acontecimento de luto. Cân. 771 § 1. Os pastores de almas,
sobretudo Bispos e párocos, se mostrem
§ 4. Compete ao pároco ou reitor da
igreja cuidar que essas prescrições solícitos a fim de que a palavra de Deus
seja anunciada também aos fiéis que, um catecismo, se isso parecer
por sua condição de vida, não podem oportuno, e ainda favorecer e
usufruir suficientemente da ação coordenar as iniciativas catequéticas.
pastoral comum e ordinária, ou que § 2. Compete àConferência dos Bispos,
se parecer útil, cuidar que se editem
dela são totalmente privados. catecismos para o seu território, com
prévia aprovação da Sé Apostólica.
§ 2. Providenciem também que o
anúncio do Evangelho chegue aos não- § 3. Pode-se criar, junto à Conferência
crentes que vivem no território, pois a dos Bispos, um departamento de
eles a cura de almas deve alcançar, catequese, cuja função principal seja
tanto quanto aos fiéis. auxiliar cada diocese em matéria
Cân. 772 § 1. Além disso, no que se catequética.
refere ao exercício da pregação, sejam Cân. 776 Em virtude de seu ofício, o
observadas por todos as normas dadas
pelo Bispo diocesano. pároco tem obrigação de cuidar da
§ 2. Para se apresentar a doutrina formação catequética de adultos, jovens
cristã através do rádio ou da televisão, e crianças; para isto, sirva-se da
observem-se as prescrições dadas
pela Conferência dos Bispos. colaboração dos clérigos ligados àsua
Capítulo II paróquia, dos membros de institutos de
vida consagrada ou de sociedades de
DA FORMAÇÃO vida apostólica, levando em conta a
CATEQUÉTICA índole de cada instituto; sirva-se
Cân. 773 É dever próprio e grave, também da colaboração dos leigos,
sobretudo dos pastores de almas, sobretudo catequistas; todos esses, a
cuidar da catequese do povo cristão, não ser que estejam legitimamente
para que a fé dos fiéis, pelo ensino da impedidos, não deixem de prestar de
doutrina e pela experiência da vida boa vontade seu trabalho. Promova e
cristã, se torne viva, explícita e atuante. favoreça a tarefa dos pais na catequese
Cân. 774 § 1. A solicitude pela familiar, mencionada no cân. 774, § 2.
catequese, sob a direção da legítima Cân. 777 Levando em conta as
autoridade eclesiástica, é normas estabelecidas pelo Bispo
responsabilidade de todos os membros diocesano, o pároco cuide de modo
da Igreja, cada um segundo as suas especial:
funções.
1° - que se dê catequese adequada
§ 2. Antes de quaisquer outros, os para a celebração dos
pais têm obrigação de formar, pela
sacramentos;
palavra e pelo exemplo, seus filhos na
fé e na prática da vida cristã; 2° - que as crianças, pela
semelhante obrigação têm aqueles que formação catequética ministrada
fazem as vezes dos pais, bem como os durante tempo conveniente, sejam
padrinhos. devidamente preparadas para a
primeira recepção dos sacramentos
Cân. 775 § 1. Observadas as da penitência e da santíssima
prescrições dadas pela Sé Apostólica, Eucaristia e para o sacramento da
compete ao Bispo diocesano confirmação;
estabelecer normas sobre a catequese
e providenciar que estejam disponíveis 3° - que elas, recebida a primeira
adequados instrumentos de catequese, comunhão, tenham formação
publicando também catequética mais extensa e mais
profunda;
4° - que se dê formação catequétic
a também aos deficientes mentais e
físicos, segundo o permita a
condição deles;
5° - que a fé dos jovens e adultos
seja fortalecida, esclarecida e encargo, isto é, que lhes seja
aperfeiçoada mediante formas e
iniciativas diversas. ministrada uma formação contínua, de
Cân. 778 Os Superiores religiosos e modo a conhecerem bem a doutrina da
de sociedade de vida apostólica Igreja e aprenderem, teórica e
cuidem que, em suas igrejas, praticamente, as normas próprias das
disciplinas pedagógicas.
escolas e outras obras de algum
modo a eles confiadas, seja TÍTULO II
diligentemente ministrada a formação
DA AÇÃO MISSIONÁRIA DA
catequética.
IGREJA
Cân. 779 A formação catequética Cân. 781 Sendo que a Igreja toda é
seja ministrada com o emprego de missionária por sua natureza e que a
meios, subsídios didáticos e obra de evangelização é dever
instrumentos de comunicação que fundamental do povo de Deus, todos
pareçam mais eficientes, para que os os fiéis conscientes da própria
fiéis, de modo adequado à sua responsabilidade, assumam cada um a
índole, capacidade, idade e sua parte na obra missionária.
condições de vida, possam aprender
mais plenamente a doutrina católica e Cân. 782 § 1. Compete ao Romano
Pontífice e ao Colégio dos Bispos a
melhor praticá-la. suprema direção e coordenação das
iniciativas e atividades próprias da obra
Cân. 780 Cuidem os Ordinários das missões e da cooperação
missionária.
locais que os catequistas sejam
devidamente preparados para § 2. Como responsáveis pela Igreja
universal e por todas as Igrejas, os
cumprirem com exatidão o próprio Bispos todos tenham especial solicitude
pela obra
sob a coordenação do missionário, se
das missões, principalmente dediquem inteiramente à apresentação
despertando, incentivando e da doutrina evangélica e à direção dos
sustentando iniciativas missionárias em exercícios litúrgicos e das obras de
sua própria Igreja particular. caridade.
Cân. 783 Os membros de institutos de § 2. Os catequistas sejam formados em
vida consagrada, enquanto dedicados, escolas para isso destinadas ou, onde
em virtude da própria consagração, ao não existirem, sob a direção dos
serviço da Igreja, têm obrigação de se missionários.
entregar, de maneira especial, àação
missionária no modo próprio de seu Cân. 786 A atividade propriamente
instituto. missionária, pela qual a Igreja é
implantada entre os povos ou grupos
Cân. 784 Missionários, isto é, aqueles onde ainda não se tenha enraizado, a
que são enviados pela competente Igreja a cumpre especialmente
autoridade eclesiástica para realizar a enviando pregadores do Evangelho, até
obra das missões, como tais podem ser que as novas Igrejas estejam
escolhidos autóctones ou não, clérigos plenamente constituídas, isto é,
seculares ou membros de institutos enquanto não estejam dotadas de
de vida consagrada ou de sociedades forças próprias e de meios suficientes
devida apostólica, ou outros fiéis com que possam realizar, por si
leigos. mesmas, o trabalho da evangelização.
Cân. 785 § 1. Para a realização da obra Cân. 787 § 1. Os missionários, pelo
das missões, sejam assumidos testemunho da vida e da palavra,
catequistas, isto é, fiéis leigos que estabeleçam sincero diálogo com os que
sejam devidamente instruídos e se não têm fé em Cristo, a fim de que se
distingam pela vivência cristã, os quais,
abram para eles, de modo adequado
àsua capacidade e cultura, os Superiores de institutos
caminhos por onde possam ser consagrados à atividade
conduzidos ao conhecimento do missionária, e que as relações com
anúncio evangélico. eles sejam benéficas para a missão.

§ 2. Cuidem de ensinar as verdades da § 2. As prescrições do Bispo


fé aos que julgarem preparados para a diocesano, mencionadas no § 1,
n. 1, estão sujeitos todos os
acolher o anúncio evangélico, de tal missionários, também os religiosos e
modo que eles, pedindo livremente, seus auxiliares que vivem na sua
jurisdição.
possam ser admitidos a receber o
Cân. 791 Em cada diocese, para
batismo. favorecer a cooperação missionária;
Cân. 788 § 1. Aqueles que tiverem 1° - promovam- se as
manifestado vontade de abraçar a fé vocações missionárias;
em Cristo, após terem concluído o 2° - seja designado um sacerdote
tempo de pré- catecumenato sejam para promover eficazmente as
admitidos ao catecumenato com iniciativas em fav or das missões,
sobretudo as Pontifícias Obras
cerimônias litúrgicas; seus nomes Missionárias;
sejam inscritos no livro para isso 3° - celebre-se o dia
destinado. anual das missões;
§ 2. Os catecúmenos, mediante a 4° - dê-se anualmente, para as
formação e o aprendizado da vida missões, conveniente contribuição,
que deve ser remetida àSanta Sé.
cristã, sejam adequadamente iniciados
no mistério da salvação e introduzidos Cân. 792 As Conferências dos Bispos
na vida da fé, da liturgia, da caridade estabeleçam e promovam obras, que
do povo de Deus e do apostolado. recebam fraternalmente e ajudem, com
o devido cuidado pastoral, àqueles que
§ 2. Compete também aos pais o direito das terras de missão se dirigem ao seu
de usufruir da ajuda que deve ser território por motivo de trabalho ou
prestada pela sociedade civil e de que estudo.
necessitam para proporcionar aos
filhos uma educação católica. § 3. TÍTULO III
Compete àConferência dos Bispos dar DA EDUCAÇÃO CATÓLICA
estatutos para a organização do
catecumenato, determinando o que os Cân. 793 § 1. Os pais e os que fazem
catecúmenos precisam cumprir e suas vezes têm a obrigação e o direito
definindo as prerrogativas a serem de educar sua prole; os pais católicos
atribuídas a eles. têm também o dever e o direito de
escolher os meios e instituições, com
Cân. 789 Os neófitos sejam formados que possam, de acordo com as
com educação apropriada, para circunstâncias locais, prover do modo
conhecerem mais profundamente a mais adequado à educação católica
verdade evangélica e cumprirem os dos filhos.
deveres assumidos no batismo; sejam
imbuídos de sincero amor a Cristo e § 2. Compete também aos pais o direito
àsua Igreja. de usufruir da ajuda que deve ser
prestada pela sociedade civil e de que
Cân. 790 § 1. Compete ao Bispo
diocesano em territórios de missão: necessitam para proporcionar aos
1° - promover, dirigir e coordenar as filhos uma educação católica.
iniciativas próprias da ação Cân. 794 § 1. Por especial razão, o
missionária;
dever e o direito de ensinar competem
2° - cuidar que se façam oportunos à Igreja, a quem Deus confiou a missão
convênios com os
de ajudar os homens a atingirem a aprimorar a educação, tenham os fiéis
plenitude da vida cristã. em grande estima as escolas, que
§ 2. É dever dos pastores de almas são realmente a principal ajuda aos
tudo dispor para que todos os fiéis pais no cumprimento do seu dever de
possam receber educação católica.
educar.
Cân. 795 Sendo que a verdadeira
§ 2. É necessário que os pais cooperem
educação deve promover a formação
estreitamente com os professores, a
integral da pessoa humana, em vista
quem confiam a educação de seus
de seu fim último e, ao mesmo tempo,
filhos; os professores, por sua vez, no
do bem comum da sociedade, as
cumprimento do dever, colaborem
crianças e jovens sejam educados de
intimamente com os pais, que devem
tal modo que possam desenvolver
ser ouvidos com atenção, e suas
harmoniosamente seus dotes físicos,
associações ou reuniões sejam criadas
morais e intelectuais, adquirir senso
e valorizadas.
de responsabilidade mais perfeito e
correto uso da liberdade, e sejam Cân. 797 É necessário que os pais
formados para uma participação ativa tenham verdadeira liberdade na
na vida social. escolha das escolas; por isso, os fiéis
devem ser solícitos para que a
Capítul
sociedade civil reconheça aos pais
o I DAS essa liberdade e a garantam também
com subsídios, respeitada a justiça
ESCOL distributiva.
AS Cân. 798 Os pais confiem seus filhos
às escolas em que se
Cân. 796 § 1. Entre os meios para
se ministre educação imbuída de
cuide de uma educação católica; e se espírito cristão, compete ao Bispo
não o conseguirem, têm obrigação de diocesano cuidar que sejam fundadas.
cuidar que a educação católica deles
§ 2. Onde for oportuno, o Bispo
se faça fora das escolas. diocesano providencie que sejam
fundadas também escolas profissionais
Cân. 799 Os fiéis se esforcem para que, e técnicas, e ainda outras requeridas por
na sociedade civil, as leis que regulam necessidades especiais.
a formação dos jovens tenham nas Cân. 803 § 1. Como escola católica,
escolas a devida consideração também entende-se aquela que é dirigida pela
pela educação religiosa e moral deles, autoridade eclesiástica competente ou
de acordo com a consciência dos pais. por pessoa jurídica eclesiástica pública,
Cân. 800 § 1. É direito da Igreja criar ou que a autoridade eclesiástica
e dirigir escolas de qualquer disciplina, reconhece como tal mediante documento
ordem e grau.
escrito.
§ 2. Os fiéis incentivem a criação e
manutenção das escolas católicas, § 2. A instrução e educaç ão na escola
colaborando com sua ajuda, na medida
do possível. católica deve fundamentar-se nos
Cân. 801 Os institutos religiosos, que princípios da doutrina católica; os mestres
têm a educação como missão própria, devem distinguir-se pela retidão de
conservando fielmente esta sua doutrina e probidade de vida.
missão, procurem dedicar-se à § 3. Nenhuma escola, embora realmente
católica, use o título de escola católica, a
educação católica, também por suas não ser com o consentimento da
escolas fundadas com o consentimento autoridade eclesiástica competente.
do Bispo. Cân. 804 § 1. Está sujeita àautoridade da
Cân. 802 § 1. Se faltarem escolas onde Igreja a formação e educação religiosa
católica que se ministra em quaisquer
escolas, ou que se promove pelos cumprimento do múnus da
diversos meios de comunicação social; própria Igreja de ensinar.
compete àConferência dos Bispos Cân. 808 Nenhuma universidade,
traçar normas gerais nesse campo de embora de fato católica, use o título ou
ação, e ao Bispo diocesano compete nome de Universidade Católica, a não
organizá-lo e supervisioná-lo. ser com o consentimento da
§ 2. O Ordinário local seja cuidadoso competente autoridade eclesiástica.
para que os indicados como Cân. 809 As Conferências dos Bispos
professores para a formação religiosa cuidem que, sendo possível e
nas escolas, mesmo não-católicas, se oportuno, haja universidades, ou pelo
distingam pela retidão de doutrina, pelo menos faculdades, devidamente
testemunho de vida cristã e pela distribuídas em seus respectivos
capacidade pedagógica. territórios, nas quais se pesquisem e
Cân. 805 É direito do Ordinário local, ensinem as várias disciplinas,
em sua diocese, nomear ou aprovar os respeitando-se, porém, sua autonomia
professores de religião, como também científica e levando-se em conta a
afastá- los ou exigir seu afastamento, doutrina católica.
caso o requeira algum motivo de Cân. 810 § 1. Cabe àautoridade
religião ou moral. competente, de acordo com os
Cân. 806 § 1. Compete ao Bispo estatutos, o dever de providenciar que
diocesano o direito de supervisionar e nas universidades católicas sejam
visitar as escolas católicas situadas em nomeados professores que sobressaiam,
seu território, mesmo quando fundadas não só pela idoneidade científica e
ou dirigidas por membros de institutos pedagógica como também pela
religiosos; compete ainda a ele dar integridade da doutrina e probidade da
prescrições referentes à organização vida, de modo que, faltando-lhe esses
geral das escolas católicas; tais requisitos, sejam afastados do cargo,
prescrições têm valor também para as observando-se o modo de proceder
escolas dirigidas por esses membros determinado nos estatutos.
de institutos religiosos, salva porém a § 2. As Conferências dos Bispos e os
autonomia dessas escolas quanto a Bispos diocesanos interessados têm o
seu governo interno. dever e o direito de supervisionar para
§ 2. Os dirigentes das escolas que nessas universidades se observem
católicas, sob a supervisão do fielmente os princípios da doutrina
Ordinário local, cuidem que a formação católica.
nelas dada atinja pelo menos o nível Cân. 811 § 1. A competente autoridade
científico das outras escolas da região. eclesiástica cuide que nas
Capítulo II universidades católicas se constitua
uma faculdade ou instituto, ou pelo
DAS UNIVERSIDADES
CATÓLICAS E OUTROS menos uma cátedra de teologia, onde
INSTITUTOS DE ESTUDOS se lecione também para estudantes
SUPERIORES
leigos.
Cân. 807 A Igreja tem o direito
de fundar e dirigir universidades, § 2. Em cada universidade católica haja
que contribuam para uma cultura preleções, em que se tratem
mais profunda entre os homens e principalmente questões teológicas
para uma promoção mais completa conexas com as disciplinas das
da pessoa humana, como também faculdades.
para o Cân. 812 Quem leciona disciplinas
teológicas em qualquer instituto de eclesiásticas, para pesquisar as
estudos superiores precisa ter
mandato da autoridade eclesiástica disciplinas sagradas ou disciplinas a
competente. elas ligadas, e para formar
Cân. 813 O Bispo diocesano tenha cientificamente os estudantes nessas
cuidado pastoral com os estudantes, disciplinas.
até mesmo criando uma paróquia, ou Cân. 816 § 1. As universidades e
pelo menos mediante sacerdotes faculdades eclesiásticas só podem ser
estavelmente indicados para isso; constituídas mediante ereção feita pela
providencie que junto às Sé Apostólica ou aprovação por ela
universidades, mesmo não-católicas, concedida; compete-lhe também sua
haja centros universitários católicos alta supervisão.
que sejam de ajuda, sobretudo
§ 2. Cada universidade e faculdade
espiritual, àjuventude. eclesiástica deve ter, para os estudos,
seus estatutos e diretrizes aprovados
Cân. 814 As prescrições pela Sé Apostólica.
estabelecidas para as universidades Cân. 817 Nenhuma universidade, que
aplicam-se, com igual razão, aos não tenha sido erigida ou aprovada
pela Sé Apostólica, pode conferir
demais institutos de estudos graus acadêmicos com efeitos
superiores. canônicos na Igreja.
Cân. 818 As prescrições estabelecidas
Capítulo III sobre as universidades católicas nos
cân. 810, 812 e 813 valem também
DAS UNIVERSIDADES E para as universidades e faculdades
FACULDADES ECLESIÁSTICAS eclesiásticas.

Cân. 815 Em virtude de seu múnus Cân. 819 Na medida em que o exigir o
de anunciar a verdade revelada bem da diocese ou de algum instituto
compete àIgreja ter suas próprias religioso, ou mesmo da Igreja universal,
universidades ou faculdades devem os Bispos diocesanos ou os
competentes Superiores dos
institutos superiores de ciências
institutos encaminhar às universidades religiosas, nos quais se ensinem as
ou faculdades eclesiásticas os jovens, disciplinas teológicas e outras referentes
os clérigos e os membros do instituto àcultura cristã.
que se distingam pela índole, virtude e
talento. TÍTULO IV
DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Cân. 820 Os dirigentes e professores SOCIAL E EM ESPECIAL DOS LIVROS
de universidades e faculdades
Cân. 822 § 1. Os pastores da Igreja, no
eclesiásticas cuidem que as diversas
faculdades da universidade prestem cumprimento do seu ofício, usando o
mútua colaboração, enquanto a direito próprio da Igreja, procurem utilizar
matéria o permita, e que haja os meios de comunicação social.
cooperação recíproca entre a própria § 2. Cuidem os pastores de instruir os
universidade ou faculdade e outras fiéis a respeito da obrigação que têm de
universidades e faculdades, mesmo cooperar para que o uso dos meios de
não-eclesiásticas, a fim de que elas, em comunicação social seja vivificado pelo
trabalho conjunto, por meio de espírito humano e cristão.
congressos, investigações científicas
§ 3. Todos os fiéis, principalmente os
coordenadas e outros meios,
que de algum modo participam da
concorram juntas para maior progresso
organização e uso desses meios, sejam
das ciências.
solícitos em colaborar com a atividade
Cân. 821 A Conferência dos Bispos e pastoral, a fim de que a Igreja possa
o Bispo diocesano providenciem que exercer com eficácia o seu múnus,
sejam fundados, onde for possível, também através desses meios.
prepará-las e publicá-las com licença da
Cân. 823 § 1. Para garantir a
Conferência dos Bispos.
integridade das verdades da fé e dos
costumes, é dever e direito dos Cân. 826 § 1. Quanto aos livros
litúrgicos, observem-se as prescrições
pastores da Igreja vigiar para que os do cân. 838
escritos ou uso dos meios de
comunicação social não tragam
prejuízo àfé ou àmoral dos fiéis, exigir
que sejam submetidos ao seu juízo os
escritos sobre fé e costumes a serem
publicados pelos fiéis, como ainda
reprovar os escritos que sejam nocivos
àverdadeira fé e aos bons costumes.
§ 2. O dever e o direito,
mencionados no § 1, são de
competência dos Bispos,
individualmente ou reunidos em
concílios particulares ou nas
Conferências dos Bispos, em relação
aos fiéis confiados ao seu cuidado; e
da suprema autoridade da Igreja, em
relação a todo o Povo de Deus.
Cân. 824 § 1. Salvo determinação
contrária, o Ordinário local, cuja licença
ou aprovação deve ser pedida,
segundo os cânones do presente título,
é o Ordinário local próprio do autor ou o
Ordinário do lugar onde os livros forem
efetivamente publicados.
§ 2. O que nos cânones deste título se
estabelece a respeito dos livros, deve-
se aplicar a qualquer escrito destinado
à publicação, a não ser que conste o
contrário.
Cân. 825 § 1. Os livros da sagrada
Escritura não podem ser editados sem
aprovação da Sé Apostólica ou da
Conferência dos Bispos; igualmente,
para que possam ser editadas suas
versões em língua vernácula, exige-se
que sejam aprovadas pela mesma
autoridade e sejam acompanhadas de
necessárias e suficientes notas
explicativas.
§ 2. As versões das sagradas
Escrituras, acompanhadas de
convenientes notas explicativas,
mesmo feitas em
colaboração com os irmãos
separados, podem os fiéis católicos
devendo-se cumprir as condições por
§ 2. Para se reeditarem livros ela impostas.
litúrgicos, suas versões para o
vernáculo ou suas partes, deve Cân. 829 A aprovação ou licença para
constar, mediante declaração do se publicar uma obra tem valor para o
Ordinário do lugar onde são texto original, não porém para as
publicados, sua concordância com a novas edições ou traduções.
edição aprovada. Cân. 830 § 1. Permanecendo
§ 3. Livros de oração, para uso inalterado o direito que cada Ordinário
público ou particular dos fiéis, não se
editem sem licença do Ordinário local. local tem para pedir a pessoas de sua
confiança o juízo sobre livros, a
Cân. 827 § 1. Os catecismos e outros Conferência dos Bispos pode fazer
destinados àformação catequética, uma lista de censores eminentes por
ou suas versões, para serem ciência, sã doutrina e prudência, que
publicados, precisam de aprovação estejam à disposição das cúrias
do Ordinário local, salva a prescrição diocesanas, como pode também
do cân. 775, § 2. constituir uma comissão de censores,
§ 2. Nas escolas tanto elementares que os Ordinários locais possam
como médias e superiores, não consultar.
podem ser usados, como textos de § 2. No cumprimento de seu ofício, o
ensino, livros que tratam de questões censor, deixando de lado qualquer
relativas àSagrada Escritura, à teologia, discriminação de pessoas, tenha diante
ao direito canônico, a história dos olhos apenas a doutrina da Igreja
eclesiástica e a disciplinas religiosas
sobre a fé os costumes, como é
ou morais, a não ser que tenham sido
proposta pelo magistério eclesiástico.
editados com aprovação da
autoridade eclesiástica competente, § 3. O censor deve dar sua opinião
ou posteriormente por ela aprovados. por escrito; sendo ela favorável o
Ordinário conceda, segundo seu
§ 3. Recomenda-se que sejam prudente juízo, a licença para que se
submetidos ao juízo do Ordinário local faça a edição, assinando e indicando o
os livros que tratam das matérias tempo e o lugar da concessão da
referidas no § 2, mesmo que não licença; caso não a conceda, o
sejam usados como textos de ensino, Ordinário comunique ao autor os
e também os escritos onde haja algo motivos da negativa.
que interesse, de maneira especial,
àreligião ou àhonestidade dos Cân. 831 § 1. Nos jornais, opúsculos
costumes. ou revistas periódicas que costumam
atacar abertamente a religião católica
§ 4. Nas igrejas ou oratórios, não se
ou os bons costumes, os fiéis não
podem expor, vender ou dar livros ou
escrevam coisa alguma, a não ser por
quaisquer outros escritos que tratem
motivo justo e razoável; clérigos,
de questões de religião ou de
porém e membros de institutos
costumes, a não ser que tenham
religiosos só o façam com licença do
sido editados com licença da
Ordinário local.
autoridade eclesiástica competente, ou
posteriormente por ela aprovados. § 2. Compete à Conferência dos Bispos
estabelecer normas quanto aos
Cân. 828 Coleções de decretos ou
requisitos para que clérigos e membros
de atos, editados por qualquer
de instituto religiosos possam participar
autoridade eclesiástica, não podem de programas radiofônicos ou
ser reeditados sem que antes se televisivos sobre assuntos referentes
obtenha a licença dessa autoridade, àdoutrina católica e aos costumes.
Cân. 832 Os membros de institutos religião ou de costumes, precisam
religiosos, para poderem editar também da licença do próprio Superior
escritos que tratem de assuntos de maior, de acordo com as constituições.
8° os Superiores nos institutos
TÍTULO V religiosos e sociedades clericais de
DA PROFISSÃO DE FÉ vida apostólica, segundo a norma
Cân. 833 Têm obrigação de fazer das constituições.
pessoalmente a profissão de fé,
segundo a fórmula aprovada pela Sé LIVRO IV
Apostólica:
DO MÚNUS DE
1° diante do presidente ou de seu SANTIFICAR DA IGREJA
delegado, todos os que participam
de um Concílio Ecumênico ou Cân. 834 § 1. A igreja desempenha seu
particular, do Sínodo dos Bispos ou múnus de santificar, de modo especial
do sínodo diocesano, com voto por meio da sagrada Liturgia, que é tida
deliberativo ou consultivo; o como exercício do sacerdócio de Jesus
presidente, por sua vez, diante do Cristo, na qual, por meio de sinais
Concílio ou do Sínodo; sensíveis, e significada e, segundo o
2° os promovidos à dignidade modo próprio de cada um, é realizada a
cardinalícia, segundo os estatutos santificação dos homens, e é exercido
do sacro Colégio; plenamente pelo Corpo místico de Jesus
3° diante do delegado da Sé Cristo, isto é, pela Cabeça e pelos
Apostólica, todos os promovidos ao membros, o culto público de Deus.
episcopado, e os que se equiparam § 2. Esse culto se realiza quando é
ao Bispo diocesano; exercido em nome da Igreja por pessoas
legitimamente a isso destinadas e por
4° diante do colégio dos atos aprovados pela autoridade da Igreja.
consultores, o Administrado r
diocesano; Cân. 835 § 1. Exercem o múnus de
santificar, primeiramente os Bispos, que
5° diante do Bispo diocesano ou de
são os grandes sacerdotes, principais
seu delegado, os Vigários gerais,
dispensadores dos mistérios de Deus e
os Vigários episcopais e os
dirigentes, promotores e guardiães de
Vigários judiciais;
toda a vida litúrgica na Igreja que lhes
6° diante do Ordinário local ou de foi confiada.
seu delegado, os párocos, o reitor, § 2. Exercem-no ainda os presbíteros
os professores de teologia e que, participantes também eles do
sacerdócio de Cristo, são consagrados
filosofia nos seminários, no início como seus ministros para celebrar, sob
do exercício do cargo; e os a autoridade do Bispo, o culto divino e
santificar o povo.
promovidos àordem do diaconato;
§ 3. Os diáconos participam da
7° diante do Grão-chanceler e, na celebração do culto divino, de acordo
com as prescrições do direito.
sua falta, diante do Ordinário local
ou dos respectivos delegados, o § 4. No múnus de santificar, também os
reitor de universidade eclesiástica demais fiéis têm a parte que lhes é
ou católica, no início do exercício própria, participando ativamente nas
do cargo; diante do reitor, que seja celebrações litúrgicas, principalmente na
sacerdote, ou diante do Ordinário Eucaristia; de modo especial participam
local ou dos respectivos do mesmo múnus os pais, vivendo a vida
delegados, os prof essores que conjugal com espírito cristão e velando
lecionam disciplinas referentes à fé pela educação cristã dos filhos.
e aos costumes em qualquer
universidade, no início do
desempenho do cargo;
dos limites da sua competência, dar
Cân. 836 Sendo o culto cristão, normas relativas àliturgia, às quais
todos são obrigados.
no qual se exerce o sacerdócio
comum dos fiéis, uma ação que Cân. 839 § 1. Ainda com outros meios
procede da fé e nela se apóia, os exerce a Igreja o múnus de santificar,
ministros sagrados procurem seja com orações, com as quais roga a
diligentemente avivá-la e esclarecê- Deus que os fiéis sejam santificados na
la, especialmente pelo ministério da verdade, e com obras de penitência e
palavra, com a qual a fé nasce e se caridade, que muito ajudam a enraizar
alimenta. e fortalecer o Reino de Cristo nas
almas e concorrem para a salvação do
Cân. 837 § 1. As ações litúrgicas não mundo.
são ações particulares, mas
celebrações da própria Igreja, a qual é § 2. Cuidem os Ordinários locais que
"sacramento de unidade", isto é, povo as orações e os piedosos e sagrados
santo reunido e ordenado sob a exercícios do povo cristão sejam
dependência dos Bispos; por isso, plenamente conformes com as normas
essas ações pertencem a todo o corpo da Igreja.
da Igreja, e o manifestam e afetam; I PARTE
mas atingem a cada um de seus
membros de modo diverso, conforme DOS SACRAMENTOS
a diversidade de ordens, encargos e Cân. 840 Os sacramentos do Novo
participação atual. Testamento, instituído pelo Cristo
§ 2. As ações litúrgicas, uma vez que Senhor e confiados àIgreja, como ações
por sua própria natureza implicam a de Cristo e da Igreja, constituem sinais
celebração comum, sejam e meios pelos quais se exprime e se
celebradas, onde for possível, com a robustece a fé, se presta culto a Deus
e se realiza a santificação dos homens;
presença e participação ativa dos
por isso, muito concorrem para criar,
fiéis.
fortalecer e manifestar a comunhão
Cân. 838 § 1. A direção da sagrada eclesial; em vista disso, os ministros
liturgia depende unicamente da sagrados e os outros fiéis, em sua
autoridade da Igreja; esta se encontra celebração, devem usar de suma
na Sé Apostólica e, de acordo com as veneração e devida diligência.
normas do direito, no Bispo
Cân. 841 Já que os sacramentos são os
diocesano.
mesmos para toda a Igreja e pertencem
§ 2. Compete à Sé Apostólica ordenar ao depósito divino, compete unicamente
a sagrada liturgia na Igreja universal, à suprema autoridade da Igreja aprovar
editar os livros litúrgicos, aprovar ou definir os requisitos para sua
suas traduções para as línguas validade, e cabe a ela ou a outra
vernáculas e velar a fim de que em autoridade competente, de acordo com o
toda a parte se observem fielmente cân. 838, §§ 3 e 4, determinar o que se
as determinações litúrgicas. refere à sua celebração, administração e
§ 3. Compete às Conferências dos recepção lícita, e àordem a ser
Bispos preparar as traduções dos observada em sua celebração.
livros litúrgicos para as línguas Cân. 842 § 1. Quem não recebeu o
batismo não pode ser admitido
vernáculas, com as convenientes validamente aos outros sacramentos.
adaptações, dentro dos limites fixados
§ 2. Os sacramentos do batismo, da
nos próprios livros litúrgicos, e editá-
confirmação e da santíssima Eucaristia
las com prévia revisão da Santa Sé.
acham-se de tal forma unidos entre si,
§ 4. Compete ao Bispo diocesano, que são indispensáveis para a plena
na Igreja que lhe foi confiada, dentro
iniciação cristã. não podem negar os sacramentos
àqueles que os pedirem
Cân. 843 § 1. Os ministros sagrados oportunamente, que
estiverem devidamente dispostos e que católicos administram licitamente esses
pelo direito não forem proibidos de os sacramentos também aos outros cristãos
receber. que não tem plena comunhão com a
§ 2. Os pastores de almas e os outros Igreja católica e que não possam
fiéis, cada um conforme o seu próprio procurar um ministro de sua comunidade
múnus eclesiástico, têm o dever de e que o peçam espontaneamente,
cuidar que todos os que pedem os contanto que manifestem, quanto a esses
sacramentos estejam preparados para sacramentos, a mesma fé católica e
recebê-los, mediante devida estejam devidamente dispostos.
evangelização e instrução catequética, § 5. O Bispo diocesano ou a
segundo as normas dadas pela Conferência dos Bispos não dêem
autoridade competente. normas gerais sobre os casos
Cân. 844 § 1. Os ministros católicos mencionados no §§ 2, 3 e 4, a não ser
só administram licitamente os depois de consultarem a autoridade
sacramentos aos fiéis católicos que, competente, ao menos local, da Igreja
por sua vez, somente dos ministros ou comunidade não- católica em
católicos licitamente os recebem, salvas questão.
as prescriçöes dos §§ 2, 3 e 4 deste Cân. 845 § 1. Os sacramentos do
cânon e do cân. 861, § 2. batismo, confirmação e ordem, já que
§ 2. Sempre que a necessidade o imprimem caráter, não podem ser
exigir ou verdadeira utilidade espiritual repetidos.
o aconselhar, e contanto que se evite
§ 2. Depois de feita diligente
o perigo de erro ou indiferentismo, é
investigação, permanecendo dúvida
lícito aos fiéis, a quem for física ou
prudente se os sacramentos
moralmente impossível dirigir-se a um
mencionados no § 1 foram recebidos de
ministro católico, receber os
fato, ou se o foram validamente, sejam
sacramentos da penitência, Eucaristia e
conferidos sob condição.
unção dos enfermos das mãos de
ministros não-católicos, em cuja Igreja Cân. 846 § 1. Na celebração dos
esses sac ramentos são válidos. sacramentos, sigam-se fielmente os
livros litúrgicos aprovados pela
§ 3. Os ministros católicos
autoridade competente; portanto,
administram licitamente os
ninguém acrescente, suprima ou altere
sacramentos da penitência, Eucaristia e
coisa alguma neles, por própria iniciativa.
unção dos enfermos aos membros das
Igrejas orientais que não têm plena § 2. O ministro celebre os sacramentos
conforme o próprio rito.
comunhão com a Igreja católica, se eles
o pedirem espontaneamente e Cân. 847 § 1. Na administração dos
estiverem devidamente preparados; sacramentos em que se devem usar os
vale o mesmo para os membros de óleos sagrados, o ministro deve empregar
outras Igrejas que, a juízo da Sé óleo de oliveira ou de outras plantas
Apostólica no que se refere aos esmagadas, salva a prescrição do cân.
sacramentos, se acham nas mesmas 999, n. 2, consagrados ou benzidos
condições que as referidas Igrejas recentemente pelo Bispo; não utilize
orientais. óleos velhos, salvo caso de
necessidade.
§ 4. Se houver perigo de morte ou, a § 2. O pároco peça ao Bispo os
juízo do Bispo diocesano ou da sagrados óleos e com toda a diligencia
Conferência dos Bispos, urgir outra os conserve decorosamente guardados.
grave necessidade, os ministros Cân. 848 Além das ofertas
estabelecidas pela autoridade
competente, o ministro nada peça pela por causa de sua
administração dos sacramentos,
tomando sempre cuidado para que os pobreza.
necessitados não sejam privados do
auxílio dos sacramentos TÍTUL
O I DO
BATISM
O
Cân. 849 O batismo, porta dos
sacramentos, necessário na
realidade ou ao menos em desejo para
a salvação, e pelo qual os homens se
libertam do pecado, se regeneram
tornando-se
filhos de Deus e se incorporam à
Igreja, configurados com Cristo
mediante caráter indelével, só se
administra validamente através da
ablução com água verdadeira, usando-
se a devida fórmula das palavras.
Capítu
lo I
DA CELEBRAÇÃO DO BATISMO
Cân. 850 O batismo se administra
segundo o ritual prescrito nos livros
litúrgicos aprovados, exceto em caso
de urgente necessidade, em que se
deve observar apenas o que é exigido
para a validade do sacramento.
Cân. 851 A celebração do batismo
deve ser devidamente preparada;
assim:
1° - o adulto que pretende
receber o batismo seja admitido
ao catecumenato e, enquanto
possível, percorra os vários graus
até a iniciação sacramental, de
acordo com o ritual de
iniciação, adaptado pela
Conferência dos Bispos, e segundo
normas especiais dadas por ela;
2° - os pais da criança a ser
batizada, e também os que vão
assumir o encargo de
padrinhos, sejam
convenientemente instruídos sobre
o significado desse sacramento e
aos obrigações dele decorrentes;
o pároco, por si ou por outros, cuide
que os pais sejam devidamente católicos licitamente os recebem,
instruídos por meio de salvas as prescrições dos §§ 2, 3 e 4
exortações pastorais, e também deste cânon e do cân. 861, § 2.
mediante a oração comunitária
Cân. 855 Cuidem os pais, padrinhos e
reunindo mais famílias e, quando
pároco que não se imponham nomes
possível, visitando- as.
alheios ao senso cristão.
Cân. 852 § 1. O que se prescreve
nos cânones acerca do batismo dos Cân. 856 Embora o batismo possa ser
adultos aplica-se a todos os que celebrado em qualquer dia, recomenda-
chegaram ao uso da razão, se, porém, que ordinariamente seja
ultrapassada a infância. celebrado no domingo ou, se for
possível, na vigília da Páscoa.
§ 2. No que se refere ao batismo, Cân. 857 § 1. Exceto em caso de
deve equiparar-se àcriança também necessidade, o lugar próprio para o
batismo é a igreja ou oratório.
aquele que não está em seu juízo.
§ 2. Tenha-se como regra geral que o
Cân. 853 A água a ser utilizada na
adulto seja batizado na própria igreja
administração do batismo, exceto em
paroquial e a criança na igreja
caso de necessidade, deve ser
paroquial dos pais, salvo se justa causa
benzida segundo as prescrições dos
aconselhar outra coisa.
livros litúrgicos.
Cân. 858 § 1. Toda a igreja paroquial
Cân. 854 O batismo seja conferido por tenha sua pia batismal, salvo direito
cumulativo já adquirido por outras
imersão ou por infusão, observando- igrejas.
se as prescrições da Conferência dos § 2. Para comodidade dos fiéis, o
Bispos. § 1. Os ministros católicos só Ordinário local, tendo ouvido o pároco
administram licitamente os do lugar, pode permitir ou mandar que
haja pia batismal também noutra igreja
sacramentos aos fiéis católicos que, ou oratório dentro dos limites da
por sua vez, somente dos ministros paróquia.
pessoa para isso designada pelo
Cân. 859 Por causa da distância ou de Ordinário local pode licitamente batizar;
outras circunstâncias, se o batizado em caso de necessidade, qualquer
não puder ir ou ser levado, sem grave pessoa movida por reta intenção; os
incômodo, à igreja paroquial ou a pastores de almas, principalmente o
outra igreja ou oratório, mencionados pároco, sejam solícitos para que os fiéis
no cân. 858, § 2, o batismo pode e aprendam o modo certo de batizar.
deve ser conferido em outra igreja ou
oratório mais perto, ou mesmo em Cân. 862 Exceto em caso de
outro lugar conveniente. necessidade, a ninguém é lícito, sem a
Cân. 860 § 1. Exceto em caso de devida licença, conferir o batismo em
necessidade, o batismo não seja território alheio, nem mesmo aos próprios
conferido em casas particulares, salvo súditos.
permissão do Ordinário local, por justa
causa.
Cân. 863 O batismo dos adultos, pelo
§ 2. Exceto em caso de necessidade menos daqueles que completaram
ou por outra razão pastoral que o
imponha, não se celebre o batismo em catorze anos, seja comunicado ao
hospitais, salvo determinação contrária Bispo diocesano, a fim de ser por ele
do Bispo diocesano.
mesmo administrado, se o julgar
Capítulo II conveniente.
DO MINISTRO DO BATISMO Capítulo III
Cân. 861 § 1. Ministro ordinário do
batismo é o Bispo, o presbítero e o DOS
diácono, mantendo- se a prescrição do
cân. 530, n. 1.
BATIZADOS
§ 2. Na ausência ou impedimento do
Cân. 864 É capaz de receber o batismo
ministro ordinário, o catequista ou outra toda pessoa ainda não batizada, e
somente ela.
batismo seja adiado segundo as
Cân. 865 § 1. Para que o adulto possa prescrições do direito particular,
ser batizado, requer-se que tenha avisando-se aos pais sobre o
motivo.
manifestado a vontade de receber o § 2. Em perigo de morte, a criança filha
batismo, que esteja suficientemente de pais católicos, e mesmo não-
instruído sobre as verdades da fé e as católicos, é licitamente batizada mesmo
contra a vontade dos pais.
obrigações cristãs e que tenha sido
provado, por meio de catecumenato, Cân. 869 § 1. Havendo dúvida se
na vida cristã; seja também alguém foi batizado ou se o batismo foi
admoestado para que se arrependa de conferido validamente, e a dúvida
seus pecados. permanece depois de séria
investigação, o batismo lhe seja
§ 2. O adulto, que se encontra em conferido sob condição.
perigo de morte, pode ser batizado se,
possuindo algum conhecimento das § 2. Aqueles que foram batizados em
principais verdades da fé, manifesta de comunidade eclesial não-católica não
algum modo sua intenção de receber o devem ser batizados sob condição, a
batismo e promete observar os não ser que, examinada a matéria e a
mandamentos da religião cristã. forma das palavras usadas no batismo
conferido, e atendendo-se à intenção
Cân. 866 A não ser que uma razão do batizado adulto e do ministro que o
grave o impeça, o adulto que é batizou, haja séria razão para duvidar
batizado seja confirmado logo depois da validade do batismo.
do batismo e participe da celebração
eucarística, recebendo também a § 3. Nos casos mencionados nos §§ 1
comunhão. e 2, se permanecerem duvidosas a
celebração ou a validade do batismo,
Cân. 867 § 1. Os pais têm a não seja este administrado, senão
obrigação de cuidar que as crianças depois que for exposta ao batizando, se
sejam batizadas dentro das primeiras adulto, a doutrina sobre o sacramento
semanas; logo depois do nascimento, do batismo; a ele, ou aos pais, tratando-
ou mesmo antes, dirijam-se ao pároco a se de crianças, sejam explicadas as
fim de pedirem o sacramento para o razões da dúvida sobre a validade do
filho e serem devidamente preparados batismo.
para eles.
Cân. 870 A criança exposta ou achada,
§ 2. Se a criança estiver em perigo de seja batizada, a não ser que, após
cuidadosa investigação, conste de seu
morte, seja batizada sem demora. batismo.
Cân. 868 § 1. Para que uma criança Cân. 871 Os fetos abortivos, se
seja licitamente batizada, é necessário
que: estiverem vivos, sejam batizados,
1° - os pais, ou ao menos um enquanto possível.
deles ou quem legitimamente faz
as suas vezes, consintam; Capítulo
2° - haja fundada esperança de
que será educada na religião IV DOS
católica; se essa esperança faltar
de todo, o PADRINHO
S
Cân. 872 Ao batizando, enquanto
possível, seja dado um padrinho, a
quem cabe acompanhar o batizando
adulto na iniciação cristã e, junto com
os pais, apresentar ao batismo o
batizando criança. Cabe também a ele tenha recebido o santíssimo
ajudar que o batizado leve uma vida sacramento da Eucaristia e leve uma
de acordo com o batismo e cumpra vida de acordo com a fé e o encargo
com fidelidade as obrigações que vai assumir;
inerentes. 4° - não tenha sido atingido por
Cân. 873 Admite-se apenas um nenhuma pena canônica
padrinho ou uma só madrinha, ou legitimamente irrogada ou declarada;
também um padrinho e uma madrinha. 5° - não seja pai ou mãe
Cân. 874 § 1. Para que alguém seja do batizando.
admitido para assumir o encargo de § 2. O batizado pertencente a uma
padrinho, é necessário que: comunidade eclesial não- católica só
seja admitido junto com um padrinho
1° - seja designado pelo católico, o qual será apenas
testemunha do batismo.
batizando, por seus pais ou por
quem lhes faz as vezes, ou, na Capítul
falta deles, pelo próprio pároco ou oV
ministro, e tenha aptidão e DA PROVA E ANOTAÇÃO DO
intenção de cumprir esse encargo; BATISMO
2° - Tenha completado dezesseis Cân. 875 Se não houver padrinho,
anos de idade, a não ser que outra aquele que administra o batismo cuide
idade tenha sido determinada pelo que haja pelo menos uma testemunha,
Bispo diocesano, ou pareça ao pela qual se possa provar a
pároco ou ministro que se deva administração do batismo.
admitir uma exceção por justa Cân. 876 Para provar a administração
causa; do batismo, se não advém prejuízo
para ninguém, é suficiente a
3° - seja católico, confirmado, já declaração de
menção do nome do pai ou dos pais.
uma só testemunha acima de qualquer
suspeita, ou o juramento do próprio § 3. Tratando-se de filho adotivo,
batizado, se tiver recebido o batismo anotem-se os nomes dos adotantes e
em idade adulta. pelo menos os nomes dos pais
naturais, de acordo com o §§ 1 e 2, se
Cân. 877 § 1. O pároco do lugar em assim se fizer também no registro civil da
que se celebra o batismo deve anotar região, observando-se as prescrições da
cuidadosamente e sem demora os Conferência dos Bispos.
nomes dos batizados, fazendo
menção do ministro, pais, padrinhos, Cân. 878 Se o batismo não for
testemunhas, se as houver, do lugar administrado pelo pároco ou não estando
e dia do batismo, indicando também o ele presente, o ministro do batismo,
dia e o lugar do nascimento quem quer que seja, deve informar da
celebração do batismo ao pároco da
§ 2. Tratando-se de filhos de mãe paróquia em que o batismo tiver sido
solteira, deve-se consignar o nome da administrado, para que este o anote, de
mãe, se consta publicamente da acordo com o cân. 877, § 1.
maternidade ou ela o pede
espontaneamente por escrito perante TÍTULO II
duas testemunhas; deve-se também DO SACRAMENTO DA
anotar o nome do pai, se sua CONFIRMAÇÃO
paternidade se comprova por algum
documento público ou por declaração Cân. 879 O sacramento da confirmação,
dele, feita perante o pároco e duas que imprime caráter, e pelo qual os
testemunhas; nos outros casos, anote- batizados, continuando o caminho da
se o nome do batizado, sem fazer iniciação cristã, são enriquecidos com o
dom do Espírito Santo e vinculados
mais perfeitamente à Igreja, fortalece- morte, o pároco, e até qualquer
os e mais estritamente os obriga a sacerdote.
serem testemunhas de Cristo pela Cân. 884 § 1. O Bispo diocesano
palavra e ação e a difundirem e administre a confirmação por si mesmo
defenderem a fé. ou cuide que seja administrada por
Capítulo I outro Bispo; se a necessidade o exigir,
pode conceder faculdade a um ou
DA CELEBRAÇÃO DA mais presbíteros determinados para
CONFIRMAÇÃO administrarem esse sacramento.
Cân. 880 § 1. O sacramento da § 2. Por motivo grave, o Bispo e
confirmação é conferido pela unção do também o presbítero que, pelo direito
crisma na fronte, o que se faz pela ou por especial concessão da
imposição da mão e pelas palavras autoridade competente, têm a
prescritas nos livros litúrgicos faculdade de confirmar, podem, caso
aprovados. por caso, associar a si presbíteros que
§ 2. O crisma a se utilizar no também administrem o sacramento.
sacramento da confirmação deve ser
consagrado pelo Bispo, mesmo que o Cân. 885 § 1. O Bispo diocesano tem a
sacramento seja administrado por um
presbítero. obrigação de cuidar que seja conferido
Cân. 881 É conveniente que o o sacramento da confirmação aos fiéis
sacramento da confirmação seja que o pedem devida e razoavelmente.
celebrado na igreja e dentro da missa;
por causa justa e razoável, pode ser § 2. O presbítero que tem essa
celebrado fora da missa e em qualquer faculdade deve usá-la para aqueles em
lugar digno. cujo favor a faculdade foi concedida.
Capítulo II Cân. 886 § 1. Em sua diocese, o
Bispo administra legitimamente o
DO MINISTRO DA CONFIRMAÇÃO sacramento da confirmação também
Cân. 882 O ministro ordinário da aos fiéis que não são seus súditos, a
confirmação é o Bispo; administra não ser que haja proibição expressa
validamente este sacramento também o do Ordinário deles.
presbítero que tem essa faculdade em § 2. Para administrar licitamente a
virtude do direito comum ou de confirmação em outra diocese, o Bispo
concessão especial da autoridade precisa da licença do Bispo diocesano,
competente. ao menos razoavelmente presumida, a
Cân. 883 Pelo próprio direito, têm a não ser que se trate de súditos seus.
faculdade de administrar a confirmação:
1° - dentro dos limites de seu Cân. 887 O presbítero, com faculdade
território, aqueles que pelo direito se de administrar a confirmação,
equiparam ao Bispo diocesano;
administra-a licitamente também a
2° - no que se refere àpessoa e, estranhos, dentro do território que lhes
questão, o presbítero que, em foi designado, salvo haja proibição do
razão de ofício ou por mandato do Ordinário deles; mas, em território
Bispo diocesano, batiza um adulto alheio, não a administra validamente a
ou recebe alguém já batizado na ninguém, salva a prescrição do cân.
plena comunhão da Igreja católica; 886, n. 3.
3° - no que se refere aos que se Cân. 888 Dentro do território em que
podem administrar a confirmação, os
acham em perigo de ministros podem também administrá-la
em lugares isentos.
Capítulo III
DOS CONFIRMANDOS
Cân. 889 § 1. É capaz de receber a idade, ou haja perigo de morte, ou, a
confirmação todo o batizado ainda
não confirmado, e somente ele. juízo do ministro, uma causa grave
aconselhe outra coisa.
§ 2. Exceto em perigo de morte, para
alguém receber licitamente a Capítulo
confirmação, se requer, caso tenha
uso da razão, que esteja IV DOS
convenientemente preparado, PADRINHO
devidamente disposto, e que possa
renovar as promessas do batismo. S
Cân. 890 Os fiéis têm a obrigação Cân. 892 Enquanto possível, assista
de receber tempestivamente esse ao confirmando um
padrinho, a quem cabe cuidar que o
sacramento; os pais, os pastores de confirmando se comporte como
almas, principalmente os párocos, verdadeira testemunha de Cristo e
cumpra com
cuidem que os fiéis sejam fidelidade as obrigações inerentes
devidamente instruídos para o a esse sacramento.
receberem e que se aproximem dele
em tempo oportuno. Cân. 893 § 1. Para que alguém
desempenhe o encargo de padrinho, é
Cân. 891 O sacramento da necessário que preencha as condições
confirmação seja conferido aos fiéis, mencionadas no cân. 874.
mais ou menos na idade da discrição,
§ 1. Para que alguém desempenhe o
a não ser que a Conferência dos encargo de padrinho, é necessário que
Bispos tenha determinado outra preencha as condições mencionadas
no cân. 874.
Capítulo V Cân. 897 Augustíssimo sacramento é a
santíssima Eucaristia, na qual se contém,
DA PROVA E ANOTAÇÃO DA se oferece e se recebe o próprio Cristo
CONFIRMAÇÃO Senhor e pela qual continuamente vive e
Cân. 894 Para provar a administração cresce a Igreja. O Sacrifício eucarístico,
da confirmação, observem-se as
prescrições do cân. 876. memorial da morte e ressurreição do
Senhor, em que se perpetua pelos
Cân. 895 No livro de crismas da cúria
séculos o Sacrifício da cruz, é o ápice e
diocesana ou onde isso tiver sido
a fonte de todo o culto e da vida cristã,
prescrito pela Conferência dos Bispos
por ele é significada e se realiza a
ou pelo Bispo diocesano, no livro a ser
unidade do povo de Deus, e se completa
conservado no arquivo paroquial,
a construção do Corpo de Cristo. Os
anotem-se os nomes dos confirmados, outros sacramentos e todas as obras de
mencionando o ministro, os pais e apostolado da Igreja se relacionam
padrinhos, o lugar e o dia da intimamente com a santíssima Eucaristia
confirmação; o pároco deve informar da e a ela se ordenam.
confirmação ao pároco do lugar do
batismo, a fim de que se faça a Cân. 898 Os fiéis tenham na máxima
anotação no livro dos batizados, de honra a santíssima Eucaristia,
acordo com o cân. 535, § 2. participando ativamente na celebração
do augustíssimo Sacrifício, recebendo
Cân. 896 Se o pároco do lugar não devotíssima e frequentemente esse
tiver estado presente, o ministro o sacramento e prestando-lhe culto com
informe, quanto antes, por si ou por suprema adoração; os pastores de
outros, da confirmação conferida. almas, explicando a doutrina sobre esse
TÍTULO III sacramento, instruam diligentemente os
fiéis sobre essa obrigação.
DA SANTÍSSIMA
EUCARISTIA Capítulo I
DA CELEBRAÇÃO aconselhe o contrário, os sacerdotes
EUCARÍSTICA podem concelebrar a Eucaristia;
Cân. 899 § 1. A celebração eucarística permanece, porém, a liberdade de
é a ação do próprio Cristo e da Igreja, cada um celebrar a Eucaristia
na qual, pelo ministério do sacerdote, individualmente, não porém durante o
o Cristo Senhor, presente sob as tempo em que na mesma igreja ou
espécies de pão e vinho, se oferece a oratório haja uma concelebração.
Deus Pai e se dá como alimento Cân. 903 Seja admitido a celebrar o
espiritual aos fiéis unidos àsua oblação. sacerdote, mesmo desconhecido do
§ 2. No Banquete eucarístico, o povo reitor da igreja, contanto que
de Deus é chamado a reunir-se sob a apresente documento de
presidência do Bispo ou, por sua recomendação de seu Ordinário ou
autoridade, do presbítero, que faz as Superior, dado há menos de um ano,
vezes de Cristo, unem-se na ou prudentemente se possa julgar que
participação todos os fiéis presentes, não esteja impedido de celebrar.
clérigos ou leigos, cada um a seu Cân. 904 Lembrando-se sempre que
modo, segundo a diversidade de no ministério do sacrifício eucarístico
ordens e funções litúrgicas. se exerce continuamente a obra da
§ 3. A celebração eucarística se redenção, os sacerdotes celebrem
ordene de tal maneira que todos os freqüentemente; e mais recomenda-se
participantes recebam os muitos frutos,
para cuja obtenção Cristo Senhor com insistência a celebração cotidiana,
instituiu o Sacrifício eucarístico. a qual, mesmo não se podendo ter
Art. 1 presença de fiéis, é um ato de Cristo e
da Igreja, em cuja realização os
Do Ministro da
sacerdotes desempenham seu múnus
Santíssima Eucaristia
principal.
Cân. 900 § 1. O ministro, que, fazendo Cân. 905 § 1. Não é lícito ao sacerdote
as vezes de Cristo, pode realizar o celebrar mais de uma vez ao dia,
sacramento da Eucaristia, é somente o exceto nos casos em que, de acordo
com o direito, é lícito celebrar ou
sacerdote validamente ordenado. concelebrar a Eucaris tia mais vezes
no mesmo dia.
§ 2. Celebra licitamente a Eucaristia o
§ 2. Se houver falta de sacerdotes, o
sacerdote não impedido por lei
Ordinário local pode permitir que, por
canônica, observando-se as
justa causa, os sacerdotes celebrem
prescrições dos cânones seguintes.
duas vezes ao dia e até mesmo três
Cân. 901 O sacerdote pode aplicar a vezes nos domingos e festas de
missa por quaisquer pessoas, vivas ou
defuntas. preceito, se as necessidades pastorais
Cân. 902 A não ser que a utilidade o exigirem.
dos fiéis requeira ou Cân. 906 Salvo por causa justa e
razoável, o sacerdote não celebre o
Sacrifício eucarístico sem a
participação de pelo menos algum fiel.
Cân. 907 Na celebração eucarística,
não é permitido aos diáconos e leigos
proferir as orações, especialmente a
oração eucarística, ou executar as
ações próprias do sacerdote celebrante.
Cân. 908 É proibido aos sacerdotes
católicos concelebrar a Eucaristia junto
com sacerdotes ou ministros de Igrejas
ou comunidades que não estão em
plena comunhão com a Igreja católica.
Cân. 909 O sacerdote não deixe de se
preparar devidamente, pela oração,
para a celebração do Sacrifício a quem se deve depois informar, deve
eucarístico e de agradecer a Deus no
final. fazê- lo qualquer sacerdote ou outro
Cân. 910 § 1. Ministro ordinário da ministro da sagrada comunhão.
sagrada comunhão é o Bispo, o
presbítero e o diácono. Art.
§ 2. Ministro extraordinário da sagrada 2
comunhão é o acólito ou outro fiel
designado de acordo com o cân. 230, Da Participação na Santíssima
§ 3. Eucaristia
Cân. 911 § 1. Têm dever e direito Cân. 912 Qualquer batizado, não
de levar a santíssima Eucaristia proibido pelo direito, pode e deve ser
admitido àsagrada comunhão.
como viático aos doentes o pároco e
os vigários paroquiais, os capelães, Cân. 913 § 1. Para que a santíssima
como também o Superior da Eucaristia possa ser administrada às
comunidade nos institutos religiosos crianças, requer-se que elas tenham
clericais ou nas sociedades de vida suficiente conhecimento e cuidadosa
apostólica, em relação a todos os que preparação, de modo que, possam
se encontram na casa. compreender o mistério de Cristo, de
acordo com sua capacidade, e receber
§ 2. Em caso de necessidade ou
o Corpo do Senhor com f é e devoção.
com a licença ao menos presumida
do pároco, do capelão ou do Superior, § 2. Contudo, pode-se administrar a
santíssima Eucaristia às
oportunidade para se confessar; nesse
crianças que estiverem em perigo de caso, porém, lembre-se que é obrigado a
morte, se puderem discernir o Corpo fazer um ato de contrição perfeita, que
de Cristo do alimento comum e receber inclui o propósito de se confessar quanto
a comunhão com reverência. antes.
Cân. 914 É dever, primeiramente dos Cân. 917 Quem já recebeu a santíssima
pais ou de quem faz as suas vezes e Eucaristia pode recebê-la novamente no
do pároco, cuidar que as crianças que mesmo dia, somente dentro da
atingiram o uso da razão se celebração eucarística em que participa,
preparem convenientemente e sejam salva a prescrição do can. 921, § 2.
nutridas quanto antes com esse divino
alimento, após a confissão Cân. 918 Recomenda-se vivamente que
sacramental; compete também ao os fiéis recebam a sagrada comunhão
pároco velar que não se aproximem do na própria celebração eucarística; seja-
sagrado Banquete às crianças que lhes, contudo, administrada fora da
ainda não atingiram o uso da razão ou missa quando a pedem por justa causa,
aquelas que ele julgar não estarem observando-se os ritos litúrgicos.
suficientemente dispostas. Cân. 919 § 1. Quem vai receber a
Cân. 915 Não sejam admitidos à santíssima Eucaristia abstenha-se de
sagrada comunhão os excomungados qualquer comida ou bebida, excetuando-
e os interditados, depois da imposição se somente água e remédio no espaço
ou declaração da pena, e outros que de ao menos uma hora antes da sagrada
obstinadamene persistem no pecado comunhão.
grave manifesto. § 2. O sacerdote que no mesmo dia
Cân. 916 Quem está consciente de celebra duas ou três vezes a santíssima
pecado grave não celebre a missa nem Eucaristia pode tomar alguma coisa antes
comungue o Corpo Senhor, sem fazer da segunda ou terceira celebração,
antes a confissão sacramental, a não mesmo que não haja o espaço de uma
ser que exista causa grave e não haja hora.
§ 3. Pessoas idosas e doentes, bem
como as que cuidam delas, podem Cân. 924 § 1. O sacrossanto Sacrifício
receber a santíssima Eucaristia, eucarístico deve ser celebrado com
mesmo que tenham tomado alguma pão e vinho, e a este se deve misturar
coisa na hora que antecede. um pouco de água.
Cân. 920 § 1. Todo fiel, depois de ter § 2. O pão deve ser só de trigo e feito
recebido a santíssima Eucaristia pela há pouco, de modo que não haja perigo
primeira vez, tem a obrigação de de deterioração.
receber a sagrada comunhão ao menos § 3. O vinho deve ser natural, do fruto
uma vez por ano.
§ 2. Esse preceito deve ser cumprido da uva e não deteriorado.
no tempo pascal, a não ser que, por Cân. 925 Distribua-se a sagrada
justa causa, se cumpra em outro tempo
dentro do ano. comunhão só sob a espécie de pão ou,
Cân. 921 § 1. Os fiéis em perigo de de acordo com as leis litúrgicas, sob
morte, proveniente de qualquer causa, ambas as espécies; mas, em caso de
sejam confortados com a sagrada necessidade, também apenas sob a
comunhão como viático. espécie de vinho.
§ 2. Mesmo que já tenham comungado Cân. 926 Na celebração eucarística,
nesse dia, recomenda- se vivamente segundo antiga tradição da Igreja latina,
que comunguem de novo aqueles que o sacerdote empregue o pão ázimo em
vierem a ficar em perigo de morte. qualquer lugar que celebre.
§ 3. Persistindo o perigo de morte, Cân. 927 Não é lícito, nem mesmo
recomenda-se que seja administrada a urgindo extrema necessidade,
eles a sagrada comunhão mais vezes consagrar uma matéria sem a outra, ou
em dias diferentes. mesmo consagrá-las a ambas fora da
celebração eucarística.
Cân. 922 Não se retarde Cân. 928 Faça-se a celebração
demasiadamente o viático aos eucarística em língua latina ou outra
língua, contanto que os textos litúrgic
doentes; os que têm cura de almas os tenham sido legitimamente
velem cuidadosamente para que os aprovados.
doentes sejam com ele confortados, Cân. 929 Sacerdotes e diáconos,
ainda plenamente lúcidos. para celebrarem ou administrarem a
Cân. 923 Os fiéis podem participar do Eucaristia, se revistam dos
sacrifício eucarístico e receber a paramentos sagrados prescritos pelas
sagrada comunhão em qualquer rito
católico, salva a prescrição do cân. 844. rubricas.
Art. Cân. 930 § 1. O sacerdote doente ou
3 idoso, se não puder manter- se de pé,
pode celebrar sentado o Sacrifício
Dos Ritos e Cerimônias da
eucarístico, observando as leis
Celebração Eucarística
litúrgicas, não porém diante do povo,
salvo com licença do Ordinário local.
§ 2. O sacerdote cego ou que padece
de outra doença celebra licitamente o
Sacrifício eucarístico, utilizando
qualquer texto dos aprovados para a
missa, e assistido, se for o caso, por
outro sacerdote ou diácono, ou
mesmo por um leigo devidamente
instruído, que o auxilie.
Art.
4
Do Tempo e Lugar da templo de alguma Igreja ou comunidade
Celebração Eucarística eclesial que não tenha plena comunhão
Cân. 931 A celebração e distribuição com a Igreja católica.
da Eucaris tia pode realizar-se em Capítulo II
qualquer dia e hora, com exceção DA CONSERVAÇÃO E VENERAÇÃO
dos excluídos pelas leis litúrgicas. DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA
Cân. 932 § 1. A celebração Cân. 934 § 1. A
eucarística deve realizar-se em lugar santíssima Eucaristia:
sagrado, a não ser que, em caso 1°- deve-se conservar na igreja
particular, a necessidade exija outra catedral ou na igreja a ela
coisa; neste caso, deve-se fazer a equiparada, em todas as igrejas
celebração em lugar decente. paroquiais e ainda na igreja ou
§ 2. O Sacrifício eucarístico deve oratório anexo a uma casa de
realizar-se sobre altar dedicado ou instituto religioso ou de sociedade
benzido; fora do lugar sagrado, pode de vida apostólica;
ser utilizada uma mesa conveniente, 2°- pode-se conservar na capela do
mas sempre com toalha e corporal. Bispo e, com licença do Ordinário
Cân. 933 Por justa causa e com local, nas outras igrejas, oratórios e
licença expressa do Ordinário local, é capelas.
lícito ao sacerdote, removido o § 2. Nos lugares em que se conserva a
santíssima Eucaristia deve sempre
escândalo, celebrar a Eucaristia em haver alguém que cuide dela e, na
medida do
possível, um sacerdote celebre missa conserva a santíssima Eucaristia esteja
aí, pelo menos duas vezes por mês. colocado em alguma parte da igreja ou
Cân. 935 A ninguém é lícito conservar a oratório que seja distinta, visível, ornada
Eucaristia na própria casa ou levá-la com dignidade e própria para a oração.
consigo em viagens, a não ser urgindo
uma necessidade pastoral e § 3. O tabernáculo em que
observando-se as prescrições do
Bispo diocesano. habitualmente se conserva a santíssima
Cân. 936 Na casa de um instituto Eucaristia seja inamovível, construído de
religioso ou em outra casa pia, matéria sólida e não-transparente, e de
conserve-se a santíssima Eucaristia tal modo fechado, que se evite o mais
somente na igreja ou oratório principal possível e perigo de profanação.
anexo à casa; contudo, por justa § 4. Por motivo grave, é lícito
causa, o Ordinário pode permitir que se conservar a santíssima Eucaristia,
conserve também noutro oratório dessa principalmente à noite, em algum
casa. lugar mais seguro e digno.
Cân. 937 A não ser que obste motivo § 5. Quem tem o cuidado da igreja ou
oratório providencie que seja guardada
grave, a igreja em que se conserva a com o máximo cuidado a chave do
santíssima Eucaristia esteja aberta tabernáculo onde se conserva a
santíssima Euc aristia.
todos os dias aos fiéis, ao menos
durante algumas horas, a fim de que Cân. 939 Conservem-se na píxide ou
âmbula hóstias consagradas em
eles possam dedicar-se à oração quantidade suficiente para as
diante do santíssimo Sacramento. necessidades dos fiéis; renovem-se
com freqüência, consumindo-se
devidamente as antigas.
Cân. 938 § 1. Conserve-se a
santíssima Eucaristia habitualmente Cân. 940 Diante do tabernáculo em
apenas no tabernáculo da igreja ou que se conserva a santíssima
oratório. Eucaristia, brilhe continuamente uma
lâmpada especial, com a qual se indique
§ 2. O tabernáculo em que se
e se reverencie a presença de Cristo. § 2. Compete ao Bispo diocesano
Cân. 941 § 1. Nas igrejas e oratórios estabelecer normas sobre as
procissões, assegurando a participação
onde se conserva a santíssima e dignidade delas.
Eucaristia, podem- se fazer Capítulo III
exposições com a píxide ou com o
ostensório, observando-se as normas DAS ESPÓRTULAS PARA A
prescritas nos livros litúrgicos. CELEBRAÇÃO DA MISSA
§ 2. Durante a celebração da missa, Cân. 945 § 1. Segundo o costume
não haja exposição do santíssimo aprovado pela Igreja, a qualquer
Sacramento no mesmo recinto da
igreja ou oratório. sacerdote que celebra ou concelebra
Cân. 942 Recomenda-se que, nessas a missa é permitido receber a espórtula
igrejas e oratórios, se faça todos os oferecida para que ele aplique a missa
anos a exposição do santíssimo segundo determinada intenção.
Sacramento, prolongada por tempo § 2. Recomenda-se vivamente aos
conveniente, mesmo não contínuo, a sacerdotes que, mesmo sem receber
fim de que a comunidade local medite nenhuma espórtula, celebrem a missa
mais longamente no ministério segundo a intenção dos fiéis,
eucarístico e o adore; essa exposição, especialmente dos pobres.
porém, só se faça caso se preveja
razoável concurso de fiéis e Cân. 946 Os fiéis que oferecem
observando- se as normas espórtula para que a missa seja
estabelecidas. aplicada segundo suas intenções
concorrem, com essa oferta, para o
Cân. 943 Ministro da exposição do bem da Igreja e participam de seu
Santíssimo Sacramento e da bênção empenho no sustento de seus ministros
eucarística é o sacerdote ou diácono; e obras.
em circunstâncias especiais, apenas da
exposição e reposição, mas não da Cân. 947 Deve-se afastar
bênção, é o acólito, um ministro completamente das espórtulas de
extraordinário da sagrada comunhão, missas até mesmo qualquer aparência
ou outra pessoa delegada pelo de negócio ou comércio.
Ordinário local, observando-se as Cân. 948 Devem aplicar-se missas
distintas na intenção de cada um
prescrições do Bispo diocesano. daqueles pelos quais foi oferecida e
aceita uma espórtula, mesmo diminuta.
Cân. 944 § 1. Onde for possível, a juízo
do Bispo diocesano, em testemunho Cân. 949 Quem está obrigado a
público de veneração para com a celebrar e aplicar a missa segundo a
santíssima Eucaristia, principalmente na intenção de quem ofereceu a espórtula,
solenidade do Corpo e Sangue de continua com tal obrigação, mesmo
Cristo, haja procissão pelas vias que, sem culpa sua, se tenham
públicas. perdido as espórtulas recebidas.
Cân. 950 Oferecendo-se determinada
soma para aplicação de missas, sem
indicar o número de missas que se
devem celebrar, este seja calculado
segundo a espórtula em vigor no lugar
onde reside o ofertante, a não ser que
se deva presumir legitimamente que
outra tenha sido a sua intenção.
Cân. 951 § 1. O sacerdote que
celebra mais missas no mesmo dia
pode aplicar cada uma delas segundo diocese.
a intenção pela qual foi oferecida a § 3. Também os membros de
espórtula, mas com a condição de quaisquer institutos religiosos devem
obedecer ao decreto ou costume do
reter para si a espórtula de uma só lugar, mencionados nos §§ 1 e 2.
missa, excetuando o dia do Natal do Cân. 953 A ninguém é lícito receber,
Senhor, e entregar as outras para para aplicar pessoalmente, tantas
espórtulas de missas que não possa
os fins determinados pelo Ordinário, satisfazer dentro de um ano.
admitindo-se alguma retribuição por
Cân. 954 Se em determinadas igrejas
título extrínseco.
ou oratórios se pede a celebração de
§ 2. O sacerdote que concelebrar no missas em número superior às que aí
mesmo dia uma segunda missa por
nenhum título pode receber espórtula se podem celebrar, é lícito celebrá-las
por ela.
em outro lugar, salvo vontade contrária
Cân. 952 § 1. Compete ao concílio dos ofertantes expressamente
provincial ou àreunião dos Bispos da manifestada.
província determinar por decreto,
Cân. 955 § 1. Quem tenciona confiar a
para toda a província, que espórtula
outros a celebração de missas a serem
deva ser oferecida pela celebração e
aplicadas deve entregar quanto antes
aplicação da missa; não é lícito ao
a celebração delas a sacerdotes de sua
sacerdote exigir soma mais elevada. É
confiança, contanto que conste estarem
lícito, porém, a ele aceitar para a
eles acima de qualquer suspeita; deve
aplicação da missa uma espórtula
transmitir integralmente a espórtula
maior, se oferecida espontaneamente;
recebida, a não ser que conste com
pode também aceitar espórtula menor.
certeza que o excedente da soma
§ 2. Onde tal decreto não existe, devida na
observe-se o costume vigente na
leigos, entreguem a seus Ordinários os
diocese foi dado a título pessoal; tem encargos das missas que não tiverem
ainda a obrigação de cuidar da sido satisfeitos dentro de um ano,
celebração delas até que tenha segundo o modo a ser por estes
recebido uma declaração de que foi determinado.
aceita a obrigação e recebida a
espórtula. Cân. 957 O dever e o direito de velar
pelo cumprimento dos encargos de
§ 2. O prazo, dentro do qual as missas missas, nas igrejas do clero secular,
devem ser celebradas, começa a partir compete ao Ordinário local, e nas igrejas
do dia em que as recebeu o sacerdote de institutos religiosos ou de sociedades
que vai celebrá-las a não ser que de vida apostólica a seus Superiores.
conste o contrário.
Cân. 958 § 1. O pároco e o reitor de
§ 3. Quem confia a outros missas a igreja ou de outro lugar pio, em que se
serem celebradas deve sem demora costumam receber espórtulas de
registrar num livro as missas que missas, tenham um livro especial, no
recebeu e que entregou a outros qual anotem cuidadosamente o número,
anotando também suas espórtulas. a intenção, a espórtula oferecida, bem
§ 4. Cada sacerdote deve anotar como a celebração das missas que
cuidadosamente as missas que
recebeu para celebrar, e as que já devem ser celebradas.
celebrou.
§ 2. O Ordinário tem a obrigação de
Cân. 956 Todos e cada um dos examinar esses livros, todos os anos,
administradores das causas pias, ou de por si mesmo ou por outros.
algum modo obrigados a cuidar da
celebração de missas, seja clérigos seja TÍTULO IV
DO SACRAMENTO DA § 2. Julgar sobre a existência das
condições requeridas no § 1, n.2,
PENITÊNCIA compete ao Bispo diocesano que,
levando em conta os
Cân. 959 No sacramento da
penitência, os fiéis que confessam
seus pecados ao ministro legítimo,
arrependidos e com o propósito de se
emendarem, alcançam de Deus,
mediante a absolvição dada pelo
ministro, o perdão dos pecados
cometidos após o batismo, e ao
mesmo tempo se reconciliam com a
Igreja, àqual ofenderam pelo pecado.
Capítulo I
DA CELEBRAÇÃO DO SACRAMENTO
Cân. 960 A confissão individual e
íntegra e a absolvição constituem o
único modo ordinário, com o qual o
fiel, consciente de pecado grave, se
reconcilia com Deus e com a Igreja;
somente a impossibilidade física ou
moral escusa de tal confissão; neste
caso, pode haver a reconciliação
também por outros modos.
Cân. 961 § 1. Não se pode dar a
absolvição ao mesmo tempo a vários
penitentes sem prévia confissão
individual, a não ser que:
1°- haja iminente perigo de morte e
não haja tempo para que o
sacerdote ou sacerdotes ouçam a
confissão de cada um dos
penitentes;
2°- haja grave necessidade, isto é,
quando por causa do número de
penitentes, não há número
suficiente de confessores para
ouvirem as confissões de cada um,
dentro de um espaço de tempo
razoável, de tal modo que os
penitentes, sem culpa própria,
seriam forçados a ficar muito tempo
sem a graça sacramental ou sem a
sagrada comunhão; essa
necessidade, porém, não se
considera suficiente, quando não
é possível ter os confessores
necessários só pelo fato de
grande concurso de penitentes,
como pode acontecer numa grande
festividade ou peregrinação.
critérios concordados com os outros dos pecados se requer que o ministro,
membros da Conferência dos Bispos, além do poder de ordem, tenha a
pode determinar os casos de tal faculdade de exercer esse poder em
necessidade.
favor dos fiéis aos quais dá
Cân. 962 § 1. Para que um fiel possa absolvição.
receber validamente a absolvição
dada simultaneamente a muitos, § 2. Essa faculdade pode ser dada ao
requer-se não só que esteja sacerdote pelo próprio direito ou por
devidamente disposto, mas que ao concessão da autoridade competente,
mesmo tempo se proponha também a de acordo com o cân. 969.
confessar individualmente, no tempo Cân. 967 § 1. Além do Romano
devido, os pecados graves que no Pontífice, pelo próprio direito, os
momento não pode assim confessar. Cardeais têm a faculdade de ouvir
§ 2. Os fiéis, enquanto possível, confissões em todo o mundo, como
também no momento de receber a também os Bispos que dela usam
absolvição geral, sejam instruídos licitamente, em qualquer parte, a não
sobre os requisitos do § 1; à ser que em algum caso particular o
absolvição geral, mesmo em caso de Bispo diocesano num caso particular se
perigo de morte, se houver tempo, tenha oposto.
preceda uma exortação para que § 2. Aqueles que têm faculdade de
cada um cuide de fazer o ato de ouvir confissões habitualmente, em
contrição. virtude de seu ofício ou por concessão
Cân. 963 Salva a obrigação do Ordinário do lugar de incardinação
mencionada no cân. 989, aquele a ou do lugar onde têm domicílio, podem
quem são perdoados pecados graves exercer essa faculdade em toda a
mediante absolvição geral, ao surgir parte, a não ser que o Ordinário local
oportunidade, procure quanto antes, se oponha em algum caso particular,
a confissão individual, antes de salvas as prescrições do cân. 974, §§ 2
receber outra absolvição geral, a não e 3.
ser que se interponha justa causa. § 3. Pelo próprio direito, gozam também
Cân. 964 § 1. O lugar próprio para dessa faculdade em favor dos membros
ouvir confissões é a igreja ou oratório. e de outros que vivem dia e noite na
§ 2. Quanto ao confessionário, casa do instituto ou da sociedade
estabeleçam-se normas pela aqueles que têm faculdade de ouvir
Conferência dos Bispos, cuidando- se confissões em virtude de ofício ou de
porém que haja sempre em lugar concessão do Superior competente, de
visível confessionários com grades acordo com os cânones 968 § 2 e 969
fixas entre o penitente e o confessor, § 2; eles também a usam licitamente,
dos quais possam usar livremente os a não ser que algum Superior maior se
fiéis que o desejarem. oponha, em algum caso particular, no
§ 3. Não se ouçam confissões fora do que se refere aos próprios súditos se
confessionário, a não ser por justa tenha oposto, num caso particular.
causa.
Cân. 968 § 1. Em virtude de seu
Capítulo II ofício, dentro de sua jurisdição, têm
faculdade de ouvir confissões o
DO MINISTRO DO SACRAMENTO Ordinário local, o cônego penitenciário,
o pároco e os outros que estão em
DA PENITÊNCIA lugar do pároco.
Cân. 965 Ministro do sacramento da § 2. Em virtude de seu ofício, têm
penitência é somente o sacerdote. faculdade de ouvir confissões dos
súditos e de outros que vivem dia e
Cân. 966 § 1. Para a válida absolvição noite na
ou de sociedade de vida apostólica, se
casa os Superiores de instituto religioso
forem clericais de direito pontifício, que presbítero informe dessa revogação ao
tiverem, de acordo com as Ordinário próprio do presbítero por razão
constituições, poder executivo de de incardinação ou a seu Superior
regime, salva a prescrição do cân. 630, competente se se trata de membro de
§ 4. instituto religioso.
Cân. 969 § 1. Só o Ordinário local é § 4. Revogada a faculdade de ouvir
competente para dar a quaisquer confissões pelo Superior maior próprio, o
presbíteros a faculdade para ouvirem presbítero perde em toda a parte a
confissões de todos os fiéis; todavia, os faculdade de ouvir confissões dos
presbíteros de institutos religiosos não membros do instituto; revogada, porém,
a usem sem a licença, ao menos a faculdade por outro Superior
presumida, de seu Superior. competente, só a perde com relação aos
súditos da jurisdição deste.
§ 2. O Superior de instituto religioso ou
de sociedade de vida apostólica, Cân. 975 A faculdade mencionada no
cân. 967, § 2, cessa, não só pela
mencionado no cân. 968, § 2, tem revogação, mas também pela perda do
competência para conceder a ofício, pela excardinação ou pela perda
do domicílio.
quaisquer presbíteros a faculdade de
ouvir confissões de seus súditos e de Cân. 976 Qualquer sacerdote, mesmo
outros que vivem dia e noite na casa. que não tenha faculdade de ouvir
Cân. 970 Não se conceda a faculdade confissões, absolve válida e licitamente
de ouvir confissões, a não ser a de qualquer censura e de qualquer
presbíteros que tenham sido julgados pecado qualquer penitente em perigo de
idôneos por meio de exame, ou cuja
idoneidade conste por outro forma. morte, mesmo que esteja presente um
Cân. 971 O Ordinário local não sacerdote aprovado.
conceda a faculdade de ouvir Cân. 977 Exceto em perigo de morte, é
confissões de forma habitual a um inválida a absolvição do cúmplice em
presbítero, mesmo que tenha domicílio pecado contra o sexto mandamento do
ou quase-domicílio em sua jurisdição, Decálogo.
sem antes ouvir, enquanto possível, o
Ordinário desse presbítero. Cân. 978 § 1. Lembre-se o sacerdote
Cân. 972 A faculdade para ouvir que, ao ouvir confissões, desempenha
confissões pode ser concedida pela
autoridade competente mencionada no simultaneamente o papel de juiz e de
cân. 969, por tempo indeterminado ou médico, e que foi constituído por Deus
determinado.
como ministro da justiça divina e, ao
Cân. 973 A faculdade para ouvir
confissões de modo habitual seja mesmo tempo, de sua misericórdia, para
concedida por escrito. procurar a honra divina e a salvação das
Cân. 974 § 1. O Ordinário local e o almas.
Superior competente não revoguem a § 2. O confessor, como ministro da
faculdade concedida de ouvir Igreja, ao administrar o sacramento,
habitualmente confissões, a não se por atenha-se fielmente àdoutrina do
causa grave. magistério e às normas dadas pela
§ 2. Revogada a faculdade de ouvir autoridade competente.
confissões pelo Ordinário local que a Cân. 979 O sacerdote, ao fazer
concedeu, mencionado no cân. 967, § perguntas, proceda com
2, o presbítero perde essa faculdade
em toda a parte; revogada a faculdade
por outro Ordinário local, só a perde
no território daquele que a revogou.
§ 3. Qualquer Ordinário local que tenha
revogado a faculdade de ouvir
confissões concedida a algum
prudência e discrição, atendendo à sócio, o reitor do seminário ou de outro
condição e idade do penitente, e instituto de educação não ouçam
abstenha-se de perguntar o nome do confissões sacramentais dos alunos
cúmplice.
que residem na mesma casa, a não ser
Cân. 980 Se ao confessor não resta
dúvida a respeito das disposições do que eles, em casos particulares, o
penitente, e este pede a absolvição, solicitem espontaneamente.
a absolvição não seja negada nem
diferida. Cân. 986 § 1. Todos aqueles que, em
Cân. 981 De acordo com a gravidade razão de encargo, têm cura de almas,
e número dos pecados, levando em são obrigados a providenciar que
conta, porém, a condição do sejam ouvidas as confissões dos fiéis
penitente, o confessor imponha que lhes estão confiados e que o
salutares e convenientes satisfações peçam razoavelmente, como também
,que o penitente em pessoa tem que se dê a eles oportunidade de se
obrigação de cumprir. confessarem individualmente em dias e
horas marcadas para sua
Cân. 982 Quem confessa ter conveniência.
denunciado falsamente à autoridade
eclesiástica um confessor inocente a § 2. Em caso de urgente necessidade,
respeito de crime de solicitação para qualquer confessor tem a obrigação de
pecado contra o sexto mandamento do ouvir as confissões dos fiéis, e, em
Decálogo não seja absolvido sem perigo de morte, qualquer sacerdote.
antes ter retratado formalmente a falsa Capítulo
denúncia e sem que esteja disposto a
reparar os danos, se houver. III DO
Cân. 983 § 1. O sigilo sacramental é PENITENT
inviolável; por isso é absolutamente
ilícito ao confessor de alguma forma E
trair o penitente, por palavras ou de Cân. 987 Para obter o remédio salutar
qualquer outro modo e por qualquer do sacramento da penitência, o fiel
deve estar de tal modo disposto que,
que seja a causa. repudiando os pecados cometidos e
tendo o propósito de se emendar, se
§ 2. Têm obrigação de guardar converta a Deus.
segredo também o intérprete, se
Cân. 988 § 1. O fiel tem a obrigação de
houver, e todos aqueles a quem, por
confessar, quanto à espécie e ao
qualquer motivo, tenha chegado o
número, todos os pecados graves de
conhecimento de pecados através da
que tiver consciência após diligente
confissão.
exame, cometidos depois do batismo e
Cân. 984 § 1. É absolutamente ainda não diretamente perdoados pelas
proibido ao confessor o uso, com chaves da Igreja, nem acusados em
gravame do penitente, de confissão individual.
conhecimento adquirido por meio da § 2. Recomenda-se aos fiéis que
confissão, mesmo sem perigo algum confessem também os pecados
veniais.
de revelação do sigilo.
Cân. 989 Todo fiel, depois de te
§ 2. Quem é constituído em chegado àidade da discrição, é
obrigado a confessar fielmente seus
autoridade não pode usar de modo pecados graves, pelo menos uma vez
algum, para o governo externo, de por ano.
informação sobre pecados que tenha Cân. 990 Ninguém é proibido de se
obtido em confissão ouvida em confessar por meio de intérprete,
qualquer tempo. evitando-se abuso e escândalos, e
Cân. 985 O mestre de noviços e seu salva a prescrição do cân. 983, § 2.
Cân. 991 Todo fiel é livre de se
confessar ao confessor legitimamente das indulgências, observem-se ainda as
aprovado, que preferir, mesmo de outro
rito. outras prescrições contidas em leis
Capítulo especiais da Igreja.

IV DAS
INDULGÊNCI
AS
Cân. 992 Indulgência é a remissão,
diante de Deus, da pena temporal
devida pelos pecados já perdoados
quanto à culpa, que o fiel, devidamente
disposto e em certas e determinadas
condições, alcança por meio da Igreja,
a qual, como dispensadora da
redenção, distribui e aplica, com
autoridade, o tesouro das satisfações
de Cristo e dos Santos.
Cân. 993 A indulgência é parcial ou
plenária, conforme liberta, em parte ou
no todo, da pena temporal devida pelos
pecados.
Cân. 994 Qualquer fiel pode lucrar
indulgências parciais ou plenárias para
si mesmo ou aplicá- las aos defuntos
como sufrágio.
Cân. 995 § 1. Além da autoridade
suprema da Igreja, só podem conceder
indulgências aqueles a quem esse
poder é reconhecido pelo direito ou
concedido pelo Romano Pontífice.
§ 2. Nenhuma autoridade inferior ao
Romano Pontífice pode conferir a
outros o poder de conceder
indulgências, a não ser que isso lhe
tenha sido expressamente concedido
pela Sé Apostólica.
Cân. 996 § 1. Para que alguém seja
capaz de lucrar indulgências, deve ser
batizado, não estar excomungado e
encontrar-se em estado de graça, pelo
menos no fim das obras prescritas.
§ 2. Para que a pessoa capaz lucre de
fato as indulgências, deve ter pelo
menos a intenção de as adquirir, e deve
cumprir os atos prescritos no tempo es
tabelecido e no modo devido, segundo
o teor da concessão.
Cân. 997 Quanto à concessão e uso
Capítulo III
adequadamente preparados e
DAQUELES A QUEM SE DEVE
devidamente dispostos. ADMINISTRAR A UNÇÃO DOS
ENFERMOS
Capítulo II
Cân. 1004 § 1. A unção dos enfermos
DO MINISTRO DA UNÇÃO DOS pode ser administrada ao fiel que,
tendo atingido o uso da razão, começa
ENFERMOS a estar em perigo por motivo de doença
ou velhice.
Cân. 1003 § 1. Todo sacerdote, e
somente ele, pode administrar § 2. Pode-se repetir este sacramento
validamente a unção dos enfermos.
se o doente, depois de ter
§ 2. Têm o dever e o direito de convalescido, recair em doença grave,
administrar a unção dos enfermos ou durante a mesma enfermidade, se o
todos os sacerdotes encarregados perigo se agravar.
da cura de almas, em favor dos fiéis
confiados a seus cuidados pastorais; Cân. 1005 Na dúvida se o doente já
por causa razoável, qualquer outro atingiu o uso da razão, se está
sacerdote pode administrar esse perigosamente doente, ou se já está
sacramento, com o consentimento, ao morto, administre-se este sacramento.
menos presumido, do sacerdote acima Cân. 1006 Administre-se este
mencionado. sacramento aos doentes que ao menos
§ 3. É lícito a todo o sacerdote levar implicitamente o pediram quando
consigo o óleo bento para poder estavam no uso de suas faculdades.
administrar, em caso de necessidade, Cân. 1007 Não se administre a unção
dos enfermos aos que perseverarem
o sacramento da unção dos obstinadamente em pecado grave
enfermos. manifesto.
TÍTULO VI
TÍTULO V caso de necessidade, porém, basta
DO SACRAMENTO DA uma só unção na fronte, ou mesmo
UNÇÃO DOS ENFERMOS em outra parte do corpo,
pronunciando-se integralmente a
Cân. 998 A unção dos enfermos, pela
fórmula.
qual a Igreja recomenda ao Senhor
sofredor e glorificado os fiéis § 2. O ministro faça as unções com a
própria mão, a não ser que uma razão
gravemente doentes, para que os alivie grave aconselhe o uso de instrumento.
e salve, confere-se ungindo- os com Cân. 1001 Cuidem os pastores de almas
óleo e proferindo as palavras prescritas e os parentes dos enfermos que estes
nos livros litúrgicos. sejam confortados em tempo oportuno
Capítu com esse sacramento.
lo I Cân. 1002 De acordo com as prescrições
DA CELEBRAÇÃO DO do Bispo diocesano, pode-se fazer a
SACRAMENTO celebração comunitária da unção dos
Cân. 999 Além do Bispo, podem benzer enfermos, ao mesmo tempo para
o óleo a ser usado na unção dos diversos doentes
enfermos:
1° - aqueles que, por direito, se
equiparam ao Bispo diocesano;
2° - em caso de necessida de,
qualquer presbítero, mas só na
própria celebraçã o do sacramento.
Cân. 1000 § 1. As unções sejam
feitas cuidadosamente, com as
palavras, a ordem e o modo
prescritos nos livros litúrgicos; em
DA ORDEM DA CELEBRAÇÃO E DO MINISTRO
DA ORDENAÇÃO
Cân. 1008 Por divina instituição,
graças ao sacramento da ordem, Cân. 1010 A ordenação seja celebrada
alguns entre os fiéis, pelo caráter dentro da missa, em dia de domingo ou
indelével com que são assinalados, festa de preceito; mas, por motivos
são constituídos ministros sagrados, pastorais, pode também ser feita em
isto é, são consagrados e delegados a outros dias, não excluídos os feriais.
fim de que, personificando a Cristo Cân. 1011 § 1. A ordenação seja
Cabeça, cada qual no seu respectivo celebrada geralmente na igreja
grau, apascentem o povo de Deus, catedral; mas, por motivos pastorais,
desempenhando o múnus de ensinar, pode também ser celebrada em outra
santificar e governar. igreja ou oratório.
Cân. 1009 § 1. As ordens são o
episcopado, o presbiterato e ao § 2. Sejam convidados para as
diaconato. ordenações os clérigos e outros fiéis,
§ 2. Conferem-se pela imposição das para que a elas assistam no maior
mãos e pela oração consecratória, número possível.
prescrita para cada grau pelos livros Cân. 1012 O ministro da sagrada
ordenação é o Bispo consagrado.
litúrgicos.
Cân. 1013 Não é lícito a nenhum
Capít
Bispo consagrar alguém
ulo I
como Bispo, a não ser que antes à ordenação prebiteral dos clérigos
conste da existência do mandato seculares, é o Bispo da diocese em que o
pontifício. candidato se incardinou pelo diaconato.
Cân. 1014 Salvo dispensa da Sé Cân. 1017 Fora da própria jurisdição, o
Apostólica, o principal Bispo Bispo não pode conferir ordens, a não
ser com licença do Bispo diocesano.
consagrante, na consagração
Cân. 1018 § 1. Podem dar cartas
episcopal, associe a si pelo menos dimissórias para os seculares:
dois Bispos consagrantes; é até muito
conveniente que, juntamente com eles, 1° - o Bispo próprio
todos os Bispos presentes consagrem mencionado no cân. 1016;
o eleito. 2° - o Administrador apostólico e,
Cân. 1015 § 1. Os candidatos ao com o consentimento do colégio dos
presbiterato ou ao diaconato sejam consultores, o Administrador
ordenados pelo Bispo próprio ou com diocesano; com o consentimento do
legítimas cartas dimissórias suas. conselho mencionado no cân. 495, §
2, o Pró-vigário e o Pró-prefeito
§ 2. O Bispo próprio, não impedido por
justa causa, ordene pessoalmente seus apostólico.
súditos ; sem indulto apostólico, porém
não pode ordenar um súdito de rito § 2. O Administrador diocesano, o Pró-
oriental. vigário e o Pró-prefeito apostólico não
§ 3. Quem pode dar cartas dimissórias concedam cartas dimissórias aqueles a
para a recepção das ordens pode
também conferir pessoalmente essas quem tiver sido negado o acesso às
ordens, se tiver o caráter episcopal. ordens pelo Bispo diocesano ou pelo
Cân. 1016 O Bispo próprio, quanto à Vigário ou Prefeito apostólico.
ordenação diaconal dos que pretendem Cân. 1019 § 1. Ao Superior maior de
agregar- se ao clero secular, é o Bispo instituto religioso clerical de direito
da diocese em que o candidato tem pontifício ou de sociedade clerical de vida
domicílio, ou da diocese à qual o apostólica de direito pontifício compete
candidato decidiu dedicar-se; quanto conceder cartas dimissórias para o
diaconato e para o presbiterato aos
seus súditos, perpétua ou Cân. 1025 § 1. Para serem conferidas
definitivamente adscritos ao instituto ou licitamente as ordens do presbiterato
à sociedade, de acordo com as ou diaconato, requer- se que o
constituições. candidato, após a prova exigida de
acordo com o direito, possua a juízo do
§ 2. A ordenação de todos os outros Bispo próprio ou do Superior maior
membros de qualquer instituto ou competente, as devidas qualidades, não
sociedade se rege pelo direito dos tenha nenhuma irregularidade ou
seculares, revogado qualquer indulto impedimento e tenha preenchido todos
concedido aos superiores. os requisitos de acordo com os cân.
Cân. 1020 Não se concedam cartas 1033-1039; além disso, haja os
dimissórias sem ter antes obtido as documentos mencionados no cân. 1050
informações e documentos exigidos
pelo direito de acordo com os cân. 1050 e tenha sido feito o escrutínio
e 1051. mencionado no cân. 1051.
Cân. 1021 As cartas dimissórias podem § 2. Requer-se ainda que seja
ser dadas a qualquer Bispo em considerado útil para o ministério da
comunhão com a Sé Apostólica, Igreja, a juízo desse legítimo Superior.
excetuado somente um Bispo de rito
diverso do rito do ordenando, salvo § 3. Ao Bispo que ordenar um súdito
indulto apostólico.
Cân. 1022 O Bispo ordenante, seu, destinado ao serviço de outra
recebidas as legítimas cartas diocese, deve constar que o ordenando
dimissórias, não proceda à ordenação de fato vai ser adscrito a essa diocese.
sem que conste plenamente da
autenticidade do documento.
Art.
Cân. 1023 As cartas dimissórias 1
podem ser limitadas ou revogadas por
Dos Requisitos nos Ordenandos
quem as concedeu ou por seu
sucessor; mas, uma vez concedidas, Cân. 1026 Para que alguém seja
não caducam com a cessação do ordenado, é preciso ter a devida
direito de quem as concedeu. liberdade; é absolutamente ilícito forçar,
de qualquer modo, por qualquer
Capítulo
causa, alguém a receber ordens ou
II DOS afastar da recepção delas alguém
canonicamente idôneo.
ORDENAND
Cân. 1027 Os que aspiram ao
OS diaconato e ao presbiterato devem ser
Cân. 1024 Só um varão batizado pode formados com preparação cuidadosa,
receber validamente a ordenação de acordo com o direito.
sagrada.
Cân. 1028 Cuide o Bispo diocesano ou
Superior competente que os
candidatos, antes de serem
promovidos a alguma ordem, sejam
devidamente instruídos sobre essa
ordem e as obrigações inerentes.
Cân. 1029 Sejam promovidos às
ordens somente aqueles que, segundo
o prudente juízo do Bispo próprio ou do
Superior maior competente,
ponderadas todas as circunstâncias,
tenham fé integra, sejam movidos por
reta intenção, possuam a ciência
devida, gozem de boa reputação e permanente, não-casado, não seja
sejam dotados de integridade de admitido ao diaconato a não ser depois
costumes virtudes comprovadas e de completados vinte e cinco anos de
outras qualidades físicas e psíquicas idade; o que for casado, só depois de
correspondentes àordem a ser completados pelo menos trinta e cinco
recebida. anos de idade, e com o consentimento
da esposa.
Cân. 1030 Somente por uma causa
canônica, embora oculta, pode o § 3. As Conferências dos Bispos
podem estabelecer normas que exijam
Bispo próprio ou o Superior maior idade maior ainda para o presbiterato e
competente proibir aos diáconos o diaconato permanente.
destinados ao presbiterato, súditos § 4. É reservada a Sé Apostólica a
dispensa superior a um ano para a
seus, o acesso ao presbiterato, salvo idade requerida nos §§ 1 e 2.
recurso, de acordo com o direito. Cân. 1032 § 1. Os aspirantes ao
Cân. 1031 § 1. Não se confira o presbiterato podem ser promovidos ao
presbiterato a quem não tenha diaconato somente depois de
completado vinte e cinco anos de completado o quinto ano do curso
idade e não possua maturidade filosófico-teológico.
suficiente, observando-se o intervalo
§ 2. Terminado o currículo dos estudos,
de ao menos seis meses entre o
o diácono, antes de ser promovido ao
diaconato e o presbiterato. Os que se
presbiterato, participe da vida pastoral,
destinam ao presbiterato sejam
exercendo a ordem diaconal por
admitidos à ordem do diaconato
tempo conveniente, a ser determinado
somente depois de terem completado
pelo Bispo ou pelo Superior maior
vinte e três anos de idade.
competente.
§ 2. O candidato ao diaconato
votos a um instituto religioso clerical.
§ 3. Os aspirantes ao diaconato
Cân. 1035 § 1. Antes de alguém ser
permanente não sejam promovidos a
promovido ao diaconato permanente ou
essa ordem, senão depois de temporário, requer- se que tenha
completado o tempo de formação. recebido os ministérios de leitor e de
Art. acólito e os tenha exercido por tempo
2 conveniente.
Dos Requisitos Prévios § 2. Entre a recepção do acolitato e do
diaconato, deve interpor-se o intervalo
à Ordenação de ao menos seis meses.
Cân. 1033 É promovido licitamente às Cân. 1036 Para que possa ser
ordens somente quem tenha recebido o promovido à ordem do diaconato ou
sacramento da sagrada confirmação. presbiterato, o candidato entregue ao
Bispo próprio ou ao Superior maior
Cân. 1034 § 1. Nenhum aspirante
competente uma declaração escrita de
ao diaconato ou presbiterato seja
próprio punho e assinada, no qual ateste
ordenado sem que tenha sido
que vai receber espontânea e livremente
previamente admitido entre os
a ordem sagrada e que pretende
candidatos mediante o rito litúrgico de
admissão pela autoridade mencionada dedicar-se perpetuamente ao ministério
nos cânn. 1016 e 1019, após prévio eclesiástico e, ao mesmo tempo, pede
pedido escrito de próprio punho e para ser admitido a receber a ordem.
assinado, e após aceitação escrita Cân. 1037 O candidato ao diaconato
dessa autoridade. permanente, não- casado, e o candidato
§ 2. Não está obrigado a essa ao presbiterato não sejam admitidos a
admissão quem estiver ligado pelos ordem do diaconato sem que antes,
com o rito prescrito, tenham assumido
publicamente perante Deus e a Igreja unida em
a obrigação do celibato, ou tenham matrimônio
emitidos votos perpétuos em instituto válido;
religioso. 4° - quem tiver praticado homicídio
Cân. 1038 O diácono que se recusa a voluntário, ou provocado aborto,
ser promovido ao presbiterato não tendo-se seguido o efeito, e todos
pode ser proibido de exercer a ordem os que tiverem cooperado
recebida, a não ser que tenha algum positivamente;
impedimento canônico, ou por outra 5° - quem tiver mutilado a si próprio
ou a outrem grave e dolosamente,
grave causa que deve ser ponderada a ou tenha tentado suicidar-se;
juízo do Bispo diocesano ou do
6° - 0 quem tiver exercido um ato
Superior maior competente.
de ordem reservado aos que estão
Cân. 1039 Todos os que vão ser constituídos na ordem do
promovidos às ordens dediquem-se episcopado ou do presbiterato, não
aos exercícios espirituais, ao menos a tendo recebido ou estando
por cinco dias, no lugar e modo proibido de exercê-la devido a pena
determinados pelo Ordinário; o Bispo, canônica declarada ou infligida.
antes de proceder àordenação, deve Cân. 1042 São simplesmente
ser informado de que os candidatos impedidos de receber as ordens:
fizeram devidamente tais exercícios. 1° - o homem casado, a não ser
que se destine ao diaconato
Art. permanente;
3 2° - aquele que desempenha um
Das Irregularidades e outros ofício ou tenha uma administração
Impedimentos proibida aos clérigos, de acordo
Cân. 1040 São excluídos da recepção com os cân. 285 e 286, da qual
das ordens aqueles que tem algum deve prestar contas, enquanto não
impedimento, seja perpétuo, a que se esteja liberado após deixar o ofício
dá o nome de irregularidade, seja
simples; nenhum impedimento se ou a administração;
contrai além dos contidos nos cânones
seguintes. 3° - o neófito, a não ser que já
Cân. 1041 São irregulares esteja suficientement e provado, a
para receber ordens: juízo do Ordinário.
1° quem sofre de alguma forma de Cân. 1043 § 1. Os fiéis têm obrigação
amência ou de outra doença de revelar ao Ordinário ou ao pároco,
psíquica, pela qual, ouvidos os antes da ordenação, os impedimentos
peritos, seja considerado inábil para as ordens sagradas, dos quais
para desempenhar devidamente o tenham conhecimento.
ministério; Cân. 1044 São irregulares para
exercer as ordens já recebidas:
2° - quem tiver cometido o delito de
apostasia, heresia ou cisma; 1° - aquele que, estando sob
3° - quem tiver tentado matrimônio, irregularidade para receber ordens,
mesmo somente civil, quer seja ele recebeu-as ilegitimamente;
próprio impedido de contrair 2° - aquele que cometeu o delito
matrimônio em razão de vínculo mencionado no cân. 1041, nº 2, se
o delito é público;
matrimonial, de ordem sagrada ou
de voto público e perpétuo de 3° - aquele que cometeu o delito
castidade, quer o contraia com mencionado no cân. 1041, nº 3, 4, 5
mulher ligada pelo mesmo voto ou e 6.
São impedidos de Cân. 1047 § 1. Reserva-se
exercer as ordens: exclusivamente àSé Apostólica a
1° - aquele que recebeu ordens, dispensa de todas as irregularidades,
estando proibido de as receber por se o fato em que se baseiam tiver sido
impedimento;
levado ao foro judicial.
2.° - aquele que sofre de amência § 2. Também a ela é reservada a
ou de outra doença psíquica dispensa das seguintes irregularidades
mencionada no cân. 1041, n. 1, e impedimentos para a recepção das
ordens:
enquanto o Ordinário, consultando 1° - da irregularidade por um dos
um perito, não lhe tenha permitido delitos públicos mencionado no cân.
o exercício da ordem. 1041, nº 2 e 3;
Cân. 1045 A ignorância das 2° - da irregularidade pelo delito
irregularidades e dos impedimentos público ou oculto mencionado no
não escusa deles. cân.1041, nº 4;
Cân. 1046 As irregularidades e 3° - do impedimento mencionado
impedimentos multiplicam-se por no cân. 1042, nº 1.
causas diversas, mas não pela § 3. Reserva-se ainda à Sé Apostólica
repetição da mesma causa, a não ser a dispensa das irregularidades para o
que se trate da irregularidade por exercício de ordem recebida,
homicídio ou por aborto provocado, ao mencionadas no cân. 1041, nº 3, só
qual seguiu-se o efeito. nos casos públicos, e no mesmo cânon,
nº 4, também para o casos ocultos.
dispensa deve-se indicar também o
§ 4. O Ordinário pode dispensar das número de delitos.
irregularidades e impedimentos não
reservados àSanta Sé. § 3. A dispensa geral das irregularidades
Cân. 1048 Nos casos mais urgentes, e impedimentos para receber ordens
se não for possível dirigir-se ao vale para todas as ordens.
Ordinário, ou, tratando-se de Art.
irregularidade mencionadas no cân. 4
1041, nº 3 e 4, à Penitenciaria, e se
houver perigo iminente de dano grave Dos Documentos Requeridos e
ou infâmia, quem por irregularidade do Escrutínio
está impedido de exercer uma ordem Cân. 1050 Para que alguém possa ser
promovido às ordens sagradas,
pode exercê-la, mantendo-se contudo requerem-se os seguintes documentos:
firme a obrigação de recorrer quanto 1° - certificado de estudos
antes ao Ordinário ou àPenitenciaria, devidamente concluídos, segundo a
norma do cân. 1032;
sem menção do nome e por meio do
confessor. 2° - certificado de recepção do
diaconato, se se trata de ordenação
para o presbiterato;
Cân. 1049 § 1. Nos pedidos para se
obter a dispensa das irregularidades e 3° - certificado de recepção do
impedimentos, devem ser mencionadas batismo e confir mação, se se trata
todas as irregularidades e da promoção ao diaconato e da
impedimentos; contudo, a dispensa recepção dos ministérios
geral vale também para os que tiverem mencionados no cân.1036; se o
sido ocultos de boa fé, excetuadas as ordenado é casado e se destina ao
irregularidades mencionadas no cân. diaconato permanente, os
1041, n. 4, ou outras levadas ao foro certificados da celebração do
judicial; não vale porém para as ocultas matrimônio e do consentiment o da
de má fé. esposa.
§ 2. Tratando-se de irregularidade por Cân. 1051 Quanto ao escrutínio sobre
homicídio voluntário ou por aborto as qualidades requeridas no ordenando,
provocado, para a validade da observem-se as prescrições seguintes:
1° - haja o testemunho do reitor do duvidar da idoneidade do candidato à
seminário ou casa de formação ordenação, não o ordene.
sobre as qualidades requeridas Capítulo III
para se receber a ordem, isto é,
DA ANOTAÇÃO E DO CERTIFICADO DA
doutrina reta do candidato, piedade
ORDENAÇÃO
genuína, bons costumes, aptidão
para o ministério; e sobre sua Cân. 1053 § 1. Terminada a ordenação,
saúde física e psíquica, após o nome de cada um dos ordenados e
diligente investigação; do ministro ordenante, o lugar e o dia
da ordenação sejam registrados em
2° - o Bispo diocesano ou o
livro especial, a ser guardado
Superior maior, para que o
cuidadosamente na cúria do lugar da
escrutínio se faça
convenientemente, pode empregar ordenação; além disso, conservem- se
outros meios que lhe pareçam cuidadosamente todos os documentos
úteis, segundo as circunstâncias de de cada uma das ordenações.
tempo e lugar, tais como cartas § 2. O Bispo ordenante dê a cada um
testemunhais, proclamas e outras dos ordenados um certificado autêntico
informações. da ordenação recebida; estes, se
Cân. 1052 § 1. Para que o Bispo possa tiverem sido ordenados por um Bispo
proceder àordenação que confere por estranho, com cartas dimissória,
direito próprio, deve-lhe constar que apresentem esse certificado ao próprio
estão prontos os documentos Ordinário para a anotação no livro
mencionados no cân. 1050, e que, especial, que deve ser guardado no
feito o escrutínio de acordo com o arquivo.
direito, está provada com argumentos Cân. 1054 O Ordinário do lugar,
positivos a idoneidade do candidato. tratando-se de seculares, ou o Superior
maior competente, tratando-se de seus
§ 2. Para que o Bispo proceda à
súditos, comunique cada uma das
ordenação de um súdito alheio, basta
ordenações realizadas ao pároco do
que as cartas dimissórias declarem que
lugar do batismo, para que este a
esses documentos estão prontos, que
registre no seu livro de batizados, de
foi feito o escrutínio de acordo com o
acordo com o can. 535 § 2.
direito e que consta da idoneidade do
candidato; se o candidato é membro TÍTULO
de um instituto religioso ou de uma
sociedade de vida apostólica, essas VII DO
cartas, além disso, devem testemunhar MATRIMÔ
que ele foi adscrito definitivamente e
que é súdito do Superior que expede as NIO
cartas. Cân. 1055 § 1. O pacto matrimonial,
§ 3. Não obstante tudo isso, se o Bispo pela qual o homem e
mulher constituem entre si o consórcio
tem boas razões para de toda a vida, por sua
índole natural ordenado ao bem dos
cônjuges e à geração e educação da
prole, entre batizados foi por Cristo
Senhor elevado àdignidade de
sacramento.
§ 2. Portanto, entre batizados não pode
haver contrato matrimonial válido que
não seja por isso mesmo sacramento.
Cân. 1056 As propriedades essenciais
do matrimônio são a unidade e a
indissolubilidade que, no matrimônio Cân. 1060 O matrimônio goza do favor
cristão, recebem firmeza especial em
virtude do sacramento. do direito; portanto, em caso de dúvida,
Cân. 1057 § 1. É o consentimento deve-se estar pela validade do
das partes legitimamente manifestado matrimônio, enquanto não se prova o
entre pessoas juridicamente hábeis
que faz o matrimônio; esse contrário.
consentimento não pode ser suprido
por nenhum poder humano. Cân. 1061 § 1. O matrimônio válido entre
§ 2. O consentimento matrimonial é o os batizados chama- se só ratificado,
ato de vontade pelo qual um homem se não foi consumado; ratificado e
e uma mulher, por aliança consumado, se os cônjuges realizaram
entre si, de modo humano, o ato
irrevogável, se entregam e se
conjugal apto por si para a geração de
recebem mutuamente para constituir
prole, ao qual por sua própria natureza
matrimônio.
se ordena o matrimônio, e pelo qual os
Cân. 1058 Podem contrair matrimônio cônjuges se tornam uma só carne.
todos os que não são proibidos pelo
direito. § 2. Se os cônjuges tiverem coabitado
Cân. 1059 O matrimônio dos após a celebração do matrimônio,
presume-se a consumação, enquanto
católicos, mesmo que só uma das não se prova o contrário.
partes seja católica, rege-se não só § 3. O matrimônio inválido chama-se
pelo direito divino, mas também pelo putativo, se tiver sido celebrado de boa
fé ao menos por uma das partes,
canônico, salva a competência do enquanto ambas as partes não se
poder civil sobre os efeitos meramente certificarem de sua nulidade.
civis desse matrimônio. Cân. 1062 § 1. A promessa de
matrimônio, tanto unilateral
cônjuges e pais cristãos;
como bilateral, denominada esponsais,
rege-se pelo direito particular 2° - com a preparação pessoal para
estabelecido pela Conferência dos contrair matrimônio, pela qual os
Bispos, levando- se em conta os noivos se disponham para a
costumes e as leis civis, se as houver. santidade e deveres do seu novo
§ 2. Da promessa de matrimônio não estado;
cabe ação para exigir a celebração do 3° - com a frutuosa celebração
matrimônio, mas cabe ação para
reparação dos danos, se for devida. litúrgica do matrimônio, pela qual se
Capítulo I manifeste claramente que os
cônjuges simbolizam o mistério da
DO CUIDADO PASTORAL E DO
QUE DEVE ANTECEDER A unidade e do amor fecundado entre
CELEBRAÇÃO DO MATRIMÔNIO Cristo e a Igreja, e dele participam;
Cân. 1063 Os pastores de almas têm a 4° - com o auxílio prestado aos
obrigação de cuidar que a própria casados para que, guardando e
comunidade eclesial preste assistência defendendo fielmente a aliança
aos fiéis, para que o estado matrimonial conjugal, cheguem a levar na família
se mantenha no espírito cristão e uma vida cada vez mais santa e
progrida na perfeição. Essa plena.
assistência deve prestar-se sobretudo:
Cân. 1064 Compete ao Ordinário local
1° - pela pregação, pela cuidar que essa assistência seja
catequese apropriada aos devidamente organizada, ouvindo, se
menores, aos jovens e adultos, parecer oportuno, homens e mulheres de
mesmo com o uso dos meios de comprovada experiência e competência.
comunicação social, com que sejam
os fiéis instruídos sobre o sentido Cân. 1065 § 1. Os católicos, que ainda
do matrimônio e o papel dos não receberam o sacramento da
confirmação, recebam-no antes de
serem admitidos ao matrimônio, se isto 2° - a matrimônio que não possa
for possível fazer sem grave incômodo. ser reconhecido ou celebrado
civilmente;
§ 2. Para que o sacramento do 3° - a matrimônio de quem tem
matrimônio seja recebido com fruto, obrigações naturais, originadas de
recomenda-se insistentemente aos união precedente, para com outra
parte ou para com filhos;
noivos que se aproximem dos
sacramentos da penitência e da 4° - a matrimônio de quem tenha
santíssima Eucaristia. abandonado notoriamente a fé
católica;
Cân. 1066 Antes da celebração do
5° - a matrimônio de quem esteja
matrimônio, deve constar que nada
sob alguma censura; 6° - a
impede a sua válida e lícita celebração.
matrimônio de menor, sem o
Cân. 1067 A Conferência dos Bispos conhecimento ou
estabeleça normas sobre o exame dos contra a vontade razoável
noivos, sobre os proclamas de seus pais;
matrimoniais e outros meios oportunos 7° - a matrimônio a ser contraído
por procurador, mencionado no cân.
para se fazerem as investigações que 1105.
são necessárias antes do matrimônio, § 2. O Ordinário local não conceda
e assim, tudo cuidadosamente licença para assistir a matrimônio de
observado, possa o pároco proceder a
quem tenha abandonado notoriamente
assistência do matrimônio.
a fé católica, a não ser observando-se
Cân. 1068 Em perigo de morte, não as normas mencionadas no cân. 1125,
sendo possível obter outras provas e com as devidas adaptações.
não havendo indícios em contrário,
Cân. 1072 Os pastores de almas
basta a afirmação dos nubentes,
procurem afastar do matrimônio os
mesmo sob juramento, se for o caso, de
jovens antes da idade em que se usa
que são batizados e não existe nenhum
contrair o matrimônio, conforme o
impedimento.
costume de cada região.
Cân. 1069 Todos os fiéis têm a
Capítulo II
obrigação de manifestar ao pároco ou
ao Ordinário local, antes da celebração DOS IMPEDIMENTOS DIRIMENTES
do matrimônio, os impedimentos de que EM GERAL
tenham conhecimento. Cân. 1073 O impedimento dirimente
torna a pessoa inábil para contrair
Cân. 1070 Se outro tiver feito as validamente o matrimônio.
investigações, e não o pároco a quem Cân. 1074 Considera-se público o
compete assistir ao matrimônio, informe impedimento que se pode provar no
quanto antes, por documento autêntico, foro externo; caso contrário, é oculto.
o resultado ao pároco.
Cân. 1075 § 1. Compete
Cân. 1071 § 1. Exceto em caso de exclusivamente à autoridade suprema
necessidade, sem a licença do da Igreja declarar autenticamente em
Ordinário local, ninguém assista: que casos o direito divino proíbe ou
dirime o matrimônio.
1° - a matrimônio § 2. É também direito exclusivo da
de vagantes; autoridade suprema estabelecer outros
impedimentos para os batizados.
Cân. 1076 É reprovado o costume que
introduza algum impedimento novo ou
que seja contrário aos impedimentos
existentes.
Cân. 1077 § 1. Em caso especial, o
Ordinário local pode proibir o 1° - o impedimento proveniente de
matrimônio aos seus súditos, onde ordens sagradas ou do voto público
perpétuo de castidade num
quer que se encontrem, e a todos os instituto religioso de direito pontifício;
que se acham em seu território; mas
2° - o impedimento de crime
isso, só temporariamente, por causa
mencionado no cân. 1090.
grave e enquanto esta perdura.
§ 3. Nunca se dá dispensa do
§ 2. Somente a autoridade suprema impedimento de consangüinidade em
pode acrescentar uma cláusula linha reta ou no segundo grau da linha
colateral.
dirimente a essa proibição.
Cân. 1079 § 1. Urgindo o perigo de
Cân. 1078 § 1. O Ordinário local morte, o Ordinário local pode dispensar
pode dispensar os seus súditos, seus súditos, onde quer que se
onde quer que se encontrem, e encontrem, e todos os que se achem
todos os que se acham no seu no seu território, seja de observar a
território, de todos os impedimentos forma prescrita na celebração do
de direito eclesiástico, exceto aqueles matrimônio, seja de todos e cada um
cuja dispensa se reserva à Sé dos impedimentos de direito
Apostólica. eclesiástico, públicos ou ocultos, com
§ 2. Os impedimentos cuja dispensa exceção do impedimento proveniente da
se reserva à Sé Apostólica são: sagrada
2 e 3, observadas as condições aí
ordem do prescritas.
presbiterato.
§ 2. Esse poder vale também para
§ 2. Nas mesmas circunstâncias de convalidar o matrimônio, se houver perigo
que trata o § 1, mas somente nos na demora e não houver tempo para
casos em que não se possa recorrer recorrer à Sé Apostólica, ou ao
ao Ordinário local, têm o mesmo Ordinário local no que se refere aos
poder de dispensar seja o pároco, o impedimentos de que este pode
ministro sagrado devidamente dispensar.
delegado e o sacerdote ou diácono
que assiste ao matrimônio, de acordo Cân. 1081 O pároco, ou o sacerdote ou
com o cân. 1116, § 2. diácono mencionados no cân. 1079, § 2,
informe imediatamente o Ordinário local
§ 3. Em perigo de morte, o confessor sobre a dispensa concedida para o foro
tem poder de dispensar, no foro interno externo; seja ela anotada no livro de
dos impedimentos ocultos, no foro casamento.
interno, dentro ou fora do ato da
confissão sacramental. Cân. 1082 A não ser que o rescrito da
§ 4. No caso mencionado no § 2, penitenciaria determine o contrário, a
considera-se que não se pode recorrer dispensa de impedimento oculto
ao Ordinário local, se só for possível concedida no foro interno não
fazê- lopor telégrafo ou por telefone.
sacramental seja anotada no livro a ser
Cân. 1080 § 1. Sempre que o guardado no arquivo secreto da cúria;
impedimento se descobre quando tudo não será necessária outra dispensa no
já está preparado para as núpcias, e o foro externo, se mais tarde o
matrimônio não pode ser adiado sem impedimento se tornar público.
provável perigo de grave mal, até que
se obtenha a dispensa da autoridade Capítulo III
competente, tem o poder de DOS IMPEDIMENTOS DIRIMENTES EM
dispensar de todos os impedimentos, ESPECIAL
exceto os mencionados no cân. 1078, §
2, n. 1, o Ordinário local e também Cân. 1083 § 1. O homem antes dos
todos os mencionados no cân.1079, §§ dezesseis anos completos e a mulher
antes dos catorze também completos
não podem contrair matrimônio válido. § 3. Se, no tempo em que se contraiu
matrimônio, uma parte era tida
§ 2. Compete a conferência dos Bispos
estabelecer uma idade superior para a comumente como batizada ou seu
celebração lícita do matrimônio. batismo era duvidoso, deve-se
Cân. 1084 § 1. A impotência para presumir a validade do matrimônio, de
copular, antecedente e perpétua, acordo com o cân. 1060, até que se
absoluta ou relativa, por parte do prove com certeza que uma das partes
homem ou da mulher, dirime o era batizada e a outra não.
matrimônio por sua própria natureza. Cân. 1087 Tentam invalidamente o
§ 2. Se o impedimento de impotência matrimônio os que receberam ordens
for duvidoso, por dúvida quer de direito sagradas.
quer de fato, não se pode impedir o Cân. 1088 Tentam invalidamente o
matrimônio nem, permanecendo a matrimônio os que estão ligados por
dúvida, declará-lo nulo. voto público perpétuo de castidade
§ 3. A esterilidade não proíbe nem num instituto religioso.
dirime o matrimônio, salva a prescrição
do cân. 1098. Cân. 1089 Entre um homem e uma
Cân. 1085 § 1. Tenta invalidamente mulher arrebatada violentamente ou
contrair matrimônio quem está ligado retida com intuito de casamento, não
pelo vínculo de matrimônio anterior, pode existir matrimônio, a não ser que
mesmo que este matrimônio não tenha depois a mulher, separada do raptor e
sido consumado. colocada em lugar seguro e livre,
escolhe espontaneamente o matrimônio.
§ 2. Ainda que o matrimônio anterior
tenha sido nulo ou dissolvido por Cân. 1090 § 1. Quem, com o intuito
qualquer causa, não é lícito contrair de contrair matrimônio com
outro, antes que conste legitimamente determinada pessoa, tiver causado a
e com certeza a nulidade ou a morte do cônjuge desta, ou do próprio
dissolução do primeiro. cônjuge, tenta invalidamente este
matrimônio.
Cân. 1086 § 1. É inválido o matrimônio
entre duas pessoas, uma das quais § 2. Tentam invalidamente o matrimônio
tenha sido batizada na Igreja católica entre si também aqueles que, por mútua
ou nela recebida e que não a tenha cooperação física ou moral, causaram a
abandonado por um ato formal, e outra morte do cônjuge.
não é batizada. Cân. 1091 § 1. Na linha reta de
§ 2. Não se dispense desse consangüinidade, é nulo o matrimônio
impedimento, a não ser cumpridas as entre todos os ascendentes e
condições mencionadas nos cânn. 1125 descendentes, tanto legítimos como
e 1126. naturais.
§ 2. Na linha colateral, é nulo o
matrimônio até o quarto grau inclusive.
§ 3. O impedimento de
consangüinidade não se multiplica.
§ 4. Nunca se permita o matrimônio,
havendo alguma dúvida se as partes
são consangüíneas em algum grau de
linha reta ou no segundo grau da linha
colateral.
Cân. 1092 A afinidade em linha reta
torna nulo o matrimônio em qualquer
grau.
Cân. 1093 O impedimento de 2°- os que tem grave falta de
honestidade pública origina-se de discrição de juízo a respeito dos
matrimônio inválido, depois de direitos e obrigações essenciais
instaurada a vida comum, ou de um do matrimônio, que se devem
concubinato notório e público; e torna mutuamente dar e receber;
nulo o matrimônio no primeiro grau da 3°- Os que não são capazes de
assumir as obrigações essenciais
linha reta entre o homem e as do matrimônio, por causas de
consangüíneas da mulher, e vice- natureza psíquica.
versa. Cân. 1096 § 1. Para que possa haver
Cân. 1094 Não podem contrair consentimento matrimonial, é
validamente matrimônio os que estão necessário que os contraentes não
ligados por parentesco legal surgido ignorem, pelo menos, que o matrimônio
de adoção, em linha reta ou no é um consórcio permanente entre
segundo grau da linha colateral. homem e mulher, ordenado à
procriação da prole por meio de
Capítulo IV alguma cooperação sexual.
DO CONSENTIMENTO § 2. Essa ignorância não se presume
MATRIMONIAL
depois da puberdade. Cân. 1097 § 1.
Cân. 1095 São incapazes de
O erro de pessoa torna inválido o
contrair matrimônio: 1°- os
matrimônio.
que não têm suficiente uso
§ 2. O erro de qualidade da pessoa,
da razão; embora seja causa do contrato, não
torna nulo o
excluem o próprio matrimônio, algum
Cân. 1098 Quem contrai matrimônio, elemento essencial do matrimônio ou
enganado por dolo perpetrado para alguma propriedade essencial, contraem
obter o consentimento matrimonial, a invalidamente.
respeito de alguma qualidade da outra
parte, e essa qualidade, por sua Cân. 1102 § 1. Não se pode contrair
validamente o matrimônio sob condição
natureza, possa perturbar gravemente de futuro.
o consórcio da vida conjugal, contrai § 2. O matrimônio contraído sob
invalidamente. condição de passado ou de presente é
Cân. 1099 O erro a respeito da válido ou não, conforme exista ou não
unidade, da indissolubilidade ou da aquilo que é objeto da condição.
dignidade sacramental do matrimônio, § 3. Todavia, a condição, mencionada
contanto que não determine a vontade, no § 2, não pode licitamente ser
não vicia o consentimento matrimonial. colocada sem a licença escrita do
Cân. 1100 A certeza ou opinião acerca Ordinário local.
da nulidade do matrimônio não exclui Cân. 1103 É inválido o matrimônio
necessariamente o consentimento contraído por violência ou por medo
matrimonial. grave proveniente de causa externa,
Cân. 1101 § 1. Presume-se que o ainda que incutido não
consentimento interno está em propositadamente, para se livrar do qual
conformidade com as palavras ou alguém seja forçado a escolher o
com os sinais empregados na matrimônio.
celebração do matrimônio. Cân. 1104 § 1. Para contraírem
§ 2. Contudo, se uma das partes ou validamente o matrimônio, requer-se que
ambas, por ato positivo de vontade, os contraentes se achem
simultaneamente presentes, por si ou
por meio de procurador. Capítulo V
§ 2. Os noivos devem exprimir DA FORMA DA CELEBRAÇÃO
oralmente o consentimento matrimonial; DO MATRIMÔNIO
mas se não puderem falar, por sinais
equivalentes. Cân. 1108 § 1. Somente são válidos
Cân. 1105 § 1. Para se contrair os matrimônios contraídos perante o
validamente o matrimônio por meio de
procurador, requer-se: Ordinário local ou o pároco, ou um
1°- que haja mandato especial para sacerdote ou diácono delegado por
qualquer um dos dois como assistente,
contrair com pessoa determinada;
e além disso perante duas
2°- que o procurador seja testemunhas, de acordo porém com as
designado pelo próprio mandante
e exerça pessoalmente seu normas estabelecidas nos cânones
encargo. seguintes, e salvas as exceções
§ 2. Para que o mandato valha, requer- contidas nos cânn. 144, 1112, § 1,
se que seja assinado pelo mandante e, 1116 e 1127, §§ 2-3.
além disso, pelo pároco ou pelo § 2. Considera-se assistente do
Ordinário do lugar onde se faz a matrimônio somente aquele que,
estando presente, solicita a
procuração, ou por um sacerdote manifestação do consentimento dos
delegado por um dos dois, ou ao contraentes, e a recebe em nome da
Igreja.
menos por duas testemunhas, ou
então, que seja feito por documento Cân. 1109 Salvo se tiverem sido
autêntico, de acordo com o direito civil. excomungados, interditados ou
§ 3. Se o mandante não puder suspensos do ofício por sentença ou
escrever, anote-se isso no próprio decreto, ou declarados tais, o Ordinário
mandato e acrescente-se mais outra local e o pároco, em virtude de seu
testemunha, que também assine o
escrito; do contrário, o mandato é nulo. ofício, dentro dos limites de seu próprio
§ 4. Se o mandante, antes que o território, assistem validamente aos
procurador contraia em nome dele, matrimônios, não só de seus súditos,
revogar o mandato ou cair em
amência, o matrimônio é inválido, mas também dos não-súditos, contanto
mesmo que o procurador ou a outra que um deles seja de rito latino.
parte contraente ignore esses fatos.
Cân. 1106 Pode-se contrair matrimônio Cân. 1110 Somente quando pelo
por meio de intérprete; o pároco, menos um dos súditos está dentro dos
porém, não assista a esse matrimônio,
a não ser que lhe conste da fidelidade limites de sua jurisdição, o Ordinário
do intérprete. ou pároco pessoal, em virtude de seu
Cân. 1107 Embora o matrimônio tenha ofício, assiste validamente a seu
sido contraído invalidamente por causa
de algum impedimento ou por falta de matrimônio.
forma, presume-se que o Cân. 1111 § 1. O Ordinário local e o
consentimento dado persevere, até que pároco, enquanto desempenham
venha a constar sua revogação. validamente seu ofício, podem
delegar a faculdade, mesmo geral, a
sacerdotes e diáconos para assistirem
aos matrimônios dentro dos limites do
seu território.
§ 2. Para que seja válida a delegação
para assistir a matrimônios, deve ser
expressamente dada a pessoas
determinadas; tratando-se de
delegação especial, deve ser dada
para um matrimônio determinado;
tratando-se de delegação geral, deve
ser dada por escrito.
Cân. 1112 § 1. Onde faltam sacerdotes
e diáconos, o Bispo diocesano, com o ou quase- domicílio ou residência há
prévio voto favorável da conferência um mês, ou, tratando-se de vagantes,
dos Bispos e obtida a licença da na paróquia onde na ocasião se
Santa Sé, pode delegar leigos para encontram; com a licença do próprio
assistirem aos matrimônios. Ordinário ou do próprio pároco, podem
ser celebrado em outro lugar.
§ 2. Escolha-se um leigo idôneo, que
seja capaz de formar os nubentes e Cân. 1116 § 1. Se não é possível, sem
de realizar convenientemente a grave incômodo, ter o assistente
liturgia do matrimônio. competente de acordo com o direito, ou
Cân. 1113 Antes de se conceder não sendo possível ir a ele, os que
uma delegação especial, providencie- pretendem contrair verdadeiro
se tudo o que o direito estabelece matrimônio podem contraí-lo válida e
para comprovar o estado livre.
Cân. 1114 O assistente ao matrimônio licitamente só perante as testemunhas:
age ilicitamente se não lhe constar do 1°- em perigo
estado livre dos contraentes,
conforme o direito, e, se possível, da de morte;
licença do pároco, sempre que
assistir em virtude de delegação 2°- fora de perigo de morte, contanto
geral. que prudentemente se preveja que
esse estado de coisas vai durar por
Cân. 1115 Os matrimônios sejam um mês.
celebrados na paróquia onde uma § 2. Em ambos os casos, se houver
das partes contraentes tem domicílio, outro sacerdote ou diácono que possa
estar presente, deve ser chamado, e
ele
Cân. 1119 Fora caso de necessidade,
deve estar presente à celebração do na celebração do matrimônio sejam
matrimônio juntamente com as observados os ritos, quer prescritos nos
testemunhas, salva a validade do livros litúrgicos aprovados pela Igreja,
matrimônio só perante as quer admitidos por costumes legítimos.
testemunhas.
Cân. 1120 A Conferência dos Bispos
Cân. 1117 A forma acima estabelecida pode elaborar um rito próprio do
deve ser observada, se ao menos uma matrimônio, a ser revisto pela Santa Sé,
das partes contraentes tiver sido conforme com os costumes do lugar e do
batizada na Igreja católica ou nela povo, adaptados ao espírito cristão,
tenha sido recebida, e não tenha dela mantendo-se, no entanto, a lei que o
saído por ato formal, salvas as assistente, presente ao matrimônio,
prescrições do cân. 1127, solicite e receba a manifestação do
§
2. consentimento dos contraentes.
Cân. 1118 § 1. O matrimônio entre Cân. 1121 § 1. Celebrado o matrimônio,
católicos ou entre uma parte católica e o pároco do lugar da celebração ou
outra não-católica, mas batizada, seja quem lhe faz as vezes, ainda que
celebrado na igreja paroquial; poderá nenhum deles tenha assistido ao
ser celebrado em outra igreja ou mesmo, registre o mais depressa
oratório com a licença do Ordinário possível no livro de casamentos os
local ou do pároco. nomes dos cônjuges, do assistente, das
§ 2. O Ordinário local pode permitir testemunhas, o lugar e a data da
que o matrimônio seja celebrado em celebração do matrimônio, segundo o
outro lugar conveniente.
modo prescrito pela Conferência dos
§ 3. O matrimônio entre uma parte Bispos ou pelo diocesano.
católica e outra não- batizada poderá
§ 2. Sempre que o matrimônio é
ser celebrado na igreja ou em outro
contraído de acordo com o cân. 1116, o
lugar conveniente.
sacerdote, ou diácono, se esteve
presente à celebração, caso contrário,
as testemunhas têm obrigação recebida depois do batismo, e que não
solidariamente com os contraentes de tenha dela saído por ato formal, e outra
certificar quanto antes o pároco ou ao pertencente a uma Igreja ou
Ordinário local a realização do comunidade eclesial que não esteja
em plena comunhão com a Igreja
casamento.
católica, é proibido sem a licença
§ 3. No que se refere ao matrimônio expressa da autoridade competente.
contraído com dispensa da forma
canônica, o Ordinário local que Cân. 1125 O Ordinário local pode
concedeu a dispensa cuide que a conceder essa licença, se houver
dispensa e a celebração sejam inscritas causa justa e razoável; não a conceda,
no livro de casamentos, tanto da cúria porém, se não se verificarem as
como da paróquia própria da parte condições seguintes:
católica, cujo pároco tenha feito as 1°- a parte católica declare estar
investigações de estado livre; o preparada para afastar os perigos
cônjuge católico tem obrigação de de defecção da fé, e prometa
certificar quanto antes a esse Ordinário sinceramente f azer todo o possível
e ao pároco a celebração do a fim de que toda a prole seja
matrimônio, indicando também o lugar batizada e educada na Igreja
da celebração, bem como a forma católica;
pública observada.
2°- informe-se, tempestivamente,
Cân. 1122 § 1. O matrimônio contraído desses compromissos da parte
seja registrado também nos livros de católica à outra parte, de tal modo
batizados em que o batismo dos que conste estar esta
cônjuges está registrado. verdadeiramente consciente do
§ 2. Se o cônjuge tiver contraído compromisso e da obrigação da
matrimônio não na paróquia em que foi parte católica;
batizado, o pároco do lugar da 3°- ambas as partes sejam
celebração comunique quanto antes a instruídas a respeito dos fins e
celebração do matrimônio ao pároco do propriedades essenciais do
lugar do batismo. matrimônio, que nenhum dos
Cân. 1123 Sempre que o matrimônio ou contraentes pode excluir.
é convalidado no foro externo, ou é Cân. 1126 Compete à Conferência dos
declarado nulo, ou é legitimamente Bispos estabelecer o modo segundo o
dissolvido sem ser por morte, deve-se qual devem ser feitas essas
certificar o pároco do lugar da declarações e compromissos, que são
celebração do matrimônio, para que se sempre exigidos, como também
faça devidamente o registro, nos livros determinar como deve constar no foro
de casamento e de batizados. externo e como a parte não-católica
Capítulo VI deve ser informada.

DOS Cân. 1127 § 1. No que se refere àforma


MATRIMÔNIOS a ser empregada nos matrimônios
MISTOS mistos, observem-se as prescrições do
cân. 1108; mas, se a parte católica
Cân. 1124 O matrimônio entre duas
pessoas batizadas, das quais uma contrai matrimônio com outra parte não-
tenha sido batizada na Igreja católica católica de rito oriental, a forma
ou nela
canônica deve ser observada só para a
liceidade; para a validade, porém,
requer-se a intervenção de um ministro
sagrado, observando- se as outras outros pastores de almas cuidem que
prescrições do direito. não faltem o cônjuge católico e aos
filhos nascidos de matrimônio misto o
§ 2. Se graves dificuldades obstam à
auxílio espiritual para as obrigações que
observância da forma canônica, é
devem cumprir, e ajudem os cônjuges
direito do Ordinário local da parte
a alimentarem a unidade da vida conjugal
católica dispensar dela em cada caso,
e familiar.
consultado, porém o Ordinário do
lugar onde se celebra o matrimônio e Cân. 1129 As prescrições dos cân.
salva, para a validade, alguma forma 1127 e 1128 devem aplicar- se
pública de celebração; compete à também aos matrimônios em que
Conferência dos Bispos estabelecer haja o impedimento de disparidade de
normas, pelas quais se conceda a culto, mencionado no cân. 1086, § 1.
dispensa de modo concorde. Capítulo VII
§ 3. Antes ou depois da celebração DA CELEBRAÇÃO SECRETA
realizada de acordo com o DO MATRIMÔNIO
§ 1, proíbe-se outra celebração
Cân. 1130 Por causa grave e urgente, o
religiosa desse matrimônio para Ordinário local pode permitir que o
prestar ou renovar o consentimento matrimônio seja celebrado
secretamente.
matrimonial; do mesmo modo, não se
faça uma celebração religiosa em que Cân. 1131 A licença de celebrar
secretamente o matrimônio implica:
o assistente católico e o ministro 1°- que se façam secretamente as
não-católico, executando investigações a serem realizadas
simultaneamente cada qual o próprio antes do matrimônio;
rito, solicitam o consentimento das 2°- que o Ordinário local, o
partes. assistente, as testemunhas e os
cônjuges guardem segredo a
respeito do matrimônio
Cân. 1128 Os Ordinários locais e os
cristão, os cônjuges são robustecidos e
celebrado. como que consagrados, com o
Cân. 1132 A obrigação de guardar sacramento especial, aos deveres e
segredo, mencionado no cân. 1131, nº àdignidade do seu estado.
2, cessa por parte do Ordinário local, Cân. 1135 A ambos os cônjuges
se com sua observância houver perigo competem iguais deveres e direitos, no
que se refere ao consórcio da vida
iminente de grave escândalo ou de conjugal.
grave injúria contra a santidade do Cân. 1136 Os pais têm o gravíssimo
matrimônio; disso se dê conhecimento
dever e o direito primário de, na medida
às partes, antes da celebração do
de suas forças, cuidar da educação,
matrimônio.
tanto física, social e cultural, como moral
Cân. 1133 O matrimônio secreto seja e religiosa, da prole.
anotado somente em livro especial, Cân. 1137 São legítimos os filhos
que se deve guardar no arquivo concebidos ou nascidos de matrimônio
válido ou putativo.
secreto da cúria.
Cân. 1138 § 1. É pai aquele que as
Capítulo VIII núpcias legitimas indicam, a menos que
se prove o contrário por argumentos
DOS EFEITOS DO evidentes.
MATRIMÔNIO § 2. Presumem-se legítimos os filhos
Cân. 1134 Do matrimônio válido origina- nascidos 180 dias, pelo menos, depois
se entre os cônjuges um vínculo que, da data da celebração do matrimônio,
por sua natureza, é perpétuo e ou dentro de 300 dias subseqüentes à
exclusivo; além disso, no matrimônio dissolução da vida conjugal.
Cân. 1139 Os filhos ilegítimos são
legitimados pelo matrimônio 1°- se também ela quer
subseqüente dos pais, válido ou receber o batismo;
putativo, ou por rescrito da Santa Sé. 2°- se, pelo menos, quer coabitar
Cân. 1140 Os filhos legitimados, no que pacificamente com a parte batizada,
se refere aos efeitos canônicos, se sem ofensa ao Criador.
equiparem em tudo aos filhos legítimos,
salvo expressa determinação contrária
do direito. § 2. Essa interpelação se deve fazer
depois do batismo; mas o Ordinário
Capítulo IX local, por causa grave, pode permitir
DA SEPARAÇÃO DOS que a interpelação se faça antes do
CÔNJUGES batismo e mesmo dispensar dela,
antes ou depois do batismo, contanto
Art. 1
que conste por um processo, ao menos
Da Dissolução do sumário e extrajudicial, que a
Vínculo interpelação não pode ser feita ou que
Cân. 1141 O matrimônio ratificado e seria inútil.
consumado não pode ser dissolvido por
nenhum poder humano nem por Cân. 1145 § 1. A interpelação se faça
nenhuma causa, exceto a morte. regularmente por autoridade do
Cân. 1142 O matrimônio não Ordinário local da parte convertida,
consumado entre batizados, ou entre devendo esse Ordinário conceder ao
uma parte batizada e outra não- outro cônjuge, se este o pedir, um
batizada, pode ser dissolvido pelo prazo para responder, mas avisando-
Romano Pontífice por justa causa, a o que, transcorrido inutilmente esse
pedido de ambas as partes ou de uma prazo, seu silêncio será interpretado
delas, mesmo que a outra se oponha. como resposta negativa
Cân. 1143 § 1. O matrimônio celebrado § 2. A interpelação, mesmo feita
entre dois não- batizados dissolve-se particularmente pela parte convertida, é
pelo privilégio paulino, em favor da fé da válida e até lícita, se não se puder
parte que recebeu o batismo, pelo observar a f orma acima prescrita.
próprio fato de esta parte contrair novo § 3. Em ambos os casos, deve constar
matrimônio, contanto que a parte não- legitimamente no foro externo a
interpelação e seu resultado.
batizada se afaste.
Cân. 1146 A parte batizada tem o
§ 2. Considera-se que a parte não-
direito de contrair novo matrimônio com
batizada se afasta, se não quer
parte católica:
coabitar com a parte batizada, ou se
não quer coabitar com ela 1°- se a outra parte tiver
respondido negativamente à
pacificamente sem ofensa ao Criador, a interpelação, ou se esta tiver sido
não ser que esta, após receber o legitimamente omitida;
batismo, lhe tenha dado justo motivo 2°- se a parte não-batizada,
interpelada ou não, tendo
para se afastar. anteriormente permanecido em
Cân. 1144 § 1. Para que a parte coabitação pacífica sem ofensa ao
batizada contraia validamente novo Criador, depois se tiver afastado
matrimônio, deve-se sempre interpelar sem justa causa, salvas as
a parte não- batizada: prescrições dos cânones 1144 e
1145.
Cân. 1147 Todavia, o Ordinário local,
por causa grave, pode conceder que a
parte batizada, usando do privilégio
paulino, contraia novo matrimônio com
parte não-católica, batizada ou não,
observando-se também as prescrições
dos cânones sobre matrimônios outras esposas afastadas, segundo as
mistos. normas da justiça, da caridade cristã e
Cân. 1148 § 1. O não-batizado que da eqüidade natural.
tiver simultaneamente várias esposas Cân. 1149 O não-batizado que, tendo
não-batizadas, tendo recebido o recebido o batismo na Igreja católica,
batismo na Igreja católica, se lhe for não puder por motivo de cativeiro ou
muito difícil permanecer com a perseguição, recompor a coabitação
primeira, pode ficar com qualquer com o cônjuge não- batizado, pode
uma delas, deixando as outras. O contrair outro matrimônio, mesmo que a
mesmo vale para a mulher não- outra parte, nesse ínterim, tenha
batizada que tenha simultaneamente recebido o batismo, salva a prescrição
vários maridos não-batizados. do cân. 1141.
§ 2. Nos casos mencionados no § 1, o Cân. 1150 Em caso de dúvida, o
privilégio da fé goza do favor do direito.
matrimônio, depois de recebido o
batismo, deve ser contraído na forma Art.
legítima, observando-se também se 2
necessário, as prescrições sobre Da Separação com
matrimônios mistos e outras que por Permanência do Vínculo
direito se devem observar.
Cân. 1151 Os cônjuges têm o dever e
§ 3. Tendo em vista a condição moral, o direito de manter a convivência
conjugal, a não ser que uma causa
social e econômica dos lugares e das legítima os escuse.
pessoas, o Ordinário local cuide que Cân. 1152 § 1. Embora se
se providencie suficientemente às recomende vivamente que o
necessidades da primeira e das
qual, ponderadas todas as
cônjuge, movido pela caridade cristã e circunstâncias, veja se é possível levar o
pela solicitude do bem da família, não cônjuge inocente a perdoar a culpa e a
negue o perdão ao outro cônjuge não prolongar para sempre a separação.
adúltero e não interrompa a vida
conjugal; no entanto, se não tiver Cân. 1153 § 1. Se um dos cônjuges é
expressa ou tacitamente perdoado sua causa de grave perigo para a alma ou
culpa, tem o direito de dissolver a para o corpo do outro cônjuge ou dos
convivência conjugal, a não ser que filhos ou, de outra forma, torna muito
tenha consentido no adultério, lhe difícil a convivência, está oferecendo ao
tenha dado causa ou tenha também outro causa legítima de separação, por
cometido adultério. decreto do Ordinário local e, havendo
perigo na demora, também por
§ 2. Existe perdão tácito se o cônjuge autoridade própria
inocente, depois de tomar
§ 2. Em todos os casos, cessando a
conhecimento do adultério, continuou causa da separação, deve-se restaurar a
espontaneamente a viver com o outro convivência, salvo determinação contrária
da autoridade eclesiástica.
cônjuge com afeto marital; presume-se
o perdão, se tiver continuado a Cân. 1154 Feita a separação dos
convivência por seis meses, sem cônjuges, devem-se tomar oportunas
interpor recurso àautoridade providências para o devido sustento e
eclesiástica ou civil. educação dos filhos.
§ 3. Se o cônjuge inocente tiver Capítulo X
espontaneamente desfeito a DA CONVALIDAÇÃO DO
convivência conjugal, no prazo de seis MATRIMÔNIO
meses proponha a causa de separação
à competente autoridade eclesiástica, a Art. 1
Da Convalidação Simples § 3. Se a falta de consentimento se
Cân. 1155 O cônjuge inocente pode pode provar, é necessário que se dê o
consentimento segundo a forma
louvavelmente admitir de novo o outro canônica.
cônjuge àvida conjugal e, nesse caso, Cân. 1160 O matrimônio nulo por falta
renuncia ao direito de separação. de forma, para se tornar válido, deve
ser contraído novamente segundo a
Cân. 1156 § 1. Para convalidar o forma canônica, salva a pres crição do
cân. 1127, § 2.
matrimônio nulo por impedimento
dirimente, requer-se que cesse ou seja Art.
dispensado o impedimento e pelo 2
menos a parte consciente do Da Sanação Radical (Sanatio in
impedimento renove o consentimento. Radice)
§ 2. Essa renovação se requer para a Cân. 1161 § 1. A sanação radical
validade da convalidação, por direito (sanatio in radice) de um matrimônio
eclesiástico, mesmo que ambas as nulo é a sua convalidação, sem
partes, no início, tenham dado renovação de consentimento,
consentimento e não o tenham concedida pela autoridade competente,
revogado depois. trazendo consigo a dispensa do
Cân. 1157 A renovação do impedimento, se o houver, e também
da forma canônica, se não tiver sido
consentimento deve ser novo ato de
observada, como ainda a retroação dos
vontade para o matrimônio, que a parte
efeitos canônicos ao passado.
renovante sabe ou pensa ter sido nulo
desde o princípio. § 2. A convalidação tem lugar desde o
momento em que se concede a graça;
Cân. 1158 § 1. Se o impedimento é mas a retroação se entende feita até o
público, o consentimento deve ser momento da celebração do matrimônio,
renovado por ambas as partes, a não ser que expressamente se
segundo a forma canônica, salva a determine outra coisa.
prescrição do cân. 1127, § 2. § 3. Não se conceda a sanatio in
§ 2. Se o impedimento não pode ser radice, se não for provável que as
partes queiram perseverar na vida
provado, basta que o consentimento conjugal.
seja renovado em particular e em Cân. 1162 § 1. Se em ambas as partes
segredo, e só pela parte cônscia do ou numa delas falta o consentimento, o
impedimento, contanto que persevere matrimônio não pode ser objeto de
o consentimento dado pela outra sanatio in radice, quer o consentimento
parte; se o impedimento for tenha faltado desde o início, quer tenha
conhecido por ambas as partes, sido dado no início, mas depois tenha
seja renovado também por ambas. sido revogado.
Cân. 1159 § 1. O matrimônio nulo por § 2. Se não houve o consentimento
falta de consentimento se convalida, se desde o início, mas depois foi dado,
pode ser concedida a sanação desde o
a parte que não tinha consentido dá o momento em que foi dado o
consentimento, contanto que persevere consentimento.
o consentimento dado pela outra parte. Cân. 1163 § 1. Pode ser sanado, o
§ 2. Se a falta de consentimento não matrimônio nulo por impedimento ou
se pode provar, basta que a parte, que por falta de forma legítima, contanto
não tinha consentido, dê o que persevere o consentimento de
consentimento em particular e em ambas as partes.
segredo. § 2. O matrimônio nulo por
impedimento de direito natural ou divino
positivo só pode ser sanado depois
de cessado o impedimento.
Cân. 1164 A sanação pode ser
concedida validamente, mesmo sem o TÍTULO I
conhecimento de uma das partes ou
de ambas; não se conceda, porém, a
não ser por causa grave. DOS SACRAMENTAIS
Cân. 1165 § 1. A sanatio in radice Cân. 1166 Os sacramentais são sinais
pode ser concedida pela Sé
Apostólica. sagrados, mediante os quais, imitando
§ 2. Pode ser concedida pelo Bispo de certo modo os sacramentos, são
diocesano, caso por caso, ainda que significados principalmente efeitos
concorram vários motivos de nulidade espirituais que se alcançam por súplica
no mesmo matrimônio, observando- da Igreja.
se as condições mencionadas no Cân. 1167 § 1. Somente a Sé
cân. 1125, para a sanação do Apostólica pode constituir novos
matrimônio misto; mas não pode ser sacramentais, interpretar
concedida por ele, se existe autenticamente aqueles já
impedimento, cuja dispensa está reconhecidos e abolir ou modificar
reservada à Sé Apostólica, de acordo algum deles.
com o cân. 1078, § 2, ou se trata de
§ 2. Na realização ou administração
impedimento de direito natural ou
dos sacramentais, observem-se
divino positivo que já cessou.
cuidadosamente os ritos e fórmulas
IIPARTE aprovados pela Igreja.
DOS OUTROS ATOS Cân. 1168 Ministro dos sacramentais é
o clérigo munido do
DO CULTO DIVINO
com reverência e não se empreguem
devido poder; certos sacramentais, de para uso profano ou não próprio a elas,
acordo com os livros litúrgicos, podem mesmo que pertençam a particulares.
ser também administrados por leigos
dotados das necessárias qualidades, Cân. 1172 § 1. Ninguém pode
a juízo do Ordinário local. legitimamente fazer exorcismos em
possessos, a não ser que tenha obtido
Cân. 1169 § 1. Podem realizar licença especial e expressa do Ordinário
validamente consagrações e local.
dedicações àqueles que têm caráter
episcopal, como também os § 2. Essa licença seja concedida pelo
presbíteros, a quem for permitido pelo Ordinário local somente a presbítero que
direito ou por legítima concessão. se distinga pela piedade, ciência,
prudência e integridade de vida.
§ 2. As bênçãos, exceto as reservadas
ao Romano Pontífice ou aos Bispos, TÍTULO II
podem ser dadas por qualquer DA LITURGIA DAS
presbítero. HORAS
§ 3. O diácono só pode dar as Cân. 1173 Cumprindo o múnus
bênçãos que lhe são expressamente
permitidas pelo direito. sacerdotal de Cristo, a Igreja celebra a
Cân. 1170 As bênçãos, a serem dadas liturgia das horas, através da qual,
principalmente aos católicos, podem ouvindo a Deus que fala a seu pov o e
ser concedidas também aos celebrando o mistério da salvação,
catecúmenos, e até aos não-católicos, louva-o sem cessar com o canto e a
salvo proibição da Igreja. oração e lhe suplica com insistência pela
salvação de todo o mundo.
Cân. 1171 As coisas sagradas, que Cân. 1174 § 1. Têm obrigação de rezar a
foram destinadas pela dedicação ou liturgia das horas os clérigos, de acordo
bênção ao culto divino, sejam tratadas com o cân. 276, § 2, n. 3, e, conforme
suas constituições, os membros de
institutos de vida consagrada e
sociedades de vida apostólica.
funeral, com o consentimento de quem
§ 2. Também os outros fiéis são a dirige e avisando-se ao pároco
vivamente convidados, de acordo com próprio do defunto
as circunstâncias, a participarem da
liturgia das horas, já que é ação da § 3. Se a morte tiver ocorrido fora da
Igreja.
própria paróquia e o cadáver não tiver
Cân. 1175 Para se rezar a liturgia das
horas, observe-se, na medida do sido transportado para ela, e não tiver
possível, o tempo que de fato sido legitimamente escolhida outra
corresponde a cada hora.
igreja para o funeral, as exéquias
TÍTULO III sejam celebradas na igreja paroquial
DAS EXÉQUIAS do lugar da morte, a não ser que outra
ECLESIÁSTICAS tenha sido designada pelo direito
particular.
Cân. 1176 § 1. Devem-se conceder
exéquias eclesiásticas aos fiéis Cân. 1178 As exéquias do Bispo
defuntos, de acordo com o direito.
diocesano sejam celebradas em sua
§ 2. As exéquias eclesiásticas, com as igreja catedral, a não ser que ele
quais a Igreja suplica para os defuntos tenha escolhido outra igreja.
o auxílio espiritual, honra seus corpos
e, ao mesmo tempo, dá aos vivos o Cân. 1179 As exéquias de religiosos
consolo da esperança, sejam ou de membros de sociedade de vida
celebradas de acordo com as leis apostólica sejam celebradas na própria
litúrgicas. igreja ou oratório pelo Superior, se o
instituto ou sociedade for clerical; caso
§ 3. A igreja recomenda contrário, pelo capelão.
insistentemente que se conserve o
costume de sepultar os corpos dos Cân. 1180 § 1. Se a paróquia tiver
defuntos; mas não proíbe a cremação, cemitério próprio, nele sejam
a não ser que tenha sido escolhida por sepultados os fiéis defuntos, salvo se
motivos contrários àdoutrina cristã. tiver sido legitimamente escolhido outro
cemitério pelo próprio defunto ou pelos
Capítulo I responsáveis por seu sepultamento.
DA CELEBRAÇÃO DAS EXÉQUIAS § 2. Todavia, não sendo proibido pelo
direito, é lícito a todos escolher o
Cân. 1177 § 1. As exéquias em favor cemitério para sua própria sepultura.
de qualquer fiel defunto devem ser
celebradas, geralmente, na própria Cân. 1181 Quanto às ofertas por
igreja paroquial.
ocasião de funerais, observem-se as
§ 2. É permitido, porém, a qualquer fiel prescrições do cân. 1264, evitando-se,
ou aos responsáveis pelas exéquias do
fiel defunto escolher outra igreja para o porém, que nas exéquias haja
discriminação de pessoas ou que os
pobres sejam privados das devidas
exéquias.
Cân. 1182 Depois do sepultamento,
faça-se registro no livro de óbitos, de
acordo com o direito particular.
Capítulo II
DAQUELES AOS QUAIS SE
DEVEM CONCEDER OU NEGAR
EXÉQUIAS ECLESIÁSTICAS
Cân. 1183 § 1. Quanto às exéquias, os
catecúmenos sejam equiparados aos
fiéis.
§ 2. O Ordinário local pode permitir que
tenham exéquias as crianças que os
pais tencionavam batizar, mas que
morreram antes do batismo.
§ 3. Segundo o prudente juízo do sem escândalo público dos fiéis.
Ordinário local, podem ser concedidas § 2. Em caso de dúvida, seja
exéquias eclesiásticas aos batizados consultado o Ordinário local, a cujo
juízo se deve obedecer.
pertencentes a uma Igreja ou
Cân. 1185 A quem se negaram
comunidade eclesial não-católica, exéquias eclesiásticas, deve- se negar
exceto se constar sua vontade também qualquer missa exequial.
contrária e contanto que não seja TÍTULO IV
possível ter seu ministro próprio.
DO CULTO DOS SANTOS,
Cân. 1184 § 1. Devem ser privados
das exéquias eclesiásticas, a não ser IMAGENS SAGRADAS E
que antes da morte tenham dado RELÍQUIAS
algum sinal de penitência:
1°- os apóstatas, hereges e Cân. 1186 Para fomentar a santificação
cismáticos notórios; do povo de Deus, a Igreja recomenda
àveneração especial e filial dos fiéis a
2°- os que tiverem escolhido a
cremação de seu corpo por Bem- aventurada sempre Virgem
motivos contrários àfé cristã; Maria, Mãe de Deus, a quem Cristo
3°- outros pecadores manifestos, constituiu Mãe de todos os homens,
aos quais não se possam bem como promove o verdadeiro e
conceder exéquias eclesiásticas autêntico culto dos outros Santos, por
cujo exemplo os fiéis se edificam e pela § 3. A prescrição do § 2 vale também
intercessão dos quais são sustentados. para as imagens que são objeto de
Cân. 1187 Só é lícito venerar, grande veneração do povo em alguma
mediante culto público, aos servos de igreja.
Deus que foram inscritos pela
autoridade da Igreja no catálogo dos
Santos ou dos Beatos. TÍTULO V
Cân. 1188 Mantenha-se a praxe de DO VOTO E DO
propor imagens sagradas nas igrejas, JURAMENTO
para a veneração dos fiéis; entretanto, Capítul
sejam expostas em número moderado e
na devida ordem, a fim de que não se o I DO
desperte a admiração no povo cristão,
VOTO
nem se dê motivo a uma devoção
menos correta. Cân. 1191 § 1. O voto, isto é, a
Cân. 1189 Imagens preciosas, isto é, promessa deliberada e livre de um bem
que sobressaem por antiguidade, arte possível e melhor, feita a Deus, deve ser
ou culto, expostas àveneração dos cumprido em razão da virtude da religião.
fiéis, em igrejas e oratórios, se § 2. A não ser que estejam proibidos
precisarem de reparação, nunca sejam pelo direito, todos aqueles que têm o
devido uso da razão são capazes de
restauradas sem a licença escrita do fazer votos.
Ordinário; este, antes de concedê-la, § 3. O voto feito por medo grave e
consulte os peritos. injusto, ou por dolo, é nulo
Cân. 1190 § 1. Não é lícito vender ipso
iure.
relíquias sagradas. Cân. 1192 § 1. O voto é público, quando
§ 2. As relíquias insignes, bem como aceito pelo superior legitimo em nome da
Igreja; caso contrário, é privado.
outras de grande veneração do povo,
§ 2. Solene , se é reconhecido como tal
não podem de modo algum ser pela Igreja; caso contrário, é simples.
alienadas nem definitivamente
§ 3. Pessoal, quando por ele se
transferidas, sem a licença da Sé
promete uma ação do vovente; real,
Apostólica.
quando por ele se promete alguma
coisa; misto, quando participa da 3°- aqueles aos quais o poder de
natureza do pessoal e do real. dispensar tiver sido delegado pela
Sé Apostólica ou pelo Ordinário
Cân. 1193 Por sua natureza, o voto não local.
obriga, a não ser ao vovente.
Cân. 1197 A obra prometida por voto
Cân. 1194 O voto cessa, uma vez privado pode ser comutada pelo
transcorrido o prazo marcado para o próprio vovente em algum bem que seja
maior ou igual; mas, em um bem
término da obrigação; com a mudança menor, por quem tenha poder de
dispensar, de acordo com o cân. 1196.
substancial da matéria prometida;
quando já não se verifica a condição da Cân. 1198 Os votos feitos antes da
profissão religiosa ficam suspensos
qual depende o voto ou a sua causa enquanto o vovente permanecer no
final; por dispensa; por comutação. instituto religioso.
Cân. 1195 Quem tem poder sobre a Capítulo
matéria do voto pode suspender sua
obrigação por todo o tempo em que o II DO
cumprimento do voto lhe traz prejuízo.
Cân. 1196 Além do Romano Pontífice, JURAMEN
podem dispensar dos votos
particulares, por justa causa, contanto
que a dispensa não lese os direitos TO
adquiridos por outros:
Cân. 1199 § 1. O juramento, isto é, a
1°- o Ordinário local e o pároco, em invocação do nome de Deus como
relação a todos os seus súditos e testemunha da verdade, não se pode
também aos forasteiros; fazer, a não ser na verdade, no
2°- o Superior de instituto religioso discernimento e na justiça.
ou de sociedade de vida apostólica, § 2. O juramento, que os cânones
se forem clericais de direito exigem ou admitem, não pode ser
prestado validamente por procurador.
pontifício, em relação aos membros,
noviços e pessoas que vivem dia e Cân. 1200 § 1. Quem jura livremente
noite numa casa do instituto ou da fazer alguma coisa está obrigado, por
sociedade; especial obrigação de religião, a
cumprir o que tiver assegurado com
juramento.
§ 2. O juramento extorquido por dolo,
violência ou medo grave, é nulo ipso
iure.
Cân. 1201 § 1. O juramento
promissório segue a natureza e as
condições do ato ao qual se une.
§ 2. Se um ato, que implica
diretamente dano a outrem, prejuízo ao
bem público ou àsalvação eterna, for
acrescido de juramento, esse ato não
adquire com isso garantia nenhuma.
Cân. 1202 A obrigação decorrente do
juramento promissório cessa:
1°- se for dispensada por aquele
em cujo favor o juramento tinha
sido feito;
2°- se a coisa jurada mudar
substancialmente, ou se, mudadas
as circunstâncias, se tornar má ou
de todo indiferente, ou afinal impedir
um bem maior;
3°- se cessar a causa final ou a
condição sob a qual talvez tenha III PARTE
sido feito o juramento;
4°- por dispensa, por comutação, DOS LUGARES E
de acordo com o cân. 1203. TEMPOS SAGRADOS
Cân. 1203 Aqueles que podem
TÍTULO I
suspender, dispensar, comutar o voto,
têm também, e por igual razão, DOS LUGARES SAGRADOS
poder quanto ao juramento Cân. 1205 Lugares sagrados são
promissório; mas, se a dispensa do aqueles que são destinados ao culto
juramento redundar em prejuízo a divino ou àsepultura dos fiéis, mediante
dedicação ou bênção, para isso
outros que não queiram liberar dessa prescritas pelos livros litúrgicos.
obrigação, somente a Sé Apostólica Cân. 1206 A dedicação de algum
pode dispensar do juramento. lugar compete ao Bispo diocesano e
Cân. 1204 O juramento deve ser aos equiparados a ele pelo direito;
interpretado estritamente, de acordo
com o direito e a intenção de quem todos eles podem confiar a qualquer
jurou, ou se este age com dolo, Bispo ou, em casos excepcionais, a um
segundo a intenção daquele a quem
se presta o juramento. presbítero o encargo de fazer a
dedicação em seu território.
exercer neles o culto, enquanto não for
Cân. 1207 Os lugares sagrados são reparada a injúria mediante o rito
benzidos pelo Ordinário; a bênção das penitencial estabelecido nos livros
igrejas, porém, é reservada ao Bispo litúrgicos.
diocesano; ambos podem delegar para
isso outro sacerdote. Cân. 1212 Os lugares sagrados perdem
a dedicação ou a bênção, se tiverem
Cân. 1208 Da dedicação ou bênção de sido destruídos em grande parte ou se
uma igreja, já realizada, como também forem permanentemente reduzidos a
da bênção de um cemitério, redija-se usos profanos, por decreto do Ordinário
um documento, do qual se conserve competente ou de fato.
um exemplar na cúria diocesana e
Cân. 1213 A autoridade eclesiástica
outro no arquivo da igreja. exerce livremente seus poderes e
funções nos lugares sagrados.
Cân. 1209 A dedicação ou bênção de
um lugar, contanto que não redunde Capítulo I
em prejuízo para ninguém, prova-se DAS
suficientemente ainda que por uma
única testemunha acima de qualquer IGREJAS
suspeita.
Cân. 1214 Sob a denominação de
Cân. 1210 Em lugar sagrado só se igreja, entende-se um edifício sagrado
admita aquilo que favoreça o exercício destinado ao culto divino, ao qual os fiéis
e a promoção do culto, da piedade, da têm o direito de ir para praticar o culto
religião; proíba-se tudo quanto for divino, especialmente público.
inconveniente àsantidade do lugar.
Cân. 1215 § 1. Não se edifique
Todavia, o Ordinário, per modum actus, nenhuma igreja sem o consentimento
pode permitir outros usos, não porém expresso e escrito do Bispo diocesano.
contrários àsantidade do lugar. § 2. O Bispo diocesano não dê o
Cân. 1211 Os lugares sagrados são consentimento, a não ser que, ouvido o
violados por atos gravemente injuriosos conselho presbiteral e os reitores das
aí perpetrados com escândalo dos fiéis igrejas vizinhas, julgue que a nova igreja
e que, a juízo do Ordinário local, são possa servir para o bem das almas, e
de tal modo graves e contrários à que não faltarão os meios necessários
santidade do lugar, que não seja lícito para a construção da igreja e para o
culto divino. empreguem-se os cuidados ordinários
§ 3. Mesmo os institutos religiosos, de manutenção e os oportunos meios
de segurança.
embora tenham recebido a permissão Cân. 1221 O ingresso na Igreja, no
do Bispo diocesano para estabelecer tempo das celebrações sagradas, seja
uma nova casa numa diocese ou livre e gratuito.
cidade, devem obter sua licença antes Cân. 1222 § 1. Se alguma Igreja de
de construir uma igreja em lugar certo e maneira alguma puder ser usada para o
determinado. culto divino e não houver possibilidade
Cân. 1216 Na construção e restauração de se restaurar, pode ser reduzida
de igrejas, usando o conselho de pelo Bispo diocesano a uso profano
peritos, observem-se os princípios e não-sórdido.
normas da liturgia e da arte sacra. § 2. Onde outras graves causas
Cân. 1217 § 1. Concluída devidamente aconselham que alguma igreja não
a construção, a nova igreja seja quanto seja mais usada para o culto divino, o
antes dedicada, ou pelo menos
benzida, observando-se as leis da Bispo diocesano, ouvido o conselho
sagrada liturgia. dos presbíteros, pode reduzi-la a uso
§ 2. As igrejas, principalmente as profano não-sórdido, com o
catedrais e paróquias, sejam dedicadas
com rito solene. consentimento daqueles que sobre ela
Cân. 1218 Cada igreja tenha o seu legitimamente reclamam direitos,
título, que não pode ser mudado, uma contanto que o bem das almas não
vez feita a dedicação da igreja.
sofra com isso nenhum prejuízo.
Cân. 1219 Na igreja legitimamente
dedicada ou benta, podem- se realizar Capítulo II
todos os atos de culto, salvos os
direitos paroquiais. DOS ORATÓRIOS E CAPELAS
Cân. 1220 § 1. Cuidem todos os PARTICULARES
responsáveis que nas igrejas se
conservem a limpeza e o decoro Cân. 1223 Sob a denominação de
devidos àcasa de Deus e se afaste
tudo quanto desdiz da santidade do oratório, entende-se um lugar
lugar. destinado, com licença do Ordinário, ao
§ 2. Para a conservação dos bens culto divino em favor de alguma
sagrados e preciosos, comunidade ou grupo de fiéis que aí
se reúnem, e ao qual também os outros
fiéis podem ter acesso com a licença do
Superior competente.
Cân. 1224 § 1. O Ordinário não
conceda a licença pedida para se
constituir um oratório, a não ser depois
de o ter visitado, pessoalmente ou por
outrem, e de o ter encontrado
decentemente preparado.
§ 2. Entretanto, uma vez dada a
licença, o oratório não pode ser
destinado a usos profanos sem
autorização desse Ordinário.
Cân. 1225 Nos oratórios legitimamente
constituídos, podem- se realizar todas
as celebrações sagradas, a não ser
aquelas que sejam excetuadas pelo
direito ou por prescrição do Ordinário
local, ou que a elas se oponham
normas litúrgicas.
Cân. 1226 Sob a denominação de
capela particular, entende- se o lugar
destinado, com a licença do Ordinário
local, ao culto divino em favor de uma
ou mais pessoas físicas. Cân. 1230 Sob a denominação de
Cân. 1227 Os Bispos podem santuário, entende-se a igreja ou outro
constituir para si uma capela lugar sagrado, aonde os fiéis em
particular, que tem os mesmos direitos grande número, por algum motivo
do oratório. especial de piedade, fazem
peregrinações com a aprovação do
Cân. 1228 Salva a prescrição do Ordinário local.
cân. 1227, requer-se a licença do
Ordinário local para se realizar na Cân. 1231 Para que um santuário
capela particular a missa ou outras possa dizer-se nacional, deve ter a
celebrações sagradas. aprovação da Conferência dos Bispos;
para que possa dizer-se internacional,
Cân. 1229 Convém que os oratórios e requer-se a aprovação da Santa Sé.
capelas particulares sejam benzidos
segundo o rito prescrito nos livros Cân. 1232 § 1. Para aprovar os
litúrgicos; devem, porém, ser estatutos de um santuário diocesano, é
reservados unicamente para o culto competente o Ordinário local; para os
divino e livres de outros usos estatutos de um santuário nacional, a
domésticos. Conferência dos Bispos; para os
estatutos de um santuário internacional,
Capítulo somente a Santa Sé.
III DOS § 2. Nos estatutos, devem ser
determinados principalmente a
SANTUÁRI finalidade, a autoridade do reitor, o
domínio e a administração dos bens.
OS Cân. 1233 Poderão ser concedidos
determinados privilégios
sacrifício eucarístico, denomina-se fixo,
aos santuários, sempre que as quando feito de tal modo que esteja
ligado ao pavimento e não possa ser
circunstâncias locais, o afluxo de removido; móvel, se pode ser
peregrinos e principalmente o bem dos transportado.
fiéis parecerem aconselhá- los.
§ 2. Convém que em toda igreja haja um
Cân. 1234 § 1. Nos santuários, altar fixo; nos demais lugares destinados
às celebrações sagradas, um altar fixo
ofereçam-se aos fiéis meios de ou móvel.
salvação mais abundantes, anunciando
Cân. 1236 § 1. De acordo com o
com diligência a palavra de Deus,
costume tradicional da Igreja, a mesa do
incentivando adequadamente a vida
altar fixo seja de pedra e de uma única
litúrgica, principalmente com a
pedra natural; mas pode ser usada
Eucaristia e a celebração da
também outra matéria digna e sólida, a
penitência, e cultivando as formas
juízo da Conferência dos Bispos.
aprovadas de piedade popular.
Contudo, os suportes ou base podem
§ 2. Os documentos votivos da arte ser feitos de qualquer matéria.
popular e da piedade sejam
conservados em lugar visível nos § 2. O altar móvel pode ser feito com
santuários ou em locais adjacentes, e qualquer matéria sólida, conveniente ao
sejam guardados com segurança. uso litúrgico.
Capítulo Cân. 1237 § 1. Os altares fixos devem
ser dedicados, e os móveis, dedicados
ou benzidos, de acordo com os ritos
IV DOS prescritos nos livros litúrgicos.
ALTARE § 2. Conserve-se a antiga tradição de
colocar debaixo do altar fixo relíquias de
S mártires ou de outros santos, de acordo
Cân. 1235 § 1. O altar, ou mesa sobre com as normas prescritas nos livros
a qual se celebra o litúrgicos.
Cân. 1238 § 1. O altar perde a
dedicação ou bênção, de acordo com Cân. 1243 Sejam estabelecidas pelo
a norma do cân. 1212. direito particular normas oportunas
§ 2. Pela redução de uma igreja ou de sobre a disciplina a ser observada nos
outro lugar sagrado a usos profanos,
os altares fixos ou móveis não cemitérios, principalmente para
perdem a dedicação ou bênção. defender e favorecer sua índole
Cân. 1239 § 1. O altar fixo ou móvel sagrada.
deve ser reservado unicamente ao
culto, excluído absolutamente qualquer TÍTULO II
uso profano.
DOS TEMPOS SAGRADOS
§ 2. Sob o altar não se coloque nenhum
cadáver; do contrário, não será lícito Cân. 1244 § 1. Compete unicamente à
celebrar a missa sobre esse altar. suprema autoridade eclesiástica
constituir, transferir, abolir dias de festa
Capítulo
e dias de penitência comuns para toda
V DOS a Igreja, salva a prescrição do cân.
1246, § 2.
CEMITÉRIO § 2. Os Bispos diocesanos podem
marcar, para as suas dioceses ou
S lugares, dias de festa e de penitência
especiais, mas só ocasionalmente.
Cân. 1240 § 1. Onde for possível, haja Cân. 1245 Salvo o direito dos Bispos
cemitérios próprios da Igreja, ou então, diocesanos, mencionado no cân. 87, o
nos cemitérios civis, haja espaços pároco, por justa causa e segundo as
devidamente benzidos destinados aos prescrições do Bispo diocesano, pode
fiéis defuntos. conceder, de caso em caso, a dispensa
§ 2. Mas, se isso não for possível da obrigação de guardar o dia de festa
conseguir, cada túmulo seja benzido
vez por vez. ou de penitência ou sua comutação por
Cân. 1241 § 1. Paróquias e institutos outra obra pia; isso pode também o
religiosos podem ter cemitérios próprio. Superior de instituto religioso ou de uma
§ 2. Também outras pessoas jurídicas sociedade de vida apostólica, se forem
ou famílias podem ter cemitérios ou clericais de direito pontifício, tratando-
sepulcro especial, a ser benzido se dos próprios súditos e de outros
segundo o juízo do Ordinário local. que vivem na casa dia e noite.

Cân. 1242 Não se sepultem cadáveres Capítulo I


nas igrejas, a não ser que se trate do DOS DIAS DE FESTA
Romano Pontífice, de Cardeais ou de
Cân. 1246 § 1. O domingo, dia em que
Bispos diocesanos, também os
por tradição apostólica se celebra o
eméritos, que devem ser sepultados em
mistério pascal, deve ser guardado em
sua própria igreja.
toda a Igreja como o dia de festa por
excelência. Devem ser guardados
igualmente o dia do Natal de Nosso
Senhor Jesus Cristo, da Epifania, da
Ascensão e do Santíssimo Corpo e
Sangue de Cristo, de Santa Maria,
Mãe de Deus, da sua Imaculada
Conceição e Assunção, de São José,
dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e,
por fim, de Todos os Santos.
§ 2. Todavia, a Conferência dos
Bispos, com a prévia aprovação da Sé
Apostólica, pode abolir alguns dias de tempo conveniente, pessoalmente ou
festa de preceito ou transferi-los para em família, ou em grupos de família de
o domingo. acordo com a oportunidade.
Cân. 1247 No domingo e nos outros Capítulo II
dias de festa de preceito, os fiéis têm
DOS DIAS DE PENITÊNCIA
a obrigação de participar da missa;
além disso, devem abster-se das Cân. 1249 Todos os fiéis, cada qual a
atividades e negócios que impeçam o seu modo, estão obrigados por lei
culto a ser prestado a Deus, a divina a fazer penitência; mas, para
alegria própria do dia do Senhor e o que todos estejam unidos mediante
devido descanso da mente e do certa observância comum da
Corpo. penitência, são prescritos dias
Cân. 1248 § 1. Satisfaz ao preceito penitenciais, em que os fiéis se
de participar da missa quem assiste dediquem de modo especial à oração,
àmissa em qualquer lugar onde é façam obras de piedade e caridade,
celebrada em rito católico, no próprio
dia de festa ou na tarde do dia renunciem a si mesmos, cumprindo
anterior. ainda mais fielmente as próprias
§ 2. Por falta de ministro sagrado ou obrigações e observando
por outra grave causa, se a principalmente o jejum e a abstinência,
participação na celebração eucarística de acordo com os cânones seguintes.
se tornar impossível, recomenda-se Cân. 1250 Os dias e tempos
vivamente que os fiéis participem da
penitenciais, em toda a Igreja, são
liturgia da Palavra, se houver, na
todas as sextas - feiras do ano e o
igreja paroquial ou em outro lugar
sagrado, celebrada de acordo com as tempo da quaresma.
prescrições do Bispo diocesano; ou Cân. 1251 Observe-se a abstinência
então se dediquem a oração por de carne ou de outro
ou em parte, por outras formas de
alimento, segundo as prescrições da penitência, principalmente por obras de
Conferência dos Bispos, em todas as caridade e exercícios de piedade.
sextas -feiras do ano, a não ser que
coincidam com algum dia enumerado LIVRO V
entre as solenidades; observem-se a DOS BENS TEMPORAIS DA IGREJA
abstinência e o jejum na quarta-feira de
Cinzas e na sexta- feira da paixão e Cân. 1254 § 1. A Igreja católica, por
Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. direito originário, independentemente da
autoridade civil, pode adquirir, possuir,
Cân. 1252 Estão obrigados à lei da administrar e alienar bens temporais,
abstinência aqueles que tiverem para a consecução de seus fins
completado catorze anos de idade; próprios.
estão obrigados à lei do jejum todos os
maiores de idade até os sessenta anos § 2. Seus principais fins próprios são:
começados. Todavia, os pastores de organizar o culto divino, cuidar do
almas e os pais cuidem que sejam conveniente sustento do clero e dos
formados para o genuíno sentido da demais ministros, praticar obras de
penitência também os que não estão sagrado apostolado e de caridade,
obrigados a lei do jejum e da principalmente em favor dos pobres.
abstinência, em razão da pouca idade. Cân. 1255 A Igreja universal e a Sé
Cân. 1253 A Conferência dos Bispos Apostólica, as Igrejas particulares e
pode determinar mais exatamente a qualquer outra pessoa jurídica, pública
observância do jejum e da abstinência, ou privada, têm capacidade jurídica de
como também substituí-la, totalmente adquirir, possuir, administrar e alienar
bens temporais, de acordo como direito.
e o conselho presbiteral, tem o direito
Cân. 1256 O domínio dos bens, sob a de impor às pessoas jurídicas públicas
suprema autoridade do Romano sujeitas a seu regime um tributo
Pontífice, pertence à pessoa jurídica moderado, proporcionado às rendas de
que os tiver adquirido legitimamente. cada uma, em favor das necessidades
Cân. 1257 § 1. Todos os bens da diocese; às outras pessoas físicas e
temporais pertencentes àIgreja jurídicas ele somente pode impor uma
universal, à Sé Apostólica ou a outras contribuição extraordinária e moderada,
pessoas jurídicas públicas na Igreja em caso de grave necessidade e sob
são bens eclesiásticos e se regem as mesmas condições, salvas as leis e
pelos cânones seguintes e pelos costumes particulares que lhe confiram
estatutos próprios. maiores direitos.
§ 2. Os bens temporais de uma Cân. 1264 Salvo determinação contrária
pessoa jurídica privada se regem pelos do direito, compete à reunião dos
estatutos próprios e não por estes Bispos da província:
cânones, salvo expressa determinação 1°- estabelecer as taxas a serem
em contrário. aprovadas pela Sé Apostólica, em
Cân. 1258 Nos cânones seguintes, favor dos atos do poder
com o termo Igreja são designadas não executivo gracioso ou para a
só a Igreja universal ou a Sé execução dos rescritos da Sé
Apostólica, mas também qualquer Apostólica;
pessoa jurídica pública na Igreja, a não 2°- determinar as ofertas por ocasião
ser que do contexto ou da natureza da administração dos sacramentos e
sacramentais.
do assunto apareça o contrário.
Cân. 1265 § 1. Salvo o direito dos
TÍTULO I religiosos mendicantes, é proibido a
DA AQUISIÇÃO DOS BENS qualquer pessoa privada, física ou
Cân. 1259 A Igreja pode adquirir bens jurídica, recolher ofertas para qualquer
temporais por todos os modos legítimos instituto ou fim pios ou eclesiásticos,
de direito natural e positivo que sejam sem a licença escrita do próprio
lícitos aos outros.
Cân. 1260 A Igreja tem direito nativo de Ordinário e do Ordinário local.
exigir dos fiéis o que for necessário § 2. A Conferência dos Bispos pode
para seus fins próprios.`
Cân. 1261 § 1. Os fiéis são livres de estabelecer normas sobre coletas, de
doar bens temporais em favor da esmolas, a serem observadas por
Igreja. todos, não excluídos aqueles que por
§ 2. O Bispo diocesano deve lembrar instituição são chamados mendicantes
aos fiéis a obrigação mencionada no
cân. 222 § 1, e exigir seu cumprimento e o são de fato.
de modo oportuno.
Cân. 1266 Em todas as Igrejas e
Cân. 1262 Os fiéis concorram para as
necessidades da Igreja com as oratórios, mesmo pertencentes a
contribuições que lhes forem solicitadas institutos religiosos, abertos
e segundo as normas fixadas pela
Conferência dos Bispos. habitualmente aos fiéis, o Ordinário
local pode ordenar alguma coleta
Cân. 1263 O Bispo diocesano, ouvidos
especial para determinadas iniciativas
o conselho econômico
paroquiais, diocesanas, nacionais ou
universais, a ser enviada solicitamente
à cúria diocesana.
Cân. 1267 § 1. A não ser que conste o
contrário, as ofertas feitas aos
Superiores ou administradores de
qualquer pessoa jurídica eclesiástica, perdido sua dedicação ou benção;
mesmo particular, presumem-se feitas mas, se pertencem a uma pessoa
à própria pessoa jurídica. jurídica eclesiástica pública, podem ser
§ 2. As ofertas mencionadas no § 1 adquiridas unicamente por outra
não podem ser recusadas, a não ser pessoa jurídica eclesiástica pública.
por justa causa e, nos casos mais Cân. 1270 As coisas imóveis, as coisas
importantes, com a licença do móveis preciosas, os direitos e ações,
Ordinário, quando se trata de pessoa pessoais ou reais, da Sé Apostólica,
jurídica pública; também se requer a prescrevem no espaço de cem anos; o
licença do Ordinário para se que é de outra pessoa jurídica pública
aceitarem as que estejam vinculadas eclesiástica, no espaço de trinta anos.
por modalidades ou condições Cân. 1271 Em razão do vínculo da
onerosas, salva a prescrição do cân. unidade e da caridade, os Bispos,
1295. segundo as possibilidades de sua
§ 3. As ofertas feitas pelos fiéis para diocese, ajudem a fornecer os recursos
fim determinado não podem ser
destinadas senão para tal fim. de que a Sé Apostólica necessita, de
acordo com as condições dos tempos,
Cân. 1268 A Igreja admite para os
para que ela possa prestar o devido
bens temporais a prescrição,
serviço àIgreja universal.
enquanto modo de adquirir e de se
eximir, conforme os cânn. 197-199. Cân. 1272 Nas regiões onde existem
benefícios propriamente ditos, cabe à
Cân. 1269 As coisas sagradas, que
Conferência dos Bispos, mediante
estão sob o domínio de particulares,
normas oportunas, estabelecidas de
podem ser adquiridas através de
acordo com a Sé Apostólica e por ela
prescrição, por pessoas privadas,
aprovadas, regulamentar a
mas não é lícito empregá-las para
administração de tais
usos profanos, a não ser que tenham
constituída, cuide a Conferência dos
benefícios de modo que as rendas e, Bispos que haja um instituto, com o qual
se providencie devidamente à
quanto possível, o próprio dote dos seguridade social dos clérigos.
benefícios passem, pouco a pouco, § 3. Em cada diocese constitua-se,
ao instituto mencionado no cân. 1274 § enquanto necessário, um patrimônio
1. comum, com o qual os bispos possam
TÍTULO II satisfazer às obrigações para com outras
pessoas que estejam, a serviço da
DA
Igreja, acudir às diversas necessidades
ADMINISTRAÇÃO
da diocese, e por meio do qual as
DOS BENS
dioceses mais ricas possam também
Cân. 1273 O Romano Pontífice, em socorrer as mais pobres.
virtude do primado de regime, é o
§ 4. Conforme as diversas circunstâncias
supremo administrador e dispensador
locais, as finalidades mencionadas nos
de todos os bens eclesiásticos.
§§ 2 e 3 podem mais convenientemente
Cân. 1274 § 1. Haja em cada diocese conseguir-se por meio de organismos
um instituto especial que, recolhendo os diocesanos federados entre si, através
bens ou as ofertas, providencie, de de mútua cooperação ou mesmo
acordo com o cân. 281, o sustento dos oportuna associação constituída para
clérigos que prestam serviço à diocese, diversas dioceses e até para todo o
a não ser que de outro modo se tenha território da Conferência dos Bispos.
providenciado em favor deles. § 5. Esses organismos devem ser
§ 2. Onde a previdência social em constituídos de modo a terem eficácia
favor do clero não está devidamente também no direito civil, se possível.
Cân. 1275 O patrimônio proveniente de negligência do administrador.
diversas dioceses é administrado § 2. Na administração dos bens de
uma pessoa jurídica pública que, pelo
segundo as normas oportunamente direito, pelo documento de fundação ou
concordadas entre os respectivos
Bispos.
Cân. 1276 § 1. Cabe ao Ordinário
local supervisionar cuidadosamente da
administração de todos os bens
pertencentes às pessoas jurídicas
públicas que lhe estão sujeitas, salvo
títulos legítimos pelos quais se
atribuam maiores direitos ao Ordinário.
§ 2. Levando em conta os direitos, os
legítimos costumes e as circunstâncias,
os Ordinários providenciem a
organização geral da administração
dos bens eclesiásticos, por meio de
instruções especiais, dentro dos limites
do direito universal e particular.
Cân. 1277 Para praticar atos de
administração que, levando- se em
conta a situação econômica da
diocese, são de importância maior, o
Bispo deve ouvir o conselho econômico
e o colégio dos consultores; necessita
contudo do consentimento desse
conselho e também do colégio dos
consultores, para praticar atos de
administração extraordinária, além dos
casos especialmente mencionados pelo
direito universal ou pelo documento de
fundação. Cabe, no entanto, à
Conferência dos Bispos determinar
quais atos se devem considerar de
administração extraordinária.
Cân. 1278 Além das atribuições
mencionadas no can. 494 §§ 3 e
4,podem ser confiados ao ecônomo
pelo Bispo diocesano as atribuições
mencionadas nos cann. 1276 § 1 e
1279 § 2.
Cân. 1279 § 1. A administração dos
bens eclesiásticos compete àquele que
governa imediatamente a pessoa a
quem esses bens pertencem, salvo
determinação contrária, do direito
particular, dos estatutos ou de algum
legítimo costume, e salvo o direito do
Ordinário de intervir em caso de
1°- devem prometer, com juramento
pelos próprios estatutos, não tenha diante do Ordinário ou de seu
delegado, que administrarão exata
administradores próprios, o Ordinário, e fielmente;
a quem está sujeita, designe, por um 2°- deve-se redigir um inventário
triênio, pessoas idôneas; estas podem exato e particularizado, assinado por
ser nomeadas pelo Ordinário uma eles, das coisas imóveis, móveis
segunda vez. preciosas ou de certo valor cultural,
Cân. 1280 Toda pessoa jurídica tenha e das outras, com res pectiva
o seu conselho econômico ou pelo descrição e avaliação; o inventário
menos dois conselheiros, que ajudem já redigido seja revisto;
o administrador no desempenho de 3°- conserve-se um exemplar
suas funções, segundo os estatutos. desse inventário no arquivo da
Cân. 1281 § 1. Salvas as administração e o outro no arquivo
prescrições dos estatutos, os da cúria; anote-se em ambos
administradores praticam qualquer mudança que afete o
invalidamente atos que excedam os patrimônio.
limites e o modo da administração Cân. 1284 § 1. Todos os
ordinária, a não ser que previamente administradores são obrigados a
obtido, por escrito, a autorização do cumprir seu encargo com a diligência
Ordinário. de um bom pai de família.
Sejam determinados nos estatutos os § 2. Devem,
atos que excedem o limite e o modo portanto:
da administração ordinária; no entanto,
se os estatutos silenciam a respeito, 1°- velar para que os bens
compete ao Bispo diocesano, ouvido o confiados a seu cuidado não
conselho econômico, determinar tais venham, de algum modo, a
atos para as pessoas que lhe estão perecer ou sofrer dano, fazendo
sujeitas. para esse fim contratos de seguro,
quando necessário;
§ 3. A pessoa jurídica não é obrigada
a responder por atos praticados 2°- cuidar que a propriedade dos
bens eclesiásticos seja garantida de
invalidamente por administradores, a modo civicamente válido;
não ser quando e enquanto lhe tenha 3°- observar as prescrições do
advindo vantagem; mas responde por direito canônico e do direito civil, ou
impostas pelo fundador, pelo doador
atos praticados por administradores, ou pela legítima autoridade, e
ilegítima, porém validamente, salvo, principalmente cuidar que a Igreja
não sofra danos pela inobservância
de sua parte, ação ou recurso contra das leis civis;
os administradores que lhe tiverem
4°- exigir cuidadosamente no tempo
dado prejuízo.
devido os réditos e proventos dos
Cân. 1282 Todos os que participam bens, conservá-los com segurança
por título legítimo, clérigos ou leigos, e empregá-los segundo a intenção
na administração dos bens do fundador ou segundo as normas
eclesiásticos, devem cumprir seus legítimas;
encargos em nome da Igreja, de 5°- pagar, nos prazos
acordo com o direito. estabelecidos, juros devidos por
empréstimos ou hipotecas, e
Cân. 1283 Antes que os providenciar oportunamente a
restituição do capital;
administradores iniciem o
6°- aplicar, para os fins da pessoa
desempenho de seu encargo: jurídica, com o consentimento do
Ordinário, o dinheiro remanescente
investido vantajosamente; 7°- ter em
das despesas que possa ser
boa ordem os livros das entradas e lide diante de tribunal civil, em nome da
pessoa jurídica pública, sem ter obtido a
licença escrita do próprio Ordinário.
saídas;
Cân. 1289 Embora não estejam
8°- preparar, no final de cada ano, a obrigados àadministração por título de
prestação de contas da
administração; ofício eclesiástico, os administradores
9°- organizar devidamente e não podem abandonar de próprio arbítrio
arquivar conveniente e o encargo; e se de seu arbitrário
adequadamente os documentos e abandono resulta dano a Igreja, estão
instrumentos em que se fundam os obrigados àrestituição.
direitos da Igreja ou do instituto, no TÍTULO III
que se refere aos bens; guardar
cópias autênticas no arquivo da DOS CONTRATOS E
cúria, onde seja possível fazê-lo PRINCIPALMENTE DA ALIENAÇÃO
comodamente. Cân. 1290 Observe-se no direito
§ 3. Recomenda-se insistentemente aos canônico, com idênticos efeitos, a
administradores que preparem cada legislação civil, geral ou especial, do
ano a previsão orçamentária das
entradas e saídas; o direito particular território, sobre contratos e pagamentos,
pode prescrevê-la e determinar mais no que se refere às coisas sujeitas ao
exatamente o modo como deve ser
apresentada. poder de regime da Igreja, a não ser que
Cân. 1285 Unicamente dentro dos essa legislação seja contrária ao direito
limites da administração ordinária, é ou haja outra determinação do direito
lícito aos administradores, para fins de
piedade e caridade cristã, fazer doação canônico, salva a prescrição do cân.
de bens móveis que não constituam 1547.
parte do patrimônio estável.
Cân. 1291 Para alienar validamente
Cân. 1286 Os
bens que por legítima destinação
administradores de bens:
constituem patrimônio estável de uma
1°- observem exatamente, nas pessoa jurídica pública, e cujo valor
relações de trabalhos, as leis civis
relativas ao trabalho e àvida social; supera a soma definida pelo direito,
2°- dêem a justa e honesta requer-se a licença da autoridade
retribuição, aos que prestam juridicamente competente.
trabalho por contrato, de modo que Cân. 1292 § 1. Salva a prescrição do
lhes seja possível prover as cân. 638 § 3, quando o valor dos bens,
necessidades próprias e de seus cuja alienação se propõe, está entre a
familiares. quantidade mínima e a quantidade
Cân. 1287 § 1. Reprovado qualquer máxima a serem estabelecidas pela
costume contrário, os administradores, Conferência dos Bispos para sua própria
tanto clérigos como leigos, de região, autoridade competente, em se
quaisquer bens eclesiásticos que não tratando de pessoas jurídicas não
estejam legitimamente subtraídos ao sujeitas ao Bispo diocesano, é
poder de regime do Bispo diocesano, determinada pelos próprios estatutos;
são obrigados, por ofício, a prestar caso contrário, a autoridade
contas anualmente ao Ordinário local, competente é o Bispo diocesano com o
que as confie para exame ao conselho consentimento do conselho econômico e
econômico. do colégio dos consultores, bem como
dos interessados. O próprio Bispo
§ 2. Os administradores prestem aos
fiéis conta dos bens por estes diocesano precisa também do
oferecidos à Igreja, de acordo com consentimento deles para alienar bens
normas a serem estabelecidas pelo
direito particular. da diocese.
Cân. 1288 Os administradores não
introduzam nem contestem nenhuma
tiverem sido alienados sem as devidas
§ 2. Tratando-se, porém, de coisas formalidades canônicas previstas, mas
cujo valor supera a soma máxima, de a alienação é cívicamente válida, cabe
ex-votos dados à Igreja, ou de coisas à autoridade competente decidir,
preciosas por seu valor artístico ou ponderando tudo maduramente, se se
histórico, para a alienação válida se deve propor uma ação, e qual, se
requer ainda a licença da Santa Sé. pessoal ou real, por quem e contra
§ 3. Se a coisa a ser alienada for quem, para reivindicar os direitos da
divisível, ao se pedir a licença para a Igreja.
alienação, devem-se declarar as Cân. 1297 Compete àConferência dos
partes anteriormente alienadas; do Bispos, de acordo com as
contrário a licença é nula. circunstâncias locais, estabelecer
§ 4. Quem deve participar na normas sobre a locação de bens
alienação de bens com seu conselho eclesiásticos, principalmente sobre as
ou cons entimento não dê o licenças que se devem obter da
conselho ou consentimento sem competente autoridade eclesiástica.
antes ter sido exatamente informado, Cân. 1298 Se não é algo de mínima
tanto da situação econômica da importância, sem especial licença
pessoa jurídica, cujos bens se querem escrita da autoridade competente não
alienar, quanto das alienações já feitas se devem vender ou alugar bens
anteriormente. eclesiásticos aos próprios
Cân. 1293 § 1. Para a alienação de administradores ou a seus parentes,
bens cujo valor excede a soma até o quarto grau de consangüinidade
mínima fixada, requer-se ainda: ou afinidade.
1°- justa causa, como TÍTULO IV
necessidade urgente, evidente
utilidade, piedade, caridade ou DAS VONTADES PIAS EM GERAL E
outra grave razão pastoral; DAS FUNDAÇÕES PIAS
2°- avaliação escrita da coisa a Cân. 1299 § 1. Quem pode dispor
ser alienada, feita por peritos.
livremente de seus bens por direito
§ 2. Observem-se ainda as outras
cautelas prescritas pela legítima natural e canônico pode deixar seus
autoridade, afim de se evitarem danos bens para causas pias, tanto por ato
àIgreja.
inter vivos , quanto por ato mortis
Cân. 1294 § 1. Ordinariamente não se causa.
pode alienar uma coisa por preço
inferior ao indicado na avaliação.
§ 2. Nas disposições mortis causa
§ 2. O dinheiro recebido pela em favor da Igreja, observem-se as
alienação seja cuidadosamente formalidades do direito c ivil, sendo
investido em favor da Igreja, ou possível; se tiverem sido omitidas,
então prudentemente empregado de devem os herdeiros ser advertidos
acordo com as finalidades da sobre a obrigação que lhes incumbe de
alienação. cumprir a vontade do testador.
Cân. 1295 O que se exige de acordo Cân. 1300 As vontades dos fiéis que
com os cânn. 1291 e 1294, com os doam ou deixam os próprios bens para
quais se devem conformar também os causas pias, por ato inter vivos ou por
estatutos das pessoas jurídicas, seja ato mortis causa, uma vez aceitas
observado, não só na alienação, como legitimamente, sejam cumpridas com
ainda em qualquer negócio, no qual todo o cuidado, mesmo no tocante ao
a situação patrimonial da pessoa modo de administração e destinação
jurídica possa ficar em condição pior. dos bens, salva a prescrição do cân.
Cân. 1296 Se bens eclesiásticos 1301 § 3.
Cân. 1301 § 1. O Ordinário é o executor de, por longo espaço de tempo a ser
de todas as vontades pias mortis causa determinado pelo direito particular,
ou inter vivos . com as rendas anuais celebrar
§ 2. Em virtude desse direito, pode e missas ou realizar outras funções
deve o Ordinário velar, mesmo
mediante a visita, para que sejam eclesiásticas determinadas, ou
cumpridas as vontades pias; a ele conseguir, de outro modo, os fins
devem prestar contas os outros
executores, após cumprir o próprio mencionados no cân. 114 § 2.
encargo.
§ 2. Os bens da fundação pia não
§ 3. Cláusulas contrárias a esse direito
do Ordinário, apostas às últimas autônoma, se forem entregues a uma
vontades, tenham-se por inexistentes. pessoa jurídica sujeita ao Bispo
Cân. 1302 § 1. O fiduciário de bens diocesano, transcorrido o prazo,
entregues para causas pias por ato devem ser destinados ao instituto
inter vivos ou por testamento, informe mencionado no cân. 1274 § 1, salvo se
de seu fideicomisso o Ordinário, outra tiver sido a vontade do fundador
indicando todos os bens móveis e expressamente manifestada; caso
imóveis assim recebidos com os contrário, passam a própria pessoa
respectivos ônus; caso o doador lhe jurídica.
tenha expresse terminantemente Cân. 1304 § 1. Para que uma fundação
proibido isso, não aceite o fideicomisso. possa ser aceita validamente por uma
§ 2. O ordinário deve exigir que os pessoa jurídica, requer-se a licença
bens fiduciários sejam colocados com escrita do Ordinário; este não a dê
segurança e velar pela execução da
vontade pia de acordo com o cân. antes de constatar legitimamente que a
1301.
pessoa pode satisfazer ao novo ônus e
§ 3. Para os bens fiduciários entregues aos outros já anteriormente assumidos;
a algum membro de instituto religioso cuide principalmente que as rendas
ou de sociedade de vida apostólica, se correspondam totalmente aos ônus
esses bens são destinados para o assumidos, segundo o costume de cada
lugar ou diocese, ou seus moradores, lugar ou região.
ou para ajudar causas pias, o § 2. Sejam estabelecidas pelo direito
Ordinário mencionado nos §§ 1 e 2 é o particular outras condições para a
constituição e aceitação de fundações.
Ordinário local; caso contrário, é o
Superior maior num instituto clerical de Cân. 1305 Dinheiro e bens móveis,
direito pontifício e em sociedades entregues a título de dote, sejam sem
clericais de vida apostólica de direito demora depositados em lugar seguro,
pontifício; ou, nos outros institutos a ser aprovado pelo Ordinário, a fim de
religiosos, o Ordinário próprio do que se conservem tal dinheiro ou o valor
membro do instituto. dos bens móveis e quanto antes,
Cân. 1303 § 1. No direito chamam- segundo o juízo prudente do Ordinário,
se fundações pias: ouvidos os interessados e o próprio
conselho econômico próprio, sejam
1° - as fundações pias cautelosa e vantajosamente investidos
autônomas , isto é, para proveito da mesma fundação,
universalidades de bens destinadas mencionando-se expressa e
aos fins mencionados no cân. 114 detalhadamente o ônus.
§ 2, e erigidas pela competente Cân. 1306 § 1. As fundações, mesmo
autoridade eclesiástica como quando feitas de viva voz, sejam
pessoa jurídica; consignadas por escrito.
2° - as fundações pias não § 2. Um exemplar dos documentos
autônomas , isto é, bens temporais seja cuidadosamente
entregues de qualquer modo a uma
pessoa jurídica pública como ônus
conservado no arquivo da cúria, outro Cân. 1310 § 1. Somente por causa
no arquivo da pessoa jurídica a quem justa e necessária, pode ser feita a
é atribuída a fundação.
Cân. 1307 § 1. Observadas as redução, diminuição e comutação de
prescrições dos cân. 1300, 1302 e disposições da vontade dos fiéis, em
1287, redija-se um elenco dos ônus favor de causas pias, se o fundador
derivantes de fundações pias, e se
afixe em lugar visível, a fim de que as tiver expressamente concedido esse
obrigações não caiam no poder ao Ordinário.
esquecimento.
§ 2. Além do livro mencionado no cân. § 2. Se a execução dos ônus
958 § 1, conserve- se outro livro em impostos se tenha tornado impossível,
mãos do pároco ou do reitor, no qual
se anote cada ônus, com seu sem culpa dos administradores, pela
cumprimento e seus estipêndios. diminuição das rendas ou por outra
Cân. 1308 § 1. A redução de ônus de causa, o Ordinário, ouvidos os
missas, que só se pode fazer por
causa justa e necessária, é interessados e seu conselho
reservada à Sé Apostólica, salvas as econômico próprio, e respeitada do
prescrições seguintes.
melhor modo possível a vontade do
§ 2. Se está expressamente previsto fundador, poderá com eqüidade diminuir
no documento de fundação, o tais ônus, exceto a redução de missas,
Ordinário pode reduzir o ônus de que é regida pelas prescrições do cân.
missas por causa da diminuição de 1308.
rendas.
§ 3. Nos outros casos, deve-se
§ 3. Em razão da diminuição das recorrer àSé Apostólica.
rendas e enquanto perdurar a causa,
compete ao Bispo diocesano o poder LIVRO VI
de reduzir as missas dos legados ou DAS SANÇÕES
de quaisquer fundações, que tenham
rendas autônomas, a proporção da NA IGREJA
espórtula legitimamente em vigor na
I PARTE
diocese, contanto que não haja
ninguém obrigado a providenciar o DOS DELITOS E DAS PENAS EM
GERAL
aumento das espórtulas e que possa
ser eficazmente forçado a isso. TÍTUL
OI
§ 4. Cabe a ele o poder de reduzir os
ônus ou os legados de missas que DA PUNIÇÃO DOS DELITOS EM
oneram um instituto eclesiástico, se as GERAL
rendas se tenham tornado Cân. 1311 A Igreja tem o direito nativo
insuficientes para a adequada e próprio de punir com sanções penais
os fiéis delinqüentes.
consecução da finalidade própria do
instituto. Cân. 1312 § 1. São sanções
penais na Igreja:
§ 5. Tem os mesmos poderes
mencionados nos §§ 3 e 4 o supremo 1° - as penas medicinais ou censura
Moderador de um instituto religioso mencionadas nos cân. 1331-1333;
clerical de direito pontifício. 2° - as penas expiatórias
Cân. 1309 As mesmas autoridades mencionadas no cân. 1336.
mencionadas no cân. 1308 compete § 2. A lei pode estabelecer outras
também o poder de transferir, por penas expiatórias, que privem o fiel de
causa proporcionada, os ônus de algum bem espiritual ou temporal e
missas para dias, igrejas ou altares sejam conformes ao fim sobrenatural
diversos dos previstos nas da Igreja.
fundações.
delitos dolosos que, ou possam ser
§ 3. Além disso, empregam-se causa de escândalo mais grave, ou não
remédios penais e penitências; aqueles se possam punir eficazmente com penas
principalmente para prevenir delitos, ferendae sententiae; não estabeleça
estas de preferência para substituir ou porém, censuras, e principalmente
aumentar a pena. excomunhão, a não ser com máxima
TÍTULO II moderação e só para delitos mais
graves.
DA LEI E PRECEITO PENAL
Cân. 1319 § 1. Em virtude do poder de
Cân. 1313 § 1. Se a lei for modificada regime no foro externo, na medida em
que alguém pode impor preceitos,
depois de cometido o delito, deve-se igualmente pode cominar, por preceito,
aplicar a lei mais favorável ao réu. penas determinadas, com exceção de
penas expiatórias perpétuas.
§ 2. Se lei posterior suprimir a lei ou § 2. Não se imponha um preceito penal,
a pena, esta cessa imediatamente. a não ser depois de madura ponderação
Cân. 1314 O mais das vezes, a pena é e observadas as normas estabelecidas
ferendae sententiae, não atingindo o nos cân. 1317 e 1318 a respeito das leis
réu, a não ser depois de infligida; é particulares.
latae sententiae, quando nela o
estabelecem expressamente. Cân. 1320 Os religiosos podem ser
Cân. 1315 § 1. Quem tem poder punidos pelo Ordinário local em todas as
legislativo pode também dar leis penais; coisas em que estão sujeitos a ele.
pode ainda, mediante lei sua, TÍTULO III
acrescentar uma pena adequada à lei
divina ou à lei eclesiástica dada por DO SUJEITO PASSÍVEL DE
autoridade superior, respeitados porém SANÇÕES PENAIS
os limites da própria competência em Cân. 1321 § 1. Ninguém é punido, a não
razão de território ou de pessoas. ser que a violação externa da lei ou do
§ 2. A própria lei pode determinar a preceito, por ele cometida, lhe seja
pena ou deixar sua determinação gravemente imputável por dolo ou por
àprudente ponderação do Juiz.
culpa.
§ 3. Uma lei particular pode também
acrescentar novas penas àquelas já § 2. Incorre na pena estabelecida pela
fixadas por uma lei universal para lei ou pelo preceito quem
determinado delito; isso, porém, não se deliberadamente violou a lei ou o
deve fazer, senão por gravíssima preceito; mas não é punido quem o fez
necessidade. E se a lei universal por omissão da devida diligência, salvo
cominar uma pena indeterminada ou determinação contrária da lei ou do
facultativa, no lugar desta a lei preceito.
particular pode também fixar uma pena § 3. Praticada a violação externa,
determinada ou obrigatória. presume-se a imputabilidade, a não ser
Cân. 1316 Os Bispos diocesanos, se que apareça o contrário.
empenhem para que, na medida do
possível, sejam dadas leis penais Cân. 1322 Os que não têm
uniformes, numa mesma cidade ou habitualmente uso da razão, mesmo
região, caso se façam necessárias. que tenha violado a lei ou o preceito
quando pareciam sadios, consideram-se
Cân. 1317 As penas sejam dadas incapazes de delito.
somente na medida em que se tornem
verdadeiramente necessárias para
melhor assegurar a disciplina
eclesiástica. A pena de demissão do
estado clerical, porém, não pode ser
fixada por lei particular.
Cân. 1318 O legislador não comine
penas latae sententiae, a não ser
eventualmente para determinados
da mente e o consentimento da
Cân. 1323 Não é passível de vontade; contanto que a paixão não
nenhuma pena, ao violar lei ou o tenha sido voluntariamente excitada
preceito; 1° - quem ainda não ou alimentada;
completou dezesseis anos de idade;
4° - por um menor que já completou
2° - quem, sem sua culpa, ignorava dezesseis anos de idade;
estar violando uma lei ou um preceito;
a inadvertência e o erro equiparam- 5° - por alguém que foi coagido por
se à ignorância; medo grave, mesmo que só
relativo, ou por necessidade, ou
3° - quem agiu por violência física ou por grave incômodo, se o delito
por caso fortuito, que não pode prever for intrinsicamente mau ou
ou, se previu, não pôde remediar; redundar dano das almas;
4° - quem agiu forçado por medo 6° - por alguém que agiu em
legítima defesa contra injusto
grave, embora relativo, ou por agressor seu ou de outros, mas não
necessidade, ou por grave incômodo, manteve a devida moderação;
a não ser que se trate de ato 7° - contra alguém que usou de
provocação grave e injusta;
intrinsecamente mau ou que redunde
em dano das almas; 8° - por alguém que, por erro, mas
por culpa sua, julgou haver alguma
5° - quem agiu em legítima defesa
das circunstâncias mencionadas no
contra injusto agressor seu ou de
cân. 1323, nº 4 ou 5;
outros, mantendo a devida
9° - por alguém que, sem culpa,
moderação; ignorava haver uma pena anexa
6° - quem não tinha uso da razão, àlei ou ao preceito;
salvas as prescrições dos cân. 1324, 10° - por alguém que agiu sem
§ 1, n. 2, e 1325;
plena imputabilidade, contanto que
7° - quem sem culpa, julgou haver
esta tenha permanecido grave.
alguma das circunstâncias
§ 2. O juiz pode agir do mesmo modo,
mencionadas nos ns. 4 ou 5. se houver alguma outra circunstância
que diminua a gravidade do delito.
Cân. 1324 § 1. O autor da violação
não se exime da pena, mas a pena § 3. Nas circunstancias mencionadas
estabelecida pela lei ou pelo preceito no § 1, o réu não incorre em penas
deve ser mitigada ou substituída por latae sentenciae.
uma penitência, se o delito foi Cân. 1325 A ignorância crassa, supina
cometido: ou afetada nunca pode ser levada em
1° - por quem só parcialmente conta na aplicação das prescrições dos
possuía o uso da razão; 2° - por cân. 1323 e 1324; igualmente, a
alguém que não estava no uso da embriaguez ou outras pertubações
razão por mentais, caso provocadas
causa embriaguez ou por outra propositalmente para praticar o delito
perturbação mental
semelhante, a qual ou dele escusar, bem como a paixão
tivesse sido culpável; voluntariamente excitada ou alimentada.
3° - por forte ímpeto de paixão, Cân. 1326 § 1. O juiz pode punir mais
que não tenha precedido e gravemente do que estabelece a lei ou
o preceito:
totalmente impedido a deliberação
dignidade ou quem abusou da
1° - quem, após a condenação ou a autoridade ou do ofício para praticar
o delito;
declaração da pena, persistir em
delinqüir, de tal modo que, pelas 3° - o réu que, estando fixada uma
circunstâncias, se possa pena para determinado delito
prudentemente deduzir sua culposo, previu o acontecimento e,
pertinácia na má vontade; não obstante, nada fez para evitar o
2° - quem é constituído em alguma delito, como o teria feito qualquer
pessoa diligente. penas ferendae sententiae.
§ 2. Nos casos mencionados no § 1, se Cân. 1330 O delito que consiste numa
a pena constituída for latae sententiae,
pode-se acrescentar outra pena ou declaração, ou em outra manifestação
penitência. de uma vontade, de doutrina ou de
Cân. 1327 A lei particular pode conhecimento, não se considera
estabelecer outras circunstâncias consumado, caso essa declaração ou
escusantes, atenuantes ou agravantes, manifestação não seja percebida por
além dos casos mencionados nos cân. ninguém.
1323-1326, quer por norma geral, quer TÍTULO
para cada delito em particular. IV
Igualmente, podem- se estabelecer no
preceito circunstâncias que eximam DAS PENAS E OUTRAS
das penas fixadas por preceito, PUNIÇÕES
atenuem ou agravem. Capítulo I
Cân. 1328 § 1. Quem fez ou omitiu
Das
alguma coisa para cometer um delito e,
no entanto, independentemente da sua Censuras
vontade, não consumou o delito não
incorre na pena estabelecida para o Cân. 1331 § 1. Ao
delito consumado, salvo determinação excomungado proíbe-se:
contrária da lei ou preceito. 1°- ter qualquer participação
ministerial na celebração do sacrifício
§ 2. Mas, se forem atos ou omissões da Eucaristia ou em quaisquer outras
que por sua natureza conduzem cerimônias de culto;
àexecução do delito, o autor pode ser 2°- celebrar sacramentos ou
punido com penitências ou remédios sacramentais e receber os
penais, a não ser que sacramentos;
espontaneamente tenha desistido da
execução já iniciada do delito. Se, 3°- exercer quaisquer ofícios,
porém, tiver havido escândalo, outro ministérios ou encargos eclesiásticos
grave dano ou perigo, o autor, mesmo ou praticar atos de regime; § 1. Se
que tenha desistido espontaneamente, contra o autor principal forem
pode ser punido com justa pena, mais constituídas penas ferendae
leve porém que a prevista para o delito sententiae, aqueles que com acordo
consumado. comum de delinqüir concorrem para o
delito, mas não são expressamente
Cân. 1329 § 1. Se contra o autor nomeados na lei ou no preceito,
principal forem constituídas penas estão sujeitos às mesmas penas ou a
ferendae sententiae, aqueles que com outras de igual ou menor gravidade.
acordo comum de delinqüir concorrem
para o delito, mas não são
expressamente nomeados na lei ou no
preceito, estão sujeitos às mesmas
penas ou a outras de igual ou menor
gravidade.
§ 2. Na pena latae sententiae, anexa
ao delito incorrem os cúmplices não
nomeados na lei ou no preceito, se,
sem sua atividade, o delito não teria
sido praticado e a pena seja de tal
natureza que os possa atingir; do
contrário, podem ser punidos com
§ 2. Se a excomunhão tiver sido suspenso, se a pena for latae
sententiae.
imposta ou declarada, o réu: 1° -
§ 4. A suspensão que proíbe perceber
se pretende agir contra a
frutos, estipêndios, pensão ou
prescrição do § 1, n. 1, semelhantes implica a obrigação de
deve ser afastado, ou então deve
ser suspensa a ação litúrgica, a restituir tudo o que tenha sido percebido
não ser que grave causa o ilegitimamente, ainda que de boa fé.
impeça;
2° - pratica invalidamente os atos Cân. 1334 § 1. Dentro dos limites
de regime que de acordo com o § estabelecidos pelo cânon precedente, o
1, n. 3, são ilícitos;
âmbito da suspensão é determinado
3° - fica proibido de gozar dos
privilégios anteriormente pela própria lei ou preceito, ou também
concedidos; sentença ou decreto com que se inflige
4° - não pode conseguir a pena.
validamente dignidade, ofício ou § 2. Uma lei, mas não um preceito,
qualquer outro encargo na Igreja; pode estabelecer uma suspensão latae
5° - não percebe os frutos de sententiae sem nenhuma determinação
dignidade, ofício, encargo ou ou limite; entretanto essa pena tem
pensão que tenha na Igreja.
todos os efeitos mencionados no cân.
Cân. 1332 O inteditado fica sujeito às 1333, § 1.
proibições mencionadas no cân. 1331,
§ 1, nº 1 e se o interdito Cân. 1335 Se a censura proíbe a
celebração dos sacramentos ou dos
Cân. 1333 § 1. A suspensão, que só
pode atingir a clérigos, proíbe: sacrametais, ou a prática de ato de
regime, a proibição se suspende todas
1° - todos ou alguns atos do
as vezes que isto seja necessário para
poder de ordem; 2° - todos atender a fiés que se encontrem em
perigo de morte; se a censura latae
ou alguns atos do poder de sententiae não tiver sido declarada, a
proibição é suspensa sempre que um
regime;
fiel pede um sacramento, um
3° - o exercício de todos ou de sacramental ou ato de regime; esse
alguns direitos ou
funções pedido é lícito por qualquer causa
inerentes ao justa.
ofício.
Capítulo II
§ 2. Na lei ou no preceito pode-se
estabelecer que o suspenso não DAS PENAS EXPIATÓRIAS
possa praticar validamente atos de Cân. 1336 § 1. As penas expiatórias,
regime, após a sentença condenatória que podem atingir o delinqüente
ou declaratória. perpetuamente, por tempo
§ 3. A proibição preestabelecido ou por tempo
nunca atinge: indeterminado, além de outras que a
1° - ofícios ou poder de regime, lei tenha eventualmente constituído,
que não dependam do poder são as seguintes:
superior que inflige a pena;
1° - proibição ou obrigação de
2° - o direito à moradia, se o réu morar em determinado lugar ou
o tem em razão do ofício; território;
3° - o direito de administrar os
bens que pertençam 2° - privação de um poder, ofício,
eventualmente ao ofício do encargo, direito,
3° - proibição de exercer o que é
privilégio, faculdade, graça, título mencionado no n. 2, ou proibição de
ou insígnia, mesmo meramente exercerem determinado lugar ou
honorífica; também fora de determinado lugar;
essas proibições, porém, nunca são
sob pena de nulidade; maneira conveniente às peculiares
4° - transferência penal condições da pessoa e do fato, aquele
de cujo procedimento se origine
para outro ofício; 5° - escândalo ou grave pertubação da
demissão do estado ordem.
§ 3. Da advertência e da repreensão,
clerical. deve sempre constar ao menos em
algum documento que seja conservado
no arquivo secreto da cúria.
§ 2. Só podem ser penas latae
Cân. 1340 § 1. A penitência, que se
sententiae as penas mencionadas no § pode impor no foro externo, consiste
1, n. 3. em alguma obra de religião, piedade ou
caridade, a ser realizada.
Cân. 1337 § 1. A proibição de morar em § 2. Nunca se imponha uma penitência
determinado lugar ou território pode
pública por transgressão oculta.
atingir clérigos ou religiosos; a
obrigação de morar pode atingir a § 3. O Ordinário pode prudentemente
acrescentar penitências ao remédio penal
clérigos seculares e, dentro dos limites da advertência ou da repreensão.
das constituições, a religiosos. TÍTULO V
§ 2. Para impor a obrigação de morar DA APLICAÇÃO DAS PENAS
em determinado lugar ou território, deve
haver o consentimento do Ordinário Cân. 1341 O Ordinário só se
desse lugar, a não ser que se trate de decida a promover o procedimento
casa destinada para penitência e judicial ou administrativo para infligir ou
correção de clérigos também extra declarar penas, quando vir que nem com
diocesanos. a correção fraterna, nem com a
repreensão, nem através de outras vias
Cân. 1338 § 1. As privações e de solicitude pastoral, se pode reparar
proibições mencionadas no cân. 1336, suficientemente o escândalo,
§ 1, nº 2 e 3, nunca atingem os restabelecer a justiça e corrigir o réu.
poderes, ofícios, encargos, direitos,
Cân. 1342 § 1. Sempre que causas
privilégios, faculdades, graças, títulos, justas impedirem que se faça o processo
insígnias, que não estejam sob o poder judicial, a pena pode ser infligida ou
declarada por decreto extrajudicial; mas
do Superior que impõe pena. remédios penais e
§ 2. Não se pode infligir a privação do
poder de ordem, mas somente a
proibição de exercê-la ou praticar
alguns atos; igualmente, não se pode
infligir a privação de graus
acadêmicos.
§ 3. A respeito das proibições
mencionadas no cân. 1336, § 1,
n. 3, deve-se observar a norma
dada no cân. 1335 para as censuras.
Capítulo III
DOS REMÉDIOS PENAIS E
DAS PENITÊNCIAS
Cân. 1339 § 1. O Ordinário pode
advertir, pessoalmente ou por outros,
quem se encontra em ocasião próxima
de cometer um delito, ou quem, após
a investigação, for gravemente
suspeito de tê-lo cometido.
§ 2. Pode também repreender, de
penitências podem ser aplicados por Cân. 1345 Sempre que o delinqüente
decreto em qualquer caso. só tiver o uso imperfeito da razão, ou
§ 2. Por decreto não se podem tiver cometido o delito por medo,
impor ou declarar penas perpétuas; necessidade, ímpeto de paixão, em
nem penas que a lei ou preceito,
que as fixa, proíbe aplicar por estado de embriaguez ou em outra
decreto. semelhante perturbação mental, o juiz
§ 3. O que se diz na lei ou no preceito pode também abster-se de impor
sobre o juiz, no que se refere à qualquer punição, se julgar que se
aplicação ou declaração da pena em pode, doutro modo, assegurar melhor a
juízo, deve ser aplicado ao Superior emenda do réu.
que infligir ou declarar uma pena por Cân. 1346 Sempre que o réu tiver
decreto extrajudicial, a não ser que cometido vários delitos, se parecer
conste o contrário ou se trate de excessiva a acumulação de penas
prescrições referentes só ao modo de ferendae sententiae, deixa-se ao
proceder. prudente arbítrio do juiz moderar as
Cân. 1343 Se a lei ou preceito faculta penas dentro dos limites da eqüidade.
ao juiz aplicar ou não a pena, o juiz Cân. 1347 § 1. Não se pode impor
pode também, segundo sua validamente uma censura, a não ser
consciência e prudência, atenuar a que antes o réu tenha sido ao menos
pena ou, em seu lugar, impor uma uma vez advertido a deixar sua
penitência. contumácia, dando-se a ele tempo
Cân. 1344 Mesmo que a lei use de conveniente para arrepender-se.
palavras preceptivas, o juiz, segundo
sua consciência, pode: § 2. Deve-se considerar que
1° - diferir a imposição da pena abandonou sua contumácia o réu que
para tempo mais oportuno, se da se tiver arrependido do delito e que,
precipitada punição do réu se além disso, tiver reparado
prevejam males maiores; convenientemente os danos e o
escândalo, ou ao menos o tiver
2° - abster-se de impor a pena, ou seriamente prometido.
impor pena mais leve, ou impor
uma penitência, se o réu se tiver Cân. 1348 Quando o réu é absolvido da
corrigido ou tiver reparado o acusação ou não se impõe a ele
escândalo, ou se ele já tiver sido nenhuma pena, o Ordinário pode tomar
suficientemente punido pela medidas úteis a ele ou ao bem público,
autoridade civil, ou se preveja que mediante oportunas advertências e por
será; outros cami nhos de sua solicitude
pastoral, ou mesmo através de
3° - suspender a obrigação de remédios penais, se o caso o exigir.
cumprir a pena expiatória, se o réu
tiver delinqüido pela primeira vez Cân. 1349 Se a pena é indeterminada e
depois de uma vida louvável e não a lei não estabelece o contrário, o juiz
haja necessidade urgente de não imponha penas mais graves,
reparar o escândalo; se o réu, principalmente censuras, a não ser que
porém, dentro do tempo a gravidade do caso o exija
determinado pelo juiz, delinqüir peremptoriamente; mas não pode
novamente, deve expiar a pena impor penas perpétuas.
devida por ambos os delitos, a Cân. 1350 § 1. Na imposição de penas a
não ser que, nesse ínterim, já um clérigo, sempre se devem tomar
tenha decorrido o tempo de medidas para que não lhe falte o
prescrição da ação penal referente necessário para seu honesto sustento;
ao primeiro delito. a não ser que se trate de demissão
do estado clerical. § 2. Contudo o Ordinário cuide de
prover, do modo mais
acha o delinqüente, consultando,
conveniente possível, àquele que foi porém, o Ordinário mencionado no
demitido do estado clerical que, em n. 1, salvo impossibilidade por
razão da pena, esteja realmente circunstâncias extraordinárias.
passando necessidade.
Cân. 1351 A pena obriga o réu em § 2. Se não for reservada à Sé
todos os lugares, mesmo cessado o Apostólica, o Ordinário pode remitir a
direito daquele que a estabeleceu ou pena latae sententiae, estabelecida por
infligiu, salvo determinação expressa
em contrário. lei ainda não declarada, aos próprios
Cân. 1352 § 1. Se a pena proíbe súditos e aos que estão no seu
receber sacramentos ou sacramentais, território, ou aí tiverem cometido o delito;
a proibição se suspende enquanto o
réu se encontra em perigo de morte. isso também pode qualquer Bispo, mas
no ato da confissão sacramental.
§ 2. A obrigação de observar pena
latae sententiae, que não tenha sido Cân. 1356 § 1. Podem remitir uma pena
declarada nem seja notória no lugar ferendae ou latae sententiae, constituída
onde se encontra o delinqüente, por preceito que não tenha sido dado
suspende-se, total ou parcialmente, na pela Sé Apostólica:
medida em que o réu não possa 1° - o Ordinário do lugar onde se
observá-la, sem perigo de grave encontra o delinqüente; 2° - se a
escândalo ou infâmia. pena foi infligida ou declarada,
Cân. 1353 A apelação ou recurso também o
contra sentenças judiciais ou decretos Ordinário que tiver promovido o
que imponham ou declarem que juízo para infligir ou
qualquer pena, tem efeito suspensivo. declarar a pena, ou que mediante um
decreto a infligiu ou declarou,
TÍTULO VI pessoalmente ou por outros.
DA CESSAÇÃO § 2. Antes da remissão de pena, deve-se
DAS PENAS consultar o autor do preceito, salvo
Cân. 1354 § 1. Além daqueles que são impossibilidade por circunstâncias
mencionados nos cân. 1355-1356, extraordinárias.
todos os que podem dispensar da lei Cân. 1357 § 1. Salvas as prescrições
penal ou eximir do preceito que dos cân. 508 e 976, o confessor pode
comina uma pena podem também remitir, no foro interno sacramental, a
remitir a mesma pena. censura latae sententiae, não-declarada,
§ 2. Além disso, a lei ou o preceito que de excomunhão ou de interdito, se for
estabelece uma pena pode dar a outros duro para o penitente permanecer em
o poder de remiti-la. estado de pecado grave pelo tempo
necessário para que o Superior
§ 3. Se a Sé Apostólica tiver competente tome providências.
reservado a si ou a outros a remissão
da pena, a reserva deve ser § 2. Ao conceder a remissão, o
interpretada estritamente. confessor imponha ao penitente a
Cân. 1355 § 1. Podem remitir uma obrigação de recorrer, dentro de um
pena estabelecida por lei, uma vez mês, sob pena de reincidência, ao
infligida ou declarada, contanto que Superior competente ou a um
não seja reservada àSé Apostólica:
1° - o Ordinário que promoveu o
juízo para infligir ou declarar a
pena, ou que mediante decreto a
infligiu ou declarou, pessoalmente
ou por outros;
2° - o Ordinário do lugar em que se
sacerdote munido de faculdade, e de Cân. 1361 § 1. A remissão pode
também ser dada para um ausente ou
submeter-se a suas determinações; sob condição.
nesse interím, imponha uma § 2. A remissão no foro externo seja
penitência adequada e, se urgir, dada por escrito, a não ser que uma
causa grave aconselhe o contrário.
também a reparação do escândalo e
§ 3. Deve-se cuidar para que o
do dano. O recurso porém pode ser pedido de remissão ou a própria
feito também por meio do confessor, remissão não sejam divulgados, a não
ser enquanto isto seja útil para proteger
sem menção do nome. a fama do réu ou necessário para
reparar o escândalo.
§ 3. Têm a mesma obrigação de
Cân. 1362 § 1. A ação criminal
recorrer, depois de sarar, os que de extingue-se por prescrição em três
acordo com o cân. 976 foram anos, a não ser que se trate:
absolvidos de uma censura infligida, 1° - de delitos reservados à
declarada ou reservada àSé Congregação para a Doutrina da
Apostólica. Fé;
Cân. 1358 § 1. A ação criminal 2° - de ação por um dos delitos
mencionados nos cân. 1394, 1397,
extingue-se por prescrição em três 1398, a qual prescreve em cinco
anos, a não ser que se trate: anos;
1°- de delitos reservados 3° - de delitos que não são
àCongregação para a Doutrina da punidos pelo direito universal, se a
Fé;
lei particular determine outro prazo
2°- de ação por um dos delitos de prescrição.
mencionados nos cân. 1394,
1397,1398, a qual prescreve em § 2. A prescrição decorre desde o dia
cinco anos; em que foi cometido o delito ou, se o
delito for permanente ou habitual,
3°- de delitos que não são punidos
pelo direito universal, se a lei desde o dia em que cessou.
particular determine outro prazo
de prescrição. § Cân. 1363 § 1. Se dentro dos prazos
1. A remissão da censura mencionados no cân. 1362, a serem
não pode ser dada senão ao
delinqüente que tenha deixado a contados desde o dia em que a
própria contumácia, de acordo com sentença condenatória tiver passado
o cân. 1347, § 2; mas não pode
ser negada àquele que a tiver em julgado, o decreto executório do
deixado. juiz, mencionado no cân. 1651, não for
§ 2. Quem remite uma censura pode notificado ao réu, a ação para execução
proceder de acordo com o cân. 1348, da pena extingue-se por prescrição.
ou também impor uma penitência. § 2. O mesmo vale, observado o que
se deve observar, se a pena for infligida
Cân. 1359 Se alguém tiver incorrido por decreto extrajudicial.
em várias penas, a remissão vale só II PARTE
para as penas nela expressas;
entretanto a remissão geral elimina DAS PENAS PARA
todas as penas, exceto aquelas que o CADA DELITO TÍTULO I
réu ocultou de má-fé no seu pedido.
DOS DELITOS CONTRA A
Cân. 1360 A remissão da pena, RELIGIÃO E A UNIDADE DA IGREJA
extorquida por medo grave, é nula.
n. 1, 2 e 3.
Cân. 1364 § 1. O apóstata da fé, o
herege ou o cismático incorre em § 2. Se a prolongada contumácia ou a
excomunhão latae sententiae, salva a gravidade do escândalo o exige, podem-
prescrição do cân. 194, § 1, n. 2; além se acresentar outras penas, não
disso, o clérigo pode ser punido com as excetuada a demissão do estado
penas mencionadas no cân. 1336, § 1, clerical.
Cân. 1365 O réu da comunicação in Cân. 1371 Seja punido
sacris proibida seja punido com justa
pena. com justa pena:
Cân. 1366 Os pais ou quem faz as 1° - aquele que, além do caso
suas vezes, que confiam seus filhos
para serem batizados ou educados em mensionado no cân. 1364,
religião a católica, sejam punidos com § 1, ensina doutrina condenada pelo
censura ou com outra justa pena. Romano Pontífice
ou pelo Concílio Ecumênico ou com
Cân. 1367 Quem joga fora as espécies pertinácia rejeita a doutrina
consagradas ou as subtrai ou conserva mencionada no cân. 752, e,
advertido pela Sé Apostólica, ou pelo
para fim sacrílego incorre em Ordinário, não se retrata;
excomunhão latae sententiae reservada 2° - aquele que, de outro modo, não
àSé Apostólica; além disso, o clérigo obedece a legítima ordem ou
pode ser punido com outra pena, não proibição da Sé Apostólica, do
excluída a demissão do estado clerical. Ordinário ou do Superior e, depois
Cân. 1368 Se alguém, declarando ou de advertência, persiste na
prometendo alguma coisa diante de
autoridade eclesiástica, comete desobediência. (Redação original)
perjúrio, seja punido com justa pena.
Cân. 1371 — Seja punido
Cân. 1369 Quem, em público com justa pena:
espetáculo ou reunião, ou em escrito
publicamente divulgado, ou usando por 1) quem, fora do caso previsto
outro modo dos meios de comunicação no cân. 1364 § 1, ensinar uma
social, profere blasfêmia ou ofende doutrina condenada pelo Romano
gravemente os bons costumes, ou, Pontífice ou pelo Concílio Ecuménico,
contra a religião ou a Igreja, profere ou rejeitar com pertinácia a doutrina
injúrias ou excita o ódio ou o desprezo, referida no cân. 750 § 2 ou no cân.
seja punido com justa pena. 752, e, admoestado pela Sé
Apostólica ou pelo Ordinário, não se
TÍTULO II retratar;
DOS DELITOS CONTRA AS 2) quem, por outra forma, não
AUTORIDADES ECLESIÁSTICAS E obedecer àSé Apostólica, ao
CONTRA A LIBERDADE DA Ordinário ou ao Superior quando
IGREJA legitimamente mandam ou proíbem
Cân. 1370 § 1. Quem usa de violência alguma coisa, e, depois de
física contra o Romano Pontífice incorre avisado, persistir na desobediência.
em excomunhão latae sententiae (Redação dada pela Carta
reservada à Sé Apostólica, e, se for Apostólica sob a forma de Motu
clérigo, conforme a gravidade do delito, Próprio Ad Tuendam Fidem de 18
a essa pode-se acrescentar outra pena, de maio de 1998).
não excluída a demissão do estado Cân. 1372 Quem recorre ao Concílio
clerical. Ecumênico ou ao
§ 2. Quem assim age contra pessoas
revestida de caráter episcopal incorre
em interdito latae sententiae e, se for
clérigo, também em suspensão latae
sententiae.
§ 3. Quem usa de violência física
contra clérigo ou religioso por desprezo
à fé, à Igreja, ao poder eclesiástico
ou ao ministério seja punido com
censura.
Colégio dos Bispos contra algum ato 2° - aquele que, exceto o caso
do Romano Pontífice seja punido com mencionado no § 1,não podendo
justa pena. dar validamente a absolvição
Cân. 1373 Quem excita publicamente sacramental, tenta dá-la ou ouve
aversão ou ódio dos súditos contra a confissão sacramental.
Sé Apostólica ou contra o Ordinário, § 3. Nos casos mencionados no § 2,
em razão de algum ato de poder ou conforme a gravidade do delito, podem-
se acrescentar outras penas, não
ministério eclesiástico, ou incita os excluída a excomunhão.
súditos à desobediência a eles, seja Cân. 1379 Quem, além dos casos
punido com interdito ou com outras mencionados no cân. 1378, simula a
justas penas. administração de um sacramento seja
punido com justa pena.
Cân. 1374 Quem se inscreve em Cân. 1380 Quem celebra ou recebe
alguma associação que maquina um sacramento por simonia seja
punido com interdito ou com
contra a Igreja seja punido com justa suspensão.
pena; e quem promove ou dirige uma Cân. 1381 § 1. Quem quer que usurpe
dessas associações seja punido com um ofício eclesiástico, seja punido com
justa pena.
interdito.
§ 2. Equiparando-se àusurpação a
Cân. 1375 Quem impede a liberdade retenção ilegítima após a privação ou a
cessação do encargo.
de ministério, de eleição, de poder
eclesiástico, o uso legítimo dos bens Cân. 1382 O Bispo que, sem o
sagrados ou de outros bens mandato pontíficio, confere a alguém a
eclesiásticos, atemoriza o eleitor ou consagração episcopal e, igualmente,
quem exerceu algum poder ou quem dele recebe a consagração
ministério eclesiástico pode ser incorrem em excomunhão latae
punido com justa pena. sententiae reservada àSé Apostólica.
Cân. 1376 Quem profana coisa Cân. 1383 O Bispo que, contra a
sagrada, móvel ou imóvel, seja punido prescrição do cân. 1015, ordenou
com justa pena. súdito alheio sem as legítimas cartas
dimissórias fica proibido por um ano de
Cân. 1377 Quem aliena bens
eclesiásticos sem a licença prescrita, conferir ordem. E quem recebeu a
seja punido com justa pena. ordenação fica suspenso ipso facto da
TÍTULO III ordem recebida.
DA USURPAÇÃO DE CARGOS Cân. 1384 Além dos casos
ECLESIÁSTICOS E DOS DELITOS
NO SEU EXERCÍCIO mencionados nos cân. 1378-1383,
quem exerce ilegitimamente uma
Cân. 1378 § 1. O sacerdote que age
função sacerdotal ou outro ministério
contra a prescrição do cân. 977 incorre
sagrado pode ser punido com justa
em excomunhão latae sententiae
pena.
reservada à Sé Apostólica.
Cân. 1385 Quem ilegitimamente aufere
§ 2. Incorre em interdito latae lucro de espórtulas de missas seja
sententiae e, se for clérigo, em punido com censura ou outra justa
suspensão: pena.
1° - aquele que, não promovido à Cân. 1386 Quem dá ou promete
ordem sacerdotal, tenta celebrar a alguma coisa para que alguém, que
ação litúrgica do Sacrifício exerce cargo na Igreja, faça ou omita
eucarístico; algo ilegitimamente, seja punido com
justa pena; do mesmo modo,
com pretexto de confissão, solicita o
quem aceita essas dádivas penitente para um pecado contra o sexto
ou promessas. mandamento do Decálogo seja punido,
Cân. 1387 O sacerdote que, no ato da conforme a gravidade do delito, com
confissão, por ocasião de confissão ou suspensão, proibições, privações e, nos
casos mais graves, seja demitido do DEVERES ESPECIAIS
estado clerical. Cân. 1392 Os clérigos e religiosos que
Cân. 1388 § 1. O confessor que viola exercem atividade de comércio ou
diretamente o sigilo sacramental incorre negociação, contra as prescrições dos
em excomunhão latae sententiae cânones, sejam punidos conforme a
reservada à Sé Apostólica; quem o faz gravidade do delito.
só indiretamente seja punido conforme Cân. 1393 Quem descumpre as
a gravidade do delito. obrigações que lhe foram impostas por
alguma pena pode ser punido com justa
§ 2. O intérprete e os outros pena.
mencionados no cân. 983, § 2, que Cân. 1394 § 1. Salva a prescrição do
violam o segredo, sejam punidos com cân. 194 § 1, n. 3, o clérigo que tenta
justa pena, não excluída a matrimônio, mesmo só civilmente, incorre
excomunhão. em suspensão latae sententiae; e se,
Cân. 1389 1. Quem abusa do poder ou admoestado, não se recuperar e
ofício eclesiástico seja punido segundo persistir em dar escândalo, pode ser
a gravidade do ato ou da omissão, gradativamente punido com privações ou
não excluída a privação do ofício, a não até mesmo com a demissão do estado
ser que já se estabeleça, na lei ou no clerical.
preceito, pena contra esse abuso. § 2. O religioso de votos perpétuos,
§ 2. Entretanto, quem por negligência não-clérigo, que tenha matrimônio,
culpável pratica ou omite mesmo só civilmente, incorre em
ilegitimamente algum ato de poder interdito latae sententiae, salva a
eclesiástico, de ministério ou de ofício, prescrição do cân. 694.
com dano alheio, seja punido com justa Cân. 1395 § 1. O clérigo concubinário,
exceto o caso mencionado no cân.
pena. 1394, e o clérigo que persiste no
TÍTULO IV
DO CRIME DE FALSIDADE
Cân. 1390 § 1. Quem denuncia
falsamente um confessor de delito
mencionado no cân. 1387, junto ao
Superior eclesiástico, incorre em
interdito latae sententiae e, se for
clérigo, também em suspensão.
§ 2. Quem denuncia caluniosamente de
qualquer outro delito junto ao Superior
eclesiástico, ou de outro modo lesa a
boa fama alheia, pode ser punido com
justa pena, não excluída a censura.
§ 3. O caluniador pode ser coagido
também a prestar reparação adequada.
Cân. 1391 Pode ser punido com justa
pena, conforme a gravidade do delito:
1° - quem forja falso documento
eclesiástico público ou altera,
destrói ou oculta um autêntico, ou
usa do falso ou alterado;
2° - quem usa qualquer documento
falso ou alterado em questão
eclesiástica;
3° - quem afirma falsidade em
documento eclesiástico público.
TÍTULO V
DOS DELITOS CONTRA
estabelecidos por esta ou por outras
escândalo em outro pecado externo leis, a violação externa de uma lei
contra o sexto mandamento do divina ou canônica só pode ser punida
Decálogo sejam punidos com com justa pena, quando a gravidade
suspensão. Se persiste o delito especial da transgressão exige a
depois de advertências, podem-se punição e urge a necessidade de
acrescentar gradativamente outras prevenir ou reparar escândalos.
penas, até a demissão do estado
clerical. LIVRO
§ 2. O clérigo que de outro modo VII DOS
tenha cometido delito contra o sexto
mandamento do Decálogo, se o delito PROCESSO
foi praticado com violência, ou com S
ameaças, ou publicamente, ou com
menor abaixo de dezesseis anos, I PARTE
seja punido com justa penas, não DOS JUÍZOS EM GERAL
excluída, se for o caso, a demissão
do estado clerical. Cân. 1400 § 1. São
objeto de juízo:
Cân. 1396 Quem viola gravamente a
obrigação de residência que lhe 1° - direitos de pessoas físicas ou
incumbe em razão de ofício Jurídicas a serem defendidos ou
eclesiástico seja punido com justa reivindicados e fatos jurídicos a
pena, não excluída, após advertência, serem declarados;
a privação do ofício. 2° - delitos, no que se refere
àimposição ou declaração da Pena.
TÍTULO VI § 2. Todavia, controvérsias originadas
DOS DELITOS CONTRA A VIDA de atos do poder administrativo podem
ser apresentadas somente ao Superior
E A LIBERDADE DO HOMEM ou ao tribunal administrativo.
Cân. 1397 Quem comete homicídio, Cân. 1401 Pelo seu poder próprio e
rapta ou detém alguma pessoa com exclusivo, a Igreja conhece:
violência ou fraude, ou a mutila ou 1° - das causas relativas às coisas
fere gravemente, seja punido, espirituais e das causas com elas
conexas;
conforme a gravidade do delito, com
as privações e proibições 2° - da violação das leis
mencionadas no cân. 1336; e o eclesiásticas e dos atos
homicídio das pessoas mencionadas caraterizados como pecado, no
no cân. 1370 é punido com as penas que se refere à determinação da
aí estabelecidas. culpa e à imposição de penas
eclesiásticas.
Cân. 1398 Quem provoca aborto,
seguindo-se o efeito, incorre em Cân. 1402 Todos os tribunais da
excomunhão latae sententiae.
Igreja se regem pelos cânones que
TÍTULO seguem, salvas as normas dos
VII Tribunais da Sé Apostólica.
Cân. 1403 § 1. As causas de
NORMA
canonização dos Servos de Deus
GERAL regem-se por lei pontifícia especial.
Cân. 1399 Além dos casos § 2. Além disso, a essas causas
aplicam-se as prescrições
faz remissão ao direito universal ou se
deste Código, sempre que nessa lei se trata de normas que, pela própria
natureza da coisa, afetam essas escolha do foro.
causas. Cân. 1408 Todos podem ser
demandados diante do tribunal do
TÍTULO I domicílio ou quase-domicílio.
DO FORO COMPETENTE Cân. 1409 § 1. O vagante tem o foro
próprio no lugar onde se encontra na
Cân. 1404 A Sé Primeira não é ocasião.
julgada por ninguém.
§ 2. Aquele, cujo domicílio ou quase-
Cân. 1405 § 1. É direito exclusivo do domicílio ou lugar de residência não é
próprio Romano Pontífice julgar nas conhecido, pode ser demandado no foro
causas mencionadas no cân. 1401: do autor, contanto que não haja outro
foro legítimo.
1° - os que têm a suprema Cân. 1410 Em razão de situação da
coisa, a parte pode ser demandada
magistratura do Estado; 2° - os diante do tribunal do lugar onde está
situada a coisa em litígio, sempre que a
Padres Cardeais; ação visar diretamente à coisa ou se
tratar de espoliação.
3° - os Legados da Sé Apostólica e, Cân. 1411 § 1. Em razão de contrato, a
nas causas penais parte pode ser demandada diante do
os tribunal do lugar onde foi feito o contrato
Bispos ou onde deve ser cumprido, a não ser
; que as partes tenham escolhido outro
tribunal de comum acordo.
4° - as outras causas que ele tiver
§ 2. Se a causa versar sobre
avocado a seu Juízo. obrigações provenientes de outro título,
a parte pode ser demandada diante do
§ 2. O juiz não pode julgar um ato ou tribunal do lugar onde se originou ou
documento confirmado em forma deve ser cumprida a obrigação.
específica pelo Romano Pontífice, a
não ser com seu prévio mandato. Cân. 1412 Nas causas penais, o
§ 3. É reservado àRota acusado, mesmo ausente, pode ser
Romana julgar: demandado diante do tribunal do lugar
1°- os Bispos nas causas onde foi praticado o delito.
contenciosas, salva a prescrição do
cân. 1419 § 2; Cân. 1413 A parte pode ser
demandada:
2°- o Abade primaz ou o Abade
superior de congregação monástica
e o Moderador supremo de
institutos religiosos de direito
pontifício;
3°- as dioceses e outras pessoas
eclesiásticas, físicas ou jurídicas, que
não tem Superior abaixo do Romano
Pontífice.
Cân. 1406 § 1. Violando-se a prescrição
do cân. 1404, os atos e decisões
consideram-se inexistentes.
§ 2. Nas causas mencionadas no cân.
1405, a incompetência de outros juízes
é absoluta.
Cân. 1407 § 1. Ninguém pode ser
demandado em primeira instância, a
não ser diante do juiz eclesiástico
competente por um dos títulos
determinados nos cân. 1408-1414.
§ 2. A incompetência do juiz, que não
tem nenhum desses títulos, se
denomina relativa.
§ 3. O autor segue o foro da parte
demandada; se a parte demandada
tem vários foros, concede-se ao autor a
1° - nas causas que versam sobre avocou a si a causa.
administração, diante do tribunal do Cân. 1418 Qualquer tribunal tem o
lugar onde foi feita a administração;
direito de solicitar a ajuda de outro
2° - nas causas referentes a tribunal para a instrução da causa ou
heranças ou legados Pios, diante para a intimação de atos.
do tribunal do último domicílio ou
quase-domicílio ou da residência, Capítu
conforme os cânn. 1408-1409, lo I
daquele de cuja herança ou legado DO TRIBUNAL DE PRIMEIRA
pio se trata; a não ser que se trate INSTÂNCIA
de mera execução do legado;
essa deve ser julgada de acordo Art.
com as normas ordinárias de 1 Do
competência.
Cân. 1414 Em razão de conexão, as Juiz
causas conexas entre si devem ser
julgadas por um único e mesmo Cân. 1419 § 1. Em cada diocese e para
tribunal, salvo determinação contrária
da Lei. todas as causas não expressamente
excetuadas pelo direito, o juiz de
Cân. 1415 Em razão de prevenção, se
primeira instância é o Bispo diocesano
dois ou mais tribunais são igualmente
que pode exercer o poder judíciario
competentes, tem o direito de pessoalmente ou por outros, segundo
conhecer da causa aquele que os cânones seguintes.
primeiro tiver citado legitimamente a
parte demandada. § 2. Tratando-se, porém, de direitos ou
de bens temporais de uma pessoa
jurídica representada pelo Bispo, julga
Cân. 1416 Os conflitos de em primeiro grau o tribunal de apelação.
competência entre tribunais sujeitos a
Cân. 1420 § 1. Todo o Bispo
um mesmo tribunal de apelação são
diocesano deve constituir um Vigário
resolvidos por este tribunal; pela
judicial ou Oficial com poder ordinário
Assinatura Apostólica, se não
de julgar, distinto do Vigário geral, a não
estiverem sujeitos ao mesmo tribunal
ser que a pequena extensão da diocese
de apelação.
ou a raridade das causas aconselhe
TÍTULO II outra coisa.
DOS VÁRIOS GRAUS E ESPÉCIES § 2. O Vigário judicial constitui um único
DE TRIBUNAIS tribunal com o Bispo, mas não pode
Cân. 1417 § 1. Em razão do primado julgar as causas que o Bispo reserva
do Romano Pontífice, é facultado a para si.
qualquer fiel recorrer à Santa Sé ou § 3. Podem ser dados ao Vigário
introduzir perante ela, para judicial auxiliares com o nome de
Vigários judiciais adjuntos ou Vice-
julgamento, sua causa contenciosa ou oficiais.
penal, em qualquer grau do juízo e em § 4. Tanto o Vigário judicial como os
qualquer estado da lide. Vigários judiciais adjuntos devem ser
§ 2. O recurso à Sé Apostólica, sacerdotes de boa reputação, doutores,
porém, salvo caso de apelação, não ou pelo menos licenciados em Direito
suspende o exercício da jurisdição no Canônico, com idade não inferior a
Juiz que já começou a conhecer da trinta anos.
causa; portanto, este poderá § 5. Durante a vacância da sé, eles não
prosseguir o juízo até a sentença cessam do cargo nem podem ser
destituídos pelo Administrador
definitiva, a não ser que a Sé Diocesano, mas, com a vinda do novo
Apostólica lhe tenha comunicado que Bispo, necessitam de confirmação.
estado clerical;
Cân. 1421 § 1. O tribunal colegial deve
proceder colegialmente e dar sentença, b)- para imposição ou declaração
por maioria absoluta dos votos. de excomunhão.
§ 1. O Bispo constitua na diocese
Juízes que sejam clérigos. § 2. O Bispo pode confiar as causas
mais difíceis ou de maior importância ao
Juízo de três ou cinco Juízes.
§ 2. A conferência dos Bispos pode
permitir que também leigos sejam § 3. O Vigário judicial convoque os
constituídos juízes um dos quais pode juízes, por ordem e por turnos, para
ser assumido para formar o colégio, conhecer de cada causa, salvo se o
se a necessidade o aconselhar. Bispo, em cada caso, tiver decidido de
§ 3. Os juízes sejam de boa outro modo.
reputação e doutores ou ao menos
licenciados em Direito Canônico. § 4. No juízo de primeiro grau, não
Cân. 1422 O Vigário judicial, os sendo eventualmente possível constituir
Vigários judiciais adjuntos e os outros um colégio, a Conferência dos Bispos,
juízes são nomeados por tempo enquanto perdurar tal impossibilidade,
determinado, salva a prescrição do
cân. 1420, § 5, e não podem ser pode permitir ao Bispo confiar a causa a
removidos, a não ser por legítima e um único juiz clérigo que escolha para
grave causa.
si, onde for possível, um assessor e um
Cân. 1423 § 1. Vários Bispos auditor.
diocesanos, com a aprovação da Sé
Apostólica, em lugar dos tribunais § 5. Uma vez designados, o Vigário
diocesanos mencionados nos cân. judicial não substituirá os juízes, a não
1419 - 1421, podem constituir em suas ser por gravíssima causa, que deve ser
dioceses, de comum acordo, um único expressa no decreto.
tribunal de primeira instância; neste Cân. 1426 § 1. O tribunal colegial deve
caso, compete à reunião desses proceder colegialmente e dar sentença,
por maioria absoluta dos votos.
Bispos, ou ao Bispo por eles § 2. Na medida do possível, deve
designado, todos os poderes que o presidi-lo o Vigário Judicial ou um Vigário
Bispo diocesano tem a respeito do judicial adjunto.
próprio Tribunal. Cân. 1427 § 1. Se a controvérsia for
§ 2. Os tribunais mencionados no § 1 entre religiosos ou casas do mesmo
podem ser constituídos para todas as instituto religioso clerical de direito
causas ou para determinados gêneros pontifício, o juiz de primeira instância,
de causas. salvo determinação contrária das
constituições, é o Superior provincial ou,
Cân. 1424 O juiz único em qualquer sendo mosteiro sui iuris, o abade local.
juízo pode escolher, como consultores, § 2. Salvo determinação das
dois assessores de vida ilibada, clérigos constituições, se a controvérsia ocorrer
ou leigos. entre duas províncias julgará em
primeira instância o Moderador supremo,
Cân. 1425 § 1. Reprovado qualquer por si ou por seu delegado; se entre dois
costume contrário, reservam-se ao
tribunal colegial de três juízes:
1°- as causas contenciosas:
a)- sobre o vínculo da sagrada
ordenação;
b)- sobre o vínculo do
matrimônio; salva a prescrição
dos cânn.1686- 1688;
2°- as causas penais:
a)- sobre delitos que
podem ter como
conseqüência a demissão do
contenciosas, nas quais o bem público
mosteiro, o Abade superior da pode correr perigo, e para as causas
congregação monástica. penais, constitua-se na diocese um
§ 3. Enfim, se a controvérsia surgir promotor de justiça, a quem cabe, por
entre pessoas religiosas físicas ou obrigação, tutelar o bem público.
jurídicas de diversos institutos Cân. 1431 § 1. Nas causas
religiosos, ou ainda de um mesmo contenciosas, compete ao Bispo
instituto clerical de direito diocesno ou diocesano julgar se o bem público pode
laical, ou entre uma pessoa religiosa e ou não correr perigo, salvo se a
um clérico secular, um leigo ou uma intervenção do promotor de justiça é
pessoa jurídica não-religiosa, julga em prescrita já pela lei ou se é
primeira istância o tribunal diocesano. evidentemente necessária pela própria
Ar natureza da coisa.
t. § 2. Se o promotor de justiça tiver
2 intervindo numa instância precedente,
Dos Auditores e Relatores presume-se necessária a sua
Cân. 1428 § 1. O juiz ou o presidente intervenção no grau seguinte.
do tribunal colegial pode designar um
auditor para a instrução da causa, Cân. 1432 Para as causas em que se
escolhendo-o entre os juízes do trata de nulidade da ordenação ou da
tribunal ou entre as pessoas
aprovadas pelo Bispo para essa nulidade ou dissolução do matrimônio,
função. constitua-se na diocese o defensor do
§ 2. O Bispo pode aprovar para vínculo, a quem cabe, por obrigação,
função de auditor clérigos ou leigos, propor e expor tudo o que
de reconhecida probidade, prudência
e doutrina. razoavelmente possa ser aduzido
§ 3. Cabe ao auditor, segundo o contra a nulidade ou a dissolução.
mandado do juiz, somente recolher as Cân. 1433 Nas causas em que se
provas e, uma vez recolhidas, requer a presença do promotor de
entregá-las ao juiz mas pode, salvo se justiça ou do defensor do vínculo, se
o mandato do juízo proibir, decidir eles não forem citados, os atos são
provisoriamente quais as provas e nulos, salvo se eles, embora não
como devem ser recolhidas, se por citados, tenham de fato intervindo ou
acaso surgir questão a respeito, tenham podido exercer sua função,
enquanto estiver exercendo sua compulsando os autos, ao menos
função. antes da sentença.
Cân. 1429 O presidente do tribunal Cân. 1434 Salvo
colegial deve designar um dos juízes determinação contrária:
do colégio como ponente ou relator,
cuja incumbência, na reunião dos 1° - sempre que a lei prescreve
juízes, seja relatar a causa e redigir que o juiz ouça as partes, ou uma
as sentenças por escrito por justa das duas, também o promotor de
causa, o presidente pode substituí-lo justiça e o defensor do vínculo, se
por outro. intervierem no juízo, devem ser
ouvidos.
Ar
t. 2° - sempre que se exige o
3 requerimento da parte para que o
juiz possa decidir algo, tem a
Do Promotor de Justiça, do mesma eficácia o requerimento do
Defensor do Vínculo, e do Notário promotor de justiça ou defensor do
Cân. 1430 Para as causas vínculo que participam do Juízo.
Cân. 1435 Compete ao Bispo justiça e o defensor do vínculo, que
diocesano nomear o promotor de sejam clérigos ou
arquidiocese.
leigos de boa reputação, doutores ou
§ 2. A Conferência dos Bispos pode
licenciados em direito canônico e constituir um ou vários tribunais de
conceituados por sua prudência e zelo segunda instância, mesmo fora dos
casos mencionados no § 1.
em prol da justiça.
Cân. 1436 § 1. A mesma pessoa, mas § 3. Quanto aos tribunais de segunda
não na mesma causa, pode exercer o instância, mencionados nos §§ 1-2, a
ofício de promotor de justiça e Conferência dos Bispos ou o Bispo por
defensor do vínculo.
ela designado têm todos os poderes
§ 2. O promotor e o defensor podem que competem ao Bispo diocesano a
ser constituídos para todas as causas respeito do seu tribunal.
indistintamente ou para cada causa
Cân. 1440 Se não for respeitada a
em particular; mas, por justa causa, competência em razão do grau,
podem ser removidos pelo Bispo. conforme os cânn. 1438-1439, a
incompetência do juiz é absoluta.
Cân. 1437 § 1. Em cada processo
intervenha o notário, de tal modo que se Cân. 1441 O tribunal de segunda
considerem nulos os atos que não instância deve ser constituido do mesmo
forem por ele assinados.
modo que o tribunal de primeira
§ 2. Os autos redigidos pelo instância. Contudo, se no primeiro grau
notário fazem fé pública. de juízo, de acordo com o cân. 1425, §
Capítulo II 4, um único juiz proferiu a sentença, o
tribunal de segunda instância proceda
DO TRIBUNAL DE colegialmente.
SEGUNDA INSTÂNCIA
Capítulo III
Cân. 1438 Salva a prescrição do
cân. 1444, § 1, n. 1: DOS TRIBUNAIS DA SÉ
1° - do tribunal do Bispo APOSTÓLICA
sufragâneo apela-se para o Cân. 1442 O Romano Pontífice é o juiz
Tribunal do Metropolita, salva a
prescrição do cân. 1439; supremo para todo o mundo católico e
2° - nas causas tratadas diante do julga pessoalmente, pelos tribunais
Metropolita em primeira instância, ordinários da Sé Apostólica ou por juízes
para o tribunal que ele tiver por ele delegados.
designado estavelmente, com a Cân. 1443 O tribunal ordinário
aprovação da Sé Apostólica ; constituído pelo Romano Pontífice para
receber apelações é a Rota Romana.
3° - nas causas tratadas diante do Cân. 1444 § 1. A Rota
Superior provincial, o tribunal de Romana julga:
segunda instância é junto ao
Moderador supremo; para as 1° - em segunda instância, as causas
causas tratadas diante do Abade que tenham sido julgadas pelos
local, junto ao Abade superior da tribunais ordinários de primeira
congregação monástica. instância e que sejam levadas a
Santa Sé mediante apelação
Cân. 1439 § 1. Se tiver sido constituído legítima;
um único tribunal de primeira instância
para mais dioceses, de acordo com o
cân. 1423, a Conferência dos Bispos
deve constituir o tribunal de segunda
instância com a aprovação da Sé
Apostólica, salvo se essas dioceses
forem sufragâneas da mesma
advogados ou procuradores;
2° - em terceira ou ulterior
instância, as causas já julgadas 2° - prorrogar a
pela própria Rota Romana e por competência dos tribunais;
quaisquer outros tribunais, a não 3° - promover e aprovar a ereção
ser que a cois a tenha passado dos tribunais mencionados nos
em julgado. cânn. 1423 e 1439.
§ 2. Esse tribunal julga também em TÍTULO III
primeira instância as causas
mencionadas no cân. 1405, § 3, e DA DISCIPLINA A SER
outras que o Romano Pontífice, de OBSERVADA NOS TRIBUNAIS
sua iniciativa ou a requerimento das Capítu
partes, tenha advogado ao seu lo I
tribunal e confiado à Rota Romana; DO OFÍCIO DOS JUÍZES E DOS
essas causas, a própria Rota julga AUXILIARES DO TRIBUNAL
também em segunda e em ulterior Cân. 1446 § 1. Todos os fiéis, mas
instância, salvo determinação contrária principalmente os Bispos, empenhem-
no rescrito de atribuição do encargo. se diligentemente afim de que se
Cân. 1445 § 1. O Supremo Tribunal da evitem, quanto possivel, salva a justiça,
Assinatura Apostólica conhece:
lides no povo de Deus e se
1° - das querelas de nulidade e
dos pedidos de restituição in componham pacificamente quanto
integrum e outros recursos antes.
contra sentenças rotais;
§ 2. O juiz, no limiar da lide, e mesmo
2° - dos recursos em causas
em qualquer outro momento, sempre
sobre o estado das pessoas, que
que percebe alguma esperança de
a Rota Romana recusou admitir a
bom êxito, não deixe de exortar e
novo exame;
ajudar as partes a procurarem, de
3° - das exceções de suspeição e comum acordo, uma solução eqüitativa
outras causas contra os Auditores da controvérsia, e de indicar-lhes os
da Rota Romana, em razão de caminhos adequados para esse
atos praticados por eles no propósito, usando também da medição
exercício de seu cargo; de pessoas influentes.
4° - dos conflitos de competência, § 3. Se a lide versa sobre um bem
mencionados no cân. 1416.
privado das partes, o juiz considere a
§ 2. Esse Tribunal julga de possibilidade de se encerrar utilmente
controvérsias surgidas em razão de a controvérsia por transação ou por
um ato de poder administrativo arbitragem, de acordo com os cân.
eclesiástico a ele levadas 1713-1716.
legitimamente, de outras controvérsias
administrativas que lhe forem Cân. 1447 Quem participou de uma
confiadas pelo Romano Pontífice ou causa na qualidade de juiz, promotor
pelos dicastérios da Cúria Romana, e de justiça, defensor do vínculo,
dos conflitos de competência entre procurador, advogado, testemunha ou
esses dicastérios. perito, não pode posteriormente definir
validamente, como juiz, essa causa em
§ 3. Cabe ainda a esse outra instância, ou nela exercer a
Supremo Tribunal: função de assessor.
1° - vigiar sobre a reta Cân. 1448 § 1. O juiz não comece a
administração da justiça e conhecer de uma causa,
advertir, se for necessário, os
à qual esteja, de algum modo,
ligado em razão de § 2. Contudo, o juiz pode, além disso,
consangüinidade ou afinidade em suprir a negligência das partes na
qualquer grau da linha reta e até o apresentação de provas ou na oposição
quarto grau da linha colateral, em razão de exceções, sempre que o julgar
de tutela ou curatela, de intimidade necessário para evitar uma sentença
pessoal, de grande rivalidade, de gravemente injusta, salvas as
auferir lucro ou evitar prejuízo. prescrições do cân. 1600.
§ 2. Nas mesmas circunstâncias, Cân. 1453 Os juízes e os tribunais
devem abster-se de seu ofício o cuidem que, salva a justiça, as causas
se concluam quanto antes e que, no
promotor de justiça, o defensor do tribunal de primeira instância, não se
vínculo, o assessor e o auditor. protraiam mais de um ano, e no tribunal
de segunda instância, mais de seis
Cân. 1449 § 1. Nos casos meses.
mencionados no cân. 1448, se o Cân. 1454 Todos os que constituem o
tribunal ou dão ajuda a ele devem fazer
próprio juiz não se abstiver, a parte juramento de cumprir o ofício exata e
pode recusá-lo. fielmente.
§ 2. Da recusa julga o Vigário judicial; Cân. 1455 § 1. No juízo penal sempre,
se ele mesmo for recusado, julga o e no contencioso quando da revelação
Bispo que preside ao tribunal.
de algum ato processual puder advir
§ 3. Se o Bispo for juiz e se for oposta prejuízo às partes, os juízes e os
recusa contra ele, abstenha-se de auxiliares do tribunal estão obrigados ao
julgar. segredo de ofício.
§ 4. Se a recusa for apresentada contra § 2. Estão também sempre obrigados
o promotor de justiça, o defensor do a guardar segredo sobre a discussão
vínculo ou outros auxiliares do tribunal, que se faz entre os juízes no tribunal
julga dessa exceção o presidente do colegial, antes da promulgação da
tribunal colegial ou o próprio juiz, se for sentença, como também sobre os
único. vários votos e opiniões aí proferidos,
Cân. 1450 Admitida a recusa, as salva a prescrição do cân. 1609, § 4.
pessoas devem ser substituídas, não
porém os graus de juízo. § 3. Sempre que a natureza da causa ou
Cân. 1451 § 1. A questão da recusa das provas seja tal, que a divulgação
deve ser definida com a máxima dos atos ou das provas ponha em perigo
rapidez, ouvindo as partes, o promotor a fama de outros, dê motivo a discórdia
de justiça ou o defensor do vínculo, se ou resulte em escândalo ou outro
intervierem, e eles mesmos não incômodo desse gênero, o juiz poderá
também obrigar ao segredo, mediante
tiverem sido recusados.
juramento, as testemunhas, os peritos,
§ 2. Os atos, praticados pelo juiz antes as partes e seus advogados ou
de ser recusado, são validos; mas, os
que foram praticados depois de procuradores.
proposta a recusa, devem ser
reicindidos, se a parte o pedir no prazo Cân. 1456 O juiz e todos os auxiliares
de dez dias após a admissão da
recusa. do tribunal são proibidos de aceitar
qualquer tipo de presente por ocasião da
Cân. 1452 § 1. Em negócio que
tramitação do juízo.
interessa unicamente a particulares, o
juiz pode proceder somente a
requerimento da parte. Todavia, uma
vez legitimamente introduzida a causa o
juiz pode e deve proceder também ex
officio nas causas penais e em outras
referentes ao bem público da Igreja ou
à salvação das almas.
admite apelação, mas não são
Cân. 1457 § 1. Os juízes que, sendo proibidas a querela de nulidade e a
certa e evidentemente competentes, restituição in integrum.
se recusem a julgar, ou que sem
§ 3. Se o juiz se declarar
qualquer título legal se declarem incompetente, a parte em que se julga
competente, e conheçam e definam prejudicada pode, no prazo de quinze
dias úteis, recorrer ao tribunal de
causas, ou que violem a lei do apelação.
segredo ou que, por dolo ou por grave Cân. 1461 O juiz, em qualquer fase da
negligência, causem outro dano às causa em que venha a reconhecer-se
partes, podem ser punidos com penas absolutamente ni competente, deve
declarar sua imcompetência.
adequadas pela autoridade
competente, não se excluindo a Cân. 1462 .§ 1. As exceções de coisa
privação do ofício. julgada, de composição e outras
peremptórias denominadas litis finitae,
§ 2. Às mesmas sanções estão devem ser propostas e conhecidas
sujeitos os auxiliares e ajudantes do antes da contestação da lide; quem as
tribunal, se faltarem a seu dever no propuser mais tarde não deve ser
modo acima referido; a todos o juiz rejeitado, mas seja condenado às
pode punir. despesas, salvo se provar que não
Capítulo II diferiu maliciosamente a oposição.
DA ORDEM DAS COGNIÇÕES § 2. Outras peremptórias sejam
propostas na litiscontestação e devem
Cân. 1458 As causas devem ser ser tratadas a seu tempo, segundo
conhecidas na ordem em que foram as regras relativas às questões
propostas e protocoladas, salvo se incidentes.
alguma delas exigir tramitação mais
Cân. 1463 § 1. As ações
rápida que as outras, o que se deve reconvencionais não se podem propor
estabelecer com decreto especial validamente, a não ser no prazo de
trinta dias após a contestação da lide.
devidamente motivado.
§ 2. Elas, porém, sejam conhecidas
Cân. 1459 1. Vícios dos quais possa juntamente com a ação convencional,
isto é, no mesmo grau que ela, salvo
derivar a nulidade da sentença podem se for necessário conhecê-las
ser excetuados sem qualquer estado separadamente, ou o juiz julgar isso
mais oportuno.
ou grau do juiz e também ser
Cân. 1464 Questões de caução pelas
declarados ex officio pelo juiz. despesas judiciais, de concessão de
gratuito patrocínio, pedido logo desde o
§ 2. Além dos casos mencionados início, e outras semelhantes, devem
no § 1, as exceções dilatórias, regularmente ser julgadas antes da
litiscontestação.
principalmente as que se referem às
pessoas e ao modo do juízo, devem Capítulo III
ser propostas antes da DOS PRAZOS E DILAÇÕES
litiscontestação, a não ser que surjam
depois dela, e definidas quanto antes. Cân. 1465 § 1. Os assim chamados
prazos fatais, isto é, os prazos fixados
Cân. 1460 § 1. Se for proposta uma pela lei para caducarem os direitos, não
exceção contra a competência do podem ser prorrogados, nem
juiz, o próprio juiz deve decidir a validamente reduzidos, senão a pedido
respeito. das partes.
§ 2. No caso de exceção de § 2. Os prazos judiciais e
incompetência relativa, caso o juiz se convencionais, porém, antes de seu
declare competente, sua decisão não
partes ou a pedido delas; mas nunca
término, havendo justa causa, podem podem ser validamente reduzidos, senão
ser prorrogados pelo juiz, ouvindo as
com o consentimento das partes.
fidelidade da
§ 3. O juiz, porém, cuide que a lide
não se faça demasiadamente morosa tradução.
por causa da prorrogação.
Cân. 1475 § 1. Terminado o juizo,
Cân. 1466 Onde a lei não estabelece
prazos para a tramitação dos atos devem-se restituir os documentos que
processuais, o juiz deve estabelecê-los forem de propriedade de particulares,
de acordo com a natureza de cada ato.
conservando-se porém cópia deles.
Cân. 1467 No dia marcado para o ato
judicial, se o tribunal não trabalhar, o § 2. Os notários e o chanceler são
prazo supõe-se prorrogado para o
primeiro dia seguinte não feriado. proibidos de entregar, sem mandado do
juiz, cópia dos autos judiciais e dos
documentos pertencentes ao processo.
TÍTULO IV
DAS PARTES EM CAUSA
Capítu
lo I
DO AUTOR E DA PARTE
DEMANDADA
Capítulo IV gravemente ao respeito e à obediência
DO LUGAR DO JUÍZO devidos ao tribunal, o juiz pode chamá-
Cân. 1468 Todos os tribunais, na los ao dever com penas adequadas;
medida do possível, tenham uma sede além disso, pode suspender advogados
estável, que fique aberta nas horas
determinadas. e procuradores do exercício do cargo
junto de tribunais eclesiásticos.
Cân. 1469 § 1. Expulso violentamente
de seu território ou impedido de nele Cân. 1471 Se alguma pessoa a ser
exercer a jurisdição, o juiz pode exercê- interrogada empregar língua
la e proferir sentença fora do seu desconhecida do juiz ou das partes,
território, mas informando disso o Bispo deve-se usar de intérprete juramentado
diocesano. designado pelo juiz. Suas declarações,
porém, sejam redigidas na língua
§ 2. Além do caso mencionado no § 1,
original, acrescentando-se a ela a
o juiz, por justa causa e ouvidas as
tradução. Use-se também interprete, se
partes, pode sair do próprio território
se deve interrogar a um surdo ou mudo,
para recolher provas, com licença,
salvo se o juiz, por acaso, prefere que
porém, do Bispo diocesano do lugar
se responda por escrito às questões
onde deve ir e na sede por este
por ele apresentadas.
designada.
Cân. 1472 § 1. Os autos judiciais, tanto
Capítulo V os que se referem ao mérito da questão,
DAS PESSOAS A SEREM ou atos da causa, como os relativos à
ADMITIDAS NA SALA DO JUÍZO E
DO MODO DE REDIGIR E forma de procedimento, ou atos do
CONSERVAR OS AUTOS processo, devem ser redigidos por
Cân. 1470 § 1. Salvo determinação escrito.
contrária da lei particular, durante o § 2. Cada folha dos autos deve ser
desenvolvimento da causa diante do numerada e autenticada. Cân. 1473
tribunal, estejam presentes na sala Sempre que se requer nos autos
somente os que a lei ou o juiz judiciais a
determinar serem necessários para assinatura das partes ou das
fazer tramitar o processo. testemunhas, se a parte ou a
testemunha não souber ou não quiser
assinar, isto seja anotado nos próprios
§ 2. A todos os que estiverem autos e, ao mesmo tempo, o juiz e o
presentes ao processo e faltarem notário dêem fé de que o auto foi lido,
palavra por palavra, à
parte ou a testemunha e que ela não Cân. 1476 Quem quer que seja,
pôde ou não quis assinar.
batizado ou não, pode agir em juizo; e
Cân. 1474 § 1. Em caso de apelação, a parte, legitimamente demandada,
envie-se ao tribunal superior uma cópia deve responder.
dos autos, dando o notário fé da
autenticidade dela. Cân. 1477 Embora o autor ou a parte
demandada tenham nomeado
§ 2. Se os autos forem redigidos em procurador ou advogado, são sempre
língua desconhecida do tribunal obrigados a comparecer pessoalmente
superior, traduzam-se para outra a juízo, quando o direito ou o juiz o
conhecida desse tribunal, tomando-se prescreverem.
as devidas cautelas a fim de constar da Cân. 1478 § 1. Os menores e os que
não têm uso da razão só podem estar
em juízo por meio de seus pais,
tutores ou curadores, salva a
prescrição do § 3.
§ 2. Se o juiz julga que os direitos dos
menores estão em conflito com os
direitos dos pais, tutores ou curadores,
ou que estes não têm posibilidade de
defender suficientemente os direitos
dos menores, estes estejam em juízo
por meio de tutor ou curador dado pelo
juiz.
§ 3. Contudo, nas causas espirituais
ou conexas com as espirituais, se os
menores já tiverem adquirido o uso da
razão, podem agir e responder sem
consentimento dos pais ou do tutor, e
pessoalmente, se tiverem completado
catorze anos de idade; caso contrário,
por meio de curador constituído pelo
juiz.
§ 4. Os que estão sob interdição de
bens e os débeis mentais podem estar
em juízo pessoalmente, só para
responder sobre os próprios delitos ou
por ordem do juiz; fora disso, devem
agir e responder por meio de seus
curadores.
Cân. 1479 Sempre que há tutor ou
curador constituído pela autoridade
civil, pode ele ser admitido pelo juiz
eclesiástico, após ter ouvido, se
possível, o Bispo diocesano daquele a
quem foi dado; mas, caso não o haja,
ou pareça que não deve ser admitido, o
próprio juiz designará um tutor ou
curador para a causa.
Cân. 1480 § 1. As pessoas jurídicas
estão em juízo por meio de seus
legítimos representantes.
§ 2. No caso, porém, de falta ou
negligência do representante, o também agir e responder
Ordinário pode estar em juízo, por si pessoalmente, salvo se o juiz tiver
mesmo ou por meio de outro, em julgado necessária a ajuda de
nome das pessoas jurídicas que procurador ou advogado.
estão sob seu poder. § 2. Em juízo penal, o acusado deve ter
sempre um advogado, constituído por
Capítulo II ele mesmo ou pelo juiz.
DOS PROCURADORES E § 3. Em juízo contencioso, tratando-se
ADVOGADOS de menores ou de juízo que afeta o
Cân. 1481 § 1. A parte pode bem público, com exceção de causas
livremente constituir para si advogado matrimoniais, o juiz constitua ex officio
ou procurador, mas, além dos casos um defensor para a parte que não o
estabelecidos nos §§ 2 e 3, pode tiver.
arbitragem e, em geral, fazer qualquer
Cân. 1482 § 1. Qualquer pessoa pode coisa, para a qual o direito exige
constituir um único procurador, que mandato especial.
não pode fazer-se substituir por outro,
a não ser que lhe tenha sido dada Cân. 1486 § 1. Para que a destituição
faculdade expressa. do procurador ou do advogado produza
§ 2. Todavia, se por justa causa, a efeito, é necessário que seja intimada a
mesma pessoa constituir vários eles e, se a lide já tiver sido contestada,
procuradores, estes sejam designados que o juiz e a parte contrária tenham
de forma que entre eles se dê lugar
àprevenção. sido notificados da destituição.
§ 3. Entretanto, podem ser § 2. Dada a sentença definitiva, restam
constituídos vários advogados
simultaneamente. ao procurador o direito e o dever de
Cân. 1483 O procurador e o advogado apelar, se o mandante não se opuser.
devem ser maiores de idade e ter boa Cân. 1487 O procurador e o adv ogado
podem ser recusados pelo juiz, por meio
reputação; além disso, o advogado de um decreto, ex officio ou a
deve ser católico, salvo permissão requerimento da parte, mas por causa
grave.
contrária do Bispo diocesano, e doutor
em direito canônico, ou então Cân. 1488 § 1. Proíbe-se a ambos
verdadeiramente perito e aprovado pelo comprar a lide ou negociar para si
Bispo. honorários excessivos ou parte da coisa
Cân. 1484 § 1. O procurador e o em litígio. Se o tiverem feito, o negócio é
advogado, antes de assumirem o nulo, e poderão ser multados pelo juiz
encargo, devem depositar junto ao com pena pecuniária. Além disso, o
tribunal o mandato autêntico.
advogado pode ser suspenso do ofício,
§ 2. A fim de impedir, porém, a extinção ou mesmo, no caso de reincidência, ser
de um direito, o juiz pode admitir um excluído do rol dos advogados pelo
procurador, mesmo sem apresentação Bispo que preside o tribunal.
do mandato, com uma adequada
§ 2. Do mesmo modo, podem ser
caução, se for o caso; mas o ato não punidos os advogados e procuradores
tem nenhum valor, salvo se o que, em fraude à lei, subtraírem causas
dos tribunais competentes, para serem
procurador apresentar devidamente o julgadas por outros de modo mais
mandato, dentro do prazo peremptório favorável.
a ser estabelecido pelo juiz. Cân. 1489 Os advogados e
Cân. 1485 Salvo se tiver mandato procuradores que, por meio de
especial, o procurador não pode presentes, promessas ou qualquer
renunciar validamente à ação, à outro modo, traírem o próprio dever
instância ou aos atos judiciais, nem sejam suspensos de exercer o
transigir, pactuar, levar a causa a patrocínio e sejam punidos com multa
pecuniária ou com outras penas
adequadas. mediante
exceção.
Cân. 1490 Em cada tribunal, quanto
possível, constituam-se patronos Cân. 1492 § 1. Toda a ação se
estáveis, remunerados pelo próprio extingue por prescrição, de acordo com
tribunal, para exercerem o ofício de o direito, ou por outro modo legítimo,
advogado ou procurador, principalmente exceto ações relativas ao estado das
nas causas matrimoniais, em favor das pessoas as quais nunca se extinguem.
partes que preferirem escolhê-los. § 2. Compete sempre exceção, salva a
TÍTULO V prescrição do cân. 1462; ela é
perpétua por sua natureza.
DAS AÇÕES E
EXCEÇÕES Cân. 1493 O autor pode demandar
alguém, mediante várias ações
Capítulo I simultâneas, desde que não sejam
DAS AÇÕES E EXCEÇÕES EM conflitantes entre si, na mesma matéria
GERAL ou em diversas matérias, se não
ultrapassarem a competência do
Cân. 1491 Todo o direito é não só
tribunal ao qual se dirigiu.
protegido mediante ação, salvo
determinação expressa em contrário, Cân. 1494 § 1. A parte demandada
mas também pode, diante do mesmo juiz e no
mesmo juízo, mover ação de
reconvenção contra o autor, em razão
de conexão da causa com a ação
principal, ou para repelir ou
enfranquecer a petição do autor.
§ 2. Não se admite reconvenção
da reconvenção.
Cân. 1495 A ação de reconvenção
deve ser proposta ao juiz, perante o
qual foi proposta a ação anterior,
mesmo que delegado só para uma
causa, ou relativamente incompetente.
Capítulo II
DAS AÇÕES E EXCEÇÕES EM
ESPECIAL
Cân. 1496 § 1. Quem tiver demonstrado
com argumentos, ao menos prováveis,
que tem direito sobre alguma coisa
retida por outro, e que corre perigo de
prejuízo, se a coisa não for posta sob
custódia, tem o direito de obter do juiz o
seqüestro da coisa.
§ 2. Em circunstâncias semelhantes,
pode obter que se impeça a alguém o
exercício de um direito.
Cân. 1497 § 1. Admite-se também o
seqüestro de alguma coisa para
garantia de um crédito, contanto que
conste sufic ientemente o direito do
credor.
§ 2. O seqüestro pode estender-se
também a coisas do devedor que por
qualquer título, estejam em poder de
outras pessoas, bem como aos
créditos do devedor.
Cân. 1498 De maneira alguma
podem ser determinados o seqüestro
da coisa e a suspensão do exercício
de direito, quando o prejuízo que se
teme puder ser reparado de outra
forma, ou for dada idônea garantia de
reparação.
Cân. 1499 O juiz pode impor àquele
a quem concede o seqüestro da
coisa ou inibição do exercício de
direito prévia caução contra prejuízos,
caso não prove seu direito.
Cân. 1500 Quanto ànatureza e àforça
da ação possessória, observem-se as
prescrições do direito civil do lugar
onde se encontra a coisa, de cuja
posse se trata.
IIPARTE
DO JUÍZO
CONTENCIOS
O SEÇÃO I
DO JUÍZO
CONTENCIOSO
ORDINÁRIO TÍTULO I
DA INTRODUÇÃO DA CAUSA
Capít
ulo I
DO LIBELO INTRODUTÓRIO DA
LIDE
Cân. 1501 O juiz não pode conhecer
de nenhuma causa, a não ser que
seja apresentada a petição, de
acordo com os cânones, pelo
interessado ou pelo promotor de
justiça.
Cân. 1502 Quem pretende demandar
alguém deve apresentar ao juiz
competente o libelo, no qual se
proponha a objeto da controvérsia e
se solicite o serviço do juiz.
sempre que a parte, dentro do prazo útil
Cân. 1503 § 1. O juiz pode admitir a de dez dias, interponha recurso, com
petição oral, sempre que o autor esteja suas razões, ao tribunal de apelação, ou
impedido de apresentar o libelo, ou a ao colégio, se o libelo foi rejeitado pelo
causa seja de fácil investigação e de presidente; deve, porém, a questão da
menor importância. rejeição ser definida com a máxima
§ 2. Em ambos os casos, porém, o rapidez.
juiz ordene ao notário redigir por escrito Cân. 1506 Se o juiz não tiver dado,
um ato, que deve ser lido para o autor e dentro de um mês desde a apresentação
ser por ele aprovado, e que faz as do libelo, o decreto pelo qual, de acordo
vezes do libelo escrito pelo autor para com o cân. 1505, admite ou rejeita o
todos os efeitos do direito. libelo a parte interessada pode requerer
Cân. 1504 O libelo que o juiz cumpra seu dever; se, apesar
introdutório da lide deve: disso, o juiz não se pronunciar,
passados dez dias depois de feito o
1°- dizer diante de qual juiz se requerimento, tenha-se por admitido o
introduz a causa, que se pede e de libelo.
quem se pede;
Capítulo II
2°- indicar o direito em que se
fundamenta o autor e, ao menos de DA CITAÇÃO E DA NOTIFICAÇÃO
modo geral, os fatos e provas que
possam demonstrar o que é DOS ATOS JUDICIAIS
alegado;
3°- ser assinado pelo autor ou seu Cân. 1507 § 1. No decreto, com o qual
procurador, com a indicação do dia, se admite o libelo do autor o juiz ou o
mês e ano, do lugar onde residem presidente deve chamar a juízo as
o autor ou o procurador ou onde
disserem residir, para a recepção outras partes ou citá-las para a
dos atos que lhes devem ser litiscontestação, determinando se devem
comunicados;
responder por escrito ou se devem
4°- indicar o domicílio ou quase-
domicílio da parte demandada. apresentar-se pessoalmente diante dele
para a concordância das dúvidas. E se,
Cân. 1505 § 1. O juiz único ou o
pelas res postas escritas, constata a
presidente do tribunal colegial, depois
necessidade de convocar as partes,
de constarem que a questão é de sua
pode estabelecê- lo com novo decreto.
competência e que o autor tem
capacidade para estar em juízo, devem § 2. Se o libelo é dado por aceito, de
quanto antes admitir ou rejeitar o libelo. acordo com o cân. 1506, o decreto de
citação a juízo deve ser feito no prazo de
§ 2. O libelo só pode
vinte dias depois de apresentado o
ser rejeitado:
requerimento mencionado nesse cânon.
1°- se o juiz ou o tribunal § 3. Mas, se as partes litigantes
for incompetente; comparecerem de fato diante do juiz
para fazer tramitar a causa, não há
2°- se constar, sem dúvida, que o necessidade de citação; o notário,
autor não tem capacidade para porém, indique nos autos terem as
estar em juízo; partes comparecido a juízo.
3°- se não foram respeitadas as
prescrições do cân. 1504, n.1 e 3;
4°- e pelo próprio libelo for evidente
que a petição não tem fundamento,
nem venha a ser possível que do
processo surja algum fundamento.
§ 3. Se o libelo for rejeitado por vícios
sanáveis, o autor pode apresentar ao
juiz novo libelo devidamente redigido.
§ 4. Contra a rejeição do libelo cabe
100
5°- começa a litispendência, e por
Cân. 1508 § 1. O decreto de citação conseguinte tem imediata aplicação
a juízo deve ser notificado o princípio: "na pendência da lide,
imediatamente à parte demandada, e nada se inove".
ao mesmo tempo comunicado aos
outros que devem comparecer a juízo. TÍTULO II
§ 2. À citação seja anexo o libelo DA LITISCONTESTAÇÃO
introdutório da lide, a não ser que o Cân. 1513 § 1. Dá-se a litiscontestação
juiz, por causas graves, julgue que o quando, por decreto do juiz, são
definidos os termos da controvérsia,
libelo não deve ser apresentado à deduzidos das petições e respostas
outra parte, antes que está tenha das partes.
deposto em juízo. § 2. As petições e respostas das partes
§ 3. Se a lide for movida contra podem ser expressas no libelo
introdutório da lide, na resposta à
alguém que não tem livre exercício
citação ou nas declarações de viva
de seus direitos ou livre
voz diante do juiz; nas causas mais
administração das coisas em
difíceis, porém, as partes devem ser
questão, a citação deve ser
convocadas pelo juiz para a
comunicada, segundo os casos, ao
concordância da dúvida ou dúvidas, às
tutor, ao curador, ao procurador
quais se deverá responder na
especial, ou a quem, em seu nome,
sentença.
deve responder em juízo, de acordo
com o direito. § 3. O decreto do juiz deve ser
Cân. 1509 § 1. A notificação das notificado às partes; a não ser que já
citações, sentenças e demais atos tenham concordado, estas podem,
judiciais deve ser feita por correio ou
por outro modo, o mais seguro dentro de dez dias, recorrer ao juiz para
possível, observando-se as normas que seja modificado; a questão, porém,
estabelecidas por lei particular.
deve ser resolvida com a máxima
§ 2. Nos autos devem constar o fato e rapidez, por decreto do próprio juiz.
o modo da notificação. Cân. 1510
Tenha-se por legitimamente citado o Cân. 1514 Os termos da controvérsia,
uma vez estabelecidos, não podem ser
demandado
que recusa receber a cédula de mudados validamente, a não ser por
citação ou impede que a citação lhe novo decreto, por causa grave, a
venha as mãos.
requerimento da parte, ouvindo as
Cân. 1511 Se a citação não tiver outras partes e ponderando suas
sido legitimamente notificada, são
nulos os atos do processo, salvo a razões.
prescrição do cân. 1507, § 3.
Cân. 1515 Feita a litiscontestação,
Cân. 1512 Tendo sido legitimamente cessa a boa fé daquele que está na
notificada a citação, ou tendo as posse de coisa alheia, portanto, se é
partes comparecido diante do juiz condenado a restituição, deve entregar
para fazer tramitar a causa: também os frutos e reparar os danos,
a partir do dia da contestação.
1°- a coisa se
torna litigiosa;
2°- a causa se torna própria
daquele juiz ou tribunal, já
competente perante o qual a ação
foi proposta;
3°- consolida-se a jurisdição do
juiz delegado, de modo a não mais
cessar, mesmo se extinguir o
direito do delegante;
4°- interrompe-se a prescrição,
salvo determinação diversa;
100
Cân. 1516 Feita a litiscontestação, o Cân. 1522 A perempção extingue os
juiz estabeleça o tempo conveniente atos do processo, mas não os atos da
para a apresentação e a causa; aliás, estes podem ter valor para
complementação das provas. outra instância, contanto que a causa
se dê entre as mesmas pessoas e
TÍTULO III sobre o mesmo objeto; no que se refere
DA INSTÂNCIA DA LIDE a estranhos, não têm outro valor, senão
o de documentos.
Cân. 1517 A instância começa com a
citação; termina não só com o Cân. 1523 Cada um dos litigantes, no
juízo perempto, arque com as despesas
pronunciar-se a sentença definitiva, que tiver feito.
mas também por outros modos Cân. 1524 § 1. O autor pode renunciar a
estabelecidos pelo direito. instância em qualquer estado e grau do
Cân. 1518 Se uma parte litigante juízo; igualmente, tanto o autor como a
morre, muda de estado ou cessa do parte demandada podem renunciar a
ofício em razão do qual age todos ou a alguns atos do processo.
judicialmente: § 2. Os tutores e administradores de
1°- não estando ainda concluída a pessoas jurídicas, para poderem
causa, suspende-se a instância, até renunciar à instância, necessitam do
que o herdeiro do defunto, o
sucessor ou o interessado parecer ou do consentimento daqueles
reassuma a lide; cuja participação é exigida, para a
2°- estando concluída a causa, o prática de atos que excedem os limites
juiz deve prosseguir, citando o
procurador, se houver, ou então o da administração ordinária.
herdeiro ou o sucessor do defunto.
§ 3. A renúncia, para ser válida, deve
Cân. 1519 § 1. Se o tutor, curador ou ser feita por escrito e assinada pela
procurador cessarem do encargo, parte ou por seu procurador, munido de
sendo necessária sua presença, de mandato especial; deve ser comunicada
acordo com o cân. 1481, §§ 1 e 3, a à outra parte e por ela aceita ou, ao
instância é provisoriamente suspensa. menos, não impugnada, e deve ser
§ 2. O juiz constitua, quanto antes, admitida pelo juiz.
outro tutor ou curador; pode também Cân. 1525 A renúncia, admitida pelo juiz
constituir um procurador para a lide, se para os atos a que se renunciou, produz
a parte deixar de o fazer dentro de os mesmos efeitos da perempção da
breve prazo estabelecido pelo juiz. instância; obriga o renunciante a pagar
Cân. 1520 Não havendo nenhum as despesas dos atos aos quais
impedimento, se nenhum ato renunciou.
processual for praticado pelas partes TÍTULO IV
durante seis meses, dá-se a
perempção da instância. A lei DAS
particular pode estabelecer outros PROVAS
prazos de perempção.
Cân. 1521 A perempção se produz Cân. 1526 § 1. O ônus da prova
pelo próprio direito e contra todos, cabe a quem afirma.
mesmo menores ou outros a eles § 2. Não necessitam
equiparados, e deve ser declarada
mesmo ex officio, salvo o direito de de provas: 1°- as
pedir indenização contra tutores, presunções legais;
curadores, administradores e
procuradores, que não provarem sua
isenção de culpa.
10
1
apresentar ao juiz pontos, sobre os
2°- os fatos afirmados por um quais a parte seja interrogada.
dos contendentes e admitidos
Cân. 1534 Para o interrogatório das
pelo outro, a não ser que o direito partes, observe-se, com a devida
ou o juiz exijam, apesar disso, a proporção, o que se estabelece sobre
as testemunhas nos cânn. 1548, § 2, n.
prova. 1, 1552 e 1558- 1565.
Cân. 1527 § 1. Podem-se aduzir Cân. 1535 Confissão judicial é a
provas de qualquer gênero, que
parecerem úteis a cognição da causa afirmação de um fato, escrita ou oral,
e forem lícitas. perante juiz competente, por uma das
§ 2. Se a parte instar para que seja partes contra si mesma, a respeito da
admitida uma prova rejeitada pelo matéria do juízo, espontaneamente ou
juiz, o próprio juiz defina a questão no interrogatório do juiz.
com a máxima rapidez. Cân. 1536 § 1. Tratando-se de
questão particular e não estando em
Cân. 1528 Se uma parte ou causa o bem público, a confissão
testemunha recusam apresentar- se judicial de uma das partes isenta as
outras do ônus da prova.
perante o juiz para responder, é lícito
interrogá-las mesmo por meio de um § 2. Contudo, nas causas que
leigo designado pelo juiz ou requerer interessam ao bem público, a confissão
a declaração delas perante público judicial e as declarações das partes,
tabelião, ou por qualquer outro modo que não sejam confissões, podem ter
legítimo. força de prova, a ser ponderada pelo
Cân. 1529 O juiz não proceda à juiz juntamente com as demais
coleta de provas antes da circunstâncias da causa; mas não se
litiscontestação, a não ser por causa pode atribuir a elas força probatória
grave.
plena, a não ser que haja outros
Capít elementos que as corroborem
ulo I plenamente.
DAS DECLARAÇÕES DAS Cân. 1537 Compete ao juiz,
PARTES ponderadas todas as circunstâncias,
Cân. 1530 Para apurar melhor a determinar que v alor se deve dar a
verdade, o juiz pode sempre interrogar confissão extrajudicial das partes
as partes, e até o deve, a
requerimento da parte ou para provar aduzidas em juízo.
um fato que é do interesse público
que esteja acima de qualquer dúvida. Cân. 1538 A confissão ou qualquer
outra declaração da parte não tem
Cân. 1531 § 1. A parte legitimamente nenhum valor, caso conste ter sido feita
interrogada deve responder e dizer por erro de fato ou extorquida por
toda a verdade. violência ou medo grave.
§ 2. Se recusa responder, cabe ao Capítulo II
juiz ponderar o que se possa deduzir
DA PROVA DOCUMENTAL
disso para a prova dos fatos.
Cân. 1539 Em qualquer espécie de
Cân. 1532 Nos casos em que está em
juízo, admite-se prova por documentos
causa o bem público, o juiz imponha
às partes juramento de dizer a públicos ou particulares.
verdade, ou pelo menos juramento Art.
sobre a verdade do que foi dito, a não 1
ser que grave causa aconselhe o Docu
contrário; nos outros casos, pode Da mento
fazer isso, de acordo com sua Natur s
prudência. eza e
do Cân. 1540 § 1.
Cân. 1533 As partes, o promotor de Valor Documentos
justiça e o defensor do vínculo podem dos públicos
10
2
eclesiásticos particular, Cân. 1544 Os TESTE
documentos não
são aqueles admitido pela tem força MUNH
que foram parte ou probatória em AS E
juízo, a não ser
elaborados por reconhecido que sejam DOS
pessoa pública pelo juiz, tem o apresentados no TESTE
original ou em
no exercício do mesmo valor de cópia autêntica e MUNH
próprio múnus uma confissão depositados na OS
chancelaria do
na Igreja, extrajudicial, tribunal, para Cân. 1547 A
que possam ser prova
observando as contra seu autor examinados pelo
juiz e pela parte testemunhal é
formalidades ou contra quem admitida em
contrária. quaisquer causa,
prescritas pelo o assinou e
Cân. 1545 O sob orientação
direito. seus sucessores juiz pode do juiz.
na causa; contra ordenar que Cân. 1548 § 1.
§ 2. seja
os estranhos ao apresentado no As testemunhas
Documentos processo um devem dizer a
processo, tem a verdade ao juiz
públicos civis documento que
mesma força comum a ambas
são aqueles as partes. legitimamente as
das declarações interroga.
que, de acordo das partes, que Cân. 1546 § 1. § 2. Salva a
com as leis do não sejam prescrição do
Ninguém é cân. 1550, § 2, n.
lugar, são confissões, de obrigado a 2, são isentos da
reconhecidos acordo com o obrigação de
apresentar responder:
como tais pelo cân. 1536, § 2. documentos que,
direito. embora comuns, 1°- os
Cân. 1543
§ 3. não podem ser clérigos,
Demonstrando-
Os apresentados quanto ao
se que os que lhes foi
outro documentos sem perigo de
dano, de acordo manifestado
s foram rasurados,
com cân. 1548, em razão do
docu corrigidos,
§ 2, nº 2 ou sem ministério
ment interpolados ou
perigo de sagrado; os
os viciados de
violação de magistrados
são qualquer outro civis,
partic modo, cabe ao segredo que
médicos,
ulare juiz julgar se deve ser
parteiras,
s. podem ser mantido.
advogados,
Cân. 1541 A levados em § 2. Entretanto, notários e
não ser que se conta, e em que se alguma outros
demonstre medida. pequena parte obrigados ao
outra coisa por A do documento segredo de
argumentos r puder ser ofício,
contrários e t transcrita e também em
evidentes, os . apresentada em razão de
documentos 2 cópia sem os conselho
públicos fazem referidos dado, a
Da respeito de
fé em tudo o inconvenientes,
Apres assuntos
que neles é o juiz pode
entaç sujeitos a
afirmado de decretar sua
ão esse segredo;
modo direto e apresentação.
dos
principal. 2°- quem
Docu Capítu teme que de
Cân. 1542 Um mento lo III seu
documento testemunho
s DAS sobrevenham
infâmia,
10
3
perigosos representan ntação
vexames, Cân. 1550 § 1.
ou outros tes em e
males Não sejam juízo, o juiz Recusa
graves para admitidos a
si próprio, ou seus de
ou para o testemunhar assistentes, Testem
cônjuge, ou menores com
para o advogado unhas
próximos menos de
consangüín e os outros Cân. 1551 A
eos ou catorze anos, e que
afins. débeis mentais; parte que
assistem ou apresentou
A mas podem ser assistiram
ouvidos por uma
rt as partes
decreto do juiz, testemunha
. nessa
no qual se pode renunciar
1 causa;
declara ser a seu
Que isso 2°- os interrogatório;
m conveniente. sacerdotes, mas a parte
Pode no que se contrária pode
Teste § requerer que,
refere ao
munh 2 que ficaram apesar disso, a
ar . sabendo testemunha
Cân. 1549 pela seja ouvida.
Todos podem S confissão Cân. 1552 § 1.
ã sacramental Ao se
ser requererem
testemunhas, a o , mesmo provas por
que o testemunhas,
não ser que c indiquem-se ao
sejam penitente tribunal seus
o nomes e
expressamente peça que o domicílio.
n
impedidos, total manifestem;
s § 2.
ou aliás,
i Apresentem-se,
parcialmente, qualquer
d dentro do prazo
pelo direito. coisa
e determinado
ouvida por
r pelo juiz, os
alguém, de
a pontos sobre
qualquer
d os quais se
modo, por
o pede sejam
ocasião da
s inquiridas as
confissão,
não pode testemunhas;
i
ser aceita caso contrário
n
nem considere-se
c
mesmo abandonado o
a
como pedido.
p
a indício de Cân. 1553
verdade. Cabe ao juiz
z reduzir o
e número
A excessivo de
s r testemunhas.
: t Cân. 1554
1°- as . Antes do
partes em 2 exame das
causa ou Da testemunhas.
seus Aprese seus nomes
sejam
10
4
comunicados as podem assistir, a deve ser
interrogada
às partes; e, Cân. 1558 § 1. não ser que o separadamente.
segundo o As juiz, em razão § 2. Se as
testemunhas testemunhas
prudente devem ser de circunstância
interrogadas na divergirem entre
parecer do própria sede reais e si ou com a
juiz, não do tribunal, a pessoais, julgue outra parte em
não ser que o ponto
sendo isto juiz julgue que se deve importante, o
possível sem diversamente. proceder juiz pode
proceder à
grave § 2. Cardeais, secretamente. acareação
dificuldade, Patriarcas, delas, evitando
Bispos e Cân. 1560 § 1. quanto possível
faça-se ao aqueles que, Cada discórdias e
pelo direito civil testemunha escândalo.
menos antes próprio gozam o juramento da
da publicação do mesmo Cân. 1561 O testemunha, de
dos privilégio, acordo com o
sejam ouvidos interrogatório da cân. 1532; se a
testemunhos. no lugar por testemunha, que testemunha se
eles escolhido. nega a fazê-lo,
Cân. 1555 deve ser seja ouvida sem
§ 3. O juiz assistido pelo juramento.
Salva a
prescrição do decida onde notário, é feito Cân. 1563 O juiz
cân. 1550, a devem ser pelo juiz, por primeiramente
parte pode ouvidos seu delegado ou certifique-se da
pedir a aqueles a pelo auditor; por identidade da
exclusão de quem é isso, se as testemunha;
uma impossível ou partes, o indague sobre o
difícil ir à sede promotor de seu
testemunha
do tribunal, em justiça, o relacionamento
se, antes do
razão de defensor do com as partes e,
seu
distância, de vínculo ou os ao fazer-lhe
interrogatório,
doenças ou de advogados perguntas
se demonstrar
outro presentes ao específicas
justa a causa
impedimento, exame tiverem sobre a causa,
da exclusão.
salvas as outras perguntas procure averiguar
Cân. 1556 A prescrições
citação da a fazer a também as
testemunha é dos cânn. 1418 testemunha, fontes de suas
feita mediante e 1469, § 2.
decreto do proponham- nas, informações e o
juiz, não à tempo exato em
legitimamente Cân. 1559 As
notificado partes não testemunha, que as obteve.
àtestemunha. mas ao juiz ou a
podem assistir Cân. 1564 As
Cân. 1557 A quem o substitui,
tes temunha ao interrogatório perguntas sejam
devidamente das a fim de que ele breves,
citada as faça, salvo
compareça ou testemunhas, a adaptadas à
comunique ao não ser que o determinação capacidade do
juiz a causa contrária da lei
de sua juiz, interrogado, não
ausência. principalmente particular. abrangendo
A em se tratando Cân. 1562 § 1. muitas coisas ao
rt de bem O juiz recorde mesmo tempo,
. particular, julgue àtestemunha a não-capciosas,
3 que podem ser obrigação grave não sugeridoras
admitidas. de dizer toda a da resposta,
Do Contudo, seus verdade e só a isentas de
Interrogató advogados ou
verdade. qualquer ofensa
rio das procuradores e pertinentes
Testemunh § 2. O juiz exija
10
5
àcausa em faça menção do antes da
questão. juramento publicação dos 1°- qual a
prestado, autos ou condição
Cân. 1565 § 1.
As perguntas dispensado ao documentos, se da pessoa
não devem ser e sua
comunicadas recusado, da o juiz o julgar
com presença das necessário ou honestida
antecedência de;
às partes e de útil, contanto
testemunhas. outros, das que não haja 2°- se é
§ 2. Contudo, perguntas nenhum perigo testemunha
se as coisas a acrescentadas de colusão ou
serem de ciência
testemunhadas ex officio e, em suborno. própria,
estiverem tão geral, de todas
afastadas da Cân. 1571 As principalmen
memória que as coisas te por ter
não possam ser testemunhas, de
afirmadas com dignas de ela visto e
certeza, o juiz acordo com
menção, ouvido; se
pode prevenir a justa avaliação
testemunha de eventualmente ela se
algum do juiz, devem-
acontecidas baseia em
particular, se se reembolsar
isto for possível durante o sua própria
fazer sem as despesas que
interrogatório opinião, na
perigo. tiverem feito e o
das fama ou por
Cân. 1566 As testemunhas. ganho que
testemunhas tiverem deixado ter ouvido
deponham
oralmente; não Cân. 1569 § 1. de obter para de outros;
leiam nada já Ao final do poderem 3°- se a
escrito, a não testemunha
ser que se trate interrogatório, testemunhar. é constante
de algum deve-se ler à e
cálculo ou de Art. 4 firmemente
contas; neste testemunha o coerente
caso, podem que o notário Da Força consigo
consultar as mesmo ou é
anotações redigiu por Probatória dos variável,
trazidas escrito sobre Testemunhos incerta ou
consigo. vacilante;
seu depoimento, Cân. 1572 Na
Cân. 1567 § 1. 4°- se tem
A resposta deve ou fazê-la ouvir
ser apreciação dos testemunha
o que foi s
imediatamente testemunhos, o concordes,
redigida por gravado, dando- ou se é ou
escrito pelo juiz, tendo
notário, e deve lhe a faculdade não
de acrescentar, solicitado se confirmada
referir as por outros
próprias suprimir, corrigir, necessário elementos
palavras do cartas probatórios.
testemunho modificar.
proferido, ao testemunhais, Cân. 1573 O
menos no que § 2. Por fim,
se refere devem assinar o considere: depoimento de
diretamente autor, a
àmatéria em testemunha, o uma única
juízo. juiz e o notário. testemunha não
§ 2. Pode-se Cân. 1570 pode fazer fé
admitir o uso de Embora já plena, a não
gravador de
som, contanto inquiridas as ser que se
que as testemunhas, a trate de
respostas sejam
posteriormente pedido da parte testemunha
consignadas por ou ex officio, qualificada que
escrito e, se
possível, poderão ser deponha a
assinadas pelos chamadas para respeito de
depoentes.
novo coisas feitas ex
Cân. 1568 Nos interrogatório, officio ou que
autos, o notário
10
6
circunstâncias comprovar dado o laudo. outras
algum fato ou circunstâncias
reais e para discernir a Cân. 1578 § 1. da causa.
verdadeira Cada perito
pessoais natureza de faça seu laudo § 2. Na
sugiram o alguma coisa. distinto dos motivação da
demais, a não decisão, deve
contrário. Cân. 1575 ser que o juiz expor as razões
ordene que que o levarem a
C Compete ao seja feito um aceitar ou
juiz nomear os único, a ser rejeitar as
a assinado por conclusões dos
peritos, cada um; em peritos.
ouvindo as tal caso, sejam
p diligentemente Cân. 1580 Aos
partes ou por anotadas as peritos devem
discordâncias
í proposta delas, de pareceres, ser pagas as
ou então, se o se as houver.
despesas e
t caso o § 2. Os peritos honorários a
comporta, devem indicar serem
u
aceitar os claramente os determinados
l laudos já documentos ou eqüitativamente
emitidos por outros modos pelo juiz, e
o outros peritos. adequados observando-se
Cân. 1576 Os com que se o direito
peritos são certificaram da
I excluídos ou particular.
podem ser identidade das Cân. 1581 § 1.
rejeitados pelas pessoas, As partes
V mesmas podem designar
causas coisas ou peritos
previstas para lugares, o particulares que
a testemunha. devem ser
D Cân. 1577 § 1. caminho e o aprovados pelo
Levando em processo juiz.
O conta o que através dos
eventualmente § 2. Se o juiz o
os litigantes quais admitir, estes
S apresentarem,
o juiz cumpriram o podem, quanto
determine por encargo necessário,
decreto cada recebido, e os
P ponto sobre o compulsar os
qual deve argumentos em
versar o autos da causa
E trabalho dos que
e estar
peritos. principalmente
R presentes
§ 2. Devem ser se firmam suas
àexecução da
entregues ao conclusões.
I perícia; e
perito os atos § 3. O perito podem sempre
T da causa e pode ser apresentar seu
outros convocado laudo.
O
documentos e pelo juiz para C
S subsídios de dar explicações a
que pode que pareçam
Cân. 1574 p
Deve-se usar precisar para ulteriormente
da ajuda de í
cumprir exata e necessárias.
peritos sempre t
que, por fielmente seu
prescrição do Cân. 1579 § 1. u
direito ou do encargo. O juiz pondere
não só as l
juiz, se exigem § 3. Ouvido o conclusões
seu próprio perito, o o
interrogatório e juiz determine dos peritos,
seu laudo de o prazo dentro mesmo
concordes, V
caráter técnico do qual deve mas também
ou científico, ser feito o todas as DO ACESSO
para interrogatório e
10
7
E DA Cân. 1582 Para A indicando- se o
INSPEÇÃO a definição da S nexo existente
JUDICIÁRIA causa, se o juiz entre ela e a
julgar oportuno C causa principal.
S A
ir a algum lugar Cân. 1589 § 1.
U
ou inspecionar U Recebida a
S
alguma coisa, petição e ouvidas
A
deve determiná- N as partes, o juiz
S
lo por decreto, decida, com a
Ç máxima rapidez,
no qual I
especifique Õ se a causa
N
sumariamente, incidente
C
ouvidas as E proposta parece
I
partes, o que ter fundamento e
S D
deve estar a nexo com o juízo
E
disposição Cân. 1584 A principal ou se
presunção é a N
nesse acesso. pelo contrário
conjectura T
provável de uma deve ser
Cân. 1583 coisa E
Faça-se um incerta; se é liminarmente
documento da S
inspeção estabelecida rechaçada; e,
levada a efeito. pela lei, chama- Cân. 1587 Dá-se admitindo-a, se é
se presunção
iuris, uma causa de tal
C
se e incidente sempre importância que
a formulada que, depois de deva ser
pelo juiz, começado o resolvida por
p chama- se juízo mediante a sentença
presunção citação, se interlocutória ou
í hominis. propõe uma por decreto.
t Cân. 1585 questão que, § 2. Entretanto,
Quem tem a seu embora não se julgar que a
favor uma questão incidente
u presunção de contida não deve ser
direito fica livre expressamente resolvida antes
l do ônus da da sentença
prova, que recai no libelo de definitiva,
s obre a parte introdução da determine que
o contrária. seja levada em
lide, todavia é de conta no dia da
Cân. 1586 O juiz tal modo definição da
não formule causa principal.
V pertinente a
presunções que causa, que Cân. 1590 § 1.
I não estejam geralmente deve Se a questão
estabelecidas ser resolvida incidente deve
pelo direito, a antes da questão ser resolvida por
D não ser em base principal. sentença,
a fato certo e observem-se as
A Cân. 1588 A
determinado, normas relativas
causa incidente
S que esteja ao processo
se propõe por
diretamente contencioso oral,
escrito ou
relacionado com a não ser que
oralmente,
P o objeto da outro seja o
perante o juiz
controvérsia. parecer do juiz,
competente para
R dada a
TÍTULO V definir a causa
principal, importância da
E D
10
8
questão. sentença n
definitiva e sua § 2. Mesmo o
§ 2. Devendo,
porém, ser execução. que não tenha v
resolvida por comparecido
decreto, o § 2. Antes de a
tribunal pode ou respondido m
confiar a dar o decreto antes da
questão a um mencionado no e
auditor ou ao definição da
presidente. § 1,deve constar n
causa, pode
por nova t
Cân. 1591 fazer
citação, se e
Antes da impugnações
necessário, que ;
conclusão da contra a
a citação, feita sentença; e se 2°- se o
causa principal, autor não
havendo justa legitimamente, provar ter sido atender a
chegou em detida por nova
causa, pode o citação,
juiz ou o tempo útil a parte impedimento presume -se
demandada. legítimo que, que tenha
tribunal revogar renunciado
ou reformar o Cân. 1593 § 1. sem culpa sua, à instância,
não pôde de acordo
decreto ou Se a parte com os
sentença demonstrar cânn. 1524-
demandada se 1525;
interlocutória, a apresentar antes, pode
requerimento de depois a juízo ou fazer uso da 3°- se quiser
uma das partes responder antes querela de intervir
ou ex officio, da definição da nulidade depois no
ouvidas as causa, pode Cân. 1594 Se processo,
partes. apresentar no dia e hora observe-se
conclusões e determinados o cân. 1593.
Capítulo I
provas, salva a de antemão Cân. 1595 § 1.
DA prescrição do para a A parte
AUSÊNCIA cân. 1600; o litiscontestação ausente do
DAS juiz, porém, , o autor não juízo, autor ou
PARTES cuide que o comparecer parte
Cân. 1592 § 1. juízo não se nem demandada,
Se a parte protraia apresentar que não provar
demandada, propositadament escusa seu justo
citada, não e com longos e adequada: impedimento, é
comparecer desnecessários obrigada a
atrasos. 1
nem apresentar ° pagar as
escusa - despesas da
adequada da lide feitas por
ausência, ou o causa de sua
não responder ausência, e
conforme o cân. j também
1507, § 1, o juiz u indenizar a
a declare i outra parte, se
ausente do z for necessário.
juízo e, § 2. Se tanto o
o
observado o autor quanto a
que se deve parte
c demandada
observar, i ficarem
determine a ausentes do
t juízo, são
continuação da e ambos
causa até a obrigados
solidariamente
10
9
às despesas para seja mostrado tenha expirado
da lide.
apresentar a ninguém, o tempo útil
Capítulo II suas provas, cuidando-se, fixado pelo juiz
DA se a c ausa já porém, que para a
INTERVENÇ tiver chegado permaneça apresentação
ÃO DE ao período intacto o direito de provas, ou
TERCEIRO probatório. de defesa. que o juiz
NA CAUSA Cân. 1597 § 2. Para declare ter a
Ouvidas as completar as causa como
Cân. 1596 § partes, o juiz provas, as
deve chamar a partes podem suficientemente
1. Em juízo um propor outras instruída.
qualquer terceiro, cuja ao juiz; obtidas
intervenção essas, se o § 3. O juiz dê o
instância da pareça juiz julgar
lide, pode ser necessária. necessário, decreto de
cabe
admitido a TÍTULO VI novamente o conclusão da
intervir na decreto causa, qualquer
DA mencionado no
causa um PUBLICAÇÃ § 1. que tenha sido
terceiro O DOS o modo pelo
AUTOS, DA Cân. 1599 § 1.
interessado, CONCLUSÃ Terminado qual ela
O E DA tudo o que se
como parte DISCUSSÃO refere à aconteceu.
que defende o DA CAUSA obtenção das
provas, chega- Cân. 1600 § 1.
próprio direito Cân. 1598 § 1. se àconclusão Depois da
ou, in causa. conclusão da
Coletadas as causa, o juiz
acessoriament provas , o juiz § 2. Dá-se pode ainda
chamar as
e, para ajudar deve, por essa conclusão mesmas ou
a algum dos decreto, sempre que as outras
testemunhas,
litigantes. permitir, sob partes ou determinar
pena de declarem nada outras provas,
§ 2. Todavia, que não tenham
para ser nulidade, às mais ter para sido
partes e a seus alegar, que anteriormente
admitido,
deve, antes da advogados privado das
m
conclusão in compulsarem, partes, se
e
causa, na chancelaria todas as
d
apresentar ao do tribunal, os partes
i
juiz um libelo, autos que concordarem;
d
no qual ainda não lhes 2°- nas outras
a causas,
demonstre forem
s ouvidas as
brevemente conhecidos; partes e
, contanto que
seu direito de pode-se
haja grave
intervir. também dar, s razão e seja
aos advogados o removido
§ 3. Quem qualquer
que o pedirem, m perigo de
intervém na um exemplar e fraude ou
causa deve suborno;
dos autos; nas n
ser admitido caus as, porém t 3°- em todas
no estado em referentes ao e as causas,
que a causa bem público, o : sempre que
se encontra, juiz, para evitar seja
dando-se a ele gravíssimos 1°- em verossímil
um prazo perigos, pode causas em que, não
breve e decretar que que se trata sendo
peremptório algum ato não só do bem admitida
11
0
nova prova, circunstâncias outros, dadas ao U
semelhantes,
haveria uma observem-se as juiz, que L
sentença disposições do permaneçam O
tribunal.
injusta, fora dos autos
pelas Cân. 1603 § 1. da causa. V
razões Feita entre as I
§ 2. Se a
mencionada partes a discussão da I
comunicação causa se fizer
s no cân. por escrito, pode DOS
1645, § 2, n. recíproca das o juiz determinar PRON
defesas e que se faça
1-3. moderada UNCIA
alegações, é discussão oral MENT
§ 2. No diante do
entanto, o juiz lícito a ambas tribunal, para OS DO
pode mandar as partes esclarecimento
ou admitir que de algumas JUIZ
se apresente apresentar suas questões.
documento réplicas, dentro Cân. 1607 A
que, sem culpa Cân. 1605 O
do interessado, de curto prazo, notário assista causa tratada por
não pôde talvez prefixado pelo àdiscussão oral via judicial, se for
ser mencionada nos
apresentado juiz. cânn. 1602 § 1 a principal, e
antes. e 1604 § 2, a decidida pelo juiz
§ 3. As novas § 2. As partes fim de
transcrever logo com sentença
provas sejam tenham esse as discussões e
publicadas, definitiva; se for
observando-se direito uma só conclusões, se
assim o juiz incidente, com
o cân. 1598, § 1. vez, salvo ordenar, ou a
parte pedir e o sentença
Cân. 1601 Feita pareça ao juiz
juiz aceitar. interlocutória,
a conclusão da que, por causa
salva a
grave, deve ser Cân. 1606 Caso
causa, o juiz prescrição do
concedido as partes
determine um cân. 1589 § 1.
novamente; tenham deixado
prazo Cân. 1608 § 1.
nesse caso, de preparar sua Para pronunciar
conveniente
porém, a defesa em qualquer
para sentença, requer-
concessão feita tempo útil ou se se, na mente do
apresentação
a uma das entreguem a juiz, certeza
das defesas e moral sobre a
partes ciência e questão a ser
alegações. definida pela
considera-se consciência do
Cân. 1602 § 1. juiz, este se ex sentença.
As defesas e feita também
alegações àoutra. actis et probatis
sejam escritas, tiver clareza
a não ser que o § 3. O promotor
juiz julgue sobre a questão,
suficiente a de justiça e o pode pronunciar
discussão, nisso defensor do
consentindo as logo a sentença,
partes. vínculo tem o mas depois de
§ 2. Se as direito de nova ter exigido as
defesas com os
principais réplica às alegações do
documentos respostas das promotor de
forem
impressos, partes. justiça e do
requer-se a defensor do
licença prévia Cân. 1604 § 1.
do juiz, salva vínculo, se
a obrigação do Proíbem-se, de
segredo, se a intervierem na
modo absoluto,
houver. causa.
informações das
§ 3. Quanto à partes, dos T
extensão das
defesas, ao advogados ou Í
número de mesmo de T
cópias e outras
11
1
não ser que determinar na ao ponente ou
§ 2. Essa uma causa parte relator exarar a
certeza deve especial dispositiva da sentença,
o juiz hauri-la aconselhe o sentença. tirando os
ex actis et contrário, faça- motivos dentre
probatis. § 4. Durante a
se a sessão na discussão, aqueles que
§ 3. O juiz, própria sede do porém, é lícito cada juiz
tribunal. a cada um apresentou na
porém, deve
modificar sua discussão, a
julgar as § 2. Designado
conclusão não ser que os
o dia da
provas inicial. O juiz motivos a
sessão, cada
um dos juízes que não quis serem alegados
conforme sua
apresente por aceder à tenham sido
consciência, determinados
escrito suas decisão dos
salvas as conclusões outros pode de antemão,
prescrições da sobre o mérito exigir que, se pela maioria dos
da causa e as houver juízes; depois a
lei sobre o sentença deve
razões de apelação,
valor de direito e de fato ser subme tida
suas
algumas pelas quais conclusões a aprovação de
chegou a essa sejam cada um dos
provas.
conclusão; transmitidas ao juízes.
§ 4. O juiz que essas tribunal § 3. A sentença
não pode conclusões superior. deve ser
adquirir essa sejam publicada não
certeza § 5. Se os
anexadas aos além de um
declare que juizes não
autos da mês após o dia
não consta do quiserem ou
causa, em que foi
direito do autor não puderem
devendo ser definida a
e absolva o chegar a
conservadas causa, a não
demandado, a sentença na
secretamente. ser que, no
não ser que se primeira
§ 3. Invocado o discussão, tribunal colegial,
trate de os juízes
causas que nome de Deus pode a decisão
e apresentadas ser adiada para tenham
goze do favor determinado,
as conclusões nova sessão,
do direito; por motivo
de cada um, mas não por
nesse caso, grave, um
por ordem de mais de uma
deve espaço de
precedência, semana, a não
pronunciar-se tempo mais
de modo ser que se
em favor dela. prolongado.
porém que se deva completar
Cân. 1609 § inicie sempre a instrução da C
1. No tribunal pelo ponente causa, de â
colegial, o ou relator da acordo com o n
presidente do causa, faça-se cân. 1600. .
colégio a discussão, Cân. 1610 §
determine o sob a direção 1. Se o juiz for 1
dia e a hora do presidente, único, ele 6
mesmo
em que os para exarará a 1
juízes devem estabelecer sentença.
1
reunir-se para principalmente § 2. No tribunal
deliberar; a o que se deve colegial, cabe A
11
2
s da sentença; e sentença pode
e 4°- dar ser feita
n disposições f entregando-se
a respeito u
t das uma cópia da
e despesas n sentença às
processuais d
n . partes ou a seus
ç a procuradores ou
Cân. 1612 § 1. m
a Após a enviando-lhes
e essa cópia, de
d invocação do n
nome de acordo com o
e t cân. 1509.
v Deus, a a
e sentença deve . Cân. 1616 § 1.
: mencionar, Se no texto da
expressamente § 4. Termine sentença houver
1°- definir e por ordem, com a indicação escapado algum
a quem é o juiz do dia e lugar erro de cálculo,
controvérsi ou o tribunal, em que foi ou acontecido
a tratada quem é o proferida e com algum erro
diante do autor, a parte a assinatura do material na
tribunal, demandada, o juiz ou, tratando- transcrição da
dando-se a procurador, se de tribunal parte dispositiva
cada uma citando colegial, de ou na exposição
das corretamente todos os juízes e dos fatos ou
dúvidas a nomes e do notário. petições das
resposta domicílio, o Cân. 1613 As partes, ou tiver
regras dadas
adequada; promotor de sobre a sido omitida
justiça e o sentença alguma exigência
2°- definitiva devem
determinar defensor do ser adaptadas do cân. 1612 § 4,
quais são as vínculo, se também a sentença deve
obrigações àsentença
de cada tiverem interlocutória. ser corrigida ou
parte, participado do completada pelo
decorrentes Cân. 1614 A
do juízo, e juízo. mesmo tribunal
como devem sentença seja
ser § 2. Depois que a proferiu, a
cumpridas; deve expor publicada quanto
requerimento da
brevemente a antes, indicando
3°- expor facit species parte ou ex
com as conclus os modos pelos
as razões ões das partes officio, mas
quais pode ser
ou motivos, e a formulação ouvindo sempre
das dúvidas. impugnada; não
de direito e as partes e
tem nenhuma
de fato, em § 3. Siga a isso acrescentando
eficácia antes da
a parte um decreto ao
que se publicação,
dispositiva da final da sentença.
fundamenta mesmo que a
a parte sentença, parte dispositiva § 2. Se alguma
precedida das das partes a
dispositiva tenha sido isso se opuser,
comunicada às a questão
e incidente seja
r m partes, com a decidida por
a decreto.
permissão do
z q juiz. Cân. 1617 Os
õ u outros
e e Cân. 1615 A
pronunciamentos
s publicação ou
do juiz, fora a
s intimação da
sentença, são
11
3
decretos; pelo direito judicial
estes, se não positivo que, mencionada pode ser
forem de mero sendo no cân. proposta, como
expediente, não conhecidas pela 1501, ou não exceção,
têm valor, se parte que propõe foi instaurado sempre; como
não expuserem a querela, não contra ação, diante do
ao menos tiverem sido alguma parte juiz que proferiu
sumariamente denunciadas ao demandada; a sentença, no
os motivos, ou juiz antes da prazo de dez
5°- foi
não remeterem sentença, são proferida anos desde a
a motivos sanadas pela entre partes, publicação da
das quais ao
expressos em própria menos uma sentença.
outro ato. sentença, não tinha
capacidade Cân. 1622 A
sempre que se de estar em sentença e
Cân. 1618 A juízo;
trata de causa viciada de
sentença
referente ao 6°- alguém nulidade
interlocutória ou
bem de agiu em sanável, se:
o decreto têm
particulares. nome de
força de 1°- foi proferida
sentença Cân. 1620 A outro sem por número
mandado não-legítimo de
definitiva, se juízes, contra a
impedem o sentença é legítimo; prescrição do
cân. 1425 § 1;
juízo, ou põem viciada por 7°- foi
fim ao próprio negado a 2°- não
juízo ou a nulidade alguma das contém os
algum grau do partes o
insanável, motivos ou
juízo, no que se direito de
refere ao menos se: 1°- foi defesa; 8°- as razões
a alguma parte a
da causa. proferida da decisão;
controvérsia
TÍTULO VIII por juiz não foi 3°- não traz
DA absolutame definida
IMPUGNAÇÃO nem sequer as
DA SENTENÇA nte p
a assinaturas
r
Capítulo I incompetent c
i prescritas
DA e; a
l pelo direito;
QUERELA m
2°- foi e
DE proferida por n 4°- não traz a
NULIDAD alguém t
destituído do e indicação do
E poder de . ano, mês, dia e
CONTRA julgar no
tribunal em Cân. 1621 A lugar em que foi
A que a causa proferida;
foi definida; querela de
SENTENÇ nulidade, 5°- está
A 3°- o juiz baseada em ato
proferiu a mencionada no
sentença judicial nulo,
Cân. 1619 cân. 1620, cuja nulidade
coagido por não tenha sido
Salvos os cânn. violência sanada, de
1622 e 1623, as grave; acordo com o
nulidades de 4°- o juízo foi cân. 1619;
atos feito sem a 6°- foi proferida
estabelecidas petição contra uma
11
4
parte vínculo, sempre
que lhes
legitimamente couber o direito D h
de intervir. á
ausente, de
acordo com o § 2. O próprio A l
cân. 1593 § 2. juiz pode ex u
Cân. 1623 officio retratar g
Nos casos ou corrigir a A a
mencionados sentença nula r
no cân. 1622, P
a querela de por ele p
nulidade pode proferida, E a
ser proposta
no prazo de dentro do r
três meses L
após a notícia prazo de ação a
da publicação estabelecido A a
da sentença.
pelo can. 1623, p
Cân. 1624 Da a não ser que, Ç e
querela de nesse ínterim, l
Ã
nulidade julga tenha sido a
o próprio juiz interposta O ç
que proferiu a apelação junto ã
sentença; se a com querela de Cân. 1628 A o
parte recear nulidade, ou a parte que se :
que o juiz, que nulidade tenha julgar
1°- de uma
proferiu a sido sanada prejudicada por sentença do
sentença por decurso alguma próprio
Romano
impugnada por do prazo sentença, bem Pontífice ou
querela de mencionado no como o da
Assinatura
nulidade, cân.1623. promotor de Apostólica;
tenha ânimo Cân. 1627 As justiça e o
2°- de uma
predisposto, e causas de defensor do
querela de sentença
portanto o nulidade, vínculo nas
viciada de
julgar suspeito, podem ser causas em que
tratadas se requer sua nulidade, a
pode exigir segundo as não ser que
que outro juiz normas do presença, tem
processo o direito de se faça junto
o substitua, de contencioso com a
acordo com o oral. apelar da
sentença ao querela de
cân. 1450. C
juiz superior, nulidade, de
Cân. 1625 A acordo com
querela de a salva a
nulidade pode prescrição do o cân.1625;
ser proposta p
junto com a cân. 1629. 3-
apelação,
dentro do í C de
prazo u
estabelecido â
para a t m
n
apelação. a
u .
Cân. 1626 § 1. 1 se
Podem nt
interpor l 6
querela de en
nulidade não o 2
só as partes 9 ça
que se julgam pa
prejudicadas,
mas também o N ss
promotor de I
ã ad
justiça ou o
defensor do I o a
11
5
e 5°- de uma Cân. 1633 A cumprimento de
m sentença ou apelação deve seu dever.
j de um prosseguir § 3. Enquanto
u decreto perante o juiz a isso, o juiz a quo
deve transmitir
l numa quem se dirige, os autos ao juiz
g causa que dentro de um de apelação, de
acordo com o
a o direito mês de sua cân. 1474.
d determina interposição, a
Cân. 1635
o que deve não ser que o
Transcorridos
; ser decidida juiz a quo tenha
inutilmente os
4°- de um com a determinado a
prazos fatais
decreto ou máxima parte um tempo
para apelar, quer
rapidez. mais longo para
sentença diante do juiz a
seu
interlocutór Cân. 1630 § 1. quo quer diante
prosseguimento.
ia, que não A apelação dev do juiz ad quem,
tenham e ser interposta Cân. 1634 § 1. considera-se
valor de perante o juiz, Para o abandonada a
sentença pelo qual foi prosseguimento apelação.
definitiva, a proferida a da apelação, Cân. 1636 § 1. O
não ser sentença, requer-se e apelante pode
renunciar
que se dentro do basta que a àapelação, com
faça junto prazo parte invoque a os efeitos
mencionados no
com a peremptório de intervenção do cân. 1525.
apelação quinze dias juiz superior,
§ 2. Se a
de uma úteis após a para corrigir a
apelação for
sentença notícia da sentença
apresentada pelo
definitiva; publicação da impugnada,
defensor do vínc
sentença. anexando cópia
ulo ou pelo
dessa sentença
§ 2. Se for feita se promotor de
oralmente, o e indicando as
notário a redija nt TÍTULO justiça, salvo
por escrito razões da
en IX determinação
diante do apelação.
próprio ça contrária da lei, a
apelante. de § 2. Se a parte renúncia pode
Cân. 1631 Se fini não puder obter ser feita pelo
surgir alguma
questão sobre o tiv do tribunal a defensor do
direito de
apelar, a. quo cópia da vínculo ou pelo
julgue-a, com sentença promotor de
a máxima mencionado nos impugnada,
rapidez, o cânn. 1438 e justiça do
tribunal de dentro do tempo Tribunal de
apelação, 1439. útil, nesse
conforme as apelação.
normas do § 2. Se a outra ínterim não
processo parte tiver decorrem os Cân. 1637 § 1. A
contencioso apelação feita
oral. apelado a outro prazos; o
tribunal de impedimento pelo autor vale
Cân. 1632 § 1. deve ser também para o
apelação, julga
Na apelação, se comunicado ao demandado, e
da causa o
não for indicado juiz de apelação vice-versa.
tribunal que for
a que tribunal é que, por
de grau § 2. Se os
dirigida, preceito,
superior, salvo o demandados ou
presume-se imponha ao juiz
cân. 1415. os autores forem
feita ao tribunal a quo o vários e a
11
6
sentença for admitir, em grau DA COISA não tiver
de apelação, JULGADA E sido
impugnada por um novo título DA apresentada
de demanda, RESTITUIÇÃO dentro do
um ou contra nem sequer sob "IN tempo útil;
um só deles, a a forma de INTEGRUM"
acumulação útil; 3°- se, em
impugnação se por conseguinte, C grau de
considera feita a a apelação, a
litiscontestação instância se
por todos e pode versar p tiver tornado
contra todos, unicamente í perempta ou
sobre a se tiver
sempre que a confirmação ou t havido
coisa pedida e a reforma, renúncia a
parcial ou total, u ela;
indivisível ou a da primeira l 4°- se tiver
obrigação e s o sido
solidária. e proferida
I sentença
§ 3. Se uma n definitiva,
t contra a
parte apelar DA COISA qual não se
contra um e JULGADA admite
n apelação,
capítulo da Cân. 1641 de acordo
sentença, a ç com o cân.
Salva a 1629.
parte contrária, a
. prescrição Cân. 1642 § 1.
embora tenham
§ 2. Novas do cân. A coisa julgada
passado os
prazos fatais provas, porém, 1643, há tem estabilidade
são admitidas
para a somente de coisa de direito e não
acordo com o pode ser
apelação, pode cân. 1600. julgada: 1°-
apelar se tiverem impugnada
Cân. 1640 Em
incidentemente grau de diretamente, a
apelação, deve- sido dadas
contra outros não ser de
se proceder do duas
pontos, dentro mesmo modo acordo com o
do prazo como na sentenças cân. 1645 § 1.
primeira
peremptório de instância, com concordes
as devidas entre as § 2. Ela faz
quinze dias adaptações; mesmas direito entre as
após a data em mas, não se partes,
sobre a partes e
que lhe foi feita devendo mesma
eventualmente petição e proporciona
a notificação da completar as pela
provas logo m ação de julgado
apelação após a e e exceção de
principal. litiscontestação, s
conforme o cân. m coisa julgada,
§ 4. A não ser 1513 a que o juiz pode
que conste o § 1, e o cân.
contrário, a c declarar
apelação 1639 § 1, a também ex
presume-se u
feita contra proceda-se à s officio, para
todos os pontos discussão da a impedir nova
da sentença. causa à d introdução da
Cân. 1638 A e
mesma causa.
apelação d
suspende a e Cân. 1643
m Nunca passam
execução da a
sentença. Cân. n em julgado
d causas sobre o
1639 § 1. Salva a
; estado das
a prescrição do
2°- se a pessoas, não
cân. 1683, não apelação excetuando
se pode contra a
sentença causas sobre
11
7
separação de não ser que a documentos sido
evidentemen
cônjuges. lei determine o que provem te
contrário ou o fatos novos negligenciad
Cân. 1644 § 1. a alguma
tribunal de e exijam prescrição,
Se tiverem sido não
pronunciadas apelação indubitavel meramente
ordene a mente uma processual,
duas sentenças da lei;
concordes em suspens ão de decisão
causa referente acordo com o contrária; 5°- a
ao estado das cân. 1650 § 3. 3°- a sentença se
sentença oponha a
pessoas, em Capítulo II tenha sido
qualquer tempo proferida uma decisão
DA por dolo de anterior que
se pode uma parte
recorrer ao RESTITUIÇ em prejuízo já tenha
ÃO "IN da outra;
tribunal de passado em
apelação, INTEGRU 4°- tenha julgado.
apresentando M" precedente, o
Cân. 1646 § 1. prazo decorre a
novas e graves Cân. 1645 § 1. partir dessa
provas ou Contra uma A restituição in notícia.
argumentos, sentença que integrum pelos § 3. Enquanto o
motivos prejudicado for
dentro do prazo tenha passado menor de idade,
peremptório de mencionados no os prazos acima
em julgado, referidos não
trinta dias cân. 1645, § 2,
contanto que decorrem.
desde a n. 1-3, deve ser
conste Cân. 1647 § 1. O
proposição da pedida ao juiz pedido de
manifestament
impugnação. O que proferiu a restituição in
e da sua integrum
tribunal de sentença, dentro suspende a
injustiça, dá-se execução da
apelação, do prazo de três
a restituição in sentença ainda
porém, dentro meses, a serem não começada.
integrum. computados a
do prazo de um § 2. Não se § 2. Contudo, se
mês desde a considera que partir da data do
conhecimento por indícios
apresentação cons ta
manifestamente desses motivos. prováveis houver
das novas da injustiça, a suspeita de que
provas e não ser que: § 2. A restituição a petição foi feita
argumentos, 1°- a in integrum, para retardar a
sentença
deve decidir, se baseie pelos motivos execução, o juiz
por decreto, se de tal modo mencionados no
em provas, pode decretar a
a nova que depois cân. 1645 § 2, execução da
proposição da se n.4 e 5, deve
descubra sentença, dando
causa deve ou serem ser pedida ao porém a devida
não ser falsas e tribunal de
que, sem garantia ao que
admitida. elas, a apelação, dentro pediu a
parte
§ 2. O recurso dispositiva do prazo de três restituição, de
ao tribunal da meses desde a que será
sentença
superior, para não possa notícia da indenizado, caso
a obtenção de sustentar- publicação da venha a ser
se;
uma nova sentença; e no concedida a
proposição da 2°- tenham caso restituição in
causa, não sido mencionado no integrum.
suspende a descoberto cân. 1645
§ 2, n.5, se for Cân. 1648
execução da s
obtida mais Concedida a
sentença, a posteriorme tarde a notícia
nte da decisão restituição in
11
8
integrum, o 5°- sobre o sustento, ou se
depósito de natureza das
juiz deve dinheiro ou urgir alguma causas, seja
prestação de outra justa incluído no
pronunciar-se a caução, próprio texto
respeito do referentes ao causa. da sentença ou
pagamento publicado
mérito da das § 3. Se for separadamente
causa. despesas e .
à reparação impugnada a
dos danos. sentença Cân. 1652 Se a
TÍTULO X execução da
§ 2. Contra a mencionada no sentença exigir
DAS decisão § 2, o juiz que uma prévia
DESPESAS referente as prestação de
despesas dos deve conhecer contas, há uma
JUDICIAIS E honorários e da questão
reparação dos da impugnação, incidente que
DO danos, não se se constatar que deve ser
GRATUITO admite apelação decidida pelo
distinta, mas, esta próprio juiz que
PATROCÍNIO dentro do prazo provavelmente e proferiu a
Cân. 1649 § 1. de quinze dias, a sentença a ser
parte pode fundamentada e executada.
O Bispo, a recorrer ao juiz,
quem cabe que poderá que pode Cân. 1653 § 1.
supervisionar o corrigir o cálculo. originar-se Salvo
tribunal, determinação
estabeleça prejuízo contrária da lei
normas: TÍTULO XI particular, deve
irreparável com
1°- sobre a DA EXECUÇÃO executar a
a execução, sentença, por si
condenação DA SENTENÇA ou por outro, o
das partes pode suspender Bispo da
ao Cân. 1650 § 1. A a própria diocese em que
pagamento sentença que foi proferida a
ou a passou em execução ou sentença de
compensaçã julgado pode ser sujeitá-la a primeiro grau.
o das executada, salva
despesas a prescrição do caução. § 2. Se ele
judiciais; cân. 1647. recusar ou
Cân. 1651 Não deixar de fazê-
2°- sobre os pode haver lo, a
honorários § 2. O juiz que execução antes
dos do decreto requerimento da
proferiu a parte
procuradore executório do interessada ou
s, sentença e, se juiz, com o qual
advogados, se declare que a também ex
foi interposta officio, a
peritos e sentença deve execução cabe
intérpretes, apelação, ser executada;
bem como esse decreto, a autoridade a
sobre a também o juiz quem está
de acordo com sujeito o
indenização de apelação, a diversa tribunal de
das podem ordenar, apelação, de
testemunhas acordo com o
; ex officio ou a cân. 1439, § 3.
3°- sobre a requerimento da
§ 3. Entre
parte, a religiosos, a
concessão execução cabe
execução
do gratuito ao Superior
provisória de que proferiu a
patrocínio uma sentença sentença ou
ou da delegou o juiz.
que ainda não
redução das passou em Cân. 1654 § 1.
despesas; julgado, dando, A não ser que
4°- sobre se for o caso, alguma coisa
reparação proporcionadas tenha sido
dos danos,
não só por cauções, se se deixada a seu
quem tratar de arbítrio no
perdeu em
juízo, como providências ou próprio texto da
também por prestações sentença, o
quem litigou
temerariame referentes ao executor deve
nte; executar a
necessário
11
9
sentença de móvel, ou a processo § 2. Devem ser
contencioso anexados ao
acordo com o pagar em oral se faz, em libelo, pelo
sentido óbvio dinheiro, ou a primeiro grau, menos em
perante juiz cópia autêntica,
das palavras. dar ou fazer único, de os documentos
outra coisa, o acordo com o em que se
§ 2. É lícito a cân. 1424. apóia o pedido.
juiz, no próprio Cân. 1658 § 1.
ele julgar das Cân. 1659 § 1.
texto da Além do que
exceções está citado no Se tiver sido
sentença, ou o cân. 1504, o
sobre o modo inútil a tentativa
executor, a seu libelo com que
e o valor da se introduz a de conciliação,
arbítrio e lide deve:
execução, de acordo com
prudência,
mas não sobre 1°- expor o cân. 1446, §
determine um breve,
o mérito da íntegra e 2, o juiz, se
prazo para o
causa; claramente julgar que o
cumprimento os fatos em
contudo, se da obrigação; que se libelo tem algum
por outra fonte fundamenta fundamento,
esse prazo, m os
estiver porém, não pedidos do dentro de três
convencido de autor; dias, com
seja inferior a
que a quinze dias, 2°- indicar decreto ao pé
sentença é nem superior a de tal modo do próprio
nula ou seis meses. as provas libelo, ordene a
manifestament com as notificação da
e injusta, de SEÇÃO II cópia da petição
quais o
acordo com DO autor àparte
os cânn. PROCESS pretende demandada,
1620, 1622, O demonstrar dando-lhe
1645, CONTENCI os fatos e faculdade de
abstenha-se OSO que no enviar, dentro
de executá-la ORAL momento de quinze dias,
e remeta a não pode resposta escrita
questão ao Cân. 1656 § 1. àchancelaria do
apresentar,
tribunal que Podem ser tribunal.
que
proferiu a tratadas pelo
possam ser § 2. Essa
sentença, processo
logo notificação tem
informando as contencioso
coligidas os efeitos da
partes. oral, de que
pelo juiz; citação judicial
se fala nesta
Cân. 1655 § 1.
No que se seção, todas â
refere a ações as causas não m n
reais, sempre e
que alguma excluídas pelo .
coisa foi direito, a não n
adjudicada ao c 1
autor, ela deve ser que a parte
ser entregue a peça o i 5
ele, logo que o 1
existe coisa processo
julgada. contencioso n 2
§ 2. No que ordinário. a .
se refere a d
§ 2. Se o Cân. 1660 Se as
ações processo oral o
for empregado exceções da
pessoais, s
fora dos casos parte demandada
tendo sido o permitidos pelo o exigirem, o juiz
direito, os atos n
réu condenado judiciais são o estabeleça para
à prestação de nulos. a parte
alguma coisa Cân. 1657 O c
12
0
demandante nos cânn.1459- acordo com o motivações , seja
1464. notificado às
prazo para cân. 1600. partes quanto
Cân. 1663 § 1. antes,
responder, de As provas são ordinariamente
coligidas na Cân. 1666 Se na
modo que antes de quinze
audiência, salva audiência não dias.
possa conhecer a prescrição do
cân. 1418. tiver sido
claramente o Cân. 1669 Se o
objeto da § 2. A parte e possível coligir
tribunal de
controvérsia, seu advogado todas as provas,
podem assistir apelação
pelos elementos ao interrogatório seja marcada constatar que no
das outras outra audiência.
apresentados partes, das grau inferior de
por ambas as testemunhas e Cân. 1667 juízo foi
dos peritos. Coletadas as
partes. provas, faça- se empregado o
Cân. 1664 As a discussão oral processo
Cân. 1661 § 1. na mesma
respostas das audiência. contencioso oral
Esgotados os
partes, das em casos
prazos Cân. 1668 § 1.
testemunhas e excluídos pelo
mencionados A não ser que
dos peritos, as direito, declare a
nos cânn. 1659 na discussão se
petições e nulidade da
e 1660, o juiz, evidencie a
exceções dos sentença e
depois de ter necessidade de
advogados remeta a causa
examinado os suprir alguma
devem ser ao tribunal que
autos, determine coisa na
redigidas por proferiu a
a fórmula da instrução da
escrito pelo sentença.
dúvida; em causa, ou exista
notário, mas
seguida cite alguma coisa Cân. 1670 Nas
sumariamente e
para audiência, que impeça outras coisas
só no que afeta
que deve ser pronunciar referentes ao
à substância da
realizada antes devidamente a modo de
coisa
de trinta dias, sentença, o juiz, proceder,
controvertida;
todos os que terminada a observem-se as
devem ser
devem estar audiência, prescrições dos
assinadas pelos
presentes, decida a causa cânones sobre o
depoentes.
anexando, para em particular; juízo contencioso
as partes, a Cân. 1665 ordinário.
leia-se
fórmula da Provas que não Contudo, por
imediatamente a
dúvida. tenham sido decreto próprio
parte dispositiva
apresentadas ou devidamente
§ 2. Na citação, da sentença
pedidas na motivado, o
as partes sejam perante as
petição ou na tribunal pode
informadas de partes
resposta, o juiz derrogar normas
que podem, até presentes.
pode admiti-las processuais que
três dias antes somente de § 2. Contudo, não estejam
da audiência, acordo com o em razão da estabelecidas
apresentar ao cân. 1452; dificuldade da para a validade, a
tribunal um todavia, depois questão ou por fim de favorecer
breve escrito que tiver sido outra justa assim a rapidez
para comprovar ouvida, mesmo causa, o tribunal do processo,
suas que seja uma pode adiar a salva a justiça.
asserções. única decisão por
Cân. 1662 Na testemunha, o III P
cinco dias úteis.
audiência, A
tratam-se juiz pode § 3. O texto
primeiro as decretar novas integral da R
questões sentença, T
mencionadas provas só de expostas as
12
1
E O acessoriamente
C , podem ser
D I a conhecidas e
E p decididas pelo
D í
O juiz eclesiástico.
A t
S u Cân. 1673 Nas
L l causas de
P o nulidade do
G R matrimônio não
U O I reservadas àSé
C Apostólica, são
N E DAS CAUSAS
PARA A competentes:
S
S DECLARAÇÃO 1°- o
S
O DE NULIDADE tribunal do
P
S DO lugar onde
R MATRIMÔNIO foi
M celebrado o
O A
A matrimônio;
r
C T 2°- o
t
R tribunal do
E .
I lugar onde
1
S M a parte
O Do Foro
Competen demandada
S N
te tem
I d
O o
A Cân. 1671 As m
S I i
causas c
S matrimoniais í
E l
dos batizados i
o
S competem por o
direito próprio u
P q
ao juiz
u
E eclesiástico. a
s
Cân. 1672 As e
C -
causas d
I relativas aos o
m
efeitos i
A meramente c
í
civis do l
I i
matrimônio o
;
S competem ao
magistrado 3°- o
T tribunal do
civil, a não ser
Í que o direito lugar onde a
particular parte
T estabeleça que demandante
elas, quando tem
U domicílio,
tratadas
L incidente e contanto
que ambas
12
2
as partes São controvérsia, ou o ponente
proceda
morem no no foro ànotificação do
território da hábeis canônico ou no decreto de
citação, de
mesma para foro civil. acordo com o
Conferênci cân. 1508.
§ 2. Mas, se o
a dos impug cônjuge morrer § 2. Decorrido o
durante a
Bispos, e o pendência da prazo de quinze
vigário nar o causa,
observe-se o dias após a
judicial do matri cân. 1518. notificação, salvo
domicílio se uma das
mônio A
da parte partes tiver
r
demandad requerido a
: 1°- t
a o sessão para a
.
consinta, os litiscontestação,
depois de 3
o presidente ou
ouvi-la; cônju Do Ofício o ponente, por
4°- o ges; dos decreto,
tribunal do Juízes estabeleça ex
lugar, em 2°- o Cân. 1676 officio a fórmula
que de fato promotor da dúvida ou
Antes de
deve ser de justiça, dúvidas, e a
aceitar a causa
recolhida a quando a notifique às
e sempre que
maior nulidade já partes.
percebe
parte das foi esperança de § 3. A fórmula
provas, divulgada e sucesso, o juiz da dúvida não
contanto não for use meios se limite a
que haja o possível ou pastorais a fim perguntar se no
consentime conveniente de que os caso consta da
nto do convalidar- cônjuges nulidade do
Vigário se o sejam levados matrimônio,
judicial do matrimônio. a convalidar mas deve
domicílio Cân. 1675 § 1. eventualmente também
da parte O matrimônio o matrimônio e determinar por
demandad que não tiver restabelecer a qual título ou
a, o qual sido acusado convivência títulos é
antes lhe de nulidade, conjugal. impugnada a
perguntará estando vivos validade das
Cân. 1677 § 1.
a ela se ambos os Aceito o libelo, núpcias .
por acaso o presidente
cônjuges, não instrução da
tem algo a pode ser § 4. Depois de
opor. causa.
acusado de dez dias da
A nulidade depois notificação do A
rt da morte de um decreto, se as r
. ou de ambos partes não
2 os cônjuges, a tiverem feito t
não ser que a nenhuma
Do Direito de .
questão da oposição, o
Impugnar o
validade seja presidente ou o
Matrimônio
uma prejudicial ponente, com 4
Cân. para a solução novo decreto,
de outra ordene a
1674
12
3
D mencionado no § n A sentença, que
1, n. 1.
t primeiro tiver
a Cân. 1679 A não e declarado a
ser que se n nulidade do
s obtenham ç matrimônio,
provas plenas de a juntamente com
P outra fonte, o as apelações, se
juiz empregue, e houver, e com os
r se possível, outros autos do
testemunhas d juízo, seja
o sobre a a transmitida ex
v credibilidade das officio ao tribunal
partes, além de A de apelação, no
a outros indícios e prazo de vinte
p
subsídios, para e dias após a
s
avaliar os l publicação da
Cân. 1678 § 1. depoimentos das a sentença.
É direito do partes, de ç
acordo com o § 2. Se tiver sido
defensor do ã
cân. 1536. proferida
vínculo, dos o sentença de
patronos das Cân. 1680 Nas Cân. 1681 Na nulidade de
partes e, se causas de instrução da matrimônio no
intervir no impotência ou causa todas as primeiro grau de
processo, de falta de vezes que juízo, o tribunal
também do consentimento de apelação,
emergir dúvida
promotor de por motivo de ponderadas as
muito provável
justiça: doença mental, o observações do
de não-
1°- assistir juiz empregue o consumação do defensor do
ao auxílio de um ou matrimônio, pode vínculo e, se
interrogatório mais peritos, a o tribunal, houver, também
das partes, não ser que, suspendendo-se das partes, com
das pelas com o seu decreto, ou
testemunhas circunstâncias, consentimento confirme a
isso pareça das partes, a decisão, sem
e dos
evidentemente causa de demora, ou
peritos,
inútil; nas outras nulidade, admita a causa
salva a
causas, completar a para exame
prescrição observe-se a ordinário do novo
do cân. instrução para a
prescrição do dispensa super grau.
1559; cân. 1574. rato e, Cân. 1683 No
2°-
compulsar A finalmente, grau de
os autos r enviar os autos apelação, se for
judiciais,
mesmo t à Sé Apostólica, apresentado
ainda não . juntamente com novo fundamento
publicados,
e examinar o pedido de de nulidade do
os 5 dispensa de um matrimônio, o
documentos
apresentado D ou de ambos os tribunal pode
s pelas cônjuges, e com
partes. a aceitá- lo e julgá-
o voto do tribunal lo como na
§ 2. As partes
não podem S e do Bispo. primeira
assistir ao e instância.
interrogatório Cân. 1682 § 1.
12
4
Cân. 1684 § 1. se tiver tornado faça menção com a mesma
Depois que a executiva, o da declaração certeza se
sentença, que Vigário judicial de nulidade de evidencie que
matrimônio e
declarou a deve notificá-la das proibições não foi dada a
nulidade do ao Ordinário do por acaso dispensa, ou
estabelecidas.
matrimônio em lugar em que o então que
primeira matrimônio foi A faltava mandato
instância, foi celebrado. Este, r válido ao
confirmada em porém, deve t procurador.
grau de cuidar que .
6 Cân. 1687 § 1.
apelação por quanto antes, Contra essa
decreto ou com nos livros de Do declaração, o
segunda casamentos e Processo defensor do
sentença, de batizados, se Document vínculo, se
aqueles, cujo al prudentemente
matrimônio foi julgar que os
Cân. 1686
declarado nulo, vícios
Recebida a
podem contrair mencionados
petição
novas núpcias no cân. 1686 ou
proposta de
logo que lhes a falta de
acordo com o
tiver s ido dispensa não
cân. 1677, o
notificado o são certos,
Vigário judicial
decreto ou a deve apelar ao
ou o juiz por
segunda juiz de segunda
ele designado,
sentença, a não instância, ao
omitindo as
ser que isso qual se devem
formalidades
seja vedado a transmitir os
do processo
eles por autos e avisar
ordinário, mas
proibição por escrito que
citando as
aposta à própria se trata de
partes e com a
sentença ou processo
participação do
decreto, ou documental.
defensor do
determinada
vínculo, pode § 2. Permanece
pelo Ordinário
declarar por intacto o direito
local.
sentença a de apelação da
§ 2. Devem-se nulidade do parte que se
observar as matrimônio se, julga
prescrições do por documento prejudicada.
cân. 1644, não suscetível
mesmo se a de nenhuma Cân. 1688 Com
sentença que contradição ou a participação
declarou a exceção, do defensor do
nulidade do constar com vínculo e
matrimônio não certeza a ouvidas as
tenha sido existência de partes, o juiz
confirmada por um de segunda
uma segunda impedimento instância
sentença, mas dirimente ou a decida, do
por decreto. falta da forma mesmo modo
legítima, mencionado no
Cân. 1685 Logo cân. 1686, se a
que a sentença contanto que
12
5
sentença deve sobre as Capítulo II diocese de
ser obrigações residência dos
DAS CAUSAS
confirmada, morais ou cônjuges,
DE
ou se ao invés mesmo civis, ponderadas as
SEPARAÇÃO
se deve às quais talvez circunstâncias
DOS
proceder na estejam especiais,
CÔNJUGES
causa obrigadas uma conceder
segundo a para com a Cân. 1692 § 1. licença de
tramitação outra e para A separação recorrer ao foro
ordinária do com a prole, no pessoal dos civil.
direito; que se refere cônjuges
batizados, § 3. Se a causa
remete-a, ao sustento e
salvo legítima tratar também
nesse caso, àeducação.
determinação sobre os efeitos
ao tribunal de
Cân. 1690 As contrária para meramente civis
primeira
causas para a lugares do matrimônio,
instância.
declaração da particulares, o juiz se
A nulidade do pode ser empenhe a fim
matrimônio não decidida por de que a causa
r
podem ser decreto do seja levada
t tratadas Bispo desde o início
mediante diocesano ou ao foro civil,
. processo observada a
por sentença
contencioso do juiz, de prescrição do §
oral. acordo com os 2.
7
Cân. 1691 Nas cânones Cân. 1693 § 1.
A não ser que
outras coisas seguintes. uma parte ou o
N que se referem promotor de
§ 2. Onde a justiça peçam o
ao modo de decisão processo
o contencioso
proceder, eclesiástica ordinário,
r devem ser não produz empregue-se o
processo
aplicados, a efeitos civis, ou contencioso
m não ser que a oral.
prevendo- se
a natureza da sentença civil § 2. Se tiver
coisa o impeça, não contrária sido empregado
s os cânones ao direito o processo
sobre os juízos divino, pode o contenc ioso
em geral e Bispo da ordinário
G sobre o juízo
e for proposta de aceitar a
e contencioso apelação, o causa e sempre
ordinário, tribunal de que percebe
r observando as segunda grau
proceda de esperança de
normas acordo com o sucesso, o juiz
a especiais sobre cân. 1682, § 2,
servatis use meios
i as causas servandis. pastorais, a fim
quanto ao Cân. 1694
Quanto de que os
s estado das
àcompetência do cônjuges se
pessoas e as tribunal,
Cân. 1689 Na observem-se as reconciliem e
causas
sentença, as prescrições do sejam levados a
referentes ao cân. 1673.
partes sejam restabelecer a
bem público.
advertidas Cân. 1695 Antes convivência
12
6
conjugal. Cân. 1699 § 1. instrução seja parte
Para receber o confiada a esse demandada, o
Cân. 1696 As
libelo em que tribunal. juiz manifeste-o
causas de
se pede a prudentemente à
separação dos Cân. 1701 § 1.
dispensa, é parte
cônjuges Nesses
competente o interessada.
referem-se processos deve
também ao bem Bispo diocesano sempre intervir § 2. O juiz pode
público; por do domicílio ou o defensor do mostrar àparte
isso, o promotor quase-domicílio vínculo. requerente um
de justiça deve do orador que documento
§ 2. Não se
sempre deve dispor a admite patrono, exibido ou um
participar delas, instrução do mas o Bispo, testemunho
por causa da
de acordo com processo, caso dificuldade do recebido e
o cân. 1433. conste do caso, pode determinar prazo
permitir que o
fundamento do orador ou a para a
Capítulo III parte
pedido. demandada apresentação de
DO tenha a ajuda de alegações.
§ 2. Se, porém, um jurisperito.
PROCESS o caso proposto Cân. 1704 § 1.
O PARA tiver especiais Cân. 1702 Na Completada a
DISPENS dificuldades de instrução, sejam instrução, o
A DO ordem jurídica ouvidos ambos instrutor entregue
MATRIMÔ os cônjuges e todos os autos,
ou moral, o
NIO observem-se, com relatório
Bispo diocesano
RATIFICA quanto possível, conveniente, ao
consulte a Sé
DO E os cânones Bispo, o qual
Apostólica.
sobre a coleta deve dar o voto,
NÃO- § 3. Contra o
decreto com que de provas, como c onforme a
CONSUM
o Bispo rejeita o no juízo
ADO libelo, cabe verdade da coisa,
recurso àSé contencioso sobre o fato da
Cân. 1697 Apostólica. ordinário e nas
Somente os não-
cônjuges, ou um Cân. 1700 § 1. causas de consumação e
deles, mesmo nulidade do
contra a Salva a sobre a justa
vontade de prescrição do matrimônio, causa para a
outro, têm o contanto que
direito de pedir cân. 1681, o dispensa e a
a graça da Bispo confie a possam adaptar- oportunidade da
dispensa do se à índole
matrimônio instrução graça.
ratificado e não- desses desses
consumado. processos. § 2. Se a
Cân. 1698 § 1. processos, de
instrução do
Unicamente a modo estável ou Cân. 1703 § 1.
Sé Apostólica processo tiver
conhece do fato em cada caso, Não se faz a
sido confiada a
da não- ao tribunal de publicação dos
consumação do outro
matrimônio e da sua ou de outra autos;
existência de diocese ou a um entretanto, se
justa causa sacerdote perceber que,
para a
concessão da idôneo. pelas provas
dispensa. apresentadas,
§ 2. Se tiver sido
§ 2. A dispensa, advém grave
introduzida a
porém, só é obstáculo ao
petição judicial
concedida pelo pedido da parte
para declaração
Romano demandante ou
da nulidade do à exceção da
Pontífice. matrimônio, a
12
7
das conclusões PRESUMIDA incertos e
tribunal, de complexos, o
não consta a DO CÔNJUGE Bispo consulte
acordo com o não- a Sé Apostólica.
cân. 1700, as Cân. 1707 § 1.
consumação, Sempre que TÍTULO II
observações então o
em favor do não for DAS
jurisperito CAUSAS
vínculo sejam possível PARA
mencionado no comprovar a DECLARAÇÃ
preparadas no O DE
cân. 1701, § 2, morte de um
mesmo foro, NULIDADE
pode examinar, dos cônjuges DA
mas o voto SAGRADA
na sede do por documento
mencionado ORDENAÇÃO
tribunal, os autêntico
no § 1 Cân. 1708 Têm
autos do eclesiástico ou
compete ao o direito de
processo, mas civil, não se
Bispo acusar a
não o voto do considere o
comitente, ao validade da
Bispo, a fim de outro cônjuge
qual o instrutor ordenação
ponderar se livre do vínculo
entregue o sagrada o
conveniente algo de grave do matrimônio,
pode ser a não ser próprio clérigo,
relatório ou o Ordinário a
juntamente aduzido para depois da
se propor declaração de quem o clérigo
com os autos.
novamente a morte está sujeito ou
Cân. 1705 § petição. presumida, em cuja diocese
1. O Bispo dada pelo foi ordenado.
Cân. 1706 O
transmita à Sé Bispo
rescrito de Cân. 1709 § 1.
Apostólica diocesano.
dispensa da O libelo deve
todos os autos
Sé Apostólica § 2. O Bispo ser enviado à
juntamente
é transmitido diocesano só Congregação
com seu voto
ao Bispo; este pode dar a competente,
e com as que decidirá se
notificará o declaração
observações a causa deve
rescrito às mencionada no
do defensor ser tratada pela
partes e, além § 1, se feitas
do vínculo. disso, ordenará própria
as
§ 2. Se, a juízo quanto antes investigações Congregação
da Sé ao pároco do oportunas, tiver da Cúria
Apostólica, for lugar onde foi obtido a Romana ou por
requerido um contraído o certeza moral um tribunal por
suplemento de matrimônio e da morte do ela designado.
instrução, isto conferido o cônjuge, a § 2. Enviado o
será batismo, para partir dos libelo, o clérigo
é, ipso iure,
comunicado que nos livros depoimentos proibido de
ao Bispo, com de casamentos das exercer as
ordens.
a indicação e de batizados testemunhas,
dos elementos se faça da fama, ou Cân. 1710 Se a
sobre os menção da dos indícios. Congregação
quais a dispensa Só a ausência tiver remetido a
instrução deve concedida. do cônjuge, causa a um
ser mesmo tribunal,
Capítulo observem-se, a
completada. IV prolongada,
não é não ser que a
§ 3. Se a Sé DO natureza da
Apostólica suficiente.
PROCESSO coisa o impeça,
decidir que § 3. Nos casos
DE MORTE os cânones
12
8
sobre os matrimonial. por juiz, para Capítulo I
juízos em que uma
Cân. 1712 D
geral e o sentença arbitral
Depois da A
juízo sobre
segunda
contencioso controvérsia
sentença, que I
ordinário, eclesiástica
confirmou a N
salvas as tenha valor no
nulidade da V
prescrições foro canônico,
sagrada E
deste título. necessita da
ordenação, o S
confirmação do
Cân. 1711 clérigo perde T
juiz eclesiástico
Nessas todos os I
do lugar em que
causas, o direitos G
foi proferida.
defensor do próprios do A
vínculo tem os estado clerical § 2. Mas, se a Ç
mesmos e é liberado de lei civil admitir a Ã
direitos e todas as suas impugnação da O
deveres que o obrigações. sentença arbitral
defensor do diante do juiz P
TÍTULO III
vínculo civil, a mesma R
Conferência dos impugnação se É
DOS MODOS Bispos, se pode propor no V
DE EVITAR OS houver, ou a lei foro canônico I
JUÍZOS civil vigente no diante do juiz A
Cân. 1713 Para lugar onde se eclesiástico
Cân. 1717 § 1.
evitar faz a convenção. competente para
Sempre que o
contendas Cân. 1715 § 1. julgar a
Ordinário tem
judiciais, Não se pode controvérsia em
fazer v notícia, pelo
emprega-se alidamente primeiro grau.
menos verossímil,
utilmente a composição ou
compromisso a IV P de um delito,
composição ou respeito das A indague
a reconciliação, coisas referentes
ao bem público, R cautelosamente,
ou pode-se e a respeito de T por si ou por
outras, das
confiar a quais as partes E outra pessoa
controvérsia ao não podem idônea, sobre os
dispor D
juízo de um ou livremente. fatos e as
O
mais árbitros. § 2. Tratando-se circunstâncias e
de bens sobre a
Cân. 1714 No eclesiásticos P
que se refere temporais, imputabilidade, a
sempre que a R
àcomposição, não ser que essa
matéria o exigir, O
ao observem-se as investigação
f ormalidades C
compromisso e pareça
determinadas por E
ao juízo arbitral, direito para a inteiramente
alienação de S
observem-se as supérflua.
coisas S
normas eclesiásticas. O § 2. Deve-se
cuidar que nessa
escolhidas Cân. 1716 § 1. investigação não
pelas partes ou, Se a lei civil P se ponha em
perigo o bom
se as partes não reconhecer E nome de alguém.
não tiverem o valor da N Quem faz a
escolhido sentença arbitral, A investigação tem
nenhuma, a lei a não ser que L os mesmos
dada pela seja confirmada
12
9
poderes e elementos. § 3. argumentos;
obrigações que Ao dar os Cân. 1719 Os
autos da 3° - se
o auditor no decretos
investigação e constar do
processo; se mencionados
os decretos do delito com
depois for nos §§ 1 e 2, o
Ordinário, pelos certeza, e a
promovido Ordinário ouça,
quais se inicia ação
processo se o julgar
ou se conclui a criminal não
judicial, não conveniente,
investigação, e estiver
pode dois juízes ou
tudo o que extinta, dê o
desempenhar outros
jurisperitos. precede decreto de
nele o ofício de
àinvestigação, acordo com
juiz. § 3. Ao dar os se não forem os cânn.
Cân. 1718 § 1. decretos necessários 1342-1350,
Quando
parecerem mencionados para o expondo, ao
suficientemente nos §§ 1 e 2, o processo menos
coletados os
elementos, o Ordinário ouça, penal, sejam brevemente,
Ordinário se o julgar guardados no as razões de
decida:
conveniente, arquivo secreto direito e de
1° - se é dois juízes ou da cúria. fato.
possível outros
promover Capítulo II Cân. 1721 § 1.
jurisperitos.
processo Se o Ordinário
DA
§ 4. Antes de tiver decidido
para irrogar EVOLUÇÃ
decidir de que se deve
ou declarar O DO
acordo com o § iniciar processo
a pena; PROCESS
1, o Ordinário judicial penal,
2° - se isso O
é considere se entregue os
conveniente, não é Cân. 1720 Se autos da
levando-se o Ordinário
em conta o conveniente, julgar que se investigação ao
cân. 1341; para evitar deve proceder
por decreto promotor de
3° - se se juízos inúteis e extrajudicial: justiça, que
deve consentindo-o 1° - apresente o
as partes, que comunique libelo ao juiz, de
proceder por a acusação
via judicial ele mesmo ou o e as provas acordo com os
investigador ao réu, cânn. 1502 e
ou, caso a dando- lhe
lei não dirima a questão faculdade 1504.
dos danos de se
proíba, se defender, a § 2. Diante do
eqüitativamente. não ser tribunal
se deve que o réu, superior, o
proceder por devidament promotor de
e justiça
decreto convocado, constituído
extrajudicial. tenha nesse tribunal
deixado de assume o papel
§ 2. O Ordinário comparecer de demandante.
;
revogue ou Cân. 1722 Para
modifique a 2° - prevenir
decisão pondere escândalos,
mencionada no cuidadosa proteger a
§ 1, sempre que me nte, liberdade das
lhe parecer que com dois testemunhas e
deve decidir assessores, tutelar o curso da
outra coisa, todas as justiça, o
graças a novos provas e Ordinário, tendo
13
0
ouvido o litiscontestação não foi facultativa ou
promotor de , nomeie o cometido delito, porque o juiz
justiça e tendo advogado que o juiz deve usou do poder
citado o permanecerá declarar isso mencionado
acusado, em no encargo por sentença e nos cann. 1314
qualquer fase enquanto o réu absolver o réu, e 1345.
do processo não constituir mesmo se § 2. O promotor
pode afastar o advogado. constar de justiça pode
acusado do apelar, sempre
simultaneament que julgar que
ministério Cân. 1724 § 1. não se tenha
e que se
sagrado ou de Em qualquer assegurado
extinguiu a suficientemente
qualquer outro grau do juízo, a reparação do
ação criminal. escândalo ou o
ofício ou pode ser feita
pelo promotor Cân. 1727 § 1. restabeleciment
encargo o da justiça.
eclesiástico, de justiça a O réu pode
renúncia à propor Cân. 1728 § 1.
impor-lhe ou Salvas as
proibir-lhe a instância, por apelação,
mandato ou mesmo que a prescrições dos
residência em cânones deste
determinado consentimento sentença o
do Ordinário, tenha liberado título, devem-
lugar ou
pela decisão por tratar- se se aplicar no
território, ou
mesmo proibir- do qual foi de pena juízo penal, a
lhe a promovido o não ser que a
participação processo. DANO
natureza da S
pública na § 2. Para ser
válida, a coisa o impeça,
santíssima renúncia deve os cânones Cân. 1729 § 1.
Eucaristia; tudo ser aceita pelo No próprio juízo
réu, a não ser referentes aos
isso, cessando que pelo juiz penal, a parte
tenha sido juízos em geral e
a causa, deve lesada pode
declarado ao juízo
ser revogado, e ausente. mover ação
contencioso
cessa ipso iure, contenciosa para
Cân. 1725 Na ordinário,
cessando o reparação dos
discussão da observando-se
processo penal. danos que lhe
causa, feita as normas
Cân. 1723 § por escrito ou especiais sobre foram causados
1. O juiz, oralmente, o as causas que pelo delito, de
citando o réu, acusado tenha afetam o bem acordo com o
deve convidá- sempre o público. cân. 1596.
lo a constituir direito de § 2. O acusado § 2. Já não se
advogado de escrever ou não é obrigado a admite mais a
confessar o intervenção da
acordo com o falar em último delito nem se parte lesada,
cân. 1481 § 1, pode impor a ele mencionada no §
lugar, por si ou um juramento. 1, se não tiver
dentro do por seu sido feita no
prazo Capít primeiro grau do
advogado ou juízo penal.
determinado procurador. ulo III
pelo próprio § 3. Numa causa
Cân. 1726 Em DA sobre danos, a
juiz. AÇÃO
qualquer grau e apelação se faz
§ 2. Se o réu fase do juízo PARA de acordo com
não penal, se A os cânn. 1628-
providenciar constar REPA 1640, mesmo
isso, o próprio evidentemente RAÇÃ não sendo
juiz, antes da que pelo réu O DE possível fazer a
13
1
apelação no MOD no foro externo caiba a função
O DE
juízo penal; se PRO fora de juízo, de procurar e
forem CED exceto os que sugerir soluções
ER
propostas NOS forem dados adequadas; se a
ambas as REC pelo próprio Conferência não
URS
apelações, OS Romano o tiver
mesmo por ADM Pontífice ou pelo determinado, o
INIS
partes diversas, TRA próprio Concílio Bispo pode
faça-se um TIVO Ecumênico.
SE constituir esse
único juízo de NA departamento ou
DES Cân. 1733 § 1.
apelação, salva TITUI conselho.
Sempre que
a prescrição do ÇÃO
E alguém se julgar § 3. O
cân. 1730. TRA
NSF prejudicado por departamento ou
Cân. 1730 § 1. ERÊ um decreto, é conselho,
Para evitar NCIA
atrasos DE sumamente mencionado do §
excessivos no PÁR desejável que se
juízo penal o 2, se empenha
juiz pode adiar OCO evite contenda principalmente
o juízo sobre S
danos, até que entre ele e o quando a
tenha proferido SEÇÃO I autor do revogação do
a sentença
definitiva no DO RECURSO decreto, e que decreto foi
juízo penal. CONTRA se procure de pedida, de
§ 2. O juiz que DECRETOS comum acordo acordo com o
assim tiver ADMINISTRATIV uma adequada cân. 1734, e não
procedido, OS solução entre terminaram os
depois que tiver ambos, prazos para
Cân. 1731 A aproveitando-se
proferido a recorrer; se tiver
sentença inclusive da
sentença no sido proposto
proferida em mediação e do
juízo penal, recurso contra o
juízo penal, esforço de
deve conhecer decreto, o próprio
mesmo que pessoas
dos danos, superior que
tenha passado ponderadas, de
mesmo que o julga o recurso,
em julgado, de modo que seja
juízo penal, em sempre que
nenhum modo evitada ou
razão da percebe
faz direito em f dirimida a
impugnação esperança de
avor da parte controvérsia por
proposta, ainda sucesso, exorte o
lesada, a não caminho idôneo.
esteja recorrente e o
ser que esta
pendente, ou § 2. A autor do decreto
tenha intervindo,
que o réu tenha Conferência dos a procurar
de acordo com o
sido absolvido Bispos pode soluções assim.
cân. 1729.
por uma causa determinar que
que não o Cân. 1732 O se constitua
exima da que se estavelmente em
obrigação de estabelece nos
cada diocese,
reparar os cânones desta
um
danos. secção sobre
departamento ou
decretos deve
V P conselho, ao
ser igualmente
A qual, de acordo
aplicado a todos
R com normas
os atos
T estabelecidas
administrativos
E pela própria
singulares dados
DO Conferência,
13
2
hierárquico, mencionada no do prazo
Cân. 1734 § 1. a não ser
que a cân. 1734. estabelecido
Antes de decisão não for
alguém tenha sido § 2. Nos
dada pelo apresentado
apresentar o Bispo; outros casos, a
não ser que, nenhum
recurso, deve 3° - quando recurso contra
pedir por dentro de dez
se trata de dias desde que o decreto,
escrito a cessa por isso
propor chegou ao
revogação ou mesmo a
recursos de próprio autor
a correção do suspensão da
acordo com do decreto a
decreto ao execução, feita
próprio autor os cânn. 57 petição
e 1735. mencionada no provisoriamente
dele; proposto de acordo com
o pedido, Cân. 1735 Se o cân. 1734, ele
tenha o § 1 ou o § 2.
entende-se autor do
também decreto, dentro decretado a Cân. 1737 § 1.
pedida, por de trinta dias suspensão da Quem pretende
isso mesmo, a desde que lhe execução, ter sido
suspensão da chegou a pode-se pedir prejudicado por
execução. petição a suspensão um decreto
§ 2. A petição mencionada no provisória a pode recorrer,
deve ser feita cân. 1734, seu Superior por qualquer
dentro do hierárquico, motivo justo, ao
prazo intimar novo
peremptório decreto que pode Superior
de dez dias decretá-la hierárquico
úteis desde a corrigindo o
intimação anterior ou somente por daquele que
legítima do
decreto. decidindo causas graves deu o decreto;
rejeitar a e tomando o recurso pode
§ 3. sempre cautela ser proposto
petição, os
As para que não perante o
prazos para
norma sofra nenhum próprio autor do
recorrer
s prejuízo a decreto que
decorrem da
contid intimação do salvação das deve transmiti-lo
as nos novo decreto; almas. imediatamente
§§ 1 e mas, se nada ao competente
2 não § 3. Suspensa
decidir dentro a execução do Superior
valem: de trinta dias, hierárquico.
1° - decreto de
quando se os prazos acordo c om o § 2. O recurso
trata de decorrem do deve ser
propor § 2, se depois
recurso ao trigésimo dia. proposto dentro
for proposto
Bispo Cân. 1736 § 1. recurso, quem do prazo
contra
decretos Nas matérias deve julgar o peremptório de
dados por em que o quinze dias
autoridade recurso, de
s que lhe recurso acordo com o úteis que, nos
estão casos
sujeitas; hierárquico cân. 1737, § 3,
2° - suspende a decida se a mencionados
quando se execução do suspensão no cân. 1734, §
trata de decreto, deve ser 3, decorrem a
propor
recurso produz o confirmada ou partir do dia em
contra revogada. que foi intimado
decreto mesmo efeito
que decida também a o decreto; nos
sobre um § 4. Se dentro outros casos,
recurso petição
13
3
porém, advogado ou Cân. 1740 5° - má
decorrem de procurador; Quando o administração
ministério de
acordo como ainda mais, algum pároco se dos bens
cân. 1735. seja constituído tornar prejudicial, temporais
ou pelo ineficaz,
§ 3. Mesmo um patrono ex mesmo sem com grave
officio, se o culpa dele, pode prejuízo da
nos casos em ser destituído da
que o recurso recorrente não paróquia pelo Igreja,
tiver patrono e Bispo diocesano. sempre que
não
o Superior o Cân. 1741 As não se possa
suspendeu causas pelas
ipso iure a julgar quais o pároco dar outro
necessário; o pode ser remédio para
execução do legitimamente
decreto e foi Superior, destituído de esse mal.
porém, pode uma paróquia
decretada a são Cân. 1742 § 1.
suspensão de sempre principalmente
ordenar ao estas: Se da instrução
acordo com o realizada constar
cân. 1736, § recorrente que 1° - modo
compareça da existência de
2, todavia o de agir que causa
Superior, por para ser traga grave
interrogado. mencionada no
causa grave, prejuízo ou cân. 1740, o
pode ordenar Cân. 1739 É perturbação Bispo discuta a
e suspensão lícito ao àcomunhão coisa com dois
da execução, Superior que eclesial; párocos do
tomando, julga o recurso, 2° - grupo, para
porém, conforme o imperícia, isso
cautelas para comporte o bem como
doença estavelmente
que não sofra caso, não só mental ou escolhidos pelo
nenhum física
confirmar ou permanente, conselho dos
prejuízo a declarar nulo o que torne o presbíteros, por
salvação das pároco
decreto, como incapaz de proposta do
almas. também desempenha
r utilmente Bispo; se,
Cân. 1738 rescindi-lo, seus depois disso,
revogá-lo ou, deveres;
Evitando-se julgar que se
atrasos se isso 3° - perda da deve proceder a
boa fama
inúteis, o parecer melhor junto aos destituição,
ao Superior, paroquianos indicados para
recorrente tem honrados e
sempre o corrigi-lo, sub- respeitáveis, a validade a
rogá-lo ou ob- ou a versão
direito de contra o causa e os
empregar rogá-lo. pároco, as argumentos,
quais se
ÊNCIA prevejam que aconselhe
SEÇÃO II DE não cessarão paternalmente o
em pouco
DO PÁRO tempo; pároco a que
PROC COS renuncie dentro
4° - grave
ESSO do prazo de
Capítulo I negligência
PARA quinze dias.
DO ou violação
A MODO § 2. Quanto a
dos deveres párocos que são
DESTI DE membros de
PROCE paroquiais,
TUIÇ DER instituto religioso
NA que persista ou de sociedade
ÃO DESTIT mesmo de vida
OU A UIÇÃO apostólica,
DE depois de observe-se a
TRAN PÁROC prescrição do
OS advertência; cân. 682, § 2.
SFER
13
4
Cân. 1743 A circunstâncias DO
1° - permitirem. MODO
renúncia pode DE
ser feita pelo convide-o a Cân. 1747 § 1. PROCED
reunir as O pároco ER NA
pároco não só TRANSFE
pura e suas destituído deve RÊNCIA
contestaçõe DE
simplesmente, abster-se de PÁROCO
mas também s num exercer o S
sob condição, relatório múnus Cân. 1748 Se o
contanto que escrito, paroquial, bem das almas
esta possa tendo em quanto antes ou a
legitimamente vista os deixar livre a necessidade ou
ser aceita pelo atos, e a casa paroquial, utilidade da
Bispo e que de apresentar e entregar Igreja exigirem
fato seja aceita. as provas aquele a quem que o pároco
Cân. 1744 § 1. em o Bispo confiar seja transferido
Se o pároco contrário, a paróquia tudo de sua
não responder se as tiver; o que pertence
dentro dos dias paróquia, que
estabelecidos, o àparóquia. dirige com
Bispo renove o 2° - depois,
convite, completada § 2. Tratando- eficiência, para
prorrogando o se, porém, de outra paróquia
tempo útil para , se
responder. necessário, um doente que ou para outro
a instrução, não possa sem ofício, o Bispo
§ 2. Se constar
pondere a incômodo ser proponha-lhe a
ao Bispo que o
coisa transferido da transferencia
pároco recebeu
juntamente casa paroquial por escrito e o
o segundo
com os para outro aconselhe a
convite e não
respondeu, párocos lugar, o Bispo consentir, por
embora não mencionad deixe-lhe o seu amor a Deus e
detido por os no cân. uso, mesmo às almas.
nenhum 1742, § 1, exclusivo, Cân. 1749 Se o
enquanto pároco não
impedimento, a não ser pretende aceitar
ou se o pároco que, por persistir a o parecer e os
conselhos do
se recusa a impossibilid necessidade. Bispo, exponha
renunciar, sem ade deles, suas razões por
§ 3. Enquanto escrito.
apresentar devam ser estiver
nenhum motivo, designados Cân. 1750 Se o
pendente o
o Bispo dê o outros; Bispo, não
recurso contra
decreto de 3° - por fim, obstante as
decida se o o decreto de
destituição. razões
pároco destituição, o
Cân. 1745 deve ser apresentadas,
destituído Bispo não
Todavia, se o julga que não
pároco ou não, e pode nomear
contestar a dê logo o deve desistir de
decreto a novo pároco,
causa seu propósito,
apresentada e respeito. mas
suas razões, pondere com os
alegando Cân. 1746 providencie
Destituído o dois párocos
motivos que ao pároco, o Bispo provisoriament
Bispo escolhidos de
parecerem providencie e por meio de
para ele outro acordo com o
insuficientes, ofício, se para um
este, para agir cân. 1742, § 1,
validamente: isso for idôneo, administrador
ou uma as razões que
pensão, paroquial.
favorecem ou
conforme o
caso exigir e Capítulo II dificultam a
as transferência;
13
5
depois disso,
se julgar que
se deve fazer
a
transferência,
renove as
exortações
paternas ao
pároco.
Cân. 1751 § 1.
Feito isso, se
o pároco ainda
recusar e o
Bispo julgar
que se deve
fazer a
transferência,
dê o decreto
de
transferência,
determinando
que a paróquia
ficará vaga,
uma vez
transcorrido o
prazo
determinado.
§ 2.
Transcorrido
inutilmente
esse prazo,
declare a
paróquia
vacante.
Cân. 1752
Nas causas
de
transferência,
apliquem-se
as prescrições
do cân. 1747,
respeitando-se
a eqüidade
canônica e
tendo diante
dos olhos a
salvação das
almas que na
Igreja, deve
ser sempre a
lei suprema.

13
6
JOÃO PAULO II
Carta Apostólica sob a forma de Motu
Proprio
AD TUENDAM FIDEM,
com a qual são inseridas algumas
normas no
Código de Direito Canónico
e no Código dos Cânones das Igrejas
Orientais

PARA DEFENDER A FÉ da Igreja Católica contra os erros que se levantam da parte


de alguns fiéis, sobretudo daqueles que se dedicam propositadamente às disciplinas
da sagrada Teologia, a Nós, cuja tarefa principal é confirmar os irmãos na fé (cf. Lc
22, 32), pareceu-nos absolutamente necessário que, nos textos vigentes do Código
de Direito Canónico e do Código dos Cânones das Igrejas Orientais, sejam
acrescentadas normas, pelas quais expressamente se imponha o dever de observar
as verdades propostas de modo definitivo pelo Magistério da Igreja, referindo também
as sanções canónicas concernentes àmesma matéria.
1.Desde os primeiros séculos até ao dia de hoje, a Igreja professa as verdades sobre
a fé em Cristo e sobre o mistério da sua redenção, que depois foram recolhidas nos
Símbolos da fé; com efeito, hoje elas são comummente conhecidas e proclamadas
pelos fiéis na celebração solene e festiva das Missas como Símbolo dos Apóstolos ou
Símbolo Niceno-Constantinopolitano.
Este, o Símbolo Niceno-Constantinopolitano, está contido na Profissão de Fé,
recentemente elaborada pela Congregação para a Doutrina da Fé (1), e cuja
enunciação é imposta de modo especial a determinados fiéis, quando estes assumem
um ofício que diz respeito, directa ou indirectamente, àinvestigação mais profunda no
âmbito das verdades acerca da fé e dos costumes, ou que tem a ver com um poder
peculiar no governo da Igreja (2).
2. A Profissão de fé, devidamente precedida pelo Símbolo Niceno-
Constantinopolitano, tem além disso três proposições ou parágrafos que pretendem
explicitar as verdades da fé católica que a Igreja, sob a guia do Espírito Santo que lhe
"ensina toda a verdade" (Jo 16, 13), no decurso dos séculos, perscrutou ou há-de
perscrutar de maneira mais profunda (3).
O primeiro parágrafo, onde se enuncia: "Creio também com fé firme em tudo o que
está contido na palavra de Deus, escrita ou transmitida por Tradição, e que a Igreja,
quer com juízo solene, quer com magistério ordinário e universal, propõe para se crer
como divinamente revelado" (4), está convenientemente reconhecido e tem a sua
disposição na legislação universal da Igreja nos cânn. 750 do Código de Direito
Canónico (5) e 598 do Código dos Cânones das Igrejas Orientais (6).
O terceiro parágrafo, que diz: "Adiro além disso, com religioso obséquio da vontade e
da inteligência, às doutrinas que o Romano Pontífice ou o Colégio dos Bispos
propõem, quando exercem o seu magistério autêntico, mesmo que não as entendam
proclamar com um acto definitivo" (7), encontra o seu lugar nos cânn. 752 do Código
de Direito Canónico (8) e 599 do Código dos Cânones das Igrejas Orientais (9).
3. Todavia, o segundo parágrafo, no qual se afirma: "Firmemente aceito e creio
também em todas e cada uma das verdades que dizem respeito à doutrina em
matéria de fé ou costumes, propostas pela Igreja de modo definitivo" (10), não
tem cânone algum correspondente nos Códigos da Igreja Católica. É de máxima
importância este parágrafo da Profissão de fé, dado que indica as verdades
necessariamente conexas com a revelação divina. Estas verdades, que na
perscrutação da doutrina católica exprimem uma particular inspiração do Espírito de
Deus para a compreensão mais profunda da Igreja de alguma verdade em matéria
de fé ou costumes, estão conexas com a revelação divina, quer por razões históricas,
quer como consequência lógica.
4. Por isso, movido pela referida necessidade, deliberamos oportunamente
preencher esta lacuna da lei universal, do seguinte modo:
A) O cân. 750 do Código de Direito Canónico terá a partir de agora dois
parágrafos, o primeiro dos quais consistirá no texto do cânone vigente e o segundo
apresentará um texto novo, de maneira que, no conjunto, o cân. 750 será assim
expresso:
Cân. 750 – § 1. Deve-se crer com fé divina e católica em tudo o que se contém
na palavra de Deus escrita ou transmitida por Tradição, ou seja, no único
depósito da fé confiado à Igreja, quando ao mesmo tempo é proposto como
divinamente revelado quer pelo magistério solene da Igreja, quer pelo seu
magistério ordinário e universal; isto é, o que se manifesta na adesão comum
dos fiéis sob a condução do sagrado magistério; por conseguinte, todos têm a
obrigação de evitar quaisquer doutrinas contrárias.
§ 2. Deve-se ainda firmemente aceitar e acreditar também em tudo o que é
proposto de maneira definitiva pelo magistério da Igreja em matéria de fé e
costumes, isto é, tudo o que se requer para conservar santamente e expor
fielmente o depósito da fé; opõe-se, portanto, àdoutrina da Igreja Católica quem
rejeitar tais proposições consideradas definitivas.
No cân. 1371, § 1 do Código de Direito Canónico, seja congruentemente
acrescentada a citação do cân. 750 § 2, de tal maneira que o cân. 1371, a partir de
agora, no conjunto, será assim expresso:
Cân. 1371 — Seja punido
com justa pena:
1) quem, fora do caso previsto no cân. 1364 § 1, ensinar uma doutrina
condenada pelo Romano Pontífice ou pelo Concílio Ecuménico, ou rejeitar com
pertinácia a doutrina referida no cân. 750 § 2 ou no cân. 752, e, admoestado
pela Sé Apostólica ou pelo Ordinário, não se retratar;
2) quem, por outra forma, não obedecer à Sé Apostólica, ao Ordinário ou ao
Superior quando legitimamente mandam ou proíbem alguma coisa, e, depois
de avisado, persistir na desobediência.
B) O cân. 598 do Código dos Cânones das Igrejas Orientais, a partir de
agora, terá dois parágrafos, o primeiro dos quais consistirá no texto do cânone
vigente e o segundo apresentará um texto novo, de tal maneira que no conjunto o
cân. 598 será assim expresso:
Cân. 598 – § 1. Deve-se crer com fé divina e católica em tudo o que se contém
na palavra de Deus, escrita ou transmitida por Tradição, ou seja, no único
depósito da fé confiado à Igreja, quando ao mesmo tempo é proposto como
divinamente
revelado, quer pelo magistério solene da Igreja, quer pelo seu magistério
ordinário e universal; isto é, o que se manifesta na adesão comum dos fiéis sob
a condução do sagrado magistério; por conseguinte, todos os fiéis cuidem de
evitar quaisquer doutrinas que lhe não correspondam.
§ 2. Deve-se ainda firmemente aceitar e acreditar também em tudo o que é
porposto de maneira definitiva pelo magistério da Igreja em matéria de fé e
costumes, isto é, tudo o que se requer para conservar santamente e expor
fielmente o depósito da fé; opõe-se, portanto, àdoutrina da Igreja Católica
quem rejeitar tais proposições consideradas definitivas.
No cân. 1436 do Código dos Cânones das Igrejas Orientais tem-se justamente de
acrescentar as palavras que se referem ao cân. 598 §2, de tal maneira que, no seu
conjunto, o cân. 1436 será expresso assim:
Cân. 1436 – §1. Quem negar uma verdade que deve ser acreditada com fé
divina e católica ou a puser em dúvida ou repudiar totalmente a fé cristã, e,
legitimamente admoestado, não se corrigir, seja punido como herético ou como
apóstata com a excomunhão maior; o clérigo pode, além disso, ser punido com
outras penas, não excluída a deposição.
§ 2. Fora destes casos, quem rejeitar com pertinácia uma doutrina proposta
como definitiva, ou defender uma doutrina condenada como errónea pelo
Romano Pontífice ou pelo Colégio dos Bispos no exercício do magistério
autêntico, e, legitimamente admoestado, não se corrigir, seja punido com uma
pena adequada.
5. Ordenamos que seja válido e ratificado tudo o que Nós, com a presente Carta
Apostólica dada sob forma de Motu Proprio, decretámos, e prescrevemos que seja
inserido na legislação universal da Igreja Católica, respectivamente no Código de
Direito Canónico e no Código dos Cânones das Igrejas Orientais, tal como foi acima
mostrado, não obstante qualquer coisa em contrário.
Roma, junto de São Pedro, 18 de Maio de 1998, vigésimo ano do
Nosso Pontificado.

1) CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Professio Fidei et Iusiurandum


fidelitatis in suscipiendo officio nomine Ecclesiae exercendo (9 de Janeiro de 1989):
AAS 81 (1989) 105.
2) Cf. Código de Direito
Canónico, cân. 833.
3) Cf. Código de Direito Canónico, cân. 747 § 1; Código dos
Cânones das Igrejas Orientais, cân. 595 § 1.
4) Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Constituição dogmática sobre a Igreja
Lumen gentium, 25; Constituição dogmática sobre a divina Revelação Dei Verbum, 5;
CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Instrução sobre a vocação eclesial do
teólogo Donum veritatis (24 de Maio de 1990), 15: AAS (1990) 1556.
5) Código de Direito Canónico, cân. 750 — Deve-se crer com fé divina e católica
em tudo o que se contém na palavra de Deus escrita ou transmitida por Tradição, ou
seja, no único depósito da fé confiado àIgreja, quando ao mesmo tempo é proposto
como divinamente revelado quer pelo magistério solene da Igreja quer pelo seu
magistério ordinário e universal; isto é, o que se manifesta na adesão comum dos fiéis
sob a condução do sagrado magistério; por conseguinte, todos têm a obrigação de
evitar quaisquer doutrinas contrárias .
6) Código dos Cânones das Igrejas Orientais, cân. 598 — Deve-se crer com fé
divina e católica em tudo o que se contém na palavra de Deus escrita ou transmitida
por Tradição, ou seja, no único depósito da fé confiado àIgreja, quando ao mesmo
tempo é proposto como divinamente revelado quer pelo magistério solene da Igreja
quer pelo seu magistério ordinário e universal; isto é, o que se manifesta na adesão
comum dos fiéis sob a condução do sagrado magistério; por conseguinte, todos os
fiéis cuidem de evitar quaisquer doutrinas que lhe não correspondam.
7) Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Instrução sobre a vocação
eclesial do teólogo Donum veritatis (24 de Maio de 1990), 15: AAS 82 (1990) 1557.
8) Código de Direito Canónico, cân. 752 — Ainda que não se tenha de prestar
assentimento de fé, deve-se contudo prestar obséquio religioso da inteligência e da
vontade àquela doutrina que quer o Sumo Pontífice quer o Colégio dos Bispos
enunciam em matéria de fé e costumes, ao exercerem o magistério autêntico, apesar
de não terem intenção de a proclamar com um acto definitivo; façam, portanto, os
fiéis por evitar o que não se harmoniza com essa doutrina.
9)Código dos Cânones das Igrejas Orientais, cân. 599 — Ainda que não se tenha de
prestar assentimento de fé, dev e-se contudo prestar obséquio religioso da inteligência
e da vontade à doutrina em matéria de fé e costumes que quer o Romano Pontífice
quer o Colégio dos Bispos enunciam, ao exercerem o magistério autêntico, apesar de
não terem intenção de a proclamar com um acto definitivo; por conseguinte, os fiéis
cuidem de evitar qualquer doutrina que lhe não corresponda.
10) Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Instrução sobre a vocação
eclesial do teólogo Donum veritatis (24 de Maio de 1990) 15: AAS 82 (1990) 1557.
Texto da Legislação
Complementar ao Código de
Direito Canônico emanada pela
CNBB

Decreto nº 2/1986 - Comunicado


Jan/Fev/1986 - pág. 51/59 Decreto nº 4/1986 -
Comunicado 31/10/1986 nº 405 - pág.
1.395/1.397

• Quanto ao
cân. 230 §1:
Podem ser admitidos estavelmente aos ministérios de leitor e acólitos, de acordo
com o cân. 230 §1, os maiores de idade, do sexo masculino, que, a critério do
Ordinário competente:
1. Demonstrem maturidade humana e
vida cristã exemplar.
2. Tenham firme vontade de servir a Deus e participem, há algum tempo, de
atividades pastorais, numa comunidade eclesial, na qual sejam bem aceitos.
3. Estejam preparados, doutrinal e praticamente, para exercerem
conscientemente o seu ministério.
4. Façam seu pedido ao Ordinário próprio, livremente e por escrito, e, se
casado, com o consentimento da esposa.
• Quanto ao
cân. 236:
1. Os aspirantes ao diaconato permanente devem receber formação doutrinária,
moral, espiritual e pastoral — segundo as normas da Santa Sé e da CNBB — que
os capacite a exercerem convenientemente o ministério da Palavra, da Liturgia e
da Caridade.
2. Tenham exercido, pelo espaço mínimo de três anos, encargos pastorais, que
permitam o acompanhamento do competente superior, e os ministérios de leitor e
acólito, pelo menos por seis meses.
3. Conste no currículo de seus estudos: Sagrada Escritura, Teologia Dogmática e
Moral, Liturgia Pastoral, Direito Canônico e outras disciplinas especiais e
auxiliares.
4. Os candidatos de uma diocese ou de várias dioceses passem juntos,
anualmente, um período para estudo mais intensivo, troca de experiência e
aprofundamento do seu ministério.
5. Sejam formados para um profundo amor a Cristo e sua Igreja, filial comunhão
com seus Pastores e fraterna união com o Presbitério, a serviço dos irmãos.
6. Os candidatos ao diaconato que pretendem assumir
o estado celibatário, como peculiar dom de
Deus, sejam adequadamente preparados. Podem ser admitidos ao diaconato
somente depois dos trinta anos completos.
7. Participem, enquanto possível, cotidianamente, de celebração eucarística, de
forma que ela se torne centro e ápice de toda a sua vida.
• Quanto aos cânn. 237 § 2; 312 §1, 2.°, 313–315; 316 § 2; 317 § 1; 318; 319
§ 1; 320 § 2; 825 §§ 1 e 2; 830 § 1; 831 §
2; 1425 § 4; 1439
§§ 1, 2, 3;
As tarefas impostas à Conferência Episcopal, pelos cânones abaixo, são
confiadas à execução dos seguintes órgãos institucionais da CNBB, a saber:
1 .°) À Presidência com a Comissão
Episcopal de Pastoral, os atos decorrentes
dos cânones:
- cân. 237 § 2 — Pedido de
aprovação de seminário
interdiocesano nacional;
- cân. 312 § 1, 2.° — Aprovação de
associações nacionais;
- cânn. 313-315 — Ereção de associação pública nacional ou confederação
nacional de associações públicas nacionais;
- cân. 316 § 2 — Recurso àautoridade eclesiástica por
demissão de associação pública nacional;
- cân. 317 § 1 — Confirmar moderador, capelão ou assistente
eclesiástico de associação pública nacional;
- cân. 318 — Designar ou remover comissário de
assoc iação pública nacional;
- cân. 319 § 1 — Superior direção da administração de bens
de associação pública nacional;
- cân. 320 § 2 — Supressão de associações
erigidas pela Conferência;
- cân. 830 § 1 — Elaboração de lista de
censores para livros.
2 .°) À Presidência e Comissão Episcopal de
Pastoral; ouvida a Comissão Episcopal de
Doutrina, os atos decorrentes dos cânones:
- cân. 825 §§ 1 e 2 — Dar aprovação para publicação de livros da
Sagrada Escritura e suas versões;
- cân. 831 § 2 — Estabelecer normas para participação dos clérigos e
membros de institutos religiosos em programas radiofônicos e televisivos, sobre
assuntos referentes àdoutrina católica e aos costumes.
3 .°) Só à Presidência, o que deve ser
resolvido conforme os cânones:
cân. 1425 §4 — Permissão de
único juiz para Tribunal;
cân. 1439 §§ 1, 2, 3, — Constituição de
tribunal de Segunda instância.
4 .°) Ao Presidente: dar recomendação ao requerimento de cada Bispo
diocesano, para obter a licença da Sagrada Congregação dos Sacramentos e
Culto Divino.
• Quanto ao cân.
276 § 2, 3.º :
Recomenda-se vivamente aos diáconos permanentes a Liturgia das Horas, pela
qual a Igreja se une à oração de Cristo. Rezem cada dia ao menos a Oração da
Manhã, ou a da Tarde, conforme o texto oficial.
• Quanto ao
cân. 284:
Usem os clérigos um traje eclesiástico digno e simples, de preferência o
"clergyman" ou "batina".
º
• Quanto ao cân.
312 § 1, 2 :
Cf. legislação complementar ao cân. 237 § 2.
• Quanto aos cânn.
313–315:
Cf. legislação complementar ao cân. 237 § 2.
• Quanto ao cân.
316 § 2:
Cf. legislação complementar ao cân. 237 § 2.
• Quanto ao cân.
317 § 1:
Cf. legislação complementar ao cân. 237 § 2.
• Quanto ao
cân. 318:
Cf. legislação complementar ao cân. 237 § 2.
• Quanto cân.
319 § 1:
Cf. legislação complementar ao cân. 237 § 2.
• Quanto ao cân.
320 § 2:
Cf. legislação complementar ao cân. 237 § 2.
• Quanto ao cân.
377 § 2:
A indicação de candidatos ao episcopado será feita, ao menos de três em três
anos, pelas Comissões Episcopais Regionais, ou pela reunião dos Bispos da
Província Eclesiástica.
• Quanto ao cân.
402 § 2:
1. Durante o exercício de seu múnus pastoral, o Bispo receberá da Diocese uma
remuneração que lhe garanta não só uma honesta sustentação, mas também a
contribuição ao Instituto de Previdência, de acordo com uma escala progressiva,
capaz de assegurar-lhe uma aposentadoria suficiente.
2. Se, por circunstâncias especiais, a aposentadoria do Bispo emérito faltar, ou se
demonstrar insuficiente, as Dioceses às quais serviu completá-la-ão, no que for
necessário.
3. Se o ônus decorrente do parágrafo anterior for excessivo para os recursos das
Dioceses em questão, estas poderão solicitar que a CNBB assuma, no todo ou em
parte, essa carga financeira.
4. Ponderadas as circunstâncias, a CNBB decidirá
por decreto da Presidência.
• Quanto ao
cân. 496:
1. A CNBB estabelece as seguintes normas sobre
os Conselhos Presbiterais:
2. Cada Conselho Presbiteral tenha seu estatuto, preparado com a
participação do presbitério e aprovado pelo Bispo diocesano, de acordo com as
normas de direito, bem como a praxe legítima de cada Igreja particular.
3. O estatuto estabelece o número de membros do Conselho Presbiteral, a
proporção de membros eleitos, nomeados e natos, isto é, por razão de ofício, os
critérios para a representatividade do presbitério no Conselho.
4. As normas estatutárias para a escolha dos membros do Conselho Presbiteral,
quanto à designação dos membros eleitos, inspirem-se na legislação canônica
sobre eleições, contidas nos cânn. 119, 164-178, 497- 499; designem também os
membros por razão de ofício.
5. Os membros do Conselho Presbiteral sejam designados para não menos de
um biênio, exceto os membros em razão de ofício, que serão tais, enquanto
ocuparem o cargo.
6. Cada Conselho Presbiteral tenha um representante junto à Comissão Regional
do Clero, de acordo com o estatuto da CNBB.
7. Haja um secretário no Conselho Presbiteral, escolhido dentre seus membros
na forma do estatuto, para lavrar as atas e demais tarefas que lhe forem
atribuídas.
8. Se possível, o Conselho Presbiteral seja convocado, ao menos trimestralmente,
para tratar dos assuntos que interessam ao governo da Diocese e ao bem
pastoral do povo de Deus, conforme o cân. 495 § 1, principalmente aqueles sobre
os quais o Bispo diocesano deva consultá-lo por força do direito; a pauta,
estabelecida pelo Bispo, abra espaço também às legítimas indicações dos
conselheiros.
9. Nas Dioceses em que, por causa do número exíguo de presbíteros ou pela
extensão territorial, se torne difícil constituir convenientemente o Conselho
Presbiteral, como o preceitua o cân. 495 § 1, constitua-se um Conselho de ao
menos três presbíteros, análogo ao Conselho previsto nos cânn. 495 § 2 e 502 §
4.
10.Na designação dos membros e no funcionamento de tal Conselho, apliquem-se,
o quanto possível, as normas referentes ao Conselho Presbiteral e ao Colégio dos
Consultores, com as devidas adaptações.
• Quanto ao
cân. 522:
1. O pároco goza de verdadeira estabilidade; por isso, seja
nomeado por tempo indefinido.
2. Havendo razão justa, pode o Bispo diocesano nomear párocos por período
determinado, não inferior a seis anos, sempre renovável.
• Quanto ao cân.
535 § 1:
São livros paroquiais necessários: o de batismo, matrimônio, tombo e os livros
contábeis, exigidos pela legislação civil e canônica.
• Quanto ao cân.
538 § 3:
1.Durante o exercício do seu ministério pastoral, o pároco receberá da Paróquia
uma remuneração que lhe garanta uma honesta sustentação e a contribuição
previdenciária, numa escala progressiva, de acordo com os anos de serviço,
determinada pelo Bispo diocesano, ouvido o Conselho Presbiteral, de modo que se
lhe assegure uma aposentadoria suficiente.
2. Se, por circunstâncias especiais, a aposentadoria de um pároco emérito faltar
ou se demonstrar insuficiente, a Diocese a completará, no que for necessário.
• Quanto ao cân.
755 § 2:
O Setor de Ecumenismo preparará um projeto de normas práticas, aproveitando
os estudos já feitos, e o apresentará à Presidência e CEP, que deliberarão sobre o
encaminhamento ulterior.
• Quanto ao
cân. 766:
1. Entre as formas de pregação, destaca-se a homilia, parte integrante da própria
ação litúrgica e reservada ao sacerdote ou diácono. O leigo, portanto, não poderá
fazê-la.
2. Valorize-se o ministério dos diáconos na
pregação da Palavra de Deus.
3. O Bispo Diocesano, onde houver necessidade ou utilidade pastoral, pode
permitir, por tempo determinado, que leigos idôneos preguem nas igrejas e
oratórios.
4. Atenda-se àformação e acompanhamento dos leigos comissionados para a
pregação, de modo a garantir-se a fidelidade à doutrina e sua integridade.
5. Em casos particulares e observadas as prescrições diocesanas, o pároco e o
reitor de igreja podem confiar a pregação a leigos de comprovada idoneidade.
• Quanto ao cân.
772 § 2:
1. Os sacerdotes e diáconos podem apresentar a doutrina cristã, através do
rádio ou de televisão, a não ser que esta faculdade lhes tenha sido restringida
expressamente pelo Ordinário próprio ou pelo Ordinário local, onde se encontra a
emissora. Norma análoga vale para os leigos, quando se apresentarem falando
em nome da Igreja.
2. Os Ordinários, mencionados no item anterior, vigiarão para que a
apresentação da doutrina cristã pelo rádio e pela televisão não cause divisão
indevida ou escândalo, não só da própria circunscrição, mas também nas outras.
• Quanto ao cân.
788 § 3:
No prazo de um ano, os setores de Catequese e Liturgia da CNBB elaborarão e
apresentarão à Assembléia Geral um projeto de organização e pastoral da iniciação
cristã de adultos, adaptando às peculiaridades do nosso meio o que se prescreve
no "Rito da Iniciação Cristã de Adultos".
• Quanto ao cân.
804 § 1:
No prazo de um ano, os setores de Catequese e Educação elaborarão e
apresentarão à Assembléia Geral da CNBB um projeto de normas e diretrizes, em
nível nacional, sobre a educação religiosa nas escolas, quer públicas, quer
particulares.
• Quanto ao cân.
825 §§ 1, 2:
Cf. legislação complementar ao cân. 237 § 2.
• Quanto ao cân.
830 § 1:
Cf. legislação complementar ao cân. 237 § 2.
• Quanto ao cân.
831 § 2:
Além do que foi disposto, quanto ao cân. 722 § 2, os clérigos e membros de
institutos de vida consagrada ou das sociedades de vida apostólica podem
participar de programas radiofônicos ou televisivos, sobre assuntos referentes
àdoutrina católica e aos costumes, a não ser que uma proibição expressa tenha
sido baixada pelo superior maior próprio ou pelo Ordinário local de onde se
encontra a emissora. Fora do caso de urgente necessidade, a participação em tais
programas deverá ser comunicada previamente às mencionadas autoridades (cf.
ainda legislação complementar ao cân. 237 § 2).
• Quanto ao
cân. 851:
O setor de Liturgia providenciará as oportunas adaptações do "Rito da Iniciação
Cristã de Adultos", levando em conta o que foi estabelecido em relação ao cân.
788 §3.
• Quanto ao
cân. 854:
Entre nós continua a praxe de batizar por infusão; no entanto, permite-se o
batismo por imersão, onde houver condições adequadas, a critério do Bispo
Diocesano.
• Quanto ao cân.
877 § 3:
Na inscrição dos filhos adotivos, cons tará não só o nome do adotante, mas
também o dos pais naturais, sempre que assim conste do registro civil.
• Quanto ao
cân. 891:
Como norma geral, a confirmação não seja conferida antes dos doze anos de
idade. Contudo, mais do que com o número de anos, o Pastor deve preocupar-se
com a maturidade do crismando na fé e com a inserção na comunidade. Por isso,
a juízo do Ordinário local, a idade indicada poderá ser diminuída ou aumentada,
de acordo com as circunstâncias do crismando, permanecendo a obrigação de
confirmar os fiéis ainda não confirmados que se encontrem em perigo de morte,
seja qual for a sua idade.
• Quanto ao cân.
961 § 2:
O Bispo diocesano poderá permitir a absolvição sacramental coletiva sem prévia
confissão individual, levando em conta, além das condições requeridas pelos câns.
960-963, as seguintes recomendações e critérios:
1. A absolvição coletiva, como meio extraordinário, não pode suplantar, pura e
simplesmente, a confissão individual e íntegra com absolvição, único meio
ordinário de reconciliação sacramental.
2. Para facilitar aos fiéis o acesso àconfissão individual, estabeleçam-
se horários favoráveis, fixos e freqüentes.
3. Fora das condições que a justificam, não se
pode dar absolvição coletiva.
4. Ministros e penitentes poderão, contudo, sem culpa própria, encontrar-se em
circunstâncias que legitimam o recurso, mesmo repetido, a esse meio extraordinário
de reconciliação. Não se pode, portanto, ignorando tais situações, impedir
simplesmente ou restringir seu emprego pas toral.
5.A absolvição sacramental coletiva seja precedida de adequada catequese e
preparação comunitária, não omitindo a advertência de que os fiéis, para
receberem validamente a absolvição, devem estar disposto e com o propósito de,
no tempo devido, confessar-se individualmente dos pecados graves que não
puderam confessar.
6. Para dar licitamente a absolvição coletiva, fora do perigo de morte, não basta
que, em vista do número de penitentes, os confessores sejam insuficientes para
atendê-los na forma devida, em espaço de tempo razoável. Requer-se, além disso,
que sem a absolvição coletiva esses fiéis, sem culpa própria, permaneceriam, por
cerca de um mês, privados do perdão sacramental ou da comunhão; ou lhes seria
muito penoso ficar sem esses sacramentos.
• Quanto ao cân.
964 § 2:
1.O local apropriado para ouvir confissões seja normalmente o confessionário
tradicional, ou outro recinto conveniente expressamente preparado para essa
finalidade.
2. Haja também local apropriado, discreto, claramente indicado e de fácil acesso,
de modo que os fiéis se sintam convidados à prática do sacramento da penitência.
• Quanto ao
cân. 1067:
Para a celebração do matrimônio deve ser instruído na Paróquia o
processo de habilitação matrimonial, como segue:
1. O pároco, ou quem responde legitimamente pela paróquia ou comunidade,
tenha obrigatoriamente um colóquio pessoal com cada um dos nubentes
separadamente, para comprovar se gozam de plena liberdade e se estão livres de
qualquer impedimento ou proibição canônica, notadamente quanto aos cânones
1071, 1083-1094, 1124.
2. Apresentem-se os
seguintes documentos:
- Formulário devidamente preenchido, contendo dados pessoais e declaração
assinada pelos nubentes que não estão detidos por qualquer impedimento ou
proibição e que aceitam o sacramento do matrimônio, tal como a Igreja Católica o
entende, incluindo a unidade e indissolubilidade.
- certidão autêntica de batismo, expedida expressamente para casamento e com
data não anterior a seis meses da apresentação da mesma, incluindo eventuais
anotações marginais do livro de batizados;
- atestado de óbito do cônjuge anterior, quando
se trata de nubente viúvo;
- comprovante de habilitação para
o casamento civil;
- outros documentos eventualmente necessários, ou
requeridos pelo Bispo diocesano.
3. Quanto a proclamas: faça-se a publicação do
futuro matrimônio, no modo e prazo determinados pelo
Bispo diocesano.
4. Se um dos nubentes residir em outra Paróquia ou Diocese, diferente daquela
em que for instituído o processo de habilitação matrimonial, serão recolhidas
informações e se farão os proclamas também na Paróquia daquele nubente.
5.Se for constatada a existência de algum impedimento ou proibição canônica, o
pároco deve comunicá-la aos nubentes e, conforme o caso, enc aminhar o pedido
de dispensa ou de licença.
6. Cuide-se da preparação doutrinal e espiritual dos nubentes, conforme as
determinações concretas de cada Diocese.
• Quanto ao cân.
1083 § 2:
Sem licença do Bispo diocesano, fora do caso de urgente e es trita
necessidade, os párocos ou seus delegados não assistam aos matrimônios de
homens menores de dezoito anos ou de mulheres menores de dezesseis anos
completos.
• Quanto ao
cân. 1120:
O setor de Liturgia da CNBB estudará a conveniência e, se for o caso, elaborará
o projeto de um ritual do matrimônio próprio para o Brasil, conforme os costumes
do nosso povo. Na próxima Assembléia Geral da CNBB, deverá ser apresentado
um informe sobre este assunto.
• Quanto aos cânn.
1126 e 1129:
Ao preparar o processo de habilitação de matrimônio mistos, o pároco pedirá e
receberá as declarações e compromissos, preferivelmente por escrito e assinados
pelo nubente católico.
A diocese adotará um formulário especial, em que conste expressamente a
dispos ição do nubente católico de afastar o perigo de vir a perder a fé, bem
como a promessa de fazer o possível para que a prole seja batizada e educada
na Igreja Católica.
Tais declarações e compromissos constarão pela anexação ao processo
matrimonial do formulário especial, assinado pelo nubente, ou, quando feitos
oralmente, pelo atestado escrito do pároco no mesmo processo. Ao preparar o
processo de habilitação matrimonial, o pároco cientificará, oralmente, a parte
acatólica dos compromissos da parte católica e disso fará anotação no próprio
processo.
• Quanto ao cân.
1127 § 2:
Para se obter uma atuação concorde quanto àforma canônica dos matrimônios,
observe-se o seguinte:
1. A celebração dos matrimônios mistos se faça na forma canônica,
segundo as prescrições do cân. 1108.
2. Se surgirem graves dificuldades para sua observância, pode o Ordinário de
lugar da parte católica, em cada caso, dispensar da forma canônica, consultado o
Ordinário local de onde se celebrará o matrimônio.
Consideram-se dificuldades graves:
a) sério conflito de consciência em
algum dos nubentes;
b) perigo próximo de grave dano
material ou moral;
c) oposição irredutível da parte não católica, ou de seus familiares,
ou de seu ambiente mais próximo.
3. Atenda-se também, na concessão da dispensa, àrepercussão que possa ter
junto àfamília e comunidade da parte católica.
4. Em substituição da forma canônica dispensada, exigir-se-á dos nubentes –
para a validade do matrimônio – alguma forma pública de celebração.
5. Quanto àanotação dos matrimônios celebrados com dispensa da forma
canônica, observe-se o procedimento prescrito no cân. 1121 § 3.
• Quanto ao cân.
1236 § 1:
Na confecção da mesa do altar fixo, além da pedra natural, poderão também
ser empregados madeiras de lei, granitina, marmorite, metal e outras matérias de
reconhecida durabilidade.
• Quanto ao cân.
1246 §§ 1 e 2:
São festas de preceito os dias de: Natal do Senhor Jesus Cristo, do Santíssimo
Corpo e Sangue de Cristo, de Santa Maria Mãe de Deus, e de sua Imaculada
Conceição. As celebrações da Epifania, da Ascensão, da Assunção de Nossa
Senhora, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a de Todos os Santos ficam
transferidas para o domingo, de acordo com as normas litúrgicas.
A festa de preceito de São José é abolida, permanecendo sua celebração
litúrgica.
• Quanto aos cânn.
1251 e 1253:
1. Toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com
solenidade do calendário litúrgico. Os fiéis nesse dia se abstenham de carne ou
outro alimento, ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de
caridade ou exercício de piedade.
2.A quarta-feira de cinzas e a sexta-feira santa, memória da Paixão e Morte de
Cristo, são dias de jejum e abstinência. A
abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de
penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação nesses dias na
Sagrada Liturgia.
• Quanto ao cân. 1262:
Cabe à Província Eclesiástica dar normas pela quais se determine a obrigação
de os fiéis socorrerem às necessidades da Igreja, conforme o cân. 222, § 1.
Busquem-se, contudo, outros sistemas que – fomentando a participação
responsável dos fiéis – tornem superada para a manutenção da Igreja a cobrança
de taxas e espórtulas.
• Quanto ao cân. 1277:
Consideram-se como de administração extraordinária, no sentido do cân. 1277, os
seguintes atos:
1. A alienação de bens que, por legítima destinação, constituem o patrimônio estável
da pessoa jurídica em questão;
2. Outras alienações de bens móveis ou imóveis e
quaisquer outros negócios em que a situação
patrimonial ficar pior e cujo valor econômico exceder
a quantia mínima fixada de acordo com o cân. 1292
§ 1;
3. Reformas que superam a quantia mínima fixada de acordo com o mesmo cânon;
4. O arrendamento de bens por prazo superior a um ano,
ou com a cláusula de renovação automática, sempre que a renda anual exceder
a quantia mínima fixada de acordo com o mesmo cânon.
• Quanto ao cân. 1292 § 1:
A quantia máxima referida no cân. 1292 é a de três mil vezes o salário mínimo
vigente em Brasília DF e a quantia mínima é a de cem vezes o mesmo salário.
• Quanto aos cânn. 1297 e 1298:
A autoridade competente para a locação dos bens eclesiásticos é o Bispo
diocesano, ouvido o conselho econômico.
• Quanto ao cân. 1421 § 1:
É permitido que leigos sejam constituídos juízes.
• Quanto ao cân. 1425 § 4:
Cf. legislação complementar ao cân. 237 § 2.
• Quanto ao cân. 1439 §§ 1, 2, 3:
Cf. legislação complementar ao cân. 237 § 2.
ÍNDICE

LIVRO I - DAS NORMAS GERAIS (Cân. 1 - 203)


TÍTULO I - DAS LEIS
ECLESIÁSTICAS (Cân. 7 - 22)
TÍTULO II - DO COSTUME (Cân.
23 - 28)
TÍTULO III - DOS DECRETOS GERAIS E
INSTRUÇÕES (Cân. 29 - 34) TÍTULO IV - DOS
ATOS ADMINISTRATIVOS SINGULARES (Cân.
35 - 93)
Capítulo I - NORMAS COMUNS (Cân. 35 - 47)
Capítulo II - DOS DECRETOS E PRECEITOS
SINGULARES (Cân. 48 - 58) Capítulo III - DOS
RESCRITOS (Cân. 59 - 75)
Capítulo IV - DOS
PRIVILÉGIOS (Cân. 76 - 84)
Capítulo V - DAS DISPENSAS
(Cân. 85 - 93)
TÍTULO V - DOS ESTATUTOS E
REGIMENTOS (Cân. 94 - 95) TÍTULO VI -
DAS PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS
(Cân. 96 - 123)
Capítulo I - DA CONDIÇÃO CANÔNICA DAS
PESSOAS FÍSICAS (Cân. 96 - 112) Capítulo II - DAS
PESSOAS JURÍDICAS (Cân. 113 - 123)
TÍTULO VII - DOS ATOS JURÍDICOS
(Cân. 124 - 128) TÍTULO VIII - DO
PODER DE REGIME (Cân. 129 - 144)
TÍTULO IX - DOS OFÍCIOS
ECLESIÁSTICOS (Cân. 145 - 196)
Capítulo I - DA PROVISÃO DO OFÍCIO ECLESIÁSTICO (Cân. 146 - 183)
Art. 1 - Da Livre Colação (Cân. 157)
Art. 2 - Da Apresentação (Cân. 158 - 163)
Art. 3 - Da Eleição (Cân. 164 - 179)
Art. 4 - Da Postulação (Cân. 180 - 183)
Capítulo II - DA PERDA DO OFÍCIO ECLESIÁSTICO (Cân. 184 - 196)
Art. 1 - Da Renúncia (Cân. 187 - 189)
Art. 2 - Da Transferência (Cân. 190 - 191)
Art. 3 - Da Destituição
(Cân. 192 - 195) Art. 4 - Da
Privação (Cân. 196)
TÍTULO X - DA PRESCRIÇÃO (Cân. 197 - 199)
TÍTULO XI - DO CÔMPUTO DO TEMPO (Cân. 200 - 203)
LIVRO II - DO POVO DE
DEUS (Cân. 204 - 746) I
PARTE - DOS FIÉIS (Cân. 204
- 329)
TÍTULO I - DAS OBRIGAÇÕES E DIREITOS DE
TODOS OS FIÉIS (Cân. 208 - 223) TÍTULO II - DAS
OBRIGAÇÕES E DIREITOS DOS FIÉIS LEIGOS
(Cân. 224 - 231) TÍTULO III - DOS MINISTROS
SAGRADOS OU CLÉRIGOS (Cân. 232 - 293)
Capítulo I - DA FORMAÇÃO DOS CLÉRIGOS (Cân. 232 - 264)
Capítulo II - DA ADSCRIÇÃO OU INCARDINAÇÃO
DOS CLÉRIGOS (Cân. 265 - 272) Capítulo III - DAS
OBRIGAÇÕES E DIREITOS DOS CLÉRIGOS (Cân.
273 - 289) Capítulo IV - DA PERDA DO ESTADO
CLERICAL (Cân. 290 - 293)
TÍTULO IV - DAS PRELAZIAS
PESSOAIS (Cân. 294 - 297) TÍTULO V
- DAS ASSOCIAÇÕES DE FIÉIS (Cân.
298 - 329)
Capítulo I - NORMAS COMUNS (Cân. 298 - 311)
Capítulo II - DAS ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS DE
FIÉIS (Cân. 312 - 320) Capítulo III - DAS
ASSOCIAÇÕES PRIVADAS DE FIÉIS (Cân. 321 -
326)
Capítulo IV - NORMAS ESPECIAIS PARA AS ASSOCIAÇÕES DE LEIGOS (Cân.
327 - 329)
II PARTE - DA CONSTITUIÇÃO HIERÁRQUICA
DA IGREJA (Cân. 330 - 572) SEÇÃO I - DA
SUPREMA AUTORIDADE DA IGREJA (Cân. 330
- 367)
Capítulo I - DO ROMANO PONTÍFICE E DO COLÉGIO DOS BISPOS (Cân. 330 -
341)
Art. 1 - Do Romano Pontífice
(Cân. 331 - 335) Art. 2 - Do
Colégio dos Bispos (Cân. 336 -
341)
Capítulo II - DO SÍNODO DOS BISPOS (Cân. 342 - 343)
Capítulo III - DOS CARDEAIS DA SANTA IGREJA ROMANA (Cân. 349 - 359)
Capítulo IV - DA CÚRIA ROMA NA (Cân. 360 - 361)
Capítulo V - DOS LEGADOS DO ROMANO PONTÍFICE (Cân. 362 - 367)
II SEÇÃO - DAS IGREJAS PARTICULARES E DAS ENTIDADES QUE AS
CONGREGAM (Cân. 368 - 572)
TÍTULO I - DAS IGREJAS PARTICULARES E DA AUTORIDADE
NELAS CONSTITUÍDA (Cân. 368 - 430) Capítulo I - DAS
IGREJAS PARTICULARES (Cân. 368 - 374)
Capítulo II - DOS BISPOS (Cân. 375 - 411)
Art. 1 - Dos Bispos em Geral
(Cân. 375 - 380) Art. 2 - Dos
Bispos Diocesanos (Cân. 381 -
402)
Art. 3 - Dos Bispos Coadjutores e Auxiliares (Cân. 403 - 411)
Capítulo III - DA SÉ IMPEDIDA E SÉ VACANTE (Cân. 412 - 430 )
Art. 1 - Da Sé Impedida
(Cân. 412 - 415) Art. 2 - Da
Sé Vacante (Cân. 416 -
430)
TÍTULO II - DAS ENTIDADES QUE CONGREGAM IGREJAS
PARTICULARES (Cân. 431 - 459) Capítulo I - DAS
PROVÍNCIAS E REGIÕES ECLESIÁSTICAS (Cân. 431 -
434)
Capítulo II - DOS METROPOLITAS (Cân. 435 - 438)
Capítulo III - DOS CONCÍLIOS
PARTICULARES (Cân. 439 - 446) Capítulo
IV - DAS CONFERÊNCIAS DOS BISPOS
(Cân. 447 - 459)
TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO INTERNA DAS IGREJAS
PARTICULARES (Cân. 460 - 572) Capítulo I - DO
SÍNODO DIOCESANO (Cân. 460 - 468)
Capítulo II - DA CÚRIA DIOCESANA (Cân. 469 - 494)
Art. 1 - Dos Vigários Gerais e Episcopais (Cân. 475 - 481)
Art. 2 - Do Chanceler, dos Outros Notários e dos
Arquivos (Cân. 482 - 491) Art. 3 - Do Conselho
Econômico e do Ecônomo (Cân. 492 - 494)
Capítulo III - DO CONSELHO DOS PRESBÍTEROS E DO COLÉGIO
DOS CONSULTORES (Cân. 495 - 502) Capítulo IV - DOS CABIDOS DE
CÔNEGOS (Cân. 503 - 510)
Capítulo V - DO CONSELHO PASTORAL (Cân. )
Capítulo VI - DAS PARÓQUIAS, DOS PÁROCOS E DOS
VIGÁRIOS PAROQUIAIS (Cân. 511 - 514) Capítulo VII - DOS
VIGÁRIOS FORÂNEOS (Cân. 515 - 552)
Capítulo VIII - DOS REITORES DE IGREJAS E CAPELÃES (Cân. 553 - 555)
Art. 1 - Dos Reitores de Igrejas
(Cân. 556 - 563) Art. 2 - Dos
Capelães (Cân. 564 - 572)
III PARTE - DOS INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA E DAS
SOCIEDADES DE VIDA APOSTÓLICA (Cân. 573 - 746) SEÇÃO I - DOS
INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA (Cân. 573 - 730)
TÍTULO I - NORMAS COMUNS A TODOS OS INSTITUTOS DE
VIDA CONSAGRADA (Cân. 573 - 606) TÍTULO II - DOS
INSTITUTOS RELIGIOSOS (Cân. 607 - 709)
Capítulo I - DAS CASAS RELIGIOSAS E DE SUA EREÇÃO E
SUPRESSÃO (Cân. 608 - 616) Capítulo II - DO REGIME DOS
INSTITUTOS (Cân. 617 - 640)
Art. 1 - Dos Superiores e dos
Conselhos (Cân. 617 - 630) Art. 2 -
Dos Capítulos (Cân. 631 - 633)
Art. 3 - Dos Bens Temporais e sua Administração (Cân. 634 - 640)
Capítulo III - DA ADMISSÃO DOS CANDIDATOS E DA FORMAÇÃO DOS
MEMBROS (Cân. 641 - 661)
Art. 1 - Da Admissão para o Noviciado (Cân. 641 - 645)
Art. 2 - Do Noviciado e da Formação dos
Noviços (Cân. 646 - 653) Art. 3 - Da
Profissão Religiosa (Cân. 654 - 658)
Art. 4 - Da Formação dos Religiosos (Cân. 659 - 661)
Capítulo IV - DAS OBRIGAÇÕES E DIREITOS DOS INSTITUTOS E DE
SEUS MEMBROS (Cân. 662 - 672) Capítulo V - DO APOSTOLADO
DOS INSTITUTOS (Cân. 673 - 683)
Capítulo VI - DA SEPARAÇÃO DO INSTITUTO (Cân. 684 - 704)
Art. 1 - Da Passagem para outro
Instituto (Cân. 684 - 685) Art. 2 - Da
Saída do Instituto (Cân. 686 - 693)
Art. 3 - Da Demissão dos Membros (Cân. 694 - 704)
Capítulo VII - DOS RELIGIOSOS PROMOVIDOS AO
EPISCOPADO (Cân. 705 - 7707) Capítulo VIII - DAS
CONFERÊNCIAS DE SUPERIORES MAIORES (Cân. 708
- 709)
TÍTULO III - DOS INSTITUTOS SECULARES (Cân. 710 - 730)
SEÇÃO II - DAS SOCIEDADES DE VIDA
APOSTÓLICA (Cân. 731 - 746) LIVRO III - DO
MÚNUS DE ENSINAR DA IGREJA (Cân. 747 -
833)
TÍTULO I - DO MINISTÉRIO DA PALAVRA DE
DEUS (Cân. 756 - 780) Capítulo I - DA
PREGAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS (Cân.
762 - 772)
Capítulo II - DA FORMAÇÃO CATEQUÉTICA (Cân. 773 - 780)
TÍTULO II - DA AÇÃO MISSIONÁRIA DA
IGREJA (Cân. 781 - 792) TÍTULO III - DA
EDUCAÇÃO CATÓLICA (Cân. 793 - 821)
Capítulo I - DAS ESCOLAS (Cân. 796 - 806)
Capítulo II - DAS UNIVERSIDADES CATÓLICAS E OUTROS INSTITUTOS DE
ESTUDOS SUPERIORES (Cân. 807 - 814) Capítulo III - DAS UNIVERSIDADES
E FACULDADES ECLESIÁSTICAS (Cân. 815 - 821)
TÍTULO IV - DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E EM
ESPECIAL DOS LIVROS (Cân. 822 - 832) TÍTULO V - DA
PROFISSÃO DE FÉ (Cân. 833)
LIVRO IV - DO MÚNUS DE SANTIFICAR DA
IGREJA (Cân. 834 - 1253) I PARTE - DOS
SACRAMENTOS (Cân. 840 - 1165)
TÍTULO I - DO BATISMO (Cân. 849 - 878)
Capítulo I - DA CELEBRAÇÃO DO
BATISMO (Cân. 850 - 860) Capítulo II -
DO MINISTRO DO BATISMO (Cân. 861
- 863) Capítulo III - DOS BATIZADOS
(Cân. 864 - 871)
Capítulo IV - DOS PADRINHOS (Cân. 872 - 874)
Capítulo V - DA PROVA E ANOTAÇÃO DO

BATISMO (Cân. 875 - 878) TÍTULO II - DO

SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO (Cân. 879 -

896)

Capítulo I - DA CELEBRAÇÃO DA
CONFIRMAÇÃO (Cân. 880 - 881) Capítulo II
- DO MINISTRO DA CONFIRMAÇÃO (Cân.
882 - 888) Capítulo III - DOS
CONFIRMANDOS (Cân. 889 - 891)
Capítulo IV - DOS PADRINHOS (Cân. 892 - 893)
Capítulo V - DA PROVA E ANOTAÇÃO DA CONFIRMAÇÃO (Cân. 894 - 896)
TÍTULO III - DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA
(Cân. 897 - 958) Capítulo I - DA

CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA (Cân.

899 - 933)
Art. 1 - Do Ministro da Santíssima Eucaristia (Cân. 900 - 911)
Art. 2 - Da Participação na Santíssima Eucaristia (Cân. 912 - 923)
Art. 3 - Dos Ritos e Cerimônias da Celebração
Eucarística (Cân. 924 - 930) Art. 4 - Do Tempo e
Lugar da Celebração Eucarística (Cân. 931 - 933)
Capítulo II - DA CONSERVAÇÃO E VENERAÇÃO DA
SANTÍSSIMA EUCARISTIA (Cân. 934 - 944) Capítulo III - DAS
ESPÓRTULAS PARA A CELEBRAÇÃO DA MISSA (Cân. 945 -
958)
TÍTULO IV - DO SACRAMENTO DA
PENITÊNCIA (Cân. 959 - 997) Capítulo I -
DA CELEBRAÇÃO DO SACRAMENTO
(Cân. 960 - 964)
Capítulo II - DO MINISTRO DO SACRAMENTO DA PENITÊNCIA (Cân. 965 -
986)
Capítulo III - DO PENITENTE
(Cân. 987 - 991) Capítulo IV -
DAS INDULGÊNCIAS (Cân. 992 -
997)
TÍTULO V - DO SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS
ENFERMOS (Cân. 998 - 1007) Capítulo I - DA
CELEBRAÇÃO DO SACRAMENTO (Cân. 999 -
1002)
Capítulo II - DO MINISTRO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS (Cân. 1003)
Capítulo III - DAQUELES A QUEM SE DEVE ADMINISTRAR A UNÇÃO DOS
ENFERMOS (Cân. 1004 - 1107)
TÍTULO VI - DA ORDEM (Cân. 1008 - 1054)
Capítulo I - DA CELEBRAÇÃO E DO MINISTRO DA
ORDENAÇÃO (Cân. 1010 - 1023) Capítulo II - DOS
ORDENANDOS (Cân. 1024 - 1052)
Art. 1 - Dos Requisitos nos Ordenandos
(Cân. 1026 - 1032) Art. 2 - Dos
Requisitos Prévios àOrdenação (Cân.
1033 - 1039)
Art. 3 - Das Irregularidades e outros Impedimentos (Cân. 1040 - 1049)
Art. 4 - Dos Documentos Requeridos e do Escrutínio

(Cân. 1050 - 1052) Capítulo III - DA ANOTAÇÃO E DO

CERTIFICADO DA ORDENAÇÃO (Cân. 1053 - 1054)


TÍTULO VII - DO MATRIMÔNIO (Cân. 1055 - 1165)
Capítulo I - DO CUIDADO PASTORAL E DO QUE DEVE ANTECEDER A
CELEBRAÇÃO DO MATRIMÔNIO (Cân. 1063 - 1072) Capítulo II - DOS
IMPEDIMENTOS DIRIMENTES EM GERAL (Cân. 1073 - 1082)
Capítulo III - DOS IMPEDIMENTOS DIRIMENTES EM ESPECIAL (Cân. 1083 -
1094)
Capítulo IV - DO CONSENTIMENTO MATRIMONIAL (Cân. 1095 - 1107)
Capítulo V - DA FORMA DA CELEBRAÇÃO DO
MATRIMÔNIO (Cân. 1108 - 1123) Capítulo VI - DOS
MATRIMÔNIOS MISTOS (Cân. 1124 - 1129)
Capítulo VII - DA CELEBRAÇÃO SECRETA DO MATRIMÔNIO (Cân. 1130 -
1133)
Capítulo VIII - DOS EFEITOS DO
MATRIMÔNIO (Cân. 1134 - 1140) Capítulo
IX - DA SEPARAÇÃO DOS CÔNJUGES
(Cân. 1141 - 1155)
Art. 1 - Da Dissolução do Vínculo (Cân. 1141 - 1150)
Art. 2 - Da Separação com Permanência do

Vínculo (Cân. 1151 - 1155) Capítulo X - DA

CONVALIDAÇÃO DO MATRIMÔNIO (Cân. 1156 -

1165)

Art. 1 - Da Convalidação Simples (Cân. 1156 - 1160)


Art. 2 - Da Sanação Radical (Sanatio in Radice) (Cân. 1161 - 1165)
II PARTE - DOS OUTROS ATOS DO CULTO DIVINO (Cân.
1166 - 1204)
TÍTULO I - DOS SACRAMENTAIS
(Cân. 1166 - 1172) TÍTULO II - DA
LITURGIA DAS HORAS (Cân. 1173 -
1175)
TÍTULO III - DAS EXÉQUIAS ECLESIÁSTICAS (Cân. 1176 - 1185)
Capítulo I - DA CELEBRAÇÃO DAS EXÉQUIAS (Cân. 1177 - 1182)
Capítulo II - DAQUELES AOS QUAIS SE DEVEM CONCEDER OU NEGAR
EXÉQUIAS ECLESIÁSTICAS (Cân. 1183 - 1185)
TÍTULO IV - DO CULTO DOS SANTOS, IMAGENS SAGRADAS E
RELÍQUIAS (Cân. 1186 - 1190) TÍTULO V - DO VOTO E DO
JURAMENTO (Cân. 1191 - 1204)
Capítulo I - DO VOTO (Cân.
1191 - 1198) Capítulo II - DO
JURAMENTO (Cân. 1199 -
1204)
III PARTE - DOS LUGARES E TEMPOS SAGRADOS (Cân. 1205
- 1253)
TÍTULO I - DOS LUGARES
SAGRADOS (Cân. 1205 - 1253)
Capítulo I - DAS IGREJAS (Cân.
1214 - 1222)
Capítulo II - DOS ORATÓRIOS E CAPELAS PARTICULARES (Cân. 1223 -
1229)
Capítulo III - DOS SANTUÁRIOS
(Cân. 1230 - 1234) Capítulo IV -
DOS ALTARES (Cân. 1235 - 1239)
Capítulo V - DOS CEMITÉRIOS

(Cân. 1240 - 1243) TÍTULO II - DOS

TEMPOS SAGRADOS (Cân. 1244 -

1253)

Capítulo I - DOS DIAS DE FESTA


(Cân. 1246 - 1248) Capítulo II - DOS
DIAS DE PENITÊNCIA (Cân. 1249 -
1253)
LIVRO V - DOS BENS TEMPORAIS DA IGREJA
(Cân. 1254 - 1310)
TÍTULO I - DA AQUISIÇÃO DOS BENS
(Cân. 1259 - 1272) TÍTULO II - DA
ADMINISTRAÇÃO DOS BENS (Cân.
1273 - 1289)
TÍTULO III - DOS CONTRATOS E PRINCIPALMENTE DA
ALIENAÇÃO (Cân. 1290 - 1298) TÍTULO IV - DAS
VONTADES PIAS EM GERAL E DAS FUNDAÇÕES PIAS
(Cân. 1299 - 1310)
LIVRO VI - DAS SANÇÕES NA IGREJA (Cân.
1311 - 1399)
I PARTE - DOS DELITOS E DAS PENAS EM
GERAL (Cân. 1311 - 1363)
TÍTULO I - DA PUNIÇÃO DOS DELITOS EM
GERAL (Cân. 1311 - 1312) TÍTULO II - DA LEI
E PRECEITO PENAL (Cân. 1313 - 1320)
TÍTULO III - DO SUJEITO PASSÍVEL DE SANÇÕES
PENAIS (Cân. 1321 - 1330) TÍTULO IV - DAS PENAS
E OUTRAS PUNIÇÕES (Cân. 1331 - 1340)
Capítulo I - Das Censuras (Cân. 1331 - 1335)
Capítulo II - DAS PENAS EXPIATÓRIAS (Cân. 1336 - 1338)
Capítulo III - DOS REMÉDIOS PENAIS E DAS PENITÊNCIAS (Cân. 1339 - 1340)
TÍTULO V - DA APLICAÇÃO DAS PENAS
(Cân. 1341 - 1353) TÍTULO VI - DA
CESSAÇÃO DAS PENAS (Cân. 1354 -
1363)
II PARTE - DAS PENAS PARA CADA DELITO
(Cân. 1364 - 1399)
TÍTULO I - DOS DELITOS CONTRA A RELIGIÃO E A UNIDADE DA IGREJA (Cân.
1364 - 1369)
TÍTULO II - DOS DELITOS CONTRA AS AUTORIDADES ECLESIÁSTICAS E
CONTRA A LIBERDADE DA IGREJA (Cân. 1370 - 1377)
TÍTULO III - DA USURPAÇÃO DE CARGOS ECLESIÁSTICOS E DOS
DELITOS NO SEU EXERCÍCIO (Cân. 1378 - 1389) TÍTULO IV - DO CRIME
DE FALSIDADE (Cân. 1390 - 1391)
TÍTULO V - DOS DELITOS CONTRA DEVERES ESPECIAIS (Cân. 1392 - 1396)
TÍTULO VI - DOS DELITOS CONTRA A VIDA E A
LIBERDADE DO HOMEM (Cân. 1397 - 1398) TÍTULO VII -
NORMA GERAL (Cân. 1399)
LIVRO VII - DOS PROCESSOS (Cân. 1400 -
1752)
I PARTE - DOS JUÍZOS EM GERAL (Cân. 1400
-1500)
TÍTULO I - DO FORO COMPETENTE (Cân. 1404 - 1416)
TÍTULO II - DOS VÁRIOS GRAUS E ESPÉCIES DE TRIBUNAIS (Cân. 1417 - 1445)
Capítulo I - DO TRIBUNAL DE PRIMEIRA
INSTÂNCIA (Cân. 1419 - 1437) Art. 1 - Do
Juiz (Cân. 1419 - 1427)
Art. 2 - Dos Auditores e Relatores (Cân. 1428 - 1429)
Art. 3 - Do Promotor de Justiça, do Defensor do Vínculo, e do Notário (Cân.
1430 - 1437)
Capítulo II - DO TRIBUNAL DE SEGUNDA
INSTÂNCIA (Cân. 1438 - 1441) Capítulo III - DOS
TRIBUNAIS DA SÉ APOSTÓLICA (Cân. 1442 -
1445)
TÍTULO III - DA DISCIPLINA A SER OBSERVADA NOS TRIBUNAIS (Cân. 1446 -
1475)
Capítulo I - DO OFÍCIO DOS JUÍZES E DOS AUXILIARES DO
TRIBUNAL (Cân. 1446 - 1457) Capítulo II - DA ORDEM DAS
COGNIÇÕES (Cân. 1458 - 1464)
Capítulo III - DOS PRAZOS E DILAÇÕES (Cân. 1465 - 1467)
Capítulo IV - DO LUGAR DO JUÍZO (Cân. 1468 - 1469)
Capítulo V - DAS PESSOAS A SEREM ADMITIDAS NA SALA DO JUÍZO E DO
MODO DE REDIGIR E CONSERVAR OS AUTOS (Cân. 1470 - 1475)
TÍTULO IV - DAS PARTES EM CAUSA (Cân. 1476 - 1490)
Capítulo I - DO AUTOR E DA PARTE
DEMANDADA (Cân. 1476 - 1480) Capítulo II -
DOS PROCURADORES E ADVOGADOS (Cân.
1481 - 1490)
TÍTULO V - DAS AÇÕES E EXCEÇÕES (Cân. 1491 - 1500)
Capítulo I - DAS AÇÕES E EXCEÇÕES EM
GERAL (Cân. 1491 - 1495) Capítulo II - DAS
AÇÕES E EXCEÇÕES EM ESPECIAL (Cân.
1496 - 1500)
II PARTE - DO JUÍZO CONTENCIOSO
(Cân. 1501 - 1670) SEÇÃO I - DO JUÍZO
CONTENCIOSO ORDINÁRIO (Cân. 1501 -
1655)
TÍTULO I - DA INTRODUÇÃO DA CAUSA (Cân. 1501 - 1512)
Capítulo I - DO LIBELO INTRODUTÓRIO DA LIDE (Cân. 1501 - 1506)
Capítulo II - DA CITAÇÃO E DA NOTIFICAÇÃO DOS ATOS JUDICIAIS (Cân.
1507 - 1512)
TÍTULO II - DA LITISCONTESTAÇÃO
(Cân. 1513 - 1516) TÍTULO III - DA
INSTÂNCIA DA LIDE (Cân. 1517 -
1525) TÍTULO IV - DAS PROVAS
(Cân. 1526 - 1586)
Capítulo I - DAS DECLARAÇÕES DAS
PARTES (Cân. 1530 - 1538) Capítulo II - DA
PROVA DOCUMENTAL (Cân. 1539 - 1546)
Art. 1 - Da Natureza e do Valor dos
Documentos (Cân. 1540 - 1543) Art. 2 - Da
Apresentação dos Documentos (Cân. 1544 -
1546)
Capítulo III - DAS TESTEMUNHAS E DOS TESTEMUNHOS (Cân. 1547 - 1573)
Art. 1 - Quem Pode Testemunhar (Cân. 1549 - 1550)
Art. 2 - Da Apresentação e Recusa de
Testemunhas (Cân. 1551 - 1557) Art. 3 - Do
Interrogatório das Testemunhas (Cân. 1558 -
1571)
Art. 4 - Da Força Probatória dos Testemunhos (Cân. 1572 - 1573)
Capítulo IV - DOS PERITOS (Cân. 1574 - 1581)
Capítulo V - DO ACESSO E DA INSPEÇÃO JUDICIÁRIA (Cân. 1582 - 1583)
Capítulo VI - DAS PRESUNÇÕES (Cân. 1584 - 1586)
TÍTULO V - DAS CAUSAS INCIDENTES
(Cân. 1587 - 1597) Capítulo I - DA
AUSÊNCIA DAS PARTES (Cân. 1592 -
1595)
Capítulo II - DA INTERVENÇÃO DE TERCEIRO NA CAUSA (Cân. 1596 - 1597)
TÍTULO VI - DA PUBLICAÇÃO DOS AUTOS, DA CONCLUSÃO E DA
DISCUSSÃO DA CAUSA (Cân. 1598 - 1606) TÍTULO VII - DOS
PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ (Cân. 1607 - 1618)
TÍTULO VIII - DA IMPUGNAÇÃO DA SENTENÇA (Cân. 1619 - 1640)
Capítulo I - DA QUERELA DE NULIDADE CONTRA A
SENTENÇA (Cân. 1619 - 1627) Capítulo II - DA
APELAÇÃO (Cân. 1628 - 1640)
TÍTULO IX - DA COISA JULGADA E DA RESTITUIÇÃO "IN
INTEGRUM" (Cân. 1641 - 1648) Capítulo I - DA COISA
JULGADA (Cân. 1641 - 1644)
Capítulo II - DA RESTITUIÇÃO "IN INTEGRUM" (Cân. 1645 - 1648)
TÍTULO X - DAS DESPESAS JUDICIAIS E DO
GRATUITO PATROCÍNIO (Cân. 1649) TÍTULO XI - DA
EXECUÇÃO DA SENTENÇA (Cân. 1650 - 1655)
SEÇÃO II - DO PROCESSO CONTENCIOSO
ORAL (Cân. 1656 - 1670) III PARTE - DE
ALGUNS PROCESSOS ESPECIAIS (Cân.
1671 - 1716)
TÍTULO I - DOS PROCESSOS MATRIMONIAIS (Cân. 1671 - 1707)
Capítulo I - DAS CAUSAS PARA A DECLARAÇÃO DE NULIDADE DO
MATRIMÔNIO (Cân. 1671 - 1691)
Art. 1 - Do Foro Competente (Cân. 1671 - 1673)
Art. 2 - Do Direito de Impugnar o
Matrimônio (Cân. 1674 - 1675) Art. 3 -
Do Ofício dos Juízes (Cân. 1676 - 1677)
Art. 4 - Das Provas (Cân. 1678 - 1680)
Art. 5 - Da Sentença e da Apelação (Cân. 1681 - 1685)
Art. 6 - Do Processo Documental
(Cân. 1686 - 1688) Art. 7 -
Normas Gerais (Cân. 1689 - 1691)
Capítulo II - DAS CAUSAS DE SEPARAÇÃO DOS CÔNJUGES (Cân. 1692 -
1696)
Capítulo III - DO PROCESSO PARA DISPENSA DO MATRIMÔNIO RATIFICADO
E NÃO-CONSUMADO (Cân. 1697 - 1706) Capítulo IV - DO PROCESSO DE
MORTE PRESUMIDA DO CÔNJUGE (Cân. 1707)
TÍTULO II - DAS CAUSAS PARA DECLARAÇÃO DE NULIDADE DA
SAGRADA ORDENAÇÃO (Cân. 1708 - 1712) TÍTULO III - DOS MODOS
DE EVITAR OS JUÍZOS (Cân. 1713 - 1716)
IV PARTE - DO PROCESSO PENAL (Cân. 1717 -
1731)
Capítulo I - DA INVESTIGAÇÃO PRÉVIA
(Cân. 1717 - 1719) Capítulo II - DA
EVOLUÇÃO DO PROCESSO (Cân. 1720 -
1728)
Capítulo III - DA AÇÃO PARA A REPARAÇÃO DE DANOS (Cân. 1729 - 1731)
V PARTE - DO MODO DE PROCEDER NOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
E NA DESTITUIÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE
PÁROCOS (Cân. 1732 - 1752)
SEÇÃO I - DO RECURSO CONTRA DECRETOS ADMINISTRATIVOS (Cân.
1732 - 1739)
SEÇÃO II - DO PROCESSO PARA A DESTITUIÇÃO OU A
TRANSFERÊNCIA DE PÁROCOS (Cân. 1740 - 1752)
Capítulo I - DO MODO DE PROCEDER NA DESTITUIÇÃO DE
PÁROCOS (Cân. 1740 - 1747) Capítulo II - DO MODO DE
PROCEDER NA TRANSFERÊNCIA DE PÁROCOS (Cân. 1748
- 1752)
CODEX IURIS CANONICI

IOANNES PAULUS
EPISCOPUS TOTUS TUUS
VENERABILIBUS
FRATRIBUS CARDINALIBUS,
ARCHIEPISCOPIS, EPISCOPIS,
PRESBYTERIS,
DIACONIS
CETERISQUE POPULI
DEI MEMBRIS
IOANNES PAULUS EPISCOPUS
SERVUS SERVORUM DEI
AD PERPETUAM REI MEMORIAM
SACRAE DISCIPLINAE LEGES Catholica Ecclesia, procedente tempore, reformare
ac renovare consuevit, ut, fidelitate erga Divinum Conditorem semper servata, eaedem
cum salvifica missione ipsi concredita apte congruerent. Non alio ducti proposito Nos,
exspectationem totius catholici orbis tandem explentes, hac die XXV mensis Ianuarii,
anno MCMLXXXIII, Codicem Iuris Canonici recognitum foras dari iubemus. Quod dum
facimus, ad eandem diem anni MCMLIX cogitatio Nostra convolat, qua Decessor
Noster fel. rec. Ioannes XXIII primum publice nuntiavit captum abs se consilium
reformandi vigens Corpus legum canonicarum, quod anno MCMXVII, in solemnitate
Pentecostes, fuerat promulgatum.
Quod quidem consilium Codicis renovandi una cum duobus aliis initum est, de quibus
ille Pontifex eadem die est locutus, quae spectant ad voluntatem Synodum dioecesis
Romanae celebrandi et Concilium Oecumenicum convocandi. Quorum eventuum, etsi
prior non multum ad Codicis reformationem attineat, alter tamen, hoc est Concilium,
maximi momenti est ad rem nostram quod spectat, cum eiusque substantia arcte
coniungitur.
Quod si quaestio ponatur cur Ioannes XXIII necessitatem persenserit vigentis
Codicis reformandi, responsio fortasse in eodem Codice, anno MCMCVII promulgato,
invenitur. Attamen alia quoque responsio st, eademque praecipua: scilicet reformatio
Codicis Iuris Canonici prorsus posci atque expeti videbatur ab ipso Concilio, quod in
Ecclesiam maximopere considerationem suam converterat.
Ut omnino patet, cum primum de Codice recognoscendo nuntium datum st,
Concilium negotium erat quod totum ad futurum tempus pertinebat. Accedit quod eius
magisterii acta ac praesertim eius de Ecclesia doctrina annis MCMLXII-MCMLXV
perficienda erant; attamen animi perceptionem Ioannis XXIII fuisse verissimam nemo
non videt, eiusque consilium iure merito dicendum est in longinquum Ecclesiae bono
consuluisse.
Quapropter novus Codex, qui hodie in publicum prodit, praeviam Concilii operam
necessario postulavit; et quamquam una cum Concilio est praenunciatus, tamen
tempore sequitur Concilium, quia labores, ad illum apparandum suscepti, cum in
Concilio niti deberent, nonnisi post idem absolutum incipere potuerunt.
Mentem autem hodie convertentes ad exordium illius itineris, hoc est ad diem illam
XXV Ianuarii anno MCMLIX, atque ad ipsum Ioannem XXIII, Codicis recognitionis
initiatorem, fateri debemus hunc Codicem ab uno eodemque proposito profluxisse, rei
christiane scilicet restaurandae; a quo quidem proposito totum Concilii opus suas
normas suumque ductum praesertim accepit.
Quod si nunc considerationem intendimus ad naturam laborum, qui Codicis
promulgationem praecesserunt, itemque ad modum quo iidem confecti sunt, praesertim
inter Pontificatus Pauli VI et Ioannis Pauli I, ac deinceps usque ad praesentem diem, id
claro in lumine ponatur omnino oportet, quod huiusmodi labores spiritu insigniter
collegiali ad exitum sunt perducti; idque non solum respicit externam operis
compositionem, verum etiam ipsam conditarum legum substantiam penitus afficit.
Haec vero nota collegialitatis, qua processus originis huius Codicis eminenter
distinguitur, cum magisterio et indole Concilii Vaticani II plane congruit. Quare Codez
non modo ob ea quae continet, sed etiam iam in suo ortu prae se fert afflatum huius
Concilii, in cuius documentis Ecclesia, sacramentum salutis, tamquam Populus Dei
ostenditur eiusque hierarchica constitutio in Collegio Episcoporum cum Capite suo nixa
perhibetur.
Hac igitur de causa Episcopi et Episcopatus invitati sunt ad sociam operam
praestandam in novo Codice apparando, ut per tam longum iter, ratione quantum fieri
posset collegiali, paulatim formulae iuridicae maturescerent, quae, deinde, in usum
universae Ecclesiae inservire deberent. Omnbibus vero huius negotii temporibus
labores participaverunt etiam periti , viri scilicet peculiari scientia praediti in theologica
doctrina, in historia ac maxime in iure canonico, qui ex universis terrarum orbis
regionibus sunt arcessiti.
Quibus singulis universis hodie gratissimi animi sensus ultro proferimus.
In primis ob oculos Nostros observantur Cardinales vita functi, qui Commissioni
praeparatoriae praefuerunt: Cardinalis Petrus Ciriaci, qui opus inchoavit, et Cardinalis
Pericles Felici, qui complures per annos laborum iter moderatus est, fere usque ad
metam. Cogitamus deinde Secretarios eiusdem Commissionis: Rev.mum D. Iacobum
Violardo, postmodum Cardinalem, ac P. Raimundum Bidagor, Societatis Iesu
sodalem, qui ambo in hoc munere explendo doctrinae ac sapientiae suae dona
profuderunt. Simul cum illis recolimus Cardinales, Archiepiscopos, Episcopos,
quotquot illius Commissionis membra fuerunt, necnon Consultores singulorum
Coetuum a studiis per hos annos ad tam strenuum opus adhibitos, quod Deus
interim ad aeterna praemia vocavit. Pro his omnibus suffragans precatio Nostra ad
Deum ascendit.
Sed placet etiam commemorare viventes, in primisque hodiernum Commissionis Pro-
Praesidem, nempe Venerabilem Fratrem Rosalium Castillo Lara, qui diutissime tanto
muneri operam navavit egregiam; ac, post illum, dilectum Villelmum Onclin, sacerdotem,
qui assidua diligentique cura ad felicem operis exitum valde contulit, ceterosque qui in
eadem Commissione sive ut Sodales Cardinales, sive ut Officiales, Consultores
Cooperatoresque in coetibus a studiis El in aliis Officiis, suas maximi pretii partes
contulerunt, ad tantae molis tantaeque implicationis opus elaborandum atque
perficiendum.
Codicem itaque hodie promulgantes, Nos plane conscii sumus hunc actum a
Nostra quidem Pontificis auctoritate proficisci, ac proinde induere naturam
"primatialem". Attamen pariter conscii sumus hunc Codicem, ad materiam quod
attinet, in se referre collegialem sollicitudinem de Ecclesia omnium Nostrorum in
Episcopatu Fratrum; quinimmo, quasi ex quadam similitudine ipsius Concilii, idem
Codex habendus est veluti fructus "collegialis cooperationis", quae orta est ex
expertorum hominum institutorumque viribus per universam Ecclesiam in unum
coalescentibus.
Altera oritur quaestio, quidnam sit Codex Iuris Canonici. Cui interrogationi ut rite
reapondeatur, mente repetenda est longinqua illa hereditas iuris, quae in libris Veteris et
Novi Testamenti continetur, ex qua tota traditio iuridica et legifera Ecclesiae, tamquam a
suo primo fonte, originem ducit.
Christus enim Dominus uberrimam hereditatem Legis et Prophetarum, quae ex
historia et experientia Populi Dei in Vetere Testamento paulatim creverat, minime
destruxit, sed implevit (Mt 5, 17), ita ut ipsa novo et altiore modo ad hereditatem Novi
Testamenti pertineret. Quamvis ergo Sanctus Paulus, mysterium paschale exponens,
doceat iustificationem non ex legis operibus, sed ex fide dari (Rm 3, 28; Gal 2, 16), nec
vim obligantem Decalogi excludit (cfr. Rm 13, 8-10; Gal 5, 13-25; 6, 2), nec momentum
ordinis disciplinae in Ecclesia Dei negat (cfr. 1 Cor, cap. 5 et 6). Sic Novi Testamenti
scripta sinunt ut nos multo magis percipiamus hoc ipsum disciplinae momentum, utque
ac melius intellegere valeamus vincula, quae illud arctiore modo coniungunt cum indole
salvifica ipsius Evangelii doctrinae.
Quae cum ita sint, satis apparet finem Codicis minime illum esse, ut in vita Ecclesiae
christifidelium fides, gratia, charismata ac praesertim caritas substituantur. Ex contrario,
Codex eo potius spectat, ut talem gignat ordinem in ecclesiali societate, qui,
praecipuas tribuens partes amori, gratiae atque charismati, eodem tempore faciliorem
reddat ordinatam eorum progressionem in vita sive ecclesialis societatis, sive etiam
singulorum hominum, qui ad illam pertinent.
Codex, utpote quod st primarium documentum legiferum Ecclesiae, innixum in
hereditate iuridica et legifera Revelationis atque Traditionis, necessarium instrumentum
censendum est, quo debitus servetur ordo tum in vita individuali atque sociali, tum in
ipsa Ecclesiae navitate. Quare, praeter elementa fundamentalia structurae hierarchicae
et organicae Ecclesiae a Divino Conditore statuta El in apostolica aut ceteroqui in
antiquissima traditione fundata, ac praeter praecipuas normas spectantes ad
exercitium triplicis muneris ipsi Ecclesiae demandati, Codex quasdam etiam regulas
atque agendi normas definiat oportet.
Instrumentum, quod Codex est, plane congruit cum natura Ecclesiae, qualis
praesertim proponitur per magisterium Concilii Vaticani II in universum spectatum,
peculiarique ratione per eius ecclesiologicam doctrinam. Immo, certo quodam modo,
novus hic Codex concipi potest veluti magnus nisus transferendi in sermonem
canonisticum hanc ipsam doctrinam, ecclesiologicam scilicet conciliarem. Quod si fieri
nequit, ut imago Ecclesiae per doctrinam Concilii descripta perfecte in linguam
"canonisticam" convertatur, nihilominus ad hanc ipsam imaginem semper Codex est
referendus tamquam ad primarium exemplum, cuius lineamenta is in se, quantum fieri
potest, suapte natura exprimere debet.
Inde nonnullae profluunt fundamentales normae, quibus totus regitur novus Codex,
intra fines quidem materiae illi propriae, necnon ipsius linguae, quae cum ea materia
cohaeret.
Quinimmo affirmari licet inde etiam proficisci notam illam, qua Codex habetur veluti
complementum magisterii a Concilio Vaticano II propositi, peculiari modo quod attinet ad
duas Constitutiones, dogmaticam nempe atque pastoralem.
Hinc sequitur, ut fundamentalis illa ratio "novitatis", quae, a traditione legifera
Ecclesiae numquam discedens, reperitur in Concilio Vaticano II, praesertim quod
spectat ad eius ecclesiologicam doctrinam, efficiat etiam rationem "novitatis" in novo
Codice.
Ex elementis autem, quae veram ac propriam Ecclesiae imaginem exprimunt, haec
sunt praecipue recensenda: doctrina qua Ecclesia ut Populus Dei (cfr. Const. Lumen
Gentium, 2), et auctoritas hierarchica uti servitium proponitur (ibid., 3); doctrina
praeterea quae Ecclesiam uti "communionem" ostendit ac proinde mutuas statuit
necessitudines quae inter Ecclesiam particularem et universalem, atque inter
collegialitatem ac primatum intercedere debent; item doctrina qua omnia membra Populi
Dei, modo sibi proprio, triplex Christi munus participant, sacerdotale scilicet propheticum
atque regale, cui doctrinae ea etiam adnectitur quae respicit officia ac iura
christifidelium, ac nominatim laicorum; studium denique ab Ecclesia in oecumenismum
impendendum.
Si igitur Concilium Vaticanum II ex Traditionis thesauro vetera et nova protulit,
eiusque novitas hisce aliisque elementis continetur, manifesto patet Codicem eandem
notam fidelitatis in novitate et novitatis in fidelitate in se recipere, eique conformari pro
materia sibi propria suaque peculiari loquendi ratione.
Novus Codex Iuris Canonici eo tempore in lucem prodit, quo Episcopi totius
Ecclesiae eius promulgationem non tantum postulant,
verum etiam instanter vehementerque efflagitant.
Ac revera Codex Iuris Canonici Ecclesiae omnino necessarius est. Cum ad modum
etiam socialis visibilisque compaginis sit constituta, ipsa normis indiget, ut eius
hierarchica et organica structura adspectabilis fiat, ut exercitium munerum ipsi divinitus
creditorum, sacrae praesertim potestatis et administrationis sacramentorum rite
ordinetur, ut secundum iustitiam in caritate innixam mutuae christifidelium
necessitudines componantur, singulorum iuribus in tuto positis atque definitis, ut
denique communia incepta, quae ad christianam vitam perfectius usque vivendam
suscipiuntur, per leges canonicas fulciantur, muniantur ac promoveantur.
Demum canonicae leges suapte natura observantiam exigunt; qua de causa
quam maxima diligentia adhibita est, ut in diuturna Codicis praeparatione, accurata
fieret normarum expressio eaedemque in solido iuridico, canonico ac theologico
fundamento inniterentur.
Quibus omnibus consideratis, optandum sane est; ut nova canonica legislatio efficax
instrumentum evadat, cuius ope Ecclesia valeat se ipsam perficere secundum Concilii
Vaticani II spiritum, ac magis magisque parem se praebeat salutifero suo muneri in hoc
mundo exsequendo.
Placet considerationes has Nostras fidenti animo omnibus committere, dum princeps
legum ecclesiasticarum Corpus pro Ecclesia latina promulgamus.
Faxit ergo Deus ut gaudium et pax cum iustitia et oboedientia hunc Codicem
commendent, et quod iubetur a capite, servetur in corpore.
Itaquae divinae gratiae auxilio freti, Beatorum Apostolorum Petri et Pauli auctoritate
suffulti, certa scientia atque votis Episcoporum universi orbis adnuentes, qui nobiscum
collegiali affectu collaboraverunt, suprema qua pollemus auctoritate, Constitutione
Nostra hac in posterum valitura, praesentem Codicem sic ut digestus et recognitus est,
promulgamus, vim legis habere posthac pro universa Ecclesia
latina iubemus ac omnium ad quos spectat custodiae ac vigilantiae tradimus
servandum. Quo autem fidentius haec praescripta omnes probe percontari atque
perspecte cognoscere valeant, antequam ad effectum adducantur, edicimus ac
iubemus ut ea vim obligandi sortiantur a die prima Adventus anni MCMLXXXIII. Non
obstantibus quibuslibet ordinationibus, constitutionibus, privilegiis etiam speciali vel
individua mentione dignis nec non consuetudinibus contrariis.
Omnes ergo filios dilectos hortamur ut significata praecepta animo sincero ac
propensa voluntate exsolvant, spe confisi fore ut Ecclesiae studiosa disciplina
revirescat ac propterea animarum quoque salus magis magisque, auxiliatrice
Beatissima Virgine Maria Ecclesiae Matre, promoveatur.
Datum Romae, die XXV Ianuarii anno MCMLXXXIII, apud Vaticanas aedes,
Pontificatus Nostri quinto.
IOANNES P AULUS PP. II
CODEX IURIS CANONICI

LIBER I universales sive particulares,


praescriptis huius Codicis
DE NORMIS GENERALIBUS contrariae, nisi de particularibus
aliud expresse caveatur;
Can. 1. – Canones huius Codicis 3° leges poenales quaelibet, sive
unam Ecclesiam latinam respiciunt. universales sive particulares a
Sede Apostolica latae, nisi in ipso
Can. 2. – Codex plerumque non definit hoc Codice recipiantur;
ritus, qui in actionibus liturgicis
4° ceterae quoque leges
celebrandis sunt servandi; quare leges
disciplinares universales materiam
liturgicae hucusque vigentes vim suam
respicientes, quae hoc Codice ex
retinent, nisi earum aliqua Codicis
integro ordinatur.
canonibus sit contraria.
§ 2. Canones huius Codicis, quatenus
Can. 3. – Codicis canones initas ab ius vetus referunt, aestimandi sunt
ratione etiam canonicae traditionis habita.
Apostolica Sede cum nationibus aliisve
societatibus politicis conventiones non TITULUS I
abrogant neque iis derogant; eaedem DE LEGIBUS
idcirco perinde ac in praesens vigere ECCLESIASTICIS
pergent,contrariis huius Codicis
praescriptis minime obstantibus. Can. 7. – Lex instituitur cum
promulgatur.
Can. 4. – Iura quaesita, itemque
privilegia quae, ab Apostolica Sede ad Can. 8. – § 1. Leges ecclesiasticae
haec usque tempora personis sive universales promulgantur per editionem
physicis sive iuridicisconcessa, in usu in Actorum Apostolicae Sedis
sunt nec revocata, integra manent, nisi commentario officiali, nisi in casibus
huius Codicis canonibus expresse particularibus alius promulgandi modus
revocentur. fuerit praescriptus, et vim suam exserunt
tantum expletis tribus mensibus a die qui
Can. 5. – § 1. Vigentes in praesens Actorum numero appositus est, nisi ex
contra horum praescripta canonum
natura rei illico ligent aut in ipsa lege
consuetudines sive universales sive
brevior aut longior vacatio specialiter et
particulares, quae ipsis canonibus
expresse fuerit statuta.
huius Codicis reprobantur, prorsus
suppressae sunt, nec in posterum § 2. Leges particulares promulgantur
reviviscere sinantur; ceterae quoque modo a legislatore determinato et
suppressae habeantur, nisi expresse obligare incipiunt post mensem a die
Codice aliud caveatur, aut centenariae promulgationis, nisi alius terminus in ipsa
sint vel immemorabiles, quae quidem, lege statuatur.
si de iudicio Ordinarii pro locorum ac Can. 9. – Leges respiciunt futura, non
personarum adiunctis submoveri praeterita, nisi nominatim in eis de
nequeant, tolerari possunt. praeteritis caveatur.
§ 2. Consuetudines praeter ius
hucusque vigentes, sive universales
sive particulares, servantur.
Can. 6. – § 1. Hoc Codice vim
obtinente, abrogantur:
1° Codex Iuris Canonici anno
1917 promulgatus;
2° aliae quoque leges, sive
Can. 10. – Irritantes aut inhabilitantes quae vigent in loco in quo versantur.
eae tantum leges habendae sunt, Can. 14. – Leges, etiam irritantes et
quibus actum esse nullum aut inhabilitantes, in dubio iuris non urgent;
in dubio autem facti Ordinarii ab eis
inhabilem esse personam expresse dispensare possunt, dummodo, si
statuitur. agatur de dispensatione reservata,
concedi soleat ab auctoritate cui
Can. 11. – Legibus mere reservatur.
ecclesiasticis tenentur baptizati in Can. 15. – § 1. Ignorantia vel error
circa leges irritantes vel inhabilitantes
Ecclesia catholica vel in eandem earundem effectum non impediunt, nisi
recepti, quique sufficienti rationis usu aliud expresse statuatur.
gaudent et, nisi aliud iure expresse § 2. Ignorantia vel error circa legem
caveatur, septimum aetatis annum aut poenam aut circa factum proprium
aut circa factum alienum notorium non
expleverunt. praesumitur; circa factum alienum non
notorium praesumitur, donec contrarium
Can. 12. – § 1. Legibus universalibus probetur.
tenentur ubique terrarum omnes pro
quibus latae sunt. Can. 16. – § 1. Leges authentice
interpretatur legislator et is cui potestas
§ 2. A legibus autem universalibus, authentice interpretandi fuerit ab eodem
commissa.
quae in certo territorio non vigent,
eximuntur omnes qui in eo territorio § 2. Interpretatio authentica per modum
actu versantur. legis exhibita eandem vim habet ac lex
ipsa et promulgari debet; si verba legis
§ 3. Legibus conditis pro peculiari in se certa declaret tantum, valet
territorio ii subiciuntur pro quibus latae retrorsum; si legem coarctet vel
sunt, quique ibidem domicilium vel extendat aut dubiam explicet, non
quasi- domicilium habent et simul retrotrahitur.
actu commorantur, firmo praescripto
Can. 13. § 3. Interpretatio autem per modum
Can. 13. – § 1. Leges particulares sententiae iudicialis aut actus
non praesumuntur personales, s ed administrativi in re peculiari, vim legis
territoriales, nisi aliud constet. non habet et ligat tantum personas
§ 2. Peregrini non atque afficit res pro quibus data est.
adstringuntur: Can. 17. – Leges ecclesiasticae
1° legibus particularibus sui intellegendae sunt secundum propriam
territorii quamdiu ab eo absunt,
nisi aut earum transgressio in verborum significationem in textu et
proprio territorio noceat, aut contextu consideratam; quae si dubia
leges sint personales;
et obscura manserit, ad locos
2° neque legibus territorii in parallelos, si qui sint, ad legis finem ac
quo versantur, iis exceptis quae
ordini publico consulunt, aut circumstantias et ad mentem legislatoris
actuum sollemnia determinant, est recurrendum.
aut res immobiles in territorio
sitas respiciunt. Can. 18. – Leges quae poenam
statuunt aut liberum iurium exercitium
§ 3. Vagi obligantur legibus tam coarctant aut exceptionem a lege
continent, strictae subsunt
universalibus quam particularibus interpretationi.
doctorum sententia.
Can. 19. – Si certa de re desit
expressum legis sive universalis sive Can. 20. – Lex posterior abrogat priorem
particularis praescriptum aut aut eidem derogat, si id expresse edicat
consuetudo, causa, nisi sit poenalis, aut illi sit directe contraria, aut totam de
dirimenda est attentis legibus latis in integro ordinet legis prioris materiam; sed
similibus, generalibus iuris principiis lex universalis minime derogat iuri
cum aequitate canonica servatis, particulari aut speciali, nisi aliud in iure
iurisprudentia et praxi Curiae expresse caveatur.
Romanae, communi constantique Can. 21. – In dubio revocatio legis
praeexsistentis non praesumitur, sed TITULUS III
leges posteriores ad priores trahendae DE DECRETIS GENERALIBUS ET DE
sunt et his, quantum fieri potest, INSTRUCTIONIBUS
conciliandae.
Can. 22. – Leges civiles ad quas ius Can. 29. – Decreta generalia, quibus a
Ecclesiae remittit, in iure canonico legislatore competenti pro communitate
iisdem cum effectibus serventur, legis recipiendae capaci communia
quatenus iuri divino non sint contrariae
et nisi aliud iure canonico caveatur. feruntur praescripta, proprie sunt leges
TITULUS II et reguntur praescriptis canonum de
legibus.
DE CONSUETUDINE
Can. 30. – Qui potestate exsecutiva
Can. 23. – Ea tantum consuetudo a tantum gaudet, decretum generale, de
communitate fidelium introducta vim quo in Can. 29, ferre non valet, nisi in
legis habet, quae a legislatore casibus particularibus ad normam iuris id
approbata fuerit, ad normam canonum ipsi a legislatore competenti expresse
qui sequuntur. fuerit concessum et servatis
Can. 24. – § 1. Nulla consuetudo vim condicionibus in actu concessionis
legis obtinere potest, quae sit iuri divino statutis.
contraria.
§ 2. Nec vim legis obtinere potest Can. 31. – § 1. Decreta generalia
consuetudo contra aut praeter ius exsecutoria, quibus nempe pressius
canonicum, nisi sit rationabilis;
consuetudo autem, quae in iure determinantur modi in lege applicanda
expresse reprobatur, non est servandi aut legum observantia urgetur,
rationabilis.
ferre valent, intra fines suae
Can. 25. – Nulla consuetudo vim legis competentiae, qui potestate gaudent
obtinet, nisi a communitate legis saltem exsecutiva.
recipiendae capaci cum animo iuris
§ 2. Ad decretorum promulgationem et
inducendi servata fuerit. vacationem quod attinet, de quibus in §
1, serventur praescripta Can. 8.
Can. 26. – Nisi a competenti
Can. 32. – Decreta generalia exsecutoria
legislatore specialiter fuerit probata, eos obligant qui tenentur legibus,
consuetudo vigenti iuri canonico quarum eadem decreta modos
applicationis
contraria aut quae est praeter legem
canonicam, vim legis obtinet tantum, si
legitime per annos triginta continuos et
completos servata fuerit; contra legem
vero canonicam, quae clausulam
contineat futuras consuetudines
prohibentem, sola praevalere potest
consuetudo centenaria aut
immemorabilis.
Can. 27. – Consuetudo est
optima legum interpres.
Can. 28. – Firmo praescripto Can. 5,
consuetudo, sive contra sive praeter
legem, per contrariam consuetudinem
aut legem revocatur; sed, nisi
expressam de iis mentionem faciat, lex
non revocat consuetudines centenarias
aut immemorabiles, nec lex universalis
consuetudines particulares.
potest, intra fines suae competentiae,
determinant aut ab eo qui potestate exsecutiva gaudet,
observantiam urgent. firmo praescripto Can. 76, § 1.
Can. 33. – § 1. Decreta generalia Can. 36. – § 1. Actus administrativus
exsecutoria, etiamsi edantur in intellegendus est secundum propriam
directoriis aliusve nominis verborum significationem et communem
documentis, non derogant legibus, et loquendi usum; in dubio, qui ad lites
eorum praescripta quae legibus sint referuntur aut ad poenas comminandas
contraria omni vi carent. infligendasve attinent aut personae iura
§ 2. Eadem vim habere desinunt coarctant aut iura aliis quaesita laedunt
revocatione explicita aut implicita ab aut adversantur legi in commodum
auctoritate competenti facta, necnon privatorum, strictae subsunt
cessante lege ad cuius exsecutionem interpretationi; ceteri omnes, latae.
data sunt; non autem cessant resoluto § 2. Actus administrativus non debet ad
iure statuentis, nisi contrarium alios casus praeter expressos extendi.
expresse caveatur. Can. 37. – Actus administrativus, qui
forum externum respicit, scripto est
Can. 34. – § 1. Instructiones, quae consignandus; item, si fit in forma
commissoria, actus huius exsecutionis.
nempe legum praescripta declarant
atque rationes in iisdem exsequendis Can. 38. – Actus administrativus, etiam
servandas evolvunt et determinant, ad si agatur de rescripto Motu proprio
usum eorum dantur quorum est curare dato, effectu caret quatenus ius alteri
ut leges exsecutioni mandentur, quaesitum laedit aut legi
eosque in legum exsecutione obligant; consuetudinive probatae contrarius est,
eas legitime edunt, intra fines suae nisi auctoritas competens expresse
competentiae, qui potestate exsecutiva clausulam derogatoriam addiderit.
gaudent. Can. 39. – Condiciones in actu
administrativo tunc tantum ad
§ 2. Instructionum ordinationes validitatem censentur adiectae, cum
per particulas si, nisi, dummodo
legibus non derogant, et si quae cum exprimuntur.
legum praescriptis componi nequeant,
Can. 40. – Exsecutor alicuius actus
omni vi carent.
administrativi invalide suo munere
§ 3. Vim habere desinunt instructiones fungitur, antequam litteras receperit
non tantum revocatione explicita aut earumque authenticitatem et
implicita auctoritatis competentis, quae integritatem recognoverit, nisi praevia
eas edidit, eiusve superioris, sed earundem notitia ad ipsum auctoritate
etiam cessante lege ad quam eundem actum edentis transmissa
declarandam vel exsecutioni fuerit.
mandandam datae sunt.
Can. 41. – Exsecutor actus
TITULUS IV administrativi cui committitur merum
DE ACTIBUS ADMINISTRATIVIS exsecutionis ministerium, exsecutionem
SINGULARIBUS huius actus denegare non potest, nisi
manifesto appareat eundem actum esse
Caput I nullum aut alia ex gravi causa sustineri
non posse aut condiciones in ipso actu
NORMAE
administrativo appositas non esse
COMMUNES adimpletas; si tamen actus
administrativi exsecutio adiunctorum
Can. 35. – Actus administrativus personae aut loci ratione videatur
singularis, sive est decretum aut inopportuna, exsecutor exsecutionem
praeceptum sive est rescriptum, elici intermittat; quibus in casibus statim
certiorem faciat auctoritatem quae actum edidit.
Can. 51. – Decretum scripto feratur
Can. 42. – Exsecutor actus expressis, saltem summarie, si agatur de
administrativi procedere debet ad
decisione, motivis.
mandati normam; si autem condiciones
essentiales in litteris appositas non Can. 52. – Decretum singulare vim habet
impleverit ac substantialem procedendi tantum quoad res de quibus decernit et
formam non servaverit, irrita est pro personis quibus datum est; eas vero
exsecutio. ubique obligat, nisi aliud constet.
Can. 43. – Actus administrativi Can. 53. – Si decreta inter se sint
exsecutor potest alium pro suo prudenti contraria, peculiare, in iis quae
arbitrio sibi substituere, nisi substitutio peculiariter exprimuntur, praevalet
prohibita fuerit, aut electa industria generali; si aeque sint peculiaria aut
personae, aut substituti persona generalia, posterius tempore obrogat
praefinita; hisce autem in casibus priori, quatenus ei contrarium est.
exsecutori licet alteri committere actus Can. 54. – § 1. Decretum singulare,
praeparatorios. cuius applicatio committitur exsecutori,
Can. 44. – Actus administrativus effectum habet a momento exsecutionis;
exsecutioni mandari potest etiam ab
exsecutoris successore in officio, nisi secus a momento quo personae
fuerit electa industria personae. auctoritate ipsius decernentis intimatur.
Can. 45. – Exsecutori fas est, si § 2. Decretum singulare, ut urgeri possit,
quoquo modo in actus administrativi legitimo documento ad normam iuris
intimandum est.
exsecutione erraverit, eundem actum
iterum exsecutioni mandare. Can. 55. – Firmo praescripto cann. 37 et
51, cum gravissima ratio obstet ne
Can. 46. – Actus administrativus non
cessat resoluto iure statuentis, nisi scriptus decreti textus tradatur,
aliud iure expresse caveatur. decretum intimatum habetur si ei, cui
Can. 47. – Revocatio actus destinatur, coram notario vel duobus
administrativi per alium actum testibus legatur, actis redactis, ab
administrativum auctoritatis competentis
effectum tantummodo obtinet a omnibus praesentibus subscribendis.
momento, quo legitime notificatur
personae pro qua datus est. Can. 56. – Decretum pro intimato
habetur, si is cui destinatur, rite vocatus
Caput II ad decretum accipiendum vel
audiendum, sine iusta causa non
DE DECRETIS ET comparuerit vel subscribere recusaverit.
PRAECEPTIS SINGULARIBUS Can. 57. – § 1. Quoties lex iubeat
Can. 48. – Decretum singulare decretum ferri vel ab eo, cuius interest,
intellegitur actus administrativus a petitio vel recursus ad decretum
competenti auctoritate exsecutiva obtinendum legitime proponatur,
editus,quo secundum iuris normas pro auctoritas competens intra tres menses a
casu particulari datur decisio aut fit recepta petitione vel recursu provideat,
provisio, quae natura sua petitionem nisi alius terminus lege praescribatur.
ab aliquo factam non supponunt.
Can. 49. – Praeceptum singulare est
decretum quo personae aut personis
determinatis aliquid faciendum aut
omittendum directe et legitime imponitur,
praesertim ad legis observantiam
urgendam.
Can. 50. – Antequam decretum
singulare ferat, auctoritas necessarias
notitias et probationes exquirat, atque,
quantum fieri potest, eos audiat quorum
iura laedi possint.
Can. 63. – § 1. Validitati rescripti
§ 2. Hoc termino transacto, si obstat subreptio seu reticentia veri, si
decretum nondum datum fuerit, in precibus expressa non fuerint quae
responsum praesumitur negativum, ad secundum legem, stilum et praxim
propositionem ulterioris recursus quod canonicam ad validitatem sunt
attinet. exprimenda, nisi agatur de rescripto
§ 3. Responsum negativum gratiae, quod Motu proprio datum sit.
praesumptum non eximit competentem § 2. Item validitati rescripti obstat
auctoritatem ab obligatione decretum obreptio seu expositio falsi, si ne una
quidem causa motiva proposita sit vera.
ferendi, immo et damnum forte
§ 3. Causa motiva in rescriptis quorum
illatum, ad normam Can. 128, nullus est exsecutor, vera sit oportet
reparandi. tempore quo rescriptum datum est; in
ceteris, tempore exsecutionis.
Can. 58. – § 1. Decretum singulare Can. 64. – Salvo iure Paenitentiariae
vim habere desinit legitima revocatione pro foro interno, gratia a quovis
ab auctoritate competenti facta dicasterio Romanae Curiae denegata,
necnon cessante lege ad cuius valide ab alio eiusdem Curiae dicasterio
exsecutionem datum est. aliave competenti auctoritate infra
§ 2. Praeceptum singulare, legitimo Romanum Pontificem concedi nequit,
documento non impositum, cessat
resoluto iure praecipientis. sine assensu dicasterii quocum agi
coeptum est.
Caput
Can. 65. – § 1. Salvis praescriptis §§ 2
III DE et 3, nemo gratiam a proprio Ordinario
denegatam ab alio Ordinario petat, nisi
RESCRI
facta denegationis mentione; facta
PTIS autem mentione, Ordinarius gratiam
ne concedat, nisi habitis a priore
Can. 59. – § 1. Rescriptum intellegitur Ordinario denegationis rationibus.
actus administrativus a
competenti auctoritate exsecutiva in
scriptis elicitus, quo suapte natura, ad § 2. Gratia a Vicario generali vel a
petitionem alicuius, conceditur Vicario episcopali denegata, ab alio
privilegium,
Vicario eiusdem Episcopi, etiam
dispensatio
aliave gratia. habitis a Vicario denegante
denegationis rationibus, valide concedi
§ 2. Quae de rescriptis statuuntur
praescripta, etiam de licentiae nequit.
concessione necnon de
concessionibus gratiarum vivae vocis § 3. Gratia a Vicario generali vel a
oraculo valent, nisi aliud constet. Vicario episcopali denegata et postea,
Can. 60. – Rescriptum quodlibet nulla facta huius denegationis
impetrari potest ab omnibus qui mentione, ab Episcopo dioecesano
expresse non prohibentur.
impetrata, invalida est; gratia autem ab
Can. 61. – Nisi aliud constet, Episcopo dioecesano denegata nequit
rescriptum impetrari potest pro alio, valide, etiam facta denegationis
etiam praeter eius assensum, et mentione, ab eius Vicario generali vel
vaIet ante eiusdem acceptationem, Vicario episcopali, non consentiente
salvis clausulis contrariis. Episcopo, impetrari.
Can. 62. – Rescriptum, in quo nullus Can. 66. – Rescriptum non fit irritum ob
datur exsecutor, effectum habet a errorem in nomine personae cui datur
vel a qua editur, aut loci in quo ipsa
momento quo datae sunt litterae; residet, aut rei de qua agitur, dummodo
cetera, a momento exsecutionis. iudicio Ordinarii nulla sit de ipsa
persona vel de re dubitatio.
eademque re duo rescripta inter se
Can. 67. – § 1. Si contingat ut de una contraria impetrentur, peculiare, in iis
quae peculiariter exprimuntur, praevalet peculiarem actum facta, concedi potest a
generali. legislatore necnon ab auctoritate
§ 2. Si sint aeque peculiaria aut exsecutiva cui legislator hanc potestatem
generalia, prius tempore praevalet concesserit.
posteriori, nisi in altero fiat mentio § 2. Possessio centenaria vel
expressa de priore, aut nisi prior immemorabilis praesumptionem inducit
impetrator dolo vel notabili neglegentia concessi privilegii.
sua rescripto usus non fuerit.
Can.77. – Privilegium interpretandum est
§ 3. In dubio num rescriptum irritum sit ad normam Can. 36,
necne, recurratur ad rescribentem. § 1; sed ea semper adhibenda est
Can. 68. – Rescriptum Sedis interpretatio, qua privilegio aucti aliquam
Apostolicae, in quo nullus datur revera gratiam consequantur.
exsecutor, tunc tantum debet Ordinario Can. 78. – § 1. Privilegium praesumitur
impetrantis praesentari, cum id in perpetuum, nisi contrarium probetur, § 2.
iisdem litteris praecipitur, aut de rebus Privilegium personale, quod scilicet
agitur publicis, aut comprobari personam sequitur, cum ipsa extinguitur.
condiciones oportet.
Can. 69. – Rescriptum, cuius § 3. Privilegium reale cessat per
praesentationi nullum est definitum absolutum rei vel loci interitum;
tempus, potest exsecutori exhiberi
quovis tempore, modo absit fraus et privilegium vero locale, si locus intra
dolus. quinquaginta annos restituatur, reviviscit.
Can. 70. – Si in rescripto ipsa Can. 79. – Privilegium cessat per
concessio exsecutori committatur, revocationem competentis auctoritatis ad
normam Can. 47, firmo praescripto Can.
ipsius est pro suo prudenti arbitrio et 81.
conscientia gratiam concedere vel Can. 80. – § 1. Nullum privilegium per
denegare. renuntiationem cessat, nisi haec a
competenti auctoritate fuerit acceptata.
Can. 71. – Nemo uti tenetur rescripto in
sui dumtaxat favorem concesso, nisi § 2. Privilegio in sui dumtaxat favorem
aliunde obligatione canonica ad hoc concesso quaevis persona physica
teneatur. renuntiare potest.
Can. 72. – Rescripta ab Apostolica § 3. Privilegio concesso alicui personae
Sede concessa, quae exspiraverint, ab
Episcopo dioecesano iusta de causa iuridicae, aut ratione dignitatis loci vel rei,
semel prorogari possunt, non tamen singulae personae renuntiare nequeunt;
ultra tres menses.
nec ipsi personae iuridicae integrum est
Can. 73. – Per legem contrariam nulla privilegio sibi concesso renuntiare, si
rescripta revocantur, nisi aliud in ipsa
lege caveatur. renuntiatio cedat in Ecclesiae aliorumve
Can. 74. – Quamvis gratia oretenus sibi praeiudicium.
concessa quis in foro interno uti possit,
tenetur illam pro foro externo probare,
quoties id legitime ab eo petatur.
Can. 75. – Si rescriptum contineat
privilegium vel dispensationem,
serventur insuper praescripta canonum
qui sequuntur.
Caput
IV DE
PRIVILEG
IIS
Can. 76. – § 1. Privilegium, seu gratia
in favorem certarum personarum sive
physicarum sive iuridicarum per
suis subditis a suprema Ecclesiae
Can. 81. – Resoluto iure auctoritate latis, non tamen in legibus
concedentis, privilegium non processualibus aut poenalibus, nec in
extinguitur, nisi datum fuerit cum iis quarum dispensatio Apostolicae Sedi
clausula ad beneplacitum nostrum vel aliive auctoritati specialiter reservatur.
alia aequipollenti.
Can. 82. – Per non usum vel per usum § 2. Si difficilis sit rec ursus ad
contrarium privilegium aliis haud Sanctam Sedem et simul in mora sit
onerosum non cessat; quod vero in periculum gravis damni, Ordinarius
aliorum gravamen cedit, amittitur, si
accedat legitima praescriptio. quicumque dispensare valet in iisdem
Can. 83. – § 1. Cessat privilegium legibus, etiam si dispensatio reservatur
elapso tempore vel expleto numero Sanctae Sedi, dummodo agatur de
casuum pro quibus concessum fuit,
firmo praescripto Can. 142, § 2. dispensatione quam ipsa in iisdem
§ 2. Cessat quoque, si temporis adiunctis concedere solet, firmo
progressu rerum adiuncta ita iudicio praescripto Can. 291.
auctoritatis competentis immutata sint,
ut noxium evaserit aut eius usus Can. 88. – Ordinarius loci in legibus
illicitus fiat.
dioecesanis atque, quoties id ad
Can. 84. – Qui abutitur potestate fidelium bonum conferre iudicet, in
sibi ex privilegio data, privilegio ipso legibus a Concilio plenario vel
privari meretur; quare, Ordinarius, provinciali aut ab Episcoporum
frustra monito privilegiario, graviter conferentia latis dispensare valet.
abutentem privet privilegio quod ipse Can. 89. – Parochus aliique presbyteri
concessit; quod si privilegium aut diaconi a lege universali et
concessum fuerit ab Apostolica Sede, particulari dispensare non valent, nisi
haec potestas ipsis expresse concessa
eandem Ordinarius certiorem facere sit.
tenetur.
Can. 90. – § 1. A lege ecclesiastica ne
Cap dispensetur sine iusta et rationabili
ut V causa, habita ratione adiunctorum
casus et gravitatis legis a qua
DE DISPENSATIONIBUS
dispensatur; alias dispensatio illicita est
Can. 85. – Dispensatio, seu legis et, nisi ab ipso legislatore eiusve
mere ecclesiasticae in casu particulari superiore data sit, etiam invalida.
relaxatio, concedi potest ab iis qui § 2. Dispensatio in dubio de sufficientia
potestate gaudent exsecutiva intra causae valide et licite conceditur.
limites suae competentiae, necnon ab Can. 91. – Qui gaudet potestate
illis quibus potestas dispensandi dispensandi eam exercere valet, etiam
explicite vel implicite competit sive extra territorium exsistens, in subditos,
ipso iure sive vi legitimae delegationis. licet e territorio absentes, atque, nisi
Can. 86. – Dispensationi obnoxiae non contrarium expresse statuatur, in
sunt leges quatenus ea definiunt,
quae institutorum aut actuum peregrinos quoque in territorio actu
iuridicorum essentialiter sunt degentes, necnon erga seipsum.
constitutiva.
Can. 92. – Strictae subest
Can. 87. – § 1. Episcopus interpretationi non solum dispensatio ad
dioecesanus fideles, quoties id ad normam Can. 36, § 1, sed ipsamet
potestas dispensandi ad certum casum
eorundem spirituale bonum conferre concessa.
iudicet, dispensare valet in legibus Can. 93. – Dispensatio quae tractum
disciplinaribus tam universalibus quam habet successiwm cessat iisdem modis
quibus privilegium, necnon certa ac
particularibus pro suo territorio vel totali
TITULUS V
cessatione
causae motivae. DE STATUTIS ET ORDINIBUS
Can. 94. – § 1. Statuta, sensu proprio, § 2. Persona minor in exercitio suorum
sunt ordinationes quae in universitatibus iurium potestati obnoxia manet parentum
sive personarum sive rerum ad normam vel tutorum, iis exceptis in quibus
iuris conduntur, et quibus definiuntur minores lege divina aut iure canonico
earundem finis, constitutio, regimen ab eorum potestate exempti sunt; ad
atque agendi rationes. constitutionem tutorum eorumque
§ 2. Statutis universitatis personarum potestatem quod attinet, serventur
obligantur solae personae quae legitime praescripta iuris civilis, nisi iure canonico
eiusdem membra sunt; statutis rerum aliud caveatur, aut Episcopus
universitatis, ii qui eiusdem moderamen dioecesanus in certis casibus iusta de
curant. causa per nominationem alius tutoris
§ 3. Quae statutorum praescripta vi providendum aestimaverit.
potestatis legislativae condita et
promulgata sunt, reguntur praescriptis Can. 99. – Quicumque usu rationis habitu
canonum de legibus. caret, censetur non sui compos et
Can. 95. – § 1. Ordines sunt regulae infantibus assimilatur.
seu normae quae servari debent in Can. 100. – Persona dicitur: incola, in
personarum conventibus, sive ab loco ubi est eius domicilium; advena, in
auctoritate ecclesiastica indictis sive a loco ubi quasi-domicilium habet;
christifidelibus libere convocatis, peregrinus, si versetur extra domicilium
necnon aliis in celebrationibus, et et quasi-domicilium quod adhuc retinet;
quibus definiuntur quae ad vagus, si nullibi domicilium habeat vel
constitutionem, moderamen et rerum quasi-domicilium.
agendarum rationes pertinent.
§ 2. In conventibus celebrationibusve, Can. 101. – § 1. Locus originis filii, etiam
ii regulis ordinis tenentur, qui in iisdem neophyti, est ille in quo cum filius natus
partem habent. est, domicilium, aut, eo deficiente, quasi-
TITULUS VI domicilium habuerunt parentes vel, si
parentes non habuerint idem domicilium
DE PERSONIS
vel quasi-domicilium, mater.
PHYSICIS ET IURIDICIS
§ 2. Si agatur de filio vagorum, locus
Caput I
originis est ipsemet nativitatis locus; si
DE PERSONARUM de exposito, est locus in quo inventus
PHYSICARUM CONDICIONE
CANONICA est.
Can. 96. – Baptismo homo Ecclesiae Can. 102. – § 1. Domicilium acquiritur ea
Christi incorporatur et in eadem in territorio alicuius paroeciae aut saltem
dioecesis commoratione, quae aut
constituitur persona, cum officiis et
iuribus quae christianis, attenta quidem
eorum condicione, sunt propria,
quatenus in ecclesiastica sunt
communione et nisi obstet lata legitime
sanctio.
Can. 97. – § 1. Persona quae
duodevigesimum aetatis annum
explevit, maior est; infra hanc aetatem,
minor.
§ 2. Minor, ante plenum septennium,
dicitur infans et censetur non sui
compos, expleto autem septennio,
usum rationis habere praesumitur.
Can. 98. – § 1. Persona maior plenum
habet suorum iurium exercitium.
loci in quo vagus actu commoratur.
coniuncta sit cum animo ibi perpetuo
manendi si nihil inde avocet, aut ad § 3. Illius quoque qui non habet nisi
quinquennium completum sit domicilium vel quasi- domicilium
protracta. dioecesanum, parochus proprius est
parochus loci in quo actu commoratur.
§ 2. Quasi-domicilium acquiritur ea
commoratione in territorio alicuius Can. 108. – § 1. Consanguinitas
paroeciae aut saltem dioecesis, quae
aut coniuncta sit cum animo ibi computatur per lineas et gradus.
manendi saltem per tres menses si § 2. In linea recta tot sunt gradus quot
nihil inde avocet, aut ad tres menses generationes, seu quot personae, stipite
reapse sit protracta. dempto.
§ 3. Domicilium vel quasi-domicilium in § 3. In linea obliqua tot sunt gradus quot
territorio paroeciae dicitur paroeciale; personae in utraque simul linea, stipite
in territorio dioecesis, etsi non in dempto.
paroecia, dioecesanum.
Can. 103. – Sodales institutorum Can. 109. – § 1. Affinitas oritur ex
religiosorum et societatum vitae matrimonio valido, etsi non
apostolicae domicilium acquirunt in
loco ubi sita est domus cui consummato, atque viget inter virum et
adscribuntur; quasi-domicilium in mulieris consanguineos, itemque
domo ubi, ad normam Can. 102, § 2,
commorantur. mulierem inter et viri consanguineos.
Can. 104. – Coniuges commune § 2. Ita computatur ut qui sunt
habeant domicilium vel quasi- consanguinei viri, iidem in eadem linea
domicilium; legitimae separationis et gradu sint affines mulieris, et vice
ratione vel alia iusta de causa, versa.
uterque habere potest proprium
domicilium vel quasi- domicilium. Can. 110. – Filii, qui ad normam legis
Can. 105. – § 1. Minor necessario civilis adoptati sint, habentur ut filii eius
retinet domicilium et quasi- domicilium vel eorum qui eos adoptaverint.
illius, cuius potestati subicitur. Infantia Can. 111. – § 1. Ecclesiae latinae per
egressus potest etiam quasi-
domicilium proprium acquirere; atque receptum baptismum adscribitur filius
legitime ad normam iuris civilis parentum, qui ad eam pertineant vel, si
emancipatus, etiam proprium alteruter ad eam non pertineat, ambo
domicilium.
concordi voluntate optaverint ut proles
§ 2. Quicumque alia ratione quam
in Ecclesia latina baptizaretur; quodsi
minoritate, in tutelam vel curatelam
legitime traditus est alterius, concors voluntas desit, Ecclesiae rituali
domicilium et quasi- domicilium habet ad quam pater pertinet adscribitur.
tutoris vel curatoris.
§ 2. Quilibet baptizandus qui quartum
Can. 106. – Domicilium et quasi-
domicilium amittitur discessione a loco decimum aetatis annum expleverit,
cum animo non revertendi, salvo libere potest eligere ut in Ecclesia latina
praescripto Can. 105.
vel in alia Ecclesia rituali sui iuris
Can. 107. – § 1. Tum per domicilium baptizetur; quo in casu, ipse ad eam
tum per quasi-domicilium suum
quisque parochum et Ordinarium Ecclesiam pertinet quam elegerit.
sortitur.
Can. 112. – § 1. Post receptum
§ 2. Proprius vagi parochus vel baptismum, alii Ecclesiae rituali sui iuris
Ordinarius est parochus vel Ordinarius adscribuntur:
Ecclesiam redire;
1° qui licentiam ab Apostolica
Sede obtinuerit; 3° filii eorum, de quibus in nn. 1 et
2, ante decimum quartum aetatis
2° coniux qui, in matrimonio annum completum itemque, in
ineundo vel eo durante, ad matrimonio mixto, filii partis
Ecclesiam ritualem sui iuris catholicae quae ad aliam
alterius coniugis se transire Ecclesiam ritualem legitime
declaraverit; matrimonio autem transierit; adepta vero hac aetate,
soluto, libere potest ad latinam
iidem possunt ad latinam § 3. Universitas rerum seu fundatio
Ecclesiam redire. autonoma constat bonis seu rebus, sive
§ 2. Mos, quamvis diuturnus, spiritualibus sive materialibus, eamque,
sacramenta secundum ritum alicuius ad normam iuris et statutorum,
Ecclesiae ritualis sui iuris recipiendi, moderantur sive una vel plures personae
physicae sive collegium.
non secumfert adscriptionem eidem
Ecclesiae. Can. 116. – § 1. Personae iuridicae
publicae sunt universitates personarum
Caput II
aut rerum, quae ab ecclesiastica
DE PERSONIS auctoritate competenti constituuntur ut
IURIDICIS intra fines sibi praestitutos nomine
Can. 113. – § 1. Catholica Ecclesia et Ecclesiae, ad normam praescriptorum
Apostolica Sedes moralis personae iuris, munus proprium intuitu boni publici
ipsis commissum expleant; ceterae
rationem habent ex ipsa ordinatione
personae iuridicae sunt privatae.
divina.
§ 2. Sunt etiam in Ecclesia, praeter § 2. Personae iuridicae publicae hac
personas physicas, personae personalitate donantur sive ipso iure sive
iuridicae, subiecta scilicet in iure
canonico obligationum et iurium quae speciali competentis auctoritatis decreto
ipsarum indoli congruunt. eandem expresse concedenti; personae
Can. 114. – § 1. Personae iuridicae iuridicae priv atae hac personalitate
constituuntur aut ex ipso iuris donantur tantum per speciale
praescripto aut ex speciali competentis auctoritatis decretum
competentis auctoritatis concessione eandem personalitatem expresse
per decretum data, universitates sive concedens.
personarum sive rerum in finem Can. 117. – Nulla personarum vel rerum
missioni Ecclesiae congruentem, qui universitas personalitatem iuridicam
singulorum finem transcendit, ordinatae obtinere intendens, eandem consequi
§ 2. Fines, de quibus in § 1, valet nisi ipsius statuta a competenti
intelleguntur qui ad opera pietatis, auctoritate sint probata.
postolatus vel caritatis sive spiritualis
sive temporalis attinent. Can. 118. – Personam iuridicam publicam
repraesentant, eius nomine agentes, ii
§ 3. Auctoritas Ecclesiae competens quibus iure universali vel particulari aut
personalitatem iuridicam ne conferat nisi propriis statutis haec competentia
iis personarum aut rerum agnoscitur; personam iuridicam privatam,
universitatibus, quae finem ii quibus eadem competentia per statuta
persequuntur reapse utilem atque, tribuitur.
omnibus perpensis, mediis gaudent
quae sufficere posse praevidentur ad
finem praestitutum assequendum.
Can. 115. – § 1. Personae iuridicae in
Ecclesia sunt aut universitates
personarum aut universitates rerum.
§ 2. Universitas personarum, quae
quidem nonnisi ex tribus saltem
personis constitui potest, est
collegialis, si eius actionem
determinant membra, in decisionibus
ferendis concurrentia, sive aequali iure
sive non, ad normam iuris et
statutorum; secus est non collegialis.
Can. 119. – Ad actus collegiales constituatur universitas personalitate
quod attinet, nisi iure vel statutis aliud iuridica et ipsa pollens, nova haec
caveatur: persona iuridica bona iuraque
1° si agatur de electionibus, id patrimonialia prioribus propria obtinet
vim habet iuris, quod, praesente atque onera suscipit, quibus eaedem
quidem maiore parte eorum qui gravabantur; ad destinationem autem
convocari debent, placuerit parti praesertim bonorum et ad onerum
absolute maiori eorum qui sunt adimpletionem quod attinet, fundatorum
praesentes; post duo inefficacia oblatorumque voluntas atque iura
scrutinia, suffragatio fiat super quaesita salva esse debent.
duobus candidatis qui maiorem Can. 122. – Si universitas, quae gaudet
suffragiorum partem obtinuerint,
personalitate iuridica publica, ita
vel, si sunt plures, super
dividatur ut aut illius pars alii personae
duobus aetate senioribus; post
iuridicae uniatur aut ex parte
tertium scrutinium, si paritas
dismembrata distincta persona iuridica
maneat, ille electus habeatur
publica erigatur, auctoritas
qui senior sit aetate;
ecclesiastica, cui divisio competat,
2° si agatur de aliis negotiis, id curare debet per se vel per
vim habet iuris, quod, praesente exsecutorem, servatis quidem in primis
quidem maiore parte eorum qui tum fundatorum ac oblatorum
convocari debent, placuerit parti voluntate ut m iuribus quaesitis tum
absolute maiori eorum qui sunt probatis statutis:
praesentes; quod si post duo
1° ut communia, quae dividi
scrutinia suffragia aequalia
possunt, bona atque iura
fuerint, praeses suo voto
patrimonialia necnon aes alienum
paritatem dirimere potest;
aliaque onera dividantur inter
3° quod autem omnes uti personas iuridicas, de quibus
singulos tangit, ab omnibus
approbari debet. agitur, debita cum proportione ex
Can. 120. – § 1. Persona iuridica aequo et bono, ratione habita
natura sua perpetua est; extinguitur omnium adiunctorum et
tamen si a competenti auctoritate necessitatum utriusque;
legitime supprimatur aut per centum 2° ut usus et ususfructus
annorum spatium agere desierit; communium bonorum, quae
persona iuridica privata insuper divisioni obnoxia non sunt,
extinguitur, si ipsa consociatio ad utrique personae iuridicae
normam statutorum dissolvatur, aut si, cedant, oneraque iisdem propria
de iudicio auctoritatis competentis, utrique imponantur, servata item
ipsa fundatio ad normam statutorum debita proportione ex aequo et
esse desierit. bono definienda.
§ 2. Si vel unum ex personae Can. 123. – Extincta persona iuridica
iuridicae collegialis membris supersit, publica, destinatio eiusdem bonorum
et personarum universitas secundum iuriumque patrimonialium itemque
statuta esse non desierit, exercitium onerum regitur iure et statutis, quae, si
omnium iurium universitatis illi membro sileant, obveniunt personae iuridicae
competit. immediate superiori, salvis semper
Can. 121. – Si universitates sive fundatorum vel oblatorum voluntate
personarum sive rerum, quae sunt necnon iuribus quaesitis; extincta
personae iuridicae publicae, ita persona iuridica privata, eiusdem
coniungantur ut ex iisdem una bonorum et onerum destinatio
propriis statutis regitur.
TITULUS VII Can. 124. – § 1. Ad validitatem actus
DE ACTIBUS IURIDICIS iuridici requiritur ut a
non exquirentis aut contra earum
persona habili sit positus, atque in vel alicuius votum agentis;
eodem adsint quae actum ipsum
essentialiter constituunt, necnon 2° si consilium exigatur, invalidus
sollemnia et requisita iure ad validitatem est actus Superioris easdem
actus imposita. personas non audientis; Superior,
§ 2. Actus iuridicus quoad sua licet nulla obligatione teneatur
elementa externa rite positus accedendi ad earundem votum,
praesumitur validus. etsi concors, tamen sine
Can. 125. – § 1. Actus positus ex vi ab praevalenti ratione, suo iudicio
extrinseco personae illata, cui ipsa aestimanda, ab earundem voto,
nequaquam resistere potuit, pro infecto praesertim concordi, ne discedat.
habetur. § 3. Omnes quorum consensus aut
§ 2. Actus positus ex metu gravi, iniuste consilium requiritur, obligatione tenentur
incusso, aut ex dolo, valet, nisi aliud sententiam suam sincere proferendi
iure caveatur; sed potest per sententiam atque, si negotiorum gravitas id postulat,
iudicis rescindi, sive ad instantiam partis secretum sedulo servandi; quae quidem
laesae eiusve in iure successorum sive obligatio a Superiore urgeri potest.
ex officio. Can. 128. – Quicumque illegitime actu
iuridico, immo quovis alio actu dolo vel
Can. 126. – Actus positus ex culpa posito, alteri damnum infert,
obligatione tenetur damnum illatum
ignorantia aut ex errore, qui versetur reparandi.
circa id quod eius substantiam
TITULUS VIII
constituit, aut qui recidit in condicionem
sine qua non, irritus est; secus valet, nisi DE POTESTATE
aliud iure caveatur, s ed actus ex REGIMINIS
ignorantia aut ex errore initus locum
Can. 129. – § 1. Potestatis regiminis,
dare potest actioni rescissoriae ad
quae quidem ex divina institutione est in
normam iuris.
Ecclesia et etiam potestas iurisdictionis
Can. 127. – § 1. Cum iure statuatur vocatur, ad normam praescriptorum
ad actus ponendos Superiorem iuris, habiles sunt qui ordine sacro sunt
indigere consensu aut consilio alicuius insigniti.
collegii vel personarum coetus, § 2. In exercitio eiusdem potestatis,
convocari debet collegium vel coetus ad christifideles laici ad normam iuris
cooperari possunt.
normam Can. 166, nisi, cum agatur de
consilio tantum exquirendo, aliter iure Can. 130. – Potestas regiminis de se
particulari aut proprio cautum sit; ut exercetur pro foro externo, quandoque
autem actus valeant requiritur ut tamen pro solo foro interno, ita quidem ut
obtineatur consensus partis absolute effectus quos eius exercitium natum est
maioris eorum qui sunt praesentes aut habere pro foro externo, in hoc foro non
omnium exquiratur consilium § 2. Cum recognoscantur, nisi quatenus id
iure statuatur ad actus ponendos determinatis pro casibus iure statuatur.
Superiorem indigere consensu aut Can. 131. – § 1. Potestas regiminis
consilio aliquarum personarum, uti ordinaria ea est, quae ipso iure alicui
singularum: officio adnectitur; delegata, quae ipsi
1° si consensus exigatur, personae non mediante officio
invalidus est actus Superioris conceditur.
consensum earum personarum § 2. Potestas regiminis ordinaria potest
esse sive propria sive vicaria.
§ 3. Ei qui delegatum se asserit, onus Can. 132. – § 1. Facultates habituales
probandae delegationis incumbit. reguntur praescriptis de potestate
delegata.
§ 2. Attamen nisi in eius concessione
aliud expresse caveatur aut electa sit
industria personae, facultas habitualis
Ordinario concessa non perimitur
resoluto iure Ordinarii cui concessa est,
etiamsi ipse eam exsequi coeperit, sed
transit ad quemvis Ordinarium qui ipsi in
regimine succedit.
Can. 133. – § 1. Delegatus qui sive
circa res sive circa personas mandati
sui fines excedit, nihil agit.
§ 2. Fines sui mandati excedere non
intellegitur delegatus, qui alio modo ac
in mandato determinatur, ea peragit ad
quae delegatus est, nisi modus ab ipso
delegante ad validitatem fuerit
praescriptus.
Can. 134. – § 1. Nomine Ordinarii in iure
intelleguntur, praeter Romanum
Pontificem, Episcopi dioecesani aliique
qui, etsi ad interim tantum, praepositi
sunt alicui Ecclesiae particulari vel
communitati eidem aequiparatae ad
normam Can. 368, necnon qui in
iisdem generali gaudent potestate
exsecutiva ordinaria, nempe Vicarii
generales et episcopales; itemque, pro
suis sodalibus, Superiores maiores
clericalium institutorum religiosorum iuris
pontificii et clericalium societatum vitae
apostolicae iuris pontificii, qui ordinaria
saltem potestate exsecutiva pollent.
§ 2. Nomine Ordinarii loci intelleguntur
omnes qui in § 1 recensentur, exceptis
Superioribus institutorum religiosorum et
societatum vitae apostolicae.
§ 3. Quae in canonibus nominatim
Episcopo dioecesano, in ambitu
potestatis exsecutivae tribuuntur,
intelleguntur competere dumtaxat
Episcopo dioecesano aliisque ipsi in
Can. 381, § 2 aequiparatis, exclusis
Vicario generali et episcopali, nisi de
speciali mandato.
Can. 135. – § 1. Potestas regiminis
distinguitur in legislativam, exsecutivam
et iudicialem.
§ 2. Potestas legislativa exercenda est
modo iure praescripto, et ea, qua in
Ecclesia gaudet legislator infra mandandis sive legibus
auctoritatem supremam, valide universalibus sive
delegari nequit, nisi aliud iure explicite legibus particularibus, quibus
caveatur; a legislatore inferiore lex ipsi ad normam Can. 13, § 2, n. 2
iuri superiori contraria valide ferri tenentur.
nequit. Can. 137. – § 1. Potestas exsecutiva
ordinaria delegari potest tum ad actum
§ 3. Potestas iudicialis, qua gaudent tum ad universitatem casuum, nisi aliud
iudices aut collegia iudicialia, iure expresse caveatur.
exercenda est modo iure praescripto, § 2. Potestas exsecutiva ab Apostolica
et delegari nequit, nisi ad actus cuivis Sede delegata subdelegari potest sive
decreto aut sententiae praeparatorios ad actum sive ad universitatem cas
perficiendos. uum, nisi electa fuerit industria personae
§ 4. Ad potestatis exsecutivae aut subdelegatio fuerit expresse
exercitium quod attinet, serventur prohibita.
praescripta canonum qui sequuntur. § 3. Potestas exsecutiva delegata ab
Can. 136. – Potestatem alia auctoritate potestatem ordinariam
exsecutivam aliquis, licet extra habente, si ad universitatem casuum
territorium exsistens, exercere valet delegata sit, in singulis tantum casibus
in subditos, etiam a territorio subdelegari potest; si vero ad actum
absentes, nisi aliud ex rei natura aut ad actus determinatos delegata sit,
subdelegari nequit, nisi de expressa
aut ex iuris praescripto constet; in
delegantis concessione.
peregrinos in territorio actu degentes,
si agatur de favoribus § 4. Nulla potestas subdelegata iterum
concedendis aut de exsecutioni subdelegari potest, nisi
debent ad normam Can. 119, nisi in
id expresse a delegante mandato aliud cautum sit.
concessum fuerit. § 3. Potestas exsecutiva pluribus
Can. 138. – Potestas exsecutiva delegata, praesumitur iisdem delegata in
ordinaria necnon potestas ad solidum.
universitatem casuum delegata late Can. 141. – Pluribus successive
interpretanda est, alia vero quaelibet delegatis, ille negotium expediat, cuius
stricte; cui tamen delegata potestas est, mandatum anterius est, nec postea
ea quoque intelleguntur concessa sine revocatum fuit.
quibus eadem potestas exerceri nequit.
Can. 142. – § 1. Potestas delegata
Can. 139. – § 1. Nisi aliud iure statuatur, extinguitur: expleto mandato; elapso
eo quod quis aliquam auctoritatem, tempore vel exhausto numero casuum
etiam superiorem, competentem adeat, pro quibus concessa fuit; cessante
non suspenditur alius auctoritatis causa finali delegationis; revocatione
competentis exsecutiva potestas, sive delegantis delegato directe intimata
haec ordinaria est sive delegata. necnon renuntiatione delegati deleganti
§ 2. Causae tamen ad superiorem significata et ab eo acceptata; non autem
auctoritatem delatae ne se immisceat resoluto iure delegantis, nisi id ex
inferior, nisi ex gravi urgentique causa;
quo in casu statim superiorem de re appositis clausulis appareat.
moneat.
§ 2. Actus tamen ex potestate delegata,
Can. 140. – § 1. Pluribus in solidum ad quae exercetur pro solo foro interno, per
idem negotium agendum delegatis, qui inadvertentiam positus, elapso
prius negotium tractare inchoaverit alios concessionis tempore, validus est.
ab eodem agendo excludit, nisi postea
impeditus fuerit aut in negotio Can. 143. – § 1. Potestas ordinaria
peragendo ulterius procedere noluerit.
extinguitur amisso officio cui adnectitur.
§ 2. Pluribus collegialiter ad negotium
agendum delegatis, omnes procedere
§ 2. Nisi aliud iure caveatur,
suspenditur potestas ordinaria, si contra per confirmationem vel admissionem
privationem vel amotionem ab officio ab eadem factam, si praecesserit
legitime appellatur vel recursus electio vel postulatio; tandem per
interponitur. simplicem electionem et electi
acceptationem, si electio non egeat
Can. 144. – § 1. In errore communi de confirmatione.
facto aut de iure, itemque in dubio
positivo et probabili sive iuris sive Can. 148. – Auctoritati, cuius est officia
facti, supplet Ecclesia, pro foro tam erigere, innovare et supprimere,
externo quam interno, potestatem eorundem provisio quoque competit, nisi
regiminis exsecutivam. aliud iure statuatur.
§ 2. Eadem norma applicatur Can. 149. – § 1. Ut ad officium
facultatibus de quibus in cann. 882, ecclesiasticum quis promoveatur, debet
883, 966, et 1111, § 1.
esse in Ecclesiae communione necnon
TITULUS IX idoneus, scilicet iis qualitatibus
DE OFFICIIS praeditus, quae iure universali vel
ECCLESIASTICIS particulari aut lege fundationis ad idem
Can. 145. – § 1. Officium officium requiruntur.
ecclesiasticum est quodlibet munus § 2. Provisio officii ecclesiastici facta illi
ordinatione sive divina sive
ecclesiastica stabiliter constitutum in qui caret qualitatibus requisitis, irrita
finem spiritualem exercendum. tantum est, si qualitates iure universali
§ 2. Obligationes et iura singulis officiis vel particulari aut lege fundationis ad
ecclesiasticis propria definiuntur sive
ipso iure quo officium constituitur, sive validitatem provisionis expresse
decreto auctoritatis competentis quo exigantur; secus valida est, sed rescindi
constituitur simul et confertur.
potest per decretum auctoritatis
Caput I competentis aut per sententiam tribunalis
DE PROVISIONE OFFICII administrativi.
ECCLESIASTICI § 3. Provisio officii simoniace facta
Can. 146. – Officium ecclesiasticum ipso iure irrita est.
sine provisione canonica valide obtineri
nequit. Can. 150. – Officium secumferens
Can. 147. – Provisio officii ecclesiastici plenam animarum curam, ad quam
fit: per liberam collationem ab adimplendam ordinis sacerdotalis
auctoritate ecclesiastica competenti;
per institutionem ab eadem datam, si exercitium requiritur, ei qui sacerdotio
praecesserit praesentatio;
nondum auctus est valide conferri
nequit.
Can. 151. – Provisio officii animarum
curam secumferentis, sine gravi causa
ne differatur.
Can. 152. – Nemini conferantur duo
vel plura officia incompatibilia, videlicet
quae una simul ab eodem adimpleri
nequeunt.
Can. 153. – § 1. Provisio officii de iure
non vacantis est ipso facto irrita, nec
subsequenti vacatione convalescit.
§ 2. Si tamen agatur de officio quod
de iure ad tempus determinatum
confertur, provisio intra sex menses
ante expletum hoc tempus fieri potest,
et effectum habet a die officii vacationis.
§ 3. Promissio alicuius officii, a De libera collatione
quocumque est facta, nullum parit
iuridicum effectum. Can. 157. – Nisi aliud explicite iure
statuatur, Episcopi dioecesani est libera
Can. 154. – Officium de iure vacans, collatione providere officiis
quod forte adhuc ab aliquo illegitime ecclesiasticis in propria Ecclesia
particulari.
possidetur, conferri potest, dummodo
rite declaratum fuerit eam Art.
possessionem non esse legitimam, et 2
de hac declaratione mentio fiat in De praesentatione
litteris collationis.
Can. 158. – § 1. Praesentatio ad
Can. 155. – Qui, vicem alterius officium ecclesiasticum ab eo, cui ius
neglegentis vel impediti supplens, praesentandi competit, fieri debet
officium confert, nullam inde auctoritati cuius est ad officium de quo
potestatem acquirit in personam cui agitur institutionem dare, et quidem, nisi
collatum est, sed huius condicio aliud legitime cautum sit, intra tres
iuridica perinde constituitur, ac si menses ab habita vacationis officii
provisio ad ordinariam iuris normam notitia.
peracta fuisset.
§ 2. Si ius praesentationis cuidam
Can. 156. – Cuiuslibet officii collegio aut coetui personarum
provisio scripto consignetur. competat, praesentandus designetur
Ar servatis cann. 165-179 praescriptis.
t. Can. 159. – Nemo invitus
1 praesentetur; quare qui
praesentandus prononitur, mentem praesentationis amittit, atque auctoritati,
suam rogatus, nisi intra octiduum utile cuius est institutionem dare, competit
recuset, praesentari potest. libere providere officio vacanti,
Can. 160. – § 1. Qui iure assentiente tamen proprio provisi
praesentationis gaudet, unum aut etiam
plures, et quidem tum una simul tum Ordinario.
successive, praesentare potest.
Can. 163. – Auctoritas, cui ad normam
§ 2. Nemo potest seipsum iuris competit praesentatum instituere,
praesentare; potest autem collegium instituat legitime praesentatum quem
aut coetus personarum aliquem suum idoneum reppererit et qui acceptaverit;
sodalem praesentare. quod si plures legitime praesentati idonei
Can. 161. – § 1. Nisi aliud iure reperti sint, eorundem unum instituere
statuatur, potest qui aliquem debet.
praesentaverit non idoneum repertum, Art. 3
altera tantum vice, intra mensem, alium
candidatum praesentare. De electione
Can. 164. – Nisi aliud iure provisum
§ 2. Si praesentatus ante institutionem fuerit, in electionibus canonicis serventur
factam renuntiaverit aut de vita praescripta canonum qui sequuntur.
decesserit, potest qui iure praesentandi Can. 165. – Nisi aliud iure aut legitimis
pollet, intra mensem ab habita collegii vel coetus statutis cautum sit, si
renuntiationis aut mortis notitia, ius cui collegio aut coetui personarum sit ius
suum rursus exercere. eligendi ad officium, electio ne differatur
Can. 162. – Qui intra tempus utile, ad ultra trimestre utile computandum ab
normam Can. 158, § 1 et Can. 161, habita notitia vacationis officii; quo
praesentationem non fecerit, itemque termino inutiliter elapso, auctoritas
qui bis praesentaverit non idoneum ecclesiastica, cui ius confirmandae
repertum, pro eo casu ius electionis vel ius prov idendi successive
competit, officio vacanti libere Can. 170. – Electio, cuius libertas
provideat. quoquo modo reapse impedita fuerit,
ipso iure invalida est.
Can. 166. – § 1. Collegii aut coetus
praeses convocet omnes ad collegium Can. 171. – § 1. Inhabiles sunt ad
aut ad coetum pertinentes; convocatio suffragium ferendum: 1°
autem, quando personalis esse debet,
valet, si fiat in loco domicilii vel quasi- incapax actus humani;
domicilii aut in loco commorationis.
2° carens
§ 2. Si quis ex vocandis neglectus et voce activa;
ideo absens fuerit, electio valet; attamen
ad eiusdem instantiam, probata 3° poena excommunicationis
quidem praeteritione et absentia, innodatus sive per sententiam
electio, etiam si confirmata fuerit, a iudicialem sive per decretum quo
competenti auctoritate rescindi debet, poena irrogatur vel declaratur;
dummodo iuridice constet recursum 4° qui ab Ecclesiae
saltem intra triduum ab habita notitia communione notorie defecit.
electionis fuisse transmissum. § 2. Si quis ex praedictis admittatur,
§ 3. Quod si plures quam tertia pars eius suffragium est nullum, sed electio
electorum neglecti fuerint, electio est valet, nisi constet, eo dempto, electum
ipso iure nulla, nisi omnes neglecti non rettulisse requisitum suffragiorum
reapse interfuerint. numerum.
Can. 167. – § 1. Convocatione Can. 172. – § 1. Suffragium, ut
legitime facta, suffragium ferendi ius validum sit, esse debet:
habent praesentes die et loco in 1° liberum; ideoque invalidum est
eadem convocatione determinatis, suffragium eius, qui metu gravi
aut dolo, directe vel indirecte,
exclusa, nisi aliud statutis legitime adactus fuerit ad eligendam
caveatur, facultate ferendi suffragia sive certam personam aut diversas
personas disiunctive;
per epistolam sive per procuratorem.
2° secretum, certum,
§ 2. Si quis ex electoribus praesens in
ea domo sit, in qua fit electio, sed absolutum, determinatum.
electioni ob infirmam valetudinem § 2. Condiciones ante electionem
interesse nequeat, suffragium eius suffragio appositae tamquam non
scriptum a scrutatoribus exquiratur. adiectae habeantur.
Can. 168. – Etsi quis plures ob titulos
ius habeat ferendi nomine proprio Can. 173. – § 1. Antequam incipiat
suffragii, non potest nisi unicum electio, deputentur e gremio collegii aut
suffragium ferre.
coetus duo saltem scrutatores.
Can. 169. – Ut valida sit electio, nemo
ad suffragium admitti potest, qui ad § 2. Scrutatores suffragia colligant et
collegium vel coetum non pertineat. coram praeside electionis inspiciant an
schedularum numerus respondeat
numero electorum, suffragia ipsa
scrutentur palamque faciant quot
quisque rettulerit.
§ 3. Si numerus suffragiorum superet
numerum eligentium, nihil est actum.
§ 4. Omnia electionis acta ab eo qui
actuarii munere fungitur accurate
describantur, et saltem ab eodem
actuario, praeside ac scrutatoribus
subscripta, in collegii tabulario diligenter
asserventur.
Can. 174. – § 1. Electio, nisi aliud iure
aut statutis caveatur, fieri etiam potest
per compromissum, dummodo nempe
electores, unanimi et scripto coetu facta, re integra; 2° non
consensu, in unum vel plures idoneos impleta aliqua condicione
sive de gremio sive extraneos ius compromisso
eligendi pro ea vice transferant, qui appo
nomine omnium ex recepta facultate sita;
eligant. 3° electione absoluta,
§ 2. Si agatur de collegio aut coetu ex si fuerit nulla.
solis clericis constanti, compromissarii Can. 176. – Nisi aliud iure aut statutis
in sacris debent esse constituti; secus caveatur, is electus habeatur et a
electio est invalida. collegii aut coetus praeside
§ 3. Compromissarii debent iuris proclametur, qui requisitum suffragiorum
praescripta de electione servare numerum rettulerit, ad normam Can.
atque, ad validitatem electionis, 119, n. 1.
condiciones compromisso appositas, Can. 177. – § 1. Electio illico intimanda
iuri non contrarias, observare; est electo, qui debet intra octiduum utile
condiciones autem iuri contrariae pro a recepta intimatione significare collegii
non appositis habeantur. aut coetus praesidi utrum electionem
Can. 175. – Cessat compromissum et acceptet necne; secus electio effectum
ius suffragium ferendi redit ad non habet.
compromittentes:
1° revocatione a collegio aut § 2. Si electus non acceptaverit, omne
ius ex electione amittit
spiritualibus sive in temporalibus, et
nec subsequenti acceptatione actus ab eo forte positi nulli sunt.
convalescit, sed rursus eligi potest;
§ 5. Intimata confirmatione, electus pleno
collegium autem aut coetus intra iure officium obtinet, nisi aliud iure
mensem a cognita non-acceptatione ad caveatur.
novam electionem procedere debet. Art. 4
Can. 178. – Electus, acceptata
electione, quae confirmatione non De postulatione
egeat, officium pleno iure statim obtinet;
secus non acquirit nisi ius ad rem. Can. 180. – § 1. Si electioni illius, quem
electores aptiorem putent ac praeferant,
Can. 179. – § 1. Electus, si electio
impedimentum canonicum obstet, super
confirmatione indigeat, intra octiduum
quo dispensatio concedi possit ac soleat,
utile a die acceptatae electionis
suis ipsi suffragiis eum possunt, nisi aliud
confirmationem ab auctoritate
iure caveatur, a competenti auctoritate
competenti petere per se vel per
postulare.
alium debet; secus omni iure privatur,
nisi probaverit se a petenda § 2. Compromissarii postulare nequeunt,
confirmatione iusto impedimento nisi id in compromisso fuerit expressum.
detentum fuisse. Can. 181. – § 1. Ut postulatio vim
habeat, requiruntur saltem duae tertiae
§ 2. Competens auctoritas, si electum partes suffragiorum.
reppererit idoneum ad normam Can. § 2. Suffragium pro postulatione exprimi
149, § 1, et electio ad normam iuris debet per verbum: postulo, aut
fuerit peracta, confirmationem denegare aequivalens; formula: eligo vel postulo,
nequit. aut aequipollens, valet pro electione, si
§ 3. Confirmatio in impedimentum non exsistat, secus pro
scriptis dari debet. postulatione.
§ 4. Ante intimatam confirmationem, Can. 182. – § 1. Postulatio a praeside
electo non licet sese immiscere intra octiduum utile mitti debet ad
administrationi officii sive in auctoritatem competentem ad quam
pertinet electionem confirmare, cuius
est dispensationem de impedimento Can. 184. – § 1. Amittitur officium
concedere, aut, si hanc potestatem non ecclesiasticum lapsu temporis praefiniti,
habeat, eandem ab auctoritate expleta aetate iure definita,
superiore petere; si non requiritur renuntiatione, translatione, amotione
confirmatio, postulatio mitti necnon privatione.
debet ad auctoritatem § 2. Resoluto quovis modo iure
auctoritatis a qua fuit collatum, officium
competentem ut dispensatio concedatur. ecclesiasticum non amittitur, nisi aliud
iure caveatur.
§ 2. Si intra praescriptum tempus
postulatio missa non fuerit, ipso facto § 3. Officii amissio, quae effectum
nulla est, et collegium vel coetus pro ea sortita est, quam primum omnibus nota
vice privatur iure eligendi aut postulandi, fiat, quibus aliquod ius in officii
nisi probetur praesidem a mittenda provisionem competit.
postulatione iusto fuisse detentum Can. 185. – Ei, qui ob impletam
impedimento aut dolo vel neglegentia aetatem aut renuntiationem acceptatam
ab eadem tempore opportuno mittenda officium amittit, titulus emeriti conferri
abstinuisse. potest.
§ 3. Postulato nullum ius acquiritur ex Can. 186. – Lapsu temporis praefiniti
postulatione; eam admittendi auctoritas vel adimpleta aetate, amissio officii
competens obligatione non tenetur. effectum habet tantum a momento,
§ 4. Factam auctoritati competenti quo a competenti auctoritate scripto
intimatur.
postulationem electores revocare non
possunt, nisi auctoritate consentiente. Art.
1
Can. 183. – § 1. Non admissa ab
auctoritate competenti postulatione, ius De renuntiatione
eligendi ad collegium vel coetum redit.
Can. 187. – Quisquis sui compos potest
§ 2. Quod si postulatio admissa fuerit, id officio ecclesiastico iusta de causa
significetur postulato, qui respondere renuntiare.
debet ad normam Can. 177, § 1. Can. 188. – Renuntiatio ex metu gravi,
iniuste incusso, dolo vel errore
§ 3. Qui admissam postulationem substantiali aut simoniace facta, ipso
acceptat, pleno iure statim officium iure irrita est.
obtinet.
Can. 189. – § 1. Renuntiatio, ut valeat,
Caput II sive acceptatione eget sive non,
DE AMISSIONE OFFICII auctoritati fieri debet cui provisio ad
ECCLESIASTICI officium de quo agitur pertinet, et
quidem scripto vel oretenus coram
duobus testibus.
§ 2. Auctoritas renuntiationem iusta et
proportionata causa non innixam ne
acceptet.
§ 3. Renuntiatio quae acceptatione
indiget, nisi intra tres menses
acceptetur, omni vi caret; quae
acceptatione non indiget effectum
sortitur communicatione renuntiantis ad
normam iuris facta.
§ 4. Renuntiatio, quamdiu effectum
sortita non fuerit, a renuntiante revocari
potest; effectu secuto revocari nequit,
sed qui renuntiavit, officium alio ex titulo
consequi potest.
Ar auctoritate praescriptum fuerit.
t. § 2. Remunerationem cum priore officio
2 conexam translatus percipit, donec
alterius possessionem canonice
De translatione obtinuerit.

Can. 190. – § 1. Translatio ab eo Art.


tantum fieri potest, qui ius habet 3
providendi officio quod amittitur et De amotione
simul officio quod committitur.
Can. 192. – Ab officio quis amovetur
§ 2. Si translatio fiat invito officii sive decreto ab auctoritate competenti
titulari, gravis requiritur causa et, firmo legitime edito, servatis quidem iuribus
semper iure rationes contrarias forte ex contractu quaesitis, sive ipso
exponendi, servetur modus iure ad normam Can. 194.
procedendi iure praescriptus. Can. 193. – § 1. Ab officio quod alicui
§ 3. Translatio, ut effectum sortiatur, confertur ad tempus indefinitum, non
potest quis amoveri nisi ob graves
scripto intimanda est. Can. 191. – § causas atque servato procedendi modo
iure definito.
1. In translatione, prius officium
§ 2. Idem valet, ut quis ab officio,
vacat per quod alicui ad tempus determinatum
possessionem alterius officii canonice confertur, ante hoc tempus elapsum
habitam, nisi aliud iure amoveri possit, firmo praescripto Can.
cautum aut a competenti 624, § 3.
§ 3. Ab officio quod, secundum iuris De privatione
praescripta, alicui confertur ad Can. 196. – § 1. Privatio ab officio, in
prudentem discretionem auctoritatis poenam scilicet delicti, ad normam iuris
tantummodo fieri potest.
competentis, potest quis iusta ex
causa, de iudicio eiusdem auctoritatis, § 2. Privatio effectum sortitur secundum
amoveri. praescripta canonum de iure poenali.
§ 4. Decretum amotionis, ut effectum TITULUS X
sortiatur, scripto intimandum est.
DE
Can. 194. – § 1. Ipso iure ab officio PRAESCRIPTIONE
ecclesiastico amovetur: 1° qui Can. 197. – Praescriptionem, tamquam
modum iuris subiectivi acquirendi vel
statum clericalem amiserit;
amittendi necnon ab obligationibus sese
2° qui a fide catholica aut a liberandi, Ecclesia recipit prout est in
communione Ecclesiae publice legislatione civili respectivae nationis,
defecerit; salvis exceptionibus quae in canonibus
huius Codicis statuuntur.
3° clericus qui matrimonium
etiam civile tantum attentaverit. Can. 198. – Nulla valet praescriptio, nisi
bona fide nitatur, non solum initio, sed
§ 2. Amotio, de qua in nn. 2 et 3, urgeri toto decursu temporis ad
tantum potest, si de eadem auctoritatis praescriptionem requisiti, salvo
praescripto Can. 1362.
competentis declaratione constet.
Can. 199. – Praescriptioni
Can. 195. – Si quis, non quidem ipso obnoxia non sunt:
iure, sed per decretum auctoritatis 1° iura et obligationes quae sunt
competentis ab officio amoveatur quo legis divinae naturalis aut
eiusdem subsistentiae providetur, positivae;
eadem auctoritas curet ut ipsius 2° iura quae obtineri possunt ex
subsistentiae per congruum tempus solo privilegio apostolico;
prospiciatur, nisi aliter provisum sit. 3° iura et obligationes quae
spiritualem christifidelium vitam
Art. 4
directe respiciunt;
4° fines certi et indubii agere non valenti
non currat.
circumscriptionum
ecclesiasticarum; Can. 202. – § 1. In iure, dies intellegitur
spatium constans 24 horis continuo
5° stipes et onera
supputandis, et incipit a media nocte,
Missarum; nisi aliud expresse caveatur;
6° provisio officii ecclesiastici hebdomada spatium 7 dierum; mensis
quod ad normam iuris exercitium
ordinis sacri requirit; spatium 30 et annus spatium 365
7° ius visitationis et obligatio dierum, nisi mensis et annus dicantur
oboedientiae, ita ut christifideles sumendi prout sunt in calendario.
a nulla auctoritate ecclesiastica
visitari possint et nulli auctoritati § 2. Prout sunt in calendario semper
iam subsint. sumendi sunt mensis et annus, si
tempus est continuum.
TITULUS XI
Can. 203. – § 1. Dies a quo non
DE TEMPORIS computatur in termino, nisi huius initium
SUPPUTATIONE coincidat cum initio diei aut aliud
Can. 200. – Nisi aliud expresse iure expresse in iure caveatur.
caveatur, tempus supputetur ad
normam canonum qui sequuntur. § 2. Nisi contrarium statuatur, dies ad
Can. 201. – § 1. Tempus continuum quem computatur in termino, qui, si
intellegitur quod nullam patitur tempus constet uno vel pluribus
interruptionem, § 2. Tempus utile mensibus aut annis, una vel pluribus
intellegitur quod ita ius suum exercenti hebdomadis, finitur expleto ultimo die
aut persequenti competit, ut ignoranti eiusdem numeri aut, si mensis die
aut eiusdem numeri careat, expleto ultimo
die mensis.
LIBER II
DE
POPULO
DEI
lPARS I
DE CHRISTIFIDELIBUS
Can. 204. – § 1. Christifideles sunt qui,
utpote per baptismum Christo
incorporati, in populum Dei sunt
constituti, atque hac ratione muneris
Christi sacerdotalis, prophetici et regalis
suo modo participes facti, secundum
propriam cuiusque condicionem, ad
missionem exercendam vocantur, quam
Deus Ecclesiae in mundo adimplendam
concredidit.
§ 2. Haec Ecclesia, in hoc mundo ut
societas constituta et ordinata, subsistit
in Ecclesia catholica, a successore
Petri et Episcopis in eius communione
gubernata.
Can. 205. – Plene in communione nuncupantur.
Ecclesiae catholicae his in terris sunt § 2, Ex utraque hac parte habentur
illi baptizati, qui in eius compage visibili christifideles, qui professione
cum Christo iunguntur, vinculis nempe consiliorum evangelicorum per vota aut
professionis fidei, sacramentorum et alia sacra ligamina, ab Ecclesia agnita
ecclesiastici regiminis. et sancita, suo peculiari modo Deo
consecrantur et Ecclesiae missioni
Can. 206. – § 1. Speciali ratione cum
salvificae prosunt; quorum status, licet
Ecclesia conectuntur catechumeni, qui
ad hierarchicam Ecclesiae structuram
nempe, Spiritu Sancto movente,
non spectet, ad eius tamen vitam et
explicita voluntate ut eidem
sanctitatem pertinet.
incorporentur expetunt, ideoque hoc
ipso voto, sicut et vita fidei, spei et TITUL
caritatis quam agunt, coniunguntur US I
cum Ecclesia, quae eos iam ut suos DE OMNIUM CHRISTIFIDELIUM
fovet. OBLIGATIONIBUS ET IURIBUS
§ 2. Catechumenorum specialem Can. 208. – Inter christifideles omnes,
curam habet Ecclesia quae, dum eos ex eorum quidem in Christo
ad vitam ducendam evangelicam regeneratione, vera viget quoad
invitat eosque ad sacros ritus dignitatem et actionem aequalitas, qua
celebrandos introducit, eisdem varias cuncti, secundum propriam cuiusque
iam largitur praerogativas, quae condicionem et munus, ad
christianorum sunt propriae. aedificationem Corporis Christi
cooperantur.
Can. 207. – § 1. Ex divina institutione,
inter christifideles sunt in Ecclesia Can. 209. – § 1. Christifideles
obligatione adstringuntur, sua quoque
ministri sacri, qui in iure et clerici ipsorum agendi ratione, ad
communionem semper servandam cum
vocantur; ceteri autem et laici Ecclesia.
prosequi tenentur.
§ 2. Magna cum diligentia officia
adimpleant, quibus tenentur erga § 2. Christifidelibus integrum est, ut
Ecclesiam tum universam, tum necessitates suas, praesertim spirituales,
particularem ad quam, secundum iuris suaque optata Ecclesiae Pastoribus
praescripta, pertinent. patefaciant.
Can. 210. – Omnes christifideles, § 3. Pro scientia, competentia et
secundum propriam condicionem, ad praestantia quibus pollent, ipsis ius est,
sanctam vitam ducendam atque ad immo et aliquando officium, ut sententiam
Ecclesiae incrementum eiusque iugem suam de his quae ad bonum Ecclesiae
sanctificationem promovendam vires pertinent sacris Pastoribus manifestent
suas conferre debent. eamque, salva fidei morumque integritate
ac reverentia erga Pastores, attentisque
Can. 211. – Omnes christifideles communi utilitate et personarum
officium habent et ius allaborandi ut dignitate, ceteris christifidelibus notam
divinum salutis nuntium ad universos faciant.
homines omnium temporum ac totius
Can. 213. – Ius est christifidelibus ut ex
orbis magis magisque perveniat. spiritualibus Ecclesiae bonis, praesertim
ex verbo Dei et sacramentis, adiumenta
Can. 212. – § 1. Quae sacri Pastores, a sacris Pastoribus accipiant.
utpote Christum repraesentantes, Can. 214. – Ius est christifidelibus, ut
tamquam fidei magistri declarant aut cultum Deo persolvant iuxta praescripta
tamquam Ecclesiae rectores statuunt, proprii ritus a legitimis Ecclesiae
christifideles, propriae responsabilitatis Pastoribus approbati, utque propriam
conscii, christiana oboedientia
vitae spiritualis formam sequantur, § 3. Christifidelibus ius est, ne poenis
doctrinae quidem Ecclesiae canonicis nisi ad normam legis
plectantur.
consentaneam.
Can. 215. – Integrum est
christifidelibus, ut libere condant atque
moderentur consociationes ad fines
caritatis vel pietatis, aut ad vocationem
christianam in mundo fovendam, utque
conventus habeant ad eosdem fines in
communi persequendos.
Can. 216. – Christifideles cuncti,
quippe qui Ecclesiae missionem
participent, ius habent ut propriis
quoque inceptis, secundum suum
quisque statum et condicionem,
apostolicam actionem promoveant vel
sustineant; nullum tamen inceptum
nomen catholicum sibi vindicet, nisi
consensus accesserit competentis
auctoritatis ecclesiasticae.
Can. 217. – Christifideles, quippe qui
baptismo ad vitam doctrinae
evangelicae congruentem ducendam
vocentur, ius habent ad educationem
christianam, qua ad maturitatem
humanae personae prosequendam
atque simul ad mysterium salutis
cognoscendum et vivendum rite
instruantur.
Can. 218. – Qui disciplinis sacris
incumbunt iusta libertate fruuntur
inquirendi necnon mentem suam
prudenter in iis aperiedi, in quibus
peritia gaudent, servato debito erga
Ecclesiae magisterium obsequio.
Can. 219. – Christifideles omnes iure
gaudent ut a quacumque coactione sint
immunes in statu vitae eligendo.
Can. 220. – Nemini licet bonam
famam, qua quis gaudet, illegitime
laedere, nec ius cuiusque personae
ad propriam intimitatem tuendam
violare.
Can. 221. – § 1. Christifidelibus
competit ut iura, quibus in Ecclesia
gaudent, legitime vindicent atque
defendant in foro competenti
ecclesiastico ad normam iuris.
§ 2. Christifidelibus ius quoque est ut,
si ad iudicium ab auctoritate
competenti vocentur, iudicentur
servatis iuris praescriptis, cum
aequitate applicandis.
saecularibus exercendis Christi
Can. 222. – § 1. Christifideles testimonium reddant.
obligatione tenentur necessitatibus
subveniendi Ecclesiae, ut eidem Can. 226. – § 1. Qui in statu coniugali
vivunt, iuxta propriam vocationem,
praesto sint quae ad cultum divinum, peculiari officio tenentur per
ad opera apostolatus et caritatis matrimonium et familiam ad
aedificationem populi Dei allaborandi.
atque ad honestam ministrorum
sustentationem necessaria sunt. § 2. Parentes, cum vitam filiis
contulerint, gravissima obligatione
Can. 223. – § 1. In iuribus suis tenentur et iure gaudent eos educandi;
exercendis christifideles tum singuli ideo parentum christianorum imprimis
tum in consociationibus adunati est christianam filiorum educationem
rationem habere debent boni secundum doctrinam ab Ecclesia
communis Ecclesiae necnon iurium traditam curare.
aliorum atque suorum erga alios
officiorum. Can. 227. – Ius est christifidelibus laicis,
ut ipsis agnoscatur ea in rebus civitatis
§ 2. Ecclesiasticae auctoritati competit, terrenae libertas, quae omnibus
intuitu boni communis, exercitium
iurium, quae christifidelibus sunt civibus competit; eadem tamen libertate
propria, moderari.
utentes, curent ut suae actiones spiritu
TITULUS II evangelico imbuantur, et ad doctrinam
DE OBLIGATIONIBUS ET attendant ab Ecclesiae magisterio
IURIBUS CHRISTIFIDELIUM propositam, caventes tamen ne in
quaestionibus opinabilibus propriam
LAICORUM
sententiam uti doctrinam Ecclesiae
Can. 224. – Christifideles laici, praeter proponant.
eas obligationes et iura, quae cunctis Can. 228. – § 1. Laici, qui idonei
christifidelibus sunt communia et ea reperiantur, sunt habiles ut a sacris
quae in aliis canonibus statuuntur, Pastoribus ad illa officia ecclesiastica
et munera assumantur, quibus ipsi
obligationibus tenentur et iuribus secundum iuris praescripta fungi
valent.
gaudent quae in canonibus huius tituli
recensentur. § 2. Laici debita scientia, prudentia et
honestate praestantes, habiles sunt
tamquam periti aut consiliarii, etiam in
Can. 225. – § 1. Laici, quippe qui uti consiliis ad normam iuris, ad Ecclesiae
omnes christifideles ad apostolatum a Pastoribus adiutorium praebendum.
Deo per baptismum et confirmationem Can. 229. – § 1. Laici, ut secundum
deputentur, generali obligatione doctrinam christianam vivere valeant,
tenentur et iure gaudent, sive singuli eandemque et ipsi enuntiare atque, si
sive in consociationibus coniuncti, opus sit, defendere possint, utque in
allaborandi ut divinum salutis nuntum apostolatu exercendo partem suam
ab universis hominibus ubique habere queant, obligatione tenentur et
terrarum cognoscatur et accipiatur; iure gaudent acquirendi eiusdem
quae obligatio eo vel magis urget iis in doctrinae cognitionem, propriae
adiunctis, in quibus nonnisi per ipsos uniuscuiusque capacitati et condicioni
Evangelium audire et Christum aptatam.
cognoscere homines possunt.
§ 2. Iure quoque gaudent pleniorem
§ 2. Hoc etiam peculiari adstringuntur illam in scientiis sacris acquirendi
officio, unusquisque quidem cognitionem, quae in ecclesiasticis
secundum propriam condicionem, ut universitatibus facultatibusve aut in
rerum temporalium ordinem spiritu institutis scientiarum religiosarum
evangelico imbuant atque perficiant, traduntur, ibidem lectiones
et ita specialiter in iisdem rebus frequentando et gradus
gerendis atque in muneribus
academicos
Caput I
consequendo.
De clericorum institutione
§ 3. Item, servatis praescriptis quoad
idoneitatem requisitam statutis, habiles Can. 232. – Ecclesiae officium est
atque ius proprium et exclusivum eos
sunt ad mandatum docendi scientias instituendi, qui ad ministeria sacra
deputantur.
sacras a legitima auctoritate
ecclesiastica recipiendum. Can. 233. – § 1. Universae communitati
christianae officium incumbit fovendarum
Can. 230. – § 1. Viri laici, qui aetate
vocationum, ut necessitatibus ministerii
dotibusque pollent Episcoporum
sacri in tota Ecclesia sufficienter
conferentiae decreto statutis, per ritum
provideatur; speciatim hoc officio
liturgicum praescriptum ad ministeria
tenentur familiae christianae, educatores
lectoris et acolythi stabiliter assumi
atque peculiari ratione sacerdotes,
possunt; quae tamen ministeriorum
praesertim parochi. Episcopi dioecesani,
collatio eisdem ius non confert ad
quorum maxime est de vocationibus
sustentationem remunerationemve ab
provehendis curam habere, populum sibi
Ecclesia praestandam. commissum de momento ministerii sacri
§ 2, Laici ex temporanea deputatione deque ministrorum in Ecclesia
in actionibus liturgicis munus lectoris
implere possunt; item omnes laici necessitate edoceant, atque incepta ad
muneribus commentatoris, cantoris vocationes fovendas, operibus
aliisve ad normam iuris fungi possunt.
praesertim ad hoc institutis, suscitent ac
§ 3. Ubi Ecclesiae necessitas id sustentent.
suadeat, deficientibus ministris, possunt
etiam laici, etsi non sint lectores vel § 2. Solliciti sint insuper sacerdotes,
acolythi, quaedam eorundem officia praesertim vero Episcopi dioecesani, ut
supplere, videlicet ministerium verbi qui maturioris aetatis viri ad ministeria
exercere, precibus liturgicis praeesse, sacra sese vocatos aestiment, prudenter
baptismum conferre atque sacram verbo opereque adiuventur ac debite
communionem distribuere, iuxta iuris praeparentur.
praescripta. Can. 234. – § 1. Serventur, ubi
Can. 231. – § 1. Laici, qui permanenter exsistunt, atque foveantur seminaria
aut ad tempus speciali Ecclesiae minora aliave instituta id genus, in quibus
servitio addicuntur, obligatione tenentur nempe, vocationum fovendarum gratia,
ut aptam acquirant formationem ad provideatur ut peculiaris formatio
munus suum debite implendum religiosa una cum institutione
requisitam, utque hoc munus conscie, humanistica et scientifica tradatur; immo,
impense et diligenter adimpleant. ubi id expedire iudicaverit Episcopus
dioecesanus, seminarii minoris similisve
§ 2. Firmo praescripto Can. 230, § 1, instituti erectioni prospiciat.
ius habent ad honestam
remunerationem suae condicioni § 2. Nisi certis in casibus adiuncta aliud
aptatam, qua decenter, servatis quoque suadeant, iuvenes quibus animus est ad
iuris cifilis praescriptis, necessitatibus sacerdotium ascendere, ea ornentur
propriis ac familiae providere valeant; humanistica et scientifica formatione,
itemque iis ius competit ut ipsorum qua iuvenes in sua quisque regione ad
praevidentiae et securitati sociali et studia superiora peragenda praeparantur.
assistentiae sanitariae, quam dicunt, Can. 235. – § 1. Iuvenes, qui ad
debite prospiciatur. sacerdotium accedere intendunt, ad
TITULUS III formationem spiritualem convenientem et
ad officia propria instituantur in
DE MINISTRIS SACRIS
seminario maiore per totum
SEU DE CLERICIS
formationis tempus, aut, si adiuncta inter se compositas.
de iudicio Episcopi dioecesani id § 2. In quolibet seminario unus saltem
postulent, per quattuor saltem annos.
§ 2. Qui extra seminarium legitime adsit spiritus director, relicta libertate
morantur, ab Episcopo dioecesano alumnis adeundi alios sacerdotes, qui
commendentur pio et idoneo ad hoc munus ab Episcopo deputati
sacerdoti, qui invigilet ut ad vitam
spiritualem et ad disciplinam sedulo sint.
efformentur.
§ 3. Seminarii statutis provideantur
Can. 236. – Aspirantes ad diaconatum rationes, quibus curam rectoris, in
permanentem secundum Episcoporum disciplina praesertim servanda,
conferentiae praescripta ad vitam participent ceteri moderatores, magistri,
spiritualem alendam informentur atque immo et ipsi alumni.
ad officia eidem ordini propria rite
adimplenda instruantur: Can. 240. – § 1. Praeter confessarios
1° iuvenes per tres saltem ordinarios, alii regulariter ad seminarium
annos in aliqua domo peculiari accedant confessarii, atque, salva
degentes, nisi graves ob quidem seminarii disciplina, integrum
rationes Episcopus dioecesanus
aliter statuerit; semper sit alumnis quemlibet
2° maturioris aetatis viri, sive confessarium sive in seminario sive
caelibes sive coniugati, ratione extra illud adire.
ad tres annos protracta et ab
eadem Episcoporum conferentia § 2, In decisionibus ferendis de alumnis
definita. ad ordines admittendis aut e seminario
dimittendis, numquam directoris spiritus
Can. 237. – § 1. In singulis et confessariorum votum exquiri potest.
dioecesibus sit seminarium maius, ubi
Can. 241. – § 1. Ad seminarium
id fieri possit atque expediat; secus
maius ab Episcopo dioecesano
concredantur alumni, qui ad sacra
admittantur tantummodo ii qui, attentis
ministeria sese praeparent, alieno
eorum dotibus humanis et moralibus,
seminario aut erigatur seminarium spiritualibus et intellectualibus, eorum
interdioecesanum. valetudine physica et psychica necnon
§ 2. Seminarium interdioecesanum ne recta voluntate, habiles aestimantur qui
erigatur nisi prius approbatio ministeriis sacris perpetuo sese
Apostolicae Sedis, tum ipsius dedicent.
seminarii erectionis tum eiusdem § 2. Antequam recipiantur, documenta
statutorum, obtenta fuerit, et quidem exhibere debent de susceptis baptismo
ab Episcoporum conferentia, si agatur et confirmatione aliaque quae
de seminario pro universo eius secundum praescripta institutionis
territorio, secus ab Episcopis quorum sacerdotalis Rationis requiruntur.
interest.
Can. 238. – § 1. Seminaria legitime § 3. Si agatur de iis admittendis, qui ex
erecta ipso iure personalitate iuridica alieno seminario vel instituto religioso
in Ecclesia gaudent. dimissi fuerint, requiritur insuper
§ 2. In omnibus negotiis pertractandis testimonium respectivi superioris
personam seminarii gerit eius rector, praesertim de causa eorum dimissionis
nisi de certis negotiis auctoritas vel discessus.
competens aliud statuerit. Can. 242. – § 1. In singulis nationibus
Can. 239. – § 1. In quolibet seminario habeatur institutionis sacerdotalis Ratio,
habeantur rector, qui ei praesit, et si ab Episcoporum conferentia, attentis
casus ferat vice-rector, oeconomus, quidem normis a suprema Ecclesiae
atque si alumni in ipso seminario auctoritate latis, statuenda et a
studiis se dedant, etiam magistri, qui Sancta Sede approbanda, novis
varias disciplinas tradant apta ratione quoque
adiunctis, approbante item Sancta coniunctionisque necessitudinem cum
Sede, accommodanda, qua institutionis aliis excultam praeparentur ad fraternam
in seminario tradendae definiatur unionem cum dioecesano presbyterio,
summa principia atque normae cuius in Ecclesiae servitio erunt
generales necessitatibus pastoralibus consortes.
uniuscuiusque regionis vel provinciae, Can. 246. – § 1. Celebratio Eucharistica
aptatae. centrum sit totius vitae seminarii, ita ut
§ 2. Normae Rationis, de qua in § 1, cotidie alumni, ipsam Christi caritatem
serventur in omnibus seminariis, tum
dioecesanis tum interdioecesanis. participantes, animi robur pro apostolico
labore et pro vita sua spirituali praesertim
Can. 243. – Habeat insuper
ex hoc ditissimo fonte hauriant.
unumquodque seminarium ordinationem
propriam, ab Episcopo dioecesano aut, § 2. Efformentur ad celebrationem
liturgiae horarum, qua Dei ministri,
si de seminario interdioecesano agatur, nomine Ecclesiae pro toto populo sibi
ab Episcopis quorum interest, commisso, immo pro universo mundo,
Deum deprecantur.
probatam, qua normae institutionis
sacerdotalis Rationis adiunctis § 3. Foveantur cultus Beatae Mariae
particularibus accommodentur, ac Virginis etiam per mariale rosarium,
pressius determinentur praesertim oratio mentalis aliaque pietatis exercitia,
disciplinae capita quae ad alumnorum quibus alumni spiritum orationis acquirant
cotidianam vitam et totius seminarii atque vocationis suae robur
ordinem spectant. consequantur.
Can. 244. – Alumnorum in seminario § 4. Ad sacramentum paenitentiae
formatio spiritualis et institutio frequenter accedere assuescant alumni,
doctrinalis harmonice componantur, et commendatur ut unusquisque habeat
atque ad id ordinentur, ut iidem iuxta moderatorem suae vitae spiritualis libere
uniuscuiusque indolem una cum debita quidem electum, cui confidenter
maturitate humana spiritum Evangelii et conscientiam aperire possit.
arctam cum Christo necessitudinem § 5. Singulis annis alumni exercitiis
acquirant. spiritualibus vacent.
Can. 245. – § 1. Per formationem Can. 247. – § 1. Ad servandum statum
spiritualem alumni idonei fiant ad caelibatus congrua educatione
praeparentur, eumque ut peculiare Dei
ministerium pastorale fructuose donum in honore habere discant.
exercendum et ad spiritum missionalem § 2. De officiis et oneribus, quae
efformentur, discentes ministerium ministris sacris Ecclesiae propria sunt,
expletum semper in fide viva et in alumni debite reddantur certiores, nulla
caritate ad propriam sanctificationem vitae sacerdotalis difficultate reticita,
conferre; itemque illas excolere discant
virtutes quae in hominum consortione Can. 248. – Institutio doctrinalis
pluris fiunt, ita quidem ut ad aptam tradenda eo spectat, ut alumni, una
conciliationem inter bona humana et cum cultura generali necessitatibus
supernaturalia pervenire valeant. loci ac temporis consentanea, amplam
atque solidam acquirant in disciplinis
§ 2. Ita formentur alumni ut, amore sacris doctrinam, ita ut, propria fide ibi
Ecclesiae Christi imbuti, Pontifici fundata et inde nutrita, Evangelii
Romano Petri successori humili et filiali doctrinam hominibus sui temporis apte,
caritate devinciantur, proprio Episcopo ratione eorundem ingenio accommodata,
tamquam fidi cooperatores adhaereant nuntiare valeant.
et sociam cum fratribus operam
Can. 249. – Institutionis sacerdotalis
praestent; per vitam in seminario Ratione provideatur ut alumni non tantum
communem atque per amicitiae accurate linguam patriam edoceantur, sed
atque specialium, ad normam
etiam linguam latinam bene calleant praescriptorum institutionis sacerdotalis
necnon congruam habeant Rationis.
cognitionem alienarum linguarum,
quarum scientia ad eorum Can. 253. – § 1. Ad magistri munus in
formationem aut ad ministerium disciplinis philosophicis, theologicis et
pastorale exercendum necessaria vel iuridicis, ab Episcopo aut ab Episcopis,
utilis videatur. quorum interest, ii tantum nominentur
qui, virtutibus praestantes, laurea
Can. 250. – Quae in ipso seminario doctorali aut licentia potiti sunt in
philosophica et theologica studia universitate studiorum aut facultate a
ordinantur, aut successive aut Sancta Sede recognita.
coniuncte peragi possunt, iuxta
institutionis sacerdotalis Rationem; § 2. Curetur ut distincti totidem
eadem completum saltem sexennium nominentur magistri qui doceant sacram
complectantur, ita quidem ut tempus Scripturam, theologiam dogmaticam,
philosophicis disciplinis dedicandum theologiam moralem, liturgiam,
integrum biennium, studiis vero philosophiam, ius canonicum, historiam
theologicis integrum quadriennium ecclesiasticam, aliasque, quae propria
adaequet. methodo tradendae sunt, disciplinas.

Can. 251. – Philosophica institutio, § 3. Magister qui a munere suo graviter


quae innixa sit oportet patrimonio deficiat, ab auctoritate, de qua in § 1,
philosophico perenniter valido, et amoveatur.
rationem etiam habeat philosophicae Can. 254. – § 1. Magistri in disciplinis
investigationis progredientis aetatis, ita tradendis de intima universae doctrinae
tradatur, ut alumnorum formationem fidei unitate et harmonia iugiter solliciti
humanam perficiat, mentis aciem sint, ut unam scientiam alumni se
provehat, eosque ad studia theologica discere experiantur; quo aptius id
peragenda aptiores reddat. obtineatur, adsit in seminario qui
Can. 252. – § 1. Institutio theologica, integram studiorum ordinationem
in lumine fidei, sub Magisterii ductu, moderetur.
ita impertiatur, ut alumni integram § 2. Ita alumni edoceantur, ut et ipsi
doctrinam catholicam, divina habiles fiant ad quaestiones aptis
Revelatione innixam, cognoscant, investigationibus propriis et scientifica
propriae vitae spiritualis reddant methodo examinandas; habeantur igitur
alimentum eamque, in ministerio exercitationes, in quibus, sub
exercendo, rite annuntiare ac tueri moderamine magistrorum, alumni
valeant. proprio labore studia quaedam
§ 2. In sacra Scriptura peculiari persolvere discant.
diligentia erudiantur alumni, ita ut totius
sacrae Scripturae conspectum Can. 255. – Licet universa alumnorum
acquirant.
in seminario formatio pastoralem finem
§ 3. Lectiones habeantur theologiae persequatur, institutio stricte pastoralis
dogmaticae, verbo Dei scripto una in eodem ordinetur, qua alumni principia
cum sacra Traditione semper innixae, et artes addiscant quae, attentis quoque
quarum ope alumni mysteria salutis, loci ac temporis necessitatibus, ad
s. Thoma praesertim magistro, ministerium Dei populum docendi,
intimius penetrare addiscant, itemque sanctificandi et regendi exercendum
lectiones theologiae moralis et pertineant.
pastoralis, iuris canonici, liturgiae,
historiae ecclesiasticae, necnon Can. 256. – § 1. Diligenter instruantur
aliarum disciplinarum, auxiliarium alumni in iis quae peculiari ratione ad
sacrum ministerium spectant, praesertim
in arte catechetica et homiletica non catholicis vel non credentibus,
exercenda, in cultu divino peculiarique habendo, in paroecia administranda
modo in sacramentis celebrandis, in atque in ceteris muneribus adimplendis.
commercio cum hominibus, etiam
in eodem tradatur, philosophicam
§ 2. Edoceantur alumni de universae et theologicam invigilent, et de
Ecclesiae necessitatibus, ita ut alumnorum vocatione, indole, pietate
sollicitudinem habeant de vocationibus ac profectu cognitionem sibi
promovendis, de quaestionibus comparent, maxime intuitu sacrarum
missionalibus, oecumenicis necnon de ordinationum conferendarum.
aliis, socialibus quoque, urgentioribus.
Can. 260. – Rectori, cuius est cotidianum
Can. 257. – § 1. Alumnorum institutioni moderamen curare seminarii, ad normam
ita provideatur, ut non tantum Ecclesiae quidem institutionis sacerdotalis Rationis
particularis in cuius servitio ac seminarii ordinationis, omnes in
incardinentur, sed universae quoque propriis muneribus adimplendis
Ecclesiae sollicitudinem habeant, atque
obtemperare debent.
paratos se exhibeant Ecclesiis
particularibus, quarum gravis urgeat Can. 261. – § 1. Seminarii rector
necessitas, sese devovere. itemque, sub eiusdem auctoritate,
moderatores et magistri pro parte sua
§ 2. Curet Episcopus dioecesanus ut
curent ut alumni normas Ratione
clerici, a propria Ecclesia particulari ad institutionis sacerdotalis necnon
Ecclesiam particularem alterius regionis
seminarii ordinatione praescriptas
transmigrare intendentes, apte
adamussim servent.
praeparentur ad ibidem sacrum
ministerium exercendum, ut scilicet et § 2. Sedulo provideant seminarii rector
linguam regionis addiscant, et eiusdem atque studiorum moderator ut magistri
institutorum, condicionum socialium, suo munere rite fungantur, secundum
usuum et consuetudinum intellegentiam praescripta Rationis institutionis
habeant. sacerdotalis ac seminarii ordinationis.
Can. 258. – Ut apostolatus exercendi Can. 262. – Exemptum a regimine
artem in opere ipso etiam addiscant, paroeciali seminarium esto: et pro
alumni, studiorum curriculo decurrente, omnibus qui in seminario sunt, parochi
praesertim vero feriarum tempore, praxi officium, excepta materia matrimoniali et
pastorali initientur per opportunas, sub firmo praescripto Can. 985, obeat
moderamine semper sacerdotis periti, seminarii rector eiusve delegatus.
exercitationes, alumnorum aetati et Can. 263. – Episcopus dioecesanus vel,
locorum condicioni aptatas, de iudicio si de seminario interdioecesano agatur,
Ordinarii determinandas. Episcopi quorum interest, pro parte ab eis
Can. 259. – § 1. Episcopo dioecesano communi consilio determinata, curare
aut, si de seminario interdioecesano debent ut provideatur seminarii
agatur, Episcopis quorum interest, constitutioni et conservationi, alumnorum
competit, quae ad seminarii superius sustentationi necno magistrorum
regimen et administrationem spectant, remunerationi aliisque seminarii
decernere. necessitatibus.
§ 2. Episcopus dioecesanus aut, Can. 264. – § 1. Ut seminarii
necessitatibus provideatur, praeter
si de seminario interdioecesano stipem de qua in Can. 1266, potest
agatur, Episcopi, quorum interest, Episcopus in dioecesi tributum imponere.
frequenter seminarium ipsi visitent, in § 2. Tributo pro seminario obnoxiae sunt
formationem suorum alumnorum cunctae personae iuridicae ecclesiasticae
necnon in institutionem, quae etiam privatae, quae sedem in dioecesi
habeant, nisi solis eleemosynis
sustententur aut in eis collegium Caput II
discentium vel docentium ad commune De clericorum adscriptione seu
Ecclesiae bonum promovendum actu incardinatione
habeatur; huiusmodi tributum debet Can. 265. – Quemlibet clericum oportet
esse generale, reditibus eorum qui esse incardinatum aut alicui Ecclesiae
eidem obnoxii sunt proportionatum, particulari vel praelaturae personali, aut
alicui instituto vitae consecratae vel
atque iuxta necessitates seminarii societati hac facultate praeditis, ita ut
determinatum. clerici acephali seu vagi minime
admittantur.
Can. 266. – § 1. Per receptum
diaconatum aliquis fit clericus et
incardinatur Ecclesiae particulari vel
praelaturae personali pro cuius servitio
promotus est.
§ 2. Sodalis in instituto religioso a votis
perpetuis professus aut societati clericali
vitae apostolicae definitive incorporatus,
per receptum diaconatum incardinatur
tamquam clericus eidem instituto aut
societati, nisi ad societates quod
attinet aliter ferant constitutiones.
§ 3. Sodalis instituti saecularis per
receptum diaconatum incardinatur
Ecclesiae particulari pro cuius servitio
promotus est, nisi vi concessionis Sedis
Apostolicae ipsi instituto incardinetur.
Can. 267. – § 1. Ut clericus iam
incardinatus alii Ecclesiae particulari
valide incardinetur, ab Episcopo
dioecesano obtinere debet litteras ab
eodem subscriptas excardinationis; et
pariter ab Episcopo dioecesano
Ecclesiae particularis, cui se incardinari
desiderat, litteras ab eodem
subscriptas incardinationis.
§ 2. Excardinatio ita concessa
effectum non sortitur nisi
incardinatione obtenta in alia Ecclesia
particulari.
Can. 268. – § 1. Clericus qui a propria
Ecclesia particulari in aliam legitime
transmigraverit, huic Ecclesiae
particulari, transacto quinquennio, ipso
iure incardinatur, si talem voluntatem in
scriptis manifestaverit tum Episcopo
dioecesano Ecclesiae hospitis tum
Episcopo dioecesano proprio, neque
horum alteruter ipsi contrariam scripto
mentem intra quattuor menses a
receptis litteris significaverit.
§ 2. Per admissionem perpetuam aut
definitivam in institutum vitae iuris.
consecratae aut in societatem vitae Can. 270. – Excardinatio licite concedi
apostolicae, clericus qui, ad normam potest iustis tantum de causis, quales
Can. 266, § 2, eidem instituto aut sunt Ecclesiae utilitas aut bonum ipsius
societati incardinatur, a propria clerici; denegari autem non potest nisi
Ecclesia particulari excardinatur. exstantibus gravibus causis; licet tamen
Can. 269. – Ad incardinationem clerici clerico, qui se gravatum censuerit et
Episcopus dioecesanus ne deveniat Episcopum receptorem invenerit, contra
nisi:
decisionem recurrere.
1° necessitas aut utilitas suae
Ecclesiae particularis id exigat, Can. 271. – § 1. Extra casum verae
et salvis iuris praescriptis
honestam sustentationem necessitatis Ecclesiae particularis
clericorum respicientibus; propriae, Episcopus dioecesanus ne
2° ex legitimo documento sibi deneget licentiam transmigrandi clericis,
constiterit de concessa quos parotos sciat atque aptos aestimet
excardinatione, et habuerit qui regiones petant gravi cleri inopia
praeterea ab Episcopo laborantes, ibidem sacrum ministerium
dioecesano excardinanti, sub peracturi; prospiciat vero ut per
secreto si opus sit, de clerici conventionem scriptam cum Episcopo
vita, moribus ac studiis dioecesano loci, quem petunt, iura et
opportuna testimonia; officia eorundem clericorum stabiliantur.
3° clericus eidem Episcopo § 2. Episcopus dioecesanus licentiam
dioecesano scripto declaraverit ad aliam Ecclesiam particularem
se novae Ecclesiae particularis transmigrandi concedere potest suis
servitio velle addici ad normam clericis ad
annum a vacatione sedis episcopalis, et
tempus praefinitum, etiam pluries cum consensu collegii consultorum.
renovandum, ita tamen ut iidem clerici
propriae Ecclesiae particulari incardinati Caput III
maneant, atque in eandem redeuntes De clericorum
omnibus gaudeant iuribus, quae obligationibus et iuribus
haberent si in ea sacro ministerio addicti
fuissent. Can. 273. – Clerici speciali obligatione
tenentur Summo Pontifici et suo quisque
§ 3. Clericus qui legitime in aliam Ordinario reverentiam et oboedientiam
Ecclesiam particularem transierit exhibendi.
propriae Ecclesiae manens
incardinatus, a proprio Episcopo Can. 274. – § 1. Soli clerici obtinere
dioecesano iusta de causa revocari possunt officia ad quorum exercitium
potest, dummodo serventur requiritur potestas ordinis aut potestas
conventiones cum altero Episcopo initae regiminis ecclesiastici.
atque naturalis aequitas; pariter, iisdem § 2. Clerici, nisi legitimo impedimento
excusentur, munus, quod ipsis a suo
condicionibus servatis, Episcopus Ordinario commissum fuerit, suscipere
dioecesanus alterius Ecclesiae ac fideliter adimplere tenentur.
particularis iusta de causa poterit eidem Can. 275. – § 1. Clerici, quippe qui omnes
clerico licentiam ulterioris ad unum conspirent opus, ad
aedificationem nempe Corporis Christi,
commorationis in suo territorio vinculo fraternitatis et orationis inter se
denegare. uniti sint, ed cooperationem inter se
prosequantur, iuxta iuris particularis
praescripta.
Can. 272. – Excardinationem et
incardinationem, itemque licentiam ad § 2. Clerici missionem agnoscant et
promoveant, quam pro sua quisque parte
aliam Ecclesiam particularem laici in Ecclesia et in mundo exercent.
transmigrandi concedere nequit Can. 276. – § 1. In vita sua ducenda ad
Administrator dioecesanus, nisi post sanctitatem persequendam peculiari
ratione tenentur clerici, quippe qui, Deo
in ordinis receptione novo titulo servitio liberius sese
consecrati, dispensatores sint dedicare valent.
mysteriorum Dei in servitium Eius populi. § 2. Debita cum prudentia clerici se
§ 2. Ut hanc perfectionem gerant cum personis, quarum
persequi valeant: frequentatio ipsorum obligationem ad
continentiam servandam in discrimen
1° imprimis ministerii pastoralis
officia fideliter et indefesse vocare aut in fidelium scandalum
adimpleant; vertere possit.
2° duplici mensa sacrae § 3. Competit Episcopo dioecesano ut
Scripturae et Eucharistiae vitam hac de re normas statuat magis
suam spiritualem nutriant; enixe determinatas utque de huius
igitur sacerdotes invitantur ut obligationis observantia in casibus
cotidie Sacrificium eucharisticum particularibus iudicium ferat.
offerant, diaconi vero ut eiusdem
oblationem cotidie participent; Can. 278. – § 1, Ius est clericis
saecularibus sese consociandi cum aliis
3° obligatione tenentur ad fines statui clericali congruentes
sacerdotes necnon diaconi ad
prosequendos.
presbyteratum aspirantes cotidie
liturgiam horarum persolvendi § 2. Magni habeant clerici saeculares
secundum proprios et probatos praesertim illas consociationes quae,
liturgicos libros; diaconi autem statutis a competenti auctoritate
permanentes eandem persolvant recognitis, per aptam et convenienter
pro parte ab Episcoporum approbatam vitae ordinationem et
conferentia definita; fraternum iuvamen, sanctitatem suam
4° pariter tenentur ad vacandum in ministerii exercitio fovent, quaeque
recessibus spiritualibus, iuxta clericorum inter se et cum proprio
iuris particularis praescripta; Episcopo unioni favent.
5° sollicitantur ut orationi mentali § 3. Clerici abstineant a constituendis
regulariter incumbant, frequenter aut participandis consociationibus,
ad paenitentiae sacramentum quarum finis aut actio cum
accedant, Deiparam Virginem obligationibus statui clericali propriis
peculiari veneratione colant, componi nequeunt vel diligentem
aliisque mediis sanctificationis muneris ipsis ab auctoritate ecclesiastica
utantur communibus et competenti commissi adimpletionem
particularibus. praepedire possunt.
Can. 277. – § 1. Clerici obligatione Can. 279. – § 1. Clerici studia sacra,
tenentur servandi perfectam recepto etiam sacerdotio, prosequantur,
perpetuamque propter Regnum et solidam illam doctrinam, in sacra
coelorum continentiam, ideoque ad Scriptura fundatam, a maioribus traditam
caelibatum adstringuntur, quod est et communiter ab Ecclesia receptam
peculiare Dei donum, quo quidem sacri sectentur, uti documentis praesertim
ministri indiviso corde Christo facilius Conciliorum ac Romanorum Pontificum
adhaerere possunt atque Dei determinatur, devitantes profanas vocum
hominumque novitates et falsi nominis scientiam.
§ 2. Sacerdotes, iuxta iuris particularis
praescripta, praelectiones pastorales
post ordinationem sacerdotalem
instituendas frequentent atque, statutis
eodem iure temporibus, aliis quoque
intersint praelectionibus, conventibus necessitatibus, si infirmitate, invaliditate
theologicis aut conferentiis, quibus vel senectute laborent, apte
ipsis praebeatur occasio pleniorem prospiciatur.
scientiarum sacrarum et methodorum § 3. Diaconi uxorati, qui plene
pastoralium cognitionem acquirendi. ministerio ecclesiastico sese devovent,
§ 3. Aliarum quoque scientiarum, remunerationem merentur qua sui
earum praesertim quae cum sacris suaeque familiae sustentationi providere
conec tuntur, cognitionem valeant; qui vero ratione professionis
prosequantur, quatenus praecipue ad civilis, quam exercent aut exercuerunt,
ministerium pastorale exercendum remunerationem obtineant, ex perceptis
confert. inde reditibus sibi suaeque familiae
necessitatibus consulant.
Can. 280. – Clericis valde
commendatur quaedam vitae Can. 282. – § 1. Clerici vitae
simplicitatem colant et ab omnibus
communis consuetudo; quae quidem, quae vanitatem sapiunt se abstineant.
ubi viget, quantum fieri potest, § 2. Bona, quae occasione exercitii
servanda est. ecclesiastici officii ipsis obveniunt,
Can. 281. – § 1. Clerici, cum quaeque supersunt, provisa ex eis
ministerio ecclesiastico se dedicant, honesta sustentatione et omnium
remunerationem merentur quae suae officiorum proprii status adimpletione, ad
condicioni congruat, ratione habita tum bonum Ecclesiae operaque caritatis
ipsius muneris naturae, tum locorum impendere velint.
temporumque condicionum, quaque Can. 283. – § 1. Clerici, licet officium
ipsi possint necessitatibus vitae suae residentiale non habeant, a sua tamen
necnon aequae retributioni eorum, dioecesi per notabile tempus, iure
quorum servitio egent, providere. particulari determinandum, sine licentia
§ 2. Item providendum est ut gaudeant saltem praesumpta Ordinarii proprii, ne
illa sociali assistentia, qua eorum discedant.
propriis, inconsulto proprio Ordinario,
§ 2. Ipsis autem competit ut debito et prohibentur; item a subscribendis
sufficienti quotannis gaudeant feriarum syngraphis, quibus nempe obligatio
tempore, iure universali vel particulari solvendae pecuniae, nulla definita causa,
determinato. suscipitur, abstineant.
Can. 284. – Clerici decentem habitum
ecclesiasticum, iuxta normas ab Can. 286. – Prohibentur clerici per se
Episcoporum conferentia editas atque vel per alios, sive in propriam sive in
legitimas locorum consuetudines,
deferant. aliorum utilitatem, negotiationem aut
Can. 285. – § 1. Clerici ab iis omnibus, mercaturam exercere, nisi de licentia
quae statum suum dedecent, prorsus legitimae auctoritatis ecclesiasticae.
abstineant, iuxta iuris particularis
praescripta. Can. 287. – § 1. Clerici pacem et
§ 2. Ea quae, licet non indecora, a concordiam iustitia innixam inter homines
clericali tamen statu aliena sunt, clerici
vitent. servandam quam maxime semper
§ 3. Officia publica, quae foveant.
participationem in exercitio civilis
potestatis secumferunt, clerici § 2. In factionibus politicis atque in
assumere vetantur. regendis consociationibus syndicalibus
§ 4. Sine licentia sui Ordinarii, ne ineant activam partem ne habeant, nisi iudicio
gestiones bonorum ad laicos competentis auctoritatis ecclesiasticae,
pertinentium aut officia saecularia, Ecclesiae iura tuenda aut bonum
quae secumferunt onus reddendarum commune promovendum id requirant.
rationum; a fideiubendo, etiam de bonis Can. 288. – Diaconi permanentes
praescriptis canonum 284, 285, §§ 3 et 4,
286, 287, § 2 non tenentur, nisi ius
particulare aliud statuat. Can. 294. – Ad aptam presbyterorum
Can. 289. – § 1. Cum servitium militare distributionem promovendam aut ad
statui clericali minus congruat, clerici
itemque candidati ad sacros ordines peculiaria opera pastoralia vel
militiam ne capessant voluntarii, nisi de missionalia pro variis regionibus aut
sui Ordinarii licentia.
diversis coetibus socialibus perficienda,
§ 2. Clerici utantur exemptionibus, praelaturae personales quae
quas ab exercendis muneribus et presbyteris et diaconis cleri saecularis
publicis civilibus officiis a statu clericali constent, ab Apostolica Sede, auditis
alienis, in eorum favorem eaedem quarum interest Episcoporum
leges et conventiones vel conferentiis, erigi possunt.
consuetudines concedunt, nisi in
TITULUS IV
casibus particularibus aliter Ordinarius
proprius decreverit. DE PRAELATURIS
PERSONALIBUS
Caput IV
De amissione status clericalis Can. 295. – § 1. Praelatura personalis
regitur statutis ab Apostolica Sede
Can. 290. – Sacra ordinatio, semel conditis, eique praeficitur Praelatus ut
valide recepta, numquam irrita fit. Ordinarius proprius, cui ius est
Clericus tamen statum clericalem amittit: nationale vel internationale seminarium
1° sententia iudiciali aut decreto erigere necnon alumnos incardinare,
administrativo, quo invaliditas eosque titulo servitii praelaturae ad
sacrae ordinationis declaratur;
ordines promovere.
2° poena dimissionis § 2. Praelatus prospicere debet sive
legitime irrogata; spirituali institutioni illorum, quos titulo
praedicto promoverit, sive eorundem
3° rescripto Apostolicae Sedis; decorae sustentationi.
quod vero rescriptum diaconis ob
graves tantum causas, Can. 296. – Conventionibus cum
presbyteris ob gravissimas
causas ab Apostolica Sede praelatura initis, laici operibus
conceditur. apostolicis praelaturae personalis sese
Can. 291. – Praeter casus de quibus in dedicare possunt; modus vero huius
Can. 290, n. 1, amissio status clericalis organicae cooperationis atque
non secumfert dispensationem ab praecipua officia et iura cum illa
obligatione caelibatus, quae ab uno coniuncta in statutis apte
tantum Romano Pontifice conceditur. determinentur.
Can. 292. – Clericus, qui statum Can. 297. – Statuta pariter definiant
clericalem ad normam iuris amittit, cum rationes praelaturae personalis cum
eo amittit iura statui clericali propria, nec Ordinariis locorum, in quorum Ecclesiis
ullis iam adstringitur obligationibus particularibus ipsa praelatura sua
status clericalis, firmo praescripto Can. opera pastoralia vel missionalia,
291; potestatem ordinis exercere praevio consensu Episcopi dioecesani,
prohibetur, salvo praescripto Can. 976; exercet vel exercere desiderat.
eo ipso privatur omnibus officiis, TITUL
muneribus et potestate qualibet US V
delegata.
DE CHRISTIFIDELIUM
Can. 293. – Clericus, qui statum
clericalem amisit, nequit denuo inter CONSOCIATIONIBUS
clericos adscribi, nisi per Apostolicae
Sedis rescriptum. Caput I
Normae
communes
Can. 298. – § 1. In Ecclesia habentur etiamsi ab auctoritate ecclesiastica
laudentur vel commendentur,
consociationes distinctae ab institutis consociationes privatae vocantur.
vitae consecratae et societatibus vitae § 3. Nulla christifidelium consociatio
apostolicae, in quibus christifideles, privata in Ecclesia agnoscitur, nisi eius
sive clerici sive laici sive clerici et laici statuta ab auctoritate competenti
simul, communi opera contendunt ad recognoscantur.
perfectiorem vitam fovendam, aut ad
cultum publicum vel doctrinam Can. 300. – Nulla consociatio nomen
christianam promovendam, aut ad alia (r)catholicae¯ sibi assumat, nisi de
apostolatus opera, scilicet ad consensu competentis auctoritatis
evangelizationis incepta, ad pietatis ecclesiasticae, ad normam Can. 312.
vel caritatis opera exercenda et ad Can. 301. – § 1. Unius auctoritatis
ordinem temporalem christiano spiritu ecclesiasticae competentis est erigere
animandum. christifidelium consociationes, quae sibi
§ 2. Christifideles sua nomina dent proponant doctrinam christianam nomine
iis praesertim consociationibus, quae Ecclesiae tradere aut cultum publicum
a competenti auctoritate ecclesiastica
aut erectae aut laudatae vel promovere, vel quae alios intendant
commendatae sint. fines, quorum prosecutio natura sua
Can. 299. – § 1. Integrum est eidem auctoritati ecclesiasticae
cristifidelibus, privata inter se
conventione inita, consociationes reservatur.
constituere ad fines de quibus in
Can. 298, § 1 persequendos, firmo § 2. Auctoritas ecclesiastica
prascripto Can. 301, § 1.
competens, si id expedire
§ 2. Huiusmodi consociationes,
privatae, quocumque titulo seu nomine
iudicaverit, christifidelium vocantur, sua habeant statuta, quibus
consociationes quoque erigere potest definiantur consociationis finis seu
ad alios fines spirituales directe vel obiectum sociale, sedes, regimen et
indirecte prosequendos, quorum condiciones ad partem in iisdem
consecutioni per privatorum incepta habendam requisitae, quibusque
non satis provisum sit. determinentur agendi rationes, attentis
§ 3. Christifidelium consociationes quae quidem temporis et loci necessitate vel
a competenti auctoritate ecclesiastica utilitate.
eriguntur, consociationes publicae § 2. Titulum seu nomen sibi eligant,
vocantur. temporis et loci usibus accommodatum,
Can. 302. – Christifidelium maxime ab ipso fine, quem intendunt,
consociationes clericales eae dicuntur, selectum.
quae sub moderamine sunt clericorum, Can. 305. – § 1. Omnes christifidelium
exercitium ordinis sacri assumunt atque consociationes subsunt vigilantiae
uti tales a competenti auctoritate auctoritatis ecclesiasticae competentis,
agnoscuntur. cuius est curare ut in iisdem integritas
Can. 303. – Consociationes, quarum fidei ac morum servetur, et invigilare ne
sodales, in saeculo spiritum alicuius in disciplinam ecclesiasticam abusus
instituti religiosi participantes, sub irrepant, cui itaque officium et ius
altiore eiusdem instituti moderamine, competunt ad normam iuris et statutorum
vitam apostolicam ducunt et ad easdem invisendi; subsunt etiam eiusdem
perfectionem christianam contendunt, auctoritatis regimini secundum
tertii ordines dicuntur aliove congruenti praescripta c anonum, qui sequuntur.
nomine vocantur.
§ 2. Vigilantiae Sanctae Sedis
Can. 304. – § 1. Omnes christifidelium subsunt consociationes cuiuslibet
consociationes, sive publicae sive generis; vigilantiae
Ordinarii loci subsunt
consociationes dioecesanae necnon apostolatus in dioecesi exsistentibus
aliae consociationes, quatenus in adiutorium praebeant, cooperantes
dioecesi operam exercent. praesertim, sub directione Ordinarii
loci, cum consociationibus quae ad
Can. 306. – Ut quis consociationis apostolatum in dioecesi exercendum
iuribus atque privilegiis, indulgentiis ordinantur.
aliisque gratiis spiritualibus eidem
consociationi concessis fruatur, Caput II
necesse est et sufficit ut secundum De christifidelium consociationibus
iuris praescripta et propria publicis
consociationis statuta, in eandem valide Can. 312. – § 1. Ad erigendas
receptus sit et ab eadem non sit legitime consociationes publicas auctoritas
dimissus. competens est:

Can. 307. – § 1. Membrorum receptio 1° pro consociationibus


fiat ad normam iuris ac statutorum universalibus atque
uniuscuiusque consociationis. internationalibus, Sancta Sedes;

§ 2. Eadem persona adscribi potest 2° pro consociationibus


pluribus consociationibus. nationalibus, quae scilicet ex ipsa
erectione destinantur ad
§ 3. Sodales institutorum religiosorum actionem in tota natione
possunt consociationibus, ad normam exercendam, Episcoporum
iuris proprii, de consensu sui Superioris conferentia in suo territorio;
nomen dare.
3° pro consociationibus
Can. 308. – Nemo legitime adscriptus dioecesanis, Episcopus
a consociatione dimittatur, nisi iusta de
causa ad normam iuris et statutorum. dioecesanus in suo cuiusque
Can. 309. – Consociationibus legitime territorio, non vero Administrator
constitutis ius est, ad normam iuris et dioecesanus, iis tamen
statutorum, edendi peculiares normas consociationibus exceptis
ipsam consociationem respicientes, quarum erigendarum ius ex
celebrandi comitia, designandi apostolico privilegio aliis
moderatores, officiales, ministros atque reservatum est.
bonorum administratores. § 2. Ad validam erectionem
Can. 310. – Consociatio privata quae uti consociationis aut sectionis
persona iuridica non fuerit constituta, consociationis in dioecesi, etiamsi id vi
qua talis subiectum esse non privilegii apostolici fiat, requiritur
potest obligationum et iurium; consensus Episcopi dioecesani scripto
christifideles tamen in ea consociati datus; consensus tamen ab Episcopo
coniunctim obligationes contrahere dioecesano praestitus pro erectione
atque uti condomini et domus instituti religiosi valet etiam ad
compossessores iura et bona acquirere erigendam in eadem domo vel ecclesia
et possidere possunt; quae iura et ei adnexa consociationem quae illius
obligationes per mandatarium seu instituti sit propria.
procuratorem exercere valent. Can. 313. – Consociatio publica
Can. 311. – Sodales institutorun vitae itemque consociationum publicarum
consecratae qui consociationibus suo confoederatio, ipso decreto quo ab
instituto aliquo modo unitis praesunt aut
assistunt, curent ut eaedem auctoritate ecclesiastica ad normam
consociationes operibus Can. 312 competenti erigitur, persona
iuridica constituitur et missionem
recipit, quatenus requiritur, ad fines
quos ipsa sibi nomine Ecclesiae ecclesiasticam, de qua in Can. 312, § 1.
persequendos proponit. Can. 317. – § 1. Nisi aliud in statutis
Can. 314. – Cuiuslibet consociationis praevideatur, auctoritatis ecclesiasticae,
publicae statuta, eorumque recognitio
vel mutatio, approbatione indigent de qua in Can. 312, § 1, est
auctoritatis ecclesiasticae cui competit consociationis publicae moderatorem ab
consociationis erectio ad normam Can.
312, § 1. ipsa consociatione publica electum
confirmare aut praesentatum instituere
Can. 315. – Consociationes publicae
aut iure proprio nominare; cappellanum
incepta propriae indoli congrua sua
vero seu assistentem ecclesiasticum,
sponte suscipere valent, eaedemque
auditis ubi id expediat consociationis
reguntur ad normam statutorum, sub
officialibus maioribus, nominat eadem
altiore tamen directione auctoritatis
auctoritas ecclesiastica.
ecclesiasticae, de qua in Can. 312, §
1. § 2. Norma in § 1 statuta valet etiam
pro consociationibus a sodalibus
Can. 316. – § 1. Qui publice fidem
institutorum religiosorum vi apostolici
catholicam abiecerit vel a communione
privilegii extra proprias ecclesias vel
ecclesiastica defecerit vel
domos erectis; in consociationibus vero
excommunicatione irrogata aut
a sodalibus institutorum religiosorum in
declarata irretitus sit, valide in propria ecclesia vel domo erectis,
consociationes publicas recipi nequit. nominatio aut confirmatio moderatoris
§ 2. Qui legitime adscripti in casum et cappellani pertinet ad Superiorem
inciderint de quo in § 1, praemissa instituti, ad normam statutorum.
monitione, a consociatione dimittantur, § 3. In consociationibus quae non sunt
servatis eius statutis et salvo iure clericales, laici exercere valent munus
moderatoris; cappellanus seu assistens
recursus ad auctoritatem ecclesiasticus ad illud munus ne
assumatur, nisi
bona quae possidet ad normam
aliud in statutis statutorum administrat sub superiore
caveatur. directione auctoritatis ecclesiasticae de
§ 4. In publicis christifidelium qua in Can. 312, § 1, cui quotannis
consociationibus quae directe ad administrationis rationem reddere debet.
apostolatum exercendum ordinantur, § 2. Oblationum quoque et
moderatores ne ii sint, qui in factionibus eleemosynarum, quas collegerit, eidem
auctoritati fidelem erogationis rationem
politicis officium directionis adimplent. reddere debet.
Can. 318. – § 1. In specialibus adiunctis, Can. 320. – § 1. Consociationes a
ubi graves rationes id requirant, potest
ecclesiastica auctoritas, de qua in Can. Sancta Sede erectae nonnisi ab eadem
312, supprimi possunt.
§ 1, designare commissarium, qui eius
nomine consociationem ad tempus § 2. Ob graves causas ab Episcoporum
moderetur.
conferentia supprimi possunt
§ 2. Moderatorem consociationis consociationes ab eadem erectae; ab
publicae iusta de causa removere Episcopo dioecesano consociationes a
potest qui eum nominavit aut se erectae, et etiam consociationes ex
confirmavit, auditis tamen tum ipso apostolico indulto a sodalibus
moderatore tum consociationis institutorum religiosorum de consensu
officialibus maioribus ad normam Episcopi dioecesani erectae.
statutorum; cappellanum vero removere
potest, ad normam cann. 192-195, qui § 3. Consociatio publica ab auctoritate
eum nominavit. competenti ne supprimatur, nisi auditis
eius moderatore aliisque officialibus
Can. 319. – § 1. Consociatio publica maioribus.
legitime erecta, nisi aliud cautum sit,
Caput III adhibeantur.
De christifidelium § 2. Eadem subest loci Ordinarii
auctoritati ad normam Can. 1301 quod
consociationibus privatis attinet ad administrationem
erogationemque
Can. 321. – Consociationes privatas
christifideles secundum statutorum
praescripta dirigunt et moderantur.
Can. 322. – § 1. Consociatio
christifidelium privata personalitatem
iuridicam acquirere potest per
decretum formale auctoritatis
ecclesiasticae competentis, de qua in
Can. 312.
§ 2. Nulla christifidelium consociatio
privata personalitatem iuridicam
acquirere potest, nisi eius statuta ab
auctoritate ecclesiastica, de qua in Can.
312, § 1, sint probata; statutorum vero
probatio consociationis naturam
privatam non immutat.
Can. 323. – § 1. Licet christifidelium
consociationes privatae autonomia
gaudeant ad normam Can. 321, subsunt
vigilantiae auctoritatis ecclesiasticae ad
normam Can. 305, itemque eiusdem
auctoritatis regimini.
§ 2. Ad auctoritatem ecclesiasticam
etiam spectat, servata quidem
autonomia consociationibus privatis
propria, invigilare et curare ut virium
dispersio vitetur, earumque apostolatus
exercitium ad bonum commune
ordinetur.
Can. 324. – § 1. Christifidelium
consociatio privata libere sibi
moderatorem et officiales designat, ad
normam statutorum.
§ 2. Christifidelium consociatio privata
consiliarium spiritualem, si quemdam
exoptet, libere eligere potest inter
sacerdotes ministerium legitime in
dioecesi exercentes; qui tamen indiget
confirmatione Ordinarii loci.
Can. 325. – § 1. Christifidelium
consociatio privata ea bona quae
possidet libere administrat, iuxta
statutorum praescripta, salvo iure
auctoritatis ecclesiasticae competentis
vigilandi ut bona in fines associationis
bonorum, quae ipsi ad pias causas ut I
donata aut relicta sint. Can. 326. – § De Romano Pontifice deque
1. Extinguitur christifidelium Collegio Episcoporum
consociatio privata
ad normam statutorum; supprimi Can. 330. – Sicut, statuente Domino,
etiam potest a competenti auctoritate, sanctus Petrus et ceteri Apostoli unum
si eius actio in grave damnum cedit
doctrinae vel disciplinae Collegium constituunt, pari ratione
ecclesiasticae, aut scandalo est Romanus Pontifex, successor Petri, et
fidelium.
Episcopi, successores Apostolorum,
§ 2. Destinatio bonorum inter se coniunguntur.
consociationis extinctae ad normam
Art.
statutorum determinanda est, salvis
1
iuribus quaesitis atque oblatorum
voluntate. De Romano Pontifice
Caput IV Can. 331. – Ecclesiae Romanae
Episcopus, in quo permanet munus a
Normae speciales de laicorum
Domino singulariter Petro, primo
consociationibus
Apostolorum, concessum et
Can. 327. – Christifideles laici magni successoribus eius transmittendum,
faciant consociationes ad spirituales Collegii Episcoporum est caput,
fines, de quibus in Can. 298, Vicarius Christi atque universae
constitutas, eas speciatim quae rerum Ecclesiae his in terris Pastor; qui ideo vi
temporalium ordinem spiritu christiano muneris sui suprema, plena, immediata
animare sibi proponunt atque hoc et universali in Ecclesia gaudet
modo intimam inter fidem et vitam ordinaria potestate, quam semper libere
magnopere fovent unionem. exercere valet.
Can. 328. – Qui praesunt Can. 332. – § 1. Plenam et supremam
consociationibus laicorum, iis etiam in Ecclesia potestatem Romanus
quae vi privilegii apostolici erectae Pontifex obtinet legitima electione ab
sunt, curent ut suae cum aliis ipso acceptata una cum episcopali
christifidelium consociationibus, ubi id consecratione. Quare, eandem
expediat, cooperentur, utque variis potestatem obtinet a momento
operibus christianis, praesertim in acceptationis electus ad summum
eodem territorio exsistentibus, libenter pontificatum, qui episcopali charactere
auxilio sint. insignitus est. Quod si charactere
Can. 329. – Moderatores episcopali electus careat, statim
consociationum laicorum curent, ut ordinetur Episcopus.
sodales consociationis ad § 2. Si contingat ut Romanus Pontifex
apostolatum laicis proprium muneri suo renuntiet, ad validitatem
exercendum debite efformentur. requiritur ut renuntiatio libere fiat et rite
PARS II manifestetur, non vero ut a quopiam
acceptetur.
DE ECCLESIAE
Can. 333. – § 1. Romanus Pontifex, vi
CONSTITUTIONE HIERARCHICA sui muneris, non modo in universam
Ecclesiam potestate gaudet, sed et
SECTIO I
super omnes Ecclesias particulares
DE SUPREMA ECCLESIAE earumque coetus ordinariae potestatis
AUCTORITATE obtinet principatum, quo quidem
insimul roboratur atque vindicatur
Cap potestas propria, ordinaria et
immediata, qua in Ecclesias § 2. Romanus Pontifex, in munere
supremi Ecclesiae Pastoris explendo,
particulares suae curae commissas communione cum ceteris Episcopis
Episcopi pollent. immo et universa Ecclesia semper est
coniunctus; ipsi ius tamen est,
iuxta Ecclesiae necessitates, recepta, ita ut verus actus collegialis
determinare modum, sive personalem efficiatur.
sive collegialem, huius muneris
exercendi. § 3. Romani Pontificis est secundum
§ 3. Contra sententiam vel decretum necessitates Ecclesiae seligere et
Romani Pontificis non datur appellatio promovere modos, quibus Episcoporum
neque recursus.
Collegium munus suum quoad
Can. 334. – In eius munere universam Ecclesiam collegialiter
exercendo, Romano Pontifici praesto exerceat.
sunt Episcopi, qui eidem
cooperatricem operam navare valent Can. 338. – § 1. Unius Romani Pontificis
variis rationibus, inter quas est est Concilium Oecumenicum convocare,
synodus Episcoporum. Auxilio eidem per se vel per alios praesidere,
praeterea ei sunt Patres Cardinales, item Concilium transferre, suspendere
necnon aliae personae itemque varia vel dissolvere, eiusque decreta
secundum temporum necessitates approbare.
instituta; quae personae omnes et § 2. Eiusdem Romani Pontificis est res in
instituta, nomine et auctoritate ipsius, Concilio tractandas determinare atque
munus sibi commissum explent in ordinem in Concilio servandum
bonum omnium Ecclesiarum, iuxta constituere; propositis a Romano
normas iure definitas. Pontifice quaestionibus Patres Concilii
Can. 335. – Sede romana vacante aut alias addere pos sunt, ab eodem
prorsus impedita, nihil innovetur in Romano Pontifice probandas.
Ecclesiae universae regimine; serventur Can. 339. – § 1. Ius est et officium
omnibus et solis Episcopis qui membra
autem leges speciales pro iisdem sint Collegii Episcoporum, ut Concilio
adiunctis latae. Oecumenico cum suffragio deliberativo
intersint.
Art. 2 § 2. Ad Concilium Oecumenicum
insuper alii aliqui, qui episcopali
De Collegio dignitate non sint insigniti, vocari
Episcoporum possunt a suprema Ecclesiae
auctoritate, cuius est eorum partes in
Concilio determinare.
Can. 336. – Collegium Episcoporum,
cuius caput est Summus Pontifex Can. 340. – Si contingat Apostolicam
Sedem durante Concilii celebratione
cuiusque membra sunt Episcopi vi vacare, ipso iure hoc intermittitur, donec
sacramentalis consecrationis et novus Summus Pontifex illud continuari
iusserit aut dissolverit.
hierarchica communione cum Collegii
capite et membris, et in quo corpus Can. 341. – § 1. Concilii Oecumenici
apostolicum continuo perseverat, una decreta vim obligandi non habent nisi
cum capite suo, et numquam sine hoc una cum Concilii Patribus a Romano
capite, subiectum quoque supremae et Pontifice approbata, ab eodem fuerint
plenae potestatis in universam confirmata et eius iussu promulgata.
Ecclesiam exsistit. § 2. Eadem confirmatione et
promulgatione, vim obligandi ut habeant,
Can. 337. – § 1. Potestatem in egent decreta quae ferat Collegium
universam Ecclesiam Collegium Episcoporum, cum actionem proprie
Episcoporum sollemni modo exercet in collegialem ponit iuxta alium a Romano
Concilio Oecumenico. Pontifice inductum vel libere receptum
modum.
§ 2. Eandem potestatem exercet per
unitam Episcoporum in mundo Caput II
dispersorum actionem, quae uti talis a
Romano Pontifice sit indicta aut libere
De synodo Episcoporum Can. 345. – Synodus Episcoporum
congregari potest aut in coetum
Can. 342. – Synodus Episcoporum generalem, in quo scilicet res tractantur
coetus est Episcoporum qui, ex ad bonum Ecclesiae universae directe
diversis orbis regionibus selecti, spectantes, qui quidem coetus est sive
statutis temporibus una conveniunt ut ordinarius sive extraordinarius, aut
arctam coniunctionem inter Romanum etiam in coetum specialem, in quo
Pontificem et Episcopos foveant, nempe aguntur negotia quae directe
utque eidem Romano Pontifici ad ad determinatam determinatasve
incolumitatem incrementumque fidei et regiones attinent.
morum, ad disciplinam ecclesiasticam
servandam et firmandam consiliis Can. 346. – § 1. Synodus Episcoporum
adiutricem operam praestent, necnon quae in coetum generalem ordinarium
quaestiones ad actionem Ecclesiae in congregatur, constat sodalibus quorum
mundo spectantes perpendant. plerique sunt Episcopi, electi pro
singulis coetibus ab Episcoporum
Can. 343. – Synodi Episcoporum est conferentiis secundum rationem iure
de quaestionibus pertractandis peculiari synodi determinatam; alii vi
disceptare atque expromere optata, eiusdem iuris deputantur; alii a Romano
non vero easdem dirimere de iisque Pontifice directe nominantur; quibus
ferre decreta, nisi certis in casibus accedunt aliqui sodales institutorum
potestate deliberativa eandem religiosorum clericalium, qui ad normam
instruxerit Romanus Pontifex, cuius est eiusdem iuris peculiaris eliguntur.
in hoc casu decisiones synodi ratas
habere. § 2. Synodus Episcoporum in coetum
Can. 344. – Synodus Episcoporum generalem extraordinarium congregata
directe subest auctoritati Romani ad negotia tractanda quae expeditam
Pontificis, cuius quidem est: requirant definitionem, constat
1° synodum convocare, sodalibus quorum plerique, Episcopi, a
quotiescumque id ipsi iure peculiari synodi deputantur ratione
opportunum videatur, locumque officii quod adimplent, alii vero a
designare ubi coetus habendi Romano Pontifice directe nominantur;
sint; quibus accedunt aliqui sodales
institutorum religiosorum clericalium ad
2° sodalium, qui ad normam normam eiusdem iuris electi.
iuris peculiaris eligendi sunt,
electionem ratam habere § 3. Synodus Episcoporum, quae in
aliosque sodales designare et coetum specialem congregatur,
nominare; constat sodalibus delectis praecipue
ex iis regionibus pro quibus
3° argumenta quaestionum convocata est, ad normam iuris
pertractandarum statuere peculiaris, quo synodus regitur.
opportuno tempore ad normam
iuris peculiaris ante synodi Can. 347. – § 1. Cum synodi
celebrationem; Episcoporum coetus a Romano
Pontifice concluditur, explicit munus in
4° rerum agendarum eadem Episcopis aliisque sodalibus
ordinem definire; commissum.
5° synodo per se aut per § 2. Sede Apostolica post convocatam
alios praeesse; synodum aut inter eius celebrationem
6° synodum ipsam concludere, vacante, ipso iure suspenditur synodi
transferre, suspendere et coetus, itemque munus sodalibus in
dissolvere. eodem commissum, donec novus
Pontifex coetum aut dissolvendum aut Can. 348. – § 1. Synodi Episcoporum
habetur secretaria generalis
continuandum decreverit. permanens, cui praeest Secretarius
generalis, a
clesia quam in titulum iam habebat.
Romano Pontifice nominatus, cuique
§ 5. Per optionem in Consistorio factam
praesto est consilium secretariae,
et a Summo Pontifice approbatam,
constans Episcopis, quorum alii, ad
possunt, servata prioritate ordinis et
normam iuris peculiaris, ab ipsa
promotionis, Cardinales ex ordine
synodo Episcoporum eliguntur, alii a
presbyterali transire ad alium titulum et
Romano Pontifice nominantur, quorum
Cardinales ex ordine diaconali ad aliam
vero omnium munus explicit, ineunte
diaconiam et, si per integrum decennium
novo coetu generali.
in ordine diaconali permanserint, etiam
§ 2. Pro quolibet synodi Episcoporum ad ordinem presbyteralem.
coetu praeterea unus aut plures
§ 6. Cardinalis ex ordine diaconali
secretarii speciales constituuntur qui a
transiens per optionem ad ordinem
Romano Pontifice nominantur, atque in
presbyteralem, locum obtinet ante
officio ipsis commisso permanent solum
omnes illos Cardinales presbyteros, qui
usque ad expletum synodi coetum.
post ipsum ad Cardinalatum assumpti
Capu sunt.
t III
Can. 351. – § 1. Qui Cardinales
De S.R.E. Cardinalibus promoveantur, libere a Romano
Can. 349. – S.R.E. Cardinales peculiare Pontifice seliguntur viri,
Collegium constituunt, cui competit ut saltem in ordine
electioni Romani Pontificis provideat presbyteratus constituti, doctrina,
ad normam iuris peculiaris; Cardinales moribus, pietate necnon rerum
agendarum prudentia egregie
item Romano Pontifici adsunt sive
praestantes; qui nondum sunt Episcopi,
collegialiter agendo, cum ad
consecrationem episcopalem recipere
quaestiones maioris momenti
debet.
tractandas in unum convocantur, sive
ut singuli, scilicet variis officiis, quibus § 2. Cardinales creantur Romani
funguntur, eidem Romano Pontifici Pontificis decreto, quod quidem coram
operam praestando in cura praesertim Cardinalium Collegio publicatur; inde
cotidiana universae Ecclesiae. a publicatione facta officiis tenentur atque
iuribus gaudent lege definitis.
Can. 350. – § 1. Cardinalium
Collegium in tres ordines distribuitur: § 3. Promotus ad cardinalitiam
episcopalem, ad quem pertinent dignitatem, cuius creationem Romanus
Cardinales quibus a Romano Pontifice Pontifex annuntiaverit, nomen autem in
titulus assignatur Ecclesiae pectore sibi reservans, nullis interim
suburbicariae, necnon Patriarchae tenetur Cardinalium officiis ullisque
orientales qui in Cardinalium Collegium eorum gaudet iuribus; postquam autem a
relati sunt; presbyteralem et diaconalem. Romano Pontifice eius nomen publicatum
§ 2. Cardinalibus ordinis presbyteralis fuerit, iisdem tenetur officiis fruiturque
ac diaconalis suus cuique titulus aut iuribus, sed iure praecedentiae gaudet a
diaconia in Urbe assignatur a Romano
Pontifice. die reservationis in pectore.
§ 3. Patriarchae orientales in Can. 352. – § 1. Cardinalium Collegio
Cardinalium Collegium assumpti in praeest Decanus, eiusque impediti vices
titulum habent suam patriarchalem sustinet Subdecanus; Decanus, vel
sedem. Subdecanus, nulla in ceteros
§ 4. Cardinalis Decanus in titulum habet Cardinales gaudet potestate regiminis,
dioecesim Ostiensem, una cum alia Ec sed ut primus inter pares habetur.
§ 2. Officio Decani vacante, Cardinales Pontificem deferant, cui competit
titulo Ecclesiae suburbicariae decorati, electum probare.
iique soli, praesidente Subdecano si
adsit, aut antiquiore ex ipsis, e coetus § 3. Eadem ratione de qua in § 2,
sui gremio unum eligant qui Decanum praesidente ipso Decano, eligitur
Collegii agat; eius nomen ad Subdecanus; Subdecani quoque
Romanum electionem probare Romano Pontifici
competit.
§ 4. Decanus et Subdecanus, si in
Urbe domicilium non habeant, illud
ibidem acquirant.
Can. 353. – § 1. Cardinales collegiali
actione supremo Ecclesiae Pastori
praecipue auxilio sunt in Consistoriis,
in quibus iussu Romani Pontificis
eoque praesidente congregantur;
Consistoria habentur ordinaria aut
extraordinaria.
§ 2. In Consistorium ordinarium
convocantur omnes Cardinales, saltem
in Urbe versantes, ad consultationem
de quibusdam negotiis gravibus,
communius tamen contingentibus, aut
ad actus quosdam maxime sollemnes
peragendos.
§ 3. In Consistorium extraordinarium,
quod celebratur cum peculiares
Ecclesiae necessitates vel graviora
negotia tractanda id suadeant,
convocantur omnes Cardinales.
§ 4. Solum Consistorium ordinarium, in
quo aliquae sollemnitates celebrantur,
potest esse publicum, cum scilicet
praeter Cardinales admittuntur Praelati,
legati societatum civilium aliive ad illud
invitati.
Can. 354. – Patres Cardinales
dicasteriis aliisve institutis
permanentibus Romanae Curiae et
Civitatis Vaticanae praepositi, qui
septuagesimum quintum aetatis annum
expleverint, rogantur ut renuntiationem
ab officio exhibeant Romano Pontifici
qui, omnibus perpensis, providebit.
Can. 355. – § 1. Cardinali Decano
competit electum Romanum Pontificem
in Episcopum ordinare, si electus
ordinatione indigeat; impedito Decano,
idem ius competit Subdecano, eoque
impedito, antiquiori Cardinali ex ordine
episcopali.
§ 2. Cardinalis Proto-diaconus nomen
novi electi Summi Pontificis populo spectant.
annuntiat; item pallia Metropolitis
imponit eorumve procuratoribus tradit, § 2. Cardinales extra Urbem et extra
vice Romani Pontificis. propriam dioecesim degentes, in iis
quae ad sui personam pertinent exempti
Can. 356. – Cardinales obligatione sunt a potestate regiminis Episcopi
tenentur cum Romano Pontifice dioecesis in qua commorantur.
sedulo cooperandi; Cardinales itaque Can. 358. – Cardinali, cui a Romano
quovis officio in Curia fungentes, qui Pontifice hoc munus committitur ut in
non sint Episcopi dioecesani, aliqua sollemni celebratione vel
obligatione tenentur residendi in Urbe; personarum coetu eius personam
Cardinales qui alicuius dioecesis sustineat, uti Legatus a latere, scilicet
curam habent ut Episcopi dioecesani, tamquam eius alter ego, sicuti et illi
Urbem petant quoties a Romano cui adimplendum concreditur tamquam
Pontifice convocentur. ipsius misso speciali certum munus
Can. 357. – § 1. Cardinales, quibus pastorale, ea tantum competunt quae
Ecclesia suburbicaria aut ecclesia in ab ipso Romano Pontifice eidem
Urbe in titulum est assignata, demandantur.
postquam in eiusdem venerunt Can. 359. – Sede Apostolica vacante,
Cardinalium Collegium ea tantum in
possessionem, earundem dioecesium Ecclesia gaudet potestate, quae in
et ecclesiarum bonum consilio et peculiari lege eidem tribuitur.
patrocinio promoveant, nulla tamen in Caput IV
easdem potestate regiminis pollentes,
ac nulla ratione sese in iis De Curia Romana
interponentes, quae ad earum Can. 360. – Curia Romana, qua negotia
bonorum administrationem, ad Ecclesiae universae
disciplinam aut ecclesiarum servitium
Civitates et ad publicas Auctoritates,
Summus Pontifex expedire solet et itemque eos transferendi et revocandi,
quae nomine et auctoritate ipsius servatis quidem normis iuris
munus explet in bonum et in servitium internationalis, quod attinet ad missionem
Ecclesiarum, constat Secretaria Status et revocationem Legatorum apud Res
seu Papali, Consilio pro publicis Publicas constitutorum.
Ecclesiae negotiis, Congregationibus,
Tribunalibus, aliisque Institutis, quorum Can. 363. – § 1. Legatis Romani
omnium constitutio et competentia lege Pontificis officium committitur ipsius
peculiari definiuntur. Romani Pontificis stabili modo gerendi
personam apud Ecclesias particulares
Can. 361. – Nomine Sedis Apostolicae aut etiam apud Civitates et publicas
vel Sanctae Sedis in hoc Codice Auctoritates, ad quas missi sunt.
veniunt non solum Romanus Pontifex,
sed etiam, nisi ex rei natura vel § 2. Personam gerunt Apostolicae Sedis
ii quoque, qui in pontificiam Missionem
sermonis contextu aliud appareat, ut Delegati aut Observatores deputantur
Secretaria Status, Consilium pro apud Consilia internationalia aut apud
Conferentias et Conventus.
publicis Ecclesiae negotiis, aliaque Can. 364. – Praecipuum munus Legati
Romanae Curiae Instituta. pontificii est ut firmiora et efficaciora in
dies reddantur unitatis vincula, quae
Caput V inter Apostolicam Sedem et Ecclesias
particulares intercedunt. Ad pontificium
De Romani Pontificis Legatis ergo Legatum pertinet pro sua dicione:
1° ad Apostolicam Sedem notitias
Can. 362. – Romano Pontifici ius est mittere de condicionibus in quibus
nativum et independens Legatos suos versantur Ecclesiae particulares,
deque omnibus quae ipsam vitam
nominandi ac mittendi sive ad Ecclesiae et bonum animarum
Ecclesias particulares in variis attingant;
nationibus vel regionibus, sive simul ad 2° Episcopis actione et consilio
adesse, integro quidem manente
eorundem legitimae potestatis 2° quaestiones pertractare quae
exercitio;
ad relationes inter Ecclesiam et
3° crebras fovere relationes cum
Episcoporum conferentia, eidem Civitatem pertinent; et peculiari
omnimodam operam praebendo; modo agere de concordatis
4° ad nominationem aliisque huiusmodi
Episcoporum quod attinet, conventionibus conficiendis et ad
nomina candidatorum Apostolicae effectum deducendis.
Sedi transmittere vel proponere § 2. In negotiis, de quibus in § 1,
necnon processum informativum expediendis, prout adiuncta suadeant,
de promovendis instruere, Legatus pontificius sententiam et
secundum normas ab Apostolica consilium Episcoporum dicionis
Sede datas; ecclesiasticae exquirere ne omittat,
5° anniti ut promoveantur res eosque de negotiorum cursu certiores
quae ad pacem, ad progressum faciat.
et consociatam populorum Can. 366. – Attenta peculiari
operam spectant; Legati muneris indole:
6° operam conferre cum 1° sedes Legationis pontificiae a
Episcopis, ut opportuna potestate regiminis Ordinarii loci
exempta est, nisi agatur de
foveantur commercia inter matrimoniis celebrandis;
Ecclesiam catholicam et alias 2° Legato pontificio fas est,
Ecclesias vel communitates praemonitis, quantum fieri potest,
locorurn Ordinariis, in omnibus
ecclesiales, immo et religiones ecclesiis suae legationis
non christianas; liturgicas celebrationes, etiam in
pontificalibus, peragere.
7° ea quae pertinent ad Can. 367. – Pontificii Legati munus non
Ecclesiae et Apostolicae Sedis exspirat vacante Sede Apostolica, nisi
aliud in litteris pontificiis statuatur;
missionem, consociata cum cessat autem expleto mandato,
Episcopis actione, apud revocatione eidem intimata,
renuntiatione a Romano Pontifice
moderatores Civitatis tueri; acceptata.
8° exercere praeterea facultates SECTIO II
et cetera explere mandata quae
ipsi ab Apostolica Sede DE ECCLESIIS PARTICULARIBUS
committantur. DEQUE EARUNDEM COETIBUS
Can. 365. – § 1. Legati pontificii, qui TITUL
simul legationem apud Civitates iuxta
iuris internationalis normas exercet, US I
munus quoque peculiare est:
DE ECCLESIIS PARTICULARIBUS
1° promovere et fovere ET DE AUCTORITATE IN IISDEM
CONSTITUTA
necessitudines inter Apostolicam
Sedem et Auctoritates Rei Capu
Publicae; tI
De Ecclesiis particularibus
Can. 368. – Ecclesiae particulares, in
quibus et ex quibus una et unica
Ecclesia catholica exsistit, sunt imprimis
dioeceses, quibus, nisi aliud constet,
assimilantur praelatura territorialis et
abbatia territorialis, vicariatus
apostolicus et praefectura apostolica
necnon administratio apostolica stabiliter
erecta.
Can. 369. – Dioecesis est populi Dei apostolico aut Praefecto apostolico,
portio, quae Episcopo cum qui eam nomine Summi Pontificis
cooperatione presbyterii pascenda regant.
concreditur, ita ut, pastori suo § 2. Administratio apostolica est certa
adhaerens ab eoque per Evangelium populi Dei portio, quae ob speciales et
et Eucharistiam in Spiritu Sancto graves omnino rationes a Summo
congregata, Ecclesiam particularem Pontifice in dioecesim non erigitur, et
constituat, in qua vere inest et cuius cura pastoralis committitur
operatur una sancta catholica et Administratori apostolico, qui eam
apostolica Christi Eeelesia. nomine Summi Pontificis regat.
Can. 370. – Praelatura territorialis aut Can. 372. – § 1. Pro regula habeatur ut
abbatia territorialis est certa populi portio populi Dei quae dioecesim
Dei portio, territorialiter quidem aliamve Ecclesiam particularem
circumseripta, cuius cura, specialia ob constituat, certo territorio
adiuncta, committitur alicui Praelato circumscribatur, ita ut omnes
aut Abbati, qui eam, ad instar Episcopi comprehendat fideles in territorio
dioecesani, tamquam proprius eius
habitantes.
pastor regat.
§ 2. Attamen, ubi de iudicio supremae
Can. 371. – § 1. Vicariatus
Ec clesiae auctoritatis, auditis
apostolicus vel praefectura apostolica
Episcoporum conferentiis quarum
est certa populi Dei portio quae, ob
interest, utilitas id suadeat, in eodem
peculiaria adiuncta, in dioecesim
territorio erigi possunt Ecclesiae
nondum est constituta, quaeque
particulares ritu fidelium aliave simili
pascenda committitur Vicario
ratione distinctae.
constituuntur, ut sint et ipsi doctrinae
Can. 373. – Unius supremae magistri, sacri cultus sacerdotes et
auctoritatis est Ecclesias particulares gubernationis ministri.
erigere; quae, legitime erectae, ipso
§ 2. Episcopi ipsa consecratione
iure personalitate iuridica gaudent. episcopali recipiunt cum munere
Can. 374. – § 1. Quaelibet dioecesis sanctificandi munera quoque docendi et
aliave Ecclesia particularis dividatur in regendi, quae tamen natura sua nonnisi
distinctas partes seu paroecias. in hierarchica communione cum Collegii
capite et membris exercere possunt.
§ 2. Ad curam pastoralem per Can. 376. – Episcopi vocantur
communem actionem fovendam plures dioecesant, quibus scilicet alicuius
dioecesis cura commissa est; ceteri
paroeciae viciniores coniungi possunt titulares appellantur.
in peculiares coetus, uti sunt vicariatus Can. 377. – § 1. Episcopos libere
foranei. Summus Pontifex nominat, aut legitime
electos confirmat.
Caput
§ 2. Singulis saltem trienniis Episcopi
II De provinciae ecclesiasticae vel, ubi adiuncta
id suadeant, Episcoporum conferentiae,
Episcop communi consilio et secreto elenchum
componant presbyterorum etiam sodalium
is institutorum vitae consecratae, ad
Art. 1 episcopatum aptiorum, eumque
De Episcopis in genere Apostolicae Sedi transmittant, firmo
manente iure uniuscuiusque Episcopi
Can. 375. – § 1. Episcopi, qui ex divina Apostolicae Sedi nomina presbyterorum,
institutione in Apostolorum locum quos episcopali munere dignos et
succedunt per Spiritum Sanctum qui idoneos putet, seorsim patefaciendi.
datus est eis, in Ecclesia Pastores
§ 3. Nisi aliter legitime statutum fuerit,
quoties nominandus est Episcopus constitu
dioecesanus aut Episcopus coadiutor, tus;
ad ternos, qui dicuntur, Apostolicae 5° laurea doctoris vel saltem
Sedi proponendos, pontificii Legati est licentia in sacra Scriptura,
singillatim requirere et cum ipsa theologia aut iure canonico
Apostolica Sede communicare, una potitus in instituto studiorum
cum suo voto, quid suggerant superiorum a Sede Apostolica
Metropolita et Suffraganei provinciae, probato, vel saltem in iisdem
ad quam providenda dioecesis pertinet disciplinis vere peritus.
vel quacum in coetum convenit, necnon
§ 2. Iudicium definitivum de
conferentiae Episcoporum praeses;
promovendi idoneitate ad Apostolicam
pontificius Legatus, insuper, quosdam e
collegio consultorum et capitulo Sedem pertinet.
cathedrali audiat et, si id expedire Can. 379. – Nisi legitimo detineatur
iudicaverit, sententiam quoque aliorum impedimento, quicumque ad
ex utroque clero necnon laicorum Episcopatum promotus debet intra tres
sapientia praestantium singillatim et menses ab acceptis apostolicis litteris
secreto exquirat. consecrationem episcopalem recipere,
§ 4. Nisi aliter legitime provisum fuerit, et quidem antequam officii sui
Episcopus dioecesanus, qui auxiliarem possessionem capiat.
suae dioecesi dandum aestimet, Can. 380. – Antequam canonicam
elenchum trium saltem presbyterorum possessionem sui officii capiat,
ad hoc officium aptiorum Apostolicae promotus fidei professionem emittat
Sedi proponat. atque iusiurandum fidelitatis erga
§ 5. Nulla in posterum iura et privilegia Apostolicam Sedem praestet secundum
electionis, nominationis, praesentationis formulam ab eadem Apostolica Sede
vel designationis Episcoporum civilibus probatam.
auctoritatibus conceduntur. Art.
Can. 378. – § 1. Ad idoneitatem 2
candidatorum episcopatus requiritur ut
quis sit: De Episcopis dioecesanis
1° firma fide, bonis moribus, Can. 381. – § 1. Episcopo dioecesano
pietate, animarum zelo, sapientia, in dioecesi ipsi commissa omnis
prudentia et virtutibus humanis competit potestas ordinaria, propria et
excellens, ceterisque dotibus immediata, quae ad exercitium eius
praeditus quae ipsum aptum muneris pastoralis requiritur, exceptis
efficiant ad officium de quo agitur causis quae iure aut Summi Pontificis
explendum; decreto supremae aut alii auctoritati
ecclesiasticae reserventur.
2° bona
exsistimatione § 2. Qui praesunt aliis communitatibus
gaudens; fidelium, de quibus in Can. 368,
Episcopo dioecesano in iure
3° annos natus saltem
aequiparantur, nisi ex rei natura aut
triginta quinque;
iuris praescripto aliud appareat.
4° a quinquennio saltem in
Can. 382. – § 1. Episcopus promotus in
presbyteratus ordine
exercitium officii sibi commissi sese
ingerere nequit, ante captam dioecesis
canonicam possessionem; exercere
tamen valet officia, quae in eadem
dioecesi tempore promotionis iam Can. 383. – § 1. In exercendo munere
retinebat, firmo praescripto Can. 409, pastoris, Episcopus dioecesanus
§ 2. sollicitum se praebeat erga omnes
§ 2. Nisi legitimo detineatur christifideles qui suae curae
impedimento, promotus ad officium committuntur, cuiusvis sint aetatis,
Episcopi dioecesani debet canonicam condicionis vel nationis, tum in territorio
suae dioecesis possessionem capere, habitantes tum in eodem ad tempus
si iam non sit cons ecratus Episcopus, versantes, animum intendens
intra quattuor menses a receptis apostolicum ad eos etiam qui ob vitae
apostolicis litteris; si iam sit suae condicionem ordinaria cura
consecratus, intra duos menses ab pastorali non satis frui valeant necnon
iisdem receptis. ad eos qui a religionis praxi defecerint.

§ 3. Canonicam dioecesis § 2. Fideles diversi ritus in sua


possessionem capit Episcopus simul dioecesi si habeat, eorum spiritualibus
ac in ipsa dioecesi, per se vel per necessitatibus provideat sive per
procuratorem, apostolicas litteras sacerdotes aut paroecias eiusdem ritus,
collegio consultorum ostenderit, sive per Vicarium episcopalem.
praesente curiae cancellario, qui rem § 3. Erga fratres, qui in plena
in acta referat, aut, in dioecesibus communione cum Ecclesia catholica
noviter erectis, simul ac clero non sint, cum humanitate et caritate se
populoque in ecclesia cathedrali gerat, oecumenismum quoque fovens
praesenti earundem litterarum prout ab Ecclesia intellegitur.
communicationem procuraverit,
presbytero inter praesentes seniore in § 4. Commendatos sibi in Domino
acta referente. habeat non baptizatos, ut et ipsis
caritas eluceat Christi, cuius testis
§ 4. Valde commendatur ut captio
canonicae possessionis cum actu coram omnibus Episcopus esse debet.
liturgico in ecclesia cathedrali fiat,
clero et populo adstantibus. Can. 384. – Episcopus dioecesanus
peculiari sollicitudine
proponere et illustrare tenetur, per se
prosequatur presbyteros, quos ipse frequenter praedicans; curet etiam
tamquam adiutores et consiliarios ut praescripta canonum de ministerio
audiat, eorum iura tutetur et curet verbi, de homilia praesertim et
ut ipsi obligationes suo statui catechetica institutione sedulo serventur,
proprias rite adimpleant iisdemque ita ut universa doctrina christiana
praesto sint media et institutiones, omnibus tradatur.
quibus ad vitam spiritualem et
§ 2. Integritatem et unitatem fidei
intellectualem fovendam egeant; item credendae mediis, quae aptiora
curet ut eorum honestae sustentationi videantur, firmiter tueatur, iustam
tamen libertatem agnoscens in
atque assistentiae sociali, ad normam veritatibus ulterius perscrutandis.
iuris, prospiciatur.
Can. 387. – Episcopus dioecesanus,
Can. 385. – Episcopus dioecesanus cum memor sit se obligatione teneri
vocationes ad diversa ministeria et ad exemplum sanctitatis praebendi in
vitam consecratam quam maxime caritate, humilitate et vitae simplicitate,
foveat, speciali cura vocationibus omni ope promovere studeat sanctitatem
sacerdotalibus et missionalibus christifidelium secundum uniuscuiusque
adhibita. propriam vocationem atque, cum sit
Can. 386. – § 1. Veritates fidei praecipuus mysteriorum Dei dispensator,
credendas et moribus applicandas iugiter annitatur ut christifideles suae
Episcopus dioecesanus fidelibus curae commissi sacramentorum
celebratione in gratia crescant utque sacramentalium, cultum Dei et
Sanctorum,
paschale mysterium cognoscant et
vivant.
Can. 388. – § 1. Episcopus
dioecesanus, post captam dioecesis
possessionem, debet singulis diebus
dominicis aliisque diebus festis de
praecepto in sua regione Missam pro
populo sibi commisso applicare.
§ 2. Episcopus Missam pro populo
diebus, de quibus in § 1, per se ipse
celebrare et applicare debet; si vero
ab hac celebratione legitime impediatur,
iisdem diebus per alium, vel aliis diebus
per se ipse applicet.
§ 3. Episcopus, cui praeter propriam
dioecesim aliae, titulo etiam
administrationis, sunt commissae,
obligationi satisfacit unam Missam pro
universo populo sibi commisso
applicando.
§ 4. Episcopus, qui obligationi, de qua
in §§ 1-3, non satisfec erit, quam
primum pro populo tot Missas applicet
quot omiserit.
Can. 389. – Frequenter praesit in
ecclesia cathedrali aliave ecclesia suae
dioecesis sanctissimae Eucharistiae
celebrationi, in festis praesertim de
praecepto aliisque sollemnitatibus.
Can. 390. – Episcopus dioecesanus in
universa sua dioecesi pontificalia
exercere potest; non vero extra
propriam dioecesim sine expresso vel
saltem rationabiliter praesumpto
Ordinarii loci consensu.
Can. 391. – § 1. Episcopi dioecesani
est Ecclesiam particularem sibi
commissam cum potestate legislativa,
exsecutiva et iudiciali regere, ad
normam iuris.
§ 2. Potestatem legislativam exercet
ipse Episcopus; potestatem
exsecutivam exercet sive per se sive
per Vicarios generales aut episcopales
ad normam iuris; potestatem iudicialem
sive per se sive per Vicarium iudicialem
et iudices ad normam iuris.
Can. 392. – § 1. Ecclesiae universae
unitatem cum tueri debeat, Episcopus
disciplinam cunctae Ecclesiae
communem promovere et ideo
observantiam omnium legum
ecclesiasticarum urgere tenetur.
§ 2. Advigilet ne abusus in
ecclesiasticam disciplinam irrepant,
praesertim circa ministerium verbi,
celebrationem sacramentorum et
Episcopum coadiutorem, aut per
necnon bonorum auxiliarem, aut per Vicarium generalem
administrationem. vel episcopalem, aut per alium
Can. 393. – In omnibus negotiis presbyterum visitet.
iuridicis dioecesis, Episcopus § 2. Fas est Episcopo sibi eligere quos
dioecesanus eiusdem personam gerit. maluerit clericos in visitatione comites
Can. 394. – § 1. Varias apostolatus atque adiutores, reprobato quocumque
rationes in dioecesi foveat Episcopus, contrario privilegio vel consuetudine.
atque curet ut in universa dioecesi, vel Can. 397. – § 1. Ordinariae episcopali
in eiusdem particularibus districtibus, visitationi obnoxiae sunt personae,
omnia apostolatus opera, servata instituta catholica, res et loca sacra,
uniuscuiusque propria indole, sub suo quae intra dioecesis ambitum
moderamine coordinentur. continentur.
§ 2. Urgeat officium, quo tenentur § 2. Sodales institutorum religiosorum
fideles ad apostolatum pro sua iuris pontificii eorumque domos
Episcopus visitare potest in casibus
cuiusque condicione et aptitudine tantum iure expressis.
exercendum, atque ipsos adhortetur Can. 398. – Studeat Episcopus debita
ut varia opera apostolatus, secundum cum diligentia pastoralem visitationem
absolvere; caveat ne superfluis
necessitates loci et temporis, sumptibus cuiquam gravis onerosusve
participent et iuvent. sit.
Can. 395. – § 1. Episcopus Can. 399. – § 1. Episcopus
dioecesanus, etiamsi coadiutorem aut dioecesanus tenetur singulis
auxiliarem habeat, tenetur lege quinquenniis relationem Summo Pontifici
personalis in dioecesi residentiae. exhibere super statu dioecesis sibi
commissae, secundum formam et
§ 2. Praeterquam causa visitationis tempus ab Apostolica Sede definita.
Sacrorum Liminum, vel Conciliorum,
Episcoporum synodi, Episcoporum § 2. Si annus pro exhibenda relatione
conferentiae, quibus interesse debet, determinatus ex toto vel ex parte
aliusve officii sibi legitime commissi, a inciderit in primum biennium ab inito
dioecesi aequa de causa abesse dioecesis regimine, Episcopus pro ea
potest non ultra mensem, sive vice a conficienda et exhibenda
continuum sive intermissum, relatione abstinere potest.
dummodo cautum sit ne ex eius Can. 400. – § 1. Episcopus
absentia dioecesis quidquam dioecesanus, eo anno quo relationem
detrimenti capiat. Summo Pontifici exhibere tenetur, nisi
§ 3. A dioecesi ne absit diebus aliter ab Apostolica Sede statutum
Nativitatis, Hebdomadae Sanctae et fuerit, ad Urbem, Beatorum
Resurrectionis Domini, Pentecostes et
Corporis et Sanguinis Christi, nisi ex Apostolorum Petri et Pauli sepulcra
gravi urgentique causa.
veneraturus, accedat et Romano
§ 4. Si ultra sex menses Episcopus Pontifici se sistat.
a dioecesi illegitime abfuerit, de eius
absentia Metropolita Sedem
Apostolicam certiorem faciat; quod si § 2. Episcopus praedictae obligationi
agatur de Metropolita, idem faciat per se ipse satisfaciat, nisi legitime sit
antiquior suffraganeus.
impeditus; quo in casu eidem
Can. 396. – § 1. Tenetur Episcopus satisfaciat per coadiutorem, si quem
obligatione dioecesis vel ex toto vel ex habeat, vel auxiliarem, aut per idoneum
parte quotannis visitandae, ita ut sacerdotem sui presbyterii, qui in sua
singulis saltem quinquenniis dioecesi resideat.
universam dioecesim, ipse per se vel,
§ 3. Vicarius apostolicus huic obligationi
si legitime fuerit impeditus, per
satisfacere potest per
procuratorem etiam in Urbe degentem; cancellario, qui rem in acta referat.
Praefectus apostolicus hac obligatione
non tenetur. § 2. Episcopus auxiliaris officii sui
Can. 401. – § 1. Episcopus possessionem capit, cum litteras
dioecesanus, qui septuagesimum apostolicas nominationis ostenderit
quintum aetatis annum expleverit, Episcopo dioecesano, praesente curiae
rogatur ut renuntiationem ab officio
exhibeat Summo Pontifici, qui omnibus cancellario, qui rem in acta referat.
inspectis adiunctis providebit.
§ 2. Enixe rogatur Episcopus § 3. Quod si Episcopus dioecesanus
dioecesanus, qui ob infirmam plene sit impeditus, sufficit ut tum
valetudinem aliamve gravem causam Episcopus coadiutor, tum Episcopus
officio suo adimplendo minus aptus
evaserit, ut renuntiationem ab officio auxiliaris litteras apostolicas nominationis
exhibeat. ostendant collegio consultorum,
Can. 402. – § 1. Episcopus, cuius praesente curiae cancellario.
renuntiatio ab officio acceptata fuerit,
Can. 405. – § 1. Episcopus coadiutor,
titulum emeriti suae dioecesis retinet,
itemque Episcopus auxiliaris, obligationes
atque habitationis sedem, si id exoptet,
et iura habent quae determinantur
in ipsa dioecesi servare potest, nisi
praescriptis canonum, qui sequuntur,
certis in casibus ob specialia adiuncta
atque in litteris suae nominationis
ab Apostolica Sede aliter provideatur.
definiuntur.
§ 2. Episcoporum conferentia curare
§ 2. Episcopus coadiutor et Episcopus
debet ut congruae et dignae Episcopi
auxiliaris, de quo in Can. 403 § 2,
renuntiantis sustentationi provideatur,
Episcopo dioecesano in universo
attenta quidem primaria obligatione,
dioecesis regimine adstant atque
qua tenetur dioecesis cui ipse
eiusdem absentis vel impediti vices
inservivit.
supplent.
Art. 3
Can. 406. – § 1. Episcopus coadiutor,
De Episcopis coadiutoribus itemque Episcopus auxiliaris, de quo in
et auxiliaribus Can. 403, § 2, ab Episcopo dioecesano
Can. 403. – § 1. Cum pastorales Vicarius generalis constituatur; insuper
dioecesis necessitates id suadeant, ipsi prae ceteris Episcopus dioecesanus
unus vel plures Episcopi auxiliares, committat quae ex iure mandatum
petente Episcopo dioecesano, speciale requirant.
constituantur; Episcopus auxiliaris iure § 2. Nisi in litteris apostolicis aliud
successionis non gaudet. provisum fuerit et firmo praescripto § 1,
§ 2. Gravioribus in adiunctis, etiam Episcopus dioecesanus auxiliarem vel
indolis personalis, Episcopo dioecesano auxiliares suos constituat Vicarios
dari potest Episcopus auxiliaris
specialibus instructus facultatibus. generales vel saltem Vicarios
episcopales, ab auctoritate sua, aut
§ 3. Sancta Sedes, si magis
Episcopi coadiutoris vel Episcopi
opportunum id ipsi videatur, ex officio
auxiliaris de quo in Can. 403 § 2,
constituere potest Episcopum
dumtaxat dependentes.
coadiutorem, qui et ipse specialibus
instruitur facultatibus; Episcopus Can. 407. – § 1. Ut quam maxime
coadiutor iure successionis gaudet. praesenti et futuro dioecesis
Can. 404. – § 1. Episcopus coadiutor
officii sui possessionem capit, cum
litteras apostolicas nominationis, per se
vel per procuratorem, ostenderit
Episcopo dioecesano atque collegio
consultorum, praesente curiae
protrahantur, nonnisi ad breve tempus
bono faveatur, Episcopus discedant.
dioecesanus, coadiutor atque
Can. 411. – Episcopo coadiutori et
Episcopus auxiliaris de quo in Can. auxiliari, ad renuntiationem ab officio
403, § 2, in rebus maioris momenti quod attinet, applicantur praescripta
cann. 401 et 402, § 2.
sese invicem consulant.
§ 2. Episcopus dioecesanus in Caput III
perpendendis causis maioris momenti,
praesertim indolis pastoralis, De sede impedita et de
Episcopos auxiliares prae ceteris
consulere velit. sede vacante Art. 1
§ 3. Episcopus coadiutor et Episcopus
auxiliaris, quippe qui in partem De sede impedita
sollicitudinis Episcopi dioecesani vocati
sint, munia sua ita exerceant, ut Can. 412. – Sedes episcopalis impedita
concordi cum ipso opera et animo
procedant. intellegitur, si captivitate, relegatione,
Can. 408. – § 1. Episcopus coadiutor exsilio aut inhabilitate Episcopus
et Episcopus auxiliaris, iusto dioecesanus plane a munere pastorali
impedimento non detenti, obligantur in dioecesi procurando praepediatur, ne
ut, quoties Episcopus dioecesanus id
requirat, pontificalia et a]ias per litteras quidem valens cum
functiones obeant, ad quas Episcopus dioecesanis communicare.
dioecesanus tenetur.
§ 2. Quae episcopalia iura et Can. 413. – § 1, Sede impedita,
functiones Episcopus coadiutor aut regimen dioecesis, nisi aliter Sancta
auxiliaris potest exercere, Episcopus
dioecesanus habitualiter alii ne Sedes providerit, competit Episcopo
committat. coadiutori, si adsit; eo deficiente aut
Can. 409. – § 1. Vacante sede impedito, alicui Episcopo auxiliari aut
episcopali, Episcopus coadiutor statim Vicario generali vel episcopali aliive
fit Episcopus dioecesis pro qua sacerdoti, servato personarum ordine
fuerat constitutus, dummodo statuto in elencho ab Episcopo
possessionem legitime ceperit. dioecesano quam primum a capta
§ 2. Vacante sede episcopali, nisi dioecesis possessione componendo;
aliud a competenti auctoritate qui elenchus cum Metropolita
statutum fuerit, Episcopus auxiliaris, communicandus singulis saltem trienniis
donec novus Episcopus renovetur atque a cancellario sub
possessionem sedis ceperit, omnes et secreto servetur.
solas s ervat potestates et facultates § 2. Si deficiat aut impediatur
quibus sede plena, tamquam Vicarius Episcopus coadiutor atque elenchus,
generalis vel tamquam Vicarius de quo in § 1, non suppetat, collegii
episcopalis, gaudebat; quod si ad consultorum est sacerdotem eligere, qui
munus Administratoris dioecesani non dioecesim regat.
fuerit designatus, eandem suam
potestatem, a iure quidem collatam, § 3. Qui dioecesis regimen, ad normam
exerceat sub auctoritate §§ 1 vel 2, susceperit, quam primum
Administratoris dioecesani, qui regimini Sanctam Sedem moneat de sede
dioecesis praeest. impedita ac de suscepto munere.

Can. 410. – Episcopus coadiutor et Can. 414. – Quilibet, ad normam Can.


Episcopus auxiliaris obligatione 413 vocatus ut ad interim dioecesis
tenentur, sicut et ipse Episcopus curam pastoralem gerat pro tempore
dioecesanus, residendi in dioecesi; a quo sedes impeditur tantum, in cura
qua, praeterquam ratione alicuius officii pastorali dioecesis exercenda tenetur
extra dioecesim implendi aut feriarum obligationibus atque potestate gaudet,
causa, quae ultra mensem ne quae iure Administratori dioecesano
competunt.
a Sancta Sede aliter provisum fuerit. Qui
Can. 415. – Si Episcopus dioecesanus ita regimen dioecesis assumit, sine mora
poena ecclesiastica a munere convocet collegium competens ad
exercendo prohibeatur, Metropolita aut, deputandum Administratorem
si is deficiat vel de eodem agatur, dioecesanum.
suffraganeus antiquior promotione ad
Sanctam Sedem statim recurrat, ut ipsa Can. 420. – In vicariatu vel praefectura
provideat. apostolica, sede vacante, regimen
assumit Pro-Vicarius vel Pro-Praefectus
Art. ad hunc tantum effectum a Vicario vel a
2 Praefecto immediate post captam
De sede vacante possessionem nominatus, nisi aliter a
Can. 416. – Sedes episcopalis vacat Sancta Sede statutum fuerit.
Episcopi dioecesani morte, Can. 421. – § 1. Intra octo dies ab
renuntiatione a Romano Pontifice
acceptata, translatione ac privatione accepta vacationis sedis episcopalis
Episcopo intimata.
notitia, Administrator dioecesanus, qui
Can. 417. – Vim habent omnia quae nempe dioecesim ad interim regat,
gesta sunt a Vicario generali aut Vicario eligendus est a collegio consultorum,
episcopali, donec certam de obitu firmo praescripto Can. 502, § 3.
Episcopi dioecesani notitiam iidem
§ 2. Si intra praescriptum tempus
acceperint, itemque quae ab Episcopo
Administrator dioecesanus, quavis de
dioecesano aut a Vicario generali vel
causa, non fuerit legitime electus,
episcopali gesta sunt, donec certam de
eiusdem deputatio devolvitur ad
memoratis actibus pontificiis notitiam
Metropolitam, et si vacans sit ipsa
receperint.
Ecclesia metropolitana aut metropolitana
Can. 418. – § 1. A certa translationis simul et suffraganea, ad Episcopum
notitia, Episcopus intra duos menses suffraganeum promotione antiquiorem.
debet dioecesim ad quam petere
Can. 422. – Episcopus auxiliaris et, si is
eiusque canonicam possessionem
deficiat, collegium consultorum
capere; die autem captae possessionis
quantocius de morte Episcopi, itemque
dioecesis novae, dioecesis a qua vacat.
electus in Administratorem dioecesanum
§ 2. A certa translationis notitia usque de sua electione Sedem Apostolicam
ad canonicam novae dioecesis certiorem faciant.
possessionem, Episcopus translatus in
Can. 423. – § 1. Unus deputetur
dioecesi a qua:
Administrator dioecesanus, reprobata
1° Administratoris dioecesani contraria consuetudine; secus electio
potestatem obtinet eiusdemque irrita est.
obligationibus tenetur, cessante
qualibet Vicarii generalis et § 2. Administrator dioecesanus ne simul
Vicarii episcopalis potestate, sit oeconomus; quare si oeconomus
salvo tamen Can. 409, § 2; dioecesis in Administratorem electus
fuerit, alium pro tempore oeconomum
2° integram percipit
remunerationem officio propriam. eligat consilium a rebus oeconomicis.
Can. 424. – Administrator dioecesanus
Can. 419. – Sede vacante, regimen eligatur ad normam cann. 165- 178.
dioecesis, usque ad constitutionem Can. 425. – § 1. Valide ad munus
Administratoris dioecesani, ad Administratoris dioecesani deputari
Episcopum auxiliarem, et si plures sint, tantum potest sacerdos qui trigesimum
quintum
ad eum qui promotione sit antiquior
devolvitur; deficiente autem Episcopo
auxiliari, ad collegium consultorum, nisi
aetatis annum expleverit et ad § 2. Administratoris dioecesani remotio
eandem vacantem sedem non fuerit Sanctae Sedi reservatur; renuntiatio,
iam electus, nominatus vel quae forte ab ipso fiat, authentica
praesentatus.
forma exhibenda est collegio ad
§ 2. In Administratorem dioecesanum
eligatur sacerdos, qui sit doctrina et electionem competenti, neque
prudentia praestans. acceptatione eget; remoto aut
§ 3. Si praescriptae in § 1 renuntiante Administratore dioecesano,
condiciones posthabitae fuerint, aut eodem defuncto, alius eligatur
Metropolita aut, si ipsa Ecclesia Administrator dioecesanus ad normam
metropolitana vacans fuerit, Can. 421.
Episcopus suffraganeus promotione TITULUS II
antiquior, agnita rei veritate,
Administratorem pro a vice deputet; DE ECCLESIARUM
actus autem illius, qui contra PARTICULARIUM COETIBUS
praescripta § 1 sit electus, sunt ipso Capu
iure nulli. tI
Can. 426. – Qui, sede vacante, ante
deputationem Administratoris De provinciis ecclesiasticis et de
dioecesani, dioecesim regat, potestate regionibus ecclesiasticis
gaudet quam ius Vicario generali
agnoscit. Can. 431. – § 1. Ut communis
Can. 427. – § 1. Administrator diversarum dioecesium vicinarum, iuxta
dioecesanus tenetur obligationibus et personarum et locorum adiuncta, actio
gaudet potestate Episcopi pastoralis promoveatur, utque
dioecesani, iis exclusis quae ex rei Episcoporum dioecesanorum inter se
natura aut ipso iure excipiuntur. relationes aptius foveantur, Ecclesiae
particulares viciniores componantur in
§ 2. Administrator dioecesanus, provincias ecclesiasticas certo territorio
acceptata electione, potestatem circumscriptas.
obtinet, quin requiratur ullius
confirmatio, firma obligatione de qua in § 2. Dioeceses exemptae deinceps pro
Can. 833, n. 4. regula ne habeantur; itaque singulae
dioeceses aliaeque Ecclesiae
Can. 428. – § 1. Sede particulares intra territorium alicuius
vacante, nihil innovetur. provinciae ecclesiasticae exsistentes
§ 2. Illi qui ad interim dioecesis huic provinciae ecclesiasticae adscribi
regimen curant, vetantur quidpiam debent.
agere quod vel dioecesi vel § 3. Unius supremae Ecclesiae
episcopalibus iuribus praeiudicium auctoritatis est, auditis quorum interest
aliquod afferre possit; speciatim Episcopis, provincias ecclesiasticas
prohibentur ipsi, ac proinde alii constituere, supprimere aut innovare.
quicumque, quominus sive per se sive
Can. 432. – § 1. In provincia
per alium curiae dioecesanae ecclesiastica auctoritate, ad normam
documenta quaelibet subtrahant vel iuris, gaudent concilium provinciale
atque Metropolita.
destruant, aut in iis quidquam
immutent. § 2. Provincia ecclesiastica ipso iure
personalitate iuridica gaudet.
Can. 429. – Administrator
dioecesanus obligatione tenetur Can. 433. – § 1. Si utilitas id suadeat,
residendi in dioecesi et applicandi praesertim in nationibus ubi
Missam pro populo ad normam Can.
388. numerosiores adsunt Ecclesiae
Can. 430. – § 1. Munus particulares, provinciae ecclesiasticae
Administratoris dioecesani cessat per viciniores, proponente Episcoporum
captam a novo Episcopo dioecesis conferentia, a Sancta Sede in regiones
possessionem.
ecclesiasticas coniungi possunt.
§ 2. Regio ecclesiastica in personam canonica, per se aut per procuratorem a
iuridicam erigi potest. Can. 434. – Romano Pontifice petendi pallium, quod
Ad conventum Episcoporum quidem significatur potestas qua, in
regionis communione cum Ecclesia Romana,
ecclesiasticae pertinet cooperationem et Metropolita in propria provincia iure
actionem pastoralem communem in instruitur.
regione fovere; quae tamen in § 2. Metropolita, ad normam legum
canonibus huius Codicis conferentiae liturgicarum, pallio uti potest intra
Episcoporum tribuuntur potestates, quamlibet ecclesiam provinciae
eidem conventui non competunt, nisi ecclesiasticae cui praeest, minime vero
quaedam specialiter a Sancta Sede ei extra eandem, ne accedente quidem
concessa fuerint. Episcopi dioecesani assensu.
Caput II § 3. Metropolita, si ad aliam sedem
metropolitanam transferatur, novo indiget
De Metropolitis pallio.
Can. 435. – Provinciae ecclesiasticae Can. 438. – Patriarchae et Primatis
praeest Metropolita, qui est titulus, praeter praerogativam honoris,
Archiepiscopus dioecesis cui
praeficitur; quod officium cum sede nullam in Ecclesia latina secumfert
episcopali, a Romano Pontifice regiminis potestatem, nisi de aliquibus ex
determinata aut probata, coniunctum
est. privilegio apostolico aut probata
Can. 436. – § 1. In dioecesibus consuetudine aliud constet.
suffraganeis Metropolitae competit:
Caput III
1° vigilare ut fides et disciplina
ecclesiastica accurate serventur, De conciliis
et de abusibus, s i qui habeantur, particularibus
Romanum Pontificem certiorem Can. 439. – § 1. Concilium plenarium,
facere; pro omnibus scilicet Ecclesiis
2° canonicam visitationem particularibus eiusdem conferentiae
peragere, causa prius ab Episcoporum, celebretur quoties id ipsi
Apostolica Sede probata, si
eam suffraganeus neglexerit; Episcoporum conferentiae, approbante
3° deputare Administratorem Apostolica Sede, necessarium aut utile
dioecesanum, ad normam cann. videatur.
421, § 2 et 425, § 3.
§ 2. Norma in § 1 statuta valet etiam de
§ 2. Ubi adiuncta id postulent, concilio provinciali celebrando in
Metropolita ab Apostolica Sede instrui provincia ecclesiastica, cuius termini
cum territorio nationis coincidunt.
potest peculiaribus muneribus et
potestate in iure particulari Can. 440. – § 1. Concilium provinciale,
determinandis. pro diversis Ecclesiis particularibus
eiusdem provinciae ecclesiasticae,
§ 3. Nulla alia in dioecesibus celebretur quoties id, de iudicio maioris
suffraganeis competit Metropolitis partis Episcoporum dioecesanorum
potestas regiminis; potest vero in provinciae, opportunum videatur, salvo
omnibus ecclesiis, Episcopo Can. 439, § 2.
dioecesano praemonito, si ecclesia sit § 2. Sede metropolitana vacante,
cathedralis, sacras exercere functiones, concilium provinciale ne convocetur.
uti Episcopus in propria dioecesi.
Can. 437. – § 1. Metropolita
obligatione tenetur, intra tres menses a
recepta consecratione episcopali, aut,
si iam consecratus fuerit, a provisione
funguntur.
Can. 441. – Episcoporum § 2. Ad concilia particularia vocari
possunt alii Episcopi titulares etiam
conferentiae est: 1° emeriti in territorio degentes; qui
quidem ius habent suffragii deliberativi.
convocare concilium § 3. Ad concilia particularia vocandi sunt
plenarium; cum suffragio tantum consultivo:
1° Vicarii generales et Vicarii
2° locum ad celebrandum episcopales omnium in territorio
concilium intra territorium Ecclesiarum particularium;
conferentiae Episcoporum
eligere; 2° Superiores maiores
3° inter Episcopos dioecesanos institutorum religiosorum et
concilii plenarii eligere societatum vitae apostolicae
praesidem, ab Apostolica Sede numero tum pro viris tum pro
approbandum; mulieribus ab Episcoporum
conferentia aut a provinciae
4° ordinem agendi et Episcopis determinando,
quaestiones tractandas respective electi ab omnibus
determinare, concilii plenarii Superioribus maioribus
initium ac periodum indicere, institutorum et societatum, quae
illud transferre, prorogare et in territorio sedem habent;
absolvere.
Can. 442. – § 1. Metropolitae, de 3° Rectores universitatum
consensu maioris partis Episcoporum ecclesiasticarum et catholicarum
suffraganeorum, est: atque decani facultatum
1° convocare theologiae et iuris canonici, quae
concilium provinciale; in territorio sedem habent;
2° locum ad celebrandum 4° Rectores aliqui seminariorum
concilium provinciale intra
provinciae territorium eligere; maiorum, numero ut in n. 2
determinando, electi a rectoribus
3° ordinem agendi et
seminariorum quae in territorio
quaestiones tractandas
sita sunt.
determinare, concilii provincialis
initium et periodum indicere, § 4. Ad concilia particularia vocari
illud transferre, prorogare et etiam possunt, cum suffragio tantum
absolvere. consultivo, presbyteri aliique
§ 2. Metropolitae, eoque legitime christifideles, ita tamen ut eorum
impedito, Episcopi suffraganei ab aliis numerus non excedat dimidiam partem
Episcopis suffraganeis electi est
concilio provinciali praeesse. eorum de quibus in §§ 1-3.
Can. 443. – § 1. Ad concilia § 5. Ad concilia provincialia praeterea
particularia convocandi sunt atque in invitentur capitula cathedralia, itemque
eisdem ius habent suffragii deliberativi:
consilium presbyterale et consilium
1° Episcopi pastorale uniuscuiusque Ecclesiae
dioecesani; particularis, ita quidem ut eorum singula
2° Episcopi duos ex suis membris mittant,
coadiutores et collegialiter ab iisdem designatos; qui
auxiliares; tamen votum habent tantum
3° alii Episcopi titulares qui consultivum.
peculiari munere sibi ab § 6. Ad concilia particularia, si id
Apostolica Sede aut ab iudicio Episcoporum conferentiae pro
Episcoporum conferentia concilio plenario aut Metropolitae una
demandato in territorio cum
hospites invitari poterunt.
Episcopis suffraganeis pro concilio
provinciali expediat, etiam alii ut Can. 444. – § 1. Omnes qui ad concilia
particularia convocantur, eisdem
interesse debent, nisi iusto detineantur § 2. Si vero, de iudicio Apostolicae
impedimento, de quo concilii praesidem Sedis, auditis quorum interest Episcopis
certiorem facere tenentur.
dioecesanis, personarum aut rerum
§ 2. Qui ad concilia particularia adiuncta id suadeant, Episcoporum
convocantur et in eis suffragium habent conferentia erigi potest pro territorio
deliberativum, si iusto detineantur minoris aut maioris amplitudinis, ita ut
impedimento, procuratorem mittere vel tantum comprehendat Episcopos
possunt; qui procurator votum habet aliquarum Ecclesiarum particularium in
tantum consultivum. certo territorio constitutarum vel
Can. 445. – Concilium particulare pro praesules Ecclesiarum particularium in
suo territorio curat ut necessitatibus diversis nationibus exstantium;
pastoralibus populi Dei provideatur eiusdem Apostolicae Sedis est pro
atque potestate gaudet regiminis, earundem singulis peculiares normas
praesertim legislativa, ita ut, salvo statuere.
semper iure universali Ecclesiae, Can. 449. – § 1. Unius supremae
decernere valeat quae ad fidei Ecclesiae auctoritatis est, auditis quorum
incrementum, ad actionem pastoralem interest Episcopis, Episcoporum
communem ordinandam et ad conferentias erigere, supprimere aut
moderandos mores et disciplinam innovare.
ecclesiasticam communem servandam, § 2. Episcoporum conferentia legitime
inducendam aut tuendam opportuna erecta ipso iure personalitate iuridica
videantur. gaudet.
Can. 446. – Absoluto concilio Can. 450. – § 1. Ad Episcoporum
particulari, praeses curet ut omnia acta conferentiam ipso iure pertinent omnes
concilii ad Apostolicam Sedem in territorio Episcopi dioecesani eisque
transmittantur; decreta a concilio edicta iure aequiparati, itemque Episcopi
ne promulgentur, nisi postquam ab coadiutores, Episcopi auxiliares atque
Apostolica Sede recognita fuerint; ceteri Episcopi titulares peculiari munere,
ipsius concilii est definire modum sibi ab Apostolica Sede vel ab
promulgationis decretorum et tempus Episcoporum conferentia demandato, in
quo decreta promulgata obligare eodem territorio fungentes; invitari
incipiant. quoque possunt Ordinarii alterius ritus, ita
tamen ut votum tantum consultivum
Capu habeant, nisi Episcoporum conferentiae
t IV statuta aliud decernant.
De Episcoporum conferentiis § 2. Ceteri Episcopi titulares necnon
Legatus Romani Pontificis non sunt de
Can. 447. – Episcoporum conferentia, iure membra Episcoporum conferentiae.
institutum quidem permanens, est Can. 451. – Quaelibet Episcoporum
coetus Episcoporum alicuius nationis vel conferentia sua conficiat statuta, ab
certi territorii, munera quaedam Apostolica Sede recognoscenda, in
pastoralia coniunctim pro christifidelibus quibus, praeter alia, ordinentur
sui territorii exercentium, ad maius conferentiae conventus plenarii habendi,
bonum provehendum, quod hominibus et provideantur consilium Episcoporum
praebet Ecclesia, praesertim per permanens et secretaria generalis
apostolatus formas et rationes temporis conferentiae, atque alia etiam
et loci adiunctis apte accommodatas, ad officia et
normam iuris.
Can. 448. – § 1. Episcoporum
conferentia regula generali
comprehendit praesules omnium
Ecclesiarum particularium eiusdem
nationis, ad normam Can. 450.
ipsa Episcoporum conferentia
commissiones quae iudicio determinantur.
conferentiae fini consequendo efficac
ius consulant. § 4. In casibus in quibus nec ius
Can. 452. – § 1. Quaelibet universale nec peculiare Apostolicae
Episcoporum conferentia sibi eligat Sedis mandatum potestatem, de qua
praesidem, determinet quisnam,
praeside legitime impedito, munere in § 1, Episcoporum conferentiae
propraesidis fungatur, atque concessit, singuli Episcopi dioecesani
secretarium generalem designet, ad
normam statutorum. competentia integra manet, nec
§ 2. Praeses conferentiae, atque eo conferentia eiusve praeses nomine
legitime impedito pro- praeses, non omnium Episcoporum agere valet, nisi
tantum Episcoporum conferentiae
conventibus generalibus, sed etiam omnes et singuli Episcopi consensum
consilio permanenti praeest. dederint.
Can. 453. – Conventus plenarii
Episcoporum conferentiae habeantur Can. 456. – Absoluto conventu plenario
semel saltem singulis annis, et Episcoporum conferentiae, relatio de
praeterea quoties id postulent
peculiaria adiuncta, secundum actis conferentiae necnon eius decreta a
statutorum praescripta. praeside ad Apostolicam Sedem
Can. 454. – § 1. Suffragium transmittantur, tum ut in eiusdem
deliberativum in conventibus plenariis notitiam acta perferantur, tum ut
Episcoporum conferentiae ipso iure
competit Episcopis dioecesanis decreta, si quae sint, ab eadem
eisque qui iure ipsis aequiparantur, recognosci possint.
necnon Episcopis coadiutoribus.
§ 2. Episcopis auxiliaribus ceterisque Can. 457. – Consilii Episcoporum
Episcopis titularibus, qui ad permanentis est curare, ut res in
Episcoporum conferentiam pertinent, plenario conventu conferentiae agendae
suffragium competit deliberativum aut praeparentur et decisiones in conventu
consultivum, iuxta statutorum plenario statutae debite exsecutioni
conferentiae praescripta; firmum mandentur; eiusdem etiam est alia
tamen sit eis solis, de quibus in § 1, negotia peragere, quae ipsi ad normam
competere suffragium deliberativum, statutorum committuntur.
cum agitur de statutis conficiendis aut Can. 458. – Secretariae
immutandis. generalis est:
Can. 455. – § 1. Episcoporum 1° relationem componere actorum
conferentia decreta generalia ferre et decretorum conventus plenarii
tantummodo potest in causis, in conferentiae necnon actorum
quibus ius universale id praescripserit consilii Episcoporum permanentis,
aut peculiare Apostolicae Sedis et eadem cum omnibus
mandatum sive motu proprio sive ad conferentiae membris
petitionem ipsius conferentiae id communicare itemque alia acta
statuerit. conscribere, quae ipsi a
§ 2. Decreta de quibus in § 1, ut conferentiae praeside aut a
valide ferantur in plenario conventu, consilio permanenti componenda
per duas saltem ex tribus partibus committuntur;
suffragiorum Praesulum, qui voto 2° communicare cum
deliberativo fruentes ad conferentiam Episcoporum conferentiis finitimis
acta et documenta quae a
pertinent, proferri debent, atque vim conferentia in plenario conventu
obligandi non obtinent, nisi ab aut a consilio Episcoporum
permanenti ipsis transmitti
Apostolica Sede recognita, legitime statuuntur.
promulgata fuerint. Can. 459. – § 1. Foveantur relationes
inter Episcoporum conferentias,
§ 3. Modus promulgationis et tempus, praesertim viciniores, ad maius bonum
a quo decreta vim suam exserunt, ab promovendum ac tuendum.
§ 2. Quoties vero actiones aut rationes a
conferentiis ineuntur formam cathedralis; 4° membra
internationalem praeseferentes,
Apostolica Sedes audiatur oportet. consilii presbyteralis;

TITULUS III 5° christifideles laici, etiam sodales


DE INTERNA institutorum vitae consecratae, a
ORDINATIONE consilio pastorali eligendi, modo et
ECCLESIARUM numero ab Episcopo dioecesano
PARTICULARIUM
determinandis, aut, ubi hoc
Caput I consilium non exstet, ratione ab
De synodo dioecesana Episcopo dioecesano determinata;
Can. 460. – Synodus dioecesana est 6° rector seminarii
coetus delectorum sac erdotum
dioecesani maioris; 7°
aliorumque christifidelium Ecclesiae
particularis, qui in bonum totius vicarii foranei;
communitatis dioecesanae Episcopo
dioecesano adiutricem operam 8° unus saltem presbyter ex
praestant, ad normam canonum qui unoquoque vicariatu foraneo
sequuntur. eligendus ab omnibus qui curam
Can. 461. – § 1. Synodus dioecesana animarum inibi habeant; item
in singulis Ecclesiis particularibus eligendus est alius presbyter qui,
celebretur cum, iudicio Episcopi eodem impedito, in eius locum
dioecesani et audito consilio
presbyterali, adiuncta id suadeant. substituatur;
§ 2. Si Episcopus plurium dioecesium 9° aliqui Superiores institutorum
curam habet, aut unius curam habet uti religiosorum et societatum vitae
Episcopus proprius, alterius vero uti apostolicae, quae in dioecesi
Administrator, unam synodum domum habent, eligendi numero et
dioecesanam ex omnibus dioecesibus modo ab Episcopo dioecesano
sibi commissis convocare potest. determinatis.
Can. 462. – § 1. Synodum § 2. Ad synodum dioecesanam ab
dioecesanam convocat solus Episcopo dioecesano vocari uti synodi
Episcopus dioecesanus, non autem qui sodales possunt alii quoque, sive
ad interim dioecesi praeest. clerici, sive institutorum vitae
§ 2. Synodo dioecesanae praeest consecratae sodales, sive christifideles
Episcopus dioecesanus, qui tamen laici.
Vicarium generalem aut Vicarium § 3. Ad synodum dioecesanam
episcopalem pro singulis sessionibus Episcopus dioecesanus, si id
synodi ad hoc officium implendum opportunum duxerit, invitare potest uti
delegare potest. observatores aliquos ministros aut
Can. 463. – § 1. Ad synodum sodales Ecclesiarum vel communitatum
dioecesanam vocandi sunt uti synodi ecclesialium, quae non sunt in plena cum
Ecclesia catholica communione.
sodales eamque participandi obligatione
tenentur: Can. 464. – Synodi sodalis, si
1° Episcopus coadiutor atque legitimo detineatur impedimento, non
Episcopi auxiliares; 2° Vicarii potest mittere procuratorem qui ipsius
generales et Vicarii episcopales, nomine eidem intersit; Episcopum vero
dioecesanum de hoc
necnon
Vicarius
iudicialis;
3° canonici ecclesiae
Episcopo
impedimento determinatam;
certiorem faciat. 2° secretum servare intra fines et
Can. 465. – Propositae quaestiones secundum modum iure aut ab
omnes liberae sodalium disceptationi Episcopo determinatos.
in synodi sessionibus subiciantur. Can. 472. – Circa causas atque
Can. 466. – Unus in synodo personas quae in curia ad exercitium
dioecesana legislator est Episcopus potestatis iudicialis pertinent, serventur
dioecesanus, aliis synodi sodalibus praescripta Libri VII De processibus;
voto tantummodo consultivo de iis autem quae ad
gaudentibus; unus ipse synodalibus administrationem dioecesis spectant,
declarationibus et decretis subscribit, serventur praescripta canonum qui
quae eius auctoritate tantum publici sequuntur.
iuris fieri possunt. Can. 473. – § 1. Episcopus
Can. 467. – Episcopus dioecesanus dioecesanus curare debet ut omnia
textus declarationum ac decretorum negotia quae ad universae dioecesis
synodalium communicet cum administrationem pertinent, debite
Metropolita necnon cum Episcoporum coordinentur et ad bonum portionis
conferentia. populi Dei sibi commissae aptius
procurandum ordinentur.
Can. 468. – § 1. Episcopo
dioecesano competit pro suo prudenti § 2. Ipsius Episcopi dioecesani est
iudicio synodum dioecesanam coordinare actionem pastoralem
suspendere necnon dissolvere. Vicariorum sive generalium sive
episcopalium; ubi id expediat, nominari
§ 2. Vacante vel impedita sede potest Moderator curiae, qui sacerdos
episcopali, synodus dioecesana ipso sit oportet, cuius est sub Episcopi
iure intermittitur, donec Episcopus auctoritate ea coordinare quae ad
dioecesanus, qui succedit, ipsam negotia administrativa tractanda attinent,
continuari decreverit aut eandem itemque curare ut ceteri curiae addicti
extinctam declaraverit. officium sibi commissum rite adimpleant.
Caput II § 3. Nisi locorum adiuncta iudicio
Episcopi aliud suadeant, Moderator
De curia dioecesana curiae nominetur Vicarius generalis aut,
si plures sint, unus ex Vicariis
Can. 469. – Curia dioecesana constat generalibus.
illis institutis et personis, quae § 4. Ubi id expedire iudicaverit,
Episcopus, ad actionem pastoralem
Episcopo operam praestant in aptius fovendam, constituere potest
regimine universae dioecesis, consilium episcopale, constans scilicet
Vicariis generalibus et Vicariis
praesertim in actione pastorali episcopalibus.
dirigenda, in administratione
Can. 474. – Acta curiae, quae effectum
dioecesis curanda, necnon in
iuridicum habere nata sunt, subscribi
potestate iudiciali exercenda.
debent ab Ordinario a quo emanant, et
Can. 470. – Nominatio eorum, qui quidem ad validitatem, ac simul a
officia in curia dioecesana exercent,
spectat ad Episcopum dioecesanum. curiae cancellario vel notario;
Can. 471. – Omnes qui ad officia in cancellarius vero Moderatorem curiae
curia admittuntur debent: 1° de actis certiorem facere tenetur.
promissionem emittere de Art. 1
munere fideliter De Vicariis generalibus et
adimplendo, secundum
rationem iure vel ab episcopalibus
Can. 475. – § 1. In unaquaque dioecesi
constituendus est ab Episcopo Can. 479. – § 1. Vicario generali, vi officii,
dioecesano Vicarius generalis, qui, in universa dioecesi competit potestas
potestate ordinaria ad normam exsecutiva quae ad Episcopum
canonum qui sequuntur instructus, dioecesanum iure pertinet, ad ponendos
ipsum in universae dioecesis regimine scilicet omnes actus administrativos, iis
adiuvet. tamen exceptis quos Episcopus sibi
reservaverit vel qui ex iure requirant
§ 2. Pro regula generali habeatur ut
speciale Episcopi mandatum.
unus constituatur Vicarius generalis, nisi
dioecesis amplitudo vel incolarum § 2. Vicario episcopali ipso iure eadem
numerus aut aliae rationes pastorales competit potestas de qua in § 1, sed
aliud suadeant. quoad determinatam territorii partem aut
negotiorum genus aut fideles
Can. 476. – Quoties rectum dioecesis
determinati ritus vel coetus tantum pro
regimen id requirat, constitui etiam
quibus constitutus est, iis causis
possunt ab Episcopo dioecesano unus
exceptis quas Episcopus sibi aut Vicario
vel plures Vicarii episcopales, qui
generali reservaverit, aut quae ex iure
nempe aut in determinata dioecesis requirunt speciale Episcopi mandatum.
parte aut in certo negotiorum genere
aut quoad fideles determinati ritus vel § 3. Ad Vicarium generalem atque ad
certi personarum coetus eadem Vicarium episcopalem, intra ambitum
gaudent potestate ordinaria, quae iure eorum competentiae, pertinent etiam
universali Vicario generali competit, ad facultates habituales ab Apostolica Sede
normam canonum qui sequuntur. Episcopo concessae, necnon
rescriptorum exsecutio, nisi aliud
Can. 477. – § 1. Vicarius generalis et expresse cautum fuerit aut electa fuerit
episcopalis libere ab Episcopo industria personae Episcopi dioecesani.
dioecesano nominantur et ab ipso
libere removeri possunt, firmo Can. 480. – Vicarius generalis et
Vicarius episcopalis de praecipuis
praescripto Can. 406; Vicarius negotiis et gerendis et gestis Episcopo
episcopalis, qui non sit Episcopus dioecesano referre debent, nec umquam
contra voluntatem et mentem Episcopi
auxiliaris, nominetur tantum ad tempus, dioecesani agant.
in ipso constitutionis actu Can. 481. – § 1. Expirat potestas Vicarii
determinandum. generalis et Vicarii episcopalis expleto
tempore mandati, renuntiatione, itemque,
§ 2. Vicario generali absente vel legitime salvis cann. 406 et 409, remotione
eisdem ab Episcopo dioecesano
impedito, Episcopus dioecesanus alium intimata, atque sedis episcopalis
vacatione.
nominare potest, qui eius vices
suppleat; eadem norma applicatur pro § 2. Suspenso munere Episcopi
dioecesani, suspenditur potestas Vicarii
Vicario episcopali. generalis et Vicarii episcopalis, nisi
episcopali dignitate aucti sint.
Can. 478. – § 1. Vicarius generalis et
episcopalis sint sacerdotes annos nati Art.
non minus triginta, in iure canonico aut 2
theologia doctores vel licentiati vel De cancellario aliisque notariis
saltem in iisdem disciplinis vere periti, et de archivis
sana doctrina, probitate, prudentia ac
Can. 482. – § 1. In qualibet curia
rerum gerendarum experientia
constituatur cancellarius, cuius
commendati.
praecipuum munus, nisi aliter iure
§ 2. Vicarii generalis et episcopalis particulari statuatur, est curare ut acta
munus componi non potest cum munere curiae redigantur et expediantur, atque
canonici paenitentiarii, neque committi eadem in curiae archivo custodiantur.
consanguineis Episcopi usque ad
quartum gradum.
§ 2. Si necesse videatur, cancellario custodiantur.
dari potest adiutor, cui nomen sit vice- § 3. Documentorum, quae in archivo
cancellarii. continentur, conficiatur inventarium seu
§ 3. Cancellarius necnon vice- catalogus, cum brevi singularum
cancellarius sunt eo ipso notarii et scripturarum synopsi.
secretarii curiae. Can. 487. – § 1. Archivum clausum sit
Can. 483. – § 1. Praeter cancellarium, oportet eiusque clavem habeant solum
constitui possunt alii notarii, quorum Episcopus et cancellarius; nemini licet
quidem scriptura seu subscriptio illud ingredi nisi de Episcopi aut
publicam fidem facit quod attinet sive Moderatoris curiae simul et cancellarii
ad quaelibet acta, sive ad acta licentia.
iudicialia dumtaxat, sive ad acta
§ 2. Ius est iis quorum interest,
certae causae aut negotii tantum.
documentorum, quae natura sua sunt
§ 2. Cancellarius et notarii debent esse publica quaeque ad statum suae
integrae famae et omni suspicione
maiores; in causis, quibus fama personae pertinent, documentum
sacerdotis in discrimen vocari possit, authenticum scriptum vel photostaticum
notarius debet esse sacerdos.
per se vel per procuratorem recipere.
Can. 484. – Officium
Can. 488. – Ex archivo non licet efferre
notariorum est: documenta, nisi ad breve tempus
1° conscribere acta et tantum atque de Episcopi aut insimul
instrumenta circa decreta, Moderatoris curiae et cancellarii
dispositiones, obligationes vel consensu.
alia quae eorum operam Can. 489. – § 1. Sit in curia
requirunt;
dioecesana archivum quoque secretum,
2° in scriptis fideliter redigere aut saltem in communi archivo
quae geruntur, eaque cum armarium seu scrinium, omnino clausum
significatione loci, diei, mensis et obseratum, quod de loco amoveri
et anni subsignare; nequeat, in quo scilicet documenta
3° acta vel instrumenta legitime secreto servanda cautissime
petenti ex regesto, servatis custodiantur.
servandis, exhibere et eorum § 2. Singulis annis destruantur
exempla cum autographo documenta causarum criminalium in
conformia declarare. materia morum, quarum rei vita
Can. 485. – Cancellarius aliique cesserunt aut quae a decennio
notarii libere ab officio removeri sententia condemnatoria absolutae
possunt ab Episcopo dioecesano, sunt, retento facti brevi summario cum
non autem ab Administratore textu sententiae definitivae.
dioecesano, nisi de consensu collegii Can. 490. – § 1. Archivi secreti clavem
consultorum. habeat tantummodo Episcopus. 2. Sede
Can. 486. – § 1. Documenta omnia, vacante, archivum vel armarium
quae dioecesim vel paroecias secretum ne aperiatur,nisi in casu verae
respiciunt, maxima cura custodiri
debent. necessitatis, ab ipso Administratore
§ 2. In unaquaque curia erigatur, in dioecesano.
loco tuto, archivum seu tabularium § 3. Ex archivo vel armario secreto
dioecesanum, in quo instrumenta et
scripturae, quae ad negotia documenta ne efferantur. Can. 491. –
dioecesana tum spiritualia tum § 1. Curet Episcopus dioecesanus ut
temporalia spectant, certo ordine
disposita et diligenter clausa acta et
ecclesiarum cathedralium, collegiatarum,
documenta archivorum quoque paroecialium, aliarumque in suo territorio
exstantium diligenter serventur, atque oeconomicis, nominetur oeconomus, qui
inventaria seu catalogi conficiantur sit in re oeconomica vere peritus et
duobus exemplaribus, quorum alterum probitate prorsus praestans.
in proprio archivo, altemm in archivo
§ 2. Oeconomus nominetur ad
dioecesano serventur.
quinquennium, sed expleto hoc tempore
§ 2. Curet etiam Episcopus ad alia quinquennia nominari potest;
dioecesanus ut in dioecesi habeatur durante munere, ne amoveatur nisi
archivum historicum atque documenta ob gravem causam ab Episcopo
valorem historicum habentia in eodem aestimandam, auditis collegio
diligenter custodiantur et systematice consultorum atque consilio a rebus
ordinentur. oeconomicis.
§ 3. Acta et documenta, de quibus in §§ § 3. Oeconomi est, secundum rationem
1 et 2, ut inspiciantur aut efferantur,
serventur normae ab Episcopo a consilio a rebus oeconomicis
dioecesano statutae. definitam, bona dioecesis sub
Art. 3 auctoritate Episcopi administrare atque
ex quaestu dioecesis constituto
De consilio a rebus oeconomicis
expensas facere, quas Episcopus aliive
et de oeconomo
ab ipso deputati legitime ordinaverint.
Can. 492. – § 1. In singulis dioecesibus § 4. Anno vertente, oeconomus consilio a
constituatur consilium a rebus rebus oeconomicis rationem accepti et
expensi reddere debet.
oeconomicis, cui praesidet ipse
Episcopus dioecesanus eiusve Caput III
delegatus, et quod constat tribus saltem De consilio presbyterali et de collegio
christifidelibus, in re oeconomica consultorum
necnon in iure civili vere peritis et
integritate praestantibus, ab Episcopo Can. 495. – § 1. In unaquaque dioecesi
nominatis. constituatur consilium presbyterale,
coetus scilicet sacerdotum, qui
§ 2. Membra consilii a rebus tamquam senatus sit Episcopi,
oeconomicis ad quinquennium presbyterium repraesentans, cuius est
nominentur, sed expleto hoc tempore Episcopum in regimine dioecesis ad
ad alia quinquennia assumi possunt. normam iuris adiuvare, ut bonum
§ 3. A consilio a rebus oeconomicis pastorale portionis populi Dei ipsi
excluduntur personae quae cum commissae quam maxime provehatur.
Episcopo usque ad quartum gradum § 2. In vicariatibus et praefecturis
consanguinitatis vel affinitatis apostolicis Vicarius vel Praefectus
coniunctae sunt. constituant consilium ex tribus saltem
Can. 493. – Praeter munera ipsi presbyteris missionariis, quorum
commissa in Libro V De bonis Ecclesiae sententiam, etiam per epistolam, audiant
temporalibus, consilii a rebus in gravioribus negotiis.
oeconomicis est quotannis, iuxta Can. 496. – Consilium presbyterale
Episcopi dioecesani indicationes, habeat propria statuta ab Episcopo
dioecesano approbata, attentis normis ab
rationem apparare quaestuum et Episcoporum conferentia prolatis.
erogationum quae pro universo
Can. 497. – Ad designationem quod
dioecesis regimine anno venturo
attinet sodalium consilii
praevidentur, necnon, anno exeunte,
rationem accepti et expensi probare.
Can. 494. – § 1. In singulis dioecesibus
ab Episcopo, auditis collegio
consultorum atque consilio a rebus
iure expresse definitis.
presbyt
eralis: § 3. Consilium presbyterale numquam
agere valet sine Episcopo dioecesano,
1° dimidia circiter pars libere ad quem solum etiam cura spectat ea
eligatur a sacerdotibus ipsis, ad divulgandi quae ad normam § 2 statuta
normam canonum qui sunt.
sequuntur, necnon statutorum;
Can. 501. – § 1. Membra consilii
2° aliqui sacerdotes, ad presbyteralis designentur ad tempus, in
normam statutorum, esse statutis determinatum, ita tamen ut
debent membra nata, qui integrum consilium vel aliqua eius pars
scilicet ratione officii ipsis intra quinquennium renovetur.
demandati ad consilium
pertineant; § 2. Vacante sede, consilium
3° Episcopo dioecesano presbyterale cessat eiusque munera
integrum est aliquos libere implentur a collegio consultorum; intra
nominare. annum a capta possessione Episcopus
Can. 498. – § 1. Ius electionis tum debet consilium presbyterale noviter
activum tum passivum ad consilium
presbyterale constituendum habent: constituere, § 3. Si consilium
1° omnes sacerdotes presbyterale munus sibi in bonum
saeculares in dioecesi dioecesis commissum non adimpleat
incardinati; aut eodem graviter abutatur, Episcopus
2° sacerdotes saeculares in dioecesanus, facta consultatione cum
dioecesi non incardinati, necnon Metropolita, aut si de ipsa sede
sacerdotes sodales alicuius metropolitana agatur cum Episcopo
instituti religiosi aut societatis suffraganeo promotione antiquiore, illud
vitae apostolicae, qui in dissolvere potest, sed intra annum
dioecesi commorantes, in debet noviter constituere.
eiusdem bonum aliquod officium Can. 502. – § 1. Inter membra
exercent.
consilii presbyteralis ab Episcopo
§ 2. Quatenus statuta id provideant, dioecesano libere nominantur aliqui
idem ius electionis conferri potest aliis
sacerdotibus, qui domicilium aut sacerdotes, numero non minore quam
quasi- domicilium in dioecesi habent. sex nec maiore quam duodecim, qui
Can. 499. – Modus eligendi membra collegium consultorum ad
consilii presbyteralis statutis quinquennium constituant, cui
determinandus est, ita quidem ut, competunt munera iure
quatenus id fieri possit, sacerdotes determinata; expleto
presbyterii repraesententur, ratione tamen quinquennio munera sua
habita maxime diversorum propria exercere pergit usquedum
ministeriorum variarumque dioecesis novum collegium constituatur.
regionum. § 2. Collegio consultorum praeest
Can. 500. – § 1. Episcopi dioecesani Episcopus dioecesanus; sede autem
est consilium presbyterale convocare, impedita aut vacante, is qui ad interim
eidem praesidere atque quaestiones Episcopi locum tenet aut, si constitutus
in eodem tractandas determinare aut nondum fuerit, sacerdos ordinatione
a membris propositas recipere. antiquior in collegio consultorum.
§ 2. Consilium presbyterale gaudet § 3. Episcoporum conferentia statuere
potest ut munera collegii consultorum
voto tantum consultivo; Episcopus capitulo cathedrali committantur.
dioecesanus illud audiat in negotiis § 4. In vicariatu et praefectura
maioris momenti, eius autem apostolica munera collegii consultorum
competunt consilio missionis, de quo in
consensu eget solummodo in casibus Can. 495,
statutorum, canonicis auxilium praebeant.
§ 2, nisi aliud iure
statuatur. Can. 508. – § 1. Paenitentiarius
canonicus tum ecclesiae cathedralis tum
Caput IV ecclesiae collegialis vi officii habet
De canonicorum capitulis facultatem ordinariam, quam tamen aliis
delegare non potest, absolvendi in foro
Can. 503. – Capitulum canonicorum,
sacramentali a censuris latae sententiae
sive cathedrale sive collegiale, est non declaratis, Apostolicae Sedi non
sacerdotum collegium, cuius est reservatis, in dioecesi extraneos quoque,
functiones liturgicas sollemniores in dioecesanos autem etiam extra
ecclesia cathedrali aut collegiali territorium dioecesis.
persolvere; capituli cathedralis
praeterea est munera adimplere, quae § 2. Ubi deficit capitulum, Episcopus
dioecesanus sacerdotem constituat ad
iure aut ab Episcopo dioecesano ei idem munus implendum.
committuntur. Can. 509. – § 1. Episcopi dioecesani,
Can. 504. – Capituli cathedralis erectio, audito capitulo, non autem
innovatio aut suppressio Sedi
Apostolicae reservantur. Administratoris dioecesani, est omnes et
singulos conferre canonicatus, tum in
Can. 505. – Unumquodque capitulum,
ecclesia cathedrali tum in ecclesia
sive cathedrale sive collegiale, sua collegiali, revocato quolibet contrario
habeat statuta, per legitimum actum privilegio; eiusdem Episcopi est
capitularem condita atque ab Episcopo confirmare electum ab ipso capitulo, qui
dioecesano probata; quae statuta ne eidem praesit.
immutentur neve abrogentur, nisi
approbante eodem Episcopo § 2. Canonicatus Episcopus
dioecesanus conferat tantum
dioecesano. sacerdotibus doctrina vitaeque integritate
praestantibus, qui laudabiliter ministerium
Can. 506. – § 1. Statuta capituli, salvis exercuerunt.
semper fundationis legibus, ipsam Can. 510. – § 1. Capitulo canonicorum
capituli constitutionem et numerum ne amplius uniantur paroeciae; quae
canonicorum determinent; definiant unitae alicui capitulo exstent, ab
quaenam a capitulo et a singulis Episcopo dioecesano a capitulo
canonicis ad cultum divinum necnon ad separentur.
ministerium persolvendum sint
peragenda; decernant conventus in § 2. In ecclesia, quae simul sit
quibus capituli negotia agantur atque, paroecialis et capitularis, designetur
salvis quidem iuris universalis parochus, sive inter capitulares delectus,
praescriptis, condiciones statuant ad sive non; qui parochus omnibus
validitatem liceitatemque negotiorum obstringitur officiis atque gaudet iuribus et
requisitas. facultatibus quae ad normam iuris propria
sunt parochi.
§ 2. In statutis etiam definiantur
emolumenta, tum stabilia tum occasione § 3. Episcopi dioecesani est certas
perfuncti muneris solvenda necnon,
attentis normis a Sancta Sede latis, statuere normas, quibus officia pas
quaenam sint canonicorum insignia. toralia parochi atque munera capitulo
Can. 507. – § 1. Inter canonicos propria debite componantur, cavendo ne
habeatur qui capitulo praesit, atque alia parochus capitularibus nec capitulum
etiam constituantur officia ad normam paroecialibus functionibus impedimento
statutorum, ratione quoque habita usus sit; conflictus, si quidam habeantur,
in regione vigentis. dirimat Episcopus dioecesanus, qui
imprimis curet ut fidelium necessitatibus
§ 2. Clericis ad capitulum non
pastoralibus apte prospiciatur.
pertinentibus, committi possunt alia
officia, quibus ipsi, ad normam
quem etiam unice spectat, quae in
§ 4. Quae ecclesiae, paroeciali simul consilio pertractata sunt publici iuris
et capitulari, conferantur facere.
eleemosynae, praesumuntur datae
paroeciae, nisi aliud constet. § 2. Saltem semel in
anno convocetur.
Cap
ut V Caput VI
De consilio pastorali De paroeciis, de parochis et de
vicariis paroecialibus
Can. 511. – In singulis
dioecesibus, quatenus pastoralia Can. 515. – § 1. Paroecia est certa
adiuncta id suadeant, constituatur communitas christifidelium in Ecclesia
consilium pastorale, cuius est sub particulari stabiliter constituta, cuius
auctoritate Episcopi ea quae opera cura pastoralis, sub auctoritate
pastoralia in dioecesi spectant Episcopi dioecesani, committitur
investigare, perpendere atque de parocho, qua proprio eiusdem pastori.
eis conclusiones practicas proponere. § 2. Paroecias erigere, supprimere aut
Can. 512. – § 1. Consilium pastorale eas innovare unius est Episcopi
constat christifidelibus qui in plena dioecesani, qui paroecias ne erigat aut
communione sint cum Ecclesia supprimat, neve eas notabiliter innovet,
catholica, tum clericis, tum membris nisi audito consilio presbyterali.
institutorum vitae consecratae, tum § 3. Paroecia legitime erecta
praesertim laicis, quique designantur personalitate iuridica ipso iure gaudet.
modo ab Episcopo dioecesano Can. 516. – § 1. Nisi aliud iure
determinato. caveatur, paroeciae aequiparatur
§ 2. Christifideles, qui deputantur ad quasi-paroecia, quae est certa in
consilium pastorale, ita seligantur ut Ecclesia particulari communitas
per eos universa populi Dei portio, christifidelium, sacerdoti uti pastori
quae dioecesim constituat, revera proprio commissa, ob peculiaria
configuretur, ratione habita adiuncta in paroeciam nondum erecta.
diversarum dioecesis regionum, § 2. Ubi quaedam communitates in
paroeciam vel quasi- paroeciam erigi
condicionum socialium et non possint, Episcopus dioecesanus
professionum, necnon partis quam alio modo earundem pastorali curae
prospiciat.
sive singuli sive cum aliis coniuncti in
apostolatu habent. Can. 517. – § 1. Ubi adiuncta id
§ 3. Ad consilium pastorale ne requirant, paroeciae aut diversarum
deputentur nisi christifideles certa simul paroeciarum cura pastoralis
fide, bonis moribus et prudentia committi potest pluribus in solidum
praestantes.
sacerdotibus, ea tamen lege, ut
Can. 513. – § 1. Consilium pastorale eorundem unus curae pastoralis
constituitur ad tempus, iuxta exercendae sit moderator, qui nempe
praescripta statutorum, quae ab actionem coniunctam dirigat atque de
Episcopo dantur. eadem coram Episcopo respondeat.
§ 2. Sede vacante, § 2. Si ob sacerdotum penuriam
consilium pastorale cessat. Episcopus dioecesanus aestimaverit
Can. 514. – § 1. Consilium pastorale, participationem in exercitio curae
quod voto gaudet tantum consultivo, pastoralis paroeciae concredendam
iuxta necessitates apostolatus esse diacono aliive personae
convocare eique praeesse ad solum sacerdotali charactere non insignitae
Episcopum dioecesanum pertinet; ad aut personarum communitati,
sacerdotem constituat aliquem qui,
potestatibus
et facultatibus parochi instructus, § 2. Sit praeterea sana doctrina et morum
curam pastoralem moderetur. probitate praestans, animarum zelo
Can. 518. – Paroecia regula generali aliisque virtutibus praeditus, atque
sit territorialis, quae scilicet omnes insuper qualitatibus gaudeat quae ad
complectatur christifideles certi paroeciam, de qua agitur, curandam iure
territorii; ubi vero id expediat, sive universali sive particulari requiruntur.
constituantur paroeciae personales, § 3. Ad officium parochi alicui
ratione ritus, linguae, nationis conferendum, oportet de eius idoneitate,
christifidelium alicuius territorii atque alia modo ab Episcopo dioecesano
etiam ratione determinatae. determinato, etiam per examen, certo
Can. 519. – Parochus est pastor constet.
proprius paroeciae sibi commissae, Can. 522. – Parochus stabilitate gaudeat
cura pastorali communitatis sibi oportet ideoque ad tempus indefinitum
concreditae fungens sub auctoritate nominetur; ad certum tempus tantum ab
Episcopi dioecesani, cuius in partem Episcopo dioecesano nominari potest, si
ministerii Christi vocatus est, ut pro id ab Episcoporum conferentia per
eadem communitate munera decretum admissum fuerit.
exsequatur docendi, sanctificandi et
Can. 523. – Firmo praescripto Can. 682,
regendi, cooperantibus etiam aliis
§ 1, parochi officii provisio Episcopo
presbyteris vel diaconis atque operam
dioecesano competit et quidem libera
conferentibus christifidelibus laicis, ad
collatione, nisi cuidam sit ius
normam iuris.
praesentationis aut electionis.
Can. 520. – § 1. Persona iuridica ne sit
Can. 524. – Vacantem paroeciam
parochus; Episcopus autem
Episcopus dioecesanus conferat illi
dioecesanus, non vero Administrator
quem, omnibus perpensis adiunctis,
dioecesanus, de consensu competentis
aestimet idoneum ad paroecialem curam
Superioris, potest paroeciam
in eadem implendam, omni personarum
committere instituto religioso clericali vel
acceptione remota; ut iudicium de
societati clericali vitae apostolicae, eam
idoneitate ferat, audiat vicarium foraneum
erigendo etiam in ecclesia instituti aut
aptasque investigationes peragat, auditis,
societatis, hac tamen lege ut unus
si casus ferat, certis presbyteris necnon
presbyter sit paroeciae parochus, aut,
christifidelibus laicis.
si cura pastoralis pluribus in solidum
committatur, moderator, de quo in Can. Can. 525. – Sede vacante aut impedita,
ad Administratorem dioecesanum aliumve
517, § 1. dioecesim ad interim regentem pertinet:
§ 2. Paroeciae commissio, de qua in § 1° institutionem vel confirmationem
1, fieri potest sive in perpetuum sive ad concedere presbyteris, qui ad
certum praefinitum tempus; in utroque paroeciam legitime praesentati aut
casu fiat mediante conventione scripta electi fuerint;
inter Episcopum dioecesanum et 2° parochos nominare, si sedes ab
competentem Superiorem instituti vel anno vacaverit aut impedita sit.
societatis inita, qua inter alia expresse
et accurate definiantur, quae ad opus Can. 526. – § 1. Parochus unius
explendum, ad personas eidem paroeciae tantum curam paroecialem
addicendas et ad res oeconomicas habeat; ob penuriam tamen sacerdotum
spectent. aut alia adiuncta, plurium vicinarum
Can. 521. – § 1. Ut quis valide in paroeciarum cura eidem parocho
parochum assumatur, oportet sit in concredi potest.
sacro presbyteratus ordine constitutus.
§ 2. In eadem paroecia unus tantum
habeatur parochus aut moderator ad
normam Can. 517, § 1, reprobata consuetudine et revocato quolibet
contraria
contrario privilegio.
Can. 527. – § 1. Qui ad curam
pastoralem paroeciae gerendam
promotus est, eandem obtinet et
exercere tenetur a momento captae
possessionis.
§ 2. Parochum in possessionem mittit
loci Ordinarius aut sacerdos ab eodem
delegatus, servato modo lege particulari
aut legitima consuetudine recepto;
iusta tamen de causa potest idem
Ordinarius ab eo modo dispensare; quo
in casu dispensatio paroeciae notificata
locum tenet captae possessionis.
§ 3. Loci Ordinarius praefiniat tempus
intra quod paroeciae possessio capi
debeat; quo inutiliter praeterlapso, nisi
iustum obstiterit impedimentum,
paroeciam vacare declarare potest.
Can. 528. – § 1. Parochus obligatione
tenetur providendi ut Dei verbum integre
in paroecia degentibus annuntietur;
quare curet ut christifideles laici in
fidei veritatibus edoceantur, praesertim
homilia diebus dominicis et festis de
praecepto habenda necnon
catechetica institutione tradenda,
atque foveat opera quibus spiritus
evangelicus, etiam ad iustitiam socialem
quod attinet, promoveatur; peculiarem
curam habeat de puerorum
iuvenumque educatione catholica; omni
ope satagat, associata etiam sibi
christifidelium opera, ut nuntius
evangelicus ad eos quoque perveniat,
qui a religione colenda recesserint aut
veram fidem non profiteantur.
§ 2. Consulat parochus ut sanctissima
Eucharistia centrum sit congregationis
fidelium paroecialis; allaboret ut
christifideles, per devotam
sacramentorum celebrationem,
pascantur, peculiarique modo ut
frequenter ad sanctissimae Eucharistiae
et paenitentiae sacramenta accedant;
annitatur item ut iidem ad orationem
etiam in familiis peragendam ducantur
atque conscie et actuose partem
habeant in sacra liturgia, quam quidem,
sub auctoritate Episcopi dioecesani,
parochus in sua paroecia moderari proprio Episcopo et cum dioecesis
debet et, ne abusus irrepant, presbyterio cooperetur, allaborans
invigilare tenetur. etiam ut fideles communionis
Can. 529. – § 1. Officium pastoris paroecialis curam habeant, iidemque
sedulo ut adimpleat, parochus fideles tum dioecesis tum Ecclesiae universae
suae curae commissos cognoscere membra se sentiant operaque ad
satagat; ideo familias visitet, fidelium eandem communionem promovendam
sollicitudines, angores et luctus participent vel sustineant.
praesertim participans eosque in Can. 530. – Functiones speeialiter
Domino confortans necnon, si in parocho commissae sunt quae
quibusdam defecerint, prudenter sequuntur:
corrigens; aegrotos, praesertim morti
1° administratio
proximos, effusa caritate adiuvet, eos
baptismi;
sollicite sacramentis reficiendo
eorumque animas Deo commendando; 2° administratio sacramenti
peculiari diligentia prosequatur confirmationis iis qui in periculo
pauperes, afflictos, solitarios, e patria mortis versantur, ad normam
exsules itemque peculiaribus Can. 883, n. 3;
difficultatibus gravatos; allaboret 3° administratio Viatici necnon
etiam ut coniuges et parentes ad unctionis infirmorum, firmo
officia propria implenda sustineantur praescripto Can. 1003, §§ 2 et 3,
atque apostolicae benedictionis
et in familia vitae christianae impertitio;
incrementum foveat. 4° assistentia matrimoniis et
§ 2. Partem quam christifideles laici
benedictio nuptiarum; 5°
in missione Ecclesiae propriam
habent, parochus agnoscat et persolutio funerum;
promoveat, consociationes eorundem
ad fines religionis fovendo. Cum 6° fontis baptismalis tempore
paschali benedictio,
ductus processionum extra administrentur ad normam cann. 1281-
ecclesiam, necnon 1288.
benedictiones extra ecclesiam
sollemnes; Can. 533. – § 1, Parochus obligatione
7° celebratio eucharistica tenetur residendi in domo paroeciali
sollemnior diebus prope ecclesiam; in casibus tamen
dominicis et festis de praecepto.
particularibus, si iusta adsit causa, loci
Can. 531. – Licet paroeciale quoddam Ordinarius permittere potest ut alibi
munus alius expleverit, oblationes quas commoretur, praesertim in domo pluribus
hac occasione a christifidelibus recipit presbyteris communi, dummodo
ad massam paroecialem deferat, nisi paroecialium perfunctioni munerum rite
de contraria offerentis voluntate apteque sit provisum.
constet quoad oblationes voluntarias;
Episcopo dioecesano, audito consilio § 2. Nisi gravis obstet ratio, parocho,
presbyterali, competit statuere feriarum gratia, licet quotannis a paroecia
praescripta, quibus destinationi harum abesse ad summum per unum mensem
oblationum necnon remunerationi continuum aut intermissum; quo in
clericorum idem munus implentium feriarum tempore dies non computantur,
provideatur. quibus semel in anno parochus
spirituali recessui vacat; parochus
Can. 532. – In omnibus negotiis iuridicis autem, ut ultra hebdomadam a paroecia
parochus personam gerit paroeciae, ad absit, tenetur de hoc loci Ordinarium
normam iuris; curet ut bona paroeciae monere.
§ 3. Episcopi dioecesani est normas § 4. In unaquaque paroecia habeatur
statuere quibus prospiciatur ut, parochi tabularium seu archivum, in quo libri
abs entia durante, curae provideatur paroeciales custodiantur, una cum
paroeciae per sacerdotem debitis Episcoporum epistulis aliisque
facultatibus instructum. documentis, necessitatis utilitatisve
Can. 534. – § 1. Parochus, post causa servandis; quae omnia, ab
captam paroeciae possessionem, Episcopo dioecesano eiusve delegato,
obligatione tenetur singulis diebus visitationis vel alio opportuno tempore
dominicis atque festis in sua dioecesi inspicienda, parochus caveat ne ad
de praecepto Missam pro populo sibi extraneorum manus perveniant.
commisso applicandi; qui vero ab hac § 5. Libri paroeciales antiquiores
quoque diligenter custodiantur,
celebratione legitime impediatur, iisdem secundum praescripta iuris particularis .
diebus per alium aut aliis diebus per se
ipse applicet.
§ 2. Parochus, qui plurium paroeciarum
curam habet, diebus de quibus in § 1,
unam tantum Missam pro universo sibi
commisso populo applicare tenetur.
§ 3. Parochus, qui obligationi de qua
in §§ 1 et 2 non satisfecerit, quam
primum pro populo tot Missas applicet,
quot omiserit.
Can. 535. – § 1. In unaquaque
paroecia habeantur libri paroeciales,
liber scilicet baptizatorum,
matrimoniorum, defunctorum, aliique
secundum Episcoporum conferentiae
aut Episcopi dioecesani praescripta;
prospiciat parochus ut iidem libri
accurate conscribantur atque diligenter
asserventur.
§ 2. In libro baptizatorum adnotentur
quoque confirmatio, necnon quae
pertinent ad statum canonicum
christifidelium, ratione matrimonii,
salvo quidem praescripto Can. 1133,
ratione adoptionis, itemque ratione
suscepti ordinis sacri, professionis
perpetuae in instituto religioso emissae
necnon mutati ritus; eaeque
adnotationes in documento accepti
baptismi semper referantur.
§ 3. Unicuique paroeciae sit proprium
sigillum; testimonia quae de statu
canonico christifidelium dantur, sicut et
acta omnia quae momentum iuridicum
habere possunt, ab ipso parocho
eiusve delegato subscribantur et sigillo
paroeciali muniantur.
cum parochus ratione captivitatis, exsilii
Can. 536. – § 1. Si, de iudicio vel relegationis, inhabilitatis vel
Episcopi dioecesani, audito consilio infirmae valetudinis aliusve causae a
presbyterali, opportunum sit, in munere pastorali in paroecia
unaquaque paroecia constituatur exercendo praepeditur, ab Episcopo
consilium pastorale, cui parochus dioecesano quam primum deputetur
praeest et in quo christifideles una administrator paroecialis, sacerdos
cum illis qui curam pastoralem vi officii scilicet qui parochi vicem suppleat ad
sui in paroecia participant, ad normam Can. 540.
actionem pastoralem fovendam suum
adiutorium praestent. Can. 540. – § 1. Administrator
§ 2. Consilium pastorale voto gaudet paroecialis iisdem adstringitur officiis
tantum consultivo et regitur normis ab iisdemque gaudet iuribus ac parochus,
Episcopo dioecesano statutis. nisi ab Episcopo dioecesano aliter
Can. 537. – In unaquaque paroecia statuatur.
habeatur consilium a rebus § 2. Administratori paroeciali nihil agere
oeconomicis, quod praeterquam iure licet, quod praeiudicium afferat iuribus
universali, regitur normis ab Episcopo
parochi aut damno esse possit bonis
dioecesano latis et in quo
paroecialibus.
christifideles, secundum easdem
normas selecti, parocho in § 3. Administrator paroecialis post
expletum munus parocho rationem
administratione bonorum paroeciae reddat.
adiutorio sint, firmo praescripto Can. Can. 541. – § 1. Vacante paroecia
532. itemque parocho a munere pastorali
Can. 538. – § 1. Parochus ab officio exercendo impedito, ante
cessat amotione aut translatione ab administratoris paroecialis
Episcopo dioecesano ad normam iuris constitutionem, paroeciae regimen
peracta, renuntiatione iusta de causa interim assumat vicarius paroecialis; si
ab ipso parocho facta et, ut valeat, plures sint, is qui sit nominatione
ab eodem Episcopo acceptata, necnon antiquior, et si vicarii desint, parochus
lapsu temporis si, iuxta iuris iure particulari definitus.
particularis de quo in Can. 522 § 2. Qui paroeciae regimen ad normam
praescripta, ad tempus determinatum § 1 assumpserit, loci Ordinarium de
paroeciae vacatione statim certiorem
constitutus fuerit. faciat.
§ 2. Parochus, qui est sodalis instituti Can. 542. – Sacerdotes quibus
religiosi aut in societate vitae in solidum, ad normam Can. 517,
apostolicae incardinatus, ad normam § 1, alicuius paroeciae aut
Can. 682, § 2 amovetur. diversarum simul paroeciarum
cura pastoralis committitur:
§ 3. Parochus, expleto septuagesimo
quinto aetatis anno, rogatur ut 1° praediti sint oportet
renuntiationem ab officio exhibeat qualitatibus, de quibus in Can.
Episcopo dioecesano, qui, omnibus 521;
personae et loci inspectis adiunctis, 2° nominentur vel instituantur ad
de eadem acceptanda aut differenda normam praescriptorum cann.
522 et 524;
decernat; renuntiantis congruae
sustentationi et habitationi ab 3° curam pastoralem obtinent
Episcopo dioecesano providendum tantum a momento captae
est, attentis normis ab Episcoporum possessionis; eorundem
conferentia statutis. moderator in possessionem
mittitur ad normam
Can. 539. – Cum vacat paroecia aut
praescriptorum Can. 527, § 2;
proceteris vero sacerdotibus locum tenet captae
fidei professio legitime facta possessionis.
ministerio pastorali praestent.
Can. 543. – § 1. Si sacerdotibus in
solidum cura pastoralis alicuius § 2. Vicarius paroecialis constitui potest
paroeciae aut diversarum simul sive ut opem ferat in universo ministerio
paroeciarum committatur, singuli eorum, pastorali explendo, et quidem aut pro tota
iuxta ordinationem ab iisdem statutam, paroecia aut pro determinata paroeciae
obligatione tenentur munera et parte aut pro certo paroeciae
functiones parochi persolvendi de christifidelium coetu, sive etiam ut operam
quibus in cann. 528, 529 et 530; impendat in certum ministerium in
facultas matrimoniis assistendi, sicuti et diversis simul paroeciis persolvendum.
potestates omnes dispensandi ipso iure Can. 546. – Ut quis valide vicarius
paroecialis nominetur, oportet sit in sacro
parocho concessae, omnibus presbyteratus ordine constitutus.
competunt; exercendae tamen sunt sub
directione moderatoris. Can. 547. – Vicarium paroecialem libere
nominat Episcopus dioecesanus, auditis,
§ 2. Sacerdotes omnes qui ad si opportunum id iudicaverit, parocho aut
parochis paroeciarum pro quibus
coetum pertinent: 1°
constituitur, necnon vicario foraneo, firmo
obligatione tenentur praescripto Can. 682, § 1.
Can. 548. – § 1. Vicarii paroecialis
residentiae;
obligationes et iura, praeterquam
2° communi consilio canonibus huius capitis, statutis
ordinationem statuant, qua
eorum unus Missam pro dioecesanis necnon litteris Episcopi
populo celebret, ad normam dioecesani definiuntur, specialius autem
Can. 534;
mandato parochi determinantur.
3° solus moderator in negotiis
iuridicis personam gerit § 2. Nisi aliud expresse litteris Episcopi
paroeciae aut
paroeciarum coetui dioecesani caveatur, vicarius paroecialis
commissarum. ratione officii obligatione tenetur
Can. 544. – Cum cesset ab officio parochum in universo paroeciali
aliquis sacerdos e coetu, de quo in Can. ministerio adiuvandi, excepta quidem
517, § 1, vel coetus moderator, applicatione Missae pro populo,
itemque cum eorundem aliquis inhabilis itemque, si res ferat ad normam iuris,
fiat ad munus pastorale exercendum, parochi vicem supplendi.
non vacat paroecia vel paroeciae, § 3. Vicarius paroecialis regulariter de
quarum cura coetui committitur; inceptis pastoralibus prospectis et
susceptis ad parochum referat, ita ut
Episcopi autem dioecesani est alium parochus et vicarius aut vicarii, coniunctis
viribus, pastorali curae providere va]eant
nominare moderatorem; antequam paroeciae, cuius simul sunt sponsores.
vero ab Episcopo alius nominetur, hoc
munus adimpleat sacerdos eiusdem Can. 549. – Absente parocho, nisi aliter
coetus nominatione antiquior. Episcopus dioecesanus providerit ad
normam Can. 533, § 3, et nisi
Can. 545. – § 1. Quoties ad Administrator paroecialis constitutus
pastoralem paroeciae curam debite fuerit, serventur praescripta Can. 541, §
adimplendam necesse aut opportunum 1; vicarius hoc in casu omnibus etiam
sit, parocho adiungi possunt unus aut obligationibus tenetur parochi, excepta
plures vicarii paroeciales, qui, tamquam obligatione applicandi Missam pro populo.
parochi cooperatores eiusque
Can. 550. – § 1. Vicarius paroecialis
sollicitudinis participes, communi cum
obligatione tenetur residendi in paroecia
parocho consilio et studio, atque sub
aut, si pro diversis simul paroeciis
eiusdem auctoritate operam in
constitutus est, in earum aliqua; loci pluribus presbyteris communi,
tamen Ordinarius, iusta de causa, dummodo pastoralium perfunctio
permittere potest ut alibi resideat, munerum nullum exinde detrimentum
capiat.
praesertim in domo
§ 2. Curet loci Ordinarius ut inter
parochum et vicarios aliqua vitae
communis consuetudo in domo
paroeciali, ubi id fieri possit, provehatur.
§ 3. Ad tempus feriarum quod attinet,
vicarius paroecialis eodem gaudet iure
ac parochus.
Can. 551. – Ad oblationes quod attinet,
quas occasione perfuncti ministerii
pastoralis christifideles vicario faciunt,
serventur praescripta Can. 531.
Can. 552. – Vicarius paroecialis ab
Episcopo dioecesano aut ab
Administratore dioecesano amoveri
potest, iusta de causa, firmo
praescripto Can. 682, § 2.
Caput VII
De vicariis foraneis
Can. 553. – § 1. Vicarius foraneus, qui
etiam decanus vel archipresbyter vel
alio nomine vocatur, est sacerdos qui
vicariatui foraneo praeficitur.
§ 2. Nisi aliud iure particulari
statuatur, vicarius foraneus nominatur
ab Episcopo dioecesano, auditis pro
suo prudenti iudicio sacerdotibus qui in
vicariatu de quo agitur ministerium
exercent.
Can. 554. – § 1. Ad officium vicarii
foranei, quod cum officio parochi certae
paroeciae non ligatur, Episcopus
seligat sacerdotem quem, inspectis loci
ac temporis adiunctis, idoneum
iudicaverit.
§ 2. Vicarius foraneus nominetur ad
certum tempus, iure particulari
determinatum.
§ 3. Vicarium foraneum iusta de
causa, pro suo prudenti arbitrio,
Episcopus dioecesanus ab officio
libere amovere potest.
Can. 555. – § 1. Vicario foraneo,
praeter facultates iure particulari ei
legitime tributas, officium et ius est:
1° actionem pastoralem in
vicariatu communem promovendi
et coordinandi;
2° prospiciendi ut clerici sui
districtus vitam ducant proprio praescripta, statutis
temporibus intersint
statui congruam atque officiis praelectionibus,
suis diligenter satisfaciant; conventibus
theologicis aut
conferentiis, ad normam Can.
3° providendi ut religiosae 279, § 2;
functiones secundum sacrae 2° curet ut presbyteris sui
liturgiae praescripta districtus subsidia spiritualia
celebrentur, ut decor et nitor praesto sint, itemque maxime
sollicitus sit de iis, qui in
ecclesiarum sacraeque difficilioribus versantur
supellectilis, maxime in circumstantiis aut problematibus
anguntur.
celebratione eucharistica et
custodia sanctissimi § 3. Curet vicarius foraneus ut parochi
Sacramenti, accurate serventur, sui districtus, quos graviter aegrotantes
ut recte conscribantur et debite noverit, spiritualibus ac materialibus
custodiantur libri paroeciales, ut auxiliis ne careant, utque eorum qui
bona ecclesiastica sedulo decesserint, funera digne celebrentur;
administrentur; denique ut provideat quoque ne, occasione
domus paroecialis debita aegrotationis vel mortis, libri,
diligentia curetur. documenta, sacra supellex aliaque,
quae ad Ecclesiam pertinent, depereant
§ 2. In vicariatu sibi concredito aut asportentur.
vicarius foraneus:
§ 4. Vicarius foraneus obligatione
1° operam det ut clerici, tenetur secundum
iuxta iuris particularis
determinationem ab Episcopo praesentatum instituere.
dioecesano factam, sui districtus § 3. Rector ecclesiae, quae coniuncta sit
paroecias visitare. cum seminario aliove collegio quod a
clericis regitur, est rector seminarii vel
Caput collegii, nisi aliter Episcopus dioecesanus
VIII constituerit.

De ecclesiarum rectoribus et Can. 558. – Salvo praescripto Can. 262,


rectori non licet functiones paroeciales
de cappellanis Art. 1 de quibus in Can. 530, nn. 1-6, in
ecclesia sibi commissa peragere, nisi
De ecclesiarum consentiente aut, si res ferat, delegante
rectoribus parocho.
Can. 556. – Ecclesiarum rectores hic Can. 559. – Potest rector in ecclesia sibi
intelleguntur sacerdotes, quibus cura commissa liturgicas celebrationes etiam
demandatur alicuius ecclesiae, quae sollemnes peragere, salvis legitimis
nec sit paroecialis nec capitularis, nec fundationis legibus, atque dummodo de
adnexa domui communitatis religiosae iudicio loci Ordinarii nullo modo ministerio
aut societatis vitae apostolicae, quae paroeciali noceant.
in eadem officia celebret.
Can. 560. – Loci Ordinarius, ubi id
Can. 557. – § 1. Ecclesiae rector libere opportunum censeat, potest rectori
nominatur ab Episcopo dioecesano, praecipere ut determinatas in ecclesia
salvo iure eligendi aut praesentandi, si sua pro populo celebret functiones etiam
cui legitime competat; quo in casu paroeciales, necnon ut ecclesia pateat
Episcopi dioecesani est rectorem certis christifidelium coetibus ibidem
confirmare vel instituere. liturgicas celebrationes peracturis.
§ 2. Etiam si ecclesia pertineat ad Can. 561. – Sine rectoris aliusve legitimi
aliquod clericale institutum religiosum superioris licentia, nemini licet in ecclesia
iuris pontificii, Episcopo dioecesano Eucharistiam celebrare, sacramenta
competit rectorem a Superiore
administrare aliasve sacras functiones
peragere; quae licentia danda aut sit oportet quas recta cura pastoralis
deneganda est ad normam iuris. requirit. Praeter eas quae iure
particulari aut speciali delegatione
Can. 562. – Ecclesiae rector, sub conceduntur, cappellanus vi officii
auctoritate loci Ordinarii servatisque facultate gaudet audiendi confessiones
legitimis statutis et iuribus quaesitis, fidelium suae curae commissorum, verbi
obligatione tenetur prospiciendi ut Dei eis praedicandi, Viaticum et
sacrae functiones secundum normas unctionem infirmorum administrandi
liturgicas et canonum praescripta necnon sacramentum confirmationis eis
digne in ecclesia celebrentur, onera conferendi, qui in periculo mortis
fideliter adimpleantur, bona diligenter versentur.
administrentur, sacrae supellectilis
atque aedium sacrarum conservationi § 2. In valetudinariis, carceribus et
et decori provideatur, neve quidpiam itineribus maritimis, cappellanus
fiat quod sanctitati loci ac reverentiae praeterea facultatem habet, his tantum
domui Dei debitae quoquo modo non in locis exercendam, a censuris latae
congruat. sententiae non reservatis neque
Can. 563. – Rectorem ecclesiae, etsi declaratis absolvendi, firmo tamen
ab aliis electum aut praesentatum, loci praescripto Can. 976.
Ordinarius ex iusta causa, pro suo
prudenti arbitrio ab officio amovere Can. 567. – § 1. Ad nominationem
potest, firmo praescripto Can. 682, cappellani domus instituti religiosi
§
2. laicalis, Ordinarius loci ne procedat,
Art. 2 nisi consulto Superiore, cui ius est,
audita communitate, quemdam
De cappellanis sacerdotem proponere.
Can. 564. – Cappellanus est § 2. Cappellani est liturgicas
sacerdos, cui stabili modo committitur functiones celebrare aut moderari; ipsi
cura pastoralis, saltem ex parte, tamen non licet in regimine interno
alicuius communitatis aut peculiaris instituti sese immiscere.
coetus christifidelium, ad normam iuris
universalis et particularis exercenda. Can. 568. – Pro iis qui ob vitae
condicionem ordinaria parochorum cura
Can. 565. – Nisi iure aliud caveatur aut frui non valent, uti sunt migrantes,
cuidam specialia iura legitime exsules, profugi, nomades, navigantes,
competant, cappellanus nominatur ab constituantur, quatenus fieri possit,
Ordinario loci, cui etiam pertinet cappellani.
praesentatum instituere aut electum Can. 569. – Cappellani militum legibus
confirmare.
specialibus reguntur. Can. 570. – Si
Can. 566. – § 1. Cappellanus omnibus communitatis aut coetus sedi adnexa
facultatibus instructus est
ecclesia non paroecialis,
cappellanus sit rector ipsius
ecclesiae, nisi cura communitatis aut
ecclesiae aliud exigat.
Can. 571. – In exercitio sui pastoralis
muneris, cappellanus debitam cum
parocho servet coniunctionem.
Can. 572. – Quod attinet ad amotionem
cappellani, servetur praescriptum Can.
563.
PARS III
DE INSTITUTIS VITAE
CONSECRATAE ET DE § 2. Quam vivendi formam in institutis
SOCIETATIBUS VITAE vitae consecratae, a competenti
APOSTOLICAE Ecclesiae auctoritate canonice erectis,
libere assumunt christifideles, qui per
SECTIO I
vota aut alia sacra ligamina iuxta
DE INSTITUTIS VITAE proprias institutorum leges, consilia
evangelica castitatis, paupertatis et
CONSECRATAE TITULUS oboedientiae profitentur et per
I caritatem, ad quam ducunt, Ecclesiae
eiusque mysterio speciali modo
NORMAE COMMUNES OMNIBUS coniunguntur.
INSTITUTIS VITAE CONSECRATAE
Can. 573. – § 1. Vita Can. 574. – § 1. Status eorum, qui in
consecrata per consiliorum huiusmodi institutis cons ilia evangelica
evangelicorum professionem est profitentur, ad vitam et sanctitatem
stabilis vivendi forma qua fideles, Ecclesiae pertinet, et ideo ab omnibus
Christum sub actione Spiritus in Ecclesia fovendus et promovendus
Sancti pressius sequentes, Deo est.
summe dilecto totaliter dedicantur, ut, in § 2. Ad hunc statum quidam
Eius honorem atque Ecclesiae christifideles specialiter a Deo vocantur,
aedificationem mundique salutem novo ut in vita Ecclesiae peculiari dono
et peculiari titulo dediti, caritatis fruantur et, secundum finem et spiritum
perfectionem in servitio Regni Dei instituti, eiusdem missioni salvificae
consequantur et, praeclarum in prosint.
Ecclesia signum effecti, caelestem
gloriam praenuntient. Can. 575. – Consilia evangelica in
Christi Magistri doctrina et
exemplis fundata, donum sunt divinum, ecclesiastica sancita circa naturam,
quod Ecclesia a Domino accepit finem, spiritum et indolem instituti, necnon
Eiusque gratia semper conservat. eius sanae traditiones, quae omnia
Can. 576. – Competentis Ecclesiae patrimonium eiusdem instituti constituunt,
auctoritatis est consilia evangelica ab omnibus fideliter servanda sunt.
interpretari, eorundem praxim legibus Can. 579. – Episcopi dioecesani, in suo
moderari atque stabiles inde vivendi quisque territorio, instituta vitae
formas canonica approbatione consecratae formali decreto erigere
constituere itemque, pro parte sua, possunt, dummodo Sedes Apostolica
curare ut instituta secundum spiritum consulta fuerit.
fundatorum et sanas traditiones crescant
et floreant. Can. 580. – Aggregatio alicuius instituti
vitae consecratae ad aliud reservatur
Can. 577. – Permulta in Ecclesia sunt competenti auctoritati instituti
instituta vitae consecratae, quae aggregantis, salva semper canonica
donationes habent differentes
autonomia instituti aggregati.
secundum gratiam quae data est eis:
Christum, enim, pressius sequuntur sive Can. 581. – Dividere institutum in partes,
orantem, sive Regnum Dei quocumque nomine veniant, novas
annuntiantem, sive hominibus erigere, erectas coniungere vel aliter
benefacientem, sive cum eis in saeculo circumscribere ad competentem instituti
conversantem, semper autem auctoritatem pertinet, ad normam
voluntatem Patris facientem. constitutionum.
Can. 578. – Fundatorum mens atque Can. 582. – Fusiones et uniones
institutorum vitae consecratae uni Sedi
proposita a competenti auctoritate Apostolicae reservantur; eidem quoque
reservantur confoederationes et
foederationes.
Can. 583. – Immutationes in institutis § 2. Institutum clericale illud dicitur
vitae consecratae ea afficientes, quae a quod, ratione finis seu propositi a
Sede Apostolica approbata fuerunt,
absque eiusdem licentia fieri nequeunt. fundatore intenti vel vi legitimae
traditionis, sub moderamine est
Can. 584. – Institutum supprimere ad
clericorum, exercitium ordinis sacri
unam Sedem Apostolicam spectat, cui
assumit, et qua tale ab Ecclesiae
etiam reservatur de eius bonis
auctoritate agnoscitur.
temporalibus statuere.
§ 3. Institutum vero laicale illud
Can. 585. – Instituti partes supprimere
appellatur quod, ab Ecclesiae
ad auctoritatem competentem eiusdem auctoritate qua tale agnitum, vi eius
instituti pertinet. naturae, indolis et finis munus habet
Can. 586. – § 1. Singulis institutis proprium, a fundatore vel legitima
iusta autonomia vitae, praesertim traditione definitum, excrcitium ordinis
regiminis, agnoscitur, qua gaudeant in sacri non includens.
Ecclesia propria disciplina atque Can. 589. – Institutum vitae
integrum servare valeant suum consecratae dicitur iuris pontificii, si a
patrimonium, de quo in Can. 578. Sede Apostolica erectum aut per
§ 2. Ordinariorum locorum est hanc eiusdem formale decretum approbatum
autonomiam servare ac tueri.
est; iuris vero dioecesani, si ab
Can. 587. – § 1. Ad propriam Episcopo dioecesano erectum,
singulorum institutorum vocationem et approbationis decretum a Sede
identitatem fidelius tuendam, in cuiusvis Apostolica non est consecutum.
instituti codice fundamentali seu Can. 590. – § 1. Instituta vitae
constitutionibus contineri debent, consecratae, utpote ad Dei totiusque
praeter ea quae in Can. 578 servanda Ecclesiae servitium speciali modo
dicata, supremae eiusdem auctoritati
statuuntur, normae fundamentales circa peculiari ratione subduntur.
instituti regimen et sodalium disciplinam, § 2. Singuli sodales Summo Pontifici,
membrorurn incorporationem atque tamquam supremo eorum Superiori,
institutionem, necnon proprium etiam ratione sacri vinculi oboedientiae
sacrorum ligaminum obiectum. parere tenentur.
§ 2. Codex huiusmodi a competenti Can. 591. – Quo melius institutorum
auctoritate Ecclesiae approbatur et bono atque apostolatus necessitatibus
tantummodo cum eiusdem consensu provideatur, Summus Pontifex, ratione
mutari potest. sui in universam Ecclesiam primatus,
§ 3. In hoc codice elementa spiritualia intuitu utilitatis communis, instituta vitae
et iuridica apte componantur; normae consecratae ab Ordinariorum loci
tamen absque necessitate ne regimine eximere potest sibique soli vel
multiplicentur. alii ecclesiasticae auctoritati subicere.
§ 4. Ceterae normae a competenti Can. 592. – § 1. Quo melius institutorum
instituti auctoritate statutae apte in aliis
codicibus colligantur, quae tamen iuxta communio cum Sede Apostolica
exigentias locorum et temporum foveatur, modo et tempore ab eadem
congrue recognosci et aptari possunt.
statutis, quilibet supremus Moderator
Can. 588. – § 1. Status vitae brevem conspectum status et vitae
consecratae, suapte natura, non est
nec clericalis nec laicalis. instituti eidem Apostolicae Sedi mittat.
§ 2. Cuiuslibet instituti Moderatores
promoveant notitiam documentorum
Sanctae Sedis, quae sodales sibi
concreditos respiciunt, eorumque
observantiam curent.
Can. 593. – Firmo praescripto Can. 586,
instituta iuris pontificii quoad regimen universali et constitutionibus definitur.
internum et disciplinam immediate et
exclusive potestati Sedis Apostolicae § 2. In institutis autem religionis
subiciuntur.
clericalibus iuris pontificii pollent
Can. 594. – Institutum iuris insuper potestate ecclesiastica
dioecesani, firmo Can. 586, permanet regiminis pro foro tam externo quam
sub speciali cura Episcopi dioecesani. interno.
Can. 595. – § 1. Episcopi sedis § 3. Potestati de qua in § 1 applicantur
principis est constitutiones approbare praescripta cann. 131, 133 et 137-144.
et immutationes in eas legitime Can. 597. – § 1. In vitae consecratae
introductas confirmare, salvis iis in institutum admitti potest quilibet
quibus Apostolica Sedes manus catholicus, recta intentione praeditus,
apposuerit, necnon negotia maiora qui qualitates habeat iure universali et
totum institutum respicientia rtactare, proprio requisitas nulloque detineatur
quae potestatem internae auctoritatis impedimento.
superent, consultis tamen ceteris
§ 2. Nemo admitti potest sine
Episcopis dioecesanis, si institutum
congrua praeparatione.
ad plures dioeceses propagatum
fuerit. Can. 598. – § 1. Unumquodque
§ 2. Episcopus dioecesanus potest institutum, attentis indole et finibus
dispensationes a constitutionibus propriis, in suis constitutionibus definiat
concedere in casibus particularibus.
modum quo consilia evangelica
Can. 596. – § 1. Institutorum castitatis, paupertatis et oboedientiae,
Superiores et capitula in sodales ea pro sua vivendi ratione, servanda sunt.
gaudent potestate, quae iure
oboedientis susceptum, obligat ad
§ 2. Sodales vero omnes debent non submissionem voluntatis erga legitimos
solum consilia evangelica fideliter Superiores, vices Dei gerentes, cum
integreque servare, sed etiam secundum proprias constitutiones
secundum ius proprium instituti vitam praecipiunt.
componere atque ita ad perfectionem
sui status contendere. Can. 602. – Vita fraterna, unicuique
instituto propria, qua sodales omnes in
Can. 599. – Evangelicum castitatis peculiarem veluti familiam in Christo
consilium propter Regnum coelorum coadunantur, ita definiatur ut cunctis
assumptum, quod signum est mundi mutuo adiutorio evadat ad suam
futuri et fons uberioris fecunditatis in cuiusque vocationem adimplendam.
indiviso corde, obligationem secumfert Fraterna autem communione, in caritate
continentiae perfectae in caelibatu. radicata et fundata, sodales exemplo sint
Can. 600. – Evangelicum consilium universalis in Christo reconciliationis.
paupertatis ad imitationem Christi, qui Can. 603. – § 1. Praeter vitae
propter nos egenus factus est cum consecratae instituta, Ecclesia agnoscit
esset dives, praeter vitam re et spiritu vitam eremiticam seu anachoreticam,
pauperem, operose in sobrietate qua christifideles arctiore a mundo
ducendam et a terrenis divitiis alienam, secessu, solitudinis silentio, assidua
secumfert dependentiam et limitationem prece et paenitentia, suam in laudem
in usu et dispositione bonorum ad Dei et mundi salutem vita devovent.
normam iuris proprii singulorum
institutorum. § 2. Eremita, uti Deo deditus in vita
consecrata, iure agnoscitur si tria
Can. 601. – Evangelicum oboedientiae evangelica consilia, voto vel alio sacro
consilium, spiritu fidei et amoris in ligamine firmata, publice profiteatur in
sequela Christi usque ad mortem manu Episcopi dioecesani et propriam
vivendi rationem sub ductu eiusdem § 3. Testimonium publicum a religiosis
servet. Christo et Ecclesiae reddendum illam
secumfert a mundo separationem,
Can. 604. – § 1. Hisce vitae quae
consecratae formis accedit ordo
virginum quae, sanctum propositum
emittentes Christum pressius sequendi,
ab Episcopo dioecesano iuxta
probatum ritum liturgicum Deo
consecrantur, Christo Dei Filio mystice
desponsantur et Ecclesiae servitio
dedicantur.
§ 2. Ad suum propositum fidelius
servandum et ad servitium Ecclesiae,
proprio statui consonum, mutuo
adiutorio perficiendum, virgines
consociari possunt.
Can. 605. – Novas formas vitae
consecratae approbare uni Sedi
Apostolicae reservatur. Episcopi
dioecesani autem nova vitae
consecratae dona a Spiritu Sancto
Ecclesiae concredita discernere
satagant iidemque adiuvent promotores
ut proposita meliore quo fieri potest
modo exprimant aptisque statutis
protegant, adhibitis praesertim
generalibus normis in hac parte
contentis.
Can. 606. – Quae de institutis vitae
consecratae eorumque sodalibus
statuuntur, pari iure de utroque sexu
valent, nisi ex contextu sermonis vel ex
rei natura aliud constet.
TITULUS II
DE INSTITUTIS
RELIGIOSIS
Can. 607. – § 1. Vita religiosa, utpote
totius personae consecratio, mirabile in
Ecclesia manifestat conubium a Deo
conditum, futuri saeculi signum. Ita
religiosus plenam suam consummat
donationem veluti sacrificium Deo
oblatum, quo tota ipsius exsistentia fit
continuus Dei cultus in caritate.
§ 2. Institutum religiosum est societas
in qua sodales secundum ius proprium
vota publica perpetua vel temporaria,
elapso tamen tempore renovanda,
nuncupant atque vitam fraternam in
communi ducunt.
opera apostolica destinetur diversa ab
indoli et fini uniuscuiusque illis pro quibus constituta est, requiritur
instituti est propria. consensus Episcopi dioecesani; non
Cap vero, si agatur de conversione, quae,
ut I salvis fundationis legibus, ad internum
De domibus religiosis regimen et disciplinam dumtaxat
earumque erectione et referatur.
suppressione
Can. 613. – § 1. Domus religiosa
Can. 608. – Communitas religiosa
canonicorum regularium et monachorum
habitare debet in domo legitime
sub proprii Moderatoris regimine et cura
constituta sub auctoritate Superioris
sui iuris est, nisi constitutiones aliter
ad normam iuris designati; singulae
ferant.
domus habeant saltem oratorium, in
quo Eucharistia celebretur et § 2. Moderator domus sui iuris est de
asservetur ut vere sit centrum iure Superior maior. Can. 614. –
communitatis. Monasteria monialium cuidam virorum
Can. 609. – § 1. Instituti religiosi instituto
domus eriguntur ab auctoritate consociata propriam vitae rationem
competenti iuxta constitutiones, et regimen iuxta
praevio Episcopi dioecesani consensu constitutiones obtinent. Mutua iura et
in scriptis dato. obligationes ita definiantur ut ex
consociatione spirituale bonum
§ 2. Ad erigendum monasterium proficere possit.
monialium requiritur insuper licentia Can. 615. – Monasterium sui iuris,
Apostolicae Sedis. quod praeter proprium Moderatorem
Can. 610. – § 1. Domorum erectio fit alium Superiorem maiorem non habet,
neque alicui religiosorum instituto ita
prae oculis habita utilitate Ecclesiae et
consociatum est ut eiusdem Superior
instituti atque in tuto positis iis quae
vera potestate constitutionibus
ad vitam religiosam sodalium rite
determinata in tale monasterium
agendam requiruntur, iuxta proprios
gaudeat, ad normam iuris peculiari
instituti fines et spiritum.
vigilantiae Episcopi dioecesani
§ 2. Nulla domus erigatur nisi iudicari committitur.
prudenter possit fore ut congrue
sodalium necessitatibus provideatur.
Can. 616. – § 1. Domus religiosa
Can. 611. – Consensus Episcopi legitime erecta supprimi potest a
dioecesani ad erigendam domum supremo Moderatore ad normam
religiosam alicuius instituti secumfert constitutionum, consulto Episcopo
ius: dioecesano. De bonis domus
1° vitam ducendi secundum suppressae provideat ius proprium
indolem et fines proprios institutis, salvis fundatorum vel
instituti; offerentium voluntatibus et iuribus
2° opera instituto propria legitime quaesitis.
exercendi ad normam iuris,
salvis condicionibus in § 2. Suppressio unicae domus instituti
consensu appositis;
ad Sanctam Sedem pertinet, cui etiam
3° pro institutis clericalibus
reservatur de bonis in casu statuere.
habendi ecclesiam, salvo
praescripto Can. 1215, § 3, et § 3. Supprimere domum sui iuris, de
qua in Can. 613, est capituli generalis,
sacra ministeria peragendi, nisi constitutiones aliter ferant.
servatis de iure servandis. § 4. Monialium monasterium sui iuris
supprimere ad Sedem Apostolicam
Can. 612. – Ut domus religiosa ad pertinet, servatis ad bona quod attinet
praescriptis constitutionum.
De institutorum
Caput II
regimine Art. 1 Can. 622. – Supremus Moderator
De Superioribus et consiliis potestatem obtinet in omnes instituti
provincias, domos et sodales,
Can. 617. – Superiores suum munus
adimpleant suamque potestatem exercendam secundum ius proprium;
exerceant ad normam iuris universalis ceteri Superiores ea gaudent intra fines
et proprii.
sui muneris.
Can. 618. – Superiores in spiritu servitii
suam potestatem a Deo per ministerium Can. 623. – Ut sodales ad munus
Ecclesiae receptam exerceant. Voluntati Superioris valide nominentur aut
igitur Dei in munere explendo dociles, eligantur, requiritur congruum tempus
ipsi subditos regant uti filios Dei, ac post professionem perpetuam vel
promoventes cum reverentia personae definitivam, a iure proprio vel, si agatur
humanae illorum voluntariam de Superioribus maioribus, a
oboedientiam, libenter eos audiant constitutionibus determinandum.
necnon eorum conspirationem in bonum Can. 624. – § 1. Superiores ad certum et
instituti et Ecclesiae foveant, firma conveniens temporis spatium iuxta
tamen ipsorum auctoritate decernendi naturam et necessitatem instituti
et praecipiendi quae agenda sunt. constituantur, nisi pro supremo
Can. 619. – Superiores suo officio Moderatore et pro Superioribus domus
sedulo incumbant et una cum sodalibus sui iuris constitutiones aliter ferant.
sibi commissis studeant aedificare § 2. Ius proprium aptis normis provideat,
fraternam in Christo communitatem, in ne Superiores, ad tempus definitum
qua Deus ante omnia quaeratur et constituti, diutius sine intermissione in
diligatur. Ipsi igitur nutriant sodales regiminis officis versentur.
frequenti verbi Dei pabulo eosque § 3. Possunt tamen durante munere ab
adducant ad sacrae liturgiae officio amoveri vel in aliud transferri ob
causas iure proprio statutas.
celebrationem. Eis exemplo sint in
virtutibus colendis et in observantia Can. 625. – § 1. Supremus instituti
Moderator electione canonica designetur
legum et traditionum proprii instituti; ad normam constitutionum.
eorum necessitatibus personalibus § 2. Electionibus Superioris monasterii sui
convenienter subveniant, infirmos iuris, de quo in Can. 615, et supremi
sollicite curent ac visitent, corripiant Moderatoris instituti iuris dioecesani
inquietos, consolentur pusillanimes,
praeest Episcopus sedis principis.
patientes sint erga omnes.
§ 3. Ceteri Superiores ad normam
Can. 620. – Superiores maiores sunt, constitutionum constituantur; ita tamen ut,
qui totum regunt institutum, vel eius si eligantur, confirmatione Superioris
provinciam, vel partem eidem maioris competentis indigeant; si vero a
aequiparatam, vel domum sui iuris,
Superiore nominentur, apta consultatio
itemque eorum vicarii. His accedunt
praecedat.
Abbas Primas et Superior
congregationis monasticae, qui tamen Can. 626. – Superiores in collatione
non habent omnem potestatem, quam officiorum et sodales in electionibus
ius universale Superioribus maioribus normas iuris universalis et proprii
tribuit. servent, abstineant a quovis abusu et
acceptione personarum, et, nihil praeter
Can. 621. – Plurium domorum
Deum et bonum instituti prae oculis
coniunctio, quae sub eodem Superiore
habentes,
partem immediatam eiusdem instituti
constituat et ab auctoritate legitima
canonice erecta sit, nomine venit
provinciae.
§ 3. In monasteriis monialium, in
nominent aut eligant quos in Domino domibus formationis et in
vere dignos et aptos sciant. Caveant communitatibus numerosioribus
praeterea in electionibus a laicalibus habeantur confessarii ordinarii
suffragiorum procuratione sive directe ab Ordinario loci probati, collatis
sive indirecte, tam pro seipsis quam consiliis cum communitate, nulla tamen
pro aliis. facta obligatione ad illos accedendi.
Can. 627. – § 1. Ad normam § 4. Subditorum confessiones
constitutionum, Superiores proprium Superiores ne audiant, nisi sponte sua
habeant consilium, cuius opera in sodales id petant.
munere exercendo utantur oportet.
§ 5. Sodales cum fiducia Superiores
§ 2. Praeter casus in iure universali adeant, quibus animum suum libere ac
praescriptos, ius proprium determinet sponte aperire possunt. Vetantur autem
casus in quibus consensus vel Superiores eos quoquo modo inducere
consilium ad valide agendum ad conscientiae manifestationem sibi
requiratur ad normam Can. 127 peragendam.
exquirendum.
Can. 628. – § 1. Superiores, qui iure Art. 2
proprio instituti ad hoc munus
designantur, statis temporibus domos De
et sodales sibi commissos iuxta
normas eiusdem iuris proprii visitent. capituli
§ 2. Episcopi dioecesani ius et
officium est visitare etiam quoad s
disciplinam religiosam:
1° monasteria sui iuris de quibus Can. 631. – § 1. Capitulum generale,
in Can. 615; quod supremam auctoritatem ad
normam constitutionum in instituto
2° singulas domos instituti iuris obtinet, ita efformetur ut totum
dioecesani in proprio territorio institutum repraesentans, verum signum
sitas. eiusdem unitatis in caritate evadat.
§ 3. Sodales fiducialiter agant cum Eius praecipue est: patrimonium
visitatore, cui legitime interroganti instituti, de quo in Can. 578, tueri et
respondere tenentur secundum accommodatam renovationem iuxta
veritatem in caritate; nemini vero fas ipsum promovere, Moderatorem
est quoquo modo sodales ab hac supremum eligere, maiora negotia
obligatione avertere, aut visitationis tractare, necnon normas edicere,
quibus omnes parere tenentur.
scopum aliter impedire.
Can. 629. – In sua quisque domo § 2. Compositio et ambitus potestatis
Superiores commorentur, nec ab capituli definiantur in constitutionibus;
eadem discedant, nisi ad normam iuris ius proprium ulterius determinet
proprii. ordinem servandum in celebratione
capituli, praesertim quod ad electiones
Can. 630. – § 1. Superiores et rerum agendarum rationes attinet.
sodalibus debitam agnoscant
libertatem circa paenitentiae § 3. Iuxta normas in iure proprio
sacramentum et conscientiae determinatas, non modo provinciae et
moderamen, salva tamen instituti
disciplina. communitates locales, sed etiam quilibet
§ 2. Solliciti sint Superiores ad sodalis optata sua et suggestiones
normam iuris proprii, ut sodalibus capitulo generali libere mittere potest.
idonei confessarii praesto sint, apud Can. 632. – Ius proprium accurate
determinet quae pertineant ad alia
quos frequenter confiteri possint. instituti capitula et ad alias similes
coadunationes, nempe ad eorum
naturam, auctoritatem, compositionem,
tempus celebrationis.
modum procedendi et
Can. 633. – § 1. Organa participationis quibus in Can. 615, Ordinario loci
vel consultationis munus sibi rationem administrationis reddere debent
commissum fideliter expleant ad semel in anno; loci Ordinario insuper
normam iuris universalis et ius esto cognoscendi de rationibus
proprii,eademque suo modo curam et oeconomicis domus religiosae iuris
participationem omnium sodalium pro dioecesani.
bono totius instituti vel communitatis
Can. 638. – § 1. Ad ius proprium pertinet,
exprimant.
intra ambitum iuris universalis,
§ 2. In his mediis participationis et determinare actus qui finem et modum
consultationis instituendis et adhibendis
sapiens servetur discretio, atque ordinariae administrationis excedant,
modus eorum agendi indoli et fini atque ea statuere quae ad valide
instituti sit conformis.
ponendum actum extraordinariae
Art. 3 administrationis necessaria sunt.
De bonis temporalibus eorumque § 2. Expensas et actus iuridicos
administratione ordinariae administrationis valide, praeter
Can. 634. – § 1. Instituta, provinciae et Superiores, faciunt, intra fines sui
domus, utpote personae iuridicae ipso muneris, officiales quoque, qui in iure
iure, capaces sunt acquirendi, proprio ad hoc designantur.
possidendi, administrandi et alienandi § 3. Ad validitatem alienationis et
bona temporalia, nisi haec capacitas in cuiuslibet negotii in quo condicio
constitutionibus excludatur vel patrimonialis personae iuridicae peior
coarctetur. fieri potest, requiritur licentia in scripto
§ 2. Vitent tamen quamlibet speciem data Superioris competentis cum
luxus, immoderati lucri et bonorum consensu sui consilii. Si tamen agatur de
cumulationis.
Can. 635. – § 1. Bona temporalia negotio quod summam a Sancta Sede
institutorum religiosorum, utpote pro cuiusque regione definitam superet,
ecclesiastica, reguntur praescriptis Libri itemque de rebus ex voto Ecclesiae
V De bonis Ecclesiae temporalibus, nisi
aliud expresse caveatur. donatis aut de rebus pretiosis artis vel
§ 2. Quodlibet tamen institutum aptas historiae causa, requiritur insuper ipsius
normas statuat de usu et Sanctae Sedis licentia.
administratione bonorum, quibus § 4. Pro monasteriis sui iuris, de
paupertas sibi propria foveatur, quibus in Can. 615, et institutis iuris
defendatur et exprimatur. dioecesani accedat necesse est
Can. 636. – § 1. In quolibet instituto et consensus Ordinarii loci in scriptis
similiter in qualibet provincia quae a praestitus.
Superiore maiore regitur, habeatur Can. 639. – § 1. Si persona iuridica
oeconomus, a Superiore maiore debita et obligationes contraxerit etiam
distinctus et ad normam iuris proprii cum Superiorum licentia, ipsa tenetur
constitutus, qui administrationem de eisdem respondere.
bonorum gerat sub directione respectivi § 2. Si sodalis cum licentia Superioris
Superioris. Etiam in communitatibus contraxerit de suis bonis, ipse
respondere debet, si vero de mandato
localibus instituatur, quantum fieri Superioris negotium instituti gesserit,
potest, oeconomus a Superiore locali institutum respondere debet.
distinctus. § 3. Si contraxerit religiosus sine ulla
§ 2. Tempore et modo iure proprio Superiorum licentia, ipse
statutis, oeconomi et alii administratores
auctoritati competenti peractae
administrationis rationem reddant.
Can. 637. – Monasteria sui iuris, de
2° coniux, durante
respondere debet, non matrimonio;
autem persona iuridica.
3° qui sacro vinculo cum aliquo
§ 4. Firmum tamen esto, contra eum, instituto vitae consecratae actu
obstringitur vel in aliqua societate
in cuius rem aliquid ex inito contractu vitae apostolicae incorporatus
versum est, semper posse actionem est, salvo praescripto Can. 684;
institui. 4° qui institutum ingreditur vi,
metu gravi aut dolo inductus, vel
§ 5. Caveant Superiores religiosi is quem Superior eodem modo
inductus recipit;
ne debita contrahenda permittant,
nisi certo constet ex consuetis 5° qui celaverit suam
reditibus posse debiti foenus solvi et incorporationem in aliquo instituto
intra tempus non nimis longum per vitae consecratae aut in aliqua
legitimam amortizationem reddi societate vitae apostolicae.
summam capitalem. § 2. Ius proprium potest alia
Can. 640. – Instituta, ratione habita impedimenta etiam ad validitatem
singulorum locorum, testimonium admissionis constituere vel condiciones
caritatis et paupertatis quasi apponere.
collectivum reddere satagant et pro Can. 644. – Superiores ad novitiatum
viribus ex propriis bonis aliquid ne admittant clericos saeculares
inconsulto proprio ipsorum Ordinario,
conferant ad Ecclesiae necessitatibus nec aere alieno gravatos qui ad
et egenorum sustentationi solvendum pares non sint.
subveniendum. Can. 645. – § 1. Candidati, antequam
ad novitiatum admittantur, testimonium
Caput III baptismatis et confirmationis necnon
status liberi exhibere debent.
De candidatorum admissione et de § 2. Si agatur de admittendis clericis
sodalium institutione Art. 1 iisve qui in aliud institutum vitae
consecratae, in societatem vitae
De admissione in novitiatum apostolicae vel in seminarium admissi
fuerint, requiritur insuper testimonium
Can. 641. – Ius candidatos admittendi
respective Ordinarii loci vel Superioris
ad novitiatum pertinet ad Superiores maioris instituti, vel societatis, vel
maiores ad normam iuris proprii. rectoris seminarii.
Can. 642. – Superiores vigilanti cura § 3. Ius proprium exigere potest alia
eos tantum admittant qui, praeter testimonia de requisita idoneitate
candidatorum et de immunitate ab
aetatem requisitam, habeant impedimentis.
valetudinem, aptam indolem et § 4. Superiores alias quoque
sufficientes maturitatis qualitates ad informationes, etiam sub secreto, petere
possunt, si ipsis necessarium visum
vitam instituti propriam amplectendam; fuerit.
quae valetudo, indoles et maturitas
comprobentur adhibitis etiam, si opus Art.
fuerit, peritis, firmo praescripto Can. 2
220. De novitiatu et
Can. 643. – § 1. Invalide ad novitiorum institutione
novitiatum admittitur: Can. 646. – Novitiatus, quo vita in
1° qui decimum septimum instituto incipitur, ad hoc ordinatur, ut
aetatis annum nondum novitii vocationem divinam, et quidem
compleverit;
instituti
spiritu mentem et cor informent, atque
propriam, melius agnoscant, vivendi ipsorum propositum et idoneitas
modum instituti experiantur eiusque comprobentur.
Can. 647. – § 1. Domus novitiatus § 3. Novitiorum institutioni praeficiantur
erectio, translatio et suppressio fiant sodales sedulo praeparati qui, aliis
per decretum scripto datum
supremi Moderatoris instituti de oneribus non impediti, munus suum
consensu sui consilii. fructuose et stabili modo absolvere
§ 2. Novitiatus, ut validus sit, peragi possint.
debet in domo ad hoc rite designata. In Can. 652. – § 1. Magistri eiusque
casibus particularibus et ad modum cooperatorum est novitiorum vocationem
exceptionis, ex concessione discernere et comprobare, eosque
Moderatoris supremi de consensu sui gradatim ad vitam perfectionis instituti
consilii, candidatus novitiatum peragere propriam rite ducendam efformare.
potest in alia instituti domo, sub
moderamine alicuius probati religiosi, § 2. Novitii ad virtutes humanas et
qui vices magistri novitiorum gerat. christianas excolendas adducantur; per
orationem et sui abnegationem in
§ 3. Superior maior permittere potest ut pleniorem perfectionis viam
novitiorum coetus, per certa temporis introducantur; ad mysterium salutis
spatia, in alia instituti domo, a se contemplandum et sacras Scripturas
designata, commoretur. legendas et meditandas instruantur; ad
Can. 648. – § 1. Novitiatus, ut validus Dei cultum in sacra liturgia
sit, duodecim menses in ipsa novitiatus excolendum praeparentur; rationem
communitate peragendos complecti addiscant vitam ducendi Deo
debet, firmo praescripto Can. 647, § 3. hominibusque in Christo per consilia
evangelica consecratam; de instituti
§ 2. Ad novitiorum institutionem indole et spiritu, fine et disciplina, historia
perficiendam, constitutiones, praeter et vita edoceantur atque amore erga
tempus de quo in § 1, unum vel plura Ecclesiam eiusque sacros Pastores
exercitationis apostolicae tempora extra imbuantur.
novitiatus communitatem peragenda
statuere possunt. § 3. Novitii, propriae responsabilitatis
conscii, ita cum magistro suo active
§ 3. Novitiatus ultra collaborent ut gratiae divinae vocationis
biennium ne extendatur. fideliter respondeant.
Can. 649. – § 1. Salvis praescriptis can, § 4. Curent instituti sodales, ut in opere
647, § 3 et Can. 648,
§ 2, absentia a domo novitiatus quae institutionis novitiorum pro parte sua
tres menses, sive continuos sive cooperentur vitae exemplo et oratione.
intermissos, superet, novitiatum
invalidum reddit. Absentia quae § 5. Tempus novitiatus, de quo in Can.
quindecim dies superet, suppleri debet. 648, § 1, in opus formationis proprie
impendatur, ideoque novitii ne occupentur
§ 2. De venia competentis Superioris in studiis et muniis, quae huic formationi
non directe inserviunt.
maioris, prima professio anticipari
potest, non ultra quindecim dies.
Can. 650. – § 1. Scopus novitiatus
exigit ut novitii sub directione magistri
efformentur iuxta rationem institutionis
iure proprio definiendam.
§ 2. Regimen novitiorum, sub auctoritate
Superiorum maiorum, uni magistro
reservatur.
Can. 651. – § 1. Novitiorum magister
sit sodalis instituti qui vota perpetua
professus sit et legitime designatus.
§ 2. Magistro, si opus fuerit,
cooperatores dari possunt, qui ei
subsint quoad moderamen novitiatus et
institutionis rationem.
Can. 653. – § 1. Novitius institutum proprium, prorogari potest, ita tamen ut
libere deserere potest; competens totum tempus, quo sodalis votis
autem instituti auctoritas potest eum temporariis adstringitur, non superet
dimittere.
novennium.
§ 2. Exacto novitiatu, si idoneus
iudicetur, novitius ad professionem § 3. Professio perpetua anticipari potest
temporariam admittatur, secus ex iusta causa, non tamen ultra
dimittatur; si dubium supersit de eius trimestre.
idoneitate, potest probationis tempus a Can. 658. – Praeter condiciones de
Superiore maiore ad normam iuris quibus in Can. 656, nn. 3,
proprii, non tamen ultra sex menses 4 et 5 aliasque iure proprio
prorogari. appositas, ad validitatem
professionis
Ar perpetuae requiritur:
t. 1° vigesimus primus saltem
3 aetatis annus completus;
De professione religiosa 2° praevia professio
Can. 654. – Professione religiosa temporaria saltem per
sodales tria consilia evangelica triennium, salvo praescripto Can.
observanda voto publico assumunt,
Deo per Ecclesiae ministerium 657, § 3.
consecrantur et instituto incorporantur
cum iuribus et officiis iure definitis. Art.
Can. 655. – Professio temporaria ad 4
tempus iure proprio definitum
emittatur, quod neque triennio De religiosorum institutione
brevius neque sexennio longius sit.
Can. 659. – § 1. In singulis institutis,
Can. 656. – Ad validitatem
post primam professionem omnium
professionis temporariae requiritur ut: sodalium institutio perficiatur ad vitam
1° qui eam emissurus est, instituti propriam plenius ducendam et
decimum saltem octavum
aetatis annum compleverit; ad eius missionem aptius
2° novitiatus valide peractus sit; prosequendam.
3° habeatur admissio a § 2. Quapropter ius proprium rationem
competenti Superiore cum voto definire debet huius institutionis
sui consilii ad normam iuris libere
facta; eiusdemque durationis, attentis
Ecclesiae neces sitatibus atque
4° sit expressa et absque vi,
hominum temporumque condicionibus,
metu gravi aut dolo emissa; prout a fine et indole instituti exigitur.
5° a legitimo Superiore per
se vel per alium recipiatur. § 3. Institutio sodalium, qui ad sacros
Can. 657. – § 1. Expleto tempore ad ordines suscipiendos praeparantur, iure
quod professio emissa fuerit, universali regitur et propria instituti
religiosus, qui sponte petat et ratione studiorum.
idoneus iudicetur, ad renovationem Can. 660. – § 1. Institutio sit
professionis vel ad professionem systematica, captui sodalium
perpetuam admittatur, secus discedat. accommodata, spiritualis et apostolica,
§ 2. Si opportunum vero videatur, doctrinalis simul ac practica, titulis
periodus professionis temporariae a etiam congruentibus, tam ecclesiasticis
competenti Superiore, iuxta ius quam
institutionis, sodalibus officia et opera ne
civilibus, pro committantur, quae eam impediant.
opportunitate obtentis.
Can. 661. – Per totam vitam religiosi
§ 2. Perdurante tempore huius formationem suam spiritualem,
doctrinalem et practicam sedulo § 2. Sodalis, qui e domo religiosa
prosequantur; Superiores autem eis
adiumenta et tempus ad hoc procurent. illegitime abest cum animo sese
Caput IV subducendi a potestate Superiorum,
sollicite ab eisdem quaeratur et adiuvetur
De institutorum eorumque ut redeat et in sua vocatione
sodalium
obligationibus et perseveret.
iuribus
Can. 662. – Religiosi sequelam Can. 666. – In usu mediorum
Christi in Evangelio propositam et in communicationis socialis servetur
constitutionibus proprii instituti
expressam tamquam supremam vitae necessaria discretio atque vitentur quae
regulam habeant. sunt vocationi propriae nociva et castitati
Can. 663. – § 1. Rerum divinarum personae consecratae periculosa.
contemplatio et assidua cum Deo in Can. 667. – § 1. In omnibus domibus
oratione unio omnium religiosorum clausura indoli et missioni instituti
primum et praecipuum sit officium. accommodata servetur
§ 2. Sodales cotidie pro viribus secundum determinationes proprii
Sacrificium eucharisticum participent, iuris, aliqua parte domus religiosae solis
sanctissimum Corpus Christi recipiant sodalibus semper reservata.
et ipsum Dominum in Sacramento § 2. Strictior disciplina clausurae in
monasteriis ad vitam contemplativam
praesentem adorent. ordinatis servanda est.
§ 3. Lectioni sacrae Scripturae et § 3. Monasteria monialium, quae integre
orationi mentali vacent, iuxta iuris proprii ad vitam contemplativam ordinantur,
praescripta liturgiam horarum digne clausuram papalem, iuxta normas scilicet
celebrent, firma pro clericis obligatione ab Apostolica Sede datas, observare
de qua in Can. 276, § 2, n. 3, et alia debent. Cetera monialium monasteria
pietatis exercitia peragant. clausuram propriae indoli
§ 4. Speciali cultu Virginem Deiparam, accommodatam et in constitutionibus
omnis vitae consecratae exemplum et definitam servent.
tutamen, etiam per mariale rosarium § 4. Episcopus dioecesanus facultatem
prosequantur. habet ingrediendi, iusta de causa, intra
§ 5. Annua sacri recessus clausuram monasteriorum monialium,
tempora fideliter servent. quae sita sunt in sua dioeces i, atque
permittendi, gravi de causa et assentiente
Can. 664. – In animi erga Deum Antistita, ut alii in clausuram admittantur,
conversione insistant religiosi, ac moniales ex ipsa egrediantur ad
conscientiam etiam cotidie examinent tempus vere necessarium.
et ad paenitentiae sacramentum
Can. 668. – § 1. Sodales ante primam
frequenter accedant.
professionem suorum
Can. 665. – § 1. Religiosi in propria
domo religiosa habitent vitam
communem servantes, nec ab ea
discedant nisi de licentia sui Superioris.
Si autem agatur de diuturna a domo
absentia, Superior maior, de consensu
sui consilii atque iusta de causa, sodali
concedere potest ut extra domum
instituti degere possit, non tamen ultra
annum, nisi causa infirmitatis curandae,
ratione studiorum aut apostolatus
exercendi nomine instituti.
normam constitutionum necessaria
bonorum administrationem cedant cui sunt ad suae vocationis finem
maluerint et, nisi constitutiones aliud assequendum.
ferant, de eorum usu et usufructu
Can. 671. – Religiosus munera et officia
libere disponant. Testamentum autem, extra proprium institutum ne recipiat
quod etiam in iure civili sit validum, absque licentia legitimi Superioris.
saltem ante professionem perpetuam Can. 672. – Religiosi adstringuntur
condant. praescriptis cann. 277, 285, 286, 287
§ 2. Ad has dispositiones iusta de et 289, et religiosi clerici insuper
causa mutandas et ad quemlibet praescriptis Can. 279, § 2; in institutis
actum ponendum circa bona laicalibus iuris pontificii, licentia de qua
temporalia, licentia Superioris in Can. 255, § 4, concedi potest a
competentis ad normam iuris proprii proprio Superiore maiore.
indigent. Capu
§ 3. Quidquid religiosus propria tV
acquirit industria vel ratione instituti, De apostolatu institutorum
acquirit instituto. Quae e ratione Can. 673. – Omnium religiosorum
pensionis, subventionis vel apostolatus primum in eorum vitae
assecurationis quoquo modo consecratae testimonio consistit, quod
oratione et paenitentia fovere tenentur.
obveniunt, instituto acquiruntur, nisi
aliud iure proprio statuatur. Can. 674. – Instituta, quae integre ad
contemplationem ordinantur in Corpore
§ 4. Qui ex instituti natura plene bonis Christi mystico praeclaram semper
suis renuntiare debet, illam partem obtinent: Deo enim eximium
renuntiationem, forma, quantum fieri laudis sacrificium offerunt, populum Dei
potest, etiam iure civili valida, ante uberrimis sanctitatis fructibus collustrant
professionem perpetuam faciat a die eumque exemplo movent necnon
emissae professionis valituram. Idem arcana fecunditate apostolica dilatant.
faciat professus a votis perpetuis, qui Qua de causa, quantumvis actuosi
ad normam iuris proprii bonis suis pro apostolatus urgeat necessitas, sodales
parte vel totaliter de licentia supremi horum institutorum advocari nequeunt ut
Moderatoris renuntiare velit. in variis ministeriis pastoralibus operam
§ 5. Professus, qui ob instituti adiutricem praestent.
naturam plene bonis suis Can. 675. – § 1. In institutis operibus
renuntiaverit, capacitatem acquirendi apostolatus deditis, apostolica actio ad
et possidendi amittit, ideoque actus ipsam eorundem naturam pertinet.
voto paupertatis contrarios invalide Proinde, tota vita sodalium spiritu
ponit. Quae autem ei post apostolico imbuatur, tota vero actio
renuntiationem obveniunt, instituto apostolica spiritu religioso informetur.
cedunt ad normam iuris proprii.
§ 2. Actio apostolica ex intima cum
Can. 669. – § 1. Religiosi habitum
Deo unione semper procedat
instituti deferant, ad normam iuris
eandemque confirmet et foveat.
proprii confectum, in signum suae
consecrationis et in testimonium § 3. Actio apostolica, nomine et
mandato Ecclesiae exercenda, in eius
paupertatis. communione peragatur.
§ 2. Religiosi clerici instituti, quod Can. 676. – Laicalia instituta, tum
proprium non habet habitum, vestem virorum tum mulierum, per misericordiae
clericalem ad normam Can. 284 opera spiritualia et corporalia munus
assumant. pastorale Ecclesiae participant
hominibusque diversissima praestant
Can. 670. – Institutum debet servitia; quare in suae vocationis gratia
fideliter permaneant.
sodalibus suppeditare omnia quae ad
Can. 677. – § 1. Superiores et sodales missionem et opera
inter alia, expresse et accurate
instituti propria fideliter retineant; ea definiantur quae ad opus explendum, ad
tamen, attentis temporum et locorum sodales eidem addicendos et ad res
necessitatibus, prudenter oeconomicas spectent.
accommodent, novis etiam et
opportunis mediis adhibitis. Can. 682. – § 1. Si de officio
§ 2. Instituta autem, si quas habeant ecclesiastico in dioecesi alicui sodali
associationes christifidelium sibi religioso conferendo agatur, ab Episcopo
coniunctas, speciali cura adiuvent, ut dioecesano religiosus nominatur,
genuino spiritu suae familiae imbuantur.
praesentante vel saltem assentiente
Can. 678. – § 1. Religiosi subsunt competenti Superiore.
potestati Episcoporum, quos devoto
obsequio ac reverentia prosequi § 2. Religiosus ab officio commisso
tenentur, in iis quae curam animarum, amoveri potest ad nutum sive auctoritatis
exercitium publicum cultus divini et committentis, monito Superiore religioso,
alia apostolatus opera respiciunt. sive Superioris, monito committente, non
requisito alterius consensu.
§ 2. In apostolatu externo exercendo
religiosi propriis quoque Superioribus Can. 683. – § 1. Ecclesias et oratoria,
subsunt et disciplinae instituti fideles quibus christifideles habitualiter
permanere debent; quam obligationem accedunt, scholas aliaque opera
ipsi Episcopi, si casus ferat, urgere ne religionis vel caritatis sive spiritualis sive
omittant. temporalis religiosis commissa,
Episcopus dioecesanus visitare potest,
§ 3. In operibus apostolatus
religiosorum ordinandis Episcopi sive per se sive per alium, tempore
dioecesani et Superiores religiosi visitationis pastoralis et etiam in casu
collatis consiliis procedant oportet.
necessitatis; non vero scholas, quae
Can. 679. – Episcopus dioecesanus, exclusive pateant propriis instituti alumnis.
urgente gravissima causa, sodali § 2. Quod si forte abusus deprehenderit,
instituti religiosi prohibere potest frustra Superiore religioso monito,
quominus in dioecesi commoretur, si propria auctoritate ipse per se providere
potest.
eius Superior maior monitus
prospicere neglexerit, re tamen ad Caput VI
Sanctam Sedem statim delata. De separatione sodalium
Can. 680. – Inter varia instituta, et etiam ab instituto Art. 1
inter eadem et clerum saecularem,
ordinata foveatur cooperatio necnon, De transitu ad aliud institutum
sub moderamine Episcopi dioecesani, Can. 684. – § 1. Sodalis a votis perpetuis
omnium operum et actionum nequit a proprio ad aliud institutum
religiosum transire, nisi ex concessione
apostolicarum coordinatio, salvis indole, supremi Moderatoris utriusque instituti et
fine singulorum institutorum et legibus de consensu sui cuiusque consilii.
fundationis. § 2. Sodalis, post peractam probationem
Can. 681. – § 1. Opera quae ab quae ad tres saltem
Episcopo dioecesano committuntur
religiosis, eiusdem Episcopi auctoritati
et directioni subsunt, firmo iure
Superiorum religiosorum ad normam
Can. 678, §§ 2 et 3.
§ 2. In his casibus ineatur conventio
scripta inter Episcopum dioecesanum et
competentem instituti Superiorem, qua,
Ordinarii loci in quo commorari debet,
annos protrahenda est, ad si agitur de clerico. Indultum prorogare
professionem perpetuam in novo vel illud ultra triennium concedere
instituto admitti potest. Si autem Sanctae Sedi vel, si de institutis iuris
sodalis hanc professionem emittere dioecesani agitur, Episcopo dioecesano
renuat vel ad eam emittendam a reservatur.
competentibus Superioribus non
admittatur, ad pristinum institutum § 2. Pro monialibus indultum
exclaustrationis concedere unius
redeat, nisi indultum saecularizationis Apostolicae Sedis est.
obtinuerit. § 3. Petente supremo Moderatore de
§ 3. Ut religiosus a monasterio sui consensu sui consilii, exclaustratio
iuris ad aliud eiusdem instituti vel imponi potest a Sancta Sede pro sodale
foederationis aut confoederationis instituti iuris pontificii vel ab Episcopo
transire possit, requiritur et sufficit dioecesano pro sodale instituti iuris
consensus Superioris maioris dioecesani, ob graves causas, servata
utriusque monasterii et capituli aequitate et caritate.
monasterii recipientis, salvis aliis Can. 687. – Sodalis exclaustratus
requisitis iure proprio statutis; nova exoneratus habetur ab obligationibus,
professio non requiritur. quae cum nova suae vitae condicione
§ 4. Ius proprium determinet tempus componi nequeunt, itemque sub
et modum probationis, quae dependentia et cura manet suorum
professioni sodalis in novo instituto
praemittenda est. Superiorum et etiam Ordinarii loci,
§ 5. Ut ad institutum saeculare aut praesertim si de clerico agitur. Habitum
ad societatem vitae apostolicae vel instituti deferre potest, nisi aliud in
ex illis ad institutum religiosum fiat indulto statuatur. Voce tamen activa et
transitus, requiritur licentia Sanctae passiva caret.
Sedis, cuius mandatis standum est. Can. 688. – § 1. Qui expleto
professionis tempore ab instituto egredi
Can. 685. – § 1. Usque ad voluerit, illud derelinquere potest.
emissionem professionis in novo § 2. Qui perdurante professione
instituto, manentibus votis, iura et temporaria, gravi de causa, petit ut
obligationes quae sodalis in priore institutum derelinquat, indultum
instituto habebat, suspenduntur; ab discedendi consequi potest in instituto
incepta tamen probatione, ipse ad iuris pontificii a supremo Moderatore
observantiam iuris proprii novi instituti de consensu sui consilii; in institutis
tenetur. autem iuris dioecesani et in monasteriis,
§ 2. Per professionem in novo de quibus in Can. 615, indultum, ut
instituto sodalis eidem incorporatur, valeat, confirmari debet ab Episcopo
cessantibus votis, iuribus et domus assignationis.
obligationibus praecedentibus. Can. 689. – § 1. Sodalis, expleta
Ar professione temporaria, si iustae
t. causae affuerint, a competenti
2 Superiore maiore, audito suo consilio, a
subsequenti professione emi ttenda
De egressu ab instituto excludi potest.
Can. 686. – § 1. Supremus § 2. Infirmitas physica vel psychica,
Moderator, de consensu sui consilii, etiam post professionem contracta,
sodali a votis perpetuis professo, quae, de iudicio peritorum, sodalem, de
gravi de causa concedere potest quo in § 1, reddit ineptum ad vitam in
indultum exclaustrationis, non tamen instituto ducendam, causam constituit
ultra triennium, praevio consensu eum non admittendi ad professionem
renovandam vel ad perpetuam peractum infirmitas contracta fuerit.
emittendam, nisi ob neglegentiam § 3. Si vero religiosus, perdurantibus
instituti vel ob laborem in instituto votis temporariis, amens
evaserit, etsi novam professionem De dimissione sodalium
emittere non valeat, ab instituto tamen
dimitti non potest. Can. 694. – § 1. Ipso facto dimissus ab
Can. 690. – § 1. Qui, expleto novitiatu instituto habendus est sodalis qui:
vel post professionem, legitime ab 1° a fide catholica notorie defecerit;
instituto egressus fuerit, a Moderatore 2° matrimonium contraxerit vel,
supremo de consensu sui consilii rursus etiam civiliter tantum, attentaverit.
admitti potest sine onere repetendi § 2. His in casibus Superior maior cum
novitiatum; eiusdem autem Moderatoris suo consilio, nulla mora interposita,
collectis probationibus, declarationem
erit determinare congruam probationem facti emittat, ut iuridice constet de
praeviam professioni temporariae et dimissione.
tempus votorum ante professionem Can. 695. – § 1. Sodalis dimitti debet ob
perpetuam praemittendum, ad normam delicta de quibus in cann. 1397, 1398 et
cann. 655 et 657. 1395, nisi in delictis, de quibus in Can.
§ 2. Eadem facultate gaudet Superior 1395, § 2, Superior censeat dimissionem
monasterii sui iuris cum consensu sui non esse omnino necessariam et
consilii.
emendationi sodalis atque restitutioni
Can. 691. – § 1. Professus a votis iustitiae et reparationi scandali satis alio
perpetuis indultum discedendi ab modo consuli posse.
instituto ne petat, nisi ob gravissimas
causas coram Domino perpensas; § 2. Hisce in casibus, Superior maior,
petitionem suam deferat supremo collectis probationibus circa facta et
instituti Moderatori, qui eam una cum imputabilitatem, sodali dimittendo
voto suo suique consilii auctoritati accusationem atque probationes
competenti transmittat. significet, data eidem facultate sese
defendendi. Acta omnia a Superiore
§ 2. Huiusmodi indultum in institutis maiore et a notario subscripta, una cum
iuris pontificii Sedi Apostolicae responsionibus sodalis scripto redactis et
reservatur; in institutis vero iuris ab ipso sodale subscriptis, supremo
dioecesani, id etiam Episcopus Moderatori transmittantur.
dioecesis, in qua domus assignationis
sita est, concedere potest. Can. 696. – § 1. Sodalis dimitti etiam
potest ob alias causas, dummodo sint
Can. 692. – Indultum discedendi legitime graves, externae, imputabiles et
concessum et sodali notificatum, nisi in iuridice comprobatae, uti sunt: habitualis
actu notificationis ab ipso sodale neglectus obligationum vitae consecratae;
reiectum fuerit, ipso iure secumfert iteratae violationes sacrorum
dispensationem a votis necnon ab vinculorum; pertinax inoboedientia
omnibus obligationibus ex professione legitimis praescriptis Superiorum in
ortis. materia gravi; grave scandalum ex
Can. 693. – Si sodalis sit clericus, culpabili modo agendi sodalis ortum;
indultum non conceditur priusquam pertinax sustentatio vel diffusio
inveniat Episcopum qui eum in dioecesi doctrinarum ab Ecclesiae magisterio
incardinet vel saltem ad experimentum damnatarum; publica adhaesio ideologiis
recipiat. Si ad experimentum materialismo vel atheismo infectis;
recipiatur, transacto quinquennio, ipso illegitima absentia, de qua in Can. 665, §
iure dioecesi incardinatur, nisi 2, per semestre protracta; aliae causae
Episcopus eum recusaverit. similis gravitatis iure proprio instituti forte
determinatae.
Art. 3
§ 2. Ad dimissionem sodalis a votis maior, audito suo consilio, censuerit
temporariis, etiam causae minoris processum dimissionis esse
gravitatis in iure proprio statutae inchoandum:
sufficiunt. 1° probationes colligat vel
compleat;
Can. 697. – In casibus de quibus in
Can. 696, si Superior 2° sodalem scripto vel coram
duobus testibus moneat cum
explicita comminatione
subsecuturae dimissionis nisi
resipiscat, clare significata causa
dimissionis et data sodali
plena facultate sese defendendi;
quod si monitio incassum cedat,
ad alteram monitionem, spatio
saltem quindecim dierum
interposito, procedat;
3° si haec quoque monitio
incassum ceciderit et Superior
maior cum suo consilio censuerit
de incorrigibilitate satis constare
et defensiones sodalis
insufficientes esse, post
quindecim dies ab ultima
monitione frustra elapsos, acta
omnia ab ipso Superiore maiore
et a notario subscripta una cum
responsionibus sodalis ab ipso
sodale subscriptis supremo
Moderatori transmittat.
Can. 698. – In omnibus casibus, de
quibus in cann. 695 et 696, firmum
semper manet ius sodalis cum supremo
Moderatore communicandi et illi
directe suas defensiones exhibendi.
Can. 699. – § 1. Supremus Moderator
cum suo consilio, quod ad validitatem
saltem quattuor membris constare
debet, collegialiter procedat ad
probationes, argumenta et defensiones
accurate perpendenda, et si per
secretam suffragationem id decisum
fuerit, decretum dimissionis ferat,
expressis ad validitatem saltem
summarie motivis in iure et in facto.
§ 2. In monasteriis sui iuris, de quibus
in Can. 615, dimissionem decernere
pertinet ad Episcopum dioecesanum,
cui Superior acta a consilio suo
recognita submittat.
Can. 700. – Decretum dimissionis vim
non habet, nisi a Sancta Sede eodem repetere possunt ob quamlibet
confirmatum fuerit, cui decretum et operam in eo praestitam.
acta omnia transmittenda sunt; si § 2. Institutum tamen aequitatem et
agatur de instituto iuris dioecesani, evangelicam caritatem servet erga
sodalem, qui ab eo separatur.
confirmatio spectat ad Episcopum
dioecesis ubi sita est domus, cui Can. 703. – In casu gravis scandali
religiosus adscriptus est. Decretum exterioris vel gravissimi nocumenti
vero, ut valeat, indicare debet ius, instituto imminentis, sodalis statim a
quo dimissus gaudet, recurrendi intra Superiore maiore vel, si periculum sit in
decem dies a recepta mora, a Superiore locali cum consensu
notificatione ad auctoritatem sui consilii e domo religiosa eici potest.
competentem. Recursus effectum Superior maior, si opus sit, dimissionis
habet suspensivum. processum ad normam iuris
instituendum curet, aut rem Sedi
Can. 701. – Legitima dimissione ipso Apostolicae deferat.
facto cessant vota necnon iura et
obligationes ex professione Can. 704. – De sodalibus, qui ab
promanantia. Si tamen sodalis sit instituto sunt quoquo modo separati, fiat
clericus, sacros ordines exercere mentio in relatione Sedi Apostolicae
nequit, donec Episcopum inveniat qui mittenda, de qua in Can. 592, § 1.
eum post congruam probationem in Caput VII
dioecesi, ad normam Can. 693,
recipiat vel saltem exercitium De religiosis ad episcopatum
sacrorum ordinum permittat. evectis
Can. 705. – Religiosus ad episcopatum
Can. 702. – § 1. Qui ex instituto evectus instituti sui sodalis remanet, sed
religioso legitime egrediantur vel ab vi voti oboedientiae uni Romano Pontifici
obnoxius est, et obligationibus non
eo legitime dimissi fuerint, nihil ab adstringitur, quas ipse
Can. 707. – § 1. Religiosus Episcopus
prudenter iudicet cum sua condicione emeritus habitationis sedem sibi eligere
componi non posse. Can. 706. – potest etiam extra domos sui instituti, nisi
aliud a Sede Apostolica provisum fuerit.
Religiosus de quo supra:
§ 2. Quoad eius congruam et dignam
1° si per professionem dominium sustentationem, si cuidam dioecesi
bonorum amiserit, bonorum quae inserviverit, servetur Can. 402, § 2, nisi
ipsi obveniant habet usum, institutum proprium talem
usumfructum et administrationem; sustentationem providere voluerit; secus
proprietatem vero Episcopus Sedes Apostolica aliter provideat.
dioecesanus aliique, de quibus in Caput VIII
Can. 381, § 2, acquirunt
Ecclesiae particulari; ceteri, De conferentiis
instituto vel Sanctae Sedi, prout Superiorum maiorum
institutum capax est possidendi Can. 708. – Superiores maiores utiliter
vel minus; in conferentiis seu consiliis consociari
2° si per professionem dominium possunt ut, collatis viribus, allaborent sive
bonorum non amiserit, bonorum, ad finem singulorum institutorum plenius
quae habebat, recuperat usum,
usumfructum et administrationem; assequendum, salvis semper eorum
quae postea ipsi obveniant, sibi
plene acquirit; autonomia, indole proprioque spiritu, sive
3° in utroque autem casu de bonis, ad communia negotia pertractanda, sive
quae ipsi obveniant non intuitu ad congruam coordinationem et
personae, disponere debet secundum cooperationem cum Episcoporum
offerentium voluntatem.
conferentiis et etiam cum singulis
Episcopis instaurandam.
§ 3. Sodales clerici per vitae
Can. 709. – Conferentiae Superiorum
maiorum sua habeant statuta a Sancta consecratae testimonium, praesertim in
Sede approbata, a qua unice, etiam presbyterio, peculiari caritate apostolica
in personam iuridicam, erigi possunt et
sub cuius supremo moderamine confratribus adiutorio sunt, et in populo
manent. Dei mundi sanctificationem suo sacro
TITULUS III ministerio perficiunt.
DE INSTITUTIS SAECULARIBUS Can. 714. – Sodales vitam in ordinariis
mundi condicionibus vel soli, vel in sua
Can. 710. – Institutum saeculare quisque familia, vel in vitae fraternae
est institutum vitae consecratae, in coetu, ad normam constitutionum
quo christifideles in saeculo viventes ducant.
ad caritatis perfectionem
contendunt atquead Can. 715. – § 1. Sodales clerici in
mundi sanctificationem dioecesi incardinati ab Episcopo
praesertim ab intus conferre student. dioecesano dependent, salvis iis quae
vitam consecratam in proprio instituto
Can. 711. – Instituti saecularis sodalis vi respiciunt.
suae consecrationis propriam in populo
§ 2. Qui vero ad normam Can. 266, § 3
Dei canonicam condicionem, sive instituto incardinantur, si ad opera
laicalem sive clericalem, non mutat, instituti propria vel ad regimen instituti
destinentur, ad instar religiosorum ab
servatis iuris praescriptis quae instituta Episcopo dependent.
vitae consecratae respiciunt. Can. 716. – § 1. Sodales omnes vitam
Can. 712. – Firmis praescriptis cann. instituti, secundum ius proprium,
actuose participent.
598-601, constitutiones statuant vincula § 2. Eiusdem instituti sodales
sacra, quibus evangelica consilia in communionem inter se servent, sollicite
instituto assumuntur, et definiant curantes spiritus unitatem et genuinam
fraternitatem.
obligationes quas eadem vincula Can. 717. – § 1. Constitutiones
inducunt, servata tamen in vitae ratione proprium regiminis modum praescribant,
semper propria instituti saecularitate. tempus quo Moderatores suo officio
fungantur et modum quo iidem
Can. 713. – § 1. Sodales horum designantur definiant.
institutorum propriam consecrationem in § 2. Nemo in Moderatore supremum
actuositate apostolica exprimunt et designetur, qui non sit definitive
exercent, iidemque, ad instar fermenti, incorporatus.
omnia spiritu evangelico imbuere
§ 3. Qui regimini instituti praepositi
satagunt ad robur et incrementum
sunt, curent ut eiusdem spiritus unitas
Corporis Christi.
servetur et actuosa sodalium
§ 2. Sodales laici, munus Ecclesiae participatio promoveatur.
evangelizandi, in saeculo et ex
Can. 718. – Administratio bonorum
saeculo, participant sive per
instituti, quae paupertatem evangelicam
testimonium vitae christianae et
exprimere et fovere debet, regitur
fidelitatis erga suam consecrationem,
normis Libri V De bonis Ecclesiae
sive per adiutricem quam praebent
temporalibus necnon iure proprio
operam ad ordinandas secundum Deum
instituti. Item ius proprium definiat
res temporales atque ad mundum
obligationes praesertim oeconomicas
virtute Evangelii informandum. Suam
instituti erga sodales, qui pro ipso
etiam cooperationem, iuxta propriam
operam impendunt.
vitae rationem saecularem, in
communitatis ecclesialis servitium Can. 719. – § 1 Sodales, ut
offerunt. vocationi suae fideliter respondeant
eorumque actio apostolica ex ipsa
unione cum Christo procedat, initialem probationem: 1° qui
sedulo orationi vacent,
sacrarum Scripturarum lectioni apto maiorem aetatem nondum
modo incumbant, annua recessus attigerit;
tempora servent atque alia
spiritualia exercitia iuxta ius proprium 2° qui sacro vinculo in aliquo
peragant. instituto vitae consecratae actu
§ 2. Eucharistiae celebratio, quantum obstringitur, aut in societate vitae
fieri potest cotidiana, sit totius eorum apostolicae incorporatus est;
vitae consec ratae fons et robur.
§ 3. Libere ad sacramentum 3° coniux durante
paenitentiae accedant, quod matrimonio.
frequenter recipiant.
§ 2. Constitutiones possunt alia
§ 4. Necessarium conscientiae
admissionis impedimenta etiam ad
moderamen libere obtineant atque
huius generis consilia a suis etiam validitatem statuere vel condiciones
Moderatoribus, si velint, requirant. apponere.

Can. 720. – Ius admittendi in § 3. Praeterea, ut quis recipiatur, habeat


institutum, vel ad probationem vel ad oportet maturitatem, quae ad vitam
sacra vincula sive temporaria sive instituti propriam recte ducendam est
perpetua aut definitiva assumenda, ad necessaria.
Moderatores maiores cum suo consilio Can. 722. – § 1. Probatio initialis eo
ordinetur, ut candidati suam divinam
ad normam constitutionum pertinet. vocationem et quidem instituti propriam
aptius
Can. 721. – § 1. Invalide admittitur ad
certos effectus iuridicos in
cognoscant iidemque in spiritu et constitutionibus statuendos, perpetuae
vivendi modo instituti exerceantur. aequiparatur.
§ 2. Ad vitam secundum evangelica Can. 724. – § 1. Institutio post vincula
consilia ducendam candidati rite sacra primum assumpta iugiter
instituantur atque ad eandem integre secundum constitutiones est
in apostolatum convertendam protrahenda.
edoceantur, eas adhibentes
evangelizationis formas, quae instituti § 2. Sodales in rebus divinis et humanis
fini, spiritui et indoli magis respondeant. pari gressu instituantur; de continua vero
eorum spirituali formatione seriam
§ 3. Huius probationis modus et tempus habeant curam instituti Moderatores.
ante sacra vincula in instituto primum
suscipienda, biennio non brevius, in Can. 725. – Institutum sibi associare
constitutionibus definiantur. potest, aliquo vinculo in constitutionibus
determinato, alios christifideles, qui ad
Can. 723. – § 1. Elapso
probationis initialis tempore, evangelicam perfectionem secundum
candidatus qui idoneus iudicetur, tria spiritum instituti contendant eiusdemque
consilia evangelica, sacro vinculo
firmata, assumat vel ab instituto missionem participent.
discedat.
Can. 726. – § 1. Elapso tempore
§ 2. Quae prima incorporatio,
quinquennio non brevior, ad normam incorporationis temporariae, sodalis
constitutionum temporaria sit. institutum libere derelinquere valet vel a
§ 3. Huius incorporationis tempore sacrorum vinculorum renovatione iusta de
elapso, sodalis, qui idoneus iudicetur, causa a Moderatore maiore, audito suo
admittatur ad incorporationem consilio, excludi potest.
perpetuam vel definitivam, vinculis § 2. Sodalis temporariae incorporationis
id sponte petens, indultum discedendi a
scilicet temporariis semper renovandis. supremo Moderatore de consensu sui
§ 4. Incorporatio definitiva, quoad consilii gravi de causa obtinere valet.
Can. 727. – § 1. Sodalis perpetue
incorporatus, qui institutum derelinquere religiosis, finem apostolicum societatis
velit, indultum discedendi, re coram proprium prosequuntur et, vitam
Domino serio perpensa, a Sede fraternam in communi ducentes,
Apostolica per Moderatorem secundum propriam vitae rationem, per
supremum petat, si institutum est iuris observantiam constitutionum ad
pontificii; secus etiam ab Episcopo perfectionem caritatis tendunt.
dioecesano, prout in constitutionibus § 2. Inter has sunt societates in quibus
sodales, aliquo vinculo constitutionibus
definitur. definito, consilia evangelica assumunt.
§ 2. Si agatur de clerico instituto
incardinato, servetur praescriptum Can. Can. 732. – Quae in cann. 578-597 et
693. 606 statuuntur, societatibus vitae
Can. 728. – Indulto discedendi legitime apostolicae applicantur, salva tamen
concesso, cessant omnia vincula uniuscuiusque societatis natura;
necnon iura et obligationes ab
incorporatione promanantia. societatibus vero, de quibus in Can.
Can. 729. – Sodalis ab instituto 731, § 2, etiam cann. 598-602
dimittitur ad normam cann. 694 et 695; applicantur.
constitutiones praeterea determinent Can. 733. – § 1. Domus erigitur et
alias causas dimissionis, a Sede communitas localis constituitur a
Apostolica per Moderatorem supremum competenti auctoritate societatis,
petat, si institutum est iuris pontificii; praevio consensu Episcopi dioececani
secus etiam ab Episcopo dioecesano, in scriptis dato, qui etiam consuli debet,
prout in constitutus. Dimisso cum agitur de eius suppressione.
applicatur praescriptum Can. 701. § 2. Consensus ad erigendam domum
secumfert ius habendi saltem oratorium,
Can. 730. – Ut sodalis instituti in quo sanctissima Eucharistia
saecularis ad aliud institutum saeculare celebretur et asservetur.
transeat, serventur praescripta cann. Can. 734. – Regimen societatis a
694, §§ 1, 2, 4 et 685; ut vero ad constitutionibus determinatur, servatis,
iuxta naturam uniuscuiusque societatis,
institutum religiosum vel ad societatem cann. 617-633.
vitae apostolicae aut ex illis ad Can. 735. – § 1. Sodalium admissio,
institutum saeculare fiat transitus, probatio, incorporatio et institutio
licentia requiritur Sedis Apostolicae,
determinantur iure proprio cuiusque
cuius mandatis standum est.
societatis.
SECTIO II § 2. Ad admissionem in societatem
quod attinet, serventur condiciones in
DE SOCIETATIBUS VITAE cann. 642-645 statutae.
APOSTOLICAE
§ 3. Ius proprium determinare debet
Can. 731. – § 1. Institutis vitae rationem probationis et institutionis fini
consecratae accedunt societates vitae
apostolicae, quarum sodales, sine et indoli societatis accommodatam,
votis praesertim doctrinalem, spiritualem et
apostolicam, ita ut sodales vocationem
divinam agnoscentes ad missionem et
vitam societatis apte praeparentur.
Can. 736. – § 1. In societatibus
clericalibus clerici ipsi societati
incardinantur, nisi aliter ferant
constitutiones.
§ 2. In iis quae ad rationem studiorum
et ad ordines suscipiendos pertinent,
serventur normae clericorum
saecularium, firma tamen § 1.
Can. 737. – Incorporatio secumfert obligationes quibus, uti sodales, obnoxii
sunt secundum constitutiones,
ex parte sodalium obligationes et iura communibus obligationibus clericorum
in constitutionibus definita, ex parte adstringuntur, nisi ex natura rei vel ex
contextu sermonis aliud constet.
autem societatis, curam sodales ad
Can. 740. – Sodales habitare debent
finem propriae vocationis perducendi, in domo vel in communitate legitime
iuxta constitutiones. constituta et servare vitam communem,
ad normam iuris proprii, quo quidem
Can. 738. – § 1. Sodales etiam absentiae a domo vel
communitate reguntur.
omnes subsunt propriis
Moderatoribus ad normam Can. 741. – § 1. Societates et, nisi aliter
constitutionum in iis quae vitam ferant constitutiones, earum partes et
internam et disciplinam societatis domus, personae sunt iuridicae et, qua
respiciunt. tales, capaces bona temporalia
acquirendi, possidendi, administrandi et
§ 2. Subsunt quoque Episcopo alienandi, ad normam praescriptorum
dioecesano in iis quae cultum Libri V De bonis Ecclesiae temporalibus,
publicum, curam animarum aliaque cann. 636, 638 et 639, necnon iuris
apostolatus opera respiciunt, attentis proprii.
cann. 679-683.
§ 2. Sodales capaces quoque sunt, ad
§ 3. Relationes sodalis dioecesi
incardinati cum Episcopo proprio normam iuris proprii, bona temporalia
constitutionibus vel particularibus acquirendi, possidendi, administrandi
conventionibus definiuntur.
de
Can. 739. – Sodales, praeter
iisque disponendi, sed quidquid ipsis Can. 745. – Supremus Moderator cum
intuitu societatis obveniat, societati consensu sui consilii sodali definitive
acquiritur. incorporato concedere potest indultum
Can. 742. – Egressus et dimissio vivendi extra societatem, non tamen ultra
sodalis nondum definitive incorporati
reguntur constitutionibus cuiusque triennium, suspensis iuribus et
societatis. obligationibus quae cum ipsius nova
Can. 743. – Indultum discedendi a condicione componi non possunt;
societate, cessantibus iuribus et permanet tamen sub cura Moderatorum.
obligationibus ex incorporatione Si agitur de clerico, requiritur praeterea
promanantibus, firmo praescripto Can. consensus Ordinarii loci in quo
693 sodalis definitive incorporatus a commorari debet, sub cuius cura et
supremo Moderatore cum consensu dependentia etiam manet.
eius consilii obtinere potest, nisi id iuxta Can. 746. – Ad dimissionem sodalis
constitutiones Sanctae Sedi reservetur. definitive incorporati serventur, congrua
congruis referendo, cann. 694-704.
Can. 744. – § 1. Supremo quoque LIBER III
Moderatori cum consensu sui consilii
pariter reservatur licentiam concedere DE ECCLESIA MUNERE
sodali definitive incorporato ad aliam DOCENDI
societatem vitae apostolicae transeundi, Can. 747. – § 1. Ecclesiae, cui
suspensis interim iuribus et Christus Dominus fidei depositum
obligationibus propriae societatis, firmo concredidit ut ipsa, Spiritu Sancto
tamen iure redeundi ante definitivam assistente, veritatem revelatam sancte
incorporationem in novam societatem. custodiret, intimius perscrutaretur, fideliter
§ 2. Ut transitus fiat ad institutum vitae annuntiaret atque exponeret, officium
consecratae vel ex eo ad societatem est et ius nativum, etiam mediis
vitae apostolicae, licentia requiritur communicationis socialis sibi propriis
Sanctae Sedis, cuius mandatis standum adhibitis, a qualibet humana potestate
est. independens, omnibus gentibus
Evangelium praedicandi.
§ 2. Ecclesiae competit semper et quae verbo Dei scripto vel tradito, uno
ubique principia moralia etiam de scilicet fidei deposito Ecclesiae
ordine sociali annuntiare, necnon commisso, continentur, et insimul ut
iudicium ferre de quibuslibet rebus divinitus revelata proponuntur sive ab
humanis, quatenus personae humanae Ecclesiae magisterio sollemni, sive ab
iura fundamentalia aut animarum salus eius magisterio ordinario et universali,
id exigat. quod quidem communi adhaesione
Can. 748. – § 1. Omnes homines christifidelium sub ductu sacri magisterii
veritatem in iis, quae Deum eiusque manifestatur; tenentur igitur omnes
Ecclesiam respiciunt, quaerere tenentur quascumque devitare doctrinas iisdem
eamque cognitam amplectendi ac contrarias.
servandi obligatione vi legis divinae
adstringuntur et iure gaudent.
Can. 750 § 1. Fide divina et catholica ea
§ 2. Homines ad amplectendam fidem omnia credenda sunt quae verbo Dei
catholicam contra ipsorum conscientiam
per coactionem adducere nemini scripto vel tradito, uno scilicet fidei
umquam fas est. deposito Ecclesiae commisso,
Can. 749. – § 1. Infallibilitate in continentur, et insimul ut divinitus
magisterio, vi muneris sui gaudet revelata proponuntur sive ab Ecclesiae
Summus Pontifex quando ut supremus magisterio sollemni, sive ab eius
omnium christifidelium Pastor et Doctor, magisterio ordinario et universali, quod
cuius est fratres suos in fide confirmare, quidem communi adhaesione
doctrinam de fide vel de moribus christifidelium sub ductu sacri magisterii
tenendam definitivo actu proclamat. manifestatur; tenentur igitur omnes
§ 2. Infallibilitate in magisterio pollet quascumque devitare doctrinas iisdem
quoque Collegium Episcoporum quando contrarias.
magisterium exercent Episcopi in § 2. Firmiter etiam amplectenda ac
Concilio Oecumenico coadunati, qui, ut retinenda sunt omnia et singula quae
fidei et morum doctores et iudices, pro circa doctrinam de fide vel moribus ab
universa Ecclesia doctrinam de fide vel Ecclesiae magisterio definitive
de moribus definitive tenendam proponuntur, scilicet quae ad idem fidei
declarant; aut quando per orbem depositum sancte custodiendum et
dispersi, communionis nexum inter se fideliter exponendum requiruntur;
et cum Petri successore servantes, ideoque doctrinae Ecclesiae catholicae
una cum eodem Romano Pontifice adversatur qui easdem propositiones
authentice res fidei vel morum definitive tenendas recusat.
docentes, in unam sententiam tamquam
definitive tenendam conveniunt. Litterae Apostolicae Motu Proprio datae
AD TUENDAM FIDEM, quibus normae
§ 3. Infallibiliter definita nulla intellegitur quaedam inseruntur in Codice Iuris
doctrina, nisi id manifeste constiterit. Canonici et in Codice Canonum
Can. 750. – Fide divina et catholica ea Ecclesiarum Orientalium. IOANNES
omnia credenda sunt PAULUS PP. II
Can. 751. – Dicitur haeresis, pertinax,
post receptum baptismum, alicuius
veritatis fide divina et catholica
credendae denegatio, aut de eadem
pertinax dubitatio; apostasia, fidei
christianae ex toto repudiatio; schisma,
subiectionis Summo Pontifici aut
communionis cum Ecclesiae membris
eidem subditis detrectatio. opiniones proscribendas fert legitima
Ecclesiae auctoritas, speciali vero
Can. 752. – Non quidem fidei
ratione, quae edit Romanus Pontifex vel
assensus, religiosum tamen intellectus
Collegium Episcoporum.
et voluntatis obsequium praestandum
est doctrinae, quam sive Summus Can. 755. – § 1. Totius Collegii
Pontifex sive Collegium Episcoporum Episcoporum et Sedis Apostolicae
de fide vel de moribus enuntiant, cum imprimis est fovere et dirigere
magisterium authenticum exercent, motum oecumenicum apud
etsi definitivo actu eandem catholicos, cuius finis est unitatis
proclamare non intendant; redintegratio inter universos
christifideles ergo devitare curent christianos, ad quam
quae cum eadem non congruant. promovendam Ecclesia ex voluntate
Christi tenetur.
Can. 753. – Episcopi, qui sunt in
communione cum Collegii capite et § 2. Episcoporum item est, et, ad
membris, sive singuli sive in normam iuris, Episcoporum
conferentiis Episcoporum aut in conferentiarum, eandem unitatem
conciliis particularibus congregati, licet promovere atque pro variis adiunctorum
infallibilitate in docendo non polleant, necessitatibus vel opportunitatibus,
christifidelium suae curae normas practicas impertire, attentis
commissorum authentici sunt fidei praescriptis a suprema Ecclesiae
doctores et magistri; cui authentico auctoritate latis.
magisterio suorum Episcoporum Can. 756. – § 1. Quoad universam
christifideles religioso animi obsequio Ecclesiam munus Evangelii annuntiandi
adhaerere tenentur. praecipue Romano Pontifici et Collegio
Can. 754. – Omnes christifideles Episcoporum commissum est.
obligatione tenentur servandi § 2. Quoad Ecclesiam particularem
constitutiones et decreta, quae ad sibi concreditam illud munus exercent
singuli Episcopi, qui quidem totius
doctrinam proponendam et erroneas ministerii
verbi in eadem sunt moderatores; Can. 759. – Christifideles laici, vi
quandoque vero aliqui Episcopi baptismatis et confirmationis, verbo et
coniunctim illud explent quoad vitae christianae exemplo evangelici
diversas simul Ecclesias, ad normam nuntii sunt testes; vocari etiam possunt ut
iuris. in exercitio ministerii verbi cum Episcopo
et presbyteris cooperentur.
Can. 757. – Presbyterorum, qui quidem
Can. 760. – In ministerio verbi, quod
Episcoporum cooperatores sunt, sacra Scriptura, Traditione, liturgia,
proprium est Evangelium Dei magisterio vitaque Ecclesiae innitatur
oportet, Christi mysterium integre ac
annuntiare; praesertim hoc officio fideliter proponatur.
tenentur, quoad populum sibi
Can. 761. – Varia media ad doctrinam
commissum, parochi aliique quibus
christianam annuntiandam adhibeantur
cura animarum concreditur; diaconorum
quae praesto sunt, imprimis praedicatio
etiam est in ministerio verbi populo Dei,
atque catechetica institutio, quae quidem
in communione cum Episcopo eiusque
semper principem locum tenent, sed et
presbyterio, inservire.
propositio doctrinae in scholis, in
Can. 758. – Sodales institutorum vitae academiis, conferentiis et
consecratae, vi propriae Deo coadunationibus omnis generis, necnon
consecrationis, peculiari modo Evangelii eiusdem diffusio per declarationes
testimonium reddunt, iidemque in publicas a legitima auctoritate occasione
Evangelio annuntiando ab Episcopo in quorundam eventuum factas prelo
auxilium convenienter assumuntur. aliisque instrumentis communicationis
socialis. occasione alicuius festi vel luctuosi
eventus, celebrentur.
Can. 762. – Cum Dei populus primum
coadunetur verbo Dei vivi, quod ex ore § 4. Parochi aut ecclesiae rectoris est
sacerdotum omnino fas est requirere, curare ut haec praescripta religiose
munus praedicationis magni habeant serventur.
sacri ministri, inter quorum praecipua Can. 768. – § 1. Divini verbi praecones
officia sit Evangelium Dei omnibus christifidelibus imprimis proponant, quae
ad Dei gloriam hominumque salutem
annuntiare. credere
Can. 763. – Episcopis ius est ubique,
non exclusis ecclesiis et oratoriis
institutorum religiosorum iuris pontificii,
Dei verbum praedicare, nisi Episcopus
loci in casibus particularibus expresse
renuerit.
Can. 764. – Salvo praescripto Can.
765, facultate ubique praedicandi, de
consensu saltem praesumpto rectoris
ecclesiae exercenda, gaudent
presbyteri et diaconi, nisi ab Ordinario
competenti eadem facultas restricta
fuerit aut sublata, aut lege particulari
licentia expressa requiratur.
Can. 765. – Ad praedicandum religiosis
in eorum ecclesiis vel oratoriis licentia
requiritur Superioris ad normam
constitutionum competentis.
Can. 766. – Ad praedicandum in
eeclesia vel oratorio admitti possunt
laici, si certis in adiunctis necessitas id
requirat aut in casibus particularibus
utilitas id suadeat, iuxta Episcoporum
conferentiae praescripta, et salvo Can.
767, § 1.
Can. 767. – § 1. Inter praedicationis
formas eminet homilia, quae est pars
ipsius liturgiae et sacerdoti aut diacono
reservatur; in eadem per anni liturgici
cursum ex textu sacro fidei mysteria et
normae vitae christianae exponantur.
§ 2. In omnibus Missis diebus dominicis
et festis de praecepto, quae concursu
populi celebrantur, homilia habenda est
nec omitti potest nisi gravi de causa.
§ 3. Valde commendatur ut, si
sufficiens detur populi concursus,
homilia habeatur etiam in Missis quae
infra hebdomadam, praesertim tempore
adventus et quadragesimae aut
et facere Can. 774. – § 1. Sollicitudo
oportet. catechesis, sub moderamine legitimae
ecclesiasticae auctoritatis, ad omnia
§ 2. Impertiant quoque fidelibus Ecclesiae membra pro sua cuiusque
doctrinam, quam Ecclesiae parte pertinet.
magisterium proponit de personae
humanae dignitate et libertate, de § 2. Prae ceteris parentes obligatione
familiae unitate et stabilitate eiusque tenentur verbo et exemplo filios in fide
muniis, de obligationibus quae ad et vitae christianae praxi efformandi;
homines in societate coniunctos pari obligatione adstringuntur, qui
pertinent, necnon de rebus parentum locum tenent atque patrini.
temporalibus iuxta ordinem a Deo Can. 775. – § 1. Servatis praescriptis ab
statutum componendis. Apostolica Sede latis, Episcopi
Can. 769. – Doctrina christiana dioecesani est normas de re
proponatur modo auditorum condicioni catechetica edicere itemque prospicere
accommodato atque ratione ut apta catechesis instrumenta praesto
temporum necessitatibus aptata. sint, catechismum etiam parando, si
opportunum id videatur, necnon incepta
Can. 770. – Parochi certis catechetica fovere atque coordinare.
temporibus, iuxta Episcopi dioecesani
§ 2. Episcoporum conferentiae est, si
praescripta, illas ordinent utile videatur, curare ut catechismi pro
praedicationes, quas exercitia suo territorio, praevia Sedis
Apostolicae approbatione, edantur.
spiritualia et sacras missiones
vocant, vel alias formas § 3. Apud Episcoporum conferentiam
necessitatibus aptatas. institui potest officium catecheticum,
cuius praecipuum munus sit singulis
Can. 771. – § 1. Solliciti sint dioecesibus in re catechetica auxilium
animarum pastores, praesertim praebere.
Episcopi et parochi, ut Dei verbum iis
quoque fidelibus nuntietur, qui ob vitae Can. 776. – Parochus, vi sui muneris,
suae condicionem communi et catecheticam efformationem adultorum,
ordinaria cura pastorali non satis iuvenum et puerorum curare tenetur,
fruantur aut eadem penitus careant. quem in finem sociam sibi operam
§ 2. Provideant quoque, ut Evangelii adhibeat clericorum paroeciae
nuntium perveniat ad non credentes in addictorum, sodalium institutorum vitae
territorio degentes, quippe quos, non consecratae necnon societatum vitae
secus ac fideles, animarum cura
complecti debeat. apostolicae, habita ratione indolis
Can. 772. – § 1. Ad exercitium uniuscuiusque instituti, necnon
praedicationis quod attinet, ab christifidelium laicorum, praesertim
omnibus praeterea serventur normae
ab Episcopo dioecesano latae. catechistarum; hi omnes, nisi legitime
§ 2. Ad sermonem de doctrina impediti, operam suam libenter
christiana faciendum via radiophonica praestare ne renuant. Munus parentum,
aut televisifica, serventur
praescripta ab Episcoporum in catechesi familiari, de quo in Can.
conferentia statuta. 774, § 2, promoveat et foveat.
Can. 773. – Proprium et grave Can. 777. – Peculiari modo parochus,
officium pastorum praesertim attentis normis ab Episcopo
dioecesano statutis, curet:
animarum est catechesim populi
christiani curare, ut fidelium fides, per 1° ut apta catechesis impertiatur
doctrinae institutionem et vitae pro sacramentorum celebratione;
christianae experientiam, viva fiat 2° ut pueri, ope catecheticae
explicita atque operosa. institutionis per
congruum tempus impertitae, rite
praeparentur ad primam Episcoporum.
receptionem sacramentorum § 2. Singuli Episcopi, utpote Ecclesiae
paenitentiae et sanctissimae universae atque omnium Ecclesiarum
Eucharistiae necnon ad sponsores, operis missionalis peculiarem
sacramentum confirmationis; sollicitudinem habeant, praesertim
3° ut iidem, prima communione incepta missionalia in propria Ecclesia
recepta, uberius ac profundius
catechetica efformatione particulari suscitando, fovendo ac
excolantur; sustinendo.
4° ut catechetica institutio iis
etiam tradatur, quantum eorum Can. 783. – Sodales institutorum vitae
condicio sinat, qui corpore vel consecratae, cum vi ipsius
mente sint praepediti;
consecrationis sese servitio Ecclesiae
5° ut iuvenum et adultorum
fides, variis formis et inceptis, dedicent, obligatione tenentur ad
muniatur, illuminetur atque operam, ratione suo instituto propria,
evolvatur.
speciali modo in actione missionali
Can. 778. – Curent Superiores religiosi navandam.
et societatum vitae apostolicae ut in
suis ecclesiis, scholis aliisve operibus Can. 784. – Missionarii, qui scilicet a
sibi quoquo modo concreditis, competenti auctoritate ecclesiastica ad
opus missionale explendum mittuntur,
catechetica institutio sedulo impertiatur.
eligi possunt autochthoni vel non, sive
Can. 779. – Institutio catechetica clerici saeculares, sive institutorum vitae
tradatur omnibus adhibitis auxiliis, consecratae vel societatis vitae
subsidiis didacticis et communicationis apostolicae sodales, sive alii christifideles
socialis instrumentis, quae efficaciora laici.
videantur ut fideles, ratione eorum
indoli, facultatibus et aetati necnon vitae Can. 785. – § 1. In opere missionali
condicionibus aptata, plenius catholicam peragendo assumantur catechistae,
doctrinam ediscere eamque aptius in christifideles nempe laici debite instructi
praxim deducere valeant. et vita christiana praestantes, qui, sub
moderamine missionarii, doctrinae
Can. 780. – Curent locorum Ordinarii ut evangelicae proponendae et liturgicis
catechistae ad munus suum rite exercitiis caritatisque operibus ordinandis
explendum debite praeparentur, ut sese impendant.
nempe continua formatio ipsis § 2. Catechistae efformentur in scholis
praebeatur, iidemque Ecclesiae ad hoc destinatis vel, ubi desint, sub
doctrinam apte cognoscant atque moderamine missionariorum.
normas disciplinis paedagogicis Can. 786. – Actio proprie missionalis, qua
proprias theoretice ac practice Ecclesia implantatur in populis vel
addiscant. coetibus ubi nondum radicata est, ab
Can. 781. – Cum tota Ecclesia natura Ecclesia absolvitur praesertim mittendo
sua sit missionaria et opus Evangelii praecones donec novellae
evangelizationis habendum sit Ecclesiae plene constituantur, cum
fundamentale officium populi Dei, scilicet instructae sint propriis viribus et
christifideles omnes, propriae sufficientibus mediis, quibus opus
responsabilitatis conscii, partem suam in evangelizandi per se ipsae peragere
opere missionali assumant. valeant.
Can. 787. – § 1. Missionarii, vitae ac
Can. 782. – § 1, Suprema directio et
verbi testimonio, dialogum sincerum cum
coordinatio inceptorum et actionum,
non credentibus in Christum instituant, ut
quae ad opus missionale atque ad
ipsis, ratione eorundem ingenio et
cooperationem missionariam pertinent,
culturae aptata, aperiantur viae quibus
competit Romano Pontifici et Collegio
ad evangelicum nuntium cognoscendum
adduci valeant.
§ 2. Curent ut quos ad evangelicum
nuntium recipiendum aestiment paratos,
veritates fidei edoceant, ita quidem ut
ipsi ad baptismum recipiendum, libere id
petentes, admitti possint.
Can. 788. – § 1. Qui voluntatem
amplectendi fidem in Christum
manifestaverint, expleto tempore
praecatechumenatus, liturgicis
caerimoniis admittantur ad
catechumenatum, atque eorum nomina
scribantur in libro ad hoc destinato.
§ 2. Catechumeni, per vitae christianae
institutionem et tirocinium, apte initientur
mysterio salutis atque introducantur in
vitam fidei, liturgiae et caritatis populi
Dei atque apostolatus.
§ 3. Conferentiae Episcoporum est
statuta edere quibus catechumenatus
ordinetur, determinando quaenam a
catechumenis sint praestanda, atque
definiendo quaenam eis agnoscantur
praerogativae.
Can. 789. – Neophyti, apta institutione
ad veritatem evangelicam penitius
cognoscendam et officia per baptismum
suscepta implenda efformentur; sincero
amore erga Christum eiusque
Ecclesiam imbuantur.
Can. 790. – § 1. Episcopi dioecesani in
territoriis missionis est: 1°
promovere, moderari et
coordinare incepta et
opera, quae ad actionem
missionalem spectant;
2° curare ut debitae ineantur
conventiones cum Moderatoribus
institutorum quae operi missionali
se dedicant, utque relationes cum
iisdem in bonum cedant
missionis.
§ 2. Praescriptis ab Episcopo
dioecesano de quibus in § 1, n. 1 editis,
subsunt omnes missionarii, etiam
religiosi eorumque auxiliares in eius
dicione degentes.
Can. 791. – In singulis dioecesibus ad
cooperationem missionalem fovendam:
1° promoveantur
vocationes missionales;
2° sacerdos deputetur ad educationi aptius prospicere queant.
incepta pro missionibus § 2. Parentibus ius est etiam iis fruendi
efficaciter promovenda, auxiliis a societate civili praestandis,
praesertim Pontificia Opera quibus in catholica educatione filiorum
Missionalia; procuranda indigeant.
3° celebretur dies annualis Can. 794. – § 1. Singulari ratione
pro missionibus; officium et ius educandi spectat ad
4° solvatur quotannis congrua Ecclesiam, cui divinitus missio
pro missionibus stips, Sanctae concredita est homines adiuvandi, ut
Sedi transmittenda. ad christianae vitae plenitudinem
pervenire valeant.
Can. 792. – Episcoporum
conferentiae opera instituant ac § 2. Animarum pastoribus officium est
omnia disponendi, ut educatione
promoveant, quibus ii qui e terris catholica omnes fideles fruantur.
missionum laboris aut studii causa ad Can. 795. – Cum vera educatio
earundem territorium accedant, integram persequi debeat personae
fraterne recipiantur et congruenti humanae formationem, spectantem ad
pastorali cura adiuventur. finem eius ultimum et simul ad bonum
Can. 793. – § 1. Parentes, necnon commune societatum, pueri et iuvenes
qui eorum locum tenent, obligatione ita excolantur ut suas dotes physicas,
adstringuntur et iure gaudent prolem morales et intellectuales harmonice
educandi; parentes catholici officium evolvere valeant, perfectiorem
quoque et ius habent ea eligendi responsabilitatis sensum libertatisque
media et instituta quibus, iuxta rectum usum acquirant et ad vitam
locorum adiuncta, catholicae filiorum socialem active participandam
conformentur.
non valeant, obligatione tenentur
Can. 796. – § 1. Inter media ad curandi, ut extra scholas debitae
excolendam educationem christifideles eorundem educationi catholicae
magni faciant scholas, quae quidem prospiciatur.
parentibus, in munere educationis
implendo, praecipuo auxilio sunt. Can. 799. – Christifideles enitantur ut in
societate civili leges quae iuvenum
§ 2. Cum magistris scholarum, quibus formationem ordinant, educationi eorum
filios educandos concredant, parentes religiosae et morali quoque, iuxta
arcte cooperentur oportet; magistri vero parentum conscientiam, in ipsis scholis
in officio suo persolvendo intime prospic iant.
collaborent cum parentibus, qui quidem
libenter audiendi sunt eorumque Can. 800. – § 1. Ecclesiae ius est scholas
consociationes vel conventus cuiusvis disciplinae, generis et gradus
instaurentur atque magni existimentur. condendi ac moderandi.
Can. 797. – Parentes in scholis § 2. Christifideles scholas catholicas
eligendis vera libertate gaudeant foveant, pro viribus adiutricem operam
oportet; quare christifideles solliciti esse conferentes ad easdem condendas et
debent ut societas civilis hanc sustentandas.
libertatem parentibus agnoscat atque, Can. 801. – Instituta religiosa quibus
servata iustitia distributiva, etiam missio educationis propria est, fideliter
subsidiis tueatur. hanc suam missionem retinentes,
Can. 798. – Parentes filios concredant satagant educationi catholicae etiam per
illis scholis in quibus educationi suas scholas, consentiente Episcopo
catholicae provideatur; quod si facere dioecesano conditas, sese impendere.
Can. 802. – § 1. Si praesto non sint
scholae in quibus educatio tradatur quae praescripta valent de scholis
christiano spiritu imbuta, Episcopi quoque quae ab iisdem sodalibus
dioecesani est curare ut condantur.
diriguntur, salva quidem eorundem
§ 2. Ubi id expediat, Episcopus quoad internum earum scholarum
dioecesanus provideat ut scholae
quoque condantur professionales et moderamen autonomia.
technicae necnon aliae quae
specialibus necessitatibus requirantur. § 2. Curent scholarum catholicarum
Can. 803. – § 1. Schola catholica ea Moderatores, advigilante loci Ordinario,
intellegitur quam auctoritas ut institutio quae in iisdem traditur pari
ecclesiastica competens aut persona saltem gradu ac in aliis scholis
iuridica ecclesiastica publica moderatur, regionis, ratione scientifica sit
aut auctoritas ecclesiastica documento praestans.
scripto uti talem agnoscit. Can. 807. – Ius est Ecclesiae erigendi et
§ 2. Institutio et educatio in schola moderandi studiorum universitates, quae
catholica principiis doctrinae catholicae
nitatur oportet; magistri recta doctrina quidem ad altiorem hominum culturam
et vitae probitate praestent. et pleniorem personae humanae
§ 3. Nulla schola, etsi reapse catholica, promotionem necnon ad ipsius
nomen scholae catholicae gerat, nisi de Ecclesiae munus docendi implendum
consensu competentis auctoritatis conferant.
ecclesiasticae. Can. 808. – Nulla studiorum universitas,
Can. 804. – § 1. Ecclesiae auctoritati etsi reapse catholica, titulum seu nomen
subicitur institutio et educatio religiosa universitatis catholicae gerat, nisi de
catholica quae in quibuslibet scholis consensu competentis auctoritatis
impertitur aut variis communicationis ecclesiasticae.
socialis instrumentis procuratur; Can. 809. – Episcoporum conferentiae
Episcoporum conferentiae est de hoc curent ut habeantur, si fieri possit et
actionis campo normas generales expediat, studiorum universitates aut
edicere, atque Episcopi dioecesani est saltem facultates, in ipsarum territorio
eundem ordinare et in eum invigilare. apte distributae, in quibus variae
§ 2. Loci Ordinarius sollicitus sit, ut disciplinae, servata quidem earum
qui ad religionis institutionem in scholis, scientifica autonomia, investigentur et
etiam non catholicis, deputentur
magistri recta doctrina, vitae christianae tradantur, doctrinae catholicae ratione
testimonio atque arte paedagogica sint habita.
praestantes.
Can. 805. – Loci Ordinario pro sua Can. 810. – § 1. Auctoritati iuxta statuta
dioecesi ius est nominandi aut competenti officium est providendi ut in
approbandi magistros religionis, universitatibus catholicis nominentur
itemque, si religionis morumve ratio id docentes qui, praeterquam idoneitate
requirat, amovendi aut exigendi ut scientifica et paedagogica, doctrinae
amoveantur. integritate et vitae probitate praestent
utque, deficientibus his requisitis,
Can. 806. – § 1. Episcopo dioecesano servato modo procedendi in statutis
competit ius invigilandi et invisendi definito, a munere removeantur.
scholas catholicas in suo territorio sitas,
eas etiam quae ab institutorum § 2. Episcoporum conferentiae et
religiosorum sodalibus conditae sint aut Episcopi dioecesani, quorum interest,
dirigantur; eidem item competit officium habent et ius invigilandi, ut in
praescripta edere quae ad generalem iisdem universitatibus principia doctrinae
attinent ordinationem scholarum catholicae fideliter serventur.
catholicarum: Can. 811. – § 1. Curet auctoritas
ecclesiastica competens ut in
universitatibus catholicis erigatur Can. 815. – Ecclesiae, vi muneris sui
facultas aut institutum aut saltem veritatem revelatam nuntiandi, propriae
cathedra theologiae, in qua lectiones sunt universitates vel facultates
laicis quoque studentibus tradantur. ecclesiasticae ad disciplinas sacras vel
§ 2. In singulis universitatibus cum sacris conexas pervestigandas,
catholicis lectiones habeantur, in atque studentes in iisdem
quibus eae praecipue tractentur
quaestiones theologicae, quae cum disciplinis scientifice instituendos.
disciplinis earundem facultatum sunt
conexae. Can. 816. – § 1. Universitates et
Can. 812. – Qui in studiorum facultates ecclesiasticae constitui
superiorum institutis quibuslibet tantum possunt erectione ab Apostolica
disciplinas tradunt theologicas,
auctoritatis ecclesiasticae competentis Sede facta aut approbatione ab eadem
mandatum habeant oportet. concessa; eidem competit etiam
Can. 813. – Episcopus dioecesanus earundem superius moderamen.
impensam habeat curam pastoralem § 2. Singulae universitates et facultates
studentium, etiam per paroeciae ecclesiasticae sua habere debent
erectionem, vel saltem per sacerdotes statuta et studiorum rationem ab
ad hoc stabiliter deputatos, et Apostolica Sede approbata.
provideat ut apud universitates, etiam Can. 817. – Gradus academicos, qui
non catholicas, centra habeantur effectus canonicos in Ecclesia habeant,
universitaria catholica, quae iuventuti nulla universitas vel facultas conferre
valet, quae non sit ab Apos tolica Sede
adiutorio sint, praesertim spirituali. erecta vel approbata.
Can. 814. – Quae de universitatibus Can. 818. – Quae de universitatibus
statuuntur praescripta, pari ratione catholicis in cann. 810, 812 et 813
applicantur aliis studiorum superiorum statuuntur praescripta, de
institutis. universitatibus
Can. 821. – Provideant Episcoporum
facultatibusque ecclesiasticis conferentia atque Episcopus
quoque valent. dioecesanus ut, ubi fieri possit, condantur
Can. 819. – Quatenus dioecesis aut instituta superiora scientiarum
instituti religiosi immo vel ipsius religiosarum, in quibus nempe
Ecclesiae universae bonum id requirat, edoceantur disciplinae theologicae
debent Episcopi dioecesani aut aliaeque quae ad culturam christianam
institutorum Superiores competentes pertineant.
ad universitates vel facultates Can. 822. – § 1. Ecclesiae pastores, in
ecclesiasticas mittere iuvenes et suo munere explendo iure Ecclesiae
clericos et sodales indole, virtute et proprio utentes, instrumenta
ingenio praestantes. communicationis socialis adhibere
Can. 820. – Curent universitatum et satagant.
facultatum ecclesiasticarum § 2. Iisdem pastoribus curae sit fideles
Moderatores ac professores ut variae edocere se officio teneri cooperandi ut
universitatis facultates mutuam sibi, instrumentorum communicationis socialis
prout obiectum siverit, praestent
usus humano christianoque spiritu
operam, utque inter propriam
vivificetur.
universitatem vel facultatem et alias
universitates et facultates , etiam non § 3. Omnes christifideles, ii praesertim
ecclesiasticas, mutua habeatur qui quoquo modo in eorundem
cooperatio, qua nempe eaedem instrumentorum ordinatione aut usu
coniuncta opera, conventibus, partem habent, solliciti sint operam
investigationibus scientificis coordinatis adiutricem actioni pastorali praestare, ita
aliisque mediis, ad maius scientiarum ut Ecclesia etiam his instrumentis munus
incrementum conspirent. suum efficaciter exerceat.
Can. 823. – § 1. Ut veritatum fidei § 2. Ut iterum edantur libri liturgici necnon
eorum versiones in linguam vernaculam
morumque integritas servetur, officium eorumve partes, constare debet de
et ius est Ecclesiae pastoribus
invigilandi, ne scriptis aut usu
instrumentorum communicationis
socialis christifidelium fidei aut moribus
detrimentum afferatur; item exigendi, ut
quae scripta fidem moresve tangant a
christifidelibus edenda suo iudicio
subiciantur; necnon reprobandi scripta
quae rectae fidei aut bonis moribus
noceant.
§ 2. Officium et ius, de quibus in § 1,
competunt Episcopis, tum singulis tum
in conciliis particularibus vel
Episcoporum conferentiis adunatis
quoad christifideles suae curae
commissos, supremae autem Ecclesiae
auctoritati quoad universum Dei
populum.
Can. 824. – § 1. Nisi aliud statuatur,
loci Ordinarius, cuius licentia aut
approbatio ad libros edendos iuxta
canones huius tituli est petenda, est
loci Ordinarius proprius auctoris aut
Ordinarius loci in quo libri publici iuris
fient.
§ 2. Quae in canonibus huius tituli
statuuntur de libris, quibuslibet scriptis
divulgationi publicae destinatis
applicanda sunt, nisi aliud constet.
Can. 825. – § 1. Libri sacrarum
Scripturarum edi non possunt nisi ab
Apostolica Sede aut ab Episcoporum
conferentia approbati sint; itemque ut
eorundem versiones in linguam
vernaculam edi possint, requiritur ut ab
eadem auctoritate sint approbatae
atque insimul necessariis et
sufficientibus explicationibus sint
instructae.
§ 2. Versiones sacrarum Scripturarum
convenientibus explicationibus
instructas, communi etiam cum
fratribus seiunctis opera, parare atque
edere possunt christifideles catholici de
licentia Episcoporum conferentiae.
Can. 826. – § 1. Ad libros liturgicos
quod attinet, serventur praescripta Can.
838.
concordantia cum editione approbata conferentia confici potest elenchus
ex attestatione Ordinarii loci in quo censorum, scientia, recta doctrina et
publici iuris fiunt. prudentia praestantium, qui curiis
§ 3. Libri precum pro publico vel dioecesanis praesto sint, aut constitui
privato fidelium usu ne edantur nisi
de licentia loci Ordinarii. etiam potest commissio censorum,
quam loci Ordinarii consulere possint.
Can. 827. – § 1. Catechismi necnon
alia scripta ad institutionem § 2. Censor, in suo obeundo officio,
catecheticam pertinentia eorumve omni personarum acceptione seposita,
versiones, ut edantur, approbatione prae oculis tantummodo habeat
egent loci Ordinarii, firmo praescripto Ecclesiae de fide et moribus doctrinam,
Can. 775, § 2. uti a magisterio ecclesiastico proponitur.
§ 2. Nisi cum approbatione § 3. Censor sententiam suam scripto
competentis auctoritatis ecclesiasticae dare debet; quae si faverit, Ordinarius
editi sint aut ab ea postea approbati, pro suo prudenti iudicio licentiam
in scholis, sive elementariis sive concedat ut editio fiat, expresso suo
mediis sive superioribus, uti textus, nomine necnon tempore ac loco
quibus institutio nititur, adhiberi non concessae licentiae; quod si eam non
possunt libri qui quaestiones respiciunt concedat, rationes denegationis cum
ad sacram Scripturam, ad theologiam, operis scriptore Ordinarius communicet.
ius canonicum, historiam Can. 831. – § 1. In diariis, libellis aut
ecclesiasticam, et ad religiosas aut foliis periodicis quae religionem
morales disciplinas pertinentes. catholicam aut bonos mores manifesto
§ 3. Commendatur ut libri materias de impetere solent, ne quidpiam
quibus in § 2 tractantes, licet non conscribant christifideles, nisi iusta et
adhibeantur uti textus in institutione rationabili de causa; clerici autem et
tradenda, itemque scripta in quibus institutorum religiosorum sodales,
aliquid habetur quod religionis aut tantummodo de licentia loci Ordinarii.
morum honestatis peculiariter intersit, § 2. Episcoporum conferentiae est
iudicio subiciantur loci Ordinarii. normas statuere de requisitis ut clericis
§ 4. In ecclesiis oratoriisve exponi, atque sodalibus institutorum
vendi aut dari non possunt libri vel religiosorum partem habere liceat in
alia scripta de quaestionibus tractandis via radiophonica aut
religionis aut morum tractantia, nisi televisifica quaestionibus, quae ad
cum licentia competentis auctoritatis doctrinam catholicam aut mores
ecclesiasticae edita sint aut ab ea attineant.
postea approbata. Can. 832. – Institutorum religiosorum
Can. 828. – Collectiones decretorum sodales, ut scripta quaestiones
aut actorum ab aliqua auctoritate religionis morumve tractantia edere
ecclesiastica editas, iterum edere non
licet, nisi impetrata prius eiusdem possint, licentia quoque egent sui
auctoritatis licentia et servatis
condicionibus ab eadem praescriptis. Superioris maioris ad normam
Can. 829. – Approbatio vel licentia constitutionum.
alicuius operis edendi pro textu Can. 833. – Obligatione emittendi
originali valet, non vero pro eiusdem
novis editionibus vel translationibus. personaliter professionem fidei,
Can. 830. – § 1. Integro manente secundum formulam a Sede Apostolica
iure uniuscuiusque loci Ordinarii probatam, tenentur:
committendi personis sibi probatis 1° coram praeside eiusve
delegato, omnes qui Concilio
iudicium de libris, ab Episcoporum Oecumenico vel particulari,
synodo
Episcoporum atque synodo
dioecesanae intersunt cum voto integer cultus Dei publicus exercetur.
sive deliberativo sive consultivo; § 2. Huiusmodi cultus tunc habetur,
praeses autem coram Concilio cum defertur nomine Ecclesiae a
personis legitime deputatis et per actus
aut synodo; ab Ecclesiae auctoritate probatos.
2° promoti ad cardinalitiam Can. 835. – § 1. Munus sanctificandi
dignitatem iuxta sacri Collegii exercent imprimis Episcopi, qui sunt
statuta; magni sacerdotes, mysteriorum Dei
praecipui dispensatores atque totius vitae
3° coram delegato ab liturgicae in Ecclesia sibi commissa
Apostolica Sede, omnes promoti moderatores, promotores atque
custodes.
ad episcopatum, itemque qui
§ 2. Illud quoque exercent presbyteri, qui
Episcopo dioecesano nempe, et ipsi Christi sacerdotii
aequiparantur; participes, ut eius ministri sub Episcopi
auctoritate, ad cultum divinum
4° coram collegio consultorum, celebrandum et populum sanctificandum
consecrantur.
Administrator dioecesanus; § 3. Diaconi in divino cultu celebrando
5° coram Episcopo dioecesano partem habent, ad normam iuris
eiusve delegato, Vicarii generales praescriptorum.
et Vicarii episcopales necnon
Vicarii iudiciales; § 4. In munere sanctificandi propriam sibi
6° coram loci Ordinario eiusve partem habent ceteri quoque
delegato, parochi, rector, magistri christifideles actuose liturgicas
theologiae et philosophiae in
seminariis, initio suscepti celebrationes, eucharisticam praesertim,
muneris; promovendi ad ordinem suo modo participando; peculiari modo
diaconatus;
idem munus participant parentes vitam
7° coram Magno Cancellario coniugalem spiritu christiano ducendo et
eoque deficiente coram Ordinario educationem christianam filiorum
loci eorumve delegatis, rector procurando.
universitatis ecclesiasticae vel
Can. 836. – Cum cultus christianus, in
catholicae, initio suscepti muneris;
quo sacerdotium commune christifidelium
coram rectore, si sit sacerdos,
exercetur, opus sit quod a fide procedit
vel coram loci Ordinario eorumve
et eadem innititur, ministri sacri eandem
delegatis, docentes qui
excitare et illustrare sedulo curent,
disciplinas ad fidem vel mores
ministerio praesertim verbi, quo fides
pertinentes in quibusvis
nascitur et nutritur.
universitatibus tradunt, initio
suscepti muneris; Can. 837. – § 1. Actiones liturgicae non
8° Superiores in institutis sunt actiones privatae, sed celebrationes
religiosis et societatibus vitae Ecclesiae ipsius, quae est (r)unitatis
apostolicae clericalibus, ad sacramentum¯, scilicet plebs sancta sub
normam constitutionum.
Episcopis adunata et ordinata; quare ad
LIBE universum corpus Ecclesiae pertinent
R IV
DE ECCLESIAE MUNERE
SANCTIFICANDI
Can. 834. – § 1. Munus sanctificandi
Ecclesia peculiari modo adimplet per
sacram liturgiam, quae quidem habetur
ut Iesu Christi muneris sacerdotalis
exercitatio, in qua hominum
sanctificatio per signa sensibilia
significatur ac modo singulis proprio
efficitur, atque a my stico Iesu Christi
Corpore, Capite nempe et membris,
redditur et hominum sanctificatio
illudque manifestant et afficiunt; efficitur, atque ideo ad communionem
singula vero membra ipsius attingunt ecclesiasticam inducendam, firmandam
diverso modo, pro diversitate ordinum, et manifestandam summopere
munerum et actualis participationis. conferunt; quapropter in iis celebrandis
§ 2. Actiones liturgicae, quatenus summa veneratione debitaque diligentia
suapte natura celebrationem
communem secumferant, ubi id fieri uti debent tum sacri ministri tum ceteri
potest, cum frequentia et actuosa christifideles.
participatione christifidelium
celebrentur. Can. 841. – Cum sacramenta eadem
Can. 838. – § 1. Sacrae liturgiae sint pro universa Ecclesia et ad divinum
moderatio ab Ecclesiae auctoritate
unice pendet: quae quidem est penes depositum pertineant, unius supremae
Apostolicam Sedem et, ad normam Ecclesiae auctoritatis est probare vel
iuris, penes Episcopum dioecesanum.
definire quae ad eorum validitatem sunt
§ 2. Apostolicae Sedis est sacram
liturgiam Ecclesiae universae ordinare, requisita, atque eiusdem aliusve
libros liturgicos edere eorumque auctoritatis competentis, ad normam
versiones in linguas vernaculas
recognoscere, necnon advigilare ut Can. 838, §§ 3 et 4, est decernere
ordinationes liturgicae ubique fideliter quae ad eorum celebrationem,
observentur.
administrationem et receptionem licitam
§ 3. Ad Episcoporum conferentias
spectat versiones librorum liturgicorum necnon ad ordinem in eorum
in linguas vernaculas, convenienter celebratione servandum spectant.
intra limites in ipsis libris liturgicis
definitos aptatas, parare, easque Can. 842. – § 1. Ad cetera sacramenta
edere, praevia recognitione Sanctae
Sedis. valide admitti nequit, qui baptismum non
§ 4. Ad Episcopum dioecesanum in recepit.
Ecclesia sibi commissa pertinet, intra § 2. Sacramenta baptismi,
limites suae competentiae, normas de confirmationis et sanctissimae
re liturgica dare, quibus omnes Eucharistiae ita inter se coalescunt, ut
tenentur. ad plenam initiationem christianam
Can. 839. – § 1. Aliis quoque mediis requirantur.
munus sanctificationis peragit Can. 843. – § 1. Ministri sacri
denegare non possunt sacramenta iis
Ecclesia, sive orationibus, quibus qui opportune eadem petant, rite sint
Deum deprecatur ut christifideles dispositi, nec iure ab iis recipiendis
prohibeantur.
sanctificati sint in veritate, sive
paenitentiae et caritatis operibus, quae § 2. Animarum pastores ceterique
quidem magnopere ad Regnum Christi christifideles, pro suo quisque
in animis radicandum et roborandum ecclesiastico munere, officium habent
adiuvant et ad mundi salutem curandi ut qui sacramenta petunt debita
conferunt. evangelizatione necnon catechetica
§ 2. Curent locorum Ordinarii ut institutione ad eadem recipienda
orationes necnon pia et sacra exercitia praeparentur, attentis normis a
populi christiani normis Ecclesiae competenti auctoritate editis.
plene congruant.
PARS I Can. 844. – § 1. Ministri catholici
sacramenta licite administrant solis
DE SACRAMENTIS christifidelibus catholicis, qui pariter
Can. 840. – Sacramenta Novi eadem a solis ministris catholicis licite
Testamenti, a Christo Domino instituta recipiunt, salvis huius canonis §§ 2, 3 et
et Ecclesiae concredita, utpote 4, atque Can. 861, § 2 praescriptis.
actiones Christi et Ecclesiae, signa § 2. Quoties necessitas id postulet aut
exstant ac media quibus fides vera spiritualis utilitas id
exprimitur et roboratur, cultus Deo
erroris vel indifferentismi, licet
suadeat, et dummodo periculum vitetur christifidelibus quibus physice aut
moraliter impossibile sit accedere ad proprio marte addat, demat aut mutet.
ministrum catholicum, sacramenta § 2. Minister sacramenta celebret
paenitentiae, Eucharistiae et unctionis secundum proprium ritum. Can. 847. – §
infirmorum recipere a ministris non 1. In administrandis sacramentis, in
catholicis, in quorum Ecclesia valida quibus
exsistunt praedicta sacramenta. sacra olea adhibenda sunt, minister uti
debet oleis ex olivis aut
§ 3. Ministri catholici licite sacramenta aliis ex plantis expressis atque, salvo
praescripto Can. 999, n.
paenitentiae, Eucharistiae et unctionis 2, ab Episcopo consecratis vel
infirmorum administrant membris benedictis, et quidem recenter; veteribus
ne utatur, nisi adsit necessitas.
Ecclesiarum orientalium quae plenam § 2. Parochus olea sacra a proprio
cum Ecclesia catholica communionem Episcopo impetret eaque decenti
non habent, si sponte id petant et rite custodia diligenter asservet.
sint disposita; quod etiam valet quoad Can. 848. – Minister, praeter oblationes
a competenti auctoritate definitas, pro
membra aliarum Ecclesiarum, quae sacramentorum administratione nihil
iudicio Sedis Apostolicae, ad petat, cauto semper ne egentes priventur
auxilio sacramentorum ratione
sacramenta quod attinet, in pari paupertatis.
condicione ac praedictae Ecclesiae
Titulus I
orientales versantur.
§ 4. Si adsit periculum mortis aut, DE
iudicio Episcopi dioecesani aut BAPTISM
Episcoporum conferentiae, alia urgeat
gravis necessitas, ministri catholici licite O
eadem sacramenta administrant ceteris
quoque christianis plenam Can. 849. – Baptismus, ianua
communionem cum Ecclesia catholica sacramentorum, in re vel saltem in voto
non habentibus, qui ad suae ad salutem necessarius, quo homines a
communitatis ministrum accedere peccatis liberantur, in Dei filios
nequeant atque sponte id petant, regenerantur atque indelebili charactere
dummodo quoad eadem sacramenta Christo configurati Ecclesiae
incorporantur, valide confertur
fidem catholicam manifestent et rite sint
tantummodo per lavacrum aquae verae
dispositi.
cum debita verborum forma.
§ 5. Pro casibus de quibus in §§ 2,
3 et 4, Episcopus dioecesanus aut Caput I
Episcoporum conferentia generales De baptismi celebratione
normas ne ferant, nisi post
Can. 850. – Baptismus ministratur
consultationem cum auctoritate
secundum ordinem in probatis liturgicis
competenti saltem locali Ecclesiae vel
libris praescriptum, excepto casu
communitatis non catholicae, cuius
necessitatis urgentis, in quo ea tantum
interest.
observari debent, quae ad validitatem
Can. 845. – § 1. Sacramenta sacramenti requiruntur.
baptismi, confirmationis et ordinis,
Can. 851. – Baptismi celebratio debite
quippe quae characterem imprimant,
praeparetur portet; itaque:
iterari nequeunt.
§ 2. Si, diligenti inquisitione peracta,
prudens adhuc dubium supersit num
sacramenta de quibus in § 1 revera aut
valide collata fuerint, sub condicione
conferantur.
Can. 846. – § 1. In sacramentis
celebrandis fideliter serventur libri
liturgici a competenti auctoritate probati;
quapropter nemo in iisdem quidpiam
1° adultus, qui baptismum § 2. Pro regula habeatur ut adultus
baptizetur in propria ecclesia
recipere intendit, ad paroeciali, infans vero in ecclesia
paroeciali parentum propria, nisi iusta
catechumenatum admittatur et, causa aliud suadeat.
quatenus fieri potest, per varios
gradus ad initiationem Can. 858. – § 1. Quaevis ecclesia
sacramentalem perducatur, paroecialis baptismalem fontem habeat,
secundum ordinem initiationis salvo iure cumulativo aliis ecclesiis iam
ab Episcoporum conferentia quaesito.
aptatum et peculiares normas § 2. Loci Ordinarius, audito loci
ab eadem editas; parocho, potest ad fidelium
2° Infantis baptizandi parentes, commoditatem permittere aut iubere, ut
itemque qui munus patrini sunt fons baptismalis habeatur etiam in alia
suscepturi, de significatione ecclesia aut oratorio intra paroeciae
huius sacramenti deque fines.
obligationibus cum eo Can. 859. – Si ad ecclesiam
cohaerentibus rite edoceantur; paroecialem aut ad aliam ecclesiam
parochus per se vel per alios vel oratorium, de quo in Can. 858, § 2,
curet ut ita pastoralibus baptizandus, propter locorum
monitionibus, immo et communi distantiam aliave adiuncta, sine
precatione, debite parentes gravi incommodo accedere vel
instruantur, plures adunando transferri nequeat, baptismus conferri
familias atque, ubi fieri possit, potest et debet in alia propinquiore
eas visitando. ecclesia vel oratorio, aut etiam alio in
Can. 852. – § 1. Quae in canonibus loco decenti.
de baptismo adulti habentur
praescripta, applicantur omnibus qui, Caput II
infantia egressi, rationis usum assecuti
sunt. De baptismi ministro
§ 2. Infanti assimilatur, etiam ad Can. 860. – § 1. Praeter casum
baptismum quod attinet, qui non est
sui compos. necessitatis, baptismus ne conferatur
Can. 853. – Aqua in baptismo in domibus privatis, nisi loci Ordinarius
conferendo adhibenda, extra casum gravi de causa id permiserit.
necessitatis, benedicta sit oportet, § 2. In valetudinariis, nisi aliter
secundum librorum liturgicorum Episcopus dioecesanus statuerit,
praescripta. baptismus ne celebretur, nisi in casu
Can. 854. – Baptismus conferatur sive necessitatis vel alia ratione pastorali
per immersionem sive per infusionem, cogente.
servatis Episcoporum conferentiae Can. 861. – § 1. Minister ordinarius
baptismi est Episcopus, presbyter et
praescriptis. diaconus, firmo praescripto Can. 530,
Can. 855. – Curent parentes, patrini et n. 1.
parochus ne imponatur nomen a § 2. Absente aut impedito ministro
sensu christiano alienum.
ordinario, licite baptismum confert
Can. 856. – Licet baptismus quolibet catechista aliusve ad hoc mu nus ab
die celebrari possit, commendatur Ordinario loci deputatus, immo, in casu
tamen ut ordinarie die dominica aut, necessitatis, quilibet homo debita
si fieri possit, in vigilia Paschatis, intentione motus; solliciti sint animarum
celebretur. pastores, praesertim parochus, ut
Can. 857. – § 1. Extra casum christifideles de recto baptizandi
necessitatis, proprius baptismi locus
est ecclesia aut oratorium. modo
edoceant
ur. § 2. Si infans in periculo mortis
versetur, sine ulla mora baptizetur.
Can. 862. – Excepto casu necessitatis, Can. 868. – § 1. Ut infans licite
nemini licet, sine debita licentia, in baptizetur, oportet:
alieno territorio baptismum conferre, ne
1° parentes, saltem eorum unus
suis quidem subditis. aut qui legitime eorundem locum
tenet, consentiant;
Can. 863. – Baptismus adultorum,
saltem eorum qui aetatem 2° spes habeatur fundata eum in
quattuordecim annorum expleverunt, religione catholica educatum iri;
ad Episcopum dioecesanum deferatur quae si prorsus deficiat,
ut, si id expedire iudicaverit, ab ipso baptismus secundum praescripta
administretur. iuris particularis differatur, monitis
de ratione parentibus.
Caput
§ 2. Infans parentum catholicorum, immo
III De et non catholicorum, in periculo mortis
licite baptizatur, etiam invitis parentibus.
baptizand
Can. 869. – § 1. Si dubitetur num quis
is baptizatus fuerit, aut baptismus valide
Can. 864. – Baptismi capax est omnis collatus fuerit, dubio quidem post seriam
et solus homo nondum investigationem permanente, baptismus
baptiza
tus. eidem sub condicione conferatur.
Can. 865. – § 1. Ut adultus baptizari § 2. Baptizati in communitate ecclesiali
possit, oportet voluntatem baptismum non catholica non sunt sub condicione
recipiendi manifestaverit, de fidei baptizandi, nisi, inspecta materia et
veritatibus obligationibusque christianis verborum forma in baptismo collato
sufficienter sit instructus atque in vita adhibitis necnon attenta intentione
christiana per catechumenatum sit baptizati adulti et ministri baptizantis,
probatus; admoneatur etiam ut de seria ratio adsit de baptismi validitate
peccatis suis doleat. dubitandi.
§ 2. Adultus, qui in periculo mortis § 3. Quod si, in casibus de quibus in §§ 1
versatur, baptizari potest si, aliquam de et 2, dubia remaneat baptismi collatio aut
praecipuis fidei veritatibus cognitionem validitas, baptismus ne conferatur nisi
habens, quovis modo intentionem suam postquam baptizando, si sit adultus,
baptismum recipiendi manifestaverit et doctrina de baptismi sacramento
promittat se christianae religionis exponatur, atque eidem aut, si de infante
mandata esse servaturum. agitur, eius parentibus rationes dubiae
validitatis baptismi celebrati declarentur.
Can. 866. – Adultus qui baptizatur, nisi
gravis obstet ratio, statim post Can. 870. – Infans expositus aut
inventus, nisi re diligenter investigata de
baptismum confirmetur atque eius baptismo constet, baptizetur.
celebrationem eucharisticam, Can. 871. – Fetus abortivi, si vivant,
communionem etiam recipiendo, quatenus fieri potest, baptizentur.
participet.
Caput IV
Can. 867. – § 1. Parentes obligatione
tenentur curandi ut infantes intra De
priores hebdomadas baptizentur; quam
patrinis
primum post nativitatem, immo iam
ante eam, parochum adeant ut
sacramentum pro filio petant et debite
ad illud praeparentur.
administrat curet ut, nisi adsit patrinus,
Can. 872. – Baptizando, quantum fieri habeatur saltem testis quo collatio
baptismi probari possit.
potest, detur patrinus, cuius est
baptizando adulto in initiatione Can. 876. – Ad collatum baptismum
christiana adstare, et baptizandum comprobandum, si nemini fiat
infantem una cum parentibus ad praeiudicium, sufficit declaratio unius
baptismum praesentare itemque ope testis omni exceptione maioris, aut
ram dare ut baptizatus vitam ipsius baptizati iusiurandum, si ipse in
christianam baptismo congruam ducat aetate adulta baptismum receperit.
obligationesque eidem inhaerentes Can. 877. – § 1. Parochus loci, in quo
fideliter adimpleat. baptismus celebratur, debet nomina
Can. 873. – Patrinus unus tantum vel baptizatorum, mentione facta de
matrina una vel etiam unus et una
assumantur. ministro, parentibus, patrinis necnon, si
adsint, testibus, de loco ac die collati
Can. 874. – § 1. Ut quis ad munus
baptismi, in baptizatorum libro sedulo et
patrini suscipiendum admitta tur, sine ulla mora referre, simul indicatis
oportet: die et loco nativitatis.
1° ab ipso baptizando eiusve § 2. Si de filio agatur e matre non nupta
parentibus aut ab eo qui eorum nato, matris nomen inserendum est, si
locum tenet aut, his publice de eius maternitate constet aut
deficientibus, a parocho vel ipsa sponte sua, scripto vel coram
ministro sit designatus atque duobus testibus, id petat; item nomen
aptitudinem et intentionem patris inscribendum est, si eius
habeat hoc munus gerendi; paternitas probatur aliquo publico
2° decimum sextum aetatis documento aut ipsius declaratione
annum expleverit, nisi alia aetas coram parocho et duobus testibus facta;
ab Episcopo dioecesano statuta in ceteris casibus, inscribatur baptizatus,
fuerit vel exceptio iusta de nulla facta de patris aut parentum
causa parocho aut ministro nomine indicatione.
admittenda videatur; § 3. Si de filio adoptivo agitur,
3° sit catholicus, confirmatus et inscribantur nomina adoptantium
sanctissimum Eucharistiae necnon, saltem si ita fiat in actu civili
sacramentum iam receperit, regionis, parentum naturalium ad
idemque vitam ducat fidei et normam §§ 1 et 2, attentis Episcoporum
muneri suscipiendo congruam; conferentiae praescriptis.
4° nulla poena canonica Can. 878. – Si baptismus neque a
legitime irrogata vel declarata
sit innodatus; parocho neque eo praesente
administratus fuerit, minister baptismi,
5° non sit pater aut
quicumque est, de collato baptismo
mater baptizandi.
certiorem facere debet parochum
§ 2. Baptizatus ad communitatem paroeciae in qua baptismus
ecclesialem non catholicam pertinens,
nonnisi una cum patrino catholico, et administratus est, ut baptismum adnotet
quidem ut testis tantum baptismi, ad normam Can. 877, § 1.
admittatur.
Titulus II
Cap
ut V DE SACRAMENTO
CONFIRMATIONIS
De collati baptismi probatione et
adnotatione Can. 879. – Sacramentum
Can. 875. – Qui baptismum confirmationis, quod characterem
imprimit et quo baptizati, iter
initiationis christianae prosequentes, Episcopum administretur; quod si
Spiritus Sancti dono ditantur atque necessitas id requirat, facultatem
perfectius Ecclesiae vinculantur, concedere potest uni vel pluribus
eosdem roborat arctiusque obligat ut determinatis presbyteris, qui hoc
verbo et opere testes sint Christi sacramentum administrent.
fidemque diffundant et defendant. § 2. Gravi de causa, Episcopus itemque
Caput I presbyter, vi iuris aut peculiaris
concessionis competentis auctoritatis
De confirmationis
facultate confirmandi donatus, possunt in
celebratione
singulis casibus presbyteros, ut et ipsi
Can. 880. – § 1. Sacramentum sacramentum administrent, sibi sociare.
confirmationis confertur per unctionem
Can. 885. – § 1. Episcopus dioecesanus
chrismatis in fronte, quae fit manus
obligatione tenetur curandi ut
impositione atque per verba in probatis
sacramentum confirmationis subditis rite
liturgicis libris praescripta.
et rationabiliter petentibus conferatur.
§ 2. Chrisma in sacramento
confirmationis adhibendum debet esse § 2. Presbyter, qui hac facultate gaudet,
ab Episcopo consecratum, etiamsi eadem uti debet erga eos in quorum
sacramentum a presbytero ministretur. favorem facultas concessa est.
Can. 881. – Expedit ut confirmationis Can. 886. – § 1. Episcopus in sua
sacramentum in ecclesia, et quidem dioecesi sacramentum confirmationis
intra Missam, celebretur; ex causa legitime administrat etiam fidelibus non
tamen iusta et rationabili, extra Missam subditis, nisi obstet expressa proprii
et quolibet loco digno celebrari potest. ipsorum Ordinarii prohibitio.
Caput II § 2. Ut in aliena dioecesi
confirmationem licite administret,
De confirmationis Episcopus indiget, nisi agatur de suis
ministro subditis, licentia saltem rationabiliter
Can. 882. – Confirmationis minister praesumpta Episcopi dioecesani.
ordinarius est Episcopus; valide hoc Can. 887. – Presbyter facultate
sacramentum confert presbyter confirmationem ministrandi gaudens, in
quoque hac facultate vi iuris territorio sibi designato hoc sacramentum
universalis aut peculiaris concessionis extraneis quoque licite confert, nisi obstet
competentis auctoritatis instructus. proprii eorum Ordinarii vetitum; illud vero
Can. 883. – Ipso iure facultate in alieno territorio nemini valide confert,
confirmationem ministrandi gaudent: salvo praescripto Can. 883, n. 3.
1° intra fines suae dicionis, qui Can. 888. – Intra territorium in quo
iure Episcopo dioecesano confirmationem conferre valent, ministri
aequiparantur; in locis quoque exemptis eam ministrare
possunt.
2° quoad personam de qua
agitur, presbyter qui, vi officii vel
mandati Episcopi dioecesani,
infantia egressum baptizat aut
iam baptizatum in plenam
Ecclesiae catholicae
communionem admittit;
3° quoad eos qui in periculo
mortis versantur, parochus, immo
quilibet presbyter.
Can. 884. – § 1. Episcopus
dioecesanus confirmationem administret
per se ipse aut curet ut per alium
praescripta Can. 876.
Caput III
Can. 895. – Nomina confirmatorum,
De confirmandis facta mentione ministri, parentum et
Can. 889. – § 1. Confirmationis patrinorum, loci et diei collatae
recipiendae capax est omnis et solus
baptizatus, nondum confirmatus. confirmationis in librum confirmatorum
Curiae dioecesanae adnotentur, vel, ubi
§ 2. Extra periculum mortis, ut quis
id praescripserit Episcoporum
licite confirmationem recipiat,
conferentia aut Episcopus
requiritur, si rationis usu polleat, ut sit
dioecesanus, in librum in archivo
apte institutus, rite dispositus et
paroeciali conservandum; parochus
promissiones baptismales renovare
debet de collata confirmatione monere
valeat.
parochum loci baptismi, ut adnotatio fiat
Can. 890. – Fideles tenentur in libro baptizatorum, ad normam Can.
obligatione hoc sacramentum 535, § 2.
tempestive recipiendi; curent
Can. 896. – Si parochus loci praesens
parentes, animarum pastores,
non fuerit, eundem de collata
praesertim parochi, ut fideles ad illud
confirmatione minister per se vel per
recipiendum rite instruantur et
alium quam primum certiorem faciat.
opportuno tempore accedant.
Titulus III
Can. 891. – Sacramentum
confirmationis conferatur fidelibus DE SANCTISSIMA EUCHARISTIA
circa aetatem discretionis, nisi Can. 897. – Augustissimum
Episcoporum conferentia aliam Sacramentum est sanctissima
aetatem determinaverit, aut adsit Eucharistia, in qua ipsemet Christus
periculum mortis vel, de iudicio Dominus continetur, offertur ac sumitur,
ministri, gravis causa aliud suadeat. et qua continuo vivit et crescit Ecclesia.
Caput Sacrificium eucharisticum, memoriale
mortis et resurrectionis Domini, in quo
IV De Sacrificium crucis in saecula
patri perpetuatur, totius cultus et vitae
christianae est culmen et fons, quo
nis significatur et efficitur unitas populi Dei
Can. 892. – Confirmando, quantum id et corporis Christi aedificatio perficitur.
fieri potest, adsit patrinus, cuius est Cetera enim sacramenta et omnia
curare ut confirmatus tamquam ecclesiastica apostolatus opera cum
verus Christi testis se gerat
obligationesque eidem sacramento sanctissima Eucharistia cohaerent et ad
inhaerentes fideliter adimpleat. eam ordinantur.
Can. 893. – § 1. Ut quis patrini
munere fungatur, condiciones Can. 898. – Christifideles maximo in
adimpleat oportet, de quibus in Can. honore sanctissimam Eucharistiam
874.
habeant, actuosam in celebratione
§ 2. Expedit ut tamquam patrinus augustissimi Sacrificii partem
assumatur qui idem munus in habentes, devotissime et frequenter
baptismo suscepit. hoc sacramentum recipientes, atque
Cap summa cum adoratione idem colentes;
ut V animarum pastores doctrinam de hoc
sacramento illustrantes, fideles hanc
De collatae confirmationis obligationem sedulo edoceant.
probatione et adnotatione
Capu
Can. 894. – Ad collatam tI
confirmationem probandam serventur
De eucharistica celebratione
Superioris, saltem intra annum datas,
Can. 899. – § 1. Eucharistica celebratio exhibeat, aut prudenter existimari possit
actio est ipsius Christi et Ecclesiae, in eundem a celebratione non esse
qua Christus Dominus, ministerio impeditum.
sacerdotis, semetipsum, sub speciebus
panis et vini substantialiter praesentem, Can. 904. – Sacerdotes, memoria semper
Deo Patri offert atque fidelibus in sua tenentes in mysterio Sacrificii eucharistici
oblatione sociatis se praebet ut cibum opus redemptionis continuo exerceri,
spiritualem. frequenter celebrent; immo enixe
commendatur celebratio cotidiana, quae
§ 2. In eucharistica Synaxi populus Dei quidem, etiam si praesentia fidelium
in unum convocatur, Episcopo aut, sub haberi non possit, actus est Christi et
eius auctoritate, presbytero praeside, Ecclesiae, in quo peragendo munus
personam Christi gerente, atque omnes suum praecipuum sacerdotes adimplent.
qui intersunt fideles, sive clerici sive
Can. 905. – § 1. Exceptis casibus in
laici, suo quisque modo pro ordinum et quibus ad normam iuris licitum est pluries
liturgicorum munerum diversitate, eadem die Eucharistiam celebrare aut
concelebrare, non licet sacerdoti plus
participando concurrunt. semel in die celebrare.
§ 3. Celebratio eucharistica ita § 2. Si sacerdotum penuria habeatur,
ordinetur, ut omnes participantes concedere potest loci Ordinarius ut
exinde plurimos capiant fructus, ad sacerdotes, iusta de causa, bis in die,
quos obtinendos Christus Dominus immo, necessitate pastorali id
Sacrificium eucharisticum instituit. postulante, etiam ter in diebus dominicis
Art. 1 et festis de praecepto, celebrent.

De sanctissimae Eucharistiae Can. 906. – Nisi iusta et rationabili de


ministro causa, sacerdos Sacrificium
eucharisticum ne celebret sine
Can. 900. – § 1. Minister, qui in persona participatione alicuius saltem fidelis.
Christi sacramentum Eucharistiae
conficere valet, est solus sacerdos Can. 907. – In celebratione eucharistica
valide ordinatus. diaconis et laicis non licet orationes,
speciatim precem eucharisticam, proferre
§ 2. Licite Eucharistiam celebrat
sacerdos lege canonica non impeditus, vel actionibus fungi, quae sacerdotis
servatis praescriptis canonum qui celebrantis sunt propriae.
sequuntur.
Can. 901. – Integrum est sacerdoti Can. 908. – Sacerdotibus catholicis
Missam applicare pro quibusvis, tum vetitum est una cum sacerdotibus vel
vivis tum defunctis.
ministris Ecclesiarum communitatumve
Can. 902. – Nisi utilitas ecclesialium plenam communionem cum
christifidelium aliud requirat aut Ecclesia catholica non habentium,
suadeat, sacerdotes Eucharistiam Eucharistiam concelebrare.
concelebrare possunt, integra tamen
pro singulis libertate manente Can. 909. – Sacerdos ne omittat ad
Eucharistiam individuali modo eucharistici Sacrificii celebrationem
celebrandi, non vero eo tempore, quo oratione debite se praeparare, eoque
in eadem ecclesia aut oratorio expleto Deo gratias agere.
concelebratio habetur. Can. 910. – § 1, Minister ordinarius
sacrae communionis est Episcopus,
Can. 903. – Sacerdos ad celebrandum presbyter et diaconus.
admittatur etiamsi rectori ecclesiae sit § 2. Extraordinarius sacrae communionis
ignotus, dummodo aut litteras minister est acolythus necnon alius
commendatitias sui Ordinarii vel sui christifidelis ad normam Can. 230, § 3
etiam est advigilare ne ad sacram
deput Synaxim accedant pueri, qui rationis
atus. usum non sint adepti aut quos non
Can. 911. – § 1. Officium et ius sufficienter dispositos iudicaverit.
sanctissimam Eucharistiam per Can. 915. – Ad sacram communionem
modum Viatici ad infirmos deferendi ne admittantur excommunicati et
habent parochus et vicarii paroeciales, interdicti post irrogationem vel
cappellani, necnon Superior declarationem poenae aliique in
communitatis in clericalibus institutis
manifesto gravi peccato obstinate
religiosis aut societatibus vitae
perseverantes.
apostolicae quoad omnes in domo
versantes. Can. 916. – Qui conscius est peccati
gravis, sine praemissa sacramentali
§ 2. In casu necessitatis aut de confessione Missam ne celebret neve
licentia saltem praesumpta parochi, Corpori Domini communicet, nisi adsit
cappellani vel Superioris, cui postea gravis ratio et deficiat opportunitas
notitiam dari oportet, hoc facere debet confitendi; quo in casu meminerit se
quilibet sacerdos vel alius sacrae obligatione teneri ad eliciendum actum
communionis minister. perfectae contritionis, qui includit
Can. 912. – Quilibet baptizatus, qui propositum quam primum confitendi.
iure non prohibeatur, admitti potest et
debet ad sacram communionem. Can. 917. – Qui sanctissimam
Eucharistiam iam recepit, potest eam
Ar iterum eadem die suscipere solummodo
t. intra eucharisticam celebrationem cui
participat, salvo praescripto Can. 921, §
2 2.
De sanctissima Eucharistia Can. 918. – Maxime commendatur ut
fideles in ipsa eucharistica celebratione
participanda sacram communionem recipiant; ipsis
tamen iusta de causa petentibus extra
Can. 913. – § 1. Ut sanctissima Missam ministretur, servatis liturgicis
ritibus.
Eucharistia ministrari possit pueris,
requiritur ut ipsi sufficienti cognitione Can. 919. – § 1. Sanctissimam
Eucharistiam recepturus per spatium
et accurata praeparatione gaudeant, saltem unius horae ante sacram
ita ut mysterium Christi pro suo captu communionem abstineat a quocumque
cibo et potu, excepta tantummodo
percipiant et Corpus Domini cum fide aqua atque medicina.
et devotione sumere valeant. § 2. Sacerdos, qui eadem die bis aut
ter sanctissimam Eucharistiam celebrat,
§ 2. Pueris tamen in periculo mortis aliquid sumere potest ante secundam
versantibus sanctissima Eucharistia aut tertiam celebrationem, etiamsi non
intercesserit spatium unius horae.
ministrari potest, si Corpus Christi a § 3. Aetate provecti et infirmitate
communi cibo discernere et quadam laborantes necnon eorum
communionem reverenter suscipere curae addicti, sanctissimam
Eucharistiam accipere possunt, etiamsi
possint. intra horam antecedentem aliquid
sumpserint.
Can. 914. – Parentum imprimis atque Can. 920. – § 1. Omnis fidelis,
eorum qui parentum locum tenent postquam ad sanctissimam
necnon parochi officium est curandi Eucharistiam initiatus sit, obligatione
tenetur semel saltem in anno, sacram
ut pueri usum rationis assecuti debite communionem recipiendi.
praeparentur et quam primum, § 2. Hoc praeceptum impleri debet
praemissa sacramentali confessione, tempore paschali, nisi iusta de causa
hoc divino cibo reficiantur; parochi
alio tempore intra annum adimpleatur.
causa procedenti, sacra communione per
Can. 921. – § 1. Christifideles qui modum Viatici reficiantur.
versantur in periculo mortis, quavis ex
§ 2. Etiamsi eadem die sacra
communione refecti fuerint, valde aetate provectus, si stare nequeat,
tamen suadetur ut qui in vitae
discrimen adducti sint, denuo Sacrificium eucharisticum celebrare
communicent. potest sedens, servatis quidem legibus
§ 3. Perdurante mortis periculo, liturgicis, non tamen eoram populo, nisi
commendatur ut sacra communio
pluries, distinctis diebus, administretur. de licentia loci Ordinarii.
Can. 922. – Sanctum Viaticum infirmis § 2. Sacerdos caecus aliave infirmitate
ne nimium differatur; qui animarum laborans licite eucharisticum Sacrificium
curam gerunt sedulo advigilent, ut celebrat, adhibendo textum quemlibet
eodem infirmi plene sui compotes Missae ex probatis, adstante, si casus
reficiantur. ferat, alio sacerdote vel diacono, aut
etiam laico rite instructo, qui eundem
Can. 923. – Christifideles Sacrificium
adiuvet.
eucharisticum participare et sacram
communionem suscipere possunt Art.
quolibet ritu catholico, firmo praescripto 4
Can. 844. De tempore et loco
Art. celebrationis Eucharistiae
3 Can. 931. – Eucharistiae celebratio et
De ritibus et caeremoniis distributio fieri potest qualibet die et
eucharisticae celebrationis hora, iis exceptis, quae secundum
liturgicas normas excluduntur.
Can. 924. – § 1. Sacrosanctum
eucharisticum Sacrificium offerri debet Can. 932. – § 1. Celebratio eucharistica
ex pane et vino, cui modica aqua peragatur in loco sacro, nisi in casu
miscenda est. particulari necessitas aliud postulet; quo
§ 2. Panis debet esse mere triticeus et in casu, in loco honesto celebratio fieri
recenter confectus, ita ut nullum sit debet.
periculum corruptionis.
§ 2. Sacrificium eucharisticum
§ 3. Vinum debet esse naturale de peragendum est super altare dedicatum
vel benedictum; extra locum sacrum
genimine vitis et non corruptum. adhiberi potest mensa conveniens,
retentis semper tobalea et corporali.
Can. 925. – Sacra communio conferatur
sub sola specie panis aut, ad normam Can. 933. – Iusta de causa et de licentia
legum liturgicarum, sub utraque specie; expressa Ordinarii loci licet sacerdoti
in casu autem necessitatis, etiam sub Eucharistiam celebrare in templo alicuius
sola specie vini. Ecclesiae aut communitatis ecclesialis
plenam communionem cum Ecclesia
Can. 926. – In eucharistica celebratione
secundum antiquam Ecclesiae latinae catholica non habentium, remoto
traditionem sacerdos adhibeat panem scandalo.
azymum ubicumque litat.
Can. 927. – Nefas est, urgente etiam Caput II
extrema necessitate, alteram materiam
sine altera, aut etiam utramque extra
eucharisticam celebrationem,
consecrare.
Can. 928. – Eucharistica celebratio
peragatur lingua latina aut alia lingua,
dummodo textus liturgici legitime
approbati fuerint.
Can. 929. – Saeerdotes et diaconi in
Eucharistia celebranda et ministranda
sacra ornamenta rubricis praescripta
deferant.
Can. 930. – § 1. Sacerdos infirmus aut
§ 3. Tabernaculum, in quo habitualiter
De sanctissima Eucharistia sanctissima Eucharistia asservatur, sit
inamovibile, materia solida non
asservanda et veneranda transparenti confec tum, et ita clausum
ut quam maxime periculum
Can. 934. – § 1. profanationis vitetur.
Sanctissima Eucharistia: § 4. Gravi de causa, licet sanctissimam
Eucharistiam, nocturno praesertim
1° asservari debet in ecclesia tempore, alio in loco tutiore et decoro
cathedrali aut eidem asservare.
aequiparata, in qualibet ecclesia
paroeciali necnon in ecclesia § 5. Qui ecclesiae vel oratorii curam
vel oratorio domui instituti
religiosi aut societatis vitae habet, prospiciat ut clavis tabernaculi,
apostolicae adnexo; in quo sanctissima Eucharistia
2° asservari potest in sacello asservatur, diligentissime custodiatur.
Episcopi et, de licentia Ordinarii
loci, in aliis ecclesiis, oratoriis et Can. 939. – Hostiae consecratae
sacellis.
quantitate fidelium necessitatibus
§ 2. In locis sacris ubi sanctissima sufficienti in pyxide seu vasculo
Eucharistia asservatur, adesse serventur, et frequenter, veteribus rite
semper debet qui eius curam habeat consumptis, renoventur.
et, quantum fieri potest, sacerdos Can. 940. – Coram tabernaculo, in quo
saltem bis in mense Missam ibi sanctissima Eucharistia asservatur,
celebret. peculiaris perenniter luceat lampas,
qua indicetur et honoretur Christi
Can. 935. – Nemini licet sanctissimam praesentia.
Eucharistiam apud se retinere aut Can. 941. – § 1. In ecclesiis aut
oratoriis quibus datum est asservare
secum in itinere deferre, nisi sanctissimam Eucharistiam, fieri
necessitate pastorali urgente et possunt expositiones sive cum pyxide
sive cum ostensorio, servatis normis in
servatis Episcopi dioecesani libris liturgicis praescriptis.
praescriptis. § 2. Celebratione Missae durante, ne
habeatur in eadem ecclesiae vel
Can. 936. – In domo instituti religiosi oratorii aula sanctissimi Sacramenti
aliave pia domo, sanctissima expositio.
Eucharistia asservetur tantummodo in Can. 942. – Commendatur ut in iisdem
ecclesia aut in oratorio principali ecclesiis et oratoriis quotannis fiat
domui adnexo; potest tamen iusta de sollemnis sanctissimi Sacramenti
causa Ordinarius permittere, ut etiam expositio per congruum tempus, etsi
in alio oratorio eiusdem domus non continuum, protracta, ut
asservetur. communitas localis eucharisticum
Can. 937. – Nisi gravis obstet ratio, mysterium impensius meditetur et
ecclesia in qua sanctissima adoret; huiusmodi tamen expositio fiat
Eucharistia asservatur, per aliquot tantum si congruus praevideatur
saltem horas cotidie fidelibus pateat, fidelium concursus et servatis normis
ut coram sanctissimo Sacramento statutis.
orationi vacare possint. Can. 943. – Minister expositionis
Can. 938. – § 1. Sanctissima sanctissimi Sacramenti et benedictionis
Eucharistia habitualiter in uno tantum eucharisticae est sacerdos vel
diaconus; in peculiaribus adiunctis,
ecclesiae vel oratorii tabernaculo
solius expositionis et repositionis, sine
asservetur.
tamen benedictione, est acolythus,
§ 2. Tabernaculum, in quo sanctissima minister extraordinarius sacrae
Eucharistia asservatur, situm sit in
aliqua ecclesiae vel oratorii parte communionis aliusve ab Ordinario loci
insigni, conspicua, decore ornata, ad deputatus, servatis Episcopi dioecesani
orationem apta.
praescriptis.
dioecesani fieri potest, in publicum erga
Can. 944. – § 1. Ubi de iudicio Episcopi
sanctissimam Eucharistiam stips oblata est, ea tamen lege ut,
venerationis testimonium, habeatur, praeterquam in die Nativitatis Domini,
praesertim in sollemnitate Corporis et stipem pro una tantum Missa faciat suam,
Sanguinis Christi, processio per vias ceteras vero in fines ab Ordinario
publicas ducta. praescriptos concredat, admissa quidem
§ 2. Episcopi dioecesani est de aliqua retributione ex titulo extrinseco.
processionibus statuere ordinationes, § 2. Sacerdos alteram Missam eadem die
concelebrans, nullo titulo pro ea stipem
quibus earum recipere potest.
participationi et Can. 952. – § 1. Concilii provincialis aut
dignitati prospiciatur. conventus Episcoporum provinciae est
Caput III pro universa provincia per decretum
definire quaenam pro celebratione et
De oblata ad Missae
applicatione Missae sit offerenda stips,
celebrationem stipe
nec licet sacerdoti summam maiorem
Can. 945. – § 1. Secundum probatum expetere; ipsi tamen fas est stipem
Ecclesiae morem, sacerdoti cuilibet
Missam celebranti aut concelebranti sponte oblatam definita maiorem pro
licet stipem oblatam recipere, ut iuxta Missae applicatione accipere, et etiam
certam intentionem Missam applicet.
§ 2. Enixe commendatur sacerdotibus minorem.
ut, etiam nulla recepta stipe, Missam ad § 2. Ubi desit tale decretum, servetur
intentionem christifidelium praecipue consuetudo in dioecesi vigens.
egentium celebrent.
§ 3. Sodales quoque institutorum
Can. 946. – Christifideles stipem religiosorum quorumlibet stare debent
eidem decreto aut consuetudini loci, de
offerentes, ut ad suam intentionem quibus in
Missa applicetur, ad bonum conferunt §§ 1 et
2.
Ecclesiae atque eius curam in ministris
operibuscque sustinendis ea oblatione Can. 953. – Nemini licet tot stipes
participant. Missarum per se applicandarum
accipere, quibus intra annum satisfacere
Can. 947. – A stipe Missarum non potest.
quaelibet etiam species negotiationis
vel mercaturae omnino arceatur. Can. 954. – Si certis in ecclesiis aut
oratoriis Missae petuntur celebrandae
Can. 948. – Distinctae applicandae numero plures quam ut ibidem celebrari
sunt Missae ad eorum intentiones pro possint, earundem celebratio alibi fieri
quibus singulis stips, licet exigua, licet, nisi contrariam voluntatem oblatores
oblata et acceptata est. expresse manifestaverint.
Can. 949. – Qui obligatione gravatur Can. 955. – § 1. Qui celebrationem
Missam celebrandi et applicandi ad Missarum applicandarum aliis committere
intentionem eorum qui stipem obtulerunt, intendat, earum celebrationem quam
eadem obligatione tenetur, etiamsi sine primum
ipsius culpa stipes perceptae perierint.
Can. 950. – Si pecuniae summa
offertur pro Missarum applicatione, non
indicato Missarum celebrandarum
numero, hic supputetur attenta stipe
statuta in loco in quo oblator
commoratur, nisi aliam fuisse eius
intentionem legitime praesumi debeat.
Can. 951. – § 1. Sacerdos plures
eadem die Missas celebrans, singulas
applicare potest ad intentionem pro qua
DE SACRAMENTO PAENITENTIAE
sacerdotibus sibi acceptis committat,
dummodo ipsi constet eos esse omni Can. 959. – In sacramento
exceptione maiores; integram stipem paenitentiae fideles peccata legitimo
receptam transmittere debet, nisi ministro confitentes, de iisdem
certo constet excessum supra contriti atque propositum sese
summam in dioecesi debitam datum emendandi habentes, per absolutionem
esse intuitu personae; obligatione ab eodem ministro impertitam, veniam
etiam tenetur Missarum celebrationem peccatorum quae post baptismum
curandi, donec tum susceptae commiserint a Deo
obligationis tum receptae stipis obtinent, simulque
testimonium acceperit. reconciliantur cum Ecclesia, quam
peccando vulneraverunt.
§ 2. Tempus intra quod Missae
celebrandae sunt initium habet a die Capu
quo sacerdos easdem celebraturus tI
recepit, nisi aliud constet. De celebratione sacramenti
§ 3. Qui aliis Missas celebrandas Can. 960. – Individualis et integra
committunt, sine mora in librum
referant tum Missas quas acceperunt, confessio atque absolutio unicum
tum eas, quas aliis tradiderunt, notatis
etiam earundem stipibus. constituunt modum ordinarium, quo
§ 4. Quilibet sacerdos accurate fidelis peccati gravis sibi conscius cum
notare debet Missas quas Deo et Ecclesia reconciliatur;
celebrandas acceperit, quibusque solummodo impossibilitas physica vel
satisfecerit.
moralis ab huiusmodi confessione
Can. 956. – Omnes et singuli excusat, quo in casu aliis quoque
administratores causarum piarum aut modis reconciliatio haberi potest.
quoquo modo obligati ad Missarum
Can. 961. – § 1. Absolutio pluribus
celebrationem curandam, sive clerici insimul paenitentibus sine praevia
sive laici, onera Missarum quibus intra individuali confessione, generali modo
impertiri non potest, nisi:
annum non fuerit satisfactum suis
Ordinariis tradant, secundum modum 1° immineat periculum mortis et
ab his definiendum. tempus non suppetat sacerdoti
vel sacerdotibus ad audiendas
Can. 957. – Officium et ius
singulorum paenitentium
advigilandi ut Missarum onera
confessiones;
adimpleantur, in ecclesiis cleri
saecularis pertinet ad loci Ordinarium, 2° adsit gravis necessitas,
in ecclesiis institutorum religiosorum videlicet quando, attento
aut societatum vitae apostolicae ad paenitentium numero,
eorum Superiores. confessariorum copia praesto non
est ad rite audiendas singulorum
Can. 958. – § 1. Parochus necnon
confessiones intra congruum
rector ecclesiae aliusve pii loci, in
tempus, ita ut paenitentes, sine
quibus stipes Missarum recipi solent,
propria culpa, gratia sacramentali
peculiarem habeant librum, in quo
aut sacra communione diu carere
accurate adnotent Missarum
cogantur; necessitas vero non
celebrandarum numerum, intentionem,
censetur sufficiens, cum
stipem oblatam, necnon celebrationem
confessarii praesto esse non
peractam.
possunt, ratione solius magni
§ 2. Ordinarius obligatione tenetur concursus paenitentium, qualis
singulis annis huiusmodi libros per se
aut per alios recognoscendi. haberi potest in magna aliqua
Titulus IV festivitate aut peregrinatione.
§ 2. Iudicium ferre an dentur condiciones ad normam § 1, n. 2
minister, praeterquam potestate ordinis,
requisitae, pertinet ad Episcopum facultate gaudeat eandem in fideles,
dioecesanum, qui, attentis criteriis cum quibus absolutionem impertitur,
ceteris membris Episcoporum exercendi.
conferentiae concordatis, casus talis
necessitatis determinare potest. § 2. Hac facultate donari potest
sacerdos, sive ipso iure sive
Can. 962. – § 1. Ut christifidelis concessione ab auctoritate competenti
sacramentali absolutione una simul facta ad normam Can. 969.
pluribus data valide fruatur, requiritur
non tantum ut sit apte dispositus, sed ut Can. 967. – § 1. Praeter Romanum
insimul sibi proponat singillatim debito Pontificem, facultate christifidelium
tempore confiteri peccata gravia, quae ubique terrarum confessiones excipiendi
in praesens ita confiteri nequit. ipso iure gaudent Cardinales; itemque
Episcopi, qui eadem et licite ubique
§ 2. Christifideles, quantum fieri potest utuntur, nisi Episcopus dioecesanus in
etiam occasione absolutionis generalis casu particulari renuerit.
recipiendae, de requisitis ad normam §
1 edoceantur et absolutioni generali, in § 2. Qui facultate confessiones
casu quoque periculi mortis, si tempus habitualiter excipiendi gaudent sive vi
suppetat, praemittatur exhortatio ut officii sive vi concessionis Ordinarii loci
actum contritionis quisque elicere curet. incardinationis aut loci in quo domicilium
habent, eandem facultatem ubique
Can. 963. – Firma manente obligatione exercere possunt, nisi loci Ordinarius in
de qua in Can. 989, is, cui generali casu particulari renuerit, firmis
absolutione gravia peccata praescriptis Can. 974, §§ 2 et 3.
remittuntur, ad confessionem
individualem quam primum, occasione § 3. Ipso iure eadem facultate ubique
data, accedat, antequam aliam recipiat potiuntur erga sodales aliosque in domo
absolutionem generalem, nisi iusta instituti aut societatis diu noctuque
causa interveniat. degentes, qui vi officii aut concessionis
Can. 964. – § 1. Ad sacramentales Superioris competentis ad normam cann.
confessiones excipiendas locus 968, § 2 et 969, § 2 facultate
proprius est ecclesia aut oratorium. confessiones excipiendi sunt instructi;
§ 2. Ad sedem confessionalem quod qui quidem eadem et licite utuntur, nisi
attinet, normae ab Episcoporum aliquis Superior maior quoad proprios
conferentia statuantur, cauto tamen ut subditos in casu particulari renuerit.
semper habeantur in loco patenti sedes Can. 968. – § 1. Vi officii pro sua quisque
confessionales crate fixa inter dicione facultate ad confessiones
paenitentem et confessarium instructae, excipiendas gaudent loci Ordinarius,
quibus libere uti possint fideles, qui id canonicus paenitentiarius, itemque
desiderent. parochus aliique qui loco parochi sunt.
§ 3. Confessiones extra sedem
confessionalem ne excipiantur, nisi iusta § 2. Vi officii facultate gaudent
de causa. confessiones excipiendi suorum
Caput II subditorum aliorumque, in domo diu
noctuque degentium, Superiores instituti
De sacramenti
religiosi aut societatis vitae apostolicae,
paenitentiae ministro
si sint clericales iuris pontificii, ad
Can. 965. – Minister sacramenti normam constitutionum potestate
paenitentiae est solus sacerdos.
regiminis exsecutiva fruentes, firmo
Can. 966. – § 1. Ad validam tamen
peccatorum absolutionem requiritur ut
eadem facultate ab alio loci Ordinario,
praescripto eandem amittit tantum in territorio
Can. 630, § 4 revocantis.
Can. 969. – § 1. Solus loci Ordinarius § 3. Quilibet loci Ordinarius, qui alicui
competens est qui facultatem ad presbytero revocaverit facultatem ad
confessiones quorumlibet fidelium confessiones excipiendas, certiorem
excipiendas conferat presbyteris reddat Ordinarium qui ratione
quibuslibet; presbyteri autem, qui incardinationis est presbyteri proprius,
sodales sunt institutorum religiosorum, aut, si agatur de sodali instituti religiosi,
eadem ne utantur sine licentia saltem eiusdem competentem Superiorem.
praesumpta sui Superioris.
§ 4. Revocata facultate ad confessiones
§ 2. Superior instituti religiosi aut excipiendas a proprio Superiore maiore,
societatis vitae apostolicae, de quo in facultatem ad excipiendas
Can. 968, § 2, competens est qui confessiones ubique erga sodales
facultatem ad excipiendas instituti amittit presbyter; revocata autem
confessiones suorum subditorum eadem facultate ab alio Superiore
aliorumque in domo diu noctuque competenti, eandem amittit erga solos
degentium presbyteris quibuslibet in eiusdem dicione subditos.
conferat.
Can. 975. – Praeterquam revocatione,
Can. 970. – Facultas ad
confessiones excipiendas ne conc facultas de qua in Can. 967, § 2 cessat
edatur nisi presbyteris qui idonei per amissione officii vel excardinatione aut
examen reperti fuerint, aut de eorum
idoneitate aliunde constet. amissione domicilii.
Can. 971. – Facultatem ad Can. 976. – Quilibet sacerdos, licet
excipiendas habitualiter confessiones ad confessiones excipiendas facultate
loci Ordinarius presbytero, etsi careat, quoslibet paenitentes in periculo
domicilium vel quasi-domicilium in mortis versantes valide et licite absolvit
sua dicione habenti, ne concedat, nisi a quibusvis censuris et peccatis, etiamsi
prius, quantum fieri potest, audito praesens sit sacerdos approbatus.
eiusdem presbyteri Ordinario. Can. 977. – Absolutio complicis in
Can. 972. – Facultas ad peccato contra sextum Decalogi
confessiones excipiendas a praeceptum invalida est, praeterquam
competenti auctoritate, de qua in Can. in periculo mortis.
969, concedi potest ad tempus sive Can. 978. – § 1. Meminerit sacerdos in
indeterminatum sive determinatum. audiendis confessionibus se iudicis
Can. 973. – Facultas ad confessiones pariter et medici personam sustinere ac
habitualiter excipiendas scripto divinae iustitiae simul et misericordiae
concedatur. ministrum a Deo constitutum esse, ut
honori divino et animarum saluti
Can. 974. – § 1. Loci Ordinarius, consulat.
itemque Superior competens, § 2. Confessarius, utpote minister
Ecclesiae, in administrando sacramento,
facultatem ad confessiones doctrinae Magisterii et normis a
excipiendas habitualiter concessam competenti auctoritate latis fideliter
adhaereat.
ne revocet nisi gravem ob causam.
Can. 979. – Sacerdos in quaestionibus
§ 2. Revocata facultate ad ponendis cum prudentia et discretione
procedat, attenta quidem condicione et
confessiones excipiendas a loci aetate paenitentis, abstineatque a
Ordinario qui eam concessit, de quo nomine complicis inquirendo.
in Can. 967, § 2, presbyter eandem Can. 980. – Si confessario dubium non
est de paenitentis dispositione et hic
facultatem ubique amittit; revocata absolutionem petat, absolutio ne
denegetur
.
nec
differatur Can. 981. – Pro qualitate et numero
peccatorum, habita tamen ratione
paenitentis condicionis, salutares et confessiones christifidelium excipiendi, et
convenientes satisfactiones in periculo mortis quilibet sacerdos.
confessarius iniungat; quas paenitens Caput III
per se ipse implendi obligatione tenetur.
De ipso paenitente
Can. 982. – Qui confitetur se falso
confessarium innocentem apud Can. 987. – Christifidelis, ut sacramenti
paenitentiae remedium percipiat
auctoritatem ecclesiasticam salutiferum, ita dispositus sit oportet ut,
denuntiasse de crimine sollicitationis ad peccata quae commiserit repudians et
propositum sese emendandi habens, ad
peccatum contra sextum Decalogi Deum convertatur.
praeceptum, ne absolvatur nisi prius Can. 988. – § 1. Christifidelis obligatione
falsam denuntiationem formaliter tenetur in specie et numero confitendi
retractaverit et paratus sit ad damna, si omnia peccata gravia post baptismum
quae habeantur, reparanda. perpetrata et nondum per claves
Can. 983. – § 1. Sacramentale sigillum Ecclesiae directe remissa neque in
inviolabile est; quare nefas est confessione individuali accusata, quorum
confessario verbis vel alio quovis modo post diligentem sui discussionem
et quavis de causa aliquatenus prodere conscientiam habeat.
paenitentem. § 2. Commendatur christifidelibus ut
etiam peccata venialia confiteantur.
§ 2. Obligatione secretum servandi
tenentur quoque interpres, si detur, Can. 989. – Omnis fidelis, postquam ad
necnon omnes alii ad quos ex
confessione notitia peccatorum quoquo annos discretionis pervenerit, obligatione
modo pervenerit. tenetur peccata sua gravia, saltem
Can. 984. – § 1. Omnino confessario semel in anno, fideliter confitendi.
prohibetur scientiae ex confessione
acquisitae usus cum paenitentis Can. 990. – Nemo prohibetur quominus
gravamine, etiam quovis revelationis
periculo excluso. per interpretem confiteatur, vitatis quidem
abusibus et scandalis atque firmo
§ 2. Qui in auctoritate est constitutus,
praescripto Can. 983, § 2.
notitia quam de peccatis in confessione
quovis tempore excepta habuerit, ad Can. 991. – Cuivis christifideli
exteriorem gubernationem nullo modo integrum est confessario legitime
uti potest. approbato etiam alius ritus, cui maluerit,
peccata confiteri.
Can. 985. – Magister novitiorum
eiusque socius, rector seminarii aliusve Caput IV
instituti educationis sacramentales De indulgentiis
confessiones suorum alumnorum in
eadem domo commorantium ne audiant, Can. 992. – Indulgentia est remissio
nisi alumni in casibus particularibus coram Deo poenae
sponte id petant.
Can. 986. – § 1. Omnis, cui animarum
cura vi muneris est demandata,
obligatione tenetur providendi ut
audiantur confessiones fidelium sibi
commissorum, qui rationabiliter audiri
petant, utque iisdem opportunitas
praebeatur ad confessionem
individualem, diebus ac horis in eorum
commodum statutis, accedendi.
§ 2. Urgente necessitate, quilibet
confessarius obligatione tenetur
glorificato, ut eos allevet et salvet,
temporalis pro peccatis, ad culpam commendat, confertur eos liniendo olio
quod attinet iam deletis, quam atque verba proferendo in liturgicis libris
christifidelis, apte dispositus et certis praescripta.
ac definitis condicionibus, consequitur
ope Ecclesiae quae, ut ministra Capu
redemptionis, thesaurum tI
satisfactionum Christi et Sanctorum De sacramenti celebratione
auctoritative dispensat et applicat.
Can. 999. – Praeter Episcopum, oleum
Can. 993. – Indulgentia est partialis in unctione infirmorum adhibendum
aut plenaria, prout a poena temporali benedicere possunt:
pro peccatis debita liberat ex parte
aut ex toto. 1° qui iure Episcopo dioecesano
aequiparantur;
Can. 994. – Quivis fidelis potest
indulgentias sive partiales sive 2° in casu necessitatis, quilibet
plenarias, aut sibi ipsi lucrari, aut presbyter in ipsa tamen
defunctis applicare ad modum celebratione sacramenti.
suffragii. Can. 1000. – § 1. Unctiones verbis,
Can. 995. – § 1. Praeter supremam ordine et modo praescriptis in liturgicis
Ecclesiae auctoritatem ii tantum libris, accurate peragantur; in casu
possunt indulgentias elargiri, quibus tamen necessitatis, sufficit unctio unica
haec potestas iure agnoscitur aut a in fronte vel etiam in alia corporis parte,
Romano Pontifice conceditur. integra formula prolata.
§ 2. Nulla auctoritas infra Romanum § 2. Unctiones peragat minister propria
Pontificem potest potestatem manu, nisi gravis ratio usum instrumenti
concedendi indulgentias aliis suadeat.
committere, nisi id ei a Sede
Apostolica expresse fuerit indultum. Can. 1001. – Curent animarum
Can. 996. – § 1. Ut quis capax sit pastores et infirmorum propinqui, ut
lucrandi indulgentias debet esse tempore opportuno infirmi hoc
baptizatus, non excommunicatus, in
statu gratiae saltem in fine operum sacramento subleventur.
praescriptorum.
Can. 1002. – Celebratio communis
§ 2. Ut vero subiectum capax eas unctionis infirmorum, pro pluribus
lucretur, habere debet intentionem infirmis simul, qui apte sint praeparati et
saltem generalem eas acquirendi et rite dispositi, iuxta Episcopi dioecesani
opera iniuncta implere statuto tempore praescripta peragi potest.
ac debito modo, secundum
concessionis tenorem. Caput II
Can. 997. – Ad indulgentiarum De ministro unctionis infirmorum
concessionem et usum quod attinet,
servanda sunt insuper cetera Can. 1003. – § 1. Unctionem
praescripta quae in peculiaribus infirmorum valide administrat omnis et
Ecclesiae legibus continentur.
solus sacerdos.
Titulus V
§ 2. Officium et ius unctionis
DE SACRAMENTO UNCTIONIS infirmorum ministrandi habent omnes
INFIRMORUM sacerdotes, quibus demandata est
Can. 998. – Unctio infirmorum, qua cura animarum, erga fideles suo
Ecclesia fideles periculose pastorali officio commissos; ex
aegrotantes Domino patienti et rationabili causa, quilibet alius
sacerdos hoc sacramentum ministrare
potest de consensu saltem § 3. Cuilibet sacerdoti licet oleum
praesumpto sacerdotis de quo supra. benedictum secumferre ut, in casu
necessitatis, sacramentum unctionis sollemnia celebretur, die dominico vel
infirmorum ministrare valeat.
festo de praecepto, sed ob rationes
Caput III pastorales aliis etiam diebus, ferialibus
De iis quibus unctio non exceptis, fieri potest.
infirmorum conferenda sit Can. 1011. – § 1. Ordinatio generaliter in
cathedrali ecclesia celebretur; ob rationes
Can. 1004. – § 1. Unctio infirmorum tamen pastorales in alia ecclesia aut
oratorio celebrari potest.
ministrari potest fideli qui, adepto
rationis usu, ob infirmitatem vel § 2. Ad ordinationem invitandi sunt clerici
senium in periculo incipit versari. aliique christifideles, ut quam maxima
§ 2. Hoc sacramentum iterari potest, si frequentia celebrationi intersint.
infirmus, postquam convaluerit, denuo Can. 1012. – Sacrae ordinationis
in gravem infirmitatem inciderit aut si, minister est Episcopus consecratus.
eadem infirmitate perdurante, discrimen
factum gravius sit. Can. 1013. – Nulli Episcopo licet
Can. 1005. – In dubio utrum infirmus quemquam consecrare in Episcopum,
rationis usum attigerit, an periculose
aegrotet vel mortuus sit, hoc nisi prius constet de pontificio mandato.
sacramentum ministretur.
Can. 1014. – Nisi Sedis Apostolicae
Can. 1006. – Infirmis qui, cum suae dispensatio intercesserit, Episcopus
mentis compotes essent, hoc consecrator principalis in consecratione
sacramentum implicite saltem petierint, episcopali duos saltem Episcopos
conferatur. consecrantes sibi adiungat; valde
Can. 1007. – Unctio infirmorum ne convenit autem, ut una cum iisdem
conferatur illis, qui in manifesto gravi omnes Episcopi praesentes electum
peccato obstinate perseverent.
consecrent.
Titulu
Can. 1015. – § 1. Unusquisque ad
s VI presbyteratum et ad diaconatum a
proprio Episcopo ordinetur aut cum
DE
legitimis eiusdem litteris dimissoriis.
ORDIN § 2. Episcopus proprius, iusta de causa
non impeditus, per se ipse suos subditos
E
ordinet; sed subditum orientalis ritus, s
Can. 1008. – Sacramento ordinis ex ine apostolico indulto, licite ordinare non
divina institutione inter
christifideles quidam, charactere potest.
indelebili quo signantur,
constituuntur sacri ministri, qui
nempe consecrantur et deputantur ut,
pro suo quisque gradu, in persona
Christi Capitis munera docendi,
sanctificandi et regendi adimplentes, Dei
populum pascant.
Can. 1009. – § 1. Ordines sunt
episcopatus, presbyteratus et
diaconatus.
§ 2. Conferuntur manuum impositione
et precatione consecratoria, quam pro
singulis gradibus libri liturgici
praescribunt.
Caput I
De ordinationis celebratione et
ministro
Can. 1010. – Ordinatio intra Missarum
saecularium, revocato quolibet indulto
§ 3. Qui potest litteras dimissorias ad Superioribus concesso.
ordines recipiendos dare, potest Can. 1020. – Litterae dimissoriae ne
quoque eosdem ordines per se ipse concedantur, nisi habitis antea omnibus
conferre, si charactere episcopali testimoniis et documentis, quae iure
polleat. exiguntur ad normam cann. 1050 et
Can. 1016. – Episcopus proprius, 1051.
quod attinet ad ordinationem Can. 1021. – Litterae dimissoriae mitti
diaconalem eorum qui clero saeculari possunt ad quemlibet Episcopum
se adscribi intendant, est Episcopus communionem cum Sede Apostolica
dioecesis, in qua promovendus habet habentem, excepto tantum, citra
domicilium, aut dioecesis cui apostolicum indultum, Episcopo ritus
promovendus sese devovere statuit; diversi a ritu promovendi.
quod attinet ad ordinationem
Can. 1022. – Episcopus ordinans,
presbyteralem clericorum saecularium,
acceptis legitimis litteris dimissoriis, ad
est Episcopus dioecesis, cui
ordinationem ne procedat, nisi de
promovendus per diaconatum est
germana litterarum fide plane constet.
incardinatus.
Can. 1017. – Episcopus extra Can. 1023. – Litterae dimissoriae
propriam dicionem nonnisi cum possunt ab ipso concedente aut ab eius
licentia Episcopi dioecesani ordines
conferre potest. successore limitibus circums cribi aut
revocari, sed semel concessae non
Can. 1018. – § 1. Litteras dimissorias
extinguuntur resoluto iure concedentis.
pro saecularibus dare possunt:
Caput
1° Episcopus proprius, de
quo in Can. 1016; II De
2° Administrator apostolicus ordinand
atque, de consensu collegii
consultorum, Administrator is
dioecesanus; de consensu
Can. 1024. – Sacram ordinationem
consilii, de quo in Can. 495, §
2, Pro- Vicarius et Pro- valide recipit solus vir baptizatus.
Praefectus apostolicus. Can. 1025. – § 1. Ad licite ordines
§ 2. Administrator dioecesanus, Pro- presbyteratus vel diaconatus
vicarius et Pro-praefectus apostolicus conferendos requiritur ut candidatus,
litteras dimissorias ne iis concedant, probatione ad normam iuris peracta,
quibus ab Episcopo dioecesano aut a debitis qualitatibus, iudicio proprii
Vicario vel Praefecto apostolico Episcopi aut Superioris maioris
accessus ad ordines denegatus fuerit. competentis, praeditus sit, nulla
detineatur irregularitate nulloque
Can. 1019. – § 1. Superiori maiori impedimento, atque praerequisita, ad
instituti religiosi clericalis iuris pontificii normam cann. 1033-1039 adimpleverit;
aut societatis clericalis vitae praeterea documenta habeantur, de
apostolicae iuris pontificii competit ut quibus in Can. 1050, atque scrutinium
suis subditis, iuxta constitutiones peractum sit, de quo in Can. 1051.
perpetuo vel definitive instituto aut § 2. Insuper requiritur ut, iudicio
societati adscriptis, concedat litteras eiusdem legitimi Superioris, ad
dimissorias ad diaconatum et ad Ecclesiae ministerium utilis habeatur.
presbyteratum. § 3. Episcopo ordinanti proprium
subditum, qui servitio alius dioecesis
§ 2. Ordinatio ceterorum omnium destinetur, constare debet ordinandum
alumnorum cuiusvis instituti aut huic dioecesi addictum iri.
societatis regitur iure clericorum
Ar t. 1
eundem diaconatum ne admittatur, nisi
De requisitis in post expletum vigesimum quintum
ordinandis saltem aetatis annum; qui matrimonio
Can. 1026. – Ut quis ordinetur debita coniunctus est, nonnisi post expletum
libertate gaudeat oportet; nefas est trigesimum quintum saltem aetatis
quemquam, quovis modo, ob quamlibet annum, atque de uxoris consensu.
causam ad ordines recipiendos cogere, § 3. Integrum est Episcoporum
vel canonice idoneum ab iisdem conferentiis normam statuere, qua
recipiendis averte. provectior ad presbyteratum et ad
Can. 1027. – Aspirantes ad diaconatum permanentem requiratur
diaconatum et presbyteratum accurata aetas.
praeparatione efformentur, ad normam § 4. Dispensatio ultra annum super
iuris. aetate requisita ad normam §§ 1 et 2
Can. 1028. – Curet Episcopus Apostolicae Sedi reservatur.
dioecesanus aut Superior competens Can. 1032. – § 1. Aspirantes ad
ut candidati, antequam ad ordinem presbyteratum promoveri possunt ad
diaconatum solummodo post expletum
aliquem promoveantur, rite edoceantur quintum curriculi studiorum philosophico-
de iis, quae ad ordinem eiusque theologicorum annum.
obligationes pertinent. § 2. Post expletum studiorum curriculum,
diaconus per tempus congruum, ab
Can. 1029. – Ad ordines ii soli Episcopo vel a Superiore maiore
competenti definiendum, in cura pastorali
promoveantur qui, prudenti iudicio partem habeat, diaconalem exercens
Episcopi proprii aut Superioris maioris ordinem, antequam ad presbyteratum
promoveatur.
competentis, omnibus perpensis, § 3. Aspirans ad diaconatum
integram habent fidem, recta moventur permanentem, ad hunc ordinem ne
intentione, debita pollent scientia, bona promoveatur nisi post expletum
formationis tempus.
gaudent existimatione, integris moribus
probatisque virtutibus atque aliis Art.
qualitatibus physicis et psychicis ordini 2
recipiendo congruentibus sunt praediti. De praerequisitis ad
Can. 1030. – Nonnisi ex causa ordinationem
canonica, licet occulta, proprius Can. 1033. – Licite ad ordines
Episcopus vel Superior maior promovetur tantum qui recepit sacrae
confirmationis sacramentum.
competens diaconis ad presbyteratum
destinatis, sibi subditis, ascensum ad Can. 1034. – § 1. Ad diaconatum vel
presbyteratum interdicere potest, salvo presbyteratum aspirans ne ordinetur, nisi
recursu ad normam iuris. prius per liturgicum admissionis ritum ab
auctoritate, de qua in cann. 1016 et 1019,
Can. 1031. – § 1. Pr esbyteratus ne adscriptionem inter candidatos obtinuerit
conferatur nisi iis qui aetatis annum post praeviam suam petitionem propria
vigesimum quintum expleverint et manu exaratam et subscriptam, atque ab
sufficienti gaudeant maturitate, servato eadem auctoritate in scriptis acceptatam.
insuper intervallo sex saltem mensium § 2. Ad eandem admissionem
inter diaconatum et presbyteratum; qui obtinendam non tenetur, qui per vota in
ad presbyteratum destinantur, ad clericale institutum cooptatus est.
diaconatus ordinem tantummodo post Can. 1035. – § 1. Antequam quis ad
expletum aetatis annum vigesimum diaconatum sive permanentem sive
tertium admittantur. transeuntem promoveatur, requiritur ut
§ 2. Candidatus ad diaconatum
permanentem qui non sit uxoratus ad
contrahitur, quod in canonibus qui
ministeria lectoris et acolythi receperit sequuntur non contineatur.
et per congruum tempus exercuerit.
§ 2. Inter acolythatus et diaconatus Can. 1041. – Ad recipiendos
collationem intervallum intercedat sex ordines sunt irregulares:
saltem mensium.
1° qui aliqua forma laborat
Can. 1036. – Candidatus, ut ad amentiae aliusve psychicae
infirmitatis, qua, consultis peritis,
ordinem diaconatus aut presbyteratus inhabilis iudicatur ad ministerium
promoveri possit, Episcopo proprio aut rite implendum;
Superiori maiori competenti 2° qui delictum apostasiae,
haeresis aut schismatis
declarationem tradat propria manu commiserit;
exaratam et subscriptam, qua
3° qui matrimonium etiam civile
testificetur se sponte ac libere sacrum
tantum attentaverit, vel ipsemet
ordinem suscepturum atque se
vinculo matrimoniali aut ordine
ministerio ecclesiastico perpetuo
sacro aut voto publico perpetuo
mancipaturum esse, insimul petens ut
castitatis a matrimonio ineundo
ad ordinem recipiendum admittatur.
impeditus, vel cum muliere
Can. 1037. – Promovendus ad matrimonio valido coniuncta aut
diaconatum permanentem qui non sit eodem voto adstricta;
uxoratus, itemque promovendus ad 4° qui voluntarium homicidium
presbyteratum, ad ordinem diaconatus perpetraverit aut abortum
ne admittantur, nisi ritu praescripto procuraverit, effectu secuto,
omnesque positive cooperantes;
publice coram Deo et Ecclesia
obligationem caelibatus assumpserint, 5° qui seipsum vel alium graviter
aut vota perpetua in instituto religioso et dolose mutilaverit vel sibi vitam
emiserint. adimere tentaverit;
Can. 1038. – Diaconus, qui ad 6° qui actum ordinis posuerit
presbyteratum promoveri renuat, ab constitutis in ordine episcopatus
ordinis recepti exercitio prohiberi non vel presbyteratus reservatum,
potest, nisi impedimento detineatur vel eodem carens, vel ab eius
canonico aliave gravi causa, de iudicio exercitio poena aliqua canonica
Episcopi dioecesani aut Superioris declarata vel irrogata prohibitus.
maioris competentis aestimanda. Can. 1042. – Sunt a recipiendis
Can. 1039. – Omnes, qui ad aliquem ordinibus simpliciter impediti: 1° vir
ordinem promovendi sunt, exercitiis uxorem habens, nisi ad diaconatum
spiritualibus vacent per quinque permanentem
legitime
saltem dies, loco et modo ab Ordinario destinetur;
determinatis; Episcopus, antequam ad 2° qui officium vel administrationem
ordinationem procedat, certior factus gerit clericis ad normam cann. 285 et
sit oportet candidatos rite iisdem 286 vetitam cuius rationem reddere
exercitiis vacasse.
debet, donec, depositis officio et
Ar administratione atque rationibus
t. redditis, liber factus sit;
3 3° neophytus, nisi, iudicio Ordinarii,
De irregularitatibus aliisque sufficienter probatus fuerit. Can. 1043. –
Can. 1040. – A recipiendis ordinibus Christifideles obligatione tenentur
arcentur qui quovis impedimento impedimenta
afficiuntur sive perpetuo, quod venit ad sacros ordines, si qua norint,
nomine irregularitatis, sive simplici; Ordinario vel parocho ante
nullum autem impedimentum
revelandi.
ordinationem
Can. 1044. – § 1. Ad exercendos urgentioribus, si adiri nequeat Ordinarius
ordines receptos sunt irregulares: aut cum de irregularitatibus agatur de
1° qui irregularitate ad ordines quibus in Can. 1041, nn. 3 et 4,
recipiendos dum afficiebatur, Paenitentiaria, et si periculum immineat
illegitime ordines recepit;
gravis damni aut infamiae, potest qui
2° qui delictum commisit, de quo irregularitate ab ordine exercendo
in Can. 1041, n. 2, si delictum est impeditur eundem exercere, firmo tamen
publicum; manente onere quam primum recurrendi
3° qui delictum commisit, de ad Ordinarium aut Paenitentiariam, reticito
quibus in Can. 1041, nn. 3, 4, 5, nomine et per confessarium.
6.
Can. 1049. – § 1. In precibus ad
§ 2. Ab ordinibus
obtinendam irregularitatum et
exercendis impediuntur:
impedimentorum dispensationem, omnes
1° qui impedimento ad ordines irregularitates et impedimenta indicanda
recipiendos detentus, illegitime
ordines recepit; sunt; attamen, dispensatio generalis valet
2° qui amentia aliave infirmitate etiam pro reticitis bona fide, exceptis
psychica de qua in Can. 1041, n. irregularitatibus de quibus in Can. 1041,
1 afficitur, donec Ordinarius, n. 4, aliisve ad forum iudiciale deductis,
consulto perito, eiusdem ordinis non autem pro reticitis mala fide.
exercitium permiserit. § 2. Si agatur de irregularitatc ex
Can. 1045. – Ignorantia irregularitatum voluntario homicidio aut ex procurato
atque impedimentorum ab eisdem non abortu, etiam numerus delictorum ad
eximit.
validitatem dispensationis exprimendus
Can. 1046. – Irregularitates et
impedimenta multiplicantur ex diversis est.
eorundem causis, non autem ex § 3. Dispensatio generalis ab
repetita eadem causa, nisi agatur de irregularitatibus et impedimentis ad
irregularitate ex homicidio voluntario aut ordines recipiendos valet pro omnibus
ex procurato abortu, effectu secuto. ordinibus.
Can. 1047. – § 1. Uni Apostolicae Sedi
reservatur dispensatio ab omnibus Art. 4
irregularitatibus, si factum quo innituntur
ad forum iudiciale deductum fuerit. De documentis requisitis et de
§ 2. Eidem etiam reservatur dispensatio scrutinio
ab irregularitatibus et impedimentis ad
ordines recipiendos, quae sequuntur: Can. 1050. – Ut quis ad sacros ordines
1° ab irregularitatibus ex delictis promoveri possit, sequentia requiruntur
publicis, de quibus in Can. 1041, documenta:
nn. 2 et 3;
2° ab irregularitate ex delicto sive
publico sive occulto, de quo in
Can. 1041, n. 4;
3° ab impedimento, de quo in
Can. 1042, n. 1.
§ 3. Apostolicae Sedi etiam reservatur
dispensatio ab irregularitatibus ad
exercitium ordinis suscepti, de quibus
in Can. 1041, n. 3, in casibus publicis
tantum, atque in eodem canone, n. 4,
etiam in casibus occultis.
§ 4. Ab irregularitatibus et
impedimentis Sanctae Sedi non
reservatis dispensare valet Ordinarius.
Can. 1048. – In casibus occultis
1° testimonium de studiis rite procedat alieni subditi, sufficit ut litterae
peractis ad normam Can. 1032; dimissoriae referant eadem documenta
2° si agatur de ordinandis ad praesto esse, scrutinium ad normam
presbyteratum, testimonium iuris esse peractum atque de idoneitate
recepti diaconatus;
candidati constare; quod si
3° si agatur de promovendis promovendus sit sodalis instituti
ad diaconatum, testimonium religiosi aut societatis vitae
recepti baptismi et apostolicae, eaedem litterae insuper
confirmationis, atque testari debent ipsum in institutum vel
receptorum ministeriorum de societatem definitive cooptatum fuisse
quibus in Can. 1035; item et esse subditum Superioris qui dat
testimonium factae declarationis litteras.
de qua in Can. 1036, necnon, si
ordinandus qui promovendus § 3. Si, his omnibus non obstantibus,
est ad diaconatum ob certas rationes Episcopus dubitat
permanentem sit uxoratus, num candidatus sit idoneus ad
testimonia celebrati matrimonii ordines recipiendos, eundem ne
et consensus uxoris. promoveat.
Can. 1051. – Ad scrutinium de Caput III
qualitatibus in ordinando requisitis
quod attinet, serventur praescripta De adnotatione ac testimonio
quae sequuntur: peractae ordinationis
1° habeatur testimonium Can. 1053. – § 1. Expleta ordinatione,
rectoris seminarii vel domus nomina singulorum ordinatorum ac
formationis de qualitatibus ad ministri ordinantis, locus et dies
ordinem recipiendum requisitis, ordinationis notentur in peculiari libro
scilicet de candidati recta apud curiam loci ordinationis diligenter
doctrina, genuina pietate, bonis custodiendo, et omnia singularum
moribus, aptitudine ad ordinationum documenta accurate
ministerium exercendum; serventur.
itemque, rite peracta
inquisitione, de eius statu § 2. Singulis ordinatis det Episcopus
valetudinis physicae et ordinans authenticum ordinationis
psychicae; receptae testimonium; qui, si ab
Episcopo extraneo cum litteris
2° Episcopus dioecesanus aut dimissoriis promoti fuerint, illud proprio
Superior maior, ut scrutinium Ordinario exhibeant pro ordinationis
rite peragatur, potest alia adnotatione in speciali libro in archivo
adhibere media quae sibi, pro servando.
temporis et loci adiunctis, utilia
videantur, uti sunt litterae Can. 1054. – Loci Ordinarius, si agatur
testimoniales, publicationes vel de saecularibus, aut Superior maior
aliae informationes. competens, si agatur de ipsius subditis,
notitiam uniuscuiusque celebratae
Can. 1052. – § 1. Ut Episcopus ordinationis transmittat ad parochum
ordinationem iure proprio conferens loci baptismi, qui id adnotet in suo
ad eam procedere possit, ipsi baptizatorum libro, ad normam Can.
constare debet documenta, de quibus 535, § 2.
in Can. 1050, praesto esse atque,
scrutinio ad normam iuris peracto, Titulus
idoneitatem candidati positivis VII DE
argumentis esse probatam.
§ 2. Ut Episcopus ad ordinationem MATRIMO
NIO sua naturali ad bonum coniugum atque
ad prolis generationem et educationem
Can. 1055. – § 1. Matrimoniale ordinatum, a Christo Domino ad
foedus, quo vir et mulier inter se totius sacramenti
vitae consortium constituunt, indole
Can. 1062. – § 1. Matrimonii promissio
dignitatem inter sive unilateralis sive bilateralis, quam
baptizatos evectum est. sponsalia vocant, regitur iure particulari,
§ 2. Quare inter baptizatos nequit quod ab Episcoporum conferentia, habita
matrimonialis contractus validus ratione consuetudinum et legum civilium,
consistere, quin sit eo ipso si quae sint, statutum fuit.
sacramentum. § 2. Ex matrimonii promissione non datur
Can. 1056. – Essentiales matrimonii actio ad petendam matrimonii
proprietates sunt unitas et
indissolubilitas, quae in matrimonio celebrationem; datur tamen ad
christiano ratione sacramenti peculiarem reparationem damnorum, si qua debeatur.
obtinent firmitatem.
Can. 1057. – § 1. Matrimonium facit Caput I
partium consensus inter personas iure De cura pastorali et de iis quae
habiles legitime manifestatus, qui nulla matrimonii celebrationi praemitti
humana potestate suppleri valet. debent
§ 2. Consensus matrimonialis est actus
voluntatis, quo vir et mulier foedere Can. 1063. – Pastores animarum
irrevocabili sese mutuo tradunt et obligatione tenentur curandi ut propria
accipiunt ad constituendum
matrimonium. ecclesiastica communitas christifidelibus
assistentiam praebeat, qua status
Can. 1058. – Omnes possunt
matrimonialis in spiritu christiano
matrimonium contrahere, qui iure non
servetur et in perfectione progrediatur.
prohibentur. Haec assistentia imprimis praebenda est:
Can. 1059. – Matrimonium 1° praedicatione, catechesi
catholicorum, etsi una tantum pars sit minoribus, iuvenibus et adultis
catholica, regitur iure non solum divino, aptata, immo usu instrumentorum
sed etiam canonico, salva competentia communicationis socialis, quibus
civilis potestatis circa mere civiles christifideles de significatione
eiusdem matrimonii effectus. matrimonii christiani deque munere
Can. 1060. – Matrimonium gaudet coniugum ac parentum
favore iuris; quare in dubio standum est
pro valore matrimonii, donec contrarium christianorum instituantur;
probetur. 2° praeparatione personali ad
Can. 1061. – § 1. Matrimonium inter matrimonium ineundum, qua
sponsi ad novi sui status
baptizatos validum dicitur ratum tantum, sanctitatem et officia disponantur;
si non est consummatum; ratum et 3° fructuosa liturgica matrimonii
consummatum, si coniuges inter se celebratione, qua eluceat coniuges
humano modo posuerunt coniugalem mysterium unitatis et fecundi
actum per se aptum ad prolis amoris inter Christum et Ecclesiam
generationem, ad quem natura sua significare atque participare;
ordinatur matrimonium, et quo coniuges
4° auxilio coniugatis praestito, ut
fiunt una caro. ipsi, foedus coniugale fideliter
§ 2. Celebrato matrimonio, si coniuges servantes atque tuentes, ad
cohabitaverint, praesumitur sanctiorem in dies plenioremque in
consummatio, donec contrarium familia vitam ducendam perveniant.
probetur.
§ 3. Matrimonium invalidum dicitur
putativum, si bona fide ab una saltem
parte celebratum fuerit, donec utraque
pars de eiusdem nullitate certa evadat.
Can. 1064. – Ordinarii loci est curare 1° matrimonio
ut debite ordinetur eadem assistentia, vagorum;
auditis etiam, si opportunum videatur, 2° matrimonio quod ad normam
viris et mulieribus experientia et peritia legis civilis agnosci vel celebrari
probatis. nequeat;
Can. 1065. – § 1. Catholici, qui 3° matrimonio eius qui
sacramentum confirmationis nondum obligationibus teneatur naturalibus
receperint, illud, antequam ad erga aliam partem filiosve ex
matrimonium admittantur, recipiant, si praecedenti unione ortis;
id fieri possit sine gravi incommodo.
§ 2. Ut fructuose sacramentum 4° matrimonio eius qui notorie
matrimonii recipiatur, enixe sponsis catholicam fidem abiecerit;
commendatur, ut ad sacramenta 5° matrimonio eius qui
paenitentiae et sanctissimae
Eucharistiae accedant. censura innodatus sit;
Can. 1066. – Antequam matrimonium 6° matrimonio filii familias minoris,
celebretur, constare debet nihil eius insciis aut rationabiliter invitis
validae ac licitae celebrationi parentibus;
obsistere.
7° matrimonio per procuratorem
Can. 1067. – Episcoporum ineundo, de quo in can, 1105.
conferentia statuat normas de § 2. Ordinarius loci licentiam assistendi
examine sponsorum, necnon de matrimonio eius qui notorie catholicam
fidem abiecerit ne concedat, nisi
publicationibus matrimonialibus aliisve servatis normis de quibus in Can. 1125,
opportunis mediis ad investigationes congrua congruis referendo.
peragendas, quae ante matrimonium Can. 1072. – Curent animarum
necessaria sunt, quibus diligenter pastores a matrimonii celebratione
observatis, parochus procedere possit avertere iuvenes ante aetatem, qua
ad matrimonio assistendum. secundum regionis receptos mores
Can. 1068. – In periculo mortis, si matrimonium iniri solet.
aliae probationes haberi nequeant,
sufficit, nisi contraria adsint indicia, Caput II
affirmatio contrahentium, si casus
ferat etiam iurata, se baptizatos esse De impedimentis dirimentibus
et nullo detineri impedimento. in genere
Can. 1069. – Omnes fideles
obligatione tenentur impedimenta, si Can. 1073. – Impedimentum dirimens
quae norint, parocho aut loci personam inhabilem reddit ad
Ordinario, ante matrimonii matrimonium valide contrahendum.
celebrationem, revelandi. Can. 1074. – Publicum censetur
Can. 1070. – Si alius quam parochus, impedimentum, quod probari in foro
cuius est assistere matrimonio, externo potest; secus est occultum.
investigationes peregerit, de harum Can. 1075. – § 1. Supremae tantum
exitu quam primum per authenticum Ecclesiae auctoritatis est authentice
documentum eundem parochum declare quandonam ius divinum
certiorem reddat. matrimonium prohibeat vel dirimat.
Can. 1071. – § 1. Excepto casu § 2. Uni quoque supremae auctoritati ius
necessitatis, sine licentia Ordinarii loci est alia impedimenta pro baptizatis
ne quis assistat: constituere.
Can. 1076. – Consuetudo novum Can. 1078. – § 1. Ordinarius loci
impedimentum inducens aut proprios subditos ubique commorantes
impedimentis exsistentibus contraria
reprobatur. et omnes in proprio territorio actu
Can. 1077. – § 1. Ordinarius loci degentes ab omnibus impedimentis iuris
propriis subditis ubique commorantibus ecclesiastici dispensare potest, exceptis
et omnibus in proprio territorio actu
degentibus vetare potest matrimonium iis, quorum dispensatio Sedi Apostolicae
in casu peculiari, sed ad tempus reservatur.
tantum, gravi de causa eaque
perdurante.
§ 2. Impedimenta quorum dispensatio
§ 2. Vetito clausulam dirimentem una Sedi Apostolicae reservatur sunt:
suprema Ecclesiae auctoritas addere
potest. 1° impedimentum ortum ex sacris
ordinibus aut ex voto publico suppetat recurrendi ad Sedem
perpetuo castitatis in instituto
religioso iuris pontificii; Apostolicam vel ad loci Ordinarium, quod
attinet ad impedimenta a quibus
2° impedimentum criminis de
dispensare valet.
quo in Can. 1090.
§ 3. Numquam datur dispensatio ab Can. 1081. – Parochus aut sacerdos vel
impedimento consanguinitatis in linea diaconus, de quibus in Can. 1079, § 2, de
recta aut in secundo gradu lineae concessa dispensatione pro foro externo
collateralis. Ordinarium loci statim certiorem faciat;
eaque adnotetur in libro matrimoniorum.
Can. 1079. – § 1. Urgente mortis Can. 1082. – Nisi aliud ferat
periculo, loci Ordinarius potest tum Paenitentiariae rescriptum, dispensatio in
super forma in matrimonii celebratione foro interno non sacramentali concessa
servanda, tum super omnibus et super impedimento occulto adnotetur in
singulis impedimentis iuris ecclesiastici libro, qui in secreto curiae archivo
sive publicis sive occultis, dispensare asservandus est, nec alia dispensatio pro
proprios subditos ubique commorantes foro externo est necessaria, si postea
et omnes in proprio territorio actu occultum impedimentum publicum
degentes, excepto impedimento orto ex evaserit.
sacro ordine presbyteratus.
Caput III
§ 2. In eisdem rerum adiunctis, de
quibus in § 1, sed solum pro casibus in De impedimentis dirimentibus in
quibus ne loci quidem Ordinarius adiri specie
possit, eadem dispensandi potestate
pollet tum parochus, tum minister sacer
rite delegatus, tum sacerdos vel
diaconus qui matrimonio, ad normam
Can. 1116, § 2, assistit.
§ 3. In periculo mortis confessarius
gaudet potestate dispensandi ab
impedimentis occultis pro foro interno
sive intra sive extra actum
sacramentalis confessionis.
§ 4. In casu de quo in § 2, loci
Ordinarius censetur adiri non posse, si
tantum per telegraphum vel
telephonum id fieri possit.
Can. 1080. – § 1. Quoties
impedimentum detegatur cum iam
omnia sunt parata ad nuptias, nec
matrimonium sine probabili gravis mali
periculo differri possit usquedum a
competenti auctoritate dispensatio
obtineatur, potestate gaudent
dispensandi ab omnibus impedimentis,
iis exceptis de quibus in Can. 1078, § 2,
n. 1, loci Ordinarius et, dummodo casus
sit occultus, omnes de quibus in Can.
1079, §§ 2-3, servatis condicionibus
ibidem praescriptis.
§ 2. Haec potestas valet etiam ad
matrimonium convalidandum, si idem
periculum sit in mora nec tempus
Can. 1087. – Invalide matrimonium
Can. 1083. – § 1. Vir ante decimum attentant, qui in sacris ordinibus sunt
constituti.
sertum aetatis annum completum,
mulier ante decimum quartum item Can. 1088. – Invalide matrimonium
completum, matrimonium validum inire attentant, qui voto publico perpetuo
non possunt. castitatis in instituto religioso adstricti
§ 2. Integrum est Episcoporum sunt.
conferentiae aetatem superiorem ad
licitam matrimonii celebrationem Can. 1089. – Inter virum et mulierem
statuere. abductam vel saltem retentam intuitu
Can. 1084. – § 1. Impotentia coeundi matrimonii cum ea contrahendi
antecedens et perpetua, sive ex parte nullum matrimonium consistere potest,
viri sive ex parte mulieris, sive nisi postea mulier a raptore separata et
absoluta sive relativa, matrimonium ex in loco tuto ac libero constituta,
ipsa eius natura dirimit. matrimonium sponte eligat.
§ 2. Si impedimentum impotentiae Can. 1090. – § 1. Qui intuitu
dubium sit, sive dubio iuris sive dubio matrimonii cum certa persona ineundi,
facti, matrimonium non est huius coniugi vel proprio coniugi
impediendum nec, stante dubio, mortem intulerit, invalide hoc
nullum declarandum. matrimonium attentat.
§ 3. Sterilitas matrimonium nec § 2. Invalide quoque matrimonium inter
prohibet nec dirimit, firmo praescripto se attentant qui mutua opera physica
Can. 1098. vel morali mortem coniugi intulerunt.
Can. 1085. – § 1. Invalide Can. 1091. – § 1. In linea recta
matrimonium attentat qui vinculo consanguinitatis matrimonium irritum est
tenetur prioris matrimonii, quamquam inter omnes ascendentes et
non consummati. descendentes tum legitimos tum
naturales.
§ 2. Quamvis prius matrimonium sit § 2. In linea collaterali irritum est usque
irritum aut solutum qualibet ex causa, ad quartum gradum inclusive.
non ideo licet aliud contrahere,
antequam de prioris nullitate aut § 3. Impedimentum
solutione legitime et certo constiterit. consanguinitatis non multiplicatur.
Can. 1086. – § 1. Matrimonium inter § 4. Numquam matrimonium
duas personas, quarum altera sit permittatur, si quod subest dubium num
baptizata in Ecclesia catholica vel in partes sint consanguineae in aliquo
eandem recepta nec actu formali ab gradu lineae rectae aut in secundo
ea defecerit, et altera non baptizata, gradu lineae collateralis,
invalidum est. Can. 1092. – Affinitas in linea recta dir
imit matrimonium in quolibet gradu.
§ 2. Ab hoc impedimento ne
dispensetur, nisi impletis condicionibus Can. 1093. – Impedimentum publicae
de quibus in cann. 1125 et 1126.
honestatis oritur ex matrimonio invalido
§ 3. Si pars tempore contracti post instauratam vitam communem aut
matrimonii tamquam baptizata ex notorio vel publico concubinatu; et
communiter habebatur aut eius nuptias dirimit in primo gradu lineae
baptismus erat dubius, praesumenda rectae inter virum et consanguineas
est, ad normam Can. 1060, validitas mulieris, ac vice versa.
matrimonii, donec certo probetur Can. 1094. – Matrimonium inter se
alteram partem baptizatam esse, valide contrahere nequeunt qui
alteram vero non baptizatam. cognatione legali ex adoptione orta, in
linea recta aut in
Caput IV
secundo gradu lineae
collateralis, coniuncti sunt. De consensu matrimoniali
Can. 1095. – Sunt incapaces Can. 1102. – § 1. Matrimonium sub
condicione de futuro valide contrahi
nequit.
matrimonii contrahendi: 1°
§ 2. Matrimonium sub condicione de
qui sufficienti rationis usu praeterito vel de praesenti initum est
validum vel non, prout id quod condicioni
carent;
subest, exsistit vel non.
2° qui laborant gravi defectu § 3. Condicio autem, de qua in § 2, licite
discretionis iudicii circa iura et apponi nequit, nisi cum licentia Ordinarii
loci scripto data.
officia matrimonialia essentialia
Can. 1103. – Invalidum est matrimonium
mutuo tradenda et acceptanda; initum ob vim vel metum gravem ab
extrinseco, etiam haud consulto
3° qui ob causas naturae incussum, a quo ut quis se liberet, eligere
psychicae obligationes cogatur matrimonium.
matrimonii essentiales assumere Can. 1104. – § 1. Ad matrimonium valide
non valent. contrahendum necesse est ut
contrahentes sint praesentes una simul
Can. 1096. – § 1. Ut consensus
sive per se ipsi, sive per procuratorem.
matrimonialis haberi possit, necesse est
ut contrahentes saltem non ignorent § 2. Sponsi consensum matrimonialem
verbis exprimant; si vero loqui non
matrimonium esse consortium possunt, signis aequipollentibus.
permanens inter virum et mulierem Can. 1105. – § 1. Ad matrimonium per
ordinatum ad prolem, cooperatione procuratorem valide ineundum requiritur:
aliqua sexuali, procreandam. 1° ut adsit mandatum speciale ad
contrahendum cum certa persona;
§ 2. Haec ignorantia post 2° ut procurator ab ipso
pubertatem non praesumitur. mandante designetur, et munere
suo per se ipse fungatur.
Can. 1097. – § 1. Error in persona
invalidum reddit matrimonium. § 2. Mandatum, ut valeat, subscribendum
§ 2. Error in qualitate personae, etsi est a mandante et
det causam contractui, matrimonium
irritum non reddit, nisi haec qualitas
directe et principaliter intendatur.
Can. 1098. – Qui matrimonium init
deceptus dolo, ad obtinendum
consensum patrato, circa aliquam
alterius partis qualitatem, quae suapte
natura consortium vitae coniugalis
graviter perturbare potest, invalide
contrahit.
Can. 1099. – Error circa matrimonii
unitatem vel indissolubilitatem aut
sacramentalem dignitatem, dummodo
non determinet voluntatem, non vitiat
consensum matrimonialem.
Can. 1100. – Scientia aut opinio
nullitatis matrimonii consensum
matrimonialem non necessario excludit.
Can. 1101. – § 1. Internus animi
consensus praesumitur conformis
verbis vel signis in celebrando
matrimonio adhibitis.
§ 2. At si alterutra vel utraque pars
positivo voluntatis actu excludat
matrimonium ipsum vel matrimonii
essentiale aliquod elementum, vel
essentialem aliquam proprietatem,
invalide contrahit.
non tantum subditorum, sed etiam non
praeterea a parocho vel Ordinario loci subditorum, dummodo eorum alteruter
in quo mandatum datur, aut a sit ritus latini.
sacerdote ab alterutro delegato, aut a
duobus saltem testibus; aut confici Can. 1110. – Ordinarius et parochus
debet per documentum ad normam personalis vi officii matrimonio
iuris civilis authenticum. solummodo eorum valide assistunt,
quorum saltem alteruter subditus sit
§ 3. Si mandans scribere nequeat, id intra fines suae dicionis.
in ipso mandato adnotetur et alius
testis addatur qui scripturam ipse Can. 1111. – § 1. Loci Ordinarius et
quoque subsignet; secus mandatum parochus, quamdiu valide officio
irritum est. funguntur, possunt facultatem intra
fines sui territorii matrimoniis assistendi,
§ 4. Si mandans, antequam procurator etiam generalem, sacerdotibus et
eius nomine contrahat, mandatum diaconis delegare.
revocaverit aut in amentiam inciderit,
invalidum est matrimonium, licet sive § 2. Ut valida sit delegatio facultatis
procurator sive altera pars contrahens assistendi matrimoniis, determinatis
haec ignoraverit. personis expresse dari debet; si agitur
Can. 1106. – Matrimonium per de delegatione speciali, ad
interpretem contrahi potest; cui tamen determinatum matrimonium danda est; si
parochus ne assistat, nisi de interpretis vero agitur de delegatione generali,
fide sibi constet.
scripto est concedenda.
Can. 1107. – Etsi matrimonium
invalide ratione impedimenti vel Can. 1112. – § 1. Ubi desunt
defectus formae initum fuerit,
consensus praestitus praesumitur sacerdotes et diaconi, potest
perseverare, donec de eius Episcopus dioecesanus, praevio voto
revocatione constiterit.
favorabili Episcoporum conferentiae et
Cap obtenta licentia Sanctae Sedis,
ut V delegare laicos, qui matrimoniis
De forma celebrationis assistant.
matrimonii § 2. Laicus seligatur idoneus, ad
Can. 1108. – § 1. Ea tantum institutionem nupturientibus tradendam
matrimonia valida sunt, quae capax et qui liturgiae matrimoniali rite
contrahuntur coram loci Ordinario aut peragendae aptus sit.
parocho aut sacerdote vel diacono ab Can. 1113. – Antequam delegatio
alterutro delegato qui assistant, concedatur specialis, omnia
provideantur, quae ius statuit ad
necnon coram duobus testibus, libertatem status comprobandam.
secundum tamen regulas expressas Can. 1114. – Assistens matrimonio
in canonibus qui sequuntur, et salvis illicite agit, nisi ipsi constiterit de libero
exceptionibus de quibus in cann. 144, statu contrahentium ad normam iuris
1112, § 1, 1116 et 1127, §§ 1-2. atque, si fieri potest, de licentia parochi,
§ 2. Assistens matrimonio intellegitur quoties vi delegationis generalis assistit.
tantum qui praesens exquirit
manifestationem contrahentium Can. 1115. – Matrimonia celebrentur in
consensus eamque nomine Ecclesiae
recipit. paroecia ubi alterutra pars
Can. 1109. – Loci Ordinarius et contrahentium habet domicilium vel
parochus, nisi per sententiam vel per quasi-domicilium vel menstruam
decretum fuerint excommunicati vel commorationem, aut, si de vagis
interdicti vel suspensi ab officio aut agitur, in paroecia ubi actu
tales declarati, vi officii, intra fines sui commorantur; cum licentia proprii
territorii, valide matrimoniis assistunt Ordinarii aut parochi proprii, alibi
celebrari possunt.
locorum et populorum usibus ad
Can. 1116. – § 1. Si haberi vel adiri spiritum christianum aptatis, firma tamen
nequeat sine gravi incommodo lege ut assistens matrimonio praesens
assistens ad normam iuris competens, requirat manifestationem consensus
qui intendunt verum matrimonium inire, contrahentium eamque recipiat.
illud valide ac licite coram solis testibus
contrahere possunt: Can. 1121. – § 1. Celebrato matrimonio,
parochus loci celebrationis vel qui eius
1° in mortis vices gerit, etsi neuter eidem astiterit,
periculo; quam primum adnotet in matrimoniorum
2° extra mortis periculum, regestis nomina coniugum, assistentis ac
dummodo prudenter praevideatur testium, locum et diem celebrationis
earum rerum condicionem esse matrimonii, iuxta modum ab Episcoporum
per mensem duraturam. conferentia aut ab Episcopo dioecesano
praescriptum.
§ 2. In utroque casu, si praesto sit alius
sacerdos vel diaconus qui adesse § 2. Quoties matrimonium ad normam
possit, vocari et, una cum testibus, Can. 1116 contrahitur, sacerdos vel
matrimonii celebrationi adesse debet, diaconus, si celebrationi adfuerit, secus
salva coniugii validitate coram solis testes tenentur in solidum cum
testibus. contrahentibus parochum aut Ordinarium
loci de inito coniugio quam primum
Can. 1117. – Statuta superius forma certiorem reddere.
servanda est, si saltem alterutra pars
matrimonium contrahentium in Ecclesia § 3. Ad matrimonium quod attinet cum
catholica baptizata vel in eandem dispensatione a forma canonica
recepta sit neque actu formali ab ea contractum, loci Ordinarius, qui
defecerit, salvis praescriptis Can. 1127, dispensationem concessit, curet ut
§ 2. inscribatur dispensatio et celebratio in
libro matrimoniorum tum curiae tum
Can. 1118. – § 1. Matrimonium inter paroeciae propriae partis catholicae,
catholicos vel inter partem catholicam et cuius parochus inquisitiones de statu
partem non catholicam baptizatam libero peregit; de celebrato matrimonio
celebretur in ecclesia paroeciali; in alia eundem Ordinarium et parochum quam
ecclesia aut oratorio celebrari poterit de primum certiorem reddere tenetur coniux
licentia Ordinarii loci vel parochi. catholicus, indicans etiam locum
§ 2. Matrimonium in alio convenienti celebrationis necnon formam publicam
loco celebrari Ordinarius loci permittere servatam.
potest. Can. 1122. – § 1. Matrimonium
§ 3. Matrimonium inter partem contractum adnotetur etiam in regestis
catholicam et partem non baptizatam in baptizatorum, in quibus baptismus
ecclesia vel in alio convenienti loco coniugum inscriptus est.
celebrari poterit. § 2. Si coniux matrimonium contraxerit
Can. 1119. – Extra casum non in paroecia in qua baptizatus est,
necessitatis, in matrimonii parochus loci celebrationis notitiam initi
celebratione serventur ritus in libris
liturgicis, ab Ecclesia probatis, coniugii ad parochum loci collati baptismi
praescripti aut legitimis consuetudinibus quam primum transmittat.
recepti.
Can. 1120. – Episcoporum conferentia Can. 1123. – Quoties matrimonium vel
exarare potest ritum proprium convalidatur pro foro externo, vel nullum
matrimonii, a Sancta Sede declaratur, vel legitime praeterquam
recognoscendum, congruentem morte solvitur, parochus loci
celebrationis matrimonii certior fieri
debet, ut adnotatio in regestis Caput VI
matrimoniorum et baptizatorum rite fiat. De matrimoniis mixtis
Can. 1124. – Matrimonium inter duas
personas baptizatas, quarum altera sit
in Ecclesia catholica baptizata vel in
eandem post baptismum recepta,
quaeque nec ab ea actu formali
defecerit, altera vero Ecclesiae vel
communitati ecclesiali plenam
communionem cum Ecclesia catholica
non habenti adscripta, sine expressa
auctoritatis competentis licentia
prohibitum est.
Can. 1125. – Huiusmodi licentiam
concedere potest Ordinarius loci, si iusta
et rationabilis causa habeatur; eam ne
concedat, nisi impletis condicionibus
quae sequuntur:
1° pars catholica declaret se
paratam esse pericula a fide
deficiendi removere atque
sinceram promissionem praestet
se omnia pro viribus facturam
esse, ut universa proles in
Ecclesia catholica baptizetur et
educetur;
2° de his promissionibus a parte
catholica faciendis altera pars
tempestive certior fiat, adeo ut
constet ipsam vere consciam
esse promissionis et obligationis
partis catholicae;
3° ambae partes edoceantur de
finibus et proprietatibus
essentialibus matrimonii, a
neutro contrahente excludendis.
Can. 1126. – Episcoporum conferentiae
est tum modum statuere, quo hae
declarationes et promissiones, quae
semper requiruntur, faciendae sint, tum
rationem definire, qua de ipsis et in foro
externo constet et pars non catholica
certior reddatur.
Can. 1127. – § 1. Ad formam quod
attinet in matrimonio mixto adhibendam,
serventur praescripta Can. 1108; si
tamen pars catholica matrimonium
contrahit cum parte non catholica ritus
orientalis, forma canonica celebrationis
servanda est ad liceitatem tantum; ad
validitatem autem requiritur interventus
ministri sacri, servatis aliis de iure
servandis.
§ 2. Si graves difficultates formae
canonicae servandae obstent,
Ordinario loci partis catholicae ius est
ab eadem in singulis casibus
dispensandi, consulto tamen Ordinario
loci in quo matrimonium celebratur, et
salva ad validitatem aliqua publica
forma celebrationis; Episcoporum
conferentiae est normas statuere,
quibus praedicta dispensatio conc ordi
ratione concedatur.
§ 3. Vetatur ne, ante vel post
canonicam celebrationem ad normam
§ 1, alia habeatur eiusdem matrimonii
celebratio religiosa ad matrimonialem
consensum praestandum vel
renovandum; item ne fiat celebratio
religiosa, in qua assistens catholicus
et minister non catholicus insimul,
suum quisque ritum peragens, partium
consensum exquirant.
Can. 1128. – Locorum Ordinarii
aliique animarum pastores curent, ne
coniugi catholico et filiis e matrimonio
mixto natis auxilium spirituale desit
ad eorum obligationes adimplendas
atque coniuges adiuvent ad vitae
coniugalis et familiaris fovendam
unitatem.
Can. 1129. – Praescripta cann. 1127
et 1128 applicanda sunt quoque
matrimoniis, quibus obstat
impedimentum disparitatis cultus, de
quo in Can. 1086, § 1.
Caput VII – De matrimonio
secreto celebrando
Can. 1130. – Ex gravi et urgenti
causa loci Ordinarius permittere
potest, ut matrimonium secreto
celebretur.
Can. 1131. – Permissio matrimonium
secreto celebrandi secumfert:
1° ut secreto fiant
investigationes quae ante
matrimonium peragendae sunt;
2° ut secretum de matrimonio
celebrato servetur ab Ordinario
loci, assistente, testibus,
coniugibus.
coniugum Art. 1
Can. 1132. – Obligatio secretum
servandi, de qua in Can. 1131, n. 2, ex De dissolutione
parte Ordinarii loci cessat si grave vinculi
scandalum aut gravis erga matrimonii
Can. 1141. – Matrimonium ratum et
sanctitatem iniuria ex secreti
consummatum nulla humana potestate
observantia immineat, idque notum fiat
nullaque causa, praeterquam morte,
partibus ante matrimonii celebrationem.
dissolvi potest.
Can. 1133. – Matrimonium secreto
Can. 1142. – Matrimonium non
celebratum in peculiari tantummodo
consummatum inter baptizatos vel inter
regesto, servando in secreto curiae
partem baptizatam et partem non
archivo, adnotetur.
baptizatam a Romano Pontifice dissolvi
Caput VIII potest iusta de causa, utraque parte
De matrimonii effectibus rogante vel alterutra, etsi altera pars sit
invita.
Can. 1134. – Ex valido matrimonio
enascitur inter coniuges vinculum Can. 1143. – § 1. Matrimonium initum a
natura sua perpetuum et exclusivum; in duobus non baptizatis solvitur ex
matrimonio praeterea christiano privilegio paulino in favorem fidei partis
coniuges ad sui status officia et quae baptismum recepit ipso facto quo
dignitatem peculiari sacramento novum matrimonium ab eadem parte
roborantur et veluti consecrantur. contrahitur, dummodo pars non
baptizata discedat.
Can. 1135. – Utrique coniugi aequum
officium et ius est ad ea quae pertinent § 2. Discedere censetur pars non
ad consortium vitae coniugalis.
baptizata, si nolit cum parte baptizata
Can. 1136. – Parentes officium
gravissimum et ius primarium habent cohabitare vel cohabitare pacifice sine
prolis educationem tum physicam, contumelia Creatoris, nisi haec post
socialem et culturalem, tum moralem et
religiosam pro viribus curandi. baptismum receptum iustam illi dederit
discedendi causam.
Can. 1137. – Legitimi sunt filii concepti
aut nati ex matrimonio valido vel Can. 1144. – § 1. Ut pars baptizata
novum matrimonium valide contrahat,
putativo, pars non baptizata semper interpellari
debet an:
Can. 1138. – § 1, Pater is est, quem
iustae nuptiae demonstrant, nisi 1° velit et ipsa baptismum recipere;
evidentibus argumentis contrarium
probetur. 2° saltem velit cum parte
baptizata pacifice cohabitare, sine
§ 2. Legitimi praesumuntur filii, qui nati contumelia Creatoris.
sunt saltem post dies § 2. Haec interpellatio post baptismum
180 a die celebrati matrimonii, vel infra fieri debet; at loci Ordinarius, gravi de
dies 300 a die dissolutae vitae causa, permittere potest ut interpellatio
coniugalis.
Can. 1139. – Filii illegitimi legitimantur
per subsequens matrimonium parentum
sive validum sive putativum, vel per
rescriptum Sanctae Sedis.
Can. 1140. – Filii legitimati, ad effectus
canonicos quod attinet, in omnibus
aequiparantur legitimis, nisi aliud
expresse iure cautum fuerit.
Caput IX
De separatione
200
§ 2. In casibus de quibus in § 1,
ante baptismum fiat, immo et ab matrimonium, recepto baptismo, forma
interpellatione dispensare, sive ante legitima contrahendum est, servatis
sive post baptismum, dummodo etiam, si opus sit, praescriptis de
constet modo procedendi saltem matrimoniis mixtis et aliis de iure
summario et extraiudiciali eam fieri servandis.
non posse aut fore inutilem.
§ 3. Ordinarius loci, prae oculis
Can. 1145. – § 1, Interpellatio fiat habita condicione morali, sociali,
regulariter de auctoritate loci Ordinarii oeconomica locorum et personarum,
partis conversae; a quo Ordinario curet ut primae uxoris ceterarumque
concedendae sunt alteri coniugi, si dimissarum necessitatibus satis
quidem eas petierit, induciae ad provisum sit, iuxta normas iustitiae,
respondendum, eodem tamen monito christianae caritatis et naturalis
ut, si induciae inutiliter praeterlabantur, aequitatis.
eius silentium pro responsione
negativa habeatur. Can. 1149. – Non baptizatus qui,
§ 2. Interpellatio etiam privatim facta recepto in Ecclesia catholica baptismo,
ab ipsa parte conversa valet, immo cum coniuge non baptizato ratione
est licita, si forma superius captivitatis vel persecutionis
praescripta servari nequeat.
cohabitationem restaurare nequeat,
§ 3. In utroque casu de interpellatione
facta deque eiusdem exitu in foro aliud matrimonium contrahere potest,
externo legitime constare debet. etiamsi altera pars baptismum interea
Can. 1146. – Pars baptizata ius receperit, firmo praescripto Can. 1141.
habet novas nuptias contrahendi cum
parte catholica: Can. 1150. – In re dubia privilegium
1° si altera pars negative fidei gaudet favore iuris.
interpellationi responderit, aut si
interpellatio legitime omissa Art.
fuerit;
2
2° si pars non baptizata, sive
De separatione manente vinculo
iam interpellata sive non, prius
perseverans in pacifica Can. 1151. – Coniuges habent officium
et ius servandi convictum coniugalem,
cohabitatione sine contumelia nisi legitima causa eos excuset.
Creatoris, postea sine iusta Can. 1152. – § 1. Licet enixe
causa discesserit, firmis commendetur ut coniux, caritate
praescriptis cann. 1144 et 1145. christiana motus et boni familiae
Can. 1147. – Ordinarius loci tamen, sollicitus, veniam non abnuat comparti
gravi de causa, concedere potest ut adulterae atque vitam coniugalem non
pars baptizata, utens privilegio disrumpat, si tamen eiusdem culpam
paulino, contrahat matrimonium cum expresse aut tacite non condonaverit,
parte non catholica sive baptizata sive ius ipsi est solvendi coniugalem
non baptizata, servatis etiam convictum, nisi in adulterium
praescriptis canonum de matrimoniis consenserit aut eidem causam dederit
mixtis. aut ipse quoque adulterium commiserit.
Can. 1148. – § 1. Non baptizatus, qui § 2. Tacita condonatio habetur si coniux
plures uxores non baptizatas simul innocens, postquam de adulterio certior
habeat, recepto in Ecclesia catholica factus est, sponte cum altero coniuge
baptismo, si durum ei sit cum earum maritali affectu conversatus fuerit;
prima permanere, unam ex illis, ceteris praesumitur vero, si per sex menses
dimissis, retinere potest. Idem valet de coniugalem convictum servaverit,
muliere non baptizata, quae plures neque recursum
maritos non baptizatos simul habeat.
200
apud auctoritatem ecclesiasticam Can. 1158. – § 1. Si impedimentum sit
vel civilem fecerit. publicum, consensus ab utraque parte
renovandus est forma canonica, salvo
§ 3. Si coniux innocens sponte praescripto Can. 1127, § 2.
convictum coniugalem solverit, intra sex
menses causam separationis deferat § 2. Si impedimentum probari nequeat,
ad competentem auctoritatem satis est ut consensus renovetur privatim
ecclesiasticam, quae, omnibus et secreto, et quidem a parte
inspectis adiunctis, perpendat si coniux impedimenti conscia, dummodo altera in
innocens adduci possit ad culpam consensu praestito perseveret, aut ab
condonandam et ad separationem in utraque parte, si impedimentum sit utrique
perpetuum non protrahendam. parti notum.
Can. 1153. – § 1. Si alteruter coniugum Can. 1159. – § 1. Matrimonium irritum ob
grave seu animi seu corporis periculum defectum consensus convalidatur, si pars
alteri aut proli facessat, vel aliter vitam quae non consenserat, iam consentiat,
communem nimis duram reddat, alteri dummodo consensus ab altera parte
legitimam praebet causam discedendi, praestitus perseveret.
decreto Ordinarii loci et, si periculum sit § 2. Si defectus consensus probari
in mora, etiam propria auctoritate. nequeat, satis est ut pars, quae non
§ 2. In omnibus casibus, causa consenserat, privatim et secreto
separationis cessante, coniugalis consensum praestet.
convictus restaurandus est, nisi ab § 3. Si defectus consensus probari
auctoritate ecclesiastica aliter statuatur. potest, necesse est ut consensus forma
canonica praestetur.
Can. 1154. – Instituta separatione Can. 1160. – Matrimonium nullum ob
coniugum, opportune semper defectum formae, ut validum fiat,
cavendum est debitae filiorum contrahi denuo debet forma canonica,
sustentationi et educationi. salvo praescripto Can. 1127, § 2.
Can. 1155. – Coniux innocens
laudabiliter alterum coniugem ad vitam Art. 2
coniugalem rursus admittere potest, quo
in casu iuri separationis renuntiat. De sanatione in radice
Caput X Can. 1161. – § 1. Matrimonii irriti sanatio
De matrimonii in radice est eiusdem, sine renovatione
consensus, convalidatio, a competenti
convalidatione Art. auctoritate concessa, secumferens
dispensationem ab impedimento, si adsit,
1 atque a forma canonica, si servata non
De convalidatione simplici fuerit, necnon retrotractionem effectuum
canonicorum ad praeteritum.
Can. 1156. – § 1. Ad convalidandum
matrimonium irritum ob impedimentum
dirimens, requiritur ut cesset
impedimentum vel ab eodem
dispensetur, et consensum renovet
saltem pars impedimenti conscia.
§ 2. Haec renovatio iure ecclesiastico
requiritur ad validitatem convalidationis,
etiamsi initio utraque pars consensum
praestiterit nec postea revocaverit.
Can. 1157. – Renovatio consensus
debet esse novus voluntatis actus in
matrimonium, quod pars renovans scit
aut opinatur ab initio nullum fuisse.
20
1
DE SACRAMENTALIBUS
§ 2. Convalidatio fit a momento
concessionis gratiae; retrotractio vero Can. 1166. – Sacramentalia sunt signa
intellegitur facta ad momentum sacra, quibus, ad aliquam
celebrationis matrimonii, nisi aliud sacramentorum imitationem, effectus
expresse caveatur. praesertim spirituales significantur et
§ 3. Sanatio in radice ne concedatur, ex Ecclesiae impetratione obtinentur.
nisi probabile sit partes in vita Can. 1167. – § 1. Nova sacramentalia
coniugali perseverare velle. constituere aut recepta authentice
interpretari, ex eis aliqua abolere aut
Can. 1162. – § 1. Si in utraque vel mutare, sola potest Sedes Apostolica.
alterutra parte deficiat consensus,
§ 2. In sacramentalibus conficiendis
matrimonium nequit sanari in radice,
seu administrandis accurate serventur
sive consensus ab initio defuerit, sive,
ritus et formulae ab Ecclesiae
ab initio praestitus, postea fuerit
auctoritate probata.
revocatus.
§ 2. Quod si consensus ab initio Can. 1168. – Sacramentalium minister
quidem defuerat, sed postea est clericus debita potestate instructus;
praestitus est, sanatio concedi potest quaedam sacramentalia, ad normam
a momento praestiti consensus.
librorum liturgicorum, de iudicio loci
Can. 1163. – § 1. Matrimonium irritum Ordinarii, a laicis quoque, congruis
ob impedimentum vel ob defec tum qualitatibus praeditis, administrari
legitimae formae sanari potest, possunt.
dummodo consensus utriusque partis
perseveret. Can. 1169. – § 1. Consecrationes et
dedicationes valide peragere possunt
§ 2. Matrimonium irritum ob qui charactere episcopali insigniti
impedimentum iuris naturalis aut divini sunt, necnon presbyteri quibus iure vel
positivi sanari potest solummodo legitima concessione id permittitur.
postquam impedimentum cessavit.
§ 2. Benedictiones, exceptis iis quae
Can. 1164. – Sanatio valide concedi Romano Pontifici aut Episcopis
potest etiam alterutra vel utraque parte reservantur, impertire potest quilibet
inscia; ne autem concedatur nisi ob presbyter.
gravem causam.
§ 3. Diaconus illas tantum benedictiones
Can. 1165. – § 1. Sanatio in radice impertire potest, quae ipsi expresse iure
concedi potest ab Apostolica Sede. permittuntur.
§ 2. Concedi potest ab Episcopo Can. 1170. – Benedictiones, imprimis
dioecesano in singulis casibus, etiam impertiendae catholicis, dari possunt
si plures nullitatis rationes in eodem catechumenis quoque, immo, nisi obstet
matrimonio concurrant, impletis Ecclesiae prohibitio, etiam non
condicionibus, de quibus in Can. 1125, catholicis.
pro sanatione matrimonii mixti; concedi Can. 1171. – Res sacrae, quae
autem ab eodem nequit, si adsit dedicatione vel benedictione
impedimentum cuius dispensatio Sedi
Can. 1172. – § 1.
Apostolicae reservatur ad normam ad divinum Nemo
Can. 1078, § 2, aut agatur de cultum exorcismos in
obsessos
impedimento iuris naturalis aut divini destinatae sunt, proferre legitime
positivi quod iam cessavit. reverenter potest, nisi ab
Ordinario loci
PARS II tractentur nec ad peculiarem et
usum profanum expressam
licentiam
DE CETERIS ACTIBUS CULTUS vel non proprium obtinuerit.
DIVINI adhibeantur, § 2. Haec licentia
etiamsi in ab Ordinario loci
Titu concedatur
lus I dominio sint tantummodo
privatorum. presbytero
20
2
pietate, persolvendae I
scientia, § 2. Omnibus
prudentia ac autem licet, nisi adstringuntur A
vitae integritate iure clerici, ad S
praedito. prohibeantur,
eligere normam Can. T
coemeterium 276, § 2, n. 3; I
sepulturae.
Can. 1181. – sodales vero C
Ad oblationes institutorum vitae I
occasione consecratae S
funerum quod
attinet, necnon Can. 1176. – § 1.
serventur societatum vitae
praescripta Christifideles
Can. 1264, apostolicae, ad
cauto tamen ne defuncti exequiis
ulla fiat in normam suarum
exequiis ecclesiasticis ad
constitutionum.
personarum normam iuris
acceptio neve § 2. Ad donandi sunt.
pauperes
debitis exequiis participandam
priventur. liturgiam § 2. Exequiae
Can. 1182. – horarum, utpote ecclesiasticae,
Expleta quibus Ecclesia
tumulatione, actionem
inscriptio in Ecclesiae, etiam defunctis
librum spiritualem opem
defunctorum ceteri
fiat ad normam christifideles, pro impetrat
iuris eorumque
particularis. adiunctis, enixe
invitantur. corpora honorat
Caput II ac simul vivis spei
T U Can. 1175. – In solacium affert,
i M liturgia horarum celebrandae sunt
t Can. 1173. – persolvenda, ad normam
u Ecclesia, quantum fieri legum
l sacerdotale potest, verum liturgicarum.
u munus Christi tempus servetur § 3. Enixe
s adimplens, uniuscuiusque commendat
liturgiam horae. Ecclesia, ut pia
I horarum Titulus III consuetudo
I celebrat, qua defunctorum
D Deum ad D corpora
E populum suum E sepeliendi
loquentem servetur; non
L audiens et E
tamen prohibet
I memoriam X
cremationem, nisi
T mysterii salutis E
ob rationes
U agens, Ipsum Q
christianae
R sine U
doctrinae
G intermissione, I
contrarias electa
I cantu et I
fuerit.
A oratione, laudat S
atque interpellat Cap
H pro totius mundi E ut I
O salute. C D
R C e
Can. 1174. – §
A L
1. Obligatione
R E e
liturgiae horarum
S
20
3
x funeris legitime corporis
De iis quibus crematio
e electa, exequiae exequiae nem
ecclesiasticae elegerint
q celebrentur in concedendae ob
u ecclesia sunt aut rationes
denegandae fidei
i paroeciae ubi christian
mors accidit, nisi Can. 1183. – § ae
a 1. Ad exequias
r alia iure quod attinet, adversas
christifidelibus ;
u particulari catechumeni
m designata sit. accensendi 3° alii
sunt. peccatore
Can. 1178. – § 2. Ordinarius s
c Exequiae loci permittere
e potest ut manifesti,
Episcopi parvuli, quos quibus
l parentes
dioecesani in baptizare exequiae
e
propria ecclesia intendebant ecclesiast
b quique autem
r cathedrali ante icae non
celebrentur, nisi baptismum sine
a mortui sunt,
t ipse aliam exequiis publico
ecclesiam ecclesiasticis fidelium
i donentur.
o elegerit. scandalo
§ 3. Baptizatis concedi
n Can. 1179. – alicui Ecclesiae possunt.
e Exequiae aut communitati
Can. 1177. – § religiosorum aut § 2. Occurrente
1. Exequiae ecclesiali non aliquo dubio,
pro quolibet sodalium catholicae consulatur loci
fideli defuncto societatis vitae Ordinarius,
generatim in adscriptis, cuius iudicio
propriae apostolicae exequiae standum est.
paroeciae generatim ecclesiasticae Can. 1185. –
ecclesia
celebrari celebrentur in concedi Excluso ab
debent. propria ecclesia possunt de ecclesiasticis
§ 2. Fas est aut oratorio a prudenti exequiis
autem cuilibet Superiore, si Ordinarii loci deneganda
fideli, vel iis institutum aut iudicio, nisi quoque est
quibus fidelis societas sint constet de
clericalia, secus quaelibet Missa
defuncti contraria eorum
a cappellano. exequialis.
exequias curare voluntate et
competit, aliam Can. 1180. – § dummodo Titulus IV
ecclesiam 1. Si paroecia minister DE CULTU
funeris eligere proprius haberi SANCTORU
proprium habeat M,
de consensu coemeterium, in nequeat. SACRARUM
eius, qui eam IMAGINUM
eo tumulandi Can. 1184. – § ET
regit, et monito 1. Exequiis RELIQUIARU
sunt fideles ecclesiasticis M
defuncti defuncti, nisi privandi sunt,
parocho proprio. nisi ante Can. 1186. –
aliud mortem aliqua
coemeterium dederint Ad
§ 3. Si extra paenitentiae
legitime electum signa: sanctificationem
propriam
fuerit ab ipso populi Dei
paroeciam mors 1° notorii
defuncto vel ab fovendam,
acciderit neque apostatae,
iis quibus Ecclesia
cadaver ad eam haeretici et
defuncti peculiari et filiali
translatum schismatici;
sepulturam christifidelium
fuerit, neque
curare competit. 2° qui venerationi
aliqua ecclesia proprii
20
4
commendat praebeatur. gravi et iniusto
Beatam aliqua vel dolo emissum
Can. 1189. – ecclesia
Mariam Imagines ipso iure nullum
semper magna
pretiosae, idest est.
Virginem, Dei populi
vetustate, arte, veneratione Can. 1192. – § 1.
Matrem, quam aut cultu Votum est
Christus honorantur. publicum, si
praestantes, in nomine Ecclesiae
hominum T a legitimo
ecclesiis vel Superiore
omnium oratoriis i acceptetur; secus
Matrem t privatum.
fidelium
constituit, venerationi u § 2. Sollemne, si
atque verum et expositae, si l ab Ecclesia uti
authenticum quando u tale fuerit
promovet reparatione s agnitum; secus
cultum aliorum indigeant, s
Sanctorum, V
numquam i
quorum restaurentur DE VOTO ET m
quidem sine data IUREIURANDO p
exemplo scripto licentia C l
christifideles ab Ordinario; e
aedificantur et qui, antequam a
x
intercessione eam concedat, p
sustentantur. peritos u .
Can. 1187. – consulat.
Cultu publico t § 3. Personale,
eos tantum quo actio
Dei servos Can. voventis
venerari licet, 1190. – § promittitur; reale,
qui auctoritate I quo promittitur
Ecclesiae in 1. Sacras res aliqua;
album reliquias mixtum, quod
Sanctorum vel personalis et
Beatorum relati vendere D realis naturam
sint. nefas est. participat.
e Can. 1193. –
Can. 1188. – § 2. Insignes
Firma maneat Votum non
reliquiae
praxis in v obligat, ratione
itemque aliae,
ecclesiis sui, nisi
quae magna o
sacras populi emittentem. Can.
imagines t 1194. – Cessat
veneratione
fidelium honorantur, o votum lapsu
venerationi nequeunt Can. 1191. – § temporis ad
proponendi; 1. Votum, idest
quoquo modo promissio finiendam
attamen valide alienari deliberata ac obligationem
libera Deo facta appositi,
moderato neque de bono mutatione
numero et possibili et substantiali
perpetuo meliore, ex materiae
congruo ordine transferri sine virtute religionis promissae,
exponantur, ne impleri debet. deficiente
Apostolicae condicione a qua
populi Sedis licentia. § 2. Nisi iure votum pendet aut
christiani prohibeantur, eiusdem
§ 3. omnes
admiratio congruenti causa
excitetur, neve Praescriptum § rationis usu finali,
2 valet etiam pollentes, sunt
devotioni voti capaces. dispensati
minus rectae pro imaginibus, one,
quae in § 3. Votum metu
ansa commutati
20
5
one. instituti aut a
societatis n e
Can. 1195. – t
Qui potestatem degunt; d
3° ii o c
in voti materiam quibus ab
habet, potest Apostolica Can. 1199. – § o
Sede vel 1. Iusiurandum,
voti idest invocatio n
ab Nominis divini in
obligationem Ordinario d
loci testem veritatis,
tamdiu delegata praestari nequit, i
suspendere, fuerit nisi in veritate, in c
dispensan iudicio et in
quamdiu voti di iustitia. i
adimpletio sibi potestas. § 2. o
praeiudicium Iusiurandum n
Can. 1197. – quod canones
afferat. Opus voto exigunt vel e
admittunt, per s
Can. 1196. – privato procuratorem
Praeter praestari valide
Romanum promissum nequit. a
Pontificem, vota potest in maius c
privata possunt Can. 1200. – §
iusta de causa vel in aequale t
dispensare, bonum ab ipso 1. Qui libere iurat
dummodo u
dispensatio ne vovente se aliquid
s
laedat ius aliis commutari; in facturum,
quaesitum: peculiari
minus vero c
1° loci bonum, ab illo religionis u
Ordinariu
s et cui potestas est obligatione i
parochus, tenetur implendi,
quod dispensandi ad
attinet ad normam Can. quod iureiurando a
omnes firmaverit. d
ipsorum 1196.
subditos § 2. Iusiurandum i
atque Can. 1198. – dolo, vi aut metu
Vota ante c
etiam professionem gravi extortum,
peregrino ipso iure nullum i
s; religiosam est.
emissa t
2° suspenduntur, u
donec vovens in Can. 1201. – §
Superior instituto religioso 1. Iusiurandum r
instituti permanserit. .
promissorium
religiosi C sequitur naturam § 2. Si actui
aut a directe vergenti
societatis p in damnum
vitae u aliorum aut in
apostolica t praeiudicium
e, si sint boni publici vel
clericalia I
I salutis aeternae
iuris iusiurandum
pontificii, D adiciatur, nullam
quod e exinde actus
attinet ad consequitur
sodales, I firmitatem.
novitios u Can. 1202. –
atque r
Obligatio
personas, e
quae diu iureiurand
i
noctuque u o
in domo r promissori
20
6
o ne sub iusiurandum peragendi in suo
qua forte
inducta iusiurand praestatur. territorio.
um
desinit: datum PARS III Can. 1207. –
1° si est;
Loca sacra
4° DE LOCIS
remittatu benedicuntur ab
ET
r ab dispensa Ordinario;
TEMPORIB
eo in tione, benedictio
US
cuius commuta tamen
SACRIS
commod tione, ad ecclesiarum
normam T reservatur
um
i Can. i Episcopo
u t dioecesano;
s 1203.
i u uterque vero
u Can. 1203. – l
r potest alium
a Qui u sacerdotem ad
n suspendere,
d s hoc delegare.
u dispensare,
m commutare Can. 1208. –
I
e possunt votum, De peracta
m DE LOCIS dedicatione vel
i eandem
s potestatem SACRIS benedictione
s
u eademque Can. 1205. – ecclesiae,
m ratione habent itemque de
Loca sacra ea
f circa sunt quae benedictione
u
e iusiurandum divino cultui coemeterii
r promissorium; redigatur
a fideliumve
t sed si sepulturae documentum,
;
iurisiurandi deputantur cuius alterum
2° si res dispensatio dedicatione vel exemplar in
iurata vergat in benedictione, curia
substant praeiudicium quam liturgici dioecesana,
ialiter aliorum qui libri ad hoc alterum in
mutetur, obligationem praescribunt. ecclesiae
aut, remittere archivo
mutatis recusent, una Can. 1206. – servetur.
adiuncti Apostolica Dedicatio
alicuius loci Can. 1209. –
s, fiat Sedes potest
spectat ad Dedicatio vel
vel mala iusiurandum
Episcopum benedictio
vel dispensare.
dioecesanum alicuius loci,
omnino Can. 1204. – et ad eos qui modo nemini
indiffere Iusiurandum ipsi iure damnum fiat,
ns, vel stricte est aequiparantur; satis probatur
denique interpretandum iidem possunt etiam per
maius secundum ius cuilibet unum testem
bonum et secundum Episcopo vel, omni
impediat intentionem in casibus exceptione
; iurantis aut, si exceptionalibus maiorem.
3° hic dolo agat, , presbytero
deficien Can. 1210. – In
te secundum munus
causa loco sacro ea
finali intentionem committere tantum
aut illius cui dedicationem
condicio admittantur
20
7
quae cultui, ut non liceat in Can. 1215. – § refectione,
pietati, religioni eis cultum adhibito peritorum
1. Nulla ecclesia
exercendis vel exercere, consilio,
aedificetur sine
promovendis donec ritu serventur
inserviunt, ac paenitentiali ad expresso
principia et
vetatur normam Episcopi
normae liturgiae
quidquid a loci librorum dioecesani et artis sacrae.
sanctitate liturgicorum consensu
scriptis dato. Can. 1217. – § 1.
absonum sit. iniuria
Ordinarius reparetur. Aedificatione rite
§ 2. Episcopus peracta, nova
vero per dioecesanus
Can. 1212. – ecclesia quam
modum actus consensum ne
Dedicationem primum dedicetur
alios usus, praebeat nisi,
vel aut saltem
sanctitati audito consilio
benedictionem benedicatur,
tamen loci non presbyterali et
amittunt loca sacrae liturgiae
contrarios, vicinarum
sacra, si legibus servatis.
permittere ecclesiarum
magna ex § 2. Sollemni ritu
potest. rectoribus,
parte dedicentur
Can. 1211. – destructa censeat novam ecclesiae,
ecclesiam bono praesertim
Loca sacra fuerint, vel ad cathedrales et
violantur per animarum paroeciales.
usus profanos
actiones permanenter inservire posse, Can. 1218. –
et media ad Unaquaeque
graviter decreto ecclesia suum
iniuriosas cum competentis ecclesiae habeat titulum
aedificationem et qui, peracta
scandalo Ordinarii vel de ecclesiae
fidelium ibi facto reducta. ad cultum dedicatione,
divinum mutari nequit.
positas, quae, Can. 1213. –
de iudicio Potestates necessaria non Can. 1219. – In
Ordinarii loci, suas et munera esse defutura. ecclesia el gitime
auctoritas
ita graves et ecclesiastica in § 3. Etiam dedicata vel
sanctitati loci locis sacris benedicta omnes
libere exercet. instituta
contrariae sunt religiosa, licet actus cultus
c consensum divini perfici
C possunt, salvis
l constituendae
a novae domus in iuribus
e dioecesi vel paroecialibus.
p civitate ab Can. 1220. – §
s Episcopo
u 1. Curent omnes
i dioecesano ad quos res
t rettulerint, pertinet, ut in
i antequam tamen ecclesiis illa
ecclesiam in munditia ac
I s
certo ac decor serventur,
Can. 1214. – determinato loco quae domum Dei
Ecclesiae aedificent,
D nomine addeceant, et ab
intellegitur aedes eiusdem iisdem arceatur
e sacra divino
cultui destinata, licentiam quidquid a
ad quam obtinere debent. sanctitate loci
fidelibus ius est
adeundi ad Can. 1216. – In absonum sit.
e divinum cultum
praesertim ecclesiarum § 2. Ad bona
c publice sacra et pretiosa
exercendum. aedificatione et tuenda ordinaria
20
8
conservationis capiat. constitutis
cura et celebrationes
opportuna omnes
securitatis Caput II sacrae peragi
media possunt, nisi
adhibeantur. De
oratoriis et quae iure aut
Can. 1221. – Ordinarii loci
de sacellis
Ingressus in praescripto
privatis
ecclesiam excipiantur, aut
tempore Can. 1223. – obstent normae
sacrarum Oratorii nomine liturgicae.
celebrationum intellegitur locus
divino cultui, in Can. 1226. –
sit liber et Nomine sacelli
commodum privati
gratuitus. intellegitur locus
alicuius divino cultui, in
Can. 1222. – § communitatis vel commodum
1. Si qua unius vel
coetus fidelium plurium
ecclesia nullo eo personarum
modo ad cultum physicarum, de
convenientium licentia Ordinarii
divinum adhiberi de licentia loci destinatus.
queat et Ordinarii Can. 1227. –
possibilitas non destinatus, ad Episcopi
sacellum
detur eam quem etiam alii privatum sibi
reficiendi, in fideles de constituere
possunt, quod
usum profanum consensu iisdem iuribus
non sordidum Superioris ac oratorium
gaudet.
ab Episcopo competentis
dioecesano accedere Can. 1228. –
redigi potest. possunt. Firmo
praescripto Can.
§ 2. Ubi aliae Can. 1224. – § 1227, ad
graves causae 1. Ordinarius Missam aliasve
suadeant ut licentiam ad sacras
aliqua ecclesia constituendum celebrationes in
ad divinum oratorium aliquo sacello
cultum amplius requisitam ne privato
non adhibeatur, concedat, nisi peragendas
eam Episcopus prius per se vel requiritur
dioecesanus, per alium locum Ordinarii loci
audito consilio ad oratorium licentia.
presbyterali, in destinatum
usum profanum visitaverit et Can. 1229. –
non sordidum decenter Oratoria et
redigere potest, instructum sacella privata
de consensu reppererit. benedici
eorum qui iura convenit
§ 2. Data autem
in eadem sibi licentia, secundum ritum
legitime oratorium ad in libris liturgicis
usus profanos
vindicent, et converti nequit praescriptum;
dummodo sine eiusdem debent autem
Ordinarii
animarum auctoritate. esse divino
bonum nullum Can. 1225. – tantum cultui
inde In oratoriis reservata et ab
detrimentum legitime omnibus
20
9
domesticis Ut sanctuarium 1. In l
usibus libera. dici possit sanctuariis
nationale, abundantius t
C
accedere debet fidelibus a
a approbatio suppeditentur
Episcoporum media salutis, r
p conferentiae; verbum Dei
sedulo i
u ut dici possit
internationale, annuntiando, b
t requiritur vitam liturgicam
approbatio praesertim per u
Sanctae Sedis. Eucharistiae et
I s
paenitentiae
Can. 1232. – celebrationem
I Can. 1235. – §
§ 1. Ad apte fovendo, 1. Altare, seu
I approbanda necnon mensa super
statuta probatas quam
sanctuarii pietatis Sacrificium
D dioecesani, popularis eucharisticum
competens est formas
e celebratur,
Ordinarius loci; colendo. fixum dicitur, si
ad statuta
§ 2. Votiva artis ita exstruatur ut
sanctuarii
s popularis et cum pavimento
nationalis,
pietatis cohaereat
a Episcoporum
documenta in ideoque
conferentia; ad
n sanctuariis aut amoveri
statuta
locis nequeat; mobile
c sanctuarii
adiacentibus vero, si
internationalis,
t spectabilia transferri possit.
sola Sancta
Sedes. serventur § 2. Expedit in
u atque secure omni ecclesia
§ 2. In statutis custodiantur.
a altare fixum
determinentur
C inesse; ceteris
r praesertim
vero in locis,
finis, a sacris
i auctoritas celebrationibus
rectoris, p
i destinatis,
dominium et u altare fixum vel
s administratio mobile.
bonorum. t
Can. 1230. – Can. 1236. – §
Sanctuarii Can. 1233. –
nomine Sanctuariis 1. Iuxta traditum
intelleguntur quaedam I Ecclesiae
ecclesia vel privilegia
alius locus concedi morem mensa
sacer ad quos, poterunt, V altaris fixi sit
ob peculiarem quoties
pietatis locorum lapidea, et
causam, circumstantiae, quidem ex
fideles peregrinantium D
frequentes, frequentia et unico lapide
approbante praesertim e naturali; attamen
Ordinario loci, fidelium bonum
peregrinantur. id suadere etiam alia
videantur. materia digna
Can. 1231. –
Can. 1234. – § a et solida, de
21
0
iudicio Can. 1237. – § destinata, rite
Episcoporum 1. Altaria fixa benedicenda. I
conferentiae, dedicanda I
§ 2. Si vero hoc
adhiberi sunt, mobilia obtineri nequeat, D
toties quoties
potest. Stipites vero dedicanda singuli tumuli rite E
vero seu basis aut benedicantur.
ex qualibet benedicenda, Can. 1241. – § T
materia confici 1. Paroeciae et
iuxta ritus in instituta religiosa E
possunt. liturgicis libris coemeterium M
proprium habere
§ 2. Altare praescriptos. possunt. P
mobile ex § 2. Antiqua O
traditio § 2. Etiam aliae
qualibet R
Martyrum personae
materia solida, aliorumve I
Sanctorum iuridicae vel
reliquias sub B
usui liturgico familiae habere
altari fixo U
congruenti, condendi s possunt
ervetur, iuxta S
extrui potest. peculiare
normas in libris
liturgicis coemeterium seu
S
§ 2. Subtus sepulcrum, de
t A
altare nullum sit iudicio Ordinarii
r C
reconditum loci
a R
cadaver; secus benedicendum.
d I
i Missam super Can. 1242. – In S
t illud celebrare ecclesiis
Can. 1244. – §
a non licet. cadavera ne 1. Dies festos
s Caput V sepeliantur, nisi itemque dies
. agatur de paenitentiae,
D Romano
Can. 1238. – § e universae
Pontifice aut Ecclesiae
1. Altare Cardinalibus vel
dedicationem c communes,
Episcopis constituere,
vel o dioecesanis
e transferre,
benedictionem etiam emeritis in
m abolere, unius est
amittit ad propria ecclesia
e supremae
normam Can. sepeliendis. ecclesiastic ae
1212. t Can. 1243. –
e auctoritatis, firmo
§ 2. Per Opportunae
reductionem r normae de praescripto Can.
ecclesiae vel disciplina in 1246, § 2.
alius loci sacri i coemeteriis
ad usus i servanda, § 2. Episcopi
profanos, altaria praesertim ad
sive fixa sive s eorum indolem dioecesani
mobilia non sacram tuendam peculiares suis
amittunt Can. 1240. – § et fovendam
dedicationem quod attinet, iure dioecesibus seu
1. Coemeteria particulari
vel statuantur. locis dies festos
benedictionem. Ecclesiae
propria, ubi fieri aut dies
Can. 1239. – § T
1. Altare tum potest, paenitentiae
fixum tum i
habeantur, vel possunt, per
mobile divino t
dumtaxat cultui saltem spatia in modum tantum
reservandum u
coemeteriis actus, indicere.
est, quolibet l
profano usu civilibus fidelibus u Can. 1245. –
prorsus excluso.
defunctis s Firmo iure
21
1
Episcoporum opportunitate in
Can. 1246. – § insuper ab illis
dioecesanorum 1. Dies dominica familiarum
de quo in Can. operibus et coetibus vacent.
in qua mysterium negotiis quae
87, parochus, paschale cultum Deo Caput II
iusta de causa celebratur, ex
et secundum reddendum, De diebus
apostolica laetitiam diei
Episcopi traditione, in paenitentia
dioecesani Domini e
universa propriam, aut
praescripta, Ecclesia uti Can. 1249. –
singulis in debitam mentis
primordialis dies Omnes
casibus ac corporis
festus de christifideles,
concedere relaxationem
praecepto suo quisque
potest impediant.
servanda est. modo,
dispensationem Itemque servari Can. 1248. – §
1. Praecepto paenitentiam
ab obligatione debent dies de Missa agere ex lege
servandi diem Nativitatis Domini participanda
satisfacit qui divina tenentur;
festum vel diem Nostri Iesu Missae assistit ut vero cuncti
paenitentiae aut Christi, ubicumque
celebratur ritu communi
commutationem Epiphaniae, catholico vel quadam
eiusdem in alia Ascensionis et ipso die festo
vel vespere paenitentiae
pia opera; idque sanctissimi diei observatione
potest etiam Corporis et praecedentis.
inter se
Superior instituti Sanguinis Christi, § 2. Si coniungantur,
religiosi aut Sanctae Dei deficiente dies
societatis vitae Genetricis ministro sacro paenitentiales
apostolicae, si Mariae,eiusdem aliave gravi de praescribuntur,
sint clericalia Immaculatae causa in quibus
iuris pontificii, Conceptionis et participatio christifideles
quoad proprios Assumptionis, eucharisticae speciali modo
subditos sancti Ioseph, celebrationis orationi vacent,
aliosque in sanctorum Petri impossibilis opera pietatis et
domo diu et Pauli evadat, valde caritatis
noctuque Apostolorum, commendatur
omnium denique exerceant, se
degentes. ut fideles in ipsos abnegent,
Sanctorum. liturgia Verbi, si
Caput I proprias
§ 2. quae sit in obligationes
D Episcoporum ecclesia
conferentia fidelius
e tamen potest, paroeciali
praevia adimplendo et
Apostolicae aliove sacro praesertim
d Sedis loco, iuxta
approbatione, ieiunium et
i quosdam ex Episcopi abstinentiam, ad
e diebus festis de dioecesani
praecepto normam
b abolere vel ad praescripta
diem dominicam canonum qui
u celebrata,
transferre. sequuntur,
s partem
Can. 1247. – Die observando.
dominica aliisque habeant, aut
f diebus festis de orationi per Can. 1250. –
e praecepto fideles debitum Dies et tempora
obligatione
s tenentur Missam tempus paenitentialia in
t participandi; personaliter universa
abstineant
i aut in familia Ecclesia sunt
s vel pro singulae feriae
21
2
sextae totius Curent tamen independenter Ecclesiae
anni et animarum a civili particulares
tempus pastores et potestate, necnon alia
quadragesima parentes ut acquirere, quaevis
e. etiam ii qui, retinere, persona
ratione minoris administrare et iuridica, sive
Can. 1251. –
aetatis ad alienare valet publica sive
Abstinentia a
legem ieiunii et ad fines sibi privata,
carnis
abstinentiae proprios subiecta sunt
comestione vel
non tenentur, prosequendos. capacia bona
ab alio cibo
ad genuinum temporalia
iuxta § 2. Fines vero
paenitentiae acquirendi,
conferentiae proprii
sensum retinendi,
Episcoporum praecipue sunt:
informentur. administrandi et
praescripta, cultus divinus
servetur Can. 1253. – ordinandus, alienandi ad
singulis anni Episcoporum honesta cleri normam iuris.
sextis feriis, conferentia aliorumque Can. 1256. –
nisi cum potest pressius Dominium
ministrorum bonorum, sub
aliquo die determinare sustentatio suprema
inter observantiam auctoritate
procuranda, Romani
sollemnitates ieiunii et opera sacri Pontificis, ad
abstinentiae, eam pertinet
recensito apostolatus et iuridicam
occurrant; necnon alias caritatis, personam, quae
eadem bona
abstinentia formas praesertim erga legitime
vero et paenitentiae, egenos, acquisiverit.
ieiunium, feria praesertim exercenda. Can. 1257. – §
quarta opera caritatis 1. Bona
Can. 1255. – temporalia
Cinerum et et omnia quae ad
feria sexta in exercitationes Ecclesia Ecclesiam
universa atque universam,
Passione et pietatis, ex toto Apostolicam
Morte Domini vel ex parte pro Apostolica Sedem aliasve
Sedes, in Ecclesia
Nostri Iesu abstinentia et personas
Christi. ieiunio iuridicas publicas significatur non
substituere. pertinent, sunt solum Ecclesia
Can. 1252. – bona
ecclesiastica et universa aut
Lege L
reguntur Sedes Apostolica,
abstinentiae I canonibus qui
sequuntur, sed etiam
tenentur qui B
necnon propriis qualibet persona
decimum E statutis. iuridica publica in
quartum aetatis R § 2. Bona
temporalia Ecclesia, nisi ex
annum
V personae contextu
expleverint; iuridicae
privatae sermonis vel ex
lege vero DE BONIS reguntur propriis natura rei aliud
ieiunii ECCLESIA statutis, non
autem hisce appareat.
adstringuntur E canonibus, nisi
omnes TEMPORAL expresse aliud Titulus I
aetate IBUS caveatur.
DE
maiores Can. 1258. – In
Can. 1254. – § ACQUISITIONE
usque ad canonibus qui
1. Ecclesia BONORUM
annum sequuntur
inceptum catholica bona Can. 1259. –
temporalia iure nomine
sexagesimum. Ecclesiae Ecclesia
nativo,
21
3
acquirere bona regimini subiectis orum et contrarium
sacrament
temporalia moderatum alium. constet,
potest omnibus tributum, earum Can. 1265. – § oblationes quae
iustis modis redditibus 1. Salvo iure fiunt
religiosorum
iuris sive proportionatum, mendicantium, Superioribus vel
naturalis sive imponendi; vetatur persona administratoribus
quaevis privata,
positivi, quibus ceteris personis sive physica sive cuiusvis
aliis licet. physicis et iuridica, sine personae
proprii Ordinarii
Can. 1260. – iuridicis ipsi licet et Ordinarii loci iuridicae
Ecclesiae tantum, in casu licentia, in ecclesiasticae,
nativum ius est scriptis data,
exigendi a gravis stipem cogere etiam privatae,
christifidelibus, necessitatis et pro quolibet pio praesumuntur
quae ad fines aut ecclesiastico
sibi proprios sint sub iisdem instituto vel fine. ipsi personae
necessaria. condicionibus, § 2. iuridicae factae.
Can. 1261. – § extraordinariam Episcoporum
conferentia § 2. Oblationes,
1. Integrum est et moderatam potest normas
exactionem de stipe de quibus in § 1,
christifidelibus quaeritanda repudiari
imponere, salvis statuere, quae
bona temporalia ab omnibus nequeunt nisi
legibus et
in favorem servari debent, iusta de causa et,
consuetudinibus iis non exclusis,
Ecclesiae particularibus qui ex in rebus maioris
conferre. institutione momenti, de
quae eidem mendicantes
§ 2. Episcopus potiora iura vocantur et sunt. licentia Ordinarii,
dioecesanus si agitur de
fideles de tribuant. Can. 1266. – In
obligatione, de persona iuridica
qua in Can. 222, Can. 1264. – omnibus publica; eiusdem
§ 1, monere Nisi aliud iure ecclesiis et
tenetur et eautum sit, Ordinarii licentia
opportuno modo conventus oratoriis, etiam requiritur ut
eam urgere. Episcoporum ad instituta
provinciae est: acceptentur quae
Can. 1262. – religiosa onere modali vel
1° pertinentibus,
Fideles subsidia praefinire condicione
Ecclesiae quae de facto gravantur, firmo
taxas pro habitualiter
conferant per actibus praescripto Can.
subventiones christifidelibus 1295.
potestatis pateant,
rogatas et iuxta exsecutiva Ordinarius loci § 3. Oblationes a
normas ab e praec ipere fidelibus ad
Episcoporum gratiosae potest ut certum finem
conferentia vel pro specialis stips factae, nonnisi ad
latas. exsecution colligatur pro
Can. 1263. – e determinatis
Ius est rescriptoru inceptis
Episcopo m Sedis paroecialibus,
dioecesano, Apostolica dioecesanis,
auditis consilio a e, ab ipsa nationalibus vel
rebus Sede universalibus, ad
oeconomicis et Apostolica curiam
consilio approband dioecesanam
presbyterali, as; postea sedulo
pro dioecesis 2° definire mittenda.
necessitatibus, oblationes
personis iuridicis occasione Can. 1267. – §
ministratio
publicis suo nis 1. Nisi
sacrament
21
4
personis media omnium
e bonorum
possunt, sed procuranda, ecclesiasticoru
u eas adhibere quibus Sedes m supremus
n administrator et
ad usus Apostolica dispensator.
d profanos non secundum
e Can. 1274. – §
licet, nisi temporum 1. Habeatur in
m dedicationem condiciones singulis
f vel indiget, ut dioecesibus
i benedictionem servitium erga speciale
n amiserint; si Ecclesiam institutum, quod
e vero ad universam rite bona vel
m personam praestare oblationes
iuridicam valeat. colligat eum in
d ecclesiasticam Can. 1272. – In finem ut
e publicam regionibus ubi sustentationi
s pertinent, beneficia clericorum, qui
t tantum ab alia proprie dicta in favorem
i persona adhuc dioecesis
n iuridica exsistunt, servitium
a ecclesiastica Episcoporum praestant, ad
r publica acquiri conferentiae normam Can.
i possunt. est, opportunis 281 provideatur,
Can. 1270. – normis cum nisi aliter
p
Res immobiles, Apostolica eisdem
o
mobiles Sede provisum sit.
s
s pretiosae, iura concordatis et § 2. Ubi
et actiones sive ab ea praevidentia
u socialis in
n personales sive approbatis, favorem cleri
reales, quae huiusmodi nondum apte
t ordinata est,
. pertinent ad beneficiorum curet
regimen Episcoporum
Sedem conferentia ut
Can. 1268. – Apostolicam, moderari, ita ut habeatur
Praescriptione institutum, quo
spatio centum reditus, immo securitati sociali
m, tamquam annorum quatenus clericorum satis
acquirendi et provideatur.
praescribuntur; possibile sit
se liberandi quae ad aliam ipsa dos § 3. In singulis
modum, personam beneficiorum dioecesibus
Ecclesia pro iuridicam ad institutum, constituatur,
bonis publicam de quo in Can. quatenus opus
temporalibus ecclesiasticam 1274, § 1, sit, massa
recipit, ad pertinent, spatio paulatim communis qua
normam cann. triginta deferatur. valeant Episcopi
197- 199. annorum. obligationibus
Titulus II erga alias
Can. 1269. – Can. 1271. –
DE personas
Res sacrae, si Episcopi,
ADMINISTR Ecclesiae
in dominio ratione vinculi
ATIONE deservientes
privatorum unitatis et
BONORUM satisfacere
sunt, caritatis, pro
Can. 1273. – variisque
praescriptione suae dioecesis Romanus dioecesis
acquiri a facultatibus, Pontifex, vi
primatus necessitatibus
privatis conferant ad regiminis, est occurrere,
21
5
quaque etiam opportune audire debet; Ordinarii
concordatas.
dioeceses eiusdem tamen interveniendi in
divitiores Can. 1276. – § consilii atque casu
possint 1. Ordinarii est etiam collegii neglegentiae
pauperioribus sedulo consultorum administratoris.
subvenire. advigilare consensu eget,
administrationi § 2. In
§ 4. Pro praeterquam in administratione
omnium casibus iure
diversis bonorum, quae bonorum
locorum universali vel personae
ad personas tabulis
adiunctis, fines iuridicas iuridicae publicae,
de quibus in fundationis quae ex iure vel
publicas sibi specialiter
§§ 2 et 3 subiectas tabulis
aptius obtineri expressis, ad fundationis aut
pertinent, ponendos actus
possunt per propriis statutis
salvis legitimis extraordinariae
instituta suos non habeat
titulis quibus administrationis.
dioecesana administratores,
eidem Conferentiae
inter se Ordinarius, cui
Ordinario autem
foederata, vel eadem subiecta
potiora iura Episcoporum est
per est, personas
tribuantur. definire quinam
cooperationem idoneas ad
aut etiam per § 2. Habita actus habendi triennium
convenientem ratione iurium, sint assumat;
consociatione legitimarum extraordinariae eaedem ab
m pro variis consuetudinum administrationis. Ordinario iterum
dioecesibus, et Can. 1278. – nominari possunt.
immo et pro circumstantiaru Praeter munera Can. 1280. –
toto territorio m, Ordinarii, de quibus in Quaevis persona
ipsius editis Can. 494, §§ 3 iuridica suum
Episcoporum peculiaribus et 4, oeconomo habeat consilium
conferentiae instructionibus committi possunt a rebus
constitutam. intra fines iuris ab Episcopo oeconomicis vel
§ 5. Haec universalis et dioecesano
instituta, si particularis, saltem duos
fieri possit, ita munera de consiliarios, qui
cons tituenda universum
sunt, ut quibus in cann. administratorem,
administrationis
efficaciam 1276, § 1 et ad normam
quoque in iure bonorum
civili obtineant. 1279, § 2. statutorum, in
ecclesiasticoru
Can. 1275. – m negotium Can. 1279. – § munere
Massa ordinandum 1. Administratio adimplendo
bonorum ex adiuvent.
diversis curent. bonorum
dioecesibus ecclesiasticorum
provenientium Can. 1277. – Can. 1281. – §
administratur ei competit, qui 1. Firmis
secundum Episcopus
normas ab immediate regit statutorum
Episcopis, dioecesanus
personam ad praescriptis,
quorum quod attinet ad
interest, quam eadem administratores
actus bona pertinent,
momenti, invalide ponunt
administrationis nisi aliud ferant actus qui fines
consilium a ius particulare,
ponendos, qui, rebus modumque
attento statu statuta aut ordinariae
oeconomicis et legitima
oeconomico collegium administrationis
dioecesis, sunt consuetudo, et excedunt, nisi
consultorum salvo iure
maioris prius ab
21
6
Ordinario clerici sive laici, cum e
facultatem qui legitimo titulo description b
scripto datam partes habent in e atque e
obtinuerint. administratione aestimatio n
bonorum ne t
§ 2. In statutis
ecclesiasticorum, earundem :
definiantur actus
munera sua redigatur,
qui finem et
adimplere redactumq
modum
tenentur nomine ue
ordinariae
Ecclesiae, ad recognosc
administrationis
normam iuris. atur;
excedunt; si
vero de hac re Can. 1283. – 3° huius
sileant statuta, Antequam inventarii
competit administra alterum
Episcopo tores exemplar
dioecesano, suum conservet
audito consilio munus ur in
a rebus ineant: 1° tabulario
oeconomicis, administrat
debent se
huiusmodi ionis,
actus pro bene et
alterum in
personis sibi fideliter archivo
subiectis administra curiae; et
determinare. turos in utroque
§ 3. Nisi quando coram quaelibet
Ordinari
et quatenus in o vel immutatio
eius adnotetur,
rem suam delegato
iureiuran quam
versum sit, do
persona iuridica sponder patrimoniu
e;
non tenetur m subire
2° contingat.
respondere de
accuratum
actibus ab Can. 1284. – §
ac
administratoribu 1. Omnes
distinctum
s invalide administratores
inventariu
positis; de diligentia boni
m, ab
actibus autem patrisfamilias
ipsis
ab suum munus
subscriben
administratoribu implere tenentur.
dum,
s illegitime sed rerum §
valide positis immobiliu
respondebit ipsa m, rerum 2
persona mobilium .
iuridica, salva sive
eius actione pretiosaru E
seu recursu m sive x
adversus utcumque i
administratores ad bona n
qui damna culturalia d
eidem intulerint. pertinentiu e
Can. 1282. – m
d
Omnes, sive aliarumve
21
7
2° exigere et commode
curare exactosq expensi fieri
ut ue tuto potest, in
propriet libros
as servare bene archivo
bonoru et curiae
m ordinatos
ecclesia secundu deponere
sticoru habere;
m m .
modis fundatori 8°
civiliter rationem § 3. Provisiones
validis s
in tuto administr accepti et
mentem
ponatur; ationis expensi, ut ab
aut
3° administratoribu
legitimas singulis
praescri s quotannis
normas exeuntib
pta componantur,
impender us
servare a enixe
e;
iuris tam n commendatur;
5° n iuri autem
canonici i
quam foenus s particulari
civilis, vel mutui c relinquitur eas
aut vel o praecipere et
hypothec m pressius
quae a p
fundator ae causa o determinare
n
e vel solvendu e modos quibus
m, r exhibendae sint.
donator e
e vel statuto ; Can. 1285. –
legitima tempore Intra limites

auctorita solvere, dumtaxat
documen
te ipsamqu ordinariae
ta et
imposita e debiti administrationis
instrume
sint, ac summam fas est
nta,
praeserti capitale administratoribu
quibus
m m s de bonis
Ecclesia
cavere opportun mobilibus, quae
e aut
ne ex e ad patrimonium
instituti
legum reddenda stabile non
iura in
civilium m pertinent,
bona
inobserv curare; donationes ad
nituntur,
antia 6° fines pietatis aut
pecunia rite
damnum m, quae christianae
ordinare
Ecclesia de caritatis facere.
expensis et in
e supersit archivo C
obveniat et utiliter
collocari convenie a
; possit, nti et n
4° de
consens apto .
reditus u custodire 1
Ordinarii
bonoru in fines ; 2
m ac persona authentic
e 8
provent iuridicae a vero 6
us occupar eorum
e; .
accurate exemplar –

et iusto ia, ubi A
tempore accepti
21
8
d et statuendas. m non
m honesta Can. 1288. – teneantur titulo
i m Administratores officii
n mercede litem nomine ecclesiastici,
i m personae administratores
s tribuant, iuridicae munus
t ita ut publicae ne susceptum
r iidem inchoent neve arbitratu suo
a suis et contestentur in dimittere
t suorum foro civili, nisi nequeunt; quod
o necessit licentiam si ex arbitraria
r atibus scripto datam dimissione
e convenie Ordinarii proprii damnum
s nter obtinuerint. Ecclesiae
provider obveniat, ad
b Can. 1289. – restitutionem
e
o Quamvis ad tenentur.
valeant,
n administratione
o Can. 1287. – Titulus III
1° vigilare
r § 1. Reprobata DE
contraria ne bona
u suae curae CONTRACTIBUS
m consuetudine, AC PRAESERTIM
administratores concredita
: quoquo DE
tam clerici ALIENATIONE
1° in quam laici modo
operaru pereant aut Can. 1290. –
quorumvis Quae ius civile
m bonorum detrimentu in territorio
location m capiant, statuit de
ecclesiasticoru contractibus
e leges m, quae ab initis in tam in genere
hunc finem, quam in specie
etiam Episcopi et de
civiles, dioecesani quatenus solutionibus,
opus sit, eadem iure
quae ad potestate
laborem regiminis non contractibus
et vitam sint legitime assecuratio
sociale subducta, nis;
m singulis annis personae
canonico quoad iuridicae publicae
attinent, officio tenentur res potestati
adamus rationes ex legitima
regiminis assignatione
sim Ordinario loci Ecclesiae
servent, exhibendi, qui patrimonium
subiectas iisdem stabile
iuxta eas consilio a cum effectibus constituunt et
principia rebus
serventur, nisi quorum valor
ab oeconomicis
iuri divino summam iure
Ecclesia examinandas
contraria sint aut definitam excedit,
tradita; committat.
aliud iure requiritur licentia
2° iis, § 2. De bonis, canonico
quae a auctoritatis ad
qui fidelibus caveatur, et normam iuris
operam Ecclesiae firmo praescripto
offeruntur, competentis.
ex administratores Can. 1547.
condicto rationes Can. 1292. – § 1.
fidelibus Can. 1291. – Ad
praestan reddant iuxta Salvo praescripto
normas iure valide alienanda Can. 638, § 3,
t, iustam particulari bona, quae
21
9
cum valor Ecclesiae ratio quando bona
pastoralis;
bonorum, donatis, vel de ecclesiastica sine
quorum rebus pretiosis 2° debitis quidem
alienatio artis vel aestimatio sollemnitatibus
proponitur, historiae causa, rei canonicis
continetur intra ad validitatem alienandae alienata fuerint,
summam alienationis a peritis sed alienatio sit
minimam et requiritur insuper scripto civiliter valida,
summam licentia Sanctae facta. auctoritatis
maximam ab Sedis. § 2. Aliae competentis est
Episcoporum quoque cautelae decernere,
§ 3. Si res
conferentia pro a legitima omnibus mature
alienanda sit
sua cuiusque auctoritate perpensis, an et
divisibilis, in
regione qualis actio,
petenda licentia praescriptae
definiendas, personalis scilicet
pro alienatione serventur, ut
auctoritas vel realis, a
exprimi debent Ecclesiae quonam et contra
competens, si partes antea damnum vitetur. quemnam
agatur de alienatae; secus
personis Can. 1294. – § instituenda sit ad
licentia irrita est, 1. Res alienari
iuridicis minore pretio Ecclesiae iura
§ 4. Ii, qui in ordinarie non vindicanda.
Episcopo alienandis bonis debet, quam
dioecesano non quod in Can. 1297. –
consilio vel aestimatione
subiectis, consensu indicatur. Conferentiae
propriis partem habere § 2. Pecunia ex Episcoporum est,
determinatur alienatione attentis locorum
debent, ne percepta vel in
statutis; secus, praebeant commodum adiunctis, normas
auctoritas Ecclesiae caute statuere de bonis
consilium vel collocetur vel,
competens est consensum nisi iuxta alienationis Ecclesiae
Episcopus fines, prudenter locandis,
prius exacte erogetur.
dioecesanus fuerint edocti praesertim de
cum cons ensu Can. 1295. – licentia a
tam de statu
consilii a rebus Requisita ad competenti
oeconomico
oeconomicis et normam cann. auctoritate
personae
collegii 1291-1294, ecclesiastica
iuridicae cuius
consultorum quibus etiam obtinenda.
bona alienanda statuta
necnon eorum proponuntur,
quorum interest. personarum Can. 1298. – Nisi
quam de iuridicarum res sit minimi
Eorundem alienationibus
quoque conformanda momenti, bona
iam peractis. sunt, servari ecclesiastica
consensu eget
Can. 1293. – § debent non propriis
ipse Episcopus 1. Ad alienanda
bona, quorum solum in administratoribus
dioecesanus ad
valor summam alienatione, sed eorumve
bona dioecesis minimam
definitam etiam in quolibet propinquis usque
alienanda.
excedit, requiritur negotio, quo ad quartum
§ 2. Si tamen insuper: consanguinitatis
condicio
agatur de 1° iusta vel affinitatis
causa, patrimonialis
rebus quarum veluti personae gradum non sunt
valor summam urgens vendenda aut
necessitas iuridicae peior
maximam , evidens fieri possit. locanda sine
excedit, vel de utilitas, speciali
pietas, Can. 1296. – Si
rebus ex voto caritas vel competentis
gravis alia
22
0
auctoritatis modum indicare; quod si
licentia scripto FUNDATIONIB administrationis donator id
data. US et erogationis expresse et
Can. 1299. – § bonorum, firmo omnino
Titulu
1. Qui ex iure praescripto prohibuerit,
s IV
naturae et Can. 1301, § 3. fiduciam ne
DE PIIS canonico libere Can. 1301. – § acceptet.
VOLUN valet de suis 1. Ordinarius
omnium piarum § 2. Ordinarius
TATIBU bonis statuere, voluntatum tam
mortis causa debet exigere ut
S IN potest ad quam inter bona fiduciaria
GENER causas pias, vivos
E ET exsecutor est. in tuto
sive per actum collocentur,
DE PIIS inter vivos sive § 2. Hoc ex itemque vigilare
per actum iure Ordinarius pro exsecutione
mortis causa, vigilare potest piae voluntatis
bona ac debet, etiam ad normam
relinquere. per Can. 1301.
visitationem, ut
§ 2. In § 3. Bonis
piae voluntates
dispositionibus fiduciariis alicui
impleantur,
mortis causa in sodali instituti
eique ceteri
bonum religiosi aut
exsecutores,
Ecclesiae societatis vitae
perfuncti
serventur, si apostolicae
munere,
fieri possit, commissis, si
reddere
sollemnitates quidem bona
iuris civilis; rationem
tenentur. sint attributa
quae si loco seu
omissae § 3. Clausulae
huic Ordinarii dioecesi
fuerint, heredes iuri contrariae, eorumve incolis
moneri debent ultimis
voluntatibus aut piis causis
de obligatione, adiectae, iuvandis,
qua tenentur, tamquam non
appositae Ordinarius, de
adimplendi habeantur. quo in §§ 1 et 2,
testatoris Can. 1302. – § est loci
voluntatem. 1. Qui bona ad Ordinarius;
Can. 1300. – pias causas secus est
Voluntates sive per actum Superior maior
fidelium inter vivos sive in instituto
facultates suas ex testamento clericali iuris
in pias causas fiduciarie pontificii et in
donantium vel accepit, debet clericalibus
relinquentium, de sua fiducia societatibus
sive per actum Ordinarium vitae
inter vivos sive certiorem apostolicae iuris
per actum reddere, eique pontificii, aut
mortis causa, omnia Ordinarius
legitime istiusmodi bona eiusdem sodalis
acceptatae, mobilia vel proprius in aliis
diligentissime immobilia cum institutis
impleantur oneribus religiosis.
etiam circa adiunctis Can. 1303. – §
22
1
1. particular 1. Ut fundatio caveat ut
Nomine i a persona reditus omnino
piarum determin iuridica valide respondeant
fundatio andum, acceptari oneribus
ex possit, adiunctis,
num in
reditibus requiritur secundum
iure
annuis licentia cuiusque loci
veniunt: Missas Ordinarii in vel regionis
1° piae celebran scriptis data; morem.
fundatio di qui eam ne § 2. Ulteriores
nes aliasque praebeat, condiciones ad
constitutionem
autonom praefinita antequam et
ae, s legitime acceptationem
fundationum
scilicet functione compererit quod attinet,
s personam iure particulari
universit definiantur.
ates ecclesias iuridicam tum
Can. 1305. –
rerum ticas novo oneri Pecunia et bona
ad fines peragen suscipiendo, mobilia,
de dotationis
quibus di, aut tum iam nomine
in Can. fines de susceptis assignata,
114, § 2 statim in loco
destinat quibus in satisfacere tuto ab
ae Can. 114, posse; Ordinario
et a approbando
compete § 2 aliter maximeque
nti perseque consignentur.
auctorita deponantur eum
te ndi. § 2. Alterum
ecclesia in finem, ut
stica in § 2. Bona piae tabularum
persona eadem pecunia
m fundationis non exemplar in
vel bonorum
iuridica autonomae, si curiae archivo,
m mobilium pretium
erectae; concredita alterum in archivo
custodiantur et
fuerint personae
2° piae quam primum
personae caute et utiliter iuridicae ad
fundatio quam fundatio
iuridicae secundum
nes non spectat, tuto
Episcopo prudens
autonom asserventur.
dioecesano eiusdem
ae,
subiectae, Ordinarii Can. 1307. – § 1.
scilicet
expleto iudicium, auditis Servatis
bona
tempore, ad et iis quorum praescriptis cann.
temporal
institutum de interest et 1300-1302 et
ia alicui
quo in Can. proprio a rebus 1287, onerum ex
persona 1274, § 1 oeconomicis piis fundationibus
e destinari
iuridicae consilio, incumbentium
debent, nisi alia collocentur in tabella
publicae fuerit fundatoris
quoquo commodum conficiatur, quae
voluntas eiusdem in loco patenti
modo expresse
data fundationis cum exponatur, ne
manifestata; expressa et obligationes
cum secus ipsi
onere in individua adimplendae in
personae mentione oneris. oblivionem
diuturnu iuridicae
m Can. 1306. – § cadant.
cedunt. 1. Fundationes,
tempus, etiam viva voce § 2. Praeter
iure Can. 1304. – § factae, scripto
librum de quo in
22
2
Can. 958, § 1, teneatur et commutatio, si S
alter liber utiliter cogi fundator
retineatur et possit ad potestatem hanc A
apud parochum eleemosynae Ordinario N
vel rectorem augmentum expresse
servetur, in quo faciendum. concesserit, C
singula onera § 4. Eidem potest ab eodem
eorumque fieri ex iusta T
competit
adimpletio et potestas tantum et
I
eleemosynae reducendi onera necessaria
adnotentur. seu legata causa. O
Can. 1308. – § Missarum § 2. Si exsecutio
N
1. Reductio gravantia onerum
onerum institutum impositorum, ob I
Missarum, ex ecclesiasticum, imminutos
iusta tantum et si reditus reditus aliamve B
necessaria insufficientes causam, nulla
evaserint ad administratorum U
causa facienda,
reservatur Sedi finem proprium culpa, S
Apostolicae, eiusdem instituti impossibilis
salvis congruenter evaserit,
praescriptis consequendum. Ordinarius,
auditis iis I
quae sequuntur. § 5. Iisdem
potestatibus, de quorum interest
§ 2. Si in tabulis quibus in §§ 3 N
fundationum id et 4, gaudet et proprio
expresse supremus consilio a rebus
caveatur, Moderator
Ordinarius ob instituti religiosi oeconomicis
imminutos clericalis iuris atque servata, E
reditus onera pontificii.
Missarum meliore quo fieri
reducere valet. Can. 1309. – potest modo, C
§ 3. Episcopo Iisdem fundatoris C
dioecesano auctoritatibus, de voluntate, poterit
competit quibus in Can. eadem onera L
potestas 1308, potestas aeque
reducendi ob insuper competit imminuere, E
deminutionem transferendi, excepta
S
redituum, congrua de Missarum
quamdiu causa causa, onera reductione, quae I
perduret, ad Missarum in praescriptis Can.
rationem dies, ecclesias 1308 regitur. A
eleemosynae in vel altaria § 3. In ceteris
dioecesi diversa ab illis, casibus
recurrendum est
legitime quae in ad Sedem P
vigentis, Missas fundationibus Apostolicam.
legatorum vel sunt statuta. LIBER A
quoquo modo VI
Can. 1310. – § 1. R
fundatas, quae
Fidelium D
sint per se S
voluntatum pro
stantia, E
piis causis
dummodo nemo
reductio,
sit qui
moderatio, I
obligatione
22
3
DE substituendam vel legem
DELIC Can. 1312.
TIS ET vel augendam. ecclesiasticam,
POENI – § 1.
S IN Titulus II a superiore
GENE Sanctiones auctoritate
RE poenales in DE LEGE latam, congrua
Titulus I Ecclesia POENALI poena munire,
sunt: AC DE servatis suae
DE
1° PRAECEPT competentiae
DELIC
poenae O POENALI limitibus ratione
TORU
M medicinal Can. 1313. – § territorii vel
PUNITI es seu 1. Si post personarum.
ONE censurae delictum § 2. Lex ipsa
GENE potest poenam
, quae in commissum lex determinare vel
RATIM cann. mutetur, prudenti iudicis
aestimatione
Can. 1311. – 1331- applicanda est determinandam
Nativum et 1333 relinquere.
proprium lex reo
Ecclesiae ius recensen favorabilior. § 3. Lex
est christifideles
delinquentes tur; § 2. Quod si particularis
poenalibus lex posterior potest etiam
sanctionibus 2° tollat legem vel
coercere. saltem poenis
poenae poenam, haec universali lege
expiatori statim cessat.
constitutis in
ae, de Can. 1314. – aliquod delictum
quibus in Poena alias addere; id
Can. plerumque est autem ne faciat,
1336. ferendae nisi ex
§ 2. Lex alias sententiae, ita gravissima
poenas ut reum non necessitate.
expiatorias teneat, nisi Quod si lex
constituere postquam universalis
potest, quae irrogata sit; est indeterminatam
christifidelem autem latae vel facultativam
aliquo bono sententiae, ita poenam
spirituali vel ut in eam comminetur, lex
temporali incurratur ipso particularis
privent et facto commissi potest etiam in
supernaturali delicti, si lex vel illius locum
Ecclesiae fini praeceptum id poenam
sint expresse determinatam
consentaneae. statuat. vel obligatoriam
§ 3. Praeterea Can. 1315. – § constituere.
remedia 1. Qui Can. 1316. –
Curent Episcopi
poenalia et legislativam dioecesani ut,
paenitentiae habet quatenus fieri
potest, in
adhibentur, illa potestatem, eadem civitate
quidem potest etiam vel regione
uniformes
praesertim ad poenales leges ferantur, si
ferre; potest quae ferendae
delicta sint, poenales
praecavenda, autem suis leges.
hae potius ad legibus etiam Can. 1317. –
poenam legem divinam
22
4
Poenae foro externo qui legem vel u
r
eatenus praecepta praeceptum ;
constituantur, imponere, deliberate 3° egit ex
quatenus vere eatenus potest violavit; qui vero vi physica
vel ex
necessariae etiam poenas id egit ex casu
sint ad aptius determinatas, omissione fortuito,
quem
providendum exceptis debitae praevidere
ecclesiasticae expiatoriis diligentiae, non vel cui
praeviso
disciplinae. perpetuis, per punitur, nisi lex occurrere
Dimissio praeceptum vel praeceptum non potuit;
autem e statu comminari. aliter caveat. 4° metu
gravi,
clericali lege § 2. § 3. Posita quamvis
particulari externa relative
Praeceptum violatione, tantum,
constitui poenale ne imputabilitas coactus
nequit. praesumitur, nisi egit, aut ex
feratur, nisi re aliud appareat. necessitate
Can. 1318. – vel gravi
mature Can. 1322. – Qui incommodo
Latae perpensa, et iis habitualiter , nisi tamen
rationis usu actus sit
sententiae servatis, quae carent, etsi intrinsece
poenas ne in cann. 1317 legem vel malus aut
praeceptum vergat in
comminetur et 1318 de violaverint dum animarum
legislator, nisi legibus sani videbantur, damnum;
delicti incapaces
forte in particularibus habentur. 5°
singularia legitimae
statuuntur. Can. 1323. – tutelae
quaedam Can. 1320. – In Nulli poenae est causa
omnibus in obnoxius qui, contra
delicta dolosa, cum legem vel iniustum
quae vel quibus religiosi praeceptum sui vel
subsunt violavit: alterius
graviori esse Ordinario loci, aggressore
possint possunt ab 1° sextum m egit,
eodem poenis debitum
scandalo vel coerceri. decimum
servans
efficaciter aetatis moderame
Titulus III n;
puniri poenis annum
ferendae DE nondum 6° rationis
SUBIECTO usu
sententiae non explevit; carebat,
possint; POENALIB firmis
2° sine praescripti
censuras US s cann.
culpa 1324, § 1,
autem, SANCTIONI
ignoravit n. 2 et
praesertim BUS 1325;
se legem
excommunicati Can. 1321. – § 7° sine
onem, ne vel culpa
1. Nemo praeceptu putavit
constituat, nisi punitur, nisi aliquam
maxima cum m adesse ex
externa legis vel violare; circumstant
moderatione et praecepti ignorantia iis, de
in sola delicta e autem quibus in
violatio, ab eo inadverten nn. 4 vel 5.
graviora. commissa, sit tia et
error Can. 1324. – § 1.
Can. 1319. – § graviter a Violationis auctor
e non eximitur a
1. Quatenus imputabilis ex q poena, sed
quis potest vi dolo vel ex u poena lege vel
i praecepto statuta
potestatis culpa. p temperari debet
regiminis in a vel in eius locum
r paenitentia
vel praecepto a adhiberi, si
§ 2. Poena lege statuta is tenetur, n delictum patratum
t sit:
22
5
1° ab eo, explevit; n
Can. 1325. –
qui 5° ab eo,
C Ignorantia
rationis qui metu crassa vel
a
usum gravi, n supina vel
imperfect quamvis . affectata
um relative numquam
tantum tantum, 1 considerari
coactus 3 potest in
habuerit; est, aut ex
necessitat 2 applicandis
2° ab eo e vel gravi
qui incommod 3 praescriptis
rationis o, ,
usu si cann. 1323 et
carebat delictum 1324; item
propter sit n
ebrietate intrinsece ebrietas aliaeve
malum vel n
m aliamve mentis
similem in .
mentis animarum perturbationes,
perturbati damnum 4 si sint de
onem, vergat;
quae industria ad
culpabilis 6° ab eo, v delictum
fuerit; qui e patrandum vel
3° ex legitimae l excusandum
gravi tutelae quaesitae, et
passionis causa 5 passio, quae
aestu, qui contra ; voluntarie
non iniustum 9° ab eo, excitata vel
qui sine
omnem sui vel culpa nutrita sit.
tamen alterius ignoravit
poenam Can. 1326. – §
mentis aggressor legi vel
praecepto 1. Iudex gravius
deliberati em egit, esse punire potest
onem et nec tamen adnexam;
quam lex vel
voluntatis debitum 10° ab
servavit praeceptum
consensu eo, qui
m moderame statuit:
egit sine
praecess n; 1° eum,
plena
erit et 7° qui post
imputabilit
impedierit adversus condemn
ate,
, et aliquem ationem
dummodo dummodo
graviter et vel
passio haec poenae
iniuste gravis
ipsa ne declaratio
provocant permanser
fuerit nem ita
voluntarie em; 8° ab it. delinquer
excitata eo, qui § 2. Idem potest e pergit,
vel per iudex facere, si
qua alia adsit ut ex
nutrita; errorem, circumstantia, adiunctis
quae delicti
4° a ex sua gravitatem prudenter
minore, tamen deminuat. eius
qui culpa, § 3. In pertinacia
putavit circumstantiis, in mala
aetatem aliquam de quibus in §
adesse ex 1, reus poena voluntate
sedecim circumstan latae sententiae
tiis, de non tenetur. conici
annorum quibus possit;
i
22
6
2° eum, eximentes, delicti sine eorum
qui in attenuantes exsecutione opera delictum
dignitate vel destiterit. Si patratum non
aliqua aggravantes, autem esset, et poena
constitut praeter casus scandalum sit talis naturae,
us est, in cann. 1323- aliudve grave ut ipsos
vel qui 1326, statuere, damnum vel afficere possit;
auctorita sive generali periculum secus poenis
te aut norma, sive evenerit, ferendae
officio pro singulis auctor, etsi sententiae
abusus delictis. Item in sponte puniri possunt.
est ad praecepto destiterit, iusta Can. 1330. –
delictum possunt potest poena Delictum quod
in declaratione
patrandu circumstantiae puniri, leviore consistat vel in
m; statui, quae a tamen quam alia voluntatis
vel doctrinae vel
poena quae in scientiae
3° reum, manifestatione,
praecepto delictum tamquam non
qui, cum
constituta consummatum consummatum
poena in censendum est,
eximant, vel constituta est. si nemo eam
delictum declarationem
eam attenuent Can. 1329. – §
culposu vel
vel aggravent. 1. Qui manifestationem
m percipiat.
constitut Can. 1328. – § communi
a sit, 1. Qui aliquid delinquendi Titulus IV
eventum ad delictum consilio in DE POENIS
praevidit patrandum egit delictum ALIISQUE
et vel omisit, nec concurrunt, PUNITIONIBU
nihilomi tamen, praeter neque in lege S
nus suam vel praecepto
cautione voluntatem, expresse C
s ad delictum nominantur, si
a
eum consummavit, poenae
vitandu non tenetur ferendae p
m poena in sententiae in
delictum auctorem u
omisit,
quas consummatum principalem t
diligens statuta, nisi lex constitutae sint,
quilibet vel praeceptum iisdem poenis
adhibuis aliter caveat. subiciuntur vel
aliis eiusdem I
set. § 2. Quod si vel minoris
§ 2. In actus vel
casibus, de gravitatis.
quibus in § 1, omissiones D
si poena natura sua ad § 2. In
constituta sit poenam latae e
latae delicti
sententiae, alia exsecutionem sententiae
poena addi delicto
potest vel conducant,
paenitentia. auctor potest adnexam c
Can. 1327. – paenitentiae incurrunt
Lex vel remedio complices, qui e
particularis poenali subici, in lege vel
praecepto non n
potest alias nisi sponte
circumstantias ab incepta nominantur, si s
22
7
u ministeria ; pensionis,
quam
lem in 2° invalide quidem
r celebran habeat in
ponit Ecclesia,
i dis actus non facit
Eucharist suos.
regiminis,
s iae qui ad Can. 1332. –
Interdictus
Sacrificio normam § tenetur vetitis, de
C quibus in Can.
vel 1, 1331, § 1, nn. 1
an
quibuslib n et 2; quod si
. interdictum
et aliis . irrogatum vel
13 declaratum sit,
cultus
31 3 praescriptum
caerimon Can. 1331, § 2, n.
. – , 1 servandum est.
iis;
§
2° s Can. 1333. – § 1.
1. sacrame Suspensio, quae
Ex nta vel u clericos tantum
sacrame n afficere potest,
co ntalia vetat:
m celebrar t
e et 1° vel
m sacrame
nta i
un omnes vel
recipere; l
ic
3° l aliquos
at
ecclesias i
us actus
ticis c
ve
officiis i
tat potestatis
vel t
ur:
ministerii i ordinis; 2°
1° ullam ;
s vel vel omnes
habere
munerib 3°
participa vel aliquos
us vet
tionem
atur
agere velit actus
quib frui
uslib contra priv potestatis
et praescript ilegi
fung um § 1, n. is regiminis;
i vel 1, est ant 3°
actu arcendus ea exercitium
aut a vel
s liturgica con omnium
actione vel
regi est ces
cessandu aliquorum
mini m, nisi sis; iurium vel
s g munerum
r 4° nequit officio
pon a valide inhaerentiu
ere. v m.
i consequi
§ 2. Quod si s § 2. In lege vel
dignitatem,
excommu o praecepto statui
b officium
potest, ut post
nicatio s aliudve
t sententiam
irrogata e munus in condemnatoriam
vel t Ecclesia; vel declaratoriam
declarata c 5° fructus actus regiminis
a dignitatis,
sit, reus: u officii, suspensus valide
1° si s muneris ponere nequeat.
a cuiuslibet,
22
8
§ bona, vel ponere afficere possunt
quae ad actum regiminis, aut in perpetuum
3 vetitum aut in tempus
ipsius
. suspenditur, praefinitum aut in
suspensi
V officium quoties id tempus
forte necessarium sit
e pertineant, indeterminatum,
si poena ad consulendum praeter alias,
t sit latae
i s fidelibus in quas forte lex
e mortis periculo constituerit, hae
t
n constitutis; quod sunt:
u
t si censura latae 1°
m
e sententiae non prohibitio
sit declarata, vel
n n praescripti
u t vetitum o
praeterea commoran
m i di in certo
q suspenditur, loco vel
a territorio;
u e quoties fidelis
a . petit
m sacramentum vel
§ 4. Suspensio
vetans fructus, sacramentale vel
a stipendium, actum regiminis;
f pensiones aliave
eiusmodi id autem petere
f percipere, ex qualibet iusta
i obligationem
secumfert causa licet.
c restituendi
quidquid Caput II
i illegitime,
t quamvis bona D
fide, perceptum
: sit. e
1° officia Can. 1334. – §
1. Suspensionis p
vel ambitus, intra
limites canone o
regiminis praecedenti e
potestate statutos, aut n
m, quae ipsa lege vel
praecepto i
non sint definitur, aut
sententia vel s
sub decreto quo
potestate poena irrogatur.
e
Superiori § 2. Lex, non x
autem
s poenam praeceptum, p
constitue potest latae i
sententiae
ntis; suspensionem, a
nulla addita t
2° ius determinatione
habitandi, vel limitatione, o
constituere;
si quod eiusmodi autem r
poena omnes i
reus effectus habet,
qui in Can. 1333, i
ratione § 1 recensentur. s
officii
Can. 1335. – Si Can. 1336. – §
habeat;
censura vetet 1, Poenae
3° ius celebrare expiatoriae,
administr sacramenta vel quae
andi sacramentalia delinquentem
22
9
n i § 2. Ut

privatio s s praescriptio
potestati commorandi in
s, officii, l s certo loco vel
muneris, territorio
a i
iuris, irrogetur,
privilegii ti o accedat oportet
, consensus
o e Ordinarii illius
facultati
s, p s loci, nisi agatur
gratiae, de domo
tituli, o t extradioecesani
insignis, s quoque
e a clericis
etiam
mere n t paenitentibus
honorific vel emendandis
a u destinata.
i;
3° li c Can. 1338. – §
prohibiti 1. Privationes et
s l prohibitiones,
o ea
exercen a e quae in Can.
di, quae 1336, § 1, nn.
sub n. 2 d ri 2 et 3
recense recensentur,
a c numquam
ntur, vel
prohibiti li a afficiunt
potestates,
o ea in
u li officia, munera,
certo
iura, privilegia,
loco vel d . facultates,
extra
o § 2. Latae gratias, titulos,
certum sententiae eae
tantum poenae insignia, quae
locum ff expiatoriae non sint sub
exercen esse possunt,
quae in § 1, n. potestate
di; quae i
3 recensentur. Superioris
prohibiti
c Can. 1337. – § poenam
ones
1. Prohibitio constituentis.
numqua i
m sunt commorandi in § 2. Potestatis
ordinis privatio
sub u certo loco vel dari nequit, sed
poena territorio sive tantum prohibitio
m eam vel aliquos
nullitatis; clericos sive eius actus
religiosos exercendi; item
4 ; dari nequit
afficere potest; privatio
5 praescriptio graduum
° academicorum.
autem
° commorandi, § 3. De
clericos prohibitionibus,
t d
saeculares et, quae in Can.
r i intra limites 1336, § 1, n. 3
constitutionum, indicantur,
a m
religiosos. norma servanda
23
0
est, quae de § 3. De promovendam 1. Quoties
censuris datur monitione et curet, cum iustae obstent
in Can. 1335. correptione perspexerit causae ne
constare neque fraterna iudicialis
Caput III
semper debet correctione processus f iat,
De saltem ex neque poena irrogari
re aliquo correptione vel declarari
me documento, neque aliis potest per
dii quod in secreto pastoralis decretum extra
s curiae archivo sollicitudinis viis iudicium;
po servetur. satis posse remedia
en scandalum poenalia autem
Can. 1340. – §
ali reparari, et paenitentiae
1. Paenitentia,
bu iustitiam applicari
quae imponi
s restitui, reum possunt per
potest in foro
et emendari. decretum in
pa externo, est
Can. 1342. – § quolibet casu.
eni aliquod
religionis vel Can. 1343. – Si
ten § 2. Per
pietatis vel lex vel
tiis decretum
caritatis opus praeceptum iudici
Can. 1339. – irrogari vel det potestatem
peragendum.
§ 1. Eum, qui declarari non applicandi vel non
§ 2. Ob possunt poenae
versatur in transgressione applicandi
proxima m occultam perpetuae,
numquam poenam, iudex
delinquendi publica neque poenae potest etiam, pro
occasione, vel imponatur quas lex vel
paenitentia. sua conscientia
in quem, ex praeceptum eas et prudentia,
investigatione § 3. constituens vetet poenam
peracta, gravis Paenitentias per decretum temperare vel in
cadit suspicio Ordinarius pro applicare. eius locum
delicti sua prudentia § 3. Quae in lege paenitentiam
commissi, addere potest vel praecepto imponere.
Ordinarius per poenali dicuntur de
remedio Can. 1344. –
se vel per iudice, quod
monitionis vel Etiamsi lex utatur
alium monere attinet ad
potest. correptionis. verbis
poenam
praeceptivis,
§ 2. Eum vero, Titulus V irrogandam vel
declarandam in iudex pro sua
ex cuius DE conscientia et
conversatione iudicio,
POENIS applicanda sunt prudentia potest:
scandalum vel APPLICAN ad Superiorem, 1° poenae
gravis ordinis DIS irrogatione
perturbatio qui per decretum m in
Can. 1341. – extra iudicium tempus
oriatur, etiam magis
corripere Ordinarius poenam irroget opportunu
proceduram vel declaret, nisi m differre,
potest, modo si ex
iudicialem vel aliter constet praeproper
peculiaribus a rei
administrativa neque agatur de
personae et punitione
m ad poenas praescriptis quae maiora
facti mala
irrogandas vel ad procedendi eventura
condicionibus
declarandas tantum rationem praevidean
accommodato. tur;
tunc tantum attineant.
23
1
2° a si reus ferendae graviores,
poena intra sententiae praesertim
irroganda tempus ab cumulus, censuras, ne
abstinere ipso iudice prudenti iudicis irroget, nisi
vel determinat arbitrio casus gravitas id
poenam um rursus relinquitur omnino postulet;
mitiorem deliquerit, poenas intra perpetuas autem
irrogare poenam aequos terminos poenas irrogare
aut utrique moderari. non potest.
paenitenti delicto Can. 1347. – §
1. Censura Can. 1350. – § 1.
am debitam
irrogari valide In poenis clerico
adhibere, luat, nisi nequit, nisi
antea reus irrogandis
si reus interim semel saltem semper
emendatu tempus monitus sit ut a
s sit et contumacia cavendum est, ne
decurrerit recedat, dato iis quae ad
scandalu ad actionis congruo ad
m resipiscentiam honestam
poenalis tempore. sustentationem
reparaveri pro priore
t, aut si § 2. A sunt necessaria
delicto contumacia ipse careat, nisi
ipse satis praescripti recessisse
a civili dicendus est agatur de
onem. reus, quem dimissione e
auctoritat delicti vere
e punitus Can. 1345. – paenituerit, statu clericali.
Quoties quique praeterea
sit vel congruam § 2. Dimisso
delinquens vel damnorum et autem e statu
punitum scandali clericali, qui
iri usum rationis reparationem propter poenam
imperfectum dederit vel vere indigeat,
praevidea saltem serio Ordinarius
tur; tantum habuerit, promiserit. meliore quo fieri
vel delictum ex potest modo
3° si reus Can. 1348. – providere curet.
metu vel
primum necessitate vel Cum reus ab Can. 1351. –
post passionis aestu accusatione Poena reum
vitam vel in ebrietate absolvitur vel ubique tenet,
laudabilite aliave simili nulla poena ei etiam resoluto
r mentis irrogatur, iure eius qui
peractam perturbatione Ordinarius poenam constituit
deliquerit patraverit, iudex potest vel irrogavit, nisi
neque potest etiam a opportunis aliud expresse
necessita qualibet monitis aliisque caveatur.
s urgeat punitione pastoralis
reparandi irroganda sollicitudinis viis,
scandalu abstinere, si vel etiam, si res
m, censeat aliter ferat, poenalibus
obligation posse melius remediis eius
em consuli eius utilitati et publico
servandi emendationi. bono consulere.
poenam Can. 1349. – Si
Can. 1346. –
expiatoria poena sit
Quoties reus
m indeterminata
plura delicta
suspende neque aliud lex
patraverit, si
re, ita caveat, iudex
nimius videatur
tamen ut, poenas
poenarum
23
2
Can. 1354. – ad reservata,
Can. 1352. – § 1. Praeter poenam potest
§ 1. Si poena eos, qui in irrogand Ordinarius
vetet recipere cann. 1355- am vel remittere suis
sacramenta 1356 declaran subditis et iis
vel recensentur, dam qui in ipsius
sacramentalia, omnes, qui a promovit territorio
vetitum lege, quae vel versantur vel ibi
suspenditur, poena munita decreto deliquerint, et
quamdiu reus est, dispensare eam per etiam quilibet
in mortis possunt vel a se vel Episcopus in
periculo praecepto per actu tamen
versatur. poenam alium sacramentalis
§ 2. Obligatio comminanti irrogavit confessionis.
servandi eximere, vel Can. 1356. – §
poenam latae possunt etiam declaravi 1. Poenam
sententiae, eam poenam t; ferendae vel
quae neque remittere. latae sententiae

declarata sit § 2. Potest Ordinariu constitutam
neque sit praeterea lex praecepto quod
s loci in
notoria in loco vel non sit ab
quo
ubi delinquens Apostolica Sede
praeceptum, delinque
versatur, latum, remittere
poenam ns
eatenus ex possunt:
constituens, versatur,
toto vel ex
aliis quoque consulto 1°
parte
potestatem tamen, Ordin
suspenditur,
facere nisi arius
quatenus reus
remittendi. propter loci,
eam servare
§ 3. Si extraordi in
nequeat sine
Apostolica narias quo
periculo gravis Sedes poenae
remissionem circumst delin
scandali vel
sibi vel aliis antias quen
infamiae. reservaverit,
reservatio impossibi s
Can. 1353. – stricte est le sit, versa
Appellatio vel interpretanda.
Ordinario tur;
recursus a Can. 1355. – § ,de quo 2° si
sententiis 1. Poenam sub poena sit
iudicialibus vel lege n irrogata
. vel
a decretis, constitutam, si declarata,
quae poenam sit irrogata vel 1 etiam
. Ordinariu
quamlibet declarata, s qui
irrogent vel § 2. Poenam iudicium
remittere ad
declarent, possunt, latae poenam
sententiae irroganda
habent dummodo non m vel
effectum sit Apostolicae nondum declarand
declaratam am
suspensivum. Sedi reservata: promovit
lege vel
Titulus VI 1° constitutam, si decreto
Ordinariu eam per
DE Sedi se vel per
s, qui Apostolicae alium
POENARUM irrogavit
CESSATIONE iudicium non sit vel
declaravit.
23
3
§ 2. intra mensem remissio omnes 1395,
Antequam sub poena aufert poenas, 1397,
remissio fiat,
consulendus reincidentiae iis exceptis quas 1398, quae
est, nisi ad Superiorem in petitione reus quinquenni
propter
extraordinarias competentem mala fide o
circumstantias vel ad reticuerit.
impossibile sit, praescribitu
praecepti sacerdotem Can. 1360. – r;
auctor. facultate Poenae remissio 3° de
Can. 1357. – praeditum, et
metu gravi delictis
§ 1. Firmis standi huius
mandatis; extorta irrita est. quae non
praescriptis
cann. 508 et interim imponat Can. 1361. – § sunt iure
976, censuram congruam 1. Remissio dari communi
latae paenitentiam potest etiam punita, si
sententiae et, quatenus absenti vel sub lex
excommunicati urgeat, c particularis
o alium
onis vel scandali et n
damni d praescriptio
interdicti non i
declaratam reparationem; c nis
i
confessarius recursus o terminum
n
remittere autem fieri e statuerit.
.
potest in foro potest etiam § 2. Praescriptio
per § 2. Remissio in decurrit ex die
interno foro externo quo delictum
sacramentali, confessarium, detur scripto, nisi patratum est, vel,
sine nominis gravis causa si delictum sit
si paenitenti aliud suadeat. permanens vel
durum sit in mentione. § 3. Caveatur habituale, ex die
statu gravis § 3. Eodem ne remissionis quo cessavit.
peccati onere petitio vel ipsa Can. 1363. – § 1.
recurrendi remissio
permanere per tenentur, divulgetur, nisi Si intra terminos
postquam quatenus id vel
tempus convaluerint, ii utile sit ad rei de quibus in Can.
necessarium quibus ad famam tuendam 1362, ex die quo
normam Can. vel necessarium
ut Superior 976 remissa ad scandalum sententia
competens est censura reparandum. condemnatoria in
provideat. irrogata vel rem iudicatam
declarata vel Can. 1362. – §
Sedi 1. Actio transierit
§ 2. In Apostolicae
reservata. criminalis computandos,
remissione
praescriptione non sit reo
concedenda Can. 1358. – notificatum
confessarius § 1. Remissio extinguitur
exsecutorium
paenitenti censurae dari triennio, nisi
iudicis decretum
onus iniungat non potest nisi agatur: de quo in Can.
recurrendi 1° de
paenitentiam delictis 1651, actio ad
delinquenti qui imponere. Congregati poenam
a contumacia, oni pro
ad normam Can. 1359. – Si Doctrina exsequendam
Can. 1347, § 2, quis pluribus Fidei praescriptione
recesserit; reservatis;
recedenti autem poenis extinguitur.
denegari nequit. 2° de § 2. Idem valet,
detineatur,
§ 2. Qui remissio valet actione ob servatis
censuram servandis, si
remittit, potest tantummodo pro delicta de poena per
ad normam quibus in decretum extra
Can. 1348 poenis in ipsa iudicium irrogata
providere vel expressis; cann. sit.
etiam generalis autem 1394,
23
4
P potest poenis, de potest.
quibus in Can. scripto publice
A 1336, § 1, nn. 1, § 2. Qui id agit
R 2 et 3, puniri. evulgato, vel in eum qui
§ 2. Si diuturna aliter episcopali
S charactere
contumacia vel instrumentis pollet, in
scandali gravitas interdictum
I postulet, aliae communicationi
poenae addi latae sententiae
I s socialis et, si sit
possunt, non clericus, etiam
excepta utens,
D dimissione e in
blasphemiam suspensionem
E statu clericali. latae sententiae
profert, aut
Can. 1365. – incurrit.
Reus vetitae bonos mores
P communicationis § 3. Qui vim
graviter laedit,
O in sacris iusta physicam in
poena puniatur. aut in
E clericum vel
Can. 1366. – regilionem vel
N religiosum
Parentes vel Ecclesiam
I parentum locum iniurias exprimit adhibet in fidei
S tenentes, qui
liberos in vel odium vel Ecclesiae
religione contemptumve vel
I acatholica
baptizandos vel excitat, iusta ecclesiasticae
N educandos poena puniatur. potestatis vel
tradunt, censura
aliave iusta ministerii
S poena Titulus II
puniantur. contemptum,
I DE
DELIC iusta poena
N Can. 1367. – Qui TIS puniatur.
G species CONT
U consecratas RA C
ECCL
L abicit aut in ESIAS a
A sacrilegum finem TICAS n
AUCT
abducit vel ORIT .
D retinet, in ATES
ET
E excommunication ECCL 1
em latae ESIAE 3
L LIBER
I sententiae Sedi TATE 7
Apostolicae M 1
C
T reservatam Can. 1370. – § .
A incurrit; clericus 1. Qui vim

praeterea alia physicam in
Titulus I poena, non Romanum I
DE exclusa Pontificem u
DELICTIS
CONTRA dimissione e adhibet, in s
RELIGION statu clericali, excommunicati
EM ET t
ECCLESIA puniri potest. onem latae a
E sententiae Sedi
UNITATE Can. 1368. – Si
M quis, asserens Apostolicae p
vel promittens reservatam o
Can. 1364. – § aliquid coram
1. Apostata a ecclesiastica incurrit, cui, si e
fide, haereticus auctoritate, n
vel schismaticus periurium clericus sit, alia
in committit, iusta poena, non a
excommunicatio poena puniatur.
nem latae exclusa
sententiae Can. 1369. – dimissione e p
incurrit, firmo u
praescripto Qui in publico statu clericali,
Can. 194, § 1, spectaculo vel pro delicti n
n. 2; clericus i
praeterea concione, vel in gravitate addi
23
5
a a Litterae in eos provocat,
t Apostolicae interdicto vel
u p Motu Proprio aliis iustis
r o datae AD poenis puniatur.
: e TUENDAM
n Can. 1374. –
1° qui, praeter FIDEM, quibus Qui nomen dat
a normae
casum de quo consociationi,
in Can. 1364, p quaedam quae contra
§ 1, doctrinam u inseruntur in Ecclesiam
a Romano n Codice Iuris machinatur, iusta
Pontifice vel a i Canonici et in poena puniatur;
Concilio a Codice qui autem
Oecumenico t Canonum eiusmodi
damnatam u Ecclesiarum consociationem
docet vel r Orientalium. promovet vel
doctrinam, de : IOANNES moderatur,
qua in Can. PAULUS PP. II interdicto
1) qui,
752, praeter casum puniatur.
pertinaciter de quo in can. Can. 1372. – Can. 1375. –
respuit, et ab 1364 § 1, Qui contra Qui impediunt
Apostolica doctrinam a Romani libertatem
Sede vel ab Romano Pontificis actum ministerii vel
Ordinario Pontifice vel a ad Concilium electionis vel
admonitus non Concilio Oecumenicum potestatis
retractat; Oecumenico vel ad ecclesiasticae
2° qui aliter damnatam Episcoporum aut legitimum
Sedi docet vel collegium
Apostolicae, bonorum
Ordinario, vel doctrinam, de recurrit censura sacrorum
Superiori qua in can.
legitime puniatur. aliorumve
praecipienti vel 750 § 2 vel in ecclesiasticorum
prohibenti non Can. 1373. –
obtemperat, et can. 752, bonorum usum,
post monitum Qui publice aut
pertinaciter aut perterrent
in subditorum
inoboedientia respuit, et ab electorem vel
persistit. simultates vel
Apostolica electum vel eum
odia adversus
Sede vel ab qui potestatem
Sedem
Ordinario vel ministerium
C Apostolicam vel
admonitus non ecclesiasticum
a Ordinarium
retractat; exercuit, iusta
n excitat propter
. 2) qui aliter aliquem poena puniri
Sedi potestatis vel possunt.
1 Apostolicae, ministerii Can. 1376. –
3 Ordinario, vel ecclesiastici Qui rem
sacram,
7 Superiori actum, aut mobilem vel
1 legitime subditos ad immobilem,
profanat, iusta
praecipienti vel inoboedientiam poena puniatur.
-
prohibenti non Can. 1377. – Qui us III
I obtemperat, et sine praescripta DE
post monitum licentia bona MUNERUM
u ecclesiastica ECCLESIAS
s in inoboedientia alienat, iusta TICORUM
persistit. poena puniatur. USURPATIO
t NE DEQUE
Titul DELICTIS IN
23
6
IIS audit. incurrunt. occasione vel
EXERCEN
DIS praetextu
§ 3. In casibus Can. 1383. –
Can. 1378. – § confessionis
de quibus in § Episcopus qui,
1. Sacerdos qui paenitentem ad
2, pro delicti contra
peccatum contra
contra gravitate, aliae praescriptum
sextum Decalogi
praescriptum poenae, non Can. 1015,
praeceptum
Can. 977 agit, in exclusa alienum
sollicitat, pro
excommunicatio excommunicatio subditum sine
delicti gravitate,
nem latae ne, addi legitimis litteris
suspensione,
sententiae Sedi possunt. dimissoriis
prohibitionibus,
Apostolicae ordinavit,
Can. 1379. – privationibus
reservatam Qui, praeter prohibetur per
casus de quibus puniatur, et in
incurrit. annum ordinem
in Can. 1378, casibus
sacramentum se conferre. Qui gravioribus
§ 2. In poenam administrare vero dimittatur e statu
latae sententiae simulat, iusta
poena puniatur. ordinationem clericali.
interdicti vel, si
recepit, est ipso
sit clericus, Can. 1380. – Can. 1388. – § 1.
facto a recepto Confessarius, qui
suspensionis Qui per sacramentale
ordine
incurrit: simoniam sigillum directe
suspensus. violat, in
1° qui ad sacramentum excommunication
ordinem celebrat vel Can. 1384. – em latae
sacerdot Qui, praeter sententiae Sedi
alem recipit, interdicto Apostolicae
non vel suspensione casus, de reservatam
promotu quibus in cann. incurrit; qui vero
s puniatur. indirecte tantum,
liturgica 1378- 1383, pro delicti
m Can. 1381. – § gravitate puniatur.
eucharist 1. Quicumque sacerdotale
ici officium munus vel aliud § 2. Interpres
Sacrificii ecclesiasticum aliique, de quibus
actione usurpat, iusta sacrum in Can. 983, § 2,
m poena puniatur. ministerium qui secretum
attentat; violant, iusta
§ 2. Usurpationi illegitime poena puniantur,
2° qui, aequiparatur non exclusa
illegitima, post exsequitur, iusta excommunication
praeter privationem vel poena puniri e.
casum cessationem a
munere, potest. Can. 1389. – § 1.
de quo eiusdem Can. 1385. –
retentio. Ecclesiastica
in § 1, Qui quaestum
illegitime facit ex potestate vel
cum Can. 1382. – Missae stipe, munere abutens
sacrame Episcopus qui censura vel alia
iusta poena pro actus vel
ntalem sine pontificio puniatur. omissionis
absolutio mandato Can. 1386. – Qui gravitate
nem aliquem quidvis donat vel
pollicetur ut quis, puniatur, non
dare consecrat in munus in exclusa officii
valide Episcopum, Ecclesia
exercens, privatione, nisi in
nequeat, itemque qui ab illegitime quid eum abusum iam
eam eo agat vel omittat,
iusta poena poena sit lege
impertire consecrationem puniatur; item qui
ea dona vel vel praecepto
attentat, recipit, in
pollicitationes constituta.
vel excommunication acceptat.
sacrame em latae § 2. Qui vero, ex
sententiae Sedi Can. 1387. – culpabili
ntalem
Apostolicae Sacerdos, qui in neglegentia,
confessi
reservatam actu vel ecclesiasticae
onem
23
7
potestatis vel 2° qui vel etiam
Titulus IV alio falso
ministerii vel vel dimissione e
muneris actum DE CRIMINE mutato statu clericali
documen
illegitime cum FALSI to utitur puniri potest.
damno alieno in re
Can. 1390. – § ecclesia § 2. Religiosus
ponit vel omittit, 1. Qui stica;
confessarium a votis
iusta poena de delicto, de 3° qui in perpetuis, qui
puniatur. quo in Can. publico
1387, apud ecclesia non sit clericus,
ecclesiasticum stico matrimonium
Superiorem docume
falso denuntiat, nto etiam civiliter
in interdictum falsum
latae sententiae asserit. tantum
incurrit et, si sit attentans, in ni
clericus, etiam Titulus V
in terdictum latae
suspensionem. DE sententiae
§ 2. Qui aliam DELICTIS incurrit, firmo
ecclesiastico CONTRA praescripto
Superiori
calumniosam SPECIALES Can. 694.
praebet delicti OBLIGATIO
denuntiationem Can. 1395. – §
, vel aliter NES
alterius bonam 1. Clericus
famam laedit, Can. 1392. – concubinarius,
iusta poena, Clerici vel
non exclusa religiosi praeter casum
censura, puniri mercaturam vel de quo in Can.
potest. negotiationem
contra 1394, et
§ 3. canonum clericus in alio
Calumniator praescripta
potest cogi exercentes pro peccato externo
etiam ad delicti grav itate contra sextum
congruam puniantur.
satisfactionem Decalogi
praestandam. Can. 1393. –
Qui praeceptum
Can. 1391. – obligationes cum scandalo
sibi ex poena
Iusta poena impositas permanens,
pro delicti violat, iusta suspensione
poena puniri
gravitate potest. puniantur, cui,
puniri potest: Can. 1394. – § persistente post
1° qui 1. Firmo monitionem
ecclesias praescripto delicto, aliae
ticum Can. 194, § 1, poenae
documen n. 3, clericus gradatim addi
tum matrimonium, possunt usque
publicum etiam civiliter ad dimissionem
falsum tantum, e statu clericali.
conficit, attentans, in § 2. Clericus
vel suspensionem qui aliter contra
verum latae sextum
mutat, sententiae Decalogi
destruit, incurrit; quod si praeceptum
occultat, monitus non deliquerit, si
vel falso resipuerit et quidem delictum
vel scandalum vi vel minis vel
mutato dare perrexerit, publice vel cum
utitur; gradatim minore infra
privationibus ac
23
8
aetatem autem in I S
sedecim personas de
annorum quibus in Can. R
Can. 1399. –
patratum sit, 1370, poenis ibi Praeter casus S
iustis poenis statutis punitur. hac vel aliis
puniatur, non Can. 1398. – legibus statutos,
exclusa, si Qui abortum
procurat, divinae vel I
casus ferat, effectu secuto, canonicae legis
dimissione e in
excommunicati externa violatio D
statu clericali. onem latae tunc tantum E
sententiae
Can. 1396. – incurrit. potest iusta
Qui graviter quidem poena I
T
violat puniri, cum U
residentiae i specialis D
obligationem violationis I
cui ratione t gravitas C
ecclesiastici punitionem I
u postulat, et I
officii tenetur,
iusta poena l necessitas urget S
puniatur, non scandala
exclusa, post u praeveniendi vel I
monitionem, reparandi. N
s
officii LIBER
privatione. VII G
E
Titulus VI V D N
DE I E
E
DELICTIS R
CONTRA I E
HOMINIS Ca
VITAM ET P
N n.
LIBERTATE R 14
M 00
O
O
Can. 1397. – . –
Qui R C §
homicidium 1.
M E
patrat, vel O
hominem vi A S bie
aut fraude rapit ctu
vel detinet vel S m
mutilat vel G iud
graviter I icii
vulnerat, E su
B
privationibus et nt:
N
prohibitionibus, U 1°
de quibus in E personarur
S n
Can. 1336, physicarum
pro delicti R vel
iuridicarum
gravitate iura
puniatur; A P persequen
da aut
homicidium L vindicanda,
A
23
9
vel facta em. 1° eos Rot
iuridica
declarand Can. 1402. – ae
a; Omnia Ecclesiae qui Ro
2° delicta, tribunalia
reguntur supremu ma
quod canonibus qui
spectat sequuntur, salvis nae
ad normis m tenent res
poenam tribunalium
irroganda Apostolicae erv
m vel Sedis. civitatis atur
declarand
am. Can. 1403. – § iudi
magistra
§ 2. Attamen 1. Causae car
controversiae tum; 2° e:
canonizationis
ortae ex actu Servorum Dei 1°
Patres Episcopos
potestatis reguntur in
administrativae contentiosi
peculiari lege Cardinal s, firmo
deferri possunt pontificia. praescripto
solummodo ad es; Can. 1419,
§ 2. Iisdem § 2;
Superiorem vel 3°
ad tribunal causis Legatos 2°
applicantur Sedis Abbatem
administrativum. Apostolica
praeterea e, et in primatem,
Can. 1401. – praescripta causis vel
Ecclesia iure p
huius Codicis, o Abbatem
proprio et quoties in e superiorem
n
exclusivo eadem lege ad a congregati
cognoscit: ius universale l onis
i
1° de remissio fit vel b monasticae
causis de normis agitur u
quae s , et
respiciunt quae, ex ipsa rei supremum
res E
spirituale natura, easdem p Moderatore
s et quoque causas i m
spiritualib s
us afficiunt. c institutorum
adnexas; o religiosoru
TITULUS I p
2° de o m iuris
DE FORO s pontificii;
violatione ;
legum COMPETE
NTI 4° alias 3°
ecclesiast dioeceses
icarum Can. causas
quas ipse aliasve
deque 1404. personas
omnibus – ad suum
advocaver ecclesiastic
in quibus Prima as, sive
inest ratio Sedes it iudicium.
physicas
peccati, a § 2. Iudex de sive
quod nemin actu vel
instrumento a iuridicas,
attinet ad e Romano
Pontifice in quae
culpae iudicat forma specifica Superiore
definitione ur. confirmato
videre non m infra
m et Can. 1405. – § potest, nisi Romanum
poenarum 1. Ipsius Romani ipsius
Pontificis praecesserit Pontificem
ecclesiast dumtaxat ius est mandatum. non
icarum iudicandi in
causis de quibus § habent.
irrogation in Can. 1401: 3.
24
0
Can. 1406. – neque locus 1 pia,
§ 1. Violato commorationis 4 coram
praescripto nota sint, 1 tribunali
Can. 1404,
acta et conveniri 3 ultimi
decisiones pro potest in foro . domicilii
infectis
habentur. actoris, vel quasi-
§ 2. In dummodo aliud – domicilii
causis, de forum legitimum vel
quibus in Can. P
1405, aliorum non suppetat. commorat
iudicum a
Can. 1410. – ionis, ad
incompetentia r
est absoluta. Ratione rei normam
sitae, pars s
conveniri cann.
Can. 1407. – §
potest coram c 1408-
1. Nemo in tribunali loci,
ubi res litigiosa o 1409,
prima instantia sita est, n illius de
conveniri quoties actio
in rem directa v cuius
potest, nisi sit, aut de e hereditate
coram iudice spolio agatur.
n vel legato
ecclesiastico Can. 1411. – § pio agitur,
qui competens 1. Ratione i
contractus r nisi
sit ob unum ex pars conveniri agatur de
titulis qui in potest coram i
tribunali loci in mera
cann. 1408- quo contractus p exsecutio
1414 initus est vel
adimpleri o ne legati,
determinantur. debet, nisi t quae
partes
§ 2. concorditer e videnda
Incompetentia aliud tribunal
iudicis, cui elegerint. s est
nullus ex his t secundu
titulis § 2. Si causa
suffragatur, versetur circa : m
dicitur relativa. obligationes ordinarias
quae ex alio 1° in
§ 3. Actor titulo competen
sequitur proveniant, causis
forum partis pars conveniri tiae
conventae; quae
potest coram normas.
quod si pars tribunali loci, in circa
conventa quo obligatio Can. 1414. –
multiplex vel orta est vel administr Ratione
forum habet, est ationem conexionis, ab
optio fori adimplenda. uno eodemque
actori versantu tribunali et in
conceditur. Can. 1412. – r, coram eodem
processu
Can. 1408. – In causis tribunali cognoscendae
Quilibet sunt causae
conveniri poenalibus loci ubi inter se
potest coram accusatus, licet administr conexae, nisi
tribunali legis
domicilii vel absens, atio praescriptum
quasi-domicilii. conveniri obstet.
gesta
Can. 1409. – potest coram est; Can. 1415. –
§ 1. Vagus
forum habet tribunali loci, in Ratione
in loco ubi quo delictum 2° in
actu causis praeventionis, si
commoratur. patratum est. duo vel plura
quae
§ 2. Is, cuius C respiciun tribunalia aeque
neque a t competentia
domicilium aut n hereditat sunt, ei ius est
quasi- . es vel causam
domicilium legata cognoscendi,
24
1
quod prius sive poenalem, d paucitas
in quovis iudicii
partem gradu et in causarum aliud
conventam quovis litis i suadeat.
statu,
legitime cognoscendam c § 2. Vicarius
citaverit. ad Sanctam iudicialis unum
Sedem deferre constituit tribunal
vel apud e cum Episcopo,
Can. 1416. – eandem sed nequit
Conflictus introducere. Can. 1419. – § iudicare causas
competentiae quas Episcopus
§ 2. Provocatio 1. In unaquaque sibi reservat.
inter tribunalia tamen ad dioecesi et pro
eidem tribunali § 3. Vicario
Sedem omnibus causis
appellationis iure expresse iudiciali dari
Apostolicam
subiecta, ab interposita non non exceptis, possunt
hoc tribunali suspendit, praete iudex primae adiutores, quibus
solvuntur; a r casum instantiae est nomen est
Signatura Episcopus Vicariorum
Apostolica, si appellationis, dioecesanus, qui iudicialium
eidem tribunali iudicialem adiunctorum seu
exercitium
appellationis iurisdictionis in potestatem Vice-officialium.
non subsunt. iudice qui exercere potest
§ 4. Tum Vicarius
causam iam per se ipse vel
TITULUS iudicialis tum
cognoscere per alios,
II Vicarii iudiciales
coepit; quique secundum
DE VARIIS adiuncti esse
idcirco poterit canones qui
TRIBUNALIU debent
iudicium sequuntur.
M GRADIBUS sacerdotes,
prosequi usque § 2. Si vero integrae famae,
ET
ad definitivam agatur de iuribus in iure canonico
SPECIEBUS
sententiam, aut bonis doctores vel
Can. 1417. – § nisi Sedes temporalibus
1. Ob saltem licentiati,
primatum Apostolica personae annos nati non
Romani iudici iuridicae ab
Pontificis minus triginta.
integrum est significaverit Episcopo § 5. Ipsi, sede
cuilibet fideli se causam vacante, a
causam suam repraesentatae,
sive advocasse. munere non
iudicat in primo cessant nec ab
contentiosam Administratore
gradu tribunal
Can. 1418. – r dioecesano
appellationis. amoveri
Quodlibet possunt;
tribunal ius t Can. 1420. – § adveniente autem
habet in novo Episcopo,
auxilium vocandi . 1. Quilibet indigent
aliud tribunal ad Episcopus confirmatione.
causam
instruendam vel dioecesanus Can. 1421. – §
ad actus tenetur Vicarium 1. In dioecesi
intimandos. 1 constituantur ab
iudicialem seu Episcopo iudices
CAPUT I Officialem dioecesani, qui
sint clerici.
DE constituere cum
TRIBU D potestate § 2. Episcoporum
NALI ordinaria conferentia
e permittere potest
PRIMA iudicandi, a
E Vicario generali ut etiam laici
INSTA distinctum, nisi iudices
i constituantur, e
NTIAE parvitas
u dioecesis aut quibus, suadente
A necessitate, unus
24
2
assumi potest habet circa suum vel
ad collegium tribunal. declarand committe
efformandum. a re potest
§ 2. Tribunalia, iudicio
§ 3. Iudices sint de quibus in § excommu
integrae famae nicatione. trium vel
et in iure 1, constitui quinque
canonico possunt vel ad § 2. Episcopus
doctores vel iudicum.
saltem licentiati. causas causas
difficiliores vel § 3. Vicarius
Can. 1422. – quaslibet vel ad
maioris momenti iudicialis ad
Vicarius aliqua tantum singulas
iudicialis, Vicarii causarum causas
iudiciales genera. cognoscendas
adiuncti et ceteri Can. 1424. – iudices ex
iudices Unicus iudex in
quolibet iudicio ordine per
nominantur ad duos turnum advocet,
definitum assessores,
clericos vel nisi Episcopus
tempus, firmo laicos probatae in singulis
praescripto vitae, sibi
consulentes casibus aliter
Can. 1420, § 5, asciscere potest. statuerit.
nec removeri Can. 1425. – §
possunt nisi ex 1. Reprobata § 4. In primo
contraria iudicii gradu, si
legitima consuetudine,
gravique causa. tribunali collegiali forte collegium
trium iudicum constitui
Can. 1423. – § reservantur:
nequeat,
1. Plures 1° causae Episcoporum
dioecesani contentios conferentia,
Episcopi, ae: a) de quamdiu
probante Sede vinculo huiusmodi
Apostolica, sacrae impossibilitas
possunt ordinationi perduret,
concordes, in s; b) de permittere
locum vinculo potest ut
tribunalium matrimonii, Episcopus
dioecesanorum firmis causas unico
de quibus in praescripti iudici clerico
cann. 1419- s cann. committat, qui,
1421, unicum 1686 et ubi fieri possit,
constituere in 1688; assessorem et
suis dioecesibus auditorem sibi
tribunal primae 2° causae
poenales: asciscat.
instantiae; quo
a) de § 5. Iudices
in casu ipsorum semel
Episcoporum delictis designatos ne
quae subroget
coetui vel Vicarius
Episcopo ab poenam iudicialis, nisi ex
dimissioni gravissima
eisdem causa in
designato s e statu decreto
clericali exprimenda.
omnes
secumferr Can. 1426. – §
competunt 1. Tribunal
potestates, e possunt; collegiale
b) de collegialiter
quas Episcopus procedere
dioecesanus irroganda debet, et per
24
3
maiorem § 2. Episcopus r
suffragiorum § 3. Si demum potest ad
partem auditoris munus t
sententias controversia approbare
ferre. clericos vel .
enascatur inter
laicos, qui
§ 2. Eidem religiosas bonis moribus, 3
praeesse personas prudentia et
debet, doctrina De
quatenus fieri physicas vel fulgeant.
potest, iuridicas promotore
Vicarius § 3. Auditoris iustitiae,
iudicialis vel diversorum
Vicarius est, secundum vinculi
iudicialis institutorum
adiunctus. iudicis defensore et
religiosorum,
mandatum, notario
Can. 1427. – § aut etiam
probationes
1. Si eiusdem Can. 1430. –
tantum colligere
controversia sit instituti Ad causas
easque
inter religiosos clericalis iuris contentiosas, in
collectas iudici
vel domos dioecesani vel quibus bonum
tradere; potest
eiusdem laicalis, aut publicum in
autem, nisi
instituti religiosi inter personam discrimen vocari
iudicis
clericalis iuris religiosam et potest, et ad
mandatum
pontificii, iudex clericum causas
obstet, interim
primae saecularem vel poenales
decidere quae
laicum vel constituatur in
instantiae, nisi et quomodo
personam dioecesi
aliud in probationes
iuridicam non promotor
constitutionibu colligendae
religiosam, iustitiae, qui
s caveatur, est sint, si forte de
iudicat in prima officio tenetur
Superior hac re quaestio
instantia providendi bono
provincialis, oriatur, dum
tribunal publico.
aut, si ipse munus
dioecesanum.
monasterium suum exercet. Can. 1431. – §
sit sui iuris, A 1. In causis
Can. 1429. –
Abbas localis. r contentiosis,
Tribunalis
t Episcopi
§ 2. Salvo collegialis
. dioecesani est
diverso praeses debet
2 iudicare utrum
constitutionum unum ex
praescripto, si De iudicibus bonum
res auditoribu collegii publicum in
contentiosa s et ponentem seu discrimen vocari
agatur inter relatoribu relatorem possit necne,
duas s designare, qui nisi interventus
provincias, in Can. 1428. – § in coetu promotoris
prima instantia 1. Iudex vel iudicum de iustitiae lege
tribunalis praecipiatur vel
iudicabit per se collegialis causa referat et
ipse vel per praeses sententias in ex natura rei
possunt
delegatum auditorem scriptis redigat; evidenter
supremus designare ad in ipsius locum necessarius sit.
causae
Moderator; si instructionem idem praeses § 2. Si in
inter duo peragendam, alium ex iusta praecedenti
eum seligentes instantia
monasteria, aut ex tribunalis causa intervenerit
Abbas iudicibus aut ex substituere proomotor
personis ab iustitiae, in
superior Episcopo ad potest. ulteriore gradu
congregationis hoc munus huius
approbatis. A interventus
monasticae. praesumitur
24
4
necessarius. sacrae entiati, ac 1444, § 1,
ordinationis
Can. 1432. – aut de prudentia et n. 1:
Ad causas, in nullitate vel
quibus agitur solutione iustitiae zelo 1° a
de nullitate matrimonii, probati.
tribunali
quoties
constituatur in Can. 1436. – § Episcopi
lex
dioecesi 1. Eadem suffraganei
praecipit
defensor persona, non appellatur
ut iudex
vinculi, qui autem in eadem ad tribunal
partes
officio tenetur causa, officium Metropolita
earumve
proponendi et promotoris e, salvo
alteram
exponendi iustitiae et praescripto
audiat,
omnia quae defensoris vinculi Can. 1439;
etiam
rationabiliter gerere potest.
promotor 2° in
adduci possint iustitiae et § 2. Promotor et causis in
adversus prima
vinculi defensor instantia
nullitatem vel defensor, constitui possunt pertractatis
solutionem. coram
si iudicio tum ad Metropolita
universitatem f it
Can. 1433. – In intersint, appellatio
causis in audiendi causarum tum ad tribunal
ad singulas quod ipse,
quibus sunt; probante
promotoris causas; possunt Sede
2° quoties Apostolica,
iustitiae aut autem ab stabiliter
instantia designaveri
defensoris Episcopo, iusta
partis t;
vinculi de causa,
requiritur 3° pro
praesentia removeri.
ut iudex causis
requiritur, iis aliquid Can. 1437. – §
non citatis, acta 1. Cuilibet coram
decernere processui intersit Superiore
irrita sunt, nisi possit, notarius, adeo ut
ipsi, etsi non nulla habeantur provinciali
instantia acta, si non actis
citati, revera fuerint ab eo
promotoris subscripta. tribunal
interfuerint, aut iustitiae
saltem ante § 2. Acta, secundae
vel vinculi instantiae
sententiam, quae notarii
defensoris est penes
actis inspectis, conficiunt,
, qui supremum
munere suo publicam
iudicio Moderator
fungi potuerint. fidem faciunt.
intersint, em; pro
Ca eandem Caput II causis
n. vim habet. actis
De
143 Can. 1435. – coram
tribun
4. – Episcopi est Abbate
ali
Nisi promotorem locali,
secun
aliu iustitiae et penes
dae
d vinculi Abbatem
instan
exp defensorem superiorem
tiae
res nominare, qui congregati
se Can. onis
sint clerici vel
cav 1438. – monasticae
laici, integrae
eat Firmo .
famae, in iure
ur: praescript
canonico Can. 1439. – § 1.
o Can.
1° doctores vel lic Si quod tribunal
24
5
primae competentia i
ratione gradus, De
instantiae ad normam u
unicum pro cann. 1438 et Apostolicae d
1439 non Sedis
pluribus servetur, i
dioecesibus, ad incompetentia tribunalibus c
iudicis est
normam Can. absoluta. Can. 1442. – a
1423, Can. 1441. – Romanus t:
constitutum sit, Tribunal Pontifex pro 1° in
Episcoporum secundae toto orbe secunda
conferentia instantiae eodem catholico iudex
debet tribunal instantia,
modo quo est supremus, causas
secundae tribunal primae qui vel per se
instantiae, quae ab
instantiae ipse ius dicit, ordinariis
probante Sede constitui debet. vel per
Apostolica, tribunalib
Si tamen in ordinaria Sedis us primae
constituere, nisi primo iudicii Apostolicae
dioeceses sint instantiae
gradu, tribunalia, vel diiudicata
omnes eiusdem secundum Can. per iudices a se
archidioecesis e fuerint
1425, § 4, iudex delegatos. et ad
suffraganeae. unicus Can. 1443. – Sanctam
§ 2. sententiam tulit, Tribunal
ordinarium a Sedem
Episcoporum tribunal Romano per
conferentia secundae Pontifice
constitutum appellatio
potest, instantiae appellationibus nem
probante Sede collegialiter recipiendis est
Rota Romana. legitimam
Apostolica, procedat. deferantu
unum vel plura C
C r;
tribunalia a
a n 2° in
secundae p
instantiae . tertia vel
u 1 ulteriore
constituere, t
etiam praeter 4 instantia,
casus de quibus I 4 causas
in § 1. I 4 ab ipsa
I . Rota
§ 3. Quod – Romana
attinet ad et ab aliis
tribunalia § quibusvis
secundae tribunalib
instantiae, de 1 us iam
quibus in §§ 1- . cognitas,
2, Episcoporum R nisi res
conferentia vel o iudicata
Episcopus ab t habeatur.
ea designatus a
omnes habent § 2. Hoc
potestates, tribunal iudicat
R etiam in prima
quae Episcopo o
dioecesano instantia causas
m de quibus in
competunt circa a
suum tribunal. Can. 1405, § 3,
n aliasve quas
Can. 1440. – Si a
24
6
Romanus nis Trib e
Pontifex sive aliasque una ;
motu proprio, causas lis 3°
sive ad contra pra promover
e et
instantiam Auditore eter approbar
partium ad s Rotae ea e
erectione
suum tribunal Romana est: m
advocaverit et e propter tribunaliu
1° rectae m, de
Rotae acta in administr quibus in
Romanae ationi cann.
exercitio iustitiae 1423 et
commiserit; ipsorum invigilare 1439.
easque, nisi et in
muneris; advocato Titulus III
aliud cautum s vel
sit in commissi 4° procurat DE
conflictu ores, si
muneris opus sit, DISCIPLINA
s animadv IN
rescripto, ipsa ertere;
Rota iudicat compet TRIBUNALI
etiam in entiae 2 BUS
secunda et de ° SERVANDA
ulteriore quibus t
in Can. r C
instantia.
1416. i a
Can. 1445. – § b p
1. Supremum § 2. Ipsum u
u
Signaturae Tribunal videt t
n
de
Apostolicae a
contentionibus I
Tribunal l
ortis ex actu
cognoscit: potestatis i De officio
1° administrativae u iudicum et
querelas m tribunalis
nullitatis ecclesiasticae
et ad eam ministrorum
petitione c
s legitime delatis, Can. 1446. – §
restitutio de aliis o
nis in m 1. Christifideles
integrum controversiis omnes, in primis
et alios administrativis p
recursus e autem Episcopi,
contra quae a sedulo
sententi Romano t
as e annitantur ut,
rotales; Pontifice vel a salva iustitia,
2° Romanae n
t lites in populo
recursu Curiae
s in i Dei, quantum f
causis dicasteriis ipsi ieri possit,
de statu deferantur, et a
persona m vitentur et
rum, de conflictu pacifice quam
quas ad competentiae
novum p primum
examen inter eadem componantur.
Rota dicasteria. r
Romana o § 2. Iudex in
admitter § 3.
e renuit; r limine litis, et
Su o etiam quolibet
3° pre
exceptio g alio momento,
mi a quotiescumque
nes hui
suspicio r spem aliquam
us
24
7
boni exitus hominibus ad § 4. Si recusatio causis
perspicit, mediationem opponatur contra poenalibus
partes hortari adhibitis. promotorem aliisque, quae
et adiuvare ne iustitiae, publicum
§ 3. Quod si
omittat, ut de defensorem Ecclesiae bonum
circa privatum
aequa vinculi aut alios aut animarum
partium bonum
controversiae tribunalis salutem
lis versetur,
solutione administros, de respiciunt.
dispiciat iudex
quaerenda num hac exceptione § 2. Potest
communi transactione videt praeses in autem praeterea
consilio curent, vel arbitrorum tribunali collegiali iudex partium
viasque ad hoc iudicio, ad vel ipse iudex, si neglegentiam in
propositum normam cann. unicus sit. probationibus
idoneas ipsis 1713- 1716, Can. 1450. – afferendis vel in
indicet, controversia exceptionibus
Recusatione
gravibus finem habere opponendis
admissa,
quoque utiliter possit. supplere, quoties
personae mutari
lineae debent, non vero id necessarium
Can. 1447. – collateralis, vel censeat ad
Qui causae iudicii gradus.
ratione tutelae et Can. 1451. – § vitandam graviter
interfuit curatelae, 1. Quaestio de iniustam
tamquam iudex, intimae vitae recusatione sententiam, firmis
promotor expeditissime
consuetudinis, definienda est, praescriptis Can.
iustitiae, auditis partibus, 1600.
magnae promotore
defensor iustitiae vel
simultatis, vel Can. 1453. –
vinculi, vinculi
lucri faciendi aut defensore, si Iudices et
procurator, intersint, neque
damni vitandi, tribunalia curent
advocatus, ipsi recusati sint.
aliquid ipsius ut quam primum,
testis aut § 2. Actus positi
intersit. a iudice salva iustitia,
peritus, nequit
§ 2. In iisdem antequam causae omnes
postea valide adiunctis ab recusetur, validi
eandem officio suo sunt; qui autem terminentur,
abstinere debent positi sunt post utque in tribunali
causam in alia iustitiae propositam
instantia promotor, recusationem, primae instantiae
defensor vinculi, rescindi debent,
tamquam iudex assessor et si pars petat intra ultra annum ne
definire aut in auditor. decem dies ab protrahantur, in
admissa
eadem munus Can. 1449. – § recusatione. tribunali vero
assessoris 1. In casibus, secundae
de quibus in Can. 1452. – §
sustinere. Can. 1448, nisi instantiae, ultra
iudex ipse 1. In negotio
abstineat, pars sex menses.
Can. 1448. – § quod privatorum
1. Iudex potest eum solummodo Can. 1454. –
recusare. Omnes qui
cognoscendam § 2. De interest, iudex tribunal
ne suscipiat recusatione videt procedere potest constituunt aut
Vicarius eidem opem
causam, in qua iudicialis; si ipse dumtaxat ad ferunt,
ratione recusetur, videt instantiam partis. iusiurandum de
Episcopus qui munere rite et
consanguinitatis tribunali praeest. Causa autem fideliter implendo
legitime praestare debent.
vel affinitatis in § 3. Si
quolibet gradu Episcopus sit introducta, iudex Can. 1455. – § 1.
iudex et contra In iudicio poenali
lineae rectae et procedere potest semper, in
eum recusatio contentioso
usque ad opponatur, ipse et debet etiam autem si ex
quartum gradum abstineat a ex officio in revelatione
iudicando. alicuius actus
24
8
processualis agendi iudicii, cognoscendae
praeiudicium Can. 1457. – §
partibus dona quaevis sunt eo ordine
obvenire possit, 1. Iudices qui, quo fuerunt
iudices et acceptare
tribunalis cum certe et propositae et in
prohibentur.
auditores evidenter albo inscriptae,
tenentur ad competentes
secretum officii nisi ex iis
servandum. sint, ius aliqua celerem
§ 2. Tenentur reddere prae ceteris
etiam semper recusent, vel
ad secretum expeditionem
servandum de nullo exigat, quod
discussione suffragante
quae inter quidem peculiari
iudices in iuris decreto,
tribunali praescripto se
collegiali ante rationibus
ferendam competentes
sententiam suffulto,
habetur, tum declarent statuendum est.
etiam de variis atque causas
suffragiis et Can. 1459. – §
opinionibus cognoscant ac
ibidem prolatis, definiant, vel 1. Vitia, quibus
firmo sententiae
praescripto Can. secreti legem
1609, § 4. violent, vel ex nullitas haberi
§ 3. Immo, dolo aut gravi potest, in
quoties natura neglegentia quolibet iudicii
causae vel aliud statu vel gradu
probationum litigantibus excipi possunt
talis sit ut ex damnum itemque a
actorum vel inferant, iudice ex officio
probationum congruis declarari.
evulgatione poenis a § 2. Praeter
aliorum fama competenti casus de
periclitetur, vel auctoritate quibus in § 1,
praebeatur ansa puniri possunt, exceptiones
dissidiis, aut non exclusa of dilatoriae, eae
scandalum ficii privatione. praesertim
aliudve id § 2. Iisdem quae respiciunt
genus sanctionibus personas et
incommodum subsunt modum iudicii,
oriatur, iudex tribunalis proponendae
poterit testes, ministri et sunt ante
peritos, partes contestationem
adiutores, si
earumque litis, nisi
officio suo, ut
advocatos vel contestata iam
supra,
procuratores lite emerserint,
defuerint; quos
iureiurando et quam primum
omnes etiam
astringere ad definiendae.
iudex punire
secretum
potest. Can. 1460. – §
servandum.
Caput II 1. Si exceptio
Can. 1456. –
proponatur
Iudex et omnes De ordine
contra iudicis
tribunalis cognitionum
competentiam,
administri, Can. 1458. – hac de re ipse
occasione Causae iudex videre
24
9
debet. reiciendus, sed ante litis partibus,
coarctari.
§ 2. In casu condemnetur contestationem.
§ 2. Termini
exceptionis de ad expensas, Caput III autem iudiciales
nisi probet se et
incompetentia De terminis conventionales,
relativa, si oppositionem ante eorum
malitiose non et lapsum,
iudex se dilationibus poterunt, iusta
competentem distulisse. intercedente
Can. 1465. – § causa, a iudice,
pronuntiet, § 2. Aliae auditis vel
exceptiones 1. Fatalia legis petentibus
eius decisio peremptoriae quae dicuntur, partibus,
proponantur in id est termini prorogari,
non admittit contestatione perimendis
iuribus lege numquam
appellationem, litis, et suo autem, nisi
tempore constituti, partibus
at non tractandae sunt prorogari non
possunt, neque consentientibus,
prohibentur secundum valide coarctari,
regulas circa valide, nisi § 3. Caveat
querela quaestiones petentibus tamen iudex ne
nullitatis et incidentes.
processuales
restitutio in Can. 1463. – § n
1. Actiones peragendos,
integrum. reconventional i iudex illos
§ 3. Quod si es proponi m
iudex se valide praefinire debet,
incompetente nequeunt, nisi i habita ratione
m declaret, intra triginta s
pars, quae se dies a lite naturae
gravatam contestata. d uniuscuiusque
reputat, potest i
intra § 2. Eaedem actus.
quindecim u
dies utiles autem t Can. 1467. – Si
provocare ad cognoscantur u die ad actum
tribunal simul cum
appellationis. r iudicialem indicto
conventionali n vacaverit tribunal,
Can. 1461. –
Iudex in actione, hoc a terminus
quovis stadio est pari gradu
causae se li intellegitur
absolute cum ea, nisi s prorogatus ad
incompetente eas separatim
m agnoscens, fi primum
suam cognoscere a sequentem diem
incompetentia neces sarium
m declarare t non feriatum.
debet. sit aut iudex id e
opportunius C
Can. 1462. – x
§ 1. existimaverit. p a
Exceptiones Can. 1464. – r
rei iudicatae, Quaestiones o p
transactionis de cautione r u
et aliae pro expensis o
peremptoriae iudicialibus g t
quae dicuntur praestanda aut a
litis finitae, de concessione ti
I
proponi et gratuiti o
cognosci patrocinii, quod n V
debent ante statim ab initio e
contestatione postulatum .
m litis; qui fuerit, et aliae D
Can. 1466. –
serius eas huiusmodi Ubi lex terminos e
opposuerit, regulariter haud statuat ad
non est videndae sunt actus
25
0
l territorium se Can. 1471. – Si subscribere
conferre, de qua persona nequeat vel nolit,
o licentia tamen id in ipsis actis
interroganda
c Episcopi adnotetur,
utatur lingua
dioecesani loci simulque iudex
iudici vel
o adeundi et in et notarius fidem
partibus ignota,
sede ab eodem faciant actum
adhibeatur
designata. ipsum de verbo
i interpres ui ratus
ad verbum parti
Caput V a iudice
u aut testi
designatus.
De personis in perlectum fuisse,
Declarationes
d aulam et partem aut
tamen scripto
admittendis et testem vel non
i redigantur lingua
de modo potuisse vel
originaria et
c conficiendi et noluisse
translatio subscribere.
conservandi addatur.
i acta Interpres etiam Can. 1474. – § 1.
i Can. 1470. – § adhibeatur si In casu
1. Nisi aliter lex surdus vel appellationis,
Can. 1468. –
Uniuscuiusque particularis mutus actorum
tribunalis sedes interrogari exemplar, fide
sit, quantum fieri caveat, dum
potest, stabilis, causae coram debet, nisi forte facta a notario
quae statutis malit iudex de eius
horis pateat. tribunali aguntur,
ii tantummodo quaestionibus a authenticitate, ad
Can. 1469. – § se datis scripto tribunal superius
adsint in aula
1. Iudex e respondeatur. mittatur.
quos lex aut
territorio suo vi § 2. Si acta
iudex ad Can. 1472. – §
expulsus vel a exarata fuerint
processum 1. Acta lingua tribunali
iurisdictione ibi superiori ignota,
expediendum iudicialia, tum
exercenda transferantur in
necessarios quae meritum aliam eidem
impeditus, tribunali
esse statuerit. quaestionis
potest extra cognitam,
territorium § 2. Omnes respiciunt, seu cautelis adhibitis,
ut de fideli
iurisdictionem iudicio acta causae, tum translatione
suam exercere assistentes, qui quae ad formam constet.
et sententiam reverentiae et procedendi Can. 1475. – §
pertinent, seu 1. Iudicio expleto,
ferre, certiore oboedientiae documenta quae
tamen hac de tribunali debitae acta processus, in privatorum
dominio sunt,
re facto graviter scripto redacta restitui debent,
Episcopo defuerint, iudex esse debent. retento tamen
eorum exemplari.
dioecesano. potest congruis § 2. Singula folia
poenis ad actorum § 2. Notarii et
§ 2. Praeter numerentur et cancellarius sine
officium authenticitatis iudicis mandato
casum de quo reducere, signo muniantur. tradere
in § 1, iudex, ex prohibentur
advocatos Can. 1473. – exemplar
iusta causa et praeterea et actorum
Quoties in actis iudicialium et
auditis partibus, procuratores documentorum,
iudicialibus quae sunt
potest ad etiam a munere partium aut processui
probationes apud tribunalia acquisita.
testium
acquirendas ecclesiastica subscriptio Titulus
etiam extra exercendo requiritur, si pars IV
proprium suspendere. aut testis
25
1
curatorum, aut Can. 1479. – casus in §§ 2 et
DE hos non satis Quoties adest 3 statutos,
PARTIBU tueri posse tutor aut potest etiam per
S IN ipsorum iura, curator ab se ipsa agere et
CAUSA tunc stent in auctoritate civili respondere, nisi
C iudicio per constitutus, iudex
a tutorem vel idem potest a procuratoris vel
p curatorem a iudice advocati
u iudice datum. ecclesiastico ministerium
t admitti, audito, necessarium
§ 3. Sed in
I si fieri potest, existimaverit.
causis
Episcopo § 2. In iudicio
De actore spiritualibus et
dioecesano
et de cum poenali
eius cui datus
parte spiritualibus accusatus aut a
est; quod si
conventa conexis, si se constitutum
non adsit aut
Can. 1476. – minores usum aut a iudice
non videatur
Quilibet, sive rationis datum semper
baptizatus sive admittendus,
non assecuti sint, habere debet
ipse iudex
baptizatus, agere et advocatum.
potest in tutorem aut
iudicio agere; respondere
curatorem pro § 3. In iudicio
pars autem queunt sine
legitime causa contentioso, si
conventa parentum vel
designabit. agatur de
respondere tutoris
debet. consensu, et Can. 1480. – § minoribus aut
Can. 1477. – 1. Personae
quidem per se iuridicae in de iudicio in
Licet actor vel iudicio stant per
pars conventa ipsi, si aetatem quo bonum
procuratorem suos legitimos
quattuordecim repraesentantes publicum
vel advocatum .
constituerit, annorum vertitur,
semper tamen expleverint; § 2. In casu exceptis
tenetur in vero defectus
iudicio ipsemet secus per vel causis
adesse ad curatorem a neglegentiae matrimonialibus,
praescriptum repraesentantis
iuris vel iudice , potest ipse iudex parti
iudicis. constitutum. Ordinarius per carenti
Can. 1478. – § se vel per
alium stare in defensorem ex
1. Minores et § 4. Bonis iudicio nomine
ii, qui rationis personarum officio
usu destituti interdicti, et ii constituat.
sunt, stare in iuridicarum,
qui minus quae sub eius
iudicio firmae mentis potestate sunt. Can. 1482. – §
tantummodo 1. Unicum sibi
possunt per sunt, stare in Caput II quisque potest
eorum constituere
parentes aut iudicio per se procuratorem,
tutores vel ipsi possunt De qui nequit alium
curatores, procurator sibimet
salvo tantummodo ut substituere, nisi
praescripto § de propriis ibus ad expressa
3. lites et facultas eidem
delictis facta fuerit.
§ 2. Si iudex respondeant, advocatis
§ 2. Quod si
existimet aut ad Can. 1481. – § tamen, iusta
minorum iura causa
praescriptum 1. Pars libere suadente,
esse in iudicis; in potest plures ab
conflictu cum eodem
ceteris agere et advocatum et constituantur, hi
iuribus respondere procuratorem ita designentur,
parentum vel ut detur inter
debent per sibi constituere; ipsos locus
tutorum vel suos curatores. sed praeter praeventioni.
25
2
§ 3. debet Tum procurator pecuniaria aliisve
congruis poenis
Advoc praeterea esse tum advocatus plectantur.
ati catholicus, nisi possunt a iudice, Can. 1490. – In
autem Episcopus dato decreto, unoquoque
plures dioecesanus repelli sive ex tribunali,
simul aliter permittat, officio sive ad quatenus fieri
constit et doctor in instantiam partis, possit, stabiles
ui iure canonico, gravi tamen de patroni
queunt vel alioquin causa. constituantur, ab
. vere peritus et
Can. 1488. – § ipso tribunali
ab eodem
Can. 1483. – 1. Vetatur stipendium
Episcopo
Procurator et uterque emere recipientes, qui
approbatus.
advocatus litem, aut sibi de munus advocati
esse debent Can. 1484. – § immodico vel procuratoris
aetate 1. Procurator et emolumento vel in causis
maiores et advocatus rei litigiosae praesertim
bonae famae; antequam parte vindicata matrimonialibus
advocatus munus pacisci. Quae si pro partibus
actioni, instantiae fecerint, nulla est quae eos
suscipiant,
mandatum vel actis pactio, et a seligere malint,
authenticum iudicialibus, nec iudice poterunt exerceant.
apud tribunal
deponere transigere, poena pecuniaria Titulus
debent. pacisci, mulctari. V
§ 2. Ad iuris compromittere in Advocatus
tamen arbitros et praeterea tum DE
extinctionem generatim ea ab officio ACTION
impediendam agere pro quibus suspendi, tum IBUS
iudex potest ius requirit etiam, si ET
procuratorem mandatum recidivus sit, ab EXCEP
admittere etiam speciale. Episcopo, qui TIONIB
non exhibito tribunali praeest, US
Can. 1486. – §
mandato, ex albo C
1. Ut procuratoris
praestita, si res advocatorum a
vel advocati
ferat, idonea expungi potest. p
remotio effectum
cautione; actus § 2. Eodem u
sortiatur, modo puniri
autem qualibet t
vi caret, si intra necesse est possunt advocati
ipsis intimetur, et procuratores
terminum qui a I
peremptorium a et, si lis iam competentibus
contestata fuerit, tribunalibus De
iudice causas, in
statuendum, iudex et adversa fraudem legis, actioni
pars certiores subtrahunt ut ab
procurator aliis favorabilius bus et
mandatum rite facti sint de definiantur. excepti
non exhibeat. remotione. Can. 1489. – onihus
Advocati ac in
§ 2. Lata procuratores qui
Can. 1485. – definitiva ob dona aut genere
Nisi speciale sententia, ius et pollicitationes aut
officium quamlibet aliam Can. 1491. –
mandatum appellandi, si rationem suum Quodlibet ius non
habuerit, mandans non officium solum actione
renuat, prodiderint, a munitur, nisi aliud
procurator non procuratori patrocinio expresse c
potest valide manet. exercendo autum sit, sed
suspendantur, et etiam exceptione.
renuntiare Can. 1487. – mulcta Can. 1492. – § 1.
25
3
Quaevis actio ventio Sequestratio rei
extinguitur De
praescriptione reconv et inhibitio
ad normam iuris entioni actionibus exercitii iuris
aliove legitimo et
modo, exceptis s non decerni
actionibus de admittit exceptioni
statu nullatenus
personarum, ur. bus in possunt, si
quae numquam specie
extinguuntur. Can. 1495. – damnum quod
Actio Can. 1496. – § timetur possit
§ 2. Exceptio,
reconventionalis 1. Qui aliter reparari et
salvo
proponenda est probabilibus idonea cautio
praescripto Can. saltem de eo
1462, semper iudici coram quo
actio prior argumentis reparando
competit et est ostenderit offeratur.
suapte natura instituta est,
licet ad unam super aliqua re
perpetua. Can. 1499. –
causam ab alio detenta
Iudex potest ei,
Can. 1493. – dumtaxat ius se habere,
cui
Actor pluribus delegato vel sibique
sequestrationem
simul actionibus, damnum
alioquin relative rei vel
quae tamen imminere nisi
incompetenti. inhibitionem
inter se non res ipsa
Caput exercitii iuris
confligant, sive custodienda
II concedit,
de eadem re tradatur, ius
praeviam
sive de diversis, habet obtinendi
imponere
aliquem a iudice
cautionem de
convenire eiusdem rei
damnis, si ius
potest, si aditi sequestratione
suum non
tribunalis m.
probaverit,
competentiam § 2. In resarciendis.
non egrediantur. similibus rerum Can. 1500. –
Can. 1494. – § adiunctis Ad naturam et
1. Pars obtinere potest, vim actionis
conventa potest ut iuris possessoriae
coram eodem exercitium quod attinet,
iudice in eodem alicui serventur
iudicio contra inhibeatur. praescripta iuris
actorem vel Can. 1497. – § civilis loci ubi
propter causae 1. Ad crediti sita est res de
quoque
nexum cum securitatem cuius pos
actione sequestratio rei
admittitur, sessione agitur.
principali vel ad dummodo de
submovendam creditoris iure PARS II
satis constet.
vel ad DE IUDICIO
minuendam § 2.
Sequestratio CONTENTI
actoris extendi potest OSO
petitionem, etiam ad res
debitoris quae Sectio I
actionem quolibet titulo
apud alias
reconventionale personas DE IUDICIO
m instituere. reperiantur, et CONTENTI
ad debitoris
§ 2. credita. OSO
Recon ORDINARIO
Can. 1498. –
25
4
T vel actor ab actore actorum
libellum
i exhibere vel eius recipiend
t impediatur vel procurat orum
causa sit facilis
u investigationis ore, gratia;
l et minoris appositis
momenti. 4°
u die, indicare
§ 2. In utroque domiciliu
s tamen casu mense m vel
iudex notarium et anno, quasi-
iubeat scriptis domiciliu
I actum redigere necnon m partis
qui actori loco in conventa
DE legendus est et e.
ab eo quo
CAUSAE probandus, Can. 1505. – §
INTRODUCT quique locum actor vel 1. Iudex unicus
tenet libelli ab eius vel tribunalis
IONE actore scripti collegialis
ad omnes iuris procurat praeses,
C effectus. or postquam
viderint et rem
a Can. habitant, esse suae
p aut competentiae et
1504. actori legitimam
u – residere personam
t se standi in
Libellu iudicio non
I s, quo dixerint deesse,
De libello lis debent suo n
litis introd decreto quam t
primum libellum u
introduct ucitur, aut admittere aut
orio debet: reicere. m
§ :
Can. 1501. – 1°
exprimer 1° si iudex
Iudex nullam e coram 2
causam quo vel tribunal
iudice . incompeten
cognoscere causa
potest, nisi introduc L s sit;
atur,
petitio, ad quid i 2° si sine
petatur dubio
normam et a quo b constet
canonum, petatur; e actori
legitimam
proposita sit 2° l deesse
ab eo cuius l personam
indicare standi in
interest, vel a quo iure u iudicio;
promotore innitatur s 3° si non
iustitiae. actor et servata sint
r
Can. 1502. – generati praescripta
Qui aliquem e
convenire vult, m saltem i Can. 1504,
debet libellum quibus nn. 1-3; 4°
competenti c
iudici factis et i si certo
exhibere, in probatio
quo pateat ex
controversiae nibus ad p
obiectum ipso libello
proponatur, et evincend o
petitionem
ministerium a ea t
iudicis quae e quolibet
expostuletur. carere
asserunt s fundament
Can. 1503. – o, neque
§ 1. ur; t fieri posse,
Petitionem ut aliquod
oralem iudex 3° t ex
admittere subscribi processu
potest, quoties a
25
5
fundamen facta instantia, citatione, sed actorum
actuarius
tum libellus pro significet in actis notificatio
appareat. admisso partes iudicio facienda est per
adfuisse.
§ 3. Si libellus habeatur. publicos
reiectus fuerit Can. 1508. – §
Caput II 1. Decretum tabellarios vel
ob vitia quae citationis in
emendari iudicium debet alio modo qui
possunt, actor De citatione statim parti tutissimus sit,
novum libellum conventae
rite confectum et servatis normis
potest eidem notificari, et
denuntiatio simul ceteris, lege particulari
iudici denuo qui comparere
exhibere. ne actorum statutis.
debent, notum
iudicialium fieri.
§ 4. Adversus § 2. De facto
libelli Can. 1507. – § § 2. Citationi notificationis et
reiectionem 1. In decreto, libellus litis de eius modo
integrum quo actoris introductorius constare debet in
semper est libellus adiungatur, nisi actis.
parti intra admittitur, debet iudex propter
tempus utile iudex vel graves causas Can. 1510. –
decem dierum praeses ceteras censeat libellum Conventus, qui
recursum partes in iudic significandum citatoriam
rationibus ium vocare seu non esse parti, schedam
suffultum citare ad litem antequam haec recipere recuset,
interponere vel contestandam, deposuerit in vel qui impedit
ad tribunal statuens utrum iudicio. quominus citatio
appellationis vel eae scripto ad se perveniat,
§ 3. Si lis legitime citatus
ad collegium, si respondere
moveatur habeatur.
libellus reiectus debeant an
adversus eum
fuerit a coram ipso se Can. 1511. – Si
qui non habet citatio non fuerit
praeside; sistere ad dubia legitime notificata,
liberum nulla sunt acta
quaestio autem concordanda.
exercitium processus, salvo
reiectionis Quod si ex praescripto Can.
suorum iurium, 1507, § 3.
expeditissime scriptis
vel liberam
definienda est. responsionibus
administrationem
Can. 1506. – Si perspiciat
rerum de quibus
iudex intra necessitatem
disceptatur,
mensem ab partes citatio
exhibito libello convocandi, id denuntianda est,
decretum non potest novo prout casus
ediderit, quo decreto statuere. ferat, tutori,
libellum admittit § 2. Si libellus curatori,
pro admisso
vel reicit ad habetur ad procuratori
normam Can. normam Can. speciali, seu ei
1506, decretum
1505, pars, citationis in qui ipsius
cuius interest, iudicium fieri nomine iudicium
debet intra
instare potest ut viginti dies a suscipere tenetur
iudex suo facta instantia, ad normam iuris.
de qua in eo
munere canone. Can. 1509. – §
fungatur; quod § 3. Quod si
si nihilominus partes litigantes 1. Citationum,
iudex sileat, de facto coram decretorum,
iudice se sistant sententiarum
inutiliter lapsis ad causam
decem diebus a agendam, opus aliorumque
non est iudicialium
25
6
resoluto exprimi vel in esse bonae
Can. 1512. – iure
Cum citatio deleganti declarationibus fidei; ideoque, si
legitime s; ore coram damnatur ut
notificata fuerit
aut partes 4° iudice factis; in rem restituat,
coram iudice interrum causis autem fructus quoque
steterint ad
causam pitur difficilioribus a contestationis
agendam: partes
praescri die reddere
1 ptio, nisi convocandae debet et damna
° sunt a iudice ad sarcire.
aliud
dubium vel Can. 1516. –
r cautum dubia Lite contestata,
e sit; 5° iudex congruum
concordanda, tempus partibus
s lis quibus in praestituat
probationibus
d pendere sententia proponendis et
incipit; et respondendum explendis.
e
s ideo sit. Titulus III
i statim § 3. Decretum DE LITIS
n locum iudicis partibus INSTANTIA
i notificandum
habet Can. 1517. –
t pri est; quae, nisi
nci iam Instantiae
piu
e m consenserint, initium fit
s (r)li citatione; finis
te possunt intra
s pe autem non
nd decem dies ad
e ent solum
e, ipsum iudicem
nihi pronuntiatione
i l recurrere, ut
inn mutetur; sententiae
n ov
etu quaestio autem definitivae, sed
t r¯.
expeditissime etiam aliis
e Titulus II ipsius iudicis modis iure
g
DE LITIS decreto praefinitis.
r
a CONTEST dirimenda est. Can. 1518. – Si
pars litigans
; ATIONE Can. 1514. – moriatur aut
Can. 1513. – § statum mutet
2° Controversiae aut cesset ab
causa fit 1. Contestatio officio cuius
propria litis habetur termini semel ratione agit:
illius cum per iudicis statuti mutari
iudicis decretum 1° causa
aut controversiae valide
tribunali termini, ex nequeunt, nisi nondum
s partium conclusa,
ceteroqu petitionibus et novo decreto,
in responsionibus ex gravi causa, instantia
compete desumpti, suspendit
ntis, definiuntur. ad instantiam
coram partis et auditis ur donec
quo § 2. Partium heres
actio petitiones reliquis partibus
instituta earumque defuncti
est; responsionesqu aut
e, praeterquam rationibus
3° in successo
iudice in libello litis perpensis.
delegato r aut is,
firma introductorio, Can. 1515. –
redditur cuius
possunt vel in Lite contestata,
iurisdicti intersit,
o, ita ut responsione ad possessor rei
non litem
citationem alienae desinit
expiret resumat;
25
7
2° primum Can. 1524. – § eosdem parit
constituat;
causa procuratorem 1. In qualibet effectus ac
conclus vero ad litem statu et gradu peremptio
constituere
a, iudex potest, si pars iudicii potest instantiae,
procede neglexerit intra actor instantiae itemque obligat
brevem
re debet terminum ab renuntiare; item renuntiantem ad
ipso iudice tum actor tum solvendas
ad statutum.
ulteriora pars conventa expensas
Can. 1520. – possunt actorum, quibus
, citato
Si nullus actus processus actis renuntiatum fuit.
procurat
processualis, renuntiare sive
ore, si Titulus
nullo obstante omnibus sive
adsit, IV
impedimento, nonnullis tantum.
secus
ponatur a DE
defuncti § 2. Tutores et
partibus per PROBA
herede administratores
sex menses, TIONIB
vel personarum
instantia US
success iuridicarum, ut
perimitur. Lex
ore. renuntiare Can. 1526. –
particularis
Can. 1519. – alios possint § 1. Onus
§ 1. Si a probandi
munere cesset peremptionis instantiae, egent
tutor vel terminos consilio vel incumbit ei
curator vel
procurator, qui statuere potest. consensu qui asserit.
sit ad normam eorum, quorum
Can. 1481, §§ Can. 1521. – §
1 et 3 Peremptio concursus
necessarius, obtinet ipso requiritur ad 2
instantia iure et
interim adversus ponendos actus, .
suspenditur. omnes, qui ordinariae
minores N
§ 2. Alium quoque aliosve administrationis
autem tutorem minoribus o
vel curatorem aequiparatos, fines excedunt.
iudex quam atque etiam n
habere possunt § 3. Renuntiatio,
ex officio ut valeat, i
etiam in alia
declarari debet, peragenda est n
instantia,
salvo iure scripto, d
dummodo causa
petendi eademque a i
inter easdem
indemnitatem parte vel ab eius g
personas et
adversus procuratore, e
super eadem re
tutores, speciali tamen n
intercedat; sed
curatores, mandato munito, t
ad extraneos
administratores, quod attinet, non debet subscribi,
p
procuratores, aliam vim cum altera parte
r
qui culpa se obtinent nisi communicari, ab
o
caruisse non documentorum. eaque acceptari
b
probaverint. vel saltem non
Can. 1523. – a
impugnari, et a
Can. 1522. – Perempti iudicii t
iudice admitti.
Peremptio expensas, quas i
exstinguit acta Can. 1525. – o
quisque ex
processus, non Renuntiatio a n
litigantibus
vero acta iudice admissa, e
fecerit, ipse
causae; immo pro actis quibus :
ferat. renuntiatum est,
haec vim
1
25
8
° ad causam extra dubium
cognoscendam poni. Can. 1533. –
q utiles videantur Partes,
Can. 1531. – §
u et sint licitae, 1. Pars legitime promotor
a interrogata iustitiae et
adduci possunt. respondere
e debet et defensor vinculi
§ 2. Si pars veritatem integre
instet ut probatio fateri. possunt iudici
a a iudice reiecta exhibere
b admittatur, ipse § 2. Quod si
iudex rem respondere articulos, super
expeditissime recusaverit, quibus pars
i definiat. iudicis est
p aestimare quid interrogetur.
Can. 1528. – Si ad factorum
s pars vel testis se probationem Can. 1534. –
sistere ad exinde erui Circa partium
a respondendum possit. interrogationem
coram iudice cum proportione
l renuant, licet Can. 1532. – In serventur, quae
eos audire in cann. 1548, §
e etiam per casibus, in 2, n. 1, 1552 et
g laicum a iudice quibus bonum 1558-1565 de
designatum aut testibus
e requirere eorum publicum in statuuntur.
declarationem causa est, iudex
p coram publico Can. 1535. –
notario vel partibus
r quovis alio Assertio de
legitimo modo. iusiurandum de aliquo facto,
a
Can. 1529. – veritate dicenda scripto vel ore,
e
Iudex ad aut saltem de coram iudice
s probationes
colligendas ne veritate dictorum competenti, ab
u procedat ante deferat, nisi aliqua parte
m litis
contestationem gravis causa circa ipsam
u nisi ob gravem aliud suadeat; in iudicii materiam,
n causam. aliis casibus, sive sponte sive
t
C potest pro sua iudice
u
a prudentia. interrogante,
r
; p contra se
u peracta, est
2° facta t confessio
ab uno iudicialis.
ex I
Can. 1536. – §
contende 1. Confessio
De partium iudicialis unius
ntibus
declaration partis, si agatur
asserta et de negotio
ibus aliquo privato et
ab altero in causa non sit
admissa, Can. 1530. – bonum
nisi iure Iudex ad publicum,
ceteras relevat
vel a veritatem aptius ab onere
iudice eruendam probandi.
probatio partes § 2. In causis
nihilominu interrogare autem quae
s semper potest, respiciunt
exigatur. immo debet, ad bonum
instantiam partis publicum,
Can. 1527. – § vel ad confessio
1. Probationes probandum iudicialis et
cuiuslibet factum quod partium
generis, quae publice interest declarationes,
25
9
quae non sint In quolibet c De
confessiones, iudicii genere u productione
vim probandi admittitur m documentoru
habere probatio per e m
possunt, a documenta tum n
iudice publica tum t Can. 1544. –
aestimandam a Documenta vim
privata.
una cum probandi in
ceteris causae A s iudicio non
adiunctis, at r u habent, nisi
vis plenae t n originalia sint
probationis . t aut in exemplari
ipsis tribui 1 authentico
p
nequit, nisi alia De natura et exhibita et
r
accedant fide penes tribunalis
i
elementa quae documentor cancellariam
v
eas omnino um deposita, ut a
a
corroborent. iudice et ab
Can. 1540. – § t
Can. 1537. – adversario
1. Documenta a
Quoad examinari
publica .
extraiudicialem possint.
ecclesiastica Can. 1541. – Can. 1545. –
confessionem ea sunt, quae Iudex
Nisi contrariis
in iudicium persona praecipere
et evidentibus potest ut
deductam, publica in documentum
argumentis
iudicis est, exercitio sui utrique parti
aliud evincatur, commune
perpensis muneris in exhibeatur in
documenta processu.
omnibus Ecclesia publica fidem
adiunctis, confecit, Can. 1546. – §
faciunt de 1. Nemo
aestimare servatis exhibere tenetur
omnibus quae
quanti ea sit sollemnitatibus documenta, etsi
directe et communia,
facienda. iure quae
principaliter in communicari
Can. 1538. – praescriptis. iis affirmantur. nequeunt sine
Confessio vel § 2. periculo damni
Can. 1543. – ad normam
alia quaevis Documenta Si abrasa, Can. 1548, § 2,
publica civilia correcta, n. 2 aut sine
partis ea sunt, quae interpolata periculo
declaratio secundum aliove vitio violationis
uniuscuiusque documenta secreti
qualibet vi loci leges talia infecta servandi.
caret, si iure censentur. demonstrentur,
iudicis est § 2. Attamen si
constet eam § aestimare an et qua saltem
ex errore facti quanti documenti
3 huiusmodi particula
esse prolatam, documenta sint describi possit
aut vi vel metu . facienda. et in exemplari
exhiberi sine
gravi extortam. C A memoratis
r incommodis,
Caput II e iudex decernere
t t potest ut eadem
De producatur.
e .
probatione 2 Caput III
r
per Probatio per
a De testibus et
documenta testes in
d attestationibus
Can. 1539. – quibuslibet
o Can. 1547. – causis admittitur,
26
0
sub iudicis proximis e audita a
consangui
moderatione. neis vel s quovis et
affinibus quoquo
Can. 1548. – § infamiam,
1. Testes iudici periculosa h modo
legitime s a
interroganti occasione
veritatem fateri vexationes b confessioni
debent. , e s, ne ut
§ 2. Salvo aliave n indicium
praescripto t quidem
mala
Can. 1550, § 2, u veritatis
n. 2, ab gravia r recipi
obventura
obligatione timent. : possunt.
respondendi A 1° qui A
eximuntur: r partes r
1° clerici, t sunt in t
quod . causa, aut .
attinet ad 1 partium
nomine in 2
ea quae Qui testes esse
ipsis iudicio De
possint consistunt,
manifesta Can. 1549. – indu
ta sunt Omnes possunt iudex cendi
ratione esse testes, nisi eiusve s et
expresse iure assistente
sacri repellantur vel in exclu
ministerii; totum vel ex s, dend
parte. advocatus
civitatum is
magistrat Can. 1550. – § aliique qui testi
us, 1. Ne partibus in bus
medici, admittantur ad eadem
testimonium causa Can. 1551. –
obstetrice
ferendum assistunt Pars, quae
s,
minores infra vel testem induxit,
advocati,n
decimum astiterunt; potest eius
otarii
quartum aetatis examini
aliique 2°
annum et mente renuntiare; sed
qui ad sacerdotes
secretum debiles; audiri adversa pars
, quod postulare potest
officii tamen poterunt attinet ad
etiam ex decreto ut nihilominus
ea omnia
ratione iudicis, quo id testis examinetur.
quae ipsis
praestiti expedire ex Can. 1552. – § 1.
Cum probatio per
consilii declaretur. confession testes postulatur,
tenentur, e eorum nomina et
§ domicilium
quod sacrament tribunali
attinet ad 2 ali indicentur.
negotia . innotuerun § 2. Exhibeantur,
huic intra terminum a
t, ets i iudice
secreto I praestitutum,
poenitens articuli
obnoxia; n eorum argumentorum
c manifestati super quibus
2° qui ex petitur testium
testificatio a onem interrogatio;
ne sua p alioquin petitio
sibi aut petierit; censeatur
coniugi a immo deserta.
aut c
26
1
Can. 1553. – admittendas intersint, si
Iudicis est De censuerit. alias
te Assistere interrogationes
nimiam
sti tamen possunt testi faciendas
multitudinem
u earum advocati habeant, has
testium
m vel non testi, sed
refrenare. ex procuratores, iudici vel eius
Can. 1554. – a nisi iudex locum tenenti
Antequam mi propter rerum proponant, ut
testes ne et personarum eas ipse
examinentur, Can. 1558. – § adiuncta deferat, nisi
eorum nomina censuerit aliter lex
1. Testes sunt
cum partibus secreto esse particularis
examini
communicentur; procedendum. caveat.
subiciendi in
quod si id,
ipsa tribunalis Can. 1560. – Can. 1562. – §
prudenti iudicis 1. Iudex testi in
existimatione, sede, nisi aliud § 1. Testes mentem
iudici videatur. seorsim revocet gravem
fieri sine gravi obligationem
difficultate § 2. singuli dicendi totam et
Cardinales, examinandi solam
nequeat, saltem Patriarchae, veritatem.
ante Episcopi et ii sunt.
qui, suae § 2. Iudex testi
testimoniorum civitatis iure, § 2. Si testes
simili favore deferat
publicationem gaudent, inter se aut
iuramentum
fiat. audiantur in cum parte in re
loco ab ipsis iuxta Can.
Can. 1555. – selecto. gravi
Firmo 1532; quod si
praescripto Can. dissentiant,
§ 3. Iudex iudex testis renuat
1550, pars
petere potest ut decernat ubi discrepantes illud emittere,
testis audiendi sint ii, iniuratus
excludatur, si inter se
iusta quibus propter conferre seu audiatur.
exclusionis distantiam,
causa comparare Can. 1563. –
demonstretur morbum
ante testis potest, remotis, Iudex imprimis
excussionem. aliudve quantum fieri testis
Can. 1556. – impedimentum poterit, dissidiis identitatem
Citatio testis fit impossibile vel et scandalo.
decreto iudicis comprobet;
testi legitime difficile sit exquirat
notificato. tribunalis Can. 1561. –
Examen testis quaenam sit
Can. 1557. – sedem adire, ipsi cum
firmis fit a iudice, vel
Testis rite ab eius partibus
praescriptis necessitudo et,
citatus pareat delegato aut
cann. 1418 et cum ipsi
aut causam auditore, cui
1469, § 2. interrogationes
suae absentiae assistat oportet
iudici notam Can. 1559. – specificas circa
notarius;
faciat. Examini causam defert,
quapropter
testium partes sciscitetur
A partes, vel
assistere quoque fontes
rt promotor
nequeunt, nisi eius scientiae et
. iustitiae, vel
iudex, quo definito
3 defensor
praesertim tempore ea,
vinculi, vel
cum res est quae asserit,
advocati qui
de bono cognoverit.
examini
privato, eas Can. 1564. –
26
2
Interrogationes enim in casu, quae notarius de eius
breves sunto, adnotationes, de eius depositione
interrogandi quas secum depositione incisa sunt,
captui attulerint, scripto redegit, data eidem
accommodata consulere vel ipsi audita testi facultate
e, non plura poterunt. facere quae addendi,
simul Can. 1567. – § ope supprimendi,
complectentes, 1. Responsio magnetophonii
non captiosae, statim
redigenda est p
non subdolae, scripto a c t
notario et o
non referre debet e
suggerentes ipsa editi r l
testimonii r
responsionem, verba, saltem a
remotae a quod attinet ad i e
ea quae iudicii g
cuiusvis materiam
offensione et directe e q
attingunt. n
pertinentes ad u
causam quae § 2. Admitti d
potest usus o
agitur. machinae i d
magnetophonic ,
Can. 1565. – § ae, dummodo v
1. dein i
Interrogationes responsiones v
non sunt cum scripto a s
testibus antea consignentur et
communicanda subscribantur, r
e. si fieri potest, a i a
deponentibus. b
§ 2. Attamen a
si ea quae Can. 1568. – n s
testificanda Notarius in d i
sunt ita a actis i t
memoria sint mentionem . p
remota, ut nisi faciat de e
§ 2. Denique
prius praestito, r
remisso aut actui subscribere i
recolantur
recusato debent testis, c
certo affirmari
nequeant, iureiurando, de iudex et notarius. u
poterit iudex partium Can. 1570. – l
nonnulla aliorumque Testes, quamvis u
testem praesentia, de iam excussi, m
praemonere, interrogationibu .
poterunt parte
si id sine s ex officio postulante aut Can. 1571. –
additis et ex officio,
periculo fieri antequam acta Testibus, iuxta
generatim de seu
posse testificationes aequam iudicis
censeat. omnibus publici iuris fiant,
denuo ad taxationem,
memoria dignis examen vocari, refundi debent
Can. 1566. – si iudex id
quae forte tum expensae,
Testes ore necessarium
acciderint, cum vel utile ducat, quas fecerint, tum
testimonium dummodo
testes collusionis vel lucrum, quod
dicant, et excutiebantur. c amiserint,
scriptum ne
legant, nisi de Can. 1569. – § o testificationis
calculo et 1. In fine r reddendae
rationibus examinis, testi r causa.
agatur; hoc legi debent u A
26
3
rt t t excluduntur aut
recusari possunt.
. u
4 Can. 1577. – §
a I 1. Iudex, attentis
De b iis quae a
testi V litigantibus forte
moni a deducantur,
orum l singula capita
fide i D
decreto suo
i e
Can. 1572. – In definiat circa
s
aestimandis quae periti opera
;
testimoniis versari debeat.
3° utrum p
iudex, requisitis, testis § 2. Perito
si opus sit, constans e remittenda sunt
sit et
testimonialibus firmiter acta causae
sibi r
litteris, cohaereat, aliaque
consideret: an varius, i documenta et
incertus
1° quae vel subsidia quibus
vacillans; t egere potest ad
condicio
sit 4° utrum i suum munus rite
personae testimonii et fideliter
contestes s exsequendum.
, quaeve
honestas; habeat, Can. 1574. – § 3. Iudex, ipso
perito audito,
2° utrum aliisve Peritorum opera tempus praefiniat
probationi intra quod
de utendum est examen
scientia s quoties ex iuris perficiendum est
elementis et relatio
propria, vel iudicis proferenda.
confirmetu praescripto
praeserti Can. 1578. – § 1.
r necne. eorum examen
m de visu Periti suam
et votum,
et Can. 1573. – quisque
auditu praeceptis artis
proprio Unius testis relationem a
testificetur vel scientiae
depositio plenam ceteris distinctam
, an de innixum,
sua fidem facere non conficiant, nisi
opinione, requiruntur ad
de potest, nisi iudex unam a
factum aliquod
f agatur de teste singulis
comprobandum
a qualificato qui subscribendam
vel ad veram
m deponat de fieri iubeat:
alicuius rei
a rebus ex officio quod si fiat,
naturam
, gestis, aut dignoscendam. sententiarum
rerum et discrimina, si qua
a personarum Can. 1575. –
Iudicis est fuerint, diligenter
u adiuncta aliud peritos adnotentur.
t nominare,
suadeant. auditis vel
proponentibus § 2. Periti debent
d C partibus, aut, si indicare
e casus ferat, perspicue quibus
a relationes ab
aliis peritis iam documentis vel
a factas assumere. aliis idoneis
p
u Can. 1576. – modis certiores
d u Easdem ob
causas quibus facti sint de
i testis, etiam personarum vel
periti
26
4
rerum vel Can. 1582. – facto certo et
§ 2. Cum determinato,
locorum Si ad quod cum eo,
identitate, qua reddit rationes definitionem de quo
decidendi, controversia
via et ratione causae iudex est, directe
processerint in exprimere opportunum cohaereat.
explendo debet quibus duxerit ad Titulus V
munere sibi motus aliquem locum
argumentis DE CAUSIS
demandato et accedere vel
peritorum INCIDENTIB
quibus aliquam rem
conclusiones US
potissimum inspicere,
argumentis aut admiserit decreto id Can. 1587. –
suae aut reiecerit. praestituat, quo Causa incidens
conclusiones Can. 1580. – ea quae in habetur quoties,
nitantur. Peritis incepto per
solvenda sunt accessu
§ 3. Peritus expensae et praestanda sint, citationem
accersiri potest honoraria a iudicio, quaestio
a iudice ut iudice ex bono auditis partibus,
explicationes, et aequo summatim proponitur quae,
quae ulterius determinanda, tametsi libello,
necessariae servato iure describat,
videantur, particulari. quo lis
suppeditet. Can. 1583. – introducitur, non
Can. 1581. – § Peractae
Can. 1579. – § 1. Partes contineatur
recognitionis expresse,
1. Iudex non possunt peritos instrumentum nihilominus ita
peritorum privatos, a conficiatur.
tantum ad causam
iudice pertinet ut
conclusiones, Caput VI
probandos, resolvi
etsi concordes, designare. De
sed cetera plerumque
praesump debeat ante
quoque causae § 2. Hi, si iudex
tionibus quaestionem
adiuncta attente admittat,
perpendat. possunt acta Can. 1584. – principalem.
causae, Praesumptio Can. 1588. –
quatenus opus est rei incertae Causa incidens
sit, inspicere, probabilis proponitur
peritiae coniectura; scripto vel ore,
exsecutioni eaque alia est indicato nexu
interesse; iuris, quae ab qui intercedit
semper autem ipsa lege inter ipsam et
possunt suam statuitur; alia causam
relationem hominis, quae principalem,
exhibere. a iudice coram iudice
conicitur. competenti ad
C
a Can. 1585. – causam
Qui habet pro
p se iuris principalem
u praesumptione definiendam.
m, liberatur ab
t onere probandi, Can. 1589. – §
quod recidit in
partem 1. Iudex,
V adversam. recepta
De accessu et Can. 1586. – petitione et
de Praesumptione
s, quae non auditis partibus,
recognitione statuuntur a expeditissime
iure, iudex ne
iudiciali coniciat, nisi ex decernat utrum
26
5
proposita iudici videatur. § 2. Antequam potuerit, querela
incidens § 2. Si vero decretum, de nullitatis uti
quaestio solvi debeat potest.
per decretum, quo in § 1,
fundamentum tribunal potest Can. 1594. – Si
rem feratur, debet, die et hora ad litis
habere
committere etiam per novam contestationem
videatur et auditori vel praestitutis actor
praesidi. citationem, si neque
nexum cum
opus fuerit, comparuerit
principali Can. 1591. – neque idoneam
Antequam constare excusationem
iudicio, an vero finiatur causa
principalis, citationem, attulerit:
sit in limine
iudex vel legitime factam, 1° iudex
reicienda; et, tribunal potest
decretum vel ad partem eum citet
si eam
sententiam conventam iterum;
admittat, utrum interlocutoriam,
iusta tempore utili
talis sit 2° si actor
intercedente pervenisse. novae
gravitatis, ut ratione, citationi
solvi debeat revocare aut Can. 1593. – § 1. non
reformare, sive paruerit,
per sententiam ad partis Si pars conventa praesumitu
interlocutoriam instantiam, sive dein in iudicio se r instantiae
ex officio, renuntiasse
vel per auditis sistat aut ad normam
decretum. partibus. responsum cann.
dederit ante 1524-1525;
§ 2. Si vero C
iudicet a causae 3° quod si
quaestionem
incidentem p definitionem, postea in
non esse u conclusiones processu
resolvendam
ante t probationesque intervenire
sententiam afferre potest,
definitivam, velit,
decernat ut I firmo praescripto servetur
eiusdem ratio Can. 1600;
habeatur, cum De Can. 1593.
causa partibus caveat autem
principalis iudex, ne de Can. 1595. – § 1.
definietur. non Pars absens a
industria in
Can. 1590. – comparent iudicio, sive actor
longiores et non
§ 1. Si ibus sive pars
necessarias
quaestio Can. 1592. – § moras iudicium conventa, quae
incidens solvi 1. Si pars protrahatur. iustum
debeat per conventa citata impedimentum
§ 2. Etsi non
sententiam, non non
comparuerit aut
serventur comparuerit comprobaverit,
responsum non
normae de nec idoneam tenetur
dederit ante
processu absentiae obligatione tum
causae
contentioso solvendi litis
excusationem definitionem,
orali, nisi, expensas, quae
attulerit aut non impugnationibus
attenta rei ob ipsius
responderit uti potest
gravitate, aliud absentiam factae
adversus
causa, servatis sunt, tum etiam,
ad normam sententiam; quod
servandis, si opus sit,
Can. 1507, § 1, si probet se
usque ad indemnitatem
iudex eam a legitimo
sententiam alteri parti
iudicio impedimento
definitivam praestandi.
absentem fuisse detentam,
eiusque quod sine sua § 2. Si tum actor
declaret et tum pars
exsecutionem culpa antea conventa fuerint
decernat ut procedat. absentes a
demonstrare non iudicio, ipsi
26
6
obligatione defendit, sive CONCLUSI
expensas litis ONE IN producendas
solvendi accessorie ad CAUSA ET
tenentur in aliquem DE pertinent, ad
solidum. CAUSAE conclusionem
litigantem DISCUSSIO
C adiuvandum. NE in causa
a Can. 1598. – § devenitur.
p § 2. Sed ut
1. Acquisitis § 2. Haec
u admittatur, debet
probationibus, conclusio
t ante
iudex decreto habetur quoties
conclusionem in
I partibus et aut partes
causa libellum
I earum advocatis declarent se
iudici exhibere,
permittere debet, nihil aliud
D in quo breviter
sub poena adducendum
e suum ius
nullitatis, ut acta habere, aut utile
interveniendi
nondum eis nota proponendis
i demonstret.
apud tribunalis probationibus
n § 3. Qui cancellariam tempus a iudice
t intervenit in inspiciant; quin praestitutum
e causa, etiam advocatis elapsum sit, aut
r admittendus est id petentibus dari iudex declaret
v in eo statu in quo potest actorum se satis instruc
e causa reperitur, exemplar; in tam causam
n assignato eidem causis vero ad habere.
t brevi ac bonum publicum
u peremptorio § 3. De peracta
spectantibus
termino ad conclusione in
iudex ad
t probationes gravissima causa,
e suas pericula evitanda quocumque
r exhibendas, si aliquod actum modo ea
t causa ad nemini acciderit, iudex
i periodum manifestandum decretum ferat.
i probatoriam esse decernere Can. 1600. – §
pervenerit. potest, cauto 1. Post
i Can. 1597. – tamen ut ius conclusionem in
n Tertium, cuius defensionis
interventus causa iudex
videatur semper integrum potest adhuc
c necessarius, maneat.
iudex, auditis eosdem testes
a partibus, debet in
iudicium vocare. § 2. Ad vel alios vocare
u probationes
complendas aut alias
s T partes possunt probationes,
a i alias iudici
proponere; quae antea non
Can. 1596. – § t quibus fuerint petitae,
1. Is cuius u acquisitis, si
iudex disponere
interest admitti l necessarium tantummodo:
potest ad u duxerit, iterum
est locus 1° in
interveniendum s decreto de quo causis, in
in § 1. quibus
in causa, in agitur de
V Can. 1599. – § solo
qualibet litis
I 1. Expletis privato
instantia, sive ut partium
pars quae DE omnibus quae bono, si
ACTORUM omnes
proprium ius PUBLICATI ad probationes partes
ONE, DE consentia
26
7
nt; exhibeatur censeat. prohibentur
partium vel
2° in documentum, § 2. Si advocatorum
ceteris quod forte defensiones vel etiam
cum praecipuis aliorum
causis, antea sine documentis informationes
culpa eius, typis iudici datae,
auditis imprimantur, quae maneant
partibus cuius interest, praevia iudicis extra acta
licentia causae.
et exhiberi non requiritur, salva
dummo potuit. secreti § 2. Si causae
obligatione, si discussio
do § 3. Novae qua sit.
gravis probationes scripto facta sit,
§ 3. Quoad
exstet publicentur, extensionem iudex potest
ratio defensionum, statuere ut
servato Can. numerum
itemque exemplarium, moderata
1598, § 1. Can. aliaque
quodlib huiusmodi disputatio fiat
1601. – Facta adiuncta, ore pro tribunali
et
conclusione in servetur sedente, ad
fraudis ordinatio
vel causa, iudex tribunalis. quaestiones
suborna congruum nonnullas
temporis Can. 1603. – §
tionis spatium 1. illustrandas.
periculu praestituat
ad Communicatis Can. 1605. –
m defensiones vicissim Disputationi
vel
remove a defensionibus orali, de qua in
atur; n atque
i cann. 1602, § 1
3° in m animadversioni et 1604, § 2,
a
omnibus d bus, utrique assistat notarius
causis, v parti ad hoc ut, si
e
quoties r responsiones iudex praecipiat
s exhibere licet, aut pars
verisimil i
e est, o intra breve postulet et
n tempus a iudice iudex cons
nisi e
probatio s praestitutum. entiat, de
nova e § 2. Hoc ius disceptatis et
admittat x conclusis
h partibus semel
ur, i scripto statim
tantum esto,
sententi b referre possit.
e nisi iudici gravi
am n ex causa Can. 1606. – Si
iniustam d
a iterum videatur partes parare
futuram s concedendum; sibi tempore utili
esse .
tunc autem defensionem
propter Can. 1602. – § concessio, uni neglexerint, aut
rationes, 1. Defensiones parti facta, se remittant
de et alteri quoque iudicis scientiae
quibus animadversion data censeatur. et conscientiae,
in Can. es scriptae sint, iudex, si ex
§ 3. Promotor
1645, § nisi iustitiae et actis et probatis
2, nn. 1- disputationem defensor
vinculi ius rem habeat
3. pro tribunali habent iterum plane
sedente iudex, replicandi
§ 2. Potest partium perspectam,
autem iudex consentientibu responsionibus poterit statim
s partibus, .
iubere vel sententiam
satis esse Can. 1604. – pronuntiare,
admittere ut § 1. Omnino
26
8
requisitis vinculi, si servandae. exarabit.
tamen iudicio intersint. § 3. Post divini § 2. In tribunali
animadversion Titulus VII Nominis collegiali,
ibus invocationem, ponentis seu
promotoris DE IUDICIS
prolatis ex ordine relatoris est
iustitiae et PRONUNTI
singulorum exarare
defensoris ATIONIBU
conclusionibus sententiam,
S
secundum desumendo
adipisci non
Can. 1607. – praecedentiam, motiva ex iis
potuit, pronuntiet
Causa iudiciali ita tamen ut quae singuli
non constare de
modo semper a iudices in
iure actoris et
pertractata, si sit causae ponente discussione
conventum seu relatore attulerunt, nisi a
principalis, absolutum
definitur a iudice initium fiat, maiore numero
dimittat, nisi habeatur iudicum praefinita
per sententiam agatur de causa
definitivam; si sit discussio sub fuerint motiva
iuris favore tribunalis praeferenda;
incidens, per fruente, quo in
sententiam praesidis ductu, sententia dein
casu pro ipsa praesertim ut singulorum
interlocutoriam, pronuntiandum
firmo constabiliatur iudicum
est. quid statuendum subicienda est
praescripto Can.
1589, § 1. Can. 1609. – § sit in parte approbationi.
1. In tribunali dispositiva § 3. Sententia
Can. 1608. – §
1. Ad collegiali, qua die sententiae.
pronuntiationem edenda est non
cuiuslibet et hora iudices § 4. In ultra mensem a
sententiae ad deliberandum discussione
requiritur in autem fas die quo causa
iudicis animo conveniant, unicuique est a definita est, nisi,
moralis certitudo collegii praeses pristina sua
circa rem conclusione in tribunali
sententia statuat, et nisi recedere. Iudex collegiali, iudices
definiendam. peculiaris causa vero, qui ad
decisionem gravi ex ratione
§ 2. Hanc aliud suadeat, in aliorum longius tempus
ipsa tribunalis accedere noluit,
certitudinem exigere potest praestituerint.
sede conventus ut, si fiat
iudex haurire appellatio, suae
habeatur. conclusiones ad C
debet ex actis et
tribunal superius a
probatis. § 2. Assignata transmittantur. n
§ 3. conventui die, § 5. Quod si .
singuli iudices iudices in prima
Probationes discussione ad
autem scriptas afferant sententiam 1
conclusiones devenire aut 6
aestimare iudex nolint aut
debet ex sua suas in merito nequeant, differri 1
causae, et poterit decisio 1
conscientia, ad novum
firmis rationes tam in conventum, non .
iure quam in tamen ultra
praescriptis hebdomadam, –
facto,quibus ad nisi ad normam
legis de Can. 1600
conclusionem complenda sit S
quarundam
suam venerint; causae e
probationum instructio.
quae n
efficacia.
conclusiones Can. 1610. – § 1. t
§ 4. Iudex qui actis causae Si iudex sit e
eam adiungantur, unicus, ipse n
certitudinem secreto sententiam
26
9
t Can. 1612. – § textu vel error
i 1. Sententia, § 4. Claudatur irrepserit in
a post divini cum indicatione calculis, vel
Nominis diei et loci in error materialis
d invocationem, quibus prolata acciderit in
e exprimat oportet est et cum transcribenda
b ex ordine qui sit subscriptione parte dispositiva
e iudex aut iudicis vel, si de aut in factis vel
t tribunal; qui sit tribunali partium
: actor, pars collegiali petitionibus
1° conventa, agatur, omnium referendis, vel
definire procurator, iudicum et omissa sint
nominibus et notarii. quae Can.
controver
siam domiciliis rite Can. 1613. – 1612, § 4
designatis, Regulae requirit,
coram superius
promotor positae de sententia ab
tribunali sententia
iustitiae, definitiva ipso tribunali,
agitatam, sententiae
defensor vinculi, quod eam tulit,
data si partem in quoque corrigi vel
singulis interlocutoriae
iudicio habuerint. aptandae sunt. compleri debet
dubiis sive ad partis
§ 2. Referre Can. 1614. –
congrua postea debet instantiam sive
breviter facti Sententia
responsio speciem cum ex officio,
quam primum
ne; partium semper tamen
conclusionibus publicetur,
2° et formula indicatis modis auditis partibus
determina dubiorum. et decreto ad
re quae quibus
sint § 3. Hisce calcem
partium subsequatur impugnari
obligation pars dispositiva potest; neque sententiae
es ex sententiae, apposito.
iudicio praemissis ante
ortae et rationibus quibus publicationem § 2. Si qua pars
quomodo innititur.
implenda vim ullam refragetur,
e sint; habet, etiamsi quaestio
3° dispositiva incidens
exponere pars, iudice decreto
rationes permittente, definiatur.
seu partibus
significata sit. Can. 1617. –
motiva, Ceterae iudicis
tam in Can. 1615. –
Publicatio seu pronuntiationes,
iure quam intimatio praeter
in facto, sententiae fieri
potest vel sententiam, sunt
quibus tradendo decreta, quae si
exemplar
dispositiv sententiae mere ordinatoria
a partibus aut non sint, vim
earum
sententia procuratoribus, non habent, nisi
vel eisdem saltem
e pars transmittendo
innititur; idem exemplar summarie
ad normam motiva
4° Can. 1509.
exprimant, vel
statuere Can. 1616. – § ad motiva in alio
de litis 1. Si in actu expressa
expensis. sententiae remittant.
27
0
Can. 1618. – iudici factum ersia ne
Sententia denuntiatae, est sine
per ipsam ex
interlocutoria iudiciali
sententiam petitione, parte
vel decretum
sanantur,
vim sententiae de qua
quoties agitur in Can. quidem
definitivae 1501, vel
de causa ad
habent, si non definita
privatorum institutum
iudicium fuit
bonum attinenti.
impediunt vel adversus est.
ipsi iudicio aut Can. 1620. – aliquam
partem Can. 1621. –
alicui ipsius conventam Querela
gradui finem Sentent ; nullitatis, de qua
in Can. 1620,
ponunt, quod 5° lata est proponi potest
ia vitio inter per modum
attinet ad partes, exceptionis in
aliquam saltem insanab quarum perpetuum, per
altera modum vero
partem in saltem actionis coram
causa. ilis non iudice qui
habeat sententiam tulit
personam intra decem
Titulus VIII nullitati standi in annos a
iudicio;
s d
DE 6° i
IMPUGNATI
laborat, e
ONE nomine
SETENTIAM si: 1° p
alterius
u
C lata est quis b
a
l
p a iudice egit i
u
absolut c
t sine
a
e legitim t
I
i
incomp o o
De
querela etenti; n
manda
nullitati i
2° lata s
s contra est ab to; 7°
sententi eo, qui
careat ius s
am potestate
iudicandi e
Can. 1619. – in defensi n
tribunali
Firmis cann. in quo t
1622 et 1623, causa onis
definita e
nullitates est; alterutri n
actuum, 3° iudex t
positivo iure vi vel parti i
statutae, quae, a
metu deneg
cum essent e
notae parti gravi
atum .
querelam coactus
sententia Can. 1622. –
proponenti, fuit; 8° Sententia vitio
non sint ante m tulit; 4° sanabilis
controv nullitatis
sententiam iudicium dumtaxat
laborat, si:
27
1
1° lata contra ipsis ius est salvo praescripto
est a non partem interveniendi. Can. 1629.
legitimo
numero legitime § 2. Ipse iudex Ca
iudicum, absentem,
contra potest ex officio n.
praescrip iuxta Can. sententiam 16
tum Can. 1593, § 2.
1425, § nullam a se 29.
1; Can. 1623. – latam retractare –
Querela nullitatis vel emendare No
2° in casibus, de
quibus in Can. intra terminum n
motiva 1622, proponi ad agendum est
potest intra tres
menses a notitia Can. 1623 loc
seu publicationis statutum, nisi
sententiae. us
ratione interea appellatio ap
Can. 1624. – De una cum querela pel
s querela nullitatis nullitatis lati
videt ipse iudex interposita fuerit, oni
decide qui sententiam aut nullitas :
tulit; quod si pars sanata sit per
ndi 1° a
vereatur ne decursum termini
non iudex, qui de quo in Can. sententia
sententiam 1623. ipsius
contine querela nullitatis Summi
Can. 1627. –
t; 3° impugnatam tulit, Causae de Pontificis
praeoccupatum querela nullitatis vel
secundum
subscri animum habeat normas de Signaturae
ideoque eum processu
ptionib contentioso orali Apostolica
suspectum tractari possunt. e;
us existimet,
Cap 2° a
exigere potest ut sententia
ut II vitio
caret alius iudex in
nullitatis
eius locum De infecta, nisi
iure subrogetur ad app cumuletur
cum
praesc normam Can. ella querela
1450. tion nullitatis ad
normam
riptis; Can. 1625. – e Can. 1625;
Querela nullitatis
4° non proponi potest Can. 1628. – 3° a
refert una cum
indication appellatione, intra Pars quae aliqua sente
em anni, terminum ad sententia se ntia
mensis, appellationem
diei et loci statutum. gravatam putat, quae
in quo itemque in
prolata Can. 1626. – §
fuit; promotor rem
1. Querelam iustitiae et iudica
5° actu
iudiciali nullitatis defensor vinculi tam
nullo interponere
innititur, in causis in transii
cuius possunt non quibus eorum t;
nullitas solum partes,
non sit ad praesentia 4° a
normam quae se requiritur, ius iudicis
Can. gravatas putant, decreto
1619 habent a vel a
sanata; sed etiam sententia sententia
promotor iustitiae appellandi ad interlocutor
6° lata ia, quae
est aut defensor iudicem non
vinculi, quoties superiorem, habeant
27
2
vim praesumitur est iudici
sententia § 2. Si alia pars
e facta tribunali de appellationis,
definitiva quo in cann. ad aliud tribunal qui iudicem a
e, nisi appellationis
cumuletur 1438 et 1439. quo praecepto
cum provocaverit, obstringat officio
appellatio de causa videt
ne a suo quam
sententia tribunal quod primum
definitiva;
superioris est satisfaciendi.
5° a gradus, salvo § 3. Interea
sententia Can. 1415. iudex a quo
vel a debet acta ad
Can. 1633. – normam Can.
decreto Appellatio 1474 iudici
prosequenda appellationis
in causa est coram transmittere.
de qua iudice ad quem
dirigitur intra Can. 1635. –
ius cavet mensem ab Inutiliter elapsis
eius fatalibus
expeditiss interpositione, appellatoriis
ime rem nisi iudex a quo sive coram
longius tempus iudice a quo
esse ad eam sive coram
definiend prosequendam iudice ad quem,
parti deserta
am. praestituerit. censetur
appellatio.
Can. 1630. – § Can. 1634. – §
1. Appellatio Can. 1636. – §
interponi debet 1. Ad
coram iudice a prosequendam 1. Appellans
quo sententia potest
prolata sit, intra appellationem
peremptorium requiritur et appellationi
terminum renuntiare cum
quindecim sufficit ut pars
dierum utilium a ministerium effectibus, de
notitia
publicationis invocet iudicis quibus in Can.
sententiae. superioris ad 1525.
§ 2. Si ore fiat, impugnatae
notarius eam § 2. Si
scripto coram sententiae appellatio
ipso appellante emendationem,
redigat. proposita sit a
adiuncto vinculi
Can. 1631. – Si exemplari huius
quaestio oriatur defensore vel a
sententiae et promotore
de iure indicatis iustitiae,
appellandi, de appellationis renuntiatio fieri
ea videat rationibus. potest, nisi lex
expeditissime
§ 2. Quod si aliter caveat, a
tribunal
pars exemplar vinculi
appellationis
impugnatae defensore vel
iuxta normas
sententiae intra promotore
processus
utile tempus a iustitiae
contentiosi
tribunali a quo tribunalis
oralis.
obtinere appellationis.
Can. 1632. – § nequeat, Can. 1637. – §
1. Si in interim termini 1. Appellatio
facta ab actore
appellatione non decurrunt, prodest etiam
non indicetur et convento, et
vicissim.
ad quod tribunal impedimentum
ipsa dirigatur, significandum § 2. Si plures
sunt conventi
27
3
vel actores et petendi causa, t
ab uno vel ne per modum 1° si
contra unum quidem utilis duplex
tantum ex cumulationis; intercess
ipsis sententia ideoque litis I erit inter
impugnetur, contestatio in easdem
impugnatio eo tantum De re partes
censetur ab versari potest, iudicata sententia
omnibus et ut prior conformis
contra omnes sententia vel Can. 1641. – de
facta, quoties confirmetur vel Firmo eodem
res petita est reformetur sive praescripto petito et
individua aut ex toto sive ex Can. 1643, res ex eadem
obligatio parte. iudicata causa
solidalis. habetur: petendi;
§ 2. Novae
§ 3. Si autem 2° si Numquam
probationes appellatio transeunt in rem
interponatur admittuntur adversus
ab una parte tantum ad sententia iudicatam causae
normam Can. m non de statu
super aliquo 1600. fuerit intra
sententiae tempus personarum,
Can. 1640. – In utile haud exceptis
capite, pars proposita;
gradu causis de
adversa, etsi 3° si, in
appellationis coniugum
fatalia gradu
eodem modo, appellatio separatione.
appellationis nis,
quo in prima
fuerint instantia Can. 1644. – § 1.
instantia, perempta
transacta, sit vel Si duplex
congrua
potest super eidem sententia
congruis renuntiatu
aliis capitibus m fuerit; conformis in
referendo,
incidenter 4° si lata causa de statu
procedendum
appellare intra sit personarum
est; sed, nisi sententia
terminum definitiva, prolata sit, potest
forte
peremptorium a qua non quovis tempore
complendae datur
quindecim appellatio ad tribunal
sint
dierum a die, ad appellationis
probationes, normam
quo ipsi Can. provocari, novis
statim post
appellatio 1629. iisque gravibus
litem ad
principalis Can. 1642. – § probationibus vel
normam Can. 1. Res iudicata
notificata est. argumentis intra
1513, § 1 et firmitate iuris
§ 4. Nisi aliud Can. 1639, § 1 gaudet nec peremptorium
constet, impugnari potest
appellatio contestatam, directe, nisi ad terminum triginta
praesumitur ad causae normam Can. dierum a
facta contra 1645, § 1.
omnia discussionem proposita
sententiae deveniatur et § 2. Eadem facit impugnatione
capita. ius inter partes et
ad sententiam. allatis. Tribunal
Can. 1638. – dat actionem autem
Appellatio Titulus IX iudicati atque appellationis intra
exsecutionem DE RE exceptionem rei mensem ab
sententiae IUDICATA ET iudicatae, quam exhibitis novis
suspendit. DE iudex ex officio probationibus et
Can. 1639. – RESTITUTIO quoque argumentis debet
§ 1. Salvo NE IN declarare potest decreto statuere
praescripto INTEGRUM ad impediendam utrum nova
Can. 1683, in novam eiusdem causae propositio
C
causae admitti debeat
gradu a
appellationis introductionem. necne.
non potest p
admitti nova u Can. 1643. – § 2. Provocatio
27
4
ad superius Can. 1645. – § 5° restitutionis in
1. Adversus sententia integrum
tribunal ut nova sententiam quae adversetur sententiae
causae transierit in rem praeceden exsecutionem
iudicatam, ti nondum
propositio dummodo de decisioni, inceptam
obtineatur, eius iniustitia quae in suspendit.
manifesto rem
exsecutionem constet, datur iudicatam § 2. Si tamen ex
restitutio in transierit. probabilibus
sententiae non integrum. indiciis suspicio
suspendit, nisi Can. 1646. – § sit petitionem
§ 2. De iniustitia factam esse ad
aut lex aliter 1. Restitutio in moras
autem exsecutioni
caveat aut integrum propter nectendas, iudex
manifesto
tribunal motiva, de decernere potest
constare quibus in Can. ut sententia
appellationis ad exsecutioni
normam Can. non 1645, § 2, nn. 1 demandetur,
1650, § 3 censetur, -3, petenda est a assignata tamen
suspensionem nisi: 1° iudice qui
iubeat. sententia sententiam tulit
ita intra tres
C
probationi menses a die
a
bus cognitionis
p
innitatur, eorundem
u
quae motivorum
t
computandos.
postea
I falsae § 2. Restitutio in
I deprehens
ae sint, ut integrum propter
sine illis motiva, de
D probationi
e bus pars quibus in Can.
sententiae 1645, § 2, nn. 4
dispositiva
r non et 5, petenda est
sustineatu a tribunali
e r;
s appellationis,
2° postea
t detecta intra tres menses
i fuerint a notitia
document
t a, quae publicationis
facta nova sententiae; quod
u et
t contrariam si in casu, de
decisione quo in Can.
i m
o exigentia 1645, § 2, n. 5,
indubitant notitia
n er
e probent; praecedentis
3° decisionis serius
i sententia habeatur,
ex dolo terminus ab hac
n partis
prolata notitia decurrit.
fuerit in
i damnum § 3 Termini de
alterius;
n quibus supra
t 4° legis
non mere non decurrunt,
e processua quamdiu laesus
lis
g praescript minoris sit
r um aetatis.
evidenter
u neglectum
fuerit; Can. 1647. – §
m 1. Petitio
27
5
one proposita sit, poterit, quam
restitutionem concede
petenti idonea ndis; etiam iudex exsecutorium
cautione ut, si appellationis, iudicis decretum
restituatur in 4° de
integrum, damnoru sententiae, habeatur, quo
indemnis fiat. m
refection quae nondum edicatur
Can. 1648. – e quae transierit in rem sententiam
Concessa debetur
restitutione in ab eo qui iudicatam, ipsam
integrum, non provisoriam exsecutioni
iudex solum in
pronuntiare iudicio exsecutionem mandari debere;
debet de succubuit iubere possunt quod decretum
merito causae. , sed
temere ex officio vel ad pro diversa
Titulus X litigavit; instantiam causarum
DE 5° de partis, idoneis, natura vel in
pecuniae
EXPENSIS deposito si casus ferat, ipso sententiae
vel praestitis tenore
IUDICIALI cautione
BUS ET praestand cautionibus, si includatur vel
a circa agatur de separatim
DE expensas
solvendas provisionibus edatur.
GRATUIT et damna
reficienda seu Can. 1652. – Si
O sententiae
. praestationibus exsecutio
PATROCI
§ 2. A ad praeviam
NIO rationum
pronuntiatione necessariam redditionem
Can. 1649. – sustentationem exigat, quaestio
§ 1. circa incidens
Episcopus, expensas, ordinatis, vel habetur, ab illo
cuius est alia iusta ipso iudice
tribunal honoraria et decidenda, qui
moderari, damna causa urgeat. tulit sententiam
statuat exsecutioni
normas: reficienda non § 3. Quod si mandandam.
1° de datur distincta sententia, de Can. 1653. – §
partibus appellatio, sed qua in § 2, 1. Nisi lex
damnan particularis aliud
dis ad pars recurrere impugnetur, statuat,
expensa potest intra iudex qui de sententiam
s exsecutioni
iudiciale quindecim dies impugnatione mandare debet
s ad eundem per se vel per
solvend cognoscere
as vel alium
iudicem, qui debet, si videt Episcopus
compen poterit dioecesis, in
sandas; hanc qua sententia
2° de taxationem probabiliter primi gradus
procurat emendare. fundatam esse lata est.
orum, et irreparabile
advocat Titulus XI § 2. Quod si
orum, damnum ex hic renuat vel
peritoru DE exsecutione
m et neglegat, parte
interpret EXSECUTIONE oriri posse, cuius interest
um SENTENTIAE potest vel
honorarii instante vel
s deque Can. 1650. – § exsecutionem etiam ex officio,
testium 1. Sententia
indemnit quae transiit in ipsam exsecutio
ate; rem iudicatam, suspendere vel spectat ad
3° de exsecutioni eam cautioni
mandari auctoritatem cui
gratuito potest, salvo subicere. tribunal
praescripto
patrocini Can. 1647. Can. 1651. – appellationis ad
o vel § 2. Iudex qui Non antea normam Can.
expensa sententiam tulit exsecutioni 1439, § 3
rum et, si appellatio locus esse subicitur.
deminuti
27
6
§ 3. Inter sententiae contentioso orali, 1. Si conamen
de quo in hac
religiosos tenore fuerit sectione, tractari conciliationis ad
exsecutio permissum, possunt omnes normam Can.
causae a iure
sententiae debet non exclusae, 1446, § 2 inutile
spectat ad sententiam nisi pars cesserit, iudex, si
processum
Superiorem ipsam, contentiosum aestimet libellum
ordinarium petat. aliquo
qui sententiam secundum
exsecutioni obvium § 2. Si fundamento niti,
mandandam verborum processus oralis intra tres dies,
tulit aut sensum, adhibeatur extra decreto ad
iudicem exsecutioni casus iure calcem ipsius
delegavit. mandare. permissos, actus libelli apposito,
iudiciales sunt praecipiat ut
Can. 1654. – § 2. Licet ei exemplar
§ 1. videre de nulli.
petitionis
Exsecutor, nisi exceptionibus Can. 1657. –
Processus notificetur parti
quid eius circa modum contentiosus conventae, facta
arbitrio in ipso et vim oralis fit in primo
gradu coram huic facultate
habetur. iudice unico, ad mittendi, intra
exsecutionis, normam Can.
non autem de § 2. Quod vero 1424. quindecim dies,
merito causae; attinet ad Can. 1658. – § ad cancellariam
quod si habeat actiones 1. Libellus quo lis tribunalis scriptam
introducitur, responsionem.
aliunde personales, cum praeter ea quae
compertum reus damnatus in Can. 1504 § 2. Haec
recensentur, notificatio
sententiam est ad rem debet: effectus habet
esse nullam mobilem 1° facta citationis
praestandam, vel quibus iudicialis, de
vel manifeste actoris quibus in Can.
iniustam ad ad solvendam petitiones 1512.
normam cann. pecuniam, vel innitantur,
breviter, Can. 1660. – Si
1620, 1622, ad aliud dandum integre et exceptiones
1645, abstineat aut faciendum, perspicue
exponere; partis conventae
ab exsecutione, iudex in ipso id exigant, iudex

et rem ad tenore probatione parti actrici
tribunal a quo sententiae vel s quibus
actor facta praefiniat
lata est exsecutor pro demonstra terminum ad
sententia suo arbitrio et re intendit,
quasque respondendum,
remittat, prudentia simul ita ut ex allatis
partibus terminum statuat afferre
nequit, ita utriusque partis
certioribus ad implendam indicare ut elementis ipse
factis. obligationem, qui statim
colligi a controversiae
tamen neque iudice obiectum
Can. 1655. – § possint.
1. Quod attinet infra quindecim perspectum
dies coarctetur § 2. Libello habeat.
ad reales
actiones, neque sex adnecti debent,
menses excedat. saltem in Can. 1661. – § 1.
quoties Elapsis terminis,
adiudicata actori Sectio II exemplari
de quibus in
res aliqua est, authentico,
DE PROCESSU cann. 1659 et
haec actori documenta
CONTENTIOSO 1660, iudex,
tradenda est quibus petitio perspectis actis,
ORALI
statim ac res innititur. formulam dubii
iudicata Can. 1656. – §
1. Processu Can. 1659. – § determinet; dein
27
7
ad audientiam, supplendum in causam remittat
non ultra triginta s causae tribunali quod
dies u instructione sententiam tulit.
celebrandam, b comperiatur,
s Can. 1670. – In
omnes citet qui vel aliud
i ceteris quae ad
in ea interesse exsistat quod
g rationem
debent, addita impediat
n procedendi
pro partibus sententiam rite
a attinent,
dubii formula. proferri, iudex
n serventur
illico, expleta
§ 2. In citatione d praescripta
audientia,
partes certiores a canonum de
causam
fiant se posse, e iudicio
seorsum
tres saltem ante . contentioso
decidat;
audientiam dies, ordinario.
Can. 1665. – dispositiva
aliquod breve Tribunal autem
Probationes, sententiae pars
scriptum potest suo
quae non sint statim coram
tribunali decreto, motivis
in petitione vel partibus
exhibere ad sua praedito, normis
responsione praesentibus
asserta processualibus,
allatae aut legatur.
comprobanda. quae non sint
petitae, potest § 2. Potest ad validitatem
Can. 1662. – In iudex admittere
audientia autem tribunal statutae,
primum tantum ad propter rei derogare, ut
tractantur normam Can.
quaestiones de difficultatem vel celeritati, salva
quibus in cann. 1452; aliam iustam iustitia,
1459-1464. postquam causam usque consulat.
Can. 1663. – § autem vel ad quintum
1. Probationes unus testis PARS III
utilem diem
colliguntur in auditus est, decisionem DE
audientia, salvo iudex potest differre. QUIBUSDA
praescripto tantummodo ad M
§ 3. Integer
Can. 1418. normam Can. sententiae PROCESSI
1600 novas textus, motivis BUS
§ 2. Pars expressis,
eiusque probationes quam primum, SPECIALIB
advocatus decernere. ordinarie non US
assistere ultra quindecim
possunt Can. 1666. – dies, partibus
excussioni Si in audientia notificetur. T
ceterarum probationes i
partium, testium omnes colligi Can. 1669. –
et peritorum. non potuerint, t
altera statuatur Si tribunal
Can. 1664. – u
Responsiones audientia. appellationis l
partium, testium, Can. 1667. – perspiciat in
peritorum, u
petitiones et Probationibus inferiore iudicii s
exceptiones gradu
advocatorum, collectis, fit in
redigendae sunt eadem processum I
scripto a contentiosum
notario, sed audientia DE
summatim et in oralem esse
iis tantummodo discussio PROCESSIB
adhibitum in
quae pertinent oralis. US
ad substantiam casibus a iure
rei Can. 1668. – § exclusis, MATRIMONIA
controversae, et
a deponentibus 1. Nisi ex nullitatem LIBUS
discussione sententiae C
aliquid declaret et
27
8
a Apostolicae domicilii o
reservatae,
p competentia partis
u sunt: conventa accedat
t 1° e, ipsa consensu
I tribunal audita, s
loci in consenti Vicarii
De causis
quo at;
ad matrimo 4° iudicialis
nium tribunal domicilii
matrimon
celebratu loci in
ii m est; 2° quo de partis
facto conventa
nullitatem tribunal
colligend e, qui
loci in ae sunt prius
declarand quo pars pleraequ ipsam
am Art. 1 conventa e interroget,
domiciliu num quid
De foro probation
compete m vel excipiend
nti q es, um
u
Can. 1671. – a dummod habeat.
s
Causae i cum
- A
matrimoniales d nullitas iam
baptizatorum o r divulgata
m t
iure proprio ad i est, si
c .
iudicem i matrimoniu
l 2 m
ecclesiasticum i
u De iure convalidari
spectant. m
h impugnan nequeat
Can. 1672. – a
b di aut non
Causae de e matrimoni expediat.
effectibus t
; um Can. 1675. – § 1.
matrimonii
mere civilibus 3° Can. 1674. – Matrimonium
pertinent ad tribunal quod, utroque
loci in Habiles coniuge vivente,
civilem
magistratum, quo pars sunt ad non fuit
nisi ius actrix accusatum, post
particulare domiciliu matrimo mortem
statuat m habet, alterutrius vel
dummod nium utriusque
easdem
causas, si o impugna coniugis accusari
incidenter et utraque non potest, nisi
accessorie pars in ndum: quaestio de
agantur, territorio validitate sit
eiusdem 1° praeiudicialis ad
posse a iudice
ecclesiastico Episcopo coniuge aliam solvendam
cognosci ac rum controversiam
definiri. conferen s; sive in foro
tiae canonico sive in
Can. 1673. – 2°
In causis de degat et foro civili.
matrimonii Viearius promotor
nullitate, quae iustitiae, § 2. Si autem
non sint Sedi iudicialis
27
9
coniux moriatur decreto suo document consummatione,
statuat ex officio a a
pendente et partibus partibus tribunal potest,
notificet. producta suspensa de
causa, servetur recognosc
Can. 1518. § 3. Formula ere. consensu partium
dubii non tantum
quaerat an § 2. Examini, de causa nullitatis,
A constet de
nullitate quo in § 1, n. 1, instructionem
rt
matrimonii in partes assistere complere pro
. casu, sed
determinare dispensatione
3 nequeunt. Can.
etiam debet quo super rato, ac
De capite vel quibus 1679. – Nisi tandem acta
capitibus
offici nuptiarum probationes transmittere ad
o validitas aliunde plenae Sedem
impugnetur.
iudic habeantur, Apostolicam una
um § 4. Post decem iudex, ad cum petitione
dies a partium
depositiones ad dispensationis ab
Can. 1676. – notificatione normam Can.
1536 alterutro vel
Iudex, decreti, si partes aestimandas,
antequam testes de utroque coniuge
nihil opposuerint, ipsarum partium et
causam praeses vel credibilitate, si
acceptet et fieri potest,
ponens novo adhibeat, praeter
quotiescumque decreto causae alia indicia et
spem boni adminicula.
instructionem
exitus perspicit, Can. 1680. – In
disponat. causis de
pastoralia media impotentia vel de
adhibeat, ut A consensus
coniuges, si fieri r defectu propter
mentis morbum
potest, ad t iudex unius periti
. vel plurium
matrimonium opera utatur, nisi
forte 4 ex adiunctis
inutilis evidenter
convalidandum De appareat; in
et ad ceteris causis
probati servetur
coniugalem onibus praescriptum
convictum Can. 1574.
Can. 1678. – §
restaurandum 1. Defensori A
inducantur. vinculi, partium r
patronis et, si in
Can. 1677. – § iudicio sit, etiam t
1. Libello promotori
acceptato, iustitiae ius est: .
praeses vel 5
ponens 1°
procedat ad examini De
notificationem
decreti citationis partium, sententia
ad normam et
Can. 1508. testium et
peritorum appellatio
§ 2. Transacto
termino adesse, ne
quindecim
dierum a salvo Can. 1681. –
notificatione, praescript Quoties in
praeses vel
ponens, nisi o Can. instructione
alterutra pars causae dubium
sessionem ad 1559;
litem 2° acta valde probabile
contestandam iudicialia, emerserit de non
petierit, intra etsi
decem dies nondum secuta
formulam dubii publicata, matrimonii
vel dubiorum invisere et
28
0
§ 2. Si decretum vel 6
c altera sententia
u sententia pro De
ipsis notificata
m matrimonii processu
est, nisi vetito
nullitate prolata document
v ipsi sententiae
sit in primo ali
o aut decreto
iudicii gradu, Can. 1686. –
t apposito vel ab
tribunal Recepta
o Ordinario loci
appellationis, petitione ad
statuto id
perpensis normam Can.
t prohibeatur.
animadversioni 1677 proposita,
r § 2.
bus defensoris Vicarius
i Praescripta
vinculi et, si iudicialis vel
b Can. 1644
quae sint, iudex ab ipso
u servanda sunt,
etiam partium, designatus
n etiam si
suo decreto vel potest,
a sententia, quae
decisionem praetermissis
l matrimonii
continenter sollemnitatibus
i nullitatem
s confirmet vel ordinarii
ad ordinarium declaraverit, processus sed
e examen novi non altera citatis partibus
t gradus causam sententia sed et cum
admittat. decreto interventu
E Can. 1683. – confirmata sit. defensoris
p Si in gradu vinculi,
appellationis Can. 1685. –
i novum nullitatis matrimonii
Statim ac
s matrimonii nullitatem
caput afferatur, sententia facta
c tribunal potest, sententia
est exsecutiva,
o tamquam in declarare, si ex
prima instantia, Vicarius
p illud admittere documento,
iudicialis debet
i et de eo quod nulli
iudicare. eandem
. contradictioni
notificare
Can. 1684. – § vel exceptioni
Can. 1682. – Ordinario loci
1. Postquam sit obnoxium,
§ 1. Sententia, in quo
sententia, quae certo constet de
quae matrimonium
matrimonii exsistentia
matrimonii celebratum est.
nullitatem impedimenti
nullitatem Is autem curare
primum dirimentis vel de
primum debet ut quam
declaravit, in defectu
declaraverit, primum de
gradu legitimae
una cum decreta
appellationis formae,
appellationibus nullitate
confirmata est dummodo pari
, si quae sint, matrimonii et
vel decreto vel certitudine
et ceteris de vetitis forte
altera pateat
iudicii actis, statutis in
sententia, ii, dispensationem
intra viginti matrimoniorum
quorum datam non
dies a et baptizatorum
matrimonium esse, aut de
sententiae libris mentio
declaratum est defectu validi
publicatione ad fiat.
nullum, mandati
tribunal possunt novas A
appellationis procuratoris.
nuptias r
ex officio contrahere t Can. 1687. – §
transmittatur. statim ac . 1. Adversus
28
1
hanc tramitem iuris; alteram et erga attinent,
declarationem quo in casu prolem, ad applicandi sunt,
defensor eam remittit ad sustentationem nisi rei natura
vinculi, si tribunal primae et educationem obstet, canones
prudenter instantiae. praestandam. de iudiciis in
existimaverit A Can. 1690. – genere et de
vel vitia de Causae ad iudicio
quibus in Can. matrimonii
r nullitatem contentioso
1686 vel declarandam ordinario,
t nequeunt
dispensationis processu servatis
defectum non contentioso specialibus
. orali tractari.
esse certa, normis circa
appellare Can. 1691. – In causas de statu
debet ad 7 ceteris quae ad personarum et
iudicem rationem causas ad
secundae procedendi bonum
instantiae, ad N
quem acta publi c
o cum o
sunt C
transmittenda r spect n
quique scripto ante v
monendus est m s. e
agi de n
a
processu t
documentali. e a
§ 2. Integrum
manet parti, i
quae se g u
gravatam
putet, ius v
appellandi. e e
Can. 1688. n t
– Iudex u
alterius e r
instantiae, .
r
cum Can. 1702.
interventu a – In
defensoris instructione
vinculi et l
uterque
auditis coniux
e
partibus, audiatur et
decernet s serventur,
eodem modo, quatenus
de quo in Can. 1689. – In
sententia fieri pos sit,
Can. 1686, canones de
utrum partes
moneantur de probationibu
sententia sit s
confirmanda, obligationibus D ti
e o
an potius moralibus vel c ni
a s
procedendum etiam civilibus, u c
si o
quibus forte ni
in causa sit s u
teneantur, s g
iuxta e u
p m
ordinarium altera erga ar
a Can. 1692. – §
28
2
1. Separatio 1. Nisi qua pars iustitiae, ad instruction
personalis vel promotor normam Can. em
coniugum iustitiae 1433. disponere
baptizatorum, processum C debet.
nisi aliter pro contentiosum a § 2. Si tamen
locis ordinarium casus propositus
p speciales habeat
particularibus petant, u difficultates
legitime processus ordinis iuridici vel
t moralis,
provisum sit, contentiosus II Episcopus
decerni potest oralis dioecesanus
I consulat Sedem
Episcopi adhibeatur. Apostolicam.
dioecesani § 2. Si De processu ad § 3. Adversus
decreto vel processus dispensatione decretum quo
contentiosus Episcopus
iudicis sententia ordinarius m super libellum reicit,
ad normam adhibitus sit et matrimonio patet recursus ad
appellatio Sedem
canonum qui proponatur, rato et non Apostolicam.
sequuntur. tribunal secundi consummato
gradus ad Can. 1700. – § 1.
§ 2. Ubi decisio normam Can. Can. 1697. – Firmo praescripto
1682, § 2 Soli coniuges,
ecclesiastica procedat, vel alteruter, Can. 1681, horum
effectus civiles servatis quamvis altero processuum
servandis. invito, ius habent
non sortitur, vel petendi gratiam instructionem
Can. 1694. – dispensationis
si sententia Quod attinet ad committat
tribunalis super
civilis matrimonio rato Episcopus,
competentiam, et non
praevidetur non serventur consummato. stabiliter vel in
contraria iuri praescripta Can. singulis casibus,
1673. Can. 1698. – §
divino, 1. Una Sede tribunali suae vel
Episcopus Can. 1695. – Apostolica alienae dioecesis
Iudex, antequam cognoscit de
dioecesis facto aut idoneo
commorationis causam acceptet incomsummation sacerdoti.
et is matrimonii et
coniugum de exsistentia
poterit, quotiescumque iustae causae ad § 2. Quod si
spem boni dispensationem introducta sit
perpensis concedendam.
peculiaribus exitus perspicit, petitio iudicialis
§ 2. Dispensatio ad declarandam
adiunctis, pastoralia media
vero ab uno nullitatem
licentiam adhibeat, ut
coniuges Romano eiusdem
concedere
adeundi forum concilientur et ad Pontifice matrimonii,
civile. coniugalem conceditur. Can. instructio ad idem
convictum 1699. – § 1. tribunal
§ 3. Si causa Competens ad committatur.
restaurandum
versetur etiam
inducantur. accipiendum Can. 1701. – § 1.
circa effectus In his
mere civiles Can. 1696. – libellum, quo processibus
petitur semper
matrimonii, Causae de dispensatio, est intervenire debet
satagat iudex coniugum Episcopus vinculi defensor.
dioecesanus
ut, servato separatione ad domicilii vel § 2. Patronus non
quasi-domicilii admittitur, sed,
praescripto § 2, publicum quoque oratoris, qui, si propter casus
causa inde ab bonum spectant; constiterit de difficultatem,
fundamento Episcopus
initio ad forum ideoque iis permittere potest
precum, ut iurisperiti opera
civile deferatur. interesse
processu orator vel pars
semper debet
Can. 1693. – § s
promotor
28
3
colligendis in instructio vero votum matrimonii
iudicio
contentioso processus Episcopi, solutus non
ordinario et in commissa sit invisere in sede habeatur, nisi
causis de
matrimonii alieno tribunali tribunalis ad post
nullitate, ad normam perpendendum declarationem
dummodo cum
horum Can. 1700, num quid grave de morte
processuum animadversione adduci possit praesumpta ab
indole componi
queant. s pro vinculo in ad petitionem Episcopo
Can. 1703. – eodem foro denuo dioecesano
§ 1. Non fit conficiantur, proponendam. prolatam.
publicatio sed votum de Can. 1706. – § 2.
actorum; iudex quo in § 1 Rescriptum Declarationem,
spectat ad dispensationis de qua in § 1,
tamen, si
Episcopum a Sede Episcopus
conspiciat
committentem, Apostolica dioecesanus
petitioni partis
cui instructor transmittitur ad tantummodo
oratricis vel
simul cum actis Episcopum; is proferre valet
exceptioni
aptam vero rescriptum si, peractis
partis
relationem partibus opportunis
conventae
tradat. notificabit et investigationibus
grave
obstaculum Can. 1705. – § praeterea , ex testium
obvenire ob 1. Acta omnia parocho tum depositionibus,
adductas Episcopus una loci contracti ex fama aut ex
probationes, id cum suo voto et matrimonii tum indiciis moralem
parti cuius animadversionib suscepti certitudinem de
interest us defensoris baptismi quam coniugis obitu
prudenter vinculi primum obtinuerit. Sola
patefaciat. transmittat ad mandabit, ut in coniugis
§ 2. Parti Sedem libris absentia,
instanti Apostolicam. matrimoniorum quamvis
documentum et baptizatorum diuturna, non
allatum vel § 2. Si, iudicio
testimonium Apostolicae de concessa sufficit.
receptum Sedis, dispensatione
iudex requiratur § 3. In casibus
ostendere supplementum mentio fiat. incertis et
poterit et instructionis, id implexis
tempus Episcopo Caput IV Episcopus
praefinire ad significabitur, Sedem
deductiones indicatis De processu Apostolicam
exhibendas. elementis circa consulat.
quae instructio praesumptae
Can. 1704. – § complenda est. Titulus II
1. Instructor, mortis
peracta § 3. Quod si coniugis DE CAUSIS
instructione,
omnia acta Apostolica Can. 1707. – § AD SACRAE
cum apta Sedes ORDINATION
relatione 1. Quoties
deferat ad rescripserit ex coniugis mors IS
Episcopum, deductis non
qui votum pro authentico NULLITATEM
rei veritate constare de documento DECLARAND
promat tum inconsummatio
super facto ecclesiastico AM
inconsummatio ne, tunc vel civili
nis tum super iurisperitus de Can. 1708. –
iusta causa ad comprobari
dispensandum quo in Can. Validitatem
et gratiae nequit, alter sacrae
opportunitate. 1701, § 2 coniux a
potest acta ordinationis ius
§ 2. Si vinculo
processus, non habent
28
4
accusandi competentem Can. 1713. – Ad Can. 1716. – § 1.
sive ipse Congregatione evitandas Si lex civilis
iudiciales
clericus sive m, quae contentiones arbitrali
Ordinarius, cui decernet utrum transactio seu sententiae vim
reconciliatio
clericus subest causa ab ipsa utiliter adhibetur, non agnoscat,
vel in cuius Curiae aut controversia nisi a iudice
iudicio unius vel
dioecesi Romanae plurium confirmetur,
ordinatus est. Congregatione arbitrorum sententia
committi potest.
an a tribunali arbitralis de
Can. 1709. – Can. 1714. – De
ab ea controversia
§ 1. Libellus transactione, de
designato sit ecclesiastica, ut
mitti debet ad compromisso,
agenda. vim habeat in
deque iudicio foro canonico,
§ 2. Misso omnibus
arbitrali confirmatione
libello, clericus obligationibus
serventur indiget iudicis
ordines liberatur.
normae a ecclesiastici loci,
exercere ipso T partibus selectae in quo lata est.
iure vetatur. i vel, si partes
Can. 1710. – t nullas selegerint, § 2. Si autem lex
Si Congregatio u lex ab civilis admittat
l Episcoporum sententiae
causam ad
u conferentia lata, arbitralis coram
tribunal civili iudice
s si qua sit, vel lex
remiserit, impugnationem,
serventur, nisi civilis vigens in
rei natura I loco ubi in foro canonico
obstet, canones I eadem
de iudiciis in conventio initur.
genere et de I impugnatio
iudicio Can. 1715. – § proponi potest
contentioso D 1. Nequit
ordinario, salvis E coram iudice
praescriptis transactio aut ecclesiastico, qui
huius tituli. compromissum
M in primo gradu
Can. 1711. – In valide fieri circa competens est ad
his causis O
ea quae ad controversiam
defensor vinculi D
bonum publicum iudicandam.
iisdem gaudet I
pertinent,
iuribus S P
aliaque de
iisdemque quibus libere A
E R
tenetur officiis, disponere partes
V S
quibus non possunt.
I
defensor vinculi I
T § 2. Si agitur de
matrimonialis. V
A bonis
Can. 1712. – N ecclesiasticis D
Post secundam D temporalibus, E
sententiam, I serventur,
quae nullitatem quoties materia P
sacrae I id postulat, R
ordinationis U sollemnitates O
confirmavit, D iure statutae pro C
clericus omnia I rerum E
iura statui C ecclesiasticarum S
clericali propria I alienatione. S
amittit et ab A U
28
5
inquisitio omnino 1,
P superflua e p
O videatur. x e
E p r
§ 2. Cavendum i
N e
est ne ex hac t
A di
investigatione o
L at
I bonum s
;
cuiusquam .
Caput I 3° utrum
nomen in processus § 4. Antequam
D discrimen iudicialis
sit ad normam § 1
e vocetur. adhibendu decernat,
s an, nisi
§ 3. Qui lex vetet, consideret
p investigationem sit
agit, easdem procedend Ordinarius num,
r habet, quas um per ad vitanda
a auditor in decretum
processu, extra inutilia iudicia,
e potestates et iudicium. expediat ut,
v obligationes;
idemque nequit, § 2. Ordinarius partibus
i si postea decretum, de consentientibus,
a iudicialis quo in § 1,
processus revocet vel vel ipse vel
promoveatur, in mutet, quoties ex investigator
eo iudicem novis elementis
i agere. aliud sibi quaestionem de
n decernendum damnis ex bono
Can. 1718. – § videtur.
v 1. Cum satis et aequo
e collecta § 3. In ferendis
videantur dirimat.
s elementa, decretis, de
t decernat quibus in §§ 1 Can. 1719. –
Ordinarius: Investigationis
i 1° num et 2, audiat
g processus Ordinarius, si acta et Ordinarii
a ad decreta, quibus
poenam prudenter
t irroganda investigatio
censeat, duos
i m vel initur vel
declarand iudices aliosve
o am clauditur, eaque
promoveri iuris omnia quae
n possit;
e investigationem
2 praecedunt, si
Can. 1717. – § ° necessaria non
1. Quoties n sint ad
Ordinarius u poenalem
notitiam, saltem m processum, in
veri similem, id secreto curiae
habet de , archivo
delicto, caute at custodiantur.
inquirat, per se te
vel per aliam Caput II
nt
idoneam o De
personam, C processus
circa facta et a evolutione
circumstantias n. Can. 1720. –
et circa 1 Si Ordinarius
imputabilitatem, censuerit per
3 decretum extra
nisi haec 4 iudicium esse
procedendum:
28
6
1° reo facto. imponere vel Renuntiatio, ut
accusati interdicere valeat, debet a
onem Can. 1721. – §
atque commoratione reo acceptari,
probatio 1. Si
m in aliquo loco nisi ipse sit a
nes, Ordinarius
data vel territorio, iudicio absens
facultate decreverit
vel etiam declaratus.
sese processum
defende publicam
ndi, poenalem Can. 1725. – In
sanctissimae causae
significe iudicialem esse discussione,
t, nisi Eucharistiae
reus, ineundum, acta sive scripto
rite participationem haec fit sive ore,
investigationis accusatus
vocatus, prohibere; semper ius
compar promotori
ere quae omnia, habeat ut ipse
iustitiae tradat, vel eius
neglexer causa advocatus vel
it; qui cessante, sunt procurator
accusationis revocanda, postremus
2° scribat vel
libellum iudici eaque ipso iure
probatio loquatur.
ad normam finem habent,
nes et cann. 1502 et Can. 1726. – In
argume cessante quolibet
1504 exhibeat. poenalis iudicii
nta processu gradu et stadio,
§ 2. Coram poenali. si evidenter
omnia tribunali constet
cum superiore Can. 1723. – § delictum non
partes actoris esse a reo
duobus gerit promotor 1. Iudex reum patratum, iudex
iustitiae apud citans debet debet id
assess illud tribunal sententia
oribus constitutus. eum invitare ad declarare et
advocatum, ad reum absolvere,
accurat Can. 1722. – etiamsi simul
e Ad scandala normam Can. constet
actionem
perpen praevenienda, 1481, § 1, intra criminalem esse
ad testium terminum ab extinctam.
dat;
libertatem ipso iudice Can. 1727. – §
3° Si de praefinitum, sibi
protegendam 1.
delicto constituendum.
et ad iustitiae Appellationem
certo
cursum § 2. Quod si proponere
constet reus non
tutandum, providerit, potest reus,
neque iudex ante litis
potest etiam si
actio contestationem
Ordinarius, advocatum sententia ipsum
criminali ipse nominet,
audito ideo tantum
s sit tamdiu in
promotore munere dimiserit, quia
extincta, iustitiae et mansurum poena erat
decretu quamdiu reus
citato ipso sibi advocatum facultativa, vel
m ferat accusato, in non constituerit. quia iudex
ad quolibet Can. 1724. – § potestate usus
normam processus 1. In quolibet
iudicii gradu est, de qua in
cann. stadio renuntiatio cann. 1344 et
1342- accusatum a instantiae fieri
potest a 1345.
1350, sacro promotore
expositi iustitiae, § 2. Promotor
ministerio vel mandante vel iustitiae
s, ab aliquo consentiente appellare potest
breviter Ordinario, ex quoties censet
officio et cuius scandali
saltem, munere deliberatione reparationi vel
rationibu processus iustitiae
ecclesiastico promotus est. restitutioni satis
s in iure arcere, ei provisum non
§ 2. esse.
et in
28
7
Can. 1728. – canonum huius potest iudex NDIS
iudicium de
§ 1. Salvis tituli, in damnis differre S
praescriptis usque dum
sententiam e
definitivam in
iudicio poenali iudicio poenali c
r protulerit. t
applicandi sunt, e
nisi rei natura § 2. Iudex, qui ita i
p o
obstet, canones a egerit, debet,
de iudiciis in postquam I
r
genere et de a sententiam tulerit DE RECURSU
iudicio n in poenali ADVERSUS
contentioso d iudicio, de DECRETA
ordinario, a damnis ADMINISTRATIV
servatis cognoscere, A
specialibus Can. 1729. – § etiamsi iudicium
norms de causis 1. Pars laesa poenale propter Can. 1732. –
quae ad bonum potest actionem propositam Quae in
publicum contentiosam ad impugnationem canonibus huius
spectant. damna adhuc pendeat, sectionis de
reparanda ex vel reus decretis
§ 2. Accusatus
ad confitendum delicto sibi illata absolutus sit statuuntur,
delictum non in ipso poenali propter causam eadem
tenetur, nec ipsi
iusiurandum iudicio exercere, quae non applicanda sunt
deferri potest. ad omnes
ad normam Can. auferat
C 1596. obligationem administrativos
a § 2. Interventus reparandi damna. actus singulares,
p partis laesae, de qui in foro
quo in § 1, non Can. 1731. –
u amplius externo extra
admittitur, si Sententia lata in
t iudicium dantur,
factus non sit in poenali iudicio,
primo iudicii iis exceptis, qui
I poenalis gradu. etiamsi in rem
ab ipso Romano
I iudicatam
§ 3. Appellatio in Pontifice vel ab
I transierit, nullo
causa de damnis ipso Concilio
modo ius facit
D fit ad normam Oecumenico
erga partem
e cann. 1628- ferantur.
laesam, nisi
1640, etiamsi haec intervenerit Can. 1733. – § 1.
a appellatio in ad normam Can. Valde optandum
c poenali iudicio est ut, quoties
1729.
t fieri non possit; quis gravatum se
i quod si utraque PARS V decreto putet,
o appellatio, licet DE RATIONE vitetur inter
n a diversis PROCEDEND ipsum et decreti
e partibus, I IN auctorem
proponatur, RECURSIBU contentio atque
a unicum fiat S inter eos de
d iudicium ADMINISTR aequa solutione
appellationis, ATIVIS quaerenda
d salvo praescripto ATQUE IN communi consilio
a Can. 1730. curetur, gravibus
PAROCHIS
m Can. 1730. – § AMOVENDIS quoque personis
n 1. Ad nimias ad mediationem
poenalis iudicii VEL
a moras vitandas TRANSFERE et studium forte
28
8
adhibitis, ita ut ipse Superior, § 2. Petitio decretum
per idoneam qui de recursu fieri debet intra , quo
viam videt, peremptorium recursus
terminum
controversia recurrentem et decem dierum hierarchic
praecaveatur decreti auctorem utilium a us
decreto
vel dirimatur. hortetur, legitime deciditur,
quotiescumque intimato.
§ 2. nisi
Episcoporum spem boni § decisio
conferentia exitus perspicit, data sit
ad eiusmodi 3 ab
statuere potest .
ut in unaquaque solutiones Episcopo;
dioecesi officium quaerendas. N 3° de
quoddam vel Can. 1734. – § o recursibu
consilium 1. Antequam r s
stabiliter quis recursum m proponen
constituatur, cui, proponat, debet a dis ad
secundum decreti e normam
normas ab ipsa revocationem vel
§ cann. 57
conferentia emendationem
§ et 1735.
statuendas, scripto ab ipsius
munus sit auctore petere; Can. 1735. – Si
1
aequas qua petitione intra triginta
solutiones proposita, etiam e dies, ex quo
quaerere et suspensio t petitio, de qua
suggerere; exsecutionis eo in Can. 1734,
quod si ipso petita 2 ad auctorem
conferentia id intellegitur. decreti pervenit,
n
non iusserit, is novum
o
potest decretum
n
Episcopus intimet, quo vel
eiusmodi v prius emendet
consilium vel a vel petitionem
officium l reiciendam esse
constituere. e decernat,
n termini ad
§ 3. Officium recurrendum
vel consilium, t
: decurrunt ex
de quo in § 2, novi decreti
tunc praecipue 1° de
recursu intimatione; si
operam navet, propone autem intra
cum revocatio ndo ad
Episcopu triginta dies nihil
decreti petita m decernat,
est ad normam adversus
decreta termini
Can. 1734, lata ab decurrunt ex
neque termini auctoritat
ibus, tricesimo die.
ad recurrendum quae ei
subsunt; Can. 1736. – §
sunt elapsi;
quod si 2° de 1. In iis
adversus recursu materiis, in
decretum propone quibus recursus
recursus ndo hierarchicus
propositus sit, adversus suspendit
28
9
decreti an revocanda. autem casibus semper tamen
exsecutionem, § 4. Si nullus decurrunt ad potest Superior
idem efficit recursus intra normam Can. iubere ut
statutum
etiam petitio, terminum 1735. recurrens ipse
de qua in Can. adversus compareat ut
decretum § 3. Etiam in
1734. proponatur, interrogetur.
suspensio casibus, in
§ 2. In ceteris exsecutionis, quibus Can. 1739. –
ad normam § 1 Superiori, qui de
casibus, nisi vel § 2 interim recursus non recursu videt,
intra decem effecta, eo ipso suspendit ipso licet, prout
cessat. casus ferat, non
dies, ex quo iure decreti solum decretum
petitio de qua Can. 1737. – § exsecutionem confirmare vel
irritum
in Can. 1734 1. Qui se neque declarare, sed
decreto suspensio ad etiam
ad ipsum rescindere,
auctorem gravatum esse normam Can. revocare, vel, si
contendit, 1736, § 2 id Superiori
decreti magis expedire
pervenit, is potest ad decreta est, videatur,
Superiorem potest tamen emendare,
exsecutionem subrogare, ei
suspendenda hierarchicum gravi de causa obrogare.
m decreverit, eius, qui Superior iubere Sectio II
potest decretum tulit, ut exsecutio
DE
suspensio propter suspendatur, PROCEDU
interim peti ab quodlibet cauto tamen ne RA IN
PAROCHIS
eius Superiore iustum quid salus AMOVENDI
hierarchico, motivum animarum S VEL
TRANSFER
qui eam recurrere; detrimenti ENDIS
decernere recursus capiat.
C
potest proponi potest Can. 1738. –
coram ipso a
gravibus Recurrens p
tantum de decreti auctore, semper ius
qui eum statim u
causis et habet t
cauto semper ad advocatum vel
ne quid salus competentem procuratorem
Superiorem I
animarum adhibendi,
detrimenti hierarchicum vitatis inutilibus De modo
capiat. transmittere moris; immo procedendi
debet. vero patronus in amotione
§ 3. Suspensa parochorum
decreti § 2. Recursus ex officio
proponendus constituatur, si Can. 1740. –
exsecutione Cum alicuius
ad normam § est intra recurrens parochi
peremptorium patrono careat ministerium ob
2, si postea aliquam
recursus terminum et Superior id causam, etiam
quindecim necessarium citra gravem
proponatur, is ipsius culpam,
dierum utilium, censeat; noxium aut
qui de saltem
recursu videre qui in casibus legitime amoveri
debet, ad de quibus in inefficax evadat, potest, hae
Can. 1734, § 3 potest ipse ab praesertim sunt:
normam Can. Episcopo
decurrunt ex dioecesano a 1° modus
1737, § 3 paroecia agendi qui
decernat die quo amoveri. ecclesiastic
decretum ae
utrum Can. 1741. – communion
suspensio sit intimatum est, Causae, ob i grave
in ceteris quas parochus detrimentu
confirmanda a sua paroecia m vel
29
0
perturbati adesse causam responderit, si opus sit,
onem
afferat; de qua in Can. Episcopus iteret instructione
2° 1740, Episcopus invitationem , una
imperitia rem discutiat prorogando
aut
permane cum duobus tempus utile ad
ns mentis parochis, e respondendum.
vel
corporis coetu ad hoc
infirmitas, § 2. Si
stabiliter, a
quae Episcopo
parochum consilio
suis constiterit
presbyterali
muneribu parochum
s utiliter constituto,
obeundis Episcopo alteram
imparem invitationem
reddunt; proponente,
selectis; quod si recepisse, non
3° bonae autem
existimati exinde censeat
onis respondisse etsi
amissio ad amotionem
penes esse nullo
probos et impedimento
graves deveniendum,
paroecian causa et detentum, aut si
os vel parochus
aversio in argumentis ad
parochum validitatem renuntiationem
, quae nullis adductis
praevidea indicatis,
ntur non parocho paterne motivis recuset,
brevi Episcopus
cessatura suadeat ut intra
e; tempus decretum
4° gravis quindecim amotionis ferat.
neglectus dierum renuntiet. Can. 1745. – Si
vel § 2. De parochis vero parochus
qui sunt sodales causam
violatio of instituti religiosi
ficiorum aut societatis adductam
vitae eiusque rationes
paroeciali apostolicae,
um quae servetur oppugnet,
praescriptum
post Can. 682, § 2. motiva allegans
monitione quae
Can. 1743. –
m insufficientia
Renuntiatio a
persistat; Episcopo
parocho fieri
videantur, hic ut
5° mala potest non solum
rerum valide agat:
temporali pure et
um simpliciter, sed 1° invitet
administr illum ut,
atio cum etiam sub inspectis
gravi actis, suas
condicione, impugnatio
Ecclesiae nes in
damno, dummodo haec
quoties relatione
ab Episcopo scripta
huic malo colligat,
aliud legitime immo
remedium acceptari possit probatione
afferri s in
nequeat. et reapse contrarium
acceptetur. , si quas
Can. 1742. – § habeat,
1. Si ex Can. 1744. – § afferat;
instructione 1. Si parochus 2° deinde,
peracta intra praestitutos completa,
constiterit dies non
29
1
relinquere bonum censeat,
cum paroecialem animarum vel paternas
iisdem domum, et Ecclesiae exhortationes
parochis omnia quae ad necessitas aut parocho iteret.
de paroeciam utilitas postulet,
quibus Can. 1751. – §
pertinent ei ut parochus a 1. His peractis,
in Can. tradere, cui sua, quam
1742, § si adhuc et
Episcopus utiliter regit, ad parochus renuat
1, nisi paroeciam aliam
alii et Episcopus
commiserit. paroeciam aut putet
propter ad aliud
illorum § 2. Si autem translationem
de infirmo officium esse faciendam,
impossib transferatur,
ilitatem agatur, qui e hic decretum
paroeciali Episcopus translationis
sint eidem
designa domo sine ferat, statuens
incommodo translationem paroeciam,
ndi, rem scripto
perpend nequeat alio elapso
transferri, proponat ac praefinito
at; suadeat ut pro
Episcopus tempore, esse
3° Dei atque
tandem eidem relinquat vacaturam.
statuat eius usum animarum § 2. Hoc
utrum amore tempore
parochu etiam inutiliter
s sit exclusivum, consentiat. transacto,
amoven paroeciam
dus eadem Can. 1749. –
necne, Si parochus vacantem
et mox necessitate consilio ac declaret.
decretu durante. suasionibus Can. 1752. – In
m de re Episcopi causis
ferat. § 3. Pendente obsequi non translationis
intendat, applicentur
Can. 1746. – recursu rationes in praescripta
scriptis canonis 1747,
Amoto adversus exponat. servata
parocho, amotionis aequitate
Can. 1750. – canonica et
Episcopus decretum,
Episcopus, si, prae oculis
consulat sive Episcopus non habita salute
non obstantibus animarum, quae
assignatione potest novum
allatis rationibus, in Ecclesia
alius officii, si parochum suprema
iudicet a semper lex
ad hoc nominare, sed esse debet.
proposito non
idoneus sit, per
esse
sive pensione, administratore
recedendum,
prout casus m paroecialem
cum duobus
ferat et interim
parochis ad
adiuncta provideat.
normam Can.
permittant. Caput II 1742, § 1
Can. 1747. – § De modo selectis,
1. Parochus procedend rationes
amotus debet i in perpendat quae
a parochi translation translationi
munere e faveant vel
exercendo parochoru obstent; quod si
abstinere, m exinde
quam primum translationem
liberam Can. 1748. – Si peragendam
29
2
CÓDIGO DE DIREITO
CANÔNICO

INDEX

LIBER I
DE NORMIS GENERALIBUS
(Can. 1-203) Titulus I – DE
LEGIBUS ECCLESIASTICIS (Can.
7-22)
Titulus II – DE CONSUETUDINE (Can. 23-28)
Titulus III – DE DECRETIS GENERALIBUS ET DE
INSTRUCTIONIBUS (Can. 29-34) Titulus IV – DE
ACTIBUS ADMINISTRATIVIS SINGULARIBUS (Can.
35-93)
Caput I – Normae communes (Can. 35-47)
Caput II – De decretis et praeceptis
singularibus (Can. 48-58) Caput III – De
rescriptis (Can. 59-75)
Caput IV – De privilegiis (Can. 76-84)
Caput V – De dispensationibus (Can. 85-93)
Titulus V – DE STATUTIS ET
ORDINIBUS (Can. 94-95) Titulus VI – DE
PERSONIS PHYSICIS ET IURIDICIS (Can.
96-123)
Caput I – De personarum physicarum condicione
canonica (Can. 96-112) Caput II – De personis
iuridicis (Can. 113-123)
Titulus VII – DE ACTIBUS IURIDICIS
(Can. 124-128) Titulus VIII – DE
POTESTATE REGIMINIS (Can. 129-
144) Titulus IX – DE OFFICIIS
ECCLESIASTICIS (Can. 145-196)
CÓDIGO DE DIREITO
CANÔNICO
Caput I – De provisione officii
ecclesiastici (Can. 146-183) Art.
1 – De libera collatione (Can.
157)
Art. 2 – De praesentatione
(Can. 158-163) Art. 3 – De
electione (Can. 164-179)
Art. 4 – De postulatione (Can. 180-183)
Caput II – De amissione officii ecclesias
tici (Can. 184-196) Art. 1 – De
renuntiatione (Can. 187-189)
Art. 2 – De translatione
(Can. 190-191) Art. 3 –
De amotione (Can. 192-
195) Art. 4 – De
privatione (Can. 196)
Titulus X – DE PRAESCRIPTIONE
(Can. 197-199) Titulus XI – DE
TEMPORIS SUPPUTATIONE (Can. 200-
203)
LIBER II
DE POPULO DEI
(Can. 204-746)
PARS I
DE CHRISTIFIDELIBUS (Can. 204-329)
Titulus I – DE OMNIUM CHRISTIFIDELIUM
OBLIGATIONIBUS ET IURIBUS (Can. 208-223) Titulus II –
DE OBLIGATIONIBUS ET IURIBUS CHRISTIFIDELIUM
LAICORUM (Can. 224-231) Titulus III – DE MINISTRIS
SACRIS SEU DE CLERICIS (Can. 232-293)
Caput I – De clericorum institutione (Can. 232-264)
Caput II – De clericorum adscriptione seu
incardinatione (Can. 265-272) Caput III – De
CÓDIGO DE DIREITO
clericorum obligationibus CANÔNICO
et iuribus (Can. 273-
289)
Caput IV – De amissione status clericalis (Can. 290-293)
CÓDIGO DE DIREITO
CANÔNICO

Titulus IV – DE PRAELATURIS
PERSONALIBUS (Can. 294-297) Titulus V –
DE CHRISTIFIDELIUM CONSOCIATIONIBUS
(Can. 298-329)
Caput I – Normae communes (Can. 298-311)
Caput II – De christifidelium consociationibus
publicis (Can. 312-320) Caput III – De
christifidelium consociationibus privatis (Can.
321-326) Caput IV – Normae speciales de
laicorum consociationibus. 327-329)
PARS II
DE ECCLESIAE CONSTITUTIONE
HIERARCHICA (Can. 330-572) Sectio I: DE
SUPREMA ECCLESIAE AUCTORITATE
(Can. 330-367)
Caput I – De Romano Pontifice deque Collegio
Episcoporum (Can. 330-341)
Art. 1 – De Romano Pontífice
(Can. 331-335) Art. 2 – De
Collegio Episcoporum (Can.
336-341)
Caput II – De synodo Episcoporum
(Can. 342-348) Caput III – De
S.R.E. Cardinalibus (Can. 349-
359) Caput IV – De Curia Romana
(Can. 360-361)
Caput V – De Romani Pontificis Legatis (Can. 362-367)
Sectio II: DE ECCLESIIS PARTICULARIBUS DEQUE EARUNDEM
COETIBUS (Can. 368-572)
Titulus I – DE ECCLESIIS PARTICULARIBUS ET DE AUCTORITATE
IN IISDEM CONSTITUTA (Can. 368-430)
Caput I – De Ecclesiis
particularibus (Can. 368-374)
CÓDIGO DE DIREITO
CANÔNICO
Caput II – De Episcopis (Can. 375-
411)
Art. 1 – De Episcopis in genere
(Can. 375-380) Art. 2 – De
Episcopis dioecesanis (Can.
381-402)
Art. 3 – De Episcopis coadiutoribus et
auxiliaribus (Can. 403-411) Caput III – De sede
impedita et de sede vacante (Can. 412-430)
Art. 1 – De sede impedita (Can. 412-415)
Art. 2 – De sede vacante (Can. 416-430)
Titulus II – DE ECCLESIARUM PARTICULARIUM COETIBUS (Can.
431-459)
Caput I – De provinciis ecclesiasticis et de regionibus
ecclesiasticis (Can. 431-434) Caput II – De Metropolitis
(Can. 435-438)
Caput III – De conciliis particularibus
(Can. 439-446) Caput IV – De
Episcoporum conferentiis (Can. 447-
459)
Titulus III – DE INTERNA ORDINATIONE ECCLESIARUM
PARTICULARIUM (Can. 460-572)
Caput I – De synodo dioecesana
(Can. 460-468) Caput II – De curia
dioecesana (Can. 469-494)
Art. 1 – De Vicariis generalibus et episcopalibus
(Can. 475-481)
Art. 2 – De cancellario aliisque notariis et de
archivis (Can. 482-491)
Art. 3 – De consilio a rebus oeconomicis et de
oeconomo (Can. 492-494) Caput III – De consilio
presbyterali et de collegio consultorum (Can. 495-502)
Caput IV - De canonicorum
capitulis (Can. 503-510) Caput V -
CÓDIGO DE DIREITO
CANÔNICO
De consilio pastorali (Can. 511-
514)
Caput VI - De paroeciis, de parochis et de vicariis
paroecialibus (Can. 515-552)
Caput VII – De vicariis foraneis (Can. 553-555)
Caput VIII – De ecclesiarum rectoribus et de
cappellanis (Can. 556-572) Art. 1 – De
ecclesiarum rectoribus (Can. 556-563)
Art. 2 – De cappellanis
(Can. 564-572)
PARS III
DE INSTITUTIS VITAE CONSECRATAE ET DE SOCIETATIBUS
VITAE APOSTOLICAE (Can. 573-746) Sectio I: DE INSTITUTIS
VITAE CONSECRATAE (Can. 573-730)
Titulus I – NORMAE COMMUNES OMNIBUS INSTITUTIS VITAE
CONSECRATAE (Can. 573-606) Titulus II – DE INSTITUTIS
RELIGIOSIS (Can. 607-709)
Caput I – De domibus religiosis earumque erectione et
suppressione (Can. 608-616)
Caput II – De institutorum regimine (Can. 617-640)
Art. 1 – De Superioribus et consiliis
(Can. 617-630) Art. 2 – De
capitulis (Can. 631-633)
Art. 3 – De bonis temporalibus eorumque
administratione (Can. 634-640) Caput III – De
candidatorum admissione et de sodalium institutione
(Can. 641-661)
Art. 1 – De admissione in novitiatum (Can. 641-
645)
Art. 2 – De novitiatu et novitiorum
institutione (Can. 646-653) Art. 3 – De
professione religiosa (Can. 654-658)
Art. 4 – De religiosorum institutione (Can. 659-
661)
Caput IV – De institutorum eorumque sodalium
obligationibus et iuribus (Can. 662-672) Caput V – De
apostolatu institutorum (Can. 673-683)
Caput VI – De separatione sodalium ah
instituto (Can. 684-704) Art. 1 –
De transitu ad aliud institutum
(Can. 684-685) Art. 2 – De
egressu ab instituto (Can. 686-
693)
Art. 3 – De dimissione sodalium (Can. 694-704)
Caput VII – De religiosis ad episcopatum
evectis (Can. 705-707) Caput VIII – De
conferentiis Superiorum maiorum (Can.
708-709)
Titulus III – DE INSTITUTIS SAECULARIBUS (Can. 710-730)
Sectio II: DE SOCIETATIBUS VITAE
APOSTOLICAE (Can. 731-746) LIBER III
DE ECCLESIAE MUNERE DOCENDI
(Can. 747-833) Titulus I – DE
DIVINI VERBI MINISTERIO (Can.
756-780)
Caput I – De verbi Dei
praedicatione (Can. 762-772)
Caput II – De catechetica
institutione (Can. 773-780)
Titulus II – DE ACTIONE ECCLESIAE
MISSIONALI (Can. 781-792) Titulus III – DE
EDUCATIONE CATHOLICA (Can. 793-821)

Caput I – De scholis (Can. 796-806)


Caput II – De catholicis universitatibus aliisque studiorum
superiorum institutis (Can. 807-814) Caput III – De
universitatibus et facultatibus ecclesiasticis (Can. 815-821)
Titulus IV – IN SPECIE DE
LIBRIS (Can. 822-832) Titulus V
– DE FIDEI PROFESSIONE (Can.
833) LIBER IV
DE ECCLESIAE MUNERE
SANCTIFICANDI (Can. 834-1253)
PARS I
DE SACRAMENTIS (Can. 840-1165)
Titulus I – DE BAPTISMO (Can. 849-878)
Caput I – De baptismi celebratione (Can. 850-860)
Caput II – De baptismi
ministro (Can. 861-863) Caput
III – De baptizandis (Can.
864-871) Caput IV – De
patrinis (Can. 872-874)
Caput V – De collati baptismi probatione et adnotatione
(Can. 875-878)
Titulus II – DE SACRAMENTO CONFIRMATIONIS (Can. 879-896)
Caput I – De confirmationis
celebratione (Can. 880-881) Caput II
– De confirmationis ministro (Can.
882-888) Caput III – De
confirmandis(Can. 889-891)
Caput IV – De patrinis (Can. 892-893)
Caput V – De collatae confirmationis probatione et
adnotatione (Can. 894-896)
Titulus III – DE SANCTISSIMA EUCHARISTIA (Can. 897-958)
Caput I – De eucharistica celebratione (Can. 899-933)
Art. 1 – De sanctissimae Eucharistiae
ministro (Can. 900-911) Art. 2 – De
sanctissima Eucharistia participanda
(Can. 912-923)
Art. 3 – De ritibus et caeremoniis eucharisticae
celebrationis (Can. 924-930) Art. 4 – De tempore
et loco celebrationis Eucharistiae (Can. 931-933)
Caput II – De sanctissima Eucharistia asservanda et
veneranda (Can. 934-944) Caput III – De oblata ad
Missae celebrationem stipe (Can. 945-958)
Titulus IV – DE SACRAMENTO PAENITENTIAE (Can. 959-997)
Caput I – De celebratione sacramenti (Can. 960-964)
Caput II – De sacramenti paenitentiae
ministro (Can. 965-986) Caput III – De
ipso paenitente (Can. 987-991)
Caput IV – De indulgentiis (Can. 992-997)
Titulus V – DE SACRAMENTO UNCTIONIS INFIRMORUM (Can. 998-
1007)
Caput I – De sacramenti celebratione
(Can. 999-1002) Caput II – De
ministro unctionis infirmorum (Can.
1003)
Caput III – De iis quibus unctio infirmorum conferenda
sit (Can. 1004-1007)
Titulus VI – DE ORDINE (Can. 1008-1054)
Caput I – De ordinationis celebratione et
ministro (Can. 1010-1023) Caput II – De
ordinandis (Can. 1024-1052)
Art. 1 – De requisitis in ordinandis (Can. 1026-
1032)
Art. 2 – De praerequisitis ad
ordinationem (Can. 1033-1039) Art. 3 –
De irregularitatibus aliisque (Can. 1040-
1049)
Art. 4 – De documentis requisitis et de
scrutinio (Can. 1050-1052) Caput III – De
adnotatione ac testimonio peractae ordinationis
(Can. 1053-1054)
Titulus VII – DE MATRIMONIO (Can. 1055-1165)
Caput I – De cura pastorali et de iis quae matrimonii
celebrationi praemitti debent (Can. 1063-1072) Caput II – De
impedimentis dirimentibus in genere (Can. 1073-1082)
Caput III – De impedimentis dirimentibus in
specie (Can. 1083-1094) Caput IV – De
consensu matrimoniali (Can. 1095-1107)
Caput V – De forma celebrationis matrimonii (Can. 1108-
1123)
Caput VI – De matrimoniis mixtis (Can. 1124-1129)
Caput VII – De matrimonio secreto
celebrando (Can. 1130-1133) Caput VIII –
De matrimonii effectibus (Can. 1134-
1140)
Caput IX – De separatione coniugum
(Can. 1141-1155) Art. 1 – De
dissolutione vinculi (Can. 1141-
1150)
Art. 2 – De separatione manente vinculo (Can.
1151-1155)
Caput X – De matrimonii convalidatione (Can. 1156-
1165)
Art. 1 – De convalidatione simplici
(Can. 1156-1160) Art. 2 – De
sanatione in radice (Can. 1161-
1165)
PARS II
DE CETERIS ACTIBUS CULTUS DIVINI
(Can. 1166-1204) Titulus I – DE
SACRAMENTALIBUS (Can. 1166-1172)
Titulus II – DE LITURGIA HORARUM
(Can. 1173-1175) Titulus III – DE
EXEQUIIS ECCLESIASTICIS (Can.
1176-1185)

Caput I – De exequiarum celebratione (Can. 1177-1182)


Caput II – De iis quibus exequiae ecclesiasticae concedendae sunt
aut denegandae (Can. 1183-1185)
Titulus IV – DE CULTU SANCTORUM, SACRARUM IMAGINUM
ET RELIQUIARUM (Can. 1186-1190) Titulus V – DE VOTO ET
IUREIURANDO (Can. 1191-1204)

Caput I – De voto (Can.


1191-1198)
Caput II – De iureiurando PARS III
(Can. 1199-1204)
DE LOCIS ET TEMPORIBUS SACRIS
(Can. 1205-1253) Titulus I – DE
LOCIS SACRIS (Can. 1205-1243)
Caput I – De ecclesiis (Can. 1214-1222)
Caput II – De oratoriis et de sacellis
privatis (Can. 1223-1229) Caput III – De
sanctuariis (Can. 1230-1234)
Caput IV – De altaribus (Can. 1235-1239)
Caput V – De coemeteriis (Can. 1240-1243)
Titulus II – DE TEMPORIBUS SACRIS
(Can. 1244-1253)
Caput I – De diebus festis (Can. 1246-1248)
Caput II – De diebus paenitentiae (Can. 1249-1253)
LIBER V
DE BONIS ECCLESIAE TEMPORALIBUS
(Can. 1254-1310) Titulus I – DE
ACQUISITIONE BONORUM (Can. 1259-
1272) Titulus II – DE ADMINISTRATIONE
BONORUM (Can. 1273-1289)
Titulus III – DE CONTRACTIBUS AC PRAESERTIM DE
ALIENATIONE (Can. 1290-1298) Titulus IV – DE PIIS
VOLUNTATIBUS IN GENERE ET DE PIIS FUNDATIONIBUS
(Can. 1299-1310)
LIBER VI
DE SANCTIONIBUS IN
ECCLESIA (Can. 1311-1399)
PARS I
DE DELICTIS ET POENIS IN
GENERE (Can. 1311-1363)
Titulus I – DE DELICTORUM PUNITIONE
GENERATIM (Can. 1311-1312) Titulus II – DE
LEGE POENALI AC DE PRAECEPTO POENALI
(Can. 1313-1320) Titulus III – DE SUBIECTO
POENALIBUS SANCTIONIBUS (Can. 1321-1330)
Titulus IV – DE POENIS ALIISQUE PUNITIONIBUS
(Can. 1331-1340)
Caput I – De censuris (Can. 1331-1335)
Caput II – De poenis expiatoriis (Can. 1336-1338)
Caput III – De remediis poenalibus et paenitentiis (Can.
1339-1340)
Titulus V – DE POENIS APPLICANDIS
(Can. 1341-1353) Titulus VI – DE
POENARUM CESSATIONE (Can. 1354-
1363) PARS II
DE POENIS IN SINGULA DELICTA (Can. 1364-1399)
Titulus I – DE DELICTIS CONTRA RELIGIONEM ET ECCLESIAE
UNITATEM (Can. 1364-1369)
Titulus II – DE DELICTIS CONTRA ECCLESIASTICAS AUCTORITATES
ET ECCLESIAE LIBERTATEM (Can. 1370- 1377)
Titulus III – DE MUNERUM ECCLESIASTICORUM USURPATIONE DEQUE
DELICTIS IN IIS EXERCENDIS (Can.
1378-1389)
Titulus IV – DE CRIMINE FALSI (Can. 1390-1391)
Titulus V – DE DELICTIS CONTRA SPECIALES
OBLIGATIONES (Can. 1392-1396) Titulus VI – DE
DELICTIS CONTRA HOMINIS VITAM ET LIBERTATEM
(Can. 1397-1398) Titulus VII – NORMA GENERALIS
(Can. 1399)
LIBER VII
DE PROCESSIBUS
(Can. 1400-2752)
PARS I
DE IUDICIIS IN GENERE (Can.
1400-1500)
Titulus I – DE FORO COMPETENTI (Can. 1404-1416)
Titulus II – DE VARIIS TRIBUNALIUM GRADIBUS ET (Can. 1417-
1445)
Caput I – De tribunali primae
instantiae (Can. 1419-1437)
Art. 1 – De iudice (Can. 1419-
1427)
Art. 2 – De auditoribus et relatoribus (Can. 1428-
1429)
Art. 3 – De promotore iustitiae, vinculi defensore
et notario (Can. 1430-1437) Caput II – De tribunali
secundae instantiae (Can. 1438-1441)
Caput III – De Apostolicae Sedis tribunalibus (Can.
1442-1445)
Titulus III – DE DISCIPLINA IN TRIBUNALIBUS SERVANDA (Can.
1446-1475)
Caput I – De officio iudicum et tribunalis
ministrorum (Can. 1446-1457) Caput II – De
ordine cognitionum (Can. 1458-1464)
Caput III – De terminis et dilationibus (Can. 1465-1467)
Caput IV – De loco iudicii (Can. 1468-1469)
Caput V – De personis in aulam admittendis et de modo conficiendi et
conservandi acta (Can. 1470-1475)
Titulus IV – DE PARTIBUS IN CAUSA (Can. 1476-1490)
Caput I – De actore et de parte conventa (Can. 1476-
1480)
Caput II – De procuratoribus ad lites et advocatis (Can.
1481-1490)
Titulus V – DE ACTIONIBUS ET EXCEPTIONIBUS (Can. 1491-1500)
Caput I – De actionibus et exceptionihus in
genere (Can. 1491-1495) Caput II – De
actionibus et exceptionibus in specie (Can.
1496-1500)
PARS II
DE IUDICIO CONTENTIOSO (Can. 1501-1670)
Sectio I: DE IUDICIO CONTENTIOSO
ORDINARIO (Can. 1501-1655) Titulus I –
DE CAUSAE INTRODUCTIONE (Can. 1501-
1512)
Caput I – De libello litis introduCtorio (Can. 1501-1506)
Caput II – De citatione et denuntiatione actorum
iudicialium (Can. 1507-1512)
Titulus II – DE LITIS CONTESTATIONE (Can. 1513-1516)
Titulus III – DE LITIS INSTANTIA
(Can. 1517-1525) Titulus IV – DE
PROBATIONIBUS (Can. 1526-
1586)

Caput I – De partium declarationibus


(Can. 1530-1538) Caput II – De
probatione per documenta (Can.
1539-1546)
Art. 1 – De natura et fide
documentorum (Can. 1539-1543) Art. 2
– De productione documentorum (Can.
1544-1546)
Caput III – De testibus et
attestationibus (Can. 1547-1573)
Art. 1 – Qui testes esse possint
(Can. 1547-1550)
Art. 2 – De inducendis et excludendis
testibus (Can. 1551-1557) Art. 3 – De
testium examine (Can. 1558-1571)
Art. 4 – De testimoniorum fide (Can. 1572-1573)
Caput IV – De peritis (Can. 1574-1581)
Caput V – De accessu et de recognitione
iudiciali (Can. 1582-1583) Caput VI – De
praesumptionibus (Can. 1584-1586)
Titulus V – DE CAUSIS INCIDENTIBUS (Can. 1587-1597)
Caput I – De partibus non
comparentibus (Can. 1592-1595)
Caput II – De interventu tertii in causa
(Can. 1596-1597)
Titulus VI – DE ACTORUM PUBLICATIONE, DE CONCLUSIONE IN
CAUSA ET DE CAUSAE DISCUSSIONE (Can.
1598-1606)
Titulus VII – DE IUDICIS

PRONUNTIATIONIBUS (Can. 1607-1618)

Titulus VIII - DE IMPUGNATIONE

SETENTIAM (Can. 1619 - 1640)

Caput I – De querela nullitatis contra


sententiam (Can. 1619-1627) Caput II – De
appellatione (Can. 1628-1640)
Titulus IX – DE RE IUDICATA ET DE RESTITUTIONE IN INTEGRUM
(Can. 1641-1648)
Caput I – De re iudicata (Can. 1641-1644)
Caput II – De restitutione in integrum (Can. 1645-1648)
Titulus X – DE EXPENSIS IUDICIALIBUS ET DE
GRATUITO PATROCINIO (Can. 1649) Titulus XI – DE
EXSECUTIONE SENTENTIAE (Can. 1650-1655)
Sectio II: DE PROCESSU CONTENTIOSO
ORALI (Can. 1656-1670) PARS III
DE QUIBUSDAM PROCESSIBUS
SPECIALIBUS (Can. 1671-1716) Titulus I –
DE PROCESSIBUS MATRIMONIALIBUS
(Can. 1671-1707)
Caput I – De causis ad matrimonii nullitatem
declarandam (Can. 1671-1691) Art. 1 –
De foro competenti (Can. 1671-1673)
Art. 2 – De iure impugnandi
matrimonium (Can. 1674-1675) Art. 3 –
De officio iudicum (Can. 1676-1677)
Art. 4 – De probationibus (Can. 1678-1680)
Art. 5 – De sententia et
appellatione (Can. 1681-1685) Art.
6 – De processu documentali (Can.
1686-1688) Art. 7 – Normae
generales (Can. 1689-1691)
Caput II – De causis separationis coniugum (Can. 1692-
1696)
Caput III – De processu ad dispensationem super matrimonio rato et
non consummato (Can. 1697-1706) Caput IV – De processu
praesumptae mortis coniugis (Can. 1707)
Titulus II – DE CAUSIS AD SACRAE ORDINATIONIS NULLITATEM
DECLARANDAM (Can. 1708-1712)
Titulus III – DE MODIS EVITANDI
IUDICIA (Can. 1713-1716) PARS IV
DE PROCESSU POENALI (Can. 1717-1731)
Caput I – De praevia
investigatione (Can. 1717-1719)
Caput II – De processus
evolutione (Can. 1720-1728)
Caput III – De actione ad damna reparanda (Can. 1729-
1731)
PARS V
DE RATIONE PROCEDENDI IN RECURSIBUS ADMINISTRATIVIS
ATQUE IN PAROCHIS AMOVENDIS VEL TRANSFERENDIS (Can.
1732-1752)
Sectio I: DE RECURSU ADVERSUS DECRETA
ADMINISTRATIVA (Can. 1732-1739) Sectio II: DE
PROCEDURA IN PAROCHIS AMOVENDIS VEL
TRANSFERENDIS (Can. 1740-1752)
Caput I – De modo procedendi in amotione
parochorum (Can. 1740-1747) Caput II – De modo
procedendi in translatione parochorum (Can. 1748-
1752)
Litterae Apostolicae Motu Proprio datae
AD TUENDAM FIDEM ,
quibus normae quaedam inseruntur in Codice Iuris Canonici
et in Codice Canonum
Ecclesiarum Orientalium.
IOANNES PAULUS PP. II
AD TUENDAM FIDEM Catholicae Ecclesiae contra errores insurgentes ex
parte aliquorum christifidelium, praesertim illorum qui in sacrae theologiae
disciplinas studiose incumbunt, pernecessarium visum est Nobis, quorum
praecipuum munus est fratres suos in fide confirmare (cfr Lc 22, 32), ut in
textum vigentium Codicis Iuris Canonici et Codicis Canonum Ecclesiarum
Orientalium addantur normae, quibus expresse imponatur officium servandi
veritates definitive ab Ecclesiae Magisterio propositas, addita mentione in
sanctionibus canonicis ad eandem materiam spectantibus.
1.Iam inde a prioribus saeculis usque ad hodiernum diem Ecclesia de fide
Christi Eiusque redemptionis mysterio profitetur veritates, postea collectas in
Symbola fidei; hodie enim communiter cognoscuntur atque proclamantur a
christifidelibus in Missarum celebratione sollemni et festiva Symbolum
Apostolorum aut Symbolum Nicaenum- Constatinopolitanum.
Hoc ipsum Symbolum Nicaenum-Constatinopolitanum continetur in
Professione fidei , a Congregatione pro Doctrina Fidei ulterius elaborata(1),
quae specialiter imponitur determinatis christifidelibus emittenda in
susceptione aliquorum officiorum directe vel indirecte respicientium
profundiorem investigationem in veritates de fide et de moribus aut
coniunctorum cum peculiari potestate in Ecclesiae regimine(2).
2. Professio fidei , rite praemisso Symbolo Nicaeno-Constantinopolitano,
habet etiam tres propositiones aut commata, quae explicare intendunt fidei
catholicae veritates ab Ecclesia, sub ductu Spiritus Sancti qui eam «omnem
veritatem docebit» (Io 16, 13), sequentibus temporibus altius perscrutatas
aut perscrutandas(3).
Primum comma, quod enuntiat: «Firma fide quoque credo ea omnia quae in
verbo Dei scripto vel tradito continentur et ab Ecclesia sive sollemni iudicio
sive ordinario et universali Magisterio tamquam divinitus revelata
credenda proponuntur»(4), congruenter affirmat et suum praescriptum
habet in legis latione universali Ecclesiae in can. 750 Codicis Iuris
Canonici(5) et in can. 598 Codicis Canonum Ecclesiarum Orientalium(6).
Tertium comma edicens: «Insuper religioso voluntatis et intellectus obsequio
doctrinis adhaereo quas sive Romanus Pontifex sive Collegium Episcoporum
enuntiant cum Magisterium authenticum exercent etsi non definitivo actu
easdem proclamare intendant»(7), locum suum obtinet in can. 752 Codicis
Iuris Canonici(8) et in can. 599 Codicis Canonum Ecclesiarum
Orientalium(9).
3. Attamen secundum comma, in quo asseveratur: «Firmiter etiam
amplector ac retineo omnia et singula quae circa doctrinam de fide vel
moribus ab eadem definitive proponuntur»(10), nullum habet congruentem
canonem in Codicibus Ecclesiae Catholicae. Magni momenti est hoc comma
Professionis fidei , quippe quod indicet veritates necessario conexas cum
divina revelatione. Hae quidem veritates, quae in doctrinae catholicae
perscrutatione exprimunt particularem inspirationem divini Spiritus in alicuius
veritatis de fide vel de moribus profundiore Ecclesiae intellectu, sive historica
ratione sive logica consecutione conectuntur.
4. Quapropter dicta necessitate compulsi mature censuimus hanc legis
universalis lacunam complere insequenti modo:
A) Can. 750 Codicis Iuris Canonici posthac duas paragraphos
habebit, quarum prima constet textu vigentis canonis, altera vero novo
textu sit ornata, ita ut ipse can. 750 absolute sic sonet:
Can. 750 § 1. Fide divina et catholica ea omnia credenda sunt quae
verbo Dei scripto vel tradito, uno scilicet fidei deposito Ecclesiae
commisso, continentur, et insimul ut divinitus revelata proponuntur
sive ab Ecclesiae magisterio sollemni, sive ab eius magisterio
ordinario et universali, quod quidem communi adhaesione
christifidelium sub ductu sacri magisterii manifestatur; tenentur igitur
omnes quascumque devitare doctrinas iisdem contrarias.
§ 2. Firmiter etiam amplectenda ac retinenda sunt omnia et singula
quae circa doctrinam de fide vel moribus ab Ecclesiae magisterio
definitive proponuntur, scilicet quae ad idem fidei depositum sancte
custodiendum et fideliter exponendum requiruntur; ideoque
doctrinae Ecclesiae catholicae adversatur qui easdem
propositiones definitive tenendas recusat.
In can. 1371, n. 1 Codicis Iuris Canonici congruenter addatur canonis
750 § 2 locus, ita ut ipse can. 1371 posthac absolute sic sonet:
Can. 1371 - Iusta
poena puniatur:
1) qui, praeter casum de quo in can. 1364 § 1, doctrinam a
Romano Pontifice vel a Concilio Oecumenico damnatam docet vel
doctrinam, de qua in can. 750 § 2 vel in can. 752, pertinaciter respuit,
et ab Apostolica Sede vel ab Ordinario admonitus non retractat;
2) qui aliter Sedi Apostolicae, Ordinario, vel Superiori legitime
praecipienti vel prohibenti non obtemperat, et post monitum in
inoboedientia persistit.
B) Can. 598 Codicis Canonum Ecclesiarum Orientalium posthac
duas paragraphos habebit, quarum prima constet textu vigentis canonis,
altera vero novo textu sit ornata, ita ut ipse can. 598 absolute sic sonet:
Can. 598 § 1. Fide divina et catholica ea omnia credenda sunt, quae
verbo Dei scripto vel tradito, uno scilicet deposito fidei Ecclesiae
commisso continentur et simul ut divinitus revelata proponuntur sive
ab Ecclesiae
magisterio sollemni sive ab eius magisterio ordinario et universali,
quod quidem communi adhaesione christifidelium sub ductu sacri
magisterii manifestatur; tenentur igitur omnes christifideles
quascumque devitare doctrinas eisdem contrarias.
§ 2. Firmiter etiam amplectenda ac retinenda sunt omnia et singula
quae circa doctrinam de fide vel moribus ab Ecclesiae magisterio
definitive proponuntur, scilicet quae ad idem fidei depositum sancte
custodiendum et fideliter exponendum requiruntur; ideoque doctrinae
Ecclesiae catholicae adversatur qui easdem propositiones definitive
tenendas recusat.
In can. 1436 § 2 Codicis Canonum Ecclesiarum Orientalium congruenter
addantur verba, quae ad can. 598 § 2 se referant, ita ut ipse can. 1436
posthac absolute sic sonet:
Can. 1436 § 1. Qui aliquam veritatem fide divina et catholica
credendam denegat vel eam in dubium ponit aut fidem christianam
ex toto repudiat et legitime monitus non resipiscit, ut haereticus
aut apostata excommunicatione maiore puniatur, clericus praeterea
aliis poenis puniri potest non exclusa depositione.
§ 2. Praeter hos casus, qui sustinet doctrinam, quae a Romano
Pontifice vel Collegio Episcoporum magisterium authenticum
exercentibus ut definitive tenenda proponitur vel ut erronea damnata
est, nec legitime monitus resipiscit, congrua poena puniatur.
5. Quaecumque vero a Nobis hisce Litteris Apostolicis Motu Proprio datis
decreta sunt, ea omnia firma ac rata esse iubemus et inserenda praecipimus
in legis latione universali Catholicae Ecclesiae, respective in Codice Iuris
Canonici et in Codice Canonum Ecclesiarum Orientalium, sicuti supra
demonstratum est, contrariis quibuslibet rebus non obstantibus.
Datum Romae, apud Sanctum Petrum, die XVIII mensis Maii, anno
MCMXCVIII, Pontificatus Nostri vicesimo.

(1) CONGREGATIO PRO DOCTRINA FIDEI, Professio Fidei et


Iusiurandum fidelitatis in suscipiendo officio nomine Ecclesiae exercendo,
9 Ianuarii 1989, in AAS 81/1989, p. 105.
(2) Cfr Codex Iuris
Canonici, can. 833.
(3) Cfr Codex Iuris Canonici, can. 747 § 1; Codex Canonum
Ecclesiarum Orientalium, can. 595 § 1.
(4) Cfr SACROSANCTUM CONCILIUM OECUMENICUM VATICANUM II,
Constitutio dogmatica Lumen gentium, De Ecclesia, n. 25, 21 Novembris
1964, in AAS 57/1965, pp. 29-31; Constitutio dogmatica Dei Verbum, De
divina Revelatione, 18 Novembris 1965, n. 5, in AAS 58/1966, p. 819;
CONGREGATIO PRO DOCTRINA FIDEI, Instructio Donum veritatis, De
ecclesiali theologi vocatione, 24 Maii 1990, n. 15, in AAS 82/1990, p. 1556.
(5) Codex Iuris Canonici, can. 750 - Fide divina et catholica ea omnia
credenda sunt quae verbo Dei scripto vel tradito, uno scilicet fidei deposito
Ecclesiae commisso, continentur, et insimul ut divinitus revelata
proponuntur sive ab Ecclesiae magisterio sollemni, sive ab eius magisterio
ordinario et universali, quod quidem communi adhaesione christifidelium
sub ductu sacri magisterii manifestatur; tenentur igitur omnes quascumque
devitare doctrinas iisdem contrarias.
(6) Codex Canonum Ecclesiarum Orientalium, can. 598 - Fide divina et
catholica ea omnia credenda sunt, quae verbo Dei scripto vel tradito, uno
scilicet deposito fidei Ecclesiae commisso continentur et simul ut divinitus
revelata proponuntur sive ab Ecclesiae magisterio sollemni sive ab eius
magisterio ordinario et universali, quod quidem communi adhaesione
christifidelium sub ductu sacri magisterii manifestatur; tenentur igitur omnes
christifideles quascumque devitare doctrinas eisdem contrarias.
(7) Cfr CONGREGATIO PRO DOCTRINA FIDEI, Instructio Donum
veritatis, De ecclesiali theologi vocatione, 24 Maii 1990, n. 17, in AAS
82/1990, p. 1557.
(8) Codex Iuris Canonici, can. 752 - Non quidem fidei assensus,
religiosum tamen intellectus et voluntatis obsequium praestandum est
doctrinae, quam sive Summus Pontifex sive Collegium Episcoporum de fide
vel de moribus enuntiant, cum magisterium authenticum exercent, etsi
definitivo actu eandem proclamare non intendant; christifideles ergo
devitare curent quae cum eadem non congruant.
(9) Codex Canonum Ecclesiarum Orientalium, can. 599 - Non quidem fidei
assensus, religiosum tamen intellectus et voluntatis obsequium praestandum
est doctrinae de fide et de moribus, quam sive Romanus Pontifex sive
Collegium Episcoporum enuntiant, cum magisterium authenticum exercent,
etsi definitivo actu eandem proclamare non intendunt; christifideles ergo
curent, ut devitent, quae cum eadem non congruunt.
(10) Cfr CONGREGATIO PRO DOCTRINA FIDEI, Instructio Donum
veritatis, De ecclesiali theologi vocatione, 24 Maii 1990, n. 16, in AAS
82/1990, p. 1557.

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