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ANÁLISE DE PROJETOS

DE ARQUITETURA:
6.53

FRANCIS D. K. CHING

Prof. Me. Fhillipe Germano


Prof. Ma. Mariana Lucena
Prof. Ma. Tatiana Rodrigues
QUEM FOI FRANCIS D. K. CHING?
- Francis Ching nasceu em 1943;

- Formado em arquitetura pela Universidade de Notre Dame em 1966;

- Doutor em Design pela Nottingham Trent University;

- Em 1972, passou a ministrar aulas de desenho na Universidade de Ohio;

- Em 1974, publicou seu primeiro livro de gráficos arquitetônicos;

- Ao longo dos anos, publicou 13 livros, que são compostos por desenhos do próprio
autor, que são amplamente adotados por universidades, pois contribuem para moldar
a linguagem visual de todos os campos de design.

Título da apresentação 2
TEORIA DE CHING

Ching (2002) caracteriza a primeira fase de um


processo de projeto como associada ao
reconhecimento de uma situação problemática e à
decisão de solucioná-la, sendo o projeto um ato de
natureza INTENCIONAL.

Para o autor, a disposição e a organização dos


elementos da forma e do espaço os que
determinam o modo como a arquitetura poderá
promover esforços, fazer brotar respostas e transmitir
significados.

01/07/20XX Título da apresentação 3


ANALOGIA
Segundo Ching, compreensão do projeto arquitetônico pode ser
associado:

A etapa de desenvolvimento de um O estudante de arquitetura deve antes


vocabulário, compreendendo as regras avaliar os elementos básicos da forma e do
gramaticais e a sintaxe de construir espaço arquitetônico, compreendendo
frases, e só depois, ter autonomia de como podem ser manipulados durante o
elaborar textos, ensaios e similares. desenvolvimento de uma idéia de projeto e
suas implicações visuais na solução de um
projeto.
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CONCEITO
Segundo Ching (2002), quais os elementos primários estão
relacionados a caracterização e constituição da forma e do espaço
arquitetônico?

1 4 7
ELEMENTOS
ORGANIZAÇÃO PRINCÍPIOS
PRIMÁRIOS

2 5
FORMA CIRCULAÇÃO

3 6
FORMA E PROPORÇÃO E
ESPAÇO ESCALA
5
1. ELEMENTOS PRIMÁRIOS
Segundo Ching (2002), os elementos primários é composto por
sistemas e ordens, que constituem qualquer trabalho físico no
marco arquitetônico, os quais se podem perceber e experimentar.

- SERVE PARA MARCAR; -FORMA DE ORIGEM PONTUAL: CÍRCULO


- DOIS EXTREMOS DE UMA LINHA; CILINDRO, ESFERA;
PONTO - O ENCONTRO DE LINHAS NA ARESTA DE
UM PLANO;
- O CENTRO DE UM CAMPO.

PONTO NA
ARQUITETURA

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1. ELEMENTOS PRIMÁRIOS
ELEMENTOS LINEARES

DOIS PONTOS;

LINHA: SERVE PARA


LINHA UNIR, ASSOCIAR,
SUPORTAR, RODEAR OU
CORTAR OUTROS
ELEMENTOS VISUAIS,
DEFINIR ARESTAS, E DAR - A PRESENÇA DE COLUNAS, OBELISCOS, TORRES,
FORMA AOS PLANOS, BRISES, EIXOS REGULARES.
ARTICULAR AS
SUPERFÍCIES DOS
PLANOS.

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1. ELEMENTOS PRIMÁRIOS
PLANO NA ARQUITETURA
PLANO
- A JUNÇÃO DE LINHAS, FORMA O
PLANO; - ESTÃO PRESENTES NO VOLUME DE
- ARTICULAM OS LIMITES DE ZONAS UM EDIFÍCIO, ARTICULAM OS LIMITES
ESPACIAIS, DEFINEM AS BORDAS DO DE UM VOLUME COSTRUTIVO NO
ESPAÇO EXTERIOR DELIMITANDO O ESPAÇO;
VOLUME.

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1. ELEMENTOS PRIMÁRIOS
VOLUME/ ELEMENTOS NA ARQUITETURA
VOLUME
- COMPOSIÇÃO DE PONTOS (VÉRTICES),
LINHAS (ARESTAS), PLANOS
(SUPERFÍCIES).

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1. ELEMENTOS PRIMÁRIOS
Os atributos dos elementos, têm significados particulares em um traçado visual, do ponto de vista de orientação ou direção,
como por exemplo, uma linha vertical pode expressar um estado de equilíbrio com as forças de gravidade, ou a própria
condição humana, ou assinalar uma posição no espaço; no entanto uma linha horizontal pode representar estabilidade, o
plano de um terreno, o horizonte de um corpo em repouso.

VERTICAL

HORIZONTAL
2. FORMA
A forma final de uma construção pode, assim, destacar suas características volumétricas a partir da
diferenciação entre planos verticais e horizontais. A forma sugere uma referência a estrutura
interna, ao contorno exterior e ao princípio que confere unidade ao todo. Inclui com frequência
um sentido de massa ou de volume tridimensional. A articulação entre estes elementos, e possíveis
transformações aplicadas a eles, são determinantes para sua configuração final.

TRANSFORMAÇÃO

ARTICULAÇÃO

PLANOS
2. FORMA
Para Ching (2002), a forma arquitetônica pode ser conceituado e caracterizado da seguinte forma:

1 2 3 4
PROPRIEDADE SÓLIDOS ARTICULAÇÃO
PERFIL
VISUAL PRIMÁRIOS DA FORMA

5
TRANSFORMAÇÃO
DA FORMA
2. FORMA
2.1 PROPRIEDADE VISUAL

Para Ching (2002), a propriedade visual de uma


forma é levada em consideração:

CONTORNO INÉRCIA VISUAL

TAMANHO
POSIÇÃO

COR ORIENTAÇÃO

TEXTURA
2. FORMA
2.2 PERFIL
Segundo o autor, os elementos básicos da forma, como perfis, também possuem características
particulares que devem ser explicitadas, neste caso, as de estabilidade, racionalidade, pureza,
neutralidade e dinamismo, para que possam, dessa maneira, vir a compor o vocabulário projetual
arquitetônico.

CÍRCULO QUADRADO TRIÂNGULO


2. FORMA
2.3 SÓLIDOS PRIMÁRIOS
As formas agrupadas caracterizam-se por congregar as formas conforme exigências funcionais, tais
como de tamanho, forma e proximidade. São consideradas fortes e ordenadas, estáveis e
simétricas.

CILINDRO CONE CUBO

ESFERA PARALELEPÍPEDO PIRÂMIDE


2. FORMA
2.4 ARTICULAÇÃO DA FORMA
2. FORMA
2.5 TRANFORMAÇÃO DA FORMA
Todas as formas são derivadas da transformação de sólidos primários, quando manipulamos uma
ou mais de uma de suas dimensões, ou quando adicionamos ou subtraímos elementos. As
transformações podem ser:

1 – TRANSFORMAÇÃO DIMENSIONAL 2 – TRANSFORMAÇÃO SUBTRATIVA 3 – TRANSFORMAÇÃO ADITIVA


2. FORMA
2.5 TRANFORMAÇÃO DA FORMA (TRANSFORMAÇÃO DIMENSIONAL)
Uma pirâmide pode ser transformada quando modificamos a altura do ápice ou quando inclinamos
seu eixo, normalmente vertical.

TRANSFORMAÇÃO DIMENSIONAL DE UM CUBO


St. Pierre, França – 1965, Le Corbusier.
2. FORMA
2.5 TRANFORMAÇÃO DA FORMA (TRANSFORMAÇÃO SUBTRATIVA)
Remoção de porções volumétricas de um volume. Na arquitetura, é possível subtrair volumes
espaciais de uma forma a fim de se criarem entradas recuadas, espaços de pátio, vãos de janelas...

Casa em Stabio, Suíça – 1981, Mario Botta.

TRANSFORMAÇÃO SUBTRATIVA CRIANDO VOLUMES E ESPAÇOS


2. FORMA
2.5 TRANFORMAÇÃO DA FORMA (TRANSFORMAÇÃO ADITIVA)
Produzimos formas aditivas quando relacionamos ou acrescentamos fisicamente uma ou mais
formas subordinadas ao seu volume.
CENTRALIZADA RADIAL MALHA

LINEAR AGLOMERADO

II Redentore, Veneza – 1577-92, Andrea Palladio


3. FORMA E ESPAÇO
Segundo Ching (2002) quando um espaço começa a ser apreendido, encerrado, conformado, e
estruturado pelos elementos da forma, a arquitetura começa a existir, e a forma arquitetônica, desse
modo, se produz no encontro entre a massa e o espaço.
3. FORMA E ESPAÇO
“A ordem se refere não apenas à regularidade geométrica, mas sim uma condição em que cada
parte de um todo está apropriadamente disposta com referência a outras partes e ao seu propósito,
de modo a produzir um arranjo harmonioso”

TEORIA GERAL DA GESTALT


- A GESTALT AFIRMA O PRINCÍPIO DE QUE
VEMOS AS COISAS SEMPRE DENTRO DE UM
CONJUNTO DE RELAÇÕES.

- TAL FATO CONTRIBUE PARA ALTERAR


NOSSA PERCEPÇÃO DAS COISAS.

- COMO NOS FENÔMENOS DE ILUSÃO DE


ÓPTICA E, EM OUTROS EXEMPLOS,
BASEADO EM FIGURAS GEOMÉTRICAS.
4. ORGANIZAÇÃO
Segundo o autor os espaços se relacionam entre si e se organizam segundo modelos formais e
espaciais coerentes aos distintos espaços de um edifício. Assim destaca que o modelo de relação
espacial mais frequente é a continuidade, que permite uma clara identificação dos espaços que
estes respondem e as suas exigências funcionais e simbólicas.
ESPAÇO DENTRO DE UM
ESPAÇO ESPAÇO ADJACENTE

ESPAÇO INTERSECCIONAL

ESPAÇOS LIGADOS POR UM ESPAÇO COMUM


4. ORGANIZAÇÃO
O grau de continuidade espacial e visual que se estabelece entre os espaços contíguos está
condicionado às características do plano que os une e os separa.

ESPAÇO DENTRO DE UM ESPAÇO ESPAÇOS INTERSECCIONAIS ESPAÇOS ADJACENTES ESPAÇOS LIGADOS POR UM
ESPAÇO COMUM
4. ORGANIZAÇÃO

Organização Centralizada
Organização Radial
Um espaço dominante ao redor do Organização Linear Um espaço central a partir do qual
qual uma série de espaços secundários Uma seqüência linear de espaços organizações lineares de espaço se
é agrupada. repetitivos. estendem de maneira radial.

Organização Aglomerada Organização em Malha


Espaços agrupados pela proximidade ou pelo Espaços organizados dentro do campo de
fato de compartilharem uma característica ou uma malha estrutural ou outra moldura
relação visual. tridimensional.
5. CIRCULAÇÃO
Circulação é o fio perceptivo que vincula os espaços de um edifício, que reúne qualquer conjunto
de espaços interiores ou exteriores, e que permite experimentarmos um espaço com relação a
outro quando nos movemos através de uma sequência destes.

ACESSO ENTRADA CONFIGURAÇÃO DA VIA


A vista Distante De fora para Dentro A Sequência de Espaços

RELAÇÕES VIA-ESPAÇO FORMA DO ESPAÇO DE CIRCULAÇÃO


Corredores, Salões, Galerias, Escadas e Salas.
Bordas, Pontos Centrais e Terminações da Via
5. CIRCULAÇÃO
ACESSO

OBLÍQUO ESPIRAL
FRONTAL
5. CIRCULAÇÃO
ENTRADA
5. CIRCULAÇÃO
FORMA DO ESPAÇO DE CIRCULAÇÃO

FECHADO
ABERTO EM AMBOS OS LADOS

ABERTO EM UM DOS LADOS


5. CIRCULAÇÃO
FORMA DO ESPAÇO DE CIRCULAÇÃO

PASSAR PELOS ESPAÇOS PASSAR ATRAVÉS DOS ESPAÇOS TERMINAR EM UM ESPAÇO


5. CIRCULAÇÃO
FORMA DO ESPAÇO DE CIRCULAÇÃO

05 - REDE
02 - RADIAL 03 - ESPIRAL 04 - MALHA

01 - LINEAR

06 - COMPOSTA
6. PROPORÇÃO E ESCALA
A escala refere-se ao tamanho de um objeto comparado com um standard de referência ou com as
dimensões de outro objeto e a proporção se refere à justa e harmoniosa relação de uma parte do
objeto com outras ou com o todo.
7. PRINCÍPIOS ORDENADORES
Para Ching (2002) a ordem não se refere somente à regularidade geométrica de uma composição,
mas também aponta àquela condição em que cada uma das partes de um conjunto está
corretamente disposta em relação às demais, e ao seu propósito final, desde que dê lugar a uma
organização harmoniosa.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CHING, Francis D. K., Arquitetura, forma, espaço e ordem. [tradução Alvamar Helena Lamparelli] São
Paulo: Martins. Fontes, 2002.

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