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CONCEITOS DE LEITURA DE PAISAGEM

ESTÚDIO URBANISMO 3
PAISAGEM E CIDADE
Professores:
Antônio Carlos Sant’Anna Jr.
Denise Antonucci
Marcelo de M. Bernardini
Matheus de V. Casimiro
Olair Falcirolli De Camillo
2º Semestre 2022
EU3 – CONTEÚDO DO PAISAGISMO

Aulas Teóricas do Semestre

 Conceitos de Leitura da Paisagem

 As Expressões Históricas das Tipologias do Espaço Livre Público Urbano

 Expressão Gráfica e Botânica para Arquitetos

 Infraestrutura Verde e Desenho de Mobiliário Urbano

 Desenhos da Paisagem para Espaços Livres


O QUE É PAISAGISMO?

PAISAGEM
ARQUITETURA DA PAISAGEM

PROJETO PAISAGÍSTICO

PROJETO DE
VEGETAÇÃO
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN

“Projetar a paisagem é determinar a melhor forma de


moldar um os dados de um programa em um lugar
específico ou adaptar um lugar a um programa indicado.
Esse processo envolve tomar medidas pontuais quanto a
arranjos de formas físicas à diagramas de uso do solo,
demandas de espaços e circulações.

Desenhar a paisagem é decidir a exata forma e dos arranjos


que tudo que se vê ou experencia por um indivíduo ou um
grupo de pessoas, em uma área específica”.

Garret Eckbo, “The Landscape We See”, 1969, p. 59


PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN

 O QUE DEVE SER MANTIDO? O QUE DEVE SER TRANSFORMADO?


CONCEITOS DE LEITURA DE PAISAGEM
1. PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN
2. EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN

Inglaterra, 1961
“No momento em que se questionava o
modelo moderno de planejamento urbano,
Gordon Cullen discorre sobre a observação das
cidades por meio de qualidades emotivas.
“Townscape” tem como propósito mostrar que,
assim como a reunião de pessoas cria um
excedente de atrações para toda a
coletividade, também um conjunto de edifícios
adquire um poder de atração visual a que
dificilmente poderá almejar um edifício
isolado”.
http://www.cronologiadourbanismo.ufba.br/apresentacao.php?idVerbete=1425
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN

“De acordo com Cullen, paisagem


urbana é a arte de tornar coerente e
organizado, visualmente, o
emaranhado de edifícios, ruas e
espaços que constituem o ambiente
urbano. Esse conceito de paisagem,
elaborado nos anos 1960, exerce forte
influência em arquitetos e urbanistas
exatamente porque possibilita análises
sequenciais e dinâmicas da paisagem a
partir de premissas estéticas, isto é,
quando os elementos e jogos urbanos
provocam impactos de ordem
emocional” (ADAM, 2008, p. 63).
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN

Segundo Cullen, a “Paisagem Urbana”


pode ser explicada a partir de três
aspectos: A ótica (visão serial), o local
(reação do sujeito no espaço) e o
conteúdo (características da malha
urbana)

Aspectos da Visão Serial:


A Imagem Existente: o que se vê e o
que se sente;
A Imagem Emergente: o que se está
por ver e por sentir.
Princípios de Análise: Aqui e Além
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN
Princípios de Análise:
Perspectiva Gradiosa, Perspectiva Velada,
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN
Princípios de Análise: Estreitamento
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN
Princípios de Análise: Ponto Focal e Pontuação
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN
Princípios de Análise: Skyline
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN PERCURSO RETILÍNEO
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN PERCURSO RETILÍNEO

AQUI E ALÉM PONTUAÇÃO


PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN PERCURSO RETILÍNEO
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN PERCURSO RETILÍNEO

PONTO FOCAL ESTREITAMENTO


PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN PERCURSO RETILÍNEO
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN PERCURSO RETILÍNEO

PERSPECTIVA GRANDIOSA PERSPECTIVA VELADA


PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN PERCURSO RETILÍNEO
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN PERCURSO RETILÍNEO

PERSPECTIVA GRANDIOSA ALÉM


PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN PERCURSO CIRCULAR
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN PERCURSO CIRCULAR

G. CULLEN, 1960
D.C., 2007
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN PERCURSO CIRCULAR
PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN PERCURSO CIRCULAR
CONCEITOS DE LEITURA DE PAISAGEM
1. PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN
2. EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA

Yoshinobu Ashihara (1918-2003) is a japanese


architect. Born in Tokyo, Ashihara graduated
from the University of Tokyo and received his
master's degree in architecture from Harvard
University. In 1956, he established his own firm
Yoshinobu Ashihara Architect and Associates.
He was professor at Hosei University,
Musashino Art University, and University of
Tokyo and served as president of the Japan
Institute of Architects and also of the
Architectural Institute of Japan.

http://architectuul.com/architect/yoshinobu-ashihara
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
1. CONCEITOS BÁSICOS DE ESPAÇOS EXTERIORES
1. A Formação do Espaço Exterior
2. O Espaço Positivo e Negativo

2. ELEMENTOS DO ESPAÇO EXTERIOR


1. Escala
2. Textura
SUMÁRIO
3. TÉCNICAS PARA PROJETAR O ESPAÇO EXTERIOR
1. Planejando o Espaço Exterior
2. O Espaço Envolvente
3. A hierarquia do Espaço Exterior
4. A visão seriada
5. Outras Técnicas

4. A CRIAÇÃO DA ORDEM ESPACIAL


1. Espaço Criado por Adição e Subtração
2. Ordem Interna e Externa
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
1. CONCEITOS BÁSICOS DE ESPAÇOS EXTERIORES
1. A Formação do Espaço Exterior
2. O Espaço Positivo e Negativo

2. ELEMENTOS DO ESPAÇO EXTERIOR


1. Escala
2. Textura
SUMÁRIO
3. TÉCNICAS PARA PROJETAR O ESPAÇO EXTERIOR
1. Planejando o Espaço Exterior
2. O Espaço Envolvente
3. A hierarquia do Espaço Exterior
4. A visão seriada
5. Outras Técnicas

4. A CRIAÇÃO DA ORDEM ESPACIAL


1. Espaço Criado por Adição e Subtração
2. Ordem Interna e Externa
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
1.1. CONCEITOS BÁSICOS DE ESPAÇOS EXTERIORES

FORMAÇÃO DOS ESPAÇOS EXTERIORES:


“Basicamente o espaço se forma por meio do
conjunto de relações que vinculam um objeto com o
ser humano que o percebe.” (p. 10 e 11)
A percepção de espaço depende:
- do sol, da chuva e do vento;
- da proximidade de uma família em um picnic;
- de um anteparo ou uma árvore;
- da proximidade de duas pessoas partilhando um
guarda chuva;
(p. 15)
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
1.2. O ESPAÇO POSITIVO E ESPAÇO NEGATIVO

O espaço positivo - caracteriza-se O espaço negativo - caracteriza-


basicamente por espaços se basicamente por espaços
construídos livres de edificação
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
1.2. O ESPAÇO POSITIVO E ESPAÇO NEGATIVO

O espaço positivo - caracteriza-se


(p. 37)
basicamente por espaços construídos;
O espaço negativo - caracteriza-se
basicamente por espaços livres de
edificação;
As diferentes, complexas e por vezes
difíceis relações entre os espaços
negativos e positivos é que tornam o
projeto dos espaços externos mais ou
menos aconchegantes, dinâmicos,
misteriosos, interessantes...
Forma-se a monumentalidade.
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA

(p. 36)
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
2. ELEMENTOS DO ESPAÇO EXTERIOR

2.1. ESCALA
A escala deve estar adequada
as necessidades e ao programa
de atividades do espaço
externo. A escala utilizada no
espaço exterior deve atender
ao pedestre, ao automóvel ao
observador de um edifício.
(p. 43)
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
2. ELEMENTOS DO ESPAÇO EXTERIOR
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
2. ELEMENTOS DO ESPAÇO EXTERIOR

2.2. TEXTURA
A textura dos materiais
é muito importante na
percepção de um
plano, composta pela
disposição de feixes de
luz sobre o plano, e
que influi na percepção
da paisagem.
(p. 51) Parque Olímpico de Komazawa, Tóquio (p. 60)
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA

Burle Marx e Mirthes dos Santos Pinto


EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
3. TÉCNICAS PARA O DESENHO DO ESPAÇO EXTERIOR
3.1. O Planejamento do Espaço Exterior

Um ou dois degraus impedem que os veículos O bom planejamento das atividades / programa do espaço
invadam a área exclusiva de pedestres sem é imprescindível ao bom projeto do espaço. Os usos e sua
romper-se a continuidade espacial. forma de apropriação determinam a construção de seus
elementos e formas
(p. 64) (p. 65)
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
TÉCNICAS PARA O DESENHO DO ESPAÇO EXTERIOR
3.2. O Espaço Envolvente

(p. 79)

Nos espaços negativos envolventes deve-se usar alguns elementos arquitetônicos


e/ou verdes consistentes o suficiente para formar o espaço delimitado para
determinado uso.
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
TÉCNICAS PARA O DESENHO DO ESPAÇO EXTERIOR
3.2. O Espaço Envolvente

(p. 81)
As alturas dos elementos que delimitam o espaço
envolvente criam diferentes espaços e sensações.
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
TÉCNICAS PARA O DESENHO DO ESPAÇO EXTERIOR
3.2. O Espaço Envolvente
(p. 82)
(p. 81)

Os muros baixos são empregados


principalmente como separadores de áreas
e não influem na sensação de fechamento.
Relação entre a altura dos muros e a altura das
aberturas verticais
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
TÉCNICAS PARA O DESENHO DO ESPAÇO EXTERIOR
3.3. A Hierarquia do Espaço Exterior

Na transição entre o espaço totalmente aberto para os


espaços internos deve haver hierarquia que aqui
expressa-se pelas escadas que delimitam os espaços:
 Público;
 Semi-publico;

(p. 83)
 Privado.
EL DISEÑO DEL ESPACIOS EXTERIORES – YOSHINOBU ASHIHARA
TÉCNICAS PARA O DESENHO DO ESPAÇO EXTERIOR
3.4. A Visão Seriada
PARQUE OLÍMPICO KOMAZAWA, TOKIO - JAPÃO

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(p. 106 e 107)


PAISAGEM URBANA – GORDON CULLEN REFLEXÃO 01

Na área de projeto, traçar uma visão seriada e executá-la, lendo o


maior número de informações possível nas fotos.

A visão seriada deve ser acompanhada de mapa ou croqui do local e


todas as fotos devem ter comentários.

Se for necessário também podem ser utilizadas fotos panorâmicas.

Valorize seu trabalho utilizando vocabulário específico para leitura


de paisagem, conforme terminologia do Cullen.
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DOS CONCEITOS

Visão Seriada no Campus Mackenzie


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EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DOS CONCEITOS Visão Seriada: Trajeto Itambé-Consolação

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EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DOS CONCEITOS Visão Seriada: Trajeto Itambé-Consolação

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EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DOS CONCEITOS Visão Seriada: Trajeto Itambé-Consolação

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EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DOS CONCEITOS Visão Seriada: Trajeto Itambé-Consolação

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LEITURA DE PAISAGEM

ESTÚDIO URBANISMO 3
PAISAGEM E CIDADE
Professores:
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Denise Antonucci
Marcelo de M. Bernardini
Matheus de V. Casimiro
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2º Semestre 2021

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